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Sedimentos e hidrologia Morfologia fluvial Walter Collischonn IPH UFRGS

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Sedimentos e hidrologia Morfologia fluvial

Walter Collischonn

IPH UFRGS

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Rios aluviais

• Um rio é considerado aluvial quando a

planície sobre a qual ele escoa é formada

por sedimentos trazidos pelo próprio rio.

• Rios aluviais tem uma relativa liberdade de

ajustar sua forma: • Forma em planta

• Forma da seção

• Formas de fundo

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Processos de formação da calha

Equilíbrio e Ajuste

• Potência de escoamento

• Ajuste e equilíbrio

– idéias qualitativas (Lane)

– modelos matemáticos

• Largura estável

– exemplo rios Amazonia

– “vazão formadora”

– vazão de calha cheia

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Potência de escoamento

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Equilíbrio

• Uma das características mais marcantes dos

rios é sua capacidade de ajustamento ou

resiliência

• Em um rio estável a seção transversal se

mantém relativamente estável e a

declividade do fundo pouco se altera

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Equilíbrio ou estabilidade segundo

Lane (1955)

• Normalmente o equilíbrio de um rio depende dos seguintes fatores:

• Descarga de sedimentos

• Diâmetro dos sedimentos

• Vazão

• Declividade

• A alteração de um dos fatores vai provocar a alteração de outros para voltar a uma condição estável

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Lane (1955)

SQdQ 50s

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Estabilidade ou equilíbrio

SQdQ 50s

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De acordo com Lane

• Um rio permanece estável se alterações na

descarga sólida são contrabalançadas por

alterações na declividade ou na vazão

• Redução na declividade resulta em

deposição de sedimentos

• Redução apenas na descarga de sedimentos

resulta em erosão

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Análise qualitativa do impacto de

uma barragem com reservatório

figura reservatório

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Formação de planície

• Enchentes, migração e

abandono de meandros

aos poucos vão

moldando a planície

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Forma em planta de um rio

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Meandros - formação

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Meandros - formação

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Meandros - migração

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Corte natural de meandros

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Corte natural de meandros

Rio São Lourenço (MT) em

mapa baseado em imagem

aérea de 1967

Rio São Lourenço (MT) em

imagem de satélite LANDSAT

de 1988

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1967

1988

atual

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Calha menor x calha maior

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Outros processos naturais de

abandono de trechos de rios

• Processos de abandono

de trechos de rios (Press

e Siever, 1986)

a) “Cut-off”;

b) Corte de meandro;

c) “Avulsion” (avulsão ou

abandono de trecho de

rio).

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Avulsion (avulsão)

• Ocorre em leques

aluviais ou deltas.

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Perfil longitudinal de um rio

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Formas de fundo

duna

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Formas de fundo

rio Teles Pires MT

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Formas de fundo

• Acrescentar material Chanson “Open

Channel...” página 152.

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Bancos de areia/sedimentos

• Bancos alternados

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Bancos alternados

• Bancos alternados

podem se desenvolver

iniciando processo de

formação de meandros

• Caso as margens não

sejam erodiveis,

meandros não podem

se formar

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Forma da seção

do livro Stream Hydrology: An introduction for Ecologists – de Gordon et al.

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Diques marginais naturais

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Características da forma da seção

• Relação largura profundidade

• Depende do material

• Usualmente cresce de montante para jusante

• Podem ser relacionadas à vazão (formadora)

• Podem ser relacionadas à área de drenagem

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Exemplo largura de rios na bacia

Amazônica

y = 0,8054x0,5289

R = 0,77

1

10

100

1000

10000

100 1000 10000 100000 1000000 10000000

Ad (km2)

B (

m)

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Exemplo profundidade de rios na

bacia Amazônica

y = 1,4351x0,1901

R = 0,72

1

10

100

100 1000 10000 100000 1000000 10000000

Ad (km2)

H (

m)

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Exemplo área molhada de rios na

bacia Amazônica

y = 1,1558x0,719

R = 0,88

1

10

100

1000

10000

100000

1000000

100 1000 10000 100000 1000000 10000000

Ad (km2)

A (

m2)

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Vazão de calha cheia

• Em rios aluviais a vazão a partir da qual

inicia a inundação da planície é chamada de

vazão de calha cheia

• Aparentemente, os rios moldam sua própria

calha de uma forma tal que a vazão de calha

cheia tem um tempo de retorno de

aproximadamente 2 anos.

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Vazão formadora

• É uma vazão única que tem efeitos

morfológicos equivalentes ao conjunto das

vazões que realmente ocorrem em um

trecho de rio.

• Muitas vezes assume-se que a vazão

formadora é equivalente à vazão de calha

cheia.

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Balanço de sedimentos

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Garantia da estabilidade das margens

força trativa unitária:

Dimensionamento de canais não revestidos

0hmax IgR

0hmax IgR75,0

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Distribuição de velocidade

em seções típicas nos

canais

(Chow, 1973)

Distribuição das Tensões

de Arraste no fundo e

taludes de um canal

Características do escoamento

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Passo Atividade

1Determinar os valores de n (rugosidade), declividade, ângulo de repouso domaterial, vazão de dimensionamento e angulo de inclinação dos taludes

2Estimar a sinuosidade a partir da topografia para correção da tensão trativaunitária

3

Calcular a tensão trativa unitária atuando no fundo através de

0max Syf

4

Admitir um diâmetro característico para o material. Determinar a tensãotrativa limite para o fundo a partir do diagrama de Shields. Corrigir emfunção da sinuosidade e da forma da seção. Determinar a tensão trativalimite nos taludes calculando o coeficiente K.

5

Determinar o diâmetro característico através da expressão de Shields para

o fundo e talude 50

,2

*

)( DgD

V

S

fl

5Comparar com o diâmetro de material admitido inicialmente e repetir oprocedimento caso necessário.

Roteiro