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1 Mundo dos gibis Katia Silva Souza 1. Justificativa Este projeto será desenvolvido na Escola Municipal Amanda Consuelo da Cunha, localizada em Embu-Guaçu, no Estado de São Paulo, com oferta de ensino para Educação Infantil e Ensino Fundamental I. O projeto será destinado aos alunos com faixa etária entre 8 e 9 anos, que são apaixonados por gibis, por isso escolhemos o gênero textual História em quadrinhos. Pensando nas inúmeras possibilidades do trabalho com o gênero, aproveitaremos a situação atual da falta de água nos municípios da Grande São Paulo, abastecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que os alunos vivenciam em suas residências e nos veículos de comunicação, como temática para as criações dos alunos. Quando tratamos com alunos que acabaram de concluir o primeiro ciclo do Ensino Fundamental nos deparamos com algumas lacunas no processo de letramento sendo assim, as HQs ajudam na alfabetização. Por meio de seus enredos, elas ajudam os leitores a ajustar suas personalidades à época e ao mundo. As HQs preenchem a necessidade de histórias e aventuras da mente infantil. (Carvalho, 2006, p. 34) Desde 2006, os quadrinhos foram incluídos na lista do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e assim distribuídos para as escolas de Ensino Fundamental e de Ensino Médio. Com características únicas, eles mesclam dois tipos distintos de

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Mundo dos gibis

Katia Silva Souza

1. JustificativaEste projeto será desenvolvido na Escola Municipal Amanda Consuelo da Cunha,

localizada em Embu-Guaçu, no Estado de São Paulo, com oferta de ensino para Educação Infantil e Ensino Fundamental I.

O projeto será destinado aos alunos com faixa etária entre 8 e 9 anos, que são apaixonados por gibis, por isso escolhemos o gênero textual História em quadrinhos.

Pensando nas inúmeras possibilidades do trabalho com o gênero, aproveitaremos a situação atual da falta de água nos municípios da Grande São Paulo, abastecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que os alunos vivenciam em suas residências e nos veículos de comunicação, como temática para as criações dos alunos.

Quando tratamos com alunos que acabaram de concluir o primeiro ciclo do Ensino Fundamental nos deparamos com algumas lacunas no processo de letramento sendo assim,

as HQs ajudam na alfabetização. Por meio de seus enredos, elas ajudam os

leitores a ajustar suas personalidades à época e ao mundo. As HQs preenchem

a necessidade de histórias e aventuras da mente infantil. (Carvalho, 2006, p. 34)

Desde 2006, os quadrinhos foram incluídos na lista do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e assim distribuídos para as escolas de Ensino Fundamental e de Ensino Médio. Com características únicas, eles mesclam dois tipos distintos de

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códigos de linguagem: o verbal e o visual ou não verbal. O primeiro costuma aparecer nos balões ou legendas (letreiros), onomatopeias e interjeições; e o segundo, em imagens e representações de gestos, o que proporciona maior interação com o leitor, por representar elementos da oralidade através de símbolos convencionais para expressar sentimentos, efeitos e emoções.

Esse gênero contempla as práticas de letramento multimodais, já que não consiste em apenas “juntar palavras e imagens, antes, relacioná-las, respeitando princípios de organização, por se tratar de diferentes formas de representação da comunicação humana, com variados graus de informatividade visual, justificando, assim, a necessi -dade de um letramento plural, que contemple múltiplas esferas da linguagem, a saber: multiletramento” (Santos, 2011, p. 307).

A tipologia textual desse gênero é a narrativa, mas isso não impede que sejam utilizados outros tipos como o injuntivo e o argumentativo, essa mistura de elementos visuais e verbais, exige mais do leitor para poder interpretar a história, já que além da narrativa, utilizam linguagem simbólica e recursos muitas vezes desconhecidos pelo iniciante nesse tipo de leitura, o que reforça a ideia da necessidade do letramento. (Santos, 2011)

Os gibis, as tirinhas, os almanaques envolvem elementos como personagens, tempo, espaço e acontecimentos organizados em sequência, numa relação de causa e efeito. E podem tratar dos mais diversos assuntos como: política, ciências, sociedade, esportes, humor, hábitos, entre outros. Porém Vergueiro (2014, pp. 7-29) alerta que a excessiva valorização também é pouco produtiva, pois:

os quadrinhos não podem ser vistos pela escola como uma espécie de panaceia

que atende a todo e qualquer objetivo educacional, como se eles possuíssem

alguma característica mágica capaz de transformar pedra em ouro. Pelo contrário,

deve-se buscar a integração dos quadrinhos a outras produções das indústrias

editorial, televisiva, radiofônica, cinematográfica etc., tratando todos como formas

complementares e não como inimigas ou adversárias na atenção dos estudantes.

Uma pesquisa feita por Serpa e Alencar, publicada na revista Nova Escola (1998), aponta que 100% dos alunos entrevistados afirmaram que o que mais gostam de ler são os quadrinhos, o que confirma a sedução e o prazer espontâneo da leitura das histórias em quadrinhos pelos alunos.

O gênero HQ, não pode ser limitado apenas ao trabalho com a língua portuguesa, afinal isso seria um desperdício dos recursos e potenciais pedagógicos do gênero. O professor deve aproveitá-lo, de maneira interdisciplinar, nas aulas de: história, geografia, matemática, ciências e artes. Por isso os quadrinhos estão presentes nas recomen da ções do Parâmetro Curricular Nacional da Língua Portuguesa entre os gêneros discursivos adequados ao primeiro ciclo do Ensino Fundamental.

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Iniciaremos o trabalho com uma roda de conversa, questionando os alunos: Por que gostam de HQ? Em que situações e com que finalidade leem HQs? O que eles conhecem sobre a estrutura do gênero? Na sequência faremos um breve histórico da origem dos gibis.

Depois que os alunos já tiverem se apropriado das características estruturais das HQs, iremos trabalhar paralelamente com o consumo consciente da água e a preservação do meio ambiente.

Podendo assim alicerçá-los para a produção individual de suas histórias com a temática do problema da falta de água que assola o Estado de São Paulo, inclusive a cidade de Embu-Guaçu.

Ao aplicar esse projeto pretendemos que os alunos desenvolvam ainda mais a competência de leitores e escritores.

2. Fundamentação teóricaA linguagem visual e as características lúdicas fazem das histórias em quadri-

nhos bons instrumentos para a alfabetização. Segundo Kress e van Leewen (2006): “A multi modalidade é uma característica de todos os gêneros textuais, pois incorpora, no mínimo, dois modos de representação, como imagens e palavras, ou palavras e tipografias”. Nada melhor que um gibi para ilustrar essa multimodalidade, já que esse texto tem como principal característica sua representação pela escrita e pela imagem estática ou em movimento.

Dessa forma, ao trabalhar com um gênero textual que já está presente no cotidiano dos alunos e com o qual eles já têm uma boa afinidade, estamos tornando mais atrativo um tema da atualidade como a falta de água no Estado de São Paulo. Pois, “cabe à escola potencializar o diálogo multicultural, trazendo para dentro de seus muros não somente a cultura valorizada, dominante, canônica, mas também as culturas locais e populares e a cultura de massa, para torná-las vozes de um diálogo, objetos de estudo e de crítica” (Rojo, 2009, p. 12).

Contemplando os escritos de Ângela Kleiman (2010, p. 380), que reafirma a neces -sidade de uma perspectiva sociocultural de letramento tendo “por foco atividades vinculadas a práticas em que a leitura e a escrita são ferramentas para agir socialmente”.

A aplicação desse projeto visa incentivar a leitura e a escrita de forma que se torne uma experiência prazerosa e convidativa. Pois, segundo Kramer (2003, p. 66),

o que faz de uma escrita uma experiência é o fato de que tanto quem escreve

quanto quem lê enraízam-se numa corrente, constituindo-se com ela, aprendendo

com o ato mesmo de escrever ou com a escrita do outro, formando-se. [...] A leitura

e a escrita podem, à medida que se configuram como experiência, desempenhar

importante papel na formação.

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Dessa maneira os alunos terão a oportunidade de desenvolver o gosto pela leitura podendo assim, adquirir conhecimento para que possam desenvolver uma escrita com muito mais competência, coerência, coesão, com enredos e vocabulário mais ricos.

3. Pré-projeto de práticas de letramento em sala de aula3.1. Discussões dos aspectos culturais e sociolinguísticos implicados no projeto

Nesse projeto trabalharemos com dois gêneros textuais. Primeiro discutiremos o tema “A falta de água no Estado de São Paulo”, usando como suporte textos jornalís -ticos tanto em mídias impressas como em publicações on-line e televisivas, assim como algumas charges.

Concomitantemente trabalharemos com o gênero História em quadrinhos, nesse momento nos preocuparemos em enfatizar a estrutura textual, já que o projeto terá como produto final um almanaque (coletânea das melhores histórias dos alunos da sala). Levando em conta que o HQ utiliza-se de dois artifícios para compreensão: a linguagem escrita mais informal, próxima do coloquial, juntamente com onomatopeias; e as ilustrações, desde cenários e ações até a expressão das personagens. Já o texto jornalístico utiliza a linguagem formal tanto escrita como verbal.

As articulações dos textos e suas temáticas serão feitas durante todo o projeto com rodas de conversas e debates entre os alunos. Já que o primeiro gênero textual servirá de suporte para a conscientização dos alunos e o segundo irá servir como modelo para a produção textual.

3.2. Estratégias gerais para promover a motivação e a adesão dos alunos ao projeto

O projeto terá duração aproximada de quatro meses, sendo executado duas vezes por semana em duas aulas de 50 minutos cada. Para o encerramento está prevista exposição que poderá ser visitada pelos familiares, na mostra cultural anual da escola.

3.3. Sequência didática

1º- Momento

Na primeira aula faremos uma conversa, onde questionarei quais tipos de gibis os alunos conhecem, quais personagens favoritos, e também perguntarei se alguém tem ideia da origem desse gênero.

Após ouvir os alunos e fazer anotações das hipóteses na lousa, teremos um breve histórico da origem dos gibis, falaremos sobre Ziraldo e Mauricio de Souza, grandes representantes do gênero no país.

Em seguida, pediremos que os alunos manipulem os gibis Turma da Mônica, Zé Carioca, X-Men, Super-Homem, além dos educativos de campanhas do Ministério

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da Saúde, como o da dengue e o da tuberculose, e tirinhas de jornais e mangá, que já estarão expostos na sala. Isso fará com que as crianças conheçam os diversos tipos de histórias em quadrinhos disponíveis.

2º- Momento

Após os alunos adquirirem conhecimento sobre a estrutura do gibi, pediremos que se dividam em grupo de aproximadamente seis alunos e entregaremos uma cartolina para cada grupo junto com um pacote de revistas em quadrinhos. Nessa atividade eles deverão recortar dos gibis e colar na cartolina o que entendem por: título, perso nagem, expressões faciais, balões de diálogos, fala do narrador, fala das personagens e onomatopeia.

Depois discutiremos a respeito do que foi recortado, e cada um deve expor seus conhecimentos a respeito do que foi levantado, nesse momento farei as intervenções necessárias para que haja maior compreensão desses termos.

Logo depois entregaremos aos alunos uma historinha xerocada, sem título, com quadrinhos sem balões e outros com balão, mas sem personagens, para que recriem a história.

3º- Momento

Paralelamente trabalharemos com a pesquisa dos alunos, em casa e no labora -tório de informática, em reportagens atuais sobre o problema da escassez de água em nosso Estado.

Em seguida os alunos discutirão as suas pesquisas em uma roda de conversa e a partir dessas reflexões começarão a enumerar as ações que eles juntamente com sua família podem fazer para contribuir de maneira consciente com esse problema.

4º- Momento

Iniciaremos a aula retomando quais elementos são encontrados nos gibis e os escreveremos na lousa.

A partir dessa intervenção explicaremos o desenvolvimento do projeto e quais serão suas etapas para a confecção da história em quadrinhos até chegarmos ao produto final o “Almanaque”.

Nesse dia assistiremos ao vídeo “Arte Final”, reportagem realizada pela empresa Em Cima do Fato Produções nos Estúdios Mauricio de Sousa, mostrando o passo a passo da criação de um gibi: roteiro, desenho, letras, cores, arte final e acabamento. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=kOvoY4oBsVk>, <https://www.youtube.com/ watch?v=Kss9Cqr2_a0>, <https://www.youtube.comwatch?v=870kavvoG3w>, <https:// www.youtube.com/watch?v=wYT462CGVU4> e <https://www.youtube.com/watch? v=yQWmtLgqJvs>.

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5º- Momento

Criação das personagens com descrição detalhada: características físicas, emocio -nais; nome, apelido; nome dos pais; onde mora (cidade, Estado e país – reais ou fictícios); onde estuda; o que estuda; o que gosta de comer, de beber, de vestir, de ouvir, de assistir; o que faz nas horas livres; quais são seus amigos etc.

Lembrando aos alunos que as características das personagens deverão estar relacionadas ao nosso tema central: a falta de água em São Paulo.

Logo depois, entregaremos algumas folhas de papel sulfite para que os alunos dese nhem as personagens. Primeiro só o rosto, em seguida o corpo inteiro.

6º- Momento

Criação do roteiro: nesse momento os alunos vão criar uma narração com diálogos em uma folha pautada, eles sentarão em dupla e após a produção trocarão sua folhas para que o colega o ajude na autocorreção de seus textos, com a intervenção do professor.

Após esse trabalho, receberão um modelo de roteiro para esquematizar sua história em quadrinhos.

Cada aluno receberá uma folha e, de acordo com sua necessidade, poderá pegar mais.

7º- Momento

Os alunos receberão suas folhas com as devidas intervenções feitas pelo professor e nesse momento irão fazer seus desenhos em folhas de papel sulfite.

8º- Momento

Após terminarmos o roteiro, todas as histórias dos alunos serão escaneadas e, no laboratório de informática, cada um digitará as falas das personagens nos balões e depois elas serão formatadas e impressas.

9º- Momento

Em círculo, socializaremos os trabalhos executados, onde pelo menos um inte -grante de cada grupo irá apresentar aos demais o que conseguiram desenvolver, mostrando seu trabalho terminado. Que ficará disponível para toda a sala.

10º- Momento

Em seguida, confeccionaremos alguns cartazes, que ficarão expostos com os almanaques, onde estarão as histórias de todos os alunos, para a mostra cultural anual da escola, promovendo assim a apreciação dos outros estudantes e por fim a conscientização de todos.

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Material•gibis;

• cartazes;

• cola;

• tesoura;

• lápis de cor;

• canetinhas;

• cartolinas;

• revistas xerocadas;

• folhas de papel sulfite;

• computador com o acesso a internet;

•grampeador.

3.4. Definição do tratamento a ser dado aos gêneros envolvidos na prática

Durante todo o projeto os alunos terão um espaço para questionar e partilhar suas opiniões, portanto, será nesse momento que faremos o diagnóstico do conhecimento prévio dos discentes para a organização das atividades e intervenções.

O projeto deve ser flexível e concebido com dinamismo próprio, de natureza dialética, acompanhando a sequência didática proposta no item anterior e com avalia -ção constante, permeando todo o processo para que sejam efetuadas as estruturações desejadas. Não se concebe algo estático, imutável.

Segundo o educador francês, Yves Chevallard: “Um conteúdo de saber que tenha sido definido como saber a ensinar sofre, a partir de então, um conjunto de transfor -mações adaptativas que irão torná-lo apto a ocupar um lugar entre os objetos de ensino. O ‘trabalho’ que faz de um objeto de saber a ensinar um objeto de ensino é chamado de transposição didática” (in: Guimarães, 2009).

3.5. Levantamento da multimodalidade a que a prática de letramento submete todos estes textos

O trabalho irá mesclar duas linguagens para atingir os alunos: a escrita (coloquial e formal) e o desenho, além do uso de onomatopeias. Também usaremos algumas mídias como a internet para fazermos pesquisa.

Vergueiro (2014, pp. 7-29) afirma que “a constituição de uma página de quadri -nhos é feita de modo a considerar todos os elementos que influem na leitura, buscando criar uma dinâmica interna que facilite o entendimento. Assim sendo, a história em quadrinhos, como uma nova forma de narrativa gráfico-visual, constitui em sua estru -tura elementos como: personagens, tempo, espaço e ação, que utilizam uma série de recursos para representar a fala. Possui em seu conteúdo a linguagem não verbal (desenhos) e a verbal (texto)”.

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3.6. Investigação sobre as possibilidades de integração do projeto com outras disciplinas

A princípio, a introdução desse gênero foi criticada por alguns educadores, porém aos poucos sua potencialidade pedagógica foi reconhecida, pois proporciona o prazer da leitura. “As histórias em quadrinhos possuem potencialidade pedagógica especial e podem dar suporte a novas modalidades educativas, podendo ser aproveitadas nas aulas de língua portuguesa, história, geografia, matemática, ciências, arte, de maneira interdisciplinar, fazendo com que o aprendizado se torne, ao mesmo tempo, mais reflexivo e prazeroso em nossas salas de aula” (Hamze, 2015).

Apesar de o gênero textual História em quadrinhos ser conhecido por todos os alunos, no primeiro momento trabalharemos algumas curiosidades e o histórico do gênero HQ, depois faremos a análise da estrutura textual.

Como o projeto vai ressaltar a falta de água no Estado de São Paulo, utilizaremos textos jornalísticos, científicos e relatos dos alunos enfatizando a vivência diária de suas famílias.

Nesse momento contemplaremos as disciplinas de português, durante a produção de textos escritos, e geografia e ciências, para compreender os fenômenos naturais que ajudaram a ocorrer esse problema e entender as medidas paliativas tomadas pela Sabesp, como o “volume morto” tão ouvido por eles através dos meios de comunicação.

3.7. Eventos de letramento decorrentes do trabalho dentro e/ou fora do ambiente escolar

Aconteceram dois eventos dentro da escola: primeiro a exposição com apresen -tação oral dos alunos sobre o trabalho individual para a sala de aula; depois uma exposição dos trabalhos dos alunos no pátio da escola, durante a mostra cultural.

3.8. Avaliações dos trabalhos

No Ensino Fundamental, a LDB (1996), no artigo 23 inciso V, diz que a verificação do rendimento escolar deve ser feita a partir de uma:

avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período

sobre os de eventuais provas finais.

Portanto, o aluno será avaliado ao longo do processo de aprendizagem. Durante a execução do projeto a avaliação será contínua, feita através de anotações, obser va -ções em cada atividade e durante as conversas antes da atividade, com a finalidade de analisar se as crianças tiveram bom aproveitamento dos conteúdos abordados e quais foram os avanços que conseguiram obter; além de perceber, a partir das anotações, se a didática aplicada foi ou não adequada, e quais os pontos que deverão ser revistos e melhorados no projeto.

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4. Referências bibliográficasBRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC/SEB, 1998.

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