17-01-2018

VILA NOVA DE FAMALICÃO| José Paulo Silva |

O concelho de Vila Nova de Fa-malicão quer assumir “protago-nismo na procura de talentos anível internacional”, declarouontem o presidente da CâmaraMunicipal, Paulo Cunha, depoisde assinar com a Fundação As-sociação Empresarial Portugue-sa (AEP) um protocolo de cola-boração no âmbito do projecto‘Empreender 2020 - Regresso deuma Geração Preparada’.

O acordo que materializa aadesão do Município à Rede deEmpresários Lusos, um projectoda Fundação AEP de acompa-nhamento e apoio aos emigran-tes no regresso a Portugal é vistocomo oportuno numa altura emque muitas empresas do conce-lho “procuram quadros qualifi-cados a nível internacional”,considerando Paulo Cunha queVila Nova de Famalicão temcondições para acolher jovensque emigraram nos últimos anose que demonstram vontade emvoltar.

“Vila Nova de Famalicão é umterritório onde os projectos em-presariais são bem sucedidos”,relevou ontem o presidente daCâmara Municipal, apostado emacolher a recente geração deuma diáspora qualificada, sejapela inserção profissional emempresas do concelho, seja peloacolhimento de novos investi-mentos.

O projecto ‘Empreender 2020– Regresso de uma Geração Pre-parada’ , desenvolvido pela Fun-dação AEP com financiamentodo programa comunitário COM-PETE 2020, tem como objectivoestimular o espírito empreende-dor no seio da diáspora portu-guesa, com foco nos jovens qua-lificados que recentementedeixaram Portugal. A Rede deEmpresários Lusos visa apoiar odesenvolvimento de negócioscom Portugal ou a criação de no-vas empresas em território na-cional.

Um inquérito realizado no âm-bito deste projecto permitiu con-

cluir que cerca de 2/3 dos jovensemigrantes qualificados têmperspectiva de regresso a Portu-gal no horizonte de cinco anos,grande parte dos quais com a in-tenção de investir na sua própriaempresa.

“Não podemos desperdiçar es-sa oportunidade”, alertou ontem,em Vila Nova de Famalicão, opresidente da Fundação AEP,Paulo Nunes de Almeida.

No debate público ‘A interna-cionalização e a diáspora’, quedecorreu na Casa do Território,aquele responsável garantiu que“nunca como hoje” se sente adificuldade de contratação demão-de-obra qualificada porparte de empresas portuguesasem áreas como as novas tecnolo-gias de informação, engenharias,gestão ou marketing, pelo queo projecto ‘Empreender 2020’pretende “fazer ponto de encon-tro” entre as necessidades dasempresas e a vontade de regres-so de jovens emigrantes qualifi-cados.

A Fundação AEP tem já em de-senvolvimento uma segunda fa-se daquele projecto, com o pro-pósito de potenciar, em 2018 e2019, uma rede de contactos nadiáspora para promover produ-tos e serviços portugueses no es-trangeiro.

Paulo Nunes de Almeida en-tende que essa rede pode ser pre-ciosa como ajuda à internaciona-lização de empresas portuguesasque não possuem recursos hu-manos nesta área.

“Apesar do aumento das ex-portações de 29 para mais de 40por cento do PIB, ainda há muitopoucas empresas a exportar emuitas destas a exportar apenaspara um mercado”, sustentouPaulo Nunes de Almeida.

Município de Famalicão investena captação de talentos da diásporaCÂMARA Municipal de Vila Nova de Famalicão integra deste ontem Rede de Empresários Lusos.Autarquia aposta no regresso de emigrantes qualificados.

ANTÓNIO FREITAS/ CMVNF

Fundação AEP e Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão firmaram acordo para apoio ao regresso de emigrantes

lllVila Nova de Famalicão é umterritório onde os projectosempresariais são bemsucedidos. Muitas empresasdo concelho “procuramquadros qualificados a nívelinternacional

Paulo CunhaPresidente da Câmara Municipal

de Vila Nova de Famalicão

VILA NOVA DE FAMALICÃO| José Paulo Silva |

Joaquim Peliteiro emigrou para França em 1986.Regressou a Vila Nova de Famalicão em 1993 parafundar uma empresa de venda automática de pro-dutos alimentares. Ontem, no debate sobre ‘A in-ternacionalização e a diáspora’, deu conta das difi-culdades sentidas no lançamento da empresa nasua terra natal. O financiamento bancário foi oprincipal entrave a um regresso bem sucedido. Ul-trapassados os sobressaltos iniciais, conseguiuconsolidar um projecto empresarial de embala-mento e distribuição de produtos no Norte eCentro do País, que conta actualmente com quaseduas centenas de colaboradores.

“Ainda bem que fugi para França e ainda bemque regressei”, confessou o empresário de Vale S.Cosme, sintetizando os sentimentos que dominam,actualmente, muitos emigrantes portugueses deuma geração mais qualificada.

Paulo Vaz, director-geral da Associação Têxtil eVestuário de Portugal, outro dos participantes no

debate público promovido no âmbito do projecto‘Empreender 2020’, defendeu a aposta na atracçãode quadros qualificados da diáspora para sectorestradicionais como o têxtil, calçado, mobiliário oumoldes, “aquilo em que somos realmente bons” eonde é incorporada actualmente muita tecnologia.

“Se uma parte dos que manifestaram intenção deregressar o fizerem já é bom”, adiantou Paulo Vaz,em comentário aos resultados do inquérito realiza-do pela Fundação AEP, sob coordenação de PedroGóis, especialista do Centro de Estudos Sociais daUniversidade de Coimbra.

Luísa Pais Lowe, a coordenadora do Gabinete deApoio ao Investimento da Diáspora, destacou opotencial que a nova geração de emigrantes portu-gueses representa para o investimento e interna-cioonalização das empresas portuguesas.

Esta responsável chamou a atenção para a neces-sidade de apoio e acompanhamento de micro e pe-quenos negócios de emigrantes que, em númeromuito significativo, optam por investir na sua fre-guesia de origem. Joaquim Peliteiro, fundador de‘A Super 2000’ é disso exemplo.

Testemunho de empresário

“Ainda bem que fugi para França e ainda bem que regressei”

17-01-2018

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Aplicação móvel ajuda emigrantesPág. 3

GNRation mantém apostano sistema educativo Pág. 5

USF de Tadim em funcionamentoPág. 7

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CorreioQUARTA 17 JANEIRO 2018 | Director PAULO MONTEIRO | Ano LXXX Série VI N.º 10609 DIÁRIO € 0.85 IVA Inc.

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A edição de hoje inclui umsuplementoinformativo da QuintaPedagógica

HOJESUPLEMENTO

o melhor ano de sempre!

2017: Ano V | série 2 | n.º 36 | janeiro 2018 | mensalDesde a sua abertura em 2004, a Quinta Pedagógica

contabiliza até final do ano de 201 um total de 37

45.106

visitantes. Este número tem vindo a crescer nos últimos

anos, sendo a média dos últimos três anos de 3 .6 277

visitantes.De facto, no ano de 201 foi atingido o número recorde de

741.539

13

visitantes, traduzindo um acréscimo de % em

relação ao ano anterior.Para este aumento de . visitantes contribuíram

4 690decisivamente as melhorias de condições de trabalho quer

ao nível da capacitação dos recursos humanos quer ao

nível de maior oferta de atividades pedagógicas e o

dinamismo de toda a equipa.A variação mensal do número de visitantes à Quinta

Pedagógica traduz uma maior afluência nos meses de

Primavera Verão, em que as condições climatéricas são

‐mais favoráveis para as atividades ao ar livre e no Outono

onde ainda as mesmas são possíveis. Nos meses de maior

frio (Dezembro, Janeiro Fevereiro) e de férias (Agosto) as

evisitas são naturalmente menores comparativamente com

os restantes.Quanto aos públicos recebidos na Quinta Pedagógica, o

crescimento de % no número total de visitantes está

13distribuído por um aumento de crianças em162

ambiente

educativonesta unidade orgânica e

realizadas

por um

aumento devisitantes do público em geral

4.528

sobretudo

aos fins‐de‐semana e feriados.

41.539 VISITARAM A QUINTA PEDAGÓGICA

Programa

Participação:75 alunos da EB1 de Frossos50 alunos da EB1 de S. Pedro d’Este35 crianças da Fundação Vieira Gomes25 crianças da Associação S. José15 utentes da APCB25 Seniores do Fundo Social dos Funcionários

do Município e Empresas Municipais

20 Voluntários do Banco Local de Voluntariado

anos

* Visita à Quintae Passeios de charrete

* Apresentaçãodo Ano em Revista

* Apresentação em 3Ddo Picadeiro

* Apresentação do filmeda Q.P.

* Parabéns* Bolo de Aniversário!!!

Quintas

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ANIVERSÁRIO

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE DA EDIÇÃO DO JORNAL CORREIO DO MINHO DE 17 DE JANEIRO DE 2018 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

VILA NOVA DE FAMALICÃOMunicípio investe na captaçãode talentos da diásporaPág. 12

ARCOS DE VALDEVEZCrianças aprendem a cozinharalimentos saudáveis Pág. 15

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RECURSO75 DIAS DE SUSPENSÃO A ANTÓNIO SALVADOR

Pág. 19

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