n.• 187 - hemeroteca digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/obras/ilustracaoport/1909/... · 2014....

35
N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa IUC'11C'11ho de

Upload: others

Post on 22-Jan-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

N.• 187

Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa IUC'11C'11ho de AI.O'~)

Page 2: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

fl SERIE U,.1.UST~AÇÃO PORTUCUF.ZA

Jlssl9na1un da "llluma;lo P~11u9u1u" para Portugal, colonlas 1 litspa.ba Melo seculo de successo

Por anno.. . . . . ... . .. . . . .. . ... .. ....... •. . . . . ~ rél< • semoslro.. .. ..... .. . . . . . . ... . . . . . . . . ... . . 2$.iOO •

trimestre . .. ........ ,, .... .... .. .... 4~ Jllslgnalura con1unt1a do cS1cu10., cSuppl1m1nto ljumorls­

tlco do Stculo• 1 da •lllustra;ao Portugutza>

ESTOMAGO O Elixlr do D• Mialhe

Port1,ga,, cokmw1 e llespan.h<i Por anno ..................•.••••..... , , ..... .

de pepsina concentrada faz diqerir tudo rapidame.atl GASTRALGIAS, DYSPEPSIAS. .

• semestre ..... ... . .................•.••. • trimostre

A'asnda Bm todas as Pharmaclas d• Portu1at 11 do BraJf Pharma.cle MJALHE. 8. l'llO Fa.v•ri.. Paris

AGENCIA DE VIAGENS R. Bella da Rainha, 8-Lisboa

ERNST GEORGE. 1

SUCCESSORES 1

Venda de bilhetes de passagem em vapores e caminhos de ferro para todas as partes do mundo sem au:mento nas preços. Viagens cir­cu.atorias a preços reduzidos na França, ltalia, Suissa, Allemanha,

Austria, etc. Viagens ao Cgypto e no Nilo

Viagens de recreio no Mediterraneo e ao Cabo Norte

Cheque3 de viagem, subsUtuindo vantajosamente as cartas de cre· dito. Cheques para hoteis.

VIAGENS BARATISSIMAS A TERRA SANTA

li! 1

'~ ir­........ 9.1.::.:.Jam .......

l ''''''""''"'"'''''''''"'''''"''"'''"''''''"'""'''''"""""''''''''"'"'"'"''''''""'""'"''''"'"""""'"'''''"""""''''''"'""'"''''''"""'''''''' ''''''''"''''''''"''""''''''"'''''''''"''

Para encadernar a {;. º~!~~.; 0~~·~~~i,?11;,~

1 LLU STRAÇAQ PORTUGUEZA

do phanlasfa par;i. en· e ui ornar o primeiro se· mostre cro~to anno da ltlculr(lfl2o Porlugur.a.

PREÇO 360 RtlS

E1avtam-se para q1.alq1.e1· p.onto a quem a.s rc:qut· .silor. A llnport:rnela pó· <lo ser rcmcllfd:i om

,·alo do 1"..0rrelo ou sellos cm C3.rla registada. C!ula capa o.u aoon>p(uthCJda do t11dlc~ e ft"O~•Uspk iOI rel'putiws. Administração do SECULO LISBOA

Page 3: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

tfi.. r:anta ... :-;a •ua "" um 1111$!0"rto p;ilp•"• ~ Como na'º' do )lar' - Tri~tt·. é a nn1tc· runda ("nl t{UC .l luz 1rcme e he .. ua. Alegre. é como wn Sol <JUt• rom}w"'''' a ,~;111tarl

~lu~a~. vinde cf'r<·al·a' E' vo~!'a hm!\ t; mlH.·m. E para ;_t 1ninha vâch1. :ind11l'Õ;1 de Bellc·1:a, Sabe os g<-'Mº' de irm!\ \" de 'm; nu_· e dt• m!\t• Que d!\o ~lnria ç <'Crte1;1 !

Passa cli~tantc C' fo~c. . . t ·ma t·~tn•ll;1 uo <tr ~:'lo flcar:1 t!\o lon~c <' l'XUI da minha ml'to! Cant<Jndo. a ~ua vc1z ô nnno a ''º'· du ~l;1r: )fol a podem cal~r º"' ~rllos d<· paix:io ••.

Só a ambiç.!\o da A rh_~ a pcmt<~guc e l11sdna, Mas, se a Arte é :tupn nrn., ~' "lda t· lwm maior. l\J usa n:io queiras ser tào lon~inqua t• di\'ina, Que o L<. u olhar st: turve t· :1 hm f;u.:c r."·n~ !

Desce ú Terra: os teu~ pé~ ~oun~ o ~olo fcnmtlo, Ü teu peito C'Ollad{") (1~ t1.rvon.•• -.cl\'OS;1!t, Abre o wu <'nraçtm ao dcit<~·o <10 mundo. Beija as hcn-ov( do d1l\o, t·ufôa·le d~ ro:o1a, !

Nào tf'ma~ a \·olupia: a volupia ê ~ai;trada ... Quem nos ha clt• ~u·ordar a alma, !tC' n:l1) ft"1r A pala"ra que é dita e t1uasl que ht"ij;1da Entre \Urt b<'i,o mais lnnu;o t~ um sllt-ndo d\lmot?

Yh·e. \·h·e e ~ê linda e ,:adia t• 'inccra ... Se na tua \'OX !te Cr)..''\U~ o m\·,tt·rlo do )lar Dc..·ixa·3 lambem dizer c!tf3 iuquit'ta t hilm·ra Que do teu peito !tobc á ttor do tt.·u olhar.

De-h:a-a tambem diLer o que a Trrra 1c cli.1. )\o c~ínrc;n doloro .. o e OlTUho d .... !t !'lt:mt·ntt" • Todo o r)·thmo ~cm hm das t-ch<t!t juvt"ni~. A promes~a do trigo e do~ n·rgci:J c.·onu·ntcs !

E sobretudo canta a 3fü icdo1de btutal Dos que tentam rra".ar. na hora fu~itlia. Garras forte!>. prt.·nclt·rulo o 11onhu m;1is t·or<"al. Bvrcas arfantes e ~cdc:nta .. ~ dt' ;:1h·:.,'TÍ;\.

:\lu~a~ M.·r{1~ <lc1>oi~ a ln,pàtadora c:crt<t Porque ha do cnt!\o brilhar. Uor ir no ma w-•u,·;, - Como o orvo.11ho do Ct·u na nHmhn t-1ue de!!opt•rLa-0 sorriso inunt.lrt0tl da Bc:1lt·1a qut: p;1:'~a!

Jo.\o r>K ll \RROS.

3.)3

Page 4: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

i54

1-l'm cliaph tnóddo da nu Aioboca.&M i- V<.>4•• "' ~,., O' C•.• ~aia

e ..;&M<O de li .,ui Roy COM •111•liC.\l.n hord&dl.t a prelo " cr•ula 1.ikrty

.\ /1'1ulld(1lo l't>,.llft,:tu·:n prima em n!'lo csquc<:t."t 11u11(.1 os lc·.:,:itimo~ clitdtos tfas suas lc.-itor~•~ a111.1\·c.·h, e ot mt•lhor pro\·il que d'c·<<c• mc1kulnso niM;ulo púdl• d;tr· lhes 1·on<i<h' 1i.a rt·proclun;!\o (_tis ma~'llifi· 1-;.l4t phol• ~;::r<ephia~ d;i~ ultima" n<-1\·idades da mnda 11•uisit·11~c" iJUt• lhr ~!'lo cxpn·iii-~• mrn· le 1·i-wi.1d;1~ l'<'lt• <ft·u l·urrc·~ponch·ntí' cspe· ci~tl. e qm· $Upphmt;11n <c•mpn..~ u~ dc•!:('1\hos e cst~unpa~ ela maiori.a elos mdhon·~ jor­nau de motla!l, n~o !ti'> pelo primor da cxc· ntçl'lo, ccimo pt·la s«lcna cl<'gancia dos mo· dcln~. C is que· Hprc!'l~ntatllo!' hoje, por exemplo, cstamo,; çcrtos de que nào deixa­rtin ck mcrcn~r. pelo sru bom ~osto, n mal~ :liympathico acolhiro•"!nt" das nossas leitoras, para qm•m n1ld:tdosm1u:ntc fornm csco1hidos.

Page 5: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

355

Page 6: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

r-0 '•1>01 d;i aif.a11dc:~. 11uc ('On•l<1.1 foaaa ib rna111b.i> o~

p.qwcft09 lliHhi.U• li pni.t. da Tr.aáru.

r-At uc-aaca~ da ln-t•cai.a de Aka:iur.a

&&"'l:arda-.do, cm l.t...tioa. a oc:ca· •ilo do cmb.arque

.\ punkuhura começa a crt•;1t f.'1tos de cidade,

(eh1.menle, e o melhor tcstt·munho d"isso é a (,lnna \."(:Omu s:e or~isou •·~te annu a obra intelli·

1 gente dos hanho11 de- mar ás creaoça!' pobrr", (_~om o con· e-urso prt·ponclnantc dalii juntas de parodiia, VC'lhtl~ or~s· mos nadouar:J, de lidima re· prC$<"Olõ..ç:\o 1>i•1mtar. mantendo uma t,tTanclç JHt)an(a de ,·jda. e que. pelo '""""'"tis· ~

Page 7: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

.-, '-~~to~ ~:d~:.:.~."' .~~ f '::q_'>S os phtnomt·no5 1rad1- i *c-1~naes. ~('ott!tllram cuntra t O mcon$• 1<.·ntc ac5.aho de· ! ~ molidor do~ po1111<:0 .. , pra­' tkado em nonw da liber'-

! dacle. cada dia rn<1h: <":x1>lo­rada para o coumwttimcntn de crimt•s varlos. Temos,

1 pois. o direito til• sup1Klr ~ que esta bclla e pnw<•itosa l ' tentativa sub~istlrá, pda

sua rcconhedda o j:í com· provada utilldn<lt~ social

• proseguindo sob oJ t•xcel: .;- lent('s au~picirnt «1uc hoje a \...protegem.

1-Na pr:iia da ·rtt1fad:11 HV~t•11do a \U de ~11tnar no banho 2-Um upeC'lO do bllnllo

'3-Urn ~tupo de bli11hi.ilH prepand11• pnrA entrar na agua " - O sr. dr. Jo~é J>onlc,. da111.1o o ti.11ho • al.l(tunn.. c:rennçu

.l.\i

Page 8: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

1-DsM.nkJ~lo de pio • k-ite As cr-tallllf,llll

,_O n. Monto, .oc:io> da Cru& \'n .. melha. *"ª'"'nandoo 1111m.1. cr""'oça

J-Aqistindo ao 1-nhodo. .. -ompa.nhe.itos

4-0 sr. An1onlo d(lotl S.ntot1. socio da Cru& Verntelhn., l11zt111lo 1.1111 curahvo

,s-0 alm~o n• pral11. ((;'li'rAh de 111moL11n.)

Page 9: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

EM QUE CONSISTE A QUESTÃO RELIGIOSA? A lLLUSTRAÇAO PORTUGUEZA ENTREVISTA O ILLUSTRE

ESTADISTA CONSELHEIRO J05E MARIA DE ALPOIM

Com os-calores da cpoca, sob a indolencia pacificadora de que a atmosphcra nos embebe ccrebro e musc-ulos durante os mczcs canicula· rcs, amortec-endo·os para as grandes expressões da acth·idade, parece não 1>0dcrem desc11volvcr·se e to· m;:1r tOrma icléas e movimentos que exijam esforço 1>ersistc1)te. Mas o conflicto a <1uc cstan1os <issistiudo. rijrunente travado entre liberaes e r~1.rcion:· rios. C'om a sornma de af.

firmações, de incidentes que já hoje lhe im1>rimcm relevo io~Lpagavel, veiu mostrar· nos que ha interesses, que ha estimulos a realisar com mais predominio sobl'e as ccllulas do pensamento e da acçào do que as influencias

do calor <1uc o sol fecun.clo e cui· dadoso dcrraina sobre nós . E ~lS· s iin ó que, ape;i:ar das ahas tcmpe· r~foras da. estaç.no, ai>ezar das 1egi· tunas anc1cdades de repouso, no

bucolismo dos c:-ampos ou na serenidade tonificante das praias, <1uc se apoderam dos horl\Clls a quem co1npete C?ricntar e disciplinar situa­

ções como a actual , 4~ a questão derkal ~~~alastra. ii~tensi fica­

se adqmre. firme·

~:si--. 'tJJ,~~~>' ...,_ "'~ . &"""~-~

za e enthusiasmo. inIJinuando·se nos ª"imos, ~ ª"assallauclo as multidões. vibrnndo as t'.ncr· ' sias de todos os que ainda ~e sentem ca· pazes de h.1ctar.

A l//u.slra(dO Po1·/11g'11t·::a. como publica­ç:to extranha a ("onflictos partidarios e a con-\'Ul~ões sectarias, consen'a·Sic dentro da zona neutra em que nào é permittido pro1>0rcionar forças a qual­quer dos combatentes. Este facto n:io a iinpc:dc. po· rém. de entrndstar uma elas figutas dorninantc.·s n·cs­ta lucta-o sr. coo-sclhciro José d 'Al­poim no desejo de trnnsmittir aos que a leem a opir1iao, o lünitc das inten­ções do illustre ho­mem p\lbliro, assi · gnalando a intensi­dade do movimen­to atravéi das suas palavras .

Em no1ne da fl. luslrt1{do Po1•/11/{'1tt!· ::a, pois, procurei em sua casa o sr. conselheiro Alpoim.

Recebido com a aoH1bilidade acolhe­dora e amwcl d'um transmontano a quem a vida polili · ca e a larga perma­nencia no ambiente

Page 10: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

chamada il.llÜ·relh,rio~a. (, tiu~ <"lla é, ~im. é an· ti·dc-rh .li. anli-rc.accio· e.as regi<,n.··u:$, t·om·

mlmJ JUCÍ·lhe o moúvo da mi· nha '\ÍSÍta.

-)las que queria eu que me diSSC!l:~C ! - pc:nnultou. CO· lhi<lo de surpreza.

O que queria que me di .... it·~~r ? . . . <) que pcn~a\•a accr­t·a da questão clerkal, ques.

n~trfa, a.nü-ultramontana. X:.o f'~t.·, nus ll('U!I! intuitos demolir ou prc· ju<lh ~li' o catholicismo. Por mim de· d~ro-lhe mt·~mo que respeito a 1-:jffej.l < .1tholic'a portugueza com tO· tlus º" <cus u~os. com l.Odos: o~ :icu" n,stumcs. rc~alias e Jiberda­dt~S. Evidentemente ao dizec Egre·

~~""""'-~~~~~~~~~~~~~""""" .fJ ~ .p.Q<J .,.,o

t.'\•• qut• li:t m1•1,c s pJr<'ria r-.:vh•t·r •• t'!lpiritCJ nadonal para as '"""' n~pou~al1ili · dade!I histottra ... p.1ra <•s comrndüm<:ntos de enn~a e de bra\·ura e$(1Ut"<'llf• ... de· poi! cb. .. ultimas e dc<a<trn· sas 3\'Cntur.1' d1) 'tc·ulo X\'J.

Que combati.l .l t<"an;:lo jú ll•'>:! ~abi;uu• 19 peln parla· mcnt•• e pdu jornali<mo. Mas a llltulrttrlM dc'«·ja\·•l t~rn\he<,er ;1, ophl i!h 1 clt1 ~r.

:\lpohn rt~lati\'auu-ntc ans etTcitos pnw;tveis cio c.·1m· flicto nas 1 r(.mc;aff rt•lh~io· S<1~ do p;ilz, qu.mto ~m§ clc111t•1uos qu4• u pro\'oca· ram, ao~ uwi1 ·~ a cfk( ti· \'<tr p<lT<t lhe!!! mo•lcrar 11~ imp(.'t1)-f .1paix• 1nado!l" e <.,e seria pt.• .... i\'cl f.11.n nhH·r· \';tr e~~c .. nu·ios clt-ntro da a<tual •1r~.mis.i..,.1'<.1 l"-'litíca.

:\ v r-rt·u cntcnd<'r comt. ... ;ou o citl'Í•· tio parti· dol c.li .. ~itlrnlC'. dr1>oi~ de hrt'\TJ obj(•n;l°•C.S á curio~i· <lallc 'kl /lbulrt1(t?d f.'<-to mo\'imento sô IH·ndiciar.'1 as crt·n\"l' n·li~i1n1a~ tl11 pai/.. l..e\'ant,,.,.ic. limpa·as de noções pt•rturha<lnra~ a l(UC o deckali~mo in~hlhi· samtnto ;.14' u•111 alf4.·i\oc.u.lo. approximouHlo·••" il.1 pureza cumpativt•l 1·0111 a nrn~~a cul· tura c.~ o n1 •"· so st·ntlnH"n· to. Por i"'" C!''•' tJUt·,t!\n é fal:!'. ... tlHCfll('

~r: ~ ~~- . • \, lJo.t·..,.., .. ,-"''"'Tt'•l'\.t.s \r'C'·•\·l'vMftoll

·: --.._:,A,.. .. _

~ . .:.:~ ':.:..~~:::: ~·.':.::t5:7>:: :z:,~;:.:,. ~':::;~· ,"-IFI.'\. .~~/.a - .1., 11,.,.. UV-J"""*'{ /;- ., _ _,,,_. ,/;J

·J·,..1 .,_,.l""f'''·" l-1~ •• -,, -•J~'I.,* ,/. ··/~,"~"'-~. ... ,,#1(..-.1 ..• ,, •. ,/~ ""' "r."'!~1 .... 11.;.,,,~r:r·. ~~~~

~j,;.,._~~~:~·· I 1•'.!Ji.•r11,T1: l'llll"f"/l..OIC/rl. '''· IJ iit1 .... r /, l IJl'.lf«'l.ft.Vl'.f

'oKt$ <..w•".' ~klÍ • '·"llf'1~1f:·,·~~ .. ~~,·;:~:'•:fdulu frnu111c.'s...(,- .,

f,o./CJ.M.,a./., '/:,/, .,.,.,. _,,..J./, f. I t. /. tt-t~""r'•+'f. ,kl(,.1..,/(-.J,,/J...'-l•..t... /!,. . .,/,. ... ~

l'm do• ll'lllil•• r--mi•hklM d1*tt1bll1do• "ª J.:uu•f>& ,..,.. uc:c:u.ilo

da ei..pub.iu dos j~1o11IH de Portus:al tC.u.t.t~ tl4 •r .•••tMI J.'t•••W~J

no .. «J

ja portu~rz.i _n:.o qurro si~ific;lr uma h~t'ja inde· pcndc.·nte c.Je Reuna, poi5 que U1e cum1uc rt"Conlu·~ er o Summo Ponlifü·e romo chefe "cu chefe cJpiritUJI. - l~to nào lhe· dc-slroc fa• racteri!"tka.• propria!. ttuc a dislin~urrn do.•~· oulr~1~. :a semelhança ctn CJUt' !u .. • d;.t· va com a hjZrc.·~a rr,uu·c1.a dutante a ,. igt·1lda cta (011-

cordnlt1, :~ sc·mdhança do que not.;'lmu!C n:1 Egreja de qualquer paiz o prindpal· mente na no~st1 Egtc.·ja. <1uc d\lrante scntlos manteve cartl<"lCr proprio, arccnlua­do e ioconfuudlvt:I.

Ohjec1ei qut· a dlnicul· daJc cnati<t t.ah«·;r. t·111 rt·· constituir a pln·!'ionomiol quasi apa~1da d't')$l 1-~~"'r<"· ja. a phy~io1101nia t·m que se ~lient.a\',on os t.ra\05 essendaCi d,, "º'""'' lt'm· peramc.nto. cl<.L< no~<•1~ nr· tudes. dos no,sos clcfrl· tos. das llO""lõ~l' drcum,:,t.Jn· eia~ :;ociacs C"' cc.·unomka' diluida~ ao at\ril"lo )'let~i~· tente das convc·nic·ndall jc· suilicas.

- Rccoo~tituc·~c ~1~"c· verem o tllu;;trc parlauwn· tar - resta\lrmulo c rcvigo· rando, segundo o <'l'lphitu

modNHo, ª" lei~ de 1.,t 11n· b.-1. d'.r\1.,'lliar t• dt• Ura;uu­c'amp relati·

Page 11: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

Q

~~ ~:l $ cec__ mina nas localidades preíeri· ~j e aos 1csuiL:,s. n:to penn1ttindo ~- '~~ das para se estabelecer, com· .,,..,. que em Portugal, sob o 11retexto de v-., d>~ batendo os parochos que se lhe ;<\ ensmo, caridade, ou sequer ornç:"i.o, ~<=> ,J:-*"' nào submcttcru, cathech1sando pelo g~• possa1n estabelecer-se aquc11a~ coHectivida· i pulp1to, 1>elos JOrnaes, pela protecçào os· jt eles. O clero portuguez. o clero secular, o tcnsiva d 1alguns bispos. s~ que sae da massa geral da naçao. que $(; A entr.ida das ordens regulares no l'l0$SO ~ cria e \'ive no amor da terra terntorio accentuou-se nos ~" e da sodcdade que o rodeia, /:>(;€..r.ç; <; ""IS·0& ui ti mos annos. ~obre tudo a

logo que se liberte da astuci(l 7:-J ~ seguir á expulsào de França

'

tcodcnciosa da.E ordens regu· ~ ~ das congregações religiosas. lares. imprimirá ft Egreja por· muitos rnembros das quaes se tugueza o can1.cter pro· fixaram em Portugal. prio, nacional. estabelecendo-se ou-

0 sr. conselheho .\lpoim tros na Hespanha e na llalia. alonga-se em Gonsiderações. Tambem alguns nuncios. espc· fa.Ja do dero congrcganista e ciahnente o sr. V anutcli, co1\· dos seus esforços no sentido de correram para o dcscnvoh·i· a01ol<h1.r {1. sua indolc os padres mento da reacçào pela immi· seculares, tornanclo·os elemenlo graçào do clero estrangeiro ou extranho aos scntiinel'•tos ge· dCSt\acionalisado-cncontr<.ul· raes (1;;1. naçào e um inslrumcnto do au.'XiliO e estimulos em bis-

Pi:ISSivo de mane· pos reconhecida· jo a favor da sua mente ultramon· politica absor · tanos. vente. A onda -Eu sei que congrcganh;La, ha - accrescenta invadindo Por· o eminente Hbe· tuga1 nos derra· mi-documentos deiros :1.nnos do pubhcos cma· ~cculo pas~ado, nados official-c~palh,-1.-:;~ por ~ ~ mente d'alguns todo o p~m:. do· ~ · prelados. e en-

~ •-A••~••d•1j<>••la1ir•· ~ ~~. das pdos ~"s /~tf<>S ~ - :.::::----___ - Gravura 11#.haua dOlit'· -.;;;;: ~J'

-..;: =,i~'!'4:::!':~~=~ = jesuitas de Portupl

2.- Joaqulm A. d' Aguiar, O Mola-Pradei

Page 12: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

tre ellcs tl•l H. C<Lrcleal patriar· cha resig1uu~uio , aconselhando o seu dero !1 ltilu ra e ao .tm .. o.c·to a determinados jomaes reat~do. aar ios, <1u~ se d es tac am pela vehemcnda com que hostlli<am aquell!"s que <1$·

piram á cmand·

~~~~". -

tto emiss;;1ri•• que fie mandas.~e ,. Ronu' par~1 o con· traria1' o o numero de arras abarrota· das de dobrõe< w Jndia que o ace>m· panha$~Cm . . .

F:r;.l frequentc , na v<~rclade, esse mt•io de subôrno. O marquei; de Pon:· bal, por cxcmpl1 ao entrar em luc.:ta

co•tc Y.....,_ "'[ ~Jm I'OJlTl <~ .\T. "'~ 1-fli ym' ~'.'m.l,mm.: ) IN, J

.zu 1'frrnvr .. ·lut,' ,/;vir.• ll.i1uu".r, J-: • .,.~<Jp,,•,fw-.t4r~Y>/id~ ' • .úl.n.! !." R,.y,,,;;,u~ . ..t J;... -.,.{~ /,,.'

tÍ4'1tfU/.t1//loVI Por<ugu.:u~, ri t~m.r ""''' ~·~ ·:' ''"'lll'-";." rn:n1~~11. n . .'lll4!1fl .. .lu R.ry • .JJ./4'~· · ,m }(,•y !'ar ,,.,~.., Ú'<V" /,umfik , ~rrir/.'fll'"' lf J..J'flllU'1•,:,, .: f,1.1"/wn11r .·/u_, /l,.,,n,1rclt./,

~"'..oy ,{.....,/a 1~r~.,, ./'.,'l./,'~" ,,,, A',r.~r.~ /)-. 7'tnJ '/•( 11~· ,,..,,,.1 1t- '"""" 1.; { ,, .(oV't,_;, li'b ,/. 1- ·r••/.•. /';Nt,r /,,., J'"4" ,-{ /'t?Ur /.· 11.•/t·,

~o~~"".J'2>?0'.r.c..r.v-.rff..i:;lll t ' .

(;YlllNlolf"l#•,.,,.,,,,..,,,11,d·I" '<' ,.,,,,_,,.,., J,' µ,.,,.u ~na rnllC'i;çl.o (!(")si. A . t\ J.'ernanMt 1·t1omA.t1

paçào intdlectual e moral da sua ~1 contra os jt"suifas. escred;1 ao nosso pa.tria. representante uo \"a!iC"".itno ~ •a<1ui. em

- :\outro~ tempos. o fanati!'mc> l.i"\boa. hot mai~ de cem mil cruu-d·esses prelado~ liquida· dos de fina prata la"r.1d~t va·se com relativa facil i· em Paris e de porcelana cladc-t·onforme a ~rgu· de Sa.xe. Poderei t.llmbc1n

Page 13: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

EDIT lJ ~ ·..111u/ .. "h'll 1lt.1· ._ 4{ruite..i· Je lut.kr /G.r Etul.r ,~· l..1 l; 'Un •nnc· ,]e_'

N•r/11,,,,/ "'''"' /'On.quza! e.rL d..vw- f..,,,. _ /,1·/t/rv-.•,l ·/.; lc>urclc< JC.nlJ,,,. ÍÀJT1n(· ~u1 R"i_/,.u;,. i">e .l'Oln- D. un~ ,) .. '/l/u1.~1 /e .._1f• ''"'"/,,..,,. '""' • •

.. fá{.ftllf'l*., <Ur {v1ttn...- 'f<"-"' t.--h.~u'"lt'l. La dulk iJu. ( ~W.r~ c.rL-L ::,,, Yrrf:<1C ,) ·,~ t<>ur .

.le Jwx.C .. r e..<-/ a;r/atÍt et /a._.q/oÚ't!.• Únn·1,>rl«ll<:....J '

Ll..,6on:Ttc a {Í!ru·m;,,,,. iJ01t ... ,,,..,.,,:,. Je.~ m,>dcl/.:

r-G1a111ora Ç(}INR1,l#O'l'o1hva áa l'rJN/J/Jo do1 !"''"''"~ (OA colle.;çio do SI". A. Jo'er11ancl~11 Thom••)

'.J-0 clireçtor do jornal 1eac('i1m•rlo O /"'o1t111MI, padre JoK 1.ourenço de M•Uo•

cnvlar·lhc alguns diamantes <':111 bruto, que mandar-.\ lapidar ; entre. Lt1t'llO dir·me-ha se podem sen·ir para rruzes, peiloraes etc. Mru:o nl\o-hoJe repugnaria á nossa con· S<.·icnda baixar a esse processo de combate. A Jucta de hoje tem de ser de idéas. contra idéa.3. o es· 1>irito liberal. emancipado de pre­

ronceito~. contra o ~pirito exdush·ista. (echado na mai, estreita iotolerancia - e d'es~<- embate d<'~a$;1otOmbrada e alti"amen1c pronmado é qm~ ha-de resultar o trium· pho da obra de.· !tane.amento. de moralida· dc~qur a consciencia publica nos exige. O que t· prcc:+,o é que o conflicto se ele· dela, impedindo <1uc a naç!'10 u1trainoot.ana

avassallo o Estado e o roclcr civil. IWn torna. com esse fün, as posições nrnis convenientes, começando por

d~nmc11le{a ex tine· c;-!'lr} do frade e do jt\suha. ~·oi D. Pe­dro l V qucin pelo !t("U proprio punho re. ctigiu um dec:r<>to ex-1>ui•ando os frades de Purtu~al. E nini;:uem i~nora que o actual rC'i O. Manuol li. é nNo de \"ktor )[~. mu·I. qm• cxtia~iu o J)()(f<·r l<'mporal rlo 1>apa. «• que sua mtle pertenceu (L <'éL~a de Urh·an~. a qual expul­~nu do thrnno o ele· rical <~ íanatico Car­los X. que de joelhos, com o SCll ministro

3.$~t'\'<"T3f n :> US

jom.aes que é anti· monarchico qu('m fôr anti·dt·rka1. quer di.ter. q\u rn combata o fradt• <.i

o jesuita. O cxpí·· dicnte n:\u olkrt·· ~ cc novida<fo. <) ,, jesuit.a<s Ot> sentiu XVHI. :mtcs da t'X•

puls!\o do Pumhal. nu•rca· dejavam c1n vi\'Mt•lt e vcs· tuario como <1ualqlwr <'lll· preut mt•rc..·:mtil. I· .. t·omo a Companhia 11·. c;r!'lo· Pará lhes fizt'Sl\1' n•nc·or· rencLl, dt·d.1rar.11n do pulpit() qu~ st-r1a rcfü·ga· do da c••mp.anhi.1 de Clm)· to quem auxiliasse a do Grào·Pará. O t-'.Cptdicntc é aind4' o mcsm·~- f'ara con.-;e<l'truirt."m a impoiiçilo da sua \1ont;:1dt·. tr .. wm de convencer us t n'.~dulus e os ingcnuos de •JUC 110~· tilisar as con~rc:,:.11,/.cs re­ligiosa~. os j<'illuita~. é Sf!r· vir os inimigo~ clas in~ti· tuiçõcs- o <JU"" corr<.~s· ponde á affirmaçl\o dt· que o primeirô duque de Pal­mella, Passo~ 7\hmucl. J oaquim A. d'Aguiar. A11· selmo Braamcmnp. o Bf~· po de Vizeu, scr\'ir;un o~ inimigos da mc•n:irchia' Ota eu penso. a(J CC•ntra· rio dos jesuiw, que a monarchia tem con10 prin· cipal condiç!lo de "ida o afon·orar a tradiç:to an­ti-reaccionarla da monar· chia constitucional. que de,·e a sua C'."<iStencia rre•

Page 14: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~;;~~~~~~~~~-::~~~~G~.:-::::~~-esp hera d'acç!lo, e '

a condescenclencia de certos bispos que lhes ·:i­abrem as portas dos se- ~ minados. que lhes Íà· ~ cultam a escolha de tJ compendios e a nomca- · ç!'lo de proícsorcs, ai· guns dos quacs sào estran­geiros ou doutorados em Roma - e mdo contra a lei que determina a inspecçho cio poder cxecnlivo o'esses estabelecimentos de ensi­no, que exige a approv(1-çào pelas instancias supe­riores e officiaes dos com­peodios a (1doptar, que prescreve que os profos· sotes sejam de nomeaçào <lo governo sob proposta do prelado. A 1ei tem $ido esquecida, e cornprehende­se o alcance d 'csse csqucd · mento, oscillaudo enlre o desejo de formar um clero educado no respeito aos princípios rca<·ciooarios e o proposito de o submct· ter á absoluta sujeiç!lo a no1na, com despreso mani· foslo dos legítimos direilos do (mpcrante. E o que de mais o~ioso sobrcnada á superficie d'csta incurstlo abus iva pelos di reitos alheios, é que, em.quanto qualquer cidad~to portuguet. . para exercer o sacerdocio. é obrigado a pedir ao 1ht· nistcrio dos negocios ecclc.· siasticos uma licença, sujei· umdo -se aos emolumemos respccth·os e co1Hl'ibuindo depois para o or~:· mc1uo gerat do Estado. os estran· geiros entram no nosso ter· ritorio, iostallam·se. dizem missa, usrun da predica,

C1a:•ltra al/Mstt•a áo afl~nl.-•do ~onlro O. jf>!} 1. at1,.1/JNÜl() 4.t marAi1'ae:·;n dos ;~suitas (Da e<>llc~lh> do $r. A1111lbal f'ernandet1 Thon1az}

...,1 :\farquu de 'f11wora. B i\hr~ue11a de T1wora C José Polre11rpo. IJ A11tonio Alw:s. /;, C::.bdcl Ma.la,xdda. F, Ouqu~ de .A\'elro. G . Jolto etc ~btlO!I, jt:!luita. H. João Aloandrc,

jet.ulu .. /. O rei de Portugal. fendo, é <:011dmddo ~lo SC\I anjo da a1111rd.n a c-.;u1a do cirurgillo rcgio, o que lhe {ex C\·illu as OllttR~ cmbo&cadat..

;l.lilaitrc da Providcnd:i., que lhe nhou a "da. (/.tg(oi,Uf '"'b'"'''~s r/<J ~Sl4'1mJUIJ avassal· lam he­

Poli,;~nac. pedia a intercessào ela Yirgem contra as tentati"as dos liberat·s do seu pait.. A mesma familia reinante da l•'r(U}ça deu 1\0la.veis figuras ~l Rcvohlç~o. e entre cllas Llüz Fitippe. <1uinto duque d'Orleans, a quem chama" m nas asscmbléas da Co1l· ,·enç!\o 1~---í1ippe0Êgalitt. · O pcor mal que se pôde fazer ao rei. no meu entender, é aprt"sental·o, como querem a\eivosamente os clericaes. abrazado em fet\•ores reaC'cio­narios.

- fi: p<.irece que assim é-atalhei, lem­brando a facilidade com c1ue <'Ongr<:ganis­tas e jeimilas obteem mercês e rcgaliais .

- Tudo isso significa prindpahncnte o desleixo. a indiffe. rcnça dos que de· viam limitar-lhes a

ranças sem O: encargo d'mn real de emolumentos. sem a menor elas obrigações impostas aos nacionacs.

-Mas conlO itnpeclir esses abu· sos, essas prerogativas. ~ahendo ­se. como todos sabemos. que a força dos clericaes resur· giu entre nós com o caracter dominador d·'epoc;1s anterio· res ao marq\1cz de Pombal?

- Im1>cdcm -sc, dt.·strocm· se mesmo, creio·o bem, pelo processo a que já me referi : - se os partidos liberacs cum· prirern o dever de res· taurar e revigorar si.J1,.

Page 15: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

Õe~~~f!"º~ aramt11ü as lei!' de Pombal, A~i.1r e Braamc-am1>.

Ac1 dn;pedir·m<~ do sr. con,.c· lwiro Alpoím refora.me ~os odios,

ªº:u~il::~:~1

)~~ ~~i~ ""'""'>-·--~/ tude lhr tem pro-

8 digali•.1do. ~las

"

"> a fru-c illuminou· ~ se-lhe n'um vivo

sorri~o ~le satis· façào e de con­

Í'ln.;a. E foi ..:om e$sa '''ti~façao. t:om a fir· llll'?.a d'es~m nlnfiança manifeslalldo·:w·lhc na vo1. e no geslo que as­""'º\·crou de 1\twoa maior "~·m~thia pdo clero pot'tugucz, por aqucllc que (:. na sua c~grcja, no ~c·io elos seus parochia­n.,s o con~dho c;.alutar. a prudcnda pn:videntc. o traço de uniào dos sc•ntimento~ ele solida· ricdade e de hannonia t·ntre home1\' e classes. 1".11~· nunca combatera .,~ prelados que repre·

1- PnJ/rfllJ ({(' N'1f #1(,NllNll'nf(J" b. J1ni t' (QMNUINQ''Ultlf(I "ft'/QNlO do' jnullo# ~D• colle<'('AO do sr. A, Pern:an<ks 1'boinu)

:i-0 "'"'•""' ú f't,,Nllr1I tCompo,q(f.o d• V•nloo e \'•me' cru-u'* d• CarploottUt,,, alluin i up11lalo dof; j~uu

t:cia r~uwnrc •U

lnimizade -u.·m a ccrt•·:r.<t de que olharào atê n 1m agra· clcdmento <1 iotra11si· ~t·nda oa lk fez a do-1 it·u~ inkrt"'"<'5:. du.s 11:cus privitc;.:ios ame.a· çados pda'." tentali· vas absorn~ntcs dt• <•xtranho". O ranror do!i outro~. d· ·~ reat:­c i onar i os. s<-rá > maior conlt·ntamento l,.tTa a sua c:on.:;eic.m· da de liberal. •.

Sot: ..... \ COSTA.

Page 16: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

Quando. ha Ires mmos, nllllustraç!lo Portugueza, com " i11/11ilo patriolico de

promo-:-cr um mo;•lmeHlo de opi11itU1 ro11/ra o cn'mt'· 11oso d.a/.âxo dos 1:o:·c1wos. /mfi!kou os sensnt:io· 11nl's arf~f(os $e rdwnta~se a guerra com Hespa· nha .•.. foi ttUNJtufn 11tj11slamo1fr de falia de J>n· lriolúmo por l<r rr..•dadt> /tu1111ns ,fe impor1,111da rajJilal nos srr: i(OS dt mobilisn('1o do exercito. Esses artigos. rujas inle11r6es 11ilidm11e11te patn"o­tüaf a maioria da offidalidadc do ,·.t·t•râto jJorlu· !{lit': nron/Jueu 1' nppltmd/u, tnx n sua ro11st1grn­(ltO offiâal, pois o /Jrôprio 111i11istn"io da guerra promq·;.:ia d'nlti a me:rs as 111n11()/Jras do uladb-m,Jior no ~rimtlro do lria11gu/o ntrole.KJ"<o da Guarda· Celon'ca· 7"ra1u-oso. que ur::ira li !Ilustra· ç!\o Portugueza pc1ra •

la rr.:ista t·rm rt· -:·darª" pai:: 11111n

·cerdndr 11110 menos 011.i:usliosn. Por/11lfn/, a dnpdto de um e~r~râlo •'nloroso, f't>m umá offi· ânlidad~ di.t!i11cHui11U1, e de 11mn 111nri11J1n Ju:· roira, km ns suns fronteiras sem dt'ft:a r o

por/o da capital o/Mrlo ti im'Osho da pn". mára esq11adrn de '"uraçados 1/111' l/u apqnl~ os ea11Abu.

ç/ fundeou cm CM:c•acs o torpedeiro numc· ro 2 . ..

.\ Entrou em Pt·n khe o torpedeiro muoe-ro .\ ...

Amarrou lt boia u torpedeiro numuo 4 ... E~tá mobilis:1da a esquadra portu~ue-za !

a t.t't'm/Jlificn(1't0 ~ui·

mtJla d(l .sua /Ileu. fio· J. '"· rqm "mt•smo tf.t'\OS• somóro, a d1rer((tO d'n.

ç_:~~ .. ----~- - --.·

f \

~ d» )

Um \·elho torpedeiro par-11 cada du c:o11i;-aç11do11

Page 17: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

á 1inha. da linha á fom1atura cm csco,r­pa. fur;_un nnn os wh itehcacls tts redes das jnngad3~·al vos , fazem detonar de C1\ · contro !1s rot:has da terra o~i"ª" c;_u·reAa­dtts de algod!ln-pul­\"nrJ.. apagam ns ph:t­rocs ~ cntr•un Ol\'!'lte­riosamcnh·. t",pfeita· dos J'1.·1os pro1e­ctores d<t!ll bate·

rias. pela Go­lada, JlC1n bur-

fJ ra 1; 1.mde ou pdo canal

1 o Norte ... E ao

f">-r11t' a f,.,,.,c

1 clt mri;t duzia de ~t·manas de cor­rerem pur c~sa cos­ta . rcrolhc>:in ao seu rt•pou~o de longos fnt·1.c-~ na esta~ae,.:ào d~L" a~ua" do rio de Coina .••

E findam a.s ma-11<1hras tia c.-squadra portu~ut•za 1

t: ciu.tndo algucm 1~·nsar qut· essa uni­c;_i divh!'to ac-tiva que {Ulda com han· d e i r ll llortu~teza

1- A ba.ttrla de C•~ias e um couraça.Jo da / 11111111 JI01il,. / •1ul. 2-A $.000 (l\tll'Otl, 011 mal• (on<"•

ca,.hVu dn bate1la d t S. Gonçalo nAo fadam damno a 11m a;unde ttmra\ado moderno. quit: poderia bon1b.1tdt>ar

t.l•h<u a grande dls.tanda da t..na 1- Um do11 nO'\OS ~ubttiadC'IQ1 lncleu·•

po1 dma d1.l5 mares é Í<.lrmada ele tres torpe<leirôS minu~·ulos. L"lo antic;os que o tenente c1un os trouxe de lm.~latt·rra é ho e major ~cnnal ela ;mnada. Lào profundamçnW inutt6iS que nào <"Xi,km h(lje eni ma­rinha al~ma cio mw1do, terá à impress!\o ele que ou­\'C um<t t'!tlridt·me gargalhada de ~arra$nm. d'esUL .. ~<ttgalhadas dt• ~on'I cortante com <1uc tambt.·m se (.'hora!

A unka di\'h.ào artiva' ... Activa e inactivot! Que mai~ 1•xl!tt1i hojt~ ~obre as a~uas c111 'lue se

Page 18: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa
Page 19: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

e 1nadünas de \\'att, quc­íazitnn a no ... sa milrinha do ultimei quarto dn ~eculo. ViC'r:un. ha umn duzia <h) anuo~. de Cjtt;1lt•iros com· manclitarios do" credor<' dos n .... ..;o!' t•mprestimos, meia duzia de 1wquenos barco!I, rruzadon's ele S<:X·

ta e !l;etima classC!I; t" algun!' 'nn cotaç!'lo ~m marinha al~uma. ' • •m que nc·, .. cx1>eri mcntamo; tlc tempos a tempos p· ·las bahia· do ultnunar a acç!\11 corrosiva das agua!I do!-t tropkus sobre a folha dt.~ Flandrc~. E .. rorreg:ttlo!!: do plano elo no!l~o _ \ rsenal tcc_·m ido tombar ao l"f'J· · doi.. • 1u trcs abor· to~inho:-. que um thf'nt ko aunor de lfrro e mestre cl4· altas scit•ncias cm França se cntreten~ íl <kscnhar n0t:i: hora~ rm que dava trc;::uas ao <Kcwnular d· •s contos de réis •. E apparc··~ram tluctU.u\do defronte do Ar·

scnal o sdf-dolro>'cr, que pelas qua· tro dmminé.s <k-ita a fumarada das

~ua!I onze milhas com que as caw·mas ame\\(an. partir-se, \\ sua suc<'usora de C!ltalciro qu<" os <'~1kulos de um technico dcrnonstraram n'uma n·vl!>ta da e'pedalidadc que se pode virar l)<'lo -.implcs esforço do vento. e e"'~ legend.a..rio. inac-reclit..1.Vd e .á wlin·r~.almentc aprc~-.ado C'r\I· zadot D. Ame/ia, que saiu de Lisboa no ou. tono do anno passado a caminho do Oriente!

Unica divi~o actl\'a, a dos torpedcitos?

Ac1l·.·a e ina«th·a. poi! nada mai' existe!

C.:omtudo, \~ preciso 'l\le o pai;o: saiba e <1ue da con­~dcncia d'es.~a \'Crdade tire

l'M"t.arosa ü>nclus.30 ÍOllJ.l Por/11.tal, eom oito strulos de :•ida e a i'm·ai=nda n1:1Jo d" str da sua exislN1ria,

11110 lrm hoje garn11lia a~l{l1111a. a6so/11/p11101le 11e11h111110.

q1u o /'<JJSa presrr:·ar de ser sor:.-ido 110 lurbilllbo áa pri111rin1 desi11/elligo1âa rurof.<in /

De B«cordo qu<~ (t Cnglawrra com·cm a allic.toça rmr· toguem. Con\'cm :'t Inglaterra. conv(•m (, Allem:mh:a. que noi- acolher:'& uaturalmcnt<" de braços aberto~ ~e nos b;andcarmo~ <·01& ella ron\'cm á ltc!'lpanha, '{Ut. õ.iSSim tt·r;', a fronteira occidcntal resguardada e fatar:1 com voz mai~ :tlta cm nome da peniluula. Mas " al· liança que convrm é a de um Portugal <1ue se ckf1·n· da. de wn Portu~tl que ajude e que n!'lo seja cstOr\'o, de um J>vrtu~I que offen .. "("a ao tllliado Ú "-as suas praias e os seus portos 1: ~ cheios de rccmsos e ª. rmndos~ /.\ 1 ;(~ ~ para sua garanua. /~ /, D<' que scrn· ~.os in~k.r.c-!t a 1

posiç:to dos Ac;ort's sem car\'.10. / 1 ~em olfü ioas, "Sem dokalii t' ~cm ~ ~· 1 fortalei::t~? De que serviu :\ Cer· ,·era entrar em Santia~o de Cuba, ~e o porto n:to e"ta"a al1a~tcci ~ ~" do de <1uanto lhe íalta-"ª e ao fim das semanas .

Page 20: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

~ l) ~

\~ ~~i} do bloqueio. quando <1<-scs· \ e•mlu~«<las e analysadas: E' • ("'1 'I ~ h peradamente se atirou i>.1ra O ' 31J" 11nfl\l~lC7.C~ que o Í~·

<>. \ r":::::J mar, nao unh~t ac~1bado d~ ram que nc'•s diz.emo~ qut• o \ t"ocher os paioe~ d<• e an·~o ~ ~ campo entrincheirado é inca· )-( Um porto des..'lnnado, t·ntcndendo flOr paz de defrnder o porto de Lisboa. "'C esse tcnno um porto n que falta ai· [

1 e que O!! trc1.c nul contos que a re·

~:)I gum dos requisitos de np1ovisiona- lativamcntc feliz defcz ... t terrestre pou· mento, de reparaç~o e dt• dcfcza de de e1npregnr até hoje levantando

uma esquadra, é um porto col'nplct<1mcntc inutil na ~ fortak1.ns 11\odcmas e quarteis mo<.!t•larcic, mtcllic;en· guerra e tiuo servi tá aper,as para abrig;:1t º"navios da temente dbnrlbuidos e1n posiçõc~ cfficazes, rcprc· esquadra bellii;-er:-mte de algwna borr~t.~ca do mar. Ú ~ sentam um esforço louvavel ma~ mutll cl'este paiz

Troaram ha dias os canhões do cam1X> <'ntrinchei· \" pobre. l><>rquc ~e esqueceram muito !lin(Ularmente rado de J.üboa no a\"iso annual que durante algu. 11 de artilhar e!s.as posições! Com clktto. n!\o é mais m;.is hc>ra~ d:'\o .Js esquadras inglc1.o.as de que existem l do que tel-a-~ eles.artilhadas guameccl·a• C'om o seu para a~ dcfrnder. Que ninguem. n·c~tc paiz ingcnuo. } irri~orio armament0 actual~ As po~iç;-.es armadas da oonsu,·c tambem a esse respeito a menor ~ombra de barrd de Lisboa defendem Lisboa de uma esquadra illu$ào. e n:'lo :11t• accuse a lllttslnt(llO Por/11g-1u:t1 de como a porru~eza, e não pred~un para too pôr em querer ahrlr os olhos aos seus patrkios lançando o fogo mais canl1ôe~ do que os canhi•1c:o: de pequeno pobre pafa para o dcscrcdito, porque todos, !1 CX<'C· calibre da Uateria elas Fontainhas. Ma5 como o nosso J)Çno de al~'lllll portuguez, sabem o quo militarmente inimigo, seja cllc qual fôr, ha de ser um hoccacto me· nós valemo~! Ainda na 11/ustrt'l(hO Por/11f.!11e::â nin - lhor annadf'I, sú se 1>0de comprehcndor quo se tenham ~ucm ~ml>la o que era o c.·unpo entrinc:lwirndo, e lá artilhado da (4jnna J)Qr que cstào as íorl:•lcias de Lis· fúra corrlmn ediçc"ies compleâssimm1 dt• mapr>ns de boa, na romplrta i~orancia elas liçôcs da lucta entre

dcfeza marítima. em qm• att:~ a:1 despre· o canh:ao e a ('ouraça. As nosgas batcri~1s zivf'i~ defezas da barra do Douro eram de pC\'a~ e de obuzes sao abitolutamcntc

r- A l<>"e "' "'~ #'ONd<' etmraçado: Fortal~r.a de '"' ro co1ura orto.tez.a de lt1 r-a. a-o 1u1•cc4q que a offid•lhllldo d:i ium11.da PQrlujl;ue.iea de.,,rja\'ª q11~ th eu.e a ut:i.ção de torpcde1lro•

de V:tlk d~ Zebro

Page 21: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

impot<·nte!( para combater uma e.: quadra qut' st· aprC:ol(:nte a b1~1uca.r ou bombardt"ar Li5boa. O uro de bala. projectil perfurante por exccl· lenda. c1uc na~ b;-tteriag e~ttan~ei.· nt.S é cfado em condições iocom1~­ravc.·i'I dt• ~uperioridade. obriga o~ invcnton·~ n u•n1ar ai11da melhorai-o. au~nu.mt;mdo o movimento Airo~­copit•o do projectil para tornai-o eflicaznwnce penetrante nas act\HW!' conclh;«)<'!I de cs-p<'ssuroi cl•1'1 f·our;_1-\'il.j (' de· cfoltanda dos 1·omhatcs mo-derno< ... \s peças perfurantes do:-i: combates navaes n:\o !C ... f;111;\;m, It~o­ra num·,, tios ;;:ran­dcs calibres; o fttl lni: 1:1111-s tomou-~c

.J 1'1,qNadra J•>''/NJ('-"''' 1-0 -=rui::i.dor D . . l•4'f1d

J• ·O "ruJadvt AJJ.N1as.i<>r. ;-0 cruu.~l·•r D. C"'i

lei geral de todo~ os annanwntos; muhi· plh.1111\-~f' no~ na"ios a~ torres do$ ca· nh4'".cs du .)05111

• e ~·êem-'c os 1nais per-feito~ modelo~ de c<•a!'trn(::-ç:.O "ª'"''· rr.pf(-sen­tados llClo couraçadiJ brazildro cio typo . lli11as c,·crdo, artilhar as suas torrc.·ot \'Om '"anhc-1<'s de S4J'"n'. r: comu é para comUat~:r a~ n1ura· <,~'~ que.· !1ilc artilham as posi<;c·1cJ11 t•m tt·rra, os l •:l\ t~u.los Unidos, acompanhadol'I dt~ per· to ;mr tudos os outros 1>aizc~ <]\W !CC ar·

mam !tCm !teor para se illudir, elcv;.1t01m o calibre dos seus c:anhll-CS co~ueiros a 4o().••!

Ao JX'PMT que as nossas íortalez.a!l do c.lmpo tntrin­cheirado c.-st!\o guamecidas com o c.;11\l>rr maximo de 150"''". parr<:c tont<lr a ouvir-!tC a tal g.;1r;.talhada sarcas­ti<:3 que ;lcolhi" a notlda do nos~o dc.·!tralabrn moral!

N :'lo /- \1lguc a natural credulidade p~1r;_t o que b bom e incrcdu idado para o que é m<m. que se tornn preciso carregar algumas d>res !'lO quadro dl'sulador da nossa

inferioridade . 1.;:• a sciencia que fal3, é a balistica insophlsm~wel e absoluta que mostra que o poder de l><'l\Ctra~!\o de uma bala de r,-;11111111

, na t:h;,1pa de aço

' 'r r r !

~.e :.J:7t ·· " ~ . . ~~ . ~ ,_ (!li'? ~ :;__~- .;- ·- -~ -- -

de uma couraça. é rt·$pccth.·amentc de Jnn, t 1 _s. i 5 e 58 millim<'trosa3:000, h:ooo, ():Cl{)t) e 1 i:uoo metl'OS, prc­chmndo portanto as íorl;ikz:1s da n.ossa ba1 rn de pedir aos rourat;ados,qucum dia tenham a com­

bater. que se approximt·m a razar as praia$ para ctllt" a~ ~ma..~ balas possam perfurar as cour...;as de nove pollegada~ de t'"JX':SSUra !

Xa com~truC'ç:-C1 n:w:tl d€'u per emquanto a ultim;J po.ll;,vra ela arti· lharia o ttrmauwnw do typo Afinas Ceraes. attin~iudo u~ seus projc­cteis de grosso ralibrn um pêso de ,)Ú,5 kilos. cmn tuna vc1ocidade inicial de 860 nwtros t' uma ('ncr·

~ia dt· .: 1 ._\1.H d inamodos . com que Sí'. thlplicou ein poun1s ;1nnos a energia do çanhàc.l allcm:'lo de 28<1" e _.,, calibre!t; mas como apcz°'r de nÚ"+ "º" atermos fichl\C'Ote " um calibre abandonado. nf'm todos pen· ~.LIO d·~"·' maneira e o cresdmçnto ela <"ourac;a e da di!>tancia do combale !'C u·m totn;tdo imponente. :tlnda ~c·m . 1/inas Geraes sahir <lo c,·$ta1ciro a fazei a ~ua \'Ja.i').rm para o Brazil. }!a a 4 Uethlehem Steel

Page 22: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

Company <"rcou e constmiu um novo ty· po de canh~o de dcfc· za. ("õ!'õtCira. de ·15inim calibres. o qual imprime

;1 um projectil de ()Oi kilogram· 1nas de peso a velocidade Inicial de 685 metros por segundo. com uma energia de lLjJS dínamo· dos, ex cedendo OJ:isim os ca. nhões do couraçudo brazileiro !

Portui.;al não é porém ainda, <.lpczar de ter dtorialmentc dimi-1mido. a apregoada Rh•ient que vem de Cascaes pelos pinhacs do l~storll, e eslc íormoso c~tua· rio do T cjo. Ainda que isso <·us-tc a confc-s§ar aos brilhante! estrate~istas do ['ortuga1 modemo, o nosso pobre e desgovcr· nudo 1:mlz, bem que macrorephalo o ctespro· porcional para a ~ua capital. nào c~t!t ainda reduzido :"a barra df.• Lisboa! As no~~'\S forti · hca~õcs. boas ou m!ts, apt·z;U" dos i..u•!f map· pas estrnng<.iros c1ue ha longos annos já pu· blicavam as defe1.as do Douro, é que pela di­recçao da tlefcz.a nacional tcem sido todas con· centradas cm Lisboa.

Serú um erro! ;.; ing:uem pódc imaginar evidentemente quo se

,·ào gastnr os trete mil contos do cu~to do G.tmpo çntrind1cirado. embora sem erro alguma na sua con­strucçào. cm guarnecer de for talcr.as cada um dos nossos portos desci<" Villa Real ele S•mto Antonio. com e~t·;.1lá por Pnrtimào t• Lagos. º' bahia da .\r. rifana e a ensead;1 do Ba1e;,t, até ao castello ela ln­:-;ua ! Por mais fortale1..as que se fit.<Hlsem e mnis mulLiploll de treze mil contos que se dispendcssem havia s<•m1)rC de fie.ar sem dcfez~ uma praia de Ta,·ira. onde o duque da Terceira desembarcou !l.11'3. \"it tomar l.i~boa, e uma praia de laYo~. onde um c..-oinboio de 1\avios inJ!lczes dcpô1. em terra o exercito de .\rthur \Velleslcy . E é por a historia

fa11ar d'cna m<tneira que cita vem confir· mar n'c!tse ponto o rariorlnio mai~ dcs­apaixooado. Cerque·se Li~hoa de fortlfica­çõcs devidamente guarnecidas. tlt"';·:-ic ao

Tejo a segurança de que os no!\WS naúo · e os de uma poh.·ncia nossa alliada <'arecem 11npres· dndlvclmente de ter n'elle, mn~ que ntni::ucm

julgue que Portu~l pc.'•ll<' prolon~ar a sua '·itl;a se­Jª qual für o ~cu ilümil{O. emquanto á dcfC'la da terra se n:tio juntar a dt"fcza do nwr !

Nestn epoeha de "Drcadnought~" que n1stam dois milhões de 1ibr1s pode parecer. de·•e uwsmo ~recd-o, a mai!t absurda das utopia!t a crLi.ç:So de u1na marinha portuguet.al E' incontesta\'elmen· te muito justificada ess:\ maneira de pcn~ar: mas o que ninguem, com verdade. podt" negar. é que Portugal n.ào tem marinha. porque o paiz. (O\'Cr· nantc!C e govcn1ados, n3o julga nct·t~sario que elle a tenhal Se houvesse a consciendn da sua 11eces­sidack. fosse qual fo~~e o sacrifido, fo~~c qual fosse a íôrma de o exigir, nao se tinham anastado os milcraveis annos do ~tnt1o passado e o:- < • CO· m~·o d'este na situaç:\o humilima e inc.Ui:na cm que o nosso pai7. tem tido a$ su~1~ colonias t.•xpos· cas á ambiç:to c:le todos e o Tejo cscancar<ulo I&s otTen'-1S de quantas dhi~ões na\"ats a França se lembrou de nos mandar ultrajar~ l'ma vez. ~.-nnan-

( - cio n'uma bahia deserta da~ nossas t•osrns ~~ at'rkanas. de uma daj pequenas C'anhon<"iras. ~~ da C:ita\~O ª'"bitaram com surpreza um mastro

er~aido na praia: dt·~embar("OtH•e a in'T"ti~ar o que er~1: estava bem feito. com JtliUt·riul de

um na\•io. e cn-t. ima,·a·1• ·,_,mo burla um t1bject•.l d(' uso domestico fdto de ferro cs· maltado e ~ukja,·a ao vento. come 1

handcira, um far· r,apo .. . seu digno t·mnpanhriro: pa· ra que n!'t• 1 re~· tassem ch1,·ida~ sobre a grandeza do insulto. encos· tada ao ma,.tro es· tava uma taboa de madeira com uma io~cripç!l.o quedi· 1.ia ter sido le\'all· tado pela j\uami· ç!'\o do navio de

3i3

Page 23: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

guerra· ·• de tal nacionalida<lt· Tudo bf"m por extenso. para que n!\o hou\'esse duvidas sobre a paternidade da injuria!

Se Portugal n~o tem marinha que o defenda <lt• uma gucna e c1uc o li"re: dos continu(l~ enxovalho§ que a Allem;mha. a In~aterra. "' f'ranc;a. a Ht·~· panha e a Chin!\ !tobrc n·"s lan\"alO. é porque o go\·erno e o po\·o portuguez pen~dtn de certo qu~~ :ie \'h·e muito nnnmodamente ~em ellot! Ha dinhei·

~:.: ncio ou por

cc>n\'ic{10. annuncfa n-<>rganb.ar a mariuha, o p .. ,b; todo clam<1, ou cm \'01. aha ou iotimamf':Hh", con· tra L;tl tlesperdiclo! h ~e se pcn<1a cm <lotar l .h1hoa nào si) com íortale:-... as que " de· fcrul;_tm, mas com um \ t~e· nal onde possa reparar· ~e qual<turr esquadra, esse so· nhador é atacado rom•l se pen~;'s"c ligar a terra ú lua!

prufondo é o dcs,)rendimento geral 1)()r \'~~a arma qm• so chama madnlm, ( JltC se a raz~o da cria· ç:"io de lUn Arsenal em V<"z de ser um arp.umcnto de 1\ecessid;1de cst-rategica Wr a $lmples run(>lia\·~o da rua do .\r:i>cnal. o portugurz benemcrito, amame do embe1IC"7.01mt:nto d•este fazn1~erado Caes da 1-:urop;;.. passar.'t a cou~iderar a utopia do sonhador como um problema do mais real alcance!

'C•:--._q ro. felizmente, n·c~tc pai:-. para acudir a muitas ou· tr::ts necessidades. • . Que o emporio commcrcial que é ~lonçao, ou o ~ande centro da economia nado· nal que é ~liTimdc1la. que o castelJo da \' il la <la ~·ei· ra ou os negar-lantes de 1>orcos de Santhla~o de Ca· cem tenham um c;.unioho de ferro á sua porld. i~:-.o sim que é um problema \·ital para este p..1ir. á bei· ra da bancarrot.a! Quantos outros problcnrns do que· jando alcaJJc~ relegam para plano secundarlo o pro· blcma da rriaç!'lo da ma·

~.~~...JL__~~~~~~~

.' .

rinha. desde a hgac;.:to urgcnthslma e imprescin· di\'Cl do Barreiro a Cacilha~. á construcçao de cdificios monumcn:os para <luzia~ de escolas, !is dcspezas de duz ias de milharc" de contos na~ obras imperfcitissirnas dos caes de Lisboa e ;, acquisiçao de cem mil espingarda" e trinta e sei" haterias de artilharia para o armamento de terra, t:ontcmplando ju!ta.mente mas ntto com mais raztto a outra arma mah feliz! Sõm~ntc quando alguem,

E' po~~ivel que seja Portuga.I. em desconcct10 rom todos os demais paizes, quem encare sob o mais justo 3!ipeCto o importantíssimo problema do arma­mento nadonal. Como costmn;_unos ir avançado:it do$ outros povos na realisaçl'lo da5 idé:as humanh.;.trias. levámos !t pratica, quasi um seculo ante!i, a trnnsccn· dente aspJraçào do desarmamento pela qual ;iodaram baldadamcntc os congressistas da Haya. Nào se pó· de dizer que tenhamos ganho muito com a cxpcric-n·

eia. Temos tido firmc1.a na resoluçào : apesar de tanta~ razt"ics vish•eis a rontra·in· dlcarcm. o nosso don'linio colonial ainda enorme e es­palhado por todo o mundo. a r:xistencia da no~~.a co~ta maritima e dos no~~," por­to!, a! nossas prctcnt.;t.e~ a entrar em allianças cumpé.as e a propria liçào da hbtoria que nos mostra a cuinchkn­da da dccadenci:' nadmml com a dccadencia do poder marâtimo. o nosso 1);l\1. tem sido firme na rc~lu· ç~o human!taria qur

Page 24: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

adoptou! Digno exemplo que o mundo intcirn tem contemplado e que povo alAum ten• ainda a

corage1n de ~cg:uir ! Desponta para a historia um pvvo novo, l!t nos

confins da Oc<·o.mia. S:lo quatro milhc)cS dr habi­tantes, nlgun~ 1nilhões 1nenos do q\W este J)ôvo hi~torico da bcira·mar do .\tlantico. f~ a Austra· lia, ao dar os uhimos pa..s~os para ~t'r nac:no. co. uw·c;a por armar uma marinha !

:-;n norte• da Europa. onde a llcui.:ma e o bom senso dominam. ,·ive um po,·o pratico, t!\o pra­

aC'aha. J')CIH \'OZ do seu mini:i:tro Nori.;-aard.

'':ºJ-ers e 45:000 para subm TIDO~.

A J 1 tC"tpanha, nC\ssa "i~inha e no~sa inlmi.~a provavel de algum dia. ;1caha de fechar t> cout.rncto para a construcç!lo de tn·s cou· raçado~ <lt• 1.i;7óo toneladas, oito r:mhi-ws de 12 pollcgndns. roura<;-a de 9 p0Hegad~1!(, 1ci 1.':t 1nHhas d<~ \0 t•locicladc e ,;:ooo mâlh(t~ de r;do de ac\:'tO: e complt'la o seu programma rPm a con~lruq·!lo de i t•;.mhon.eiras. 3 destro_yers e :. i torped1·ir;;) e a r('u\odelal,'!1.0 dos seus tres aut·nacs .

.A Succ i.;t con.;~ra á marinha mo orçamci..l "l de t:'4j.p.Jou .{,.completa 1 dolrO)'" t- 4 tor· 1wdciros e enC'ommenda fl'lais i árslroL 1 s e outros 4 torpedeiro~. Xns cst.1leiros de Gothcmburgo eM.á construindo um outro tks· lrtJJ'tr de 30 milhas. e nl'lo ha muitos dias

tico. qul'I ~ünd;t ha pouco~ annoi vendeu por ,.~ metal son~mtc al~umas ilhas que tinhe1 .. \ Di· ~ namart·a, 'IUC nunca deixou de ter marinha.

de <•xii:il um s11p1>rimento fls Slia• dc<p:

~~~~

Ao qu~ fica.ri.a ttdur.ld• a nquadra poftu,guen, com tocf,a a .5U& Mrok.a tripulA~&o. M tlwu.e de defrontar·

w ~ ui;na c~uadra ntnn~uar

V/ de .{, 2:3no.ooo para fortificações / de terra e mar. con:tttrurçao de ''ÍD·

te torpedeiros e ~eis submarinos, anendendo ao assombrot<-O dt•scnvolvi· mente do poder naval al1rm!lu !

Grccia acab(L de conut'lettcr o crime da revolta para exigir dos c1uc u governam q ue a armem, para nào sofTrer mais hum ilhações. e st•1npre tem trata.do do tcru arm:unC'nto mais alguma coha do que oú~. poi!t ~gora mesmo augmer'ltou a sua esquadra corn quatro dnlro>·ers que ak~m\·:-,m 32 t 2 milh<.lS de ,·cloeidade.

A Xorucga completa a conC"ttrucç:to de dois dnln>_i«rs e \'Otou no orçamento do armo que· corttu 5;:001• .(. para a construC\·!\o de !'Ubma·

rinos : nào ("slarionando nunca ~---. n'essa mar(')ia, de~tina, no orça· ~ ~ /'""--.._ mento do anno que t•ntta, ~mais .~J:ocw L. para des·

que ,·imolll íundeado no Tejo um submarino que mandára con~t:ruir cm ltalia.

A A rgcntlna fez ''otar no seu parla· mento .- verba de 11 milhões de li· br11s para construcções navaes e avançou para o rol dos grandes armamentos rnarititno!( com a construcç!'ln ele 3 Dret1d1wug'11s o de JS de.r-lrOJ'trs. ~

.-\ .\u"'trla. aindot ha pouco na ten:c:ira ordt•n1 \ d3$ puu.:n<"i~•~ navaes, separou o !llCU mlnlsterio

1 da nMrinha do da ~rucrra a que o tinham in· corporado. e sob a insliqaç.ao da alliatla c~n:a dando cumprimt•1uo ao pro:rrauuna gr,uuli~ '" "> do almir;mtt• )lontccucoli.

O Brazil tt•nnina em Inglaterra o ~eu proi.."Tmmna, que Com~ne· hcndc .~ / >rrndnou,l{hls, 2

sro11ts e 1n de.,·JroJ•ers. # ~

Page 25: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

~ .. t-~..+ ...;. --1 e cinco navios. \•iagem para a qual só o carvão cu'tou + ~ ~ 'ti- . tre!t mil contos de réis, mos-1rando assitn. aos po,·o" rcfracta.rifl!< :, mar· -- J~ cha do mundo. quanto pode a \"Ontadc dr. um

..ai. f .J.J.._ _.i..W- pO\ºO ! 1 "\... '1

"' .. Parn quê amontoar mais exemplo!!!? E' Por-~ '.'.• •:• W ~ tui:;al que não quer, é Portui::;<tl t1ur: obstinada·

• • J mente fecha os olho~ a ('!lla vcrdadt· 1orturante 1 "··' L t :) ll.L ··= · para quem tenha a consdt·ncla ela mi1.:cda a qut· L: ·--- __ _ _ nbs chegámos dt que é o inar que d{l \'ida {1.5

-- nações! ~ lf \.!. 1 " __....__ .......:..._ ·J'" Ha 1w ,·os que nós aclmirnmos, <1uc m)$ cita·

, • + , • • mos a torto e a direito, rujo• cmi. Coram J>•· + +--4.~ _' ~r .:_: ~~d~~~ n~~.lcl ~~d:º~~~~~ -~!~~\;~ j=~(l'11~~;~11:\cr~l:11~:.;

l -1.L J°,ll W :.....,

1 j é o paiz modelo dos latinos, que o nosso pov11

r T .!fi. - - ~ co1Hempla com sympathia e C<Jll\ C"l)HntO . .:\ ltalia faz da ~.indcla da sua marinha

.!..Mi ..L4. ponto \'Ítal da sua 1>01itica e con.;iclera a dt·íc:-1..a ._ __ ....._, --"-:'=======-= da< suas costas por meio da mOlrinha a maior l r.ir .. io da sua segurança. :\o vcr!\u do <.tnno que

~----+--_ _..__.,.~-..-·i.i' '"°!"'- _j. hndou o ex.ercito e a armada iralian.a" fil:erarn ma· 1tr>bra"" combioadas em tomo de Sa,·ona, t• o parti· do \"cncçdor esmagou o outro por lhe ter arrancado() primeiro o dominio do mar.

o Chlli e~ <> no~:40

i n i1ni,::o M;~l~.s;·~t:~·~·ie~•~n~<>; ~~ :!!,~~~.. i m p e r i o

chine:r,, ca­da um dn

f>tul h;11)dn, dn (,arihco. recompõem, com /)rendnou­~·hfs :i~ ~ua\11 ci"1uadr~1i>.

Os l~~tado~ C nidos tomaram-se em dez rumo~ a ~ei;::mula potenc:ia naval do mundo, e para mo~m1r aos povo:< quf! «~tu<lam e aos povos ingc.·nuos qut• a t:l;niuha pode kvar a i::uerra onde um i)t1b: o <1uc-i· ra <" i1ur o n.auíra.gio de Tsu-shima nào foi de\"ido ~·, a lit'&i o Jap!lo lá 00 lon~e. fez P"'~s:ear ;'l ,·oh•t d •• wna t d.a a """ª Jkldero$i~situ.a ç~lJU;t<lra ele ,·intc·

t:;.xplo.:I<> d'unia mim1. â entrada da bi.rra dt l~hjboll.

\!t liçt)es sào de t0do.s os dia!l. lla·a~ na hi~M­rla (~1a~~ica. h(l·as na hi.;toria portui.::uc1..l dt·!lld~ 1

!IO('Corro dado aos sitiados de 1 .i!lboa pt•ltt ~mnad.1 do Porto em que Ruy Pereira pcrd<"u n \'ida. ha·a:; nu hi.;toria dos ultimos cli:1s no nauíragio cm que a H:u~sia se afundou.

l'm> ''"''"a boulo do /I,,_,:,:::"~ Port"~"I fecha o• 01110• r ~

não quer vl-r. Que ao 1m·nos, qum!{lo tmi dia

que ha de vir Í<U;1hn<.~Hlt', ti unhar· inos no abp•nm, o puvo portui:uc1 nào accu~e os que tenham 11( •r mi"· sào !tacrific.ar·lhc a \"ida, de o nl\i terem sabido fvt·r !

E.ste artigo n3o tt·\·<" oulrd iutffi· çào que n!\o ft.s~(· aurahir o iut ·

resse e a attN\çào tio publh:o para ((Se problema \'ital tl<t nadona hladt• ponu· gue1.a. Oxalá qut< dlc pr0<lu1.;.L um cffei cfikaz nos espíritos!

Page 26: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

·AS·í'10VA5·CASA5 - HOTEl.S·DE ·BERLlM

A grande novidade ele Berlim s:lo as novas casas construidas por tuna sociedade, para alugar, offerece1\· do todo o conforto 1uodcmo e cujos telhados fonnam enormes terraços onde as creanças pôde1n brincar e os moradores tomar banhos de sol e ar, mas tendo apenas uma <'oz.inha, cm que cada localario eocomme1\da o seu

1-A prlint-ira cu:i. eon11truida 2- A re-mes!la do jantar :i. nm Inquilino

3-0 chá no le-rraço _. 4-A coxinha co111n111m de todos

05 moradortt do p1edlo ll7rclrb de c11. oa.i.1us)

almoço ou o seu jantar, que um elevador lhe conduz ao ciuarlo.

Ji7

Page 27: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

.\. <"Onquist.."\ do ;:n dC\'C con<foidr:rar . ..;1·

j;'t hoje um facto dchniti\·o. E' com c·ll1· t.lue o !-leculo actual inicia a sc-ric• de c1 ..... cobertas. que es.tá preparando nos ~eu-. l;.1· boratorios. e com que.· a "-dc·nd;..t. pcl~ c1uc• de antemdo r,,.·~lc <&."i~<"l,'Ufar·SC, a!'~ •IU·

br..trá inteiramente o mundo. Xun1:n o pen~entv humano c"'-ttu.·u lln alto á 5U3 ambiç:.O. nem o !5-CU pl;\no dti do· minio sobre a< força." da natun·· /: ~a o formulou o homem 15,, \'.itstu.~ i  ~·~)

1-0 aviador 1.atham, <lue ganh<>tt o 1.• prt111lo de nlllirn. no concurM> d(' 8cth('n y, attingind~ 155 n\etro• de altitude. 2 - Um ''ÔO d e D~lag:r&11,1t:e tm 11cro1Jla110 Hl~rfot. 3-No ~on~NrJO dl': //rtlll'NT .• 011

seroplanOf Fa.nuau, So111mcr e l.lltham civolnclorurndo 11.0 mci.mo tempo

Page 28: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

~-~ ~J~ ~;:::.....__~~~ ~-=-~"""·-~~~~~ e~::

e absorvente como no ~_;~-· - 1 j xa de Yoar ~I~ fact.o, e uos~u tem()O. Os triun'I- /~\ 1 ::;cm t.-orrer F' o nsco

phos anteriores enalteceram-lhe o \~ de que o sol lhe derret(l as azas animo para maiores commeuimen- tt li[ met;lllicas como foz a karo. Os que tos. para a:; mais audaciosas tenta· g~ 1 co1\hccem o resultado das ul:iina.s

ti\'as. e presc1\temente considera que tudo lhe ~ cxpericncias do dirigkcl de Zcppclio e as é pcrmittido . .-\gora rncsmo, <1uando acaba de ( façanhas praticadas durante o recente torneio i~ompletar a tarefa. antiga e tào extensao1cnte 1 ele.: ª"iaçtio de Bétheny . c.oncordat:io. sem du· laboriosa. da <'onquista da atmospher 1 por meio vída, em tiue nada exaggcramos. tJ homem cl11 balào e do aeroplano. uma no,·a aspiraçav. s:1bc hoje voar. e dentro de pouco, como mais (1tr<:vida. verdadeiramente cxtra1)ha e cs~~~ bandadas ele m·es. os aparelhos aeronau· singular, começa a nascer no seu espiri to. · tico~ t:r\11.ar-~e - h::to no~ ares. ligeiro$(_' < > que o homem sonha n'cstc rnoincnto é YdJ vtlozes.. salvando monies. rio:; t' mar(:$, cm adquirir a fa<·uklade de transpor· ~ quantos obstaculo~ a natureza topo· tar-sc acreamente de c1ua1qu(·r ~ ~rapliica do $Olo oppê11. á 11\ar-ponto para outro com a rapidez ~ cha do homem. E nao d1..·i'rn ela Rcrl1<1, mercê apenas ele espe· j(/ ele ser curioso notar que as duas ciat"S condições de disciplina do <-scolas rivaes ele a4':ronautic:a: a rercbro, que chegar{1 mais tarde do mai$ leve <1uc () ar, e a a converter <1 1na1cria cm du· do mais 1>c::mdo que n ar, ctil e docilissima íónna, su· pode dizer-se que trium· jeila continuamente á acçno pham ao mesmo tempo. ..\ 1)la~mante ela ,·01Hade. Ain- aerostaç~1..0 e a ª"iaçào. am· da nào ah·orcccu itléa mais bas demonstram. simulta· espamosa na imaginaçào hu· nca1nc1uc, a pos:.;ibilidade mana, e. co1ntuclo. porque de executar o velho sonho nào ha de realisar-se este no· de viajar na atmosphera, ,.o sonho? Tmnbem o ba1tl.o e comquanto seja ao acro-c o .aeroplano. como todos plano que naturalmente se os de~cobrimcl\tOS e invcn· abre um futmo mais largo çl>es que tccm concorrido gra· de applicaç:to praüc;i., nem dativamcntc para einregar a por i ~:-;o o bal~o perde a materia submisstl nas mi\os sua utilidade especial. do homem, roram sonho an- Rapidarnente vrunos his-t~"$ de ~ransformar·se cm rea· toriar as ultimas et<1pas, jú lidadcs. foram puras creações attingidas este anno, p-anhas da plrnntash1 ames q ue a ra· algu1nas ainda ha pou<'OS z~·> as perfilhasse e a sdea· dias. da conquista do ar, da as corporisasse. O conde de Zeppelin rea-

Rm.quanto taes vaticinios lisou em 1890 a~ primeiras maravilhosos se nào cum· experiencias do seu dirigi· prem. o homem tem de con· vel, que apre:1e1ua a fúrma wnt;,1r-se. para tts suas via- de um C\'lindro. como mos· ~l'J\s aereas, com os dirigi.· rram as .. photographias que \'eis e os aeropla1'lO:->, cujos a("otnpanhnm este artigo. ultlinos problemas conseguiu f.:ssc enorme cdindro do finalmente resolver. ao cabo aluminio. com nÍais de 120

de uma campanha por· metros<le comprimen· fi:i.cta e tcfü:iz, que <lu· 'º por um diamctto

~ rou mais de um seculo: de menos de 1 2 . é ~ b mas nem por isso dei- di\'idido em dezeseis ·~

3/<t

Page 29: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

'• • -.... .f;~'":õ.4,; .,,,._

, . - "'._,/..... -.... ~ ...

( . . ~--~-~~-.,~L--- -----~. -· eompart1mentos ou alvco1os em que es· ~·~ : ~-~ ==- manobras de Tegel apos \una tao longa tào encerrados outros tantos balões cheios ..., - "A~' viagem cheia de difficuldades, e depois de hydrogenil), e tem suspensas duas \i~'as~~~ de ter manobrado durante tres horas por platafórmas ou barquinhas. que alojarn, ead1 ~"~~ : cima da ddacle, constituiu um espccrnculo uma, um rnotor de petroleo, para accionar _ il impressionante que despertou o eathusiasmo as heliccs propulsi\'as. Jà o anno passado o ~~.... da multidào. O balào, descrC\'Cl'ldO uma ele· Zeppeiiu, n'mna viagem memoravel, condu· \U gante cun•a á entrada do bosque que limita zindo tuna duzia de pas~agciros. batera o . o campo de tiro . dirigiu·se para o sitio des· recont de todos os balões dirigiveis . A ultima _ f :> tina.do á nllerrissage, cil'cuo1scripto por um cor· experiencia realisada pelo transacreo allemao, no e- 1 d:to de soldados, inclinando LUn pouco a 1:x>nta fim do mcz passado, CSt(lbclcceu, potém, a sua da frer1te. Uma badalada de sino indicou aos ma-consagraçào definitiva. apesar elas peripecias da chinistas que deviam parar os motores. O grande sua acddemada travessia de Fricdrichshafon. na\1io aereo começou ent~o a descer lenta e ma· onde tem o seu hangar, a Berlim. A aclmi· gestosameute. Um dos pilotos atra\'essou a ra\•el descida do aeronauta no ca1npo de 1>onte que r<an\c a barqulnha ao corredo1

1- A partida do 2</l/)(:/ÍN Ili para ll~r'lim 2- A chegada do dlrigh -el Z</l/ldin a T~cl, perto de Berlim

Page 30: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

exis:enlo de uma a outrn extremicla· de do clirigiv<·l e atirou um molho eh~ corda~: o!li !'oldados apu<lrraram-se d\L' amarras e li1eram ~n·;mç;.lr' o Zepjv/111 ;tté ao ln~,1r 1)reparado para a sua aawo· rag~ ... m. emquanto uma mu"ka militar to• c:wa o 11\'mno nacional. Estava t il\1da uma provâ decisiva .

O aeropl<.1ro dcra·a antt•!J com a famo· sa trave~~fa ele: canal d~t Mancha. o ar· rojado \";»<, feito pela libc-llinha de Ulé· tiot do continente curopt•u l)ara a ilh;1 hritannica. ( • /Jaif.y 11/ail pro1nettera un. premio ,·aliO:iO ao prinwiro que ntrnvt·~· !iUS$C o comal, de um pont1l cio te-rritorio in~lcz pau o francez ou inversamente. em um ap\),1.relho mai~ J~>aôo do qu~ o ar. A llJ de julho Latham prop-t'tz·"-C

rl'alisar esse ar-\ ri~cado vôo no

~oh a protecç-:lf) de um rehocad11r. para o ca~o de 11ualquer an:hkntc. A quinze kilometros da costJ li\· glc;.:a o motor oi;;qlfn·u uma a\·aria

e o apparelho caiu na ;s"Ua. Jlu1·tuando s.::.brr dia até que o na\·io de \'i~lancia che~o:.i e o r, x:ou

até Calai,. Inteirado do gtorioso fra~ .3)"·• de l..ath.o• n e· solveu HU~riot intentar por sua \'C7. a tu.Ul:lCÍOS-a. emprc1;a e, lo~o no mesmo dia. pre,·e1)iu o nni(J• ,lJail da ,.;ua rcso1u~·:i.o. t~ffcctivamc1He, seis di;.1 '1 depois partl;i ele Baraquc~ no seu monophmo e ia tomar tt'rra cm U11\·c·r. tendo rc~,li~ado a tran· .. ~la do canal c.·m 3b minutos. ou seja á r~v:!\o de um L.Uometro por minuto.

Cakul<t·!"C o Cnt11u,h•~mo que c~tc bello leito <Jcronau· ti 1·ci despertou, e foi sob a hn·

: ~ ~ mono1>lanu,

~ '• ~~~========= , -"'~::~-:-p =Ir ---------------, ~ ~ ~--=

1-hl" 'º'· o primdto t1.\'•ador que eotl.WJ11Jh1 11icr•\'it-"":u a Mand1a a O tllr1givicl do coronel Ricoard tol>r<- o cam1)0 de 8ECl1C"n)

J-Paulhau voando 11'ui:n aeroi>ln.110 1"oi'.t1,,

Page 31: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

OJ pnn&-1/>an (r/NU de 111)/(IN()J nNmdw em /!"''"'": 1- 0 Jl 'n'KM: 12 n'etro&-de envergadura; S,• ~de oompr1mf'nto to-t.nl; motor'

de Jº c:walloi1: J)cso com p ilolo 4'15 kit~; supcrfi.;:le 4$,• ' 2-0 Ctnlils: 9 metros de e1werg:id11ra; motor de 2s oval!~. p.t~O com piloto >.s-o kil<>t.; $Uperfic:ic 2<1,•'

primeira jornada. o publico. Foi uma se· '-) pressào d 'elh.· que se preparou o gra1\de concurso <lc Reims. a chamada semana da ª"iaçào. que reuniu em Bétheny uma du?.ia de aviadores qt.1alificados, um elos c1uacs ,·in· do da America. e mna immeosa muhidào avaliada em cem mil cspectaclotes.

Na realidade. até agora 0$ a\'iadorcs com perfo-n11ll1tres sérias eram bem poucos. e deve confessar-se que os raros \'ÔOS de ai· g\ul'la duraçao parecirun ser apenas fortui­tos. Nào ha du\'ida de que prevaleçia ain· da um certo SC{'ptismo. até nos espiritos mais inclinado~ e dispostos para a fé. ~Ias, esse espcctaculo emocionante e suggesth•o

rie de experiencias decisivas, que espan· caram, pelo seu succcsso inesperado e completo. as ultimas duvidas subsistentes. Desde e~te armo ele H)OQ começa o 1ei · nado do aeroplano, que dc1Hro de algl.lns poucos ai10os transformará o mundo e mo· ~ dificará inteirrunente as actuaes condições

da ''ida economie<i e social. Estamos a ' poucos passos jA ele cumprir-se a prophe-cia formulada. com a sua intclligcnc1a ;} dara e o seu espirito po~itivo de rnathc· flj' matico, pelo professor Painlevé: «Antes /

da apaixonada sema1\a do Cham. pagoo conquistou, desde a sua

de quatro ou cinco annos <Jrganisar-se-ha ///. ; urn ser"iço reg\1lar para a pas- W/J. sagem do estreito . Depois será ~~ ~

"--'-~-

Os jlnnâ)an /)'Jl'().J d~ l>t)/1Jm11 Yt'H1t1d1>s ~m li~1ms: 1 - 0 Vo!Ji'l: 10 l\ICtr0.11 de tth'Crgadura: 1 t,• ,so de comprimcnlO tot:al, molor de 30 :l $'

ea .. ·:allo~; peso com piloto .S7.S :i. ;2,s kilo~; super lide 4,s,•' 4-0 R1·;/{llt'I: 12,• 70 de t1wér~adura $,• de <:omprimento: motor de SS cavallO!t

peso oon• piloto 715 ki105; Sl•l><"tfidc de 51,•~ ,s-Far1mm no ;icu võo de 3 hora6 (rec:ord do mundo)

Page 32: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

U1 p-r•U/'fUI lt;o1 "' -11•-s 1-0 .•• ,,,._,,,, 11 • "'° 4r '""'«&•dura: 11,• ;o

d'f <C>e•JJl'ltll"to; tDOtor ck \O<"ª' •li••: PHO CON ptloto ~ Ll&ot.~ ••pc-rM'1t" ck ,,.. ••

atra\·C!tsado o ~letliterramn. )foh tom.fo. emfim, ••plos a ttuctu<tr. pron·<lcr a rc·pa· raç(')('..s e \'Oar !tohre a <t'o;,'Ult, cnonnf'!'!t pa..:· ~aro~ artihcia{!S pl~mar!h1 por chn·1 dot 1,:ur­\'a dos Oceano~.,

Proeuremo~. JlOtl•m, clar uma itll·a, r.1pi· da e incompleta, como n!\o ri~lttc dchar dr ser. d'e.<sa primeira reunir.o doill dh'C"T'!(n!t campiõe$ de avi•tçl'm, r<"tali~:.da de 2.:: a .?e> de aqosto sobre a pi!!.la de dl~I. kilnmc•trcii traçada na 1>lanicie de Réthcn_v. (,)ua!ti to· dos og t.ypos de a1lparelholl a<'tU:tC"S, (1uc.~r ele biphmos. quer do monophmo~. ahi st· apresentaram. Os nome~ mai~ illu~trcs da phalru1gc aeron~1utica aC\ullram, co1n pou· cas cxccpçõcs. ao convite da cidade ele

Rcims. Qg rc11ult:Hl1>s de scrno-

._...._--'.

lhante prtwa excepdonal n3o podiam dei· x .. r. poi~. de rc,·~tir o mais ele,·ado inte-t( .. •;i:e. Eis como o~ resume uma tes1cmu· nha d'eot;i:es oito admira,•eis di~: .. se~i· mos durante duas a tres horas vôos de 14v a rqo kilometros; "imos Blériot e Curtis~ cortar o ar ;\ ,•clocidade de i 5 kilometro~ por hora~ Lath:un pla.n·-rr a 155 metros de .iltura: Farrnan rransponar dois passa~eiro!t durmne to kilometros rom a velocidade de ~ 5-1 lilo1netro~ por hora. Pela primeira ,·e1., ~ ~·mfim, aeroplanos e dirigiveis encontra· mm-se em prestnça. Com a sua atutude I ~oberba de peixes J>rcguiçosos, O Cr)Canto f)j do seu hwolucro amarello dohado. rc"'· /j , plnnclcceo.dõ ao sol como ovos ~/li gigantescos cahidos do céo. a ~ W']

--=-:~•

()1 }JIHtlfH.11'1 ~t/J'M "' IHUltll/'fll~<lJ: 2-o blb 1111: K,• 6o dt C'•H cqc•dura; 7,• ~n df' c0tn1>ri"!en10; motor de 25 çiwallos;

l)t!IO com piloto ,\00 klloJ; •u11erf1e1e r4,•? , J-0 RHw1tll~l'l'lin1'f1 10,• 51> (le ('f1\e11eadura: motor de J~ C*\·allos; peso eom 1>1IOlO

4w ltllo11. 4-1.111lu1n1 C\IOl11do111111lo Mlbre o an1phitheatro de: 8~tht:n)

Page 33: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

,,, <I•:• a,,-,,_~,,/.- IA· t-0 ,.,, '""li' IJ :":lnb;&n•ln o .$·•

fHc-n110 dt d1"1;and11. (111 kilomelrOllJ

elegante Hgdrcza da sua barquiuha 1u~1>cosa n•, ar como um bak~o de füdas. o Co/011d Re11ar1I e o Zodhu ///, planan· do muito acima dos in· secros <lc.- pmmo. pare. ccram um inHante st"-r os reis do ar. ~fas. quando se Yiram trti ou quatr• • ar.roplano.; borboleteai' :, volta d'e~· s;;is el\ormt'l'I massas de 1 :400 e 4:0011 metro:-; cubicos, r:a "-PJlarenda Lio lenta" ·orno maz,.~. tosas p.ara ie 1 •ti(·nta rcm. tevC·!f' a primeir~1 dcmonstrn~;~o solemn<: de que o hal~o mais 11perfeiçoado nunca po­der-.! -.·en«.'rr em lc\·eza. e talvez até c.·m vcloddade. o~ ;,J>.ire­lhos m~1i!'I JK•1ados que (1 ar.

O grande premio ele ,\o mil francos, dcl'ili11ado ao nmximo de distando• r:oberto por um 5':

0

• vôo. foi s.:anho por Farman. que percorreu 18'> ldlumctros em 3 hora< e .J minuto!" e 56 segundos. O primeiro prenuo de vcloddade foi ganho por ~urtiss. que preencheu os 30 l.alometros marcados em i3 mi· nutOs e ~q segundos. Bll·riot ~ s;:anhou o prcmio da \'oha da

pista ( 10 kllom•rros), que realisou tm 7 minutos e 47 •egundos. A Lalham. que •e elevou a 1 55 mNros. <'"Oube o prem.io de ahiludc. e a foºar·

, ....... ,, .. :,.,,. ,_o ·'"'' '#''",, 1:•nh.a1te"lo o~.· prc-111i

de dltt1rncia (t$C kilOlltcHo•\ t o pro110 de allhud~ ( •.S$ 1t1~1ros)

man o dos passageiros. O americano Curtisi: conqui!'itou ainda a tac: intem:tci•mal GordN\· Beoner e a taça Chal· lenge.

Tacs íornm os rcsul· ta.dos fin::1c.s. bastante signifkativos d0

C'$~C t•X·

traordinario com. ur<o de Rcim~. que coosti· tuiu um C'~pectac-uJ. • ines~uccivcl paraquan· tos a ellc as~istitam, e incutiu, C!t!t<.'f'lcialmen-1e. uma radicada ft em todo! o!t espirito~ no futuro da a\•iaçào De fac to, depois dn< ~t<.hniraveis pr0\'3S d;1 ~lorio~a semana dt

Champagne, j{1 n!\o ha motü· Jlõua. dU\·idar do triumpho • tinith·o da acronautica m .. dcrua. O homem conseguiu hnalmente realisar o seu ,·e· lho sonho de voar. a egu:1I da ave. Com as ar.as .artifici~n·:oo: d'c!l~.S gradoso1 e elegante apparclhos. que "e pareccll cffcclivamentc <·om aves ai· guns, e outros com enorme:o< insectos. elle domina o ;1r. evolucionando na ntmosphera com a maior fadhdade e em todo~ os sentidos, e é C$td,

S('ll\ d\wida, uma das nmi!t notaveis conquistas que tem rt•allsado. l\.Ctl!J, que gr~u,dcs e estranhas coba~ nno conse ... i;uirá ainda o gc:nio humano?!

Page 34: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

JLLUSTR.AÇÃO PôRTUGUEZ-'

GRATIS 125 machinas

lallantes De act or<Jo com o fà·

bl'l(":rnlt resol \'C'mos dfs· 1t il uir· 1luran1c o cor­r ente mez :LhSOlutarncn· h CRATIS eslas magnl· Oci s machlnas modelos <1e 4909 Ren1cucm·se c.atalo: os e corn.Jltõcs a qut.'mcovlar uma esl am· ]>Ili a 110 !5 ré is á CASA >IMPl.E X UICtÇl.J>TES

SCOS' e MAClllNAS FALANTl?.S, do J. l.ast.dlO fh•t111.C-O , Rua do ~orro, 48 o Rua do Santo Ant!lo, 3! o J.\.- l.ISUO,\

u1·adame o passado, prmntt t !Uturo rtotladc .Y.1. ptla mais ctltbrt cblromantt t PhV·

sionomlsta da €u1op•

Brouillard

U SRKI&

Omnicolor PHOTOORAPHIA CORES

Soci eté JOUGLA

, ...................................................................... .. ~ EM 20 DIAS ~u,')Mtfi~tl ~ QANEMIA p~~~~"ª 1 . . CH·LO·ROSE, ~~.!!,VALESCENÇA

ª E11nrd.S,V1cente •• Paula E Em todu "Phu madu ~ no Dmm ro CIJVJ.. : CUfllELI OEllGAHT.Rua dosS1pateit<1s 16. t•USBOA ~ ' 3QO reis o frasco fran(o pone em tOdo Portugal. l Pr.t.OILLE, n u a•,2,Fau))J $'-Doo la, P41\JS

DI Z o ~do e o p res.c11te e prediz•· fut uro, con1 verlleidadc e rapidcx. ~ i1teompata\'Cl em vaticlnlos:, Pcfo estudo que fcr. das sclcl'lc:iU, ch io

1nanclu, ch ronol°*ia e J) l1is iol0Jtia o pcl11i­appllC*çôe's: praticas dit& theorias. de CaU. Ui~1ait er, Oei=barrollt$, l.411mbro~c. d ' ArJ>tn hg11C)', m3d.imc Brouilla rd tem pcrconid• as, priociJ)*o cid1tdcs da F.uroN1 e Am~· r ica, onde foi 11.dmir:i.da pelos nvm e r<>so> cliente. da m:ii i-. i.hil cathegoria, a quem predi$$C ;i q uedil do l mperio e todOCll O> <1(on1ccimc11tos ClUt' ~ lh t: seguiram. F afo J)Ortuguex, franccx , ing lcz, allemlo, ita1ianu e hCllJ>J!nliol.

"'"""''''''''''''''"''""""''"'"''""""''''''''''''''''''" ""'''''''"''"'"'"''" ''''''''''''

o• con• uflo• dl• ,.I•• d•• 9 d a manh• *• 11 d• nolto .,,, ••u gablnoter

li, RUA DO CARMO, 43, sobre-loja - LISBOA Oonsultas a 1.000 rs._ 2.IJOO rs. e IS.DOO r a .

Companhia do ~R~d.~:~~ª~ ~~~~~~~ Papel do Prado tutalladl$ para uma producçâo annuat do cinco mHl:lões de kllos de papel e dispondo tos. miehlnlsinos mais aperfeiçoados para a sua Industria. Proprletarla das fabricas do Ptldo. Marlaoala o Sobrelrlnbo (Thomar), Peoedo e Casal d'Hermlo (Louia), Valle

M>lor (Albergaria a Velha).

====<8><8><8>==== Ttm em Cleposllo grando var iedade de papeis de escrlpta, do imprcss1o e de embrulho. Tema o executa prompt.amente encommendas para rabrteaçôes especlaes de qualquer

qualldado de pape l do mach1na conltnua ou redonda o de Cõrma. !Dl.tr. lelegraphlcos: LISBOA, C0.11.PAl~WA PIIADO l'iumero telepbonlco:

PRADO - PORTO - LISBOA :SOO

OJSPON/YEL

f OC>NIPR IENI AS '

Sedas SuissasJ p,.cttm •• amo•I,.• • das nos.

s:ts No1'1d:ides em J}t-t•lo, b •aneo ou eúr, E o/lonno, Cachomll'o, Sha >1 tun11, Duche••o, º "ª"º do Oh no, Côte l é , M•-• llne, Mou•••lfn•, liirgura. I~ cm. • , .. rtlr •IO <r. t.'U o rnotro, para

ve-stldos, bl us,s. etc., assim corno as blu•o• e .... ttdos bo,.d•· do• em b<Uiste, lã, tolle e aeda.

Vendemos a..\ nossu $~dáS garan­lldM soll(.l;:i~ dlroçtame nt• ao• con• um/do,..• e '"•nc• • d e "°''• • domicilio.

SCBWEIZBB & C.º Luoerrie !..!!.: ( Sulssa) Exporlaç.\o

dr sedas f nrnee..

da Côrlc R aJ •

•GliNTli JUl PAIUS: CAMJt.LJt LIPMAN, 2 6 1 R.UB VIGNON

Page 35: N.• 187 - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1909/... · 2014. 8. 8. · N.• 187 Cmnc1 um J.:t'1tml1· Wlfflt('tdt1 /thlc 6ombardrar Lis6oa

JLL1'~TIU.ÇÃO rORT\IG\IRZA

li

-

n SRRllf

67, Bº DE CBABONNE PARIS

.................. __ .......................................................... -............. ~ ............. _,, __ ., ... _ ....................................................................... -

C> l SPON • V S:. L. C> fSPONIVEL.

.......................................................................................................................................................................................................................................

Concurso de 1909 O SECULO organisou pnrn o nnno d e 1909 um no\'o con· c ursu, cuja impon:mda e !<ÍIUJ>lícida<lc "ão superiol'<"S l ' lll

tu..lo ás dos con1·11 r'!.o" anterior~.s..

TOTAL 4 : 528 PREMIOS ,.., por · , d •u r u · i)idadc par tuJa ,,

\ ~ • cii .. tril \e dt r.l n 1-...r·!'!t no fim 1·~'9 r.era puu'ica e l rc~:diaa por commcrc1a:a~<. indu ... tr1a.._.,., ar~

1; ... t;;.'i. e pd.t auctorid:t.de ci\'il. /'11bllcamos /;o/e m4.1.J" ,,,.,, fVJJ(o tlt" '"" lo.lo ~N< rol J,JTJ 1111

' ' ' 1Jdd< j ul ur11. <ollcra~o 1111n.•c.M1a./nHda de ro11po11.s t lt"r eis akaN(t4d<J 111do 1<:mti" l1r1 jJ1.1.rd a / or l u11d.