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Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde
Universidade do Minho
1º Edição do EEG Research Day
19 de Abril de 2013
Narrativas do Empreendedorismo
na Saúde,
em Contexto Ibérico
Proposta de Dissertação
Abril, 2013
Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde
Universidade do Minho
1º Edição do EEG Research Day
19 de Abril de 2013
Objetivo do Estudo
● Abordar a problemática do empreendedorismo na área da saúde, em
contexto Ibérico (Portugal e Espanha), e na área de Enfermagem;
● Análise das narrativas do empreendedorismo, identificando os
obstáculos e oportunidades neste contexto;
● Contribuir para um aprofundamento da atividade empreendedora na
área da enfermagem no contexto Ibérico;
Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde Universidade do Minho
1º Edição do EEG Research Day
19 de Abril de 2013
Objetivo do Estudo (cont.)
● Perceber quais as principais dificuldades sentidas e quais os incentivos
mais importantes;
● Perceber os diferentes percursos empreendedores (estória
empreendedora);
● Analisar as diferentes motivações, propósitos e objetivos no processo
empreendedor;
● Avaliar o impacto que as diferentes culturas podem apresentar nos
incentivos e obstáculos à implementação do empreendedorismo
(Portugal e Espanha).
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19 de Abril de 2013
Relevância
● Possível resposta aos efeitos negativos da crise económica (elevada taxa de
desemprego).
● Tema, constantemente debatido no discurso político: Surge como uma forma do
Estado deslocar a sua responsabilidade com a segurança social e empregabilidade
para a responsabilidade individual.
Mueller e Thomas (2001)
● Propulsor da criatividade, eficiência, inovação, produtividade, criação de
emprego e competência no setor empresarial.
Instituto Nacional de Estatística (2009)
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19 de Abril de 2013
Relevância (Cont.)
No âmbito da saúde…
● Resposta à redução de vagas de emprego nos hospitais e
nos serviços de saúde, devido às crises financeiras do setor
e à privatização da saúde.
Roncon e Munhoz (2009)
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Universidade do Minho
1º Edição do EEG Research Day
19 de Abril de 2013
Conceito
Existem várias definições de empreendedorismo
que assentam na trilogia conceptual: económica, individualista
e/ou cultural.
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Um pouco de história…
• Conceito que surge pela 1ª vez no séc: XVIII;
• Séc. XX: Schumpter introduz o conceito do processo “criativo-destrutivo”:
empreendedor é capaz de introduzir ruturas no equilíbrio do sistema
económico e produzir inovação.
Dees (1998; p.2)
• Atualmente a proposta mais aceite, apresentada por Schumpeter:
empreendedor como um catalisador e inovador por trás do processo
económico.
Dees (1998; p.2)
Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde
Universidade do Minho
1º Edição do EEG Research Day
19 de Abril de 2013
Perspetiva económica
● A criação de emprego, a inovação e a criação de riqueza.
Henrekson (2005)
● Aparecimento de uma nova atividade económica, que inclui imitação e
inovação.
Davidsson, Low e Wright (2001)
● Uma procura de oportunidades independentes dos recursos disponíveis.
Krueger e Brazel (1994)
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19 de Abril de 2013
Perspetiva económica
● Opportunity entrepreneurship (Empreendedorismo de oportunidade):
o Baixa produtividade nacional;
o Políticas governamentais pouco intrusivas;
o Apoio de investidores informais;
o Elevado respeito pela atividade empresarial.
● Necessity entrepreneurship (Empreendedorismo por necessidade):
o Reduzido crescimento económico;
o Pouco importância à atividade empresarial;
o Elevada desigualdade de género no acesso ao mercado de trabalho.
Reynolds et al. (2001)
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Perspetiva Individualista
O empreendedor…
- Profissional que define as suas metas e é persistente na sua concretização.
Cunha e Ferla (1997)
- Faz aquilo que gosta, tem conhecimentos básicos de gestão e administração
e competências para trabalhar em equipa.
Leite (1999)
- É um estratega, desenvolve métodos inovadores para a criação de
oportunidades no mercado.
Gerber (2004)
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Empreendedorismo está assente na correlação de 4 condições
essências:
● A motivação face a determinada tarefa: aquilo que leva o individuo a agir;
● O conhecimento e a importância do Know-how;
● A realização pessoal: o benefício económico ou psíquico de determinada ação;
● A importância das condições do meio que favoreça a implementação de dada
ação.
Bull e Willard (1993, p.188)
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Perspetiva Cultural
● Empreendedorismo emerge como uma prática sócio-simbólica como
resultado das relações e transformações socias.
Hjorth e Steyaert (2004)
● O empreendedorismo deve ser, também, entendido como uma atividade de
transformação sócio-cultural (questionando as abordagens clássicas e
funcionalistas).
Hjorth e Steyaert (2004)
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Empreendedorismo: conceito paradoxal, obscuro,
incompreensível e vazio
Falta de consenso associada ao conceito
Discursos capitalistas
Consideram que se “vende” como uma
utopia atraente kenny e Sriver (2012)
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Perspetiva Cultural
● Empreendedorismo, também, pode ser explicado como sendo um
fenómeno social. Steyaert e Katz (2004)
● Ideia do empreendedorismo como um quotidiano: pode estar presente
em todos os processos sociais. Steyaert e Katz (2004)
● “Etnografia quotidiana”: para entender este conceito devem ser
analisadas as atividades do dia a dia. Watson (2013)
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Erdman et al. (2009)
Empreendedorismo em Enfermagem….
Procura implementar inovações no
cuidados integral do ser humano por
forma a satisfazer as necessidades do
mercado e atingir a auto realização
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Novo Desafio para a Enfermagem…
Numa primeira análise, o empreendedorismo em enfermagem,
quando confrontado com a perspetiva económica, parece
assumir uma relação paradoxal.
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Novo Desafio para a Enfermagem…
● Oferta crescente de cuidados de enfermagem: implica reformulação na forma
de pensar o futuro.
Erdman et al. (2009)
● Importância crescente na área da Enfermagem: alteração das condições de
empregabilidade; incerteza na gestão da carreira; novos modelos de contratação.
Rocon e Munhoz (2009)
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Metodologia
Investigação de caráter exploratório
Metodologia qualitativa
Técnica de recolha: entrevistas
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Metodologia
● População alvo Micro, pequenos e médios empreendedores Portugueses e Espanhóis
na área da saúde (Enfermeiros).
● Trabalho já realizado…
10 entrevistas semiestruturas a empreendedores Portugueses.
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Dificuldades
● Encontrar empreendedores na área da Saúde em Portugal
e Espanha e que colaborem no estudo;
● Encontrar estudos científicos disponíveis que abordem esta
temática (concretamente na área da saúde);
● Diferenças culturais que podem conduzir a resultados
ambíguos.
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● Bibliografia ● Roncon, P., e Munhoz, S., (2009). Estudantes de enfermagem têm perfil empreendedor?
Revista Brasileira de Enfermagem, 62 (5), pp. 695-700.
● Erdmann, A.L., Stein Backes, D., Alves, A., Albino, A.T., Faris, F., Guerini, I.C., Abe, K.L.,
Cordeiro, P.K.S., Pudell, R.T.A., (2009). Formando Empreendedores na Enfermagem:
Promovendo competências e aptidões sócio-politicas. Revista electrónica-Enfermería Global,
N.º16.
● Krueger, N. F. Jr., e Brazeal, D. V., (1994). Entrepreneurial potential and potential
entrepreneurs. Entrepreneurship Theory and Practice, 18 (3), pp. 91-104.
● Henrekson, M., (2005). Entrepreneurship: A Weak Link in the Welfare State. SSE/EFI Working
Paper Series in Economics and Finance, 518.
● Bull, I. e Willard, G. (1993). Towards a theory of entrepreneurship. Journal of Business
Venturing. 8(3), pp.183-196.
● Watson, T.J. (2013). Entrepreneurship in action: bringing together the Individual, organizational
and Institutional dimensions of entrepreneurial action. Entrepreneurship and Regional
Development: An International Journal, pp.1-19.
● Steyaert, C.; Katz, J. (2004). Reclaiming the space of entrepreneurship in society:
geographical, discursive and social dimensions, Entrepreneurship & Regional Development:
An International Journal, 16 (3),p. 179-196.
● Kenny, K.; Scriver, S. (2012). Dangerously empty? Hegemony and the construction of the Irish
entrepreneur. Organization. 19(5), p. 615-633.
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● Steyaert,C., (2004). The prosaics of entrepreneurship. In Hjorth e Steyaert (Eds.), Narrative and
discursive approaches in entrepreneurship: a second movements in entrepreneurship book. (pp.8-
21).Northampton: Edward Elgar.
● Reynolds, Paul D.; Camp, S.Michael; Bygrave, William D.; Autio, Erkko; Hay, Michael (2001).
Global Entrepreneurship Monitor 2001. Executive Report. Wellesley,MA/London/Kansas City:
Babson College, London Business School and Kauffman Center for Entrepreneurial Leadership.
● Davidsson, P., Low, M. B., e Wright, M., (2001). Editor’s introduction: Low and McMillan ten years
on: achievements and future directions for entrepreneurship research. Entrepreneurship Theory
and Practice, 25 (4), pp. 5-16.
● Gerber, M. E., (2004). Empreender fazendo a diferença. São Paulo: Saraiva.
● Dees, J.G. (1998). The meaning of “Social Entrepreneurship” Visualizado a 18 de Abril em:
http://www.redalmarza.cl/ing/pdf/TheMeaningofsocialEntrepreneurship.pdf
● Cunha, C. J. C. A., e Ferla, L. A., (1997). Iniciando seu Próprio Negócio. Florianópolis: Instituto de
Estudos Avançados.
● Leite, E. F., (1999). Formação de Empreendedores e o papel das Incubadoras. Universidade
Católica de Pernambuco. Anais do I Encontro Nacional de Empreendedorismo, Florianópolis:
UFSC.
● Instituto Nacional de Estatística, (2009). O Empreendedorismo em Portugal: Indicadores em
Portugal. Indicadores sobre a Demografia das Empresas (2004-2007). Visualizado em 4 de Julho,
2012, em www.ine.pt.
● Mueller, S., e Thomas, A., (2001). Culture and entrepreneurial potential: A nine country study of
locus of control and innovativeness. Journal of Business Venturing, 16 (1), pp. 51-75.