nanci marisa strassacapa - operação de migração para o ... · rótulos dos alimentos...
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Secretaria de Estado da EducaçãoSuperintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas EducacionaisPrograma de Desenvolvimento Educacional
Universidade Estadual de Londrina
NANCI MARISA STRASSACAPA
CADERNO PEDAGÓGICOADITIVOS QUÍMICOS ALIMENTARES
Produção Didático-Pedagógica, elaborada e implementada como um dos requisitos necessários na participação do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), idealizado e mantido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED/PR), em convênio com as Instituições Públicas de Ensino Superior (IES).
Orientador: Prof.º Dr. Álvaro Lorencini Junior
IVAIPORÃ – PR2011
IDENTIFICAÇÃO
PROFESSORA PDE: Nanci Marisa Strassacapa
ÁREA: Ciências
NRE: Ivaiporã
PROFESSOR ORIENTADOR: Prof. Dr. Álvaro Lorencine Júnior
IES VINCULADA: UEL – Universidade Estadual de Londrina
1.1 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: CEEBJA - Centro Estadual de Educação
Básica Para Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Médio
PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: Alunos da área de Ciências do Ensino
Fundamental
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem a finalidade de discutir sobre o tema aditivo químico
alimentar, com o intuito de refletir sobre os costumes alimentares atual, que poderão
contribuir para aquisição de conhecimentos por parte do aluno e possível mudança
de hábito alimentar.
Proporcionando esclarecimentos sobre os alimentos industrializados,
possibilitando aos alunos a construção de uma postura crítica na escolha dos
alimentos que serão consumidos, para evitar possíveis problemas de saúde
advindos do consumo excessivo de alimentos com aditivos químicos.
Sendo a escola considerada como um lugar apropriado para o
desenvolvimento integral do aluno ressignificando o processo de ensino –
aprendizagem, estabelecendo relações entre o conhecimento empírico do aluno e
conhecimento científico, buscou-se a idealização deste trabalho sobre os aditivos
químicos alimentares, tendo em vista, a falta de conhecimento dos estudantes,
quanto a escolha de alimentos e a prática comum de consumo de industrializados
como base principal da alimentação diária, devido a praticidade dos mesmos.
Para tal, serão estudados junto aos alunos do Ensino Fundamental do
CEEBJA na disciplina de Ciências, os símbolos dos aditivos químicos presentes nos
rótulos dos alimentos industrializados, a fim de conhecer o significado, sua função
nos alimentos e ação no organismo humano, quando consumidos em grande
quantidade.
Sendo alimento entendido como fonte de matéria e energia utilizada pelos
animais a fim de promover as funções vitais de crescimento, movimento e
reprodução, se faz necessário o conhecimento para uma escolha de qualidade.
De acordo com o conteúdo estruturante matéria, do currículo de Ciências, a
alimentação destaca-se como conteúdo básico, instruindo jovens, adolescentes e
adultos a ter uma alimentação saudável, com condições necessárias de preservação
e manutenção da saúde.
Entendendo que os alimentos industrializados a cada dia estão mais
presentes em nosso cotidiano, sendo a televisão um dos principais meios de
comunicação responsável por essa propagação. A alimentação humana deixou de
ser natural e passou a ser composta por vários tipos de aditivos químicos com o
intuito de tornar a vida mais fácil e torna-los mais acessíveis.
A principal finalidade deste trabalho é esclarecer e instrumentalizar os
estudantes da importância de uma alimentação saudável e natural, compreendendo
os malefícios e benefícios causados pelos aditivos químicos adicionados aos
alimentos industrializados, tornando-os consumidores de alimentos mais saudáveis
e naturais a partir da intervenção pedagógica.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Desde a antiguidade, o homem tem se preocupado com a conservação e
armazenamento dos alimentos, para que pudessem ter maior durabilidade, isso era
feito de modo empírico e cultural utilizando-se de métodos naturais de conservação.
A busca de alimento e a forma de armazená-los e conserva-los, e o modo de
contornar a escassez, determinada pela periodicidade das colheitas, são problemas
que até hoje tentamos solucionar de maneira mais eficiente possível. (PARANÁ,
2004)
Embora a conservação de alimentos venha sendo praticada ao longo da
história do homem, somente em 1857, com Louiz Pasteur, é que se conheceu a
causa da deterioração dos alimentos. (PARANÁ, 2004). Estudos posteriores
mostraram que alimentos estragam por ação de microrganismo, as bactérias que
tem a capacidade de se multiplicar rapidamente e estão presente no ar atmosférico.
Diante disso, a conservação dos alimentos sempre foi uma preocupação do
homem que a muito tempo os navegantes europeus já percorriam o mundo em
busca de especiarias como cravo da índia, nos moscada, pimenta-do-reino e canela.
Além das especiarias, o loro, o sal de cozinha e o alho e muitos outros condimentos
sempre foram usados para melhorar as condições de conservação ao sabor dos
alimentos.
De acordo com Camargo, (2011) “industrialmente, utilizam-se ainda outros
produtos, em especial nitratos, nitritos e sulfitos, embora em menores quantidades,
com o mesmo objetivo.”
Todo processo de conservação dos alimentos até o século XVIII eram
descobertos e utilizados de forma empírica sem nenhum embasamento científico.
De acordo com Bachelard, (1996, p.09) o estudo científico iniciou-se no fim do
século XVIII se estendendo por todo século XIX e início do século XX, até então, o
homem tinha um pensamento pré-científico, marcado pela construção do raciocínio
e empírica do conhecimento científico.
Os métodos utilizados para evitar a deterioração dos alimentos por ação de
microrganismos e perda de qualidade são chamados de conservação que pode ser
feito de diversas maneiras, sendo a secagem de grãos de cereais ou legumes, uma
das técnicas mais antiga. Havendo também, conservação de frutas com açúcar
produzindo doces ou compotas, preparação de enchidos, picles, salgamento,
defumação ou congelamento.
O processo mais recente são os industriais como: enlatamento de alimentos
ou pasteurização de leite.
A conservação de alimentos tem a finalidade de evitar a ação de
microrganismos que causam o apodrecimento dos alimentos ou ação de enzimas do
próprio produto, pois, podem causar danos a saúde humana devido a produção de
toxinas ou influenciar no aspecto nutricional ou aparência do alimento.
Foram criados também métodos de pasteurização, esterilização,
branqueamento, secagem ou desidratação, fumagem ou defumação, liofilização,
fermentação e outros...
Pasteurização - recebeu este nome por ter sido criada pelo químico francês
Louis Pasteur, descobridor da causa da deterioração dos alimentos. Essa técnica
consiste em aquecer o alimento ou peças automotivas, com temperaturas
relativamente baixa, por um determinado tempo, para evitar alteração das
propriedades do produto por ação de microrganismos patogênicos ali existentes.
Esterilização ou apertização – desenvolvido pelo confeiteiro francês Nicolas
Appert. É um processo que expõe os alimentos a alta temperatura, no caso de
comida enlatada o tempo de exposição é maior, em alimentos líquidos (tipo longa-
vida) o tempo é menor. A principal função dessa técnica é esterilizar o alimento
eliminando microrganismos que deterioram e causam problemas de saúde aos
consumidores, garantindo a comercialização do alimento por mais tempo.
Branqueamento – Comum o uso desta prática em frutas e hortaliças, para
evitar que haja ação de enzimas que causam reações de deterioração como o
escurecimento, este tipo de reação pode causar alterações sensoriais ou
nutricionais. Esse método, inativa a ação das enzimas e também reduz a carga
microbiana do produto, através de tratamento térmico, para que o alimento possa
ser congelado, desidratado ou esterilizado, pois estes processos não inibem a
atividade enzimática.
Desidratação ou secagem – o produto é exposto em local onde tenha um
grande volume de ar seco e quente ou diretamente ao sol em local seco para que
possa diminuir ou remover a água do alimento a qual é responsável a qual é
responsável pelo desenvolvimento de microrganismos que causam a putrefação.
Esse processo é muito usado na conservação de carnes, peixes e grãos. Há
também processo de desidratação por osmose, que é feito adicionando sal de
cozinha (cloreto de sódio) ao produto e posteriormente exposto ao sol, este método
é comum na conservação de bacalhau e carne-seca.
Na indústria o processo de secagem de carnes e peixes, é feito por fornos
próprios para este fim.
Liofilização – tecnologia moderna utilizada para extrair água de alimentos por
extrema secagem, este uso é comum em flocos de batata, café e outros alimentos.
O processo mais adequado para preservar células, enzimas, vacinas, vírus,
leveduras, soros, derivados sanguíneos, algas, bem como frutas, vegetais, carnes,
peixes e alimentos em geral é a liofilização no qual o produto é congelado a uma
temperatura bem baixa (abaixo de – 20 ºC), é submetido a uma pressão muito baixa
(alto vácuo) que extrai a água dos alimentos no estado sólido diretamente para o
estado gasoso através da sublimação tornando o produto final mais leve e mais
poroso, livre de umidade e capaz de ser reconstituída pela simples adição de água
sem sofrer alteração de textura, cor, sabor, aroma, teor de vitaminas, sais minerais,
proteínas etc. (PARANÁ, 2006, p. 20)
As frutas para ter maior durabilidade recebem carga radioativa. “A irradiação
de frutas, assim como a pasteurização do leite, pode prevenir importantes infecções,
por eliminar microrganismos patogênicos que podem causar doenças de origem
alimentar”. (NEVES, 2009, p. 193)
Com o sistema capitalista a indústria deseja pagar menos pela matéria-prima,
o produtor rural por sua vez pretende vender seu produto com maior obtenção de
lucros.
Devido à interdependência entre ambos houve grande aperfeiçoamento
tecnológico devido ao sistema capitalista com o intuito de reduzir custos das
mercadorias.
Para contribuir com a diminuição de preço de mercadorias passou a se fazer
uso dos aditivos químicos, pois, corante flavorizante substitui a matéria prima natural
que sofre com a variação de preço devido à escassez em determinadas épocas.
As frutas naturais sofrem problemas de deterioração no plantio, colheita,
transporte, armazenamento, extração do suco e outros, enquanto que quantidades
mínimas de corantes e flavorizantes substituem uma grande quantidade de frutas.
A apresentação estética dos produtos estão diretamente ligadas ao mercado,
os aditivos como estabilizantes de espumas e de emulsões os espessantes, os anti-
umectantes são usados para conservar o aspecto do produto com aparência de
fresco por maior tempo, como exigidos pelo mercado.
Na atualidade usam-se os aditivos químicos para conservar os alimentos ou
mesmo melhorar suas propriedades nutritivas, ou lhe dar aspectos mais bonitos.
Nos dias de hoje é quase impossível consumir alimentos que não contenha
nenhum aditivo químico. Mas existem também os aditivos benéficos como é caso do
iodo adicionado ao sal de cozinha, das vitaminas acrescidas ao arroz e a farinha de
trigo usada na fabricação de biscoitos pães, bolos, e outras massas.
Atualmente alimentos não servem apenas para matar a fome e fornecer
energia, eles também têm contribuído para melhorar a saúde das pessoas, são os
chamados “alimentos funcionais” enriquecido com vitaminas, sais minerais, ácidos e
outros, capazes de diminuir o risco de doenças melhorando as funções do
organismo.
No Brasil, são vários os produtos que tentam agregar um valor nutricional
maior nos alimentos. Já está sendo produzido, em caráter experimental, um amido
de milho que agrega aveia, cevada, arroz e milho, vitaminas e ferro. Algumas
marcas de leite incluem em sua composição o ferro, que ajuda no tratamento da
anemia, principalmente entre crianças e idosos, além de várias vitaminas com
funções diversas e até um ácido chamado ômega-3, que ajuda no controle do
colesterol prevenindo doenças cardiovasculares (ALVARENGA, 2011)
Com o avanço dos alimentos funcionais os ovos já estão chegando com
menos colesterol e ainda enriquecidos com ômega-3, os pães enriquecidos com
fibras, além de ajudar o bom funcionamento intestinal, também favorece a redução
de colesterol e dieta de diabéticos.
O sitostanol, composto utilizado em uma margarina americana promete
reduzir o colesterol se consumido uma colher e meia, diariamente.
Lembrando que os alimentos enriquecidos vieram para melhorar em alguns
aspectos, mais isto não quer dizer que devemos substituir os alimentos naturais
pelos funcionais, pois, precisamos de uma dieta equilibrada e associada a exercícios
físicos.
Os aditivos descobertos mais recentemente são mais eficientes, porém
perigosos por ser substâncias químicas um pouco tóxicas que em determinados
casos podem ser prejudicial a saúde humana.
Com o avanço científico e tecnológico passou a se fazer uso excessivo de
produtos industrializados com grandes quantidades de corantes e também NaNO2
(nitrito de sódio) e NaNO3 (nitrato de sódio) usado para avermelhar carnes e
derivados, conservantes como P.V dióxido de enxofre (SO2) P.V.I oxitetraciclina e
cloro tetraciclina (antibióticos) ambos cancerígenos sendo os dois últimos proibido o
uso no Brasil e o P.I ácido benzóico e seus sais que afetam o metabolismo, sem
contar os flavorizantes e outros muito desses produtos podem fazer parte dos
enlatados usados na merenda escolar das escolas estaduais .
A primeira idéia que uma pessoa precisa ter como alimentação é que nem
tudo que é gostoso é bom e saudável, os industrializados, por exemplo, são
caracterizados com belezas atraentes e artificiais que podem fazer muito mal,
enquanto que o bom é natural, mas ofuscado com pouca cor, pouco sabor e por isso
pouco atraente, mas o ideal para saúde humana porque nutre as células evitando
carência de determinados nutrientes essenciais.
Se não fossem os alimentos participantes de nossa nutrição diária, não
conseguiríamos andar, falar, e nem mesmo parar em pé, por isso devemos escolher
bem o que comemos.
A principal função da alimentação é fornecer ao organismo substâncias que
lhes dêem “energia”. Afinal, o organismo é como uma máquina, para trabalhar
precisa consumir energia. Sendo esta definida como: propriedade de um sistema
que lhe permite realizar trabalho através da força e vigor, proporcionado ao corpo.
Os alimentos encerram, em grande parte, substâncias orgânicas, como
proteínas (carnes), lipídios (gorduras), e glicídios (açúcares). As moléculas dessas
substâncias especialmente os glicídios e glicídios acumulam grandes reservas de
energia nas ligações de seus átomos. Assim, quando tais alimentos são
incorporados ás células, eles procedem como verdadeiros combustíveis. Basta a
célula “queima-los” através de reações químicas, para deles obter a energia
necessária para a manutenção da vida.
Visando uma questão de aparência e para atingir o público infantil que é
atraído pelas cores, os corantes são utilizados em larga escala e tem sido objeto de
muitas críticas pelo fato de seu uso ser desnecessário em uma grande variedade de
alimentos.
Na prática o consumidor não é capaz de controlar sua exposição aos
diferentes aditivos presentes em baixos teores nos alimentos e também não sabe
avaliar se o benefício recebido justifica o risco a que está exposto.
Nos imbutidos como salsichas, por exemplo, os conservantes mais usados
são os nitritos e nitratos, considerados cancerígenos. Por isso é importante diminuir
consumo desses produtos e consumir mais carnes frescas.
Em pudins e iogurtes, podem ter como aditivo químico, espessante,
aromatizante, acidulante, conservante e corante. Sendo que os corantes e
conservantes podem causar alergias e disfunções digestivas e metabólicas quando
consumidos em excesso. Para evitar problemas de saúde optar por pudins caseiros
e coalhados enriquecidas com frutas frescas.
Os aditivos mais comuns em hambúrguer são os: antioxidante, conservante,
corante, estabilizante e realçador de sabor, um dos reforçadores de sabor é o
glutamato monossódico, que já foi considerado cancerígeno mais não tem nada que
comprova cientificamente, para diminuir riscos de saúde, o melhor é utilizar
hambúrguer caseiro, feito de carne moída fresca.
Em gelatinas, balas e doces é comum o uso de acidulante, aromatizante e
corante artificiais, o consumo de corante em longo prazo pode causar alergias, e
também há suspeitas de problemas neurológicos, digestivos e metabólicos, o melhor
mesmo é substituir pelos doces e caramelos caseiros e gelatinas naturais feito de
frutas frescas.
Na realidade o mais certo a fazer é controlar o consumo de produtos
industrializados, variando ao máximo a dieta para evitar acúmulo de determinadas
substâncias no organismo para evitar possíveis problemas de saúde, a FAC e OMS
– respectivamente Organização das nações Unidas para Alimentação e Agricultura e
Organização Mundial de Saúde, controlam a dosagem dos aditivos químicos para
que sejam usados de forma mais segura.
Problemas causados pelos aditivos químicos alimentares
Aromatizantes:
Trabalhos científicos têm demonstrado que o Glutamato de monossódico
produz reações farmacológicas, possui risco tóxico a longo prazo e que produz
danos cerebrais a animais recém-nascidos.
Corantes:
Declaração do comitê misto FAO/OMS: “Com relação aos corantes
alimentares em geral, deve-se insistir em adquirir conhecimento do metabolismo,
pois que muitos dos tais compostos por sua natureza química tende a originar
produtos de decomposição potencialmente tóxicos, seja por ação de microrganismos
ou por transformações metabólicas no organismo”.
Estudos desenvolvidos têm demonstrado que os corantes estão diretamente
relacionados com a hiperatividade em crianças.
Conservantes:
Embora tido como inofensivo mesmo em grandes quantidades, sabe-se que o
uso do ácido benzóico produz irritação da mucosa digestiva e seus metabólitos
urinários. O ácido Hipúrico e ácido bezoilglicorônico produzem irritações das células
que revestem a bexiga, estando ligados possivelmente a formação de tumores
vesicais. O nitrito suspeita: pode reagir com aminas, substâncias encontrada
naturalmente nos alimentos e formar nitrosaminas provavelmente cancerígenas.
Antioxidantes:
Geralmente causa danos à saúde, mesmo abaixo das “doses diárias
permitidas”, pois interferem no metabolismo como um todo. Produz aumento de
cálculos renais, ação tóxica sobre o fígado, reações alérgicas, descalcificação e
redução da absorção do ferro.
Estes são alguns exemplos de efeitos tóxicos causados pela in gestão
inadequada de alimentos. Frequentemente, estudos demonstram problemas em
aditivos anteriores considerados inócuos. Outro fator agravante é que não se coloca
nos rótulos a quantidade de aditivos adicionados, nem a quantidade tolerada pelo
homem.
Manter a saúde em bom estado é um desafio que se renova a cada dia, com
muitos caminhos para se alcançar os mesmos objetivos. È quase impossível não ser
atingido pelos males da evolução científica, contudo, manter-se informado, analisar
todas as coisas é um caminho para fugir de certos riscos. Procurar examinar os
alimentos, aprender a ler os rótulos e, saber pelo menos o que significa aqueles
código do tipo H.I, A.I, P.II, etc., para poder comer de modo mais seguro prevenindo
assim as doenças que têm origem na má alimentação.
DENOMINAÇÃO, USO DOS ADITIVOS QUÍMICOS E SUAS FUNÇÕES
Classe de
aditivos
Exemplo Para que
serve?
Onde é usado?
Antiumectante Carbonato de cálcio e
de magnésio, dióxido
de silício.
Controla a
umidade dos
produtos.
Sal de mesa, pós
para refrescos,
temperos em pó,
queijos fundidos.Antioxidante Ácidos ascórbicos,
cítricos, fosfóricos.
Retarda
aparecimento
ranço
(oxidação)
nos alimentos.
Cervejas,
margarinas, óleos e
gorduras, pós para
refresco,
sobremesas,
farinhas, leite de
coco. Corante Açafrão, caramelo,
tartazina, amarelo
crepúsculo, bordeaux,
azul brilhante.
Dá a cor e
intensifica a
coloração.
Pós para refresco e
gelatina,
refrigerantes,
manteiga, geléias e
licores artificiais,
sorvetes.Conservador Benzoato de sódio,
dióxido de enxofre,
Impede que
os alimentos
Bebidas alcoólicas,
carnes, queijos,
nitrato de sódio,
propionato de cálcio.
estraguem por
ação de
microrganism
o ou enzimas.
conservas,
refrigerantes,
chocolates, preparo
de polpa.Edulcorante Ciclamato de sódio,
aspartame,
acessulfame K,
sacarina.
Substância
diferente do
açúcar capaz
de conferir
sabor doce
aos alimentos.
Adoçantes de mesa,
doces dietéticos em
geral.
Aromatizante Extrato natural de
fumaça, vanilina,
essências naturais e
artificiais.
Confere ou
realça o
aroma, ou
sabor dos
alimentos.
Balas, pós em geral,
carnes e derivados,
gelatina, licores,
sorvetes,
margarinas,
refrigerantes e
biscoitos.Acidulante Ácido cítrico, málico,
fumárico láctico,
tartárico, ascórbico.
Confere ou
intensifica
sabor ácido
dos alimentos.
Balas, pós em geral,
sorvetes,
refrigerantes e
geléias em geral.Estabilizante Alginatos, agar-ágar,
citrato de sódio,
gomas em geral,
lecitina, polifosfato,
mono e diglicerídios.
Ajuda a
conservas as
emulsões e
suspensões.
Queijos fundidos,
conservas, balas
moles, doce de leite,
creme de leite,
sorvetes, margarina
SÍMBOLOS E NOMES DOS ADITIVOS QUÍMICOS ALIMENTARES
Conservantes
ÁCIDO BENZÓICO e seus sais de cálcio, potássio e sódio. P.I
ÁCIDO SÓRBICO e seus sais de cálcio, potássio e sódio. P.IV
DIOXIÓDO DE ENXOFRE: metabissulfito de sódio, de potácio, de cálcio, bissulfito de sódio, de cálcio, de potácio, sulfito de sódio, de cálcio e de potácio.
P.V
NATAMICIA (Pimaricina) P.XII
NITRATO DE POTÁCIO OU SÓDIO associo ou não a
NITRITO DE POTÁSSIO OU SÓDIO
PVII
NITRITO DE POTÁSSIO OU SÓDIO P.VIII
PROPIONATO DE CÁLCIO, SÓDIO OU POTÁCIO P.IX
PRRA-HIDROXIBENZENO DE METILA, PROPILA, ETILA E SEUS SAIS SÓDICOS P.III
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm
Corantes
CORANTES NATURAIS C.I
SINTÉTICOS IDÊNTICOS AOS NATURAIS C.III
CARAMELO C.V
CORANTES ARTÍFICIAIS C.II
CORANTES INORGÂNICOS C.IV
Aromatizantes
Quando o objetivo for o de conferir ao alimento um sabor definido:
• Aroma Natural ou Natural Reforçado – sabor natural de... ou sabor de... • Aroma Reconstituído – sabor reconstituído de... • Aromo Imitação – sabor imitação de...
• Aroma Artificial – sabor artificial de...
Quando o objetivo for o de reforçar o sabor de aroma natural já existente ou conferi-lhe sabor ou aroma não específico:
• Aroma Natural – contém aromatizante natural de... ou contém aromatizante de... ou contém aromatizante natural composto
• Aroma Natural Reforçado – contém aromatizante natural reforçado de... • Aroma Reconstituído – contém aromatizante reconstituído de... • Aroma Imitação – contém aromatizante imitação de ... • Aroma Artificial – aromatizado artificialmente
Aroma Natural de Fumaça – aroma natural de fumaça adicionado
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm
Estabilizantes
ÁCIDO ALGÍNICO E SEUS SAIS DE AMÔNIO, CÁLCIO, SÓDIO, POTÁSSIO ET.XXXVI
AGAR-AGAR ET.XXXVIII
ÄCIDO META-TARTÁRICO ET.XXXVII
Amido Quimicamente Modificados
ACETATO DE AMIDO ET.XXXIII
ADIPATO DE DIAMIDO ACETILADO ET.XXXV
AMIDO OXIDADO ET.XXXIX
AMIDO TRATADO POR ÁCIDO ET.XXX
FOSFATO DIAMINO ET.XXXI
FOSFATO MONOAMIDO ET.XL
FOSFATO DE DIAMIDO FOSFATADO ET.XLI
FOSFATO DE DIAMIDO ACETILADO ET.XXXII
ACETATO ISOBUTIRADO DE SACAROSE (SAIB) ET.XXII
ALGINATO DE PROPILENE GLICOL ET.XXXVI
CARRAGENA- MUSGO IRLANDÊS ET.X
CLORETO DE CÁLCI ET.XLIV
CARBOXIMETILCELULOSE E SEU SAL SÓDICO ET.XLII
CASEINA DE SÓDIO ET.V
CELULOSE MICROCRISTALINA ET.XX
CITRATO DE SÓDIO ET.VI
CITRATO DE TRIETILA ET.XLIII
DIACETIL TARTARATO DE MONO E DIGLICERÍDEOS ET.XXV
ESTEARATO DE POLIOXIETILENO GLICOL ET.XXIII
ESTEAROIL-2-LACTIL-LACTO DE CÁLCIO ET.VII
ESTEAROL-2-LACTIL-LACTATO DE SÓDIO ET.VII
ÉSTERES DE ÁCIDO ACÉTICO DE MONO E DIGLICERÍDEOS ET.XLVI
ÉTERES DE ÇIDO CÍTRICO DE MONO E DIGLICERIDEOS ET.XLVII
ÉSTERES DE ÁCIDO GRAXOS COMESTÍVEIS DE PROPILENO GLICEROL (ESTEARATO DE PROPILENO GLICOL)
ET.IX
Fosfatos
FOSFATO DISSÓDICO OU POTÁCIO ET.XXVIII
FUMARATO DE ESTEARILA E SÓDIO ET.XXIV
GLUTACONATO DE CÁLCIO ET.XLVIII
Gomas
ADRAGANTE ET.L
ARÁBICA ET.II
CARAIA ET.LI
ESTER ET.XIX
GUAR ET.XXI
JATAÍ OU ALFARROBA ET.LII
XANTANA ET.XXXVII
HIDÓXICO DE CÁLCIO ET.XXXIV
LECITINAS (FOSFOLIPÍDEOS, FOSFATÍDEOS E FOSFOTEÍNAS) ET.I
MONO E DIGLICERÍDEOS DE ÁCUDO GRAXOS COMESTÍVEIS ET.III
MONOESTEARATO DE SORBITANA ET.XII
MONOPALMITATO DE SORBITANA ET.XI
Polifosfato
HEXAMETAFOSFATO DE SÓDIO, METAFOSFATOS DE SÓDIO OU POTÁSSIO, PIROFOSFATOS DE SÓDIO OU POTÁSSIO, TRIPOLIFOSFATOS DE SÓDIO OU POTÁSSIO
ET.IV
POLISORBATO 80 ET.XVI
POLISORBATO 65 ET.XV
POLISORBATO 60 ET.XIV
POLISORBATO 40 ET.XVIII
POLISORBATO 20 (ASSOCIADOS A MONO E DIGLICERÍDEOS) ET.XVII
SULFATO DE CÁLCIO ET.LIII
TARTARATO DE SÓDIO ET.XXIX
TRIESTEARATO DE SORBITANA ET.XIII
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm
Espessantes
ÁCIDO ALGÍNICO E SEUS SAIS DE AMÔNIO,, CÁCIO, SÓDIO E POTÁCIO EP.II
AGAR-AGAR EP.I
CARBOXIMETICELULÓSE E SEU SAL SÓDICO EP.III
CELULOSE MICROCRISTALINA EP.XI
GOMA ADRAGANTE EP.IV
GOMA ARÁBICA EP.V
GAMA CARAIA EP.VI
GOMA GUAR EP.VII
GOMA DE ALFARROBA OU JATAÍ EP.VIII
GOMA XANTANA EP.XIII
MUSGO IRLANDÊS (CARRAGENA, FURCELANA) EP.X
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm
Acidulantes
ÁCIDO ADÍPICO H.I
ÁCIDO CITRICO H.II
ÁCIDO FOSFÓRICO H.III
ÁCIDO FUMÁRICO H.IV
ÁCIDO LÁCTICO H.IV
ÁCIDO MÁGICO H.III
ÁCIDO TARTÁREO H.II
ÁCIDO GLUTONA DELTA XANTANA
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm <acesso em 15/07/2011>
EdulcorantesARTIFICIAIS:
ASPAREM CALOIRO "ADVERTÊNCIA PARA FENILCETONÚRICOS Por extenso
CICLAMINOS NÃO CALEIROS Por extenso
SACARINA NÃO CALOIRA Por extenso
NATURAIS:
ESTEVIOSÍDEO NÃO CALOIRO Por extenso
SORBITANA CALOIRO Por extenso
MATINAL CALOIRO Por extenso
Umectantes e Antiumectantes
UMECTANTES:
DIACETIL SULFOSSUCCINATO DE SÓDIO U.I.
GLICEROL U.I.
LACTATO DE SÓDIO C.V
PROPILENO GLICOL U.I.
SORBITANA U.I.
ANTIUMECTANTES
FOSFATO TRICICLO ET.III
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm
Antioxidantes
ÁCIDO SÓRBICO (A.C. – SÓRBICO e seus sais de potássio, sódio e cálcio)
A.
ÁCIDO CÍTRICO AI
ÁCIDO ISOASCÓRBICO ou Eritórbico e seu sal de sódio ET.XIV
ÁCIDO FOSFÓRICO AI
BUTIL-HIDROXI-ANISOL (BA) AV.
BUTIL-HIDROXI-TOLUENO (BHT) A.V.
CITRATO DE MONOGLICERÍDEO ET.XXI
CLORETO DE MONOISOPROPILA A.V.
CLORETO ESTONAS AS
EDITA– Ácido dissocio (etilenodiaminotetracetato DIAMIDO dissocio) P.XII
EDITA- Cálcio dissocio (etilenoaminotetracetato cálcio e dissocio) P.XII
GALEOTA de propila, duodecimal ou de ETILA P.IX
LECITINAS (FOSFOLIPÍDEOS, FOSFOTEÍNAS, fosfatados) A.V.
PALMITO de ascorbila e estearão de ascorbila ET.XV
TER- Butil-hidroquina (TBHQ) ET.XIX
TOCOFERÓIS P.XII
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm
Com o conhecimento científico disponível, organizado e integrado, com o
intuito de fornecer dados para o processo de tomada de decisões. Estabelece a
consistência de conhecimento científico, apontando quando determinado fenômeno
observado pode ser generalizado para um grupo ou população em geral, pois a
mudança de hábito alimentar da população brasileira, ocorrida nas últimas décadas
tem atraído dos órgãos reguladores e da comunidade científica como um todo, pois
a substituição de alimentos naturais por processados vem contribuindo para o
empobrecimento da dieta.
“Consequentemente, tal fato contribui, também, para o aparecimento de
doenças crônicas, não-transmissíveis responsáveis, principalmente pelas doenças
do aparelho circulatório, diabete e neoplasias, resultado das modificações no padrão
de adoecimento global na segunda metade do século XX. As doenças crônicas
transmissíveis apresentam etiologia multifatorial e estão associadas a fatores de
risco ambientais comportamentais, como alimentação inadequada, a obesidade, as
dislepidemias, o tabagismo e a física.” (CSP, 06/09/2010).
Diversos estudos têm demonstrado reações adversas aos aditivos, sendo
elas agudas ou crônicas, por distúrbio de metabolismo, alteração comportamentais
desencadeamento de alergias e até câncer com o consumo a longo prazo.
Nesse sentido é importante ter o conhecimento científico a este respeito
sabendo interpretar os rótulos dos alimentos, compreender os males que cada
aditivo pode causar, para que se possa alimentar melhor e ter boa saúde.
ORIENTAÇÃO PARA O PROFESSOR
Esse material poderá ser utilizado, no momento em que estiver trabalhando o
conteúdo estruturante (alimentos), destacando os problemas de saúde que o
consumo excessivo de produtos industrializados pode nos causar, dando ênfase, a
uma dieta equilibrada consumindo maior quantidade de alimentos naturais,
aproveitando as frutas e verduras da época para contribuir na economia.
Para que este trabalho tenha êxito, se faz necessário que o professor faça
uma prévia, para identificar os conhecimentos prévios saber o nível de
conhecimento que os alunos têm sobre o assunto e também saber os costumes
alimentares dos educandos para que se tenha um ponto de partida significativo.
PARA REFLETIR
1. Em sua opinião, a escola pode contribuir para mudanças de hábitos
alimentares?
2. De acordo com seus conhecimentos, qual das representações apresentada
abaixo define melhor uma alimentação de melhor qualidade?
1) 2) 3)
R:
3. A indústria utiliza corantes na maioria dos alimentos, isso ocorre porque os
alimentos coloridos são mais saudáveis? Explique sua resposta a partir dos
conhecimentos adquiridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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________, Secretaria de Estado da Educação. Química no Ensino Médio. Caderno 3. Curitiba: Departamento de Educação de Jovens e Adultos. 2004.
________, Secretaria de Estado da Educação Química / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
SITES CONSULTADOS
Imagem 1. Fonte: http://bastidoresdocampus.files.wordpress.com/2011/05/fastfood-lanche-gordura-valor-nutricional-size-5981.jpg
Imagem 2. Fonte: http://www.diretoriodeartigos.com.br/wp-content/uploads/2010/06/alimentos1.jpg
Imagem 3. Fonte: http://japostei.com/wp-content/uploads/alimentos.jpg
Fonte: http://kshimizu.sites.uol.com.br/oqsao.htm <acesso em 15/07/2011>