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N° 87 - Agosto 2019 Revista Digital de Podologia Revista Digital de Podologia Gratuita - Em portugu Gratuita - Em portugu ês ês Sede del evento: PALLADIUM BUSINESS HOTEL

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N° 87 - Agosto 2019

Revista Digital de PodologiaRevista Digital de Podologia G r a t u i t a - E m p o r t u g uG r a t u i t a - E m p o r t u g u ê sê s

Sede del evento: PALLADIUM BUSINESS HOTEL

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Diretor Alberto Grillo

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A Editorial não assume nenhuma responsabilidade pelo conteúdo dos avisos publicitários que integram a presente edição, não somente pelo texto ou expressões dos mesmos, senão também pelos resultados que se obtenham no uso dos produtos ou serviços publicados. As idéias e/ou opiniões expressas nas colaborações assinadas não refletem necessariamente a opinião da direção, que são de exclusiva responsabilidade dos autores e que se estende a qualquer imagem (fotos, gráficos, esquemas, tabelas, radiografias, etc.) que de qualquer tipo ilustre as mesmas, ainda quando se indique a fonte de origem. Proíbe-se a reprodução total ou parcial do material contido nesta revista, somente com autorização escrita da Editorial. Todos os direitos reservados.

R e v i s t a p o d o l o g i a . c o m n ° 8 7 A g o s o t o 2 0 1 9

ÍNDICE Pag. 5 - Terapia compressiva na Espanha: O que está falhando? Dra. Elena Conde, Espanha.

9 - Uso de onicoórtese como método conservador para tratamento de

hipercurvatura ungueal. Fabiane Teles Maria. Brasil.

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A ÚLCERA VENOSA É UM PROBLEMA DE HIPERTENSÃO VENOSA. Quando há uma alteração da parede venosa e as válvulas não capturam adequadamente, não há

fechamento durante a diástole muscular e ocorre um refluxo sanguíneo (isto é, o sangue que pouco antes subiu em direção ao coração) retorna a inferior em direção aos pés), para que um retorno veno-so adequado não possa ser alcançado.

Esse aumento da pressão venosa na parte mais distal das pernas provoca o extravasamento de pro-

teínas plasmáticas e células sanguíneas, com a consequente inflamação do tecido celular subcutâ-neo, que acaba por se tornar fibroso e perder sua funcionalidade. Este lipodermatoesclerose favorece a perda da integridade da pele, com o aparecimento de úlcera venosa.

É ESSENCIAL QUE O PESSOAL DE SAÚDE E O PACIENTE ESTENHAM CLARO ESTE PRINCÍPIO

FISIOPATOLÓGICO.

O paciente deve estar ciente de que a hipertensão venosa é uma condição crônica que requer a incorporação de padrões de vida específicos à rotina diária. O cumprimento adequado dessas medi-das reduzirá o risco de complicações, incluindo o aparecimento de úlceras na pele.

www.revistapodologia.com 5

Terapia Compressiva na Espanha: O que está Falhando?

Dra. Elena Conde - Dermatóloga - www.elenaconde.com - Espanha.

Obstrução venosa

Hipertensão venosa

Hipertensão capilar

Úlcera

Exercício regular (ativação da bomba muscular dos gêmeos)

Elevação dos membros inferiores durante o repouso

Cuidados com a pele e detecção precoce de feridas

Compressão (meias, ligaduras, dispositivos pneumáticos)

Edema e inflamação

RECOMENDAÇÕES PARA PACIENTES COM HIPERTENSÃO VENOSA

Insuficiência valvular

Falha da bomba vascular

Extravasamento de fluido ao espaço extravascular

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O primeiro e único estudo epidemiológico das úlceras de perna na Espanha, realizado em 2002, indica que a prevalência de úlcera venosa na Espanha é de 0,09%, com recidiva maior que 50%, e que a maioria dessas lesões são gerencia-das na atenção primária pela enfermagem.1

A terapia compressiva é a pedra angular do tra-

tamento da úlcera venosa. Entre seus benefícios está a aceleração do retorno venoso, reduzindo o refluxo e o edema, a promoção da oxigenação na derme e no tecido celular subcutâneo e até a estimulação da fibrinólise. Por outro lado, ao diminuir a pressão venosa, o fluxo sanguíneo aumenta, com o consequente aumento da perfu-são tecidual nas denominadas úlceras mistas.

O uso de curativos bioativos de nova geração,

bem como a insistência no cumprimento dos padrões de vida descritos acima, não traz bene-fícios se a compressão adequada não for realiza-da. Se um paciente com refluxo for recomendado para se exercitar sem compressão, durante o relaxamento muscular, o sangue cairá novamen-te.

Portanto, não obteremos uma diminuição notá-

vel da pressão venosa durante o exercício e essa diminuição na pressão será mantida muito pouco a tempo após o término do exercício (ver gráfi-co).

É amplamente demonstrado que a obtenção de

uma compressão adequada implica uma aborda-gem mais efetiva, com redução significativa no tempo de cicatrização, redução do gasto em saúde e melhora da qualidade de vida.

Embora em muitos países europeus a terapia

de compressão esteja totalmente estabelecida na prática clínica diária, a situação em nosso país (Espanha) é que a compressão em úlceras veno-sas não é uma prática difundida e, nos casos em que é realizada, nem sempre é a adequada.

No estudo espanhol supracitado, verificou-se

que 20% das úlceras venosas não usavam com-pressão, quase 50% de atadura de crepe e em menos de um 10% sistemas de compressão multicamadas.1

A situação mudou muito nos últimos anos?

Quais fatores poderiam explicar essa subutiliza-ção da terapia compressiva, um pilar essencial nas úlceras venosas?

Em outro post já analisamos os possíveis fato-

res que poderiam determinar o baixo uso de terapia compressiva entre profissionais de saúde (veja Por que dar mais importância à escolha do melhor curativo do que a melhor compressão? - link:https://www.elenaconde.com/por-que-le-damos-mas-importancia-a-elegir-el-mejor-aposi-to-que-a-realizar-la-mejor-compresion

Se fizermos uma pesquisa com profissionais

que realizam a cicatrização de feridas em sua prática clínica diária, as respostas mais repeti-das provavelmente seriam:

• Falta de conhecimento de fisiopatologia • Falta de conhecimento dos princípios básicos

da terapia de compressão • Falta de conhecimento da pressão aplicada • Medo de causar danos com colocação inade-

quado • Má tolerância por parte do paciente A introdução de sistemas de compressão de

dois componentes financiados pelo nosso Sistema Nacional de Saúde está promovendo a formação do pessoal de saúde, com cursos prá-ticos e teóricos. No entanto, em hospitais e cen-tros de saúde onde esse material já está dispo-nível, o uso não é generalizado.

Todos os médicos e enfermeiros que tratam

úlceras venosas conhecem bem a fisiopatologia e os princípios básicos da terapia compressiva? Essas sessões enfatizam esses aspectos? Quantos médicos vamos nesses treinamentos? Esse treinamento é suficiente para nos sentir-mos confortáveis aplicando essa terapia em nossa prática diária? Para quem podemos nos voltar para resolver as dúvidas que surgem quan-do se aplica a terapia?

Após a cicatrização, a manutenção do uso de

terapia de compressão a longo prazo, geralmen-te com meias, é essencial para prevenir recidi-vas.

De fato, estudos comparando cicatrização e

prevenção de recidivas, o subgrupo de pacientes com adesão ao tratamento compressivo obtém

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Tempo

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Refluxo venoso

Exercício com ativação gêmea

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resultados claramente superiores. Entretanto, a adesão ao tratamento registrada em diferentes estudos é muito variável, de 10% a 80%. 3

O que está acontecendo? Por que há tão baixa

adesão à terapia de compressão? Estamos dei-xando de nos comunicar com o paciente?

Nem sempre é fácil detectar o paciente não-comprometido, pois pode se referir ao uso habi-tual de terapia compressiva, prática de exercício diário e elevação das pernas durante o repouso, quando na verdade não o faz. A entrevista da família é muito útil para detectar essa falta de adesão e tentar encontrar soluções para alcançá-la.

Dentre os fatores relacionados ao paciente que

podem impedir a adequada adesão à terapia compressiva, com meias ou curativo, destacam-se: 2,4

• Coceira e dor • Desconforto em algum lugar devido à adapta-

ção inadequada à perna • Má tolerância ao calor • Dificuldade em colocar-se as médias • Problemas para usar seus sapatos usuais • Falta de conhecimento da fisiopatologia da

úlcera venosa e da consequente necessidade de compressão

• Experiências negativas anteriores e conse-quente perda de confiança

• Ausência de comunicação efetiva com o pes-soal de saúde

• Consideração da bandagem da perna como algo antiestético, mesmo como estigma

O papel do pessoal de saúde é essencial para

modificar as crenças negativas dos pacientes, com a consequente influência direta na sua ade-são ao tratamento. Para isso, é necessário esta-belecer uma relação de cooperação, baseada em uma comunicação bidirecional, na qual a escuta ativa das necessidades do paciente e sua com-preensão devem prevalecer. O plano de tratamen-to deve ser negociado e deve considerar as expec-tativas, limitações e comorbidades do paciente.

É um trabalho em equipe, baseado no compro-

metimento e motivação de ambos os lados. A

partir da visita inicial, o tempo dedicado a cada cura deve ser utilizado para fortalecer essa rela-ção de confiança com o paciente e fortalecer os aspectos psicoeducacionais.

O SUCESSO DA TERAPIA COMPRESSIVA

ESTÁ NO FORMAÇÃO DO PESSOAL DA SAÚDE E DO PACIENTE, ASSIM COMO NA COMUNICA-ÇÃO EFETIVA ENTRE NÓS.

Qual a sua experiência sobre a aceitação da

terapia de compressão pelo paciente? Você observou maior adesão reforçando o conheci-mento sobre a doença e motivando o paciente a mudar? Você acha fácil adaptar o tratamento às necessidades do paciente?

Referencias 1. Soldevilla J, Torra JE, Verdú J, Rueda J,

Martínez F, Roche E. Epidemiology of Chronic Wounds in Spain: Results of the First National Studies on Pressure and Leg Ulcer Prevalence. 2006;18(8):213-226.

2. Stansal A, Lazareth I, Michon Pasturel U, Ghaffari P, Boursier V, Bonhomme S, Sfeir D, Priollet P. Compression therapy in 100 consecuti-ve patients with venous leg ulcers. J Mal Vasc. 2013 Jul;38(4):252-8.

3. Moffatt C, Kommala D, Dourdin N, Choe Y. Venous leg ulcers: patient concordance with com-pression therapy and its impact on healing and prevention of recurrence. Int Wound J 2009;6:386—93.

4. Bainbridge P. Why don’t patients adhere to compression therapy? Br J Community Nurs. 2013 Dec;Suppl:S35-6, S38-40.

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Comunicação efetiva com o paciente:

pilar essencial no sucesso da terapia compressiva

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Lava pés FIGURA 2: Evolução Humana FIGURA 3: Estrutura óssea do pé FIGURA 4: Vista lateral dos arcos FIGURA 5: Estrutura da unha FIGURA 6: Hematoma subungueal FIGURA 7: Unhas fracas FIGURA 8: Tipos de hipercurvatura FIGURA 9: Unha em pinça FIGURA 10 Unha em telha FIGURA 11: Unha dobrada FIGURA 12: Órteses FIGURA 13: Órteses de unhas FIGURA 14: Apresentação da FMM FIGURA 15: FMM aplicada na lâmina ungueal FIGURA 16: Aplicação de bóton metálico FIGURA 17: Bóton com elástico FIGURA 18: Órtese Metálica com Bracket FIGURA 19: Órtese Metálica com Ômega FIGURA 20: Alicate para confecção do Ômega FIGURA 21: Órtese de Resina Acrílica SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. REVISÃO LITERÁRIA 2.1. Atuação e conceito de Podologia 2.2. Atribuições do Podólogo 2.3. Funções dos pés 2.4. Sistema esquelético dos pés 2.5. Anatomia do aparelho ungueal 2.6. Fisiologia do aparelho ungueal 2.7. Semiologia ungueal 2.8. Alterações na curvatura ungueal 2.9. Alterações ungueais associadas a doenças metabólicas 2.10. Hipercurvatura transversa da unha 2.10.1. Unha em pinça 2.10.2. Unha em telha 2.10.3. Unha dobrada 2.11. Tratamento conservador 2.12. Tratamento conservador combinado 2.13. Estudo das órteses 2.14. Onicoórteses 2.14.1. Fibra de memória molecular

2.14.2. Órtese em bóton 2.14.3. Órtese metálica 2.14.4. Órtese em resina acrílica 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. INTRODUÇÃO A Podologia é a disciplina responsável pelo

estudo dos pés, partindo do ponto de vista da anatomia e patologia. O profissional aplica o con-ceito prático, agregando seu conhecimento ao estudo técnico e aprofundado de fisiologia, podo-patia, biomecânica entre outros.

No entanto, entendemos que toda a sociedade deve ter alcance a esta ciência. O paciente deve ser encarado como um todo. O podólogo é o pro-fissional considerado pertencente à área da saúde, e seu conhecimento técnico-científico lhe confere habilitação para aplicar os tratamentos podológicos aos portadores de patologias que estejam sob seus limites legais de formação. Este profissional conta com as mais variadas fai-xas etárias, como idosos, adolescentes, crianças, pacientes portadores de pés diabéticos e outras complicações podais.

Para Piedade (1999, p. 12), o podólogo é o pro-

fissional que atua na área da saúde e sua forma-ção lhe dá a capacidade para tratar de casos em diferentes níveis de patologias, que em muitas situações, deverá se utilizar de vários tipos de técnicas disponíveis para a realização de uma terapia adequada para cada caso.

Para este autor, ele considera o podólogo como o primeiro profissional a ter contato com o clien-te antes do médico, que muitas vezes lhes depo-sita a confiança para cuidar dos seus pés e orien-tar os cuidados com sua saúde.

Como se percebe, o estudo dos pés como órgão

da locomoção é indispensável para o ser huma-no, uma vez que vários sistemas são ativados pelo simples fato de caminhar, como a circulação periférica, o estímulo das terminações nervosas presentes e a musculatura das pernas e pés, indispensáveis para o simples movimento de sen-

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Uso de Onicoórtese como Método Conservador para Tratamento de Hipercurvatura Ungueal.

Trabalho apresentado por Fabiane Teles María, como requisito parcial para a conclusão do curso de Educação Profissional de Nível Técnico na área da Saúde com Habilitação de Técnico em Podologia do INA – Instituto Brasileiro de Naturopatia Aplicada de Blumenau, Brasil. Orientador: Professor Marcelo Kertichka.

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tar, abaixar, calçar sapatos e realizar as ativida-des rotineiras necessárias para a manutenção da vida.

A podologia vem completar o conhecimento profundo dessas estruturas tão esquecidas den-tro de calçados e meias, que muitas vezes, só ganham atenção quando existem patologias locais, que geram desconforto ou dor, limitando a marcha e alterando a qualidade de vida de uma pessoa.

Essa área podológica atua em alterações con-

gênitas e/ou adquiridas dos mais variados tipos aplicando tratamentos corretivos, compensativos ou paliativos mediante realização e aplicação ou prescrição de ortopróteses ou órteses.

A hipercurvatura transversa da unha é uma alteração do aparelho ungueal muito prevalente na população, levando a problemas estéticos e funcionais.

Diversas técnicas cirúrgicas são descritas na literatura médica para correção, porém este tra-balho enfoca o tratamento conservador, particu-larmente a aplicação de órteses ungueais, suas indicações e eficácia.

A onicoórtese utilizada na Podologia visa corri-

gir a lâmina ungueal, dimensionando a unha o mais próximo do padrão ortostático.

Sendo assim, a presente pesquisa visa correla-cionar às disfunções do aparelho ungueal com possíveis correções definitivas ou conservadoras.

O método adotado para a realização deste tra-balho foi o levantamento bibliográfico, considera-da como pesquisa bibliográfica.

2. REVISÃO LITERÁRIA 2.1. Atuação e conceito de podologia Podologia é um ramo auxiliar da Medicina, cuja

atuação concentra se na sua anatomia, fisiologia e doenças dos pés. Esta área da saúde desenvol-ve o conhecimento biomecânico do tornozelo e dos pés, a fim de compreender a marcha e os problemas que a dificultam, podendo, desta forma, optar pelo melhor tratamento dentro de uma visão multidisciplinar (BEGA, 2006, p. 01).

Goldcher (2009, p. 52) destaca que a profissão

de Podologia deve atuar dentro de uma ética científica e legal, encaminhando o paciente para profissionais de outras ciências o que a elas cabe tratar e tomando para si a responsabilidade de cumprir suas atribuições, sendo a medicina atual capaz de aliviar todos os males, tanto os grandes como os pequenos e, principalmente, muitos doenças do pé, que podem evoluir para incapaci-dades mais ou menos graves.

O pé uma é uma maravilha biológica e de engenharia, pois de acordo com antropólogos, o pé humano é uma estrutura anatômica única e funcional. Através dele, o ser humano consegue caminhar milhões de quilômetros durante o curso de sua vida. Além disso, existe uma simbo-logia religiosa por meio do ato de “lava pés”. Este ritual evidencia-se com frequência nos textos reli-giosos, que segundo registros bíblicos, foi reali-zado por Cristo junto aos seus apóstolos, como ato de humildade (ROBBINS, 1995, p. 87).

Assim como em outras ciências da saúde, veri-fica-se uma grande evolução na qualidade e no tipo de serviços prestados nesta área, por isso graça á aplicação de novas tecnologias nos méto-dos de diagnósticos e aplicação de novos trata-mentos fez com que a Podologia se tornasse uma área da saúde altamente especializada (VIANA, 2002, p. 01).

Neste contexto, Espinoza (2012, p. 23) relata que a podologia visa à promoção da saúde, a pre-venção de afecções e deformidades dos pés, trata de dar resposta a estes transtornos quando se produzem, mediante a aplicação de técnicas diagnósticas e de tratamentos adequados.

Desta forma, a podologia previne e trata todas as afecções e doenças do pé, tendo em conta aspectos anatômicos, fisiológicos e a pessoa em geral (CABRERA, 2010, p. 17).

Restrito a ação não invasiva, o podólogo deverá

lançar mão de todos os recursos de cura disponí-veis entre suas atribuições para tratar das pato-logias dos pés, sem transgredir em nenhuma hipótese seus limites de ação. De forma alguma, o podólogo deverá ministrar tratamentos que sejam da competência de outros profissionais da

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Figura 1 - Ritual lava pés. Fonte: http://reflexologiabrasilia.blogspot.com/2011/04/pascoa-o-lava-pes.html Acesso em 20 de abril de 2019.

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área da saúde, por mais assemelhadas que sejam aos princípios da podologia. (PIEDADE, 1999, p.12).

Para Bega (2006, p. 01) a podologia desenvolve

o conhecimento biomecânico do tornozelo e dos pés, a fim de compreender a marcha e os proble-mas que os dificultam, podendo, dessa forma optar pelo melhor tratamento dentro de uma visão ampla e multidisciplinar.

Segundo Viana (2002, p. 03), com tais conheci-mentos e formação, o podólogo tem competên-cia para praticar procedimentos terapêuticos no tratamento e no cuidado dos pés, além de atuar como agente preventivo de patologias, indicando e recomendando hábitos específicos de higiene.

Na pré-história, os antecedentes dão indícios

de que possivelmente a podologia surgiu a cinco milhões de anos, com a evolução da espécie humana o homem, passou a ser bípede e assim adotar a posição ereta. Uma série de modificaçõ-es em cadeia foi iniciada em todo corpo para a adaptação anatômica (MADELLA JR., 2004, p. 01).

Goldcher (2009, p. 01) descreve que na França

a Podologia é tão importante como qualquer outra área da saúde, e o pedicuro-podologista recebe durante três anos um ensinamento orien-tado principalmente aos tratamentos e aos pro-blemas mecânicos do pé. A atribuição da Podologia contempla o diagnóstico e o tratamen-to das hiperqueratoses, das verrugas plantares e das afecções epidérmicas ou ungueais do pé, com exclusão das intervenções que envolvem o sangue.

2.2. Atribuições do podólogo A podologia como ciência que cuida das afec-

ções do tornozelo e dos pés humanos, com a

seriedade que lhe é peculiar, tem suas profundas raízes, seu tronco, seus galhos e frutos caracteri-zados pelas vestes da saúde sendo assim, não se minimiza apenas na aérea da beleza, pois ela é uma consequência do tratamento podológico e não uma função especifica dele (BEGA, LOROSA, 2010, p. 20).

Segundo Viana (2009, p. 04) a podologia dedi-

ca-se ao estudo do pé em diferentes áreas, tais como:

• Dermatopodologia (alterações da pele e unha); • Ortopodologia (ortopedia do pé); • Biomecânica (estudo estático e dinâmico do pé); • Podologia Infantil (tratamento do pé na criança); • Podologia Desportiva (estudo funcional do pé do desportista); • Podologia e Pé de Risco (pé diabético, pé reumático, entre outros); • Podologia Geriátrica (intervenção no pé do idoso); Restrito a ação não invasiva, o podólogo deverá

lançar mão de todos os recursos de cura disponí-veis entre suas atribuições para tratar das pato-logias dos pés, sem transgredir em nenhuma hipótese seus limites de ação (PIEDADE, 1999, p. 12).

É ainda de responsabilidade do podólogo, orientar os pacientes diabéticos, propiciando informações quanto aos cuidados necessários com a higiene, corte das unhas, calosidades e sapatos, visando a prevenir as complicações crô-nicas nos pés decorrentes do diabetes melitus mal controlado (GOMES, 2005, p. 157).

O podólogo deverá reconhecer e saber diagnos-

ticar todas as afecções e patologias de origem interna de modo a orientar e encaminhar o paciente a um médico especialista quando for o caso, muito embora sua atuação esteja limitada ao nível superficial e não invasivo aos tecidos (VIANA, 2002, p. 02).

2.3. Funções dos pés Ao contrário do que parece, o pé não se limita

a suportar o corpo em posição vertical. Sua vas-cularização e sua intervenção e sua inervação permitem-lhe um papel fisiológico importante e sua estrutura ósteo-muscular torna possível sua adaptação a qualquer situação de equilíbrio, seja ela estática ou dinâmica. O pé é um órgão que participa ativamente destas funções (GOLD-CHER, 2009, p. 21).

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Figura 2 – Evolução Humana. Fonte: https://escolaeducacao.com.br/evolucao-humana Acesso em 20 de novembro de 2018.

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Segundo Mascaro (2003, p. 27), o pé é uma estrutura dos membros inferiores que mantém o corpo em contato com o solo, tem como princi-pal função a sustentação e a locomoção do corpo humano. Os fatores genéticos, traumas, desalin-hamento do tronco, membros superiores e calça-dos inadequados podem influenciar na saúde dos pés, sendo assim, a integridade de todos os sistemas anatômicos influencia no equilíbrio, alinhamento postural do corpo e consequente-mente na marcha (andar, caminhar, locomover).

O pé é considerado como uma das mais impor-

tantes articulações do corpo, pois além de pos-suir importantes funções no suporte de peso e na marcha, ele é a causa de várias patologias, instabilidades ou desequilíbrios em todo o siste-ma músculo-esquelético (DRAKE, VOGL, MIT-CHELL, 2005, p. 557).

Para Bega e Lorosa (2010, p. 39), o pé é uma estrutura tridimensional variável, rígida e flexível (adaptável), que contribui significativamente para a postura estática e dinâmica. Permite apoio, equilíbrio, impulsão e absorção de impac-tos.

Os pés, além de manter o corpo em posição bípede, peculiaridade sobre a qual o homem des-envolve sua mobilidade, realizam outras funções como amortização e bombeamento para o corre-to retorno venoso do sangue, absorvem as vibra-ções de cada passo evitando possíveis repercus-sões nas articulações superiores, como a dos joelhos, dos quadris, da omoplata, que, por sua vez, facilitam a irrigação sanguínea, sustentação e locomoção (VIANA, 2007, p. 30-31).

Gomes (2005, p. 75), descreve o pé como

estrutura sensacional, indispensável à vida, por existir uma relação harmônica entre os pés e as demais partes do corpo, “há uma verdadeira integração entre eles. Não só isso. Existe um res-peito mútuo entre eles, independente do seu porte e de sua função”. Todas as funções do pé exigem boa mobilidade intrínseca. Qualquer perda de movimento de qualquer articulação tem repercussão negativa em todo o pé, reforça este autor.

2.4. Sistema esquelético dos pés

Cada pé é composto por 26 ossos: 14 falanges,

5 ossos metatarsais e 7 ossos do tarso (PRENTI-CE, 2012, p. 422).

As falanges compreendem a região distal do pé e se assemelham àquelas da mão, tanto em número quanto em disposição. São projetadas para fornecer uma base mais ampla, tanto para o equilíbrio quanto para impulso do corpo para frente. O hálux tem duas falanges – a proximal e

a distal, e os outros quatro dedos do pé, pos-suem cada um, três falanges – proximal, medial e distal (TORTORA, DERRICKSON, 2017, p. 156).

Segundo Bontrager e Lampignano (2015, p.

209) os ossos sesamoides quase sempre estão presentes na superfície plantar ou posterior da cabeça do primeiro metatarsiano próximo à pri-meira articulação metatarsofalangiana. Especificamente, o osso sasamoide na face medial do membro inferior é denominado sesa-moide tibial, e o lateral é o osso sesamoide fibu-lar.

Os ossos metatarsais são cinco ossos longos que formam o metatarso (ou porção medial) do pé. Os ossos metatarsais são identificados com números romanos de I-V, indo desde medial até lateral através da planta do pé. Proximalmente, os três primeiros ossos metatarsais articulam-se com os três cuneiformes, e os dois últimos arti-culam-se com o cubóide. Distalmente, cada osso metatarsal articula-se com uma falange proximal diferente. Os metatarsais ajudam a apoiar o peso do corpo em posição ortostática durante a mar-cha e a corrida (MARTINI, TIMMONS, TALLITSCH, 2009, p. 199)

O pé tem sete ossos do tarso, que estão locali-zados entre os ossos da perna e os metatarsais. São importantes para a sustentação corporal e locomoção. São eles: calcâneo, tálus, navicular, cuboide e três ossos cuneiformes (PRENTICE, 2012, p. 423).

Os ossos tarsais e metatarsais, junto aos fortes tendões e ligamentos formam os arcos do pé. Esses arcos permitem ao pé suportar o peso do corpo, proporcionam uma distribuição ideal do peso do corpo sobre os tecidos duros e moles do pé e fornecem ação de alavanca durante a mar-cha. Os arcos não são rígidos – cedem à medida que o peso é aplicado e retornam à posição

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Figura 3 - Estrutura óssea do pé. A, Aspecto dorsal; B, Aspecto plantar. Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosi-te/sistemas/sistema-articular Acesso em 03 de março de 2019.

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quando o peso é retirado, contribuindo, assim, na absorção de choques. O arco longitudinal do pé se estende da parte anterior do pé para a pos-terior e possui duas partes, medial e lateral. O arco transverso do pé é formado pelo navicular, três cuneiformes e as bases dos cinco ossos metatarsais (TORTORA, DERRICKSON, 2017, p. 156).

2.5. Anatomia do aparelho ungueal Segundo Baran e Nakamura (2011, p. 23), a

unidade ungueal é composta por quatro estrutu-ras ungueais e o apêndice musculoesquelético.

Bega (2006, p. 15) afirma que a unha constitui um dos anexos cutâneos mais importantes para o conhecimento do podólogo.

A lâmina ungueal é uma estrutura dura e trans-

parente, constituída por células queratinizadas que não possuem núcleo, de formato quase retangular, que se localiza no leito ungueal e é circundada por dobras ungueais (proximal e late-ral) que a delimitam proximal e lateralmente (TOSTI, PIRACCINI e DI CHIACCHIO, 2007, p.19).

O aparelho ungueal é formado pela prega ungueal proximal, matriz, leito, hiponíquio, pre-gas ungueais laterais e lâmina ungueal (GUSSO, LOPES, 2012, p. 156).

As unhas, situadas na falange distal dos dedos

das mãos e dos pés, são formadas por placas de células epiteliais altamente queratinizadas e compactadas, que formam a placa ungueal, situada sobre a epiderme, denominada leito ungueal (GARTNER, HIATT, 2007, p. 349).

Rivitti (2014, p. 11) destaca que a espessura

das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu cresci-mento é de cerca de 0,1mm por dia nos quiro-dáctilos, sendo mais lento nas dos pododáctilos.

A matriz ungueal é o componente mais vital da unidade ungueal, pois seu epitélio germinativo é

responsável pela produção da lâmina ungueal gerada a partir da diferenciação dos seus quera-tinócitos (BOLOGNIA, JORIZZO, SCHAPPER, 2015, p. 243).

O leito ungueal possui uma porção epidérmica, a chamada matriz ventral, e uma porção dérmi-ca, oposta ao periósteo da falange distal, e com-preende a região que se estende da lúnula até o hiponíquio (BONALUMI, CAMPOS, LEAL, 2017, p. 03).

Abaixo da borda distal e livre da placa ungueal,

o estrato córneo da epiderme forma uma estru-tura espessa, o hiponíquio, que protege o leito da matriz ungueal contra invasão de bactérias e fun-gos (KIERSZENBAUM, TRES, 2012, p. 361).

As bordas ou pregas ungueais são compostas

por epitélio, nas bordas laterais esse epitélio é espesso, sem cutícula evidente, porém, com camada de queratina macia, que tende a perma-necer como uma membrana fina e rugosa em contato com a superfície ungueal adjacente, for-mando assim os sulcos ungueais laterais. (BARAN, BERKER, DAWBER, 2000, p. 02).

2.6. Fisiologia do aparelho ungueal De acordo com Baran e Nakamura (2011, p.

24), a fisiologia das unhas é dividida em quatro partes que são: crescimento - as unhas crescem em torno de 0,1 mm por dia nas mãos, sendo mais lento nos pés. Formação - a unha é forma pela matriz e um pouco pelo leito ungueal. Espessura - de 0,5 a 0,75mm. Hidratação - pode ser hidratada em até 30%, ficando mais mole.

Segundo Tosti, Piraccini e Di Chiacchio (2007,

p. 19) a função das unhas na espécie humana é facilitar a manipulação de objetos. Em outros animais, elas têm a forma de garras e servem para cavar ou segurar árvores e alimentos. Já os que apresentam cascos absorvem melhor o impacto das patas e de todo o peso corporal.

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Figura 4 - Vista lateral dos arcos. Fonte: https://www.anatomiaemfoco.com.br Acesso em 03 de março de 2019.

Figura 5 - Estrutura da unha. Fonte: https://cosmeticaemfoco.com.br/artigos/um-pouco-sobre-a-fisiologia-das-unhas Acesso em 03 de março de 2019.

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As unhas apresentam várias funções e, dentre elas, a de proteger a ponta dos dedos, de arran-har, de adorno estético, sensibilidade tátil. Sendo assim, podemos afirmar que a principal função das unhas na espécie humana é facilitar a mani-pulação de objetos. Em outros animais, elas têm a forma de garras e servem para cavar ou segu-rar árvores e alimentos. Já os que apresentam cascos absorvem melhor o impacto das patas e de todo o peso corporal (VIANA, 2002, p. 59).

Para Goldcher (2009, p. 252) a unha normal é

transparente, lisa, suave, permanecendo colada ao seu leito e apresentando crescimento contí-nuo. As unhas crescem em médica, 3 milímetros por mês, mas isso pode variar bastante. As unhas das mãos demoram, em média, de 4 a 6 meses para crescer da base até sua extremidade; já as dos pés, de 6 a 12 meses, ressaltando que estudos mostram que unhas de homens crescem mais rápido do que as das mulheres (exceto na gravidez, quando as unhas crescem mais rapida-mente).

Nussbaumer (2007, p. 55), explica que no

homem as lâminas ungueais são largas e espes-sas, em média 0,384 mm e na mulher a espessu-ra é de 0,345mm. Na criança a velocidade de crescimento é maior, pois os queratinócitos são menores, o que torna a unha mais fina, e na medida em que envelhecemos, os queratinócitos tornam-se maiores, o que leva a placa a aumen-tar de espessura e a ter crescimento mais lento. As unhas crescem continuamente enquanto a matriz for conservada. O crescimento é interrom-pido quando a matriz é destruída.

A queratina representa a principal substância do corpo ungueal. É uma escleroproteína forma-da por uma repetição regular de aminoácidos ligados por cadeias de peptídios. As principais cadeias laterais compreendem: pontes de dissul-fito que ocorrem entre o grupo de aminoácidos sufídricos, as quais são mais estáveis; ligações resultantes da partilha de um átomo eletronega-tivo; cadeias eletrocovalentes que ocorrem entre dois grupos ionizados, tendo carga de sinais dife-rentes (cadeias laterais ácido-base); Forças de Van Der Walls, compostas de forças atrativas conectadas com a polarização de átomos extre-mamente fechados uns com os outros (LUECKE-NOTTE, BRUM, 2002, p. 292).

Bega (2006, p. 17) esclarece que o aparelho

ungueal é formado por nitrogênio, enxofre e alguns metais como cálcio, magnésio, sódio, ferro, cobre e zinco. Além destes elementos, des-taca a presença de alguns lipídios, sendo o coles-terol o principal deles, por agir como plastifican-te, corroborando com o autor anterior sobre a

presença de água em sua composição, afirman-do que quanto menos água na unha, maior sua dureza, e conclui descrevendo o percentual das substâncias químicas presentes na formação do corpo da unha, sendo elas: queratina contendo enxofre, presente em forma de cistina (12% do seu peso), e uma quantidade maior de metioni-na. A unha também contém mais de 14% de água, tanto quanto lipídios em forma de coleste-rol, cálcio, fósforo e numerosos metais como zinco, magnésio, ferro, cobre e manganês.

2.7. Semiologia ungueal De acordo com Baran e Nakamura (2011, p.

23), a semiologia ungueal está relacionada ao estudo de sinais e sintomas.

Segundo Viana (2007, p. 118) para se chegar

a um diagnóstico completo são necessários: • Diagnóstico dos sintomas e sinais; • Diagnóstico da síndrome; • Diagnóstico anatômico; • Diagnóstico etiológico; • Diagnóstico da capacidade funcional. As unhas frequentemente apresentam sinais ou

sintomas de doenças sistêmicas e muitas vezes fornecem pistas para doenças que ainda nem foram diagnosticadas em outras partes do corpo, embora seu exame seja frequentemente negli-genciado (SOUZA, 2004, p. 01).

Para Baran e Nakamura (2011, p. 23), na exploração da unidade ungueal, deve ser exami-nados a placa ou lâmina ungueal, o tecido periungueal, a falange distal e o dígito, bem como deve ser comparado o lado afetado com o lado contralateral. A unha deve ser examinada em repouso, em flexão e extensão, por meio de uma palpação cuidadosa.

2.8. Alterações na curvatura ungueal As unhas podem representar manifestações clí-

nicas externas, e os profissionais de saúde que atuam na atenção primária devem conhecer as relações entre anormalidades ungueais e doen-ças internas (SANTOS; BLANGER; CANÇADO e Cols, 2014, p. 127).

Baran e Hanek (2009, p. 38) apontam que exis-tem várias anomalias que alteram o formato das unhas, bem como seu tamanho e perfil do aparel-ho ungueal. E em alguns casos, estas alterações podem ter relação com alterações das estruturas ósseas ou doenças associadas.

O espessamento da lâmina ungueal pode ser

parcial, muitas vezes no rebordo livre ou total,

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sendo de origem microtraumática, infecciosa ou psoriática (GOLDCHER, 2009, p. 87).

As alterações ungueais representam cerca de 10% de todas as alterações dermatológicas exis-tentes (PURI, KAUR, 2012, p. 164).

Para Justino, Justino e Bombonato (2011, p.

43), o formato das lâminas ungueais pode ser alterado em decorrência de calçados inadequa-dos, cortes incorretos por longos períodos e pressão como causa mais comum.

Segundo Baran e Nakamura (2011, p.142), também pode ocorrer a projeção óssea subun-gueal, ceratose subungueal ou a alteração na forma de deambulação. A radiografia é indispen-sável, muitas vezes revelando osteófitos.

Essas alterações se referem ao tamanho, pro-

porções e perfil das unhas. Deve ser ressaltado que as características dependem muito do tamanho e do formato do osso subjacente da falange terminal. Na psoríase ungueal, as unhas podem ficar mais curtas e/ou largas, particular-mente na osteólise distal da falange terminal. Psoríase artropática pode causar um alargamen-to falangeano, com subsequente alargamento do leito ungueal (GOLDCHER, 2009, p. 15).

De acordo com Santos, Blanger, Cançado e

Cols (2014, p. 127), as unhas podem apresentar vários tipos de distrofias, e dentre elas a síndro-me de unhas amarelas, que podem estar relacio-nadas com distúrbios pulmonares e edema de membros inferiores; e a rara deformidade unha em pinça, caracterizada por placas ungueais

com excessiva curvatura transversal. Esta sín-

drome pode ser idiopática ou familiar, ou ocorre em pessoas com doenças da tireoide, malignida-des, hipoalbuminemia, apneia do sono, artrite reumatoide, tuberculose e AIDS. Psoríase, sapa-tos mal ajustados e osteófitos de falange distal estão associados com as unhas hipercurvadas. Além dos fatores mencionados anteriormente, existem fatores traumáticos relacionados ao espessamento ou mudanças no corpo ungueal, como hematomas subungueais, dentre outros.

Segundo Silvaa & Cols (2019, p. 112) hemato-

ma subungueal ou trauma agudo com severa dor é relembrado pelo paciente. Quando o hematoma é menor que 25% da porção visível da unha, ele pode ser drenado com bisturi. Quando o hemato-ma é maior que 25% da porção visível da unha, pode haver um acometimento do leito ungueal. A unha deve ser cuidadosamente removida. Causas do hematoma subungueal resultam de uma lesão sofrida numa unha da mão ou do pé. Por exem-plo, apertar um dedo numa porta provoca uma

ruptura dos vasos sanguíneos localizados debai-xo da unha.

Tosti, Piraccin e Di Chiacchio (2007, p. 21) explicam que o trauma do complexo ungueal é a principal causa de consulta em emergências de cirurgia da mão. Traumas com ou sem a exposi-ção da falange distal e com ou sem fratura podem ser tratados de diferentes maneiras, com o uso de enxertos ou retalhos regionais. As prin-cipais funções da unha são estabilidade por con-trapressão da pinça digital e definição estética da extremidade digital.

O trauma do complexo ungueal frequentemente

apresentar-se-á em diferentes formas: hematoma subungueal, lacerações, esmagamentos e avul-são do leito ungueal. Hematomas ocorrem por causa de trauma microvascular no leito da unha, que comprime o coágulo de sangue abaixo da unha. O entendimento da delicada relação entre a unha e o dorso da ponta do dedo e sua irriga-ção vascular pode contribuir para a compreensão da necessidade de uma boa restauração do leito ungueal, para garantir a recuperação da anato-mia local.

Estudos microvasculares demonstraram a dife-

rença entre eponíquio, leito da unha e irrigação da matriz da unha.

Cardozo, Zatz e Cols (2019, p. 04), definem

hematoma subungueal como lesões contusivas no complexo ungueal e em ponta de dedo, mui-tas vezes, se apresentam como hematoma com-pressivo sob a placa ungueal. Em muitas oca-siões a dor aguda provocada por esta compres-são leva o paciente a consultar nos serviços de emergência ou de cirurgia da mão.

Presumivelmente, o hematoma que transpare-

ce a placa ungueal corresponde ao tamanho de toda a lesão causada no leito ungueal.

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Figura 6 – Hematoma subungueal, Fonte: https://ptmedbook.com/hematoma-subun-gueal-imagens-tratamento-e-ligacao-ao-melanoma Acesso em 25 de abril de 2019.

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Para Baran, Bercker e Dawber (2000, p. 37), casos de hematomas pequenos pode optar-se pela trepanação da unha com um fio metálico devidamente aquecido, dessa forma facilita a perfuração para obter-se uma drenagem e des-compressão do hematoma sob a placa.

Em casos de hematomas de maior extensão, se pode realizar mais orifícios para aumentar o con-teúdo a ser drenado, embora se deve presumir também, que o prejuízo causado ao leito pode ser de maior importância e poderia ser necessá-ria a remoção da placa ungueal para a reparação direta do leito com sutura. Uma vez realizado isto, será recolocada a placa em seu lugar para proteger o leito ungueal e conservar o eponíquio.

Martinez, Santos, Bérgamo e Cols (2010, p.

142), explicam que a conduta inicial em lesões da extremidade dos dedos deve ser de coibir o sangramento através da utilização de curativo compressivo com gaze ou compressa estéril. Se persistir o sangramento deve-se elevar a mão, pois normalmente assim se consegue controlar o sangramento. O manejo adequado de lacerações do leito ungueal e avulsões da ponta do dedo requer uma avaliação cuidadosa, incluindo ava-liação das lesões associadas e radiografia sim-ples, antes do tratamento definitivo. Dentre os pontos a serem avaliados incluem a idade e maturidade esquelética, mecanismos e tempo de lesão, posição do dígito durante a lesão (flexão vs extensão), mão dominante, profissão e condiçõ-es prévias de lesões ou intervenções na mão.

2.9. Alterações ungueais associadas a doenças metabólicas Segundo Winer (2019, p. 28), o hipoparatireoi-

dismo é caracterizado por fraqueza, cãibras musculares, sensações anormais tais como for-migamento, ansiedade, dormência nas mãos, nervosismo excessivo, perda de memória, dores de cabeça e um incontrolável movimento muscu-lar do pulso e pés, resultantes da falta de cálcio no organismo.

Além disso, outros sintomas podem aparecer, como espasmos dos músculos faciais, onde uma moderada compressão dos nervos é causada pela contração muscular, mal formação dos den-tes e unhas. Também ocorre, eventualmente, anemia, secura e aspereza da pele, perda de cabelo, sobrancelha delgada, vitiligo (perda de pigmentação da pele) e depressão.

Já Lueckenotte e Brum (2002, p. 292) esclare-

cem que o hipoparatireoidismo (do inglês PTH), é uma doença que causa diminuição do nível de cálcio no sangue, em função da insuficiência de hormônio da glândula paratireoide, que pode

acontecer devido a um problema congênito, no nascimento, ou mais comumente, por causa de uma condição adquirida. O PTH é uma doença rara que causa o abaixamento do nível de cálcio no sangue. Pode ser congênita ou adquirida e seus sintomas podem ser aliviados com uma ali-mentação correta com administração suplemen-tar de vitamina D e cálcio.

2.10. Hipercurvatura transversa da unha A hipercurvatura transversa da unha é deformi-

dade caracterizada pelo aumento da curvatura da placa ungueal (BARAN, BERKER, DAWBER, 2000, p. 68).

Para Chiacchio, Tavares et al (2016, p. 154), a hipercurvatura transversa é deformidade da placa ungueal, inestética e dolorosa, provocando desconforto ao paciente, sendo o tratamento conservador ou cirúrgico.

Segundo Tosti, Piraccini et al (2007, p. 141), a hipercurvatura transversa é subdividida em três tipos: unha em pinça, unha em telha e unha dobrada.

O pinçamento do leito ungueal gerado pela hipercurvatura transversa da unha é o resultado do dobramento interno das bordas ungueais (unha) gerando uma unha com formação cônica que apresenta grande sensibilidade dolorosa e constitui problemas estéticos (KADUNC et al., 2013, p. 645).

Embora o hálux seja frequentemente afetado,

essa deformidade pode acometer outros dedos. A curvatura aumenta distalmente, pinçando os tecidos moles que se encontram debaixo da lami-na ungueal, causando dor intensa e às vezes infecção secundária (TASSARA, 2011, p. 02).

Alguns artigos relacionam a etiologia da hiper-

curvatura com o alargamento seletivo da base da falange por osteófitos justarticulares que estão intimamente ligados à matriz ungueal por liga-

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Figura 7 – Unhas Fracas. Fonte: https://possiveis-causas-da-fragilidade-5-receitas-para-fortalecer-de-vez Acesso em 25 de abril de 2019.

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mentos de fibra de colágeno (CHIACCHIO, TAVA-RES et al, 2016, p. 154).

Segundo Cordeiro, Hirata et al (2009, p. 02), outros estudos sugerem que há a possibilidade de herança autossômica recessiva, observando que portadores da deformidade apresentam além de histórico familiar condizente, base da falange proximal do hálux mais larga que a distal.

No seu estudo ele revela que na forma congêni-

ta da deformidade, pode se observar mais de um artelho acometido simetricamente, ou seja, apre-senta a mesma largura nas regiões distal e proxi-mal, salientando ainda que deformidades ortopé-dicas das falanges também podem levar a forma-ção da hipercurvatura transversa adquirida.

Nos três tipos, os sinais inflamatórios são inco-muns, podendo ocorrer o encravamento da unha. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, distinto de acordo com o tipo de hipercurvatura (TOSTI, PIRACCINI et al, 2007, p. 141).

2.10.1. Unha em pinça A unha em pinça pode ocorrer devido a uma

alteração óssea, como exostose ou presença de osteófitos, como é uma alteração frequente, é fundamental que se descubra a causa, sendo muitas vezes necessária a avaliação radiológica, pois na vigência de alteração óssea o tratamento passa a ser cirúrgico (BARAN, NAKAMURA, 2011, p. 390)

É mais frequente nas unhas dos pés, podendo

levar ao estreitamento do leito ungueal, geral-mente acompanhado por dor e incapacidade fun-cional (BRINCA, VIEIRA, FIGUEIREDO, 2011, p. 64).

Para Tassara et al (2011, p. 3), a unha em

pinça apresenta, pelo menos, quatro variantes: • Hereditária: Apresenta simetria, história fami-

liar, sendo o hálux mais comumente afetado, ape-sar de os demais dedos poderem ser atingidos;

• Adquirida: Geralmente assimétrica, podendo ser dividida em três grupos:

• Secundária a defeito ortopédico:

Freqüentemente é causada pelo desvio das falan-ges, que são subseqüentes ao uso de sapatos apertados e inadequados;

• Secundária à dermatose crônica: Psoríase, a mais comum; exostose subungueal; cisto epidér-mico e mixóide; tinha da unha; implantação de fístulas artério-venosas nos antebraços (hemo-diálise); medicamentos (beta-bloqueadores); associação com metástase de adenocarcinoma de colo sigmóide (marcador); doenca de Kawasaki; além da associação com epidermólise bolhosa simples.

• Secundária à osteoartrite degenerativa da articulação interfalangeana distal dos dedos das mãos.

A unha em pinça é considerada uma distrofia

com hipercurvatura transversa, que aumenta ao longo do eixo longitudinal da unha (TOSTI, PIRACCINI, DI CHIACHIO, 2007, p. 141).

Segundo Ribeiro (2008, p. 237), a curvatura da unha aumenta da porção proximal para a distal, o que pode gerar a aparência de trompete e a medida que a hipercurvatura progride, ocorre o surgimento de dor, além de desconforto com o uso de calçados fechados.

Unhas em pinça ocorrem às vezes no curso da psoríase artropática, particularmente quando existe uma deformação secundária dos pés ou na presença de paquidermoperiostose psoriática. Esta forma não progride a um grau que é fre-

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Figura 8 – Tipos de hipercurvatura. Fonte: http://clinicahumaire.com.br/dermatologia cirurgica/unha-em-telha Acesso em 22 de abril de 2019.

Figura 9 – Unha em pinça. Fonte: http://www.surgicalcosmetic.org.br/detal-he-artigo/323/Tratamento-de-unha-em-pinca Acesso em 23 de abril de 2019.

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quentemente visto nas formas hereditárias, o mecanismo de desenvolvimento é provavelmente similar (BARAN, HANEKE, 2007, p. 48).

2.10.2. Unha em telha Segundo Baran e Haneke (2009, p. 44), nas

unhas em telha a hipercurvatura mostra o mesmo grau de curvatura sobre toda a unha.

A unha em telha apresenta se como um aumen-to da curvatura transversa, porém suas bordas laterais se mantêm paralelas ao longo do leito longitudinal (TOSTI, PIRACCINI, DI CHIACHIO, 2007, p. 141).

Essa patologia pode ser herdada ou adquirida por deformidade do antepé, sobreposição de artelhos, consequência de onicomicose, por cal-çados inadequados e meias – elásticas ou inade-quada (NUSSBAUMER, 2007, p. 126).

Viana (2007, p. 60) explica que este tipo de

unha apresenta uma curvatura transversal e cres-ce ao longo do corpo da unha, onde os dois bor-dos da unhas discorrem paralelos e ocorre devi-do a uma curvatura da matriz. Costuma não pro-duzir nenhum incômodo ao indivíduo.

Para Baran, Berker e Dawber (2000, p. 69), a

unha em forma de telha é caracterizada por hipercurvatura transversa com convexidade dor-sal enquanto as bordas permanecem paralelas.

2.10.3. Unha dobrada Na variedade dobrada, a superfície da placa

ungueal é plana, enquanto as margens laterais são anguladas agudamente, formando lados ver-ticais que são paralelos (TOSTI, PIRACCINI, DI CHIACHIO, 2007, p. 141).

Para Peryassú (2016, p.156) a unha dobrada é uma alteração na curvatura da lâmina ungueal em apenas uma das laterais, quadro que aconte-ce quando apenas uma lateral da unha se dobra sobre o eixo longitudinal da mesma.

Nesta deformidade, a superfície da unha é nor-

malmente plana, porém um dos bordos se dobra em um ângulo de 90º ou mais, penetrando no sulco. A base da unha está dobrada, podendo ter ocorrido uma lesão na matriz ocasionando a deformidade (VIANA, 2007, p. 60).

2.11. Tratamento conservador A primeira órtese para tratamento dessas alte-

rações foi descrita por Newman, em 1949, em que utilizava canudos de suco, dispostos entre a unha e o tecido e trocados periodicamente, em segundo veio o uso de um tubo plástico cortado longitudinalmente para inserção na borda ungueal acometida, ficando entre a unha e o teci-do, sendo colocado o mais próximo possível da matriz ungueal, para melhores resultados (COR-DEIRO, HIRATA et al, 2009, p. 03).

O tratamento conservador, também chamado de ortoníxia, é um procedimento não invasivo que visa à correção da forma anatômica e fisioló-gica da placa ungueal com o uso de ferramentas simples e de fácil manuseio (BARAN, NAKAMU-RA, 2011, p. 96).

Segundo Puertas (2017, p. 23), os tratamentos

propostos para modificar a forma da unha são usados a mais de 60 anos, utilizando materiais que dizem possuir memória molecular, que con-siste em certos corpos materiais ao se deforma-rem mecanicamente por forças próprias, ao sus-pender se voltam a adquirir sua forma inicial, diz ainda que o melhor material que possui memória é o aço e justamente com arame se começaram a desenhar corretores ungueais.

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Figura 10 – Unha em telha. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-text&pid=S0365-05962008000300008 Acesso em 23 de abril de 2019.

Figura 11 – Unha dobrada. Fonte: https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/arti-cle/viewFile/63/64 Acesso em 15 de abril de 2019

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Como tratamento conservador (não cirúrgico) existem as seguintes opções: tratamentos para reduzir a quantidade de secreção; tratamentos para reduzir o tamanho do tecido de granulação (tais como quimiocirurgia ou criocirugia ou ele-trocoagulação); afastadores para distanciar ou separar a zona de atrito da unha com a pele enferma; órteses para elevar a unha curvada que está provocando o encravamento, entre outros. A literatura científica mostra que estes tratamen-tos resolvem entre 20 e 30% dos casos de unha encravada (BARAN, BERKER, DAWBER, 2000, p. 70).

Nos casos de hipercurvatura em pinça ou em

telha podemos utilizar procedimentos mais con-servadores em pacientes com impossibilidade cirúrgica (TOSTI, PIRACCINI, DI CHIACHIO, 2007, p. 142).

A escolha da força à qual a lâmina será subme-tida pela órtese está diretamente relacionada à resistência que a lâmina tem em manter o seu formato. Uma lâmina resistente deverá ser trata-da com órtese que realiza força intensa, enquan-to uma lâmina mais flexível, “mole”, deverá ser tratada com força menos intensa (NUSSBAU-MER, 2007, p. 120).

2.12. Tratamento conservador combinado O tratamento conservador combinado é um

método efetivo que utiliza diferentes mecanis-mos de ação a fim de obter efeitos sinérgicos na reconstituição e no redirecionamento do aspecto físico e fisiológico da placa ungueal. É importan-te entender o quadro clínico de cada caso para decidir a combinação das técnicas mais adequa-das (BARAN, NAKAMURA, 2011, p. 99).

Dependendo do quadro apresentado, poderão ser aplicadas diversas combinações de órteses simultâneas para a solução do problema ungueal existente (PIEDADE, 2002, p. 126).

2.13. Estudo das órteses Para Bega (2006, p.180), a ortopodologia é a

ciência que trata de neutralizar o pé dentro de um conjunto estáveis de movimentos próprios de cada pessoa com o resto do organismo.

Cada órtese tem uma função local de proteção, compensação, estabilização ou correção de uma deformação menor ou de substituição de um segmento de membro ausente, podendo ela ali-viar ou facilitar a cicatrização de uma lesão cutâ-nea (GOLDCHER, 2009, p. 87).

Como exemplo de órteses, podemos citar: cole-

te ortopédico para males da coluna vertebral; calçados corretivos e palmilhas para deambula-

ção; limitadores de curso para membros inferio-res; aparelhos ortodônticos para correção da arcada dentária; muitas pessoas costumam con-fundir órtese com prótese (PIEDADE, 2002, p. 112).

As aplicações dos tratamentos ortopodológi-cos têm como base todos os conhecimentos podológicos de especial importância a biomecâ-nica devido à sua inter-relação com a Ortopodologia (BEGA, LOROSA, 2010, p. 202).

Segundo Piedade (1999, p. 112), órtese é um

dispositivo construído para auxiliar na recupera-ção, na reestruturação e na modificação postural de um órgão ou estrutura do corpo.

Alguns são vendidos em farmácia, outros são realizados sob medida, pelo próprio paciente ou por um especialista (GOLDCHER, 2009, p. 87).

2.14. Onicoórtese Ao contrário do que se pensa, a órtese não é

indicada para aliviar a dor, e sim, para a correção da curvatura ungueal. O que ocorre é que o excesso de curvatura pressiona o leito ocasionan-do a dor, quando a lâmina volta para a sua posi-ção original diminui a pressão e consequente-mente desaparece o quadro doloroso (NUSSBAU-MER, 2007, p. 114).

É um dispositivo que se fixa à lâmina ungueal,

que apresenta eficiente capacidade de tração mecânica, cuja principal finalidade é corrigir ou adequar uma estrutura do corpo, dimensionan-do-a o mais próximo possível ao padrão ortostá-tico (VIANA, 2002, p. 70).

Para os podólogos, as órteses representam a possibilidade de mudar o formato e o posiciona-mento de lâminas ungueais, acarretando: altera-

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Figura 12 – Órteses. Fonte: http://www.entrefamiliasespeciais.com.br/dicas/orteses-a-importancia-do-uso Acesso em 09 de novembro de 2018.

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ção no formato do artelho, provável mudança na deambulação, provável mudança do tipo de cal-çado habitualmente usado (PIEDADE, 2002, p. 113).

Segundo Bega (2006, p. 191), há variadas téc-nicas de onicoórteses, e todas tratam do arco da curvatura da lâmina ungueal seguindo o mesmo princípio.

A onicoórtese é uma técnica destinada a corri-

gir a curvatura da unha por colocação de um grampo corretor de metal ou de resina (GOLD-CHER, 2009, p. 240).

Ao longo dos tempos percebeu se que para cada tipo de deformidade ungueal existe um tra-tamento diferencial, o qual envolve uma diversi-dade de materiais, tais como:

• Fibra de memória molecular; • Órtese metálica em formato de ômega com

ganchos e brackts; • Órtese metálica com mola flexível; • Órtese elástica; • Órteses siliconadas; • Órteses acrílica; • Órteses fotopolimerizáveis (VIANA, 2009, p.

64).

2.14.1. Fibra de memória molecular Fibra de memória molecular são placas com

memória reta que, coladas sobre a lâmina curva-da, exercem força contrária para voltar a sua posição original (NUSSBAUMER, 2007, p. 115).

A onicoórtese desenvolvida a partir da fibra de memória molecular é uma fibra de vidro com resina epóxi que, obedecendo a princípios da físi-ca, traciona a lâmina ungueal devolvendo-a ao seu formato ideal. Estudos e pesquisas compro-vam sua eficácia. Por ser uma técnica muito sim-ples, tem sido largamente utilizada na podologia (BEGA, 2006, p. 192).

A FMM se apresenta de diversos formatos (oval,

triângulo-retângulo e tiras), possuindo memória térmica e molecular, com uma tração definida pela disposição das fibras no sentido longitudinal e diagonal, permitindo uma resistência da fibra em fraca, média e forte tração, devendo ser escolhida de acordo com o tamanho, dimensão e espessura da unha que será trabalhada, o que varia de paciente para paciente (VIANA, 2009, p. 65).

Segundo Tosti, Piraccini e Di Chiacchio (2007, p. 129), trata se de material plástico de memó-ria, que tende a voltar sempre a posição original por meio de pressão leve e constante exercida pela placa, a unha cresce, não penetrando nas bordas laterais, apresentando bons resultados em caso de unha encravada e hipercurvatura transversa da unha quando a cirurgia está contra indicada.

O importante sobre a aplicação da fibra de

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Figura 13 – Órteses de unhas. Fonte: https://lista/orteses-para-unhas-podologia. Acesso em 03 de agosto de 2018.

Figura 14 – Apresentação da FMM. Fonte: http://www.maisestetica.com.br/MaisProduto.asp?Produto=4559 Acesso em 10 de setembro de 2018.

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memória molecular é a correta limpeza da lâmi-na ungueal: primeiro com fresa para deixá la sem ondulações e depois com álcool para desengor-durá la (BEGA, 2000, p. 193).

Esta órtese é colada transversalmente sobre a unha com cola de cianocrilato e mantida de 3 a 4 semanas para reavaliação do quadro clínico (BARAN, NAKAMURA, 2011, p. 96).

Existem inúmeras possibilidades de colocação

da FMM e o posicionamento na lâmina vai depen-der das diferenças individuais sob aspectos de peso, estrutura e de como se encontra a curvatu-ra da unha (VIANA, 2002, p. 71).

A manutenção deve ocorrer por um período de

aproximadamente três meses para acomodação do leito à nova posição da lâmina (NUSSBAU-MER, 2007, p. 115).

O método apresenta bons resultados em casos

de unha encravada grau I e na hipercurvatura transversa da unha quando a cirurgia está contra indicada (TOSTI, PIRACCINI, DI CHIACCHIO, 2007, p. 127).

2.14.2. Órtese em bóton O tratamento com esse tipo de órtese é cerca

de 20% mais demorado do que outro que opta pelo uso de órtese metálica (PIEDADE, 2002, p. 74).

Essa técnica é indicada exclusivamente para crianças, deficientes físicos, casos com lâminas ungueais com espessura pequena, pessoas com restrições nos membros inferiores e hipersensibi-lidade ungueal (VIANA, 2009, p.103).

2.14.3. Órtese metálica Uma das primeiras órteses desenvolvidas foi a

órtese ungueal metálica, conhecida como ortoní-quia metálica ou técnica em grampo. Consiste em fixar um grampo metálico ajustando-o na cur-vatura da lâmina ungueal amolda-se ao grampo.

Nos meses seguintes faz se uma série de ajus-

tes até conseguir o aplainamento da lâmina. As desvantagens desse método são principalmente, a dificuldade do uso de calçados e meias, pois o grampo faz relevo na lâmina (BEGA, 2006, p. 196).

Confeccionado com material ortodôntico e

estruturado com material adesivo a lâmina ungueal, esse tipo de órtese tem fundamental-mente a função de concentrar a carga de força sobre o centro da lâmina, aliviando carga idênti-ca nas duas laterais (PIEDADE, 2002, p. 114).

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Figura 15 – FMM aplicada na lâmina ungueal. Fonte: https://deskgram.net/explore/tags/bio-compatibilidadetegumentaria Acesso em 10 de setembro de 2018.

Figura 16 – Aplicação de Bóton Metálico. Fonte: https://perfilfeet.com.br/aplicacao-de-orte-se-na-lamina-ungueal-unha/ Acesso em 10 de setembro de 2018.

Figura 17 – Bóton com Elástico. Fonte: https://perfilfeet.com.br/aplicacao-de-orte-se-na-lamina-ungueal-unha/ Acesso em 10 de setembro de 2018.

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Tem a mesma função que a FMM, provocando uma força tensional nas bordas laterais, promo-vendo o levantamento destas e modificando a angulação da unha (VIANA, 2002, p. 72).

Para quem tem dificuldade em confeccionar os

ômegas podem comprá los prontos, daí é só cor-tar as laterais conforme a largura da unha, fazer os ganchos com a ajuda de um explorador e colo-cá-lo nas bordas livres laterais da unha; esta apli-cação normalmente é efetuada do meio da unha para a porção mais distal da mesma, que é onde a unha geralmente se encontra lateralmente um pouco descolada, uma gota de cianocrilato ou acrílico sobre o ômega e sobre as laterais da oni-coórtese é o suficiente para a onicoórtese metá-lica ser colocada na unha (BEGA, 2000, p. 110).

Segundo PUERTAS (2017, p. 23), o arame de

aço se modela sobre a unha seguindo uma linha transversal sobre ela, e na sua parte central se curva o arame no em forma de “ômega” com sua abertura para a borda livre, e os braços laterais prolongados até chegar nas bordas laterais da unha, se dobram em forma de gancho abaixo e ao centro da lâmina, fixando se a eles, abraçando suas bordas laterais.

Nesta posição com uma pinça especial, fechan-

do a “ômega”, se da tensão ao sistema e os gan-chos laterais vão tracionar as bordas, onde estão assegurados, para arriba e para afora corrigindo a curvatura transversal da unha.

À medida que a borda ungueal se levanta, o arame perde sua tensão, e para restaurá-la, se irá fechando más a “ômega” para chegar à corre-ção desejada.

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Figura 18 - Órtese Metálica com Bracket. Fonte: http://carlospodologo.blogspot.com/2012/08/aspectos-corretivos-orteses-podais. Acesso em 10 de setembro de 2018.

Figura 19a - Órtese Metálica com ômega. Fonte: http://carlospodologo.blogspot.com/2012/08/aspectos-corretivos-orteses-podais. Acesso em 10 de setembro de 2018.

Figura 19b - Órtese Metálica com ômega. Fonte: http://carlospodologo.blogspot.com/2012/08/aspectos-corretivos-orteses-podais. Acesso em 10 de setembro de 2018.

Figura 20 - Alicate para confecção do ômega. Fonte: http://carlospodologo.blogspot.com/2012/08/aspectos-corretivos-orteses-podais. Acesso em 10 de setembro de 2018.

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2.14.4. Órtese de resina acrílica Conforme Bega (2006, p. 191), a órtese acríli-

ca alivia as pressões laterais que os dedos e os calçados exercem sobre as unhas. Com as pres-sões laterais, a unha deforma se e, muitas vezes fica dolorida, podendo surgir onicocriptose, oni-cólise, hiperqueratose dos sulcos ungueais, oni-cofose, onicomicoses e outras onicopatias.

Para Piedade (2002, p. 128), o uso dessa resi-

na na podologia fica restrito apenas as práticas voltadas para as lâminas ungueais, ou seja, para as intervenções que necessitem de prótese de lâminas atrofiadas ou perdidas, complementos parciais de lâminas, dispositivos compensadores de pressão nos casos de onicofose ou equivalen-te, adesivo das órteses metálicas e de memória reta, próteses ou complementos parciais de lâmi-nas, associados a micóticos, como coadjuvantes no combate a onicomicoses.

É utilizada para complementar parte da lâmi-

na, como tratamento preventivo para a proteção do leito e preservação do sulco ungueal, quando houver perda da mesma, e esteticamente quando acometida por infecção fúngica, sendo confeccio-nada com resina acrílica autopolimerisável e moldada manualmente sobre a lâmina, não podendo ser aplicada sobre lesões para não pro-vocar reações alérgicas (NUSSBAUMER, 2007, p. 115).

A resina acrílica, amplamente usada na odonto-logia, tem a função de esculpir uma placa ungueal, alongando-a e/ou lateralizando a com a finalidade de demarcar o local em que a placa irá se acomodar, bem como afastar e diminuir a hipertrofia de dobras laterais e/ou anterior (BARAN, NAKAMURA, p. 98).

A órtese acrílica alivia estas pressões e em

muitos casos a unha readquire seu formato nor-mal. É uma das técnicas mais antigas, mas tem resultados excelentes, principalmente quando o

corte inadequado de uma unha normal tende a leva-la a onicocriptose (BEGA, 2000, p. 108).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o desenvolvimento desse trabalho,

notou se a dificuldade em encontrar literaturas específicas ao podólogo, sendo então usadas lite-raturas da área médica para pesquisa.

A cada dia tomamos conhecimento da impor-tância de um pé saudável para o equilíbrio geral do corpo. O podólogo é o profissional de saúde que participa do tratamento das alterações exter-nas do pé.

O podólogo atua respeitando os limites das competências legais a ele estabelecidos, não prescrevendo medicações e não utilizando técni-cas invasivas, pois muitas alterações do aparelho ungueal são destinadas a especialidades médi-cas.

O conhecimento técnico é imprescindível para o podólogo, o conhecimento de anatomia e fisio-logia permite ao profissional o entendimento das patologias sistêmicas que desencadeiam altera-ções no sistema ungueal.

As deformidades ungueais tem sido alvo de

constantes estudos, ainda não se consegue determinar qual a melhor técnica de tratamento conservador, visto que podem ocorrem recidivas. A hipercurvatura transversa da unha é uma defor-midade caracterizada pelo aumento da curvatura da placa ungueal. São classificadas em três tipos: unha em pinça, unha em telha e unha dobrada.

Como tratamento, a maioria dos pacientes opta pelos métodos conservadores, antes de pro-curar um médico. Onde entra o papel significati-vo do podólogo, usando métodos conservadores como o uso das onicoórteses. Porém, para se obter mais sucesso no tratamento, podólogos e médicos devem atuar em conjunto no acompan-hamento terapêutico.

O tratamento conservador com onicoórtese apresenta um bom índice de cura, mas o proces-so é lento e progressivo, necessitando de acom-panhamento de um podólogo.

Por fim, utilizando um método não invasivo, podemos obter a correção da lâmina ungueal, respeitando sua integridade funcional e estética.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARAN, Robert; HANEKE, Eckart. Diagnóstico

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Figura 21 – Órtese de resina acrílica. Fonte: http://feetface.blogspot.com/2012/06/onicoorte-ses-para-correcao-das-unhas.html. Acesso em 10 de setembro de 2018.

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