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Revista Municípios de São Paulo | 1 Ano 6 Número 50 R$ 7,00 MUNICIPALISMO: INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 5 6 º

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Revista Municípios de São Paulo | 1

Ano 6 Número 50 R$ 7,00Ano 6 Número 50 R$ 7,00Ano 6 Número 50 R$ 7,00

MUNICIPALISMO:INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

56º

Page 2: MUSP 50

� | Revista Municípios de São Paulo

Associação Paulista de Municípios Rua Major Sertório, 128 - 9º andar

Centro - São Paulo - SPCEP 01222-000

Fone/Fax:(0xx11) 2165-9999 [email protected]

www.apaulista.org.br

DIRETORIA ADMINISTRATIVA DA APM GESTÃO 2009 - 2012

Presidente da APM Marcos Monti

Prefeito de São Manuel (1993 a 1996)

1º Vice-Presidente José Luiz Rodrigues

Prefeito de Aparecida (2001 a 2008)

2º Vice-Presidente José Mauro Dedemo Orlandini

Prefeito de Bertioga ( 1993 a 1996 e 2009 a 2012)

3º Vice-PresidenteHerculano Castilho Passos Júnior

Prefeito de Itu ( 2005 A 2008 e 2009 a 2012)

4º Vice-PresidenteDiego Denadai

Prefeito de Americana (2009 a 2012) Secretário Geral

Aquevirque Antonio Nholla Vice-Prefeito e Vereador de São João da Boa Vista (1993 a 1996 e 1983 a 1992)

1º Secretário Antônio Cesar Simão

Prefeito de Itapuí (1993 a 1996) 2º Secretário

Sebastião Misiara Vereador de Barretos (1972 a 1996)

3º Secretário Jamil Akio Ono

Prefeito de Andradina (2009 a 2012)

Tesoureiro Geral Carlos Alberto Cruz Filho

Vice-Prefeito e Vereador de Campinas (1997 a 2000 e 1983 a 1988)

1ª TesoureiraMarisa de Souza Pinto Fontana

Prefeita de Socorro (2009 a 2012)

2º Tesoureiro José Ademir Infante Gutierrez

Prefeito de Teodoro Sampaio (2005 a 2008 e 2009 a 2012)

3º Tesoureiro Antonio Carlos de Faria

Prefeito de Caconde (2005 a 2008 e 2009 a 2010)

COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Antonio Francelino

Prefeito de Álvaro de Carvalho (1989 a 1992 / 1997 a 2000 e 2001 a 2004) Modesto Salviatto Filho

Vereador de Brotas ( 2001 a 2004 e 2009 a 2012)

Newton Rodrigues Freire Prefeito de Gália (1989 a 1992)

CONSELHO FISCAL Francisco Leoni Neto

Prefeito de Bariri ( 2001 a 2004 e 2005 a 2008)

José Francisco da Rocha OliveiraPrefeito de Pardinho (1983 a 1988 / 1993 a 1996 / 2005 a 2008 e 2009 a 2012)

Maria Antonieta de Brito Prefeita de Guarujá (2009 a 2012)

CONSELHO DELIBERATIVO Presidente

Marilene MariottoniVereadora de Mogi-Mirim (1989 a 2008)

Vice-Presidente Roque Joner

Prefeito de Pratânia (1997 a 2004) Secretário

Gianpaulo Baptista Vereador de Porto Feliz (1988 a 1990)

Page 3: MUSP 50

Revista Municípios de São Paulo | 3

Editorial

Associação Paulista de MunicípiosRua Major Sertório, 128 - 9º andar

Centro - São Paulo - SPCEP 01222-000

Fone/Fax:(0xx11) [email protected]

www.apaulista.org.br

DIRETORIA ADMINISTRATIVA DA APM GESTÃO 2009 - 2012

Presidente da APMMarcos Monti

Prefeito de São Manuel (1993 a 1996)

1º Vice-PresidenteJosé Luiz Rodrigues

Prefeito de Aparecida (2001 a 2008)

2º Vice-PresidenteJosé Mauro Dedemo Orlandini

Prefeito de Bertioga ( 1993 a 1996 e 2009 a 2012)

3º Vice-PresidenteHerculano Castilho Passos Júnior

Prefeito de Itu ( 2005 A 2008 e 2009 a 2012)

4º Vice-PresidenteDiego Denadai

Prefeito de Americana (2009 a 2012)

Secretário GeralAquevirque Antonio Nholla

Vice-Prefeito e Vereador de São João da Boa Vista (1993 a 1996 e 1983 a 1992)

1º SecretárioAntônio Cesar Simão

Prefeito de Itapuí (1993 a 1996)

2º SecretárioSebastião Misiara

Vereador de Barretos (1972 a 1996)

3º SecretárioJamil Akio Ono

Prefeito de Andradina (2009 a 2012)

Tesoureiro GeralCarlos Alberto Cruz Filho

Vice-Prefeito e Vereador de Campinas (1997 a 2000 e 1983 a 1988)

1ª TesoureiraMarisa de Souza Pinto Fontana

Prefeita de Socorro (2009 a 2012)

2º TesoureiroJosé Ademir Infante Gutierrez

Prefeito de Teodoro Sampaio (2005 a 2008 e 2009 a 2012)

3º TesoureiroAntonio Carlos de Faria

Prefeito de Caconde (2005 a 2008 e 2009 a 2010)

COMISSÃO DE SINDICÂNCIAAntonio Francelino

Prefeito de Álvaro de Carvalho (1989 a 1992 / 1997 a 2000 e 2001 a 2004)

Modesto Salviatto FilhoVereador de Brotas ( 2001 a 2004 e 2009 a 2012)

Newton Rodrigues FreirePrefeito de Gália (1989 a 1992)

CONSELHO FISCALFrancisco Leoni Neto

Prefeito de Bariri ( 2001 a 2004 e 2005 a 2008)

José Francisco da Rocha OliveiraPrefeito de Pardinho (1983 a 1988 / 1993 a 1996 / 2005 a 2008 e 2009 a 2012)

Maria Antonieta de BritoPrefeita de Guarujá (2009 a 2012)

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente

Marilene MariottoniVereadora de Mogi-Mirim (1989 a 2008)

Vice-PresidenteRoque Joner

Prefeito de Pratânia (1997 a 2004)

SecretárioGianpaulo Baptista

Vereador de Porto Feliz (1988 a 1990)

Marcos MontiPresidente da APM

A IMPORTÂNCIA DOS CONGRESSOS

Alguns podem pensar que os Congres-sos de Municípios não são importantes para o desenvolvimento local e também para o fortalecimento do movimento municipalis-ta. Quero discordar dos que pensam desta forma e posso afi rmar, sem medo de errar, que graças aos nossos congressos muitas conquistas foram obtidas ao longo desses anos.

Quando realizamos um evento como esse, temos várias oportunidades: primeiro a de se atualizar de novas políticas públicas e legislações que envolvem os municípios; segundo, conhecer as empresas públicas e privadas que oferecem serviços e tecnolo-gias para as prefeituras e câmaras munici-pais; terceiro, a oportunidade de conversar-mos com nossos pares e podermos trocar experiências; e, última e mais importante, apresentarmos nossas angústias, anseios e reivindicações.

Todos sabemos que nos últimos anos os nossos municípios têm assumido muitas responsabilidades sem receber os recursos fi nanceiros condizentes para cumprir com todas elas. Por isso nossos Congressos são importantes. É o momento de externar-mos todas as angústias, anseios e preocu-pações.

Imbuídos em apresentarmos aos Go-vernos Federal e Estadual tudo aquilo que

esperamos para podermos, juntos, resolver nossos problemas e buscarmos o verda-deiro federalismo, novamente elaboramos para o 56º Congresso uma Pauta de Rei-vindicações em conjunto com todas as Enti-dades Regionais.

No último Congresso, nossa Pauta de Reivindicações obteve grande êxito, sendo atendida integralmente pelos Governos Es-tadual e Federal. Da mesma forma espera-mos atingir êxito nesta nova pauta.

Acreditamos ser o caminho para que consigamos realmente alcançar nosso so-nho de um dia termos uma justa divisão dos recursos tributários e, assim, não precisar-mos mais fi car de “pires na mão”, refém das outras estâncias de governo.

Reafi rmo aqui a importância dos nossos Congressos e ressalto que existe também outro fator de suma importância para al-cançarmos todos nossos objetivos, que é nossa unidade em torno de tudo aquilo que acreditamos.

Somente juntos, unidos e fortaleci-dos será possível realizarmos essa gran-de mudança e conseguirmos tudo que almejamos.

Vamos juntos nessa luta!

Saudações municipalistas,

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4 | Revista Municípios de São Paulo

Sumário EXPEDIENTE

CONSELHO EDITORIAL

Marcos MontiCarlos Alberto Cruz Filho

Aquevirque Antonio NhollaAntônio Cesar Simão

REDAÇÃO

EDITORA-CHEFEDaniela Bertoldo

[email protected]

EDIÇÃO DE ARTENúbia Barros

[email protected]

Michelle [email protected]

PUBLICIDADEAnuncie na Revista Municípios de São Paulo e fale diretamente com os 645 municípios de São

Paulo

CEAMETel.: (11) 3063-5775 / 3083-7265

FALE CONOSCOAssinaturas, renovações e números atrasados

Fone/Fax.:(11) [email protected]

Comentários sobre o conteúdo editorial, sug-estões, críticas e releases.

[email protected]

Fevereiro / Março- 2012Municípios de São Paulo não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando

necessariamente a opinião da direção da revista. A publicação se reserva o direito, por motivos de

espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios

05 Entrevista

10 56º Congresso Estadual de Municípios

13 Página da História

14 Cultura

15 Especial Eleições

28 IBGE

31 TCE

32 IPT

34 Fundo Social

38 Ações em Destaque

42 Municípios Aniversariantes

45 Legislativo 47 Conselho deArquitetura

48 Atividades da APM

54 Casos e Causos

Por: Daniela Bertoldo

Criada há um ano, a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo

vem implantando e repaginando inúmeros projetos nos municípios paulistas para ala-

Secretaria de Turismo do Estado amplia projetos para impulsionar o

desenvolvimento nos municípios paulistas

vancar o turismo regional, gerando empre-go, renda e desenvolvimento.

Projetos como o Roda SP (city-tour pe-las cidades da baixada a preço popular) e

o Passos dos Jesuítas (peregrinação com direito a sorteio de viagens para Compos-tela) estão sendo grandes apostas para impulsionar o turismo e promover um ►

56º

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Revista Municípios de São Paulo | 5

EXPEDIENTE

CONSELHO EDITORIAL

Marcos MontiCarlos Alberto Cruz Filho

Aquevirque Antonio NhollaAntônio Cesar Simão

REDAÇÃO

EDITORA-CHEFEDaniela Bertoldo

[email protected]

EDIÇÃO DE ARTENúbia Barros

[email protected]

Michelle [email protected]

PUBLICIDADEAnuncie na Revista Municípios de São Paulo e fale diretamente com os 645 municípios de São

Paulo

CEAMETel.: (11) 3063-5775 / 3083-7265

Entrevista

Por: Daniela Bertoldo

Criada há um ano, a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo

vem implantando e repaginando inúmeros projetos nos municípios paulistas para ala-

Secretaria de Turismo do Estado amplia projetos para impulsionar o

desenvolvimento nos municípios paulistas

vancar o turismo regional, gerando empre-go, renda e desenvolvimento.

Projetos como o Roda SP (city-tour pe-las cidades da baixada a preço popular) e

o Passos dos Jesuítas (peregrinação com direito a sorteio de viagens para Compos-tela) estão sendo grandes apostas para impulsionar o turismo e promover um ►

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6 | Revista Municípios de São Paulo

“boom” neste setor. A Secretaria de Turismo é comandada pelo deputado Márcio Fran-ça, natural de Santos e ex-prefeito de São Vicente. Em entrevista à revista Municípios de São Paulo, França fala sobre os princi-pais projetos da pasta, os preparativos para a Copa, os planos futuros e a participação da Secretaria de Turismo no 56º Congresso Estadual de Municípios. Confi ra:

Recentemente, a Secretaria criou o projeto itinerante Roda SP, que acompanha os grandes fluxos de turistas em festas, eventos e férias escolares. Os nú-meros expressivos obtidos logo no início da operação na Baixa-da Santista mostraram que visi-tantes e população aprovaram a ideia. Os resultados superaram as expectativas? Como funciona o projeto?

O Roda SP vai muito além de um city-tour comum. Com apenas 10 reais, o usu-ário compra uma passagem em forma de pulseira. Essa passagem pode ser usada por dois dias, para subir e descer nos ôni-bus quantas vezes o passageiro quiser. O turista pode pegar um ônibus no Guarujá, descer em São Vicente e almoçar na Ilha Porchat. Depois, pegar um outro ônibus e passar o fi m da tarde no Gonzaga, em San-tos. É um produto turístico extremamente útil e barato, que facilita o passeio dos via-jantes e redistribui o fl uxo de pessoas entre as cidades vizinhas.

As nossas expectativas em relação à versão do programa na Baixada Santista

eram muito boas, mas, sem dúvida, foram superadas. Esse enorme sucesso não deixa de ser uma “provocação”, no bom sentido, à iniciativa privada, mostrando a viabilidade de se implantar um programa parecido, in-clusive de forma não sazonal.

Outra iniciativa foi a implanta-ção do projeto turístico Passos dos Jesuítas, que consiste em um caminho de peregrinação pelo li-toral paulista, permitindo ao tu-rista conhecer diversos pontos históricos da região e concorrer a viagens para Compostela, na Espanha. Fale um pouco sobre este projeto, a importância da in-teração pela Internet e da troca

de experiências.Passos dos Jesuítas é um projeto turís-

tico que envolve um caminho contemplativo cumprido a pé, inspirado nas rotas percor-ridas pelos catequistas na época da coloni-zação do Brasil. Nesta edição, que home-nageia a fi gura histórica do Padre Anchieta, o caminho tem duas sugestões de rotas, envolvendo diretamente 13 municípios do litoral paulista entre Peruíbe e Ubatuba.

Para participar, o caminhante se ins-creve no site do programa e obtém uma identifi cação eletrônica. Ela permitirá que seus amigos e familiares acompanhem seu desempenho ao longo do trajeto por meio da checagem em pórticos eletrônicos, que mandarão as informações diretamente para um banco de dados na Internet.

Essa interação eletrônica é única ►

Entrevista

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Revista Municípios de São Paulo | 7

em caminhos peregrinos, sendo um dos principais diferenciais do nosso programa.

A Secretaria também reeditou

o projeto Caravanas do Co-nhecimento. De que forma isso foi feito? Quais melhorias e novidades?

O programa Turismo do Saber é uma iniciativa que visa proporcionar às crianças de famílias mais humildes a oportu- nidade de conhecer lugares novos dentro do Estado de São Paulo. Trata-se de uma repaginação do antigo “Caravanas do Co-nhecimento”, realizado antigamente pelo Cepam e a Secretaria de Educação.

Em sua primeira edição, realizada em julho de 2011, o programa levou 640 crian-ças de 16 cidades do litoral paulista para passarem cinco dias nas montanhas da Serra da Mantiqueira. Foi uma experiência única e inesquecível; a maior parte dos es-tudantes nunca tinha viajado antes.

Já na segunda edição, os números fo-ram maiores. 1�80 crianças de 3� municí-pios visitantes conheceram 15 municípios do litoral paulista. Muitas das crianças parti-cipantes tiveram, pela primeira vez, a opor-tunidade de conhecer o mar.

Por meio do programa Pas-saporte São Paulo, os turistas que consumirem em restauran-tes, hotéis e pousadas receberão prêmios e brindes. Quantos co-mércios deverão se cadastrar? Quantos passaportes serão dis-tribuídos?

Neste programa, quem fi zer turismo►

Entrevista

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8 | Revista Municípios de São Paulo

pelas estâncias paulistas poderá conver-ter seu consumo em restaurantes, hotéis e agências de receptivo em lembranças da viagem.

Funciona assim: o turista que gastar dinheiro em hotéis, pousadas, albergues, pensões, motéis e restaurantes, deverá pe-dir todas as notas fi scais com CPF. Assim, poderá trocá-las por selos, corresponden-tes ao valor gasto, que serão colados no passaporte turístico. Quando a cartela de selos estiver completa, bastará destacar a fi cha cadastral e trocá-la pelo mascote de sua escolha.

A obtenção de passaportes, selos e dos próprios bichinhos de pelúcia poderá ser feita nos postos de troca de qualquer cidade participante. Os postos de troca se-rão defi nidos pelas próprias Prefeituras das estâncias, que farão também a distribuição dos brindes.

Um dos projetos que está sen-do estudado para implantação é o Viaja São Paulo. Como ele irá funcionar?

O programa Viaja SP consistirá em pacotes de viagens com preços populares para servidores públicos estaduais. Esses pacotes poderão ser comprados com fi nan-ciamentos descontados na folha de paga-mento do funcionário.

Com um investimento previsto de R$ 500 mil, a Secretaria de Turismo, por meio da Tur.SP, vai intermediar a venda dos pacotes junto às grandes agências.

Para pressionar o preço das viagens para baixo, a ideia é vender locais de baixa temporada, como praias no inverno e ►

Entrevista

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Revista Municípios de São Paulo | 9

des que vão recepcionar as sele-ções na copa. De que forma isso será feito?

Os municípios precisam estar prepara-dos para bem receber seus turistas. Como cada cidade tem seus atrativos, faz-se ne-cessário aprimorar todos os produtos turísti-cos no sentido de aumentar a atração sobre eles. Tal situação passa por planejamento, organização e muita ação, mas o resultado é compensador: cidade lotada de turistas.

E tem mais, devido à gigantesca expo-sição na mídia, em âmbito mundial, o pós-evento não deverá ser esquecido, uma vez que o bom destino é sinônimo de retorno.

A APM irá realizar o 56º Con-gresso Estadual de Municípios, na cidade de São Vicente. Em sua opinião, qual a importância deste Congresso para os gestores pú-blicos?

O Congresso Estadual de Municípios é

montanhas no verão. Além disso, pelo fi nan-ciamento ser feito diretamente em folha, há um baixo risco de inadimplência e, conse-quentemente, juros extremamente baixos. Considerando o número de funcionários pú-blicos do Estado de São Paulo, prevê-se a venda de cerca de 10 mil pacotes por ano.

A ideia é que, mais à frente, o projeto seja ampliado para empresas estatais e servidores municipais, por meio de convê-nios com as prefeituras.

O que mais será feito pela Se-cretaria para alavancar o turismo no interior? Como o senhor ava-lia a importância destes incenti-vos?

Além de todos os projetos vigentes e do Departamento de Apoio ao Desenvolvimen-to das Estâncias - Dade - que sistematica-mente repassa verbas às 67 estâncias do Estado, a Secretaria divulga as atrações tu-rísticas do interior do Estado nas principais feiras e eventos do setor.

A Secretaria de Turismo do Estado é uma secretaria nova e já tem inúmeros projetos em an-damento. O senhor acredita que esse “desmembramento” foi fun-damental para fomentar o turis-mo?

A criação da Secretaria de Turismo no começo de �011 permitiu que o turismo paulista recebesse atenção especial. A pre-ocupação do governador Geraldo Alckmin com o tema também foi fundamental para que a implantação dos projetos fosse pos-sível.

O governo dará apoio às cida-

de fundamental importância não só para os gestores, mas também para os munícipes.

O aprimoramento técnico gerado através da troca de experiências entre os líderes e a possibilidade de sintonia nas reivindica-ções dos municípios buscando mais proje-ção gera um retorno positivo não só para as cidades, mas para os próprios cidadãos.

Como o senhor avalia o traba-lho da APM perante os municí-pios?

Nos seus mais de 60 anos de história, a APM vem cumprindo seu papel com mui-ta seriedade e competência. Os interesses dos municípios participantes vêm sendo representados de maneira extremamente efi caz, levando à realização de conquistas que individualmente não seriam possíveis.

Estas conquistas acumuladas ao lon-go de sua trajetória comprovam o retor-no obtido pelos principais interessados, isto é, os próprios municípios. ◘

Entrevista

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10 | Revista Municípios de São Paulo

Por: Daniela Bertoldo

Começa nesta terça-feira, dia 13, o 56º Congresso Estadual de Municípios, promo-vido pela APM – Associação Paulista de Municípios.

O objetivo é aproximar os gestores municipais, estaduais e federais, técnicos, secretários e demais profissionais, para dis-cutir os principais temas que afetam direta-mente os municípios. Serão quatro dias de evento (13 a 16 de março) que possibilita-rão troca de experiências, de informações e articulações.

Este ano, a APM retomou uma grande atração: o Momento Cultural, para enrique-cer ainda mais a grade de programação. Uma das atrações confirmadas é a apre-sentação artística da ABRACIRCO – Asso-ciação Brasileira do Circo - e palestra sobre “Montagem e Instalação de Circo nos Muni-

cípios – adversidades e propostas”.Além disso, haverá a Exposição Parale-

la de Produtos, Serviços e Tecnologia, com uma mostra do que o mercado e as insti-tuições governamentais oferecem de mais avançado para a eficiência e a eficácia dos serviços prestados pelos municípios paulis-tas.

Dentre as autoridades que confirma-ram presença no 56º Congresso estão: o governador do Estado, Geraldo Alckmin; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, conselheiro Renato Martins Costa; o 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Celso Giglio; o presi-dente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fondes Hereda; o presidente da Agência de Fomento Paulista, Sr. Milton Luiz de

Melo Santos; o prefeito de São Vicente, Tércio Garcia; o presidente da Câmara de São Vicente, Pedro Gouvêa; o presidente da UVESP, Sebastião Misiara; o diretor presidente da Imprensa Oficial, Marcos Monteiro; deputados, vereadores e demais autoridades.

Das pastas do governo do Estado, es-tão convidados: a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra Linamara Rizzo Battistella; o secretário da Casa Ci-vil, Sidney Beraldo; o secretário de Educa-ção, Herman Jacobus Cornelis Voorward; o secretário de Turismo, Márcio França; o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas; o secretário da Habitação, Sílvio Torres; o secretário da Casa Militar, Cel. PM Admir Gervásio Moreira; o secretário adjunto da Justiça e da Defesa da Cidadania, Fabiano

56º Congresso

Lançamento do 56º Congresso Estadual de Municípios, em novembro do ano passado, no foyer da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Municipalismo: Integração e Desenvolvimento

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Revista Municípios de São Paulo | 11

Tudo pronto para o 56º Congresso

Mais de 40 funcionários da Prefeitura de São Vicente trabalharam incansavelmente nesses últimos meses para deixar o Centro de Convenções ainda melhor estruturado e pronto para sediar o 56º Congresso Estadu-al de Municípios, promovido pela APM.

Os preparativos e a montagem dos es-tandes foram em ritmo intenso. Incremento no sistema de ar-condicionado e a coloca-ção de um foyer especial para o evento fo-ram algumas das melhorias implantadas no local, conforme destaca o prefeito de São Vicente, Tércio Garcia.

A expectativa para esta edição, segundo o prefeito, é repetir o suces-so do ano anterior, quando a cidade recebeu centenas de visitantes. “Ti-vemos aquecimento do movimento turístico e a consequente divulgação do nosso potencial em todo o Esta-do de São Paulo”, ressalta.

Além do ponto de vista econômi-co, o prefeito afirma que houve um fortalecimento político do município no cenário estadual. “Recebemos a

visita do governador Geraldo Alckmin, do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, en-tre dezenas de outras autoridades”.

A partir dos contatos realizados no even-to, inúmeras parcerias foram firmadas com reflexos positivos para o desenvolvimento social do município. “Sediar novamente o Congresso é a prova de que a cidade soube realizar o evento e receber bem os congres-sistas”, acrescenta.

De acordo com o prefeito, a escolha de São Vicente confirma a vocação do municí-

pio para o turismo de eventos. “O Congres-so ocorre justamente no intervalo entre as temporadas, momento ideal para manter o setor aquecido, gerar empregos e, conse-quentemente, justiça social”.

Em sua opinião, o evento da Associação será ainda mais disputado por se tratar de ano eleitoral, fazendo de São Vicente um palco para as aspirações dos políticos de muitas regiões do Estado. “Todos aqui es-tarão para fazer contatos e se inspirar nos projetos de sucesso da cidade, sobretudo na área social”, salientou o prefeito.

Indagado sobre a importância da APM em prol dos municípios, o prefeito afirma que a entidade cumpre seu papel essen-cial de fortalecer os municípios e lutar por melhorar a distribuição dos recursos arre-cadados nas cidades, onde efetivamente vivem as pessoas. “São Vicente, como a primeira cidade fundada no Brasil, em 1532, parabeniza a APM por não abrir mão de seus princípios nestes anos de história”, finalizou. (D.B.)

Marques de Paula e o secretário adjunto de Saneamento e Recursos Hídricos do Esta-do de São Paulo, dr Rogério Menezes.

Pauta de ReivindicaçõesDurante o Congresso, o presidente da

APM, Marcos Monti, apresentará a Pauta de Reivindicações, que foi elaborada em parceria com os presidentes de entidades regionais do Estado. “No último Congres-so, nossa Pauta de Reivindicações obteve grande êxito, sendo atendida integralmen-te pelos Governos Estadual e Federal. Da mesma forma, esperamos atingir êxito nes-ta nova pauta”, afirma o presidente.

Conforme destaca Marcos Monti, graças aos congressos da APM muitas conquistas foram obtidas ao longo desses anos. “É no Congresso o momento ideal de externar-mos todas as angústias, anseios e preocu-pações”, salienta.

ProgramaçãoO credenciamento e a entrega do mate-

rial começam a partir das 16 horas. A sole-nidade de abertura será às 19 horas, presi-dida por Marcos Monti, com a presença de diversas autoridades.

Como parte da programação, os con-gressistas poderão acompanhar as plená-rias, sempre às 9 da manhã; os painéis, a partir das 10 horas; o pinga fogo às 14 horas e o momento cultural às 18h15. Essas duas últimas atrações só não ocorrerão na sexta, uma vez que a solenidade de encerramento está marcada para às 12 horas.

O pinga fogo será coordenado pelos ve-readores José Arai da Silva Soares - “Gaú-cho” (da Câmara Municipal da Estância Turística de Eldorado), Agnaldo Moreno (da Câmara de Santana de Parnaíba) e Hugo Ricardo Soares (presidente da Câmara de Piquete).Os painéis abordarão diversos

temas, como Meio Ambiente, Vereadores, Qualificação Profissional, Justiça e Defesa da Cidadania, Pacto Federativo, Educa-ção, Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL, Saneamento, Seminários Eleito-rais (CEPAM), Saúde (Reajuste da Tabela SUS), Habitação, Desenvolvimento, Turis-mo, Casa Civil/IMESP, Direitos da Pessoa com Deficiência, Tribunal de Contas, dentre outros. Os patrocinadores também terão espaço para apresentar seus produtos e serviços.

Na quarta-feira de manhã haverá apre-sentação da cartilha sobre dívidas ativas e execuções fiscais municipais, elaborada pela Corregedoria Geral do Tribunal de Jus-tiça de São Paulo. Também estão previstas mais duas atrações: a solenidade de outor-ga do Troféu do Mérito Municipalista ao Pro-fessor Ives Gandra Martins e o lançamento do Tratado de Direito Municipal.

56º Congresso

Page 12: MUSP 50

1� | Revista Municípios de São Paulo

Programação Especial abordará a “Humanização na Gestão Pública”

Sucesso em todas as suas edições, com auditório lotado e importantes debates, a Programação Especial deste ano ocorrerá entre os dias 14, 15 e 16 de março, no pe-ríodo da tarde (com exceção de sexta-feira, que será de manhã).

A sessão solene de abertura será presi-dida pela coordenadora geral da Programa-ção, Andrea Siqueira Monti e pela primeira dama e presidente do Fundo Social de São Vicente, Márcia Papa Garcia, após o Mo-mento Cultural.

As palestras começam às 15 horas e vão até às 18h30, encerrando com apre-sentações de municípios que tiveram ex-periências positivas de políticas públicas de Juventude.

O primeiro painel será “Enfrentamento à Extrema Pobreza – Intersetorialidade”, com palestra da Dra. Maria Eugenia Lemos Fernandes, Médica infectologista especia-lista em Saúde Pública pela Universidade de São Francisco e Coordenadora Geral da Associação Saúde da Família.

Às 16h30, o público poderá conferir apresentação do prefeito municipal de Itú e vice-presidente da APM, Herculano Casti-lho Passos Júnior, sobre Programa de Pre-venção do Câncer de Colo.

Das 17 às 17h30, painel Micro Crédito Produtivo Orientado, com o gerente regio-nal PJ Privada da SR Baixada Santista, Mauro Antonio Gonsales.

Na quinta-feira, o Momento Cultural abre as atividades, às 14 horas. Em se-guida, haverá o painel sobre “Programa de Atendimento Odontológico para Pessoas com Deficiência”, com palestra da Dra. Mô-nica Fernandes Gomes, professora doutora da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP, mestrado e douto-

rado em Patologia Bucal e especialista em Odontologia para Pacientes com Necessi-dades.

Às 16 horas, os representantes dos municípios de Bertioga e São Vicente no Grupo PSE Regional, Rogério Venâncio de Moraes, Flávia Domênica Pereira de Lima Lopes e Melissa Piasecki Farah, falarão so-bre “Fotografia da Proteção Social Especial na Região Metropolitana da Baixada San-tista”.

O último painel, às 17h30, trará o tema “A mídia e as primeiras damas”, com a municipalista Dalva Christofoletti Paes da Silva.

Na sexta-feira a programação começa às 8h30, com palestra sobre “A Proteção Integral e o Acolhimento de Crianças e Adolescentes”, ministrada pelo Promotor de Justiça do Município de Guarujá, Dr. Osmair Chama Junior, especialista em Pro-cesso Penal pela Universidade Federal de Goiás, Mestre pela FADISP e Professor da UNAERP.

Às 10 horas, haverá lançamento da 7ª Campanha Metropolitana do Agasalho da Baixada Santista.

Em seguida, sessão solene de encerra-mento, presidida pela coordenadora Andrea Siqueira Monti e pela primeira dama Márcia Papa Garcia. (D.B)

56º Congresso

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Revista Municípios de São Paulo | 13

Página da HistóriaPor: Carlos Cruz

Panorama geral da plateia e da mesa de abertura do 41º Congresso, em Águas de Lindóia em 1997

Governador Geraldo Alckmin, Guilherme Afif Domingos e demais autoridades no encerramento do 48º Congresso, em

Campos do Jordão, em 2004Presidente Celso Giglio e o deputado Barros Munhoz no Congresso de 1997

Recém-empossado governador do Estado, Mário Covas conversa com o ex-prefeito de Campinas, Magalhães Teixeira, seu assessor Bileo Soares e o prefeito de nova Odessa, Carlos Ernesto, no 39º

Congresso Estadual de Municípios, em Águas de Lindóia, em 1995

Como sempre, Página da História registra momentos marcantes da movimentação das maiores lideranças municipalistas do Estado em nossos Congressos passados.

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14 | Revista Municípios de São Paulo

Bradesco apresenta seus produtos no 56º Congresso Estadual de Municípios

Para o Bradesco, o setor público é de grande interesse, tanto que o Banco conta com uma área específica para atendimento ao segmento. “Trata-se de um setor com

ELEIÇÕES:ESTAMOS EM ANO ELEITORAL! A Legislação de regência da matéria

hospeda inúmeras vedações, algumas delas já em vigor desde 1º de janeiro de 2012. Observem com atenção a matéria a seguir:

Por: Antonio Sergio Baptista, advogado e especialista em Direito Público

Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais

•ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes ao Poder Público;

•usar materiais ou serviços, custeados pelo Poder Público;

•ceder servidor ou empregado Público, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expe-diente normal, salvo se o servidor ou o empregado estiver licenciado;

•fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo poder público;

•nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ain-da, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvadas: a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança; a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais ou conselhos de contas e dos órgãos da Presidência da República;

•a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo; a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do chefe do Poder Executivo;a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;

A partir de 01 de janeiro de 2012, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade

pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.

Nos três meses que antecedem o pleito é vedado:

•realizar transferência voluntária de recur-sos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obriga-ção formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de ca-lamidade pública;

•com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucio-nal dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração in-direta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;

•fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, se tratar de matéria urgente, relevante e ca-racterística das funções de governo; ►

Produtos

Bia Abile grava seu primeiro CD e faz sucesso nas rádios do interior de São Paulo

A jovem Bia Abile, de Igaraçu Paulista, interior de São Paulo, vem se destacando no cenário musical, no estilo sertanejo pop.

Aos 13 anos, Bia fez sua primeira apre-sentação tocando acordeon em um recital da escola, a convite de sua professora Helena Regina. Na época, começou a se apresentar com a dupla sertaneja Cesar e Juliano. Aos 14, começou a cantar. Foi descoberta pela HRP produções artísticas - de Botucatu - e participou de shows com renomados cantores do Brasil, como a du-pla Guilherme e Santiago e o grupo Barra da Saia.

Hoje, Bia Abile tem seu primeiro CD gra-

vado, com 11 músicas, das quais nove são de sua autoria. O CD tem participação es-pecial de Mariangela Zan, na música Cha-lana. “Trabalhamos muito nesse primeiro CD. Quando as músicas começaram a tocar nas rádios, muitas pessoas me para-vam na rua e parabenizavam pelo trabalho. Para mim é um orgulho muito grande po-der ver que meu primeiro trabalho agradou muitas pessoas”.

Bia costuma cantar em diversos eventos nas cidades de sua região, como aniversá-rio do município, festas, entre outros.

Indagada sobre seus planos futuros, a jovem anuncia que está com várias compo-

sições para um segundo trabalho. “Estão fi-cando ótimas. Estou ansiosa para começar a trabalhar nesse CD, pois pretendo fazer algo diferenciado para que possa agradar o pessoal de todas as idades”. (D.B.)

Cultura

grande potencial de ne-gócios, em especial a sua base de servidores e fornecedores”, comen-ta o diretor de Negócios da área de Poder Públi-co do Bradesco, Renan Mascarenhas.

O Bradesco possui em todo o País plata-formas exclusivas de aten-dimento ao setor público, com ge- rentes especializados e portifó-lio de produtos e servi-

ços exclusivos para atender ao segmento, o que o diferencia dos demais bancos na prestação de serviços. “Temos ainda um canal exclusivo para nos comunicar com

este público: www.bradescopoderpublico.com.br<http://www.bradescopoderpublico.com.br/>”, complementa Mascarenhas.

Para atender às necessidades do setor, o Bradesco disponibiliza sistemas customi-zados de processamento de folha de paga-mento, gerenciador financeiro de tributos, pagamento de benefícios e programas so-ciais, crédito consignado com taxas diferen-ciadas, recebimento de tributos e taxas e operação de crédito para fornecedores.

Os produtos e serviços do banco serão apresentados durante o 56º Congresso Es-tadual de Municípios, em São Vicente. “O Banco estará presente em um stand com a sua equipe de gerentes de relacionamento e exposição de produtos e serviços voltados para esse público”, conclui Mascarenhas.

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Revista Municípios de São Paulo | 15

ELEIÇÕES:ESTAMOS EM ANO ELEITORAL! A Legislação de regência da matéria

hospeda inúmeras vedações, algumas delas já em vigor desde 1º de janeiro de 2012. Observem com atenção a matéria a seguir:

Por: Antonio Sergio Baptista, advogado e especialista em Direito Público

Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais

•ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes ao Poder Público;

•usar materiais ou serviços, custeados pelo Poder Público;

•ceder servidor ou empregado Público, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expe-diente normal, salvo se o servidor ou o empregado estiver licenciado;

•fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo poder público;

•nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios difi cultar ou impedir o exercício funcional e, ain-da, ex offi cio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvadas: a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confi ança; a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais ou conselhos de contas e dos órgãos da Presidência da República;

•a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo; a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do chefe do Poder Executivo;a transferência ou remoção ex offi cio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;

A partir de 01 de janeiro de 2012, fi ca proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade

pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.

Nos três meses que antecedem o pleito é vedado:

•realizar transferência voluntária de recur-sos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obriga-ção formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefi xado, e os destinados a atender situações de emergência e de ca-lamidade pública;

•com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucio-nal dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração in-direta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;

•fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, se tratar de matéria urgente, relevante e ca-racterística das funções de governo; ►

Especial Eleições

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16 | Revista Municípios de São Paulo

•Realizar despesas com publicidade dos ór-gãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano ime-diatamente anterior à eleição, prevalecendo o que for menor;

•fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públi-cos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir de 8 de abril de 2008 e até a posse dos eleitos.

A partir de 5 de julho de 2012, é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos na realização de inaugurações.

É proibido aos candidatos a cargos do Poder Executivo participar, nos três meses que precedem o pleito, participar de inaugurações de obras públicas.

Constitui captação ilegal de sufrágio a doação, o oferecimento, a promessa, ou a entrega, pelo candidato, ao eleitor, com o fi m de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro

da candidatura até o dia da eleição.

Condições de Elegibilidade(Constituição da República Federativa do Brasil – Art. 14, parágrafos 3º ao 6º)

•São condições de elegibilidade, na forma da lei:

- a nacionalidade brasileira; - o pleno exercício dos direitos políticos; - o alistamento eleitoral; - o domicílio eleitoral na circunscrição; - a fi liação partidária; - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Go-vernador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador.

•São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

- O Presidente da República, os Governa-dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subse-qüente.” - Para concorrerem a outros cargos, o Pre-sidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

Inelegibilidade e Impugnações(Constituição da República Federativa do Brasil – Art. 14, parágrafos 7º ao 11)

•São inelegíveis, no território de jurisdi-ção do titular, o cônjuge e os parentes con-sangüíneos ou afi ns, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses an-teriores ao pleito, salvo se já titular de man-dato eletivo e candidato à reeleição.

•O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de ser-viço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de servi-ço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

•Lei complementar estabelecerá outros

casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fi m de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a infl uência do poder econômico ou o abuso do exercício de fun-ção, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.“(L.C. 64/90)

•O mandato eletivo poderá ser impug-

nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instru-ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

•A ação de impugnação de mandato tra-

mitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

A Res. 20.587/00 alterou entendi-mento que anteriormente vinha sendo adotado pelo TSE. Conso-ante se pode aferir do teor da Res. 20.144/98 e 20.151/98 a orientação da Corte Superior Eleitoral era no sentido de considerar os que substituíssem o chefe do execu-tivo, nos seis meses anteriores ao pleito, elegíveis para o cargo do titular. ►

TABELA DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO-ELEIÇÃO MUNICIPAL

Cargo PrefeitoVice-prefeito Vereador

Administrador de empresa de economia mista destinada à exploração de transporte urbano, que tem como acionista

majoritário o município. 4 meses 6 meses

Agente censitário IBGE 3 meses 3 meses

Agente de Polícia 3 meses 3 mesesAssessor de Bancada (não efetivo) 3 meses 3 meses

Autoridade Policial 4 meses 6 mesesAutoridades Civis 4 meses 6 meses

Autoridades Policiais 4 meses 6 mesesChefe de Delegacia de Polícia Rodoviária

Federal 4 meses 6 meses

Chefe de departamento e de divisões - Servidor municipal. 3 meses 3 meses

Chefe de Divisão de Unidades Escolares 3 meses 3 mesesChefe de Seção de Tributos 4 meses 6 meses

Chefe de Unidades Escolares da Prefeitura 3 meses 3 mesesChefe do Poder Executivo (reeleição) Desnecessidade Desnecessidade

Chefe Repartição Municipal do DETRAN (arrecadador de IPVA) * 6 meses

Diretor de Hospital (contrato cláusulas uniformes) Desnecessidade Desnecessidade

Diretor de Programa da LBA 4 meses 6 mesesDiretor de Programa Estadual de

Desestatização 3 meses 3 meses

Diretor Regional de Educação 4 meses 6 mesesDirigente de Entidade de Assistência a municípios mantidos

com verbas públicas 4 meses *

Dirigente de Entidade de Direito Privado (ausência de recebimento recurso poder público) Desnecessidade Desnecessidade

Dirigente de Entidade Representativa de Município 4 meses 6 mesesDirigente Sindical 4 meses 4 meses

Eletricista – sociedade de economia mista 3 meses 3 mesesFiscal de Tributo * 6 meses

Funcionários do Fisco 4 meses 6 mesesJuiz Classista 4 meses 6 meses

Especial Eleições

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TABELA DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO-ELEIÇÃO MUNICIPAL

Cargo PrefeitoVice-prefeito Vereador

Administrador de empresa de economia mista destinada à exploração de transporte urbano, que tem como acionista

majoritário o município. 4 meses 6 meses

Agente censitário IBGE 3 meses 3 meses

Agente de Polícia 3 meses 3 mesesAssessor de Bancada (não efetivo) 3 meses 3 meses

Autoridade Policial 4 meses 6 mesesAutoridades Civis 4 meses 6 meses

Autoridades Policiais 4 meses 6 mesesChefe de Delegacia de Polícia Rodoviária

Federal 4 meses 6 meses

Chefe de departamento e de divisões - Servidor municipal. 3 meses 3 meses

Chefe de Divisão de Unidades Escolares 3 meses 3 mesesChefe de Seção de Tributos 4 meses 6 meses

Chefe de Unidades Escolares da Prefeitura 3 meses 3 mesesChefe do Poder Executivo (reeleição) Desnecessidade Desnecessidade

Chefe Repartição Municipal do DETRAN (arrecadador de IPVA) * 6 meses

Diretor de Hospital (contrato cláusulas uniformes) Desnecessidade Desnecessidade

Diretor de Programa da LBA 4 meses 6 mesesDiretor de Programa Estadual de

Desestatização 3 meses 3 meses

Diretor Regional de Educação 4 meses 6 mesesDirigente de Entidade de Assistência a municípios mantidos

com verbas públicas 4 meses *

Dirigente de Entidade de Direito Privado (ausência de recebimento recurso poder público) Desnecessidade Desnecessidade

Dirigente de Entidade Representativa de Município 4 meses 6 mesesDirigente Sindical 4 meses 4 meses

Eletricista – sociedade de economia mista 3 meses 3 mesesFiscal de Tributo * 6 meses

Funcionários do Fisco 4 meses 6 mesesJuiz Classista 4 meses 6 meses

Especial Eleições

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Juiz de Paz Desnecessidade DesnecessidadeGerente de Empresa que contrata com o Governo 4 meses *

Liquidante de Empresa de economia mista (exploração de transporte urbano) 4 meses 6 meses

Locutor de Rádio Desnecessidade DesnecessidadeMagistrado 4 meses 6 meses

Médico do INSS 3 meses 3 mesesMembros conselhos diretor, fi scal ou consultivo de entidade

representativa de municípios 4 meses 6 meses

Membro de Tribunal de Contas 4 meses *Membros do Ministério Público 4 meses 6 meses

Motorista de Sindicato Desnecessidade DesnecessidadeOfi cial de Gabinete da Presidência da Câmara

Municipal (não efetivo) 3 meses 3 meses

Parente de Presidente de Câmara Municipal Desnecessidade Desnecessidade

Policial militar 3 meses 3 meses

Policial Militar (Função de Comando) 4 meses 6 mesesPolicial militar – Sargento (sem função de comando) 3 meses 3 meses

Policial Rodoviário federal 3 meses 3 mesesPresidente CREA 4 meses 6 meses

Presidente de Associações Municipais (mantidas total ou parcialmente pelo poder público) 4 meses 6 meses

Presidente de Câmara de Vereadores Desnecessidade DesnecessidadePresidente de Conselho de Fundo Municipal de Previdência

dos servidores 4 meses 6 meses

Presidente de Conselho de Fundo Municipal de Previdência dos Servidores públicos 4 meses 6 meses

Presidente de Conselho Municipal da Criança Desnecessidade DesnecessidadePresidente de Creche mantida pelo poder público 6 meses

Presidente de fundação pública estadual 4 mesesPresidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais 6 meses

Presidente OAB 4 meses 6 mesesPresidente Órgão Municipal de Assistência 4 meses

Presidente Partido Político Desnecessidade DesnecessidadeProprietários de emissoras radiofônicas Desnecessidade Desnecessidade

Radialista Desnecessidade DesnecessidadeRepresentante de associações municipais (mantidas total ou

parcialmente pelo poder público) 4 meses 6 meses

Especial Eleições

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Revista Municípios de São Paulo | 19

Secretário de Administração Municipal 4 meses 6 mesesSecretários Municipais 4 meses *Secretário de Estado 4 meses *Secretário Municipal 4 meses 6 meses

Secretario Municipal de Junta do Serviço Militar 3 meses 3 mesesSecretário-Geral – Poder Judiciário Federal 4 meses 6 meses

Servidor Candidato município diverso Desnecessidade DesnecessidadeServidor público (afastamento remunerado) 3 meses 3 meses

Servidor Público — Cargo Comissionado 3 meses 3 meses

Servidor Público com cargo em comissão

Exoneração no prazo de 3

meses antes do pleito

Exoneração no prazo de 3 meses antes

do pleito

Vice-Diretor de Escola 3 meses 3 mesesVice-presidente de associações municipais (mantidas total ou

parcialmente pelo poder público) 4 meses 6 meses

AUTORIDADE MILITAR – Policial Militar no exercício da função de comando

Obs. Nas Eleições Municipais, onde o prazo para afastamento é de 6 meses para o cargo de vereador, será de 4 meses para o cargo de prefeito e vice-prefeito.

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�0 | Revista Municípios de São Paulo

Nesta edição, a revista Municípios de São Paulo traz uma entrevista

especial sobre eleições, com o advogado especialista em direito público, Paulo Silas Alvarenga de Melo.

Propaganda eleitoral, os cuidados que um candidato deve ter para não incorrer na infração eleitoral da propaganda antecipa-da e outras proibições são alguns dos as-suntos abordados pelo advogado. Confi ra abaixo:

Qual sistema de representati-vidade política foi estipulado pela Constituição Brasileira?

A Constituição Federal defi niu nosso sistema de representatividade em seu artº 14, pela soberania popular por meio do su-frágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos.

Quais as garantias legais para manter o equilíbrio no pleito elei-toral?

A Constituição e as leis que regulamen-tam as eleições são claras em coibir o abu-so do poder econômico. Em que pese a di-fi culdade da fi scalização, a cada eleição os tribunais eleitorais estão mais rigorosos na apreciação das contas eleitorais apresenta-

Processo eleitoral: esclareça suas dúvidas quanto à

propaganda política antecipada e promoção pessoal

das pelos candidatos.O que confi gura a propaganda eleitoral

antecipada?A propaganda eleitoral será considerada

irregular quando for exibida antes do prazo estabelecido pela lei, hipótese em que será chamada de antecipada. Isso signifi ca que qualquer modalidade de propaganda eleito-ral, quando feita antes do dia 6 de julho do ano da eleição, será considerada irregular, não importando se sua forma está autoriza-da pela legislação eleitoral.

Poderia exemplificar alguns ti-pos de propaganda antecipada?

Por exemplo: o pretenso candidato a um cargo político manda confeccionar adesivos com os seguintes dizeres: “Em 2012 vamos juntos mudar, conto com você. Paulão do Mercado”; “Juntos faremos a diferença em 2012. Márcio da Farmácia”; “Vamos renovar em 2012. Fábio da Mecânica” etc. Ou seja, todo tipo de propaganda nas suas variadas formas, que indiquem a postulação pelo voto, intencionalmente ou não.

Até que data é considerada uma propaganda antecipada pelo calendário eleitoral?

A lei eleitoral estabelece como propa-

ganda antecipada aquela feita até o dia 6 de julho do ano da eleição, data a partir da qual a propaganda eleitoral é permitida. Mas não temos uma data inicial que pode-mos considerar como início da propaganda eleitoral antecipada, muito embora existam julgados que consideraram como propa-ganda eleitoral antecipada aquela feita um ano e meio antes do pleito. Todavia, tais decisões são passíveis de questionamento, pois o objetivo da propaganda eleitoral an-tecipada é indicar ao eleitor a intenção de concorrer a um determinado cargo público, ou seja, um ano e meio antes do pleito não poderia caracterizar tal intenção, a não ser que a mesma fosse repetida durante todo o período pré-eleitoral.

Quais os cuidados que um candidato deve ter para não in-correr na infração eleitoral da propaganda antecipada?

Todo candidato pensa nas diversas es-tratégias para conquistar o voto. Para isso, ele tenta ser o mais direto na conquista deste objetivo, o que é óbvio. Mas a melhor forma de evitar ser punido pela aplicação da lei eleitoral é, antes de veicular qualquer propaganda, consultar os especialistas para que os mesmos possam avaliar se ►

Por Paulo Silas Alvarenga de Melo*

Especial Eleições

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Revista Municípios de São Paulo | �1

a propaganda será considerada antecipada ou não. Por exemplo, um prefeito ou um vereador ocupante do cargo pode publicar boletins informativos de seus mandatos nos termos do artº 37 da Constituição, em res-peito ao princípio da publicidade. Uma frase pode ser considerada propaganda anteci-pada apenas por uma palavra ou verbo.

Exemplo: “O prefeito João Carlos fez nesta manhã a última vistoria na construção da creche da Vila Maria, a qual será entre-gue à população nos próximos dias, cum-prindo com seu compromisso programático e assim continuará administrando em prol do avanço social”. Veja que em toda esta frase apenas uma palavra caracterizou propaganda política antecipada. Caso o prefeito João Carlos estivesse disputando a reeleição, qual seria a palavra? A palavra é continuará, se a mesma for substituída pela palavra continua, signifi ca dizer que ele continua executando seu programa de governo para o qual ele foi eleito, mas o emprego da palavra continuará insinua um pedido de apoio para sua reeleição.

Qual a diferença entre propa-ganda eleitoral antecipada que é vetada pela lei eleitoral e a pro-moção pessoal que é permitida?

A propaganda eleitoral é caracteriza-da como um pedido direto ou indireto de voto ao eleitor pelo futuro candidato, ou seja, tudo que procura vincular seu nome, demonstrando que ele pretende o voto do eleitor.

Já a promoção pessoal visa tão somente destacar e marcar um nome ou uma marca para diversas fi nalidades, tais como fortale-cer seu comércio, promover seu nome para a sociedade, enfi m destacar o nome para que o mesmo esteja em evidência, sem, no entanto, insinuar qualquer pedido de voto para fi ns político-eleitorais. Daí a importân-cia de no período pré-eleitoral promover o nome que se manterá em evidência caso se pretenda disputar uma vaga a um cargo público, sem, no entanto, dar a conotação do pedido do voto.

Como se dá na prática a pro-moção pessoal sem ferir a regra da propaganda eleitoral antecipa-da?

Esta forma é verifi cada no dia a dia como, por exemplo, quando se promove um show sertanejo. Destaca-se o nome do artista principal (teremos a presença de Mi-chel Teló). Dessa forma promove-se o show através do nome Michel Teló.

Vejamos outro exemplo: “Paulão do Mercado deseja um feliz dia das mães a todas as heroínas que trazem ao mundo a vida e mantém a esperança”. Esta promo-ção pode ser feita em qualquer das formas idealizadas, a saber, outdoors, panfl etos, panos de prato, relógio de parede, chavei-ros, cartões junto com um botão de rosa, cartão com sua foto e da mãe homenage-ada, entre tantas outras. Vale lembrar que este tipo de material é vedado no período eleitoral, pois é considerado brinde. No en-tanto, no período pré-eleitoral é permitido na forma de promoção pessoal.

Quais os cuidados que o fu-turo candidato deve ter para não incorrer em crime eleitoral?

Como dito anteriormente, o candidato

deve sempre procurar a orientação de um especialista, pois apenas uma palavra ou um verbo pode descaracterizar a promoção pessoal, tornando-a propaganda política antecipada.

Exemplo: “Paulão do Mercado deseja um feliz dia das mães a todas as heroínas que trazem ao mundo a vida e mantém a esperança. Juntos faremos esta cidade mais feliz”.

Veja que as palavras “Juntos faremos esta cidade mais feliz” já caracteriza sua in-tenção de angariar os votos das mães para sua futura eleição.

É exatamente no detalhe que se pode comprometer todo um trabalho de promo-ção pessoal, fazendo com que o mesmo prejudique sua candidatura uma vez que terá caracterizado propaganda política an-tecipada.

Existe abuso do poder econô-mico na promoção pessoal do nome para fins eleitorais?

Não, como a promoção pessoal do nome é livre e não tem controle de gasto, pode ser feita segundo a capacidade fi nan-ceira daquele que pretende promover seu nome. Por outro lado, a propaganda ►

Especial Eleições

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�� | Revista Municípios de São Paulo

política antecipada caracteriza o abuso do poder econômico, pois é passível de con-trole e prestação de contas, além de estar restrita às formas legais (nesta não se pode usar o outdoor, por exemplo).

E quem já ocupa cargo públi-co, qual cuidado deve ter?

O uso dos bens públicos é proibido para promoção pessoal bem como para propa-ganda política antecipada.

Exemplo: Um vereador consegue uma máquina retro escavadeira para limpar um terreno onde se realizará uma quermesse. No dia da abertura da quermesse o pároco pega o microfone e agradece ao vereador Paulão por ter conseguido a máquina junto à Prefeitura e pede para que os munícipes lembrem-se sempre de quem os ajuda. Aí está caracterizada a promoção pessoal a custa do bem público. Outro exemplo se-ria o do prefeito ou vereador que tem lota-do em seu gabinete um funcionário e este

presta serviços em seu escritório político ou realiza tarefas de cunho pessoal do mesmo (paga contas bancárias, leva seu carro par-ticular no mecânico), isto, claro, dentro do horário estipulado para o exercício de sua função pública.

Quem fiscaliza e até quando se pode ingressar na justiça eleito-ral para impedir que o candidato faltoso assuma o cargo eletivo?

A fi scalização se dá pelo representante da justiça eleitoral local (juiz e promotores), pelos partidos políticos ou por qualquer ci-dadão no pleno exercício de seus direitos.

A denúncia pode ser feita, desde que acompanhada de provas robustas e con-cretas, até quinze dias após a diplomação do candidato pela justiça eleitoral.

É proibido o uso de bonés, ca-misetas, broches etc. em todo o período eleitoral?

Não. A legislação permite o uso deste material no dia da eleição conforme precei-tua o artº 70 da Lei Eleitoral:

Art.70. Permissão no dia da Eleição de manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor em camisetas, bonés, broches ou dísticos e adesivos em veícu-los.

Quais suas recomendações fi-nais?

Com o rigor da Lei eleitoral, que res-tringe ao máximo a exposição do nome, os candidatos devem recorrer, exatamente no período que vai até o dia 6 de julho de 2012, a todas as técnicas de propaganda que pro-movam seu nome, tomando o devido cuida-do e sempre buscando orientação profi ssio-nal para não transgredir a lei eleitoral.◘

*Paulo Silas é advogado, especialista em Direito Público. Contato: [email protected]

Especial Eleições

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Revista Municípios de São Paulo | �3

Inúmeras dúvidas surgem nas Adminis-trações municipais durante o ano das elei-ções, especialmente em face do conteúdo da Lei Eleitoral (Lei federal nº 9.504/97).

De fato, o comentado diploma legal im-põe aos agentes públicos uma série de ve-dações, que sinalizam maior cautela no tra-to da coisa pública, especialmente durante o ano das eleições, objetivando, sobretudo, assegurar igualdade de oportunidade para todos os candidatos e refrear a influência do poder político e econômico nas eleições.

Não basta a realização de eleições para que a democracia se concretize: é essen-cial, outrossim, a existência de um regra-mento claro, preciso e transparente, que viabilize a igualdade de condições entre os candidatos, assegurando a representa-tividade da população na gestão do Poder Público, bem como a possibilidade de alter-nância de poder entre os grupos políticos organizados.

A serviço do espírito da Lei Eleitoral, o

A ADMINISTRAÇÃO PODE LICITAR DURANTE O ANO ELEITORAL?

seu artigo 73 enumera algumas condutas vedadas aos agentes políticos durante o ano das eleições, reprimindo comporta-mentos que resultem no incentivo a esta ou àquela candidatura, com o intuito maior de promover a lisura do pleito.

São situações de abuso de poder de autoridade, que foram reconhecidas pelo legislador como prejudiciais às eleições e que, por si só, tendem a desequilibrar o pleito, devendo, por isso, serem repelidas pela Justiça Eleitoral.

No que se refere especialmente à rea-lização de procedimentos licitatórios, a Lei Eleitoral não traz restrições adicionais no ano das eleições.

Em linhas gerais, no último ano do man-dato do Prefeito, permanecem vigentes as limitações normais, impostas pela legisla-ção para qualquer certame, podendo as lici-tações serem iniciadas desde que haja do-tação orçamentária suficiente para suportar as despesas decorrentes de contratações

em execução.Adicionalmente a essa restrição, em al-

guns casos específicos, aplica-se, ainda, o disposto nos artigos 16 e 17 da Lei de Res-ponsabilidade Fiscal, quais sejam:

- qualquer ação governamental que acarrete aumento de despesa deverá ser acompanhada de estimativa do impacto or-çamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequen-tes, bem como da declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem ade-quação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

- deve haver demonstração da origem dos recursos para seu custeio;

- indispensável a comprovação de que o aumento não afetará as metas de resul-tados fiscais previstas em anexo da Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercí-cio, devendo os efeitos financeiros da ►

Especial Eleições

Por: Isabela Giglio*

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�4 | Revista Municípios de São Paulo

*Isabela Giglio é advogada especialista em Direito Administrativo e em Direito Proces-sual Civil pela PUC/SP, Consultora Jurídica da CONAM – Consultoria em Administração Municipal, membro do Conselho Técnico Multidisciplinar da APM, autora do livro “Im-probidade Administrativa – Dolo e Culpa” e co-autora do livro “Vinte Anos de Constitui-ção” ([email protected]).

majoração, nos anos subsequentes, serem compensados pelo aumento permanente da receita ou pela redução permanente da despesa.

Ademais, a realização de despesa no úl-timo ano dos mandatos dos atuais Prefeitos subordina-se às restrições estabelecidas pelo artigo 4� da Lei de Responsabilidade Fiscal, consistentes na impossibilidade de o Prefeito contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja sufi ciente disponibilidade de caixa para este efeito.

Assim, ainda que não existam regras es-pecífi cas adicionais quanto à realização de licitações no último ano dos mandatos dos atuais Prefeitos, aplica-se a todas as des-pesas assumidas a regra do artigo 4� da Lei de Responsabilidade Fiscal, que deve ser observada também para a realização do procedimento licitatório.

Em termos práticos, o dispositivo enun-cia que as obrigações assumidas a partir de

1º de maio de �01� devem ser integralmen-te cumpridas até 31 de dezembro do mes-mo ano, inclusive o pagamento.

Na hipótese de existirem parcelas rema-nescentes, a serem pagas no ano seguinte, deve haver disponibilidade de caixa para esse fi m.

Na apuração das disponibilidades de caixa, devem ser considerados todos os compromissos a pagar, mesmo aqueles vencidos anteriormente a 1º de maio.

Em se tratando de compromisso fi nan-ceiro para execução depois do término do mandato do Prefeito, se assumido no últi-mo mês do exercício, incide a vedação do artigo 59 da Lei Federal nº 4.320/64, que impede que o Município empenhe mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente, bem como assuma, por qualquer forma, compromissos fi nanceiros para execução depois do término do man-dato do prefeito.

É possível, pois, a realização de licita-ções durante o último ano do mandato do Prefeito, o que inclui o período eleitoral,

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Especial Eleições mas é importante que não se perca de vista as vedações legais ora expostas. ◘

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*Isabela Giglio é advogada especialista em Direito Administrativo e em Direito Proces-sual Civil pela PUC/SP, Consultora Jurídica da CONAM – Consultoria em Administração Municipal, membro do Conselho Técnico Multidisciplinar da APM, autora do livro “Im-probidade Administrativa – Dolo e Culpa” e co-autora do livro “Vinte Anos de Constitui-ção” ([email protected]).

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MARKETING NAS ELEIÇÕES

O Marketing é a palavra da hora nesse ano eleitoral, não só como estratégia, mas também como planejamento.

Para um candidato se eleger, se reele-ger, ou apoiar seu sucessor, é importantís-simo um planejamento de Marketing.

É fundamental saber que o MKT é uma ferramenta, e não uma varinha de condão que realiza milagres. Por isso, a presença de um profi ssional de MKT e não um “cabo eleitoral” na equipe pode fazer toda a dife-rença na criação e planejamento.

Importante saber também que a verba ou investimento no MKT não é o mais im-portante, mas a criatividade e formas de se comunicar farão a diferença para o suces-so.

Para um projeto de MKT, não são ne-cessárias ações mirabolantes, e sim criati-vas e originais, pois, assim, haverá cobertu-ra da mídia, de forma espontânea, e o mais importante: o eleitor terá uma identifi cação maior com seu candidato.

O uso da tecnologia é importante, mes-mo que a grande maioria dos eleitores não use os modernos meios de informação, mas não podemos esquecer que o MKT viral, ou o famoso boca a boca, funciona e dará mais credibilidade ao candidato.

Estar em todos os meios de comunica-ção e informação (usar as mídias sociais como o twitter, internet, facebook etc), principalmente junto aos eleitores formado-

res de opinião, pode ser o grande “pulo do gato”.

Antes do planejamento, o conhecimento do que o eleitor deseja e anseia é funda-mental para assim fortalecer a relação com o eleitor.

Se o candidato deixar claro que quer o mesmo que o eleitor, ou seja, o fortale-cimento da cidade, o bem estar social e o comércio atuante, os votos serão dele.

Falar e destacar nos comícios e entre-vistas que vai melhorar a Educação, Segu-rança Pública, Saúde, Habitação, é chover no molhado, pois TODOS os outros candi-datos estarão falando as MESMAS coisas.

O eleitor está cansado do bla.bla.bla de sempre; ele quer soluções, quer comprome-timento, quer ouvir a verdade, quer saber o que o candidato sente e quer.

Criar um novo tema, como a importân-cia, a história ou a vocação da cidade, pode ser um diferencial para se destacar entre os outros candidatos.

Ter um programa claro e detalhado é a melhor forma de se comunicar com os elei-tores e, assim, mostrar o quanto conhece a cidade e sua população.

Mostrar que se preocupa com a cidade, seu comércio, suas indústrias, é quase in-falível. Para isso, precisa conhecer o ínti-mo da população, seus anseios e desejos, mostrar que também é uma pessoa e que quer o melhor para sua cidade.

Com a democracia consolidada, as elei-ções são mais complexas e competitivas, e os eleitores mais informados. Portanto, o uso do MKT como ferramenta pode ser a diferença entre a vitória ou a derrota.

O improviso ou “faro político” não tem mais lugar no mundo moderno.

Uma equipe coesa e um planejamento adequado serão a base para a construção da vitória.

Não podemos esquecer em momento algum que vivemos no Brasil e somos um povo movido pela emoção e paixão. Por isso, atingir a emoção, o coração do eleitor, é um grande passo para atingir os objetivos da campanha.

Dessa forma, o caminho para a vitória e sucesso será mais fácil.

Por José Rodrigues*

*José Rodrigues é profi ssional e professor de Marketing (jrodrigues-mkt@hotmail.

com)

Especial Eleições

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IPTU: VEDAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE PRÊMIOS NO ANO ELEITORAL

Estamos em ano eleitoral no âmbito dos Municípios e surgem os primeiros questio-namentos quanto à incidência da vedação grafada no parágrafo 10 do artigo 73 da Lei nº 9.504/97 - que disciplina as eleições - em confronto com as legislações municipais que abrigam previsão de distribuição de di-ferentes prêmios (bens móveis, valores em espécie, etc.), por sorteio entre contribuin-tes do IPTU, desde que adimplentes.

Em 2008 o tema foi colocado e, então, assim manifestei minha opinião:

Abrindo a resposta e para solver a dúvi-da, vale conferir a regra de vedação posta na lei eleitoral:

Artigo 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos nos pleitos eleitorais:

[...]§ 10. No ano em que se realizar eleição,

fi ca proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Adminis-tração Pública, exceto nos casos de calami-dade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução fi nanceira e administrativa. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)

Analisando a regra de vedação e, em especial o parágrafo 10, observo que a nor-ma tem como cerne a expressão “distribui-ção gratuita de bens, valores ou benefícios” e, em síntese, a gratuidade como obstácu-lo para a ação administrativa. Gratuidade signifi ca, segundo Aurélio1, “graça; dádiva; presente”.

Gratuito é aquele bem, valor ou bene-

fício que se dá sem qualquer exigência de contrapartida. Distribuição gratuita, nos ter-mos postos na norma é incondicionada.

Ao revés, todas as ações administrati-vas de distribuição de bens, valores ou be-nefícios que exijam qualquer contrapartida, qualquer tipo de contraprestação, não se-rão alcançadas pela regra de vedação que, aliás, deve ser interpretada de forma res-tritiva que, como bem anota CARLOS MA-XIMILIANO, mestre maior da hermenêutica, “não reduz o campo da norma; determina-lhe as fronteiras exatas;”� A fronteira exata da norma é a gratuidade.

Assim, entendo que toda a distribuição de bens, valores ou benefícios que, fundada em lei de competência do ente federativo, contenha alguma exigência de contrapar-tida, contraprestação ou condição prévia, não está alcançada pela vedação estampa-da na norma eleitoral, sejam incentivos ou benefícios de natureza fi scal, sempre con-dicionados à adimplência do contribuinte; sejam doações, autorizações, permissões ou concessões de direito real de uso, de bens públicos de qualquer espécie, desde que condicionados ao cumprimento de en-cargos pelo donatário, usuário, permissio-nário ou concessionário.

No entanto, agora e diferentemente, analisando novamente a questão, entendo que aquela não foi a melhor interpretação, isto porque, o recolhimento de tributos, a adimplência, é obrigação principal de todo contribuinte, que não exige do fi sco qual-quer contrapartida, mesmo porque e ao revés, a inadimplência implica, sempre, em penalização através de regras especifi cas albergadas na legislação de regência.

Além disso, a regra de vedação estam-pada no parágrafo 10 do artigo 73 da Lei nº

9.504, em interpretação sistemática, assim considerado o conjunto de vedações colo-cado nos demais incisos e parágrafos do referido artigo, tem por objetivo impedir que a máquina administrativa, ainda que autori-zada por lei, venha a ser utilizada em ano eleitoral, para desequilibrar aquela “igualda-de de oportunidades entre os candidatos”, a que alude o caput do artigo 73.

De outra banda, é oportuno lembrar, neste passo, que o mesmo artigo 73, em seu parágrafo 5º, hospeda rigorosa puni-ção, como se lê:

5o Nos casos de descumprimento do disposto nos incisos do caput e no § 10, sem prejuízo do disposto no § 4o, o can-didato benefi ciado, agente público ou não, fi cará sujeito à cassação do registro ou do diploma. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de �009 - destaquei).

Ora, o risco de ter o registro ou diploma caçados, ainda que sob a presunção de ter havido ou não benefi cio eleitoral, é situação que não deve ser enfrentada, em especial tendo em vista a enorme difi culdade de pro-dução de prova negativa.

Concluindo, alerto os Municípios em geral e, em especial, aqueles que possuem algum tipo de sistema legal de premiação por adimplência tributária, para que provi-denciem a suspensão do benefício, neste ano de eleições municipais, na esteira do que decidiu o Tribunal Superior Eleitoral, na CONSULTA nº 1531-69.�010.6.00.0000 e respectivo voto, disponível em http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/pesquisa-de-juris-prudencia.

Por Antonio Sergio Baptista*

1Novo Aurélio; Editora Nova Fronteira; �Carlos Maximiliano; Hermenêutica e Aplicação do Direito; Forense; 12ª Edição, p.201

Especial Eleições

*Antonio Sergio Baptista é advogado, especialista em Direito Público

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�8 | Revista Municípios de São Paulo

O destino dos resíduos sólidos é um dos grandes problemas enfrentados pela maio-ria das cidades brasileiras. O aumento da urbanização e a concentração da popula-ção acentuam a cada ano a gravidade des-se problema. No Censo Demográfi co 2010 a população foi consultada em relação à existência e modalidade de sistema de co-leta de lixo nos domicílios. Além disso, foi verifi cado qual o destino que a população dá ao lixo, nas situações em que o sistema de coleta é inexistente.

No Estado de São Paulo foi possível observar que em 57% de seus municípios a cobertura era superior a 95% no que se refere à coleta de lixo. Em 1�% dos muni-cípios do Estado a cobertura de coleta de lixo fi cou entre 99 e 100%. Porém, existem alguns municípios que apresentam nú-meros relativamente baixos em relação a esse indicador, como pode ser constatado no ranking ao lado. ►

Os resíduos sólidos nos municípios

paulistas

Ranking dos municípios com menor cobertura de coleta de lixo.Estado de São Paulo - 2010

CaiuáMarabá Paulista

Mirante do ParanapanemaIaras

Nova Canaã PaulistaCunha

Euclides da Cunha PaulistaTejupá

Murutinga do SulSandovalina

Santa Rita d’OesteÁlvares Florence

Arco-ÍrisIporanga

SuzanápolisRibeirão BrancoNova Castilho

São Pedro do TurvoMiracatu

Turmalina

59,2560,6862,0965,6165,6466,1367,3669,6269,9170,4271,5471,6472,6372,7273,6773,7473,9574,6575,0975,35

Lixo Coletado (%)Municípios

Marabá Paulista 60,68

Iaras 65,61

Cunha 66,13

Tejupá 69,62

Sandovalina 70,42

Álvares Florence 71,64

Iporanga 72,72

Ribeirão Branco 73,74

São Pedro do Turvo 74,65

Esse conjunto de municípios, que pos-suem baixa cobertura de sistema de coleta de lixo, apresenta também em comum a grande participação de habitantes residen-tes em setores rurais, como pode ser obser-vado na tabela ao lado.

No Estado de São Paulo a população residente em setores rurais corresponde a apenas 4,06%. No entanto, em Caiuá, mu-nicípio com menor índice de cobertura de coleta de lixo, a população em setores ru-rais correspondia a 61, 7%.

População Residente em setores rurais.Municípios do Estado de São Paulo – 2010

CaiuáNova Canaã Paulista

IarasMarabá PaulistaRibeirão Branco

MiracatuCunha

IporangaArco-Íris

Mirante do ParanapanemaMurutinga do Sul

Euclides da Cunha PaulistaTejupá

Nova CastilhoSuzanápolis

Álvares FlorenceSanta Rita d’Oeste

SandovalinaTurmalina

São Pedro do Turvo

61,758,3755,5155,4949,1348,5944,3644,1543,0141,1238,5336,2435,1233,6933,2532,0530,2830,2228,8728,45

População Residente (%)Municípios

Outra distinção importante entre as ci-dades com maior presença de população rural diz respeito à modalidade da coleta de lixo. Nos municípios eminentemente urbanos, observa-se a grande presença de serviço de coleta. Já no caso das cidades com elevada participação de população ru-ral ocorre utilização signifi cativa da coleta por meio de caçamba. Os municípios de Itaóca, Pedra Bela e Pinhalzinho apresen-tam os mais elevados índices de coleta de lixo nessa modalidade.

Domicílios com lixo coletado por meio de CaçambaMunicípios do Estado de São Paulo – 2010

Itaóca Pedra Bela Pinhalzinho Cabreúva

Monteiro Lobato Itapirapuã Paulista

Porangaba Jumirim

Joanópolis Piedade Cubatão

Itu Quadra

São Lourenço da Serra Natividade da Serra

Vargem Ibiúna Jarinu

Santo Antônio do Pinhal Queiroz

87,4970,9441,2535,4235,2134,9433,5833,3729,2729,0628,9828,6428,0227,3027,2826,9626,7826,2425,5123,78

Participação (%)Municípios

IBGE

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Revista Municípios de São Paulo | �9

O destino dos resíduos sólidos é um dos grandes problemas enfrentados pela maio-ria das cidades brasileiras. O aumento da urbanização e a concentração da popula-ção acentuam a cada ano a gravidade des-se problema. No Censo Demográfi co 2010 a população foi consultada em relação à existência e modalidade de sistema de co-leta de lixo nos domicílios. Além disso, foi verifi cado qual o destino que a população dá ao lixo, nas situações em que o sistema de coleta é inexistente.

No Estado de São Paulo foi possível observar que em 57% de seus municípios a cobertura era superior a 95% no que se refere à coleta de lixo. Em 1�% dos muni-cípios do Estado a cobertura de coleta de lixo fi cou entre 99 e 100%. Porém, existem alguns municípios que apresentam nú-meros relativamente baixos em relação a esse indicador, como pode ser constatado no ranking ao lado. ►

Os resíduos sólidos nos municípios

paulistas

Ranking dos municípios com menor cobertura de coleta de lixo.Estado de São Paulo - 2010

CaiuáMarabá Paulista

Mirante do ParanapanemaIaras

Nova Canaã PaulistaCunha

Euclides da Cunha PaulistaTejupá

Murutinga do SulSandovalina

Santa Rita d’OesteÁlvares Florence

Arco-ÍrisIporanga

SuzanápolisRibeirão BrancoNova Castilho

São Pedro do TurvoMiracatu

Turmalina

59,2560,6862,0965,6165,6466,1367,3669,6269,9170,4271,5471,6472,6372,7273,6773,7473,9574,6575,0975,35

Lixo Coletado (%)Municípios

Esse conjunto de municípios, que pos-suem baixa cobertura de sistema de coleta de lixo, apresenta também em comum a grande participação de habitantes residen-tes em setores rurais, como pode ser obser-vado na tabela ao lado.

No Estado de São Paulo a população residente em setores rurais corresponde a apenas 4,06%. No entanto, em Caiuá, mu-nicípio com menor índice de cobertura de coleta de lixo, a população em setores ru-rais correspondia a 61, 7%.

População Residente em setores rurais.Municípios do Estado de São Paulo – 2010

CaiuáNova Canaã Paulista

IarasMarabá PaulistaRibeirão Branco

MiracatuCunha

IporangaArco-Íris

Mirante do ParanapanemaMurutinga do Sul

Euclides da Cunha PaulistaTejupá

Nova CastilhoSuzanápolis

Álvares FlorenceSanta Rita d’Oeste

SandovalinaTurmalina

São Pedro do Turvo

61,758,3755,5155,4949,1348,5944,3644,1543,0141,1238,5336,2435,1233,6933,2532,0530,2830,2228,8728,45

População Residente (%)Municípios

Nova Canaã Paulista 58,37

Marabá Paulista 55,49

Miracatu 48,59

Iporanga 44,15

Mirante do Paranapanema 41,12

Euclides da Cunha Paulista 36,24

Nova Castilho 33,69

Álvares Florence 32,05

Sandovalina 30,22

São Pedro do Turvo 28,45

Outra distinção importante entre as ci-dades com maior presença de população rural diz respeito à modalidade da coleta de lixo. Nos municípios eminentemente urbanos, observa-se a grande presença de serviço de coleta. Já no caso das cidades com elevada participação de população ru-ral ocorre utilização signifi cativa da coleta por meio de caçamba. Os municípios de Itaóca, Pedra Bela e Pinhalzinho apresen-tam os mais elevados índices de coleta de lixo nessa modalidade.

Domicílios com lixo coletado por meio de CaçambaMunicípios do Estado de São Paulo – 2010

Itaóca Pedra Bela Pinhalzinho Cabreúva

Monteiro Lobato Itapirapuã Paulista

Porangaba Jumirim

Joanópolis Piedade Cubatão

Itu Quadra

São Lourenço da Serra Natividade da Serra

Vargem Ibiúna Jarinu

Santo Antônio do Pinhal Queiroz

87,4970,9441,2535,4235,2134,9433,5833,3729,2729,0628,9828,6428,0227,3027,2826,9626,7826,2425,5123,78

Participação (%)Municípios

Pedra Bela 70,94

Cabreúva 35,42

Itapirapuã Paulista 34,94

Jumirim 33,37

Piedade 29,06

Itu 28,64

São Lourenço da Serra 27,30

Vargem 26,96

IBGE

Page 30: MUSP 50

30 | Revista Municípios de São Paulo

Assim, nessas cidades a população recorre a outras modalidades de descarte dos resíduos sólidos como, por exemplo, a queima ou o enterro do lixo. Nos mu-nicípios com grande presença de popula-ção rural é grande também a incidência da queimada do lixo.

Domicílios cujo destino do lixo é a QueimadaMunicípios do Estado de São Paulo – 2010

Caiuá - SPMirante do Paranapanema

Marabá PaulistaNova Canaã Paulista

CunhaEuclides da Cunha Paulista

IarasMurutinga do SulÁlvares Florence

SandovalinaIporanga

Nova CastilhoRibeirão Branco

SuzanápolisSanta Rita d’OesteNatividade da Serra

TurmalinaTejupá

35,7633,3632,4931,2830,7

27,1726,6925,92

�524,4424,2123,9523,7223,3

22,7522,7422,5422,44

Participação (%)Municípios

Mirante do Paranapanema 33,36

Nova Canaã Paulista 31,28

Euclides da Cunha Paulista 27,17

Murutinga do Sul 25,92

Sandovalina 24,44

Nova Castilho 23,95

Suzanápolis 23,3

Natividade da Serra 22,74

Tejupá 22,44

Nos municípios paulistas é pequena a ocorrência da utilização da prática de en-terrar o lixo. Porém, em termos absolutos é preocupante o fato da existência de domicí-lios que se utilizam dessa prática. No mu-nicípio de Itapetininga �55 domicílios recor-riam a prática de enterrar o lixo. E mesmo na Capital do Estado, com elevada taxa de urbanização, ainda se é possível encontrar 108 domicílios que realizam essa prática.

Por fi m, outro fato preocupante é a exis-tência de domicílios que ainda descartam o lixo em terrenos baldios. Mesmo que em termos percentuais esse indicador seja re-duzido, cerca de (0,11%), na Cidade de São Paulo correspondia a 4.036 domicílios que

descartavam o lixo em terrenos baldios. Outros municípios da Região da Metropo-litana de São Paulo também apresenta-

ram razoável número de domicílios nes-sas condições, como pode ser observado no gráfi co abaixo.

IBGE

Page 31: MUSP 50

Revista Municípios de São Paulo | 31

Assim, nessas cidades a população recorre a outras modalidades de descarte dos resíduos sólidos como, por exemplo, a queima ou o enterro do lixo. Nos mu-nicípios com grande presença de popula-ção rural é grande também a incidência da queimada do lixo.

Domicílios cujo destino do lixo é a QueimadaMunicípios do Estado de São Paulo – 2010

Caiuá - SPMirante do Paranapanema

Marabá PaulistaNova Canaã Paulista

CunhaEuclides da Cunha Paulista

IarasMurutinga do SulÁlvares Florence

SandovalinaIporanga

Nova CastilhoRibeirão Branco

SuzanápolisSanta Rita d’OesteNatividade da Serra

TurmalinaTejupá

35,7633,3632,4931,2830,7

27,1726,6925,92

�524,4424,2123,9523,7223,3

22,7522,7422,5422,44

Participação (%)Municípios

Nos municípios paulistas é pequena a ocorrência da utilização da prática de en-terrar o lixo. Porém, em termos absolutos é preocupante o fato da existência de domicí-lios que se utilizam dessa prática. No mu-nicípio de Itapetininga �55 domicílios recor-riam a prática de enterrar o lixo. E mesmo na Capital do Estado, com elevada taxa de urbanização, ainda se é possível encontrar 108 domicílios que realizam essa prática.

Por fi m, outro fato preocupante é a exis-tência de domicílios que ainda descartam o lixo em terrenos baldios. Mesmo que em termos percentuais esse indicador seja re-duzido, cerca de (0,11%), na Cidade de São Paulo correspondia a 4.036 domicílios que

descartavam o lixo em terrenos baldios. Outros municípios da Região da Metropo-litana de São Paulo também apresenta-

ram razoável número de domicílios nes-sas condições, como pode ser observado no gráfi co abaixo.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo comunica a todos os interessados que, desde o dia 23 de janeiro de 2012, o Processo Eletrônico – e-TCESP encontra-se acessível para consulta pública e para petição eletrônica de representações ver-sando sobre Exame Prévio de Edital para advogados devidamente cadastrados, nos termos do Regimento Interno e da Resolu-ção nº 01/2011, devendo toda a documen-tação encaminhada para fi ns de recepção e cadastramento do processo eletrônico, por meio das Unidades Protocoladoras ou da Internet, obedecer às regras previstas nos Comunicados SDG nº 38/2011 (DOE de 17/12/2011) e nº 04/2012 (DOE de 19/01/2012).

Ressalte-se que nenhum interessado será prejudicado no seu direito de repre-sentar junto a esta Corte de Contas caso ocorra eventual indisponibilidade técnica no sistema, ocasião em que serão adotadas medidas necessárias à recepção da docu-mentação.

Leia a íntegra dos Comunicados na pá-gina da Internet – http://www.tce.sp.gov.br. Eventuais dúvidas deverão ser dirigidas a este Tribunal por meio do endereço eletrô-nico –http://atendimento.tce.sp.gov.br.

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO torna público que o prazo para cadastramento de todos os órgãos jurisdi-cionados estabelecido no COMUNICADO nº 30/2011 venceu no dia 18/11/2011 e que ainda existem entidades que não efetivaram seu

credenciamento.

Desta forma, informamos que se encontra disponível no endereço eletrônico http://questionario.tce.sp.gov.br/index.php?sid=11378

respectiva fi cha de credenciamento e informações para a efetivação do procedimento.

Lembramos que o não atendimento às determinações exaradas poderá acarretar prejuízos aos seus interesses junto a este Tribunal,

sujeitando-os ainda às cominações previstas em lei.

SDG, 8 de dezembro de 2011.

Sérgio Ciquera Rossi SECRETÁRIO-DIRETOR GERAL

DOE – 09/12/2011

Comunicado SDG n° 37/2011

TCE

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

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3� | Revista Municípios de São Paulo

Planejamento e Gestão Municipal:

Importância da Avaliação Ambiental

Estratégica (AAE) nesse contexto

Amarilis Lucia Casteli Figueiredo Gallardo - Pesquisadora do IPT

O alcance da sustentabilidade socio-ambiental das cidades enseja grandes de-safios ao planejamento urbano e à gestão municipal.

As cidades e populações constituem-se em elementos que interagem continuamen-te e dessa maneira ambas sofrem com a re-ciprocidade das ações e reações mútuas.

Se observadas apenas as notícias di-vulgadas pela mídia várias poderiam ser enumeradas: na recorrência anual das estações chuvosas sofrem-se as conseqü-ências danosas das instabilizações geotéc-nicas associadas a conglomerados popula-cionais em áreas vulneráveis; no avanço da urbanização cresce a impermeabilização dos terrenos, causando enchentes em vias públicas e equipamentos urbanos; não raro noticia-se a existência de grupamentos ur-banos em áreas contaminadas causando riscos à saúde da população; acumulam-se resíduos e solos erodidos nos córregos e rios que atravessam a cidade causando en-chentes e propagando-se vetores de doen-

ça; carência de transporte público adequado e sobrecarga de demanda nas vias existen-tes causam deseconomias, poluição do ar e impactos sociais; o crescimento acelerado das cidades associado ao planejamento e organização inapropriados marginalizam as condições sociais e afetam áreas de pre-servação (áreas verdes e de mananciais); em termos de adaptação da infra-estrutura, as cidades não estão preparadas para ab-sorver os efeitos das mudanças climáticas, dentre outras.

A Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA (Lei n. 6.938/1981) estabelece treze instrumentos a serem utilizados de forma articulada para atingir o objetivo de “preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida”, bem como “a compatibilização do desenvolvi-mento econômico-social com a preserva-ção da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico”.

Não obstante a existência de vários instrumentos da nossa política ambiental

aplicáveis ao contexto de empreendimen-tos ou de ações mais localizadas como a AIA (Avaliação de Impacto Ambiental), EIA (Estudo de Impacto Ambiental), EVA (Estu-do de Viabilidade Ambiental) e EIVI (Estudo de Impacto de Vizinhança), remanescem impactos cumulativos, sinérgicos e indiretos resultantes de grupamentos de intervenções similares e/ou diversificadas que requerem um instrumento com voca-ção de análise holística dada a complexida-de dos efeitos resultantes.

Esses impactos que não são considera-dos pelos instrumentos tradicionais legais decorrem da falta de aplicação sistemática de ferramenta de avaliação ambiental que considere (identifique, avalie e discuta alter-nativas) os impactos associados ao plane-jamento, no caso específico o planejamento municipal territorial.

Nesse escopo insere-se o instrumento de Avaliação Ambiental Estraté-gica (AAE), que se destina a avaliar as decisões estratégicas vinculadas às ►

IPT

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Revista Municípios de São Paulo | 33

etapas decisórias que antecedem o pro-jeto, as quais podem causar signifi cativos impactos ambientais e comprometer a sus-tentabilidade socioambiental. A AAE remete aos estágios decisórios anteriores ao proje-to, considerando políticas, planos e progra-mas, já se incorporando o meio ambiente como critério, o que vai infl uenciar o “dese-nho” da política.

Os primeiros exemplos de aplicação de AAE no mundo remetem ao fi nal dos anos 1980. O grande marco regulatório mundial do instrumento foi a implantação da Diretiva Européia 42/2001 que regulamentou seu uso para a escolha de políticas sustentá-veis (planos e programas) que possam afe-tar a qualidade do ambiente para gerações atuais e futuras. Atualmente, cerca de 40 (quarenta) países têm sólida plataforma de AAE.

No Brasil, o instrumento apareceu, for-malmente, pela primeira vez, em um proje-to de lei federal em 2003 e, anteriormente, havia sido mencionada no Estado de São Paulo por meio da Resolução SMA 44/93. Atualmente, percebe-se um crescente in-centivo ao seu uso sistemático no país em função da sua promoção pelos bancos mul-tilaterais de fi nanciamento, instituições de ensino e pesquisa e até algumas iniciativas do setor empresarial e de organizações não governamentais.

Cabe destacar que, em 2010, dois im-portantes marcos surgiram para o estímulo do uso do instrumento, em São Paulo e no país: o Decreto Estadual número 55.947/10 sobre a Política Estadual de Mudanças Cli-máticas, que coloca a AAE como ferramen-ta necessária nesse contexto e o documen-to preliminar, para consulta pública, acerca das diretrizes para o uso da AAE nas deci-sões do governo federal.

Como tornar a AAE de fato um instru-mento a ser utilizado e que possa garantir efetividade na busca da sustentabilidade socioambiental das cidades?

Alguns autores brasileiros que trabalha-ram no tema propõem como um caminho para que isso se torne realidade a realiza-

ção de AAE na confecção/revisão de planos diretores municipais.

Souza (2003), por exemplo, realizou uma AAE de um plano territorial urbano (o plano diretor de 1996) de Blumenau (SC). A autora explicita duas questões norteadoras em seu trabalho, importante para refl exão atual e comum a várias cidades brasileiras: “Qual é a vulnerabilidade do sis-tema ambiental frente à ocupa-ção urbana, na antiga área rural de Blumenau?” e “Quais são as falhas na legislação municipal de planejamento urbano que permi-tem tantos impactos socioam-bientais urbanos?”. A AAE proposta pretende contribuir para a revisão do plane-jamento do uso e ocupação do solo, iden-tifi cando as classes de vulnerabilidade à ocupação das áreas consideradas urbanas pelo Plano Diretor 1996, evidenciando se existem confl itos de uso do solo e degra-dação ambiental e analisando as interações com a socioeconomia do sistema. Permite, assim, uma revisão mais adequada do zo-neamento, a determinação de áreas propí-cias para urbanização, a tomada de deci-sões quanto à ampliação ou diminuição de perímetros urbanos e a avaliação de suas possíveis conseqüências.

Outra experiência relacionada ao tema foi proposta por Fabbro Neto (2010), na identifi cação de contribuições da AAE para o planejamento de uso e ocupação do solo do município de São Carlos (SP), também a partir do seu plano diretor. A pesquisa indica que a AAE pode contribuir para atingir os objetivos de sustentabilidade, possibilitan-do que procedimentos participativos preco-nizados pelo instrumento auxiliem a romper as barreiras entre grupos de interesse, em somatória à força de trabalho de autorida-des responsáveis pela implementação das ações de planejamento.

Ademais das questões relevantes des-tacadas por esses autores, a AAE permite subsidiar no contexto de planejamento e gestão municipal, políticas de transporte, in-dustriais, de lazer, comércio, áreas verdes,

áreas protegidas, dentre tantos outras.Atualmente, segundo Pellin et al. (2011)

não existe arcabouço legal nem referências conceituais bem estabelecidas para adoção da AAE no Brasil, sendo a inserção desse instrumento ainda restrita. Dessa forma, é preciso que a discussão sobre as metodo-logias, abordagens e maneiras de aplica-ção da AAE seja ampliada no país, e que o governo brasileiro assuma um papel mais proativo no estabelecimento de consensos sobre o tema.

O planejamento urbano apresenta-se como um campo profícuo e necessário ao uso sistemático da AAE para ordenação sustentável dos espaços habitáveis, man-tendo as funções sociais essenciais espe-radas numa organização urbana.◘

Referências Bibliográficas

SOUZA, Cristiane Mansur de Mo-raes. Avaliação Ambiental Estratégica como subsídio para o planejamento ur-bano. 2003. Tese (Doutorado Interdis-ciplinar em Ciências Humanas) – Uni-versidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

FABBRO NETO, Francisco. Avalia-ção ambiental estratégica para planos de uso e ocupação do solo: um estudo sobre o plano diretor municipal. �010. 103 f. Dissertação (Mestrado em Ciên-cias da Engenharia Ambiental) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universi-dade de São Paulo, São Carlos.

PELLIN, A. et al. Avaliação Ambien-tal Estratégica no Brasil: considerações a respeito do papel das agências multi-laterais de desenvolvimento. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 27-36, jan/mar 2011.

IPT

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34 | Revista Municípios de São Paulo

Fundo Social de São Vicente:

credibilidade que supera desafios

Márcia Papa Garcia enfren-ta, todos os dias, o desafio de ser presi-dente do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente e secretária municipal de Assistência Social.

Como marca de sua gestão, encontra-mos na união com trabalho, atitude, hones-tidade, perseverança, respeito e garra, o amor – alicerce de todos os valores. Márcia considera este o grande desafio do milênio – fazer e pensar tudo com amor.

Como presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente, mergu-lhou seu sonho individual de melhorar o mundo no sonho coletivo da conquista da cidadania.

Compromisso, ações e parcerias são suas estratégias para concretizar estes so-nhos. Foi assim que idealizou e viabilizou o Centro Regional de Oncologia Infantil – CROI, erguido na Vila Margarida.

Assim também nasceu o Centro Edu-cacional e Recreativo – CER, hoje com 21 unidades, atendendo cerca de 4,5 mil crianças e jovens, oferecendo reforço es-colar, atividades esportivas, artísticas e

culturais, todas com suporte pedagógico multidisciplinar.

Apostou em novos projetos sociais que capacitam pessoas para o mercado de trabalho, como os já consagrados Tripulan-tes do Futuro e Mão na Massa. “Ao longo dos anos, a forma séria e firme de nossa equipe de conselheiras e de voluntários en-carar as dificuldades gerou a credibilidade

necessária para atrair parceiros e superar os desafios”, afirma Márcia.

O Fundo Social de Solidariedade de São Vicente auxilia as mais de 100 entida-des cadastradas, bem como apoia projetos voltados a todos os segmentos sociais – jo-vens, idosos, adultos, famílias, com ajuda da Prefeitura, governos estadual e federal, Câmara Municipal e iniciativa privada. ►

Por: Kátia Locatelli/Secretaria de Imprensa e Comunicação Social de São Vicente

Realiza bazares, campanhas, eventos, além de entrega de kits-gestante, em par-ceria com a Casa do Adolescente. Divulga seus projetos e experiências por meio de palestras e estandes, em eventos como o Congresso Estadual de Municípios, que ocorrerá novamente em São Vicente.

Tripulantes do Futuro

O projeto social Tripulantes do Futu-ro visa à qualificação profissional para o mercado de cruzeiros e de turismo em geral. Promovido pela Prefeitura de São Vicente, com apoio do Fundo Social, teve início em julho de 2008 e formou três tur-mas, atendendo mais de 1.000 jovens de 18 a 35 anos. Destes, 65% já atuam no mercado turístico.

O projeto promove curso de seis meses, com aulas de governança, garçom, recrea-ção, bartender, marketing pessoal e inglês. Conta, ainda, com aulas de secretaria e re-cepção, etiqueta profissional, decoração de mesa, organização de eventos, entre outras Os participantes também aprendem regras

de comportamento e jornada de trabalho. A equipe de professores possui vasta experi-ência na área turística, inclusive em cruzei-ros marítimos.

De acordo com a presidente do Fundo Social de São Vicente e idealizadora do projeto, o mercado é muito exigente e São Vicente já vem se tornando referência. “É um projeto social inédito, que traz uma mu-dança muito forte também no currículo da vida. Afinal, jovens de baixa renda, que co-nhecem a Grécia, Egito, Itália e aprendem vários idiomas, ganham mais que inserção no mercado de trabalho, mais bagagem cul-tural e nova visão de mundo”.

Para participar do projeto é necessá-rio ser munícipe de São Vicente, ter En-sino Médio completo ou estar cursando o último ano, ter participado ou fazer par-te de projeto social do Município, como o Renda Cidadã, Ação Jovem, Jovens no Exercício do Programa de Orientação Municipal (Jepom), Centro Educacional e Recreativo (CER) ou ser beneficiário do programa Bolsa Família.

Projeto Mão na Massa

Criado em janeiro de 2005, o pro-jeto Mão na Massa qualifica profis-sionalmente os ex-catadores do lixão Sambaiatuba (desativado em 2002), espe-cializando-os em panificação artesanal e proporcionando alternativas para geração de emprego e renda.

O Mão na Massa promoveu uma mu-dança radical na vida da comunidade local. Os ex-catadores transformaram-se em ges-tores de seu próprio negócio, oferecendo trabalho qualificado nas áreas de festas e coquetéis. Eles também atuam como mul-tiplicadores do que aprenderam, ministran-do cursos para a comunidade local e em projetos especiais da Prefeitura como, por exemplo, do Medidas Sócioeducativas, que atende menores em liberdade assistida.

Junto ao FUSESP – SP, conquistou equipamentos, como um forno turbo gás, uma modeladora para pães, um cilindro, uma amassadeira, uma estufa para ►

Tripulantes do Futuro

Fundo Social

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Revista Municípios de São Paulo | 35

Fundo Social de São Vicente:

credibilidade que supera desafios

Márcia Papa Garcia enfren-ta, todos os dias, o desafio de ser presi-dente do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente e secretária municipal de Assistência Social.

Como marca de sua gestão, encontra-mos na união com trabalho, atitude, hones-tidade, perseverança, respeito e garra, o amor – alicerce de todos os valores. Márcia considera este o grande desafio do milênio – fazer e pensar tudo com amor.

Como presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente, mergu-lhou seu sonho individual de melhorar o mundo no sonho coletivo da conquista da cidadania.

Compromisso, ações e parcerias são suas estratégias para concretizar estes so-nhos. Foi assim que idealizou e viabilizou o Centro Regional de Oncologia Infantil – CROI, erguido na Vila Margarida.

Assim também nasceu o Centro Edu-cacional e Recreativo – CER, hoje com 21 unidades, atendendo cerca de 4,5 mil crianças e jovens, oferecendo reforço es-colar, atividades esportivas, artísticas e

culturais, todas com suporte pedagógico multidisciplinar.

Apostou em novos projetos sociais que capacitam pessoas para o mercado de trabalho, como os já consagrados Tripulan-tes do Futuro e Mão na Massa. “Ao longo dos anos, a forma séria e firme de nossa equipe de conselheiras e de voluntários en-carar as dificuldades gerou a credibilidade

necessária para atrair parceiros e superar os desafios”, afirma Márcia.

O Fundo Social de Solidariedade de São Vicente auxilia as mais de 100 entida-des cadastradas, bem como apoia projetos voltados a todos os segmentos sociais – jo-vens, idosos, adultos, famílias, com ajuda da Prefeitura, governos estadual e federal, Câmara Municipal e iniciativa privada. ►

Por: Kátia Locatelli/Secretaria de Imprensa e Comunicação Social de São Vicente

Realiza bazares, campanhas, eventos, além de entrega de kits-gestante, em par-ceria com a Casa do Adolescente. Divulga seus projetos e experiências por meio de palestras e estandes, em eventos como o Congresso Estadual de Municípios, que ocorrerá novamente em São Vicente.

Tripulantes do Futuro

O projeto social Tripulantes do Futu-ro visa à qualificação profissional para o mercado de cruzeiros e de turismo em geral. Promovido pela Prefeitura de São Vicente, com apoio do Fundo Social, teve início em julho de 2008 e formou três tur-mas, atendendo mais de 1.000 jovens de 18 a 35 anos. Destes, 65% já atuam no mercado turístico.

O projeto promove curso de seis meses, com aulas de governança, garçom, recrea-ção, bartender, marketing pessoal e inglês. Conta, ainda, com aulas de secretaria e re-cepção, etiqueta profissional, decoração de mesa, organização de eventos, entre outras Os participantes também aprendem regras

de comportamento e jornada de trabalho. A equipe de professores possui vasta experi-ência na área turística, inclusive em cruzei-ros marítimos.

De acordo com a presidente do Fundo Social de São Vicente e idealizadora do projeto, o mercado é muito exigente e São Vicente já vem se tornando referência. “É um projeto social inédito, que traz uma mu-dança muito forte também no currículo da vida. Afinal, jovens de baixa renda, que co-nhecem a Grécia, Egito, Itália e aprendem vários idiomas, ganham mais que inserção no mercado de trabalho, mais bagagem cul-tural e nova visão de mundo”.

Para participar do projeto é necessá-rio ser munícipe de São Vicente, ter En-sino Médio completo ou estar cursando o último ano, ter participado ou fazer par-te de projeto social do Município, como o Renda Cidadã, Ação Jovem, Jovens no Exercício do Programa de Orientação Municipal (Jepom), Centro Educacional e Recreativo (CER) ou ser beneficiário do programa Bolsa Família.

Projeto Mão na Massa

Criado em janeiro de 2005, o pro-jeto Mão na Massa qualifica profis-sionalmente os ex-catadores do lixão Sambaiatuba (desativado em 2002), espe-cializando-os em panificação artesanal e proporcionando alternativas para geração de emprego e renda.

O Mão na Massa promoveu uma mu-dança radical na vida da comunidade local. Os ex-catadores transformaram-se em ges-tores de seu próprio negócio, oferecendo trabalho qualificado nas áreas de festas e coquetéis. Eles também atuam como mul-tiplicadores do que aprenderam, ministran-do cursos para a comunidade local e em projetos especiais da Prefeitura como, por exemplo, do Medidas Sócioeducativas, que atende menores em liberdade assistida.

Junto ao FUSESP – SP, conquistou equipamentos, como um forno turbo gás, uma modeladora para pães, um cilindro, uma amassadeira, uma estufa para ►

Tripulantes do Futuro

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Projeto Mão na Massa

pães, uma fatiadeira e uma divisora para pães.

Com essa ampliação, além da geração de renda para o grupo gestor, são forma-das, por ano, três turmas de 20 pesso-as, qualificadas e treinadas para serem absorvidas em padarias e comércios da região. Para se inscrever, as pessoas precisam comprovar vulnerabilidade social e passar por entrevista e triagem social.

Centro Educacional e Recreativo

O Centro Educacional e Recreativo (CER) conta com 21 unidades estrategi-camente localizadas nos núcleos mais carentes, atendendo 4,5 mil crianças e adolescentes de 6 a 17 anos e 11 meses, em situação de risco.

A intenção é ocupar o tempo vago das crianças no contraturno escolar com ativi-dades que vão além das oficinas de ►

Centro Educacional e Recreativo

artesanato, música, dança, teatro, es-portes, reforço escolar e poesia.

Academias ao ar livre

Com o objetivo de incentivar a prática de atividades físicas para um estilo de vida mais saudável, os idosos contam com três academias de ginástica ao ar livre – na orla do Itararé, na Praça 22 de Janeiro (Biqui-nha) e no Jardim Rio Branco, Área Conti-nental.

Todos os aparelhos são especialmente adaptados para a terceira idade. A inicia-tiva é da Secretaria de Assistência Social (Seas), com apoio da Câmara de São Vi-cente. Já a Companhia de Desenvolvimen-to de São Vicente (Codesavi) é responsável pela instalação dos equipamentos.

Os frequentadores participam de ativi-dades físicas, aulas de dança, tai chi chuan, artesanato, festas, passeios, eventos e até campeonatos e concursos. “Temos um gru-po de dança que já ganhou oito prêmios re-gionais e estaduais. Nos esportes também sempre nos destacamos. E ainda temos, há seis anos, o concurso Garotas e Garotos do Calendário”.

Anualmente, interessados se inscrevem, sendo feita escolha popular, pela Internet, de 12 homens e 12 mulheres. Esses, vão ilustrar calendários: um casal representando cada mês, sempre com fotos temáticas (es-porte, cinema, dança, pontos turísticos da Cidade)”. Os calendários são patrocinados pela Associação Comercial de São Vicente. “As famílias e amigos dos participantes vi-bram com o concurso, trazendo integração social, autoestima e alegria a todos”, finaliza a primeira dama. ◘

Academias ao ar livre

Fundo Social

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Revista Municípios de São Paulo | 37

Projeto Mão na Massa

pães, uma fatiadeira e uma divisora para pães.

Com essa ampliação, além da geração de renda para o grupo gestor, são forma-das, por ano, três turmas de 20 pesso-as, qualificadas e treinadas para serem absorvidas em padarias e comércios da região. Para se inscrever, as pessoas precisam comprovar vulnerabilidade social e passar por entrevista e triagem social.

Centro Educacional e Recreativo

O Centro Educacional e Recreativo (CER) conta com 21 unidades estrategi-camente localizadas nos núcleos mais carentes, atendendo 4,5 mil crianças e adolescentes de 6 a 17 anos e 11 meses, em situação de risco.

A intenção é ocupar o tempo vago das crianças no contraturno escolar com ativi-dades que vão além das oficinas de ►

Centro Educacional e Recreativo

artesanato, música, dança, teatro, es-portes, reforço escolar e poesia.

Academias ao ar livre

Com o objetivo de incentivar a prática de atividades físicas para um estilo de vida mais saudável, os idosos contam com três academias de ginástica ao ar livre – na orla do Itararé, na Praça 22 de Janeiro (Biqui-nha) e no Jardim Rio Branco, Área Conti-nental.

Todos os aparelhos são especialmente adaptados para a terceira idade. A inicia-tiva é da Secretaria de Assistência Social (Seas), com apoio da Câmara de São Vi-cente. Já a Companhia de Desenvolvimen-to de São Vicente (Codesavi) é responsável pela instalação dos equipamentos.

Os frequentadores participam de ativi-dades físicas, aulas de dança, tai chi chuan, artesanato, festas, passeios, eventos e até campeonatos e concursos. “Temos um gru-po de dança que já ganhou oito prêmios re-gionais e estaduais. Nos esportes também sempre nos destacamos. E ainda temos, há seis anos, o concurso Garotas e Garotos do Calendário”.

Anualmente, interessados se inscrevem, sendo feita escolha popular, pela Internet, de 12 homens e 12 mulheres. Esses, vão ilustrar calendários: um casal representando cada mês, sempre com fotos temáticas (es-porte, cinema, dança, pontos turísticos da Cidade)”. Os calendários são patrocinados pela Associação Comercial de São Vicente. “As famílias e amigos dos participantes vi-bram com o concurso, trazendo integração social, autoestima e alegria a todos”, finaliza a primeira dama. ◘

Academias ao ar livre

Fundo Social

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38 | Revista Municípios de São Paulo

São Paulo revoluciona habitaçãoe vira ‘case’ internacional

Maior cidade do País investe em monitoramento de assentamentos precários, conclui plano de habitação e executa plano de urbanização de favelas em grande escala

Na maior cidade da América Latina, os problemas são gigantes e exigem muscu-latura do poder público para solucioná-los. Em São Paulo, onde o tecido urbano se formou à revelia de planejamento, estima-se que 30% da população, ou três milhões de pessoas, vivam atualmente em assenta-mentos precários. Ou seja, o desafio para prover moradia digna à camada menos fa-

vorecida da pirâmide é hercúleo. Para a surpresa dos especialistas, o

Programa de Urbanização de Favelas pau-listano, desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), vem mudando esse cenário desde 2005. Com cerca de 140 frentes de obra, que beneficiará, até o final de 2012, aproxi-madamente 170 mil famílias, é, sem dúvida,

o maior programa do gênero no País. A política é manter as famílias no pró-

prio local de origem ou o mais próximo possível, em respeito aos laços sociais e de trabalho que as pessoas estabelecem com o local onde vivem. “O foco central da urbanizacao e a implantacao de re-des de infraestrutura básica, sistemas de conectividade com a cidade urbanizada,

Ações em Destaque

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Revista Municípios de São Paulo | 39

implantacao de areas de lazer e de equi-pamentos publicos de grande porte, alem da construcao de unidades habitacionais para os que estavam vivendo em areas de risco”, explica a superintendente de Habita-ção Popular da Sehab, a arquiteta e urba-nista Elisabete França.

A qualidade arquitetônica e urbanísti-ca dos projetos é destaque no Programa. Elaborados por arquitetos de renome, como Ruy Ohtake, Hector Vigliecca e Paulo Bas-tos, chamam a atenção de estudiosos da questão habitacional, no Brasil e exterior, e amealham prêmios mundo afora. Cada pro-jeto é único, baseado nas singularidades de cada comunidade, cujos moradores partici-pam ativamente das decisões.

São freqüentes as visitas de delega-ções estrangeiras e de estudantes para conhecer o modelo de São Paulo. Pós-gra-duandos de arquitetura das universidades americanas Columbia (Nova York) e Har-vard (Boston), por exemplo, desenvolvem projetos para algumas comunidades, como Paraisópolis e Heliópolis, as duas maiores do município.

Prêmios, só para citar alguns, os pro-jetos de Paraisópolis e Cantinho do Céu venceram a XVII Bienal Panamericana de Arquitetura de Quito (Equador) de 2010, na categoria “Habitat Social y Desarrollo Urba-no” (Habitação Social e Desenvolvimento

Urbano), mesmo ano em que o Programa de Urbanização de Fave-las conquistou o Prix d’Excellence Awards na categoria Infraes-trutura Pública (Public Infrastructure), conce-dido pela Fiabci, a mais importante federação do setor imobiliário in-ternacional, ligada à Or-ganização das Nações Unidas.

A urbanização de Paraisópolis partici-pou da 4ª Bienal Internacional de Arquitetu-ra de Roterdã de 2009 (Holanda), enquanto Cantinho do Céu foi apresentado na Bienal de Veneza 2010 e, junto com o Cabuçu de Cima, participa da Bienal de Roterdã em abril.

Atualmente, está em andamento a 1ª Jornada da Habitação, que até junho vai transformar São Paulo no fórum de dis-cussão sobre o futuro da cidade informal sem precedentes no País, a partir de ex-periências contemporâneas concretas em assentamentos precários de sete países. Seis comunidades paulistanas dialogam com outras igualmente carentes. O evento já se realizou em São Francisco Global, que trocou experiência com Roma (Itália), e Pa-

raisópolis, com Mumbai (Índia). A próxima será no Cantinho do Céu, que dialoga com Medelín (Colômbia), depois, Bamburral, com Nairóbi (Quênia); Heliópolis, Moscou (Rússia); e Programa de Cortiços (região central), com Bagdá (Iraque).

Hoje, há 80 projetos em elaboração na Sehab, envolvendo 36 escritórios de arqui-tetura. Desde 2005, outros 12 escritórios desenvolveram projetos de urbanização, e já encerraram os trabalhos. É crescente o número de arquitetos dispostos a enfrentar o desafio de elaborar projetos para favelas. Em 2011, a Secretaria lançou o mais ino-vador concurso de arquitetura voltado para assentamentos precários já realizado no País, o RenovaSP, a partir de bacias hidro-gráficas. Agora, são mais 16 escritórios de arquitetura, desenvolvendo projetos em 17 lotes.

O sucesso do Programa de Urbaniza-ção de Favelas é fruto de um conhecimento profundo da realidade da cidade informal. Para isso, a Sehab, em parceria com o Ban-co Mundial e a Cities Alliance (organização formada pela coalisão de várias cidades e entidades do mundo), mobilizou técnicos, que saíram a campo e mapearam todas favelas, cortiços, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais degradados da ci-dade. Ao mesmo tempo, também em parce-ria com a Aliança de Cidades, desenvolveu um inédito sistema de armazenamento des-sas informações, o Habisp (www.habisp.inf.br).

Lançado na web em março de 2008, contém dados geográficos, socioeconômi-Prédios “redondinhos”, projeto de Ruy Ohtake para Heliópolis

Ações em Destaque

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40 | Revista Municípios de São Paulo

Moradia no centro inclui reforma deprédios antigos a fiscalização de cortiços

A moradia de interesse social no centro é tema conduzido com prioridade pela cida-de de São Paulo, que desenvolve o maior programa de reforma de prédios para fins habitacionais – Renova Centro —, igual-mente sem precedentes na história do país, pela escala e compromissos assumidos.

A Cohab contratou, em 2009, a Fupam (Fundação para Pesquisa em Arquitetura e Ambiente, da USP) para identificar imó-veis desocupados na região central aptos para fins habitacionais. Descartando os que não se adequavam (os de pequeno porte, construções térreas, em ruínas, invadidas ou incompatíveis com o uso proposto), fo-ram apontados 53, dos quais oito já foram desapropriados. As primeiras unidades, das mais de 2.500 previstas, devem ser entre-gues até o final de 2012.

O Renova Centro não é o único ins-trumento para lidar com o esvaziamento da região central. Entre 2005 e o final de 2011, o Programa de Cortiços, da Sehab, vistoriou 2.155 cortiços, dos quais 76 fo-ram totalmente requalificados, 470 estão passando por obras de adequação e 113 foram interditados, por apresentarem risco de vida aos moradores. E 3.900 famílias foram encaminhadas aos programas habi-

Cantinho do Céu: um dos projetos mais premiados da Secretaria de Habitação

tacionais do Programa de Atuação em Cor-tiços da CDHU. Isso significa que a recupe-ração de cortiços atingiu, com um ano de antecedência, 130% da meta 19 proposta na Agenda �01�.

Para completar, o Projeto Nova Luz,

que prevê requalificar urbanisticamente 45 quadras no entorno da estação ferroviária histórica, inclui a construção de cerca de 1.500 novas moradias entre as de interes-se social (HIS) e as de mercado popular (HMP). ►

cos, geológicos e estruturais. Essa ferra-menta foi fundamental para a elaboração do Plano Municipal de Habitação (PMH), atualmente para aprovação na Câmara Municipal, um minucioso trabalho sobre a real situação habitacional do município, que norteará as ações da Sehab para zerar o déficit de moradia até 2024.

O PMH estabelece critérios de priorida-de para intervenção, baseados em indica-dores de risco de escorregamento e solapa-mento; de vulnerabilidade social (de acordo com índices da Secretaria de Assistência Social – SMADS); de índices de saúde, e de precariedade de infraestrurura. A esses indicadores são atribuídos pesos - quanto mais pontos, mais prioritária a intervenção.

Prédio já reformado pela Cohab (à esq.) e futuro Edifício Mário de Andrade (à dir.), que será transformado pelo Programa Renova Centro

Ações em Destaque Em números macros, o estu-

do revelou que há cerca de 800 mil famílias paulistanas vivendo sob algum tipo de inadequação, seja de posse legal dos seus imóveis, pagando aluguel exces-sivo em relação a sua renda ou morando em área de risco. Po-rém, a maioria depende apenas de obras de infraestrutura e do processo de regularização fundi-ária para se integrar ao mercado formal. “É a primeira vez que a habitação tem um estudo que permite planejar suas ações de curto, médio e longo prazos”, conclui Elisabete França.

Page 41: MUSP 50

Revista Municípios de São Paulo | 41

Ações em Destaque

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4� | Revista Municípios de São Paulo

Dois Córregos - 04 de fevereiro

Luiz Antônio - 18 de fevereiro Taboão da Serra - 19 de fevereiro

Itu - 0� de fevereiro

Itapevi - 04 de fevereiro

Fevereiro

Sarutaiá - 18 de fevereiro

Pardinho - 18 de fevereiro

Municípios Aniversariantes

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Revista Municípios de São Paulo | 43

Angatuba - 11 de março

Olímpia - 0� de março

Março

Ituverava - 10 de março

Arandu - 19 de março

Itupeva - �1 de março Ipeúna - �1 de março

Municípios Aniversariantes

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44 | Revista Municípios de São Paulo

Março

Iperó - 21 de março

Pratânia - �� de março

Teodoro Sampaio - �1 de março

Bento de Abreu - �7 de março

Ibiúna - �4 de março

Ipuã - �6 de março

Câmara nova

em 2012Por Assessoria de Imprensa

Municípios Aniversariantes

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Câmara nova

em 2012Por Assessoria de Imprensa

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Cumprindo seu cronograma ini-cial, o novo edifício da Câmara Municipal de Guarujá tem sua inauguração prevista já para os

primeiros meses de �01�. A informação é do presidente José Carlos Rodriguez, que tem acompanhado o andamento da construção desde a aprovação do projeto. O prédio que está sendo erguido na rua Quintino Bocai-úva, esquina com a avenida Leomil, terá três pavimentos e está atualmente na fase de acabamento, com serviços hidráulicos e elétricos sendo executados e toda a parte estrutural e de alvenaria,pronta.

Com a obra caminhando para sua con-clusão já é possível verificar que as insta-lações amplas e modernas da Câmara de Guarujá devem se destacar na paisagem da cidade.

Entre os espaços contemplados pelo arrojado projeto está o novo anfiteatro, que terá capacidade para até 300 pessoas e será destinado a audiências públicas, pa-lestras, workshops e claro, para a Escola Legislativa – sonho da atual legislatura que pretende oferecer a todos de nossa cidade conhecimento sobre política e cidadania, no mesmo molde dos melhores cursos minis-trados nas capitais do país.

Teremos também, local apropriado para abrigar nosso Espaço Cultural Alberto Mar-ques, que durante anos recebeu mostras de artistas de expressão nacional e regio-nal e que já conta com agenda disputada para �01�.

O plenário, onde acontecem os debates políticos que movimentam nossa cidade, poderá receber até 150 pessoas e terá área exclusiva para a equipe da TV Legislativa e para a imprensa em geral – uma antiga reivindicação da categoria, que não foi es-quecida na construção do prédio.

Todos os departamentos da Casa, assim como os gabinetes dos vereado-res, contarão com salas apropriadas para atender ainda melhor o grande número de pessoas que busca seus representantes. Outros itens, não menos importantes, cons-tam entre os serviços que serão oferecidos: terminais de acesso a internet disponíveis para a população, rede Wi-Fi aberta nas

dependências do Legislativo e biblioteca jurídica acessível aos estudantes de direito e instituições parceiras.

“A nova sede deve facilitar e ampliar o acesso e a participação do cidadão. O pro-jeto de construção, iniciado em 2010, levou em conta as demandas dos vereadores e principalmente da população, que deverá ter em nossa Casa acesso a serviços e pro-jetos de integração”, explica o presidente José Carlos Rodriguez, que com isso pre-tende atrair o jovem para a discussão dos problemas da cidade e derrubar conceitos negativos sobre o trabalho dos políticos.

É importante lembrar que a nova Câ-mara está preparada para receber porta-dores de necessidades especiais e pes-soas com mobilidade reduzida, como os idosos.“Teremos rampas, banheiros adap-tados e elevador atendendo todos os pisos. Para melhorar, estamos bem localizados, na região central, onde a cidade nasceu. Não tenho dúvidas de que todo nosso em-penho em atender melhor a população de Guarujá, será compensador”, finaliza o pre-sidente José Carlos Rodriguez.

Legislativo

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Conselheiros do CAU tomam posse

Os 44 conselheiros do CAU/SP (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo) tomaram posse no final do ano passado, elegendo como presi-dente e vice os arquitetos Afonso Mon-teiro e Gustavo Melo, respectivamente.

O Conselho foi criado atendendo um anseio de mais de 50 anos dos Arquitetos e Urbanistas brasileiros, em busca de uma entidade forte, que os representasse e os defendesse.

Conforme explicou o presidente Afonso Monteiro, a função do conselho é a fis-calização do exercício da arquitetura no Estado de SP, que concentra aproximada-mente 48 mil arquitetos. “A mudança é que todos os arquitetos estão agora auto-maticamente desligados do CREA e pas-sam para o CAU”, explica o presidente.

A Lei 12.378/2010 (que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo no país) garante aos profissionais da Ar-quitetura e Urbanismo maior autonomia para atuarem em defesa da profissão e da sociedade. “A desvinculação do CREA (agora apenas Conselho de Engenharia e Agronomia) foi positiva, pois os ar-

Conselho de Arquitetura

quitetos terão autonomia no novo con-selho, além de valorizar nossa profissão”, destaca o vice-presidente, Gustavo Melo.

Autarquia dotada de personalidade ju-rídica de direito público, o CAU/SP possui a função de “orientar, disciplinar, fiscalizar o exercício da profissão, zelar pela fiel ob-servância dos princípios de ética e discipli-na da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo”.

O Conselho também tem como atribuições representar os arquitetos e urbanismo em colégios de órgãos pú-blicos; zelar pela dignidade; independ-ência, prerrogativas e valorização da arquitetura e do urbanismo; aprovar e di-vulgar tabelas indicativas de honorários dos arquitetos e urbanistas e firmar con-vênios com entidades públicas e privadas.

Gustavo salienta que a fiscalização é importante para a sociedade, pois todas as atividades de arquitetura e urbanismo (como obras, reformas, restauro, planeja-mento e outros) precisam de um arquiteto devidamente registrado no CAU para exer-cer a profissão. “Com a fiscalização, evita-

mos que leigos exerçam as atividades do arquiteto, colocando em risco a sociedade”.

No site www.causp.org.br estão dis-poníveis diversas informações e todos os serviços que podem ser solicitados online pelos profissionais e empresas de arquitetu-ra e urbanismo, como certidão de acervo técnico (com ou sem atestado); certidão de registro de quitação (de pessoa física ou ju-rídica); cadastro de contratante (de pessoa física ou jurídica); cadastro provisório de empresas e profissionais já cadastrados no Conselho anterior; registros emergenciais de pessoas físicas (recém-diplomados); registro de especialização de engenharia de segurança do trabalho; registro de (novas) pessoas jurídicas; RRT de Obra/Serviço; RRT para Cadastro; RRT Múltiplo; RRT de Cargo/Função; RRT Complementar, Inicial, Substituição; alteração/complementação de Dados Pessoais; alteração de senha; paga-mento de anuidade e relatórios gerenciais.

Também há um espaço para es-clarecimento de dúvidas e outras infor-mações relevantes para os profissionais.

O Conselho está em fase de es-truturação, mas já está atendendo os profissionais e toda a sociedade.

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Atividades da APM Atividades da APM

Em audiência com a diretoria da APM, governador Geraldo Alckmin confirma presença no 56º Congresso Estadual de Municípios

“O Congresso de Municípios da APM tem uma pauta muito importante para a administração municipal”, afirma governador do Estado de São Paulo

O governador do Estado de São Pau-lo, Geraldo Alckmin, recebeu a diretoria da APM, no dia 7 de fevereiro, no Palácio dos Bandeirantes.

A audiência foi solicitada pelo presiden-te da APM, Marcos Monti, e atendida pron-tamente pelo governador. Marcos Monti en-tregou em mãos o convite do 56º Congresso Estadual de Municípios, que será realizado de 13 a 16 de março, em São Vicente.

Eles conversaram sobre a 56ª edição do Congresso e elencaram alguns dos assuntos que entrarão na pauta de reivin-dicações. O governador elogiou o evento, afirmando que o mesmo valoriza o governo local. “Com o fortalecimento do governo lo-cal, quem ganha é a população, que melho-ra sua qualidade de vida”.

Conforme destacou o governador, o Congresso da APM é muito importante por haver o intercâmbio entre prefeitos, boas experiências, bem sucedidas, que permi-tem aos gestores municipais um melhor de-sempenho. “Bom também o relacionamento com o governo do Estado, governo Federal, outros poderes e entidades do terceiro se-tor”, acrescentou.

Para finalizar, o governador Geraldo Alckmin confirmou sua presença no en-cerramento do 56° Congresso Estadual de Municípios e enfatizou que o papel da APM é fundamental, uma vez que são 64 anos de trabalho em prol dos municípios. “O Congresso de Municípios da APM tem tido uma boa pauta, uma pauta muito importan-te para a administração municipal”.

Por: Daniela Bertoldo

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Atividades da APM Atividades da APM

Presidente da APM participa de audiência compresidente da Agência de Fomento Paulista

Secretário de Estado da Habitação estará presente no 56º Congresso Estadual de Municípios

A diretoria da APM reuniu-se com o se-cretário de Estado da Habitação, deputado Sílvio Torres, dia 1 de fevereiro.

O secretário foi convidado pelo presi-dente da APM, Marcos Monti, e pelo vice-presidente, José Luis Rodrigues (Zé Lou-

quinho) para participar do 56º Congresso Estadual de Municípios, que será realizado de 13 a 16 de março, em São Vicente.

Ele confirmou presença, afirmando que não perde uma edição deste evento. “Co-nheço o Congresso de Municípios desde

quando era prefeito em São José do Rio Pardo, na década de 80. Freqüentei todos os congressos quando prefeito e posterior-mente como deputado”, enfatizou.

Na condição de secretário de Habita-ção do executivo do Estado, Sílvio Torres participou no ano de 2011 e estará na 56ª edição, anunciando os novos programas de sua pasta. “Achamos muito importante que haja esse evento para que sirva de congra-çamento, porque é um momento em que as autoridades municipais e as autorida-des do Estado se encontram de um modo mais informal, cada um mostrando sua experiência”.

Conforme destacou, o Congresso da APM também dá oportunidade para que os órgãos de governo prestem contas para um público mais amplo, que inclui vereadores, prefeitos, membros das secretarias e popu-lação em geral. “Estamos aguardando esse momento. Tenho certeza que mais uma vez será um grande sucesso”.

O presidente da APM, Marcos Monti, foi recebido em audiência pelo presidente da Agência de Fomento Paulista, Sr. Milton Luiz de Melo Santos, e pelo diretor de Fo-mento Júlio Themes, no dia 2 de fevereiro, ocasião em que entregou o convite do 56º Congresso Estadual de Municípios.

A Agência de Fomento Paulista, como instituição financeira do Governo do Esta-do, tem um papel relevante no Congresso, uma vez que possui linhas de financiamen-to para atender demandas de investimentos do poder público municipal. “Para o próximo ano, teremos certamente novos prefeitos que poderão buscar esses recursos aqui e

melhorar as condições de vida da popula-ção desses municípios”, afirmou Milton de Melo.

Indagado sobre a importância do Con-gresso, o presidente da Agência afirmou que o evento da APM é extremamente rico para a evolução da adminis-tração pública em nível municipal. “O papel da APM em congregar prefeitos e administradores pú-blicos é muito relevante, pois é dessa forma que são colocados os problemas existentes hoje”.

O diretor de fomento, Júlio Themes, salientou que vários

temas são discutidos durante toda a gra-de programada. “Isso dá oportunidade de criar um ambiente necessário para todos os debates dos temas mais relevantes de interesse dos municípios”, finalizou.

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APM e prefeitos discutem pauta de reivindicações para 56º Congresso

Estadual de Municípios

A reunião entre a diretoria da APM e prefeitos, primeiras damas e presidentes de entidades regionais, realizada dia 31 de janeiro, foi bastante produtiva.

O objetivo do encontro, que contou com a presença de mais de 40 pessoas, foi discutir alguns itens que irão compor a pauta de reivindi-cações do 56º Con-gresso Estadual de Municípios, definir es-tratégias e mobilizar

os municípios para uma ampla divulgação do evento.

O presidente da APM, Marcos Monti, fez um balanço da 55º edição do Congresso,

Presidente da APM participa de

solenidade de posse da nova

diretoria da Aprecesp

O presidente da APM, Marcos Monti, esteve presente na solenidade da Aprecesp (Associação das Cidades Estâncias do Es-tado de São Paulo), que elegeu e empos-sou o novo presidente e a nova diretoria executiva para o ano de �01�. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa, no dia 26 de janeiro.

O presidente eleito para o terceiro man-dato da Aprecesp foi o prefeito de Itu, Her-

culano Passos, terceiro vice-presidente da APM. Em seu discurso, Herculano comen-tou os desafios futuros das estâncias turís-ticas, como, por exemplo, os preparativos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Diversas autoridades estiveram pre-sentes na solenidade, como a deputada estadual Rita Passos, o prefeito de Ilha Bela Antônio Luiz Colucci (então presi-dente da Aprecesp), o ex-governador

Antonio Fleury Filho e o prefeito paulistano Gilberto Kassab.

Também participaram os secretários estaduais David Zaia (Trabalho) e Márcio França (Turismo), além do subsecretário estadual da Casa Civil, Rubens Emil Cury. A cidade de Itu foi representada nas figuras do secretário municipal de Administração, Antônio Tuíze e do vereador Neto Beluci.

relembrando as conquistas junto ao gover-no Estadual e ao governo Federal.

Durante a reunião, as autoridades pre-sentes fizeram o uso da palavra, pontuaram os principais problemas encontrados em seus municípios e sugeriram temas a se-rem abordados no 56º Congresso.

Questões ligadas ao meio ambiente, saúde, desenvolvimento regional, doações de prédios cujos serviços foram municipali-zados, resolução da Aneel e Pacto Federa-tivo foram alguns dos itens debatidos.

Lembrando que o 56º Congresso Esta-dual de Municípios ocorrerá de 13 a 16 de março, em São Vicente.

Atividades da APM Atividades da APM

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Revista Municípios de São Paulo | 51

No dia 23 de janeiro, o presidente da APM, Marcos Monti, e o secretário geral Aquevirque Nholla, foram recebidos pelo gerente setorial da regional São Paulo/Sul da Petrobrás, José Barbosa.

Marcos Monti foi entregar em mãos o convite do 56º Congresso Estadual de Mu-nicípios.

O gerente da Petrobrás parabenizou a Associação por mais essa edição do even-

“O Congresso da APM é um dos mais importantes fóruns para se debater a questão municipalista”,

afirma prefeito de São Paulo

Em audiência com a diretoria da APM no dia 23 de janeiro, o prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou pre-sença no 56º Congresso Estadual de Muni-cípios e destacou a importância do evento. “Mais uma vez todos nós estamos muito entusiasmados com a oportunidade de termos mais um Congresso da APM, reu-

nindo lideranças municipalistas, prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, ex- vereadores e parlamentares, para debatermos os princi-pais problemas e construirmos o futuro do país, um Brasil forte e um caminho de um município forte”.

Conforme enfatizou o prefeito de São Paulo, “um dos mais importantes fóruns

Atividades da APM Atividades da APM

para se debater a questão da municipali-dade tem sido os encontros que a APM faz todos os anos”.

A Prefeitura de São Paulo estará com stand, na Exposição Paralela de Produtos, Serviços de Tecnologias do 56º Congresso, entre os dias 13 e 16 de março, em São Vicente.

Diretoria da APM é recebida em audiência na Petrobrásto, afirmando que o Congresso da APM é um espaço importante para debate, para discutir as políticas públicas e buscar so-luções pra as cidades. “Hoje, num mundo globalizado, em que a economia enfrenta momentos difíceis, tudo e qualquer opor-tunidade que possibilite o debate sobre a melhoria de vida das pessoas é fundamen-tal. Portanto, o Congresso da APM cumpre muito bem esse papel”.

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5� | Revista Municípios de São Paulo

Secretário de Turismo do Estado recebe diretoria da APM e confirma presença no 56º Congresso

Estadual de MunicípiosO secretário de Turismo do Estado de

São Paulo, deputado Márcio França, re-cebeu em audiência o presidente da APM, Marcos Monti, e o vice-presidente José Luis Rodrigues – Zé Louquinho, na quarta-feira, dia 11 de janeiro, em seu gabinete.

Marcos Monti foi entregar em mãos o convite do 56º Congresso Estadual de Mu-nicípios, que será realizado em São Vicente (SP), entre os dias 13 e 16 de março.

Como em todos os anos, o secretário confirmou presença e elogiou este grande evento realizado pela Associação Paulista de Municípios. “É um momento muito im-portante. O Congresso da APM está em sua 56ª edição e nada resiste há tanto tempo se não tiver sua importância. É o maior evento municipalista do país, em nível estadual”, afirmou.

Conforme destacou, esse ano tem uma conotação nacional relevante, com altera-ções significativas na legislação nacional que precisam ser revistas. “Ao mesmo tem-

po, teremos a garantia de temas de suma importância neste ano já eleitoral”.

O secretário está com ótimas expec-tativas para o 56º Congresso Estadual de Municípios. “O Congresso já foi feito no ano

passado no Centro de Convenções de São Vicente, que comporta tamanho evento, comprovando grande sucesso. Tenho certe-za que esse ano ficará melhor ainda. Estará mais prestigiado e com mais gente”.

APM promove reunião com diretoria e conselhosO presidente da APM, Marcos Monti,

reuniu-se, no dia 14 de dezembro, com membros da diretoria e conselhos para a última assembleia geral ordinária do ano. Na pauta, tomada de contas, discussão e votação das contas do exercício encerrada em 31 de dezembro de 2010, fixar contri-buições e conceder anistia de acordo com o artigo 17 do Estatuto Social.

Também foi feita avaliação do 1�º CB-TIM – Congresso Brasileiro de Tecnologia da Informação para os Municípios – e discu-

tidas as estratégias para o 56º Congresso Estadual de Muni-cípios, que será realizado en-tre os dias 13 e 16 de março de 2012, em São Vicente. O presidente da APM vai mar-car uma reunião com entida-des regionais para elaborar a pauta de reivindicações e, em seguida, agendará uma audiência com o governador Geraldo Alckmin.

Atividades da APM Atividades da APM

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Atividades da APM Atividades da APM

Presidente da APM visita Bariri O presidente da APM, Marcos Monti,

esteve em Bariri em dezembro para uma vi-sita ao prefeito Dito Mazotti. Ele também foi recebido pelo ex-prefeito Neto Leoni, que é membro do Conselho Fiscal da associa-ção, pelos vereadores Ditinho, Edcarlos e Maccorin e pelo diretor de Finanças Sérgio Gallo.

O motivo da visita foi convidar o pre-feito Dito Mazotti para participar do 56.º Congresso Estadual de Municípios, que será realizado de 13 a 16 de março em São Vicente. “É o principal evento da APM e tem como um dos objetivos levar as reivindica-ções dos municípios tanto para o Governo Estadual quanto Federal”, diz.

Presidenta da AVESP participa com CECF de audiência com Governador

A presidenta da Associação das Vere-adoras do Estado de São Paulo (AVESP) e do Conselho Deliberativo da APM, eng. Marilene Mariottoni, participou de audiên-cia com o governador Geraldo Alckmin, no dia 3 de fevereiro, no Palácio dos Ban-deirantes, com Conselheiras do Conselho Estadual da Condição Feminina (CECF).

Marilene Mariottoni acompanhou a pre-sidenta do CECF, Dra. Rosmary Corrêa, a delegada Rose, e as demais conselheiras, em audiência em que solicitaram a criação da Coordenadoria da Mulher junto ao Go-verno do Estado. Tal órgão vem sendo rei-vindicado pelo CECF há tempos, para que se possa ter a efetiva implantação das polí-ticas públicas em defesa da Mulher e a ne-cessária estrutura para as ações do CECF.

Além do ofício assinado pelas Conselheiras do CECF e pela presidenta da AVESP reivindicando a Coordenado-ria da Mulher, entregue ao go-vernador, também foi entregue ofício requerendo a supressão do uso de algemas em partu-rientes presas, o que motivou um Decreto do Governador, muito elogiado pelas enti-dades de defesa da Mulher.

Segundo Marilene, “o trabalho da Del. Rose e das Conselheiras do CECF, re-presentantes de entidades e de movimen-tos da sociedade civil, é dos mais impor-tantes e elogiáveis, na luta pelo fim da

discriminação e pelo respeito aos direitos da Mulher, trazendo benefícios para toda a sociedade. O Governador Alckmin tem dado apoio imprescindível a essa luta”.

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Onde está o prefeito?Para não ferir suscetibilidades vou omitir o nome do personagem e da sua cidade. O acontecido se deu numa cidade paulista bem pequena. Uma verdadeira pérola localizada num vale de terras férteis e de gente criativa e trabalhadeira.

Ditinho Nogueira, vá lá, é uma boa al-cunha para representar o nosso prefeito de verdade, homem de muito tato para tratar com pessoas; populista da mais requintada cepa do Ademarismo; mulherengo, daqueles que não poupava recursos para uma amante argentina (ou paraguaia); e, sobretudo, dis-simulador – daqueles que usava constante-mente o recurso da mentira inocente.

Certa feita – como é bom começar cau-sos assim – o pároco da cidade procurou o alcaide na prefeitura e lá obteve a seguinte resposta de uma secretária:

- O seu Ditinho foi lá perto do Alagado, conversar com o pessoal do bairro sobre a reforma de uma escola rural.

Não satisfeito, foi até a tesouraria e per-guntou a um antigo funcionário:

- Onde está o Prefeito?- Seu Ditinho Nogueira me disse que ia

até o Banco da Lavoura tratar da renovação de um empréstimo.

Encucado com as respostas desencon-tradas de pessoas próximas resolveu arris-car mais uma indagação e o fez se dirigindo ao chefe de gabinete:

- Onde posso encontrar o senhor Prefei-to?

- Ele deu uma saidinha, disse que ia num sítio seu para dar umas ordens para o casei-ro e já voltava.

Depois de mais uma resposta desencon-trada teve a certeza do paradeiro do Prefeito e pensou lá com os seus botões:

- Esse Ditinho Nogueira não tem jeito. Em plena tarde de quarta-feira está na Zona!!!

Casos e Causos

Por: Cláudio Manesco

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56 | Revista Municípios de São Paulowww.diariomunicipal.com.br/apm

Diário Oficial na internet.Economia para o município que publica,

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