na corda bamba feitiçaria tce-ms libera lista com 240

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Na corda bamba Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 16 e 17 de agosto de 2020 A3 POLÍTICA A competência para tornar o candidato inelegível cabe à Justiça Eleitoral TCE-MS libera lista com 240 políticos que têm contas julgadas irregulares Andrea Cruz/ Rafael Belo O Tribunal de Contas do Es- tado de Mato Grosso do Sul divulgou na terça-feira (11), em edição extra do Diário Oficial, uma lista com cerca de 240 nomes de ex-prefeitos, ex-vere- adores e ex-gestores de órgãos municipais que tiveram suas contas julgadas irregulares e podem ter eventuais candida- turas barradas em 2020. Na publicação, o TCE escla- receu que não cabe a ele a tarefa de declarar a inelegibilidade dos gestores que figuram na relação, haja vista que a matéria é afeita à competência da Justiça Elei- toral, conforme dispõe o artigo 2.º, da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Porém, cabe a ele a publicação dos res- pectivos nomes. A lista possui 15 páginas, das quais 14 contêm aproxima- damente 45 processos irregu- lares. Os mais conhecidos são os ex-prefeitos Alcides Bernal (Campo Grande), Gilmar Olarte (Campo Grande), Daltro Fiuza (Sidrolândia), Ari Basso (Si- drolândia), Heitor Miranda do Santos (Porto Murtinho), Fran- cisco Pirolli (Sete Quedas), Marcelo Pimentel Duailibi (Ca- mapuã), Fauzi Suleiman (Aqui- dauana), Adão Rolim (São Gabriel do Oeste), além das ex-vereadores da Capital Thais Helena e Luiza Ribeiro, que também foi gestora da Funsat (Fundação Social do Trabalho), em 2012. Conforme informado, alguns dos processos são por suspeitas de desvio de dinheiro, improbidade administrativa, pe- culato e/ou outras formas de corrupção. Luiza Ribeiro é pré-candi- data ao cargo de vereadora pelo PT. Ela informou que a lista não a atinge, já que a defesa apre- sentou recursos e “tudo que de- veria ser feito” para demonstrar a legalidade da pré-candidatura e posterior candidatura. “Eu sou advogada e também sou pré- -candidata e se você pegar a lista deles verá que o TCE esclarece que não é a sua tarefa a questão de inelegibilidade. Então, na ver- dade, ele apresenta um rol dos últimos cinco anos em contas e cada um por um motivo está lá, porque são citações diversas e no meu caso não vai atingir. Já apresentamos tudo”, explicou. O ex-prefeito de Sidrolândia Ari Basso, que também foi citado na lista, explicou que não quer mais saber de política e que saiu do PSDB há alguns meses. “Não pretendia me candidatar a nada e eu saí do partido faz uns meses. Não quero mais mexer com isso. Saí porque não dá pra trabalhar com política. Existe muita acusação sem sentido eu estou toda semana pagando multa e coisas que não têm nada a ver. Temos 30 dias para entregar um documento e eles [TCE] têm 30 anos para re- ceber”, disse Ari, que também afirmou não ter em mente o apoio a nenhum pré-candidato. “Tem três ou quatro nomes que vão disputar em Sidrolândia e não sei nem se vou apoiar alguém. Já saí do partido para não ser obrigado. Estou bem cansado”, cita. Em Campo Grande, também aparecem como irregulares os nomes de Astrogildo Silva de Lima, ex-presidente da Lotesul, o ex-secretário municipal de Saúde Ivandro Corrêa Fonseca, o servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, o ex-diretor-presidente da Fun- dação Municipal de Cultura Júlio César Pereira Cabral e Marcelo Luiz Bonfim do Amaral, que foi ex-presidente da Sa- nesul, ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg), su- perintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), diretor de Regulação Econômica da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan). O ex-secretário de Saúde Ivandro Fonseca, que é pré-can- didato a vereador pelo Progres- sistas, disse que já entrou com recurso referente ao processo que deixa a conta irregular. Ele citou que vai encaminhar o restante da documentação para dirimir as dúvidas e assim ficar quite com o TCE. “Na qua- lidade de gestor público temos a obrigação de prestar conta de todas as ações implementadas na saúde pública e o TCE tem a prerrogativa de fiscalizar a aplicação. Encaminhamos todos os processos licitatórios que eles pediram e percebemos a ausência de alguns documentos que não haviam sido encami- nhados pela Sesau depois que eu sai do cargo. Tomamos as providências e justificamos a ausência deles. Fiz requeri- mentos pedindo as cópias para a Secretaria e formei por parte dos meus advogados para que a Sesau disponibilize, pois o TCE está pedindo.” Campeões Os campeões de processos são os ex-prefeitos de Corguinho, Teophilo Massi, com mais de 16; de Rio Negro, Joacir Nonato Rezende, com 12; Aral Moreira, Edson Luiz de David, com 12; de Aquidauana, José Henrique Gonçalves Trindade, com 11; de Bandeirantes, Flávio Adreano Gomes, com dez processos e De Dois Irmãos do Buriti, Wlademir de Souza Volk, com oito. Ficha limpa De acordo com a Lei Comple- mentar nº 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa, são inelegíveis analfabetos, estran- geiros, militares da ativa, os parentes de chefes do Execu- tivo, e políticos cassados ou condenados definitivamente por determinados crimes ficariam inelegíveis; também são con- siderados inelegíveis aqueles que não tiveram condenação definitiva pelos crimes que enu- mera – basta ser condenado por um colegiado de juízes. São oito anos de afastamento da vida pública, contados a partir do fim do cumprimento da pena. Para o ex-juiz eleitoral, o advogado Ary Raghiant Neto, é mais comum ficarem inelegíveis aqueles políticos com conde- nação judicial e que respon- deram a ações de improbidade administrativa. “Outro caso clássico é o abuso do poder e poder econômico em eleições passadas. Temos casos emble- máticos que é o caso de Delcídio Amaral, que está afastado por ter perdido o mandato. É o cha- mado efeito jurídico colateral. Também é o que aconteceu ini- cialmente com Bernal e Olarte, que estão afastados por oito anos”, explicou. Gilberto Gil, cantor e ex-ministro da Cultura, sobre decisão da Câmara de debater em regime de urgência mudanças nos direitos autorais Todas as partes precisam ser ouvidas. O Projeto de Lei 3968 é de 1997. Por que agora seria urgente? Não faz sentido Feitiçaria Não passou despercebido na Câmara, muito menos na Economia, que um dos principais fatores que ajudaram a elevar a popularidade de Jair Bolsonaro tenha sido criado justamente com o intuito de sufocá-lo. Nesta sexta (14), políticos e membros do governo lembravam que o auxílio de R$ 600 foi obra de deputados, estimulada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), em momento de fragilidade do presidente quando se abria possibilidade de processo de impeachment. O ganho caiu no colo de Bolsonaro. Servir sempre “É comum, todo o esforço e o trabalho que o Parlamento faz geram louros para o Executivo. Isso também vale para estados e municípios. E não tem problema nenhum nisso”, diz o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP). Entrave Apesar dos ganhos produzidos pelo auxílio, nem parlamentares nem auxiliares de Paulo Guedes (Economia) creem que o benefício será mantido em R$ 600. A ideia é que a ajuda seja reduzida para algo entre R$ 250 e R$ 300 até se ligar ao novo programa social do governo, o Renda Brasil. Cufoco No Ministério da Economia, a expectativa é a de que o ganho de popularidade eleve a pressão por mais gastos. A discussão que será colocada, porém, é que a despes que turbinou Bolsonaro é o dinheiro repassado diretamente para as pessoas, não o aplicado em obras. Mesma língua Apesar das críticas de governistas e do próprio presidente a Guedes, parlamentares dizem que o ministro tem a seu favor, para permanecer no governo, mais do que o apoio do setor privado. Ele já demonstrou ter convergência com o discurso ideológico de Bolsonaro. Caminhos Para setores da oposição, o Datafolha indica que Bolsonaro cresceu por falta de uma alternativa. A esquerda se dividiu ainda mais durante a pandemia, como ilustra a corrida eleitoral em São Paulo, e não foi capaz de fazer frente ao governo. Líder Pessoas próximas a Davi Alcolumbre (DEM-AP) acreditam que ele deverá escolher um quarto senador para relatar a nova proposta de emenda constitucional, que substituirá as três enviadas pela Economia no ano passado. O texto tem o objetivo de achatar as despesas obrigatórias do governo, abrindo espaço no Orçamento para outros gastos. Um dos favoritos é Antonio Anastasia (PSD-MG). Corte O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu suspender a criação de 19 câmaras extraordinárias que dariam prêmios de até R$ 100 mil a desembargadores enquanto o Conselho Nacional de Justiça delibera sobre o tema. A medida foi assinada nesta sexta-feira (14) pelo presidente do órgão, Geraldo Francisco Pinheiro Franco. Plano A medida foi revelada pelo Painel na terça-feira (11). O tribunal daria um dia de compensação para cada sete processos julgados pelos desembargadores. Críticos diziam que os magistrados ganhariam bônus para exercer a função básica dos cargos.

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Na corda bamba

Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 16 e 17 de agosto de 2020 A3POLÍTICA

A competência para tornar o candidato inelegível cabe à Justiça Eleitoral

TCE-MS libera lista com 240 políticos que têm contas julgadas irregularesAndrea Cruz/ Rafael Belo

O Tribunal de Contas do Es-tado de Mato Grosso do Sul divulgou na terça-feira (11), em edição extra do Diário Oficial, uma lista com cerca de 240 nomes de ex-prefeitos, ex-vere-adores e ex-gestores de órgãos municipais que tiveram suas contas julgadas irregulares e podem ter eventuais candida-turas barradas em 2020.

Na publicação, o TCE escla-receu que não cabe a ele a tarefa de declarar a inelegibilidade dos gestores que figuram na relação, haja vista que a matéria é afeita à competência da Justiça Elei-toral, conforme dispõe o artigo 2.º, da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Porém, cabe a ele a publicação dos res-pectivos nomes.

A lista possui 15 páginas, das quais 14 contêm aproxima-damente 45 processos irregu-lares. Os mais conhecidos são os ex-prefeitos Alcides Bernal (Campo Grande), Gilmar Olarte (Campo Grande), Daltro Fiuza (Sidrolândia), Ari Basso (Si-drolândia), Heitor Miranda do Santos (Porto Murtinho), Fran-cisco Pirolli (Sete Quedas), Marcelo Pimentel Duailibi (Ca-mapuã), Fauzi Suleiman (Aqui-dauana), Adão Rolim (São Gabriel do Oeste), além das ex-vereadores da Capital Thais Helena e Luiza Ribeiro, que também foi gestora da Funsat (Fundação Social do Trabalho), em 2012. Conforme informado, alguns dos processos são por suspeitas de desvio de dinheiro, improbidade administrativa, pe-culato e/ou outras formas de corrupção.

Luiza Ribeiro é pré-candi-data ao cargo de vereadora pelo PT. Ela informou que a lista não a atinge, já que a defesa apre-sentou recursos e “tudo que de-veria ser feito” para demonstrar a legalidade da pré-candidatura e posterior candidatura. “Eu sou advogada e também sou pré--candidata e se você pegar a lista deles verá que o TCE esclarece que não é a sua tarefa a questão de inelegibilidade. Então, na ver-dade, ele apresenta um rol dos últimos cinco anos em contas e cada um por um motivo está lá, porque são citações diversas e no meu caso não vai atingir. Já apresentamos tudo”, explicou.

O ex-prefeito de Sidrolândia Ari Basso, que também foi citado na lista, explicou que não quer mais saber de política e que saiu do PSDB há alguns meses.

“Não pretendia me candidatar a nada e eu saí do partido faz uns meses. Não quero mais mexer com isso. Saí porque não dá pra trabalhar com política. Existe muita acusação sem sentido eu estou toda semana pagando multa e coisas que não têm nada a ver. Temos 30 dias para entregar um documento e eles [TCE] têm 30 anos para re-ceber”, disse Ari, que também afirmou não ter em mente o apoio a nenhum pré-candidato. “Tem três ou quatro nomes que vão disputar em Sidrolândia e não sei nem se vou apoiar alguém. Já saí do partido para não ser obrigado. Estou bem cansado”, cita.

Em Campo Grande, também aparecem como irregulares os nomes de Astrogildo Silva de Lima, ex-presidente da Lotesul, o ex-secretário municipal de Saúde Ivandro Corrêa Fonseca, o servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, o ex-diretor-presidente da Fun-dação Municipal de Cultura Júlio César Pereira Cabral e Marcelo Luiz Bonfim do Amaral, que foi ex-presidente da Sa-nesul, ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg), su-perintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), diretor de Regulação Econômica da

Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan).

O ex-secretário de Saúde Ivandro Fonseca, que é pré-can-didato a vereador pelo Progres-sistas, disse que já entrou com recurso referente ao processo que deixa a conta irregular. Ele citou que vai encaminhar o restante da documentação para dirimir as dúvidas e assim ficar quite com o TCE. “Na qua-lidade de gestor público temos a obrigação de prestar conta de todas as ações implementadas na saúde pública e o TCE tem a prerrogativa de fiscalizar a aplicação. Encaminhamos todos os processos licitatórios que eles pediram e percebemos a ausência de alguns documentos que não haviam sido encami-nhados pela Sesau depois que eu sai do cargo. Tomamos as providências e justificamos a ausência deles. Fiz requeri-mentos pedindo as cópias para a Secretaria e formei por parte dos meus advogados para que a Sesau disponibilize, pois o TCE está pedindo.”

CampeõesOs campeões de processos

são os ex-prefeitos de Corguinho, Teophilo Massi, com mais de 16; de Rio Negro, Joacir Nonato Rezende, com 12; Aral Moreira, Edson Luiz de David, com 12; de Aquidauana, José Henrique Gonçalves Trindade, com 11; de

Bandeirantes, Flávio Adreano Gomes, com dez processos e De Dois Irmãos do Buriti, Wlademir de Souza Volk, com oito.

Ficha limpaDe acordo com a Lei Comple-

mentar nº 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa, são inelegíveis analfabetos, estran-geiros, militares da ativa, os parentes de chefes do Execu-tivo, e políticos cassados ou condenados definitivamente por determinados crimes ficariam inelegíveis; também são con-siderados inelegíveis aqueles que não tiveram condenação definitiva pelos crimes que enu-mera – basta ser condenado por um colegiado de juízes. São oito anos de afastamento da vida pública, contados a partir do fim do cumprimento da pena.

Para o ex-juiz eleitoral, o advogado Ary Raghiant Neto, é mais comum ficarem inelegíveis aqueles políticos com conde-nação judicial e que respon-deram a ações de improbidade administrativa. “Outro caso clássico é o abuso do poder e poder econômico em eleições passadas. Temos casos emble-máticos que é o caso de Delcídio Amaral, que está afastado por ter perdido o mandato. É o cha-mado efeito jurídico colateral. Também é o que aconteceu ini-cialmente com Bernal e Olarte, que estão afastados por oito anos”, explicou.

Gilberto Gil, cantor e ex-ministro da Cultura, sobre decisão da Câmara de debater em regime de urgência mudanças nos direitos autorais

Todas as partes precisam ser ouvidas. O Projeto de Lei 3968 é de 1997. Por que agora seria urgente? Não faz sentido

FeitiçariaNão passou despercebido na Câmara, muito menos na

Economia, que um dos principais fatores que ajudaram a elevar a popularidade de Jair Bolsonaro tenha sido criado justamente com o intuito de sufocá-lo. Nesta sexta (14), políticos e membros do governo lembravam que o auxílio de R$ 600 foi obra de deputados, estimulada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), em momento de fragilidade do presidente quando se abria possibilidade de processo de impeachment. O ganho caiu no colo de Bolsonaro.

Servir sempre “É comum, todo o esforço e o trabalho que o Parlamento

faz geram louros para o Executivo. Isso também vale para estados e municípios. E não tem problema nenhum nisso”, diz o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP).

Entrave Apesar dos ganhos produzidos pelo auxílio, nem

parlamentares nem auxiliares de Paulo Guedes (Economia) creem que o benefício será mantido em R$ 600. A ideia é que a ajuda seja reduzida para algo entre R$ 250 e R$ 300 até se ligar ao novo programa social do governo, o Renda Brasil.

Cufoco No Ministério da Economia, a expectativa é a de que o

ganho de popularidade eleve a pressão por mais gastos. A discussão que será colocada, porém, é que a despes que turbinou Bolsonaro é o dinheiro repassado diretamente para as pessoas, não o aplicado em obras.

Mesma língua Apesar das críticas de governistas e do próprio presidente

a Guedes, parlamentares dizem que o ministro tem a seu favor, para permanecer no governo, mais do que o apoio do setor privado. Ele já demonstrou ter convergência com o discurso ideológico de Bolsonaro.

CaminhosPara setores da oposição, o Datafolha indica que Bolsonaro

cresceu por falta de uma alternativa. A esquerda se dividiu ainda mais durante a pandemia, como ilustra a corrida eleitoral em São Paulo, e não foi capaz de fazer frente ao governo.

LíderPessoas próximas a Davi Alcolumbre (DEM-AP) acreditam

que ele deverá escolher um quarto senador para relatar a nova proposta de emenda constitucional, que substituirá as três enviadas pela Economia no ano passado. O texto tem o objetivo de achatar as despesas obrigatórias do governo, abrindo espaço no Orçamento para outros gastos. Um dos favoritos é Antonio Anastasia (PSD-MG).

CorteO Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu suspender a

criação de 19 câmaras extraordinárias que dariam prêmios de até R$ 100 mil a desembargadores enquanto o Conselho Nacional de Justiça delibera sobre o tema. A medida foi assinada nesta sexta-feira (14) pelo presidente do órgão, Geraldo Francisco Pinheiro Franco.

Plano A medida foi revelada pelo Painel na terça-feira (11).

O tribunal daria um dia de compensação para cada sete processos julgados pelos desembargadores. Críticos diziam que os magistrados ganhariam bônus para exercer a função básica dos cargos.