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Museu Municipal da Póvoa de Varzim Rua Visconde de Azevedo, n.º 17. 4490 – 589 Póvoa de Varzim. T: 252 090002 / F: 252 090012 E: [email protected] Núcleo Interpretativo da Cividade de Terroso Rua da Cividade de Terroso 4490 – 520 Terroso, Póvoa de Varzim T: 252 692 515 E: [email protected] Núcleo Museológico da Igreja Românica de S. Pedro de Rates Largo Conde D. Henrique 4570 – 411 Rates, Póvoa de Varzim T: 252 957 034 E: [email protected] Horário do Museu: 09:30 — 12:30 / 14:30 — 17:30 Encerrado à segunda-feira e feriados Visitas guiadas: Museu, Cividade de Terroso e Igreja Românica de S. Pedro de Rates mediante marcação prévia no Museu. MUSEU MUNICIPAL / CASA DOS CARNEIROS O Museu Municipal encontra-se instalado na Casa dos Carneiros, edifício construído em meados do século XVIII por Manuel Carneiro da Grã Magriço, filho de Dona Benta da Casa de Balasar, o qual casou com uma senhora burguesa da Póvoa - Maria José Lopes Correia da Fonseca e Faria - que herdara a casa de seus pais na rua da Amadinha. Esta casa antiga era “sobradada”, com porta curral para a rua da Amadinha e o quintal para a “Rua Nova”. Foi nesta frente que Manuel Carneiro mandou construir um corpo apalaçado com seis portas de sacada no primeiro andar e entre elas o brasão dos Carneiros. No século XIX o palacete passou a ser conhecido como Casa dos Viscondes de Azevedo. Foi adquirido pelo Município ao Dr. João do Ameal, Conde do Ameal, em 1974. Em 1985 foi declarado Imóvel de Inter- esse Público. Apesar das muitas remodelações que foi sofrendo, ainda se conservam: um tradi- cional tecto em “masseira”; uma “capela” com talha de finais do século XVIII, “a sala de visitas” com um tecto neoclássico em estuque e a antiga e vasta cozinha com lareira e dois fornos. Museu Municipal Póvoa de Varzim Casa dos Carneiros COLECÇÕES Arqueologia do Concelho da Póvoa de Varzim; Cerâmica (Azulejaria, Faiança); Documentação Etnográfica e Antropológi- ca sobre a Comunidade Marítima e as Freguesias Rurais do Concelho; Traje Poveiro; Siglas Poveiras; Embarcações Marítimas; Jogos Populares; História e Arte Religiosa [Escultura, Pintura, Ex-votos]; Fotografia; Mobiliário; Têxteis; Brinquedos. PÓLOS MUSEOLÓGICOS / TERROSO E RATES Visando a criação de uma rede de pólos museológicos, que apresentassem ao visitante os aspectos mais importantes e paradigmáticos deste concelho, em 2004 são inaugurados o Centro Interpretativo na Cividade de Terroso e o Núcleo Muse- ológico da Igreja Românica de S. Pedro de Rates, um centro de interpretação e estudo que contribuiu para a valorização turística e cultural da medieval vila de Rates. 7 7 Recepção Sanitários Biblioteca Sala de Arqueologia Sala do Mar Sala do Salva Vidas Vida Poveira Serviços Educativos Exposições Temporárias I Pátio coberto Pátio exterior Áreas Técnicas Reservas Sala das Siglas Sala do Reguengo de Varazim Época Moderna e Contemporânea Capela Sala Neoclássica Exposições Temporárias II Cozinha

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Museu Municipal da Póvoa de VarzimRua Visconde de Azevedo, n.º 17. 4490 – 589 Póvoa de Varzim. T: 252 090002 / F: 252 090012E: [email protected]

Núcleo Interpretativo da Cividade de TerrosoRua da Cividade de Terroso4490 – 520 Terroso, Póvoa de VarzimT: 252 692 515E: [email protected]

Núcleo Museológico da Igreja Românica de S. Pedro de RatesLargo Conde D. Henrique4570 – 411 Rates, Póvoa de VarzimT: 252 957 034E: [email protected]

Horário do Museu:09:30 — 12:30 / 14:30 — 17:30Encerrado à segunda-feira e feriados

Visitas guiadas:Museu, Cividade de Terroso e Igreja Românica de S. Pedro de Rates mediante marcação prévia no Museu.

Museu Municipal / casa dos carneiros

O Museu Municipal encontra-se instalado na Casa dos Carneiros, edifício construído em meados do século XVIII por Manuel Carneiro da Grã Magriço, filho de Dona Benta da Casa de Balasar, o qual casou com uma senhora burguesa da Póvoa - Maria José Lopes Correia da Fonseca e Faria - que herdara a casa de seus pais na rua da Amadinha. Esta casa antiga era “sobradada”, com porta curral para a rua da Amadinha e o quintal para a “Rua Nova”. Foi nesta frente que Manuel Carneiro mandou construir um corpo apalaçado com seis portas de sacada no primeiro andar e entre elas o brasão dos Carneiros.No século XIX o palacete passou a ser conhecido como Casa dos Viscondes de Azevedo. Foi adquirido pelo Município ao Dr. João do Ameal, Conde do Ameal, em 1974. Em 1985 foi declarado Imóvel de Inter-esse Público.Apesar das muitas remodelações que foi sofrendo, ainda se conservam: um tradi-cional tecto em “masseira”; uma “capela” com talha de finais do século XVIII, “a sala de visitas” com um tecto neoclássico em estuque e a antiga e vasta cozinha com lareira e dois fornos.

MuseuMunicipalpóvoa deVarzim—CasadosCarneiros

colecções

Arqueologia do Concelho da Póvoa de Varzim; Cerâmica (Azulejaria, Faiança); Documentação Etnográfica e Antropológi-ca sobre a Comunidade Marítima e as Freguesias Rurais do Concelho; Traje Poveiro; Siglas Poveiras; Embarcações Marítimas; Jogos Populares; História e Arte Religiosa [Escultura, Pintura, Ex-votos]; Fotografia; Mobiliário; Têxteis; Brinquedos.

pólos Museológicos / Terroso e raTes

Visando a criação de uma rede de pólos museológicos, que apresentassem ao visitante os aspectos mais importantes e paradigmáticos deste concelho, em 2004 são inaugurados o Centro Interpretativo na Cividade de Terroso e o Núcleo Muse-ológico da Igreja Românica de S. Pedro de Rates, um centro de interpretação e estudo que contribuiu para a valorização turística e cultural da medieval vila de Rates.

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RecepçãoSanitáriosBibliotecaSala de ArqueologiaSala do MarSala do Salva VidasVida PoveiraServiços EducativosExposições Temporárias IPátio coberto

Pátio exteriorÁreas TécnicasReservasSala das SiglasSala do Reguengo de VarazimÉpoca Moderna e ContemporâneaCapelaSala NeoclássicaExposições Temporárias IICozinha

equadramento Histórico do Museu

António dos Santos Graça, insigne poveiro originário da classe pisca-tória, observando que as práticas e tradições próprias desta “classe” se iam perdendo sem nenhum registo ou recolha, publica, em 1932, “O Poveiro”. Após a edição deste estudo antropológico e etnográfico, em Outubro de 1936 realizou-se a “1.ª Exposição Regional de Pesca Marítima - Costa de Entre Douro e Minho”, no Monumental Casino da Póvoa de Var-zim, organizada por Santos Graça, pelo Conde de Villas-Boas e o Tenen-te José Joaquim da Costa. Na sequência desta mostra, em 1937, Santos Graça cria o Museu Municipal, o qual é aberto na “Casa dos Carneiros”, arrendada pela Câmara Municipal para este fim.

O Museu, aquando da sua fundação e no decurso da sua existência, foi acolhendo diversas colecções que se encontravam na posse da Câmara Municipal, reflectindo os esforços anteriores para se fundar um Museu na Póvoa de Varzim. Destacam-se as colecções de Arqueologia e História do “Museu do Padre Brenha; o acervo do “Museu do “Club Naval Povoense”, inaugurado em 1907, denominado “Museu Regional” e oferecido à Câma-ra Municipal em 1909, para ser designado como “Museu Rocha Peixoto”; peças do “Museu regional”, conservadas no Liceu; elementos recolhidos aquando da demolição da primitiva igreja Matriz (1916 – 1918) e outros ar-tefactos cedidos pela Santa Casa da Misericórdia; a colecção de faianças (dos séculos XVI a XIX) e mobília adquirida às herdeiras de Rocha Peixoto (etnógrafo, arqueólogo e fundador da Revista «Portugália»).

Santos Graça, conseguiu criar um Museu que foi considerado modelar em termos da Etnografia, mostrando as tradições e as artes dos pescadores

Em 1991, constrói-se, por iniciativa do Museu e de várias entidades locais, uma réplica em tamanho natural da Lancha Poveira do Alto, que realizou diversas viagens em Portugal, Espanha e França.A abertura da “Sala de Arqueologia”, em 1997 no Museu, veio revelar os resultados dos trabalhos arqueológicos realizados em estações arqueo-lógicas concelhias de que se destacam os achados em Beiriz, na Cividade de Terroso, Vila Mendo Estela e Rates. A Cividade de Terroso, importante estação arqueológica da Cultura Castreja do Noroeste Peninsular (com vestígios da Idade do Bronze, Idade do Ferro e Romanização), tornou-se no primeiro pólo exterior do Museu.

A intensa actividade promovida pelo Museu Municipal veio revelar a insu-ficiência do espaço disponível. No final do ano 2006, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim decidiu apresentar candidatura ao Programa Opera-cional da Cultura, com o projecto: “Valorização e Ampliação do Museu Municipal da Póvoa de Varzim”, destinada a obra e equipamento. O pro-jecto foi executado durante o ano de 2008, sendo da responsabilidade do Departamento de Obras Municipais a elaboração e acompanhamento técnico do projecto de arquitectura. Estas obras permitiram ampliar as áreas de exposições permanentes e temporárias, as zonas públicas de serviços (Auditório, Serviços Educativos, Biblioteca) e espaços de reser-vas de materiais e serviços, possibilitando rever e melhorar a sequência temática apresentada no espaço expositivo.

e agricultores poveiros. As cenas do quotidiano, desde o nascimento até à morte, a faina, os modelos de barcos de pesca e salva-vidas, as tradi-ções, religiosidade e crendices tornaram-se num dos principais focos de interesse, a par das medalhas e retratos do Cego de Maio e outros heróis, simples, mas orgulhosos, pescadores.

Em Janeiro de 1974 a Câmara adquiriu o edifício da “Casa dos Carneiros”, que se encontrava em avançado estado de degradação. As colecções do Museu foram guardadas e iniciou-se o processo de renovação e alar-gamento do edifício. Neste período foram montadas várias exposições como: “As Siglas Poveiras”; “O Traje Poveiro”; “Arqueologia do Concelho da Póvoa de Varzim”; “A Pesca, os Banhos, a Vida Rural – uma visão da comunidade em tempo de mudança”, entre outras.O Museu, reaberto em 7 de Setembro de 1985, foi sendo ocupado por ex-posições temporárias que abordaram os mais diversos aspectos da His-tória e Etnografia da comunidade poveira ao longo dos tempos. Recons-tituíram-se algumas salas com as antigas miniaturas das cenas da vida poveira e a “cozinha tradicional”, conservando um sector como o “Museu do Museu”. A partir dos princípios da década de 90 iniciou-se o inventário de Arte Sacra do Arciprestado de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, bem como o registo de práticas, eventos cíclicos e fenómenos de religiosidade popular. Estas actividades permitiram ao Museu a realização de várias exposições, que revelaram a riqueza e diversidade de um património des-conhecido por muitos. A par destas iniciativas o Museu promoveu Cursos livres, conferências e colóquios de temática patrimonial, que envolveram as entidades locais, em conjunto com especialistas destas matérias, no-meadamente nas áreas conservação e restauro, história local, arqueologia, antropologia, história da arte, entre outras.

200 000 a.c. 190018001200 1400 1600 1700200 a.c. 100 a.c. 100 d.c.

PúcaroSéc. I a.c.

Ara VotivaSéc. II d.c.

N. Sª de VarzimSéc. XIII (?)

S. TelmoSéc. XV (?)

FaiançaSéc. XVII

Bamdeira ProcessionalSéc. XVIII

Ex VotoSéc. XIX

Agulhas de redeSéc. XX

Júlio ResendeSéc. XX

Réplica de ArrecadasSéc. II a.c.

Biface AcheulensePaleolítico Superior