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Lucas Jesus Bettiol Mazeti Morsa de Bancada de Baixo Custo Sorocaba 2012

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Lucas Jesus Bettiol Mazeti

Morsa de Bancada de Baixo Custo

Sorocaba 2012

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LUCAS JESUS BETTIOL MAZETI

MORSA DE BANCADA DE BAIXO CUSTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso Tecnólogo de Fabricação Mecânica da FATEC de Sorocaba, como requisito como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Fabricação Mecânica .

– Orientador: Profº ANDERSON MARIANNO.

SOROCABA – SP

2012

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FICHA CATALOGRÁFICA

Lucas Jesus Bettiol Mazeti

PROJETO MORSA DE BANCADA DE BAIXO CUSTO

Fatec Sorocaba, 2º semestre de 2012, 43 folhas.

Orientador: Profº Anderson Marianno

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Fatec Sorocaba,Graduação em Tecnólogo de Fabricação Mecânica.

1. GESTÃO PROCESSOS DE PRODUÇÃO. 2. MONOGRAFIA PARA O CURSO TECNÓLOGO EM FABRICAÇÃO MECÂNICA 3. MONOGRAFIAS.

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Morsa de Bancada de Baixo Custo

Data da Apresentação: _____/_____/_____.

Nota : _______________

Banca Examinadora

_________________________________________

Profº Anderson Marianno (Orientador)FATEC Sorocaba

_________________________________________Profº Convidado FATEC Sorocaba

_________________________________________Profº. Convidado FATEC Sorocaba

SOROCABA – SP

2012

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Dedico esse trabalho à minha família e amigos que qualquer fosse a situação jamais

me abandonaram

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a todos os meus professores e orientadores por terem me dado um ensino de qualidade suficiente para que fosse possível a realização desse trabalho, qual sem o seu conhecimento todo o curso teria sido em vão.

Agradeço também a faculdade que proporcionou qualidade não só de ensino, como de estrutura e de pessoal, para os quais, quando requisitados, sempre foram gentis e prestativos.

Por fim, agradeço a todas as pessoas que me ajudaram na confecção desse trabalho, pois sem elas não teria a força necessária em alguns momentos de dificuldades.

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“Tudo o que o homem ignora,Não existe para ele

Portanto o universo de cada umSe resume ao tamanho de seu saber”

Albert Einstein

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RESUMO

A morsa é um dispositivo mecânico que consiste em uma operação de aperto através de duas mandíbulas, uma fixa e outra móvel, ambas com mordentes para que pela força exercida pelos mesmos sobre a peça a segurem, para que ela não se mova, ficando livre para a execução de operações mecânicas diversas como rebitagem, limagem, ajustes, furação, entre outras.Esse dispositivo é amplamente utilizado na indústria, devido sua alta gama de aplicações, baixo custo, simplicidade de utilização e versatilidade. Praticamente todas as operações mecânicas não automáticas necessitam passar ao menos uma vez pela morsa, a fim de se ter os ajustes finais ou até mesmo um corte ou ajuste para receber uma nova operação.O reprojeto da morsa se baseia em desenvolver uma morsa com o custo mais baixo possível, sem o comprometimento de suas funções básicas de operação.Para isso foi utilizada uma série de mudanças, desde a ordem de material até eliminação de efeitos estéticos. Com as mudanças que foram realizadas, fez-se o cálculo e os desenhos de montagem da nova morsa para adequação dos novos parâmetros estabelecidos. Com isso obtendo uma morsa de custo reduzido, mas sem restringir sua aplicabilidade no processo.

Palavras-chave: Morsa de Bancada. Baixo Custo. Materiais.

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ABSTRACT

The vise is a mechanical device consisting of an operation through two clamping jaws, one fixed and another one movable, both jaws so that the force exerted by the jaws on the workpiece to hold, so that it does not move being free for the execution of various mechanical operations like riveting, sharpening, adjustments, drilling, among others. This device is widely used in industry due to its high range of applications, low cost, simplicity of use and versatility .Virtually all mechanical operations do non-automatic pass at least once in the vise in order to have the final adjustments or even a cut or set to receive a setup to another operation. The reproject is based on developing a vise with the lowest possible cost, without compromising its basic functions of operation. For it was used a lot of changes since the order of material to eliminate esthetical effects. With the changes that were made, did the calculation and assembly drawings for the new vise adequacy of the new parameters set. Getting a vise with this best cost-effective, but without restricting its applicability in the process.

Keywords: Bench Vise. Low Cost. Materials.

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SumárioRESUMO...................................................................................................................................................8

ABSTRACT.................................................................................................................................................9

1.Introdução...........................................................................................................................................11

2.Revisão Bibliográfica............................................................................................................................12

2.1.O Elemento Ferro.........................................................................................................................12

2.2 Soluções Sólidas de Ferro..........................................................................................................12

2.3. Diagrama Ferro-Grafita...............................................................................................................13

2.4. Diagrama Ferro-Cementita.........................................................................................................13

2.4.1. Ferrita (α)......................................................................................................................................13

2.4.2. Austenita (γ)..................................................................................................................................13

2.4.3. Ferrita (δ)......................................................................................................................................13

2.4.4. Cementita..................................................................................................................................14

2.5. Classificação e especificação de aços....................................................................................15

2.6. Seleção de materiais...................................................................................................................15

2.7. Seleção de aços...........................................................................................................................15

2.8. Propriedades mecânicas dos aços-carbono..........................................................................15

2.9. Ferro fundido – generalidades..................................................................................................16

2.10. Definição de ferro fundido.......................................................................................................17

2.11. Tipos de ferros fundidos..........................................................................................................17

2.11.1. Ferro fundido cinzento.................................................................................................................17

2.11.2 Ferro fundido branco....................................................................................................................17

2.11.3 Ferro fundido mesclado................................................................................................................17

2.11.4. Ferro fundido maleável...............................................................................................................18

2.11.5. Ferro fundido nodular..................................................................................................................18

3.Objetivos.............................................................................................................................................19

4.Relação Melhoria/Justificativa.............................................................................................................20

5.Estudo de Ajustes.................................................................................................................................21

6.Lista de Materiais................................................................................................................................23

7.Folha de Processo................................................................................................................................24

8.Desenhos.............................................................................................................................................26

9.Conclusão............................................................................................................................................27

10.Referências........................................................................................................................................28

Anexos....................................................................................................................................................29

Apêndices...............................................................................................................................................31

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1.Introdução

A morsa é um dispositivo industrial com a finalidade principal de fixar peças através de seus mordentes, para que, dessa forma, seja possível uma gama de operações mecânicas, tais quais: rebitagem, limagem, ajustes em geral, além de fixação para operações manuais.

Dessa forma, a morsa é um dos dispositivos de sujeição mais utilizados no processo fabril, pela sua versatilidade e enorme gama de aplicações.

Além de todas as variedades das aplicações da morsa, ela é amplamente utilizada , também, devido ao seu custo reduzido.Isso influencia muito na escolha de um dispositivos, independentemente do seu gênero, pois o mercado se encontra extremamente competitivo, devido a grande variedade de concorrente e a globalização, portanto é necessário a redução dos custos e maximização dos lucros.

Evidentemente, não se pode comprometer a qualidade de um produto devido ao seu baixo custo, o mercado exige o produto com qualidade elevada e baixo custo, esse duo de características, faz as indústrias investirem em diversos segmentos tecnológicos afim de reduzir custos ou aprimorar seu produto para ter melhor qualidade, precisão ou preço.

O projeto que segue refere-se a um estudo desse segmento, de um reprojeto de uma morsa confeccionada anteriormente, afim de que se a otimize para o seu menor custo possível sem comprometer sua aplicabilidade e gênero de operação.

Dentro dessas mudanças situam-se alteração de material aplicado, utilização de operação mecânica diferente, eliminação de efeitos estéticos, eliminação de peças desnecessárias, compactação de várias peças em um único dispositivo.

Todas essas mudanças foram operadas de forma a produzir uma morsa de custo reduzido mas que possa ser utilizada da forma que foi inicialmente projetada para ser operada.

O reprojeto consiste, além das mudanças, na confecção dos desenhos de cada componente utilizado e do desenho de montagem, para uma visualização mais ampla dos efeitos gerados através das alterações discutidas nesse projeto e dos cálculos e lista que se modificaram devido à alteração do projeto.

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2.Revisão Bibliográfica

2.1.O Elemento Ferro

O elemento de transição ferro é um metal, com coloração branca prateada em estado quimicamente puro, porém apresenta uma coloração acinzentada, em virtude da presença de sulfeto, siliceto, e carbureto de ferro, apresenta propriedades magnéticas acentuadas.

Apresenta 3 formas alotrópicas  alfa ,  gama e delta, sendo a mais estável em temperaturas normais, o ferro alfa. O ferro é conhecido e utilizado pelo homem desde a antiguidade, a sua utilização é vasta em função de ser um metal barato e resistente, apesar da oxidação pelo oxigênio do ar, forma ligas metálicas importantes na indústria tais como o aço-carbono que é uma mistura de ferro e carbono.

2.2 Soluções Sólidas de Ferro

Quando dois metais se misturam para formar uma solução sólida, os átomos do soluto podem substituir uma fração dos átomos da matriz ( solução sólida substitucional) ou se alojar nos espaços vazios da matriz ( solução sólida intersticial).Para que uma solução sólida substitucional seja formada, além de compatibilidade eletroquímica, é necessário que o tamanho dos átomos do soluto seja próximo do tamanho dos átomos da matriz.

2.3. Diagrama Ferro-Grafita

A combinação do carbono e ferro, em equilíbrio termodinâmico, dará origem a diferentes fases para as diversas temperaturas avaliadas. Isto é indicado no diagrama de equilíbrio Fe-C.Este diagrama, construído em escala logarítmica para concentrações, indica que, na temperatura ambiente, os constituintes do sistema Fe-C seriam ferrita (α) e grafita.

2.4. Diagrama Ferro-Cementita

Na produção industrial do aço, entretanto, a solidificação e o resfriamento são muito rápidos para que o equilíbrio termodinâmico seja alcançado.Ocorre, então, a formação de uma fase metaestável, a cementita ( carboneto de ferro), no lugar da

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grafita. Embora essa fase seja termodinamicamente metaestável, em termos de aplicações práticas ela é considerada estável, pois, na temperatura ambiente, o coeficiente de difusão do carbono é muito baixo, e a transformação de cementita em grafita é praticamente nula. O diagrama de fases entre o ferro e a cementita é mostrado na Figura 1.

As fases que aparecem no diagrama da Figura 1 são descritas a seguir:

2.4.1. Ferrita ( )α

Solução sólida de carbono em ferro CCC, existente até a temperatura de 912ºC. Nesta faixa de temperatura, a solubilidade do carbono no ferro é muito baixa, chegando ao máximo de 0,020% a 727ºC.

2.4.2. Austenita ( )γ

Solução sólida de carbono em ferro CFC, existindo entra as temperaturas de 727 a 1495 ºC, e com solubilidade máxima de carbono no ferro de 2,11% a 1148ºC.

O teor de carbono 2% é adotado como separação entre os dois principais produtos siderúrgicos:

Aços – teores de carbono até 2% em pesoFerros fundidos – teores de carbono maiores que 2% em peso

2.4.3. Ferrita ( )δ

Para pequenos teores de carbono, acima de 1394ºC, o ferro muda novamente para CCC, dando origem à ferrita δ, que é uma solução sólida de carbono em ferro CCC, sendo estável até 1538 ºC, quando o ferro se liquefaz. Tendo o ferro uma estrutura CCC, a solubilidade do carbono é baixa.

2.4.4. Cementita.

É um carboneto de ferro com estrutura ortorrômbica e de alta dureza.A cementita dá origem a um eutetóide de extrema importância no estudo dos aços, a perlita.

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Figura 1 – Diagrama Fe-Fe3C.

2.5. Classificação e especificação de aços.

A importância de especificações bem elaboradas para produtos industriais não pode ser subestimada. Especificações corretas conduzem à economia por parte dos produtores e dos compradores, prazos mais curtos de entrega e, principalmente, melhor atendimento entre produtor e cliente. Uma especificação bem elaborada deve deixar claro o que se espera e o que se aceita do produto. Por esse motivo, muito esforço é dedicado por diversas entidades, privadas ou não, tanto nacionalmente como internacionalmente, no sentido de padronizar as especificações dos produtos industriais, especialmente os materiais.

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2.6. Seleção de materiais

A seleção de matérias é uma das tarefas mais complexas da engenharia.Normalmente, para cada aplicação, há um conjunto de requisitos de

desempenho que o material deve satisfazer. Nem sempre esses requisitos de desempenho se traduzem claramente em propriedades mensuráveis. Parte da complexidade da seleção de materiais está em traduzir esses requisitos de desempenho das condições de trabalho em características desejadas no material. Alem disso, nem sempre as propriedades mensuráveis são adequadas para testes de controle de qualidade.

2.7. Seleção de aços

Segundo Mei (2006) “Há quase um século, os aços são os materiais industriais mais amplamente empregados. Possivelmente, o principal fator que levou o aço a ocupar este papel preponderante na engenharia é o amplo espectro de propriedades e características de desempenho que podem ser obtidos a custos baixos, especialmente pela disponibilidade do ferro na crosta terrestre e a extrema otimização dos processos de fabricação do aço.”

2.8. Propriedades mecânicas dos aços-carbono

As propriedades mecânicas dos aços-carbono são afetadas, em princípio, pelos seguintes fatores:

- Composição Química;- Microestrutura. No que se refere à composição química, nos aços esfriados normalmente, isto

é, em condições tais que se processe a transformação total da austenita, o elemento predominante é o carbono que, como se viu, à medida que aumenta, melhora as propriedades relativas à resistência mecânica, isto é, o limite de escoamento. O limite de escoamento, o limite da resistência a tração e a dureza piora as grandezas relativas à tenacidade e à ductilidade, isto é, o alongamento, a estricção e a resistência à choques.

No que se refere à microestrutura, esta e inicialmente afetada pela composição química, pois sabe-se que os constituintes presentes são a ferrita e perlita, ou só perlita, ou perlita e cementita, conforme se trate de aço hipoeutetóides, hipereutetóides ou eutetóides.

Por outro lado, a microestrutura do aço depende também dos seguintes fatores:

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-Estado ou condição do aço, sob o ponto de vista de fabricação; se fundido;, trabalhado a quente ou trabalhado a frio; - Tamanho do grão austenítico;

- Velocidade de esfriamento.No estado fundido o aço apresenta granulação grosseira, do tipo dentrítico,

visto que a austenita se forma a altas temperaturas e o esfriamento no interior dos moldes é muito lento.

No estado trabalhado a quente, em que a maioria dos aços é utilizada, como as operações de conformação a quente são realizadas a temperaturas em que o aço se apresenta austenítico, verificam-se as seguintes consequências:

- Homogeinização apreciável da estrutura, pela tendência a eliminar ou reorientar as inclusões e segregações que ocorrem durante a solidificação do material no interior dos moldes;

- Destruição da estrutura dendrítica;- Redução do tamanho de grão;- Em consequência, as propriedades mecânicas finais do aço são melhoradas

sensivelmente, se comparado ao material fundido.No estado encruado, característico de alguns dos mais importante produtos

siderúrgicos, como fios fitas, chapas, etc.., os efeitos mais importantes são os seguintes:

- Aumento da resistência mecânica;- Aumento da dureza;- Diminuição da ductilidade, representada por um decréscimo da estricção e

do alongamento.

2.9. Ferro fundido – generalidades

Dentre as ligas ferro-carbono, os ferros fundidos constituem um grupo de ligas de importância fundamental para a indústria, não só devido às características inerentes ao próprio material, como também pelo fato de, mediante a introdução de elementos de liga, aplicação de tratamentos térmicos adequados e pelo desenvolvimento do ferro fundido nodular, ter sido viável ao seu emprego em aplicações que, de certo modo, eram exclusivas aos aços.

2.10. Definição de ferro fundido

Segundo Chiaverini (2008) “Ferro fundido é a liga ferro-carbono-silício, de teores de carbono geralmente acima de 2,0%, em quantidade superior à que é retida em solução sólida na austenita, de modo a resultar carbono parcialmente livre, na forma de veios ou lamelas de grafita.”

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2.11. Tipos de ferros fundidos

2.11.1. Ferro fundido cinzento

O ferro fundido cinzento é aquele cuja fratura mostra uma coloração escura (de onde a sua denominação), caracterizada por apresentar como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício e estrutura em que uma parcela relativamente grande do carbono está no estado livre (grafita lamelar) e outra parcela no estado combinado (Fe3C).

2.11.2 Ferro fundido branco

O ferro fundido branco é aquele cuja fratura mostra uma coloração clara (de onde a sua denominação), caracterizado por apresentar ainda como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício, mas cuja estrutura, devido às condições de fabricação e menor teor de silício, apresenta o carbono quase inteiramente na forma combinada (Fe3C).

2.11.3 Ferro fundido mesclado

O ferro fundido mesclado é aquele cuja fratura mostra uma coloração mista entre branca e cinzenta (donde a sua denominação), caracterizado igualmente por uma mescla de proporções variáveis de ferro fundido branco e ferro fundido cinzento.

2.11.4. Ferro fundido maleável

O ferro fundido maleável é caracterizado por ser obtido a partir do ferro fundido branco, mediante um tratamento térmico especial (maleabilização), resultando numa transformação de praticamente todo o ferro combinado em grafita na forma de nódulos (em vez de veios ou lamelas).

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2.11.5. Ferro fundido nodular

O ferro fundido nodular é caracterizado por apresentar, devido a um tratamento realizado ainda no estado líquido, carbono livre na forma de grafite esferoidal, o que confere ao material características de boa ductilidade, sendo a denominação frequente para esse material de ferro fundido dúctil.

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3.Objetivos

Avaliar a construção de um equipamento de forma crítica; Reduzir o máximo possível, sem comprometer sua funcionalidade mecânica, o custo

por peça; Modificar sua fabricação de forma a otimizá-la; Aplicar os conhecimentos adquiridos com o curso de fabricação mecânica.

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4.Relação Melhoria/Justificativa

Melhoria Justificativa

Exclusão dos MordentesNão necessário mais na montagem, será

feito o recartilhado na própria peça.

Alteração de Material das Mandíbulas Redução do custo do material

Exclusão da Bucha Peça será fundida.

Exclusão de Efeitos Estéticos Diminuição dos custos.

Alteração dos ManípulosSimplificação de peças, economia de

usinagem.

Permuta de Rebitamento por Cola Química

Barateamento do produto e alta confiabilidade de fixação.

Fundição das MandíbulasDiminuição do tempo de confecção e

barateamento das peças.

Alteração de Peças Usinadas Por Peças Padronizadas

Economia de usinagem e tempo.

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5.Estudo de Ajustes

Para qualquer encaixe de uma peça em outra é necessário que haja ajustes entre elas, pois variando o tipo de encaixe será um tipo de tolerância e um tipo de ajuste.Abaixo segue as tabelas contendo os cálculos para os ajustes necessários à morsa.

Mandíbula Móvel Fuso

Qualidade IT8 IT8

Montagem Folga Folga

Nominal 16 16

Tipo do Ajuste H8 f8

Afastamento Superior +0,027 -0,016

Afastamento Inferior 0 -0,043

Dimensão Máxima 16,027 15,984

Dimensão Mínima 16,000 15,957

Folgas Máxima Mínima

0,070 0,016

Mandíbula Móvel Pino Guia

Qualidade IT8 IT8

Montagem Folga Folga

Nominal 10 10

Tipo do Ajuste H8 g8

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Afastamento Superior +0,027 -0,006

Afastamento Inferior 0 -0,046

Dimensão Máxima 10,027 9,994

Dimensão Mínima 10,000 9,954

Folgas Máxima Mínima

0,073 0,004

Mandíbula Fixa Pino Guia

Qualidade IT8 IT9

Montagem Folga Folga

Nominal 10 10

Tipo do Ajuste H8 e9

Afastamento Superior 0 -0,025

Afastamento Inferior +0,027 -0,061

Dimensão Máxima 10,027 9,975

Dimensão Mínima 10,000 9,939

Folgas Máxima Mínima

0,088 0,025

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6.Lista de Materiais

Dentro da lista de materiais situa-se todos os componentes do projeto modificado, separados por materiais fabricados e materiais normalizados. A escolha por materiais normalizados se deve ao fato deles serem mais confiáveis que peças feitas sob medida devido ao know-how da empresa fabricante desse produto ser muito mais elevado, além de serem mais barato devido sua padronização.

Lista de Materiais FabricadosPeça Material Quantidade

Mandíbula Fixa Ferro Fundido Nodular 1

Mandíbula Móvel Ferro Fundido Nodular 1

Fuso SAE 1020 1

Parafuso de Fixação SAE 1020 1

Manípulo SAE 1020 1

Manípulo do Parafuso de Fixação SAE 1020 1

Pino Guia SAE 1020 2

Lista de Materiais NormalizadosPeça Material Quantidade

O-ring SAE AS 568-A - 9x2 Poliacrílico 4

Anel Elástico DIN 471 – 16 x 1.0 SAE 1070 1

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7.Folha de Processo

Na confecção de uma peça, segue-se uma sequência de operações, em determinadas máquinas com determinadas peças.Com isso obtém-se a folha de processo, que é o registro de todas as operações que serão realizadas na peça e em qual sequência.Encontra-se no Apêndice 1

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8.Desenhos

Os desenhos de conjunto e dos componentes da morsa situam-se no Apêndice 2

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9.Conclusão

Dentro do reprojeto apresentado foi visto diversas facetas de como modificações simples podem melhorar um projeto de forma drástica e como elas implicam em sua modificação de especificação e desenhos.

Pode ser analisada também a influência da escolha dos materiais nas capacidades de um elemento mecânico, no caso analisado a morsa, mas esse conceito se estende por todo e qualquer elemento mecânico, que significa que a troca de um material por outro pode acarretar mesma capacidade e redução dos custos, que é muito vantajoso para qualquer indústria.

Algumas vezes a escolha desse material não acarretará redução de custos, necessariamente, mas sim na melhora de algum processo subsequente que a peça sofrerá. No caso específico, por exemplo, foi usado ferro fundido nodular para que as superfícies das mandíbulas fossem de fácil usinagem, poupando assim desgaste de máquina, nesse procedimento não foi desagregado muito valor com relação ao material anteriormente usado, mas foi facilitado um procedimento que se seguiria. E essa aplicação pode corresponder até um processo de qualidade ou logística, os quais não são ligados à produção de peças efetivamente e podem ter suas operações facilitadas através da troca de material.

Foi abordado também a utilização de elementos padronizados os quais são de extrema importância para a redução dos custos pois a utilização dos mesmos implicar em menos gastos de máquina para a empresa fabricante do produto. Além disso, por serem produzidos em larga escala são relativamente baratos com relação aos elementos não padronizados e existem em grandes variedades de formas e tamanhos, portanto a utilização deles em aplicações de baixo custo são essenciais.

Para o redesenho da morsa se observa uma simplificação do projeto, diminuindo uma grande quantidade de efeitos estéticos e peças supérfluas, essas simplificações, que em primeira instância se apresentam de uma forma bem sutil, se mostram em grande quantidade e se somada todas elas, se gasta um tempo considerável para esses ajustes estéticos. Já com relação a peças supérfluas, foram retiradas as que se poderiam fundir, no sentido de transformar duas peças em uma, para uma redução de custos e tempo, mas nesse caso as peças puderam ser fusionadas devido a compartilharem uma mesma peça, mas as mesmas não eram desnecessárias, elas melhoravam as condições de precisão do equipamento, mas sendo o foco do projeto o baixo custo, a precisão perdida pode ser suprimida pela redução nos gastos.

Por fim a morsa se apresenta em um custo bem mais baixo do inicial, mesmo que não se encontre cálculos desses custos dentro do projeto, devido à padronização e remoção de efeitos sobressalentes, porém se depara com praticamente outra morsa da qual foi primeiramente montada, pois devido a todas as modificações realizadas o dispositivo teve de se adaptar fisicamente a elas. A morsa por fim perdeu uma parte de sua precisão e força de sujeição, todavia ela não perdeu sua aplicabilidade e

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versatilidade, podendo ser usada em qualquer processo de sujeição, sem comprometimento com alta precisão, de maneira repetitiva e plena.

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10.Referências

CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia Mecânica: Processos de Fabricação e Tratamento. 2ª ed, vol. 2. São Paulo: McGraw-Hill, 1986. 315 p.

MEI, Paulo Roberto. Aços e Ligas Especiais.2ª Ed. Editora Edgard Blücher, 2006. 646 p. Tolerância Dimensional. Disponível em:

<http://www.joinville.ifsc.edu.br/~valterv/Metrologia/Aula%206_Tolerancia

%20dimensional.pdf> Acessado em: 01/12/2012 00:45.

O Elemento Ferro. Disponível em:

<http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/ferro/> Acessado em: 06/12 15:23.

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Anexos

Anexo 1

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Anexo 2

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Apêndices

Apêndice 1

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Apêndice 2