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ANNO V CAMPINAS, »« DE MARÇO DE 1894 N. 444 ASSIGNATURAS CAMPINAS Anno . . MfOOO Semestre. . tSJOOO GAZETA DE CAMPINAS ASSIGNATURAS PAR» FÓR» Anno . . 12IW0 Semestre. . 1|000 Redactor--0 Bacharel Francisco Quirino dos Santos A. correspondência deve ser dirigida ao Gerente—José Maria I.ilsboa COLLABORAÇÃO O optimismo no Brasil A rapidez com que augmentaaproducção agri- cola de Ceylão, mostra que os lavradores conhe- (tem o valor do tempo eque o progresso inglez de Ceylão está pata o nosso na relação de 7,-457 para 2,11 ou é 3,o34 vezes maior do que o nosso. Notemos mais, a próducção maior, e portanto n maior exportação de café do Brasil foi a de 18K7 que subio a 2.659.753 saccas : d'ahi em diante tem ella diminuído todos os annos, fazendo sem- pre apparenles as modificações alternadas do cos- tume nas colheitas ; porém a tendência á baixa é bem visível e conhecida nos seis annos que se se- guem até 1873, em que a exportação foi de 4.987.869: e portanto a differenca para o anno de 1867 é de 671.881 saccas. ' . Ora para quem conhece o estado esgotado, em que se acha a maior parte das fazendas de café da provincia do Kio de Janeiro e sabe que por falta, de braços poucas fazendas novas se abrem, com- prehende facilmente o risco em que estamos de vêr asnossassafrasdiminuirem progressivamente, em quanto que em Ceylão as 914 fazendas nova- mente abertas, numero quasi igual aodaquellas que já. produzem café, fazem vêr o concorrente sério e ameaçador que se levanta. Juntamos os quadros da exportação nos dois paizes e delles se poderiam deduzir algumas outras conseqüências que omittimos para não sermos de ' masiadamente extensos. No quadro da exportação de Ceylão vão decimaes provenientes das differenças dos pesos nos dois paizes. Todas estas reflexões tomam ainda maior impor- (anciã quando consideramos a differenca exlraor- dinaria do preço dos operários do campo em Cey- lão com os do Brasil. O jornal a secco regula de 400 a 460 rs. por dia ali; emquanto que nós pagando em Campi nas do 19 a 19200 rs. por dia, somos obrigados a dar comida e ainda assim não podemos contar com elles. deste ponto resultam immediata FOLHETIM OS JESUÍTAS RIMAM HISTÓRICO DO SECliLO SVII1 POR A. D'OLIVEIRA PIRES IV O INFANTE D. pEDHO O-leitor conhece a sala tle despacho do paço d*Ajuda, on- de mu novamente introdnzil-o no dia 12 de Janeiro de 1159. D. José está sentado da sua cadeira de veludo, um pouco ca- bisbaixo e pensativo. Acabara de assignar a sentença de morte do? eonjurados, que o respectivo tribunal havia pouco profe- rira..< Carvalho, de pé, junto ao bofete, revia vários papeis e deita- va areia nas assinaturas do rei, ainda frescas. Entretanto estavam expedidas todas as ordens para construo- ção do cadafalso e mais cerimonias da execução. Os aceusadores do marquez de Pombal fazem-no responsável por estas sentenças ; os-seus deffensores attribuem mais ao rei qae ao ministro a crueldade com que foram executadas. Afligura-se-nos que nem uns nem outros têem razão. Isentar Sebastião José de Carvalho da responsabilidade de todos esses factos, seria annultar a iniciativa poderosa que elle mostrou em todos os actos do seu governo.- A vontade de Carvalho, a ener- gia do seu animo resoluto, sobresaem tanto em todos os' actos da adrakiistracção de d. José 1.°, que não é possível retiral-os d!este acontecimento importantíssimo; O ministro deffendéu-se mais tarde com as ordens do rei; mas está mais que muito averiguado, que Carvalho exerceu uma ascendência quasi illi- Britada no espirito do monarcha. mente conseqüências as mais importantes. As car- pições ali fazem-se 12 vezes por anno ; os estru- mes são applicados em abundância. Do Peru. da Inglaterra e outros pontos são dirigidos para Cey- lão carrega mentos de matérias ferlilisantes. Quem sabe mesmo se as galeras que no Kio de Janeiro carregam os estrumes da companhia City impro- vementos não conduzem depois até lá? Os caminhos de ferro servem lambem para isso, e não tem como os nossos tarifas prohibitivas; pois nm carro de estrumede Santos posto em Cano- pinas importaria em cerca de 30$000 rs. ! Não se lembram o governo e as companhias que facilitandoo transito de estrumesaugmentariamas colheitas e portanto suas rendas. Ha mezes um illustre sábio estrangeiro, que por engano se tem demorado entre nós, estranhava que não se applicasse ao cafezeiro o decote ou poda, que na Europa tanto conserva, augnienta e regu- Ia as producções das arvoresfrucliferas. A critica do sábio francez era bem cabida até certo ponto. Porém bem poucos lavradores no Brasil conhe- cem os segredos das podas das arvores e o porque: e mesmo os que sabem não conhecem pratica- mente a matéria; como pois applical-a ? Aonde as escholas que ensinam e experimen- tam? Si em logar do governo mandar tanto homem de talento á exposição em Vienna, com escala por Paris, os mandasse com escala por Ceylão, ali elles poderiam vêr como se decolam os cafeseiros, e trazer-nos algumasnovidadesque nos interessas- sem mais do que os engenheiros austríacos que (diz-se) nos vem aperfeiçoar. Ali saberiam da sociedade d'agricultura de Co- lombo qual 'o melhor estrume para maior pro- ducção e maior duração docafeseiro; pois ha annos foi por ella nomeada uma eommissão de propósito para esse fim. Não quero deixar passar esla oceasião de fazer constar que se o decote do cafeseiro não é appli- cado no Brasil, uma das suas partes essenciaes é conhecida eapplicada por dois bem conhecidos fazendeiros de Campinas: o sr. Joaquim Paulino Barbosa Aranha e seu tio o commendador Joa- Se considerarmos que os interesses políticos e pessoaes de Sebastião José de Carvalho pediam um d'estes exemplos memo- raveis, uma d'cstas punições extraordinárias, em que fossem victtmas alguns dos mais soberbos representantes da classe aristrocatica ; se considerarmos que, á semelhança de Itiehe- lieu. Carvalho pretendeu exaltar o poder real e abater a nobre- za, que, além de o guerrear surdamente, o desprezava por elle não sor de tão preclara estirpe ; se estudarmos emfim o carac- ter d'aquelle homem, tão de molde talhado para ministro dc um rei absoluto, forçosamente chegaremos ü conclusão de que Se- bastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que o rei foi instrumento dócil, e talvez convencido, da sua política. Além disso a creação de um tribunal especial chamado da inconfidência, destinado a julgar os eonjurados; tribunal a que Carvalho presidia e em que tomavam parte os secretários de estado d. Luiz da Cunha e Thomé da tosta Cdrte Real, está re- velando a intervenção da vontade do ministro no processo e condemnacão dos aceusados. ..Obtida a assignatura de el-rei na sentença, tratava-se de exe- cutal-a. Como o ministro se dispunha a sair, d. José disse-lhe* —A execução sempre é feita em Belém? —Sim, meu senhor, redarguiu Carvalho. O marquez de Valenca, que estava de serviço, annunciou nessa oceasião—sua alteza sereníssima o senhor infante d. Pedro. O infante, irmão de el-rei, entrou na sala com andar lirme.e sereno. Dirigiu-se ao monarcha e beijou-lhe a mão; depois lançou ao ministro um olhar que parecia querer fulminal-o. Carvalho correspondeu com uma reverencia. Crêr^se-ia1 que d. José adivinhara as intenções do infante, por que se conservou calado, carregando o sobr'olho. Vendo, porém que o infante aguardava a permissão real para fallar, disse: —Que pretende de nós vossa alteza? —Uma graça, meu senhor. —Uma graça ! tornou el-rei, sendo justa, porque não have- mos dc coneedel-a?... quim Polycarpo Aranha fazem descoroar ou des- monchar o cafeseiro ha tempos. O resultado é completo e proveitoso. A observação do effeito das geadas lhes suggeriu a idéa. Honra aos dois lavradores pacientes e observadores a quem o bom senso fez reconhecer a sciencia -. porque as- sim nasce ella em toda a parte. Agora, mesmo pelo que acabo de contar, se a utilidade que haveria em formar uma sociedade d'agricultura em uma localidade como Campinas. Por meio delia se conseguiriam alguns melhora- mentos. Os lavradores poderiam, reunindo-se ao menos uma vez por mez, communicar suas idéas e ensinar sua experiência.! Assim fazem osfazen- deiros em Ceylão, e á sua sociedade se dene a introduecão de muita novidade na agricultura da ilha. Parece que isso é um impossível em Campinas, aonde ha sociedades para tudo menos para ocul- to da Agricultura, porque parece que cada um julga saber mais do que precisa. Entretanto se houvesse uma sociedade dessa ordem, o facto do desmonchar o cafeseiro seria conhecido pelo sr. Liais, que com a sua polidez franceza fez sentir a nossa ignorância a respeito do tratamento do arbusto donde provém unia grande parle da nossa riqueza. Do exposto vê-se que a lucla existe, e o meio de obviar a ruina é o deixarmos um pouco de la- do o optimismo em que vivemos e dirigirmo-nos com resolução ao caminho do progresso ou a nos- sa concorrente nos atrazará por muitos annos. Obtidas do governo as reformas necessárias e augmentadas as estradas de ferro, os bancos hy- pothecarios por districtos e a colonisaçSo_ em grande escala devem seguir-se para diminuir o juro e o salário: e como complemento os melho- ramentos que a sciencia e a experiência demons- Iram úteis precisam ser acceitos, ensinados eexr perimentadns no nosso paiz, ou então teremos de soffrer duras provações, e saberemos tarde o pou- co que viamos e sabíamos: tudo devido á crença de que o mundo não podia passar sem nós. . í '. ¦ —Venho fallar a vossa magestade acerca dos aceusados conspiração, que segundo se diz, devem amanha ser justiçados. —E que tem vossa alteza que dizer ás minhas ordens? —Não posso, nem devo dizer nada, meu senhor. E', porém, permittido a todos os fieis vassallos de vossa magestade ímpio1-1 rar a regia clemência, e é isto o que eu venho pedir para um d'aquelbs infelizes... —E' impossível! disse d. José, com um gesto de descomen- tamento..... Carvalho ouvia as palavras do infante, vivamente inquieto. Temia que d. Pedro conseguisse alguma cousa, e tudo que ejle obtivesse seria uma victoria para os seus inimigos, n aquella íueta de morte que o ministro travara com a nobreza. Prepa-. rou-se para intervir, no caso de vir abrandar o animo do rei. —A clemência, meu senhor, ó o mais glorioso attributo da coroa, continuou o infante. Seja vossa magestade clemente e perdoe á marqueza de Tavora. —Que diz vossa alteza 1 atalhou o monarcha dando um pulo na cadeira. A marqueza é dos maiores culpados... D. Pedro não se assustou com a explosão do rei, e oonti- nuou humildemente: —Assim dizem, meu senhor; ou assim querem que se diga. Vim aqui confiado ho coração magnânimo de vossa magestade; mas se a minha supplica é "injusta, retiro-a. —Pois não que é ?l tornou el-rei., O infante viu diante de si a retirada. Guardou silencio por alguns segundos, e retomou o ataque: —Se ao menos vossa magestade commutasse a pena... —Não posso... . —Mas veja vossa magestade que esse suppücio e uma atroei- dade.... , . Carvalho voltou-se todo para o lado do infante quando ouvio estas palavras. Encarou filamento o rei, como querendo ler- lhe na physionomia o efteito que a phrase do mfante p»dunij. -Vossa alteza esquece que eu j"á conráa n esse «aajigo I OD-. servou d'. José.íi*»í* -Ainda o duvidava, meu senhor; Hão quena ate acreflW-of _

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Page 1: N. 444 GAZETA DE CAMPINAS Anno PAR» FÓR» . 1|000memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1874_00444.pdfbastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que

ANNO V CAMPINAS, »« DE MARÇO DE 1894 N. 444

ASSIGNATURAS

CAMPINASAnno . . MfOOOSemestre. . tSJOOO GAZETA DE CAMPINAS ASSIGNATURAS

PAR» FÓR»Anno . . 12IW0Semestre. . 1|000

Redactor--0 Bacharel Francisco Quirino dos Santos

A. correspondência deve ser dirigida ao Gerente—José Maria I.ilsboa

COLLABORAÇÃO

O optimismo no BrasilA rapidez com que augmentaaproducção agri-

cola de Ceylão, mostra que os lavradores conhe-(tem o valor do tempo eque o progresso inglez deCeylão está pata o nosso na relação de 7,-457 para2,11 ou é 3,o34 vezes maior do que o nosso.

Notemos mais, a próducção maior, e portanton maior exportação de café do Brasil foi a de 18K7que subio a 2.659.753 saccas : d'ahi em diantetem ella diminuído todos os annos, fazendo sem-pre apparenles as modificações alternadas do cos-tume nas colheitas ; porém a tendência á baixa ébem visível e conhecida nos seis annos que se se-guem até 1873, em que a exportação foi de4.987.869: e portanto a differenca para o anno de1867 é de 671.881 saccas.

' • .Ora para quem conhece o estado esgotado, em

que se acha a maior parte das fazendas de café daprovincia do Kio de Janeiro e sabe que por falta,de braços poucas fazendas novas se abrem, com-prehende facilmente o risco em que estamos devêr asnossassafrasdiminuirem progressivamente,em quanto que em Ceylão as 914 fazendas nova-mente abertas, numero quasi igual aodaquellasque já. produzem café, fazem vêr o concorrentesério e ameaçador que se levanta.

Juntamos os quadros da exportação nos doispaizes e delles se poderiam deduzir algumas outrasconseqüências que omittimos para não sermos de' masiadamente extensos.

No quadro da exportação de Ceylão vão decimaesprovenientes das differenças dos pesos nos doispaizes.

Todas estas reflexões tomam ainda maior impor-(anciã quando consideramos a differenca exlraor-dinaria do preço dos operários do campo em Cey-lão com os do Brasil.

O jornal a secco regula de 400 a 460 rs. pordia ali; emquanto que nós pagando em Campinas do 19 a 19200 rs. por dia, somos obrigadosa dar comida e ainda assim não podemos contarcom elles. Só deste ponto resultam immediata

FOLHETIM

OS JESUÍTASRIMAM HISTÓRICO DO SECliLO SVII1

POR

A. D'OLIVEIRA PIRESIV

O INFANTE D. pEDHO

O-leitor já conhece a sala tle despacho do paço d*Ajuda, on-de mu novamente introdnzil-o no dia 12 de Janeiro de 1159.

D. José está sentado da sua cadeira de veludo, um pouco ca-bisbaixo e pensativo. Acabara de assignar a sentença de mortedo? eonjurados, que o respectivo tribunal havia pouco profe-rira. .<

Carvalho, de pé, junto ao bofete, revia vários papeis e deita-va areia nas assinaturas do rei, ainda frescas.

Entretanto estavam expedidas todas as ordens para construo-ção do cadafalso e mais cerimonias da execução.

Os aceusadores do marquez de Pombal fazem-no responsávelpor estas sentenças ; os-seus deffensores attribuem mais ao reiqae ao ministro a crueldade com que foram executadas.

Afligura-se-nos que nem uns nem outros têem razão. IsentarSebastião José de Carvalho da responsabilidade de todos essesfactos, seria annultar a iniciativa poderosa que elle mostrou emtodos os actos do seu governo.- A vontade de Carvalho, a ener-gia do seu animo resoluto, sobresaem tanto em todos os' actosda adrakiistracção de d. José 1.°, que não é possível retiral-osd!este acontecimento importantíssimo; O ministro deffendéu-semais tarde com as ordens do rei; mas está mais que muitoaveriguado, que Carvalho exerceu uma ascendência quasi illi-Britada no espirito do monarcha.

mente conseqüências as mais importantes. As car-pições ali fazem-se 12 vezes por anno ; os estru-mes são applicados em abundância. Do Peru. daInglaterra e outros pontos são dirigidos para Cey-lão carrega mentos de matérias ferlilisantes. Quemsabe mesmo se as galeras que no Kio de Janeirocarregam os estrumes da companhia City impro-vementos não conduzem depois até lá?

Os caminhos de ferro servem lambem para isso,e não tem como os nossos tarifas prohibitivas;pois nm carro de estrumede Santos posto em Cano-pinas importaria em cerca de 30$000 rs. !

Não se lembram o governo e as companhias quefacilitandoo transito de estrumesaugmentariamascolheitas e portanto suas rendas.

Ha mezes um illustre sábio estrangeiro, que porengano se tem demorado entre nós, estranhava quenão se applicasse ao cafezeiro o decote ou poda,que na Europa tanto conserva, augnienta e regu-Ia as producções das arvoresfrucliferas. A criticado sábio francez era bem cabida até certo ponto.Porém bem poucos lavradores no Brasil conhe-cem os segredos das podas das arvores e o porque:e mesmo os que sabem não conhecem pratica-mente a matéria; como pois applical-a ?

Aonde as escholas que ensinam e experimen-tam?

Si em logar do governo mandar tanto homemde talento á exposição em Vienna, com escala porParis, os mandasse com escala por Ceylão, alielles poderiam vêr como se decolam os cafeseiros,e trazer-nos algumasnovidadesque nos interessas-sem mais do que os engenheiros austríacos que(diz-se) nos vem aperfeiçoar.

Ali saberiam da sociedade d'agricultura de Co-lombo qual

'o melhor estrume para maior pro-ducção e maior duração docafeseiro; pois haannos foi por ella nomeada uma eommissão depropósito para esse fim.

Não quero deixar passar esla oceasião de fazerconstar que se o decote do cafeseiro não é appli-cado no Brasil, uma das suas partes essenciaes éconhecida eapplicada por dois bem conhecidosfazendeiros de Campinas: o sr. Joaquim PaulinoBarbosa Aranha e seu tio o commendador Joa-

Se considerarmos que os interesses políticos e pessoaes deSebastião José de Carvalho pediam um d'estes exemplos memo-raveis, uma d'cstas punições extraordinárias, em que fossemvicttmas alguns dos mais soberbos representantes da classearistrocatica ; se considerarmos que, á semelhança de Itiehe-lieu. Carvalho pretendeu exaltar o poder real e abater a nobre-za, que, além de o guerrear surdamente, o desprezava por ellenão sor de tão preclara estirpe ; se estudarmos emfim o carac-ter d'aquelle homem, tão de molde talhado para ministro dc umrei absoluto, forçosamente chegaremos ü conclusão de que Se-bastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens deel-rei, mas que o rei foi instrumento dócil, e talvez convencido,da sua política.

Além disso a creação de um tribunal especial chamado dainconfidência, destinado a julgar os eonjurados; tribunal a queCarvalho presidia e em que tomavam parte os secretários deestado d. Luiz da Cunha e Thomé da tosta Cdrte Real, está re-velando a intervenção da vontade do ministro no processo econdemnacão dos aceusados.

..Obtida a assignatura de el-rei na sentença, tratava-se de exe-cutal-a. Como o ministro se dispunha a sair, d. José disse-lhe*

—A execução sempre é feita em Belém?—Sim, meu senhor, redarguiu Carvalho.O marquez de Valenca, que estava de serviço, annunciou

nessa oceasião—sua alteza sereníssima o senhor infante d. Pedro.O infante, irmão de el-rei, entrou na sala com andar lirme.e

sereno. Dirigiu-se ao monarcha e beijou-lhe a mão; depoislançou ao ministro um olhar que parecia querer fulminal-o.Carvalho correspondeu com uma reverencia.

Crêr^se-ia1 que d. José adivinhara as intenções do infante,por que se conservou calado, carregando o sobr'olho. Vendo,porém que o infante aguardava a permissão real para fallar,disse:

—Que pretende de nós vossa alteza?—Uma graça, meu senhor.—Uma graça ! tornou el-rei, sendo justa, porque não have-

mos dc coneedel-a?...

quim Polycarpo Aranha fazem descoroar ou des-monchar o cafeseiro ha já tempos. O resultado écompleto e proveitoso. A observação do effeitodas geadas lhes suggeriu a idéa. Honra aos doislavradores pacientes e observadores a quem obom senso fez reconhecer a sciencia -. porque as-sim nasce ella em toda a parte.

Agora, mesmo pelo que acabo de contar, se vêa utilidade que haveria em formar uma sociedaded'agricultura em uma localidade como Campinas.Por meio delia se conseguiriam alguns melhora-mentos. Os lavradores poderiam, reunindo-se aomenos uma vez por mez, communicar suas idéase ensinar sua experiência.! Assim fazem osfazen-deiros em Ceylão, e á sua sociedade se dene aintroduecão de muita novidade na agricultura dailha.

Parece que isso é um impossível em Campinas,aonde ha sociedades para tudo menos para ocul-to da Agricultura, porque parece que cada umjulga saber mais do que precisa.

Entretanto se houvesse uma sociedade dessaordem, o facto do desmonchar o cafeseiro seriaconhecido pelo sr. Liais, que com a sua polidezfranceza fez sentir a nossa ignorância a respeitodo tratamento do arbusto donde provém uniagrande parle da nossa riqueza.

Do exposto vê-se que a lucla existe, e o meiode obviar a ruina é o deixarmos um pouco de la-do o optimismo em que vivemos e dirigirmo-noscom resolução ao caminho do progresso ou a nos-sa concorrente nos atrazará por muitos annos.

Obtidas do governo as reformas necessárias eaugmentadas as estradas de ferro, os bancos hy-pothecarios por districtos e a colonisaçSo_ emgrande escala devem seguir-se para diminuir ojuro e o salário: e como complemento os melho-ramentos que a sciencia e a experiência demons-Iram úteis precisam ser acceitos, ensinados eexrperimentadns no nosso paiz, ou então teremos desoffrer duras provações, e saberemos tarde o pou-co que viamos e sabíamos: tudo devido á crençade que o mundo não podia passar sem nós.

. í '. ¦

—Venho fallar a vossa magestade acerca dos aceusados d»conspiração, que segundo se diz, devem amanha ser justiçados.

—E que tem vossa alteza que dizer ás minhas ordens?—Não posso, nem devo dizer nada, meu senhor. E', porém,

permittido a todos os fieis vassallos de vossa magestade ímpio1-1rar a regia clemência, e é isto o que eu venho pedir para umd'aquelbs infelizes...

—E' impossível! disse d. José, com um gesto de descomen-tamento. ....

Carvalho ouvia as palavras do infante, vivamente inquieto.Temia que d. Pedro conseguisse alguma cousa, e tudo que ejleobtivesse seria uma victoria para os seus inimigos, n aquellaíueta de morte que o ministro travara com a nobreza. Prepa-.rou-se para intervir, no caso de vir abrandar o animo do rei.

—A clemência, meu senhor, ó o mais glorioso attributo dacoroa, continuou o infante. Seja vossa magestade clemente eperdoe á marqueza de Tavora.

—Que diz vossa alteza 1 atalhou o monarcha dando um pulona cadeira. A marqueza é dos maiores culpados...

D. Pedro não se assustou com a explosão do rei, e oonti-nuou humildemente:

—Assim dizem, meu senhor; ou assim querem que se diga.Vim aqui confiado ho coração magnânimo de vossa magestade;mas se a minha supplica é

"injusta, retiro-a.

—Pois não vê que é ?l tornou el-rei.,O infante viu diante de si a retirada. Guardou silencio por

alguns segundos, e retomou o ataque:—Se ao menos vossa magestade commutasse a pena...—Não posso. .. .—Mas veja vossa magestade que esse suppücio e uma atroei-dade... . , .

Carvalho voltou-se todo para o lado do infante quando ouvioestas palavras. Encarou filamento o rei, como querendo ler-lhe na physionomia o efteito que a phrase do mfante p»dunij.

-Vossa alteza esquece que eu j"á conráa n esse «aajigo I OD-.servou d'. José. íi*»í*

-Ainda o duvidava, meu senhor; Hão quena ate acreflW-of _

Page 2: N. 444 GAZETA DE CAMPINAS Anno PAR» FÓR» . 1|000memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1874_00444.pdfbastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que

_ÍA_1IT;_ DE CAMPINAS

NUMERO DE SACCASEDEoMÉ.ACOM

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CINCO ARROBAS

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1,152,6081,165,6311,232,9351,191,6411,511,0961,641,5601,110,1151,459,9681,343,4842,040,4051,906,4121,638,2101,988,1912,408,2562,098,3122,099,1801,830,4382,030,2662,121,2192,069,6211,485,2201,350,1091,480,1311,801,9521,934,8962,659,1532,265,1852,564,2152,209,4562,358,0012,011,1931,081,869

professor do collegio, fará um discurso sobre a instrucção cmlíG.al e adimndo ao objecto. . . . __ _ .h

E' um acto que deve atlrahir a attencão de todos que se in-teressam pela causa da civilisação e prosperidade do nosso ma-"'píraelle

são convidados quantos quizerem ossistil-o, de-vendo realisar-se ao meio dia.

NOTICIAS

Popular Fluminoniic-Esta associação do seguroscontinda a prosperar por ura modo muito lisonge.ro e digno üenoto Dia o dia vai ella captando a odliesao geral, como umafonte certa de estabelecer coda um o sou pecúlio por me.o daeconomia bem intendida. __Ka. «nií,

Os seus últimos balanços attostam um capital subscrpiosuperior a 18:000.000, o que jó dá uma optima idea desta lelizmE.tere"nesta

cidade c logo aqui o teremos de vol Ia o sr. Ma-noel Alfonso Fortes, um dos agentes da Popular Huminense,o qual anda angariando subscriptores. „„„„„_,„_

Contam-se sírios de tanta confionça neste, fecundo pensnmen-to, que tem tomado apólices n'um volor elevado, o que 6 umavaliosissima recommeiidação.

Discurso—O sr. dr. Oliveira- Bello, orador victoria, o jíipor uma ampla reputação, acabo de obsequiar-nos com umexemplar do seu discurso-- . mio _ Srcuío MX-proferidocm iima das conferências publicas da Gloria no Rio de Janeiro

O talentoso moco tem nesta peça, cheia de eloqüência e docrudiecão, mais nnl daquelles Ilui.es para a corda de »PPl»usos

que vai sendo dispensada ao sen nome ju vantajosamente conhe-cido o apreciado. ,

Agradecemos o exemplar com que fomos brindados.

Companhia Paulista-Está so elevando muito o cre-dito desta prospera empreza em todos os mercados babemosque já se venderam um lote dos respectivas acções a 3080OO di

Jremio por coda uma, e hoje publicamos um annuncio olferc-cendo a 32.000.

Tabellionato-Por decreto de 13 fez-se more. ao majorhonorário do exercito, João Pleito da Silva, da servente, vil.dl-cia dos offlcios de 1" tabelliáo e escrivão da provedora do termode Campinas.

A autoridade encontrou dcnlro delles, além de bastante roupade uso o seguinte: _ n _

50 apólices divida publica de 1:000» ; 14 acções do Banco doBrasil, um onnel de brilhantes, uma caderneta do Banco Ruralcom um saldo de 1:4008, 60J em diversas moedas de prato, d.libras esterlinas, 1 moedas do ouro nacionaes de 10}, A ditas oede ouro de 4J, 3 ditos de 20«, 5 palocõcs de 960 rs., uma moedafranceza de 5_.nr.os, dous cruzados novos, 5 moedas ae prataestrangeiras de 200 e 400 rs. ; uma caixa dc prata pararope,um cordão de ouro, 390S em notas, oito mil e lanlos reis emcobre ; e 2 testamentos lacrados, com o nome do mencionado•mendigo Pereira !! ._,._„__

Todos estes objectos foram entregues pela referida autoridadeao dr. juiz de ausentes, depois de lavrado o necessário auto.»

Escravos uiatrieulados-Nas estações flscaes da pro-vincia do Ilio de Janeiro matricularam-se352,004 escravos sen-do : 192,456 masculinos e 159,548 femininos , solteiros 318,042,casados 26,962 e viúvos 6,500 ; agricultores 210 923, artistas34,216, jornaleiros 33,251, do serviço doméstico 19,100 c semprofissão alguma 54,418: de residência urbana 48,991, ruraes301,500. Quanto ás idades : são menores de um anno 4, UM df.1 a . annos 44,401,1 a 14 48,401, dc 14 a 21 ditos 41,918, de21 a 40 ditos 101,113, de 40 a 50 ditos 65,142. maiores de oO

Os municípios que deram maior numero de matriculodos foram

Gazeta de Campinas—Em conseqüência de ser diasandiCcado a próxima quarta-feira, a nossa fo ha sahirá neaedia isto é a 25 do corrente. As pessoas que tiverem publica-ções a fazer, deverão trozel-a á typographia ote o dia ii.

Partida—Segue hoje para S. Paulo o nosse illustre amigodr. Américo Rrosiliense de Almeida Mello, depois de uma es a-da n'esta cidade do quasi dois annos, tempo durante o qual oseu nerigrino talento e insignes qualidades tanto moraes comocivicas puderam ser devidamente admiradas pelos nossos paln-cios de quem por certo leva agradáveis recordações, e bem as-«im o sua digna e cstimavel familia, pelas reiteiradas provas deapreço c sympothia devidamente destribuidas a pessoas acerca-

—dflrs-àe--tantos-titu."'- "^*-**^-Cí-n *,Ui,m"i-s-de .antcisiitH-i.j para o rroptr>w-w--a ____m__—„No seio de seus amigos então deixa a sua ausência um i acuo-

aoenas cheio pela entranhadn e sincera saudade.Em quanto a nós especialmente o sentimento e dos que nao.

se exorimem com-plirascs pallidas e descoradas. A sua pennabrilhante passeava nas columnos desta folha »pr'mo™""»'_P?Jescriptos como os leitores se habituaram a ler, nadesinvolucaode assumptos sempre momentosos para a causa do bem publi-co .do progresso social, vazados no molde dc um estylo ous-tero, incisivo > castiço, do qual corriam os salutares princípiose as sãs doutrinas desenhando o seu vulto dc jornalista para a

primeira plana dos escriptores nacionaes. .E assim a nossa despedida é mais do que uma simples sau-

dacão. ou um cumprimento de cerimonia ao homem distincto .é úm abraço cordial e estremecido. _„„._„

O.nósso amigo vae exercer o seu mister de advogado na ca-

pitai da provincia; e fazendo votos pela sua feliz viagem, da-mos em seguida as presentes linhas que nos enviou.

«O dr. Américo Brasiliense não tendo podido, por cousa deseus incommodos, despedir-se pessoalmente de "dos os eusamigos, e outras pessoas, que o visitaram, pede-lhes desculpadesta falta, e ofTcrece-lhes seus serviços na capital, para ondesegue hoje. Campinas, 22-Março, »

Colleslo Internacional-No dia 24 do corrente da-se uma bella festa .este estabelecimento votado a educação damocidade e de que c director o intèlligente sr. _ _. Morton .é a distribuição dos prêmios aos alumnos que foram lauroooosem os seus

'exames do fim do anno. Por esta oceasião o dr.

Francisco'Bangel Pestana, ultimamente chegado da corte, para

Carlos Goiaes-L. se no _.___ de Milão.-_t)n__i__J___l__i Oj__r_d__n__stro brasileiro La rios

Gomes, será cantada na próxima quaresma Tmntfftre-fceHMfclice, de Gênova. Para isso, c em virtude de exigências do edic-tor Ricordi, furam escripturados os celebres artistas. miry tonoGiraldune e baixo Junca.»

O sr. Iiisiio dc OHndã-Por decreto dc 12 deste mez,foi commutadu na pena de quatro annos de prisão simples, queserá cumprida na fortaleza de Santa Cruz, a de quatro a mos de

prisão com trabalho, imposta por sentença ,io supremo tiibunaSe justiça, a d. frei Vital Marta Gonçalves de Oliveira, bispo d!Olinda,-como incurso no art. 96 do código criminal, grão me-dio.

. Juris»ril(!em!Ía_=Re.ceben__L___. 5 do 3» volume doDtretío, de que é redactor e proprietário o sT. dr. João José doMonte Júnior e u n. 61 do 2» volume da Gazeta Jurídica, àe

que são proprietários e redactores os srs. drs. Carlos .reUencuMarques Perdigão e Álvaro Caminha Tavarc3 da buva.

Mercado dc Santos—A 18 venderam-se cerca de3.500 saccas sobre a base de 6.950 a 1.100 os 10 kilos, ou1ÒS200 a 10.400 a arroba.

Um mendiso rico-Tí-se no Jornal do Comiiierao:Ha'vinte dias, pouco mais ou menos, desapporeceu Antônio

da Silva Pereira, morador á mo do Passeio n. 8 A.A proprietária do prédio, d. Francisca lhnmasia (le Oliveira (.

Silva requereu por intermédio de seu procurador José HomemTavares, ao snbdelegado du 2» districto do S. Joscque procedes-se ao arrombamento da referida casa, afim de serem recolhidosao deposito os insignificantes objectos, que suppunha ali existir,á vista da miséria em que vivia Pereira pois ja lho devia dousmezes e tantos dias de aluguel: ocerescendo que esse mendigoha tempos mostrava soltrer de suas faculdades.

O snbdelegado, depois de tornar por termo o depoimento deduas testemunhas, ordenou o arrombamento em sua presença ena do respectivo escrivão, testemunhas e dois peritos nomeados.

Arrombada aporta, foram encontrados poucos moveis c cmtal estado que denotavam o miséria do morador. Entre esses mo-veis porém, haviam trez bahiis feehalos a chave, que para ocompetente, arrolamento do que contivesse foi necessário tambem arrombar.

U5 município, qut: ul.'_ui míiiui nuuii;iu "•• '"""'"'",•; „„„estes : corte, 41,260, Campos35,fiT8, \ .lenço 2,190 Vassouras21,063, Parahyba do Sul' 18,801, Cantagallo 15,693, Pirahy13 386 Barra-Mansa 11,330, Nitheroy 10,143, c San a MonaMagdalena, 10,495. O que deu menos foi o de Petropolis,donde não so matricularam senão 674.

Obituario--Freguezia da Conceição:Marco 14—José, filho de Antônio Leme.14—Maria, filha de Francisco Guilherme.15—Arthur, filho de Luiza de Arruda.»—Antônio, escravo dc Antônio Pompeo de Camargo.ii -Fortunato, escravo de José Bernardo Brandão.16—Antônio de tal, natural de Santo Amaro.d—Claro José da Silva,» —Manoel Antônio

"Villas Boas.» —Joaquim, liberto de Joaquim Theodoro Teixeira.» .—Ignez, escrava de Joaquim Teixeira de Almeida.1T-Maria de Brito, viuva- ,

» —Honoria, liberta, de d. Maria Luzia de Souza Aranha.19—Roberto, escravo de João Manoel dejUmeida-Rainosa.

________Fregriõziã "de "Santa Cruz

_ãreo T3—Vicente, liberto, de d Manoela deC. Iinto.13—_ irmina, escrava dc d. Cândida Maria Ferraz de Barros.14—Sophia, liberto, da baronezn do Limeira.15-1). Emitia Augusta (le Mello Souza.16—Eloy, escravo de Joaquim Celestino de Abreu Soares.

» -João, escravo do dr. Francisco do Assis Pupo.11—Raphael, escravo do conselheiro Albino José Barbosa.18—Maria do O', escrava do commendador Querubim Uriel.19—Paula, escravo de Manoel Joaquim de Moraes.»— Jpão, escravo de Thomaz Morio Ferraz Volcnçn

SECÇÃO PARTICULAR

Companhia União AgrícolaEntre diversas publicações feitas pcio Diário de Santos soDre

esta companhia, deixamos passar tudo quanto oli escreveram avontade, por exemplo, deram no.mez de Fevereiro noticiado

4° leil o deixando muito de propósitoio anterior, pois tendose vendido nos dois primeiros leilões 6,400 saccas',.fà°<M,2 600 Entrelanto aquelle o garismo com as 3,400 do 15" leilãoa 21 de Feve iro, prefaz o total de 10,000 saccas só nesse mez ;e feus p ccosestáo todos publicados, e os líquidos entreguesim

ooformidode do ordem de cada um, cujas pubtaçaes sio sem-nre feitas no Jornal do Commercio e Gazela de Campinas.f

Não s amos cá da roça nos metter nisto: porém vendo noreferido Diário a publicação ile sua parte commercial alteradaem relação é CB_%_par__, porisso pedimos ao iMcnrreg d„desse serviço naquella folha, que diga «'«"J^-SÍSÍÍo preço do café superior, porque foi vendido a 18900 por 10 kilos o «d dessa forma c que poderá obter tnumpho e nao fazen-d„*publicaçdcs a seu Uo. para depois fazer commen .nos avnntnde e n'uma parte commercial. __¦____-•

Por hoje basta ; digam sempre a verdade que agradecemos,.não escrevam á capricho que é feio.Campinas-Março de 1814. Vm accionista.

Ao sr. Oscal da frcgueiia de Santa Crm

l>or este meio vem-se á imprensa despertar o cuidado e obri-

E n'esta persuacão é quo vinha implorar a clemência de el-rei

para a marquezá de Tavora, cujo marido vossa magestade naoignora haver merecido a minha confiança.

—Vossa alteza parece que dá sempre a sua confiança aosmeus inimigos, replicou d. José um pouco irritado.

Carvalho não pôde esconder o relâmpago de alegria que lhefaiscou nos olhos.

—Quando o marquez de Tavora merecia a minha estima, re-darguiu solemnemente o infante, ainda elle entrava n estas sa-Ias coberto dc honras, ainda era recebido por vossa magestadecom a consideração que inspiravam os seus serviços na Índia...

O monarcha ficou um pouco confuso : e, com a cólera repn-mida, replicou.

—Quando d. José recebia o marquez ou a morqueza de la-vora, ainda as mãos d'elles não estavom tintas do sangue de ei-rei. Agora que incorreram no crime de regicidio, d, José assig-na a sua condemnaçâo, convencido de que cumpre um dever.

—Vossa magestade assigna uma sentença injusta.., talvezuma vingança 1 exclamou o infante olhando para Carvalho. Otribunal condemnou... mas que tribunal 1 Essa execução é umverdadeiro assassinio, cuja nodoa cairá sobre a casa de Ura-Banca A Europa toda _ com repugnância essa sentença bar-bara pronunciada na segunda metade do século 18.°, como umultrage á nobreza. Esle supplicio, senhor, é um desoire para aC°_.Vossa

aUeza atreve-se a fallar muito alto na minha presen-ça 1 bradou o monarcha irritado.

-Meu senhor, não desejo promover o real desagrado. Persuadi-me que, appellando para o affecto paterna) de vossa magestade, para vir implora, uma graça; mas vejo infelizmenteSue os mens inimigos tem sabido indispor vossa magestadecontra mim. As intrigas, as machinações de todo o gênero, temleito com que vossa magestade veja em mim, nao um irmão,vassalo fiel e respeitoso, mas... que sei eu It um rebelde lolvez,terminou elle, accentuando a pfirase e encrespaudo os lábioscom um sorriso de desprezo.

Carvalho mordeu os beiços desesperado, la faltar; mas o in-|fante não o deixou, e proseguiu, sem se importar com o rei:

—Deus é testemunha se eu desejo ou não o bem estar uovossa magestade c as prosperidades do seu reinado. Masdiz-meo coração quo a regia assignaturo vnç sanccionar um acto in-iusto e'bárbaro. E' tombem em nome de sua alteza real a prui-ceza d. Maria que eu venho pedir o perdão da marquezá deTavora, e commiseração para os condemnados, que pertencema nobreza d'estes reinos.

D. losé calou-se. ,Carvalho, vendo que havia silencio, disse placidamente ao

infante:—Sua magestade ja assignou a sentença. ,—E a assignaturo tranca-se á ordem de el-rei 1 bradou o in-

fanlo desesperodo com a intervenção de Carvalho.—Decerto senhor infante, tornou o ministro com premedita-

do sangue frio, se sua magestade ordenar, o perdão sera con-Ce_>.

Pedro, julgando vêr abalada a firmeza que el-rei ao prin-cipio mostrara, continuou. ¦ n—Sua alteza real, eu, todo a nobreza de Portugal, implora-mos o perdão. A magnanimidade de el-rei dá esperança aossuoplicantes. Vossa magestade ha de attendel-os. i

Carvalho, que olhava ora para o infante ora para o rei, comannarente serenidade, exclamou com voz pausada e l,rme:

-Senhor infante, eu próprio ousaria aconselhar a sua ma-'stade que fosse clemente com os criminosos... _D. Pedro fez um gesto de impaciência; o ministro proseguiu

sem se alterar: , ,—Mas creio qüe el-rei deseja dar um castigo exemplar a to-dos os scclerados que conspiram contra a sua soberana auclo-ridade. Os aceusados, não direi que estão ínnocentes... (longede mim o idéa de dedender criminosos, que attentam contra avida de el-rei 1) mas poderão talvez merecer algum acto de be-nevolencia da parte dc sua magestade. El-rei d.ro se merecemalguma attencão esses miseráveis, que não recuam diante ae

I nenhuma infâmia para abaterem o poder real...

-Nào vê que está insultando nobres e nao vi oes? interrom-neu d. Pedro, irritado com as palavras de Carvalho.

-Os nobres, continuou o ministro com inalterável seremda-dc, deixam de o ser logo que el-rei os dissipa dos seus foros e

"-Ninguém pôde aviltar-lhes o sangue I atalhou o infante e

solfreando a cólera que as palavras de Carvalho pareciam des-

tinldKrUramuma conjuração, proseguiu o ministro no mes-

mo tom, contra os augustos dias de sua magestade, que Deus

guarde; c sabe vossa alteza como isso se chama r

_E'"doíé"bastante, senhor. Chama-se uma tentativa de regi-cidTo com principio de execução, cujo effeito foi malogrado pormo_vosTupPe.3ntes, estraíihos a vontade dos conspiradores.Ora os que incorrem n'estas culpas chamam-se...

_____ s 1 interrompeu d. Pedro com vehemenca..-Rebeldes, meu senhor: rebeldes, que e necessário punir.

Mais do que assassinos... porque o assassinio de el-rei nao eum homicídio qualquer. „„«„„„„ .

T)p__i. de uma pequena pausa, continuou .-Covo, qüe aVa extremosamente o seu rei, pede a cabeça

dos cul. ados. pertence com tudo a sua magestade >MW">d. _ r__r Nem por isso os seus vassallos lhe serão menos af-

lectos p-.no SS Vos bens que lhe derem. As cousas,senhor infante, nào são tão feias como a vossa alteza se attigu-

a S a clemência é uma prerogativa elevada da coroa, tam-hem não lica mal ao rei deixar livre a acçao da justiça

A victoíia e.tava ganha paia Carvalho. D. Pedro fulminavaC0™__„_.l_Pqtfv!_^» é de ,ue os presos estão'""-TvSL^zro^òtTo-ecerto que o ignorava. Otribu-nal condemnou, e eu posso afflançar a vossa alteza que achou

''™o tribunal pôde obedecer a alguma razão superior...[Continua.t

Page 3: N. 444 GAZETA DE CAMPINAS Anno PAR» FÓR» . 1|000memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1874_00444.pdfbastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que

gacões daquelle mnilo digno empregado publico, alfa do vêros

"formigueiros existentes no terreno do sr. Antônio do UreitosGuimarães, que realmente já parece isto um pouco ca so; o seassim continuar, estamos bom ma servidos.... Qutira, o| sr.fiscal, mandal-os matar o apresentar a conta ao proprietano domesmo. % R M.

Ao poeta das aspiraçõesHas de me dar uma cópiaD"aquelles versos, malvado-,Que quero botal-os num quadroE lel-os sempre a meu lado!Obra de porte 15o nobreRaro se vê entre humanos;Tu és dos vates fadadosQue nascem d'annos a annos 1

Pegaste manso da pennaE sem mais meditaçõesAo tolo mundo atirasteSoberbas aspirações!

Que obra, ohl vatej que obra!Que pensamento feliz!Vê-se ali em cada imagem 1A estampado teu nariz!

Vate, dou-te um conselho,Reúne as aspirações,E publica um volumeQue dás cabo do Camões 1

Não le ponhas com modeslias...Atira-te... o mundo é teu...E terás em breves tempos

———O busftrmoldade «m breu! _

GAZETA ->E CAMPINAS

Sortimento incomparavelDE ROUPA FEITA

Para homens, meninos e criançasDE TODAS AS QUALIDADES

Camisas para homem e meninos.Casimiras e pannos de todas as qualidades.Gravatas e aboloaduras modernas.Completo sorlimento de guardas-chuva.

Em casa de Guilherme & C31—Rua Direita—31

4-1

PEDREIROSCosorio, crioulo, de 25 annos escravo de d. Maria do Paire-

cinio do Andrade, da cidade de M, e Raymundo, de 21 a, no ,crioulo, escravo do sr. Miguel Mcnardi, da cidade de Campinas,com Lealdade de seus senhores desejam libertar., sondo. am-bos pedreiros, tendo trabalhado nas estrados do ferro cm pedrase tijollos, com moldura, cm vista das plantas; seus jornaesdiário é de 4 a 5_000, conforme a obra ainda pode ser mais, |olterecem-so a alguns srs. empreiteiros de esUadas de tetro,mestre de obras, emprezarios de edifícios o mais pessoas a quemconvier, seus serviços e trabalhos de sons oflmos mediante.o 1», o quantia de _2-_00l I, recebendo a sua senhora a terçaparte á vista e cm prestações mensaes, em proporção a qiiant arestante; o 2\ 2;000JO0O á vista, por seu senho.i assim o en-gir; afim do ambos receberem suas cartas de liberdade, o nomesmo acto passarem ao senhor a quem convier o negocio ocontraclo do serviços, com todas as formalidades de. direito,obrigando-se a trabalharem em serviços do seus offlcios, comas condições rasoaveis de parte a parte; obr gando-se ma.pagar o prêmio das quantias adiantadas, o que tudo se provSenciarà aliffl de não haver prejuízos a áquelles que so olterece-rem a ser seus bomfeitorcs. . ,

Aos senhores a quem convier o negocio, dinjam-se a cidade,de juiid-l.}-, rua d!, liarão, casa n. 48, quo acharão quem lhesdê todos os esclarecimentos exigidos.

Jundiahy, lide Março de 1_4. Amtiait.

E se aqui, nesta Campinas,Alguém de ti rir, ou rio :Põe a penna alraz d'òrelhaE vai-le p'ra Çabo-Frio!

Consta-nos á ultima hora que, a planta que fora i;™»™me"dada para Inglaterra, para o Arcadiano edilicio, nao está aindaconcluída, como já era tempo, . que o engenheiro, a oaigo dt

quem está a dita planta, acabo de pedir mais algum tempo,™lo quo, quando se encarregara delia, nao teve cm vU 6™>d°ediBcúítoso trabalho que tal obra necessita, o qu. po abc ndepressa o poder organisor pediu a coadjuva. o de dous collc

gas seu3.

- CAHABA

MUNICIPALPare™ incrível que em frente ao correio-a repartição publ co

mai ________ 'desta

cidade-a câmara deixo P«—1 tnoas de asua-suja e lama 1 Quem ahi apea-se do cavallo l ca

S os «doas inteiramente borradas de lama qüe depois mia-meio a própria roupa, como nos tem acontecido.

^ ^ .^

ãriu no dia 17 do Marco do corrente anno o escravo Sebas-_E «ao, da cidade do Campinas, pertencente ao sr. AntônioT~ tóartlmeida-.-Qoonl_n_pien_do|^onU'oí!a'- «

?™ b™

será bem gratificado. Ie.n os signaes ^"^^^TitSregular, còr preta, boa dentadura, pouca barba c tem bigode,tem signaes na lesta, e signaes de ferida na |K™ .unha do dedo do meio da mão direito i tom ofltao do wian nacostuma ombriagar-se, o quando está embriagado f lis muitoalto, e fica desasoctgodo i levou uma japona "ova forrada debaeta vermelha; é crioulo. 0 dito escravo tem do idade 2b ao-nos mais ou menos. Campinas, 21 de Março de 18'4-

í) Antônio Dias ac Aimeiaa.

MCuiMTiifiumnm!LOPES, ALFAITE

estabelecido á rua do Gtóosesquina da do Commercio

CAMPINAS

Recem-vindo da capital do império ondefez um grande e variado sortimento de pan-nos, casimiras e muitos outros artigos abai-xo descriptos, apressa-se em convidar aorespeitável publico, a seus freguezes e ami-

gos a virem vêr e munirem-se com tempo,

pois se acha nas condições de bem servir,não só pela superior qualidade das fazen-das, como ainda pelo módico preço porquedellas pôde dispor.

I Attento a isto, cré merecer a protecção e

preferencia dos amadores do bom tom.ARTIGOS

Casimiras pretas, de superior qualidade.Ditas de cores de immensos gostos e mo-

dernas.Pannos pretos superiores.Cortes de calças, o que ha de mais mo-

derno.Brins superiores de todos os gostos e qua-

lidades.Camisas brancas de linho, modernas.Ditas de percale, de cores, idem.Ditas de linho de cores, modernas, de^

-,-.bi^ Oxfordiahiu-lho a

Na loja do Almeida, rua Lusitana, encon-tra-se para os bailes de sabbado e domin^ crianças

Gravatas de diversos gostos.Lenços em caixa, boa fazenda.Collaíintios á Pinaud, Pompadour, de di-

versos feitios.Meias de algodão e lã, para homens e

go de Paschoa, bisnagas, narizes, mascaras,luvas, collares e tudo o mais que fór preci-so para a rapasiada de bom gosto se apre-sentar no chiquismo.

lcli.iv «o.

Alpaca», camisas de meia e diversos ou-

tros artigos pertencentes a seu ramo de ne-

gocio.

A illustre directoria Arcadiana resolveu contractar gente paraa limpeza dos livros, que so acham de conserva cm po, em razãodos ataques violentos?ferozes e inauditos de toda a casta de ba-ratas, traça, aranhões o mais bicharia !.

Ainda km já que nào ha dedinhos quo os po^carl^

"PU

Consulado Imperial da AllemanhaTendo fallecido nesta cidade em 15 do corrente

mez o subdito allemão João Beyer, são.rogadas to-das as pessoas que se julgarem credores do mes-mo a apresentarem neste consulado suas contosdevidamenlelegnlisadasdentro do prazo de quin-ze dias, a datar de hoje.

Outrosim notifica-se a todos que se acharemem debito como ditofallecido a virem saldal-odentro do mesmo praso. ,•„,-,9—3 Campinas, 19 de Março de 1874.F.

Kufa, CÔNSUL.

Afiimado de Angra dos Reis de todas as qualidades.Lampreia, Salmão, Anchois, Ostras, Lagostas,Camarão, sardinhas, bacalhau , etc.

PEHD1ZES em purée com azeitonas, Irangosrecheiados, lingüiças, salchichas, paté truflé, etc.

VINHOS e licores dos mais afamados.Crande sorlimento de louças e porcellanas.

Em casa de Guilherme & C*31—Rua Direita—31 *-l

Grandes Bailes Mascarados no Theatrode S. Carlos Sabbado de Allelnia, eDomin-go de Paschoa. Preços os do costume.

Alerta! rapaziada! 5-1

EDITAES

PRAÇA"De ordem do meretissimo juiz de orqhãos, faço publico que

loi tnnsferida a praça da casa sita á rua do RegenteFei|o,n."«,eràSdaruade Campinas Velhas, avaliada por 3,5008000;neSenle á herança do finado José Pimenlel de Camargo,

para o dia 22 do corrente ás 11 horas da manhã em frente a

Campinas 20 de Março de 1874. ' ¦ .^auipiiias *~ 0 escrivão de orphaosJasè Gonçalves áe Godoy Maurício.

COMPANHIA PAULISTAESTIUDV DE JENDIAHY A CAMPINAS

10a CHAMADA ,Pela direcloria da companhia. Paulista, foi re-

solvido mais uma chamada na razão de 5«/.,ou109000 poraecão, da estrada de Jundiahy a Um-pinas, a começar de 1'da Abril próximo futuro ea terminar no dia 10 do mesmo, improrogavel-m

Sáo portanto convidados os srs. aeeionistas dareferida estrada a virem fazer nesse prazo suasrespectivas entradas nesteescriptorio,.em todosos dias úteis, das 10 horas damanhaás 2da tarde.

Escriptorio da companhia Paulista em b,Paulo, 4 de Março de 1874. o-i

F M. de Almeida, servindo de secretario.

ANNUNCIOSS D. RECREIO COMMERCIAL

Previno os srs. sócios que hoje ás 4 1/2horas da tarde, ha en-saio na salta da mesma.

Campinas, 22 de Marco de 1874.K O secretario,Costa Júnior.

XPRÜPÕS1TO

Azas e grinald?is para anjos, na loja deAlmeida. Lusitana n." U. 3—*

Goreorão e setim preto de Iodas as cores,Gorgorao com listas de chamalole muito mo-

%"«'• franjas, enfeites e botões para vestidosManteletas de renda de seda muito modernas.Chapéos para homens, senhoras e meninos.RiJ sortimento de lã, seda e muitas outras no-

^

Accões da Companhia PaulistaCompram-se alé 120 da estrada de Jundiahy a

Campinas-, dá-se o ágio de 3SM0O rs. soWcada uma, ficando para o comprador o pre-mio vencido de Janeiro até hoje. Nesta typogra-

phia se dirá com quem se trata. ±_2A-ttenção

No largo do Chafariz Velho n.° 8 tem

um piano em bom estado que aluga-se pormódico preço. L

bãílêOTáscaradosSabbado de alleluia e domingo de Pas-

choa haverão bailes mascarados no edeh-

cio do theatro desta cidade, os quaes come-

carão ás 8 1/2 da noite annunciados poruma girandola, logo ao romper da dansa ;os intervallos serão prehenchidos por peçasde musica ephantasias executadas pelaban-da: os camarotes serão vendidos a 5$0UU

por noite, as varandas a 1$ e as entradas

do baile preços os do costume. &Campinas, 22 de Março de 1874.

Lições de rabecaJosé Pedro deSanfAnna »«M*W" *>

rabeca em sjia casa, rua das Campm»s Velha ji.

vidades.Em casa de Guilherme át C.°

31—Rua Direita—31 4-1

P. de Kock—As Caixeiras, 2 v. 5??)Na typ- "Ia «Gaw>la-»

P. Chagas-Vermelhos, brancos e raues, 2»P. Chagas-A guerra Pemnsular, 1» ^^Mclio-Scenas6de Lisboa, com estampa, 2J50OOrnellas—Maria, romance, 1% oaRodrigõcs-o , e faz a íf^Tn 'd.

GazetaDinheiro á vista. Ha typ- *» wimui-

Page 4: N. 444 GAZETA DE CAMPINAS Anno PAR» FÓR» . 1|000memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1874_00444.pdfbastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que

«ASÍETA UE CAMPINAS

Fugiram 4 escravos no dia 15 deste mez, per-

tencentes a José de Souza Teixeira, a saber:Anlonio, mulato, bem cheio de corpo, alto,

bem parecido, bons dentes, e bem fallante ; In-vou uma caixa de folha pintada com 3 palmosde cumprimento; natural do Maranhão; combarba raspada.

Domingos, mulato claro, dentadura serrada,com um signal no lado esquerdo do rosto, imita-ção de umlobmho.

Vicente aCBuoclado escuro, barba raspada.JovinOi caboclo, vesgo da vista, alto, mal en-

carado. Todos estes escravos levaram trouxas deroupa em saccos, e alguns destes saccos tem amarca da estrada União e Industria; levaram bo-nets de casimira de côr e camisas de baeln azul,calças de brim pardo e camisas- brancas; assimcottio tinham Iodos calça e camisa escura. O es-cravo Jovino, caboclo, tem eslado aqui em Cam-pinas ha 2 mezes trabalhando na Matriz Nova oqual já está ao facto da sahida das estradas.

Paga-se 1009000 por cada um a quem ostrou-xer a seu senhor. 2—1

Campinas, 20 de Março de 1874.

Custodio Teixeira da Silva participa á praça

desta cidade, que deu sociedade em seu ne-gocio de molhados ao sr. loão Baptista Cardosod'Almeida em 19 de Fevereiro p. p., sob afirmade Custodio Teixeira & C." no activo e passivo.

Campinas, 14 de Março de 1874.Custodio Teixeira da Silva.

João Baptista Cardoso d'AImeida participa á

praça desta cidade f_ue adquiriu uma socie--dade cuiii vò sr.-festodio TeixektLdiiSilva, em

19 de Fevereiro p. p. sob a firma de CustodioTeixeira & C. E desde já espera a confiança daprotecção de seus amigos e freguezes.

Campinas, 14 de Março de 1873.J. Baptista Cardoso d'Almeida.

MOBÍLIAVende-se uma rica mobília composta de um

sofá, uma cadeira com mola chamada divan, duascadeiras de bnços, duas ditas de balanço, tudoestfoailo e oito cadeiras próprias para um salão.Trata-se com Pedro Rampi, na rua Direita, casa doGaúcho.

P"xlravioii^stTou furtaram da invernada deno-** minada-—As Pedras—pertencente a Jerony-mo José Coelho, estrada de Mogy, um cavallorusso, marca coração, estatura alta, idade 7 an-nos, um bocado selado, crinas compridas. Su-miu-se em fins de Novembro do anno passado.Quem d'elle dér noticia certa, receberá vinte milréis por mão do annunciante en. Campinas, cujodono é-J. J. Amaral.

OBRAS DE J. YERNEViagem ao redor do mundo, 29Viagem ao centro da terra, 29A America do Sul, 29A Austrália, 290 Oceano Pacifico, 29Cinco semanas em balão, 29A terra das Pelles, 29

Na typ. da «Gazeta.»PARA CASAMENTOS

Vèosdefild de seda bordados para casamento,grinaldas, flores soltas de laranja para infeitarvestidos, etc. Rua do Commercio n. 59, loja doTompson. 3—3

Para AnjosAzas de pennas brancas e de còi-es, par 79',

diademas, flores com marnbout, meias de seda

Íiara meninos, grinaldas, flores de todas as qua-

idades, ele. Loja do Barateiro, rua do Commer-cio n. 59. 3-3

FESTA DA SEMANA SANTALEON HERTZ participa ao respeitável publico

que lhe acaba de chegar, vindo em direitura daEuropa, um bonito e variado sortimenlo de fa-zendas próprias para as festas da Semana Santa,assim como vestidos feitos de gorgorão e nobreza,paletots para senhoras, de gorgorão, nobreza, ca-simira e velludo, chapéos para senhoras e muitosoutros arligos que será longo mencional-os. 6-3TVa fazenda do tenenle coronel Querubim Uriel*' Ribeiro de Camargo ha porção de milho paravender. 2—2

Estrada de Ferro do Rio ClaroOs antigos e bem conhecidos empreiteiros Al-

len Bagotte Jorge Jeffei-y acceitam trabalhadorespara a conslrucção do leito da mesma; para Iraclarcom João Soares Franco; rua do Pórtico n.!67; oucom Castro & Amaral: rua do General Osório es-quina da 11 de Agosto. 8—2

wg O ADVOGADO dr. Leoncio de Car- g(1 valho tem o seu escriptorio, em São Wg Paulo, á rua da Princeza n. 11 sobra- «_}fi do, onde pôde'ser procurado para to- gO dos os misteres da sua profissão, das O0 10 h. da manhã ás 3 da tarde. 10-5 gtfcsggissssss-sssssssssssg-ssssssa

Historia de nni bocadiuho de pãoCartas a uma menina acerca da vida do

homens e dos animaes, por J. Mace. A'venda na typ. da «Gazeta» a 3JjJ).essssssssssssssssssssssssesss

O AVOGADO i

§ UBALDSpIQ DO AMARAL §t% V

assssssssssssssssssssssssõssgLoja do Barateiro

Collctes para senhora 69, luvas de retroz, ciu--tos-mfidernosillKjOO, cocks a 49 e 49500, gram-pos ifaço, adereços, renda de cluny preta e bíãn-ca, dilas de crivo e valenciana, loucos e loucadosmuito ricos para baplisados, vestidos para ditos,conlas luslrosasgrandes para infeite de cabeça,flores de laranja para baile nielro 39 e í)$500,ramos de dilas para loucados um 49, flores deIodas as qualidades, filas de setim macáu de lo-das as cores e larguras, gravalas Alzira para se-nhora a 39500 e 49, ditas de cambraia e rendacom laço uma 29, brincos pretos par 640 e 500,botões de setim de todas as qualidades, luvas deseda branca, entremeio e pontinhas bordadas pa-ra infeites. Loja do Tompson, rua do Commercio,n. 59. 3-3

SONS QUE PASSAMPoesias por T. Ribeiro

A 49000 o exemplar. Na typographia da «Gaveta»

Collegio São «toão BaptistaEste collegio funeciona ha seis annosí n'uma

saudável localidade a duas léguas da cidade, esempre tem prosperado merecendo a confiançados srs. pais de fumilia, tanto pelos paternaescuidados e sabia administração que o rege, comopelas habilitações e idoneidade de seus professo-res. O módico preço pelo qual recebe alumnosinternos, e os brilhantes resultados até aqui obti-dos no ensino das matérias abaixo declaradas otornam em extremo vantajoso e de fácil ensejo-para quem quizer applicar seus filhos no com-mercio ou tornai-os aptos aos misleres da lavou-ra inculcando-lhes os princípios de uma sã eco-nomia e de uma bem entendida administração.Emfim a diuturnidade d'este collegio, o seu de-sinvolvimenlo progressivo e as vantagens incon-testaveis que offereçe levam-me a convidar os srs.pais de família a que hajam por bem confiar-meseus filhos.

Estão regularmente funecionando as seguintesaulas:—Primeiras lellras, cathecismo, línguaslatina, portugueza e franceza, historia pátria euniversal, geographia, arilhmetica e suas appfi-cações para o commercio, escripturação e conta-bilidade mercantil por partidas simples e dobra-das, emfim musica sendo esta paga separada-mente.

O collegio recebe alumnos internos pelo limi-lado preço de 309 rs. por mez, em prestações se-4nestoes_adkntada_s, percebendo abatimento ra-soavel os pais que mandarem mais de dois filhospara o collegio. Incumbe-se do tratamento daroupa mediante a quantia de-259 rs. por semes-Ire adiantados. 10—3

Campinas, 8 de Março de 1874.O director—João Baptista Pupo de Moraes.

Professor lagicoMercante de doces, ovos, passarinhos, peixes

abundantes e differentes objeclos. Hoje, amanhã,depois e todos os dias haverá um lindo divertimen-to composto de admirável e surprehendenle tra-balho de alta mágica. Cosmoroma com bonitasvistas, cabeça que falia, ele, ele. pelo professor Sa-viour Boonex, á rua do Góes n. 7 casa vermelha.

Principiará das 7 horas da noute em diante.Preço de entrada 509 rs. por pessoa. Conlinu-

ando estes trabalhos todas asnoiles, as peças serãomudadas e as vislas lambem. Aproveitem em-quanto é cedo.

Mobília, Vinhos, ete.Vende-se até ao dia 30 do corrente os objectos

abaixo, e a 4 de Abril serão poslos em leilão osque porventura restarem, isto por sou dono ter deretirar-se para a Europa.

2 espelhos grandes, 1 menor, lavatorio de mar-more com espelho, guarda-louça, guarda-roupa,guarda-commoda, mesa redonda, mesa oval, me-sa de jogo, mesa elástica de 5 taboas, mesa ordi-naria, fogão econômico, dito, 2 lampeões de ke-rosene, prensa de copiar, burra de ferro á provade fogo, piano superior, 12 cadeiras, 6 _,ditas, 2camas de ferro, marqueza, sofá fino, e diversosarligos de uso como porcellanas, copo? etc.

VINHOS—Bordeaux superior, de diversas mar-cas, em quartolas. meias e caixas, Bourgogneidem, Sauterne, Cerveja.

LICORES—Cacau, chartreuse, benediclinos,vermulhe, absintho, colineau.—Ameixas, choco-late, fruelas christalisadas, etc. 3—2

Gustavo Bernard, rua do Commercio.

Arvwmn-i+ariri No armazém de comJiJJlUVtJllBiJl. missões de Netto de Mo-raes & Filhos, á rua das Campinas-Velhas n. 53,tem porção de arroz de Santos, que se vende apreços nunca vislos. 4—2

BANCO COMMERCIAL DE VIANNAEm Portugal

M. P. da Silva Bruhns em S. Paulo á rua Direita n. 30, ten-do sido nomeado agente do Banco Commercial de Vianna, poresta provincia, saca de hoje em diante por conta do mesmobanco sobro todas as seguintes cidades e villas de Portugal:.Agueda.Arcos.Aveiro.Amarante. %Beja.Braga.Bareellos.Castello Branco.Castro Daire.Caminha.Chaves.Coimbra.Co vi llio,Cabeceiras de Basto.Ctíloríco de Basto.Espazende.Estremo'?.Elvas.Fão.Faro.Figueira.Fafe.Guarda. ,Guimarães.Geuvôa.Lagos.Lamego.Lisboa.Leiria.Louló.Ilha da Madeira.

S. Paulu, 18 de Fevereiro de 1874,

p.p.

Mangualde.Melgaço.Mirandella.Monsão.Monte-mór o velho.Mertola.Moura.Oliveira de Azeméis.Porta íêgrii.Ponte do Uma,1'enafiel.Porto.Povoa do Varzim.Povoa do Lanhoso.ttegoa.S. João da Madeira.Santo Thyrso.Setúbal.Silves.Ta vira.Torres Novas. .Yalença.Vianna do Castello.Vizeu.Villa Nova de Famelitáo.Villa Real. .Villa Real de Santo Antônio.Villa do Conde.Villa de Felgueiras.Villa Nova de Pdrtimào.

16-4O agente,

. P. da Silva Bruhns,E. Preiss.

Luvas de pellica ^g£jS* e senhora, rqa do3-3

tas e de cores para homemCommercio n. 59.

Livros de educaçãoRenault—Explicação do systema métrico decimal, 1 v. tfRenault-Elementos de arithmetica para meninos 1|Methodo Facilimo lg. Expositor Portuguez 1J.Pinheiro—Grammatica da infância, 1 v. 1$Auletla—Grammatica portugueza, lj.Cruz—Grammatica portugueza lgSevenne—Grammatica franceza, 2 v. 3$Noel e Chápsal, grammatica franceza, 1J.Renault—Methodo fácil para aprender a lêr em 15 lições 1|Pinheiro—Episódios de historia patna contados aos me-

ninos, 1 vol. «IPinheiro—Historia sagrada, com gravuras, Ir. 3|Delamarchc—Alias 9|f.Pinheiro-Cathecismo da doutrina chrislã 1»Macedo-llistoria do Brasil 38 ¦

1874—Campinas—Typ. da Gazeta de Campinas.

Page 5: N. 444 GAZETA DE CAMPINAS Anno PAR» FÓR» . 1|000memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1874_00444.pdfbastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que

6AZETA DE CAMPINAS

EDITAES

De ordem rjn Câmara Municipal se foz publico que as dispo-Bicões do art. 5o das posturas ficam ostensivas em toda a cidade-"Art.

5» Todos os edifícios uns condições do artigo antena-dente terão as beiras en cachorra d as o forradas, as quaes nãoexcederão de 2 1/2 palmos de largura ; terão bicas de tolha,metal ou ferro, que recebendo as águas da chuva as levem aoscanos èmbutfdos nas paredes para soltal-as ao nível do chão ounirccntro das mas por baixo dos passeios quando os houverem.A disposição deste artigo comprchende Ioda e qualquer edita-cão nova,' ou qualquer concerto que se faça em qualquer parteda cidade, dentro do quadro mareado pela Gamara. A infracçàodeste artigo será punida com as penas do antecedente (20SO0Üde multa). 5—4

Campinas, 9 de Marco de 1814.O secretario, Thomaz Gonçalves Gomide.

De ordem da Gamara Municipal se faz publico, que em obser-vancia do art. 13 das posturas, que obriga os proprietários decasas e muros dentro da cidade, ao calçamento de suas respec-titfaíf frentes, fica marcado novo quadro, da fôrma seguinte:rua dc Saldanha Marinho, partindo da rua de S. Carlos, Impe-rador, Sacramento, Alecrim, Commercio, Ponte e largo de San-ta Cruz, Lusitana,'Formosa, Sete de Setembro e S. Carlos, fe-chando o quadro; o mais todas as ruas que sahirem para olargo do Mercado e praça de Carlos Gomes; Gommemo até afrente da igreja de S Beiiedicto; Direita e Rosário alé a rua doTanquinho: ílegeiile Feijó alé a rua do General Câmarares ató a rua 24 de Maio.

Campinas, Ü de Marco de 1814.O secretario—Thomaz Gonçalves Gomide.

PEDREIROSCesarío, :rioulo, de 25 annos, escravo de d. Maria do Pa tro-

cinio dc Andrade, da cidade do Itú, c Raymuiido, de 21 annos,crioulo, escravo do sr. Miguel Menardi, da cidade de Campinas,com faculdade de seus senhores desejam libertar-se, sendo im-bos pedreiros, tendo trabalhado nas estradas de ferro em pedrase tijollos, com moldura, em vista das plantas; seus jornaesdiário é de 4 a 5ífO00, conforme a obra ainda pôde ser mais,oIFerecem-se a alguns srs. empreiteiros de estradas de ferro,mestre de obras, emprezaríos du edifícios e mais pessoas aquémconvier, seus serviços e trabalhos de seus offieios, mediante:o Io, a quantia dc 2:2008000, recebendo a sua senhora a terçaporte á vista c em prestações mensoes, em proporção a quantiarestante ; o 2o, 2:0OOJfUOO á vista, por seu senhor assim o exi-glr; afim de ambos receberem suas cartas de liberdade, e nomesmo acto passarem ao senhor a quem convier o negocio, ocontracto de serviços, com todas as formalidades de direito,obrigando-se a trabalharem em serviços do seus offieios, comas condições rasoaveis de parte a parte; obrigando-se mais apagar o

'prêmio das quantias adiantadas, o que tudo se provi-

denciará afim de não haver prejuízos a aquelles que se offerece-rem a ser seus bemfeitores.

Aos senhores a quem convier o negocio, dirijam-se á cidadede Jundiahy, rua do liarão, casa n. 48, que acharão quem lhesde todos os esclarecimentos exigidos. 2—2

Jundiahy, 1T de Marco de 1874.A liberdade.

t4-3

De ordena da Câmara municipal se faz publico,qne em conformidade do ait.°59 das posturasfica marcado novo quadro para estacionarem osescravos vindos de fora e que se comprchende obairro da rua do Tanquinho para cima, por eslarua até sahir no largo da Alegria a procurar a ruadn Misericórdia até a do Pórtico, e por esta atéprocurar o vallo da chácara do padre Sampaio.

Campinas, 9 de Março de 1874, _ 4—4O secretario—Thomaz Gonçalves Gomide.

SONS QUE PASSAMPoesias por T. Ribeiro

A 49000 o exemplar. Na typographia da «Gazeta»

gm no dia 17 de Março do corrente anno o escravo Sebas-tião, da cidade do Campinas, pertencente ao sr. AntônioDias de Almeida. Quem o piemlor centregar a sen senhor

será bem gratificado, Ten. os signaes seguintes : altura e corporegular, côr preta, boa dentadura, pouca barba e tem bigode,tem signaes na testa, o signaes de ferida na perna ; sahiu-lhe aunha do dedo do meio da mão direita ; lera cillicio de carapinacostuma embriagar-se, e quando está embriagado falia muitoalto, c fica (lesasncegado , levou uma jaumia nova forrada debaeta vermelha ; é crioulo. O dito escravo tem deidade 20 an-nos mais ou menos. Campinas, 21 de Março do 1874.2—2 Àntomo Dias de Almeida.

Acções da Companhia PaulistaCompram-se alé 120 da estrada de Jundiahy a

Campinas; dá-se o ágio de 32*900 rs. sobrecada uma, ficando paru o comprador o pré-mio vencido deJaneiuLJiláJt^.Jes^tjijwgj^phiu se dirá com quem se trata

ANNUNCIOS

Fugiram i escravos no dia 15 deste mez, per-

tencentes a José de Souza Teixeira, a saber:Antônio, mulato, bem cheio de corpo, alto,

bem parecido, bons dentes, e bem fallante ; le-vou uma caixa de folha pintada com 3 palmosde cumprimento; natural do Maranhão; combarba raspada.

Domingos, mulato claro, dentadura serrada,eotíi tlm signal no lado esquerdo do rosto, imita-ção de uni lobinho.

Vicente acaboclado escuro, barba raspada.Jovino, odboclo, vesgo da vista, alto, mal en-

carado. Todos estes escravos levaram trouxas deroupa em saccos, e «Ifíins destes saccos tem amarca da estrarla União e Industíitt; levaram bo-nets de casi«p (teeòr c camisas de baeta azul,calças de bríft pflfrfo * camisas brancas; assimconio tinham todos calça e camisa escura. O es-cravo J.nvin<5, caboclo, tem estado aqui em Cam-pinas ha 2 mezes trabalhando na Matriz Nova oqual já está no facto da sahida das estradas.

Pdga^se 1005*000 por cada uiii a quem os trou-Steí a setl senhor. 2—2

Campinas, 20 de Março de 1874.A-r.«>nTTrt-!+rt-rTA No armazém de com-AprOVeiTOin. missões de Netlo de Mo-ráéá & Filhos, á rua das Campinas-Velhns n.-53,tem porção de arroz de Santos, que se ven'

15=2COMPANHIA PAULISTA

ESTRADA DF. JUNDIAHY A CAMPINAS10» CHAMADA

Pela directoria da companhia Paulista, foi re-solvidn mais uma chamada na razão de 5 °/„, ou109000 poracção, da estrada de Jundiahy a Cam-pinas, a começar de Pde Abril próximo futuro ea terminar no dia 10 do mesmo, improrogavel-mente.

São portanto convidados os srs. accionistas dareferida estrada a virem fazer nesse prazo suasrespectivas entradas neste escriptorio, em todosos dias úteis, das 10 horas da manhãás 2da tarde.

Escriptorio da companhia Paulista em S.Paulo, 4 de Março de 1874. 5—2

F. M. de Almeida, servindo de secretario.

Collegio São Mo Baptista .Este collegio funeciona ha seis annos, n'uma

saudável localidade a duas léguas da cidade, esempre tem prosperado merecendo a confiançados srs. pais de familia, tanto pelos paternaescuidados e sabia administração que o rege, comopelas habilitações e idoneidade de seus professo-res. O módico' preço pelo qual recebe alumnosinternos, e os brilhantes resultados até aqui obti-dos no ensino das matérias abaixo declaradas 0tornam em extremo vantajoso e de fácil ensejopara quem quizer applicar seus filhos no com-mercio ou tornal-os aptos aos misteres da lavou-ra inculcando-lhos os princípios de uma sã eco-nomia ede uma bem entendida administração..Emfim a diuturnidade d'este collegio, o seu de-sinvolvimento progressivo e as vantagens incon-testaveis que offerece levam-me a convidar os srs,pais de familia a que hajam por bem confiar-meseus filhos.

Ksláo regularmente funecionando as seguintesaulas:—Primeiras lellras, cathccismo, línguaslatina, portugueza e franceza, historia pátria euniversal, geographia, arithmetica c suas appli-cações para o commercio, escripturação e conta-biíiilade mercantil por partidas simples e dobraidas, emfim musica sendo esla paga separada-mente. .

O collegio recebe alumnos internos pelo hmi-lado preço de 30!» rs. por mez, em prestações se-me^stn^dtcnrtcidasr-percebendo_^MLmenlo ra-^soavel os pais que mandarem mais de dois fiíEõs~para o collegio. Incumbe-se do tratamento daroupa mediante a quantia de 25» rs. por semes-tre adiantados. 10—4

Campinas, 8 de Março de 1814.O direclor—João Baptista Pupo de Moraes.

preços nunca' vistos. 4-3FESTA DA SEMANA SANTA

1.EON HERTZ participa ao respeitável publicoque lhe acaba de chegar, vindo em direitura daEuropa, um bonito e variado sortimento de fa-zéndas próprias para as festas da Semana Santa,assim como vestidos feitos de gorgorao e nobreza,palelots para senhoras, de gorgorao, nobreza, ca-ámtrae velludo, chapéos para senhoras e muitosoutros artigos que serálongo mencional-os. 6-4

Eslrada de Ferro do Rio Claro(J&antigòsebem conhecidos empreiteiros Al

len Bagplt e Jorge Jeffery acçeitam trabalhadorespara a íonslruccão do leiio da mesma; para traclarcom Jòâò Soares Franco; rua do Pórtico n.167; oucom Cástíòá Amaral: rua do General Osório es-quina da 11 de Agosto. 8~3

BANCO COMMERCIAL DE VIANNAEm Portugal

M. P. da Silva Bruhns cm S. Paulo á rua Direita n. 30, t(do sido nomeado agente do Banco Commercial de Vianna, poresta provincia, saca de hoje em diante por conta do mesmobanco sobre todas as seguintes cidades o villas do Portugal:

Agueda.Arcos.Aveiro.Amarante.Iteja.Braga.Barccllos.Castello Branco.Castro Daire.Caminha.Chaves. 1-Coimbra.Covilhã.Cabeceiras de Basto.Celorico de Basto.Espazende. ,Estremoz.Elvas.FSo.Faro.Figueira.Fsfe.Guarda.Guimarães.Geuvêa.Lagos,Lamego.Lisboa.Leiria.Loulé.Ilha da Madeira.

S. Paulo, 18 de Fevereiro de 1874.

Mangualde.Melgaço.Mira ri delia.Monsão.Morite-mór o velho.Mertola.Moura.Oliveira de Azeméis.Portalegre, .Ponte do lima.Pcnifíiél.Porto.Povoa do Varzim.Povoa do Lanhoso.Rcgoa.S. João da Madeira.Santo Thyrso.Setúbal.Silves.Ta vira.Torres Novas.Valença.Vianna do Castello.Vizeu.Villa Nova de Famelicão.Villa Real.Villa Kcal de Santo Antônio.Villa do Conde.Villa de Felgueiras.Villa Nova de Portímão.

Lições de rabecaíosí Pedro de SanfAnna Gomes dá lições de

rabeca em suí casa, rua das Campinas Velha n40. __J

'Rodfigues—O que faz a? ambição, romance, 29

Dinheiro á vista.' Ka typ. da Gazeta.

Mobília, Vinhos, etc.Vende-se alé ao dia 30 do corrente os objectos

abaixo, e a 4 de Abril serão postos em leilão osque porventura restarem, isto por seu dono ter deretirar-se para a Europa.

2 espelhos grandes, 1 menor, lavalorio de mar-more com espelho, guarda-louça, guarda-roupa,guarda-commoda, mesa redonda, mesa oval, me-sa de jogo, mesa elástica de 5 laboas, mesa orrji-naria, fogão econômico, dito, 2 lampeões de ke-rosene, prensa de copiar, burra de ferro á provade fogo, piano superior, 12 cadeiras, 6aditas, 8.camas de ferro, marqueza, sofá üno, e diversosartigos de uso como porcellanas, copos etc.

VINHOS—Bordeaux superior, de diversas mar-cas, em quartolas, meias e caixas, Bourgogneidem, Sauterne, Cerveja.

LICORES—Cacau, chartreuse, benedictinos,vermulhe, absintho, colineau.—Ameixas, choco-late, fruetas chrislalisadas, etc. 3—3

Gustavo Bernard, rua do Commercio.

Professor MágicoMercante de doces, ovos, passarinhos, peixes

abundantes e differentes objectos. Hoje, amanha,depois e todos os dias haverá um lindo divertimen-to composto de admirável e surprehendente tra-balho de alta mágica. Cosmorama com bonitosvistas, cabeça que falia, etc, etc. pelo professor Sa-viour Boonex, á rua do Góes n. 7 casa vermelha.

Principiará das 7 horas da noule em diante.Preço de entrada 500 rs. por pessoa. Continu-

ando estes trabalhos todas asnoites, as peças sera|mudadas e as vistas lambem. Aproveitem em-quanto é cedo.

p.p.O agente,

P. da Silva Bruhns,E. Préiss.

cssscoscssscscsoccsonsscssssgO AVOGADO

UBALDIN0 DO AMARALS3=

OBRAS DE J. VEMViagem ao redor do mundo, 29Viagem ao centro da terra, 29A America do Sul, 29A Austrália, 29O Oceano Pacifico, 29Cinco semanas em balão, 29A terra das Pelles, 2»

Na typ. da «Gazeta.»

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1874—Campinas—Typ- da Gazeta de Campinas.

Page 6: N. 444 GAZETA DE CAMPINAS Anno PAR» FÓR» . 1|000memoria.bn.br/pdf/091995/per091995_1874_00444.pdfbastião José de Carvalho não foi mero executor das ordens de el-rei, mas que

Antônio Fernandes de Castro, tendo aberto no-

vãmente seu negocio de seccos e molhados,á rua Formosa esquina da rua Lusitana, toma aliberdade de convidar seus amigos e freguezes aque se dignem honral-o com sua confiança, asse-giirando-lhes desde já que inconlrarão sempreem seu negocio gêneros de primeira qualidade epor preços os mais rasoaveis possível. Na mesmacasa vende-se bebidas da terra, pelos seguintespreços: aguardente do reino, dita de aniz, gene-br»! licor e capilé, tudo melhor que ha nestesgêneros, uma dúzia de garrafas 49500, voltandoas garrafas vazias -4). 000; aos freguezes que de-rem as garrafas, comprando de 10 dúzias para ei-ma, sortidas, se fará abatimento. Compra-se gar-rafas vazias, qualquer porção que seja, a 89000o cento. ^~4

ESTALAGEMArrenda-se uma estalngem no Quilombo estrada

de Piracicaba, junto da estrada que seestáfazen-do, por preço módico. Tem casa de morada,rancho para

'tropeiro, pasto cercado e excellente

apuada. A localidade hoje é de muita importou-cia para negocio, visto estar próximo a linha fer-rea; quem desejar conlractar procure na Vendado Malto, estrada da Limeira, ao sr. Antônio Joséda Cunha, que está authorisado pelo. proprietárioa fazer qualquer negocio. 4-1

Campinas, 10 de Março de 1874.Camillo Rodrigues de Arnujo:

VAPORNa casa do sr. Miguel Clauzeí, rua Lusitana

n. 106, (ferraria] se dirá quem tem um paravender com transmissão, serra circular e diver-sas outras ferramentas. Dá-se em conta c está

~èHrper_-_tn-estado— 5—5

AltencãoJoaquim Izique recebeu novamente n ofamado

panno de algodão da fabrica de S. Luiz em Ytú.Os fabricantes deste panno resolveram fnbricul-o,e já estão fabricando de fio mais grosso e bemtorcido, sendo muito encorpado. O actual preçoreduzido de vara para metro, é o seguinte : deuma a 16 peças, 530 rs. o metro, e de 16 peçaspara cima, 510 rs. o metro. Somente á dinheiro.Venham vêr para crer. 10-10

Rua do Rosário n. 28 A

! .I10SFIMÍF1..I

DEPOSITO DE CALÇADOde F. SIRE tC.

38 A—RUA. DIREITA—38 ACS-____.5_2_13___»2-£-S-.'á__.S3

Esla casa filial da grande fabrica e deposito de calçados deF. Sire &.C., no Bio de Janeiro,á rua dos Ourives n. 68, tem sempre um grande sorlimento de calçados nacionaes e extrangeiros,

que vendem-se por preços muito moderados, com sejam tamnnnBotinas Suser para homens . . - ¦ VS^SS.Botinas Pollak para homens . . . • 1-*J™JBotinas nacionaes superiores para homens . ¦ . J*w»Botinas de duraque preto para senhoras . . ¦ |«wuChinelos de tapete para homens e senhoras . . 1*-U"Chinelos de algodão f

"u .

Na mesma casa lem bolsas de viagem a tira-collo, de camurça branca ; polamas de couro daRússia; sobretudos impermeáveis, guardas-chuvas, ele, etc., ect. .. .

Vendas por atacado e a varejo—SO A Dl-._M.l_-U

SITIO A VENDAATTENÇÃO

Vende-se um importante sitio no disiricto doBelém do Descaluado, distante desta villa umalégua e da villa de Pirnssununga tres léguas, bonscaminhos para trolls e carros, para uma e outravilla; contém cerca de 300 alqueires desuperio-res terras próprias para grandes plantações decafé, canna, algodão e mais gêneros.

Este sitio livrou-se dos grandes geadas até hojeconhecidas, tem bastantes matos virgens e estesmuito bem revestidos, capoeiras e grandes pastosde capim angola, sendo esle em uma extençào de30 alqueires, tem uma pequena casa de moradae um engenho de canna, é divisado com mais trespartes annexas, lem abundantes águas em cir-cumslancios de tocar qualquer machina, muitas^madeiras (teclei e muito boa qualidade de barropara tijollos e telhas. .

Chama-se para esta venda a attenção das pes-soas inclinadas á lavoura, ou mesmo para aquel-Ias que queiram ler um capital seguro attenden-do a boa qualidade do sitio, e o seu preço ser com-modo. O motivo da venda é seu dono não podercultival-o.

Para tratar nesta cidade com José FerreiraZimbres de Queiroz, rua da Ponte n.2, fio Belémdo Descalvado com os srs. José Leite Machado eJosé Lopes de Freitas. 10—7

Campinas, 20 de Fevereiro de 1871.

45-IIUA DO C0MMEBC1--45VIUVA ROSO _fe FILHOS

Tem sempre um Rrnndc deposito d.i medicamentos em tinta-im e glóbulos, em vidres avulsos, em caixas de 12, 18, 24, 30,30 e 48 vidros, assim como upodeldoc do arnica, bríonio c rlius.

F.sles medicamentos sim do antigo e conhecido laboratório do. Coclirane 6. Pinho do llio de Janeiro. 20—13

Raggio $ FonsecaEstabelecidos com armazém de commissões,

encarregam-se de fazer seguir a seu destino todosos gêneros lanto de exportação como de importa-cão; recebem produclos do paiz para V.nder nes-ta cidade, ou para mnndal-os vender nas praçasexportadoras por conta de seus commiltentes, so-bre cujos artigos adiantam dinheiro. Compramcnfé pelo maior preço do mercado e bem assim osdemais generosjlo paiz, e vendem saLe assucar,

Hua du Ponte n. -19, esquina do largo de SantaCtat-ÇAMPINAS. 12-6

FORO DE CAMPINASO bacharel em direito, Anlero Victor da Silva

Costa Pessoa, tem o seu escriptorio de advocaciana chácara em que reside, pegada a esta cidade,em seguimenlo á rua das flores, para baixo darua do Imperador; em cujo escriptorio pôde serprocurado á qualquer hora do dia para os misle-res de suaLprofissão- 10—8

Medicina domestica l_onia__palliicaPELO DR. THOMAZ COCHRANE

O" edicção, correcta e consideravelmente augmentoda.—Encontra-se á venda em casa de B. L.Garnier, 09 rua do Ouvidor—Rio de Janeiro.

Recebem encommendas, para qualquer nume-ro de exemplares, V. Barbosa & Cochrane—emSantos. 10—6

Os muito acreditados, de mar-cas —Imperial e Real —de JoãoLuiz de Almeida, incontram-se ávenda em casa de Andrade Cou-to & Souza; assim como de ou-trás marcas, vindos em direitura,como sejam:

Porto.A_meida,.Garret.

Fernão de Magalhães.6—6 Infante D. Henrique.

tf*(?)

Matriz-NovaO prazo para o pagamento do imposto para as

obras da Matriz-Nova, finda-se no dia 30 do cor-rente.

Os contribuintes que não pagarem alé esta da-Ia, ficam sujeitos á multa de 303*000 e acçãoexecutiva, confurme dispõe a mesma lei.

Campinas, 15 de Março de 1874. 5—4O procurador—Manoel Francisco Mendes.

Gratifica-se com 100$A quem prender e entregar a seu senhor, na

fazenda doBom-Retiro, no municipio do Amparoem Campinas ao sr. José Egydio de Souza Aranha,ou no Amparo a Francisco Álvaro de Souza Ca-margo, o escravo de nome Lázaro, cor preta, ai-lo e espigado, 26 annos mais ou menos, bonita fi-gura, bem barbado a qual conserva sempre gran-de, boa dentadura, falia bem porém um tanto finae ronseira; tem por costume baijar a cabeça quan-do anda, olha por baixo quando falia com qual-quer pessoa; tem signaes de castigos; levou ca-misa e calça de panno de Ilii e chapéo de pannoporem velho. Consta que sobe ler. 3—3

Antônio Carlos de Queiroz.

Mudas de ParreiraTem-me chegado directamente da Europa um

sorlimento de mudas das mais acreditadas parrei-ras italianas, sendo em grande parle Moscatel,Malvasia, Asti, Bauolo e Maíisala. E' geral o de-sejo de possuir parreiras de qualidade, já paraornamento de jardins e hortas, já para obter vi-nhos superiores aos que até aqui se tem feito comas uvas americanas, cujas parras produzirão uvasexcellenles quando sejam devidamente enxertadascom vides de Asti, Barolo, Malvasia, etc. Esteen-sejo eu offereço aos srs. horticultores pelo limita-dissimo preço de 2.000 por cada pé ou mudaem condição de ser vantajosamente plantado.

Acham-se á venda na fazenda do sr. LucianoTeixeira, em casa do sr. João Baptista Pupo deMoraes; e recebem-se encommendas nesta cidadena loja de ferragens do sr. Prospero Bellinfanti,largo da Matriz-velha n. 37. 6—5

Lraz Ubicini.

OO-VIJP-V-VHIA MOGIAJVA.4" chamada

A directoria deliberou fazer a 4" chamada decapitães na razão de 10 por cento, ou 20*000por acção.

Convido, pois, aos srs. accionistas á reahsal-an'este escriplorio, ou no do Banco Mercantil _ da.cidade de Santos, desde o dia 3 de Abril próximoalé 18 do mesmo. 6—5

Campinas, 28 de Fevereiro de 1874.O secretario—Alves Cruz.

Companhia Paulista(prolongamento da estrada)

De ordem da directoria da Companhia Paulistafaço publico, que foi deliberada a segunda cha-mãda de capitães para o prolongamento da eslra-da de ferro de Campinas ao Rio Claro na razão de10 por cento do valor das acções, isto é, 209000por acção.

São portanto convidados os srs. accionistas doreferido prolongamento a virem satisfazer suasentradas neste escriptorio desde o dia 14 de Marçoalé 24 do mesmo improrogavelmente, em lodososdias úteis das 10 horas da manhã ás 2 da tarde.

Escriptorio da Companhia Paulista em S. Pau-lo, 19 de Fevereiro de 1874. 10—7

F, M. d'Almeida, servindo de secretario.

0 fflaleiro ou os Bandeirantespor G. Ferry, traducção de Salvador- de Mendon-ça, 1° vol, 29

Missão abreviada *^í_2Vida devota por S. Francisco de Salles 2*500Epístolas e Evangelhos dos Domingos 19000Pensai-o bem 1J000Gritos das almas no Purgatório 29000A Água Benta no século XIX, 1 v. 19600

A' VENDA NA TYP. DA «GAZETA»