morfologia 2

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Morfologia Isabella Iris & Marta Verônica

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Page 1: Morfologia 2

Morfologia

Isabella Iris & Marta

Verônica

Page 2: Morfologia 2

A morfologia é frequentemente definida comoo componente da Gramática que trata daestrutura interna das palavras. Mas o que éuma palavra?

Usando critérios fonológicos também não épossível saber se estamos lidando com umapalavra ou frase.

Exs :. O que é detergente? [detèrgénte]

É o ato de prender pessoas(deter gente).[dètergénte]

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Há também quem use critérios sintáticos. se (1) puder ser usada como resposta mínima a uma

pergunta e se(2) puder usada em várias posições sintáticas . Exemplos : *Cenouras

O que João comprou na feira hoje? Cenouras. [ menor resposta possível a uma pergunta] João comprou cenouras na feira hoje. [ objeto da sentença] Cenouras foi o que João comprou na feira hoje. [sujeito] *Lhe

Maria quer lhe dar um livro de presente. [antes do verbo] Maria quer dar-lhe um livro de presente. [depois do verbo]

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sem nunca ter ouvido esta palavra somoscapazes de entender seu significado sesoubermos o que é nação que quer dizer pátria, al que em português deriva novas palavras eque transforma substantivo em adjetivo, comoo adjetivo nacional, izar que transforma oadjetivo em verbo nacionalizar e por fimsomamos ção e temos nacionalização que é umsubstantivo.

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Jiwi “eu escuto”J-win

1ª pessoa -escutarJacako “eu soco”

J-acakon1ª pessoa -socar

Jacawa “eu ajudo”J-acawa

1ª pessoa -ajudar

1º passo é observar qual o pedaço de significado recorrentena tradução. Assim , no kadiwéu o j deve ser o morfema quecarrega o significado de primeira pessoa na língua.

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2º não assumir que morfemas universalmenteapareçam na mesma ordem que parece noportuguês , de modo os verbos ajudo , soco,escuto são distinto do kadiwéu , onde omorfema de 1ª pessoa se encontra antes da raizverbal, ou seja, um prefixo, mas é um sufixo emnossa língua .

3º não assumir que todos os significadosexpressos por morfemas em sua língua nativaserão expressos em outras línguas por ummorfema especifico .por exemplo em chinês, não há marcas de pessoas.

4º não assumir que sua língua nativa apresentatodos os contrastes morfológicos possíveisuniversalmente.

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Exemplo de infixo

Raiz Formas infixadas

Takbuh “correr” tumakbuh “correu”

Lakad “andar” lumakad “andou”

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O exemplo do tagalog nos mostra que aMorfologia sofre um impacto bastanteacentuado da Fonologia , pois os fatos dotagalog nos indicam que a Fonologia podedefinir o lugar onde o morfema deverá serinserido na palavra.

Assim , sabemos que o segmento /l/ érealizado com /w/ sempre que a coda silábica(isto é no final da sílaba) na fala dos jovenspaulistas (/sal/ que se realiza com [saw]).

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Nação Nacion Leão Leon

Traduzindo para o quadro gerativista, podemosdizer que as forma subjacentes relativas aosexemplos anteriores são nacion e leon. Este tipode análise conta com a transformação de on emão, a qual nem sempre ocorre, umas vez quebaton não se transforma em batão.

Nota – No dialeto rural do Mato Grosso do Sul, são frequentespalavras como batão e marrão. Esse processo de mudança linguísticapode levar uma regra morfofonológica pouco produtiva pode setransformar em uma regra fonológica totalmente produtiva.

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Segundo Anderson (1982), passou- se a buscaros universais da linguagem . Por esse motivo, a Sintaxe (estudo da formação de sentenças)passou a ser o ponto central da Gramática, uma vez que é na Sintaxe que vemos umamaior similaridade entre as línguas.

A Fonologia passou a ser dividida em duaspartes , Fonologia Lexical (processada noléxico) e a fonologia pós – lexical (processadadepois da sintaxe).

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Anderson (1982) questionou, em seu artigochamado Where is Morphology? Se aMorfologia é de fato sem importância para aSintaxe e se toda Morfologia deve serprocessada no léxico.

Morfologia Derivacional

A Morfologia Derivacional tem a característica dealterar a categoria gramatical de uma palavra .

Ex:. Nacionalização

E se adicionarmos RE ao verbo refazer temosfazer de novo (nesse caso não há mudança declasse).

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A Morfologia Derivacional não é produtiva,isto é, não é qualquer morfema derivacionalque pode ser adicionado a qualquer raiz

Ex:. hospitalizar (o morfema IZ pode seradicionado ao substantivo hospital ) já nosubstantivo clinicar não se pode colocar omesmo morfema IZ não existeclinizar(devemos memorizar clinicar ).

Morfologia Flexional

A Morfologia Flexional não altera categorias.Ela estabelece ligação entre as palavras.

Exs: Eu Falo .

As piranhas morderam a vaca .

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A morfologia Flexional é produtiva. assim qualquer verbo pode sermarcado por um morfemaindicando terceira pessoa do plurale qualquer artigo poderpluralizado. Exceções muitoraras, se comparadas as paradigmasderivacionais.

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Todas as línguas contam com componentes de Morfologia.os fenômenos nem sempre são cancatenativos ,isto, éprocessos de adição de morfemas. Vejamos agora essesprocessos em português.

Mistura : palavras criadas da junção de duas línguas.Exemplo portunhol que é a mistura de português maisespanhol.

Abreviação :O processo pelo qual uma nova palavra é criadapelo truncamento de uma outra palavra já existentes.Exemplo , biju para bijuteria.

Acronímia :são palavras iniciadas pelas letras de uma sigla.Por exemplo IEL Instituto de estudo da Linguagem.

Retroformação: processo pelo qual uma palavra é formadapela desafixação de certos morfemas ,como porexemplo, delega de delegado.

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Por fim há uma nova teoria não-concatenativa, denominada de otimalidade ,propostainicialmente por Prince & Smolensky(1993) queé uma teoria que nega a analise gramatical pormeio de módulos . De acordo com esse modelouma gramática particular é o resultado doordenamento de um conjunto de princípiosuniversais, isto é, aplicados em todas aslínguas.

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KOCH, Ingedore. Linguística aplicada ao Português: Morfologia. 13 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

BENTES ,Anna Christina; MUSSALIM, Fernanda (Orgs) . Introdução a Linguística- domínios e fronteiras. São Paulo :Cortez, 2008