mormo

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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Ciências Animais – DCA Disciplina: Clínica Médica de Equídeos MORMO

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Apresentação em PDF sobre o Mormo, doença infecto-contagiosa que acomete equídeos.

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Page 1: Mormo

Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Ciências Animais – DCADisciplina: Clínica Médica de Equídeos

MORMO

Page 2: Mormo

Conceito

� Doença infecto-contagiosa

� Bacteriana

� Aguda ou crônica

� Equídeos

Page 3: Mormo

Etiologia

� Burkholderia mallei

� Bactéria aeróbica

� Gram-negativa� Gram-negativa

�Pseudomonas mallei

http://en.academic.ru/pictures/enwiki/66/Burkholderia_pseudomallei_01.jpg

Page 4: Mormo

Importância

Importância Zoonose Bioterrorismo

Page 5: Mormo

Histórico

Uma das mais antigas doenças conhecidas• Encontrada em todo o mundo

Rabelo, 2004

1811

• Descrita no Brasil

1959

• Campos

1966

• Rio de Janeiro

1968

• São Lourenço da Mata -PE

1988• Boletim da Defesa Sanitária Animal do MAPA• Extinta no Brasil

Mota, 2006 MAPA, 2004 MAPA, 2004 MAPA, 2004

MAPA, 2004

Page 6: Mormo

Histórico

2000

• Pernambuco e Alagoas• Reemergência da doença

Mota,2000

Argentina e Chile

• Barreira Sanitária• XX Clássico da Associação Latino Americana de

Jockeys Clubs – SP

DDA

• Proibiu o trânsito interestadual de equídeos com origem nos estados de PE e AL

Endurance Brasil, 2009

Endurance Brasil, 2009

Page 7: Mormo

Histórico

Os quatro países do Mercosul assinaramum acordo permitindo o ingresso deequídeos procedentes do Brasilequídeos procedentes do Brasil

• Origem e procedência de zonas livres;• Permanecido 6 meses em propriedade sem caso;• Negativo para fixação de complemento;• Não apresentar sinais clínicos.

Endurance Brasil, 2009

Page 8: Mormo

Epidemiologia

Mormo

Ásia

Antigamente

Grande

Atualmente

Ocorrência África Oriente

Médio

Grande concentrações de equinos

Ocorrência esporádica

Espécies afetadas

Equinos, muares e assininos

Carnívoros –ingestão de carne

contaminadaHomem – fatal

Ovinos e caprinos podem apresentar

Mota, 2006.

Page 9: Mormo

Epidemiologia

Brasil

Presença de mormo

Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e

Sergipe.

Livres de Mormo

Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

MAPA, 2006.

Page 10: Mormo

Epidemiologia

Animais infectados e portadores assintomáticos

• Fontes de infecção

Principalmente

Cochos

Bebedouros

Radostits et al., 2002.

Page 11: Mormo

Epidemiologia

Inalação• Infecção é rara

Principal via de excreção• Lesões pulmonares

que se rompem nos brônquios

Potenciais focos de disseminação• Estábulos coletivos

brônquios

Maior prevalênciaIdosos

Debilitados

Más condições de manejoMota, 2006

Page 12: Mormo

Patogenia

Mucosa intestinal Sangue Pulmões

Sintomatologia é apresentada na fasefinal da doença inclui broncopneumoniacom progressão para a morte por anóxia.

Mota, 2006.

Page 13: Mormo

� FORMA AGUDA

� Febre de 42ºC

� Fraqueza e prostação

Sinais Clínicos

Fraqueza e prostação

� Aparecimento de pústulas na mucosa nasal úlceras

� Descarga purulenta (amarelada sanguinolenta)

� Entumecimento ganglionar

Page 14: Mormo

Sinais Clínicos

FORMA CRÔNICA

CUTÂNEA

� Nódulos endurecidos flácidos

Fístulas

Conteúdo purulento

Vasos linfáticos: região abdominalCostado

Face medial dos membros posteriores

Úlceras

“COLAR DE PÉROLAS”

Page 15: Mormo

Sinais Clínicos

FORMA CRÔNICA

CUTÂNEA

� Nódulos endurecidos flácidos

Fístulas

Conteúdo purulento

FORMA CRÔNICACUTÂNEA

Vasos linfáticos: região abdominalCostado

Face medial dos membros posteriores

Úlceras

“COLAR DE PÉROLAS”

http://www.scielo.br/img/fbpe/pvb/v20n4/3805f2.jpg

Page 16: Mormo

Sinais Clínicos

Tosse

Epistaxe

� FORMA CRÔNICA

� Respiratória

� Pneumonia crônica

Respiração laboriosa

Dispnéia

Secreção serosa

Purulenta

+

Estrias de sangue

� Pneumonia crônica

Fonte: Rachiel Eduardo

Page 17: Mormo

Diagnóstico

Isolamento bacterianoInoculação em animais de

laboratório

OUTROS

DIAGNÓSTICOClínico-epidemiológicos

Anatomo-histopatológicos

Reação imunoalérgica

Testes sorológicos

Page 18: Mormo

Diagnóstico

Isolamento bacterianoInoculação em animais de

laboratório

OUTROSMAPAELISA

DIAGNÓSTICOClínico-epidemiológicos

Anatomo-histopatológicos

Reação imunoalérgica

Testes sorológicos

Fixação de Complemento

Maleinização

ELISA

HEMAGLUTINAÇÃO

CONTRAIMUNOELETROFORESE

Page 19: Mormo

MALEINIZAÇÃO0,1 mL – MALEÍNAIntradérmicaPálpebra inferior

Diagnóstico

� Edema palpebral

� Blefaroespasmos

� Conjuntivite

Após 48h

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ww.plugpet.com

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g

Page 20: Mormo

Conteúdo

EVIDÊNCIA CLÍNICA DOS SINTOMASNO LABORATÓRIOhttp

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log.m

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Diagnóstico

Conteúdo purulento

(nódulos cutâneos fechados)

Swabs da mucosa nasalREFRIGERADOS LABORATÓRIO

http://www.waiser.com.br/imagens/canais/produtos/meio-de-cultura/meiosprontos.jpg

http://m

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.me.uk/w

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Identificação bacteriana (coloração de Gram)

37ºC (48-72h)

Page 21: Mormo

Diagnóstico

NO LABORATÓRIO

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pr.com

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esculpena

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INOCULAÇÃO

Até 2 sem.

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pr.com

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01.jp

g

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ds/cob

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SECREÇÃO NASAL

COBAIA (Prova de Strauss)

� Aumento volume testicular

� Septicemia

� Abscessos no ponto de inoculação

NECROPSIA

Lesões abscedativas

http://1.bp.blogspot.com/_gWqerMk_ui0/RqFFUPXVJzI/AAAAAAAAAtc/2PtQAUs7_20/s400/cobaia.jpg

Page 22: Mormo

Diagnóstico

ACHADOS MACROSCÓPICOS – SISTEMA RESPIRATÓRIO

� Úlceras

� Cicatrizes na mucosa nasal

� Destruição do septo nasal

� Petéquias e equimoses na pleura visceral

� Múltiplos abscessos nos pulmões

Page 23: Mormo

Diagnóstico

ACHADOS MACROSCÓPICOS – SISTEMA LINFÁTICO

� Nódulos firmes ou flutuantes (cabeça, pescoço, abdomen e membros pélvicos)

� Aumento dos linfonodos mandibulares, cervicais superficiais, pré crurais

� Edema dos membros

� Poliartrite

Page 24: Mormo

Diagnóstico

ACHADOS MACROSCÓPICOS – SISTEMA LINFÁTICO

Fonte: Rachiel Eduardo

Page 25: Mormo

Lesões granulomatosas ou piogranulomatosas

� Área de necrose de ceseificação central

Diagnóstico

ACHADOS MICROSCÓPICOS

� Células inflamatórias

(macrófagos, linfócitos,

plasmócitos)

� Tecido conjuntivo

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ages.g

oogle.com

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agama.com

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Page 26: Mormo

� Risco epidemiológico

� Não é indicado

Tratamento

Animais: portadores crônicos

� Sulfadiazina/20 dias

� Agente: refratário ao tratamento com

penincilina e estreptomicina

Fonte de infecção

http://w

ww.la

bora

toriosobral.com

.br/im

gProd

utos/2dbfc4

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2.jp

g

Page 27: Mormo

Importância em Saúde Pública

ZoonoseZoonose

• Fatal

Grupo de RiscoGrupo de Risco

• Pessoas que lidam com equídeos ou amostras

http://a

.abcnew

s.co

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ealth

/ht_eq

uine

_081008_m

n.jpg

• Pessoas que lidam com equídeos ou amostras

DiagnósticoDiagnóstico

• Ausência ou Erro

Morbidade e MortalidadeMorbidade e Mortalidade

• 30%• 95%• 50%

(Santos, 2001 & OIE, 2007)

http://a

.abcnew

s.co

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41.pbase.com

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8/1

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/81675726.FL0

FPblt.121La

bworke

r4.jp

g

Page 28: Mormo

Profilaxia

� Medidas Gerais

� Manejo sanitário

� Baias e animais� Baias e animais

� Requisição de exames

� Isolamento e reteste

(Santos, 2001 & Gregory, 2007)

Page 29: Mormo

Controle e Erradicação

IN nº 24 IN nº 24 IN nº 24 IN nº 24

Definições Definições DiagnósticoDiagnóstico CertificaçãoCertificação ErradicaçãoErradicação

(Diário Oficial da União)

Page 30: Mormo

Controle e Erradicação

� Diagnóstico

• Fixação de Complemento

• Fixação de Complemento

• 180 dias• 60 dias• 180 dias• 60 dias

(Diário Oficial da União)

Complemento• DDAComplemento

• DDA• Laboratório• Coleta• Laboratório• Coleta

• 60 dias• 60 dias

Page 31: Mormo

Controle e Erradicação

� Diagnóstico

� Animais reagentes na FC sem sintomas

� Animais não reagentes na FC com sintomas

(Diário Oficial da União)

� Animais não reagentes na FC com sintomas

Page 32: Mormo

� Animais reagentes na FC com sintomas

� Animais de propriedade reincidente

Controle e Erradicação

� Diagnóstico

� Animais de propriedade reincidente

(Diário Oficial da União)

Page 33: Mormo

Controle e Erradicação

� Certificação

� Caráter voluntário

� Regulamento específico� Regulamento específico

� DDA

(Diário Oficial da União)

Page 34: Mormo

Controle e Erradicação

Erradicação

(Diário Oficial da União)

Interdição Regime de Saneamento

Sacrifício Incineração Desinfecção

Page 35: Mormo

Controle e Erradicação

IN nº 24 IN nº 24

Participação em EventosParticipação em Eventos

Controle do Trânsito

Interestadual

Controle do Trânsito

Interestadual

Controle do Trânsito

Intraestadual

Controle do Trânsito

Intraestadual

(Diário Oficial da União)

Page 36: Mormo

Controle e Erradicação

� Participação de equídeos em eventos hípicos

� Comprovante de exame negativo para mormo

� Ausência de sinais clínicos� Ausência de sinais clínicos

(Diário Oficial da União)

Page 37: Mormo

Controle e Erradicação

� Controle de trânsito inter e intraestadual

� Equídeos que visitaram ou são procedentes de áreas de foco

� Comprovante de exame negativo para mormo� Comprovante de exame negativo para mormo

� Ausência de sinais clínicos

� Serviço de Defesa Sanitária Animal Estadual

(Diário Oficial da União)

Page 38: Mormo

Artigo Científico

� Mormo em nos Estados de Pernambuco e Alagoas

� Objetivo� Registrar a ocorrência de focos de mormo em eqüídeos

� Material e métodosTrês propriedades� Três propriedades

� Históricos e exames clínicos

� Necropciados

� Isolamento bacteriano

� Inoculação em cobaias

� Sorologia

� Exames clínicos, anatomo e histopatológico

Page 39: Mormo

Artigo Científico

� Resultados

� Acometia eqüídeos há 5 anos;

� Animais idosos e debilitados;

� Perda de 300 eqüídeos em PE e 100 em AL;� Perda de 300 eqüídeos em PE e 100 em AL;

� Resultados insatisfatório: Diagnóstico, tratamento e controle

Page 40: Mormo

Artigo Científico

� Achados microbiológicos� Microrganismos irregulares, Gram negativos, isoladosou em filamentos;

� Achados sorológicos35% positivos;� 35% positivos;

� Achados clínicos patológicos� Hipertetermia, descarga nasal mucopurulenta, úlcerasno septo nasal, dispnéia, estertores pulmonares,inapetência, emagrecimento progressivo e poucosapresentaram edema de membros e poliartrite na faseinicial;

Page 41: Mormo

Artigo Científico

� Achados histopatológicos

� Lesões granulamatosas, elementos inflamatórios emáreas de necrose, destruição do epitélio nasal,congestão no pulmão, necrose de linfonodos, fígado,baço e no rim;baço e no rim;

� Cobaias

� Achados histopatológicos e clinicos

Page 42: Mormo

Conclusão

� A associação dos dados epidemiológicos com osachados clínico-patológicos, microbiológicos, sorológicose com as provas biológicas, permite o estabelecimentodo diagnóstico de mormo;

� A alimentação pobre, a movimentação de animais e oexcesso de trabalho podem predispor à infecção;excesso de trabalho podem predispor à infecção;

� A ocorrência da doença, observou-se não haverrelação entre a estação do ano e o aumento donúmero de casos nas propriedades.

� Concentração de animais em estábulos coletivos têmgrande impacto na epidemiologia do mormo emeqüídeos.

Page 43: Mormo

OBRIGADA!!