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Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 �

Revista Mundo Cerâmico nº 125 – Junho - Julho 2007

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Acompanhe as novas tecnologias, máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para estar na vanguarda da indústria

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ENTREVISTA

VERMELHA

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mc120 diagrama.indd 2 17/1/2007 21:23:06

Estudo encomendado pela Fiesp e pelo Sebrae/SP propõe modelo teórico para que a cerâmica ver-melha agregue valor ao produto

Anicer realiza seu 36º Encontro sob a ótica da união, da produti-vidade e da qualidade com pa-lestra inaugural do navegador Amyr Klink

O Brasil parte definitivamente para a conquista de novos mer-cados e hoje 50 empresas já atu-am em 130 países

I n s t r u m e n t o fabuloso para controlar a in-flação, o dólar barato é a meni-na dos olhos da

política econômica. Duro mesmo é preparar a saída desta insidio-sa armadilha

Em nova fase, a ABC visa estabele-cer parce-rias com as outras

entidades que representam a cerâ-mica brasileira

Peças de arte-santo revelam a importância da cerâmica artís-tica no nordes-te, com o me-lhor da cultura baiana.

A luta pela realização de fei-ras lembra a época da corri-da do ouro, em que ninguém quer perder a dianteira

Eirich apresenta tecnologia em moagem de esmaltes

Luis Carlos Barbosa Lima, novo presidente da Anicer, irá focar suas ações em mercado, quali-dade e meio-ambiente

Jorge Martins propõe um re-a l i n h a m e n t o de preços antes que seja tarde

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EXPORTAÇÕES

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CÂMBIO

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CONGRESSO ABC

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FEITEC

ESMALTES

EDITORIAL 04 PELO MUNDO 06 EVENTOS 10

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� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico

Publisher: Lazzaro [email protected](jornalista responsável)

Conselho EditorialAdriano S. Lima.– pres. da ANFACER Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER João O. Bergstron – pres. da ASPACERJosé O. A. Paschoal – pres. do CCBWalter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP

RedaçãoSelma Menasce [email protected] de PesquisaAlbino Cheganças [email protected]

Assistente AdministrativoCaroline Sperandio Florio [email protected]

Arte e DiagramaçãoOggi Estúdio Gráfico

PublicidadeBrasil – SP Marcel Israelfone +55 (11) 3822 [email protected]

Impressão: Prol Editora e GráficaDistribuição: Lobra Serv-PressPublicação mensal de

Alameda Olga, 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SPFone + 55 (11) 3822 4422 Fax +55 (11) 3663 5436e-mail: [email protected]: www.mundoceramico.com.br

Registro no INPI sob número 816494703As opiniões de Mundo Cerâmico não sãonecessariamente as de seus articulistas.Autorizada a reprodução de artigos desde que citada a fonte.

Associada à:

Para falar conosco:Al. Olga 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SP – BrasilTel: +55 (11) 3822 4422 Fax:+55 (11) 3663 [email protected]@[email protected]

EDITORIAL

Fotos matérias: Divulgação e LM

circula em agosto 2007

Uma janela de oportunidades se abre para a indústria cerâmica vermelha. Tudo conspira a seu favor e aqueles empresários que souberem aproveitar este momento seguramente não vão ter do que se arrepender.

Em primeiro lugar, o mercado da construção civil finalmente, após anos e anos de demora, está começando a se aquecer. Em seqüência, os anos de trabalho de qualificação do setor criaram uma base para o seu desenvolvimento técnico.

É o que mostra o estudo desenvolvido para a Fiesp que dá a base teórica para as indústrias que queiram ousar, se unir, e juntar esforços para lançar produtos melhores e conquistar a construção civil. E finalmente, ter uma década ganha.

LM

A travessia da vermelha

Anuncio Pagina.indd 1 1/8/2007 18:21:32

Fornecedores

Parabenizamos a ótima iniciativa “os fornecedores do ano” e solici-tamos que seja retificado o nome de nossa empresa, fornecedora de ma-térias-primas, a Egeminas e não EG Minas, que tem o mesmo som. Não é preciso dizer do nosso regozijo pela colocação em pesquisa voluntária de grande representatividade.

Paulo Campos, Geólogo, Egemi-nas

Refratários

Precisamos comprar placas de ma-terial refratário com espessura de 12mm, independente de tamanho

Ney Abrantes - tel: (11) 3649 2400 ramal 225

[email protected]

Guia de compras

Gostaria de informação sobre como inscrever minha empresa como fornecedora de itens.

Guilherme Rodrigues - Borrachas Del Rey

Assinaturas e publicidade

Solicito um exemplar do guia Mundo Ceramico a revista Tile Bra-sil e a revista Mundo Ceramico. Fa-vor informar se as duas últimas tem o sistema de assinaturas

Raimundo Nonato -Aki Distribui-dora

Preciso saber se a revista tem se-ção voltada para anúncios de vendas de empresas.

Marcos L. Rocha

Preciso de uma tabela de preço ur-gente para a edição especial de ver-melha.

Ricardo

Peço a gentileza de encaminhar um exemplar para dar uma analisada com a defesa de mídia para esta edi-ção especial de vermelha.

Roberta

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� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 �� �

Nuova Fima e Keda anunciam parceriaCom o pé direito Selo verdeAlimentando o dragão

Gyotoku anuncia nova parceria e showroom

A Juntafácil, empresa loca-lizada em Estiva Gerbi no interior de São Paulo, iniciou no dia 11 de julho o forneci-mento de espaçadores para revestimentos cerâmicos, dentro do conceito de selo-verde, para algumas grandes distribuidoras e redes de va-rejo do país. De acordo com Cosmo Pacetta, diretor da Juntafácil, seguindo orien-tação das matrizes interna-cionais, tais redes passam a disponibilizar uma grade de produtos ecologicamente corretos em suas lojas.

Matérias-primas

A Colorminas, fornecedora de massa atomizada, aumen-tou para 10 mil ton/mês a sua capacidade de produção da matérias-primas, devido ao início de suas atividades na mais nova unidade em Estiva Gerbi, SP. A produção será voltada somente ao atendi-mento do mercado paulista, e a Colorminas espera au-mentar seu leque de con-sumidores. A utilização da massa atomizada permite um avanço tecnológico, além de valorizar os produtos como porcelanato, nos mercados interno e externo.

A Cerâmica Gyotoku inaugura em Salvador, BA, seu mais novo showroom. Neste novo es-paço, uma das maiores cerâ-micas do país irá expor em primeira mão, para o público baiano, todos seus lançamentos e novidades, como

A Anfacer, Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, irá treinar até o dia 29 de novembro, técnicos e audito-res fiscais da Receita Federal tendo em vista a identificação e impedi-mento da entrada no país de porce-lanatos que estejam fora do padrão nacional. Através de palestras e seminários, que começaram no dia 5 de julho, a associação espera mostrar e explicar para as equipes responsáveis pela fiscalização dos portos e aeroportos do país, os requisitos da norma brasileira para porcelanato ABNT 15.463. “Os treinamentos serão feitos para

Nuova Fima e Keda, líderes no for-necimento de maquinário automa-tizado para a indústria da cerâmica de telhas e pisos cerâmicos, decidi-ram juntar suas forças. Isso porque em alguns países há uma necessi-dade forte da automatização a fim de aumentar a produtividade e re-duzir o risco dos defeitos originários das operações manuais. Conse-qüentemente a Keda produzirá uma

Expositores italianos expressa-ram sua satisfação na Ceramics China 2007, em Guangzhou, que ocorreu entre 30 de Maio e 2 de junho. Os 1.300 metros de espaço foram compostos por 40 firmas: Air Power, Assoprint, BMR, CMF Technology, Colorobbia - Industrie Bitossi, Gabtec, ICF & Welko, NBP, Sacmi, Simec, Siti – B&T Group,

System, Tecno Italia e TSC. Duran-te a feira Paolo Gambuli, diretor da Acimac falou sobre a indústria asi-ática e a presença das empresas italianas na China, ’’Para operar nesse mercado, nós pedimos para trabalhar nas mesmas regras dos operadores locais. Precisamos de um debate que não corte nenhum ponto’’, declarou Gambuli, que propõe uma discussão sobre ori-ginalidade e inovação. No evento, o diretor da Acimac também falou sobre o desenvolvimento positivo desde os anos 70 que incentivaram as instituições públicas, junto com as principais associações, a ado-tarem a legislação européia que é mais rígida a respeito das emissões de poluentes. Gambuli lembrou que a China deve também ser envolvida neste processo.

sua mais nova linha de porcelana-to, a Gyotoku by Graniti Fiandre, que tem como destaque os pisos Lastra Luminosa que acendem. O local conta ainda com a estação de projetos, na qual os visitantes rece-bem sugestões de paginações em revestimentos para diversas obras, sejam comerciais ou residenciais. O showroom Salvador está loca-lizado no Edifício Empresarial, na rua Rubens Guelli, 134 – sala 203, e funciona de segunda a sexta-feira das 9:00 às 19:00h.

A Collore é a nova fábrica de mosaicos montada há dois meses em Rio Claro. Maurí-cio Landmann, que atuou na área industrial da Portobello e Portokoll, tem agora sua própria empresa no interior do estado de São Paulo. Landmann, diretor da empre-sa, conta com uma estrutu-ra de designers, uma bem montada fábrica, com equi-pamentos atualizados para a produção de mosaicos visando atender à crescen-te demanda por parte das indústrias do pólo cerâmico de Santa Gertrudes.

nova escala de máquinas baseadas na tecnologia e projeto Nuova Fima, visando especificamente estes países. O acordo diz que as linhas Synterpack e Synergy, para linhas de escolha, e a Maxipack, para linhas de paletização, da Nuo-va Fima serão comercializadas pela Keda para o mercado chinês. Já a Nuova Fima coordenará as vendas para o resto do mundo.

Receita na luta contra porcelanato fora de padrão

fiscais dos portos de Rio Grande e Chuí, RS, Vitória, ES, Paranaguá, PR, São Francisco do Sul e Itajaí, SC”, informa Antonio Carlos Kieling, diretor superintendente da Anfacer, e ressalta que a norma é de grande importância para o mercado nacio-nal, para reafirmar a alta qualidade e a competitividade do produto bra-sileiro, como também de defender a marca porcelanato e os consumido-res. A venda de produtos que não atendam aos padrões de qualida-des do mercado é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor e atinge os estabelecimentos que os comercializam como responsáveis.

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� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 �

Seminário mostra importância da reologiaNovo conselheiro MudançasTecnargilla 2008 espera mais de 700 expositores

Um seminário de reologia organiza-do pela Acimac e pela Sociedade Italiana de Cerâmica atraiu mais de 200 especialistas da indústria em Fiorano, no último dia 12 de julho O evento, apresentado por Paolo Zanini, presidente da Sociedade Italiana de Cerâmica, reforçou a ne-cessidade de um treinamento e in-vestimento em tecnologia. O evento contou ainda com uma série de especialistas públicos e privados:

David Gardini de Fa-enza, Eugenia Rastelli do Centro Cerâmico de Bolonha, Marcello Ro-magnoli da Universida-de de Modena & Reggi, Giorgio Mojoli, da Itals-cientifica de Génova, Mariano Paganelli da Expert System Solu-tions e Alan Nappa da

Lamberti. Reologia é a ciência que estuda as propriedades físicas que influenciam o transporte de quanti-dade de movimento num fluído. Ela é uma peça importante em inúme-ras fases de produção relacionadas à matérias-primas, esmaltes, tintas, conformação e fogo. A aplicação da reologia nas cerâmicas pode me-lhorar a produtividade e o planeja-mento, reduzir custos operacionais e eliminar deformações.

Luis Carlos Barbosa Lima, novo presidente da Anicer para o período 2007 -2010 é o novo conselheiro da revista Mundo Cerâmico. Lima que assumiu a presidência da Anicer no último dia 14 de abril, está no ramo há cerca de trinta anos, onde já atuou na cerâmica Granrio. Atual-mente é proprietário da Ce-râmica Argiben, e diretor do Sindicer Médio Paraíba /RJ e do Conselho Empresarial do Sistema FIRJAN. Lima afirma que uma de suas preocupa-ções, além de continuar com a discussão das questões de qualidade, mineração e ambiente, é o desafio de desenvolver ações técnico-comerciais mais intensas no setor cerâmico. (veja entrevista nesta edição)

Josselei Delfini Paulo, assumiu há pouco a dire-ção comercial da Cerâmica Porto Ferreira, onde iniciou sua carreira em cerâmica de revestimentos, como geren-te de exportação. Também há pouco tempo Léo Fus-co Darcadia voltou à Mogi Guaçu assumindo a direção comercial da Cerâmica Lanzi. Léo trabalhou por um bom período na Cerâmica Chia-relli, como gerente de expor-tação e depois como diretor comercial daquela empresa.

Inovação e criatividade, esse é o lema da Tecnargilla 2008, Feira In-ternacional de Exibição de Tecnolo-gia e Suprimentos para a Indústria de Cerâmica, que vai acontecer no centro de exibições de Rimini de 30 de setembro até 4 de outubro de 2008. O espaço será de 90,000 metros, 7,000 mais do que a última edição. A feira vai receber mais de 700 expositores de todo o mun-do. Os dados da próxima edição confirmam o crescimento da feira em relação às últimas edições: o espaço de exibição aumentou

As vendas de revestimentos ce-râmicos para o mercado interno reagiram no primeiro trimestre de 2007 e compensaram a retração das exportações. O setor da construção civil consumiu 128,35 milhões de m2 de cerâmica de janeiro a março deste ano, um volume 11,25% maior que os 115,38 milhões de metros vendidos nos primeiros três meses de 2006. As exportações fecharam em US$ 92,96 milhões no primei-ro trimestre com queda de 3,16% em comparação com os US$ 95,9 milhões do ano anterior. Os embar-ques para o exterior, em m2, fica-ram 5,37% abaixo no trimestre. As empresas exportaram 24,56 milhões de m2 de janeiro a março de 2007, volume menor que os 25,95 milhões

124%, enquanto que o público cres-ceu em 60,6% no mesmo período. De acordo com Pierluigi Ponzoni, presidente da Acimac, que organiza a feira, a variedade de inovações tecnológicas exibidas por compa-nhias italianas na edição anterior de 2006 é uma clara indicação de sua forte competitividade. “A com-binação de igualdade e atenção com as necessidades dos clientes é a fórmula de sucesso em merca-dos globais’’, argumenta Ponzoni. Em 2008 são esperados mais de 30.000 visitantes.

Novas prensas

A cerâmica chilena Cordil-lera, que pertence ao Grupo São Lorenzo cuja a presença no mercado sul-americano é representada por diferentes plantas para a produção de revestimentos cerâmicas no Chile, Argentina e Perú, escolheu o grupo Siti B&T para a aquisição da nova linha destinada à produção de monoqueima com moa-gem a seco. No Brasil a Siti B&T está fornecendo duas prensas de alta performance para a Villagres que podem produzir 15.000 m2/dia de monoqueima ou 8.000 m2/dia para porcelanato esmaltado.

de m2 vendidos para o mercado externo no mesmo período em 2006. Na avaliação da Anfacer, este dado indica que a estratégia usada pelas empresas para anular os efeitos do câmbio sobre as vendas para o ex-terior pode ter chegado ao limite. No entanto, esta variação no mercado não mudou o crescimento da produ-ção brasileira. Os números apurados pelo setor mostram um aumento de 11,95% em volumes fabricados. As empresas produziram 153,16 milhões de m2 de jan/mar 2007 e supera-ram os 136,82 milhões de 2006. No mercado externo, a expectativa é de retração. As exportações devem fechar 2007 em US$ 416,2 milhões, receita 3,16% menor que os 429,79% milhões faturados em 2006.

Vendas crescem 11% no primeiro trimestre

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10 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico

EVENTOS

ANICER 2007de 21 a 24 de agostoBelo Horizonte, MG

O 36º Encontro Nacional da In-dústria de Cerâmica Vermelha será realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. São previstos o Fórum com painéis e debates, Cursos do Senai, a Expoanicer, o Encontro Nacional dos Laboratórios de Cerâmica Ver-melha do Senai.

CERSAIE 2007de 02 a 06 de outubro

Bolonha, ItáliaA maior feira de cerâmica do mun-

do promete muitas novidades na apresentação de produtos e inova-ções tecnológicas. O grupo brasileiro já é bastante tradicional nestes even-tos. Consulte os pacotes especiais da Augustus para este ano.

CEVISAMA 2008de 5 a 9 de fevereiroValencia, Espanha

Esta é a segunda mais importante feira para o grupo brasileiro visitar. Cobre todos os aspectos do revesti-mento cerâmico indo das matérias-primas, maquinário até o produto acabado. Neste ano a Cevisama co-memora 26 anos, antecendendo a Qualicer 2008 que vai acontecer en-tre os dias 10 e 13 de Fevereiro na cidade de Castellón de La Plana.

REVESTIR 2008de 11 a 14 de Março

São Paulo, SPA feira brasileira destinada aos

revestimentos cerâmicos e rochas conquistou também outros tipos de revestimentos como laminados, madeiras vai para sua sexta edição. Acontece no Transamérica Expo Center juntamente com a terceira edição da Kitchen & Bath Expo.

BATIMAT 2007de 05 a 10 de novembro

Paris, FrançaA maior feira de construção do

mundo organizada pela Reed tem uma área de 225.361 m com 2.700 exposi-tores em 11 pavilhões de exposição, cada em deles com um setor da cons-trução civil. Recebe mais de 400 mil visitantes, sendo que 80 mil prove-nientes de 141 países. A Batimat pro-põe também debates sobre segurança na construção, economia de energia e racionalização em reformas.

SURFACES 2008de 29 de janeiro a 1 de fevereiro

Las Vegas, Estados UnidosO evento já virou referência para

o mercado de distribuidores ameri-canos e a cada edição vem atraindo mais a indústria de revestimentos ce-râmicos. Realizada no Sands Expo & Convention Center e conta também com um programa de palestras.

Toyo Ito for Cersaie 2007

Organizado por EDI.CER. spa Promovido por CONFINDUSTRIA CERAMICA Em colaboração com

Secretaria Operativa: PROMOS srl - P.O. Box 103 - 40050 CENTERGROSS BOLOGNA (Italy) - Tel. +39.051.6646000 - Fax +39.051.862514Departamento de Imprensa: EDI.CER. spa - Viale Monte Santo 40 - 41049 SASSUOLO MO (Italy) - Tel. +39.0536.804585 - Fax +39.0536.806510

DE 2 A 6 DE OUTUBRO DE 2007www.cersaie. i t

ARMANDOTESTA

Mundo Ceramico_210x280_07 9-03-2007 16:30 Pagina 1

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12 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 1�

VERMELHA

Quebrando paradigmasEstudo encomendado pela Fiesp propõe modelo teórico que permita tanto

uma evolução tecnológica quanto de mercado para que a cerâmica vermelha agregue valor e saia de uma situação de dificuldade para a de prosperidade

Investimento, mu-dança de mentalida-de e busca de novos horizontes, são os caminhos que a in-dústria de cerâmica vemelha deve seguir, segundo estudo enco-mendado pela Fiesp, Federação das Indús-trias de São Paulo, e pelo Sebrae-SP, ao escritório de arquite-tura Forte, Gimenes & Marcondes Ferraz. Segundo Lourenço Gimenes, diretor do escritório, o relató-rio, “Prospecção de Novos Caminhos para a Cerâmica Vermelha”, que foi apresentado dia 24 de maio, na Fiesp, é fruto de uma pesquisa de dois anos junto a 73 em-presas de dois arranjos produtivos locais, APL’s, no interior paulista, – um, composto pelas cidades de Vargem Grande e Tambaú e outro, pelas cidades de Tatuí e Itú. O ob-jetivo é mostrar ferramentas e solu-

ções para que ceramistas e mercado revisem seus conceitos acerca desses produtos. No estudo foram verifica-das questões como maquinário, pro-dução, capacitação profissional e di-vulgação, com o intuito de estabele-cer parâmetros para que as próprias empresas possam se auto-avaliarem. A idéia surgiu através de pesquisas de mercado da Fiesp e do Sebrae/SP

que indicavam as ca-rências e fragilidades do setor de cerâmica vermelha, em que os motivos, segundo Gi-menes, são de ordem cultural e não técni-ca, o que gera uma certa acomodação, além de impedir a busca de novos hori-zontes. O engenheiro Geraldo Marchi Jr., diretor industrial da Cerâmica Maristela, que esteve na Fiesp, mostrou-se muito entusiasmado com o que viu. Comentou

que há muito vem buscando fazer produtos diferenciados mas não en-contrava um meio de viabilizar esta idéia. Alguns resultados começam a aparecer, pois, segundo Gimenes, a Maristela já está preparando um mo-delo de bloco para fachada ventilada, como proposto no estudo, que será utilizado em seu próprio escritório de arquitetura.

Preconceito interno

Ceramistas preconceituosos, essa é a constatação de Gimenes que não culpa apenas o mercado e o governo. Para ele existe um preconceito em relação à cerâmica vermelha vindo dos próprios ceramistas que possuem conceitos errôneos dos próprios pro-dutos. Para o arquiteto existe uma mentalidade de que blocos e lajes existem para serem escondidos e não mostrados, o que inibe maiores cui-dados em acabamentos e processos. Com isso, a idéia de que a cerâmi-ca vermelha é um produto atrasado interfere nas questões como investi-mento em tecnologia e mão-de-obra, divulgação e abastecimento. Tudo isso evidenciando a falta de ambição dos ceramistas que não têm coragem para agregar um maior valor em suas mercadorias, “Não se pode compe-tir por centavos num bloco, mas sim criar produtos que agreguem valor de mercado, principalmente o da cons-trução civil’’, adverte Gimenes.

Construção civil

A construção civil também é uma das responsáveis pela acomodação dos ceramistas. No relatório ficou nítido que essa classe profissional é

receptiva à novidades em produtos, porém demora para usá-las em suas obras, mostrando assim uma acomo-dação que somada à falta de ambi-ção da indústria gera um bloqueio em termos de novos conceitos. Para isso, é necessário que conheçam me-lhor as vantagens da cerâmica. Gi-menes cita, como exemplo, os blo-cos intertravados de concreto muito empregados em calçadas públicas, que bem poderiam ser produzidos em cerâmica com vantagens: “Se apenas duas cidades optassem por usar este tipo de bloco em cerâmica, a indústria seria abastecida por mui-tos anos”, conclui. Por isso, cabe aos sindicatos divulgarem os benefícios da cerâmica vermelha, como a prati-cidade, para o grande mercado con-sumidor da construção civil.

Publicidade e marketing

O método usado pela maioria das cerâmicas dos APL’s estudados para alcançarem seu público-alvo é atra-vés de catálogos. Esse método é o mais utilizado pelas empresas, po-rém não com a devida atenção, como mostra o estudo realizado com as 73 empresas. Somente 44 possuem catálogos e dentre essas, apenas 27 delas enviaram seus catálogos para

o estudo. Para tanto, seus folhetos devem conter informações técnicas com ilustrações, que podem levar a um maior conhecimento do produto por parte do cliente, para proporcio-nar uma maior confiança entre pro-dutor e consumidor. Esses materiais também são importantes, pois eles podem ser usados por arquitetos e decoradores como forma de pesqui-sa, além de poderem ser expostos aos clientes. Outra arma a ser usada para resolver a falta de divulgação por meio de catálogos é a internet. No entanto, é necessário que as em-presas invistam neste meio tendo como meta a entrada no mundo glo-balizado, No estudo, das 73 empre-sas, apenas 19% possuem páginas na rede mundial de computadores, mostrando que poucas conseguem divulgar seus produtos numa escala mais ampla. Simplesmente não ha-verá expansão do mercado consu-midor se os ceramistas não divulga-rem a importância e a qualidade da cerâmica vermelha e mudarem suas antigas mentalidades há muito enrai-zadas neste setor.

Concorrência virtuosa

Para o arquiteto Lourenço Gime-nes, a função de sindicatos e associa-

Lourenço Gimenes: estudo encomendado pela Fiesp e pelo Sebrae/SP

Três soluções: melhorar o que já existe, trazer produtos de sucesso de fora, criar produtos inéditos de construção.

Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 1�12 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico

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1� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 15

ções é a de organizar investi-mentos conforme as carências apresentadas pelo setor e ain-da orientar e definir questões referentes à concorrência. “As associações devem definir quem vai concorrer com quem e em quais termos para se evi-tar a concorrência predatória” alerta Gimenes. “Enquanto uma empresa pode se especia-lizar num produto outra pode investir em um produto com-plementar’’, de modo que am-bas lucrem com isso. Ele tam-bém destaca o papel de órgãos como o Senai que são úteis para a ob-tenção de uma mão-de-obra melhor qualificada. “Uma boa mão-de-obra faz com que a indústria mantenha um padrão de qualidade para econo-mizar processos de gerência com a finalidade de corrigir erros desde a origem. Se não for assim é preciso de um gerente para cada funcioná-rio’’, exemplifica Gimenes, que afir-ma que grande parte das associações existem apenas para esfriar ânimos exaltados entre os associados, o que é lamentável: “É preciso haver uma maior interação para que as cerâmi-cas juntas possam negociar diversas questões’’, conclui.

Mão-de-obra

Quando o assunto é escolaridade dos funcionários, os índices apresen-tados são alarmantes. Das 44 empre-sas que responderam acerca desse quesito, 66% delas possuem menos

por Lourenço Gimenes

A cerâmica vermelha para a cons-trução civil apresenta, hoje, um ce-nário muito desfavorável. Com raras exceções, a realidade mostra pro-dutores competindo fervorosamen-te entre si pela venda de poucos produtos de baixo valor agregado. Dentre os problemas dessa compe-tição canibal, que avilta os preços de venda, estão a perda da qualidade dos processos e produtos e a inca-pacidade de investimento. Mas, so-bretudo, induz à falsa impressão de que a cerâmica vermelha não pode desempenhar um papel de ponta na construção civil.

No estudo que elaboramos para Fiesp e Sebrae, foi feita uma pro-funda radiografia de 73 empresas organizadas em dois APLs, além de uma análise de produtos existentes e novos e uma pesquisa qualitativa de mercado. Através da metodologia que desenvolvemos, combinaram-se essas variáveis para se chegar a um instrumento de planejamento pre-cioso para os participantes. Porém, o ponto mais significativo do estudo, na nossa opinião, é que o horizonte de possibilidades para a cerâmica vermelha na construção civil é posi-tivo e estimulante.

Sim, há uma luz no fim do túnel para os problemas observados. E há, também, um cenário macroeco-nômico capaz de dar sustentabilida-de à reestruturação do setor. Numa economia saudável, a construção civil movimenta entre 40% e 50% do PIB. Ora, no Brasil de hoje essa par-ticipação não passa de 5%, e vários

fatores levam a crer que esse núme-ro deverá aumentar. Entre eles estão a queda dos juros nos últimos anos, a facilidade de crédito imobiliário e uma estabilidade econômica que lastreia todo esse processo. Ainda que no futuro a construção civil não chegue ao nível de uma nação de-senvolvida, se ela chegar a modes-tos 15% do PIB já significará triplicar a atividade no setor. E isso só tem uma tradução: haverá muito trabalho pela frente, e quem estiver prepara-do poderá participar.

Para isso, os ceramistas deverão fazer escolhas precisas quanto à sua organização. Uma união séria em torno de associações, sindicatos e outros órgãos determinará o fim da competição interna predatória e a criação de estratégias produtivas e de mercado. Os benefícios podem ser muitos: treinamento da mão de obra, negociação com fornecedores, prospecção de mercados, desenvol-vimento de produtos e diálogo pro-fícuo em prol de uma complemen-taridade saudável entre empresas outrora rivais.

É necessário reverter a imagem ruim que o mercado tem da cerâ-mica através de uma boa comuni-cação, criar uma nova cultura junto aos mercados consumidores e de-monstrar a qualidade e o potencial dos produtos. Por fim, sinalizar que a cerâmica é excelente para os pro-dutos tradicionais, mas pode inovar e mostrar produtos de ponta.

Em paralelo, deve-se reestrutu-rar a produção através das linhas créditos disponíveis, consolidar as associações e colocar no mercado produtos de qualidade exemplar ou inovadores. Treinar mão-de-obra, implantar corretamente controles de qualidade e desenvolver novos desenhos são também peças funda-mentais nesse processo.

É um trabalho árduo, mas é impor-tante começar já.

Lourenço Gimenes é diretor da empresa de projetos e consultoria Forte, Gimenes & Marcondes Fer-raz. Bacharel, mestre e doutorando em arquitetura e urbanismo pela FAU USP, é também professor uni-versitário.

de 20% de seus funcionários com mais de oito anos de estudo; e ape-nas 30% têm entre 30 e 40% dos fun-cionários com segundo ou terceiro graus concluídos, sendo que somen-te duas empresas possuem entre 40 e 50% dos trabalhadores com mais de oito anos de escolaridade. A pes-quisa ainda mostra que o ambiente fabril não requer grandes qualifica-ções, porém as estatísticas apontam que a falta de escolaridade de nível técnico e superior podem dificultar a implantação de inovações em termos tecnológicos, porém não sabemos se os funcionários estarão capacitados para trabalharem com certos maqui-nários e processos, especialmente no controle deles em tempo real.

Equipamentos

O relatório mostra que as mudan-ças precisam ser analisadas caso-a-caso, de modo que o maquinário

esteja adequado à produção. Tomando como exemplo as ma-rombas (extrusoras), que constituem o prin-cipal equipamento de uma indústria cerâmi-ca vermelha, o estudo constata que é difícil encontrar uma relação coerente nas empre-sas dos APL’s estuda-dos, entre a potência das marombas com a quantidade de argila

processada. Foram identifi-cadas empresas de pequeno porte com marombas de alta potência e vice-versa, o que denota um mau aproveitamen-to de capacidade instalada. Gimenes destaca que o estudo tem a função de dar as ferra-mentas necessárias para que as empresas possam diagnosticar os problemas e também fazer as mudanças possíveis: “Para implementar as mudanças em diversas questões é preciso de um acompanhamento, pois ninguém faz nada sozinho’’,

aconselha. Com base nesses dados as modificações e inovações devem ser estudadas e analisadas de forma individual desde o layout até a toda linha de equipamentos da indústria como máquinas de preparação de matérias-primas, secadores, fornos, carregamento e automação.

Qualidade

Nessa questão as empresas pare-cem estar em bom nível, já que 75% dos ceramistas responderam que suas empresas possuem esse tipo de pre-ocupação em relação aos produtos. Desses, 72% afirmaram possuir esse controle no processo de produção, e 62% afirma ter essa preocupação na qualidade do produto final. Porém o controle de qualidade anterior ao processo de produção, ou seja, con-trole da matéria-prima não está no mesmo nível dos demais processos, visto que só 48% afirmam fiscalizar esse processo. O relatório lembra ainda que é preciso uma análise e fiscalização de profissionais qualifi-cados nessas empresas, tendo como objetivo uma confirmação real acer-ca dessas respostas.

Produtos

Facilidade na montagem, facilidade na aplicação, boa durabilidade, bom desempenho térmico, fácil aplicação e leveza, fazem com que blocos, la-jes, pisos e outros produtos de cerâ-mica vermelha possam ganhar valor

Novos caminhos para a cerâmica vermelhaagregado. Essas são as vantagens en-contradas nessas peças que precisam contar com a ajuda de campanhas publicitárias para receberem uma melhor aceitação de diversos setores. Apesar do aspecto da divulgação ser importante, problemas relacionados ao controle de qualidade, como pe-ças fora da norma, peças quebradas e trincadas ainda estão presentes na cabeça de construtores, inviabilizan-do uma maior aceitação por parte desses profissionais. O estudo aponta ainda que os APL’s precisam investir em diferentes produtos, como na fa-bricação dos sistemas de fachada, o

que traria uma maior diversificação no mercado, além dessas peças pos-suirem alto valor agregado, que po-dem ser usadas em diversos tipos de reformas e construções, mostrando que podem ser importantes em pro-jetos de arquitetura, através de uma proposta diferenciada. O estudo pro-põe ainda um catálogo, em três gran-des linhas: A - elementos cerâmicos fabricados no Brasil; B - elementos cerâmicos encontrados fora do Bra-sil e C - elementos que poderiam ser produzidos em cerâmica. Neste catá-logo constam descrições, vantagens, problemas, ameaças, oportunidades, fatores que podem ser melhorados e questões referentes à aceitação de mercado de diversas peças produ-zidas ou que podem ser produzidas em cerâmica. Um verdadeiro achado para quem, como o engenheiro Ge-raldo da Maristela, pretende sair des-te estado de coisas e precisava de um modelo teórico que permitisse à sua empresa ultrapassar este estágio.

VERMELHA

Terreal francesa: uma gama ampla de produtos

Fakro, Alemanha: aproveitamento de espaços

Fachada ventilada com bloco

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1� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 1�

O 36º Encontro Nacional da Indús-tria de Cerâmica Vermelha acontece de 21 até 24 de agosto, paralelamen-te ao Minascon, no Expominas, em Belo Horizonte, MG. O evento con-tará com apoios da Anicer do Sindi-cer/MG, do Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Triângulo e Alto Paranaíba, da Associação dos Ceramistas de Monte Carmelo e da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Igaratin-ga. A Anicer destaca que tais associa-ções e sindicatos são fundamentais para mobilizar os ceramistas locais e dar a representatividade da indústria mineira em eventos, como também para a captação de parceiros. Para essa edição a capital mineira foi esco-lhida por causa do grande número de indústrias no estado, como também pelo intenso processo de qualifica-ção, com adesões ao Programa Seto-rial da Qualidade e certificações, que está sendo vivenciado em Minas Ge-rais. Nessa edição, o evento terá uma programação que contará com des-taques como o Fórum “A qualidade como ferramenta para o crescimento

sustentável”; o 5º Encontro Nacional dos Laboratórios de Cerâmica Ver-melha do Senai; o 3º Encontro Na-cional de Representantes do Sebrae para Cerâmica Vermelha, as visitas técnicas, e o prêmio João de Barros. A abertura oficial terá palestra do na-vegador Amyr Klink às 20h00min. Em relação ao público, a feira espera superar os 1.200 visitantes da edição do ano passado em Goiás que ainda contou com 300 participantes no Fó-rum, 110 no curso Senai.

Visitas técnicas

No dia 24 de agosto, vai acontecer as visitas técnicas, uma ótima opor-tunidade para visitantes conhecerem pecularidades da indústria. Os em-presários das visitas técnicas foram indicados pelo Sindicer/MG, anfi-trião desta edição do Encontro Na-cional. Serão visitadas a Cerâmica Marbeth/Grupo Braúnas, fabricante de blocos estruturais e de vedação na parte da manhã; e a Cerâmica Sete-lagoana, produtora de telhas e blocos de vedação, durante a tarde.

Meio-ambiente e qualidade

O encontro irá focar a questão do meio-ambiente e da qualidade como fatores para a obtenção do crescimento sustentável. Segundo a Anicer, o tema é fundamental para todas as indústrias que querem cres-cer respeitando os consumidores e o planeta. Para a associação, a sus-tentabilidade como tema principal mostra o empenho da indústria cerâ-

mica em planejar o seu crescimento, desenvolver novas técnicas, apoiar a preservação dos recursos do planeta e valorizar os indivíduos.

VERMELHA

Todos no mesmo barcoAnicer realiza seu 36º Encontro sob a ótica da união, da produtividade e da

qualidade sob a batuta de seu novo presidente, Luis Carlos Barbosa Lima, que espera aumentar ainda mais a presença do ceramista brasileiro no evento

Painéis

22 de agosto – Quarta-feira

FÓRUM - A Qualidade Como Ferramenta para o Crescimento Sus-tentável

Painel I: Meio Ambiente e Minera-ção. Horário: 13h10mim

A Representação da Indústria em Fóruns Ambientais - Maria Cristina Yuan, superintendente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, IBS.

Indústria Cerâmica: Reflexões so-bre Melhorias e Oportunidades Sus-tentáveis - Ângelo José Rodrigues Lima especialista em planejamen-to ambiental e recursos hídricos da ONG WWF-Brasil.

As implicações e os Desafios para a Indústria de Cerâmica Vermelha - César Vergílio Oliveira Gonçalves, diretor de relações institucionais da Anicer.

A Visão Jurídica da Mineração - Maria Luiza Werneck dos Santos, procuradora do estado do Rio de Ja-neiro e advogada da Confederação Nacional da Indústria.

Painel II: Qualidade e Competiti-vidade. Horário: 15h30mim

Os PSQs como Ferramentas de Competitividade - Carlos André Fois Lanna, diretor de qualidade da Ani-cer e diretor comercial Selecta, e Ed-valdo Costa Maia, assessor técnico e da qualidade da Anicer.

Do Ensino à Qualificação e à Cer-tificação na Cerâmica Vermelha - Silvia Helena Carabolante, diretora da Escola Senai Mario Amato/SP.

Os Avanços e as Conquistas da Certificação Inmetro no Setor - Ma-ria Luiza Salomé, gerente de certifi-cação do Centro Cerâmico do Brasil, CCB.

Linhas de crédito do BNDES, re-presentante da instituição.

23 de agosto – Quinta-feira

Painel III: Gestão, Saú-de e Responsabilidade Social. Horário:13h30mim

A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas: um novo tempo para os pequenos negócios - Bruno Quick, gerente de políticas públicas do Se-brae Nacional.

As Mudanças na NR 10 e o Im-pacto na Indústria de Cerâmica Ver-melha - Katyana Aragão Menescal, analista de negócios sociais do Sesi Departamento Nacional.

Práticas de Sucesso na Vacinação - Paulo Soares de Azevedo, especia-lista em medicina do trabalho da As-sociação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAT) e da Associação Médica Brasileira, AMB.

Projeto Morrinho, uma Proposta de Inserção Social Brasileira - Fábio Gavião, presidente da ONG Morri-nho.

Painel IV: Novos Combustíveis, Eficiência Energética e a Utilização de Biomassa. Horário: 15h30min

Os Desafios da Cerâmica Verme-lha frente às Dificuldades Energéti-cas - Luis Carlos Barbosa Lima, pre-sidente da Anicer.

Aumento da Produtividade com o uso Eficiente da Energia - Ricardo Wargas de Faria, gerente do Sebrae/RJ.

O Programa Procel e o Estímulo à Eficiência Energética na Indústria - George Alves Soares, gerente do Procel/Eletrobrás.

A Biomassa e as Mudanças Climá-ticas - Marcos Freitas, professor da COPEE/UFRJ.

Clínicas

22 de agosto – Quarta-feira

Meio-ambiente e qualidadeHorário: 8h30min com Maura Nú-

cia Franco, professora do Senai/PI.

Conformação do Produto CerâmicoHorário:10h30mim com Amando

Alves de Oliveira, professor da Es-cola Senai Mario Amato/SP.

23 de agosto – Quinta-feira

Secagem e QueimaHorário: 8h30mim com Oscar Ru-

bem Klegues Montedo, técnico do Senai Criciúma/SC.

Controles de Processo e os Progra-mas de Qualidade

Horário: 10h30mim com Emerson Marcos Dias, assessor técnico e da qualidade da Anicer.

Abertura com Amyr Klink, dia 21

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1� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 1�

Exportações Brasileiras em volumes, janeiro a junho de 2007: o principal destino ainda são os Estados Unidos

EXPORTAÇÕES

Abrindo o lequeO Brasil parte definitivamente para a conquista de novos mercados e hoje 50

empresas já atuam em 130 países. Este resultado, conseguido mesmo na atual conjuntura adversa, deve ser comemorado e estimulado

Batimat Expovivienda, na Argentina: participação de 15 empresas brasileiras

Parceria Apex com Anfacer: os resultados estão aparecendo

Preços médios: menores que nossos concorrentes (jan/jun 07)font

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Qual a impor-tância da indústria cerâmica nacional em feiras inter-nacionais? Quais fatias de mercado ainda precisam ser conquistadas? Onde deve haver um maior investi-mento? Qual a importância da Apex? Essas são algumas questões impor-tantíssimas para o crescimento das exportações dos produtos nacionais em tempos de especulações acerca do dólar, em que as feiras interna-cionais são caminhos para obtermos uma consolidação em novos merca-dos, além de serem propícias para

trocas de experiências. Na questão de exportação, as feiras são funda-mentais, segundo Antonio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer, Associação Nacional dos Fabrican-tes de Cerâmica para Revestimento, que aponta ainda tais eventos como forma das empresas trocarem experi-ências tecnológicas, além de estabe-

lecerem relações para que produto-res e consumido-res estrangeiros passem a respei-tar mais as mer-cadorias nacio-nais. “Para eles, o revestimento brasileiro é bara-to, mas não tem uma marca con-solidada como a italiana, cujos

produtos cus-tam mais por m2

se comparados aos nossos’’, explica Kieling. Segundo ele, ainda falta ha-ver uma maior promoção co-mercial, tendo

em vista a obtenção de maior valor agregado para os nossos revestimen-tos cerâmicos. Todo mundo sabe que o Brasil é um dos maiores ex-portadores do mundo ocupando a 4ª posição, quando exportamos 114 milhões de metros quadrados de revestimentos cerâmicos em 2006. Todavia, para a cerâmica brasileira ser bem aceita, é preciso, de acordo com o tópico anterior, de uma rea-firmação das marcas que precisam estar mais associadas com diversos projetos, principalmente de arqui-tetura. “A arquitetura pode ser uma forma de divulgar a cerâmica na-cional’’, diz Kieling, que ressalta o projeto Arch Tile Brasil como sendo importante para a divulgação. Para os estrangeiros, a grande atração da indústria nacional continua sendo a dos pisos cerâmicos, que produziu 411 milhões de m2 em 2006.

Novos mercados

Tendo em vista o al-cance de novas fatias de consumidores, as em-presas brasileiras estão participando cada vez mais das diversas feiras internacionais. Além da Coverings nos Estados Unidos, mercado em que o produto nacional compôs 40% das impor-tações norte-americanas em 2006, as empresas brasileiras também in-vestem em outros mer-cados, onde a exportação nacional tem recebido boas respostas como o mercado latino-americano e da África do Sul, mostrando a ótima competitividade de nossas mercado-rias. Para o segundo semestre deste ano os revestimentos cerâmicos bra-sileiros estarão presentes na Cersaie em Bolonha, e na maior feira de construção do Oriente Médio, o Big

5 em Dubai, Emirados Árabes Uni-dos. Para se ter uma idéia, na última Expovivienda, 12 empresas expuse-ram e 3 usaram as salas de negócio da Anfacer. Nesta feira, iniciou-se o projeto Arch Tile Brasil quando o ar-quiteto baiano Fernando Peixoto, fez a palestra, “O Uso dos Revestimen-tos Cerâmicos na Arquitetura - Uma

experiência brasileira”, no dia 31 de maio. Pei-xoto é famoso por ter mudado o cenário das fachadas em Salvador com o emprego ousado de revestimentos cerâ-micos.

Apex

Como o intuito das diversas feiras é de di-vulgar tudo aquilo que é produzido em deter-minado país, o papel da Agência de Promoção de Exportadores e In-

vestimento, mais conhecida como Apex, é de grande importância para a indústria cerâmica nacional. Cria-da em 1997 por decreto presidencial, quando em 2003 desvinculou-se do Sebrae, a Apex é um serviço social autônomo ligado ao MDIC, Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com isso, seu

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20 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 21

Estandes coletivos viabilizam boa exposição e resultados com investimento razoável da indústria

Exportações Brasileiras de janeiro a junho 2007 em US$: o melhor resultado vem dos Estados Unidos

No momento que atravessamos, com o dólar valen-do menos que R$ 2,00, economistas, dirigentes e mem-bros de diversas as-sociações debatem os prós e contras desta conjuntura. De que maneira a situação do câmbio afeta a indústria nacional, em especial a de cerâmi-ca? Para isso, apresentamos algumas opiniões de economistas e especia-listas que trazem um panorama das conseqüências dessa situação segun-do seus pontos-de-vista. A avaliação minuciosa desta conjuntura que ten-de a permanecer, com suas conse-qüências nefastas para a a exporta-ção pode, por outro lado, significar novas oportunidades em um cenário de globalização e competição mun-dial cada vez mais acirradas.

Apocalipse

Infelizmente para muitos, as con-seqüências negativas existem em maior número. Especialistas como Paulo Nogueira Batista Jr, diretor-

executivo no FMI, afirmam que a queda do dólar e a valorização da moeda brasileira é extremamente prejudicial para a indústria, pois se-gundo ele, o real apreciado prejudica também o nível de atividadade, afe-tando a competitividade das expor-tações, além de estimular a substi-tuição da produção nacional por im-portações. Visão parecida tem Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda, que possui uma opinião de certa forma apocalíptica, na qual a taxa de câmbio sobreapreciada vai aos poucos matando a indústria na-cional. Outra consequência da valo-rização do real, através da queda do dólar, é a diminuição drástica dos volumes exportados, ou seja, a cerâ-mica sofrerá uma redução em metros quadrados exportados. O real mais valorizado também faz com que as

empresas nacionais invistam no es-trangeiro, criando mais empregos em outros países, au-mentando assim o crescimento produ-tivo dos mesmos, segundo Batista Jr.

É quase unanimidade que tal situa-ção é prejudicial ao setor cerâmico brasileiro que enfrenta cada dia mais a invasão de produtos de fora, espe-cialmente dos chineses. Temos como exemplo as exportações de cerâmi-ca por metros quadrados do pólo de Santa Gertrudes que aumentaram 15% no primeiro trimestre desse ano em relação ao mesmo período de 2006. O maior envio em volume não se traduziu em preços, com o pre-ço médio ficando nos mesmos US$ 3.70/m2 desde 2006, o que significa uma diminuição significativa da re-ceita em reais.

Estímulo interno

Para Paulo Safady Simão, Presi-dente da CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção, os bene-

CÂMBIO

Até quando o país agüenta? Instrumento fabuloso para controlar a inflação, o dólar barato é a menina dos

olhos da política econômica do atual governo, assim como foi no anterior por bom período. Duro mesmo é preparar a saída desta insidiosa armadilha

Alaís Coluchi: estande coletivo é estratégico para ampliar mercados

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principal objetivo é o de inserir mais empresas no mercado internacional, diversificar a pauta dos produtos ex-portados, aumentar o volume vendi-do e abrir novos mercados além de consolidar os atuais. Na indústria cerâmica seria quase impossível o Brasil possuir 50 empresas de re-vestimentos que exportam para 130 países, se não contasse com essa agência. A Apex ajuda as empresas nacionais através da promoção, na participação de eventos e na execu-ção de projetos de divulgação. Essa

agência contribui de grande forma nos eventos internacionais através de locações de espaços, auxílio para montagem de estandes, projetos e acima de tudo incentivo à cultura ex-portadora para que o Brasil, 3º maior produtor mundial saia da 4ª coloca-ção quando o assunto é exportação.

Modelo de sucesso

Para viabilizar e incentivar a parti-cipação das empresas brasileiras em feiras internacionais, a Anfacer ofe-

rece um sistema de estandes coletivos em dois tamanhos, 10 e 20 m2. Segundo Ala-ís Coluchi, relações internacionais da An-facer, qualquer asso-ciado pode participar. Lançado na Coverin-gs, este modelo fez sucesso na Batimat Expovivienda, quan-do 10 das 12 empre-

sas expositoras usaram este tipo de estande. É parte da estratégia da Anfacer maior presença mun-dial e este mo-delo irá viabili-zar uma maior p a r t i c i p a ç ã o das empresas expor tadoras brasileiras nos próximos even-tos mundiais.

EXPORTAÇÕES

Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 21

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22 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 2�

fícios criados por causa do real mais forte têm origem na política cambial brasileira que vem desempenhando bom papel ao estabilizar a econo-mia, na qual o câmbio valorizado é decorrência de uma boa conjuntura. Segundo ele, o país está bem, pois está atraindo recursos. Ele ressalta ainda que a atual situação da econo-mia é sólida, com reservas cambiais elevadas e boa presença no cenário internacional, fatores que devem ser aproveitados pelas empresas. Para isso afirma que estamos no momen-to certo para que nossos produtos se tornem mais competitivos. Também ressalta que o atual momento está gerando um ambiente favorável de negócios, com maior segurança e menor risco. Temos agora a oportu-nidade de focalizar nossa economia doméstica, em especial setores como o da construção civil que estão reafir-mando uma presença mais marcante no cenário nacional, fato que impul-siona, cada vez mais, o crescimento e aperfeicoamento da indústria cerâ-

ele, a insistência das exportações na modalidade Fob-Porto, por parte das indústrias, faz com que percam com-petitividade no mercado ao sacrifi-car as margens para cobrir despesas relacionadas com o transporte de carga. Além disso, o Brasil tem con-dições desfavoráveis para competir na exportação, em especial, com a América Central. Enquanto que o México paga de frete de US$ 1.500 a 1.600 por um conteiner de 20 pés que chega em 7 dias a esta região, e com um imposto, Arancel, de 6%, o Brasil demora 35 dias para colo-car sua mercadoria pagando de US$ 3.000 a 3.300 pelo mesmo conteiner e pagando um imposto de importa-ção de 15%. A recente aquisição da Porcelanite pela Lamosa do México, que produzirá 11 milhões de m2, fará, segundo Martins, com que o Brasil diga adeus ao mercado da América Central. Para ele, este é um momen-to especial, em que as oportunidades de realinhamento são únicas e devem ser feitas agora ou nunca.

Realinhamento já!

por Jorge Martins

O crescimento no setor cerâmico apre-sentou nos últimos anos um aumento signi-ficativo. Números referentes às exportações superaram expectativas no primeiro trimes-tre do ano com um crescimento de 15% em relação ao mesmo período de 2006. Estes números refletem somente o volume em m2 exportados, mas não se traduzem em preços. Este crescimento, igualmente, deu-se apenas no Pólo de Santa Gertrudes en-quanto que no Brasil o volume do primeiro trimestre foi 6% inferior ao mesmo período de 2006. Este mesmo crescimento é obser-vado ainda no mês de abril 2007, mas em nível nacional, enquanto que o pólo teve notáveis 28% comparados a abril de 2006. Esta curva começa a se inverter no mês de maio. O Brasil exportou em maio passado menos 17% se comparados ao mesmo pe-ríodo de 2006, enquanto que o pólo recuou 5%. No sul do país despencamos estrondo-sos 35% em maio, comparados a maio de 2006. O que mais chama a nossa atenção é que o preço médio do Brasil no primeiro trimestre de 2006 era de US$ 3.70/m2. No total dos primeiros 5 meses de 2007 o preço médio nacional é exatamente o mesmo. O estado de São Paulo manteve os mesmos US$ 2.70/m2 observados no primeiro trimes-tre de 2006. Somente a desvalorização do dólar americano de janeiro do ano passado até maio de 2007 foi de 21%. Aliado a isto, houve aumentos generalizados de matérias-primas, gás natural, dissídios coletivos, rea-justes de fretes e de pedágios, embalagens, despesas portuárias, etc. Os números aci-ma demonstram que muitos reclamam, mas poucos reagem. A previsão de exportação para o ano de 2007 para o setor é de 118,6 milhões de m2. Com base no realizado até maio passado, não deveremos chegar a 107 milhões de m2 em exportações. Em outras palavras, se as exportações não reagirem, as vendas no mercado interno deverão ser

mica no mercado interno. Jorge Mar-tins, gerente de comércio exterior da Villagres (veja artigo ao lado), enfa-tiza que a indústria de cerâmica deve mesmo priorizar o mercado interno para compensar a crescente perda das exportações, na ordem de 15% em 2007, fato que, segundo ele, não ocorre na história do país pelo me-nos nos últimos dez anos.

Reajuste de preços

Jorge Martins também avisa que é preciso que ocorra um reajustamento dos preços, pois nossos concorrentes já tomaram tal medida. Temos como exemplo a Espanha, cujos produto-res reajustaram seus preços 13% em média. Até os produtores chineses estão reajustando os seus preços em 10%, o que representa mais de 30% de aumento nos últimos 3 anos. Mar-tins ainda pede para observar que os preços promovidos pelos nossos con-correntes aplicam-se a seus preços na fábrica, não postos no porto. Para

maiores que 11% comparadas a 2006 ante uma previsão de crescimento de 8%. Ape-sar de um excelente primeiro trimestre em 2007, estaríamos ainda 5% abaixo do pre-visto para este ano. Ou seja, para compen-sar a perda das exportações e não aumentar os nossos estoques em 25 milhões de m2 este ano, teremos que, necessariamente, expandir nossas vendas no mercado interno em 15% em 2007, o que não ocorre na his-tória deste país pelo menos nos últimos 10 anos. A exagerada apreciação do real mos-tra-nos ainda uma outra ameaça iminente. Podemos encontrar produtos cerâmicos da China oferecidos para exportação a preços aviltantes até mesmo para a nossa realidade de mercado. Imaginem um produto cerâmi-co chinês vendido a US$ 2,00 para expor-tação? Com o dólar no mesmo patamar de 1999, ou seja, R$ 1,80, este produto entraria em franca briga em nosso mercado que tem faixas de preço para o varejo entre R$ 4,50 e R$ 13,00. O que fazer nesta situação? Nor-matizar e fazer cumprir a nossa produção de cerâmicos? Vale lembrar que o porcelanato chinês já representa 12% do mercado brasi-leiro de porcelanato. O destino de mais de 45% de nossas exportações são os Estados Unidos que vêm enfrentando um forte ajuste em seu ramo imobiliário desde o início de ano. Na onda deste ajuste vieram tantos ou-tros que, acredito, beneficiarão sobremanei-ra o setor cerâmico brasileiro. Desde o início de junho passado os produtores espanhóis reajustaram seus preços 13% em média. Os fretes marítimos, em face de forte demanda mundial, também sofreram reajustes médios na casa de 20%. Os fretes rodoviários não ficaram atrás e também foram reajustados em até 38%. Até os produtores chineses estão reajustando os seus preços em 10% agora em julho, o que representa mais de 30% de aumento nos últimos 3 anos. Obser-vem que os ajustes de preços promovidos pelos nossos concorrentes aplicam-se a seus preços na fábrica, ou seja, ao valor da cerâmica. Insistimos em exportar na moda-lidade Fob-Porto e com isso perdemos mais competitividade no mercado, pois sacrifica-mos ainda mais as nossas margens para cobrir despesas inerentes ao transporte da carga. Apenas para que se tenha uma idéia, em 2004 as despesas de transporte, despachante e demais despesas portuárias de uma exportação proveniente do Pólo de Santa Gertrudes representava em média US$ 0.40/m2. Hoje, este mesmo custo gira em torno de US$ 0.85/m2. Fazendo uma análise mais profunda da situação, vemos que no início dos anos 2000 exportávamos com preços superiores a US$ 5.00/m2 os

produtos de via úmida e US$ 3.70/m2 os produtos de via seca. No final do ano 2000 tínhamos a mesma taxa de câmbio que te-mos hoje. A única diferença é que nossas despesas internas eram bem menores em reais. A taxa de câmbio encontrou o seu ápice em 2002 e já a partir de 2004 iniciou a sua curva de descendência. Nossos re-cursos energéticos, transportes internos e custos de reposição de matéria-prima, foram fortemente reajustados durante o período de real fraco e jamais recuaram um milímetro neste período de excesso de liquidez no mercado. Na eminência de nos tornarmos o terceiro maior produtor mundial de cerâ-mica, constatamos que ganhamos muita gordura, mas nenhuma saúde, pois quanto mais produzimos - incremento de 50% em 7 anos - menos competitivos nos tornamos no mercado internacional. Certamente ninguém duvida que um volume de 20% de nossa produção sendo exportado anualmente não representa um negócio de oportunidade, mas sim um negócio estratégico para nos-sas pretensões futuras. Investimos muitos milhões de dólares promovendo nosso pro-duto no exterior, hoje, infelizmente, estereo-tipado de produto barato. Sair do mercado internacional significa perder investimentos, aprendizados importantes e escalas, e per-manecer exige margens que o justifiquem. Soubemos, com maestria, reduzir nossos preços no exterior quando a taxa de câmbio nos foi favorável. Não creio que tenhamos outra oportunidade como esta de realinhar nossos preços à nossa realidade cambial. A decisão demanda rever a atuação externa e responder diversas perguntas, tais como: É impossível aumentar os preços nos países para os quais vendemos? Nossos agentes estão capacitados para tal? Quais os preços praticados no mercado? Podemos adequar nossos produtos para segmentos de maior valor agregado? Dentro das várias estraté-gias para políticas de preços e métodos para cálculo de preço para exportação, o que es-tamos adotando é o mais adequado? Para-fraseando um empresário de muito sucesso em nosso país, diríamos que para se cons-truir um negócio de sucesso é preciso ino-var, ousar e aprender constantemente. As-sumir riscos é fundamental para sobreviver nos dias de hoje. Sem dúvida aprendemos bastante com os nossos equívocos. Resta agora correr os riscos necessários para não caminhar na contramão da história, apren-dendo definitivamente a vender e deixar de ser comprado.

Jorge Martins é gerente de exportação da Villagres Revestimentos Cerâmicos

CÂMBIO

22 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico

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2� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 25

CONGRESSO ABC

Sincretismo tecnológicoEm sua nova fase, a ABC visa estabelecer parcerias com as outras

entidades que representam a cerâmica brasileira buscando essencialmente trabalhar no âmbito tecnológico dos vários segmentos desta indústria

De 3 a 6 de ju-nho aconteceu na capital baiana a 51ª edição do Congresso Bra-sileiro de Cerâ-mica, evento rea-lizado pela ABC, Associação Bra-sileira de Cerâ-mica, que reuniu instituições de ensino e pesqui-sa, indústrias fa-bricantes de pro-dutos cerâmicos e fornecedores de matérias-primas, equipamentos e insumos. Rea-lizado no Bahia Othon Palace Hotel, o evento que contou com diversas pales-tras e painéis, foi realizado parale-lamente com o I Seminário Inter-nacional de Ce-râmica Vermelha e com o Seminá-rio de Cerâmica Artística. Através

do Congresso, di-versos setores pu-deram conhecer um pouco mais as potencialida-des do nordeste, além de deba-terem questões primordiais para o setor, através de especialistas brasileiros e es-trangeiros. Entre os temas, foram debatidos assun-tos recorrentes na imprensa como o gás natural e os créditos de carbo-no. As cerâmicas de revestimento, estrutural e artís-tica mantiveram seus espaços. O evento teve a apresentação de 417 trabalhos da acadêmicos que foram ela-boradas por 529 pesquisadores. O 51º Congresso foi acima de tudo importante para

o fechamento parcerias visando um crescimento mútuo das diversas asso-ciações e empresas. Na inauguração, José Lepri Neto, presidente da ABC, informou que a associação deverá sofrer uma mudança, que vem sen-do preparada ao longo do ano, para que eventos já programados como este e outros não sejam afetados. Em seu pronunciamento Lepri ressaltou ainda a importância da capacitação de recursos junto aos órgãos gover-namentais tendo em vista a realiza-ção dos tão esperados programas de desenvolvimento acelerado, onde o âmbito tecnológico será enfatiza-do. No discurso, ele também alertou que as empresas não podem se dar ao luxo de esperarem o alcance do progresso, pois segundo ele, a in-

dústria precisa mais do que nunca da reciprocidade e dos conhecimentos científicos para alcançar essa meta, e espera a ajuda do governo para via-blizar um maior avanço tecnológico:

“Não acreditem que foi um ano fácil dessa cinquentenária instituicão, e nem difícil. Foi um ano de conhecer as possiblidades de um nível de vôo a ser alçado”. O presidente da ABC, afirma ainda que a maior barreira para a indústria está na direção das empresas, que preferem importar e revender para conseguirem um lucro rápido. Lepri refere-se à invasão do porcelanato chinês, trazido sobretu-do pelas indústrias instaladas neste país, que significam um tiro no pró-prio pé a longo prazo. Sobre a rela-ção com as diversas associações do setor, ele afirma que a maioria delas trata da parte comercial, - enquanto que a ABC trabalha focada na ques-tão tecnológica nas diversas áreas da cerâmica – mas que todas podem

Lepri ressaltou as parcerias tecnológicas com o setor

Lima afirmou que o setor deve se mexer se quiser sobreviver

Edison Toledo agradeceu a homenagem ao Dr. Forjaz

ABC e Anicer: apoio para a vermelha

Congresso na Bahia: buscando maior apoio dos empresários e fornecedores

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2� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 2�

trabalhar em cooperação: “Amados ceramistas companheiros, este é meu convite: nós vamos decolar!”, exul-tou Lepri, que convocou todos para enfrentar mercados globalizados sem mais demora.

Anicer

Quem também discursou foi o atu-al presidente da Anicer, Luis Carlos Barbosa Lima, que fez uma alusão ao hino nacional ao dizer que o setor não deveria dormir em berço esplen-dido, para que produtos concorrentes

e imprimir um cunho profissional a uma das mais antigas cerâmicas do Brasil.

Sorteio

Além de conhecer di-versos trabalhos cientí-ficos e de participar de palestras e painéis, o público teve a oportu-nidade de conhecer um pouco mais da cerâ-mica artística, que não poderia ser esquecida

no congresso, através de uma feira que mostrou o melhor do artesana-to baiano e nordestino, em que se destacaram as famosas garrafas de cachaça (veja ao lado). No jantar de encerramento, a agência de viagens Augustus sorteou uma passagem para a próxima Cersaie na Itália. O vencedor foi o Peter Pal Kalmar, da Dncer Indústria e Com. Ltda.

Roberto Zullino, da Future Trends, assume a secretaria executiva da ABC

CBPM: atraindo investimentos para a Bahia

não ameaçem nosso mercado. Lima aler-tou ainda que falta um maior conhecimento por parte dos próprios ceramistas acerca dos produtos, inviabilizan-do assim a divulgação das qualidades que eles oferecem. Ele também falou da importância da reaproximação da Anicer com a ABC, e considera que as duas associações irão fazer

um trabalho coperativo e sem ne-nhuma concorrência. Edison Corrêa de Toledo, presidente da Cerâmica Porto Ferreira, agradeceu emociona-do à homenagem que a ABC prestou ao seu sogro, Nicolau Vergueiro For-jaz, falecido em 02 de janeiro deste ano. Toledo, que tem profunda ad-miração por este ceramista admirado por todos, procura usar estas lições

Hospitalidade baiana e soul americano com Billy Paul

Paulo Zanardi e Stefano Merlin, da Ecológica Assessoria, mostraram os avanços no trabalho de substituição energé-tica nas indústrias de cerâmica estrutural e na obtenção de crédi-tos de carbono, com projetos adiantados em vários estados do Brasil

Peças de artesanto revelam a importância da cerâmica artística no nordeste. No 51º Congresso ela foi uma atração à parte, através de esculturas

regadas com o melhor da cultura baiana.

Cerâmica artística

CONGRESSO ABC

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A Feitec 2007, feira da Alvo Brasil, que nessa última edição foi organizada sob licença pela Aspacer, aconteceu no pavilhão de exposições que a entidade ad-ministra, entre os dias 26 e 29 de junho, na cidade de Santa Gertru-des, principal pólo cerâmico do estado. O evento teve uma visi-tação de mais de 15 mil pessoas, considerada excessiva pela Aspa-cer e por boa parte dos exposito-res. Para João Oscar Bergstron Neto isto se deve ao fato de que mais de 30.000 convites foram entregues in-distintamente, o que não privilegiou a qualificação de profissionais para o

evento. Mesmo assim, o evento pro-porcionou pontos positivos aos seus 105 expositores que, se não conse-guiram fazer apresentações técnicas, ao menos tiveram bons contatos pes-soais com seus clientes. Um dos des-taques foi a apresentação da Silicon Vertical, novidade da Tecno Itália representada pela Euromec no Bra-sil, que trouxe também outras má-quinas de aplicação a seco e úmido de decorações. A Aspacer caprichou na organização e conseguiu trazer o governador do estado de São Paulo

José Serra, dando um cunho políti-co ao evento. A excessiva visitação acabou prejudicanto o ciclo das 17 palestras técnicas oferecidas por al-guns expositores.

Ruptura

Mal se apagaram as luzes do even-to, a Aspacer se apressou em lançar sua nova feira, Forn&Cer, e a Alvo Brasil em continuar com a Feitec. Durante o evento o clima já estava azedo entre os organizadores e levava a crer neste desfecho. Para Rogério Nascimento, da Alvo Brasil, o evento se tornou político quando a Aspacer mudou a proposta inicial da feira que visa o lado comercial. Bergstron, da

Aspacer afirma que sua nova fei-ra, que contou com um grande estudo de marketing, na verdade será um encontro internacional de toda a cadeia produtiva de cerâ-mica, e pleiteia para a Aspacer o controle deste processo, como a entidade forte do setor. O lança-mento oficial da Forn&Cer se deu no dia 7 de agosto, e a feira será realizada de 24 a 27 de junho de 2008, em Santa Gertrudes. Bergs-

tron promete um evento mais focado para indústria, uma feira “européia” como diz. A Feitec também está sen-do preparada para 2008 e retoma seu modelo clássico com apresentadores famosos, em Rio Claro. A reação da maioria dos expositores ouvida por Mundo Cerâmico é de que esta divi-são não interessa ao setor e irá aca-bar enfraquecendo ambas as feiras. É esperar para ver.

Eventos paralelos

Por ocasião da Feitec foram re-alizados alguns eventos paralelos. No hotel Cretta, a palestra de Heinz Günter Hessling, engenheiro de ven-das da matriz da Eirich sobre moa-gem de esmaltes (veja artigo na pá-gina 30), no dia 28 de junho. Tam-bém neste dia a Smalticeram fez o lançamento oficial de sua nova filial em Araras em que foram apresenta-das as novas instalações e o processo novo Colormix da empresa Tema, que já se encontra em funcionamen-to na Cerâmica Portobello, e que permite grande economia e mistura precisa de formulações de corantes.

FEITEC

Feiras em ebuliçãoA luta pela realização da Feitec a da recém-lançada Forn&Cer lembra a

época da corrida do ouro, em que ninguém quer perder a dianteira. Resta perguntar ao mercado se julga este movimento relevante

Manchester: presença institucional da equipe

Smalticeram: filial Araras inaugurada

Euromec trouxe a Silicon Vertical

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�0 Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Junho - Julho 2007 �1

A Eirich oferece, basicamente, duas tecnologias diferentes para a aplicação requerida, “Moagem fina de esmaltes”:

1. Moagem por via úmida2. Moagem por via seca

PreParação de esmaltes - via úmida

Em um processo de moagem úmido o esmalte se moe previamente pelos moi-nhos existentes a tambor a uma finura de < 200-300 µ. Após esvaziar os moinhos a tambor o esmalte pré-moído é alimen-tado no moinho MaxxMill® para a mo-agem fina.

Moinho a tambor + MaxxMill® - moagem fina de esmaltes

Para cerâmica sanitária se usa muitas vezes o que chamam “esmalte crú”. Esse esmalte é entregue pré-moído em tama-nhos inferiores a aprox. 200 µ. Esse ma-terial necessita passar por um processo de dispersão.

Os passos de processamento seguintes são os mesmos que se realizam com es-maltes pré-moídos no moinho a tambor.

O processo seguinte ao moinho a tam-bor será de regime contínuo.

O MaxxMill® é perfeitamente apro-priado para tais aplicações. Graças ao ta-

manho pequeno dos elementos moedo-res e a geração de uma grande superfície de produto, é possível moer o material a finuras de 1 – 3 % > 44 µ, de maneira muito econômica.

Caso o processo de moagem anterior entregue partículas de tamanho variado, será fácil compensar essas flutuações aumentando ou diminuindo o volume de esmalte que passa pelo MaxxMilll®. O esmalte será então moído mais fino ou mais grosso.

Vantagens:

• O consumo de energia para a moagem fina é menor utilizando-se um MaxxMill® que quando se usa um moi-nho a tambor (ver exemplo de cálculo).

• O MaxxMill® é apropriado para moer esmaltes com densidades mais altas que as que podem ser obtidas nos moinhos a tambor. Essa capacidade pode resultar vantajosa quanto à aplica-ção do esmalte. Depende, sem dúvida, da intenção de uso e da tecnologia dis-ponível na fábrica.

• Ao trocar a fórmula de esmalte, se perde muito menos produto na máqui-na moedora se usar um MaxxMill® em comparação com um moinho a tambor (economia em esmalte significa menos gastos).

• É fácil limpar o MaxxMill® ao

trocar a fórmula de esmalte.Para esmaltes de formulação parecida,

se bombeia água pelo moinho depois da moagem e se descarrega o esmalte re-sidual. A água de limpeza se agrega ao esmalte moído. As quantidades residuais que permanecem na máquina são muito pequenas, não se perde nada de esmal-te. Para evitar uma redução inadmissível da densidade do produto, pode moer-se o esmalte com uma densidade mais alta, compensando assim de antemão a água de limpeza que se adicionará.

Para uma limpeza a fundo do Maxx-Mill® depois de enxaguá-lo com água, se levanta a parte superior da máquina, se descarregam os elementos moedores e se lava bem a câmara de moagem, as ferramentas de moagem e o equipamen-to de extração.

As bolas podem ser limpas separada-mente. Os tubos de esmalte se limpam também e é possível trocá-los. Trocar os tubos de esmalte não é nada incomum.

Com a limpeza se perde aprox. 20 kg de esmalte que ficam no meio das bolas quando se está limpando o MaxxMill®. Este esmalte se descarrega do Maxx-Mill® junto com as bolas. As quanti-dades de esmalte perdidas são mínimas, comparando-as com as perdas ocasiona-das na limpeza de um moinho a tambor.

• Por se perder muito pouco es-malte com a limpeza, este sistema de moagem é muito flexível e se presta para ser usado também com lotes de esmalte pequenos.

• Os rejeitos de peneira podem regular-se rapidamente adaptando-se o volume que passa pelo MaxxMill®. A adaptação é imediata e verificável por medição (câmara de moagem de peque-no volume).

• A comprovar se tão pouca quantidade de resíduos não resulta inó-cua para alguns tipos de esmalte. Se assim for, não faria falta descarregar

as bolas da máquina depois de lavar-la. Nesse caso, não se perde quase nada de esmalte. Supõe-se que tal procedimento só é factível para quantidades grandes de esmalte e com fórmulas de esmalte com-patíveis.

PreParação de esmaltes - via seca

Moagem a seco de esmaltes.

A moagem a seco oferece grande fle-xibilidade a nível de gastos muito baixos para a preparação de esmaltes.

Nossa tecnologia se baseia no seguin-te processo:

Todas as matérias primas (fritas, fel-dspato, quartzo) são moídas secas no MaxxMill® para logo ser armazenadas em silos. Os pigmentos que se entregam já moídos e secos são também armaze-nados em silos.

Se supõe que no MaxxMill® se moe somente matérias-primas, fritas, com propriedades similares que não se pre-judiquem mutuamente. É necessário acordar com o Cliente sobre o grau de contaminação que é tolerável para cada uma das matérias primas.

Matérias-primas que se prejudicam uma com a outra terão que ser moídas, possivelmente em sistemas de moagem diferentes ou, em sistemas de moagem com filtros cambiáveis ou que tenham dois filtros.

Os componentes individuais do es-malte serão pesados automaticamente. As matérias-primas que não necessitem ser moídas ou que já estejam moídas, por exemplo argila, caulim ou pigmen-tos, serão também armazenadas em silos e pesadas secas.

O esmalte logo se mistura homogene-amente.

Para processar o esmalte in situ, é pos-sível dispersar-lo em um misturador de dissolução (blunger) e transportá-lo às unidades de vidrado. Todos os aditivos podem agregar-se no misturador de dis-solução (ver diagrama nº 2-22-5233-2).

Se o esmalte moído for enviado a ou-tros lugares de destino, será homoge-neizado e granulado sucessivamente. O esmalte granulado logo será embalado em lotes apropriados. Os componentes da mistura não se segregarão.

Dessa forma é possível dispersar so-mente partes de uma carga inteira.

Também com lotes parciais é seguro que a composição do esmalte será cons-tante (ver diagrama nº 2-22-5154-2).

Este processo oferece grande flexibi-lidade na fabricação de esmaltes. Todo tipo de esmalte pode ser fabricado indi-vidualmente, com máxima precisão.

Outra vantagem consiste em moer os componentes individuais tendo a pos-sibilidade de obter a finura específica requerida para cada um. Assim, não se consome mais energia para moer cada componente do que é necessário para obter o produto final.

As formulações de esmalte podem ser mudadas em muito pouco tempo. Tudo implica, supostamente, uma inversão bastante mais alta, porém o preço mais alto se justifica com os gastos operacio-nais mais baixos e a maior flexibilidade.

Colocamos em operação, em condi-ções industriais um pequeno sistema que funciona segundo o processo descrito. Nesse caso, sem dúvida, o esmalte não se dispersa, se não se homogeneizar por via seca para logo embalalá-lo.

Vantagens

Economia em gastos de energia.• Cada componente básico do

esmaltes será moído individualmente a exatamente a finura necessária para sua aplicação.

• Para moer cada componente de esmalte não se consome mais energia do que é necessário, segundo as caracterís-ticas de moagem.

• Esmaltes moídos a seco não necessitam secar, portanto, gasto zero.

• Graças à granulação, não se descompõe o esmalte durante o trans-porte. Pode processar lotes parciais de uma carga grande.

• Pode produzir quantidades de esmalte com a precisão de um quilo, não haverá nada ou muito pouco material de sobra.

• É possível entrega de esmaltes sobre demanda.

• Minimização de estoque de es-maltes prontos para uso.

• É possível a fabricação econô-mica de pequenos lotes.

Qualidade

• Cada um dos componentes de um esmalte pode ser preparado indivi-dualmente.

• Ao trocar as matérias-primas em um moinho, as quantidades a rejeitar são mínimas.

• A limpeza do sistema de moa-gem é fácil e causa nada ou pouca con-taminação.

• A fabricação de esmalte é inde-pendente da moagem.

• Sistemas de dosagem e pesa-gem automáticos asseguram uma com-posição precisa e reproduzível de esmal-tes.

A moagem de modo contínuo facilita a verificação da qualidade em cada mo-mento e permite intervir rapidamente no caso que tenham trocado os parâmetros de qualidade. Curto tempo de reação do sistema.

Transcrição da palestra técnica pro-ferida por Engº Heinz Günter Hessling, Engenheiro de Vendas do Depto. de Vendas Técnicas da Maschinenfrabrik Gustav Eirich, matriz do Grupo Eirich sediada em Hardhein na Alemanha, em 28 de junho 2007 em Santa. Gertrudes no Cretta Hotel.

ESMALTES

Moagem a úmido e a seco Eirich apresenta duas tecnologias em moagem fina de esmaltes

por Heinz Günter Hessling

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�2 Junho - Julho 2007 - Mercado Cerâmico Mercado Cerâmico - Junho - Julho 2007 ��

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Luis Carlos Barbosa Lima, 49, presidente da Anicer, As-sociação Nacional da Indústria Cerâmica, fala para a revista Mundo Cerâmico sobre os avanços, problemas e perspec-tivas do segmento da cerâmica estrutural, ou vermelha, como querem alguns, bem como sobre os propósitos de seu mandato frente à uma das principais associações do setor. Casado, com uma filha, Luis gosta de futebol, motocicletas, livros e música. Este ecletismo irá ajudá-lo a reunir as diversas realidades desta importante indústria.

MC - Quais as prioridades de sua gestão?

Luis - Minha prioridade está na questão de mercado e na qualidade, em que ainda temos a dificulade de especificar e mostrar as vantagens e funções de nossos produtos. Irei tam-bém buscar uma maior união de to-dos para ações técnico-comerciais.

MC – Que melhorias o setor teve?Luis – As melhorias aconteceram

principalmente na gestão e em equi-pamentos. Hoje temos um melhor controle de qualidade que tem feito com que nossas empresas moderni-zem seus equipamentos. Mas ainda é preciso colocar isso na cabeça de alguns ceramistas que não percebe-ram a importância de questões como

energia e isolamento térmico.

MC- E a questão do meio-ambiente?Luis – A importância é grande,

mas precisamos mudar a imagem de que somos agressores do ambiente. Infelizmente a imagem é negativa. Para isso, temos que mostrar que nosso impacto é pequeno e se dá em áreas recuperáveis. Então esse preconceito tem que acabar através de ações que mostrem a nossa pre-ocupação social e em temas como a saúde, por exemplo. A respeito do Conama ele é preconceituoso em re-lação a nós, por não ser igualitário. Temos que ter o direito de trabalhar onde as matérias-primas existem.

MC- Como sabemos o mercado da construção civil está exigindo um aprimoramento crescente nos produ-tos e processos. Como isso influencia a indústria cerâmica?

Luis – O processo de crescimen-to da construção civil precisa ser melhorado e racionalizado, porém ele faz com que as exigências sejam maiores, e a indústria cerâmica está

acompanhando.as mudanças em termos de processos e equipamentos.

MC- Qual sua opinião acerca do estudo realizado pela Fiesp e Sebraes/SP? (veja matéria à página 12)

Luis – Esse trabalho reflete a re-alidade do mercado, que precisa se expandir, principalmente tendo em vista os construtores que devem co-nhecer melhor as qualidades de pro-dutos de cerâmica vermelha.

MC- O que é esperado da relação da Anicer com a ABC?

Luis – Espero que possamos de-sempenhar um papel cientificamente importante, que deve ser priorizado. Mas também vamos tentar resolver problemas que podem surgir no se-tor cerâmico, como o da resolução do Conama 369. As parcerias preci-sam existir pois não deve haver con-corrência entre parceiros que lutam pelos mesmo objetivos.

MC- Qual sua expectativa para o próximo o 36º Encontro da Anicer?

Luis - Essa vai ser a melhor edi-ção do encontro, quando espero que 2.000 pessoas irão visitá-lo. Os pai-néis são bons e as clínicas trarão um conhecimento maior para todos, e com certeza muitos negócios serão realizados durante o evento.

�� Junho - Julho 2007 - Mundo Cerâmico

ENTREVISTA

Aumentando o giroLuis Carlos Barbosa Lima pretende imprimir um ritmo ainda mais acelerado à

Anicer, da qual sempre participou ativamente e agora preside. Suas ações serão focadas em mercado, qualidade e meio-ambiente

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“O Conama tem uma visão preconceituosa

a nosso respeito. Não agredimos o meio-ambiente”

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