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Ano 53 . Nº 402 . Setembro 2019 Informativo da Diocese de Tubarão Mês da Bíblia A Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia 2019 propondo aos cristãos o estudo da Primeira Carta de João. E destaca o lema: “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19). A primeira carta de São João é bastante curta. Uma proposta para você, com seu grupo, estudá-la neste mês de setembro: 1º dia: 1 Jo 1-2,28 - “Caminhar na Luz” 2º dia: 1 Jo 2,29-4,6 - “Viver como filhos de Deus” 3º dia: 1 Jo 4,7-5,21 - “O amor e a fé” Palavra do Bispo Quando a Bíblia é Palavra de Deus na página 02 25ª Romaria da Terra e das Águas Página 05 25º Grito dos Excluídos e Excluídas Página 15

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Page 1: Mês da Bíblia · Mês da Bíblia A Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia 2019 propondo aos ... e feliz. É o caminho da sabe-doria e da Vida. É conversão, é Páscoa. A humanidade

Ano 53 . Nº 402 . Setembro 2019Informativo da Diocese de Tubarão

Mês da BíbliaA Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia 2019 propondo aos

cristãos o estudo da Primeira Carta de João. E destaca o lema: “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19).

A primeira carta de São João é bastante curta. Uma proposta para você, com seu grupo, estudá-la neste mês de setembro:

1º dia: 1 Jo 1-2,28 - “Caminhar na Luz”2º dia: 1 Jo 2,29-4,6 - “Viver como filhos de Deus”

3º dia: 1 Jo 4,7-5,21 - “O amor e a fé”

Palavra do BispoQuando a Bíblia é Palavra de Deus

na página 02

25ª Romaria da Terrae das Águas

Página 05

25º Grito dos Excluídos e Excluídas

Página 15

Page 2: Mês da Bíblia · Mês da Bíblia A Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia 2019 propondo aos ... e feliz. É o caminho da sabe-doria e da Vida. É conversão, é Páscoa. A humanidade

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Quando a Bíblia é Palavra de Deus

Só quando eu permito que a Bíblia me fale, quando lhe dou ouvidos, quando a leio ou quando alguém a lê para que eu ouça, então Deus me fala; então a Bíblia é Palavra de Deus porque eu percebo que Ele me fala. Por mais que a Bí-blia seja um livro sagrado, de nada me servirá se eu a deixar numa gaveta, numa prateleira ou, até mesmo, aberta sobre uma mesa. Água acumulada nas nuvens não é chuva. O chão continuará árido. A água precisa cair e ser acolhida pela terra. Precisa penetrar. Só en-tão fará as sementes germina-rem, e produzirá fruto.

Na parábola do Semeador, Jesus fala de “terra boa”: são os que ouvem e praticam a pala-vra. Para estes, a Bíblia é real-mente Palavra de Deus porque sabem ouvir Deus que ali fala. O que Ele diz faz eco em seus corações, e transforma, a partir de dentro, o seu modo de pen-sar, de sentir e de agir. Cria-se assim um ser humano novo. Deixar-se transformar pela Pa-lavra, permanecer nela (cf. Jo 15,7), é um processo doloroso e feliz. É o caminho da sabe-doria e da Vida. É conversão, é

Páscoa.A humanidade anda per-

turbada. Não há animal feroz que saiba ser pior do que um ser humano mal orientado e disposto a fazer o mal. Animais não fazem terrorismo, não sa-bem maquinar o mal, não sa-bem tramar contra ninguém. Não são inteligentes; apenas seguem seus instintos, que nós conhecemos e dos quais sabe-mos nos defender. Animais não se degradam. Seres humanos, criados para serem perfeitos no amor (cf. Ef 1,4), podem, no entanto, perverter-se por com-pleto e ser ruína para muitos. Nós, criados à imagem e seme-lhança de Deus, podemos esco-lher. Grande responsabilidade!

Nosso mundo, com fome e sede, implora que procla-memos a Palavra aos quatro ventos, em todas as direções. Só ela tem autoridade que nin-guém lhe poderá tirar. Nela não há contradição. Ela é viva e eficaz (cf. Hb 4,12). Só ela é capaz de pôr ordem no caos (cf. Jo 1,1). Só ela é luz que não se apaga. Basta que lhe abra-mos os olhos da inteligência e do coração. Por isso, a Bíblia

precisa tornar-se Palavra de Deus pelo seu anúncio. Só ela será capaz de fazer a revolu-ção de que tanto precisamos.

Neste mês de setembro, de 5 a 8, em Aparecida se realiza o IV Congresso Vocacional do Brasil. Em torno de seiscentos e cinquenta pessoas, envolvi-das com a Pastoral Vocacio-nal e o Serviço da Animação Vocacional, se reúnem para a oração, a reflexão e o discerni-mento de caminhos que Deus está indicando.

Tivemos recentemente o Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, a Fé e o Discernimen-to Vocacional. Seus três do-cumentos (o preparatório, o conclusivo e a Exortação Pós Sinodal “Christus Vivit), as no-vas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (com seu apelo por Co-munidades Eclesiais Missioná-rias) e, sobretudo a Bíblia, per-cebida como Palavra de Deus, devem ser as grandes fontes de inspiração e orientação desse Congresso e dos seus frutos. Afinal, para discernir a voca-ção, é preciso saber ouvir Deus chamar.

Dom João Francisco SalmBispo Diocesano

Jornal Diocese em Foco . Tiragem 13.200Rua Senador Gustavo Richardnº 90 . Cx. Postal 341 . 88701-220Tubarão . Santa CatarinaFone/Fax.: (48) 3622-1504pastoral@diocesetb.org.brwww.diocesetb.org.brwww.facebook.com/ DioceseTubarao

Expediente

Conselho EditorialPe. Lino BrunelAdministraçãoPe. Pedro DebiasiCorreçãoPe. Lino Brunel

JornalistaVera Lúcia M. Garcia - SC 01097 JPComercialMarcos Giraldi (48) 9129-2500Projeto Gráficomddois.com.br

“Se as minhas palavras permanecerem em vós” (cf. Jo 15,7)

CF 2020terá cartaz

inspirado em Irmã Dulce

C F 2 0 2 0

O cartaz da Campanha da Fraternidade de 2020, cujo tema será “Fraternidade e vida: dom e compromisso” foi aprovado, dia 21 de agosto, pelos bispos reunidos no Con-selho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). O cartaz re-mete à figura de irmã Dulce, a santa dos pobres, que será canonizada no próximo mês de outubro. A arte foi elabo-rada pelo designer da Edições CNBB Leonardo Cardoso, sob a supervisão do bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e do secretário executivo de campanhas, padre Patriky Samuel Batista.

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CNBB Sul 4 aprovou Diretrizes Pastorais para a Igreja em SC

A 52ª Assembleia Regional de Pastoral aprovou no sába-do, 24 de agosto, Diretrizes Gerais da Ação Evangelizado-ra da Igreja em Santa Catari-na (2020-2023). Um ano após o início dos trabalhos para a construção do texto das Di-retrizes, os integrantes da As-sembleia definiram os eixos norteadores para os trabalhos pastorais no Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) para os próximos quatro anos.

O texto, que vem sendo construído desde a última As-sembleia, em agosto de 2018, é baseado no texto das Dire-trizes da CNBB nacional com adaptações para a realidade social e eclesial catarinense. De acordo com o bispo de Ca-çador e presidente do Regio-nal Sul 4, dom frei Severino

Clasen, “o Regional Sul 4 refle-te uma grande sintonia com a Igreja no Brasil. Nossas Dire-trizes, que aprovamos aqui, é

Aprovação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja em Santa Catarina (2020-2023)

M O V I M E N T O D E I R M Ã O S

Missa em Açãode Graças

O Movimento de Irmãos celebrou, com missa presidi-da pelo padre diretor espiri-tual do Movimento, Carlos Henrique Machado Fernan-des, ação de graças pelos 13 anos de sua ordenação pres-biteral. A Santa Missa foi no

dia 26 de agosto, na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Navegantes, em Magalhães, Laguna. Parentes, amigos e paroquianos também parti-ciparam da celebração e da confraternização. Que Deus abençoe e ilumine cada dia

Movimento de irmãos celebrou 13 anos de ordenação presbiteral do seu diretor espiritual

mais sua Vocação Sacer-dotal e Nossa Senhora lhe proteja com seu manto sa-grado. A luz de Deus esteja à frente de todas as dificul-dades e obstáculos que se puserem na sua caminhada. SHALOM.

prova disso. Temos um rosto próprio, mas estamos interli-gados”, declarou.

O pano de fundo das Dire-

trizes são os desafios da evan-gelização diante da cultura urbana que domina tanto as cidades como também o mun-

do rural. E a grande perspec-tiva de resposta são as Comu-nidades Eclesiais Missionárias com seus pilares: a Palavra, o Pão, a Caridade e a Missão.

As diretrizes contém uma introdução (proêmio), cuja principal indicação é que “a espiritualidade nasce do en-contro com Jesus Cristo e a evangelização nasce da espi-ritualidade”; o capítulo 1, cujo conteúdo traz um olhar para a realidade catarinense no que se refere à cultura urbana; o capítulo 2, que apresenta a parábola do samaritano soli-dário (Lc 10, 25-37), como pa-radigma metodológico para a ação evangelizadora diante dos desafios atuais; e o capítu-lo 3, com indicativos de ações relacionadas aos quatro pila-res da Comunidade Eclesial Missionária.

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EdisonDe Pieri

01 Dom Laudato Si Dia de Oração pelo Cuidado da Criação Paróquias

04 4ª F Pastoral Carcerária Reunião da Equipe Humaitá

05 5ª F 19h30 Novo Plano de Pastoral Reunião da Equipe Cúria/TB

05 5ª F 20h00 Mov. Familiar Cristão –TB Reunião Comarcal CEAC/TB

06-08 Sáb RCC Congresso Estadual Arena UM/TB

07 Sáb Calendário Civil Feriado Independ/Grito Excluídos

07-08 Sáb PASCOM Reunião Equipe Regional Lages

08 Dom 08h00 Legião de Maria Encontro Estadual Itajaí

10 3ª F 14h00 CPT 2 Anos da 26ª Romaria da Terra CTG Tio Preto

10 3ª F 19h30 Pastoral Familiar - TB Reunião Comarcal Gravatal

10 3ª F 19h45 PDFL – Esc. Diocesanas. R. Secretariado c/ Coords Escolas CEDA I/TB

10 3ª F 20h00 Movimento Irmãos - LG Reunião Comarcal Imaruí

11 4ª F 19h45 Comissão do Laicato Reunião Diocesana Cúria

11-12 4ª F Pastoral Social Fórum Regional das Past. Sociais Lages

14 Sáb 14h00 Apost. da Oração - BN R. Coordenações Paroquiais Orleans

14-15 Sáb 08h30 C. Arca da Aliança - LG Encontro “Feriste-me” Cabeçuda

15 Dom CNBB Sul 4 25ª Romaria da Terra e das Águas Lages

15 Dom 10h00 Santuário BA Albertina 17ª Peregrinação da Fé Santuário

16 2ª F 14h00 Pastoral da Criança - BN Reunião Comarcal Orleans

16-17 2ª F Pastoral da Saúde Reunião Equipe Executiva C. Orialan

17 3ª F 08h30 Coord. Ampliada Pastoral Reunião Cúria

17 3ª F 08h30 Cáritas Diocesana Reunião Diocesana Alamandas

17 3ª F 13h30 Fórum Pastorais Sociais Reunião Alamandas

17-18 3ª F CNBB Reunião do Consep Brasília

19-22 5ª F Catequese - IVC Escola Regional 4ª Etapa Lages

20 6ª F 13h30 Pastoral da Criança Reunião Diocesana Sangão

21 Sáb 08h30 Cons. Diocesano Pastoral Reunião CEDA I/TB

21 Sáb 14h00 Setor Juventude - TB Reunião Comarcal Humaitá

21 Sáb Pastoral Litúrgica - TB Reunião Comarcal CEAC/TB

21 Sáb 19h00 Santuário BA Albertina 11º Aniversário ereção Santuário Santuário

24 3ª F 19h30 Conselho Comarcal - JG Reunião Sangão

24-29 3ª F Pastoral da Saúde Desintoxicação C. Orialan

25 4ª F 19h30 Conselho Comarcal - LG Reunião Imaruí

26 5ª F 19h30 Conselho Comarcal - BN Reunião Orleans

27 6ª F 19h30 Conselho Comarcal - TB Reunião Gravatal

27-29 6ª F Pastoral Carcerária Assembleia Regional Lages

27-29 6ª F COMIRE Assembleia Regional Lages

27-29 6ª F CRB Assembleia Regional e Formação Florianópolis

28 Sáb 20h00 Diaconado Permanente Encontro de Reavivamento Itapirubá

29 Dom 08h00 Vicentinos Retiro Vicentino ?

30 2ª F 19h15 Escola de Fé e Política Reunião da Coordenação Cúria

Agenda PastoralS E T E M B R O

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Informativo da Diocese de Tubarão - Setembro 2019www.diocesetb.org.br | www.facebook.com/diocesetubarao 04 Informativo da Diocese de Tubarão - Setembro 2019

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Palavra do Papa

Jesus veio trazer fogo à terra!

Jesus adverte os seus discí-pulos (Cf. Lc 12, 49-53) de que chegou o momento de tomar uma decisão: a opção pelo Evangelho não pode ser adiada. Jesus serve-se da imagem do fogo que ele mesmo veio trazer à terra. Ele diz: “Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gos-taria que ele já se tivesse atea-do!”. Estas palavras pretendem ajudar os discípulos a abando-nar toda atitude de preguiça, apatia, indiferença e fecha-mento para acolher o fogo do amor de Deus, “derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo”, que nos faz amar a Deus e amar o próximo.

O amor de Jesus é um verdadeiro fogo que queima!

Jesus revela aos seus ami-gos, e também a nós, o seu de-sejo mais ardente: levar à terra o fogo do amor do Pai, pelo qual o homem é salvo e sere-mos reconhecidos como seus verdadeiros discípulos. Este fogo é sem limites, é um fogo universal. É o que se verifica desde os primeiros tempos do cristianismo: o testemunho do Evangelho difundiu-se como

um fogo benéfico, superando todas as divisões entre indiví-duos, categorias sociais, povos e nações. O testemunho do Evangelho queima, queima to-das as formas de particularismo e mantém a caridade aberta a todos, com a preferência pelos mais pobres e pelos excluídos.

A adesão a este fogo tem duas direções:

A adesão ao fogo do amor que Jesus trouxe à terra envol-ve toda a nossa existência e requer adoração a Deus e tam-bém a disponibilidade para servir o próximo.

a) A primeira, adorar a Deus, significa também apren-der a oração de adoração, que normalmente esquecemos. É por isso que convido todos a descobrir a beleza da oração de adoração e a praticá-la com frequência.

b) E, depois, a segunda, a disponibilidade para servir os outros: penso com admiração em muitas comunidades e grupos de jovens que, mesmo durante o verão, se dedicam a este serviço aos doentes, aos pobres, às pessoas com defi-ciência. Para viver segundo o espírito do Evangelho é neces-sário que, diante das necessi-dades sempre novas que sur-gem no mundo, haja discípulos de Cristo que saibam respon-der com novas iniciativas de caridade.

Jesus desconcerta: vim trazer divisão e não paz à terra!

Nesta perspectiva, compre-

endemos também a afirmação de Jesus ao dizer: “Pensas que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo, mas divisão” (Lc 12, 51). Ele veio para “separar com o fogo”. Separar o quê? O bem do mal, o justo do injusto. Neste sentido ele veio para “di-vidir”, para pôr em “crise” - mas de forma saudável - a vida dos seus discípulos, pondo fim às ilusões fáceis daqueles que acreditam que podem combi-nar vida cristã e mundanidade,

Padre Nilo BussEdição do Texto

A reflexão que segue, o papa a pronunciou no dia 18 de maio último, na Praça São Pedro, em Roma, por ocasião do ANGELUS.

vida cristã e compromissos de todos os tipos, práticas religio-sas e atitudes contra os outros.

O que mais não combina com o Evangelho?

Combinar, pensam alguns, a verdadeira religiosidade com práticas supersticiosas: muitos que se consideram cristãos vão ao adivinho ou à adivinha para que lhes leiam as mãos! E isto é superstição, não é de Deus.

Trata-se de não viver de forma hipócrita, mas de estar dispos-to a pagar o preço de escolhas coerentes - é esta a atitude que cada um de nós deve pro-curar na vida: a coerência - pa-gar o preço da coerência com o Evangelho. Porque é bom considerar-nos cristãos, mas sobretudo ser cristãos em situ-ações concretas, testemunhan-do o Evangelho que é essen-cialmente amor a Deus e aos irmãos.

Papa Francisco acena para o público na Praça São Pedro

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Romaria da Terrae das Águas

A 25ª Romaria da Terra e das Águas, ao tratar de Se-mentes Crioulas, Soberania Alimentar e Produção Ali-mentar, desejará alertar so-bre “Comida de Verdade”. O texto ensina:

• Comida de Verdade é co-mida saudável tanto para o ser humano quanto para o planeta. Contribui para a redução dos efeitos das mu-danças climáticas. Garante os direitos humanos, o direi-to à terra e ao território, a alimentação de qualidade e em quantidade adequada em todo o curso da vida.

• Comida de Verdade respei-ta o direito das mulheres, a diversidade dos povos indígenas, comunidades quilombolas, povos tradi-cionais de matriz africana/ povos de terreiro, povos ci-ganos, povos das florestas e das águas, demais povos e comunidades tradicionais e camponeses(as), desde a produção ao consumo.

• Comida de Verdade prote-ge e promove as culturas alimentares, as práticas an-cestrais, o manejo das ervas e da medicina tradicional, a dimensão sagrada dos ali-mentos. Comida de verdade começa com o aleitamento materno. Comida de verda-de é produzida pela agri-

cultura familiar, com base agroecológica e com o uso de sementes crioulas e na-tivas. É produzida por meio do manejo adequado dos recursos naturais, levando em consideração os princí-pios da sustentabilidade e os conhecimentos tradicio-nais e suas especificidades regionais.

• Comida de Verdade é livre de agrotóxicos, de trans-gênicos, de fertilizantes e de todos os tipos de conta-minantes. Comida de ver-dade garante a soberania

alimentar; protege o patri-mônio cultural e genético; reconhece a memória, a es-tética, os saberes, os sabo-res, os fazeres e os falares, a identidade, os ritos en-volvidos, as tecnologias au-tóctones e suas inovações. É aquela que considera a água alimento.

• Comida de Verdade é pro-duzida em condições dignas de trabalho. É socialmente justa. Comida de verdade não está sujeita aos inte-resses de mercado. Comida de verdade é caracterizada por alimentos in natura e minimamente processados. Precisa ser acessível, física e financeiramente, apro-ximando a produção do consumo. Deve atender às necessidades alimentares especiais.

• Comida de verdade é aque-la que é compartilhada com emoções e harmonia. Pro-move hábitos alimentares saudáveis no campo, na floresta e na cidade. Comer é um ato político. Comida de verdade é aquela que reconhece o protagonis-mo da mulher, respeita os princípios da integralidade, universalidade e equidade. Não mata nem por veneno nem por conflito. É aquela que erradica a fome e pro-move alimentação saudá-vel, conserva a natureza, promove saúde e a paz en-tre os povos.

Para Participar Bem da Romaria

• Levar lanche para ser par-tilhado durante a viagem e água para beber.

• As Paróquias de Lages esta-rão disponibilizando almo-ço para todos (carreteiro e risoto), mas cada um deve levar prato, talheres e co-pos (não haverá disponibili-dade destes no espaço das tendas de alimentação).

• Levar um bom chapéu de

R E G I S T R O P Ó S T U M O

Morreu dom WalmirAlberto Valle, bispo

emérito de Joaçaba (SC)Faleceu, aos 71 anos de

idade, dia 26 de agosto, Dom Walmir Alberto Valle IMC, Bis-po Emérito, de Joaçaba, SC. O corpo de Dom Walmir foi se-pultado no interior da Catedral Santa Teresinha, igreja mãe da diocese, onde exerceu seu pas-toreio por oito anos, de 2003 a 2010.

Dom Walmir é natural de Nova Trento, SC. Sua Orde-nação Presbiteral foi no dia 21 de dezembro de 1963, em Turim, na Itália, tornando-se presbítero da Congregação dos Missionários da Consola-ta (IMC). Exerceu seu ministé-rio sacerdotal em São Manuel (SP), Turim (Itália), Roraima, com os indígenas e em São Paulo. Foi nomeado bispo em 05 de novembro de 1985 para a diocese de Zé Doca, no Ma-ranhão, e ordenado em 06 de janeiro de 1986, pelas mãos

Dom Walmir Alberto Valle IMC

do então papa João Paulo II. Em 2003, assumiu a diocese de Joaçaba, SC, onde exerceu seu ministério, por oito anos. Seu lema episcopal foi “No serviço, a paz”.

A Diocese de Joaçaba cele-brou missas exequiais em ação de graças a Deus, Senhor da Vida, pela vocação e ministério de Dom Walmir Alberto Valle, e rogou pela sua vida na glória do Pai.

Faleceu, na tarde do dia 10 de agosto, Ir. Vanilda Schuel-ter, do Instituto Coração de Jesus. Irmã Vanilda fazia par-te do Conselho Diocesano de Pastoral, como coordenadora da Equipe Vocacional da CRB/Tubarão. O corpo de Irmã Va-nilda foi sepultado em Rio Fortuna, após missas de corpo presente na cripta da Catedral, na capela do Instituto Coração de Jesus e na igreja de Rio For-tuna.

Ir. Vanilda Schuelter, é fi-lha de Fridolino Schuelter e Suzana Rech Schuelter. Nas-ceu em Rio Fortuna, dia 16 de abril de 1949. Decidiu, ainda muito jovem, sua vocação de seguimento a Jesus. Entrou no Instituto Coração de Jesus, Bra-ço do Norte, em 1963, onde fez sua consagração em dezem-bro de 1969, assumindo como

Ir. Vanilda Schuelter

lema de consagração: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em plenitude”. Neste ano, dia 27 de dezembro, cele-braria o jubileu de 50 anos de Vida Consagrada.

Como religiosa, fez sua ca-minhada missionária como agente de pastoral, animando grupos, comunidades ecle-siais e sobretudo a juventude. Passou por muitos lugares nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. A partir de 1985, dedicou-se ao traba-lho social com famílias empo-brecidas, crianças e adolescen-tes, em diferentes lugares. Em Braço do Norte, fundou a Asso-ciação de Apoio à Criança e ao Adolescente – ASACAD. Casa que acolhe crianças e adoles-centes em situação vulnerável, fazendo jus ao lema que ela assumiu “Para que todos te-nham vida em plenitude”. Essa experiência ficou para sempre gravada em seu coração. Tam-bém foi professora na UNISUL.

Nos últimos anos dedicou--se com paixão à Pastoral Vocacional na Diocese de Tu-barão, onde teve mais oportu-nidade de expressar seus dons: uma pessoa alegre e sensível, capaz de cativar, de se relacio-nar, de ser amiga e fazer arti-culações.

palha e protetor solar e, se chover, capa ou guarda-chuva.

• Procurar estar vesti-do (a) com roupas e calçados confortá-veis.

• Procure saber, em sua paróquia, qual será o local de saída do ôni-bus e o horário de sua partida.

Ir Vanilda Schuelter

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A concepção de mundo noitinerário da teologia

R E I N O - I G R E J A - M U N D O : O T R I P É D A E C L E S I O L O G I A D O V A T I C A N O I I - V I I

Pe. Agenor BrighentiReflexão

No artigo anterior, apresen-tamos a concepção de mundo no pensamento grego e na Bí-blia. Agora, vejamos algumas características da concepção de mundo no itinerário da teo-logia, da antiguidade à época contemporânea. O modo como concebe o mundo vai influir di-retamente na missão da Igreja e na vivência da fé cristã. Ve-remos também que a evolução histórica da concepção de mun-do permanecerá atrelada ao entendimento de Santo Agosti-nho e só será superada com a renovação do Vaticano II.

A concepção de mundo em Santo Agostinho

Na Igreja antiga, mais pre-cisamente no seio da teologia patrística, havia duas visões distintas de mundo: uma li-gada a Santo Irineu (+ 202) e outra a Santo Agostinho (+ 430). A primeira vem da tra-dição bíblico-semita, fundada numa antropologia unitária, isto é, sem separação entre corpo-alma, espírito-matéria, história da salvação e histó-ria da humanidade; a segunda é oriunda da filosofia grega,

mais exatamente do es-toicismo, caracterizada pelos dualismos citados, com uma visão pejorativa do mundo, do corpo, da sexualidade;espiritualista. Dada a cultura da épo-ca, marcada pelo neo-platonismo, a concepção bíblico-semita de Santo Irineu será eclipsada pela concepção dualista de Santo Agostinho, que reinará na Igreja até o advento da era contemporânea.

Resumidamente, para Santo Agostinho, o cosmos se divide em dois reinos: a civitas terrena (a cidade dos homens) e a civi-tas Dei (a cidade de Deus). Pelo “pecado de Adão”, o mundo foi corrompido e tornou-se mau. E permanecerá mau até o juízo final, quando no Cristo Ressus-citado tudo será restaurado, recriado, recapitulado. Até lá, o cristão deve tomar distância do mundo - da Cidade dos Ho-mens, e refugiar-se na Cidade de Deus, no âmbito espiritual, procurando salvar sua alma. Dado que o pecado corrompeu o mundo, a oposição entre gra-ça-pecado é entendida como oposição entre graça-natureza. O mundo passa a ser sinônimo de pecado e o corpo tido como fonte de concupiscência. Daí a atitude de Santo Agostinho de desconfiança do mundo material e as numerosas exor-tações para fugir do mundo (fuga mundi), desprezar o cor-po, exaltando a virgindade e a vida contemplativa em relação ao casamento e à vida ativa.

Segundo ele, o ser humano não encontra seu consolo no mun-do; só em Deus se tranquiliza seu coração inquieto.

A concepção de mundo na Idade Média e na

Modernidade

Na Idade Média, a teologia escolástica deixa para trás Pla-tão, mostrando interesse por Aristóteles - o filósofo da na-tureza. É conhecido o axioma de Santo Tomás que “a graça se apoia sobre a natureza”. Entretanto, a falta de ciências que abordem as realidades ter-restres a partir delas mesmas, a concepção cristã de mundo continuaria atrelada ao modo como Santo Agostinho o havia entendido.

No século XVI, com a irrup-ção da civilização moderna e o surgimento das ciências me-todologicamente a-religiosas, culturalmente, dar-se-ia a su-peração da visão pejorativa e espiritualista de mundo. Mas, como a teologia não se abriu a estas ciências, continuou re-produzindo a visão de mundo de Santo Agostinho, tal como

atesta a “Imitação de Cris-to”, de Tomás Kempis, pu-blicado em 1441, um livro de espiritualidade devo-cional na perspectiva da “fuga mundi”, mais lido do que a Bíblia. A própria Reforma protestante, que acolhe valores da moder-nidade como razão indi-vidual e livre arbítrio, te-ologicamente, continuaria

atrelada à concepção de mun-do de Santo Agostinho. Para Lutero, como o mundo foi cor-rompido pelo pecado de Adão e uma árvore má não pode dar frutos bons, o ser humano peca em tudo o que faz. Suas obras não têm mérito algum; só a fé e a confiança nos méritos de Cristo pode salvá-lo.

A concepção de mundo na teologia contemporânea

Na época moderna, a teo-logia continuou antiga e me-dieval, apesar da mudança na compreensão do mundo operada pelas ciências da na-tureza e a filosofia. Caberia à teologia contemporânea, no século XX, uma vez superadas todas as tentativas de retorno à cristandade, tratar de recu-perar o atraso. Isso só foi possí-vel graças a um diálogo da teo-logia com as ciências naturais, em especial a teoria da relati-vidade, a física, a bioquímica e a astronáutica. Por exemplo, para R. Bultmann, não dá para separar revelação de Deus da história, nem sua interpreta-ção de uma consciência situa-

da no mundo. Para D. Bonho-effer, a cruz de Cristo não nos leva a fugir do mundo, antes a assumi-lo para salvá-lo. Para Teillard de Chardin, a história da humanidade, as ciências e o progresso, em meio a contradi-ções, vão levando toda a obra da Criação a convergir para “Cristo tudo em todos”.

Era a teologia, finalmente, depois de 1500 anos, através de uma releitura da Bíblia em uma “volta ás fontes” ajuda-da pelas ciências, compreen-dendo que o pecado afetou a Criação, mas não a corrompeu. Que o mundo, criado por Deus, era bom e continua bom, ain-da que marcado pelo pecado. Que o plano da redenção re-capitulou o plano da criação e, portanto, no Corpo Cósmico de Jesus ressuscitado, o mundo já está potencialmente redimi-do, desde agora, dando, assim, consistência salvífica à história da humanidade, sem ter que esperar pela escatologia final. Que para continuar a obra re-dentora de Jesus, da qual a Igreja é sinal e instrumento, cabe aos cristãos não fugir do mundo, mas, ao contrário, é preciso se inserir nele, pois, “o que não é assumido não é re-dimido”. Compreende-se que a Igreja está no mundo e exis-te para a salvação do mundo. Que não é o mundo que está na Igreja, mas é a Igreja que está no mundo. Que o mundo é constitutivo da Igreja, sem que ela deixe de ser santa, pois é lugar da presença de Deus, assim como a obra da Criação.

O princípio da sinodali-dade coloca a Igreja diante de uma verdade histórica na qual ela sempre trope-çou: o poder. Esse consti-tuiu-se em verdadeira pe-dra no caminho do Povo de Deus. O evangelho, por ser anunciado e acolhido na realidade mesma da vida, está sempre correndo o perigo de ser reduzido a estruturas e gostos de um ou de outro sujeito indivi-dual ou coletivo. É exigen-te anunciar Jesus Cristo, quando Ele mesmo quis se fazer tão próximo, sem, no entanto, confundi-lo com a tentação do poder e do do-mínio sobre os demais.

A Igreja, na perspectiva da sinodalidade eclesial, conforme tem insistido o atual Papa, não pode ficar refém do poder. A vocação do cristão é, antes de tudo, o serviço. À exemplo do Mestre, que veio para ser-vir e não para ser servido, os serviços de pastoral, mi-

nistérios e organismos da Igreja em todos os níveis, precisam redobrar a aten-ção para não cair na tenta-ção do poder. Esse, torna--se mais perigoso quando camuflado e revestido de uma aparência sagrada. O poder pode tiranizar e ma-tar quando a ele se recorre para se sentir intocável e inquestionável.

Num caminho de supe-ração de atitudes desorde-nadas de poder, sobretudo diante do autoritarismo, é imprescindível o esforço na concretização de relações de escuta e diálogo. As di-ferenças precisam ser inte-gradas sem trair o caráter iluminador e transforma-dor do Evangelho. O misté-rio da encarnação desafia a Igreja Povo de Deus para mostrar ao mundo, dentro das limitações humanas, a beleza da comunhão divi-na. Ela é nosso começo e meta.

O Concílio Vaticano II apresentou grandes linhas para o ser e a missão da comunidade eclesial. Ago-ra é a vez de garantir sua prática. Seja bem-vinda, em toda a Igreja, a Reforma impulsionada pelo Papa Francisco. Espera-se que, acolhida com alegria, fique banida na Igreja a tentação do poder.

O entravedo poder

A S I N O D A L I D A D E V I

Pe. Pedro Paulo das NevesReflexão

P A R Ó Q U I A V A R G E M D O C E D R O

Santuário de Albertinaacolheu Presbitério de

Criciúma

Cerca de quarenta padres e Dom Jacinto visitaram o Santuário

No dia 06 de agosto o presbitério da Diocese de Criciúma fez sua peregrina-ção ao Santuário de Alber-tina, em São Luiz (Imaruí). Cerca de quarenta padres, acompanhados de seu Bis-po D. Jacinto Inácio Flach, aproveitaram os festejos do Centenário de Nascimento da Beata para celebrar o Dia do Padre. Após a Missa, visi-taram o espaço religioso e toda a região.

P A R Ó Q U I A C A P I V A R I D E B A I X O

60 Anos deEvangelização

Viva São João Batista! Viva o Povo de Capivari!

Dia 09 do mês de agosto, a Paróquia São João Batista de Capivari de Baixo celebrou os seus 60 anos de fundação atra-vés de uma missa presidida pelo bispo diocesano, concele-brada por vários padres e com a participação ativa de toda a

comunidade paroquial. Além da Celebração do Jubileu, foi também aberto o Ano Jubilar que irá até agosto de 2020. Este período servirá para apro-fundarmos três olhares: olhar para o passado com muita gra-tidão; olhar para o presente

com muito trabalho e compro-metimento e, olhar para o fu-turo com muita esperança e fé. Após a missa, como de costu-me, todos se confraternizaram num lanche partilhado. Viva São João Batista! Viva o Povo de Capivari!

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Pe. José Eduardo

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Obra de Corações Missionárias II

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Santas Missões Populares

No clima das Santas Missões Populares, Imbituba viveu, de 11 a 18 de agosto, a Semana da Família. Foram desenvolvidas atividades que não só envolveram famílias de sangue mas também a família de fé. Pe. Avelino, pároco de Jaguaruna, presidiu alegre celebração com as crianças. Pe. Marcos celebrou com os idosos e avós. Pe. Sér-gio invocou a bênção de Deus sobre os casais e sobre os missioná-rios e missionárias da paróquia que, através dos diferentes ministé-rios, levam Jesus às comunidades através da Palavra, da Eucaristia e da caridade.

Fazendo parte do calendário missionário do Movimento de Irmãos da Comarca de Laguna e da Paróquia de Magalhães, no encerra-mento da Semana Nacional da Família, sábado dia 17/08, foi or-ganizada uma tarde de espiritualidade familiar. Dirigiu a tarde de espiritualidade o Professor Carlos Martendal, de Florianópolis, apresentador do Programa Palavra Viva em várias emissoras de rádio e redator da coluna Retalhos do Cotidiano, publicada em vários jornais em nosso estado. “Foi uma tarde abençoada”. “Nós precisamos ouvir mais essas coisas, viver mais essas experiências de família”, foram algumas reações dentre as mais de 200 pessoas presentes.

Como resposta ao clamor ouvido durante o trabalho das Santas Mis-sões Populares, a Comunidade de Parobé, paróquia da Cabeçudas iniciou, dia 26 de agosto, uma série de dez encontros de estudos. Chamado de Escola Cristã, a cada encontro será desenvolvida uma temática diferente. As teorias do evolucionismo e do criacionismo foi o tema do primeiro encontro.

Em Grão Pará, um feedback com os missionários e missionárias an-tes de continuar com as visitações e com os momentos comunitá-rios.

Missionários e Missionárias de Gravatal, com seu pároco, após a missa de envio. A Paróquia Nossa Senhora das Dores de Jaguaruna segue firme

com as Santas Missões Populares. Todos os missionários são rece-bidos pelas famílias de braços aberto e sorriso no rosto. As comu-nidades de Costa da Lagoa, Encruzo, Boa Vista e Morro Azul foram as comunidades sedes das SMPs no mês de agosto. Em todas, muita organização e decoração impecáveis.

Em Treze de Maio, uma Cruz Missionária sinaliza o grande trabalho das Santas Missões Populares. A juventude também participa e o anima.

Para conscientizar as crianças e os jovens sobre a missão que foi instituída por Cristo, a pastoral catequética da Igreja Matriz da Pas-sagem organizou uma tarde de atividades com cunho missionário. Brincadeiras, reflexões e orações marcaram a tarde que contou com a presença dos padres da paróquia e do Frei Mariosvaldo.

Como parte das atividades comunitárias das Santas Missões Popu-lares, o Setor Missionário de Azambuja, Pedras Grandes, realizou, dia 25 de agosto, Encontro para Casais. A fala, no encontro, foi feita pela Coordenadora Diocesana da Pastoral Familiar, senhora Mari-vone Exterkoeter.

Em Sangão, Santas Missões Populares com o pé na estrada.

Grande e bela iniciativa em Oficinas estão sendo as Missãozinhas com o envolvimento de muitas crianças e adolescentes.

Atividade missionária com as crianças, em Morro Grande, paróquia São João Batista.

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P A R Ó Q U I A P A S S A G E M

Concerto Musical

Concerto de músicas populares brasileiras foi realizado na Paróquia da Passagem pela orquestra Santa Terezinha. A apresentação contagiou o coração de centenas de pesso-as presentes que valorizaram o evento. Desde 2011, a Paró-quia Santa Teresinha é mantenedora de um projeto social que tem o objetivo de ocupar o tempo ocioso das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Apresentação contagiou o coração das pessoas

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Pe. Edison com os coroinhas

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Ainda no mês de agosto, por ocasião da data festiva do mártir São Tarcísio, o pároco realizou envio solene dos co-roinhas.

P A R Ó Q U I A G R Ã O P A R Á

Primeiros Frutosdas SMPs

As santas missões populares já estão dando os primei-ros frutos. Depois de concluir a formação e o envio dos missionários, Capivaras Alta e Barra do Rio do Meio rea-lizaram encontros para as famílias com a palestra harmo-nia conjugal, nos dias 09 e 10 de agosto, respectivamente. Os encontros tiveram o apoio do Movimento de Irmãos de Grão-Pará. O casal palestrante Wilton e Maria Angelina Ballmann falaram às famílias presentes sobre a importân-cia de cultivar a espiritualidade do casal, praticar as boas maneiras, perdoar sempre. “É sempre bom relembrar al-guns pontos importantes para o bom andamento do nosso casamento, aprimorando a nossa vida a dois com práticas simples, como: exercitando o perdão com o nosso cônju-ge, tendo mais diálogo entre o casal e entre pais e filhos, rezando mais em família, sendo fiel aos bons costumes e não se alienando com práticas copiadas das novelas da TV, afirmou Wilton. E concluiu: “nosso objetivo foi dar uma me-xida no relacionamento dos casais presentes”. Em ambos os eventos, após a palestra houve momento de confrater-nização com a partilha do que cada um trouxe e pôs em comum.

Encontros tiveram apoio do Movimento de Irmãos

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CRB/Núcleo Tubarão tem Nova Diretoria

A CRB/Núcleo de Tubarão realizou Assembleia, dia 24 de agosto, com a participação de quarenta (40) religiosas e o pe. Cornélio Dall’Alba/Josefinos de Murialdo.

Com a presença e asses-soria de irmã Silvia Regina Freitas, coordenadora da Conferência das religiosas e religiosos, do Regional SC, as religiosas vivenciaram um tempo alegre e motivador. Irmã Sílvia fez o repasse da 25ª Assembleia Nacional, re-alizada em Brasília, e passou outras informações. Houve também a eleição da nova

coordenação que ficou assim constituída:

Irmã Bernadete Rech D. Providência

(COORDENADORA)Irmã Ignez Maria Paloschi

Vicentinas (SECRETÁRIA)

Irmã Antonina Cardoso D.Providência (TESOUREIRA)

Irmã Lucia Herta Rockenbach Frat.Esperança(ASSESSORA)

O grupo, que esteve pre-sente, agradeceu a disponi-

bilidade da nova equipe de coordenação e, na medida do possível, se dispôs a sempre colaborar e estar presente.

A Assembleia concluiu-se com a celebração Eucarística, presidida pelo pe. Nilo Buss e concelebrada pelo pe. Corné-lio. Foi um momento de louvor ao Senhor da Criação, pelos dons concedidos a cada reli-giosa e pelas bênçãos e inspi-ração presentes na caminhada da Vida Religiosa Consagrada. Foi uma manhã vivida e cele-brada com a alegria que pede o Papa Francisco a todos que evangelizam.

Religiosas vivenciaram um tempo alegre e motivador

25 Anos de Ministério Presbiteral

Pe. Ademir Eing reuniu fami-liares e amigos, dia 17 de agos-to, em Rio Gabiroba, município de São Martinho, para celebrar ação de graças a Deus pelos 25 anos de vida presbiteral. Rio Gabiroba acolhe anualmente os Eing para uma festa em fa-mília e a capela da comunida-de foi o lugar escolhido para a missa jubilar no contexto da

Missa de Ação de Graças na comunidade de Rio Gabiroba

festa, ocasião em que reuniu também seminaristas e padres com o seu bispo. Pe. Ademir Eing foi ordenado presbítero, dia 18 de junho de 1994, em Rio Fortuna. Tem como lema pres-biteral: “Nisto consiste o amor: Jesus deu a vida por nós. Nós devemos dar a vida pelos ir-mãos”. Pe. Ademir Eing dedicou a maior parte dos seus 25 anos

de vida presbiteral na formação dos seminaristas. Atualmente está terminando doutorado em Eclesiologia pela PUC de Curi-tiba, é professor na FACASC em Florianópolis e assistente espi-ritual dos seminaristas da teo-logia de Tubarão, e, de 6ª feira a domingo, presta serviços pas-torais na Paróquia Santa Otília, em Orleans.

P A R Ó Q U I A M O R R O T E S

Amizade com Deuse com o Próximo

Amizade foi o tema do encontro de jovens, dia 23 de agosto, na Comunidade São João. O encontro reuniu os grupos Se-mente do Amanhã (Comunidade São João),

Um encontro recheado de emoções

Jozileia Mendes

Geração de Deus (Vila Pe. Itamar) e Força Jovem (Comunidade Bom Pastor). Foi um encontro lindo. Um encontro recheado de emoções.

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Os cães, o Homem,os Sonhos e a NotíciaPe. Auricélio Costa

Pároco de Vargem do Cedro

Os cães aqui de casa come-çaram a latir. Os dos vizinhos também. Logo, ouvi a voz de alguém que passava na estra-da cantando “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opi-nião formada sobre tudo”. Eu reconheci esta canção que em-balou meus sonhos de jovem universitário. Era Raul Seixas que vinha à minha mente com suas propostas de “Sociedade Alternativa”.

Então, corri até a janela e vi o homem que passava: de altu-ra mediana, pele clara, cabelos escuros e longos, calça cinza e blusão preto... carregava nas costas um saco com produtos recicláveis, que provavelmen-te achara nos lixeiros coloca-dos diante das residências... e vociferava: “seus covardes... seus m*... vocês são todos uns covardes...” E os cachorros la-dravam alvoroçados.

Prestei atenção naquela cena. Eu não sei quais as ban-deiras que aquele cidadão defendia e nem contra quem ele estava vociferando. Tam-pouco sei o porquê de sua re-volta, mas percebi que era um homem livre... livre para gritar sua indignação!

Todos nós, nas várias fases da vida, alimentamos um ou outro sonho. Com o tempo, vamos nos conformando com o status quo e nos adequando aos padrões sociais. E a vida se vai revelando do jeito como é: uma sucessão de escolhas rea-lizadas dentro de certo espa-ço de tempo. Nossas escolhas

podem nos fazer pessoas mais realizadas ou eternamente in-satisfeitas.

Mas, segundo a Antropo-logia Teológica, o homem foi criado por um Deus amoro-so com a missão, justamente, de amar. Então, o sonho mais profundo do ser humano é ser amado, acolhido, aceito, inte-grado no meio social...

Aqueles primeiros sonhos que sonhamos, não são de todo tolos e inocentes. Eles re-velam muito de nosso interior. Eles têm grande importância porque nos ajudam a colocar-mos metas (focos) para nossas escolhas. “É preciso sonhar para não enlouquecer”, dizia alguém.

Mesmo que o tempo vá passando, não podemos dei-xar de vislumbrar aquilo que é a nossa essência. Crianças sonham. Jovens, adultos e ido-sos também. Os sonhos nos mantêm vivos e não nos dei-xam cair no desânimo (sentir--se “sem alma”) e nem na mo-notonia (perceber a vida com uma “cor única”). Então, quais sonhos têm alimentado a nos-sa vida?

Quando se deixa de con-templar o futuro com otimis-mo, vem o comodismo, que pode levar à tristeza interior. A fé, que nos leva à oração e à prática do bem, sempre é o remédio para a saúde da alma!

Na vida, vamos passando por muitas transformações, isto é, “metamorfoses”. Não apenas fisicamente vamos mu-dando, mas, também, na nossa

compreensão da vida e da nos-sa missão neste mundo.

Filhos e filhas de Deus (que é o Imutável), devemos pedir a Graça de mudarmos sem-pre para melhor. Isto é, para sermos mais amorosos, mais justos, mais sinceros, mais so-lidários, mais comprometidos com o Reino de Deus... e, en-fim, mais Santos! Sim, a santi-dade deve ser um dos nossos sonhos... o mais essencial! Pois estamos caminhando em dire-ção ao Céu, onde nos lançare-mos no seio divinal do Pai.

O Papa Francisco falou que é hora de promovermos a “cul-tura do Encontro”. Pois o nosso mundo vive um período de pro-fundas mudanças e fechamen-tos. É urgente fomentar sonhos

e ações que aproximem as pessoas umas das outras. Afi-nal, o outro não é meu inimigo, mas companheiro. Certamente também tem seus sonhos! Po-demos sonhar juntos!...

Lembro-me daquele ho-mem que foi passando ali na rua. Não imagino o que ele trazia em seu coração e nem quais os sonhos dele. Mas, com seu canto, seus gritos e seu jei-tão, ele comunicava suas ver-dades.

Ele me fez pensar naquelas palavras de Jesus: “O que vos é dito ao ouvido, proclamai-o de cima dos telhados” (Mt 10,27). Há uma Boa Notícia que pre-cisa ser comunicada, cantada, proclamada! Até nas “ilhas dis-tantes e povos longínquos” (Is

49,1) e “nos confins da terra” (At 1,8).

Na parábola do Banque-te do Reino, o Rei diz: “Saiam pelas estradas e atalhos e obri-guem as pessoas a virem aqui... para que a minha casa fique cheia” (Lc 14,21). A doce obri-gação é fruto da “revolução da ternura”, pois Deus quer “cui-dar” de cada um de nós. Quan-do nos afastamos dos sonhos de Deus e de nossos sonhos mais profundos, nos desfigu-ramos. Por isso, Jesus exortou: “olhai os lírios do campo...” (Mt 6,28).

Os cachorros se acalma-ram. Mas há muitos movimen-tos dentro de mim: o que fiz de meus sonhos e dos sonhos de Deus para mim?

M E N S A G E M

Cena do filme “O Andarilho”

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OS2

As pessoas que se preocu-pam de fato com o povo bra-sileiro estão perplexas e se perguntam: O que está acon-tecendo com o Brasil?

É natural o sentimento de apego de um povo à sua pá-tria. A nossa Constituição ga-rante oportunidades de fazer dela um lugar de bem-estar e de realizações. Para isso fornece instrumentos ade-quados. O primeiro deles é o poder que deve ser exercido através de representantes ou diretamente pela população organizada. Isto é o que está no parágrafo único do Art. 1º da Constituição. Mas este poder foi sequestrado por uma classe dominante, rica, apátrida, egoísta e insensível. Este sequestro foi possível, dados fatores históricos e pela ação de altos funcioná-rios que usaram seus cargos em favor desta minoria.

A própria representação popular foi camuflada. Fo-ram utilizados meios ilícitos para conseguir objetivos ile-gítimos. Esses meios vão do poder econômico, às mensa-gens falsas (mentiras, calú-nias, manipulações e monta-gens), à batalha travada pela

O P I N I Ã O P O L Í T I C A

O Brasil deCabeça para Baixo

Prof. ValdemarMazzurana

P A R Ó Q U I A J A G U A R U N A

Festa de Nossa Senhora das DoresA Festa de Nossa Se-

nhora das Dores terá a Semana das Talhas de Caná, de 09 a 14 de se-tembro. Serão seis dias de intensa oração e práticas espirituais em preparação à festa da Padroeira a ser solene-mente celebrada no do-mingo, dia 15. Em todos os dias que antecedem a grande festa, a Missa será às 19h30 e terá um padre presidente con-vidado. A cada dia, os fiéis poderão depositar seus pedidos na Talha e todos rezarão a Deus nestas intenções.

As Talhas de Caná reportam para as Bodas de Caná (João 2,1-11), onde faltou vinho e Jesus fez o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. Faltou vinho para os donos da festa e faltou vinho para os convi-dados. Noivos e convidados repre-sentam a humanidade, cada um de nós, que temos necessidades, por-que falta alguma coisa em nossa vida (saúde, alegria, paz, coragem, consciência...). Lembra que não somos autossuficientes, indepen-dentes. Precisamos uns dos outros e precisamos de Deus. Precisamos dar atenção para quem precisa, como Maria fez. Maria sabe o que nos falta e intercede por nós.

mídia conservadora e, recen-temente, à ação ilegal de se-tores do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal, etc.

Desta forma, o povo, de quem deveria emanar todo poder, fica em grande parte prisioneiro dos interesses da classe dominante do país. A Constituição Brasileira deixa de estabelecer as bases da or-dem social para ser transfor-mada numa espécie de obra literária a representar apenas o mundo das ideias.

Por causa desta manipu-lação chegou-se a exageros e excentricidades com as quais nos assombramos todos os dias. Eis alguns:

• Ao invés de verdadeiro combate à corrupção, o que se percebe é a perse-guição de uns e proteção de outros. A corrupção con-tinuará e poderá até piorar, dependendo apenas de o corrupto escolher o “lado certo”;

• Ao invés de imparcialidade, juiz assume lado e orienta a acusação para conseguir o resultado político desejado;

• Ao invés da ação em defe-sa do bem social, desem-bargadores usam o cargo público para conseguir be-nefícios pessoais, desres-peitando até os limites de suas funções;

• Ao invés de agir com vistas ao desenvolvimento nacio-nal, o Governo, altos fun-cionários e muitos políticos submetem o patrimônio na-cional e a nossa tecnologia avançada aos interesses es-trangeiros;

• Ao invés de permitir a exis-tência de uma imprensa livre, que contribua com críticas procedentes, per-seguem-se jornalistas que assim procedem e fortale-cem-se com dinheiro públi-co os bajuladores;

• Ao invés do respeito e do fortalecimento da confe-deração, perseguem-se Go-vernadores eleitos, e o povo de regiões inteiras é des-prezado e ridicularizado;

• Ao invés de investimentos em Educação, subtraem-se recursos, reduzindo a capa-cidade para o desenvolvi-mento científico do país;

• Ao invés de promoção so-cial, tiram-se recursos dos mais pobres para concen-trá-los na mão da minoria rica;

• Ao invés de Estadistas que atuem para que nossa pá-tria tenha lugar de destaque no cenário mundial, vemos Ministros sem qualificação seguindo teorias absurdas e até vergonhosas;

• Ao invés de um porte digno do cargo máximo da hie-rarquia brasileira, veem-se arroubos que vilipendiam a liturgia e a “sacralidade” do cargo;

• Ao invés do empenho em solucionar os grandes pro-blemas nacionais e em au-mentar o PIB, o que querem é a facilidade da transfe-rência do patrimônio pú-blico para o particular, des-prezando a necessidade de prevenção a grandes crises futuras;

• Ao invés do respeito à au-todeterminação dos povos e do fortalecimento das relações comerciais, so-ciais e culturais, acontecem com frequência referências ofensivas e até injuriosas a nações amigas;

• Ao invés de Estado laico empenhado no bem-estar de todos, vemos igrejas cris-tãs sendo usadas por políti-cos e altos funcionários que buscam nelas um ponto de

apoio para impor ódio e perseguições, à revelia das leis de Deus e dos homens.

• Ao invés da solução do pro-blema da violência através de agentes bem formados, de instituições justas, da implementação da Educa-ção, da saúde, da criação de postos de trabalho, me-lhoria salarial, moradia, etc, o que está se configurando é um Estado policialesco que tem a finalidade de amedrontar e impor, à for-ça, a “ordem” que interessa à classe abastada e privile-giada.

Muito mais coisas preocu-pantes estão acontecendo e se configurando com rapidez. Embora não querendo me delongar, acho importante me referir a mais um fato que desperta apreensão: É que, ao lado desta coragem em desfi-gurar uma nação exuberante e protagonista de grandes iniciativas, uma parte da po-pulação aprova e corrobora atitudes tão estranhas quanto devastadoras. Os demais es-tão perplexos, vendo o Brasil de cabeça para baixo, afun-dando no lodo!

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Pascom Jaguaruna

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Família,Santuárioda Vida

Ler bons livros é uma op-ção sábia e importante. O Professor Felipe Aquino é o autor do livro “Família, San-tuário da Vida” da Editora Cléofas. Além de recomen-darmos a leitura, sugerimos que as equipes de prepa-ração para o matrimônio, com o apoio das paróquias, presenteiem os noivos com esta bela obra. Seu conte-údo é dirigido a todos que querem o bem dos seus fa-miliares e certamente aju-dará muito na vida conjugal e educação dos filhos. Faça uma leitura atenta e reflexi-va, em especial você que é agente ou liderança em ser-viços voltados à família.

O livro enfoca com pro-fundidade o sentido sobre-natural da vida familiar, as ameaças que sofre hoje, a vida do casal desde o na-moro, a harmonia conjugal e sexual, a educação dos fi-lhos diante dos perigos que hoje ameaçam a juventude, além de outros assuntos im-portantes sobre o matrimô-nio e a família.

Considerando que a vida humana surge no seio de uma família, e nela é culti-vada e formada, cabe à fa-mília guardar, revelar e co-municar ao mundo o amor e a vida. A salvação da pessoa e da sociedade humana está intimamente ligada à con-dição feliz da comunidade conjugal e familiar. Desta maneira, a família, na qual convivem várias gerações que se ajudam mutuamente em adquirir maior sabedo-ria e em harmonizar os di-reitos pessoais com outras

Tarcísio e Rosângela BitencourtPastoral Familiar

P A S T O R A L F A M I L I A R

“Família, Santuário da Vida”

P A R Ó Q U I A S A N G Ã O

Jovens Soldadosde Cristo

FernandaGoulart

P A R Ó Q U I A H U M A I T Á

Acampamentocom Cristo

Jovens das diferentes comunidades da paróquia realizam, dias 17 e 18 de agosto, o 3º Acampando com Cristo. O Retiro foi na comunidade de Barranceira, em Laguna, na casa de en-contros Recanto dos Arcan-jos. O formato do acampa-mento favoreceu o contato com a natureza, com as pes-soas e com Deus. Os jovens receberam o apoio de lide-ranças da paróquia que in-tegram a Pastoral familiar, Movimento de Irmãos, Pas-

Retiro favoreceu o contato com a natureza

toral Catequética, Pastoral Vocacional e Movimento de Cursilhos.

Jovem e a Bíblia, Jovem e a Igreja, Jovem e a Família, Jovem e a Sexualidade, Jo-vem e a Droga foram temas abordados com a juventude. Houve, ainda, no decorrer dos dois dias de retiro, a Santa Missa, Adoração ao Santíssimo, o Luau Celebra-tivo na beira da lagoa, além de momentos de descontra-ção e convivência.

Jovens que participaram do retiro

O Grupo de Jovens Soldados de Cristo fes-tejou, dia 03 de agosto, o seu 8º aniversário. A noite festiva contou com brincadeiras diversas, quitutes da época e muita diversão. A coordena-ção agradece a todos que fizeram e ainda vem

fazendo parte desta família. Com certeza mui-tas muitas sementes foram plantadas ao longo destes 08 anos. Queremos continuar nesta cami-nhada, levando a Palavra de Deus e o seu amor a muitos de nossos jovens.

Noite festiva conto com muita diversão

exigências sociais, constitui o fundamento da sociedade. A família é chamada desde o início da Igreja de “Igreja Doméstica”, e foi declarada pelo Santo Papa João Paulo II como “Santuário da Vida”.

A família é o eixo da humanidade e a sua pedra angular. O futuro da socie-dade e da Igreja passam por ela. É ali que os filhos e os pais devem ser felizes. Quem não experimentou o amor no seio do lar, terá dificuldade para conhecê--lo fora dele. Também é a comunidade na qual, desde a infância, se pode assimilar os valores morais, começar a honrar a Deus e a usar corretamente a liberdade. A vida em família é iniciação para uma vida correta na sociedade.

Homem e mulher dei-xarão seus pais e se unirão pelos vínculos sagrados do matrimônio para constituir uma família e continuar a ação criadora de Deus. Este é o projeto maravilhoso de Deus para com a humanida-de. Podemos concluir que cada homem e cada mulher que deixam pai e mãe para se unirem em matrimônio e constituir uma nova família não o podem fazer leviana-mente, mas por um autênti-co amor, que não é uma en-trega passageira, mas uma doação definitiva e total.

Grito os ExcluídosO Grito dos Excluídos está na sua 25ª edição. “Este sistema não Vale!” é lema do

Grito dos Excluídos deste ano. O lema remete ao crime da Vale em Brumadinho, mas também ao momento difícil em que vivemos no Brasil e no mundo com suas estruturas opressoras e excludentes e as injustiças cometidas pelo sistema capitalista. “Promover a vida e anunciar a esperança de um mundo justo, com ações organizadas, a fim de construir um novo projeto de sociedade” é um dos objetivos do Grito. Leia abaixo a Carta da CNBB em apoio ao Grito dos Excluídos.

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Carta de Apoio ao 25º Grito dos Excluídos

07 de setembroSenhores Cardeais, Arce/Bispos, agentes de pasto-

rais, lideranças!O Grito dos/as Excluídos/as do Brasil caminha para o

seu 25º ano. Convém ressaltar que ele é fruto da Cam-panha da Fraternidade de 1995, cujo tema era “Fraterni-dade e os excluídos” e o lema: Eras tu, Senhor? Ao con-templar as faces da exclusão na sociedade brasileira, setores ligados às Pastorais Sociais da Igreja optaram por estabelecer canais de diálogo permanente com a sociedade promovendo, a cada ano, na semana da Pá-tria, o Grito dos/as Excluídos/as.

Mesmo dando destaque ao dia 07 de setembro, o Grito dos/as Excluídos/as não quer se limitar a esta data. Vai muito além. Envolve o antes, o durante e o de-pois. Em preparação ao evento são promovidas rodas de conversa, seminários, fóruns temáticos envolvendo entidades, instituições, movimentos e organizações da sociedade civil fortalecendo as legítimas reivindicações sociais e reforçando a presença solidária da Igreja junto aos mais vulneráveis, sintonizando-a aos seus anseios e possibilitando a construção de uma sociedade mais jus-ta e solidária.

Em 2019 o 25º Grito dos/as Excluídos/as trata do lema “Este sistema não vale! Lutamos por Justiça, Direi-tos e Liberdade!”. Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobiliza-ções e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, a reforma trabalhista aprovada e, agora, o projeto de Reforma da Previdência, estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sis-tema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população. O Grito precisa colaborar para gerar processos de conscientização e de mobilização social e de profecia da Igreja em defesa dos mais vul-neráveis.

Agradecemos aos senhores pelo apoio recebido ao longo destes anos! Precisamos continuar a gritar pela vida em primeiro lugar. Agora, solicitamos-lhes, mais uma vez, o efetivo apoio ao Grito dos Excluídos 2019! É uma iniciativa que desperta para a solidariedade, para a organização e que renova a esperança dos pobres e os torna sujeitos de uma nova sociedade, sinal do Reino de Deus.

Com estima e consideração,

Dom José Valdeci S. Mendes(Bispo de Brejo - MA)

Presidente da Comissão Episcopal Pastoralpara a Ação Sócio Transformadora

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