«não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.» · a liturgia da palavra do xxiv...

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A liturgia da palavra do XXIV Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflecr sobre o per- dão: apresenta-nos um Deus que ama sem condição, sem limites e sem medida; e convida-nos a assumir uma atude semelhante para com os irmãos que, dia a dia, caminham connosco, ao nosso lado. No Evangelho (Mt 18,21-35), São Mateus recorda-nos que o perdão dos discípulos de Jesus deve ser sem medida porque sem medida é a misericórdia de Deus. Os crentes são convidados a descobrir a lógica de Deus e a deixarem que a mesma lógica de perdão e de misericórdia sem limites e sem medida marque a sua relação com os irmãos. Podemos dizer que a parábola deste domingo é a ilustração do ensinamento de Jesus que re- zamos na oração do Pai Nosso: perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós temos perdoa- do àqueles que nos tem ofendido”. A primeira leitura (Sir 27,33-28,9) mostra como é ilógico esperar o perdão de Deus e recusar-se a perdoar ao irmão; e avisa que a nossa vida nesta terra não pode ser estragada com senmen- tos, que só geram infelicidade e sofrimento. Na segunda leitura (Rom 14,7-9), Paulo sugere aos cristãos de Roma que a comunidade cristã tem de ser o lugar do amor, do respeito pelo outro, da aceitação das diferenças, do perdão. Nin- guém deve desprezar, julgar ou condenar os irmãos que têm perspecvas diferentes. Os segui- dores de Jesus devem ter presente que há algo de fundamental que os une a todos: Jesus Cris- to, o Senhor. Tudo o resto não tem grande importância. A nossa pertença a Cristo exige que os nossos valores, senmentos e atudes sejam os de Cris- to. Assim sendo, e se de verdade pertencemos ao Senhor passemos da vingança ao perdão sem limites! Só assim viveremos totalmente o perdão que Deus nos oferece! Só assim seremos testemunhas credíveis do perdão de Deus! Boletim Paroquial de Caminha e Vilarelho DOMINGO, 17 SETEMBRO 2017 «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.» XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A

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Page 1: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.» · A liturgia da palavra do XXIV Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre o per-dão: apresenta-nos um Deus

A liturgia da palavra do XXIV Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre o per-dão: apresenta-nos um Deus que ama sem condição, sem limites e sem medida; e convida-nos a assumir uma atitude semelhante para com os irmãos que, dia a dia, caminham connosco, ao nosso lado. No Evangelho (Mt 18,21-35), São Mateus recorda-nos que o perdão dos discípulos de Jesus deve ser sem medida porque sem medida é a misericórdia de Deus. Os crentes são convidados a descobrir a lógica de Deus e a deixarem que a mesma lógica de perdão e de misericórdia sem limites e sem medida marque a sua relação com os irmãos. Podemos dizer que a parábola deste domingo é a ilustração do ensinamento de Jesus que re-zamos na oração do Pai Nosso: “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós temos perdoa-do àqueles que nos tem ofendido”. A primeira leitura (Sir 27,33-28,9) mostra como é ilógico esperar o perdão de Deus e recusar-se a perdoar ao irmão; e avisa que a nossa vida nesta terra não pode ser estragada com sentimen-tos, que só geram infelicidade e sofrimento. Na segunda leitura (Rom 14,7-9), Paulo sugere aos cristãos de Roma que a comunidade cristã tem de ser o lugar do amor, do respeito pelo outro, da aceitação das diferenças, do perdão. Nin-guém deve desprezar, julgar ou condenar os irmãos que têm perspectivas diferentes. Os segui-dores de Jesus devem ter presente que há algo de fundamental que os une a todos: Jesus Cris-to, o Senhor. Tudo o resto não tem grande importância. A nossa pertença a Cristo exige que os nossos valores, sentimentos e atitudes sejam os de Cris-to. Assim sendo, e se de verdade pertencemos ao Senhor passemos da vingança ao perdão sem limites! Só assim viveremos totalmente o perdão que Deus nos oferece! Só assim seremos testemunhas credíveis do perdão de Deus!

Boletim Paroquial de Caminha e Vilarelho DOMINGO, 17 SETEMBRO 2017

«Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.»

XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A

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MÃE CLARA, CALCUTÁ NO TEJO

As últimas décadas impressionaram-se muito com a caridade de Santa Teresa de Calcutá. O seu amor pelos mais pobres entre os pobres, a que dedicou a sua congregação, foi em-polgante e divulgado por todo o planeta na era da comunicação. Aquilo que os jornalis-tas não sabiam é que esse tipo de caridade nada tem de especial, sendo muito frequente entre os discípulos de Cristo. A história da santidade está cheia de exemplos semelhantes ao longo de 2000 anos. Em Portugal, entre muitos outros casos, existe um que, cem anos antes, antecipa per-feitamente a missão de Santa Teresa, trazen-do Calcutá até ao Tejo. A madre Maria Clara do Menino Jesus nasceu há 175 anos, fundando, aos 30 anos, uma congregação dedicada ao auxílio dos mais pobres. No século XIX, Lisboa tinha muitas semelhanças com a Calcutá actual; foi essa miséria que fez sangrar o coração da religio-sa. A Associação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres por Amor de Deus nasceu em 1871 e rapidamente as obras multiplicaram-se dian-te das necessidades. Creches e colégios para as crianças abandonadas, lares de idosos, hospitais para doentes, cozinhas alimentando os pobres, a Associação foi-se encontrando envolvida na ajuda a milhares de infelizes. Os pedidos de irmãs vinham de vários lados, e apesar do grande número de vocações, as necessidades eram sempre maiores. Há, no entanto, uma grande diferença entre a santidade da Mãe Clara e a de Santa Teresa: no Portugal de oitocentos o poder, embora incapaz de tratar da miséria, seguia ideologias que recusavam as ordens religiosas. Por isso, toda essa magnífica obra de amor foi sempre feita em semiclandestinidade e eminente risco de extinção, sob ocasionais ataques ab-surdos e violentos. Os inimigos não eram ape-nas a fome, a doença, a solidão e a carência, mas também a incompreensão, a calúnia, a blasfémia e a perseguição. A única arma das irmãs era o amor de Deus, que a congregação ostentava no seu nome

nestes primeiros tempos. Esse amor era efi-caz. A história de Mãe Clara está cheia de episódios de intervenções providenciais: a falta aflitiva de qualquer coisa, comida, rou-pa, dinheiro, era súbita e inesperadamente colmatada por uma oferta inopinada. Como ela dizia: «nunca desconfio de Nosso Senhor, que Ele Se não digne dar-me uma prova da sua paternal bondade». Mas aquele aspecto em que melhor se via o amor de Deus era a multiplicação de vocações, desproporcionada aos obstáculos que agrediam a Associação, tornando-a a maior congregação do país. Hoje, após mais de 145 anos de história e sete anos após a beatificação da Fundadora, a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospita-leiras da Imaculada Conceição, CONFHIC con-tinua a sua missão, porque a miséria perma-nece na era da informação, junto com o amor de Deus.

in “João César das Neves”

VISITA PASTORAL 2018

Nos próximos dias 05 e 06 de Maio de 2018, o Sr. Bispo fará a Visita Pastoral às paróquias de Caminha e Vilarelho. Assim, da Visita Pastoral consta, também, a Administração do Sacramento do Crisma ou Confirmação. Para tal, estão abertas as inscrições para os candidatos ao Sacramento do Crisma.

Requisitos: + de 16 anos; Estar em situação matrimonial regular

perante a Igreja.

Inscrições até 8 de Outubro, junto do Pároco. —————

FESTAS DE S. SEBASTIÃO | ANO 2017

A Comissão de festas de S. Sebastião 2017 apresentou as suas contas:

Receita 9.012,71€ Despesa 7.297,71€ Saldo 1.715,00€

Este saldo foi entregue à fabrica da Igreja para ser aplicado na beneficiação do anexo que está implantado no terreno da capela.

A Comissão de festas aproveita para agrade-cer o empenho e a colaboração de todos os que tornaram estas festas possíveis e à nova Comissão de festas o desejo de um bom tra-balho.

Miradouro do Convento

Avisos Paroquiais

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INSCRIÇÕES PARA A CATEQUESE Informa-se que estão abertas as inscrições para o novo Ano Catequético. Podem ser feitas na Residência Paroquial ou nas Igrejas. Que todos os pais tenham a preocupação de educar os seus filhos de uma forma íntegra e completa: física, intelectual e moral. Aproveitamos para informar também que a abertura do Ano Catequético será no dia 07 de Outubro na Eucaristia das 18H00 na Igreja Matriz, com o compromisso dos catequistas, crianças/jovens e pais.

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PROGRAMA: 09H15 - Acolhimento

09H30 - Oração

09H45 - Apresentação da carta Pastoral: “Catequese: A Alegria do Encontro Com Jesus Cristo” (D. Anacleto Oliveira)

10H15 - Trabalhos de Grupo sobre os capítu-los III, IV e V da Carta Pastoral - “Catequese: A Alegria do Encontro Com Jesus Cristo” 1. Lugares do Encontro 2. Mediadores do Encontro 3. Destinatários do Encontro

11H30 - Painel

12H30 - Almoço

14H30 - Apresentação do Programa e forma-ção do Secretariado

15H00 - Conferência: A Alegria do Encontro Com Jesus Cristo (Pe. Rui Santiago Cssr)

17H00 - Eucaristia na Igreja Matriz de Ponte da Barca

Dia 17: - Raúl do Carmo Reis de Sousa; - Renato Xavier Castro Ribeiro; - Maria de Fátima C. Gonçalves da Costa; - Daniela Marques B. Lopes; - Rui Pedro Sofia Caiano. Dia 18: - João Luís Bacelos; - Emília América G. Lima Araújo; - José Augusto Fernandes de Oliveira; - Justa da Ascensão Pires Afonso; - Ana Maria C. Bouça Catarino; - André Viana Dâmaso. Dia 19: - Severa Manuela Sá de Brito; - Olinda Cerqueira Lopes; - António Joaquim da Cruz Alves; - Vítor Manuel Peraboa Couchinho. Dia 20: - Antónia Andrade da Silva Lopes; - António Domingues Martins; - André Fernandes Pedrosa. Dia 21: - Maria de Fátima Marques Lages; - Tiago Filipe de Sá Guerra; - Ernesto José Amorim Pereira; - Lino Portela Martins Braga; - Alberto Luís de Oliveira Vasconcelos; - Mário Joel Carvalho Teixeira. Dia 22: - Humberto Domingos Frutuoso Palas; - Rosa Maria da Cunha F. Rodrigues; - Liliana da Silva Miranda Lima. Dia 23: - Teresa de Jesus Rodrigues; - Ana Paula Carvalho da Cunha; - José Luís Malheiro Silva; - Sandrine Rio Tinto Alves; - Pedro Miguel de Castro Borlido.

Aniversários

FUNERAIS MODERNOS Num funeral, um dos convidados pergunta ao padre: - Qual é a password da Internet? - Respeite o falecido! – adverte o padre. E o convidado: - É tudo junto?

Sorria!

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Propriedade: Director: Colaborador: Publicação: Tiragem: Tel.:

E-mail: Site:

Dia Hora Intenções/Local

Segunda-Feira a Sábado

08h00 Convento de Santo António

Segunda-Feira 18 Setembro

18h00 Capela de Nossa Senhora da Agonia

Terça-Feira 19 Setembro

19h00 Igreja Matriz de Caminha - Fernanda Albina Porto (Aniv.); - Maria Quitéria dos Reis Pereira; - Isabel Felgueiras Silva Santos, Domingos Santos e família; - Maria do Carmo Lopes Veiga.

Quarta-Feira 20 Setembro

08h30

S. André Kim Taegon, S. Paulo Chang Hasang e Companheiros Mártires

Igreja da Misericórdia de Caminha - João Luís Lourenço Ribeiro, avós e padrinho; - Fernando Ilídio Costa Alves, José Elias Morte, Etel-vina Morte, Alice Costa e Irene Costa.

Sexta-Feira 22 Setembro

19h00 Igreja Matriz de Caminha - António de Matos Gavinho, António Maria Macha-do, Laura Lopes Marinho Guerreiro e Maria José Lo-pes Machado.

Sábado 23 Setembro

19h15

S. Pio de Pietrelcina

Igreja Paroquial de Vilarelho - António Maria da Veiga Ferro (Aniv.), esposa, filho e genro; - Carolina Maria Águeda.

Domingo 24 Setembro

11h30

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Igreja Matriz de Caminha - Maria de Lurdes Jorge de Matos, Rosa Pires, Antó-nio Gomes e Menino Jesus de Praga; - Manuel Arriaga São-Bento; - João Vieira; - Teresa Taveira Alves.

Serviço Religioso da Semana