mudanças trazidas pelo novo acordo ortográfico - módulo 2

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Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico Ortográfico Ortográfico Ortográfico Livro 6 Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico - Turma 09 Livro: Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico Impresso por: Mauricio Contratres Data: terça, 28 Abr 2015, 07:25 Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico http://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=21835 1 de 46 28/04/2015 07:26

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Módulo 2 do curso do Novo Acordo Ortográfico do Portal Saberes do Senado. Não estando disponíveis os vídeos e nem os exercícios de fixação.

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Page 1: Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico - Módulo 2

Mudanças trazidas pelo Novo AcordoMudanças trazidas pelo Novo AcordoMudanças trazidas pelo Novo AcordoMudanças trazidas pelo Novo AcordoOrtográficoOrtográficoOrtográficoOrtográfico

Livro 6

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB

Curso: Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico - Turma 09

Livro: Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico

Impresso por: Mauricio Contratres

Data: terça, 28 Abr 2015, 07:25

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SumárioSumárioSumárioSumário

Módulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico

Introdução

Unidade 1 - Regras da acentuação gráfica

1ª Regra

2ª Regra

3ª Regra

4ª Regra - Parte 1

4ª Regra - Parte 2

4ª Regra - Parte 3

5ª Regra

6ª Regra

Complementando os estudos

Unidade 2 - O emprego do hífen

Pág. 2

Pág. 3

Pág. 4

Pág. 5

Pág. 6

Pág. 7

Complementando os estudos

Unidade 3 - Composição do alfabeto

Pág. 2

Pág. 3

Complementando os estudos

Unidade 4 - Eliminação do trema

Pág. 2

Complementando os estudos

Exercícios de Fixação - Módulo II

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Módulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo OrtográficoMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo OrtográficoMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo OrtográficoMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico

Ao final deste módulo, você deverá conhecer as regras de acentuação gráfica, emprego do

hífen e a composição e eliminação do trema.

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IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

Com a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, muitos podem pensar: “De que valeu o esforço para entender por que

‘infraestrutura’ se escrevia com hífen e anti-imperialista, sem ele?”

Entretanto, esteja a favor do Acordo ou contrário a ele, ninguém está livre de uma revisão ortográfica.

O Acordo, porém, visa unificar a ortografia e não a pronúncia e o significado das palavras.

As tiras abaixo são um bom exemplo disso. A primeira saiu em um jornal português; a segunda, num jornal brasileiro.

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Unidade 1 - Regras da acentuação gráficaUnidade 1 - Regras da acentuação gráficaUnidade 1 - Regras da acentuação gráficaUnidade 1 - Regras da acentuação gráfica

Pela fala expressamos a melodia da língua. É um processo quase intuitivo, que praticamos quando expiramos com maior ou

menor força.

Na escrita, utilizamos recursos gráficos para “ensinar” ao leitor a cantar essa melodia, ora apontando a sílaba tônica, ora

indicando se o som vocálico é aberto ou fechado com o uso dos sinais diacríticos. Por isso é que se diz que a palavra “acento”

encontra sua etimologia, ou seja, a origem da sua formação, na

expressão latina ad cantum (=para o canto).

Sinal diacrítico é um signo gráfico que se associa a uma letra para lhe

dar uma característica fonética diferente daquela que a letra possui

isoladamente. Exemplo clássico de sinal diacrítico é a cedilha, que

diferencia a pronúncia do < c > de 'caco' do < c > de 'caço' (do verbo

'caçar'). Além dela, existem o acento agudo ('lá'), o til ('lã'), o acento

circunflexo ('lâmpada') e o acento grave ('àquela').

Então, se aplicamos acentos gráficos para “ajudar a cantar” a melodia

da língua, quais as regras formuladas pelo Novo

Acordo Ortográfico no particular?

No que interessa aos brasileiros, a acentuação gráfica, que é tratada nas Bases VIII, IX, X e XI do Acordo, é o tema em que se

verifica o maior índice de alterações, se considerada a quantidade de palavras que tiveram a grafia modificada.

De modo geral, as modificações se concentram:

. nas palavras paroxítonas (‘heroico’, ‘ideia’),

. naquelas em que ocorre hiato (‘feiura’, ‘voo’) e

. nas homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia (‘pelo’, ‘pera’).

Essas modificações têm sempre o objetivo de eliminar os acentos gráficos até então presentes nesses grupos de palavras, e

não de acrescentá-los.

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1ª Regra1ª Regra1ª Regra1ª Regra

Elimina-se o acento agudo das palavras paroxítonas cuja sílaba tônica seja formada pelos ditongos abertos < ei > e < oi >.

Como era antes Como deve ser agora

alcalóide alcaloide

alcatéia alcateia

apóio (verbo apoiar) apoio

asteróide asteroide

assembléia assembleia

bóia boia

clarabóia claraboia

colméia colmeia

Coréia Coreia

Galiléia Galileia

geléia geleia

hebréia hebreia

heróico heroico

idéia ideia

intróito introito

jibóia jiboia

jóia joia

odisséia odisseia

onomatopéia onomatopeia

paranóico paranoico

platéia plateia

protéico proteico

tramóia tramoia

O acento PERMANECE:

Nas palavras oxítonas, mesmo que ocorram os1.

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ditongos abertos < ei > e < oi >, como em:

'hotéis', 'heróis', 'papéis';

Nas paroxítonas terminadas em < r >, como em:

'destróier';

2.

Nos monossílabos tônicos: 'dói',

'méis', 'réis', 'sóis'.

3.

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2ª Regra2ª Regra2ª Regra2ª Regra

Elimina-se o acento agudo de palavra paroxítona formada pelas vogais < i > e < u >precedidas de ditongo.

Como era antes Como deve ser agora

baiuca baiuca

bocaiúva bocaiuva

boiúna boiuna

cauíla cauila

feiúra feiura

maoísmo maoismo

Sauípe Sauipe

taoísmo taoismo

O acento permanece nas palavras oxítonas onde o

< i > ou o < u> estiverem em posição final, após

ditongo, mesmo que seguidos de < s >, como em:

'tuiuiú', 'tuiuiús', 'Piauí'.

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3ª Regra3ª Regra3ª Regra3ª Regra

Elimina-se o acento circunflexo nos seguintes casos:

1. Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos ‘crer’, ‘dar’, ‘ler’, ‘ver’ e seus

derivados.

Como era antes Como deve ser agora

crêem (verbo crer) creem

dêem (verbo dar) deem

descrêem (do verbo descrer) descreem

lêem (verbo ler) leem

relêem (do verbo reler) releem

vêem (verbo ver) veem

2. Na vogal tônica fechada do hiato < oo > em palavras paroxítonas, seguidas ou não de < s >.

Como era antes Como deve ser agora

abençôo (verbo abençoar) abençoo

dôo (verbo doar) doo

enjôo (verbo ou subst.) enjoo

magôo (verbo magoar) magoo

perdôo (verbo perdoar) perdoo

povôo (verbo povoar) povoo

vôo (verbo ou subst.) voo

zôo zoo

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4ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 1

Elimina-se o acento agudo na vogal < u > das formas verbais que contenham < qu > e < gu > rizotônicos, ou seja, quando o

< u > presente nessas sequências for tônico e fizer parte da raiz do verbo.

Em tempo: para melhor compreendermos os enunciados seguintes, vale recordar:

As formas verbais regulares podem ser decompostas em três elementos: raiz, vogal

temática e desinências. Assim, em 'amaremos', por exemplo, tem-se o radical < am >; a

vogal temática < a >; e duas desinências: a desinência < mos >, que indica a pessoa do

verbo (no caso, a 1ª pessoa) e o número (no caso, plural); e a desinência < re >, que

anuncia o modo (indicativo) e o tempo (futuro do presente).

Quando a tonicidade da forma verbal flexionada recai sobre a raiz ou radical, dizemos que é

rizotônica; quando não, dizemos que é arrizotônica. É o caso do exemplo dado acima. A

forma 'amaremos' tem a tonicidade marcada na sílaba < re >, portanto, recai fora da raiz

do verbo (< am >) e é, então, arrizotônica.

Para saber mais, clique aqui.

Na prática, além de perderem o trema quando o < u > é átono, verbos como ‘arguir’ e ‘redarguir’ e suas flexões não mais

recebem o acento agudo, ainda que mantida a tonicidade no < u >.

ARGUIR arguo, arguis, argui, arguímos, arguís, arguem

REDARGUIRredarguo, redarguis, redargui, redarguímos, redarguís,

redarguem

Quando no hiato < ui > a tonicidade recair sobre o < i > este

deve ser acentuado, como por exemplo: "Eu arguí todas as

testemunhas do caso.". Ainda 'arguíste', 'arguímos', 'arguís'.

Em alguns verbos, o emprego do acento é determinado pela

pronúncia, como em 'aguar', 'desaguar', 'enxaguar', 'obliquar'

e 'delinquir'. Nestes casos, admite-se que sejam grafados de

duas formas, de acordo com a pronúncia.

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4ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 2

1. Nas formas rizotônicas, ou seja, quando a tonicidade recai sobre o radical (aquele elemento que aparece em todas as

formas flexionadas de verbos regulares), acentuam-se o < a > e o < i > do radical.

Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos ‘aguar’ e ‘averiguar’, em que a tonicidade recai sobre os radicais < ag > de

‘aguar’ e < averig > de ‘averiguar’:

AGUAR AVERIGUAR

(eu) águo (que eu) águe (eu) averíguo (que eu) averígue

(tu) águas (que tu) águes (tu) averíguas (que tu) averígues

(ele) água (que ele) águe (ele) averígua (que ele) averígue

(nós) aguamos (*) (que nós) aguemos (nós) averiguamos (que nós) averiguemos

(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis

(eles) águam (que eles) águem (eles) averíguam (que eles) averíguem

(*) Observe que, nas formas destacadas, a sílaba tônica recai fora do radical < ag > de ‘aguar’ e fora do radical < averig > de

‘averiguar’. Portanto, não são acentuadas. Veja o caso seguinte.

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4ª Regra - Parte 34ª Regra - Parte 34ª Regra - Parte 34ª Regra - Parte 3

2. Já se a tonicidade da pronúncia recai fora do radical (arrizotônica), não se utiliza o acento. Nos exemplos abaixo, a

tonicidade não recai nem sobre o radical < ag > de ‘aguar’, nem sobre o radical < averig > de ‘averiguar’.

Veja o quadro abaixo:

AGUAR AVERIGUAR

(eu) aguo (que eu) ague (eu) averiguo (que eu) averigue

(tu) aguas (que tu) agues (tu) averiguas (que tu) averigues

(ele) agua (que ele) ague (ele) averigua (que ele) averigue

(nós) aguamos (que nós) aguemos (nós) averiguamos (que nós) averiguemos

(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis

(eles) aguam (que eles) aguem (eles) averiguam (que eles) averiguem

Assim, se a tonicidade recair sobre o < u >, este não receberá acento gráfico, como nas formas ‘enxague’, ‘oblique’;

porém, se a tonicidade recair sobre as vogais < a > ou < i > da sílaba anterior, estas, obrigatoriamente, receberão

acento gráfico (‘enxágue’, ‘oblíque’).

"No Brasil, a pronúncia mais frequente é aquela

em que "a" e o "i" são tônicos."

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5ª Regra5ª Regra5ª Regra5ª Regra

Quando palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia, verifica-se o fenômeno da homografia.

As palavras homógrafas podem também ser homófonas, ou seja, terem o mesmo som, apresentarem os mesmos traços

fonéticos. Para a Ortografia isso representava um complicador, daí a criação de ACENTOS DIFERENCIAIS – agudo ou

circunflexo –, a fim de que, mesmo se tomadas isoladamente, fora de contexto, essas palavras contivessem “marcas” que

indicassem a qual campo semântico pertenciam.

Entretanto, com a entrada em vigor do Novo Acordo, a regra geral é no sentido de que não mais se distinguem palavras

homógrafas.

Como era antes Como deve ser agora

pára (verbo parar) / para

(preposição)

para (verbo e preposição)

péla (verbo pelar) / pela

(preposição) / péla (substantivo)

pela (preposição, verbo e

substantivo)

pólo (substantivo) / pôlo

(substantivo) / polo (preposição

antiga)

polo (substantivos e preposição)

pélo (verbo pelar) / pêlo

(substantivo) / pelo (preposição)

pelo (verbo, substantivo e

preposição)

pêro (substantivo) / pero

(conjunção antiga)

pero (substantivo e conjunção

antiga)

pêra (substantivo) / pera

(preposição antiga)

pera (substantivo e preposição

antiga)

Apenas algumas palavras permanecem acentuadas para se distinguir pelo acento gráfico:

- ‘pôr’ (verbo) para diferenciar de ‘por’ (preposição);

- ‘pôde’ (verbo na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de ‘pode’ (3ª pessoa do

singular do presente do indicativo); e

- os verbos ‘ter’ e ‘vir’, bem como seus derivados (‘manter’, ‘deter’, ‘reter’, ‘conter’, ‘convir’, ‘intervir’, ‘advir’ etc.)

para diferenciar as formas da 3ª pessoa no singular (presente do indicativo) das formas da 3ª pessoa no plural

(presente do indicativo).

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6ª Regra6ª Regra6ª Regra6ª Regra

CASOS FACULTATIVOS

O Acordo recebeu, ainda, a duplicidade articulatória de algumas palavras geralmente provenientes do francês, que, como

reporta, “nas pronúncias cultas, ora é registrada como aberta, ora como fechada”, admitindo, pois, tanto o acento agudo como

o acento circunflexo:

1) Algumas palavras oxítonas terminadas em < e > tônico admitem tanto o acento agudo quanto o acento circunflexo.

É facultativo

bebê bebé

bidê bidé

canapê canapé

caratê caraté

crochê croché

guichê guiché

nenê nené

purê puré

rapê rapé

2) Torna-se facultativo o emprego do acento circunflexo nas palavras oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’;

3) É facultado, para fins de diferenciação, o uso do acento agudo nas formas verbais paroxítonas do pretérito perfeito do

indicativo, na 1ª pessoa do plural, quando coincidirem com a forma verbal correspondente do presente do indicativo.

Presente do IndicativoPretérito perfeito do

Indicativo

Aceita-se a grafia para representar o

pretérito perfeito

amamos amamos amámos

cantamos cantamos cantámos

dançamos dançamos dançámos

louvamos louvamos louvámos

É facultado o uso do acento da palavra 'fôrma'

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(substantivo) para diferenciar da palavra 'forma'

(substantivo e verbo 'formar').

Veja, a seguir, um quadro resumido das novas regras de acentuação gráfica:

QUADRO RESUMIDO

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

REGRA NOVA

EXEMPLOS

ATENÇÃO!

Como era Como fica

Não se acentuam mais os

ditongos abertos < ei > e <

oi > das palavras

paroxítonas.

andróide, estóico, geléia,

heróico, idéia, platéia

androide, estoico, geleia,

heroico, ideia, plateia

O acento permanece:

1) Nas palavras oxítonas,

mesmo que ocorram os

ditongos abertos < ei > e <

oi >, como em: ‘hotéis’,

‘heróis’, ‘papéis’, ‘troféu’,

‘troféus’;

2) Nas paroxítonas

terminadas em < r >, como

‘blêizer’, ‘contêiner’,

‘destróier’, ‘gêiser’;

3) Nos monossílabos

tônicos: ‘dói’, ‘méis’, ‘réis’,

‘sóis’.

Não se acentuam mais o < i

> e o < u > tônicos quando

vierem depois de ditongos

em palavras paroxítonas.

baiúca bocaiúva, cauíla,

feiúra

baiuca, bocaiuva, cauila,

feiura

O acento permanece:

1) nas palavras oxítonas em

que o < i > e o < u >

aparecem em posição final,

seguidos ou não de < s >,

tal como em ‘Piauí’ e

‘tuiuiús’;

2) nas paroxítonas em que o

< i > e o < u > não vêm

depois de ditongo, como

acontece em ‘juíza’, ‘uísque’,

‘ruína’ e ‘saúva’.

Não se acentuam mais as

palavras terminadas em <

eem > e < oo >.

abençôo, crêem, enjôo,

lêem, perdôo, vêem

abençoo, creem, enjoo,

leem, perdoo, veem

Não se acentua mais o < u >

tônico precedido de < g > ou

< q > na conjugação de

verbos como arguir,

redarguir, apaziguar,

obliquar e averiguar.

apazigúe, argúi, averigúe,

obliqúe

apazigue, argui, averigue,

oblique

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Devido à duplicidade articulatória

observada em certas regiões,

admite-se tanto o acento agudo como o

acento circunflexo em algumas palavras

oxítonas terminadas em < e > tônico.

‘bebê ou bebé’; ‘bidê ou bidé’, ‘caratê

ou caraté’; ‘guichê ou guiché’; ‘nenê ou

nené’

São facultativos:

1) o acento circunflexo nas palavras

oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’; e

2) o acento circunflexo para diferenciar

as palavras ‘forma’ (substantivo e

verbo ‘formar’) e ‘fôrma’ (substantivo).

Para fins de diferenciação, é facultativo

o uso do acento agudo nas formas

verbais paroxítonas do pretérito

perfeito do indicativo, na 1ª pessoa do

plural, quando coincidirem com a forma

verbal correspondente do presente do

indicativo.

‘amamos ou amámos’;

‘cantamos ou cantámos’;

‘louvamos ou louvámos’

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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos

Módulo II - Unidade 1

Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.

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Page 19: Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico - Módulo 2

Unidade 2 - O emprego do hífenUnidade 2 - O emprego do hífenUnidade 2 - O emprego do hífenUnidade 2 - O emprego do hífen

O termo deriva do grego hýphen (juntos, juntamente). O vocábulo

chegou ao português pelo latim tardio hyphen, que, frise-se, manteve o

< h > na grafia, muito embora essa letra já não fosse pronunciada.

O hífen, como garante a sua origem, existe para unir e não para

“separar”. Ainda quando “separa”, para evitar a criação de uma sílaba

indesejada e, assim, indicar uma melhor pronúncia, como em

‘mal-humorado’, ‘pan-hospitalar’, ‘sub-reino’, a sua simples presença

preserva a “unidade semântica e sintagmática” do vocábulo, expressão

usada no Novo Acordo Ortográfico.

Eis os casos em que, segundo o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa, emprega-se o hífen:

1) Nas palavras compostas que designam nomes de plantas e animais, estejam ou não ligados por preposição ou qualquer

outro elemento.

abóbora-menina fava-de-santo-

inácio

cobra-d’água

bênção-de-deus andorinha-grande lesma-de-conchinha

bem-me-quer cobra-capelo bem-te-vi

couve-flor formiga-branca tartaruga-marinha

erva-do-chá andorinha-do-mar

ervilha-de-cheiro

Tendo em vista que, nestes casos, ora se utilizava o hífen,

ora não, o Acordo uniformizou a grafia.

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anti-higiênico pré-história

arqui-hipérbole extra-humano

contra-harmônico semi-hospitalar

circum-hospitalar geo-história

pan-helenismo sub-hepático

eletro-higrômetro neo-helênico

mini-hospital super-homem

2) O Acordo define que o hífen só será usado em palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos, nos seguintes casos:

2.1 Quando o segundo elemento começa por < h >.

Não se usa o hífen em informações que contenham os prefixos

< des > e < h > e nas quais o segundo elemento perdeu o < h

> inicial: 'desumano', 'desumidificar', 'inábil', 'inumano', etc.

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Pág. 2Pág. 2Pág. 2Pág. 2

Exceção: ‘subumano’, em que ‘humano' perde o < h >. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia

Brasileira de Letras, também registra forma 'sub-humano'.

2.2 Quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo coincidir com a vogal inicial do segundo elemento da composição.

anti-ibérico

micro-ondas

auto-observação

micro-organismo

contra-almirante

semi-intensivo

infra-axilar

supra-auricular

2.3 Nos compostos formados pelos prefixos ‘ex’, ‘sota’, ‘soto’, ‘vice’ e ‘vizo’.

ex-almirante sota-piloto soto-mestre vice-reitor vizo-rei

ex-hospedeira vice-presidente

ex-diretor

ex-primeiro-

ministro-

ministro

2.4 Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ ou ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas em vogal, < m > ou < n >.

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circum-escolar pan-mágico

circum-navegação pan-africano

pan-americano

pan-negritude

2.5 Quando os prefixos ‘hiper’, ‘inter’ e ‘super’ formar compostos com palavras iniciadas por < r >.

hiper-realista inter-racial super-resistente

hiper-requintado inter-regional super-revista

hiper-resistente inter-relação

3) Para ligar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares do tipo:

divisas: ‘Liberdade-Igualdade-Fraternidade’

trajetos e percursos: ‘ponte Rio-Niterói’, ‘trecho São Paulo-Santos’;

em que se opões relações e noções: ‘professor-aluno’, ‘ensino-

aprendizagem’.

4) Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como < açu >, < guaçu >

e < mirim >, e quando a vogal final do primeiro elemento é acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção

gráfica dos dois elementos:

amoré-guaçu

anajá-mirim

andá-açu

capim-açu

Ceará-mirim

tamanduá-mirim

5) Nos compostos formados com os advérbios ‘bem’ e ‘mal’ quando estes formam, com o elemento que se segue, uma

unidade sintagmática e semântica.

bem-aventurado mal-acabado

bem-estar mal-adaptado

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bem-humorado mal-afortunado

bem-criado mal-amado

bem-ditoso mal-educado

bem-educado mal-estar

bem-falante mal-curada

bem-mandado mal-entendido

bem-nascido mal-humorado

bem-vindo mal-intencionado

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Pág. 3Pág. 3Pág. 3Pág. 3

1) Prefixo < mal->:

Usa – se o hífen com o prefixo < mal->, quando a palavra seguinte começar por vogal

ou então pelas consoantes < h > ou < l >.

Exemplos: mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.

Nos outros casos, escreve-se sem hífen:

Exemplos: malcriado, malcomportado, malcheirosos, malfeito, malsucedido, malvisto.

Quando “mal” significa doença, usa-se o hífen se a palavra não tiver elemento de

ligação.

Exemplo: mal-francês.

Se houver elemento de ligação, escreve-se sem hífen.

Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.

2) Prefixo < bem- >:

De modo geral, usa-se o hífen nos compostos com o prefixo < bem- >.

Exemplos: bem-aventurado, bem-intencionado, bem-humorado, bem-merecido,

bem-nascido, bem-falante, bem-vindo, bem-visto, bem-disposto.

Há, contudo, vários casos em que < bem > se liga sem hífen à palavra seguinte, quer

ele tenha ou não vida á parte.

Exemplo: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto, benquerença, etc.

Regra de ouro:

Para não correr o risco de errar, é aconselhável consultar o

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dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelo uso.

Exemplos são as palavras “malmequer” (consagra sem hífen)

e bem-me-quer (consagrada com hífen).

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Pág. 4Pág. 4Pág. 4Pág. 4

1) Nos compostos formados por prefixo ou falso prefixo terminado em vogal em combinação com palavra iniciada por < r > ou

< s >, que, nesses casos, são dobrados.

Como era Como deve ser

ante-sala antessala

auto-retrato autorretrato

anti-social antissocial

contra-senso contrassenso

ultra-sonografia ultrassonografia

supra-renal suprarrenal

Observação: A medida uniformiza várias exceções antes existentes.

2) Nos compostos, quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo é diferente da vogal inicial da palavra com a qual se

combinam.

Como era Como deve ser

anti-aéreo antiaéreo

anti-americanismo antiamericanismo

auto-afirmação autoafirmação

auto-ajuda autoajuda

infra-estrutura infraestrutura

neo-impressionista neoimpressionista

3) Nos compostos que, devido ao uso, perderam a noção de composição.

Como era Como deve ser

manda-chuva mandachuva

pára-quedas paraquedas

- -

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Observação:

O Novo Acordo incluiu “paraquedas” e derivados ("paraquedista" e "paraquedismo") entre os casos de "compostos que, devido

ao uso, perderam a noção de composição" (veja o art. 1º da Base XV do Acordo) e deixou de fora os demais compostos com a

forma verbal "para": para-choque, para-lama, para-raio, para-vento, para-brisa, para-sol. Tanto que o Vocabulário Ortográfico

da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, assim registra essas palavras. Antes do Novo Acordo, tanto

“pára-quedas” como “pára-choque”, "pára-lama" e demais compostos dessa natureza tinham hífen e o acento diferencial em

"pára", para diferenciar a forma conjugada do verbo "parar" da preposição "para". Tendo em vista que o Novo Acordo eliminou

esse acento diferencial da forma verbal "para", os substantivos compostos com tal elemento também perderam o acento.

4) Nos compostos que apresentam elementos de ligação.

pé de moleque

pé de vento

pai de todos

dia a dia

fim de semana

cor de vinho

ponto e vírgula

camisa de força

cara de pau

olho de sogra

Observação: Incluem-se neste caso os compostos que formam uma oração, como: ‘maria vai com as outras’, ‘leva e traz’,

‘diz que diz que’, ‘deus me livre’, ‘deus nos acuda’, ‘cor de burro quando foge’, ‘bicho de sete cabeças’, ‘faz de conta’.

Exceções (7): ‘água-de-colônia’, ‘arco-da-velha’, ‘cor-de-rosa’, ‘mais-que-perfeito’, ‘pé-de-meia’, ‘ao deus-dará’, ‘à queima-

roupa’.

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Pág. 5Pág. 5Pág. 5Pág. 5

5) Nas formações com o prefixo < co >, este se une diretamente ao segundo elemento, mesmo quando este se inicia por < o

> ou < h >.

coobrigação

coedição

coeducar

cofundador

coabitação

coerdeiro

corréu

corresponsável

coocorrência

Observação: Dobra-se o < r > inicial do segundo elemento.

6) Nos vocábulos formados pelos < pre > e < re >, mesmo diante de palavras começadas por < e >.

preexistente

preelaborar

reescrever

reedição.

Observação: Como o acento do prefixo < pré > é praticamente imperceptível em algumas palavras, como

‘predeterminado’ e ‘preexistente’, na dúvida é sempre bom consultar o dicionário.

7) Não se usa o hífen na formação de locuções com o advérbio ‘não’.

(acordo de) não agressão

(reservado para) não fumantes

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Observação: O Acordo Ortográfico aboliu o hífen das formas em que a palavra ‘não’ tem valor prefixal: ‘não agressão’,

‘não engajado’, ‘não fumante’, ‘não violência’, ‘não participação’, ‘não governamental’ etc.

Divisão silábica e translineação

Na divisão silábica, quando da translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há

um hífen ou mais, se a partição coincidir com o final de um dos elementos ou membros, deve-se, por clareza gráfica,

repetir o hífen no início da linha imediata:

Exemplos:

“O comandante da polícia é um ex-

-capitão do Exército”

“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá-

-los-emos na próxima semana.”

Ou

“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá-los-

-emos na próxima semana.”

O carro do presidente era seguido de perto pelo do vice-

-presidente.”

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Pág. 6Pág. 6Pág. 6Pág. 6

NÃO SE USA O HÍFEN:

Regra Exemplos Observações

Em palavras compostas que

apresentam elementos de

ligação.

pé de moleque, pé de vento,

pai de todos, dia a dia, fim

de semana, cor de vinho,

ponto e vírgula, camisa de

força, cara de pau, olho de

sogra, mão de obra.

Incluem-se neste caso os

compostos que formam uma

oração. Ex.: Maria vai com

as outras, leva e traz, diz

que diz que, deus me livre,

deus nos acuda, cor de burro

quando foge, bicho de sete

cabeças, faz de conta.

* Exceções (7): água-de-

colônia, arco-da-velha,

cor-de-rosa, mais-que-

perfeito, pé-de-meia, ao

deus-dará, à queima-roupa.

Se o prefixo terminar com

letra diferente daquela com

que se inicia a outra palavra.

autoajuda, autoestrada,

autoescola, antiaéreo,

intermunicipal, supersônico,

superinteressante,

agroindustrial, aeroespacial,

semicírculo.

Se o prefixo terminar por

vogal e a outra palavra

começar por < r > ou < s >,

dobram-se essas letras.

contrarrelógio, minissaia,

antirracismo, ultrassom,

semirreta.

Quando o prefixo < co- >

juntar-se com o segundo

elemento, mesmo quando

este se inicia por < o > ou <

h >.

coobrigação, coedição,

coeducar, cofundador,

coabitação, coerdeiro,

corréu, corresponsável,

coocorrência.

Com os prefixos < pre- > e

< re- >, mesmo diante de

palavras começadas por < e

>.

preexistente, preelaborar,

reescrever, reedição.

Como o acento do prefixo é

praticamente imperceptível

em algumas palavras, como

‘predeterminado’ e

‘preexistente’, na dúvida é

sempre bom consultar o

dicionário.

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Page 31: Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico - Módulo 2

Na formação de compostos

começados por ‘não’.

(acordo de) não agressão

(reservado para) não

fumantes.

O acordo ortográfico aboliu o

hífen das formas em que a

palavra "não" tem valor

prefixal: ‘não agressão’, ‘não

engajado’, ‘não fumante’,

‘não violência’, ‘não

participação’, ‘não

governamental’ etc.

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Pág. 7Pág. 7Pág. 7Pág. 7

USA-SE O HÍFEN:

Regra Exemplos Observações

Com os prefixos < circum- >

e < pan- >, quando o

segundo elemento começa

por vogal, < h >, < m > ou

< n >.

circum-navegação,

pan-africano;

Com os prefixos < hiper- >,

< inter- > e < super- >,

quando o segundo elemento

começa por < r >.

hiper-realista e super-

resistente

Quando o prefixo terminar

com a mesma letra com que

se inicia a outra palavra.

micro-ondas,

anti-inflacionário,

sub-bibliotecário, inter-

regional, infra-axilar

Nas palavras compostas que

não apresentam elementos

de ligação.

guarda-chuva, arco-íris,

boa-fé, segunda-feira,

mesa-redonda, vaga-lume,

joão-ninguém, porta-malas,

porta-bandeira, pão-duro,

bate-boca.

Não se usa o hífen em certas

palavras que perderam a

noção de composição, como

‘girassol’, ‘madressilva’,

‘mandachuva’, ‘pontapé’,

‘paraquedas’, ‘paraquedista’,

‘paraquedismo’.

Em palavras onomatopeicas

(isto é, que representam

ruídos ou sons naturais) que

são compostas, mas não

apresentam elementos de

ligação.

reco-reco, blá-blá-blá,

zum-zum, tico-tico, tique-

taque, cri-cri, glu-glu,

rom-rom, pingue-pongue,

zigue-zague, bi-bi, fom-fom,

tim-tim (tim-tim por

tim-tim).

Como o acento do prefixo é

praticamente imperceptível

em algumas palavras, como

‘predeterminado’ e

‘preexistente’, na dúvida é

sempre bom consultar o

dicionário.

Nos compostos entre cujos

elementos há o emprego do

apóstrofo.

queda-d'água, gota-d'água,

copo-d'água.

Nas palavras compostas

derivadas de topônimos

(nomes de lugares) que

apresentam ou não

elementos de ligação.

belo-horizontino (Belo

Horizonte);

porto-alegrense (Porto

Alegre);

mato-grossense-do-sul

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Page 33: Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico - Módulo 2

(Mato Grosso do Sul);

rio-grandense-do-norte (Rio

Grande do Norte)

Nos compostos que

designam espécies animais e

botânicas (nomes de

plantas, flores, frutos,

raízes, sementes), tenham

ou não elementos de ligação.

bem-te-vi, peixe-espada,

peixe-do-paraíso, mico-leão-

dourado, andorinha-

da-serra, lebre-

da-patagônia, erva-doce,

ervilha-de-cheiro, pimenta-

do-reino, peroba-do-campo,

cravo-da-índia.

Não se usa o hífen, quando

os compostos que designam

espécies botânicas e

zoológicas são empregados

fora de seu sentido original.

Observe a diferença de

sentido entre os pares: 1)

arroz-do-campo (certo tipo

de erva) e arroz de festa

(alguém que está sempre

presente em festas). 2)

bico-de-papagaio (espécie

de planta ornamental) e bico

de papagaio (deformação

nas vértebras).

3) olho-de-boi (espécie de

peixe) e olho de boi (selo

postal).

Diante de palavra começada

por < h >.

anti-higiênico, sub-hepático,

super-homem, sobre-

humano.

Exceção: ‘subumano’Com o prefixo < sub- >,

usa-se o hífen também

diante de palavra começada

por < b > e < r >.

sub-base, sub-bibliotecário,

sub-região, sub-reitor,

sub-regional.

Com os prefixos < ex- >, <

sem- >, < além- >, <

aquém- >, < recém- >, <

pós- >, < pré- >, < pró- >,

< vice- >.

ex-aluno, sem-terra,

além-mar, aquém-mar,

recém-casado,

pós-graduação,

pré-vestibular, pró-europeu,

vice-rei.

A dúvida, nesse caso, é

sempre comum. Como o

acento nos prefixos < pré-

>, < pós- > e < pró- > é

praticamente imperceptível

na fala, em algumas

palavras, como

‘predeterminado’ e

‘preexistente’, muitos não

sabem se o hífen deve ou

não ser usado. Assim,

também aqui é sempre bom

consultar o dicionário.

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Page 34: Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico - Módulo 2

Com o prefixo < mal- >,

quando a palavra seguinte

começar por vogal, < h > ou

< l >.

mal-assombrado,

mal-entendido, mal-estar,

mal-humorado, mal-limpo.

* Nos outros casos,

escreve-se sem hífen:

malcriado, malcomportado,

malcheiroso, malfeito,

malsucedido, malvisto.

* Quando mal significa

doença, usa-se o hífen se a

palavra não tiver elemento

de ligação. Ex.: mal-francês.

Se houver elemento de

ligação, escreve-se sem

hífen. Ex.: mal de lázaro,

mal de sete dias.

Com < bem- >, de modo

geral, nos compostos.

bem-aventurado,

bem-intencionado,

bem-humorado,

bem-merecido, bem-nascido,

bem-falante, bem-vindo,

bem-visto, bem-disposto.

* Mas há vários casos em

que bem se liga sem hífen à

palavra seguinte. Ex.:

benfazejo, benfeito,

benfeitor, benquisto.

Regra de ouro:

Para não correr o risco de errar, quando não se souber se a palavra

perdeu a noção de composição, é aconselhável consultar o dicionário,

que determina qual é a grafia consagrada pelo uso. Exemplos disso

são as palavras malmequer (sem hífen) e bem-me-quer (consagrada

com hífen).

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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos

Módulo II - Unidade 2

Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.

Jogo do hífen

Para jogar, acesse o link:

http://educarparacrescer.abril.com.br/regras-

hifen/index.shtml

Consulte também:

http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe

/sys/start.htm?sid=23

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Page 36: Mudanças Trazidas Pelo Novo Acordo Ortográfico - Módulo 2

Unidade 3 - Composição do alfabetoUnidade 3 - Composição do alfabetoUnidade 3 - Composição do alfabetoUnidade 3 - Composição do alfabeto

Uma inovação que o texto de unificação ortográfica de 1990 apresenta,

logo na Base I, é a apresentação do alfabeto, acompanhado das

designações que usualmente são dadas às diferentes letras.

No alfabeto português passam a figurar também as letras < k >, < w >

e < y >, pelas seguintes razões:

a) Os dicionários da língua já registram estas letras, apresentando um

razoável número de palavras do léxico português iniciado por elas;

b) Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que

elas ocupam; e

c) Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que são grafadas com elas.

Apesar da inclusão no alfabeto das letras < k >, < w > e < y >, mantiveram-se as regras já fixadas anteriormente quanto ao

seu uso restritivo, uma vez que existem outros grafemas com o mesmo valor fonético daquelas.

Ocorre que se, de fato, fossem abolidas as restrições quanto ao uso das letras < k >, < w > e < y >, provavelmente seria

introduzido no sistema ortográfico português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade de representar

indiscriminadamente por aquelas letras, fonemas que são transcritos por outras.

O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução das letras < k >, < w > e < y >, largamente utilizadas na escrita de

símbolos de unidades de medida, como km (quilômetro) e W (watt), e em palavras de origem estrangeira, como show,

windsurf e playboy.

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Pág. 2Pág. 2Pág. 2Pág. 2

A Base I do Acordo Ortográfico trata do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados:

1) O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra

maiúscula:

Observação:

a) Além dessas letras,

usam-se o < ç > (cê

cedilhado) e os seguintes

dígrafos: < rr > (erre duplo),

< ss > (esse duplo), < ch >

(cê-agá), < lh > (ele-agá), <

nh > (ene-agá), < gu >

(guê-u) e < qu > (quê-u).

b) Os nomes das letras acima sugeridos podem ser designados de outras formas.

2) As letras < k >, < w > e < y > usam-se nos seguintes casos especiais:

a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin,

darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista;

b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;

c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K

(de kalium – potássio), W (West – oeste); kg (quilograma); km (quilômetro); kW (kilowatt); yd (yard – jarda); Watt.

3) Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios

estrangeiros, quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem

nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller;

shakesperiano, de Shakespeare.

Os vocábulos autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal

tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, bungavília/ bunganvílea/bougainvíllea).

4) Os dígrafos finais de origem hebraica (< ch >, < ph > e < th >) podem conservar-se em formas onomásticas

da tradição bíblica, como ‘Baruch’, ‘Loth’, ‘Moloch’, ‘Ziph’, ou então simplificar-se: ‘Baruc’, ‘Lot’, ‘Moloc’, ‘Zif’.

Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, for invariavelmente mudo, elimina-se, como em ‘José’ e

‘Nazaré’, em vez de ‘Joseph’ e ‘Nazareth’; e se algum deles, por força do uso, permitir adaptação, substitui-se,

recebendo uma adição vocálica: ‘Judite’, em vez de ‘Judith’.

5) As consoantes finais grafadas (< b >, < c >, < d >, < g > e < h >) mantêm-se, quer sejam mudas, quer

proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropônimos e topônimos da

tradição bíblica: ‘Jacob’, ‘Job’, ‘Moab’, ‘Isaac’; ‘David’, ‘Gad’; ‘Gog’, ‘Magog’, ‘Bensabat’, ‘Josafat’.

Integram-se também nessa forma: ‘Cid’, em que o < d > é sempre pronunciado; ‘Madrid’ e ‘Valhadolid’, em que o < d

> ora é pronunciado, ora não; e ‘Calcem’ ou ‘Calicut’, em que o < t > se encontra nas mesmas condições. Nada

impede, entretanto, que os antropônimos em apreço sejam usados sem a consoante final ‘Jó’, ‘Davi’ e ‘Jacó’.

6) Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas

vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso

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corrente.

Exemplos: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra;

Justland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Muniche; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.

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Emprego de maiúsculas e minúsculas

Se compararmos as disposições do Novo Acordo com o que está definido no Formulário Ortográfico Brasileiro (1943),

observaremos que se implementou uma simplificação quanto ao emprego das letras maiúsculas.

Uso restrito:

· Aos antropônimos reais ou fictícios: Maria, José, Dom Quixote, Sancho Pança;

· Aos topônimos reais ou fictícios: Belo Horizonte, Pará, Rio de Janeiro, Lumpalândia, Herzoslováquia;

· Aos nomes de instituições (pessoas jurídicas): Universidade de Brasília, Instituto Nacional da Seguridade Social,

Ministério da Educação;

· Aos nomes de seres mitológicos ou antropomorfizados: Júpiter, Netuno, Minerva; Saci Pererê;

· Aos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Carnaval, Ano-novo;

· Às designações dos pontos cardeais e colaterais quando se referem a grandes regiões do Brasil e do mundo:

Nordeste, Sudeste, Oriente, Ocidente;

· Às siglas: CPF, IPI, AGU, FAO, ONU;

· Às iniciais de abreviaturas: ‘Sr.’, ‘Gen.’, ‘V. Exª’; e

· Aos títulos de periódicos: Diário do Povo, Veja, Estadão, Folha de S. Paulo.

Uso facultativo:

· Nas citações bibliográficas, com exceção do primeiro vocábulo e daqueles obrigatoriamente grafados com letras

maiúsculas: O Primo Basílio ou O primo Basílio; Casa-grande e Senzala ou Casa-grande e senzala, Memórias Póstumas

de Braz Cubas ou Memórias póstumas de Braz Cubas.

· Nos pontos cardeais e colaterais ordinários, mas não nas suas abreviaturas: norte, sul, leste, mas SW, SE, N etc.

· Nos axiônimos (formas de tratamento e reverência) e hagiônimos (nomes sagrados e que designam crenças

religiosas): Senhor Pedro ou senhor Pedro; Doutora Marta ou doutora Marta; Governador Agnelo ou governador

Agnelo; Magnífico Senhor Reitor ou magnífico senhor reitor; Santa Cecília ou santa Cecília; Papa Bento XVI ou papa

Bento XVI.

· Nos nomes que designam domínios do saber ou disciplinas: Medicina ou medicina, Matemática ou matemática, Arte

Renascentista ou arte renascentista.

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· Nas categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios: Rua/rua Teodoro Sampaio, Igreja/igreja de Santa

Efigênia, Edifício/edifício Copasa etc.

No particular, nem o Acordo Ortográfico em vigor, nem o Formulário Ortográfico

Brasileiro foram suficientemente explícitos ao tentarem estabelecer normas e critérios

para o emprego das iniciais maiúsculas.

Tanto é assim que o Acordo lança, ao final do trema, a seguinte observação:

“Obs: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que

obras observem regras próprias, provinda de código ou normalizações específicas

(terminologias antropológica, geológica, biológica, botânica, zoológica, etc.),

promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas

internacionalmente.”

Ainda assim, vale observar certas tendências.

- O emprego de maiúsculas em excesso, assim como dos negritos, dos sublinhados ou dos destaques, deve ser

evitado, pois “polui" o texto.

- A tendência é, pois, a seguinte:

a) mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúsculas;

b) mais modernidade, menos “poluição" gráfica, mais simplicidade: minúsculas.

A mídia é uma fonte inesgotávelde criação de tendências,formulando, para cada caso,normas próprias.Nunca se pode, no entanto,esquecer a regra taxativa quepreceitua o emprego obrigatóriode inicial maiúscula nossubstantivos próprios de qualquernatureza.

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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos

Módulo II - Unidade 3

Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.

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Unidade 4 - Eliminação do tremaUnidade 4 - Eliminação do tremaUnidade 4 - Eliminação do tremaUnidade 4 - Eliminação do trema

Objeto da Base XIV, o TREMA, ou sinal de diérese (divisão de duas vogais adjacentes em duas sílabas), é inteiramente

suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas, permanecendo, contudo, em nomes próprios estrangeiros e

derivações: ‘Hübner’, ‘hüberiano’, ‘Müller’, ‘mülleriano’.

Empregado em diversas línguas, o trema ocorre para:

a) indicar alteração do som regular ou ordinário de uma vogal;

b) indicar, em encontros vocálicos, que a vogal átona não formava ditongo com a

anterior;

c) dar identidade própria a determinada letra;

d) assinalar a independência de uma vogal em relação a uma vogal anterior.

No português, o trema era o diacrítico que se empregava sobre a letra < u >, quando átona, para indicar que ela deveria ser

pronunciada nos grupos < gue >, < gui >, < que >, < qui >.

Histórico do trema

O trema foi extinto da língua portuguesa pela segunda vez!

Sim; até 1971, ainda que pouco difundido, era facultado o uso do trema para indicar hiatos átonos. Dessa forma, podíamos

encontrar o trema sobre o < u > e até sobre o < i > em palavras como ‘païsinho’ e ‘paraïbano’, para indicar a pronúncia do

hiato pa-i-si-nho (diminutivo de país) e pa-ra-i-ba-no.

Como recurso poético, para estender a métrica da palavra ‘saudade’, era possível encontrar a grafia ‘saüdade’ (sa-u-da-de).

Entretanto, justamente por ser de emprego facultativo e ainda porque em todas as línguas impera o princípio do menor

esforço (gráfico e oral), o uso do trema na representação de hiatos átonos, de tão raro, acabou caindo no esquecimento. Com

a reforma ortográfica de 1971, acabou-se por extinguir o uso do trema nesses casos.

Entretanto, a partir da década de 70, maus articulistas e outros não muito dedicados autores generalizaram o equívoco de

que, com a reforma recém-implantada, o trema havia sido abolido definitivamente da língua pátria, como de resto já ocorrera

em Portugal desde 1945.

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Pronúncia das palavras afetadas

Mesmo com o fim do trema, não haverá modificação na pronúncia das palavras.

O Novo Acordo garante o direito de se manter a grafia original com o trema nos casos de nomes próprios, de empresas e de

marcas com registro público.

Observações:

a) Embora o trema não seja mais usado, a pronúncia das palavras que

recebiam o trema não mudará, ou seja, deveremos continuar pronunciando

a letra < u >.

b) Não esqueça que jamais houve trema quando a letra < u > estava

seguida de “o” ou “a”, como em ambíguo, longínquo, averiguar, adequado

etc.

c) Se a letra < u >, antes de < e > ou < i >, fosse pronunciada e tônica,

devíamos usar acento agudo em vez do trema, tal como em “que ele averigúe”, “que eles apazigúem”, “ele argúi”, “eles

argúem” etc. Este acento também foi abolido, como vimos anteriormente.

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Complementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudosComplementando os estudos

Módulo II - Unidade 4

Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.

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Exercícios de Fixação - Módulo IIExercícios de Fixação - Módulo IIExercícios de Fixação - Módulo IIExercícios de Fixação - Módulo II

Parabéns! Você chegou ao final do ultimo módulo do curso Conhecendo o Novo Acordo Ortografico.

Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo IV e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua

nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de

ensino faz a correção imediata das suas respostas!

Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra-se no Módulo de Conclusão. Lembramos que é por

meio dela que você pode receber a sua certificação de conclusão do curso.

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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