monica vieira laboratório do trabalho e da educação profissional em saúde

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Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio Fundaçäo Oswaldo Cruz Seminário Nacional do PROFAPS Qualificação do trabalho e do trabalhador do SUS Observatório dos Técnicos em Saúde

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Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio Fundaçäo Oswaldo Cruz. Observatório dos Técnicos em Saúde. Seminário Nacional do PROFAPS Qualificação do trabalho e do trabalhador do SUS. Trabalhadores Técnicos em Saúde. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Monica Vieira

Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio

Fundaçäo Oswaldo Cruz

Seminário Nacional do PROFAPS

Qualificação do trabalho e do trabalhador do SUS

Observatório dos Técnicos em Saúde

Page 2: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Trabalhadores Técnicos em Saúde

Regulação profissional; Memória da educação profissional em saúde; Mapeamento da formação e inserção profissional; Trajetórias ocupacionais; Processo e relações de trabalho; formulação e implementação de políticas públicas,

de trabalho e educação na saúde

Page 3: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Dimensões fundamentais para pensar a qualificação do trabalho e do

trabalhador do SUS

Dinâmica da formação e inserção profissional em saúde;

Constituição do campo de RHS – Concepções sobre a relação trabalho-educação no SUS;

Representações do trabalhador sobre seu trabalho.

Page 4: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Dinâmica da formação e inserção profissional em saúde:

Cursos de educação profissional; Postos de trabalho; Caracterização de categorias ocupacionais:

gênero, escolaridade, horas trabalhadas e renda.

Page 5: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

CENSO ESCOLAR INEP/MEC

É uma base de dados de âmbito nacional que abrange os diferentes níveis da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, realizado pelo MEC em parceria com as Secretarias de Educação. A partir de 2001, incorpora os dados da Educação Profissional de Nível Técnico em todas as áreas: agropecuária e pesca, indústria, comércio e serviços.

PESQUISA AMS/IBGE

A Pesquisa Assistência Médico-Sanitária (AMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística desde 1975, é um levantamento censitário dos dados cadastrais e gerais dos estabelecimentos de saúde no País. A AMS informa o conjunto de postos de trabalho ocupados nos estabelecimentos de saúde. Não é possível traçar o perfil sócio-econômico e demográfico dos trabalhadores inseridos no mercado de trabalho em saúde.

PESQUISA PNAD/IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios é realizada anualmente, pelo IBGE , é uma pesquisa amostral que investiga diversas características socioeconômicas; Especificamente, para o estudo analisou-se as informações ocupacionais. Uma das primeiras buscas sobre a ocupação da pessoa foi feita com a variável “ocupação na semana de referência”. Em seguida, fez-se uma seleção apenas das categorias do setor saúde, por meio da variável “condição de atividade”, para encontrar o pessoal neste setor.

Page 6: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

48,7%

6,4%0,1%2,9%0,2%14,9%

0,6%

5,7%

1,9%

8,3%

0,1%4,3%

3,7%2,1%

Biodiagnóstico Enfermagem Estética FarmáciaHemoterapia Nutrição e DietéticaRadiologia e Diagnóstico por Imagem ReabilitaçãoSaúde Bucal Saúde VisualSegurança do Trabalho Vigilância Sanitária e ambientalOutras Não Informado

Gráfico - Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico em Saúde, segundo subáreas

de formação (percentual coluna). Brasil, 2005.

Fonte: Censo Escolar/INEP/2005.

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

Page 7: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Gráfico – Distribuição das matrículas em cursos diretamente vinculados à área da saúde segundo

dependência administrativa Brasil/ 2010

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

Fonte: Censo Escolar/INEP/2010.

Page 8: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Gráfico – Postos de Trabalho em Saúde segundo Nível de Escolaridade.

Brasil, 1978 e 1984.

Fonte: IBGE/AMS / 1978 / 1984

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

Page 9: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Gráfico – Postos de Trabalho em Saúde segundo Nível de Escolaridade.

BRASIL, 1999 E 2002.

Fonte: IBGE/AMS / 1999 / 2002

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

Page 10: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Fonte: IBGE /AMS / 2005

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

32,9

45,9

4,716,5

Federal Estadual Municipal Privado

Gráfico - Postos de trabalho de nível médio em saúde segundo a

esfera administrativa. Brasil, 2005

Page 11: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

Distribuição das Categorias Ocupacionais dos Trabalhadores em Saúde,

segundo Sexo, Brasil, 2005.

Fonte: IBGE/PNAD 2005

Page 12: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Observatório dos Técnicos em Saúde – EPSJV/ FIOCRUZ

Fonte: IBGE/PNAD 2005

-

10

20

30

40

50

60

%

Elementar Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

Setor Público % Setor Privado %

Distribuição da Escolaridade, segundo Esfera Administrativa, Brasil, 2005

Page 13: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Constituição do campo de RHS – Concepções sobre a relação trabalho-

educação no SUS

O início da estruturação do campo de RHS;

A institucionalização do campo; A nova configuração com a criação da

SGTES.

Page 14: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

O início da estruturação do campo de RHS

noção de RHS associada à década de 1950;

década de 1960 - estudos que buscavam identificar a força de trabalho inserida no setor;

década de 1970 marca o início do processo de institucionalização da área de RHS, com o propósito central de apoiar a criação de sistemas de desenvolvimento de RHS nos estados.

Page 15: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

A institucionalização do campo

A partir da 8ª CNS e da 1ª CNRHS o campo de RHS adquire maior nitidez, desencadeando um processo particular de discussão de suas temáticas próprias.

A segunda Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde, realizada em 1993, registrou a contradição entre a relevância conferida aos trabalhadores da saúde e a ausência de uma política que contemplasse um plano de carreira, cargos e salários no sentido de favorecer a consolidação do SUS.

Page 16: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

A institucionalização do processo de descentralização do SUS na década de 1990, com o aprofundamento da municipalização, repercutiu em mudanças na estrutura das relações de trabalho especialmente na responsabilização dos municípios para dar conta dos novos e múltiplos objetivos do projeto de reforma setorial com destaque para a contratação e gerência dos trabalhadores. Esse modelo de descentralização caracterizou-se pelo aumento dos gastos estaduais e municipais na área da saúde.

As políticas de RHS nos anos 1990 foram marcadas por grande instabilidade devido, sobretudo, ao menor consenso entre os sujeitos envolvidos com a implantação do SUS e pelo processo de reconfiguração gerencial do Estado brasileiro. A esses processos somam-se a histórica falta de priorização das questões da área.

Page 17: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

A nova configuração do campo de RHS com a criação da SGTES

Uma nova agenda (NOB RH, Trabalho na Saúde na XII CNS), criticando as orientações restritivas que pautaram as políticas públicas da década anterior, contribuiu para a construção das condições de reestruturação do Ministério da Saúde no início do Governo Lula, com a criação da SGTES;

Autores e entrevistados apontam o significativo avanço no sentido da estruturação de uma política de gestão do trabalho e da educação na saúde capaz de contribuir com a Política Nacional de Saúde. Até então, a questão da gestão e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde localizava-se na Coordenação de Políticas de Recursos Humanos.

Page 18: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Em busca de novas concepções:

tentativa de superação do conceito de Recursos Humanos. Ainda que na saúde a questão dos RHS ultrapasse a lógica administrativa, o conceito permanece enfatizando a racionalidade gerencial que reduz o trabalhador à condição de recurso restringindo-o a uma dimensão funcional;

Política Nacional de Educação Permanente em Saúde que, nos documentos divulgados parece tentar dar conta da relação trabalho/educação na saúde, ampliando as concepções até então relacionadas ao campo de RHS.

Page 19: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Repercussões criação SGTES

revisão das estruturas responsáveis pela questão de recursos humanos em saúde ampliando-se o quantitativo de secretarias que renomearam esses espaços, aproximando-se do desenho da SGTES;

alteração, em 2007, da denominação do antigo GT de “Recursos Humanos e Profissões”, criado em 1994 na Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) para “Trabalho e Educação na Saúde”.

o deslocamento da coordenação da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (RORHES), criada em 1999 por iniciativa da OPAS para a SGTES em 2003.

Page 20: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

representações do trabalhador de nível médio sobre seu

trabalho

trabalhador de nível médio; trabalhador do SUS; formação/inserção profissional; vínculo, reconhecimento, identidade.

Page 21: Monica Vieira Laboratório do Trabalho e da Educação Profissional em Saúde

Possibilidades para a qualificação do trabalhador no SUS

Ultrapassar a visão essencialista da qualificação, que parte das características objetivas das rotinas de trabalho, das tarefas para chegar aos atributos necessários dos trabalhadores;

Compreender a formação técnica como uma dimensão da qualificação, percebida como relação social, que decorre da relação entre capital e trabalho e de fatores sócio-culturais que influenciam o julgamento que a sociedade faz sobre os indivíduos;

Buscar os nexos entre trabalho e qualificação profissional em saúde na própria trama das relações políticas, técnicas e sociais presentes no interior do SUS;

Inscrever a questão da formação técnica em saúde no campo da relação trabalho-educação na saúde, compreendido como um campo de disputas;

Apoiar a organização dos trabalhadores e ampliar a aproximação com o movimento organizado de trabalhadores de nível médio em saúde.

Relacionar, portanto, com as questões do trabalho, da gestão do trabalho, dos vínculos, carreira, trajetórias profissionais, da regulação profissional e da própria conformação desse campo de disputas tradicionalmente conhecido como de Recursos Humanos no SUS;

Dar continuidade as ações já iniciadas como o fortalecimento da pós graduação na área, mestrados nacionais, ampliar as pesquisas sobre o campo da educação profissional em saúde, aprofundar a inserção da educação profissional em saúde nos GTs da ABRASCO, ANPED, ANPOCS, participar da definição e desenvolvimento de estudos da RORHES;