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    INSTITUTO TEOLGICO GAMALIEL

    Doutrina das ltimas Coisas

    (Reflexes Escatolgicas)

    NOME DO ALUNO: EDISON BOAVENTURA JNIORNMERO: 6234Orientador: Prof. FLVIO NUNES DE SOUZA

    SO PAULO2011

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    EDISON BOAVENTURA JNIOR

    NMERO: 6234

    Doutrina das ltimas Coisas

    (Reflexes Escatolgicas)

    Monografia apresentada ao InstitutoTeolgico Gamaliel para aprovao noCurso de Mestrado em Ensino Religiosoem 2011 sob a orientao do Prof.

    FLVIO NUNES DE SOUZA.

    SO PAULO

    2011

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    Doutrina das ltimas Coisas

    (Reflexes Escatolgicas)

    EDISON BOAVENTURA JNIOR

    NMERO: 6234

    Aprovado em ____/____/_____.

    BANCA EXAMINADORA

    _________________________________________________

    Prof. FLVIO NUNES DE SOUZA

    Reitor do Instituto Teolgico Gamaliel

    CONCEITO FINAL: _____________________

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    AGRADECIMENTOS

    Ao meu nico Deus, sempre presente, sem o qual

    no teria perseverana para terminar este Mestrado e que

    me deu a vida e a inteligncia, para atingir os meusobjetivos;

    A minha esposa Margareth Orlandi, incansvel

    colaboradora para a realizao dos meus sonhos;

    Aos meus pais terrenos, Edison Boaventura e

    Vanilde Luiza Boaventura, pelos esforos durante toda

    minha vida;

    Aos meus familiares em geral, aos meus filhosEdison Boaventura Neto, Maris Stela Selene Boaventura

    e Arthur Gregrio Boaventura e aos meus enteados

    Amanda Orlandi Lima e Andrey Orlandi Lima, que

    compreenderam a necessidade de minhas ausncias e

    dedicao para a realizao deste mestrado e deste

    trabalho;

    Ao Prof. Flvio Nunes de Souza, que me orientou,

    transmitindo-me sempre muito conhecimento atravs da

    sua imensa capacidade de ensinar;

    Ao Instituto Teolgico Gamaliel por toda ateno

    dispensada aos seus alunos.

    Edison Boaventura Jnior.

    NMERO: 6234

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    Para Reflexo

    No Livro de Apocalipse, encontramos a seguinte referncia que nos far refletir arespeito da proibio em se acrescentar ou excluir partes do seu contedo.Vejamos:

    Apocalipse 22:18-19 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir aspalavras da profecia deste livro que se algum lhes acrescentar algumacoisa, Deus far vir sobre ele as pragas que esto escritas neste livro; e sealgum tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirar a sua

    parte do livro da vida, e da cidade santa, que esto escritas neste livro .

    Efsios 5:15-16 Portanto, vede prudentemente como andais, no comonscios, e sim como sbios, remindo o tempo, porque os dias so maus".

    Bblia Sagrada.

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    Introduo

    Um assunto que deveria ser de suma importncia para os cristos e tambm

    estar sempre em pauta a Doutrina das ltimas Coisas, ou seja, a Escatologia.

    Todavia no o que se observa nos dias atuais. Parece que o velho interesse

    pelas coisas que iro acontecer, descritas na Bblia Sagrada, esfria-se ao longo

    dos anos e, vez ou outra volta nossa mente. Mas, esta vaga lembrana

    somente ocorre quando h uma catstrofe em alguma parte do nosso planeta!

    Existem inmeros livros e obras que se remetem a este interessante assunto - a

    Escatologia. Porm, muitas vezes, os escritores se utilizam de especulaes

    infundadas, interpretaes imprprias e inferncias absurdas e at chegam a

    concluses sem sintonia com a Palavra de Deus. So Teologias sem revelao,

    vazias, mortas e por vezes, diablicas!

    A nica unanimidade que h entre os telogos e estudiosos em relao volta

    de Jesus. Sim, Ele voltar! Nos demais aspectos da Escatologia so vrias as

    correntes defendidas.

    Estas dificuldades na interpretao dos aspectos da Doutrina das ltimas

    Coisas se do por quatro fatores abaixo listados:

    a) Abismo histrico: separao temporal;

    b) Abismo cultural: diferenas entre as culturas dos povos;

    c) Abismo lingstico: hebraico, aramaico e grego;

    d) Abismo filosfico: vrias opinies entre a cultura acerca da vida, das

    circunstncias e do Universo.

    Talvez, o descaso parcial por esta doutrina acerca do fim das coisas tenha razes

    ligadas s circunstncias das pocas e dos acontecimentos vivenciados pelos

    povos. Por exemplo, durante os perodos de guerra mundial em nossa civilizao,

    aumentaram as publicaes de literaturas sobre este tema. Depois do trmino

    das guerras os assuntos escatolgicos saram das prateleiras e voltaram somente

    na virada do milnio.

    No Passado, os pastores frisavam em suas mensagens os aspectos sobre o

    Arrebatamento e sobre o dia glorioso do encontro com o Cristo. Entretanto, hoje,

    quase no se abordam temas sobre este assunto nas igrejas, raras as excees.

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    Hoje, as pregaes focam mais o tema da Prosperidade material e alteraram

    sobremaneira a esperana dos cristos do Futuro para o Presente. Talvez, o

    desinteresse pelo assunto porque o cristo muito imediatista e no v o lado

    prtico das profecias.

    O alerta que no podemos perder de vista que as Escrituras Sagradas esto

    repletas de textos que mostram a importncia da Escatologia, no nosso dia-a-dia

    (Rm 6:8,11; 1 Co 3:10-15; 2 Co 5:10; 1 Ts 4:13-18 e 2 Pe 3:10-14). preciso,

    pois, resgatar a importncia da Doutrina das ltimas Coisas para o nosso

    tempo, divulgando totalmente o assunto e tambm o seu aspecto prtico a todos,

    antes que seja tarde demais!

    Abordaremos neste trabalho vrios aspectos temticos da Escatologia e

    salientamos que procuramos de forma equilibrada e sensata, aproximar ao

    mximo o contedo escatolgico com a base bblica pertinente, de forma a

    obtermos uma perfeita hermenutica, ou pelo menos, mais prximo deste

    princpio de interpretao.

    Todavia, muitas revelaes so ainda um mistrio de Deus para os homens!

    Tenha uma tima reflexo!

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    O que Escatologia?

    O vocbulo Escatologia formado de duas palavras gregas: escathos, que

    significa ltimo, e logos, que significa cincia. Assim, a Escatologia a cincia

    das ltimas coisas.

    Apesar de se encontrar meno de vrios textos escatolgicos no Antigo e no

    Novo Testamento exatamente no ltimo livro da Bblia, no Apocalipse que esto

    contidas muitas revelaes deste tempo vindouro.

    Apocalipse (grego Apocalypsis) significa revelao, descobrimento de algo que

    est encoberto ou ainda, tirar o vu.

    O apstolo Joo escreveu ou ditou sua escriturao em forma de carta e

    contendo elementos apocalpticos e profticos quando estava exilado na Ilha de

    Patmos, entre 90 e 96 d.C., durante o reinado do imperador Domiciano.

    Sinopse do Livro de Apocalipse

    O livro pode ser dividido numa srie de vises escatolgicas, algumas destas

    vises so parciais ou totalmente veladas. Por outro lado, outras vises so

    comparativamente claras em seus esclarecimentos.

    O Apocalipse no um livro comum! Vejamos a seguir a sinopse desta obra

    bblica:

    - CAPTULO 1

    a) Introduo e promessa aos leitores obedientes (vers. 1-3);

    b) Saudao de Joo e do Cristo glorificado (vers. 4-8);

    VISO I

    c) Do Cristo glorificado (vers. 9-16);

    d) A ordem de escrever s sete igrejas (vers. 19);

    e) Mensagens s igrejas (caps. 2-3);

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    - CAPTULO 2

    a) Mensagem feso, a igreja reincidente, persistente no servio, estrita na

    disciplina, mas esfriando-se em seu amor (vers. 1-7);

    b) Mensagem Esmirna, a igreja pobre, mas verdadeiramente rica, que

    enfrenta um perodo de perseguio (vers. 8-11);

    c) Mensagem Prgamo, a igreja num ambiente perverso, firme mas

    infectada com heresia (vers. 12-17);

    d) Mensagem Tiatira, a igreja de boas obras, mas que tolerava uma falsa

    profetisa (vers. 18-29);

    - CAPTULO 3

    a) Mensagem Sardes, a igreja moribunda (vers. 1-6);

    b) Mensagem Filadlfia, a igreja fraca, mas fiel (vers. 7-13);

    c) Mensagem Laodicia, a igreja morna, satisfeita consigo mesma, que se

    orgulha da sua riqueza, mas que miservel, pobre, cega e nua (vers. 14-

    22);

    VISO II (Parcialmente velada)

    - CAPTULO 4

    a) A viso de Deus no cu sobre seu trono, o Criador do Universo

    recebendo a adorao dos seres viventes e dos vinte e quatro ancios (vers.

    1-11);

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    - CAPTULO 5

    a) O Cordeiro abre o livro dos sete selos, o cntico novo e a adorao

    universal do Cordeiro. Interpretao sugerida: somente Cristo pode

    descobrir os mistrios divinos mais profundos (vers. 1-14);

    - CAPTULO 6

    a) A abertura dos seis selos, (velada) (vers. 1-17). Tem havido muitas

    interpretaes diferentes; no vale a pena juntar outra. Uma lio clara,

    (vers. 9-11), que os crentes so provados pela demora divina;

    VISO III (Parcialmente velada)

    - CAPTULO 7

    a) Pensamento sugerido: Deus protege seu povo escolhido (vers. 1-8);

    VISO IV

    b) Certezas reconfortantes (cap. 7);

    c) A multido incontvel dos redimidos (vers. 9-10);

    d) Os meios mediante os quais eles aparecem na presena de Deus (vers.

    13-15);

    e) Suas atividades e seu gozo eterno (vers. 15-17);

    VISO V (Parcialmente velada)

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    - CAPTULO 8

    a) Evento transcendental, a abertura do stimo selo, causa silncio no cu

    (vers. 1). Possvel explicao: toda a msica e as vozes dos anjos

    silenciaram porque durante o perodo do stimo selo, Cristo devia sair para a

    sua misso na Terra. Isto no mera imaginao. O fim do tempo

    evidentemente se aproximava. Se esta interpretao correta, em 8:1 nos

    encontramos na fonte exata do plano divino de salvao, e veremos que os

    eventos focalizam at o filho varo do captulo.

    b) Supe-se que as oraes dos santos subiram a Deus pedindo a vinda do

    reino messinico (vers. 3-4);

    - CAPTULO 9

    a) Logo continua uma poro velada da viso, o toque das seis trombetas,

    caps. 8 e 9, que segundo parece, anuncia os juzos vindouros;

    - CAPTULOS 10 e 11

    VISO VI (Parcialmente velada)

    a) A nica coisa clara que os eventos parecem apontar a grande

    consumao pelo fato do anjo poderoso anunciar que no haveria mais

    demora (10:5-7), mas que as boas novas referidas pelos profetas esto

    prestes a ser cumpridas;

    b) Entre tantas opinies diferentes, temerrio sugerir uma interpretao do

    livrinho do captulo 10 e das duas testemunhas do captulo 11. J que estes

    precedem imediatamente a viso do nascimento do filho varo do captulo

    12, eles podem referir-se ao perodo proftico anterior vinda de Cristo;

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    c) Talvez dos captulos de 12 a 20 contenham vises parcialmente veladas

    relacionadas com o grande conflito messinico;

    VISO VII

    - CAPTULOS 12 e 13

    a) O grande evento da poca, o nascimento do filho varo, Cristo, e a

    manifestao simultnea dos poderes satnicos organizados para destru-lo.

    A justificao deste ponto de vista que durante a vida de Cristo na Terra os

    poderes das trevas estavam em intensa atividade. Note a inteno de

    Herodes de destruir o menino Jesus, os numerosos casos de possesso

    satnica e a oposio maligna que resultou na crucificao de Cristo. No

    h aqui nenhuma interpretao detalhada dos mistrios, mas se chama a

    ateno para as armas espirituais com as quais seria ganha a vitria, em

    12:11;

    VISO VIII (Parcialmente velada)

    - CAPTULO 14

    a) Sem nenhuma interpretao forada, possvel olhar este captulo como

    um resumo proftico do conflito vindouro entre o Cordeiro e seus inimigos

    (vers. 1-13). Se este ponto de vista aceito, nos primeiros cinco versculos

    os cento e quarenta e quatro mil representariam os crentes advindos da

    primeira dispensao; os versculos 6-7 se refeririam ao comeo de uma

    atividade missionria em todo o mundo; os versculos 8-11 seriam anncios

    preliminares da vitria final e os versculos 12-13 se refeririam bem-

    aventurana dos crentes mortos.

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    VISO IX (Parcialmente velada)

    b) A sega e a vindima (vers. 16-20);

    VISO X (Parcialmente velada)

    - CAPTULO 15

    a) Os primeiros vencedores e seu cntico (vers. 1-4);

    b) Os sete anjos e as taas de ouro (vers. 5-8);

    - CAPTULO 16

    a) O derramamento das sete taas da ira (vers. 1-21);

    VISO XI (Velada)

    - CAPTULOS 17 e 18

    a) A queda de Babilnia, a cidade prostituta, e dos inimigos do Cordeiro que

    a venceram;

    VISO XII

    - CAPTULO 19

    a) O coro de aleluia no cu, celebrando a vitria espiritual (vers. 1-6);b) As bodas do Cordeiro (vers. 7-9);

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    VISO XIII (Parcialmente velada)

    c) Cristo, o conquistador espiritual, sobre um cavalo branco, fere as naes

    com a espada do Esprito (vers. 11-16);

    d) Parcialmente velada: Cristo vence a besta, o falso profeta e a seus

    aliados;

    VISO XIV (Parcialmente velada)

    - CAPTULO 20

    a) O aprisionamento de Satans (vers. 1-3);

    b) A primeira ressurreio (vers. 4-6);

    c) Satans desamarrado; sua atividade maligna (vers. 7-9);

    d) A queda de Satans, a besta e o falso profeta (vers. 10);

    e) O juzo final (vers. 11-15);

    VISO XV

    - CAPTULO 21

    a) Suas caractersticas: Origem celestial (vers. 2), radiante (vers. 11),

    separada e protegida (vers. 12), acessvel (vers. 13), alicerces firmes (vers.

    14), inabalvel (vers. 16), formosamente adornada (vers. 18-21), com um

    templo espiritual (vers. 22), iluminada por Deus (vers. 23-25), glorificada

    (vers. 26) e livre de manchas (vers. 27);

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    - CAPTULO 22

    a) O paraso restaurado. Suas caractersticas distintivas: o rio da vida (vers.

    1), a rvore da vida (vers. 2), sem maldio (vers. 3), a viso beatfica da

    marca divina nos santos (vers. 4), o dia eterno e o domnio dos santos (vers.

    5);

    b) Os ltimos ensinos: fiis e verdadeiros (vers. 6), ressaltam o iminente

    regresso do Senhor (vers. 7), deve-se adorar somente a Deus (vers. 8-9), o

    carter leva permanncia final (vers. 11), a ltima promessa (vers. 14), o

    ltimo convite (vers. 17) e a ltima advertncia (vers. 18-19);

    c) Bno e orao (vers. 21).

    Como pode ser interpretado o Apocalipse?

    Existem quatro pontos de vista bsicos utilizados pelos pesquisadores, a saber:

    a) Preterista: A maioria das profecias (ou todas), j se cumpriu no Passado.

    Este ponto de vista fecha a questo nas circunstncias vividas na poca

    por Joo, o que em parte certamente, est correto. Todavia, despreza o

    fato de ser uma profecia, descrita em Apocalipse 1:3: Bem-aventurado

    aquele que l, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as

    coisas que nela esto escritas; porque o tempo est prximo;

    b) Histrico: As profecias esto se cumprindo e sero cumpridas totalmente

    na Era da Igreja, ou seja, na dispensao atual. Este posicionamento foisustentado pela maioria dos reformadores, que interpretaram a Roma

    papal como a besta do Apocalipse. Todavia, as explicaes interpretativas

    carecem de um posicionamento totalmente convincente e exato;

    c) Idealista: No acreditam em uma cronologia das profecias, sendo que as

    passagens profticas so simblicas e apenas ensinam idias e verdades

    para confirmar o triunfo de Deus. A contradio neste posicionamento

    que o apstolo Joo escreveu que profetiza sobre eventos que ocorreramnos ltimos dias;

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    d) Futurista: Os adeptos deste ponto de vista acreditam que todos os eventos

    ocorrero no Futuro, durante a Grande Tribulao, na segunda vinda de

    Jesus Cristo e no Milnio. Neste caso, os estudiosos consideram com

    seriedade o elemento preditivo, conforme as passagens bblicas em Ap1:19 e Ap 4:1.

    Nenhum dos pontos de vista descrito plenamente satisfatrio. Devido

    ausncia de princpios interpretativos sadios e da existncia de muita

    especulao em relao interpretao do Apocalipse, se faz necessrio

    observar alguns princpios bsicos que listamos a seguir:

    a) Deve-se procurar a inteno original do autor e, portanto, do Esprito Santo

    que foi o inspirador daquela obra;

    b) Interprete literalmente, apesar das revelaes profticas que podem ser

    dadas. Certamente, algumas verdades literais viro tona, conforme j

    ocorreu em profecias j cumpridas;

    c) Considerando o contedo proftico, devemos manter a mente aberta s

    possibilidades de um sentido secundrio, inspirado pelo Esprito Santo.

    Todavia no perceptvel para o seu autor e os leitores;

    d) Procurar interpretar o Apocalipse luz do restante da Bblia Sagrada.

    aceitvel reconhecer a utilizao que o apstolo Joo faz das figuras

    tiradas de Daniel ou Ezequiel. Todavia, no podemos tomar por certo

    conforme fazem algumas escolas de interpretao que os leitores de Joo

    precisavam ter lido primeiramente o evangelho de Mateus e as epstolas I

    e II Tessalonicenses e que j sabiam com base nestes textos, certas

    chaves para compreenso do Apocalipse;

    e) Tomar cuidado na interpretao por causa da linguagem figurada, utilizada

    por Joo, considerando ainda, a natureza apocalptica e proftica;

    f) Observe os relacionamentos de tempo. Dentro de uma mesma profecia

    podem estar listados fatos que ocorrero em diferentes momentos,

    distantes no tempo;

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    g) Observe sempre que o tema central de todas as profecias Jesus Cristo.

    Sua pessoa e suas aes so o grande tema da histria proftica (Ap

    19:10).

    Divergncias interpretativas surgem a respeito da segunda vinda de Cristo, tendo

    quatro vises diferenciadas: a posio no-literal ou espiritualizada, a ps-

    milenista, a amilenista e a pr-milenista.

    Posio No-Literal ou Espiritualizada

    Esta posio nega que haver um retorno literal, fsico e pessoal de Jesus Cristo Terra.

    Os adeptos desta viso acreditam que a segunda vinda foi cumprida na

    destruio de Jerusalm, ou no dia de Pentecostes, ou na morte do crente, ou na

    converso das pessoas ou ainda, pelo contnuo avano espiritual da Igreja.

    A segunda vinda no literal, mas sim todos os acontecimentos da era crist, ou

    seja, a obra de Cristo.

    Posio Ps-Milenista

    Neste pensamento a segunda vinda de Cristo se dar depois do Milnio, que a

    parte final da Era da Igreja ou na dispensao atual. A Bblia afirma que ser um

    perodo de mil anos de paz e abundncia promovido pelos esforos da Igreja.

    Depois deste fato, Jesus Cristo voltar e ocorrer a ressurreio geral, julgamento

    geral e a introduo da plenitude do Cu e do inferno (Apocalipse 20).

    A interpretao ps-milenista amplamente espiritualizada no que tange a

    profecia.

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    Veja o esquema a seguir:

    Posio Amilenista

    Neste caso a segunda vinda de Jesus Cristo se dar no fim da poca da Igreja e

    no existe um Milnio na Terra. Os adeptos amilenistas acreditam que a presente

    condio dos justos no cu o Milnio e que a Era da Igreja terminar em um

    tempo de convulso, sendo que os fatos seguintes so: retorno de Cristo,

    ressurreio e juzo gerais e finalmente, a eternidade.

    Veja o esquema a seguir:

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    Posio Pr-Milenista

    A posio Pr-Milenista acredita na interpretao literal das profecias do Antigo

    Testamento, defendendo que a segunda vinda de Cristo acontecer antes do

    Milnio, sendo instaurado um reino sobre o qual Ele reinar por mil anos. Aps o

    reinado, ocorre a ressurreio e o juzo dos no salvos, vindo por ltimo

    eternidade. Nesta linha de pensamento no h unanimidade quanto ao tempo em

    que vai ocorrer o arrebatamento da Igreja.

    Veja o esquema a seguir:

    Diferena entre o Pr-Milenis ta Histrico e o Dispensacionalista

    Existem duas vertentes de pensamento dentro da viso Pr-Milenista. Vejamos

    as diferenas:

    a) Histrico:

    permitida a diviso do tempo da histria da humanidade de qualquer

    forma, desde que seja considerado o Milnio depois da segunda vinda de

    Jesus Cristo;

    A segunda vinda apenas um evento, mas sinais devem preced-la;

    Acreditam em duas ressurreies: a dos justos antes do Milnio e a dosmpios, depois do Milnio;

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    Neste pensamento a Igreja estava prevista no Antigo Testamento, como

    tambm a Era dos Gentios estava tambm prevista e preparada por

    Deus, conforme as Escrituras.

    b) Dispensacionalista:

    A nica forma de diviso do tempo permitida em 7 dispensaes. Neste

    caso, a atual dispensao seria a 6 e a ltima ser o Milnio, que

    ocorrer depois da segunda vinda;

    A segunda vinda se dar em dois momentos: Arrebatamento e

    Revelao;

    introduzida uma terceira ressurreio dos Santos da GrandeTribulao, que se dar na Revelao;

    Nenhum sinal precisa acontecer para ocorrer o Arrebatamento;

    A Igreja um mistrio no revelado no Antigo Testamento e a Era dos

    Gentios s foi introduzida por causa da rejeio do Messias pelo povo de

    Israel.

    O Arrebatamento

    O Arrebatamento da Igreja ser um grande evento mundial e um assunto que

    divide opinies entre os telogos. Os Ps-Milenistas e os Amilenistas entendem

    que o Arrebatamento se dar no final desta era e ser simultneo com a segunda

    vinda de Jesus Cristo. J o pensamento dos Pr-Milenistas sugerem vrias

    possibilidades, ou seja, existem diversos pontos de vista.

    Em 1 Tessalonicenses 4:16-17 est escrito: Pois, dada a ordem, com a voz do

    arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o prprio Senhor descer dos cus, e

    os mortos em Cristo ressuscitaro primeiro. Depois ns, os que estivermos vivos

    seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos

    ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.

    Profeticamente o Arrebatamento est ligado a outros eventos tambm

    importantes. Vejamos:

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    a) Ser o maior evento da Humanidade antes da segunda vinda do Cristo;

    b) Este evento extraordinrio marcar o trmino da Dispensao da Graa

    momento em que Deus tem agido por meio do Esprito Santo para

    salvao das almas;

    c) O Arrebatamento da Igreja do Senhor determinar a volta do

    relacionamento presente de Deus com Israel;

    d) Este magnfico acontecimento marcar o incio da 70 semana de Daniel

    ou Tribulao, sendo o pior tempo da histria da civilizao terrestre. O

    mundo estar em caos absoluto.

    Na Bblia encontramos outras passagens de arrebatamentos anteriores, como porexemplo, o profeta Enoque que foi arrebatado antes de um grande juzo de Deus,

    o Dilvio (Gn 5:24).

    Elias, outro profeta tambm foi arrebatado em um carro de fogo antes de um

    grande juzo de Deus sobre as dez tribos, quando foram levados para o cativeiro

    (2 Reis 2:8-11).

    Assim, em certo dia, a Igreja ser arrebatada antes do maior juzo que Deus

    imputar na Humanidade.

    Quem ser arrebatado?

    A resposta para esta pergunta est no evangelho de Joo 5:24, que afirma: Eu

    lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e cr naquele que me enviou, tem a

    vida eterna e no ser condenado, mas j passou da morte para a vida.

    Alguns estudiosos argumentam que a Igreja deve ser purificada pelos sofrimentos

    e pavores da Grande Tribulao para que seja arrebatada e obtenha a salvao.

    Todavia, esta lgica da mente humana gerada em funo do reconhecimento

    da fraqueza e imperfeio humanas. Porm, se examinarmos detidamente toda a

    Escritura Sagrada descobriremos que este posicionamento humano no est em

    conformidade com a vontade de Deus.

    Assim, o cristo prossegue no caminho da santificao e quando o arrebatamentovier, tudo o que impuro e de natureza carnal, permanecer na Terra. No Cu a

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    Igreja ser perfeita em tudo, sem mcula e sem ruga. Haver a redeno do

    corpo e os salvos recebero corpos glorificados, semelhantes ao corpo de Cristo

    na ressurreio. Em Romanos 8:23 est escrito: E no s isso, mas ns

    mesmos, que temos os primeiros frutos do Esprito, gememos interiormente,

    esperando ansiosamente nossa adoo como filhos, a redeno do nosso corpo.

    Quando ser o Arrebatamento?

    No existe meno de nenhuma data na Bblia. No Evangelho de Mateus 24:36

    est escrito: Mas a respeito daquele dia e hora ningum sabe, nem os anjos doscus, nem o Filho, seno o Pai.

    Jesus Cristo quando esteve entre ns no Passado deixou uma grande lista de

    acontecimentos que precederiam o arrebatamento e a sua vinda gloriosa. Tais

    acontecimentos comeariam antes da Tribulao e alcanaria o auge durante

    estes tempos dolorosos. Veja a seguir os acontecimentos e que eles sirvam de

    alerta! Se analisarem profundamente, vero que alguns deles j comearam a

    ocorrer:a) Incredulidade (2 Pedro 3:4-13)

    b) Apostasia (2 Timteo 3:1-9)

    c) Imoralidade, como nos dias de No (Lucas 17:26-33)

    d) Esfriamento do amor (Mateus 24:12)

    e) Falsa paz (1 Tessalonicenses 5:1-3)

    f) Ditador Internacional (2 Tessalonicenses 2:2-10)

    g) Multiplicao da cincia (Daniel 12:4)

    h) Grandes terremotos, fome e peste (Lucas 21:11 e Mateus 24:7)

    i) Ajuntamento do povo Judeu (Lucas 21:29-32 e outras)

    j) Falso Cristo, guerras e rumores de (Mateus 24:5-12)

    Guerras, naes contra naes, dio,

    Falsos profetas, iniqidade, etc.

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    Seqncia dos Eventos no Arrebatamento

    Segundo as Escrituras Sagradas haver uma seqncia de eventos no

    Arrebatamento, que listamos a seguir para melhor compreenso deste importante

    assunto:

    a) Glorificao:

    Glorificao: e aos que justificou, a esses tambm glorificou (Rm 8:30);

    Corpo glorificado: igual ao corpo da sua glria (Fp 3:20-21); seremos

    semelhantes a Ele (1 Jo 3:3);

    b) Mortos em Cristo:

    Mortos, porm vivos em Cristo: deixar o corpo e habitar com o Senhor

    (2 Co 5:8); "Se, porm, Cristo est em vs, o corpo, na verdade, est

    morto por causa do pecado, mas o esprito vida, por causa da justia"

    (Rm 8:10);

    c) Vivos em Cristo:

    Vivos: os vivos, os que ficarmos at a vinda do Senhor (1 Ts 4:15);

    Esprito Santo: Cristo em vs, a esperana da glria (Cl 1:29);

    d) Momento nico:

    Tempo: num abrir e fechar de olhos... (1 Ts 4:16 e 1 Co 15:52);

    Trombeta para a Igreja: chamada para o Arrebatamento;

    Trombeta para Israel: convocao para reunio dos eleitos (Is 27:12-13);

    e) Ressurreio:

    Cristo: Eu sou a ressurreio e a vida (Jo 8:51 e Jo 11:25);

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    Ressuscitando para a verdadeira vida: os mortos em Cristo

    ressuscitaro primeiro (1 Ts 4:16);

    f) Vitria final:

    A morte exterminada: o ltimo inimigo a ser destrudo a morte (1 Co

    15:26); a morte e o inferno foram lanados para dentro do lago de fogo

    (Ap 20:14);

    g) Tribunal de Cristo:

    Julgamento: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de

    Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do

    corpo, ou bem, ou mal (Rm 14:10, 2 Co 5:10, 2 Tm 2.11-12 e Ap 11:18).

    Teorias do Arrebatamento

    Existem quatro teorias distintas sobre o Arrebatamento da Igreja. Vejamos aseguir as particularidades de cada uma delas:

    a) Arrebatamento Parcial:

    Esta teoria afirma que somente os crentes considerados dignos sero

    arrebatados antes que a ira de Deus se derrame sobre a Terra, sendo

    que os infiis permanecero na Terra durante a Tribulao;

    Tambm, esta hiptese no est relacionada ao perodo tribulacional, e

    somente os que alcanarem nvel elevado de espiritualidade que sero

    dignos de estarem com o Cristo;

    Os adeptos desta teoria confundem o arrebatamento com o galardo,

    pois trata como recompensa por causa da vigilncia de cada crente;

    Conflitos estruturais da teoria: Esta hiptese coloca em cheque a unidade

    do corpo de Cristo - que a Igreja, e coloca em cheque tambm a Graa

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    de Deus. Por fim, esta teoria coloca parte da Igreja no perodo

    tribulacional por distores na interpretao;

    Base bblica utilizada na argumentao: Lc 21:36; Fp 3:20; Tt 2:13; 2 Tm

    4:8 e Hb 9:28;

    b) Arrebatamento Ps-Tribulacional:

    Esta teoria afirma que o arrebatamento ocorrer ao final da Tribulao;

    Neste caso, o arrebatamento distinto da segunda vinda, embora seja

    separado dela por um pequeno intervalo de tempo.

    apoiada a idia de que a Igreja permanecer na Terra durante todo o

    perodo de Tribulao;

    Nega a diferena entre o arrebatamento e a manifestao. Os dois so

    considerados um s acontecimento;

    Os adeptos desta teoria acreditam que a destruio de Jerusalm, a

    morte do apstolo Pedro, o aprisionamento do apstolo Paulo, o

    desenvolvimento da apostasia nos dias atuais e o contido em Mateus

    28:19-20 e Lucas 8:7-18, tornam impossvel o retorno iminente de Jesus

    Cristo;

    Conflitos estruturais da teoria: Esta hiptese nega as distines entre o

    arrebatamento e a manifestao e nega a doutrina da iminncia, que

    claramente ensinada na Bblia Sagrada (Mt 24:27; Mt 24:36-44; 1 Ts 5:1-

    10; Ap 3:10, dentre outras passagens). Nega ainda, qualquer

    cumprimento futuro do contido em Dn 9:24-27 e por fim, distorce o ensinobblico sobre a natureza e o propsito da Tribulao;

    Base bblica utilizada na argumentao: Mt 24:22, pois afirma que haver

    santos na Terra durante a Tribulao. Baseia-se em passagens como Mt

    28:19-20 e Lc 8:7-18;

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    c) Arrebatamento Mesotribulacional:

    Esta outra teoria afirma que o arrebatamento ocorrer depois de

    transcorridos trs anos e meio do perodo da Tribulao, ou seja, na

    primeira metade da 70 semana de Daniel;

    Situa o arrebatamento em Ap. 11 com a asceno das duas

    testemunhas, as quais representam os mortos e os vivos;

    Acreditam na promessa da libertao da ira e afirmam que os selos e as

    trombetas no so manifestaes da ira de Deus;

    No aceita a doutrina da iminncia;

    Aceita que o Detentor de 2 Ts 2:6-8 o Esprito Santo;

    Os adeptos desta teoria identificam a grande voz de Ap. 11:12 com 1

    Ts 4:16 e a stima trombeta de Ap. 11:15 com a trombeta de 1 Co

    15:52 e 1 Ts 4:16;

    Conflitos estruturais da teoria: Esta teoria saberia a data do

    arrebatamento, contradizendo outros textos da Bblia. Suas

    argumentaes geram um choque doutrinrio a respeito do Detentor,

    pois sendo ele o Esprito Santo, que deteria o anti-Cristo, isto significaria

    que a Igreja ficar sem o mesmo durante trs anos e meio. Outro

    aspecto que se Deus utilizar a Grande Tribulao para completar o

    Seu plano para com o povo de Israel, isto entraria em conflito com o

    escrito de Rm 11:25-28;

    Base bblica utilizada na argumentao: 1 Co 15:52, Ap 11:15, Dn 9:24-

    27, Ap. 11:2-3, Ap. 11:11-12, 1 Ts 4:16, 2 Ts 2:6-8 e Ap 12:6;

    d) Arrebatamento Pr-Tribulacional:

    O ponto de vista defendido por esta teoria que o arrebatamento

    ocorrer antes que comece o perodo de 7 anos da Tribulao. Assim, a

    Igreja no passaria pela Tribulao;

    Defende-se a interpretao literal das profecias do Antigo Testamento;

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    A Igreja e Israel so dois grupos distintos para os quais Deus tem planos

    diferenciados. Por exemplo, a 70 semana de Daniel o cumprimento de

    Deus para Israel;

    A Igreja s surgiu por causa da rejeio ao Messias por parte de Israel;

    O arrebatamento s pode ser iminente se for Pr-Tribulacional (1 Ts 5:6);

    O anti-Cristo no se manifestar at que o Esprito Santo e por

    conseqncia a Igreja, sejam tirados da Terra;

    Durante a Grande Tribulao ocorrer no Cu o tribunal de Cristo e as

    Bodas do Cordeiro com sua noiva, a Igreja;

    Conflitos estruturais da teoria: Esta teoria pode estar distorcida apenas

    por que adotam a interpretao literal, como por exemplo, as passagens

    profticas do livro de Daniel;

    Base bblica utilizada na argumentao: Ap 3:10, Ap 6:17, 1 Ts 1:10, 1 Ts

    5:6, 1 Ts 5:9 e 2 Ts 2.

    A Tr ibulao

    Segundo a Bblia Sagrada, haver um tempo futuro que ser de angstia

    conhecido como Tribulao. Esse momento histrico est entre o Arrebatamento

    da Igreja e a segunda vinda de Cristo.

    Devemos ser realistas e estar vigilantes, pois depois do Arrebatamento haver

    um tempo de intensa Tribulao mundial e ser o pior perodo de sofrimento que

    o mundo j experimentou.

    A Tribulao est relacionada com o Dia do Senhor, tantas vezes mencionadas

    na Bblia, principalmente pelos profetas de Deus. Neste tempo as taas da ira de

    Deus sero derramadas contra a Humanidade sem Cristo.

    O tempo de Tribulao ser importante porque, de certa forma, satans ser

    desmascarado e quem ficar ver suas verdadeiras intenes e motivaes. Essa

    compreenso do seu plano, se aplicada corretamente, pode ajudar o cristo hoje

    na Batalha Espiritual.

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    Motivos da Tribulao e Sua Durao

    Segundo os estudiosos h dois motivos principais para que a Tribulao ocorra:

    a) Preparar Israel para receber o Messias, pois a restaurao final de Israel

    est condicionada a Tribulao. Ser como uma espcie de juzo contra a

    infidelidade do povo Judeu;

    b) Castigar a Humanidade incrdula, quando esta alcanar o auge da sua

    incredulidade, do desamor e da depravao.

    O tempo da Tribulao ser o cumprimento da 70 semana de Daniel e, portanto,

    duraro sete anos (Dn 9:27). A metade deste perodo apresentada pelasexpresses 42 meses e 1.260 dias (Ap. 11:2-3). Os trs anos e meio finais

    sero um perodo duro, pois Jesus chamou este tempo de Grande Tribulao e

    afirmou que nunca houve e jamais haver poca semelhante.

    Durante estes sete anos, o anti-Cristo surgir, haver perseguio aos novos

    crentes e ao povo judeu, e a grande batalha de Armagedom acontecer, aps a

    segunda vinda de Cristo. Todavia, os cristos podem viver sossegados com uma

    nica certeza de que a histria humana terminar com Jesus Cristo como oVencedor!

    Tempo da ira de Deus X Tribulao

    Muitos telogos argumentam sobre qual seria a relao que existiria entre "o

    tempo da ira de Deus" e a Tribulao, uma vez que as Escrituras Sagradasdescrevem uma variedade de atividades associadas ao julgamento de Deus

    durante a Tribulao.

    comum utilizar os termos "Tribulao" e "ira de Deus" para se referir ao mesmo

    perodo de sete anos. Assim, os estudiosos concluram que o tempo da ira de

    Deus acontecer durante a Tribulao.

    A base bblica para essa concluso pode ser encontrada em Deuteronmio 4:30

    que descreve esse perodo do fim dos tempos como tempo de tribulao. EmSofonias 1:15 denomina o mesmo dia "de alvoroo e desolao" e de "dia da ira".

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    Os autores do Novo Testamento tomam esse termo do Antigo Testamento e

    usam-no como caracterstica geral do que chamamos de perodo dos sete anos

    de Tribulao, j que ser um tempo em que a ira acumulada de Deus ser

    liberada.

    Principais Acontecimentos na Tribulao

    Veremos agora alguns acontecimentos relacionados com a Tribulao que traro

    mais luz sobre o assunto. Comearemos pela abertura dos sete selos que so

    descritos a partir do captulo 6 do livro de Apocalipse, abordaremos a selagemdos judeus, falaremos sobre a grande multido de salvos, sobre os 144.000 e as

    vozes, alm de outros detalhes importantes:

    a) Os quatro primeiros Selos (Ap 6:1-8):

    Cavalo Branco: O cavaleiro branco o anti-Cristo, que vem para vencer

    no incio da Tribulao. A Palavra afirma que ele est usando uma

    coroa, mas no tem flechas para seu arco. Isto pode significar que seu

    governo ser conquistado por diplomacia pacfica, em vez de fora

    militar. Em contraste com esta viso, Jesus Cristo ser o conquistador

    no final da Tribulao, como descrito em Apocalipse 19;

    Cavalo Vermelho: Simboliza a guerra;

    Cavalo Preto: Simboliza a fome, escassez e crise econmica;

    Cavalo Amarelo: Simboliza a morte;

    b) O quinto Selo (Ap 6:9-11):

    As almas esto debaixo do altar, pedindo vingana. dito para elas

    que esperem um pouco mais. Muitos estudiosos so de opinio que

    estas almas so dos mrtires dos sculos passados. Todavia, esta

    hiptese contestada, pois estes estaro coroados e glorificados com

    Cristo, depois do Arrebatamento. Assim, estas almas poderiam ser

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    explicadas como sendo resultado do terror do anti-Cristo, ou seja,

    pessoas que foram executadas sem misericrdia, por se converterem a

    Jesus, durante a Tribulao;

    c) O sexto Selo (Ap 6:12-17):

    Cataclismos viro sobre a Terra, com transtornos csmicos, efeitos no

    sol e lua, terremotos e muito pnico entre as naes que procuraro se

    esconder em cavernas, buscando a morte;

    Estes terrveis juzos prenunciam a segunda vinda de Jesus Cristo;

    d) Selagem dos Judeus (Ap 7:1-8):

    Refere-se a um grupo de judeus, salvos e preservados na Terra

    durante a Grande Tribulao para testemunharem de Cristo. Entre as

    doze tribos no aparecem D e Efraim. Seus nomes so substitudos

    pelos de Jos e Levi. Alguns estudiosos acreditam que as 2 tribos se

    convertero com a pregao dos 144.000;

    e) Multido de Salvos (Ap 7:9-17):

    So de todas as naes da Terra, compostas de gentios e judeus;

    f) O stimo Selo composto de sete Trombetas (Ap 8:1-13, 9:1-21 e 11:15-19):

    1 Trombeta: Simboliza uma saraiva e fogo com sangue que so

    lanados Terra, queimando a tera parte da flora terrestre;

    2 Trombeta: Simboliza que algo como uma montanha ardente cai no

    mar tornando a tera parte do das guas em sangue e matando a tera

    parte dos animais marinhos e destruindo a tera parte das

    embarcaes;

    3 Trombeta: Simboliza que a uma grande estrela cair nas guas

    doces, potveis, tornando-as amargas, matando muitos homens (existeum paralelo com o texto de Jr 9:15);

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    4 Trombeta: Simboliza que haver um eclipse quando ferida a tera

    parte do sol e da lua, reduzindo em um tero o brilho destes astros;

    5 Trombeta (1 Ai): Trata-se de um dos trs ais do Apocalipse,

    quando haver a abertura de um abismo e uma invaso demonaca de

    grandes gafanhotos (Ap 9:1-12) que atormentaro os homens por cinco

    meses, exceto os homens que tm o Selo de Deus;

    6 Trombeta (2 Ai): Simboliza um exrcito de 200 milhes de

    cavaleiros que saem do Oriente, liderados por quatro anjos infernais,

    atravessam o Rio Eufrates com o propsito de alcanar o Oriente Mdio

    e matam a tera parte da Humanidade;

    7 Trombeta (3 Ai): Anunciar o fim do sistema do anti-Cristo que ser

    substitudo pelo sistema de Cristo. No sabido por quanto tempo se

    ouvir esta trombeta, mas ser durante vrios dias, pois utilizado o

    plural nos dias;

    g) Um Livrinho (Ap 10):

    Este captulo de Apocalipse fala de um livrinho que foi comido pelo

    apstolo Joo. Era amargo no estmago, devidos aos sofrimentos

    contidos na obra e doce na boca, por causa das boas novas quanto ao

    estabelecimento do Reino de Deus na terra dos viventes;

    h) Duas Testemunhas (Ap 11:1-14):

    Duas testemunhas ministraro na Terra na primeira metade da GrandeTribulao. Os estudiosos divergem sobre quem seriam tais

    personagens. Grande parte dos pesquisadores escatolgicos acredita

    que uma delas seria o profeta Elias. Em relao outra testemunha, as

    opinies divergem entre Moiss e Enoque;

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    i) A Mulher e o Drago (Ap 12:1-17):

    A mulher simbolicamente Israel e o Drago que por meio de Herodes

    tentou matar o Filho, satans;

    j) A primeira Besta (Ap 13:1-10):

    Ser um gentio, pois que subir do mar e ter influncia mundial,

    eliminando trs reis no seu levantamento que se dar por causa do seu

    programa de paz. Governar e far aliana de sete anos com Israel (Dn

    9:27). Introduzir culto idlatra. Ser exaltado com a interveno da

    prostituta (sistema religioso corrupto e que tentar domin-lo). Estesistema ser destrudo por ele, podendo assim, governar sem

    impedimento algum (Ap 17:16-17). Receber poder de satans para

    governar por sete anos e ser blasfemo, porque assumir para si a

    deidade. Seu reinado ter fim aps interveno direta de Deus em juzo

    (Ap 19:19), quando ento ser lanado no lago de fogo, na segunda

    vinda de Cristo. Seu reino passar para o domnio do Cristo (Dn 7:27);

    k) A segunda Besta (Ap 13:11-18):

    Dever ser um judeu, visto que emerge da terra, isto da Palestina.

    Parece um cordeiro, mas ser motivado por satans, falando como um

    drago. Promover o culto idlatra em todo o planeta e seduzir o

    mundo para que adore a besta. Ter ainda, um ministrio repleto de

    grandes sinais e ter o poder econmico e comercial em sob seu

    domnio. Marcar a populao com o nmero 666;

    l) Os 144.000 e as Vozes (Ap 14:1-5):

    Os 144.000 estaro no monte de Sio, entoando um novo cntico que

    somente eles conhecem;

    1 Voz: temos o Evangelho eterno para ser pregado;

    2 Voz: temos o anncio da queda da Babilnia;

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    3 Voz: temos o anncio do castigo da Babilnia;

    4 Voz: Bem-aventurados os que morrem no Senhor;

    m) As sete Taas da Ira (Ap 15:1, 16:12 e 17:21):

    1 Taa: derramada sobre a terra, sobre os homens que possuem a

    marca da besta, para que sejam assolados com lceras malignas e

    perniciosas;

    2 Taa: derramada sobre o mar que tornou-se em sangue,

    extinguindo toda a vida ali existente;

    3 Taa: derramada nas guas potveis que se transformam em

    sangue;

    4 Taa: derramada no sol, para gerar intenso calor e queimar os

    homens. Em conseqncia disto, os homens blasfemaram contra Deus;

    5 Taa: derramada no trono da besta, tornando-o tenebroso e

    fazendo com que os homens sofram males e grandes dores, ao ponto

    de morderem suas lnguas em terrvel angstia; 6 Taa: derramada no rio Eufrates, preparando o caminho dos reis

    do Oriente, que iro a batalha do Armagedom;

    7 Taa: derramada no ar, com relmpagos, vozes e trovo. Grande

    terremoto destri vrias cidades e acontecimento de grande saraivada.

    Batalha do Armagedom e o Retorno Triunfal de Cristo

    Na Bblia, lemos sobre a Batalha do Armagedom em Daniel 11:40-45, em Joel

    3:9-17, em Zacarias 14:1-3 e em Apocalipse 16:14-16. Esta histrica batalha

    acontecer nos ltimos dias da Tribulao e concomitantemente ao retorno de

    Cristo Terra.

    O apstolo Joo nos fala que os reis do mundo se reuniro para guerra "...no

    lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Ap 16:16). Este local fica naplancie que fica ao norte de Israel.

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    Esta batalha est associada segunda vinda de Jesus Cristo, pois segundo as

    Escrituras Sagradas, grandes exrcitos do Oriente e do Ocidente marcharo para

    aquela plancie, quando ento, o anti-Cristo lutar com seu exrcito, mas o Cristo

    destruir os exrcitos, capturar o anti-Cristo e Falso Profeta e os lanar no lagode fogo (Ap 19:11-21).

    Jesus descreve quando ser esta batalha no Evangelho de Mateus: 24:29-31: E,

    logo depois da aflio daqueles dias, o sol escurecer, e a lua no dar a sua luz,

    e as estrelas cairo do cu, e as potncias dos cus sero abaladas. Ento

    aparecer no cu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se

    lamentaro, e vero o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do cu, com poder

    e grande glria. E ele enviar os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais

    ajuntaro os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma outra

    extremidade dos cus".

    O que significa Armagedom?

    A palavra "Armagedom" vem do hebraico Har Megiddo, que significa Monte

    Megido. Este monte est situado no vale de Jezreel (nome hebraico), conhecidocomo vale de Megido, por causa da cidade de Megido que fica a oeste da

    plancie.

    Segundo especialistas em histria, houve mais guerras em Megido do que em

    qualquer outro lugar do planeta, por ser muito bem estrategicamente localizado.

    Chegam a concluir que a cidade de Megido foi construda e destruda mais de 25

    vezes. Tambm, o estrategista militar francs, Napoleo Bonaparte, chegou a

    declarar certa vez que o local seria o mais ideal campo de batalha do mundo.

    As oi to fases do Armagedom

    Para melhor entendimento do que se passar na Batalha de Armagedom,

    listamos a seguir oito fases deste extraordinrio acontecimento:

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    a) Reunio dos aliados do anti-Cristo (Sl 2:1-6, Jl 3:9-11 e Ap 16:12-16);

    b) Destruio da Babilnia (Is 1:13-14, Jr 50:51, Zc 5:5-11 e Ap 17:18);

    c) Queda de Jerusalm (Mq 4:11, 5:1 e Zc 12:14);

    d) Exrcitos do anti-Cristo em Bozra (Jr 49:13-14 e Mq 2:12);

    e) Regenerao nacional de Israel (Sl 79:1-13, Is 64:1-12, Os 6:1-13, Zc

    12:10 e Rm 11:25-27);

    f) Segunda vinda de Jesus Cristo (Is 34:1-7, 63:1-3, Mq 2:12-13 e Hb 3:3);

    g) Batalha de Bozra at o vale de Josaf (Jr 49:20-22, Jl 3:12-13 e Zc

    14:12-15);

    h) Asceno vitoriosa no Monte das Oliveiras (Jl 3:14-17, Zc 14:3-5, Mt

    24:29-31 e Ap 16:17-21, 19:11-21).

    Retorno Glorioso de Cristo

    A Batalha do Armagedom marcada por outra invaso! S que desta vez, a

    invaso vir pelos ares. O Cristo que foi rejeitado e morto pelos judeus, vir

    gloriosamente em socorro deles, para livr-los das garras do anti-Cristo. Vejamos

    os fatos sobre este acontecimento:

    a) Jesus Cristo descer no Monte das Oliveiras, no mesmo lugar que

    ascendeu ao cu, quando de sua ressurreio, descrito no livro de Atos

    dos Apstolos 1:9-12 e conforme previsto pelo profeta Zacarias no

    captulo 14;b) A Igreja vir do cu em companhia do Cristo (Jd 1:14, Ap 19:14 e Zc

    14:5);

    c) Todo joelho se dobrar diante de Cristo (Sl 86:9, Rm 14:11, Fp 2:10 e Ap

    15:4);

    d) Todo olho ver a Cristo (Ap 1:7).

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    Jesus guerrear com o anti-Cristo, derrotando-o por completo, cumprindo a

    primeira profecia da Bblia descrita no livro de Gnesis 3:15 e esmagar a cabea

    de satans (Rm 16:20).

    Vejamos mais alguns detalhes da vinda triunfal do Cristo:

    a) Ele fiel e verdadeiro (Ap 19:11): Este ttulo demonstra o carter de

    Cristo;

    b) De sua boca sair uma espada aguda (Ap 19:15): Assim como Ele

    chamou este mundo existncia pela Sua Palavra, proferida de Sua

    boca, assim tambm Ele conquistar o mundo, provando ser o Deus

    Criador;

    c) Seu nome ser Rei dos Reis, Senhor dos Senhores (Ap 19:16): A

    humanidade passou sua existncia procura de algum para servir.

    Todavia o nico Senhor digno de ser servido o Senhor Jesus Cristo!

    Quais os nomes do anti-Cristo?

    Nas Escrituras Sagradas encontramos vrias passagens sobre os nomes do anti-Cristo. Vejamos:

    a) "Anti-Cristo" uma expresso que encontramos apenas nas epstolas de

    Joo. Caracteriza em especial o seu carter anticristo, o qual

    expresso pelo fato de ele negar o Pai e o Filho (1 Ts 2:18-22);

    b) "Homem da iniqidade" (2 Ts 2:3). Toda a forma de injustia ter a sua

    plenitude num homem; a iniqidade ser concentrada, por assim dizer,

    num homem, que aqui caracterizado como o "homem da iniqidade;

    c) Tambm referido como o "filho da perdio" (2 Ts 2:3). Esta expresso

    caracteriza a sua horrvel origem e o seu fim medonho;

    d) "O inquo" (2 Ts 2:8) aponta-o como sendo o egosmo personificado, em

    ntido contraste com Aquele que jamais buscou os Seus prprios

    interesses e, em lugar disso, fez o que era do agrado do Pai;

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    e) "Outra besta" (Ap 13:11-16). Ele o imitador de Cristo, em seu poder e

    em seu carter; ele tem "dois chifres, parecendo cordeiro", mas as suas

    palavras revelam a sua origem satnica, pois fala "como drago";

    f) "O falso profeta" (Ap 16:13 e Ap 19:20). Este nome mostra a sua

    influncia enganadora, mediante a qual se apresentar rebelde Israel,

    como porta-voz de Deus;

    g) "Pastor intil e insensato" (Zc 11:15-17). Em lugar de apascentar o

    rebanho, esse pastor -- que se levantar por justa retribuio de Deus,

    porque Israel rejeitou os Pastores e o Rei da parte de Jeov -- tratar

    cruelmente o rebanho. Mas a espada (Juzo) lhe cair sobre o seu poder

    e inteligncia ("seu brao e olho direito") de que ele se enaltece;

    h) "Homem sanguinrio e fraudulento" (Sl 5:6). Esta e outras denominaes

    nos Salmos referem-se ao anti-Cristo. O seu significado provm do

    respectivo contexto.

    O Milnio

    A Bblia Sagrada aborda em dezenas de textos do Antigo e do Novo Testamento,

    o assunto referente a um reino futuro e terrestre, literal e extraordinrio e, celestial

    no que concerne ao seu carter, que prevalecer por 1000 anos. Por causa do

    perodo de mil anos criou-se a terminologia Milnio, que tambm citada na

    Bblia, em Apocalipse 20:1-7.

    A capital deste reino ser em Jerusalm e Cristo reinar sobre a terra, cumprindo

    as alianas abramica e davdica, bem como a nova aliana. Ser um perodo de

    paz, justia, obedincia e verdade!

    No sistema teolgico de interpretao dispensionalista, o Milnio ser a ltima

    dispensao, das sete existentes, a saber:

    a) Inocncia;

    b) Conscincia;c) Governo Humano;

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    d) Promessa;

    e) Lei;

    f) Graa;

    g) Milnio.

    O Milnio tambm chamado de reino dos cus (Mt 6:10), reino de Deus (Lc

    19:11), reino de Cristo (Ap 11:15), tempos de refrigrio (At 3:19) e o mundo

    por vir (Hb 2:5).

    Batalha Final

    A relao deste reino do Milnio com satans que neste perodo o anti-Cristo

    estar acorrentado, porm sendo libertado no final dos mil anos, para liderar uma

    revolta final contra o Cristo (Ap 20). Todavia, satans ser vencido e lanado

    definitivamente no lago de fogo.

    Satans far alianas com naes rebeldes contra o povo de Deus. Mas, no finalser envergonhado e derrotado por interveno de Deus (Ap 9:10).

    Gogue e Magogue

    Em Apocalipse 20:8-10, numa profecia menos detalhada, aparecem os nomes

    Gogue e Magogue, que j haviam sido mencionados pelo profeta Ezequiel nos

    captulos 38 e 39. Todavia a passagem do Novo testamento no tem nenhuma

    relao com as outras passagens do Antigo Testamento.

    O Gogue e Magogue citados no texto apocalptico esto relacionados aos povos

    do Milnio que se rebelaro contra Deus e que lanaro um frentico ataque

    contra os santos de Deus, sendo coordenados por satans. Ao final, sairo

    derrotados!

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    Juzos Futuros

    Existem seis tipos de juzos mencionados na Bblia que examinaremos sob os

    seguintes aspectos: Sujeito, Lugar, Tempo, Base de Julgamento, Resultado e

    Textos.

    a) 1 Juzo:

    Sujeito: Crentes com respeito ao pecado;

    Lugar: Calvrio;

    Tempo: 30 a.C.;

    Base de Julgamento: A obra consumada por Cristo;

    Resultado: Morte de Cristo e Justificao para o pecador que cr em

    Jesus Cristo;

    Textos: Rm 10:4, Gl 3:13, 1 Pe 2:24, Rm 8:1-2 e Jo 5:24;

    b) 2 Juzo:

    Sujeito: Crentes com respeito s obras;

    Lugar: Tribunal de Cristo no Cu;

    Tempo: Depois do Arrebatamento da Igreja;

    Base de Julgamento: Suas obras aps a salvao;

    Resultado: Recompensa ou perda da recompensa;

    Textos: 2 Co 15:10, Rm 14:10, Tg 1:12, Ap 2:10, 1 Pe 5:4, 1 Ts 2:19-

    20, Fl 4:1, Dn 12:1, 2 Tm 4:8, 1 Co 3:11-15 e 1 Co 9:25-27;

    Obs.: TIPOS DE RECOMPENSA (GALARDO):

    Coroa da Vida (Coroa de Mrtir): Os que no recuaram em face

    da morte (Tg 1:12 e Ap 2:10);

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    Coroa da Glria (Coroa do Pastor ou Mestre): No serviram por

    motivo do ganho desonesto e nem tentaram dominar a herana

    do Senhor (1 Pe 5:4);

    Coroa da Alegria (Coroa do Ganhador de Almas): Os que

    ganharam almas para Jesus (1 Ts 2:19-20, Fl 4:1 e Dn 12:1);

    Coroa da Justia (Coroa de quem aguarda a vinda de Cristo):

    Os que acreditaram e esperaram o retorno do Senhor (2 Tm

    4:8);

    Coroa Incorruptvel (Coroa do Vitorioso): Para aqueles que

    vivem no Esprito (1 Co 9:25-27);

    c) 3 Juzo:

    Sujeito: Os Judeus (Israel) vivos na segunda vinda de Cristo;

    Lugar: Jerusalm e vizinhanas;

    Tempo: Grande Tribulao e na segunda vinda de Cristo;

    Base de Julgamento: Rejeio de Israel a Deus, a Jesus e ao EspritoSanto;

    Resultado: Israel ser convertida, aceitando Jesus como seu Messias.

    Os salvos entraro no reino e os perdidos sero lanados no lago de

    fogo;

    Textos: Ez 20:33-38, 22:19-22, Jr 30:4-7 e Dn 12:1;

    d) 4 Juzo:

    Sujeito: As Naes ou Gentios vivos na poca da volta de Cristo;

    Lugar: Trono da Glria, no Vale de Josaf;

    Tempo: Logo aps a vinda de Cristo;

    Base de Julgamento: A maneira em que trataram os judeus, os irmos

    de Jesus;

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    Resultado: Algumas naes salvas e outras destrudas. Os salvos

    entraro no reino e os perdidos sero lanados no lago de fogo;

    Textos: Mt 25:31-46 e Jl 3:2;

    e) 5 Juzo:

    Sujeito: Os mortos ressuscitados ou os mortos no-redimidos;

    Lugar: Perante o Grande Trono Branco;

    Tempo: Durante a renovao da terra pelo fogo;

    Base de Julgamento: O que faz serem julgados a rejeio da

    salvao em Cristo e o fogo do juzo a demonstrao de que pelas

    prprias ms obras merecem a punio eterna;

    Resultado: Lanados no lago de fogo para sempre;

    Textos: Ap 20:11-15 e Jo 5:38;

    f) 6 Juzo:

    Sujeito: Os Anjos Cados;

    Lugar: No especificado;

    Tempo: Provavelmente depois do Milnio;

    Base de Julgamento: Desobedincia Deus ao seguirem a satans em

    sua revolta;

    Resultado: Lanados no lago de fogo;

    Textos: Jd 6 e 1 Co 6:3.

    Ressurreies

    Analisaremos a seguir dois tipos de ressurreio que ocorrero no final dos

    tempos:

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    a) Ressurreio dos Justos (Lc 13:14 e Jo 5:28-29):

    Inclui os mortos em Cristo, que so ressuscitados no Arrebatamento

    da Igreja (1 Ts 4:16);

    Inclui os salvos durante o perodo da Tribulao (Ap 20:4);

    Inclui os santos do Antigo Testamento (Dn 12:2 - Alguns crem que

    sero ressuscitados no Arrebatamento; outros pensam que isso se

    dar na segunda vinda). Todos estes so includos na primeira

    ressurreio;

    b) Ressurreio dos mpios (Ap 20:11-15):

    Todos os no-salvos sero ressuscitados depois do Milnio para

    comparecerem perante o Grande Trono Branco e serem julgados.

    Esta segunda ressurreio resulta na segunda morte para todos os

    envolvidos.

    Nova Jerusalm

    Nos captulos 21 e 22 do Apocalipse encontramos informaes sobre a Nova

    Jerusalm:

    a) Nova Ordem: Fim da velha ordem e incio da nova ordem novo cu e

    nova terra; Deus diz ao apstolo Joo: eis que fao novas todas as

    coisas (Ap 21:5); esperamos novos cus e nova terra nos quais habita

    justia (2 Pe 3:13);

    b) Mar: Smbolo de luta e dominao, de mistrio e perigo; por outro lado,

    diz que todas as coisas so recriadas (Ap 21:5);

    c) Cidade Santa: Assim como Babilnia smbolo do sistema contra Deus,

    assim Jerusalm smbolo da habitao de Deus e do Seu povo;

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    d) Tabernculo de Deus: Deus habitar com os homens este ponto

    mximo da bendita esperana crist; contemplaro a Sua face (Ap

    22:4);

    e) Cidados dos Cus: Os vencedores tm acesso, mas h lista de pessoas

    que no tm permisso para entrar (Ap 21:8; Ap 22:15 e Sl 15);

    f) Descrio da Cidade: A glria da Jerusalm Celestial; suas medidas,

    portas e fundamentos (Ap 21:9 at Ap 22:5);

    g) Templo: No hver templo na cidade, porque Deus habita com os

    homens (Ap 21:22) e os santos contemplaro a Sua face (Ap 22:4).

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    Concluso

    O presente trabalho foi apresentado de forma resumida, todavia os principais

    aspectos escatolgicos foram abordados e ficou claro que o assunto atual e de

    suma importncia para a Igreja de Cristo, pois reflete as promessas e profecias

    que se cumpriram e que ainda se cumpriro.

    Vivemos em um mundo conturbado, injusto e sem amor, sendo coordenado

    momentaneamente pelo prncipe deste mundo... Enquanto esperamos os grandes

    acontecimentos finais, voc j parou para refletir como est a sua vida crist

    hoje? "Portanto, vede prudentemente como andais, no como nscios, e sim

    como sbios, remindo o tempo, porque os dias so maus" (Ef 5:15-16).

    Se Jesus Cristo voltasse hoje voc estaria preparado ou se surpreenderia?

    claro que a resposta seria que estaria preparado, caso voc seja um cristo

    verdadeiro! Porm, o mundo e os mpios que nele habitam certamente se

    surpreendero! Pois Ele vir em Glria num abrir e fechar de olhos...

    O livro do Apocalipse e a Escatologia Doutrina das ltimas Coisas nos

    fornecem noes para nos posicionarmos nesta guerra espiritual, pois certo que

    h uma atuao maligna agindo aqui na Terra tentando nos tirar do caminho e

    nos iludir a cada instante!

    Devemos lembrar que antes de todas estas coisas apocalpticas acontecerem,

    sinais precedero as mesmas e os selos apocalpticos devero ser abertos, um a

    um. Mas, devemos vigiar e orar. Em Mateus 24:45-46 est escrito: Quem , pois

    o servo fiel e prudente, que o senhor ps sobre os seus serviais, para a tempo

    dar-lhes o seu sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor,

    quando vier, achar assim fazendo. Seja fiel ao Senhor dos Senhores! E jamais se

    esquea: vigie sempre! Assim, voc garantir seu lugar quando o Arrebatamento

    acontecer e estar livre da Tribulao.

    Lembre-se que a primeira vinda de Jesus Cristo, ou seja, seu nascimento entre

    ns uma promessa cumprida! Que a certeza da segunda vinda de Jesus Cristo

    seja para voc boa expectativa e fator motivador para que voc seja obediente e

    tenha compromisso com o Rei dos Reis! Amm!

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    Pequeno Glossrio Escatolgico

    Anti -Cristo Esprito e/ou personificao daquele que nega a Jesus o Cristo;

    satans; inimigo. "Mas o esprito do anti-Cristo de cuja vinda tendes ouvido, e j

    est agora no mundo." (1 Jo 4:3);

    Apocalipse - Significa Revelao. Referido em 1 Co 1:7 como a revelao ou

    manifestao de Jesus por ocasio de sua vinda;

    Apostasia Perda de f em massa da populao e/ou traio a f;

    Crente Que cr; aquele que acredita na existncia de Deus;

    Dogma Ponto fundamental e indiscutvel de uma doutrina religiosa; opinio

    aceita e apresentada como incontestvel e indiscutvel;

    Doutrina Conjunto de princpios em que se baseia um sistema religioso, poltico

    ou filosfico; conjunto dos dogmas de uma religio;

    Escatologia - estudo sobre os ltimos acontecimentos. O vocbulo Escatologia

    formado de duas palavras gregas: escathos, que significa ltimo, e logos, que

    significa cincia;

    F Palavra do latim fides. O termo empregado em muitas acepes que

    poderiam ser divididas em profanas e religiosas. No sentido profano, significa dar

    crdito na existncia do fato, fazer bom juzo sobre algum, expressar sinceridade

    no modo de agir, etc. Quando o testemunho no qual se baseia a confiana

    absoluta a revelao divina, fala-se de F no seu sentido religioso. A F, neste

    sentido, no um ato irracional;

    Fim do Mundo termo popular e mundano para o fim dos tempos. Algumas

    pessoas traduzem o termo como o fim da humanidade, mas no verdade, ser

    apenas o fim dos maus e triunfo dos bons com Jesus Cristo;

    Fim dos Tempos poca que precede a vinda de Jesus, quando acontecer o

    fim do tempo de dominao de satans. No Apocalipse, anuncia-se, portanto, a

    proximidade da hora para a vinda do Senhor;

    Gentios O termo "gentio" traduo da palavra hebria goi que significa

    membro de um povo no-judeu. Considerando-se filhos de Abrao, com quem

    Deus celebrou uma Aliana especial, os judeus fizeram ntida distino entre elesmesmos e as outras naes;

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    Juzo Final Tambm chamado de Juzo coletivo, acontecer por ocasio da

    volta gloriosa de Cristo. "No vos maravilheis disso, porque vem a hora em que

    todos os que se acham nos sepulcros sairo deles ao som de sua voz: os que

    praticaram o bem iro para a ressurreio da vida, e aqueles que praticaram o

    mal ressuscitaro para serem condenados" (Jo 5: 28-29);

    Profecia 1) Na tradio bblica, a mensagem de Deus transmitida por um

    profeta, com freqncia a denunciar pecados de uma pessoa, do povo de Deus

    ou dos gentios. Todavia, h profecias de anncio dos desgnios misericordiosos

    de Deus, entre as quais os messinicos. No Novo Testamento, Jesus Cristo a

    pessoa onde se realizaram as profecias antigas, e, ao mesmo tempo, Ele o

    grande Profeta que anunciou com a maior segurana acontecimentos como a Suamorte e ressurreio, o envio do Esprito Santo, a destruio do Templo de

    Jerusalm, dentre outras coisas; 2) Em teologia, profecia , em sentido lato, toda

    a proclamao da Palavra de Deus, equivalente a revelao. tambm a

    predio de um acontecimento naturalmente imprevisvel, situando-se entre o

    milagre, com grande valor apologtico;

    Parusia Segunda vinda de Jesus Cristo. Significa em grego "presena".

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