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0 FACULDADE DE TECNOLOGIA EQUIPE DARWIN DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO, ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR. MARIA DULCINÉA DE OLIVEIRA MARIA MAURA DOS SANTOS JARDIM PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA

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FACULDADE DE TECNOLOGIA EQUIPE DARWINDEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO, ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR.

MARIA DULCINÉA DE OLIVEIRA

MARIA MAURA DOS SANTOS JARDIM

PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA

BRASÍLIA - DF

2010

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MARIA DULCINÉA DE OLIVEIRA

MARIA MAURA DOS SANTOS JARDIM

PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA:

A família e escola uma parceria fundamental

Monografia apresentada, à Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin, como requisito parcial para conclusão do curso de pós-graduação para obtenção do titulo de especialização em gestão, orientação e supervisão escolar.Orientadora: Ana Lúcia Miranda Barbosa.

BRASÍLIA - DF

2010

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MARIA DULCINÉA DE OLIVEIRA

MARIA MAURA DOS SANTOS JARDIM

PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA:

A família e escola uma parceria fundamental

Monografia apresentada, à Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin, como requisito parcial para conclusão do curso de pós-graduação para obtenção do titulo de especialização em gestão, orientação e supervisão escolar.Orientadora: Ana Lúcia Miranda Barbosa.

Aprovada em _____/_____/_____

Banca examinadora

_____________________________________Ana Lúcia Miranda Barbosa

Professora especialistaOrientadora

_____________________________________2º membro da banca examinadora

_____________________________________3º membro da banca examinadora

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DEDICATÓRIA

Dedico esta vitória de maneira especial a todas as pessoas

que contribuíram nessa caminhada e a minha amiga e

mestre que sempre esteve comigo nos meus momentos

difíceis, incentivando-me a seguir esta árdua caminhada.

Saudades... E aos meus familiares, pelo apoio e confiança

nessa etapa de minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a deus por conceder-me sabedoria força e saúde

para realizar este conquista que é algo grandioso em minha

vida, aos meus familiares pelo incentivo e tolerância durante

a minha ausência e a todas as pessoas que contribuíram

direto ou indiretamente para a realização deste trabalho e a

todos os professores que contribuíram com a minha

formação.

Maria Dulcinéa de Oliveira

Maria Maura dos Santos Jardim

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"A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana, com todos os seus poderes funcionando com harmonia e completa, em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, se elevando do plano animal e continuaria a se desenvolver até sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal."( Friedrich Froebel )

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RESUMO

Objetiva-se com este trabalho um estudo sobre desestruturação familiar na sociedade e no contexto escolar ressaltando a falta de participação dos pais na educação dos filhos, a família e a escola são dois segmentos indissociáveis à sociedade. É de fundamental importância que ambos sigam o mesmo princípio e critério, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.ressalta-se que, mesmo tendo objetivos em comuns cada um deve fazer sua parte para que o educando atinja o caminho do sucesso e que as crianças e jovens possam ser conduzidos a um futuro melhor. Portanto, é de grande relevância que a família e a escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que possam criar cidadãos críticos e capazes de enfrentar a complexidade de situações que surjam na sociedade.

PALAVRAS CHAVE: Escola, Família, Educação

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ABSTRACT

Objective with this study is about family structure in society and in the school highlighting the lack of parental involvement in education of children, families and school are two inseparable segments of society. It is vital that both follow the same principle and criterion, and the same direction relative to the goals they want reach, result that, even with common goals in each must do their part to which the student reaches the path of success and that children and young people can be led to a better future. It is there fore of great importance that families and schools to chart the same targets Simultaneous ously, providing students with a safe leanings they can create critical citizens and able to face the complexity of situations that arise in society

Keywords: School, Family, Education

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................. 09

1 Escola e Família instituições parcerias no processo Educativo........ 10

1.1 Família e Escola buscando melhorias................................................. 13

1.2 Participando com compromisso, Família valorizada........................ 14

1.3 Amparo Legal – Lei de Diretrizes e Bases(LDB) e Estatuto da

Criança e do Adolescente(ECA).................................................................15

1.4 A Família e as dificuldades escolares dos filhos............................... 16

1.5 Escola e Família: instituições diferentes e funções específicas...... 17

1.6 A participação da família no Conselho Escolar.................................. 20

1.7 A importância da Família e da Escola, no desenvolvimento social

afetivo e cognitivo da criança.....................................................................22

2 Escola e Família parceria necessária para qualidade............................ 25

2.1 Integração família e escola................................................................... 26

3 Despertando a participação da Família no processo ensino

aprendizagem...............................................................................................28

CONCLUSÃO................................................................................................ 30

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS............................................................. 34

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INTRODUÇÃO

Devido à ausência dos pais na vida escolar dos filhos nas séries iniciais do

ensino fundamental, sendo a família e a escola a principal base para o

desenvolvimento no processo ensino aprendizagem da criança, faz-se necessário

construir alternativas junto a escola buscando soluções para amenizar esta

problemática. Estimulando a participação dos pais neste processo, conscientizando-

os da importância do seu papel na vida escolar dos seus filhos.

Como se pode observar, através de fatos rotineiros vivenciados na escola que

o tema é algo que precisa ser questionado e trabalhado com mais frenquencia,

devido sua relevância, pois a família e a escola são alicerces para o pleno

desenvolvimento do processo ensino aprendizagem. Assim o que deve ser feito para

que os pais participem da vida escolar de seus filhos nas séries iniciais?

Devido a esses fatores é que propomos os seguintes capítulos: o primeiro

capitulo, apresenta-se como o tema “escola e família, instituições parceiras no

processo educativo da criança”, onde observa-se as pequenas mudanças que

ocorrem no decorrer dos anos, alguns pais ou famílias, ainda vêem a escola como

substituta suprema no processo ensino aprendizagem, decorrente de um sistema,

que ainda hoje está arraigado em algumas famílias, que advem de uma época em

que a escola é a única instituição responsável pela formação educacional de seus

filhos, e assim, eximindo-se os pais de tal responsabilidade. No segundo capitulo,

traz-se o tema “escola e família, parceria necessária para qualidade”, esse capitulo

ressalta a importância da participação da família no processo educativo dos filhos,

levando em consideração sua presença ativa, na vida escolar de seus filhos e ao

mesmo tempo serem parceiros, família e escola, contribuindo ainda mais para a

formação da criança. O terceiro capitulo, cujo tema “perpetuando a participação no

processo ensino aprendizagem” no qual sugere-se propostas onde haja a interação

da família, sugestões de proposta que viabilizam melhor a parceria família e escola

na formação educacional de uma criança. Por fim, tem-se a conclusão, que faz um

parecer geral do trabalho em pesquisa sob o entendimento dos pesquisadores para

que novos caminhos surjam no processo de conhecimento do ser humano.

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I-CAPÍTULO: Escola e Família, instituições parceiras no processo

educativo da criança.

A relação entre família e a escola vem apresentando no decorrer dos anos

mudanças significativas, embora muitos pais ainda vejam a escola como substituta

na formação de seus filhos, sabendo-se que essa formação é uma das mais nobres

atividades existentes no mundo. No entanto, a escola não é a única instituição capaz

e responsável por realizá-la, antes dela, temos a ação virtuosa e empírica da família

que promove esse processo de forma assistemática aos seus filhos. Portanto,

afirmamos que essa instituição tem uma importância preponderante no processo

educativo da criança. Esse processo inicia-se na formação embrionária do individuo

que ocorre norteada por elementos próprios do ambiente familiar, visto serem

suficiente para fornecer princípios básicos e universais, sem as quais os mesmos se

tornariam incapazes de corresponderem às exigências da sociedade.

Hoje, embora, família e escola estejam interligadas, vimos que há uma

inversão de papeis, ou seja, a escola assume muitas funções que são de

responsabilidades da família, mães que trabalham fora de casa precisam colocar

seus filhos mais cedo na escola, acreditando que a mesma cuidará bem deles, que

ensinará bons hábitos sociais e que os preparará apara a vida. É necessário

ressaltar que família e escola são instituições distintas, porém, com objetivos

semelhantes, mas que devem ser vistas de formas diferentes e cada uma deve

desempenhar seus papeis sociais de maneiras diferentes. Então cabe a família

redefinir seus posicionamentos permitindo que os educandos encontrem seu lugar

na sociedade e assim compreenda seus limites e suas capacidades.

Dessa forma, cabe a escola determinar suas funções especificas e auxiliar a

família nesse entendimento ficando esclarecido que há aspectos lúdicos que

somente a família pode desenvolver, pois a participação dos pais junto à escola vem

para melhorar o desempenho de seus filhos nas tarefas escolares. Porém, há

argumentação de que a escola tem a função de ensinar e que não cabe aos pais às

responsabilidades e obrigações que são próprias da instituição. Em suma o pai tem

o direito em dá uma educação de qualidade para seus filhos, sem ter que contribuir

com o trabalho da escola, ou seja, trabalhar em parceria ou para a mesma.

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Segundo Paro (2000, p.34): “é fundamental a ação dos pais junto aos seus

filhos para ajudá-lo em sua educação escolar, dessa forma irá encontrar motivação

para estudar”. Quando os pais acompanham as atividades de seus filhos, mesmo

que não tenham estudado, as crianças apresentam maior interesse para fazer as

tarefas escolares.

Porém, os pais precisam vê a escola como algo que está ligado diretamente

com suas vidas, pois é na família que se formam valores favoráveis ao aprendizado,

despertando na criança o gosto pelo saber. Não podemos esquecer que a educação

é corresponsabilidade da família e da escola. Há, pois que, em detrimento a uma

série de fatores, relacionado à falta de tempo devido à vida atribulada que levam,

impõe à escola toda a responsabilidade de educá-los. Em vista disso os filhos

desses pais esperam desse “novo lar” além, de conhecimento, carinho, atenção,

compreensão, ou seja, tudo que os pais ausentes deveriam lhe dar.

Apesar dos pais alegarem que não tem tempo para participarem da vida

escolar de seus filhos, caberá a escola procurar mudar essa postura dos pais

através de um trabalho de conscientização para que possam entender e de certa

forma colaborar para a formação de seu filho.

Conforme Boudieu(1996 in Maria Alice Nogueira e Cols 2000:p.104):

De modo geral a família é a unidade de reprodução social e como tal tem um papel determinante na manutenção da ordem social, na reprodução não apenas biológica, mas social e das relações sociais.

Com relação aos aportes formais da relação família e escola é importante

pontuar alguns aspectos. É preciso reconhecer que a família independente do

modelo que se configure, pode ser um espaço de afetividade e de segurança, mas

também de medos, incertezas, rejeições, preconceitos e até mesmo de violência.

Por isso, é fundamental que a escola vivencie seus alunos e suas famílias.

Segundo Tobino, (1998, p.54):

A educação é obra do amor, idealismo e esforço. Objetiva a formação total da personalidade para harmonia e felicidade relativa do homem. Quando a educação for parcial leva à muitos problemas pessoais e sociais.

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Verdadeiramente, só o amor pode impulsionar este ideal que se envolve,

buscando conhecer as dificuldades, os planos, os medos, os anseios, as

particularidades que marcam a trajetória de cada família e consequentemente do

educando que entendemos. Todo este arsenal de informações são dados preciosos

para que a escol possa avaliar e construir propostas educacionais compatíveis com

a realidade. Se a escola foi feita para educar transmitir conhecimentos, devemos

tornar verdadeiro este propósito, ou seja, não nos limitar a transmissão unilateral dos

conhecimentos culturais, mas repassar conteúdos articulados com a realidade social

presente, priorizando-os pelos seus valores formativos e práticos. E nesta

abordagem, cabe à escola oferecer recursos através da orientação educacional que

venham estimular a integração família e escola, tendo cuidado de não se deter

somente em técnicas pedagógicas, mas em uma educação como participação

social. E para que isto ocorra de fato, é preciso que a escola seja capaz, ou melhor,

queira construir coletivamente uma relação de dialogo e assim cada parte envolvida

tenha o seu momento de falar, para que verdadeiramente exista uma efetiva troca

de saberes por que a capacidade de comunicação exige a compreensão da

mensagem que o outro quer transmitir e para tal, faz-se necessário o desejo de

escutar e dar atenção as ideias emitidas e a flexibilidades para recebermos outras

formas de ver.

Mas, às vezes uma atitude de desinteresse e de preconceitos pode danificar

profundamente a relação família e escola e trazer prejuízos para o sucesso escolar

do educando.

Sabemos que, a família sempre esteve e estará presente, mesmo sem

evidencia em qualquer processo educativo, porque ela é uma unidade social

onipresente. Torna-se, portanto, necessário dá a família a importância e o valor real

que merece e engaja - lá aos procedimentos educacionais de mudanças.

Como diz Tiba(1998: p.164): “a escola precisa alertar os pais sobre a

importância de sua participação: o interesse em acompanhar o estudo dos filhos é

um dos principais estímulos para que eles estudem”. E assim, torna-se possível que

através deste estimulo de ajuda aos filhos, a escola faça o envolvimento necessário

para que a família se faça presente na instituição, não apenas como um “convidado”

em dias especiais, mas participantes das organizações dos eventos que escola

promove. Precisamos ter clareza do que entendemos por participar, não somente

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estar nas reuniões para ouvir informações burocráticas e queixas de seus filhos, ou

ajudar na organização esporádica de uma festa junina da escola. Mas, a família

deve possuir o seu lugar garantido no espaço escolar e se faça envolvida em uma

ação coletivamente construída no processo ensino aprendizagem, onde sua

participação seja compartilhada no planejar, no decidir e agir. Porém, é preciso

também que conheçamos as razões pelas quais a família não tem correspondido o

que a escola elege como participação. É preciso que haja antes de tudo, mudanças

de posturas de ambas as partes, e deixar de Agir no julgamento de “culpado x

inocente”. E assim, conhecer as razões que buscam a verdadeira causa. Desse

modo, a família deve se inteirar melhor, conhecendo os novos recursos oferecidos

pelas ciências educativas e a escola promovendo este conhecer, certamente os

bons resultados virão.

1.1 – Família e escola buscando melhorias.

Percebe-se hoje, que o papel familiar está distante, não há mais estímulos,

interesse e participação para a contribuição na educação dos filhos dificultando o

andamento do processo ensino aprendizagem, principalmente no que refere-se aos

valores, pois antes os alunos já tinham uma formação trazida de casa, porém nos

dias atuais, já não é mais assim, os pais já não servem mais de espelho para a

educação dos filhos, já tem sua presença mínima na vida dos educandos, já não

levam em conta nem a preocupação com o aprendizado dos filhos.

Segundo Paro (2000, p.26):

É na família que se dá o processo de escolarização, ou seja, a família é o primeiro elemento social que influencia na educação, porém é preciso que a família esteja preparada na sua missão de educar e de auxiliar a escola na aquisição do conhecimento desenvolvendo um trabalho de complementação para ambas as instituições, pois uma depende da outra, levando em conta, pois a criança deve ser estimulada pela escola e motivada pela família, não fazendo da escola apenas um ambiente para lazer, recreações e etc., mais sim, em um ambiente que irá contribuir para a sua formação de bons estudantes e futuros cidadãos.

Embora não havendo mais interesse por parte dos pais, a escola deve

aprender uma nova maneira para relacionar-se com os mesmos, deixando sempre

bem claro a importância que cada um tem na educação do aluno, ou seja, hoje além

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da total responsabilidade na formação da educação dos filhos paira sobre a escola

mais uma responsabilidade: a de despertar a participação da família na escola mais

rápido possível, pois não é só falta de tempo, informações ou simplesmente por

esses pais, não terem um estudo, mas sim o principal agente causador dessa

distancia entre família e escola é a pura falta de interesse por parte da maioria dos

pais, principalmente por estarem alienados ao fato de ser da escola ainda contribui

para este pensamento, pois não há na maioria das escolas uma programação

voltada para os pais como sujeitos participativos na vida dos filhos, há somente

reuniões onde corpo docente fala e a família é mero expectador, ou seja, é preciso

que escola também desperte o anseio por uma nova perspectiva de educação onde

todos, alunos, família e escola possam somar tendo somente a ganhar, havendo um

retorno positivo de ambas as partes, sendo que a escola será vista como um

complemento e como um ambiente que irá dar continuidade na educação dada em

casa, orientando e informando os pais à respeito da mesma.

1.2 – Participando com compromisso família valorizada.

Quando participamos de um evento como convidado é bastante diferente

daquele que você tem oportunidade de envolver-se com a organização e realização

daquele momento. O mesmo se passa, com relação aos pais diante das promoções

da escola. O compromisso como visita é mínimo, por este motivo a escola deverá

propiciar a família um envolvimento afetivo cada vez maior.

Em geral só se cuida daquilo que se ama, nesse sentido, a participação dos

pais nos movimentos festivos de forma compromissada, estes são levados a sentir-

se parte da instituição que os valoriza e os fazem capazes.

Tiba (1998, p.165) fala de forma singular que: “só quem se sente pertencendo

a um time, o defende com unhas e dentes. Assim são os pais e filho que se sentem

pertencendo a uma escola: todos formam um time afetivo e eficiente”. Sabemos da

existência de um numero considerável de pais que pouco se integram como escola.

O autor acima citado os chama de “ingênuos e ignorantes”, pois sabem da real

importância, mas só se relacionam quando os filhos encontram-se em dificuldades e

nem todas às vezes.

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Contudo, existem pais que afetivamente participam da escola e se colocam a

disposição de ajudá-la em momentos difíceis. Como foi o caso citado por Tiba, “em

maio de 1998 após dois meses de greve de professores, alguns pais começaram a

dar aulas em uma escola pública do Rio de Janeiro, mesmo que o conteúdo não

valesse para o currículo escolar...é um grande ensinamento para todos nós”.

Principalmente para determinado tipo de gestão escolar que centraliza tudo,

conduzindo a escola dentro de uma redondeza, impossibilitando assim qualquer.

Vivemos em uma sociedade feita de relacionamentos humanos, dentro de

todos as diferenças, sendo todos iguais. Portanto, é possível que a participação da

família na escola venha render bons frutos. Nada mais feliz permitir que a escola e

família realizem tarefas envolvendo os filhos/alunos. Certamente é um dos

importantes papei de escola, de promover que os princípios básicos de uma

educação coerente, constante, equilibrada se faça coletivamente.

1.3 – Amparo Legal – Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e Estatuto da Criança e

do Adolescente(ECA).

Observa-se que no nosso tipo de organização social está evidenciado o papel

crucial da família, quanto à proteção, a afetividade e a educação, porém onde

buscar fundamentação para relacionar tão fortes entidades: família e escola e

mostrar o dever da família com o processo educacional e a importância de sua

presença no contexto escolar?

É publicamente reconhecida na legislação nacional e nas diretrizes do

Ministério da Educação, sancionadas nos anos 90 como o Estatuto da criança e do

adolescente em seu art.53, Paragráfo Único, onde diz: “é direito dos pais e

responsáveis terem ciências do processo pedagógico bem como participar da

definição e das propostas educacionais”. Como também o plano nacional de

educação que define como uma de suas diretrizes a implantação de conselhos

escolares, compostas também pela família. Neste sentido a política nacional de

educação especial que adota como diretrizes e mecanismos que oportunizam a

participação efetiva da família no desenvolvimento global do aluno. É ainda

conscientizar e compreender os segmentos sociais, a comunidade escolar, a família

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e o próprio portador de necessidades especiais na defesa de seus direitos e

deveres. Entre seus objetivos específicos temos: envolvimento familiar e da

comunidade no processo de desenvolvimento da personalidade do educando.(LDB-

9394/96,art.1º,2º e 12º)

Há algum tempo existe, instituído pelo ministério da educação e cultura(MEC)

o dia nacional da família na escola-24 de abril.

1.4 A família e as dificuldades escolares dos filhos.

A família objetivando fornecer um contexto que permita a nobreza e o

desenvolvimento de seus filhos, procura atender as necessidades destes. Nessa

perspectiva o envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos resulta em resistência

em aceitar as dificuldades encontradas pelo menos, visto que a maior parte de tais

dificuldades surge no âmbito escolar, devido às notas baixas, falta de capacidade de

concentração e a indisciplina, são algumas das conseqüências na ausência do

limite, considerado pelos pais como uma das maiores dificuldades encontradas

diante da educação dos filhos, a esse respeito TIBA, (1988, p.148) diz: “o

adolescente vai mal na escola porque não está acostumado desde criança a ser

cobrado por resultados”. Os pais, entretanto, devem aprender noções de prevenção

para que o rendimento escolar de seus filhos permaneça sempre em níveis

elevados. Para isso, o conhecimento sobre o que acontece ao longo da escalada

escolar é muito significativo.

Porém, é difícil para os pais atenderem que uma criança esperta,

inteligente,afetuosa possa ter problemas. Mencionar tais dificuldades requer

habilidades para que nem a criança, nem a família sejam vistas como culpadas.

Para isso Tiba diz: (1996,p.143)

Pais que sabem agir adequadamente, percebendo em nível se encontram os filhos, protegem e ajudam as crianças, se associam e auxiliam os púberes a se organizar e aos adolescentes pedem ajuda útil, delegando-lhes poderes e depois cobrando algum resultado.

Com relação ao embate as dificuldades de aprendizagem, é importante

diferenciar aquelas motivadas pelas limitações especificas que dizem respeito a

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capacidade intelectual, atividade motora, desenvolvimento neurológico e outros e a

que diz respeito a atitudes de comportamento. Segundo Tiba(1996, p.164):

Está na hora de fazer o filho usar s padrões humanos de comportamento, utilizar a inteligência para superar as dificuldades e resolver os problemas, conhecer os ditames da ética, respeitar o próximo e o ambiente em que se encontra

Neste ponto, sendo desenvolvimento um segmento integral, qualquer

dificuldade está relacionada tanto a um resultado peculiar próprio da criança, quanto

aos procedimentos da família e da escola, atingindo sempre a criança enquanto

pessoa. Logo é imprescindível assumir a atitude de que a realização da criança e o

efeito da inter-relação de toda essa rede que constitui o contexto de sua vida.

Entretanto, qualquer diagnostico infantil deve ser cuidadoso, principalmente

em termos de não censurar a criança, criando obstáculos a sua superação e pelo

processo de desenvolvimento em curso.

Conforme, Yamamoto(2002,p. 165): “a educação integral do ser humano não

é constituída apenas por uma sequência de atividades escolares. As experiências

ricas no dia a dia são imprescindíveis para que haja uma educação total do

individuo”. Observam-se os esforços que a família realiza procurando obter o melhor

resultado para os seus filhos, usando mecanismo de adaptação para sua segurança,

ainda que esta seja pouco conveniente.

Tiba, (2002,p. 5) diz: “ a auto estima é a fonte interior da felicidade”. Dessa

forma, se compreende que é fundamental conotar positivamente todos os

mecanismos compensatórios, desenvolvidos no intuito de tornar mais leves as

dificuldades existentes.

O interessante é reconhecer esses exemplos, enaltecer os esforços

despendidos para que se consiga usar toda essa Tônica no sentido da mudança

necessária em função dos problemas percebidos pelo profissional.

1.5 Escola e Família: instituições diferentes e funções especificas.

Embora a escola tenha funções especificas, ela não fica isenta de dá

continuidade entre a educação familiar e a escola, dessa forma pode-se pensar em

uma relação entre os pais e a escola, onde ambos trabalharão de maneira recíproca

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para uma melhoria da educação dos educandos. O papel da escola é dar também,

uma educação relacionada a valores que os pais não tem condições de dar em

casa, ela deve dialogar com os pais, orientando-os visando a formação dos filhos.

Além disso, a escola deve dar estímulos as crianças incentivando-as ter gosto pelo

saber, pois ela deve sentir-se como parte integrante da mesma, participando de

todos os acontecimentos da instituição e que a escola não se torne apenas mais um

lugar onde a criança venha para sentar, ler e escrever, mas que seja um ambiente

gostoso de ser freqüentado.

Percebe-se que é importante que a escola seja um ambiente “gostoso” e

acolhedor, onde o aluno tenha prazer de estar, mas para isso, também deve estar

estimulado para aprender algo novo, porém esse estimulo deve ser dado

principalmente pela família, muitas vezes o aluno freqüenta a escola sem motivação

e faz dela um local onde possa conversar, brincar ou seja, se divertir com seus

colegas. Mas, com certeza aqueles alunos que tem interesse em freqüentar a

escola, quer continuar os estudos sem que os pais se preocupem em mandá-los.

Contudo não basta apenas a motivação extrínseca onde tentem fazer que o

aluno perceba que estudando é bom para o seu futuro, porém é preciso que ele

perceba a importância do saber e do conhecer. Dessa forma, é fundamental a auto-

estima do educando, mas para que essa auto-estima seja estimulada é preciso que

o professor incentive e estimule seus alunos orientando, sem forçá-los fazendo com

que o mesmo aceite espontaneamente tudo aquilo que lhe for proposto, cabe

também a família para a educação é essencial principalmente no que diz respeito

aos valores, pois hoje a maioria dos alunos não trazem esses valores. Nesse caso é

importante que a escola passe a desempenhar seu papel suprindo essa

necessidade, no entanto antigamente muito do que era feito na família, hoje é na

escola que vem sendo feito.

Embora, acreditamos que os pais não se interessem pela vida escolar dos

filhos reconhecemos que a escola também não tem feito muita coisa para atrai-los

para dentro da escola.

De acordo com a pesquisa realizada, para Paro(2000,p.49):

Embora considere difícil que os pais em sua maioria, até pela própria condição de semi letrados sejam capazes de ensinar os conteúdos

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escolares ou de auxiliar eficazmente na solução dos problemas de aprendizagem apresentados pelos alunos, a maioria dos professores enfatiza que todos os pais podem muito bem estimular seus filhos interessando-se por seus estudos, verificando seus cadernos, reforçando sua auto estima , em fim, levando-os a perceber a importância do aprender e a se sentir bem, estudando.

É importante que os pais participem da vida escolar dos filhos mesmo que

eles não tenham condições de acompanhar as atividades, ou seja, ajudar o filho

resolver determinados problemas, mas, pode olhar o caderno, verificar se ele

aprendeu alguma coisa, possibilitando um melhor aprendizado para a criança.

A respeito da importância sobre a educação escolar dos filhos podemos

observar que a maioria dos pais estão preocupados com a formação dos mesmos

para que no futuro tenha um bom emprego, ou seja, ser alguém na vida, pois muitos

acreditam que com estudo é difícil conseguir uma vaga no mercado de trabalho,

agora imaginem alguém sem estudo. Entretanto, são muitos os motivos que levam

os alunos à escola, podemos perceber que os pais e filhos se contrapõem com

relação aos objetivos de frequentar a escola, os primeiros acreditam que através da

educação, ou seja, do estudo eles conseguirão um futuro melhor, já os filhos

procuram a escola com intenção de encontrar os amigos, trocar experiências com os

colegas, porém ainda tem aqueles que estão motivados e procuram como forma de

aquisição de conhecimento e de cultura.

Segundo Paro(2000,p.54) afirma que:

O desejo de relacionar com outros jovens e a procura de ambientes que propiciam esses encontros não são primitivos das populações mais pobres, sendo próprios de jovens de todas as condições sociais, mas embora seja necessário precisar melhorar o grau de relevância que os usuários atribuem a essa função da escola, parece que há esse componente deveria ser levado em conta nas políticas que se propõem fazer uma escola melhor para a população.

A escola como já vimos, vem se tornando o local onde as crianças e os

adolescentes de todas as classes sociais procuram para se divertir, brincar,

conversar com seus amigos. Pois, é nela que eles possuem mais oportunidades de

estarem juntos, em casa muitas vezes não são compreendidos e também não

podem usufruir de certos acontecimentos sociais que só a escola pode oferecer,

dessa forma, faz-se necessário que a família esteja interligadas com a escola, para

que juntas possam promover o processo de socialização onde uma irá

complementar o papel da outra.

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Paro(2000,p.65) afirma que:

Quanto à falta de um necessário conhecimento e habilidade dos pais para incentivarem e influenciarem positivamente os filhos a respeito de bons hábitos de estudo e de valorização do saber, o que se constata é que os professores por si ao tem iniciativa de um trabalho a esse respeito juntos aos pais e mães mesmo aqueles que mais enfaticamente afirmam constatar a falta de um maior preparo dos pais para ajudarem seus filhos em casa se mostram totalmente omissos no tocante a orientação que eles poderiam oferecer especialmente nas reuniões de pais, que é quando há um encontro que se poderia considerar propício para isso.

Como podemos observar a maioria dos pais não possui habilidades para

ajudar os filhos nas tarefas escolares, entretanto seria interessante que os

professores pudessem colaborar com eles ajudando-os de forma positiva através de

encontros, onde poderia ser esclarecida a maneira de como os pais poderiam ajudar

os filhos em casa, dessa maneira estariam contribuindo também, com um melhor

entendimento entre família e escola.

1.6 A participação da família no conselho escolar

Ao motivar a participação da família de fato, na formação do conselho escolar,

somos movidos por vários objetivos educacionais. Um deles é proporcionar a

participação que já é um trabalho educativo e que permite confrontar idéias,

argumentá-las, enfim a participação proporcionar mudanças significativas na vida

das pessoas na medida em que elas possam a se interessar e sentirem-se

responsáveis por tudo que representa interesse comum.

Portanto, a responsabilidade de escolher novas maneiras de se relacionar

coletivamente, faz parte do processo de participação traz conseqüentes mudanças

de interesses coletivos.

Tais observações nos leva a considerar importante a presença dos pais, junto

aos demais segmentos intra e extra escolares, formando uma via de comunicação

nas tomadas de decisões que a escola vivência e que são obrigações e

competências atribuídas por lei na formação do conselho escolar. Este encontra-se

amparado na Constituição Federal (artigo 206, inciso V) e na Lei de Diretrizes e

Bases nº 9.394/96 (artigo 14, inciso II), onde diz: “participação das comunidades

escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

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Definimos o conjunto das referencias legais acima citado, sobre as atribuições

e competências deste conselho escolar da seguinte forma:

Facilitar a participação popular na discussão dos conteúdos de

aprendizagem.

Motivar a integração escola/família/comunidade, analisando e discutindo as

questões graves e fazendo propostas de soluções.

Propor medidas disciplinares com base na legislação em vigor.

Elaborar um plano de trabalho anual.

Manter controle sobre a conservação e manutenção do prédio da escola,

assim como também os móveis e equipamentos.

Verificar antecipadamente, os projetos educacionais que deverão ser

desenvolvidos na escola.

Participar de um plano de aplicação financeira.

Supervisionar a merenda escolar.

O conselho também participa em casos especiais sobre transferências e

renovação de matriculas dos alunos, garantindo-lhe matricula em outras unidades de

ensino.

A dimensão participativa da família e comunidade se torna cada vez mais

ampla na medida em que a escola democrática aceita de fato sua incorporação e

faça parte da vivencia escolar. Certamente um novo fazer pedagógico e político

começa a ser realidade, dentro do seio da escola. De acordo com este pensamento,

LUCK (1998, p. 57) ressalta que: “o êxito da organização escolar depende da ação

construtiva de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade

de criar um todo orientado por uma vontade coletiva.” Porém sabemos que alguns

gestores mesmo diante de uma gestão democrática que deve possibilitar a presença

da família e da comunidade na escola, furtam sem que se perceba a verdadeira

prática desta participação. Usando o passado controle sobre tudo da escola, das

pessoas e ações. Á este propósito a família e comunidade torna-se apenas

convidada, onde as questões já foram determinadas e definidas antecipadamente.

Apenas fazem as discussões para legitimar os assuntos em pauta.

Sobre isso, Carvalho (1979: p. 31) refere-se assim, quando diz: “Inúmeras

experiências de participação são, portanto realizadas, sem que tenham um sentido

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político democrático, ou sentido pedagógico de transformação”. Por isso se faz

necessário que seja analisado em particular o conceito e a prática concreta desta

participação. Convém no entanto cuidadosamente referenciar alguns pontos

importantes desta participação, como: formação deste conselho, quem faz parte

dele, para que serve realmente, quais os seus legais representantes.

Todos os itens ganham amplas dimensões, quando observados aos olhos de

uma gestão participativa e democrática. Esta questão é bem referenciada por

Prais(1990: p. 28):

A expressão “Gestão Participativa” é portanto de certa forma redundamente, mais trata-se de uma redundância útil no sentido de reforçar uma das dimensões mais importantes da gestão escolar. Utiliza-se ainda a expressão “administração colegiada”.

Concluindo, podemos dizer que seja necessário não só a escola

conscientizar-se do seu papel, mas também a família e a comunidade consciente de

suas responsabilidades compreendam o tamanho da sua participação, assumindo

assim o seu poder de exercer sua influencia nos trabalhos desta instituição.

Ressaltando que este poder é o resultado de seu envolvimento, de sua competência

e o desejo de compreender e sentir em torno de todas as questões apresentadas.

1.7 A importância da família e escola no desenvolvimento social. Afetivo e

cognitivo da criança.

Existe uma errônea concepção na atual sociedade, de que a construção da

personalidade é obrigação da escola. Vale ressaltar que a mesma tem um papel

complementar ao da família, pois o primeiro contato social da criança é no seio

familiar.

É dentro da família que a criança inicia ao nascer o seu processo educativo,

juntamente com a formação de sua identidade e percepção de quem são os outros

em sua vida. É na família que ela recebe as primeiras influencias na sua cultura.

Como diz Tedesco(2002: p.23):

Acontece que nas últimas décadas, no mundo toda a família vem perdendo sua capacidade ele oferecer uma sociedade primária. A criança hoje se incorpora cada vez mais cedo às instituições diferentes da família como pré-

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escolas e creches. Por isso, a primeira socialização está se realizando sem tanta carga afetiva, como no passado. Não se pode simplesmente transmitir conhecimentos se a socialização primária, embutida de valores e afetos importantes não está completa.

Por muitas vezes os pais delegam à escola a educação dos filhos,

inviabilizando a concretização de um bom desenvolvimento social afetivo e cognitivo

da criança, TIBA (2002: p. 180) diz sobre isso: “A educação com vistas para a

formação do caráter, da auto-estima e da personalidade da criança ainda é na maior

parte responsabilidade dos pais”. Desta forma, se compreende que na escola e a

família devem realizar na dinâmica do processo, uma relação dialética. É inviável

dicotimizá-las em dois setores distintos, pois cada um interfere no progresso da

outra, ambas interagindo.

Muitos dos estados afetivos no homem, com o amor, o respeito, a admiração,

o sentimento de justiça e moral, são em grande proporção fruto da experiência e da

educação. A escola e a família devem executar essas respostas afetivas e outras,

que desempenham o papel da maior relevância na vida social.

O interessante é retratar que a instituição escolar como aparelho ideológico

influencia muito a vida de um ser humano, como diz Tiba (2002: p. 181):

Para a escola os alunos são apenas transeuntes psicopedagógicos. Passam por um período pedagógico e com certeza um dia vão embora, mas família não se escolhe e não há como mudar de sangue. As escolas mudam, mas os pais são eternos.

Portanto, depois da família a instituição social que mais influencia o

desenvolvimento da criança na escola. Estes dois contextos de desenvolvimento

partilham a mesma meta, que é educar e assumem a função de cuidar e proteger.

Convém, no entanto, ressaltar que o alicerce e construído no âmbito familiar e

decorre na escola. Como bem diz Carvalho (1998: p. 5): “a escola faz parte da vida

cotidiana de quase todas as famílias e exerce um grandioso papel na educação da

criança.” Por essa razão, devem firmar uma relação de colaboração, baseada na

cooperação e respeito mútuo, que se reflita positivamente na vida escolar dos

alunos.

O autor de brilhantes e profundas reflexões científicas, Tiba (2002: p. 182)

fala em uma de suas obras: “a voz da experiência da escola, bem ouvida pode ser

bastante útil no momento em que a família esta totalmente perdida sobre a maneira

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como se deve proceder com o filho”. O autor argumenta incessantemente o valor

desses dois pólos de forte influencia social, escola e família, o autor perpassa

redondamente o poder que ambas possuem para um lapidar dos indivíduos que elas

participam. Mais precisamente falando, existe uma dissidência entre as mesmas,

dificultando resoluções das problemáticas, pois, Tiba (200:p.83)ainda afirma que: “

enquanto os profissionais da escola apontam o dedo para a família, esta acusa a

escola de falta de autoridade”. Este embate que parece ser de fácil solução levanta

as seguintes questões: quem educa? Quem deseduca? Quem é responsável pela

boa e má educação? Professores e pais culpam um ao outro peã criança,

comprometendo ainda mais o futuro social dessas sementes, pois não existe

consistência nos ensinamentos que separam-se em duas vertentes, uma emana da

família, outra da escola que acabam realmente não produzindo cidadãos

estruturados, seguros e convictos.

Se todos os pais soubessem que existe uma possibilidade de simbiose entre

família e escola e tivesse a sabedoria de procurar a instituição escolar, muitos

conflitos, desajustes relacionais, problemas de juventude e dificuldade escolares

seriam sem duvida resolvidos à tempo. O filho nasce dos pais, mas é um cidadão do

mundo.

Levando em conta que alguns padrões são constituídos na família e

desviados na escola ou vice e versa, devido o distanciamento existente entre ambos

e por vezes as duas não conseguem suporte para resolver problemas que quase

sempre são de valores psicológicos. CAMPOS (1985: p.11) relata: “existem vários

etapas da aprendizagem a serem desenvolvidos, tanto na família como na escola,

pois são adaptações às situações da vida”. A autora relata que automaticamente,

uma das fases que deve ser bem trabalhada, ela libera atividades mental do

individuo para a solução de problemas mais complexos. Automaticamente são

padrões fixos de conduta selecionados que permitem ao individuo enfrentar as

situações constantes e rotineiras da vida e da profissão, com agilidade e economia

de tempo e esforço.

Os automatismos tanto podem ser mentais, quanto motores e até sociais,

como por exemplo, a cortesia, o cavalheirismo, a cooperação a observação, a

retenção, a leitura rápida, a indução, Etc. Constitui exemplos de hábitos mentais.

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Entretanto, a eficiente realização de atividades dessa natureza depende de um bom

desenvolvimento dos hábitos e das habilidades mentais e motoras, através da

experiência e do treino o homem trona-se capaz de realizar esses atos com o

máximo de rendimento.

2 ESCOLA E FAMÍLIA PARCERIA NECESSÁRIA PARA QUALIDADE

Falar de espaço educativo destinado aos pais aporta-nos a mais de meio século

quando a educadora francesa Carlota Büller fundou em Viera em 1925, os primeiros

“círculos de pais” que imediatamente se difundiram como escolas, grêmios,

associações, clubes, etc., por vários países. Suas sistemáticas investigações

mostram a relevante influencia que as atividades dos pais tem sobre o desenvolver e

o comportar de seus filhos. Porém, a realidade mostra-nos pais que chegam a sê-lo

sem o mais primário preparo, ignorando que estes filhos não são exclusivas

propriedades, mas precisam aprender a viver dentro de uma sociedade.

Lopes(1979: p. 16), diz:

Mas como ninguém dar o que não tem é necessário que tais pais possuam previamente noções claras das opiniões, atitudes e hábitos que precisam incutir em seus filhos e possam colaborar eficiente com a escola na tarefa formativa ou seja integradora das duas individualidades na comunidade nacional.

Há várias décadas, os centros organizados se incorporam à organização

internacional das Associações Familiares e em um de seus congressos em Paris em

1960, houve uma grande repercussão, ampliando os limites em vários países sobre

o assunto. No entanto dado o extraordinário individualismo reinante em quase toda a

América Latina, ainda fica a desejar a grande quantidade de escolas e organizações

destinadas a ensinar e divulgar conhecimentos e técnicas que asseguram um bom

desempenho na missão de ser pai e mãe. Mesmo diante da evolução das novas

ciências, como a psicologia, a psicanálise, a psicopedagogia, sabendo que hoje

vivemos em uma sociedade que depende do seu sucesso educacional a indiferença

à essa necessidade de proporcionar aos pais conteúdos práticas de convivência

salutar, ainda é muito grande. Nota-se que mesmo com tantas mudanças ocorridas

nos últimos 20 anos no âmbito sócio-econômino-político, tendo um realce importante

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sobre a família brasileira, poucos olhares destinaram-se ao problema em questão.

Algumas leituras foram escritas, mas infelizmente não chegam à todos, pois ainda

temos a grande diferença de classes.

Seja como for, a família tem sido, é e será a influencia mais poderosa para o

desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas, ela propicia os aportes

afetivos e, sobretudo materiais necessários ao bem estar de seus membros.

Naturalmente desempenhando um papel decisivo na educação na educação formal

e informal e seus espaços são absorvidos os valores éticos e humanitários e se

estreitam os laços de solidariedade.

Conforme BOUDIEU(1991 in Maria Alice Nogueira e cols 2000: p. 104): “De

modo geral a família é a unidade de reprodução social e como tal tem um papel

determinante na manutenção da ordem social, na reprodução não apenas biológica,

mas social e das relações sociais”. Com relação aos aportes formais da relação

família e escola é importante pontuar alguns aspectos. É preciso reconhecer que a

família independente do modelo que se configura, pode ser um espaço de

afetividade e de segurança, mas também de medos, incertezas, rejeições,

preconceitos a até mesmo de violência. Por isso é fundamental que a escola

vivencie seus alunos e suas famílias.

2.1 Integração família e escola

Nos dias de hoje encontra-se inúmeras dificuldades em integrar a relação

família e escola, bases fundamentais para o processo ensino aprendizagem.

É notório ressaltar que família e a escola são peças essências ao

desenvolvimento humano em todos os aspectos: físico, cognitivo, psicológico e

social. Desta forma queremos enfatizar a importância da família e da escola como

parcerias na construção do conhecimento principalmente nas 1ª séries do ensino

fundamental.

Assim, faz-se necessário, que a família avalie seu papel na sociedade, pois

segundo TIBA (2002, p. 62): “a escola não é responsável pela formação da

personalidade, mas possui papel complementar ao da família”. Com base no que foi

pesquisado referente às perguntas feitas de que forma a escola pode fazer para se

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aproximar mais dos pais, as mesmas acreditam ser necessário promover encontros,

palestras e atividades que apresentam a importância da relação escola/família,

assim como reuniões e eventos educacionais. Porém em relação aos pais que não

participam ativamente na vida escolar dos filhos, a escola é contrária no entanto não

há muito o que fazer nessa situação visto que é uma opção humana é vontade dos

pais, dessa forma deverá tentar entrar em contato com os mesmos para falar sobre

a importância da participação do educando, contudo o modo que a criança é tratada

e se comporta em casa pode determinar seu comportamento, atitudes e

desenvolvimento intelectual, cognitivo dentro da sala de aula. No que se refere aos

pais sobre o que a escola pode fazer para estimular a participação dos mesmos

muitos acreditam que a direção deveria exigir mais a presença dos mesmos na

instituição de ensino, pois eles só visitam quando são chamados. A escola deveria

promover atividades para os pais participarem e opinarem sobre a educação dos

seus filhos, assim como criar associações de pais e amigos da escola e eventos que

envolvam os pais a ver que é importante que ele esteja sempre junto ao seu filho no

processo ensino aprendizagem. A escola também deve interessar-se pela educação

espiritual, pois isso transmite ao aluno o temor de Deus e o respeito pela família e

seu próximo.

Com relação a posição da escola quando os pais não participam ativamente

da vida escolar dos filhos muitos acreditam ser omissa não incentivando uma maior

participação dos mesmos na vida escolar, não convocando-os para tomadas de

decisões na mesma que afetam diretamente a vida dos alunos na escola. Dessa

forma a participação da família influencia no processo ensino aprendizagem no

sentido de que a família está confiando no trabalho dos professores, sendo que a

família tem uma influencia muito grande nesse processo, uma vez que a educação

dos filhos começa em casa, a escola vem como complemento para que os mesmos

tenham uma boa educação, assim, é preciso que haja uma interação melhor entre

pais e escola, pois os dois têm fundamental importância para que o indivíduo tenha

uma educação de qualidade.

Segundo os professores, para que a escola aproxime-se mais dos pais, é

necessário criar uma relação de diálogo em reuniões por turmas para que haja uma

relação mais aberta a debates tanto dos pais expondo suas opiniões e dos

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professores esclarecendo suas idéias, assim como, eventos incentivando a

importância da participação dos mesmos.

A escola se posiciona em relação aos pais que não participam ativamente da

vida escolar dos filhos, sempre desempenhando seu papel, buscando descobrir com

os mesmos essa ausência constante na vida escolar dos seus filhos e mostrar que a

presença deles (pais) é fundamental tanto para os mesmos quanto para a escola,

porém muitas vezes isso torna-se algo banal, onde o importante para a escola é o

índice de aprovação, precisando de um interesse maior tanto da escola quanto da

família.

Assim, com a pesquisa conclui que a participação da família na vida escolar

dos filhos é fundamental, o educando interessa-se melhor nas aulas, nas atividades

escolares, tem mais êxito nas atividades, enfim tornam-se pessoas críticas e olham

para o futuro com mais ânimo e empenho. Pois, enfatizam que a família e escola

sempre tem que andarem juntas, e porém, assim teremos bons cidadãos

responsáveis com a nossa sociedade de forma geral.

3 CAPÍTULO: DESPERTANDO A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM.

As propostas sugeridas deveram dar inicio a um trabalho de interação entre

família e escola, dessa forma queremos contribuir com a escola resgatando a família

para dentro da instituição com o propósito de desenvolver um bom relacionamento

entre família, escola, professores, alunos e demais membros da escola. Entretanto

queremos que a família e a escola sejam parceiras no processo ensino

aprendizagem dos educando na 1ª série do ensino fundamental, portanto para que

os participem das atividades desenvolvidas na escola e nas atividades que são para

ser complementadas em casa a instituição escolar precisa:

Fazer reuniões mais descontraídas, com palestras de assuntos interessantes

escolhidos pelos pais, pois as reuniões de pais e mestres nas escolas são muitas

vezes ignoradas porque as famílias as consideram uma perda de tempo, na maioria

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das vezes é só para reclamarem dos filhos. Para que isto mude é necessário deixar

claro a importância da troca de experiência e da confiança entre ambas as partes.

Promover um dia especial da família na escola com atividades que envolvam

os pais.

Promover encontros entre pais, professores, diretores e coordenadores

pedagógicos para trocarem experiências.

Elaborar um calendário de festas comemorativas da escola onde os pais

possam estar participando.

Envolver os pais em atividades culturais, desportivas mostrando que a escola

não é um local onde só se aprende a ler e escrever.

Portanto, no processo educativo é necessário buscar incessantemente

propostas que acionem a sociedade a reflexão sobre os fatores que impulsionam a

integração respeitando a identidade diversificada de cada ser.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

As questões educacionais atuais, embora estejam sendo transformadas em

ricas defesas de teses acadêmicas e também sendo centro de homéricos debates

feitos por muitos, continuam em uma grande lentidão às soluções que certamente

iriam viabilizar o desenvolvimento da educação em nosso país.

Se olharmos um pouco para um passado próximo em 1932 um grupo de

educadores idealista já sonhavam com uma educação participativa. E isto,

comprova-se através de um manifesto dos pioneiros da educação nova, que foi um

importante movimento que marcou a educação nacional. Este mostra uma grande

sintonia com temas que estão sendo discutidos atualmente, a exemplo da relação

entre escola/família, vamos transcrevê-los na integra, onde diz:

Dessa concepção positiva da escola, como uma instituição social, limitada na sua ação educativa, pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao movimento das sociedades, ressalta a necessidade de reorganizá-las, como um organismo maleável e vivo, aparelhado de systema de instituições susceptíveis de lhe alargar os limites e o raio de ação. Cada escola seja qual for o seu grão dos jardins às universidades, deve, pois reunir em torno de si as famílias dos alunos, estimulando as iniciativas dos pais em favor da educação.

É surpreendente observar que em tempos idos, já se debatiam temas como a

aproximação entre Escola e Família e outros segmentos, porém só em período

muito recente esta articulação começou a ser feita, embora à passos lentos, pois

mudanças necessários à educação demoram serem percebidos, infelizmente.

Porém, mesmo diante dos obstáculos que vivenciamos no cotidiano escolar

não se deve acomodar-se às práticas que não favoreçam uma aprendizagem que

possibilite dar ao aluno a forma de relacionar o conteúdo a ser apreendido com o

que ele já domina. Porque tudo o que ele trás para a escola é o produto de sua

família, esta precisa ser acolhida, executada e valorizada, para que antes estes

filhos/alunos tenham a garantia de uma aprendizagem significativa.

Em toda a extensão de nosso trabalho defendemos uma participação de fato,

real e vivenciada. Por que desta forma, certamente teremos a extinção do

autoritarismo centralizador, onde não haverá distanciamento entre os segmentos,

dando consciência à todos envolvidos que são autores desta historia escrita no

cotidiano.

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Para isso, a escola pode usar também o mais novo caminho que é o DA

TEORIA DA INTEGRAÇÃO RELACIONAL-“conceito de saúde biopsicossocial para

melhor entendimento do ser humano e seus relacionamentos na busca da melhor

qualidade de vida, realizando seus potenciais”. Para TIBA (1998:p.168): “Quando a

escola abre suas portas para o uso fruto dos alunos, está favorecendo a formação

de espírito comunitário, precursor da cidadania”. Os problemas levantados no

decorrer das pesquisas refletem sobre um grande índice de ausência dos pais na

escola, ou seja, a falta de participação da família na escola.

De acordo com a participação dos pais na escola, se observa vários fatores

que contribuem para o elevado índice de ausência dos pais na mesma,

principalmente dos alunos da 1ª série, ocasionando com dificuldades no processo de

ensino aprendizagem da criança.

Uma vez detectado observa-se que os fatores ligados a existência do

problema se dá com falta de tempo dos pais nas atividades culturais e esportivas

desenvolvidas dentro da escola.

Outra problemática que podemos ressaltar é quando a proposta política

pedagógica que a escola possui, mas que certa forma não contempla um

envolvimento direto dos pais, nas varias atividades desenvolvidas no âmbito escolar.

Quanto à situação problema podemos afirmar que a relação família e escola

nos dias atuais, encontram-se diversas dificuldades em integrar esta relação que

são alicerces fundamentais para o processo ensino aprendizagem. Acreditamos que

através do trabalho realizado, onde as partes com responsabilidade cumpram seu

papel para podermos realmente amenizar a situação em questão.

Em relação à primeira questão norteadora a escola necessita de vários meios

para se aproximar dos pais, no entanto, é necessário que a instituição promova

encontros, palestras e atividades que apresentam a importância da relação escola e

família.

Nota-se que, as instituições não estão conseguindo caminhar juntas nesse

processo, o que dificulta o desenvolvimento do trabalho com as crianças.

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Sem dúvida que cabe somente a escola favorecer situações que possam

fazer com que os pais participem. Sabemos que não é tarefa fácil, porém, ela deverá

buscar alternativas que possam estar estimulando os pais a estarem mais presentes

no ambiente escolar.

A segunda questão norteadora enfatiza o que deve ser feito para que os pais

participem da vida escolar dos filhos, sabemos que hoje é muito difícil encontrarmos

um pai que esta diretamente envolvido com questões escolares dos filhos, alguns

argumentam não terem tempo, que cabe a escola assumir os dois papeis e a outros

que contribuem para esta situação, então a instituição escolar deverá se posicionar

de uma outra forma que faça os pais se sentirem importantes deixando-os

totalmente envolvidos, contudo, é fundamental que a escola realize reuniões

diferentes e mais prazerosas com dinâmicas, brincadeiras, apresente

ilustrativamente situações problemas, pedindo sugestões e alternativas diante de

problemas ocorridos e no desenvolvimento das atividades.

A terceira questão norteadora menciona de que forma ela deve se posicionar

em relação aos pais que não participam da vida escolar dos filhos na primeira série.

Algumas escolas ficam alheias a esta situação, pois ele não se preocupa com esses

pais, na maioria das vezes apenas elogiam aqueles que participam das reuniões,

enquanto aqueles que não comparecem ficam esquecidos. Acreditamos que esta

questão precisa ser analisada, pois os mesmos precisam de um estímulo maior para

participar desse processo que o filho esta inserido.

E para finalizar a quarta norteadora ressalta a importância da relação família

escola no processo de ensino aprendizagem nas séries iniciais do ensino

fundamental.

Observamos as crianças que os pais se encontram presentes em sua vida

escolar seu desenvolvimento se dá de forma plena, ou seja, em todos os aspectos:

cognitivo e social, possui auto estima e todas as condições necessárias para que se

tenha um excelente aprendizado. Diferentemente das crianças que seus pais são

ausentes, possui um alto grau de dificuldade no seu aprendizado, são muito

inseguros, possui baixa estima, não se relacionam facilmente e na sua maioria são

agressivos, fato estes que comprometem todo o processo de ensino aprendizagem.

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Desse modo, concluímos que é necessário um trabalho conjunto entre família

e escola, para que haja de fato uma qualidade no processo ensino aprendizagem,

assim, acreditamos que a escola deve agir como elemento de união dos alunos, da

família e da comunidade.

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