momento de fé - as melhores histórias (padre marcelo rossi)
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PPAADDRREE MMAARRCCEELLOO RROOSSSSII –– 22000044
MMOOMMEENNTTOO DDEE FFÉÉAASS MMEELLHHOORREESS HHIISSTTÓÓRRIIAASS
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Momento de Fé
As histórias contidas neste livro foram narradas pelo
Pd. Marcelo Rossi em seus programas de Rádio ou em seus
diálogos religiosos com os fiéis, servindo para exemplificar a
mensagem do Evangelho que ele busca transmitir. Muitos
foram os pedidos para que ele as recolhesse numa obra, a
exemplo do que já fizera anteriormente com o livro "Parábolas
que transformam vidas".
Através destas breves e singelas histórias podemos
contemplar a grandeza de Deus se manifestando na pequenez
e na fraqueza da pessoa humana. Tais relatos querem ser
mais que uma ilustração e um modo simples de
esclarecimento da doutrina cristã, mas desejam remeter, de
um modo bem acessível, à lição espiritual que brota da
mensagem de Jesus. O objetivo é, pois levar os ouvintes e
leitores a se predisporem a ir adiante à busca da Palavra do
Senhor e a traduzi-la no cotidiano de suas vidas.
Parabéns por este trabalho e as bênçãos de Deus para
o autor e para os que, lendo estas histórias, sentem o apelo
para reconhecer a dimensão espiritual como a realidade
essencial e que só pode ser encontrada plenamente na
Palavra de Deus.
Dom Fernando A. Figueiredo Bispo de Santo Amaro/SP
"Antes bem aventurados aqueles que ouvem a palavra
de Deus e as observam!"
(Lucas 11,28)
Foi uma grande alegria para mim, poder selecionar as
histórias que conto diariamente no meu programa Momento
de Fé na Rádio Globo, as quais têm emocionado as pessoas.
Entre as mais de 3.000 histórias que eu tinha em
mãos, tornaram-se difícil escolher estas 63 para fazerem
parte deste livro. O critério que acabei usando, foi no sentido
de poder ajudar as pessoas que se encontram tristes ou
deprimidas, e também mostrar como a Palavra de Deus pode
trazer força e vida para você, querido leitor, e para a sua
família.
Deus o Abençoe,
Pd. Marcelo M. Rossi.
O Milho Grande
Essa é a história de um fazendeiro bem sucedido. Ano
após ano ele ganhava o troféu "MILHO GIGANTE" na Feira de
Agricultura do seu município. Chegava com uma amostra do
milho na Feira, e saía vencedor com uma faixa azul
recobrindo o seu peito.
O milho que produzia era melhor a cada ano.
Numa dessas ocasiões, um repórter do jornal, ao
abordá-lo após a já tradicional colocação da faixa, ficou
intrigado com a informação dada pelo entrevistado sobre
como costumava cultivar o seu qualificado e valioso produto.
O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a
semente do milho gigante com os vizinhos.
Indagou o repórter: - Como você pode se dispor a
compartilhar a sua melhor semente com seus vizinhos,
quando eles estão competindo com você a cada ano?
O fazendeiro pensou por um instante e respondeu:
— Você não sabe? O vento carrega o pó do milho
maduro de um campo para o outro. Se meus vizinhos
cultivarem um milho inferior, a polinização degradará
continuamente a qualidade da minha plantação. Se eu quiser
cultivar um milho bom eu tenho que ajudar os meus vizinhos
a também cultivarem um milho bom.
Moral da história:
A produção de milho do fazendeiro não poderia
melhorar se a do vizinho também não tivesse sua qualidade
melhorada. Isto vale para qualquer dimensão de nossas
vidas. Os que escolhem estar em paz, devem fazer com que
seus vizinhos estejam em paz, os que querem viver bem, têm
que ajudar os outros a viverem bem, e os que querem ser
felizes, têm que ajudar os outros a encontrarem a felicidade,
pois é também no relacionamento com os outros que depende
a construção de nossas vidas.
Conselhos
Dona Luiza era uma senhora de 92 anos, impecável,
elegantemente vestida e bem penteada. Estava de mudança
para uma casa de repouso, pois, o marido com quem vivera
durante 70 anos, havia morrido e ela ficara só...
Depois de esperar pacientemente por duas horas na
sala de visitas, ela deu um lindo sorriso quando a atendente
veio dizer que seu quarto estava pronto. A caminho de sua
nova morada, a atendente ia descrevendo em detalhes o
minúsculo quartinho, inclusive as cortinas floridas que
enfeitavam a janela.
— Ah, eu adoro essas cortinas - disse ela, com o
entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um
filhote de cachorrinho.
— Mas a senhora ainda nem viu o seu quarto...
— Nem preciso ver - respondeu - a felicidade é algo que
você decide de antemão. E eu já decidi que ia gostar! É uma
decisão que tomo todos os dias, quando acordo.
Sei, eu tenho duas escolhas: posso passar o dia inteiro
na cama contando às dificuldades que tenho em algumas
partes do meu corpo que não funcionam bem, ou posso
levantar-me da cama agradecendo pelas outras que ainda me
obedecem. Cada dia é um presente do alto, e quando meus
olhos se abrem, ou focalizá-los no novo dia e também nas
boas lembranças que eu guardei para este momento da
minha vida.
Moral da história:
A vida não é medida pelo número de vezes em que você
respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego
ao sorrir ou em ocasiões de surpresa e de felicidade! Fica a
pergunta: O que estamos plantando? Amor ou
ressentimento? Vida ou morte? Que Jesus nos faça
testemunha de uma vida na sua graça!
O Pãozinho
Há muitos anos, houve um período de grande fome no
mundo, e os pobres sofriam muito sem ter o que comer. Um
homem rico, que amava crianças, chamou vinte delas e disse:
— Nesta cesta há um pão para cada um de vocês.
Peguem e voltem todos os dias, até passar esta época de fome
vou lhes dar um pão por dia.
As crianças estavam esfomeadas.
Partiram para cima da cesta e brigaram pelos maiores
pães. Nem se lembraram de agradecer ao homem que tivera
tanta bondade para com elas. Após alguns minutos de briga e
avanço nos pães todos foi embora correndo, cada um com
seu pão, exceto uma menininha chamada Maria, ela, ficou lá,
sozinha, à pequena distância do homem. Então, sorrindo, ela
pegou o último pão, o menor de todos, e agradeceu de
coração.
No dia seguinte, as crianças voltaram e se
comportaram pior do que no dia anterior. Maria, que não
entrava na confusão, ficou somente com um pãozinho bem
fininho, que não era nem a metade do tamanho dos outros.
Porém, quando chegou a casa e a mãe foi cortar o pãozinho,
caíram de dentro dele, seis moedas bem brilhantes de prata.
— Oh Maria! - exclamou a mãe. — Deve haver algum
engano, por que esse dinheiro não nos pertence. Corra o mais
rápido que puder devolva-o ao seu verdadeiro dono!
Maria correu para devolver o dinheiro, mas, quando
deu o recado da mãe, o senhor lhe disse:
—Não, não foi engano nenhum. Eu mandei colocar as
moedas no menor dos pães, para recompensá-la. Lembre-se
ainda de agradecer por ele, vão receber muitas bênçãos bem
mais valiosas que o dinheiro que você encontrou nesse pão.
Moral da história:
Jesus, em Sua infinita misericórdia, derrama muitas
graças sobre cada um de nós. Ele sempre está com os olhos
voltados para a nossa direção. Ele nos pede para sermos
humildes e estarmos dispostos a nos despojarmos dos nossos
desejos, na realização da sua vontade e no serviço ao
próximo.
Cheiro de Deus
Um vento frio dançava ao redor da noite, enquanto o
médico caminhava pelo pequeno hospital em direção ao
quarto de Maria. Ainda meio tonta por causa da anestesia,
seu marido, Pedro, segurava sua mão, esperando pelas
últimas notícias da cirurgia. Naquela tarde complicações
tinham forçado Maria, com apenas 24 semanas de gravidez, a
sofrer uma cesariana de emergência, trazendo ao casal a nova
filha, Carol. Mas as palavras do médico caíram como uma
bomba sobre eles: — Não acredito que a criança sobreviva, há
apenas 10% de chance dela passar desta noite.
Entorpecidos e incrédulos, Pedro e Maria escutaram o
médico descrevendo os problemas que Carol enfrentaria se
sobrevivesse. Ela nunca andaria, não falaria, provavelmente
ficaria cega, e estaria entre a paralisia cerebral e o total
retardamento mental.
Durante a madrugada, enquanto a vida de Carol estava
por um fio, Maria, entre um sono e outro, via crescer a idéia
de que sua minúscula filha viveria para ser uma menina feliz
e saudável. Mas Pedro, plenamente acordado, sabia que
deveria convencer sua esposa do inevitável. Disse então, que
eles precisavam conversar sobre o enterro. Maria, sem querer
ouvir o marido, ignorava o que ele dizia. Como Carol estava
muito fragilizada, mal podiam tocá-la ou levantá-la para
demonstrarem seu afeto e que estavam ali esperando que
fosse curada. Tudo o que podiam fazer era orar, pedindo a
Deus que ficasse perto daquela menina tão querida e
preciosa. Com o passar das semanas, Carol ganhou um
pouco de peso e força. Quando completou dois meses, seus
pais puderam dar-lhe o primeiro abraço. E dois meses mais
tarde, embora os médicos continuassem a advertir que suas
possibilidades de sobrevivência eram remotas, Carol foi para
casa, assim como sua mãe acreditava que aconteceria. Hoje,
Carol é uma menina com um insaciável amor pela vida. Ela
não demonstra sinal de qualquer dano mental ou físico.
Numa tarde, Carol estava sentada nas arquibancadas
de um estádio, assistindo ao jogo do time de João, seu irmão.
Como sempre, ela falava sem parar com sua mãe, quando de
repente, deixou-se cair silenciosa, com a cabeça encostada no
colo da mãe, e perguntou:
—Está sentindo este cheiro?
— Sim, cheiro de chuva - respondeu a mãe. Carol
fechou os olhos novamente e perguntou:
— A senhora está sentindo este cheiro?
— Sim, acho que vamos nos molhar, é cheiro de chuva.
Carol sacudiu a cabeça e falou:
— Não, é o cheiro Dele, é o cheiro de Deus que eu sinto
quando coloco a cabeça próxima ao seu coração.
Emocionada, Maria viu nas palavras da filha a confirmação
do que ela e toda família já sabiam desde o início. Durante
aqueles longos dias e noites dos seus primeiros meses de
vida, quando seus nervos eram por demais sensíveis para que
a mãe pudesse tocá-la, Deus segurava Carol contra seu peito
e deixava em seu coração o seu perfume de amor, o qual ela
jamais esqueceria.
Moral da história:
Você ainda acha que Jesus não pode fazer o impossível
na sua vida? Faça esta experiência, se lance nos braços de
Jesus e veja quantos milagres acontecem com você!
Deus transforma o impossível em POSSÍVEL...
Cuida do Mais Importante
Certa vez um jovem recebeu do rei a tarefa de levar
uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma
terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino
para usar na jornada.
— Cuida do mais importante e cumprirás a missão! –
disse o soberano ao se despedir.
Assim, o jovem preparou-se, escondeu a mensagem na
bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro
amarrada à cintura.
Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E nem
sequer pensava em falhar. Queria que todo o reino soubesse
que era um nobre e valente rapaz. Para cumprir, porém,
rapidamente sua tarefa, ele por vezes deixava a estrada e
pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia
o máximo do animal. Quando parava numa estalagem,
deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da
carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou lhe
providenciar alguma ração.
— Assim meu jovem, acabará perdendo o animal. –
disse alguém.
— Não me importo. - respondeu ele. — Tenho dinheiro.
Se este morrer, compro outro. Não fará nenhuma falta!
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre
animal não suportando mais os maus tratos, caiu morto na
estrada. O jovem simplesmente seguiu o caminho a pé.
Acontece que nessa parte do país, havia poucas
fazendas e estas eram muito distantes umas das outras.
Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe
fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já tinha deixado
pelo caminho toda a bagagem, com exceção das pedras, pois
se lembrava da recomendação do rei: "Cuide do mais
importante!”.
Seu passo se tornou curto e lento. As paradas
freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer
momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no
salto de sua bota. Mais tarde caiu exausto ao lado da estrada,
onde ficou desacordado.
Uma caravana de mercadores, que seguia viagem para
o seu reino, o encontrou e cuidou dele.
Ao recobrar os sentidos, percebeu que estava de volta
em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o
que havia acontecido e colocou toda a culpa do insucesso nas
costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.
— Porém, majestade, conforme me recomendaste
“cuidar do mais importante", aqui estão às pedras que me
confiaste. Devolvo-as a ti, não perdi nenhuma sequer.
O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o
despediu, demonstrando completa frieza diante de seus
argumentos.
Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa,
ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a
mensagem do rei, que dizia:
"Ao meu irmão, rei da Região do Norte. O jovem que te
envio é candidato a casar-se com minha filha. Esta jornada é
uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo.
Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me,
portanto, este grande favor: verifique o estado do cavalo. Se o
animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a
fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém,
perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um
bom marido, nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro
do reino e não dará importância à rainha nem aqueles que o
servem".
Moral da história:
Muitas vezes nos preocupamos com o exterior e
esquecemos o mais importante: O que está no coração. Jesus
nos ensina que em todos os dias, devemos viver como
testemunhas vivas do seu Amor. Vamos assumir esta missão
e lançar fora o que nos impede de nos aproximarmos de
Deus...
O Violinista
Havia um violinista cuja competência em sua arte era
inigualável. Certa vez, decidido a enfrentar novos desafios,
propôs a si mesmo entrar numa selva habitada por animais
selvagens. Acreditando no poder de sua música, julgava que
chamaria a atenção dos animais, tocando-lhes seus corações
despertando o que de melhor havia dentro de cada um deles.
As pessoas tentaram impedi-lo, mas não conseguiram. E lá
foi o violinista embrenhar-se no mato, levando apenas o seu
violino, e sua arte e a sua fé.
Estava no meio da floresta quando o leão o farejou. A
fera ao sentir a sua presa, veio correndo, e quando ia dar o
bote fatal, ouviu o som que saía do violino e admirado com a
música, ficou ao lado dele para saborear as notas musicais
liberadas pelo violinista através do seu instrumento de
trabalho.
Pouco depois, o tigre também farejou a refeição em
potencial, veio correndo e quando ia abocanhar sua presa,
ficou admirado com o som emitido do violino e também se
colocou ao lado do leão para contemplar a performance do
violinista.
E assim, cada animal que avistava ou farejava o
homem e seu violino, aproximava-se decidido a devorá-lo,
mas quando envolvido pelo som que ele tocava, apaziguado
em seu ânimo, superava os próprios instintos e acomodava-
se junto aos outros para apreciar o show. Assim prosseguia,
até que a onça também passou por perto, farejou o violinista
e veio correndo, passou por cima dos outros animais e
devorou o pobre homem. Os animais ficaram chocados com
tanta maldade e foram perguntar a onça o porquê do ato tão
cruel. A porta voz dos animais, a hiena, indagou:
— Dona Onça, dona Onça... Como pôde? Será que
tamanha música não foi capaz de sensibilizá-la?
A onça sem nada entender sobre o que estava
acontecendo diz:
— Cada vez nos tornamos melhores e mais santos,
embora sempre pecadores... Então, por que devo me
preocupar ou me entristecer?
O senhor ficou muito admirado com a sabedoria do
homem e entendeu a situação daqueles que, embora
pecadores conheçam e amam a Deus.
Honestidade
Certa vez, um homem rico perdeu uma bolsa com
quatrocentas moedas de ouro. Então, anunciou nos jornais
da cidade que daria uma boa gratificação a quem achasse a
bolsa. Dias depois, apareceu um pobre, muito honesto,
conhecido na cidade, trazendo-lhe a bolsa com as
quatrocentas moedas. O rico contou as moedas estavam
todas ali; mas, como era muito ganancioso procurou um jeito
de não dar a gratificação. Então, olhou para aquele homem
humilde e lhe disse:
— Faltam cem moedas. Tu não mereces gratificação
nenhuma.
O pobre homem foi expor o fato ao juiz. O juiz chamou
o rico e perguntou:
— Quantas moedas havia na bolsa que você perdeu?
— Quinhentas - respondeu-lhe o rico.
— E quantas há na bolsa que este homem trouxe?
— Quatrocentas, respondeu o rico.
Aí o juiz disse:
— Então essa bolsa não é a sua. Devolve a este homem
e vai embora. Quando aparecer o verdadeiro dono, ele a
entregará.
Moral da história:
Devemos ter em nosso coração a humildade e
reconhecer em cada um o verdadeiro valor pessoal. A
ganância somente nos leva para o abismo, por isso vamos
deixar que Jesus conduza todas as nossas atitudes para
assim merecermos a graça divina.
Ensinamento de Deus
Um homem com vontade de saber sempre mais,
procurou três pessoas, sendo uma delas um sacerdote. Ao
primeiro homem perguntou se ele conseguiria lhe passar
todos os ensinamentos da Bíblia. O homem respondeu que
era impossível. Então procurou uma segunda pessoa e fez a
mesma pergunta, obtendo como resposta: — Você quer um
milagre?
Então procurou o sacerdote e lhe fez a mesma
pergunta. O padre com um sorriso no rosto respondeu:
— Claro que posso, disponha-se para acolhê-los.
— Pronto - disse o homem.
E o padre simplesmente respondeu: — AME!
— Mas, só isso? - Respondeu o homem, cheio de
dúvidas. O padre lhe respondeu:
— A Bíblia nos transmite principalmente o amor.
— Mas e o resto? Tornou ele a perguntar.
— O restante do conteúdo da Bíblia explica justamente
como e o porquê se deve amar.
O homem, porém, saiu insatisfeito com a lição que
tinha recebido porque não escutou o que queria e o que já
tinha em sua mente.
Moral da história:
Vamos basear nossas vidas nos Ensinamentos de
Jesus transmitidos pela Palavra Sagrada, a Bíblia. Não tenha
medo de adquirir a Sabedoria Divina e compreenda sempre
mais o que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a si mesmo.
O Padre e o Homem
Um homem chegou exausto ao mosteiro e disse:
— Estou procurando Deus há muito tempo, talvez o
senhor me ensine a maneira correta de encontrá-Lo.
— Entre e veja o nosso convento! Disse o padre,
pegando-o pela mão e levando-o até à capela.
— Aqui estão as mais belas obras de arte do século
XVI, que retratam a vida do Senhor e a Sua glória junto aos
homens.
O homem aguardou, enquanto o padre explicava cada
uma das belas pinturas e esculturas que adornavam a
capela. No final, repetiu a pergunta:
— Muito bonito tudo o que vi. Mas eu gostaria de
aprender a maneira mais correta de encontrar Deus.
— Deus! - respondeu o padre. — Você disse muito bem:
— Deus! E levou o homem até o refeitório, onde estava sendo
preparado o jantar dos monges.
— Olhe à sua volta: daqui a pouco será servido o
jantar, e você está convidado para comer conosco. Poderá
ouvir a leitura das Escrituras, enquanto sacia sua fome.
— Não tenho fome, e já li toda a Escritura - insistiu o
homem — Vim até aqui para encontrar Deus.
O padre de novo pegou o estranho pelas mãos, e
começaram a caminhar pelo claustro, que circundava um
belo jardim.
— Peço aos meus monges para manterem a grama
sempre cortada, tirarem as folhas secas da água da fonte que
você vê ali no meio. Penso que este é o mosteiro mais limpo
de toda a região.
O estranho caminhou um pouco com o padre, depois
pediu licença, dizendo que precisava ir embora.
— Você não vai ficar para jantar? - Perguntou o
sacerdote.
Enquanto montava no seu cavalo, o estranho
comentou:
— Parabéns por sua bela igreja, pelo refeitório
acolhedor, pelo pátio impecavelmente limpo. Entretanto, eu
viajei muitas léguas apenas para aprender a encontrar Deus,
e não para deslumbrar-me com eficiência, conforto, e
disciplina.
Um trovão caiu do céu, o cavalo relinchou forte, e a
terra foi sacudida. De repente, o estranho tirou seu disfarce,
e o padre viu que estava diante de Jesus.
— Deus está onde o deixam entrar - disse Jesus - mas
vocês fecharam a porta deste mosteiro para Ele, usando
regras, orgulho, riqueza e ostentação. Da próxima vez que um
estranho se aproximar pedindo para encontrar Deus, não
mostre o que vocês conseguiram em nome dele, ouça a
pergunta, e tente respondê-la demonstrando amor, caridade e
simplicidade.
Moral da história:
Deus se faz presente em todos os momentos. Para
percebê-lo, vê-lo e principalmente senti-lo basta apenas
abrirmos o coração e deixai que Jesus faça nele sua real e
verdadeira moradia.
Ninguém Pode Estragar o Seu Dia
(a menos que você permita)
Paulo acompanhava um amigo, Daniel, fora à banca de
jornal. Daniel cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas,
como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, Daniel
sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final
de semana. Quando os dois amigos desciam pela
rua, Paulo perguntou:
— Ele sempre lhe trata com tanta grosseria?
— Sim, infelizmente é sempre assim.
— E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
— Sim, sou.
— Por que você é tão educado, já que ele é tão rude
com você?
— Porque não quero que ele decida como eu devo agir.
Devemos sempre permanecer de pé perante as dificuldades e
não permitir que acabe com a nossa Fé. Não devemos nos
curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à
disposição do mau humor, da impaciência, da inveja e da
raiva.
Moral da história:
Jesus é quem sempre conduz os nossos passos e
principalmente a nossa vida.
Com os olhos do Puro: Amor de Jesus
Aconteceu num dia em que estava com minha filha no
zoológico. Vi uma avó com uma garotinha cujo rosto era todo
salpicado de sardas vermelhas e brilhantes. As crianças
estavam esperando numa fila para que um artista pintasse
suas faces com patinhas de tigre.
— Você tem tantas sardas que ele não vai ter onde
pintar um menino gritou na fila.
Sem graça, a menininha abaixou a cabeça. A avó
ajoelhou-se perto dela e disse:
— Gosto de suas sardas.
— Mas eu detesto - ela replicou.
— Quando eu era menina, sempre quis ter sardas -
disse a senhora, passando o dedo pela face da neta — sardas
são tão bonitas!
A menina levantou o rosto:
— São mesmo?
— Claro - disse a avó — Quer ver? Diga-me uma coisa
mais bonita que sardas.
A garotinha, olhando para o rosto sorridente da
senhora, respondeu suavemente:
— Rugas.
Aquele momento me ensinou que, se olharmos para os
outros com os olhos do amor, não veremos o que eles possam
ter de feio ou defeitos. Apenas o que têm de bonito.
"As rugas indicavam apenas onde os sorrisos
estiveram".
Moral da história:
Jesus também não enxerga em nós apenas os defeitos
ou os problemas, muito pelo contrário, com tanto amor
irradiando de seu Coração, Ele nos observa com muita
Misericórdia.
O Senhor Palha
Há alguns anos atrás existia um homem chamado
senhor Palha. Ele não tinha casa, mulher, nem filhos. Para
falar a verdade, só tinha a roupa do corpo. Ele era tão pobre
que mal tinha o que comer e era magrinho como fiapo de
palha, por isso as pessoas o chamavam de senhor Palha.
Todo dia o senhor Palha ia à igreja pedir a Deus para
melhorar a sua vida e nada acontecia. Até que um dia ele
ouviu uma voz a sussurrar:
— A primeira coisa que você tocar quando sair da igreja
será um motivo de grande bênção.
O senhor Palha levou um susto. Esfregou os olhos,
olhou em volta, mas viu que estava bem acordado e a igreja
vazia. Mesmo assim saiu pensando:
— Eu sonhei ou foi Deus quem falou comigo?
Na dúvida correu para fora da igreja, mas na pressa, o
pobre senhor Palha tropeçou nos degraus e foi rolando até o
final da escada, onde caiu na terra. Ao se por de pé, ajeitou
as roupas e percebeu que tinha alguma coisa na mão. Era
um fiapo de palha.
— Bom - pensou ele — um fiapo de palha não vale
nada, mas se Deus quis que eu pegasse é melhor guardá-lo.
Pouco depois apareceu uma libélula zumbindo em volta
de sua cabeça. Tentou espantá-la, mas não adiantou. A
libélula continuava voando ao seu redor. Muito bem -
Pensou ele — se não quer ir embora, fique comigo.
Apanhou a libélula e a amarrou no fiapo de palha, dando a
impressão de ser uma pequena pipa. E continuou descendo a
rua com o bichinho preso no fiapo de palha.
Logo à frente encontrou uma florista com o filho, a
caminho do mercado onde iam vender flores. A criança estava
muito cansada, mas quando viu a libélula amarrada no fiapo
de palha seu rosto se animou.
— Mãe me dá uma libélula!
— Bom - pensou o senhor Palha — Deus me disse que
o fiapo de palha seria um motivo de grande bênção, mas esse
garotinho está tão cansado, que pode ficar mais feliz com o
presentinho. E deu a libélula para o garoto.
— É muita bondade sua - disse a florista — Não tenho
nada para lhe dar em troca, além de uma rosa.
O senhor Palha agradeceu e continuou seu caminho
levando a rosa. Andou mais um pouco e viu um jovem rapaz
de cabeça baixa sentado numa árvore. Parecia tão infeliz, que
o senhor Palha lhe perguntou o que estava acontecendo e o
rapaz disse que iria pedir à sua namorada em casamento,
mas, não tinha nada para dar como presente.
— Bem, também sou pobre, não tenho nada de valor,
mas se quiser dar a ela esta rosa, é sua.
O rapaz ficou tão feliz que em retribuição deu três
laranjas ao senhor Palha. E assim seguiu caminhando com
as saborosas frutas. Logo em seguida, encontrou um
vendedor carregando muito peso e com muita sede, não
conseguindo dar nem mais um passo.
— Acho que não tem nenhum poço por aqui, disse o
senhor Palha, mas se quiser tome essas laranjas, talvez elas
matem a sua sede.
O vendedor ficou tão grato que pegou um rolo da mais
fina seda e deu ao senhor como agradecimento. O senhor
Palha seguiu mais uma vez pela rua com o rolo de seda
debaixo do braço. Não deu dez passos e viu passar uma
carruagem na qual uma moça era conduzida, ela, sem pensar
perguntou:
—Onde o senhor arrumou essa seda? É justamente o
que estou procurando. Hoje é o aniversário de meu pai e
quero lhe dar algo belo.
— Bem, já que é aniversário dele, tenho o prazer de lhe
dar essa seda.
— O senhor é muito generoso e como agradecimento
aceite essa jóia em troca.
A carruagem se afastou deixando o senhor Palha
segurando a jóia de inestimável valor. Então ele falou consigo
mesmo:
— Muito bem, comecei com um fiapo de palha que não
valia nada e agora tenho uma jóia.
Levou a jóia ao mercado, vendeu-a e com o dinheiro
comprou terras. Trabalhou muito, arou, semeou, colheu e a
cada ano a plantação produzia mais alimentos. Em pouco
tempo o senhor Palha ficou muito bem de vida, podendo
ajudar muitas pessoas sem olhar a quem fazia o bem.
Diziam que a mudança de sua vida tinha começado
com um fiapo de palha, mas muitos tinham a certeza de que
foi no momento em que ele ouviu, obedeceu e colocou em
prática o que Deus lhe falou...
Moral da história:
Jesus nos indica o melhor caminho. Mas nós como
agimos? Nós o obedecemos ou simplesmente ignoramos as
suas Palavras? Para a nossa total mudança e principalmente
para a nossa felicidade, deixemos que Deus restaure por
inteiro o nosso coração.
Um Par de Sapatos
Era uma tarde fria de inverno. Uma senhora passa pela
rua e vê um menino de pé descalços, roupa em frangalhos,
diante de uma vitrine. Seus olhinhos estão presos na
exposição de sapatos. Ela perguntou sorrindo:
— O que está fazendo aqui? Não está sentindo frio?
— Estou pedindo ao bom Jesus que me arranje um par
de sapatos.
— Então venha comigo. Vejamos se Jesus gosta de
ajudar meninos como você.
Entrou com ele na loja, onde, aliás, era muito
conhecida e pediu uma bacia com água quente para lavar os
pés do menino. Depois lhe comprou meias de lã e um par de
sapatos. O garotinho continuava surpreso sem dizer uma
palavra. No final, quando a mulher fez menção de deixá-lo,
ele a fitou demoradamente, olhinhos úmidos e perguntou:
— A senhora é a Mãe de Jesus?
— A Mãe de Jesus? Não, meu filho, apenas a sua serva.
Moral da história:
Jesus espera que sejamos testemunhas do seu Amor.
Por isso, todos os dias, Ele coloca em nosso caminho pessoas
que necessitam de alguma ajuda. Basta deixarmos que o
Espírito Santo nos conduza e então seremos verdadeiros
instrumentos do Amor de Jesus.
As Mãos de Jesus
Uma pequena menina tinha uma mãe muito bonita,
exceto as mãos que eram ressecadas e com horríveis
cicatrizes. Um belo dia perguntou à mãe porque suas mãos
eram daquela forma. Disse-lhe a mãe que quando a menina
era ainda criança, sua casa tinha incendiado e que ela tinha
conseguido chegar ao andar superior, onde ela dormia no
berço. Com a ajuda do Senhor pôde retirá-la de lá e levá-la
para fora, em segurança. Ela nada sofrera, mas suas mãos de
mãe acabaram ficando bastante queimadas. Ao ouvir o relato
da mãe, a menina, soluçando e com muita ternura lhe falou:
— Mãe, você sabe que sempre admirei seu rosto, seu
sorriso, seus olhos. Mas agora eu quero lhe dizer que nada é
tão lindo quanto as suas mãos.
Moral da história:
As mãos do Senhor alimentaram a multidão no deserto,
repartindo os poucos pães e peixes. Elas purificaram o
leproso no caminho. Amassaram o barro que foi colocado nos
olhos do cego para que tornasse a ver. E quando disse a
Tomé:
"Coloca aqui o teu dedo, e vê as minhas MÃOS", (João
20, 27), fortaleceu a fé, não apenas nele, mas em todos os
apóstolos. Aquele que deixou a glória dos céus fazendo-se
carne por nós morreu numa cruz para que tivéssemos os
pecados perdoados e fôssemos salvos. Ele traz em suas Mãos
compassivas as cicatrizes que serão, para nós, uma
lembrança eterna do seu grande Amor. As Mãos de Jesus
poderão transformar a situação difícil em que você vive, em
momentos de alegria, basta crer na Misericórdia de Jesus e
deixar-se ser conduzido pelo Seu amor.
Os Patins
Havia um menino apaixonado por patins. Era tudo o
que ele queria na vida. Pediu, implorou, tanto fez que um
belo dia, eis que conseguiu o que tanto queria! Ficou muito
feliz com o par de patins, tão feliz que não desgrudava dele
um só minuto.
Era dia e noite, o menino e os patins. Só que no
primeiro tombo, no primeiro arranhão, ele ficou com medo e
resolveu guardá-los.
Os patins ainda eram a coisa que ele mais queria
naquele momento. O que ele mais gostava de fazer era estar
com eles. Mas preferiu não arriscar, não usá-los mais, pois
poderia se machucar, se ferir.
O tempo foi passando e os patins ficaram guardados.
Passaram-se anos e o garoto esqueceu os patins. Então, num
belo dia, ele se lembra e resolve recuperar o tempo perdido.
Vai até o armário, revira tudo e finalmente os encontra. Corre
para calçá-los e aí tem uma surpresa. Os patins não cabem
mais em seus pés. O menino, acometido de uma profunda
tristeza, chora e lamenta os anos perdidos, lamenta o tempo
que não vai mais poder recuperar.
É claro que ele poderia comprar outro par, mas nunca
seriam iguais àqueles. Muitas vezes somos como o menino,
guardamos sentimentos com medo de vivê-los, com medo de
nos machucarmos, e depois, quando resolvemos retomá-los
já terá passado muito tempo.
Aqueles patins eram especiais para o garoto, eram
únicos. Por mais que comprasse patins novos, nenhum outro
seria igual àquele que ficou guardado tão somente por falta
de coragem de continuar tentando.
Moral da história:
Não permita que os obstáculos, os ressentimentos,
mágoas e medos impeçam de você viver a Graça e sentir o
Amor de Jesus agindo em sua vida. Não guarde seus patins.
Se Queres
Se queres descobrir o amor em teu ser, primeiro
observa o nascimento das flores sobre as pedras, o
nascimento da borboleta em seu casulo tão limitado...
Observa o sol nascendo e iluminando o que há pouco era só
escuridão... Se queres conhecer o amor, observa o movimento
gracioso do vento por entre as flores e vê as sementes sendo
lançadas para outros solos, transformando-os,
delicadamente, sem pressa. Observa a generosidade com que
a natureza te acolhe, mostrando com seus movimentos a
importância de te sentires como ela se sente.
Se queres sentir o amor, olha para os teus irmãos com
a disposição de, sem julgamento, vê-los como eles são. Olha
para ti e aceita o que vem do teu coração.
Se queres compartilhar o amor, apenas estende tua
intenção e ela chegará ao mundo e a ti retornará, trazendo-te
as bênçãos de Deus que sorri com a tua conduta.
Se queres prosseguir com o amor, procure viver de
acordo com as virtudes que te foram dadas por Deus...
Se queres sentir o verdadeiro amor, entrega-te por
completo nas mãos de Jesus e verás o Milagre da vida
acontecer em ti.
O Cavaleiro e o Frei
Havia na Europa medieval, num vilarejo, uma ponte
onde só podia passar uma pessoa de cada vez, pois a ponte
era estreita.
Certo dia, vinha de um lado um monge e do outro um
cavaleiro com seu exército. Ao chegar ao meio da ponte o
cavaleiro disse ao religioso:
— Frei, volte para eu poder passar!
O Frei respondeu:
— Eu estava aqui primeiro, e você deverá ceder à vez
para que eu possa passar!
O cavaleiro lançou então um desafio:
— Frei, responda-me uma questão e eu o deixarei
passar primeiro: Qual é a diferença entre o céu e o inferno?
O Frei se negou a responder e o cavaleiro, tomado de
fúria, desembainhou sua espada ameaçando matá-lo. O Frei
lhe diz de imediato:
— Já lhe respondi sua pergunta, ó nobre cavaleiro!
Admirado, o cavaleiro quis saber do Frei qual tinha sido a
resposta, que lhe diz com extrema sabedoria:
— Quando quisestes me atacar, vós estáveis no inferno.
No momento, porém, em que se arrependeu e não me atacou,
deixastes o inferno, indo para o Céu.
Diante desta resposta o cavaleiro e seu exército
retornaram à extremidade da ponte e foram abençoados pelo
Frei.
Moral da história:
Todas as vezes que cometemos alguma falta, Jesus na
sua infinita Misericórdia está de coração aberto esperando
que nos voltemos para Ele, arrependidos. Por mais dolorosa
que seja a sua queda, não tenha medo, permita que Jesus
restaure o seu coração.
Honestidade Não Tem Preço
A história é comovente. Fala de uma honestidade a
toda prova e é contada por Vladimir, um jovem prisioneiro de
um campo de concentração no nordeste da Sibéria. Ele tinha
um companheiro de prisão chamado André.
Ambos sabiam que daquele lugar poucos saíam com
vida, pois os alimentos que os prisioneiros recebiam não os
manteriam vivos por muito tempo. A taxa de mortalidade era
extremamente alta, por causa do regime de fome e dos
trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros em sua
maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos.
Vladimir tinha, em uma pequena caixa, alguns
biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar, coisas que sua
mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil
quilômetros de distância. Guardava aqueles alimentos para
quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não
tinha chave, ele a levava sempre consigo. Certo dia, ele foi
designado para um trabalho temporário em outro campo. E,
como não sabia o que fazer com a caixa, André lhe disse:
— Deixe comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de
que ficará em segurança comigo.
No dia seguinte da sua partida, uma tempestade de
neve que durou três dias tornou intransitáveis todos os
caminhos, impossibilitando o transporte de provisões. O
jovem sabia que no campo de concentração em que ficara
André, as coisas deviam estar muito difíceis. Dez dias depois,
as estradas foram reabertas e o jovem retornou ao campo.
Chegou à noite, quando todos já haviam voltado do trabalho,
menos André que não estava entre os demais. Dirigiu-se ao
capataz e lhe perguntou:
— Onde está André?
— Ele está em uma cova enorme junto com outros
tantos prisioneiros - respondeu ele. Mas antes de morrer
pediu-me que guardasse isto para você.
Vladimir sentiu um forte aperto no coração. Nem
minha manteiga nem os biscoitos puderam salvá-lo, pensou.
Abriu a caixa e dentro dela ao lado dos alimentos intactos,
encontrou um bilhete dizendo:
"Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso
mexer as mãos. Não sei se viverei até você voltar, porque
estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha
mulher e meus filhos. Você sabe o endereço. Deixo as suas
coisas com o capataz. Espero que as receba intactas. André."
Moral da história:
Jesus sempre age em nossa vida com todo amor que
está em seu Coração. Como somente Ele sabe o que é melhor
para nós, devemos sem duvidar, confiar em sua Misericórdia.
O Preço de Um Resgate
A missa transcorria dentro do normal quando o jovem
padre, no lugar dos avisos dominicais, chamou um senhor
para que esse lhes contasse uma história. Depois dos
costumeiros cumprimentos, disse aos que lá estavam:
— O que vou contar a vocês aconteceu comigo alguns
anos atrás. Um pai, seu filho e o amigo dele estavam
navegando em pleno mar aberto quando foram surpreendidos
por uma tempestade. Mesmo sendo experiente, o pai não
conseguiu evitar que a força das ondas arrastasse o seu filho
e o amigo para dentro do mar. Sem demora o pai pegou a
única bóia de resgate que havia e teve que tomar uma difícil
decisão: a qual dos jovens deveria lançar a bóia. Não tinha
muito tempo. Sabia que seu filho era temente a Deus, sério
cumpridor dos mandamentos; mas seu amigo, infelizmente
não era. Como a angústia aumentava na medida em que a
tempestade também ficava pior, o pai não teve dúvidas.
Gritou ao seu filho:
— Querido, sabes que eu te amo e que Deus é todo
misericordioso, lança-te nas mãos dele e recomenda-te a
Maria Santíssima!
E atirou a bóia para o outro, salvando-o. Seu filho, no
entanto, desapareceu nas ondas e nem mesmo seu corpo foi
encontrado.
Todos olhavam com atenção, e ele concluiu:
— O pai tomou essa decisão, pois sabia que seu filho,
morrendo, iria para Deus, mas temia pelo destino do seu
amigo, que trilhava o mau caminho. Por isso escolheu
abandonar o filho e salvar o outro.
Depois dos aplausos, no final da missa, um jovem veio
ao encontro do senhor e disse:
— Foi uma bela história. Reconhecemos nela o Amor
que Deus tem para conosco, entregando seu Filho para a
nossa salvação. Mas, no caso real, será que esse pai agiu
corretamente, apostando a vida do seu filho na conversão do
outro? Será que este se converteu?
E o senhor, numa dor expressiva, concluiu:
— Compreendo o que você diz. Pode ser que ele não
tivesse visto bem a realidade no angustiante momento de
tomar aquela terrível decisão. É bem possível. Mas tenho algo
a lhe dizer: que esse pai sou eu, e o amigo de meu filho, é
este jovem Padre, seu Pároco.
Moral da história:
Muitas vezes devemos sacrificar o que nos agrada para
que possamos ver a graça ou o milagre que Jesus quer fazer
em nossa vida. Sacrifício significa amor, confiança e entrega.
Deus reserva o melhor para você, confie no seu Amor e se
lance na sua Misericórdia.
O Espelho
Um homem procurou o sacerdote. Estava cansado,
angustiado, esgotado, desesperado, a ponto de querer acabar
com a própria vida. O padre ouviu com paciência e interesse
a ladainha de problemas. Depois se levantou da cadeira,
tomou o homem pelo braço e o levou até a janela.
O dia estava frio, a vidraça baixada:
— Amigo, olhe através da vidraça. O que está vendo?
— Vejo pessoas, carros, casas...
— Agora venha comigo. Ali está um espelho. Coloque-
se diante dele. O que está vendo agora?
— Estou vendo o meu rosto. Vejo a mim mesmo.
Curioso - continuou o padre
— Tanto a vidraça como o espelho é de vidro.
Entretanto, pela vidraça você enxerga pessoas, e pelo espelho
você vê somente a si. Por quê? O espelho é opaco, a vidraça é
transparente.
Convidando-o para se sentar novamente, o padre
continuou:
— O vidro do espelho reflete nossa pessoa devido à
camada que o cobre. O vidro da janela nos faz ver outras
pessoas porque ele é transparente. Vamos chegar aonde eu
quero. Suas angústias e preocupações formam como que
uma camada opaca, circunscrevendo você em si mesmo,
isolando-o do mundo externo, formando um curto circuito. Se
você sair de você mesmo, se olhar para fora, para os outros,
para o mundo, vai sentir-se melhor.
Moral da história:
Precisamos que Jesus restaure o nosso coração e assim
nos tornaremos transparentes para as pessoas verem e
sentirem o quanto Deus age em nossas vidas.
"Se não vos transformardes e vos tornardes como
criancinhas, não entrareis no Reino dos céus."
(Mateus 18, 3)
O Que é o Amor?
Em uma sala de aula, havia várias crianças, quando
uma delas perguntou:
— Professora, o que é o amor?
A professora sentiu que a criança merecia uma
resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já
estava na hora do intervalo, pediu para que cada aluno desse
uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais
despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a
professora disse:
— Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
A primeira criança disse:
— Eu trouxe esta flor, não é linda?
A segunda criança falou:
— Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas
asas, vou colocá-la em minha coleção.
A terceira criança completou:
— Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído
do ninho onde estava junto com o outro, seu irmão. Não é
uma gracinha?
E assim, as crianças foram se manifestando.
Terminada a exposição, a professora notou que uma criança
tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de
vergonha, pois nada havia trazido. A professora dirigiu-se a
ela e perguntou:
— Meu bem, por que você nada trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
— Desculpe professora. Vi a flor e senti o seu perfume.
Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu
perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta,
leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de
aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas,
mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e
preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo
o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a
gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como
posso mostrar o que trouxe?
Moral da história:
A professora agradeceu à criança e lhe deu nota
máxima, pois ela foi à única a perceber que só no coração
podemos trazer o amor...
O Poder de Deus
Certo dia eu estava ouvindo a programação de uma
rádio Católica, e ligou para a rádio uma senhora que disse
estar passando por momentos muito difíceis. Aproveitando a
oportunidade, ela resolveu fazer o seu apelo e disse:
— Eu estou passando por uma grande dificuldade, o
desemprego bateu em minha porta, tenho filhos pequenos,
meu esposo está fazendo apenas alguns serviços extras,
porém, a renda não é suficiente. Se algum irmão puder me
ajudar com algum alimento eu ficaria muito grata, aquilo que
DEUS tocar em seu coração, eu agradeço e será de grande
ajuda. E ali ela aproveitou e falou do endereço...
Mas no momento deste apelo um homem ateu estava
ouvindo a programação e disse:
— É hoje que eu mostro que Deus não se importa com
ninguém.
Então ele se dirigiu ao mercado e fez "aquela compra".
Tudo que havia, ele comprou e, em dobro. Chegou a casa e
disse para duas pessoas que trabalhavam com ele:
— Vocês vão até a casa dessa senhora e entreguem a
compra e quando ela perguntar quem mandou vocês vão
dizer a ela que foi o diabo. É o diabo quem está enviando a
compra.
E assim seguiram aqueles dois homens rumo à casa da
senhora, bateram palmas e ela com toda a sua humildade
atendeu, e eles disseram:
— Viemos trazer esta compra para a Senhora.
— Entrem, por favor, vão colocando aqui.
Descarregaram tudo e a senhora disse:
— Que Deus abençoe, muito obrigado, muito obrigado
mesmo.
E aqueles dois homens pararam, olharam um para o
outro e sussurraram:
— Ela não vai perguntar quem mandou a compra?
E o outro respondeu:
— Não sei. Estranho, né?
Então o homem com todo seu atrevimento perguntou:
— Hei você não vai perguntar quem mandou esta
compra?
E a senhora, com toda sabedoria respondeu:
— Eu não. Porque quando o meu Deus manda até o
Diabo obedece.
E os homens ficaram pasmos e se retiraram.
Moral da história:
O poder de Deus é incalculável e grandioso, quando
colocamos as preocupações, a nossa saúde e principalmente
a nossa vida nas Mãos e no Coração de Jesus, tudo em nós
se transforma: basta apenas CRERMOS em Seu Amor...
O Verdadeiro Poder
Era uma vez um guerreiro, famoso por sua
invencibilidade na guerra. Era um homem extremamente
cruel e, por isso, temido por todos. Quando se aproximava de
uma aldeia, os moradores saíam correndo para as
montanhas, onde se escondiam do malvado guerreiro. Ele
destruiu muitas aldeias.
Certo dia, alguém o viu se aproximar com o seu
exército, de uma pequena aldeia, onde viviam alguns
agricultores e, entre eles, um velhinho muito sábio. Quando
as pessoas escutaram a terrível notícia de que o guerreiro se
aproximava, trataram de arrumar o que podiam e fugiram
rapidamente para as montanhas. Só o velhinho ficou para
trás. Ele já não podia fugir.
O guerreiro entrou na aldeia e foi cruel, incendiando as
casas.
Até que chegou à casa do velhinho.
O homem, quando o viu, assustou-se. O guerreiro, sem
piedade, foi dizendo ao velhinho que seus dias haviam
chegado ao fim, mas que ele lhe concederia um último desejo
antes de passá-lo pelo fio de sua espada. O senhor pensou
um pouco e pediu ao guerreiro que fosse com ele até o bosque
e ali lhe cortasse um galho de uma árvore. O guerreiro achou
aquilo uma besteira:
— Esse velho deve estar louco. Que último desejo mais
bobo. Mas, se esse é o seu último desejo, vou atendê-lo.
E lá foi o guerreiro até o bosque e, com um golpe de
sua espada, ele cortou um galho de uma árvore.
— Muito bem - disse o homem. — O senhor cortou o
galho da árvore. Agora, por favor, coloque esse galho na
árvore outra vez.
O guerreiro deu uma grande gargalhada, dizendo que
aquele velho devia estar louco, pois todo mundo sabia que
não seria mais possível colocar o galho cortado na árvore
outra vez. O velhinho, então, lhe respondeu:
— Louco é você que pensa que tem poder só porque
destrói as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente.
Quem só sabe destruir e matar não tem poder. Tem poder a
pessoa que sabe juntar, que sabe unir o que foi separado,
que faz reviver o que parece morto. Essa pessoa tem
verdadeiro poder.
Moral da história:
Jesus é o verdadeiro poder e amor de sua vida. Não
permita que as dificuldades tomem conta de seu coração,
deixe apenas que o Amor de Jesus reine em você.
Lembre-se
Se você está cansado de trabalhar, lembre-se que um
angustiado pede emprego.
Se você se decepcionou com alguma coisa, lembre-se
daquele cujo nascimento foi uma decepção.
Se você reclama uma comida mal feita, lembre-se
daquele faminto que morre sem um pedaço de pão.
Se você anda triste e aborrecido, lembre-se daquele que
esperam sorriso seu.
Se um sonho seu foi desfeito, lembre-se daquele que
vive em um pesadelo constante.
Se você tem um trabalho que o esgota, uma comida
para reclamar, um sonho para desfazer, lembre-se de
agradecer a DEUS, porque existem muitos que dariam tudo
para ficar no seu lugar.
A vida não é um campo de batalha, nem um mar de
rosas, mas um campo aberto, onde cada um deverá erguer o
seu próprio edifício na força e na graça do Senhor.
As Cores
Houve um conflito no país das cores. De repente elas se
desentenderam e a guerra começou. Cada qual se
apresentava como sendo a mais bela e a mais linda. O azul
dizia:
— Eu sou a cor do céu e pronto! Ninguém pode
disputar comigo. Eu sou o máximo!
Mas o amarelo tomou a palavra e replicou:
— Eu sou a cor do sol. Pode haver alguém que duvide
da minha grandeza? De mais a mais o ouro tem a minha cor!
Então?
O verde não se fez de rogado e disse:
— Olhem a natureza! Olhem as matas e as florestas!
Olhem as árvores e os campos! Olhem os frutos que nascem!
Na verdade, quem de vocês poderá competir comigo?
A confusão estava formada. Cada cor se exaltava e
menosprezava as outras. O tempo foi passando, até que
apareceu entre elas a luz, linda, brilhante, encantadora!
Seus raios se espalhavam por toda parte iluminando
tudo. Ela tomou a palavra, dizendo:
— O que houve? Porque estão brigando? E, dirigindo-se
ao azul, disse:
— Você não seria tão lindo se eu não brilhasse sobre
você. E ao amarelo: — Você também.
Depois sem aspereza, antes, com toda delicadeza, a luz
concluiu:
— Todas vocês são lindas, lindas mesmo! Mas por
causa de mim, que sou a luz!
Vendo que todas as cores choravam, envergonhadas, a
luz as consolou carinhosamente:
— Nada de lágrimas! Continuarei brilhando sobre
vocês, para que cada uma, ao seu modo, continue sendo bela
e admirada. Mas vivam em paz!
Moral da história:
O mesmo acontece conosco quando deixamos as
dificuldades tomarem conta da nossa vida, tudo parece estar
em trevas. Para superarmos a escuridão das grandes
dificuldades que nos atormentam basta apenas abrirmos à
porta do coração e deixarmos que a Luz de Jesus ilumine
toda a nossa vida. Ele mesmo diz: "Eu sou a Luz do mundo.
Aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz
da vida.”.
(João, 8, 12)
Mantenha Seu Garfo
Havia uma jovem mulher que tinha uma doença
terminal e lhe foi previsto apenas mais três meses de vida.
Desta forma ela começou a colocar as coisas em ordem.
Passado algum tempo, ligou para um amigo e pediu que
viesse a sua casa para discutirem alguns aspectos de seus
últimos desejos.
Conversaram sobre vários pontos e ela lhe falou sobre
todas as suas vontades relacionadas ao serviço funerário.
Tudo estava em ordem e o amigo preparava-se para sair
quando a mulher lembrou-se de algo muito importante para
ela.
— Tem mais uma coisa! Disse alvoroçada.
— Do que se trata? - Perguntou o amigo.
— Isto é muito importante. Eu quero ser enterrada com
um garfo em minha mão direita.
O amigo ficou olhando a mulher sem saber o que dizer.
— Isto é uma surpresa para você, não é? Perguntou a
jovem.
— Bem, para ser honesto, estou confuso com este
pedido, respondeu o amigo.
A mulher então explicou.
— Na minha infância quando visitava minha avó, após
o jantar, os pratos começavam a ser recolhidos, minha avó
inclinava-se em minha direção e cochichava em meu ouvido:
"Mantenha o seu garfo". Era minha parte favorita
porque eu sabia que algo estava por vir... Como um bolo de
chocolate ou uma torta de maçã. Assim, eu apenas quero que
as pessoas me vejam lá no caixão com um garfo em minha
mão e então perguntarão: "para que o garfo?" e você lhes dirá:
— Ela mantém seu garfo porque o melhor está por vir.
Moral da história:
Jesus sempre nos reserva o melhor quando confiamos
toda a nossa vida em suas Mãos.
Nos Passos de Deus:
Era um daqueles dias de muito serviço em casa. Com 6
crianças e um a caminho, ele ficava ainda mais agitado.
Neste dia em particular, eu estava com mais dificuldades
para fazer as tarefas de rotina, por causa de um pequeno
menino.
Marcos, que tinha cinco anos naquela época, não se
desgrudava de mim, aonde quer que eu fosse. Sempre que eu
parava para fazer alguma coisa e me virava, eu tropeçava
nele. Diversas vezes, eu pacientemente sugeri atividades
divertidas para mantê-lo ocupado e afastado.
— Você gosta de brincar no balanço, não gosta? Então
vai brincar lá.
Mas ele simplesmente me lançou um sorriso inocente e
disse:
— Eu gosto mãe. Mas eu prefiro ficar aqui com você.
E continuou a saltar feliz atrás de mim. Após pisar em
seu pé pela quinta vez, eu comecei a perder a paciência e
insisti que fosse para fora brincar com as outras crianças.
Quando eu lhe perguntei por que estava agindo daquela
forma, ele me olhou com aqueles doces olhos e disse:
— Sabe o que é? Na aula de domingo o professor disse
para a gente andar nos passos de Deus. Como não posso vê-
lo, estou seguindo os seus.
Eu recolhi Marcos em meus braços e o apertei
bastante. Lágrimas me brotaram dos olhos, lágrimas de amor
e carinho, e uma prece veio-me ao coração, prece de
agradecimento pelo simples, contudo, bonito ponto de vista
de um menino de cinco anos.
Moral da história:
Andemos nos passos de Deus, seguindo Jesus em Sua
Vida e em Seus Ensinamentos.
Os Cinco Sinos
Era uma vez um hotel chamado Estrela de Prata. O
hoteleiro não conseguia fazer a receita cobrir as despesas,
embora se esforçasse ao máximo para atrair hóspedes,
oferecendo um hotel confortável, um serviço cordial e preços
razoáveis. Por isso, desesperado, foi buscar ajuda de um
padre.
Depois de ouvi-lo contar suas dificuldades, o sacerdote
disse:
— É muito simples. Você deve mudar o nome do hotel.
— Impossível - retrucou o hoteleiro — Por gerações ele
é chamado Estrela de Prata. Ele é assim conhecido em todo o
país.
— Não, disse o padre com firmeza. Agora você deve
chamá-lo de Cinco Sinos e na entrada colocar uma fileira de
seis sinos.
— Seis sinos? Isso é absurdo! De que adiantaria?
— Experimente e verá, recomendou o sacerdote com
um sorriso.
— Bem, não custa fazer uma experiência, pensou o
hoteleiro.
E eis o que viu: cada viajante que passava pelo hotel
fazia questão de entrar e apontar o erro, todos acreditando
que ninguém o notara. Uma vez lá dentro, impressionavam-se
com a cordialidade do serviço e ficavam para repousar,
propiciando ao hoteleiro, desse modo, a satisfação de contar
com muitos hóspedes, o que ele em vão buscara por tanto
tempo.
Moral da história:
Poucas coisas dão mais prazer ao coração do que
ajudar outras pessoas. Por isso vamos sempre olhar para
quem está ao nosso lado com os olhos de Jesus e colocar-nos
à sua disposição.
Como Perdoar
Dez Regras Para Pôr Fim ao Ressentimento:
1- Quando alguém o magoa, ponha "iodo espiritual" na
ferida imediatamente. Isto é, reze fervorosamente, caso
contrário poderá ocorrer uma infecção.
2- Se o ressentimento o tornou duro em seus
pensamentos, aplique dreno nos agravos. Isto é, abra o seu
coração para deixar que os agravos se encaminhem para fora
dele.
3- Faça isso desabafando o peso de suas queixas com
um conselheiro de confiança, ou escreva uma carta à pessoa
pela qual tem ressentimento. Depois, rasgue a carta e, com
os pedaços de papel na mão, reze por aquela pessoa,
perdoando-a.
4- Tenha consciência do mal que o ressentimento lhe
pode fazer, deixando-o até doente. Pense nisso toda vez em
que um pensamento de ódio o assaltar.
5- Não cesse de perdoar, mesmo tendo-o feito uma ou
duas vezes. Faça isso, setenta vezes sete ou quatrocentas e
noventa vezes...
6- Pensar em perdoar não é o bastante. Deve chegar
um momento específico no qual dirá: "Com a ajuda de Deus
eu agora perdôo...".
7- Repita o Pai Nosso, colocando nele o nome daquele
que o ofendeu: "Perdoa-me minhas ofensas, assim como eu
perdôo...”.
8- Reze pela outra pessoa, pedindo para ela bênçãos
específicas, especialmente em relação a assuntos que
previamente mais o aborreceram.
9- Fale de maneira bondosa e agradável, tão
freqüentemente quanto possível, sobre a pessoa com a qual
mantém diferenças.
10- Faça um estudo sincero dos fatores que criaram
tão infeliz relacionamento, de forma que o "ponto errado" que
existe em você nunca mais se manifeste.
Moral da história:
Permita que Jesus transforme a sua vida através do
perdão. Seja canal da Graça Divina e, para que isso aconteça,
basta você abrir o coração e deixar que Deus restaure por
completo a sua vida, e faça de você uma verdadeira
testemunha do Seu Amor e da Sua Misericórdia...
Priorizando o que é Bom
"O Senhor é meu socorro, e nada tenho a temer. Que
possa fazer-me o homem?" (Hebreus 13:6).
Um homem, cuja vida estava comprometida com as
coisas de Deus, sempre pronto a levar uma palavra amiga e
compartilhar as bênçãos que recebia do Senhor, foi
surpreendido e roubado por ladrões. Ao retornar para casa,
pegou seu diário onde costumava escrever tudo o que Deus
fazia em sua vida e anotou:
"Sou muito grato a Deus, em primeiro lugar, por nunca
ter sido assaltado antes. Em segundo lugar, eu agradeço a
Deus porque apesar de terem levado minha carteira, eles não
levaram a minha vida. Em terceiro lugar, porque apesar de
terem levado todo o meu dinheiro, não era muito. E,
finalmente, porque fui eu o roubado e não aquele que
roubou".
Moral da história:
Enxerguemos as situações ruins que a acontecem em
nossa vida, como sendo insignificantes, diante das grandes
bênçãos que Jesus nos concede a cada momento.
Tudo com Amor
Num pequeno casebre morava um homem, cuja idade
já estava pesando. Mas, sua bondade e determinação
grandes, que ele abraçava com jovialidade os anos que vinha
carregando. Este bom velhinho era um verdadeiro mestre em
fazer pães. Todos os finais de semana, ele acordava bem cedo,
fazia suas orações, tomava seu café, e dizia:
— Vou fazer mais pães hoje! Tenho certeza que ficarão
mais bonitos e mais gostosos que os da semana passada!
Depois de tudo pronto o bom velhinho, com um cesto
enorme e uma toalha branquinha saía para entregar toda sua
encomenda.
Morava, porém, ali na cidade uma senhora já idosa que
tudo queria fazer. Perguntou, então, ao bom senhor:
— O senhor me dá a receita desse pão?
— Com todo prazer! E assim, o fez! Dizendo a ela:
— Faça como eu!
Entregou toda a encomenda e voltou satisfeito, para
sua pequena casinha.
Passaram-se os dias e ele se depara com aquela
senhora, que irritada lhe diz:
— O senhor me ensinou errado! Os pães não
cresceram, não ficaram assados e sim pesados como um
tijolo! E os ingredientes que eu usei, custaram dinheiro. Perdi
tudo, até o lucro que imaginei ter, foi por água abaixo.
E o senhor lhe perguntou:
— O que a senhora usou para fazer os pães?
— O que usei? Farinha, ovos fermento, açúcar... só
isso!
— Só isso! - Respondeu o velhinho.
— Ah! E o sal também, disse a senhora!
— É está tudo certo, mas o principal a senhora não
colocou...
— Principal? Mas foi só isso que o senhor me disse!
Então o senhor não falou tudo.
— Sim, eu disse! - respondeu o velhinho — Não adianta
pôr tudo na massa, se você não a fizer com amor, com
carinho e dedicação! Ponha dedicação! Porque o amor faz
crescer, a dedicação é o sabor, e o carinho, é ver nos olhinhos
de quem recebe os pães com satisfação o que se fez com
amor!
Moral da história:
Tudo o que você fizer, faça com amor.
A Procura de Deus
DEUS passei tanto tempo te procurando, não sabia
onde estavas. Olhava o infinito, não te via e pensei comigo
mesmo: — Será que Tu existes?
Não te encontrava na busca e prosseguia. Tentava te
encontrar nas religiões e nos templos. E Tu não estavas.
Senti-me só e desesperado, então deixei de crer.
Na descrença Te ofendi.
Na ofensa, tropecei e caí.
Na queda, senti-me fraco.
Na fraqueza, pedi socorro.
No socorro, encontrei amigos.
Nos amigos encontrei carinho.
No carinho, vi nascer o amor.
Com o amor vi um mundo novo.
No mundo novo, resolvi doar-me.
Doando-me, recebi.
Recebendo, me senti feliz.
Feliz, encontrei a paz.
E com paz, foi que Te enxerguei, pois dentro do meu
coração é que Tu estavas. E sem Te procurar... Foi que Te
encontrei.
Moral da história:
Dizia Santo Agostinho: "Deus é mais íntimo, a mim, do
que eu a mim mesmo".
O Raio de Luz
Todas as noites antes de fazer os filhos adormecerem
um pai muito carinhoso conversava com eles, enquanto
afagava-lhes os cabelos anelados. Diariamente escolhia um
assunto que encontrava no Evangelho ou em algum
acontecimento do cotidiano.
Naquela noite sem luar, quando as nuvens encobriam
as estrelas, ele arranjou uma forma diferente de chamar a
atenção das crianças.
Colocou-as no sofá da sala e disse-lhes que não se
assustassem com a escuridão, porque apagaria todas as
luzes da casa, de propósito. E assim o fez.
Deixou a casa às escuras e sentou-se no meio dos
filhos que o aguardavam apreensivos. Perguntou-lhes o que
eles eram capazes de ver em meio àquele breu. O menininho
mais velho comentou que conseguia distinguir os contornos
da cadeira que estava a sua frente, mas que não conseguia
saber ao certo qual objeto produzia a sombra que se
apresentava um pouco mais adiante. O pai, aproveitando a
oportunidade esclareceu:
— Nossos olhos acostumam-se com a ausência de luz e
acabam conseguindo, com algum esforço, distinguir alguns
objetos. Porém, não é possível notar tudo quando a luz nos
falta. Alguns contornos podem enganar nossos sentidos.
Muitos detalhes passam despercebidos. As cores deixam de
ser perceptíveis. A ausência de luz dificulta nosso caminhar,
porque não conseguimos notar com segurança para onde
estamos indo.
Nesse momento, ele acendeu uma vela que trazia
consigo. As crianças exultaram diante da claridade que se fez
na sala.
— Vejam! — convidou o pai — percebam como tudo
parece diferente na presença da luz. As sombras já não mais
nos confundem. Agora as formas assumem contornos mais
exatos. Como é mais fácil buscar um caminho, quando uma
luz nos mostra a direção correta!
Encantadas com a singela, porém, inesquecível
descoberta, as crianças concordaram com o pai, enquanto o
cobriam de carinhos antes de serem levadas para a cama.
Moral da história:
A luz do Evangelho, que é Jesus, nos conduz no
caminho certo da felicidade e da paz, na comunhão com o Pai
e com as demais pessoas.
Com o Olhar do Coração
Descalça e suja, a pequena garota ficava sentada no
parque olhando as pessoas passarem. Ninguém sequer
olhava para ela. Ninguém parava, nem eu! Outro dia,
passando pelo parque, vi a menina no lugar de sempre, e
dessa vez, resolvi parar.
E lá estava ela, empoleirada no alto do banco com o
olhar mais triste do mundo. Quando comecei a me
aproximar, pude perceber que debaixo do vestido, havia uma
deformidade nas costas da menina. Concluí que essa era a
razão porque nenhuma criança brincava com ela. Quando
cheguei mais perto à garotinha baixou o olhar. Aí pude ver
mais claramente o contorno de suas costas. Era
grotescamente corcunda.
Sentei-me ao seu lado e disse olá. A garota balbuciou
um "oi". Sorri e ela sorriu de volta. E ficamos ali conversando,
até que perguntei por que ela estava tão triste.
Ela olhou para mim e disse:
— Porque sou diferente.
— Sim você é. Você lembra um anjo, doce e inocente.
Aí ela olhou para mim e sorriu:
— De verdade?
— Sim - respondi - você parece um anjo mandado por
Deus. Pois você tem um olhar muito puro e amoroso.
— Você foi à única pessoa que se aproximou de mim e
possibilitou este momento que jamais esquecerei.
As suas palavras me ajudaram muito, pois com a
deformidade que tenho, muitos se afastam e me deixam na
solidão.
Moral da história:
Deixemos nossos preconceitos de lado e enxerguemos
as pessoas com os olhos de Jesus. Isso só é possível se
abrirmos o coração para Deus e o deixarmos realizar uma
verdadeira transformação em nosso coração.
Vivendo em Branco
Um homem muito bom teve um sonho que o deixou
intrigado. Sonhara que tinha acabado de morrer e chegando
à porta do céu viu que queria viver ali para sempre, mas foi
recebido por um Anjo, que fez um extenso questionário a
respeito de sua existência. No final, embora demonstrando
um profundo respeito pelo recém-chegado, deduziu que ele
não estava pronto para entrar.
— Mas logo eu? - replicou o homem. Enquanto estive
na terra, respeitei Os Mandamentos da lei de Deus. Tenho
aqui uma lista de todas as coisas boas que fiz!
— Pois eu também anotei algo sobre nossa conversa,
respondeu o Anjo. Vamos analisar ambas as listas.
— Nunca prejudiquei meus semelhantes...
— E tampouco ajudou ninguém.
— Calei toda palavra ofensiva...
— Mas não abriu a boca para defender ninguém.
— Calculei todos os meus passos... Com medo de ser
criticado. Jamais procurei defeitos no próximo...
— Contudo, não aproveitou os bons exemplos.
Desiludido, o homem calou-se. O Anjo passou
carinhosamente a mão na sua cabeça, dizendo:
— Não basta fugir do mal, é preciso fazer o bem. Você
tem uma consciência tranqüila, a sua aparência é
acolhedora, mas sua existência na terra passou em branco.
Ele acordou com um susto e, a partir daquele momento
decidiu mudar as suas atitudes que considerava boas e
corretas.
Moral da história:
Como estamos agindo durante a nossa caminhada
neste mundo? Evitamos o mal, mas praticamos o bem?
Bela Chácara
O dono de um pequeno comércio, amigo de um grande
poeta, abordou-o na rua:
— Senhor poeta, estou precisando vender o meu sítio
que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia
redigir o anúncio para o jornal?
O poeta apanhou o papel e escreveu:
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os
pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por
cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa
banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das
tardes, na varanda".
Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-
lhe se havia vendido o sítio.
— Nem penso mais nisso, disse o homem — quando li o
anúncio escrito pelo senhor é que percebi a maravilha que
tinha!
Moral da história:
Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos
conosco e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros.
Valorize o que você tem a pessoa que está ao seu lado, os
amigos que estão perto de você; seu emprego, o conhecimento
que você adquiriu; sua saúde; o sorriso e tudo aquilo que nos
é proporcionado diariamente em nossa vida.
Nunca Desista de Deus
Existia um lugar onde morava um grande sábio, e
muitas pessoas desse local acreditavam que ele fazia milagres
e falava com Deus. As pessoas corriam a falar com este
sábio, pedir sua intercessão, algumas até ficavam revoltadas
quando não conseguiam falar com ele.
É claro que todos os pedidos dessas pessoas eram mais
do que justos, e o sábio também era uma pessoa mais do que
justa, porém ele era um ser humano como qualquer outro,
tinha seus defeitos, limitações, e qualidades como todas as
pessoas que queriam conversar com ele. Um dia, um rapaz,
que já estava cansado de tentar falar com o sábio pedindo
ajuda, disse à sua mãe:
— Este sábio, não me atende e eu não me conformo,
faço tudo o que ele pede. Desde muito assisto as suas
explicações e nada, ele nunca fala comigo ou reza por mim,
vou desistir de Deus.
Sua mãe que era uma mulher de fé não disse nada,
mas orou a Deus e a sua Mãe. Em sua oração ela não falou
muito, apenas entregou seu filho a Ele e a sua Mãe.
Passaram-se meses até que um dia este rapaz angustiado,
entrou em seu quarto e foi orar, em sua oração também disse
a Deus que desistia de querer falar com o sábio e que deveria
resolver as suas dúvidas o problemas.
Este rapaz ao chegar a sua casa, encontrou sua filha
de 7 anos, e começou a brincar com ela. De repente sua filha
lhe disse:
— Papai sabia que quando eu quero muito uma coisa
eu sempre peço diretamente para você? Eu só preciso do seu
amor. Quanto a pedir para a titia falar com o senhor, com o
titio, o vovô ou mesmo com a mamãe que eu sei que me
amam muito também, reconheço que, às vezes, estão muito
ocupados. Isto não significa que se esqueceram de mim.
Papai eu ia me esquecendo, a escola acabou de ligar e a
mamãe disse que eles vão arrumar minha bolsa de estudos
que você tanto queria que o sábio "arrumasse" para mim.
O pai começou a chorar e abraçou sua filha dizendo:
— Filha hoje aprendi muito com você, nuca devemos
desistir do principal que é nossa fé.
Moral da história:
A fé, dom precioso de Deus, jamais deve desaparecer de
nossa vida. Coloquemos em Deus toda nossa confiança, e Ele
sempre estará conosco. Não estamos sozinhos.
O Milagre Agindo...
Certa vez, numa pequena cidade, um ladrão invadiu a
igreja, para roubar. Levou dinheiro, alguns objetos para
espanto e tristeza do povo, principalmente do pároco, levou
também os cálices juntamente com as hóstias consagradas
do sacrário.
Passaram-se anos sem a recuperação desses objetos
que o ladrão levou, até que um dia um trabalhador braçal,
capinando um terreno na cidade, esbarrou a enxada em uma
touceira de capim, encontrando algo que parecia uma bolsa
tecida de fios de aranha, e dentro dela, lá estavam às hóstias
intactas como estivessem no sacrário.
Nem a chuva, nem o sol e as intempéries as tinham
danificado. Os moradores da cidade chegaram à conclusão de
que para o ladrão, o objeto de maior valor era o cálice.
A aranha, entretanto, carregou as hóstias, envolvendo-
as com sua teia protegendo-as da ação do tempo, por longos
anos.
Moral da história:
Quantas vezes cuidamos tanto das coisas materiais e
desprezamos Jesus? O nosso maior tesouro é o Amor de Deus
em nosso coração. Quando deixamos esse Amor agir em nós,
passamos a enxergar os milagres diários acontecendo em
nossa vida.
O Verdadeiro Lar
Seu mundo tinha desabado quando o seu marido
perdeu o emprego. Quantas contas atrasadas, prestação do
plano de saúde. Só ela continuava no emprego de meio
expediente que gerava uma renda muito pequena e
insuficiente. Sem nenhum apoio financeiro, eles perderam a
casa.
Com muito sacrifício, Maria e seu marido conseguiram
alugar um trailer estacionado num acampamento local para
eles e seu filho de cinco anos. Aquilo era só um pouco melhor
do que viver num pequeno carro. Eles desejavam, de coração,
poder proporcionar algo mais para a sua criança.
Certa noite, depois de brincar um pouco com um jogo e
ler algumas histórias, Maria mandou seu filho ir brincar do
lado de fora até a hora de dormir, enquanto ela e seu marido
se debruçavam entristecidos sobre o talão de cheques. Ela
ouviu vozes e deu uma olhada pela janela, lá estava o gerente
do acampamento falando com seu filho:
- Pedro, você não gostaria de ter uma casa de verdade?
Maria ficou tensa e prendeu a respiração, chegando mais
perto da janela aberta e abriu um largo sorriso quando ouviu
a resposta de seu filho:
-Nós já temos um lar de verdade, respondeu ele. Só não
temos uma casa para colocá-lo.
Moral da história:
O alicerce do verdadeiro lar é o amor, que unem os
todos e traz felicidade aos corações.
O Poder que Prevalece
"É de vós que vêm à riqueza e a glória, sois vós o
Senhor de todas as coisas; é em vossa mão que residem à
força e o poder. E é vossa mão que tem o poder de dar a todas
as coisas grandeza e solidez." (l Crônicas 29, 12).
Um touro, que se gabava de sua força e poder diante de
um camundongo, foi mordido por este. Furioso pelo
ferimento, tentou capturá-lo. Contudo o camundongo correu
e alcançou o buraco onde morava e ali ficou em segurança. O
touro cavou na parede, com seus chifres, mas cansou antes
de conseguir derrotá-lo.
Desanimado acabou dormindo ali fora, perto do
buraco. O camundongo, verificando que o touro dormia,
rastejou até ele e mordeu-o novamente, voltando rapidamente
para dentro do buraco. O touro, perplexo e bastante triste,
levantou-se e ficou sem saber o que fazer.
Foi então que o camundongo lhe falou:
— Nem sempre é o maior que prevalece. Há ocasiões,
em que os pequenos e humildes são mais fortes e vitoriosos.
Moral da história:
De que vale orgulhar-nos do poder e posição que
ocupamos no momento, se tudo isso é de valor inconsistente
e passageiro? Que valor será acrescentado à nossa vida se
tratamos ao nosso próximo com desprezo e indiferença
simplesmente por julgarmos que são inferiores a nós?
Uma pessoa só é grande quando suas atitudes
mostram grandeza, mesmo que sejam pequenas e,
aparentemente, sem qualquer valor. E isto só será real
quando deixarmos Jesus agir em nossa vida e nos
submetermos à sua vontade.
Um Ato de Bondade para um
Coração Partido
— Hei mamãe, o que você está fazendo? Perguntou
Ana.
— Estou fazendo um pudim para a nossa vizinha, a
Sra. Nena - respondeu sua mãe.
— Por quê? - voltou a perguntar Ana, que tinha apenas
seis anos.
— Porque a Sra. Nena está muito triste; ela perdeu sua
única filha e está com o coração partido. Nós precisamos
cuidar dela um pouco.
— Por que, Mamãe?
— Veja Ana, quando alguém está muito, muito triste,
não consegue fazer pequenas coisas como preparar o jantar
ou outros afazeres. Como somos parte de uma comunidade e
a Sra. Nena é nossa vizinha, nós precisamos fazer algumas
coisas para lhe ajudar. A Sra. Nena não poderá mais falar
com sua filha ou abraçá-la ou fazer todas aquelas coisas
maravilhosas que as mães e filhas fazem juntas. Você é uma
menina muito esperta, Ana; talvez pense em alguma maneira
de ajudar a cuidar da Sra. Nena.
Aninha pensou seriamente sobre este desafio e em
como poderia fazer sua parte para cuidar da Sra. Nena.
Poucos minutos depois, Ana bateu em sua porta e a Sra.
Nena atendeu suas batidas dizendo:
— Olá, Aninha.
Ela observou que a Sra. Nena não tinha aquela voz que
ela conhecia e nem aquele jeito quase musical quando
cumprimentava alguém. Ela parecia, também, ter chorado
porque seus olhos estavam molhados e inchados.
— O que posso fazer por você, Ana? - perguntou a Sra.
Nena.
— Minha mãe disse que você perdeu sua filha e está
muito, muito triste e com o coração partido.
Aninha timidamente esticou sua mão. Nela estava um
Band-Aid.
— Isto é para o seu coração partido.
A Sra. Nena engasgou, segurando as lágrimas.
Ajoelhou-se, abraçou Ana e, entre lágrimas, disse:
— Obrigado, querida, isto ajudará muito.
A Sra. Nena aceitou o ato de bondade de Ana e deu um
passo a mais. Ela comprou um pequeno chaveiro com um
pequeno porta-retratos. E colocou o Band-Aid de Ana no
porta retratos para lembrar de se curar a cada vez que o
visse. Ela sabia que a cura exigiria tempo e apoio...
Moral da história:
Um simples gesto de bondade, repleto de sinceridade,
pode ajudar muito a quem precisa de algum carinho e
atenção. Não deixe de fazer sua parte...
A Rã e a Falta de Humildade
Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima
do inverno. Alguns gansos sugeriram que ela emigrasse com
eles, mas o problema era que a rã não sabia voar.
— Deixe-me pensar - disse a rã. Tenho uma mente
espetacular.
Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar
um galho forte, cada um sustentando-o por uma
extremidade. Pensava em segurar-se pela boca.
No devido tempo, os gansos e a rã começaram a
travessia, num determinado momento, passaram por uma
pequena aldeia e os habitantes dali saíram para ver o
inusitado espetáculo.
Alguém perguntou:
— De quem foi tão brilhante idéia?
A rã se sentiu tão orgulhosa que exclamou:
— FUI EU!
Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento em que
abriu a boca, ela se soltou do galho, caiu no vazio e morreu.
Moral da história:
Há ocasiões em que à falta de humildade e o excesso de
orgulho podem fazer cair por terra o plano excelente. Jesus
na sua infinita Misericórdia sempre nos dará uma vida nova,
com outros objetivos e valores. Vamos seguir o exemplo de
Nossa Senhora que com a humildade superou tudo...
A Lição do Abacateiro
Havia no meu quintal um abacateiro que produzia
pouquíssimos frutos. Por acreditar que uma árvore frutífera
precisava ser produtiva, pedi a Deus que abençoasse aquele
abacateiro permitindo-lhe frutificar bastante.
A florada aconteceu e o abacateiro se encheu de
centenas de frutinhos.
Quando eles já estavam grandes, para surpresa minha,
o galho central, com 69 abacates, quebrou. Um outro galho,
também por não suportar o peso, acabou caindo, levando
tantos outros frutos. Fiquei perplexo!
Deus havia permitido que o abacateiro ficasse recheado
de frutos e logo depois quebrasse, sem que eu os
aproveitasse, mas por quê? A resposta veio logo.
Nem sempre temos estrutura para suportar o tamanho
de bênção que pedimos a Deus.
Por isso, muitas vezes precisamos esperar algum tempo
para recebê-la.
Ela só virá quando nossa vida estiver profundamente
enraizada no terreno fértil da fé em Jesus Cristo, enrijecida
pela leitura constante da Palavra de Deus, fortalecida pela
seiva da oração e produzindo os frutos abundantes da
presença de Deus em nós. Assim, na certeza de que a glória
não é nossa, mas do Senhor Jesus, não sucumbiremos ao
volume da bênção.
Entre a Fé e a Oração
— Há algo mais importante que a oração? Perguntou
discípulo ao mestre.
O mestre pediu que o discípulo fosse até um arvoredo
próximo e cortasse um ramo. O discípulo obedeceu.
— A árvore continua viva? Perguntou o mestre.
—Tão viva como antes.
— Então vá até lá e corte a raiz.
— Se eu fizer isso, a árvore morrerá.
— As orações são os ramos de uma árvore, cuja raiz se
assemelha à fé, disse o mestre. Pode existir fé sem oração,
mas não pode existir oração sem fé.
Moral da história:
Para que a nossa vida seja totalmente transformada, é
preciso nos entregar por completo nas Mãos de Jesus. Por
maior que seja a provação, os sofrimentos e tribulações
cabem a nós crermos na Infinita Misericórdia de Jesus e no
seu incondicional Amor.
A Lição do Fogo
Um membro de um determinado grupo, ao qual
prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso deixou de
participar de suas atividades.
Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu
visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o
homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde
ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Já sabendo a razão da visita, o homem deu as boas-
vindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da
lareira e ficou quieto, esperando. Ele acomodou-se
confortavelmente no local indicado, mas não disse nada.
No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a
dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.
Depois de alguns minutos, o líder examinou as brasas
que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a
mais incandescente, empurrando-a para o lado. Voltou então
a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.
O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.
Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até
que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de
vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e
luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de
carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem
acinzentada.
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o cumprimento
inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se preparar
para sair, tocou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o
de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele
tornou a se incandescer, alimentado pela luz e calor dos
carvões ardendo em torno dele.
Quando o líder alcançou a porta para partir, seu
anfitrião disse:
— Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão,
estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe!
Moral da história:
Em Jesus somos parte do mesmo corpo. Se nos
separarmos dele perdemos a vitalidade, o brilho e a beleza. Só
unidos a Ele brilha em nós a luz divina e reina em nossos
corações a verdadeira paz.
Pisadas de Deus
Dois homens sentados à porta de sua tenda, numa
manhã de sol, começaram a dialogar:
— Como você sabe que existe um Deus, um Supremo
Ser, que criou todas as coisas?
Após meditar um momento o outro respondeu:
— Como posso saber se foi um homem ou um camelo
que rodeou a minha tenda, enquanto eu estava dormindo?
— Você sabe pelas pegadas - replicou o companheiro. É
este o meu modo de conhecer a Deus, - respondeu o humilde
homem do deserto — Eu o conheço pelas suas pegadas. Os
sinais de Deus estão por toda parte. Abra seus olhos e você
verá evidências do seu poder, do seu Amor e do seu cuidado
por seus filhos. O próprio funcionamento de nosso corpo
atesta algo maravilhoso e que está além da nossa
compreensão. É uma prova de sua presença e de que somos
criados por Ele. Quem, a não só Deus poderia combinar as
cores de um lindo arco-íris ou um magnífico pôr-do-sol! O
relâmpago, a chuva, o trovão, e a fúria da tempestade. Tudo
isso nos fala de suas pegadas.
Moral da história:
Nas circunstâncias diversas da nossa vida vemos os
sinais da presença de Jesus. Ele aí está em sua Misericórdia
e bondade, convocando-nos à verdade e à paz.
O Mais Importante
Certo dia, um homem já de idade, abordou um ônibus.
Enquanto subia, um dos seus sapatos escorregou para o lado
de fora, a porta se fechou e o ônibus partiu.
Ele sentiu-se incapaz de recuperar o sapato. Ele então
fez algo surpreendente, tranqüilamente retirou seu outro
sapato e jogou-o pela janela. Um rapaz no ônibus, vendo o
que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:
— Percebi o que o senhor fez. Por que jogou fora seu
outro sapato?
O homem prontamente respondeu:
— De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-
los. Provavelmente, apenas alguém necessitado dará
importância a um sapato usado encontrado na rua. E de
nada lhe adiantará só um pé de sapato.
O homem mostrou ao jovem que não vale à pena
agarrar-se a algo simplesmente para possuí-lo, nem mesmo
porque você não deseja que outro o tenha. Perdemos coisas o
tempo todo.
A perda pode nos parecer penosa e injusta
inicialmente, mas só acontece quando deixamos as
mudanças ocorrerem em nossas vidas, tornando-nos
realmente livres em nosso coração.
Moral da história:
Às vezes insistimos em permanecer cometendo alguns
erros, pecados, sofrimentos em nosso coração,
principalmente porque temos medo das mudanças, do novo
quando depositamos nossas vidas nas Mãos de Jesus, Ele
nos ensina a despojar-nos de coisas materiais, valorizarem os
seus Ensinamentos e na liberdade, viver o seu Amor.
O Exemplo Sempre Fala Mais Alto
As sandálias do discípulo fizeram um barulho diferente
nos degraus da escada de pedra que levava aos porões do
velho convento. Era naquele local que vivia um homem muito
sábio. O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou
e demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca
luminosidade.
Finalmente, localizou um senhor sentado atrás de uma
enorme mesa, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto,
forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações em um
grande livro, tão velho quanto ele.
O discípulo se aproximou com respeito e perguntou
ansioso pela resposta:
— Mestre, qual o sentido da vida?
O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas
apontou para um pedaço de pano, um trapo grosseiro no
chão junto à parede. Depois apontou seu indicador magro
para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de
aranha. Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano,
subiu em alguma prateleira de uma pesada estante forrada
de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la
com força, retirando toda a sujeira que impedia a
transparência. O sol inundou o aposento e, com sua luz,
iluminou estranhos objetos, instrumentos raros dezenas de
papiros e pergaminhos com algumas anotações. Cheio de
alegria, o jovem declarou:
— Entendi, devemos nos livrar de tudo aquilo que não
permita o nosso aprendizado. Buscar retirar o pó dos
preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz
de Jesus nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas
com mais clareza.
Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de
comunicar aos seus amigos o que aprendera.
O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto
pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o
quarto com uma claridade a que se desacostumara. Viu o
discípulo se afastando, sorriu levemente e falou:
— Mais importante do que aquilo que alguém mostra é
o que a outra enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o
pano no lugar de onde caiu.
Moral da história:
A verdade que buscamos não se encontra fora de nós,
mas sim no nosso interior, pois "Deus é mais íntimo a nós
que nós a nós mesmos". Só então poderemos nos elevar às
alturas do Amor do Senhor.
Milagre de Deus
Em um consultório médico um menino recebia a
notícia de que precisaria fazer uma cirurgia que custaria
muito dinheiro. A mãe ficou desesperada, pois eles eram
muito pobres.
O médico, um homem sem fé, sua crença era o
dinheiro, sempre que ouvia seus pacientes dizerem: — Graças
a Deus estou curada, obrigada meu Deus, ele dizia: "Graças a
mim que estudei".
Sua reputação não era muito boa entre os seus
colegas, que já andavam discutindo sobre o menino, pois não
só ele, mas todos sabiam que o caso era irreversível e mesmo
assim insistia em fazer uma cirurgia sem sucesso. Mais
ainda, com uma família tão pobre.
O prefeito que havia falado com a mãe, prometeu
ajudá-los e foi falar com o médico que garantiu sucesso total
na cirurgia, ou seja, o menino voltaria a ver.
E assim chegou o dia da cirurgia.
Horas antes, o menino e seus pais faziam suas orações
para que corresse tudo bem, sua mãe, mulher de muita fé,
segurou sua mão e rezaram uma única prece para que fosse
feita a vontade de Deus.
Depois dos procedimentos normais no centro cirúrgico,
o médico simplesmente colocou um tampão nos olhos do
menino, agindo como se tivesse feito uma cirurgia.
Passados alguns dias da "recuperação", o médico foi
retirar os curativos, o menino não se agüentava de felicidade,
por se sentia perfeitamente bem, certo de sua cura. O médico
perguntou-lhe se estava vendo algo. O menino respondeu
sem perder a esperança:
— Não, ainda não vejo nada e sorriu para o médico.
Ele colocou novamente os curativos e passados 3 dias,
os retirou, voltando a perguntar:
— E aí o que estás vendo?
O menino mais feliz do que nunca disse:
— O senhor doutor, eu estou vendo o senhor.
E o menino abraçou o médico, que estava totalmente
surpreso, até mesmo assustado. Ele insiste e pergunta
novamente, recebendo a confirmação do garoto que estava
vendo sim. O médico olhou para os outros médicos que
estavam presentes, que sem entenderem estavam se
perguntando: — Como pode ser, pois eles sabiam que o
menino não tinha como voltar a enxergar.
A mãe e o menino abraçados agradeciam a Deus pelo
"milagre". Ela repetia agradecida que já sabia que Ele nunca
os abandonaria.
O médico ainda em estado de choque se ajoelhou e
pediu perdão a Deus...
Moral da história:
Se diante das dificuldades o mundo não oferece
soluções, Jesus está sempre com as mãos estendidas
derramando bênçãos sobre os que se colocam debaixo de sua
mão poderosa e misericordiosa...
Uma Ajuda
Um dia eu estava na frente de casa secando meu carro.
Eu tinha acabado de lavar o carro e esperava minha esposa
para sair para o trabalho. Vi, descendo a rua, um homem que
a sociedade consideraria um mendigo. Pela sua aparência,
não tinha carro, nem casa, nem roupa limpa e nem dinheiro.
Algumas vezes você se sente generoso, mas há outras
em que você não quer nem ser incomodado. Este era um dia
do "não quero ser incomodado"
— "Espero que não venha me pedir dinheiro", pensei.
Não veio.
Passou e sentou-se em frente, no meio-fio do ponto de
ônibus e não parecia ter dinheiro nem mesmo para pegar o
ônibus. Após alguns minutos falou:
— É um carro muito bonito.
Sua voz era áspera, mas tinha um ar de dignidade em
torno dele. Eu agradeci e continuei secando o carro. Ele ficou
lá, quieto, sentado enquanto eu trabalhava. O previsto pedido
por dinheiro não veio. Enquanto o silêncio aumentava, uma
voz, no coração me dizia:
— Pergunte-lhe se precisa de alguma ajuda.
Eu tinha certeza que responderia sim, mas atendendo
ao meu coração insistente perguntei:
— Você precisa de ajuda?
Ele respondeu com três simples palavras,
acompanhadas de um sorriso, que me deram uma sacudida:
— Quem não precisa? Eu precisava de ajuda. Não para
a passagem do ônibus ou um lugar para dormir, mas eu
precisava de ajuda.
Peguei minha carteira e lhe dei dinheiro, não somente o
bastante para a passagem do ônibus, mas para conseguir
uma refeição e um abrigo.
Moral da história:
Aquelas três palavras ainda soam verdadeiras não
importa o quanto você tem, não importa o quanto você
realizou, você também precisa de ajuda. Afinal, "quem não
precisa?”.
A Pior e a Melhor Comida do Mundo
Há muito tempo, um rico mercador grego tinha um
empregado chamado Tim. Um escravo sem muitos atrativos,
mas de sabedoria única no mundo.
Um belo dia o fazendeiro, para provar as qualidades de
seu escravo, ordenou:
— Toma Tim. Aqui está esse saco cheio de moedas.
Corre ao mercado e compre lá o que houver de pior para um
banquete, Mas não tentes me enganar. Traze o troco
direitinho.
Pouco tempo depois Tim voltou do mercado e colocou
sobre a mesa um prato coberto por um pano.
O mercador levantou o pano e ficou surpreso:
— Língua?
Tim baixou os olhos e respondeu:
— língua, Senhor, é o que há de pior no mundo. É a
fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos. A
medida de todas as discussões. E a língua que separa a
humanidade, que divide os povos. É a língua que mente que
esconde que engana que explora que blasfema que insulta
que se acovarda que xinga que destrói que vende que
corrompe. Com a língua, dizemos: "morre", "eu te odeio",
"você é um infeliz", "você é incapaz". A língua é o órgão da
mentira, da discórdia, dos desentendimentos. Aí está, senhor,
porque a língua é a pior comida do mundo.
— Muito bem, Tim! Tu realmente me trouxeste o que
há de pior. Tome agora esta outra sacola de moedas, vá
novamente ao mercado e traze o que tiver de melhor...
Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Tim
voltou do mercado trazendo um prato coberto por um fino
pano de linho.
O mercador recebeu o com um sorriso e disse:
— Hum! Já sei o que há de pior. Vejamos agora o que
há de melhor!
O mercador levantou o pano e ficou indignado.
— Queres ser espancado? Língua? Língua outra vez?
Não disseste que a língua é o que há de pior?
O escravo, de olhos baixos, explicou sua escolha:
— O que há de melhor que a língua? A língua é que nos
une a todos quando falamos. Sem a língua não poderíamos
nos entender. A língua é o órgão da verdade e da razão.
Graças a ela é que se constroem as cidades. Graças a ela é
que dizemos o nosso amor, com a língua se ensina se instrui,
se reza se explica, canta, elogia, demonstra e se afirma e com
a língua dizemos: — "Querido", como também "Deus", "sim,
tudo vai dar certo", "sim", "eu te amo!" A língua é órgão do
diálogo. É a língua que torna eternas as idéias dos grandes
salmistas e as idéias dos grandes escritores.
Moral da história:
Jesus nos deu a possibilidade não só de falarmos, mas
igualmente de expressarmos os nossos sentimentos e por isso
Ele realizou um verdadeiro milagre em todo o nosso corpo.
Cada centímetro foi criado por Deus de forma particular e
especial. Que todo o nosso ser, como também a língua, seja
instrumento do Amor de Deus.
Perguntas
Um professor foi procurar um sacerdote e perguntou-
lhe sobre DEUS e sobre algumas outras dúvidas, que ele
tinha. O padre ouviu em silêncio o que ele dizia, perguntas e
mais perguntas para só então lhe falar.
— Você me parece cansado. Veio de um lugar distante
e subiu esta montanha que é alta. Deixe-me primeiro servir
um chá para você.
E o padre foi fazer o chá.
O professor esperou a mente borbulhando de
perguntas e quando o sacerdote estava preparando o chá, o
seu aroma começou a se espalhar pela sala.
Voltando-se para o professor ele pediu que não tivesse
tanta pressa, pois quem sabe, ao tomar o chá as questões
fossem respondidas.
O professor se sentia perdido e começou a pensar que
sua viagem havia sido uma perda de tempo. Esse homem
parece estar louco, como minhas perguntas sobre DEUS
podem ser respondidas só pelo fato de tomar chá?
O sacerdote trouxe o bule, começou a verter o chá na
xícara, continuou fazendo isso e não parou. A xícara ficou
cheia e o chá começou a transbordar pelo pires, mas ele
continuou. O pires ficou cheio. Apenas um segundo a mais, e
o chá iria começar a escorrer pelo chão, então o professor
disse:
— O que está fazendo? Você está louco?
— É exatamente nesta situação que você se encontra. A
sua mente está cheia de perguntas e, mesmo se eu
responder, não haverá espaço para que a resposta possa
entrar. Vá embora, esvazie sua xícara e depois retorne.
Primeiro crie um pouco de espaço dentro de si mesmo.
Moral da história:
Jesus está sempre disposto a falar ao nosso coração,
mas é necessário que façamos espaço em nós para ouvi-lo.
O Homem e a Água
O rei queria casar sua filha com um homem sábio.
Então ele fez um concurso em que o candidato tinha que dar
uma grande demonstração de sabedoria. Aos candidatos,
porém, foi dito que somente venceria o concurso, aquele que
levasse à princesa um presente que refletisse um desejo do
próprio candidato. Foi dito também que o escolhido teria o
seu desejo realizado pelo próprio rei. Os fidalgos se
prepararam, pois a bela princesa era muito cortejada. No dia
da festa realizada para a ocasião, lá estavam muitos
presentes e entre eles alguns muito cobiçados.
De todos, três chamaram mais a atenção do rei: O
primeiro levou um pote de ouro e disse que o seu desejo era
ter 10 vezes o peso da princesa em ouro. O rei então
perguntou o porquê daquele desejo.
— Este é para que não falte riqueza para sua filha,
majestade respondeu o pretendente.
O segundo levou o mapa de suas terras e disse que seu
desejo era ter todo o reino em suas mãos. E o rei perguntou-
lhe o porquê do desejo.
Ele responde:
— Quero ter todas as terras para dar muitos poderes à
princesa, majestade.
O terceiro entrou com um lindo e grande jarro bordado
com fios de ouro, porém só continha água. E todos riram.
Ele disse que o seu desejo era ser igual à água.
O rei não entendeu, mas perguntou o motivo do desejo,
e o jovem continuou:
— Majestade, a água pode ser sólida, líquida, gasosa e
se adapta a qualquer superfície. Tem o maior poder de
flexibilidade. Assim terei a condição ideal para me adaptar a
qualquer circunstância que a vida exigir. Poderei assim,
atender aos desejos da princesa; no inverno, tomarei posse de
todas as terras como o gelo do continente, teremos então
muito poder; na primavera, serei líquido para garimpar nos
córregos e rios as pepitas de ouro que guardam seus leitos,
teremos então muita riqueza; no verão, serei as nuvens que
regarão as plantações, para alimentar os rebanhos e o nosso
povo, assim não faltará alimento no reino.
Todos ficaram em silêncio quando o rei perguntou:
— E no outono?
— No outono promoverei festas ao meu povo,
mostrando-lhes, com minha presença constante, que faço
parte de suas vidas. E como a água, presente em todos os
lugares e corpos. Desta forma, teremos o reinado de maior
comunhão com o povo e por isso, o mais próspero.
— Mas esse desejo eu não posso lhe conceder.
— Isto não é preciso meu rei, basta me conceder o que
puder e desejar, que eu deverei me adaptar.
Todos então, parabenizaram aquele jovem, quando o rei
o escolheu para desposar a princesa, reconhecendo que,
embora tivesse pouco para dar naquele momento, teria muito
a contribuir para o reino ao longo de sua vida.
Moral da história:
Precisamos ser como a água, superar todos os
problemas mostrando as dificuldades o grande poder que
brota do Coração de Deus. Não veja os obstáculos como se
eles fossem maiores que o amor de Jesus!
O Caracol Invejoso
O caracolzinho sentia-se muito infeliz. Via que quase
todos os animais eram mais ágeis do que ele. Uns brincavam,
outros saltavam. E ele aborrecia-se debaixo do peso de sua
carapaça!
— Vê-se que meu futuro é ir devagarzinho, sofrendo
todos os males! Dizia ele, bastante frustrado.
Seus amigos e familiares tentavam consolá-lo, mas não
conseguiam.
— Caracolzinho, pense que, se a natureza lhe deu essa
carapaça, foi para alguma coisa - disse-lhe a tartaruga, que
se encontrava em situação semelhante à dele.
— Sim, claro, para alguma coisa será! Pode explicar-me
qual é ela? – perguntava o caracolzinho, ainda mais chateado
por receber tantos conselhos.
O Caracolzinho tornou-se tão insuportável por suas
reclamações, que todos o abandonaram. E ele continuava
com sua carapaça às costas, cada vez mais pesada para o seu
gosto.
Um dia, desabou uma tempestade. Choveu durante
muitos dias. Parecia um dilúvio! As águas subiram,
inundando tudo, muitos dos animaizinhos que ele invejara,
encontravam-se agora em grandes dificuldades. O
Caracolzinho, porém, encontrou um refúgio seguro. Dentro
de sua carapaça estava totalmente protegido!
Desde então, compreendeu a utilidade de sua lenta e
perpétua carapaça. Deixou de protestar, tornando-se um
animalzinho simpático e querido por todos.
Moral da história:
Ainda que não vejamos de imediato as razões de algo
pelo qual passamos, confiemos na Providência e no Amor de
Deus para conosco. Um dia iremos descobrir o porquê nos
horizontes insondáveis e amorosos do Senhor.
O Cavalo Descontente
Caso queiramos, sempre podemos encontrar motivos
para nos sentirmos descontentes. Podemos, também,
encontrar argumentos para nos considerarmos valorizados e
felizes. Tudo depende da maneira como cada um vê a
existência.
Era uma vez um cavalo que, em pleno inverno,
desejava o regresso da primavera. De fato, ainda que agora
descansasse tranqüilamente no estábulo, via-se obrigado a
comer palha seca.
— Ah, como sinto saudade de comer a erva fresca que
nasce na primavera! - dizia o pobre animal.
A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca,
mas começou a trabalhar bastante porque era época da
colheita.
— Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o
dia inteiro puxando o arado! Lamentava-se o cavalo.
Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor
tornou-se muito forte.
— Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do
outono! Dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que
naquela estação terminariam os seus males.
Mas no outono teve que carregar lenha para que seu
dono estivesse preparado para enfrentar o inverno. E o cavalo
não parava de queixar-se e de sofrer.
Quando o inverno chegou novamente e o cavalo pôde
finalmente descansar, compreendeu que tinha sido fantasioso
tentar fugir do momento presente e refugiar-se na ilusão do
futuro. Esta não é a melhor forma de encarar a realidade da
vida e do trabalho.
Moral da história:
É melhor descobrir o que a vida tem de bom, momento
a momento, vivendo o presente da melhor forma possível,
segundo a vontade de Deus. "Para tudo tem um tempo, para
cada coisa há um momento debaixo do céu". (clesiastes 3, 1).
O Leão e o Esquilo
Fazia muito calor e o leão decidiu procurar um fresco
onde pudesse descansar. Ali, esticou e agitou sua cauda
preguiçosamente, enquanto o tempo passava.
De repente, um esquilo saiu de uma árvore próxima e,
imprudentemente, passou por debaixo das barbas do rei da
selva. O leão sentiu vontade de brincar com o esquilo e
começou a persegui-lo. O pobre animalzinho pensou que o
leão quisesse comê-lo. Tremendo da cabeça ao rabo, suplicou
que lhe poupasse a vida.
— Se me soltar, bom leão, prometo ajudá-lo a lutar
contra seus inimigos, - disse o esquilo morto de medo.
— Ah! Ah! Ah! Que ajuda você pode me dar, bichinho
insignificante? Vá embora depressa antes que eu perca a
paciência! Respondeu o leão menosprezando-o.
O tempo passou. Um dia, o orgulhoso rei das selvas
caiu numa armadilha feita por caçadores. Debateu-se muito
tentando corajosamente livrar-se da rede, mas nada
conseguiu então apareceu o esquilo que, pacientemente,
começou a roer a rede com seus dentinhos afiados. Dessa
maneira conseguiu libertar o leão.
Arrependido pelo desprezo com que tratava o
animalzinho, desculpou-se com ele.
— Perdoe-me, esquilo. Agora compreendo que todos os
animais, por menores que sejam, merecem o maior respeito.
Prometo que nunca mais voltarei a rir de você, - disse o leão.
— Não se preocupe bom amigo. Sábio é aquele que
reconhece a tempo os seus erros - respondeu o esquilo.
Daquele momento em diante, os dois tornaram-se
amigos inseparáveis e puderam juntos, enfrentar os perigos
da selva.
Moral da História:
O mesmo acontece conosco quando julgamos alguém
pela sua aparência. Deixamos de ver o que realmente importa
e bloqueamos o nosso coração. Não vemos com os olhos de
Deus. Que o nosso olhar se transforme e ficaremos
maravilhados diante de tanta beleza e riqueza na variedade
de tudo quanto foi criado.
Aprendendo a Partilhar
Um padre, em suas andanças pelo interior, estava
evangelizando um grupo de pessoas de uma paróquia. Em
seu sermão dizia:
— Precisamos aprender a dividir nossos bens com os
irmãos mais necessitados!
Todos ouviam com atenção as palavras do padre, que
para concluir, resolveu perguntar se todos haviam entendido
o que ele dissera.
E eles responderam:
— Entendemos sim, padre!
— Então vamos ver, disse o padre. Se vocês tiverem
100 cabeças de gado, o que farão?
Eles responderam:
— Ficamos com 50 e damos 50 para o nosso irmão.
— Se vocês tiverem 100 cabeças de porco, o que farão?
-interrogou o padre.
E eles responderam:
— Ficamos com 50 e damos 50 para o nosso irmão.
E o padre insistiu:
— E se vocês tiverem 100 cabeças de galinha, o que
farão? Ninguém respondeu. O padre tornou a perguntar, e,
novamente o silêncio. O padre, desconfiado, perguntou:
— Porque vocês dividiriam o gado e os porcos e não
dividiriam as galinhas?
E a resposta veio em seguida:
— Ah! Padre, o gado e os porcos nós não temos, mas as
galinhas, nós temos sim!
Moral da história:
Dividir o que não se tem, apenas com palavras é muito
fácil. O difícil é dividir com um gesto concreto o que se tem.
Divida o que você tem de mais valioso na vida com as pessoas
que o rodeiam, dê a elas o amor que Deus plantou em seu
coração.
A Ação de Deus
Heitor era um homem de ótima condição profissional.
Apesar de estar bem financeiramente e ter tudo o que queria,
sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor,
ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos.
Alguns amigos aprovaram, outros não. Assinou contratos de
trabalho que jamais havia sonhado.
Trabalhava muito, mas continuava atormentado.
Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho,
pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda o
estava desviando para uma ruazinha estreita, porque um
encanamento tinha se rompido na avenida principal.
Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ele passou em
frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia:
"Sem Deus não há paz. Se Entregue a Jesus e conheça
a paz. Todos são bem-vindos". Ele achou estranho e seguiu
em frente.
No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito
parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o
trânsito fosse desviado por aquela mesma rua.
— De novo! - pensou Heitor.
E passou outra vez em frente da igreja. Lá estava o
cartaz que mais uma vez lhe chamou a atenção, mas dessa
vez ele parou e deu uma olhada para dentro da igreja.
No terceiro dia, Heitor pensou em mudar de trajeto.
Mas achou que estava sendo muito bobo, afinal qual era a
probabilidade de, em 3 dias seguidos, ter um desvio do
trânsito no mesmo local?
— Vai ser um teste, pensou. Se acontecer alguma coisa
e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal.
Quando chegou à avenida, lá estavam os policiais outra
vez. Um grande acidente, explicou um deles, desviando o
trânsito para a conhecida rua.
— É demais - falou Heitor.
Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, estava
o padre da Paróquia. Ele ergueu os olhos, olhou para Heitor
com um sorriso e perguntou:
— Por que demorou tanto?
O padre havia visto o carro de Heitor passar ali nos três
últimos dias. Eles, então, tiveram uma boa conversa e, como
resultado, Heitor passou a freqüentar a pequena igreja.
Encontrou a paz e a serenidade que estava precisando, enfim,
permitiu que Jesus o encontrasse.
Moral da história:
Para Deus não existe coincidência e sim
PROVIDÊNCIA. Por isso, por maior que seja a dificuldade,
não desanime e jamais perca a fé. Quando nos abandonamos
nas mãos de Deus, tudo concorre para o nosso maior bem.
Escreve São Paulo: "Tudo concorre para o bem dos que amam
a Deus" (Romanos 8, 28).
A Estátua e o Azulejo de Mármore...
Havia um museu, com o piso completamente coberto
por belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda
em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada.
Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar
a bonita estátua de mármore. Uma noite, os azulejos
começaram a falar e reclamar com a estátua de mármore:
— Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem
gente do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós, só para
admirá-la? Não é justo!
— Meu querido amigo azulejo de mármore, você ainda
se lembra de quando estávamos, de fato, na mesma caverna
Respondeu a estátua.
— Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós
nascemos na mesma caverna e, agora, recebemos tratamento
tão diferente. Não é justo!
— Então, você ainda se lembra do dia em que o artista
tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às
ferramentas?
— Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele
sujeito! Como ele pôde usar aquelas ferramentas em mim?
— Doeu muito!
— Isso é certo! Ele não pôde fazer nada em você,
porque você resistiu em ser trabalhado.
— Sim. E daí?
— Quando ele desistiu de você e veio para cima de
mim, ao invés de resistir, eu soube imediatamente que me
tornaria algo diferente depois dos esforços dele. Eu não
resisti, ao invés disso, agüentei todas as ferramentas
dolorosas, que ele usou em mim,
— Mmmmm... Resmungou o azulejo.
— Meu amigo, há preço para tudo na vida. E nem
sempre é fácil. Às vezes, é muito difícil, doloroso. Mas temos
que aprender a suportar os sofrimentos, procurando crescer
para nos transformarmos em algo mais belo. Já que você
desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar
as pessoas, que passam por você.
Moral da história:
Passamos por sofrimentos e provações para crescermos
e nos tornarmos testemunhas vivas da ação de Deus, Para
que isso aconteça é necessário lançarmos fora o medo e
deixarmos que Jesus nos molde conforme a sua vontade. Ele
quer fazer de você uma bela obra prima do Seu Amor.
A Resposta
Uma mulher costumava sempre reclamar de tudo na
vida: dos filhos, do marido, da situação financeira... Certo dia
encontrou-se com Jesus e disse:
— Senhor, compadece-te de mim! O mundo me
atormenta e a vida fez-me escrava. Tenho um filho que
incessantemente me fere o coração. Esperei-o com os
melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto,
encontro nele meu suplício. Por que isso, Senhor? Por que
tanto sofrimento?
E Jesus, em Seu infinito Amor e bondade, respondeu
àquela mulher:
— Minha filha. Só o amor pode educar os filhos de
Deus. Que seria do tronco se a terra não o suportasse, ou do
ninho sem que a ramada lhe resguardasse a esperança?
— Mas, Senhor, e comigo? Quem teria colocado em
meus braços semelhante martírio? Quem talvez, por engano,
terá colocado em meu peito este filho difícil e indiferente,
acreditando que o meu amor ignorante e frágil conseguiria
educá-lo? Então, com grande surpresa, a pobre mulher
escutou de Jesus estas simples palavras:
— Minha filha... Fui eu.
Moral da história:
Todas as vezes que passamos por dificuldades, estamos
sendo provados, mas também enriquecidos com a graça de
Deus. Não desistamos perante os obstáculos, confiemos
plenamente no Amor de Jesus e os fardos se tornarão leves.
O Retorno
Certo dia, a única filha de um casal desapareceu sem
explicações. Os pais sofreram muito com a falta da filha.
Procuraram em todos os lugares. Fizeram de tudo e nada de
encontrá-la.
Passados 15 anos, a filha apareceu em casa. Foi a
maior felicidade para todos. Foram abraços e lágrimas. Os
pais queriam saber o que havia acontecido, mas a filha pediu
para antes, tomar um banho e comer alguma coisa, pois
estava faminta.
A mãe então, disse à filha para ir a seu quarto, que
havia uma toalha limpa e preparar-se para comer, pois ela
tinha feito o seu prato preferido.
Pensativa, a filha perguntou:
— Minha toalha está pronta e meu prato preferido está
preparado? Como sabia que eu voltaria hoje para casa? Foi o
instinto materno?
O pai então lhe respondeu:
— Não minha filha. O nome disso é fé. Durante esses
longos 15 anos que você esteve desaparecida, sua mãe
preparou sua toalha e sua comida favorita todos os dias, pois
ela sabia que você voltaria pra casa a qualquer momento.
Moral da história:
Jesus sempre está esperando o nosso retorno. Tem seu
coração aberto para nos acolher e a mesa preparada para
participarmos de sua Graça e de sua Vida.
FIM
Esta obra é distribuída Gratuitamente pela Equipe Digital Source e Viciados em Livros para proporcionar o benefício de sua leitura àqueles que não podem comprá-la ou àqueles que necessitam de meios eletrônicos para ler. Dessa forma, a venda deste e-book ou até mesmo a sua troca por qualquer contraprestação é totalmente condenável em qualquer circunstância. A generosidade e a humildade é a marca da distribuição, portanto distribua este livro livremente.Após sua leitura considere seriamente a possibilidade de adquirir o original, pois assim você estará incentivando o autor e a publicação de novas obras.Se quiser outros títulos nos procure :
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