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Motivação

Este ano não podemos celebrar a Semana Santa e a Páscoa em comunidade, de uma forma tradicional, devido à pandemia do covid-19. A Pastoral Educativa Marista organizou alguns materiais e reflexões, uns elaborados por nós, outros recolhidos porque nos pareceram pertinentes, que deixamos neste documento que pretende marcar esta Semana Santa com tanto significado para nós cristãos. Para que Páscoa nos estamos a preparar? A pergunta tornou-se comum, pública, sofrida. Deveria ser a de cada ano, porque a repetição da festa nunca pode ser sinónimo de estagnação e dado adquirido. As dramáticas circunstâncias que rapidamente envolveram larga parte da humanidade arrancam-nos, todavia, das zonas de conforto, e impõem interrogações radicais, mas talvez saudáveis. O cristianismo – muitos o têm observado nos últimos dias – está diante de um desafio doméstico. Às Igrejas perspetivam-se múltiplas possibilidades. Imaginar uma Semana Santa em que cada um, de casa, facilmente se ligue à sua paróquia, ou ao bispo, e veja assim parcialmente reconstituir-se a unidade com os irmãos é uma boa possibilidade, impensável noutros tempos. É o que acontecerá em muitos casos, e isto – não temos dúvidas – ajudará, consolará: será experiência real, e não virtual, dará outra amplitude ao que, de portas fechadas, acontecerá onde os pastores vão celebrar os mistérios. Todavia, é legítimo o pressentimento que pode não bastar. Ou, pelo menos, não esgota a potencialidade do momento. Por outro lado, não se pode esconder que as celebrações do Tríduo Pascal, coração do ano litúrgico, não são consideradas como determinantes por grande parte dos fiéis. E se, agora, algo começasse a emergir do interior de algumas ou de muitas casas? É uma possibilidade que deixam pelo menos entrever os elementos-chave da liturgia, que as circunstâncias atuais nos induzem a redescobrir.

A Preparar…

Cada família e convidada a preparar um “cantinho da oração” onde pode colocar um Crucifixo, uma Bíblia, uma imagem de Maria, nossa Boa Mãe, S. Marcelino Champagnat (ou outro santo de devoção), uma candeia/vela; e se possível um arranjo de flores/planta. Nas casas nas quais há crianças pequenas, podem juntar-se outros elementos, por exemplo, as crianças podem pintar algum episódio dos evangelhos ou a imagem de algum santo. No final do documento, está uma imagem de S. Marcelino e outra de Maria que se pode imprimir e pintar. A ideia chave é que este espaço de oração seja construído com a criatividade e o carinho de todos os membros da família. Além deste espaço, cada família pode construir/decorar uma cruz (é a nossa proposta para 2ªfeira e podes encontrar uma ligação para uma cruz em origami no final do documento) para colocar num local visível, à entrada da casa, na porta da entrada, na janela/varanda... Mais uma vez, podemos ser criativos e sustentáveis, porque não reutilizar as caixas de cereais? Esta cruz é um sinal de que estamos em oração e viver a Páscoa em Família e deve permanecer ao longo de toda a semana santa.

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PÁSCOA? QUE PÁSCOA? (Pe. Nuno Tovar de Lemos)

Se acreditamos que, de tudo, Deus tira bem (se acreditamos que até da morte Ele tira vida!) devemos

então procurar a Graça escondida na Páscoa deste ano.

Dou comigo a pensar o que muitos estarão a pensar: como será a Páscoa este ano? Não existirá o

tradicional almoço de família, nem visitas para deixar as amêndoas, nem o compasso, nem sequer

celebrações litúrgicas. Ficará talvez a decisão de não perdermos as celebrações pela televisão,

embora não seja a mesma coisa. E, mesmo essas, apenas terão o padre e 2 ou 3 pessoas, cada uma

estrategicamente afastada das outras a pelo menos dois metros de distância social. Páscoa este

ano? Que Páscoa?

Recordamos tantas vigílias pascais que já vivemos no passado, com a igreja cheia de gente às escuras

e o círio a avançar, a acender as velas e a iluminar aos poucos toda a igreja. “Eis a luz de Cristo!”

Recordamos as missas de 5ª feira santa e o comovente lava-pés. Recordamos as vias-sacras de 6ª

feira e a celebração da morte do Senhor com o sentido beijo ou abraço da cruz, cada um com a sua

cruz unida à de Jesus. Para a quase totalidade dos católicos nada disto existirá este ano. E nunca

pensámos que tal pudesse acontecer.

Por outro lado, creio que seria errado deixar agora entrar dentro de nós uma espécie de resignação

a uma “Páscoa diminuída” comparando-a nostalgicamente com as Páscoas do passado. Se

acreditamos que, de tudo, Deus tira bem (se acreditamos que até da morte Ele tira vida!) devemos

então procurar a Graça escondida na Páscoa deste ano. Será certamente uma Páscoa diferente mas

isso não quer dizer que não possa ser uma Páscoa muito marcante, uma Páscoa tão bem vivida que

marque para sempre as nossas histórias de fé. Ao vermos fechadas as portas das igrejas devemos

perguntar-nos: que portas novas Deus nos está a abrir para a redescoberta da Páscoa?

Aqui vai o meu contributo com algumas sugestões de graças que podem estar contidas nesta Páscoa

diferente que nos espera:

1. Viver uma Páscoa ainda mais interior

Nós, cristãos, que já tínhamos passado da Páscoa dos coelhinhos que põem ovos para a Páscoa

centrada nas celebrações litúrgicas, este ano temos de passar desta Páscoa para outra ainda mais

interior, apenas alimentada daquilo que as ditas celebrações significam e transmitem. O facto de

não existirem celebrações litúrgicas públicas pode ser, para cada um de nós, uma porta aberta para

uma vivência mais interiorizada da Páscoa.

Nisto talvez a experiência do povo de Israel no exílio, longe do Templo e das suas celebrações, nos

possa ajudar:

“Recordo como passava em cortejo para o templo do Senhor, entre as vozes de louvor e de alegria da multidão em festa.”

Quem escreve estas palavras é o autor do Salmo 42(41). Está no exílio e recorda as celebrações no

Templo de Jerusalém antes da ocupação pela Babilónia. São palavras cheias de saudade. Mas o

salmista não se fica na nostalgia do passado. Ele continua a sua oração pedindo a Deus as graças

interiores da luz e da verdade que poderão alinhar interiormente o seu coração com os caminhos

do Templo, ainda que estando longe dele:

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“Enviai a vossa luz e verdade; sejam elas o meu guia e me conduzam à vossa montanha santa e ao vosso santuário.”

Privados das celebrações do Tríduo Pascal nos nossos templos, este ano a Páscoa tem de ser vivida

mais dentro de nós. Podemos assistir às celebrações na televisão ou no tablet mas é no coração, e

não nos écrans, onde temos de as viver. Se calhar é assim todos os anos, todas as Páscoas têm de

ser vividas interiormente por cada um de nós, mas este ano não dá para fingir nem fugir. Se esta

Páscoa não for vivida interiormente ela não existirá, passará ao nosso lado como uma saudade, um

tempo que não faz história a não ser pela negativa.

Custará muito não poder comungar na 5.ª feira santa, o dia da instituição da Eucaristia. Mas Jesus

saberá chegar pessoalmente ao interior de cada um através da comunhão espiritual. Não foi isso

precisamente que Jesus inaugurou na última ceia, uma forma nova de presença e de comunhão

interior com cada pessoa?

Para vivermos assim a Páscoa precisamos (ainda mais este ano) de espaços interiores. Quanto mais

as portas dos templos se fecham tanto mais devem estar abertas, para a oração, as portas dos

nossos templos interiores, dos nossos corações. Refugiemo-nos nos cantos dos nossos quartos para

rezar, levantemo-nos de manhã cedo ou acordemos a meio da noite e acendamos uma vela para

entrar no nosso santuário interior onde Cristo nos espera com a Sua Presença próxima e amiga.

2. Levar mais a sério as feridas de Jesus ressuscitado

Creio que por vezes temos uma visão demasiado simplista do mistério pascal como se a paixão de

Jesus, a Sua morte e o Seu túmulo vazio tivessem sido momentos transitórios do passado depois

definitivamente suplantados pela Sua ressurreição. Fazemos a adoração da cruz na 6.ª feira santa e

meditamos aí as Suas feridas (e as nossas) mas depois celebramos a ressurreição e pode parecer

que a cruz e as feridas desapareceram.

Esta visão simplista do mistério pascal mostrar-nos-ia uma cruz sem ressurreição ou uma

ressurreição sem cruz. Ou seja: obrigar-nos-ia a decidir entre o desânimo e a alienação.

No entanto Jesus ressuscitado aparece aos apóstolos e a Tome com as feridas da paixão. “Põe aqui

o teu dado nas Minhas feridas”, diz Ele a Tome. Porquê? Creio que para nos mostrar claramente

que a ressurreição não apaga o sofrimento mas abre-nos a possibilidade de o vivermos de uma

maneira totalmente nova, transfigurada, eventualmente até salvadora.

Como escreveu S. Paulo: “Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que

também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo.” (2 Cor 4, 10)

O facto de acompanharmos todos os anos, nas celebrações do Tríduo Pascal, a sequência

cronológica dos acontecimentos de há 2000 anos atrás pode reforçar esta ideia errada de que, com

a ressurreição de Domingo, a cruz de 6ª feira rapidamente já passou e que agora temos é de nos

dedicar a preparar o almoço de Páscoa.

Este ano, porém, não haverá celebrações públicas de adoração da cruz (nem, provavelmente,

grandes almoços de Páscoa). Talvez Jesus nos esteja a querer dizer: “não tenhas pressa a abraçar as

feridas e não são tanto as Minhas feridas que Eu quero que tu abraces mas as dos outros e as tuas”.

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Esta pode ser uma Páscoa de abraçar feridas de uma maneira ressuscitada: não para nos

lastimarmos depressivamente nelas nem para as pretendermos simplisticamente curar (há feridas

que nem se curam) mas para ensaiarmos novos modos de as viver em compaixão e fecundidade.

O abraço que daríamos à cruz de Jesus na cerimónia de 6ª feira santa podemos dá-lo à cruz do

vizinho doente, deixando à sua porta uns biscoitos calmamente feitos com amor, à cruz da amiga

abandonada pelo marido, fazendo-lhe um telefonema sem pressa, ou à cruz do nosso coração vazio

unindo os nossos sofrimentos aos da Paixão de Cristo para a salvação do mundo.

E, fazendo assim, falaremos a voz da ressurreição, que é a voz da resistência contra a falta de

esperança, mesmo nas dificuldades: “Luta porque tudo acabará bem, Deus tem mais poder que o

mal. Tem mais poder até que a própria morte! Não baixes os braços. Não vês como o Seu amor

consegue tirar bem do mal? Não vês como a Sua presença até já se faz sentir, mesmo no meio das

feridas?

3. Deixar-se transformar pessoalmente

A vida nova que nos vem da ressurreição de Jesus e do baptismo há-de ser uma nova maneira de

estar na vida. (Não uma experiência “espiritual” que se acrescenta sobre a nossa vida velha de

sempre, o que seria uma falsidade e uma alienação). S. Paulo fala do “homem velho” que entrou no

túmulo com Cristo para daí ressurgir com Ele um “homem novo”. A Páscoa exige, por isso, uma

transformação pessoal criativa para que essa vida nova, essa nova maneira de estar na vida, possa

realmente surgir. A palavra de Jesus e clara: “Não se deita vinho novo em odres velhos”. O vinho

novo da ressurreição do Senhor exige “odres novos”, novas atitudes, da nossa parte.

Este ano sentimos isso mais do que nunca. O facto de não podermos sair de casa para participar nas

celebrações do Tríduo deixa mais a nu esta verdade crua de que a Páscoa consiste precisamente em

deixar-se transformar pessoalmente com Cristo. Os ritos litúrgicos são expressão e ajuda mas não

são uma substituição deste processo pascal individual. Tradicionalmente chamamos a este processo

de “conversão”, a busca de uma versão melhorada de nós mesmos e das nossas relações. A Páscoa

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nua deste ano remete-nos assim para o essencial. Mas pôr-se em causa a si mesmo é difícil (para

quem tem fe e para quem não tem)…

Como seria uma versão melhorada de nós mesmos com Cristo? Demos largas ao sonho porque toda

a mudança começa na imaginação. Já Santo Inácio, na sua convalescença, se punha a imaginar novas

versões de si mesmo e foi aí que começou a surgir um homem novo (“E se eu fosse a pé à Terra

Santa?”, “E se eu fizesse como fez Santo Onofre?”). Tambem nós podemos imaginar para nós

padrões diferentes de relação com os outros, com o tempo, com os bens materiais, etc. “E se eu

agora…?”.

Talvez um bom exercício para a nossa noite de Aleluias, a noite da Vigília Pascal, depois de

assistirmos à transmissão da celebração na televisão ou no computador, pudesse ser este mesmo

de nos sentarmos com papel e caneta na presença de Cristo ressuscitado para completarmos com

Ele esta frase: “E se eu agora… ?” E ir tentando finais e mais finais diferentes para esta frase ate

sentirmos entrar em nós a profunda paz, alegria e entusiasmo da ressurreição.

Em suma: diz-se que “quando se fecha uma porta Deus abre uma janela”. Que janelas se abrem

para nós nesta Páscoa? Talvez, este ano, Ele possa estar mesmo a deitar paredes abaixo…

Santa Páscoa de 2020!

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DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

Na liturgia cristã deste Domingo, a Igreja, ao evocar a aclamação de Jesus como Messias pela população de Jerusalem, faz suas, as mesmas palavras de louvor: “Tu, Cristo, es hoje, entre nós, o Filho de Deus Bendito, o Vivo”. Assim entramos na Semana Santa, toda Ela meditação sobre o mistério da nossa salvação. Somos convidados a contemplar o rosto de Jesus que deu a vida por nós encarnando dolorosamente o amor com que Deus nos ama. Ele e o Filho obediente e fiel, o servo que testemunha a Verdade. Ele e o discípulo sofredor, conduzido ao sacrifício, qual cordeiro pascal silencioso e inocente.

Pistas de Reflexão...

A imagem de Jesus aclamado como Messias montado num jumentinho contrasta com a imagem do Messias-Rei Poderoso esperado pelo povo de Israel. Por isso, todos se questionam: “Quem e Ele?” Será este o Messias esperado? É difícil acreditar como é que através da pequenez e fragilidade se manifesta a força de Deus. É difícil aceitar que a vontade Deus passa pela misericórdia e pelo perdão e por fazer-se servo de todos, amando até ao fim. Mas sim, este é o Rei chega até nós montado num jumento e caminha até à cruz. Ao longo desta semana – a maior e mais importante do ano – acompanhemos a caminhada de Jesus até à cruz. Esta é a semana da redenção e da libertação: o Tríduo Pascal, 5a feira com a Instituição da Eucaristia; 6afeira da Paixão e Morte de Jesus e Sábado Santo que culmina com o Anúncio da Ressurreição. Em família, encontremos tempo para celebrar e acolher este Deus que se entrega por nós na cruz e pela sua ressurreição nos abre as portas da Vida Eterna.

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CELEBRAÇÃO FAMILIAR

A Preparar: No espaço de oração, cada membro da família ter um ramo de oliveira ou outra planta ou flor. Ambientação:

Cântico: Hossana ao filho de David https://www.youtube.com/watch?v=rQoQEQ8DJms

Pai: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amen.

Mae: Todos os anos, iniciamos a Semana Santa com o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, contemplando Jesus, como Messias e Rei, e ao mesmo tempo, como o Servo do Senhor. E central na nossa celebração cristã a narrativa evangélica da entrada de Jesus em Jerusalém e da sua Paixão.

Filhos: Para exprimirem a profundidade desta subida do Senhor da Galileia à Cidade Santa de Jerusalém os evangelistas transmitiram-nos os anúncios de Jesus relativos à sua Paixão, mencionando particularmente e com profundo significado a subida interior do Senhor a caminho do Templo, rumo ao lugar onde Deus, como diz a Escritura Sagrada, quisera “estabelecer a sua morada”. Escutemos a Palavra do Senhor.

Pai: Do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus “Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfage, no Monte das Oliveiras, Jesus enviou então dois discípulos, dizendo-lhes: “Ide à povoação que está na vossa frente, e encontrareis imediatamente uma jumenta presa e, com ela, um jumentinho. Depois de os soltardes, trazei-os a mim. E se alguém vos disser alguma coisa, direis: O Senhor tem necessidade deles, mas imediatamente os enviará de volta. (...) Os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara. Trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram sobre eles as suas capas, e Jesus sentou-se sobre eles. A numerosa multidão estendia as suas próprias capas pelo caminho e outros cortavam ramos das árvores e estendiam-nos pelo caminho. E tanto as multidões que iam à frente como as que o seguiam gritavam, dizendo: “Hossana ao Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!”. Quando Ele entrou em Jerusalem, toda a cidade se agitou, dizendo: “Quem e este?”. As multidões diziam: “Este e o profeta Jesus, o de Nazare da Galileia”.

Mae: A profundidade desta subida, de todos os gestos e de todas as palavras de Jesus que desejamos transformem a nossa vida aparece bem resumida na oração da “Colecta” da Missa deste dia. Rezamos assim: “Deus, eterno e omnipotente, que para dar aos homens o exemplo da humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e padecesse o suplício da cruz, fazei que sigamos os ensinamentos da sua paixão, para merecermos tomar parte na glória da sua Ressurreição”.

Filhos: Nas palavras que rezámos aprendemos que hoje, também nós nos tornamos verdadeiramente bons amigos de Jesus e seus discípulos a partir da humildade! Salvamos a nossa vida perdendo-nos na humildade! Ama verdadeiramente quem por humildade se oferece aos seus irmãos.

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Pai: A Paixão de Jesus e um exercício ativo de humildade. Aclamemos com alegria como a multidão de Jerusalém a Jesus nosso Salvador para que traga Paz e luz às nossas vidas e à nossa família e nos dê um coração humilde capaz de acolher e realizar a vontade de Deus.

(Enquanto cantam podem elevar os braços com os ramos ao alto. Depois do canto cada um deposita o seu ramo junto da Cruz do Senhor)

Cântico: Meninos Hebreus https://www.youtube.com/watch?v=yS5epfNgCr4

Pai: Bendizemos o Senhor Nosso Deus pelas imensas maravilhas que realiza em nós e connosco dando-nos o Seu Filho. Ele e o Bendito que vem em nome do Senhor. Queremos pedir-lhe com fé que nos ensine a bendizer-lhe neste momento dramático das nossas vidas, nesta hora de provação causada pela Pandemia e quando faltar a saúde, quando o pão não estiver garantido para todas as bocas, quando formos destruídos da nossa dignidade, quando nos maldisserem e formos atingidos pelo sofrimento, quando a desilusão e a tristeza ocupar o nosso coração.

Mãe: Escutemos a Palavra do Apóstolo S. Paulo aos Filipenses “Meus irmãos: Cristo Jesus, de condição divina, não se prevaleceu da Sua igualdade com Deus. Mas aniquilou-se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-se semelhante aos homens. Aparecendo como homem humilhou-se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz”.

Filhos: “Por isso Deus O exaltou e Lhe deu o Nome que está acima de todos os nomes. Para que todos, ao nome de Jesus se ajoelhem nos Céus, na Terra e nos infernos. E toda a língua proclame que Jesus Cristo e o Senhor, para glória de Deus Pai”.

Pai: Com Jesus aprendemos hoje, que o humilde e o discípulo: todo aquele que pensa, fala e vive como discípulo. E este e o que leva uma palavra de alento aos abatidos; aquele que possui ouvidos para escutar e todas as manhãs inclina o seu coração para ouvir o Senhor; o discípulo não teme as adversidades nem recua perante as afrontas, não desvia o rosto nem distancia o coração. O discípulo e o que permanece na Casa do Pai, o que proclama na fé que o Senhor e a Sua força, o que acredita que Deus vem sempre em auxílio do fraco; o discípulo nunca se desilude nem perde a alegria e a esperança, pois sabe que o Senhor o atenderá.

Mae: Como Jesus, o discípulo humilha-se a si próprio, na sua condição de servo até dar a sua vida ate ao fim. A humildade não e servilismo nem resignação, e construção da vida a partir da obediência livre a Deus e da aceitação do Seu amor. Estamos dispostos a aprender a ser discípulos e a humildade e a deixar-nos purificar sempre de novo pelo Senhor na Sua Casa onde rezamos e nos encontramos com o Pai?

Filhos: Na nossa casa de família, na oração, aprendamos a ser discípulos. Vigiando destruamos o mal porque e fraca a carne. Vençamos o sono da indiferença e no silêncio de quem reza aprendamos a confiar no

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Senhor e a amar em Seu nome. Não abandonemos o Senhor para sabermos vencer os medos e as tentações.

Pai: Rezemos nesta hora e no início desta Semana Santa rumo à Páscoa, dando as mãos em comunhão, para que nos tornemos tambem nós com Jesus e a partir d’Ele mensageiros humildes da sua Paz, discípulos adoradores em espírito e verdade, abertos à Luz, a fim de que o Seu Reino se cumpra em nós.

Todos: Pai nosso...

Pai: Senhor, Pai Santo, dirige o Teu olhar sobre esta Família pela qual Nosso Senhor Jesus Cristo não se negou a entregar à morte e a padecer o tormento da Cruz. Protegei-nos, abençoai-nos e dai-nos a Vida. (Todos se benzem)

Todos: Amen.

Cântico: Bendito, Bendito o que vem em nome do Senhor! https://www.youtube.com/watch?v=ytsaucxe5UM

Oração Vem Senhor, para quando esperas? Agora! Vem rápido, que o mundo gira às cegas ignorando o Amor que o sustenta. Vem rápido Senhor, que hoje entre os irmãos aumentam as mentiras e se escondem os laços. Vem, que a liberdade está entre as grades dos medos e das angústias. Vem, não deixes agora de nos escutar quando há tanto caminho por andar. Já Senhor, para quando esperas? Agora! Tu és a alegria dos que mais necessitam e dos que colocam em ti a sua confiança. Não hás de ser para o triste e o aflito consolo na sua dor, luz no seu grito? Quem dará paz aos nossos corações se a tua ternura e compaixão se escondem? Quem saciará esta fome de infinito? Vem, Senhor! Para quando esperar? Vem. Agora. Proposta de Oração:

Via Sacra das Famílias Paulus Editora 2020 www.bit.ly/viasacrafamilias

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Propostas de Dinâmica para a Semana

2ªFeira Prepara uma cruz em família e decora-a

3ªFeira Faz uma leitura orante do Evangelho de S. Marcos 4,35-41 (4 Passos: Leitura, Meditação, Oração; Ação)

4ªFeira Reza um Pai Nosso, enquanto lava as mãos.

(adaptado de Pastoral das Vocações – Viseu)

Ao longo destes próximos dias da Semana santa, ao meio-dia, convidamos toda a família a um breve momento de oração mariano, o Angelus.

ANGELUS

Pai: O Anjo do Senhor anunciou a Maria. E ela concebeu do Espírito Santo. Todos: Ave Maria... Mae: Eis a serva do Senhor. Faça-se em Mim segundo a vossa Palavra. Todos: Ave Maria... Filho: E o Verbo divino se fez carne. E habitou entre nós. Todos: Ave Maria... Pai: Rogai por nós, santa Mãe de Deus. Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo Pai: Oremos: Infundi, Senhor, Vos pedimos, a Vossa graça em nossas almas: para que nós, que, pela Anunciação do Anjo, conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela Sua Paixão e Morte de Cruz, sejamos conduzidos à glória da Ressurreição. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Todos: Amen Todos: Glória ao Pai... (três vezes) Mae: Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso Todos: Nos esplendores da luz perpetua. Mae: Bendigamos ao Senhor. Todos: Graças a Deus. (Cada dia, cada um particularmente escreve num papel uma atitude pessoal que gostaria de corrigir rezando pela conversão do seu coração ao Senhor. Dobrando o papel escrevem o seu nome e depositam junto da Cruz, no “Cantinho da Oração”).

Cântico: Ave Maria, Mãe da Igreja. Santa Maria, minha Mãe. (podes ouvir o cântico completo em https://bit.ly/34dL4VV)

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TRÍDUO PASCAL

5ªFEIRA SANTA

Na Missa que se celebra na tarde de Quinta-feira santa a Igreja dá início ao sagrado Tríduo Pascal, ponto culminante de todo o ano litúrgico. Comemoram-se neste momento três das maiores expressões do amor infinito de Deus por nós: A instituição da Sagrada Eucaristia: Jesus antecipa a sua morte na cruz para o gesto da entrega do Pão e do Vinho, oferecendo à Igreja a sua presença real durante os séculos que se seguiram à sua Morte e Ressurreição. A instituição do Sacramento da Ordem: sempre que um Sacerdote – a quem Jesus disse: «Fazei isto em memória de mim» – pronuncia as mesmas palavras que Jesus disse, Ele torna-se presente através do Sacramento da Eucaristia. A promulgação do mandamento novo do amor cristão: somos convidados a meditar sobre a “forma eucarística” de viver: como Jesus, que Se curva para lavar os pes, tambem nós somos chamados a colocarmo-nos ao serviço dos outros. Celebramos esta data memorável, esta grande festa em honra do Senhor, na esperança ate que Ele venha! Ambientação

Cântico: Toda a nossa glória está na Cruz https://www.youtube.com/watch?v=B6rHP72aOMM

Pai: Em nome do Pai; e do Filho, pão para a vida do mundo; e do Espírito Santo. Todos: Ámen. Pai: A Igreja hoje recorda a Última Ceia de Jesus. Há dois momentos muito especiais nesta celebração: recordamos que Jesus quis permanecer connosco, desde há dois milénios, transformando um pouco de pão e um pouco de vinho no seu Corpo e no seu Sangue. Ao mesmo tempo, mostrou como a sua presença connosco na Eucaristia não e só uma recordação do passado, mas e o próprio Jesus que permanece connosco e nos dá a sua graça para vivermos como Ele viveu: entregando o nosso próprio corpo e o nosso sangue ao serviço dos outros. Para compreendermos melhor o que Jesus nos quer dar a viver hoje, escutemos duas passagens da Sagrada Escritura. Mãe: Leitura da Primeira Epístola do Apóstolo São Paulo aos Coríntios (11,23-26) Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto e o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim.» Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice e a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim.» Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, ate que Ele venha. Palavra do Senhor. Todos: Graças a Deus. Pai: Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (13,1-15) Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus,

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sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?» Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde.» Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés.» Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo.» Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.» Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos.» Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos.» Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também.» Palavra da salvação. Todos: Glória a Vós, Senhor. Partilha Para terminar o tempo de partilha, podem-se ler estas palavras do Papa Bento XVI, em 2005, explicando o que acontece na Eucaristia: «O que está a acontecer? Como pode Jesus distribuir o seu Corpo e o seu Sangue? Ao fazer do pão o seu Corpo e do vinho o seu Sangue, Ele antecipa a sua morte, aceita-a no seu íntimo e transforma-a numa ação de amor. Aquilo que do exterior e violência brutal torna-se do interior um gesto de amor que se doa totalmente. Foi esta a transformação substancial que se realizou no cenáculo e que estava destinada a suscitar um processo de transformações cuja finalidade última e a transformação do mundo até àquela condição em que Deus será tudo em todos (cf. 1Cor 15,28). Desde sempre, de qualquer forma, todos os homens aguardam no seu coração uma mudança, uma transformação do mundo. Pois este e o único ato central de transformação capaz de renovar verdadeiramente o mundo: a violência transforma-se em amor e, por conseguinte, a morte em vida.» Filhos: “Que a recordação desta noite,/ com as palavras e gestos de Jesus,/ inspire a nossa conduta/ ao longo do nosso caminho./ Faz- -nos sair da escravidão/ que nós mesmos buscamos/ e à qual facilmente nos submetemos:/ a escravidão do poder/ do dinheiro/ dos prazeres/ da vida sem sentido/ Faz-nos compreender/ que a liberdade que nós pedimos e queremos/ deve ser também liberdade para os outros/ Por isso/ ajuda-nos a desterrar dos nossos corações/ todo o sentimento de egoísmo/ de soberba/ de ódio/ de intolerância”. Mae: “Que a luz da liberdade/ chegue ate aos últimos rincões do mundo e ao coração de cada homem. Então poderemos todos viver, como teus filhos e irmãos entre nós/ plenamente livres, com aquela liberdade que nos deste por meio de Jesus, teu Filho e nosso Senhor”. Todos: Amen! Maranathá! “Vem, Senhor Jesus!” Todos: Pai nosso...

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Filhos: Nesta noite podemos acompanhar com a imaginação os momentos da prisão e do julgamento de Jesus. Ao mesmo tempo podem-se recordar os propósitos que se fizeram na partilha depois da leitura do Evangelho. Conclusão: Pai: Senhor Jesus Cristo, que nos deixastes o mandamento novo do amor, e, por herança, a vossa Igreja e a Eucaristia, dai-nos a graça de passarmos convosco deste mundo para o Pai. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Todos: Amen. Pai: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Todos: Para sempre seja louvado e sua Mãe Maria Santíssima.

Cântico: Cantemos ao Redentor https://www.youtube.com/watch?v=gbn1zF3xP1M

Proposta de Atividade: Saboreia um Jantar especial e faz uma oração em família O jantar desta tarde deve ser especial e envolvido de muita espiritualidade. A família reunida ao redor da mesa, deve dar graças a Deus pelo dom do alimento que vamos receber e alguém da família proclama o Evangelho da instituição da Eucaristia (Jo 13, 1-15). Na Quinta-feira Santa, por exemplo, os sinais fortes da vida de Cristo poderiam desenrolar-se à volta da mesa, à hora do jantar. Imaginemos que a família se reúne, mas que também quem vive só prepare a mesa com especial importância. Depois de uma breve introdução, que inclua uma espécie de saudação, ou de abraço da paz entre os presentes, a oração poderia começar com a leitura dos primeiros versículos de João 13, seguida, se as circunstâncias da casa o permitirem, do lava-pés recíproco entre os esposos, e depois dos filhos, mais do que cada um o fazer a quem está ao seu lado. Seria um gesto extremo, certamente a não impor, mas que pode encontrar algumas famílias a ele predispostas. O jantar-ceia propriamente dito poderia iniciar-se, inclusive para as pessoas sós, com uma oração de bênção da mesa - «Bendito sejas, Senhor…» - que tenha dentro de si algumas palavras de memória da última ceia - «Nesta noite em que Jesus e os discípulos…». No centro da mesa mereceria estar um único grande pão, em vez de muitos pães pequenos, comprado ou preparado em casa durante o dia. Após a bênção, um membro da família poderia partir o pão e distribuir um pedaço a todos, sem dizer nada, mas dando espessura simbólica ao gesto. A partir daqui a ceia prosseguiria na habitual, e se possível mais intensa, convivialidade.

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SEXTA-FEIRA SANTA

Muitas vezes vive-se a Sexta-feira Santa como um dia de tristeza, o que e verdade. Acompanhamos Jesus até à Cruz e até à morte, mas no nosso coração está semeada desde sempre a certeza da Ressurreição. Por isso, a tristeza deste dia não deve ser um teatro, como se fosse um “faz de conta”, mas uma verdadeira dor e tristeza pelos nossos pecados, que pregaram Jesus na Cruz. Assim sendo, este e um dia especial para aprender a morrer por amor, como Cristo, para aí experimentarmos que na morte nasce a esperança do homem novo. Ambientação Esta celebração começa em silêncio e recolhimento. Podem ser fechadas as persianas, as luzes apagadas e desligados todos os equipamentos tecnológicos, de modo a permitir um momento de profundo silêncio e oração junto à cruz. Pai: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amen. Pai: Reunimo-nos em família neste momento de oração, para contemplarmos a Tua Cruz, Senhor, e nos deixarmos interpelar na fe, sobre o cumprimento da tua total liberdade, da Tua “hora”. Mae: Tu o disseste um dia, dando plenitude à Tua missão: “Chegou a hora de ser glorificado o Filho do Homem” (Jo 12, 23). Filhos: A Tua “hora” exprime a vontade do dom total da Tua vida, oferecida por amor. Mãe: Em toda a Tua existência terrena, Tu revelaste-Te um Filho que Se abandona ao Pai, no poder do Espírito, para corresponder total- mente ao Seu desígnio de amor, que deves manifestar ao mundo. Filhos: Quando este desígnio de amor te pediu o dom da vida em obediência ao Pai, na Cruz, soou a Tua “hora”, que recriou o mundo. Pai: A Cruz foi revelação do misterio da “hora” da Tua Glória: “Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem se ama a si mesmo perde-se; mas quem se des- preza a si mesmo, neste mundo, assegura para si a vida eterna” (Jo 12,24-25). Filhos: Hoje nos dizes, novamente: “Se alguem me serve, que me siga, e onde Eu estiver, aí estará tambem o Meu servo” (Jo 12, 26); “Se alguem quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” (Mc 8,34). Pai: Ensina-nos, Senhor, Pai de todos os dons, a viver as nossas vidas, sem medos e resistências. A crescer na humildade, na sabedoria, no amor. Faz que valorizemos o silêncio que fala sem palavras, fruto do Teu Espírito, o silêncio da fe. Ensina-nos a silenciar os nossos corações e as nossas mentes para que possamos escutar o sopro do Espí- rito Santo em nós e sentir a Tua presença no fundo do nosso ser. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Todos: Amen. Mae: Agora, Senhor, no silêncio sereno de quem escuta, queremos ouvir a Tua Palavra de Salvação, fonte para a verdadeira conversão e reconciliação. Só na escuta da Palavra podemos descobrir e experimentar o amor e a bondade de Deus, que se manifestam de maneira inesperada e surpreendente; e entender que afinal o Crucificado a tudo deu um sentido, o sentido da Vida! Pai: A Sua Palavra e o testemunho da Sua Vida são a razão de continuar a haver tantos “loucos” que, cravados tambem na Cruz, espantam e surpreendem o mundo; de continuar a haver homens a aquecer-se no “fogo” que Ele ateou e desde então ninguem mais conseguiu apagar. Filhos: Foi a Sua Cruz que incendiou o mundo! Foi a Sua Palavra que deu sentido ao mundo! Felizes os que, olhando a Sua Cruz e escutando a Sua Palavra, descobrem o sentido de todos os seus porquês e da sua vida.

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Antes de se ler o Evangelho, pode-se acender uma vela: as velas usam-se porque são símbolo da morte de Cristo – uma vela gasta-se (“morre”) para dar luz, como Jesus, que morre na Cruz para nos dar vida. Será bom explicar este significado aos mais novos. Mãe: Escutemos a narrativa da Paixão e Morte de Jesus segundo o Evangelho de São João: “Naquele tempo, Jesus saiu com os seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos. Judas, que O ia entregar, conhecia tambem o local, porque Jesus Se reunira lá muitas vezes com os discípulos. Tomando consigo uma companhia de soldados e alguns guardas, enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus, Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas. Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer, adiantou-Se e perguntou-lhes: Pai: «A quem buscais?». Mae: Eles responderam-Lhe: Filhos: «A Jesus, o Nazareno». Mae: Jesus disse-lhes: Pai: «Sou Eu». Mae: Judas, que O ia entregar, tambem estava com eles. Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu», recuaram e caíram por terra. Jesus perguntou-lhes novamente: Pai: «A quem buscais?». Mae: Eles responderam: Filhos: «A Jesus, o Nazareno». Mae: Disse-lhes Jesus: Pai: «Já vos disse que sou Eu. Por isso, se e a Mim que buscais, deixai que estes se retirem». Mae: Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito: «Daqueles que Me deste, não perdi nenhum». Então, Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Pai: «Mete a tua espada na bainha. Não hei de beber o cálice que meu Pai Me deu?». Mae: Então, a companhia de soldados, o oficial e os guardas dos judeus apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O. Levaram- -n’O primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote nesse ano. Caifás e que tinha dado o seguinte conse- lho aos judeus: «Convem que morra um só homem pelo povo». Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus com outro discípulo. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora. Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira e levou Pedro para dentro. A porteira disse a Pedro: Filhos: «Tu não es dos discípulos desse homem?». Mae: Ele respondeu: Filhos: «Não sou». Mae: Estavam ali presentes os servos e os guardas, que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro e se aqueciam. Pedro tambem se encontrava com eles a aquecer-se. Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus respondeu-lhe: Pai: «Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e não disse nada em segredo. Porque Me interrogas? Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse: eles bem sabem aquilo de que lhes falei». Mae: A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe: Filhos: «E assim que respondes ao sumo sacerdote?». Mae: Jesus respondeu-lhe: Pai: «Se falei mal, mostra-Me em quê. Mas, se falei bem, porque Me bates?».

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Mae: Então Anás mandou Jesus manietado ao sumo sacerdote Caifás. Simão Pedro continuava ali a aquecer-se. Disseram-lhe então: Filhos: «Tu não es tambem um dos seus discípulos?». Mae: Ele negou, dizendo: Filhos: «Não sou». Mae: Replicou um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: Filhos: «Então eu não te vi com Ele no jardim?». Mae: Pedro negou novamente, e logo um galo cantou. Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao pretório. Era de manhã cedo. Eles não entraram no pretório, para não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa. Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes: Filhos: «Que acusação trazeis contra este homem?». Mae: Eles responderam-lhe: Filhos: «Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos». Mae: Disse-lhes Pilatos: Filhos: «Tomai-O vós próprios, e julgai-O segundo a vossa lei». Mae: Os judeus responderam: Filhos: «Não nos e permitido dar a morte a ninguem». Mae: Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito, ao indicar de que morte ia morrer. Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório, chamou Jesus e perguntou-Lhe: Filhos: «Tu es o rei dos Judeus?». Mae: Jesus respondeu-lhe: Pai: «E por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?». Mae: Disse-Lhe Pilatos: Filhos: «Porventura sou eu judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes e que Te entregaram a Mim. Que fizeste?». Mae: Jesus respondeu: Pai: «O meu reino não e deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não e daqui». Mae: Disse-Lhe Pilatos: Filhos: «Então, Tu es rei?». Mae: Jesus respondeu-lhe: Pai: «E como dizes: sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que e da verdade escuta a minha voz». Mae: Disse-Lhe Pilatos: Filhos: «Que e a verdade?». Mae: Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus: Filhos: «Não encontro neste homem culpa nenhuma. Mas vós estais habituados a que eu vos solte alguem pela Páscoa. Filhos: «Esse não. Antes Barrabás». Mae: Barrabás era um salteador. Então Pilatos mandou que levassem Jesus e O açoitassem. Os soldados teceram uma coroa de espinhos, colocaram-Lha na cabeça e envolveram Jesus num manto de púrpura. Depois aproximavam-se d’Ele e diziam: Filhos: «Salve, rei dos Judeus». Mae: E davam-Lhe bofetadas. Pilatos saiu novamente para fora e disse: Filhos: «Eu vo-l’O trago aqui fora, para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma». Mae: Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes: Filhos: «Eis o homem». Mae: Quando viram Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:

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Filhos: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Mae: Disse-lhes Pilatos: Filhos: «Tomai-O vós mesmos e crucificai-O, que eu não encontro n’Ele culpa alguma». Mae: Responderam-lhe os judeus: Filhos: «Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque Se fez Filho de Deus». Mae: Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado. Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus: Filhos: «Donde es Tu?». Mae: Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-Lhe então Pilatos: Avós: «Não me falas? Não sabes que tenho poder para Te soltar e para Te crucificar?». Mae: Jesus respondeu-lhe: Pai: «Nenhum poder terias sobre Mim, se não te fosse dado do alto. Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado». Mae: A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus. Mas os judeus gritavam: Filhos: «Se O libertares, não es amigo de Cesar: todo aquele que se faz rei e contra Cesar». Mae: Ao ouvir estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá». Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Disse então aos judeus: Filhos: «Eis o vosso rei!». Mae: Mas eles gritaram: Filhos: «A morte, à morte! Crucifica-O!». Mae: Disse-lhes Pilatos: Filhos: «hei de crucificar o vosso rei?». Mae: Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes: Filhos: «Não temos outro rei senão Cesar». Mae: Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado. E eles apoderaram-se de Jesus. Levando a cruz, Jesus saiu para o chama- do Lugar do Calvário, que em hebraico se diz Gólgota. Ali O crucificaram, e com Ele mais dois: um de cada lado e Jesus no meio. Pilatos escreveu ainda um letreiro e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito: «Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus». Muitos judeus leram esse letreiro, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era perto da cidade. Estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam então a Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos judeus: Filhos: «Não escrevas: ‘Rei dos Judeus’, mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o rei dos Judeus’». Mae: Pilatos retorquiu: Filhos: «O que escrevi está escrito». Mae: Quando crucificaram Jesus, os soldados tomaram as suas vestes, das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado, e ficaram tambem com a túnica. A túnica não tinha costura: era tecida de alto a baixo como um todo. Disseram uns aos outros: Filhos: «Não a rasguemos, mas lancemos sortes, para ver de quem será».

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Mae: Assim se cumpria a Escritura: «Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica». Foi o que fizeram os soldados. Estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cleofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: Pai: «Mulher, eis o teu filho». Mae: Depois disse ao discípulo: Pai: «Eis a tua Mãe». Mae: E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: Pai: «Tenho sede». Mae: Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: Pai: «Tudo está consumado». Mae: E, inclinando a cabeça, expirou. (Momento de breve silencio) Por ser a Preparação, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado, – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu e que dá testemunho, e o seu testemunho e verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que tambem vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado». Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram». Depois disto, Jose de Arimateia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu-lho. Jose veio então tirar o corpo de Jesus. Veio tambem Nicodemos, aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus. Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloes. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes, como e costume sepultar entre os Judeus. No local em que Jesus tinha sido crucificado, havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ainda ninguem fora sepultado. Foi aí que, por causa da Preparação dos Judeus, porque o sepulcro ficava perto, depositaram Jesus. Palavra da salvação. Todos: Glória a vós, Senhor. Partilha Pai: A sua Cruz continua a segredar-nos o rumo, a apontar-nos o caminho, a revelar o sentido definitivo e verdadeiro da vida. Mae: Sendo a expressão mais sublime da fecundidade do amor de Deus por nós, ela permanece teimosamente alçada na vida dos homens de cada tempo, de cada lugar. Adoração da Cruz Pai: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Todos: Vinde Adoremos! Vinde Adoremos! Todos, de joelhos em silêncio, durante uns breves momentos, sinal de Adoração ao Cristo crucificado.

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Pai: Senhor Jesus, foste crucificado para o bem da humanidade, livra-nos da doença. Dai-nos, Senhor, a proteção e paz à nossa família, conforta os doentes, dá fortaleza aos milhares de profissionais de saúde nesta luta incansável. Todos: Senhor, atendei a nossa prece!

Cântico O Senhor é a minha força. https://www.youtube.com/watch?v=3VMBMW69DpI

Pai: Senhor Deus, nosso Pai, nós te agradecemos podermos juntos invocar-Te e escutar a Tua Palavra de vida e de esperança. Tu conheces a nossa vida ate aos mais íntimos recantos. Tu nunca nos esquecestes; mais ainda: Tu nos amas e vens hoje, mais uma vez, encher as mãos vazias que para Ti estendemos. Pela Paixão e Morte de Teu Filho Jesus Cristo, Tu tomaste sobre Ti as nossas trevas e o nosso medo, a fim de podermos conhecer a Paz e a Alegria.

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Nós pedimos que nos concedas o Teu Espírito para que a proclamação da Tua Palavra chegue ate ao fundo do nosso coração e do nosso espírito e nos dê vida nova. Todos: Amen Mae: Aos pes da cruz, participa Maria, mediante a Fe, no misterio desconcertante da morte redentora de Seu Filho, bem diferente da fe dos discípulos que se puseram em fuga. Filhos: Quando Jesus disse do alto da cruz “Mulher, eis o Teu Filho”, abriu, de maneira nova, o coração de Sua Mãe e revelou-lhe a nova dimensão do amor e o novo alcance do amor a que ela fora chamada. Mae: Na Cruz, Maria torna-se a Mãe de todos os homens e de todos os crentes. Aí, onde ela nos oferece o Filho e se oferece com Ele, ela torna-se Mãe duma nova humanidade, gerada pelo Espírito. Filhos: Unidos a ela, à sua missão, queremos tambem aprender a oferecer a nossa vida unidos a Cristo, para que o mundo tenha vida e a tenha em abundância.

Cantico: Maravilhas https://www.youtube.com/watch?v=lJzY5p8_tWI

Pai: Por Maria, Mãe da Divina graça e auxilio dos cristãos, para que o Senhor conceda a todos os homens o dom de viverem na amizade de Deus e fomente a esperança no coração daqueles que pelo sofrimento e pela cruz a perderam. Oremos. Todos: Converte-nos, Senhor, ao Teu amor! Mae: Por Maria, Mãe da misericórdia e causa da nossa alegria, para que nos alcance uma verdadeira conversão ao dom de Deus e nos faça viver na alegria do “vinho novo” como verdadeiras testemunhas do Ressuscitado. Oremos. Todos: Converte-nos, Senhor, ao Teu amor! Filhos: Por Maria, Mãe do Salvador, Senhora das Dores, para que nos alcance o dom da fidelidade e da generosidade para com Deus e nos faça viver a graça da redenção com todo o entusiasmo e doação da nossa própria vida. Oremos. Todos: Converte-nos, Senhor, ao Teu amor! Pai: Senhor, que fizestes da Virgem Santa Maria a mulher forte, sempre ao lado de seu Filho concedei-nos tambem a nós a graça de colaborarmos generosamente na obra da redenção da humanidade. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Todos: Amen. Ave Maria...

Cântico Jesus Cristo amou-nos https://www.youtube.com/watch?v=EcepkSFpY3o

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SÁBADO SANTO

A noite de Sábado Santo marca o fim de todas as noites. Ainda que a vigília pascal seja irreproduzível na sua força, é muito importante que a treva profunda que envolveu a vida coletiva seja atravessada por sinais que interrompam a escuridão. Muito simplesmente, seria belo na obscuridade e no silêncio mais profundo, que todos os sinos da diocese festejassem à mesma hora, repicando durante vários minutos, anunciando a ressurreição. Nesse momento, todos poderiam acender uma lâmpada, a colocar no peitoril das janelas. O papa Francisco recordava um gesto popular significativo que ocorre em vários países, muito adaptado a uma oração doméstica: ao som dos sinos do anúncio da ressurreição, as mães e avós levam as crianças a lavar os olhos com água, como sinal para poder ver as coisas de Jesus, as coisas novas.

NÃO VOS ASSUSTEIS! RESSUSCITOU!

Ambientação Este momento de oração deve começar na penumbra, com o mínimo de luzes possível.

Cântico: Bendito, Bendito o que vem em nome do Senhor! https://www.youtube.com/watch?v=ytsaucxe5UM

Pai: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amen.

Vela Pascal Preparar uma vela decorada e colocada em local de destaque. Pai: Cristo, ontem e hoje, princípio e fim, Alfa e Ómega. Ele pertence o tempo e a eternidade. A Ele a glória e o poder para sempre. Todos: Amen. Pai: A Luz de Cristo. Todos: Graças a Deus. Mãe: Exulte de alegria a multidão dos Anjos, exultem as assembleias celestes, ressoem hinos de glória, para anunciar o triunfo de tão grande Rei. Rejubile também a terra, inundada por tão grande claridade, porque a luz de Cristo, o Rei eterno, dissipa as trevas de todo o mundo. Alegre-se a Igreja, nossa mãe, adornada com os fulgores de tão grande luz, e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus. Todos: Amen. Pai: Nós Vos pedimos, Senhor, que este círio, consagrado ao vosso nome, arda incessantemente para dissipar as trevas da noite; e, subindo para Vós como suave perfume, junte a sua claridade à das estrelas do céu. Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã, aquele astro que não tem ocaso, Jesus Cristo vosso Filho, que, ressuscitando de entre os mortos, iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz e vive glorioso pelos séculos dos séculos. Filhos: Amen.

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JOGRAL – A HISTÓRIA DO AMOR/SALVAÇÃO DO NOSSO DEUS. (Este jogral deve ser rezado por todos, seguindo uma ordem natural passando por todos os membros

presentes.) 1. No princípio Deus criou o céu e a terra. 2. Disse Deus: “Faça-se a luz”. E a luz apareceu. 3. À parte seca Deus chamou “terra” e “mar” ao conjunto das águas. 4. Disse Deus: “Cubra-se a terra de verdura: ervas que deem sementes e árvores de fruto.” 5. Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite; e fez

também as estrelas. 6. Disse Deus: “Povoem as águas inúmeros seres vivos e voem as aves na terra sob o firmamento do

ceu”. 7. Deus fez os animais selvagens, os animais domésticos e todos os répteis da terra. 8. Disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. 9. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. 10. Assim se completaram o céu e a terra e tudo o eles contêm.

Todos: A bondade do Senhor encheu a terra.

11. Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão. 12. Abraão respondeu: “Aqui estou”. 13. Disse Deus: Toma o teu filho, o teu filho único, a quem tanto amas, Isaac, e vai.” 14. Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele. 15. “Aqui estou, Senhor.” Respondeu Abraão. 16. “Não levantes a mão contra o menino, nem lhe faças mal algum.” 17. “Agora sei que na verdade temes a Deus.” 18. “Abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está

nas praias do mar.” 19. “A tua descendência conquistará as portas das cidades.” 20. “Na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra.”

Todos: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.

21. Disse Deus a Moises: “Porque estás a bradar por Mim?” 22. Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 23. Manifestarei a minha glória, triunfando do Egito, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus

cavaleiros. 24. Os Egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando eu manifestar a minha glória. 25. A nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava a noite. 26. Moisés estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar. 27. OS filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto. 28. Então os Egípcios disseram: “Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os

egípcios.” 29. Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu o grande poder que o Senhor

exercera contra os egípcios. Todos: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória.

30. O teu Criador, Jerusalem, será o teu Esposo e o seu nome e “Senhor do Universo”. 31. Por um momento abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. 32. Na minha misericórdia eterna tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor. 33. Assim, Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te. 34. Pobre cidade, vou assentar as tuas pedras sobre jaspe e os teus alicerces em safiras; 35. Vou fazer-te ameias de rubis , portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas. 36. Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande paz. 37. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência.

Todos: Eu vos louvarei, Senhor, porque me salvastes.

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38. Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. 39. Vós que tendes dinheiro, vinde comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa. 40. Prestai-Me atenção e vinde a Mim; escutai e a vossa alma viverá. 41. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. 42. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do

Senhor teu Deus. 43. Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto. 44. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor,

que terá compaixão dele. 45. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima

dos vossos estão os meus pensamentos. 46. A Palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha

vontade, sem ter realizado a sua missão. Todos: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria.

47. Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência. 48. Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. 49. Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seu tesouros? 50. Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência. 51. Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar. 52. Os que seguirem a Sabedoria alcançarão a vida, mas aqueles que a abandonarem morrerão. 53. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus.

Todos: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.

54. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos; julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras.

55. As nações reconhecerão que Eu sou o Senhor quando a seus olhos se manifestar a minha santidade. 56. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundices; e purificar-vos-ei de todos

os falsos deuses. 57. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um

espírito novo. 58. Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos. 59. Sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus. 60. Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte.

Todos: Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.

EVANGELHO Leitura do Evangelho (Mt 28, 1-10) Pai: Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro. De repente, houve um grande terramoto: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago e a sua túnica branca como a neve. Os guardas começaram a tremer de medo e ficaram como mortos. O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado. Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia. E ide depressa dizer aos discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis'. Era o que tinha para vos dizer». As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e grande alegria, e correram a levar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Palavra da salvação. Todos: Glória a Vós, Senhor.

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RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS BATISMAIS Pai: Credes em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?

Todos: Sim, creio. Pai: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está à direita do Pai? Todos: Sim, creio. Pai: Credes no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna? Todos: Sim, creio. Pai: Esta e a nossa Fe. Esta e a Fe da Igreja que nos gloriamos de professar em Jesus Cristo Nosso Senhor. Todos: Amen.

Pai: Faz de nós Senhor, profetas da alegria e da esperança; servos por amor dos mais debeis e pobres, entre os nossos companheiros de viagem. Faz que possamos ser para todos sinal radiante da tua bondade, única capaz de mudar o coração e de dar sentido e beleza à nossa vida. Nunca Te diremos vezes que bastem, obrigado Senhor, pelas maravilhas que o Teu amor em nós realizou. Todos: Pai nosso Pai: O Senhor nos abençoe, proteja e nos dê vida para sempre. Todos: Amen. Pai: O Senhor Ressuscitou verdadeiramente como disse e está connosco. Aleluia! Aleluia! Todos: Demos graças a Deus. Aleluia! Aleluia!

Cântico Cristo Ressuscitou https://www.youtube.com/watch?v=2GS1YLkIvjI

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Domingo da Ressurreição

Abre a janela, ouve os sinos e reza o Pai Nosso. Aleluia! O Senhor ressuscitou!

Do Evangelho de S. Mateus (28, 1-10)

Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro. De repente, houve um grande terramoto: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago e a sua túnica branca como a neve. Os guardas começaram a tremer de medo e ficaram como mortos. O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado. Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia. E ide depressa dizer aos discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis'. Era o que tinha para vos dizer». As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e grande alegria, e correram a levar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Tudo é um presente, mas ao mesmo tempo, tudo é fruto dos passos, dos esforços, da firmeza com que abraçamos cada dia da vida que vai pousando nas nossas mãos. A Páscoa é para nós, como foi para Jesus, um dom que se conquista. Cansados de tantos problemas, insatisfações e injustiças sociais, queremos acreditar que outro mundo é possível, o que não é mais do que dizer que outra economia é possível, outras relações entre as pessoas são possíveis, outra maneira de tratar o ambiente e a nossa casa comum é possível, outras comunidades são possíveis… A ressurreição de Jesus enche-nos de esperança e mostra-nos isso mesmo: outra vida é possível. Com a Páscoa fresca nas nossas mãos, nos nossos corações ressoa com especial densidade essa chamada a fazer novas todas as coisas, começando pelo nosso próprio coração e pela nossa própria vida! Será que nos podemos deixar tocar pela presença do Ressuscitado, que está ao lado de cada um de nós? Oração:

Jesus Cristo, Tu venceste a morte e, pelo Espírito Santo estás misteriosamente presente junto de cada um de nós. Tu proteges-nos do desânimo e enches-nos de esperança. Assim mesmo com uma fé muito pequena, ousaremos dizer através da nossa vida: “Cristo Ressuscitou! Aleluia, aleluia!”

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Cântico: Aleluia de Handel (https://bit.ly/2JKlM84)

Propostas de atividades em casa: De manhã, logo cedo, enfeitar a cruz com flores de diversas cores, assinalando, desta forma, a alegria da Ressurreição de Jesus. Porque não recortarmos flores e pintarmos ou fazer uma flor em origami (podes ver no final um diagrama de uma flor em origami). No almoço, colocar no centro da mesa uma vela acesa e flores. Antes da refeição, dar graças a Deus pela esperança que se renova com a ressurreição de Jesus e cantar um cântico para o tempo da Páscoa. A força de vida que fluía entre o mestre de Nazaré e as suas discípulas, a relação privilegiada entre Evangelho e feminilidade, o cuidado da Igreja-mãe podem tornar-se mais percetíveis nos sinais domésticos do que nas liturgias codificadas. E, porque não, se à mesa voltassem o leite e o mel que, segundo a Tradição apostólica, eram oferecidos na noite de Páscoa aos recém-batizados, para que saboreassem a doçura da vida nova?

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Outras propostas e Inspirações:

1. DMJ2020 #1: Podcast para assinalar o Dia Mundial da Juventude ao longo da

Semana Santa https://agencia.ecclesia.pt/portal/dmj2020-1-podcast-assinala-

dia-mundial-da-juventude-ao-longo-da-semana-santa/

2. Semana Santa: Locais, horas e transmissões das celebrações nas dioceses de

Portugal: https://agencia.ecclesia.pt/portal/semana-santa-transmissoes/

3. Mensagem do Papa para as famílias de todo o mundo, diante da pandemia de

Covid-19. https://www.youtube.com/watch?v=fof0uRTmyg8

4. Vários materiais, como a liturgia diária, https://paulus.pt/covid-19-materiais-

para-toda-a-familia

5. Orações para a Semana Santa: https://www.passo-a-rezar.net/semana-santa

http://liturgia.pt/files/epidemia/SemSantaFamilia.pdf

6. Orações para o Tríduo Pascal: https://www.passo-a-rezar.net/trduo-pascal

http://liturgia.pt/files/epidemia/TriduoPascalFamilia.pdf

7. Mensagem do Papa https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-04/papa-

francisco-semana-santa-videomensagem-coronavirus.html

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Propostas Celebrativas

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Referências:

https://www.snpcultura.org/de_quinta_feira_santa_a_domingo_de_pascoa_gestos_para_uma_liturgia_em_familia.html#.XoInGLbS5C0.facebook (acedido a 3 de abril 2020) Caminho de Quaresma, proposto no sítio Odres Nuevos (https://odresnuevos.es/) Reflexão “Hacia la Pascua 2020”, de autor desconhecido. Rezar na Quaresma, Ano A” (2020). Edições Salesianas.

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Para Pintar

São Marcelino Champagnat

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Para Pintar

Maria

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Flor em origami

Retirado de https://baudasdobraduras.blogspot.com/2008/01/origami-8-tulipa-

flor.html

Cruz em origami

https://www.youtube.com/watch?v=hzGwi62r58o&feature=share