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Mais uma idéia saindo para servir de meio para os povos do Rio Negro se expressarem ao mundo a "sua visão do Mundo".TRANSCRIPT
Medzeniakonai, o povo que nasceu falando sua língua. Depois de três séculos
de dominação e exploração pelos colonizadores reencontra hoje a sua
identidade.
A edição de apresentação do Molito mostra a você um pouco da vida e da cultura do povo Baniwa. Ontem, hoje
e daqui pra frente.
Boletim Informativo dos Povos Indígenas do Rio Negro. Edição 1/2013. Sem periodicidade.
©Daniel Benjamim/ Baniwa
Por que Molito?
Na mitologia do povo Baniwa, da família linguística Aruak, um dos 23 povos do Rio Negro, que vivem em
mais de 93 comunidades ao longo dos quase 700 km de extensão do rio Içana, aparece como
“soldado” de Ñapirikoli e animal com sentidos diversos, aparece vinculado a todos os heróis como Ñapirikoli,
Kaali e Kowai. E a escolha do nome para o boletim foi baseado no texto de Caco Xavier/Fiocruz, “Escrita de
Ñapirikoli”, publicado no livro “Rotas de Criação e Transformação” organizado pelo antropólogo Geraldo
Andrello da parceria ISA/FOIRN lançado em 2012.
No texto, o autor descreve que uma figura isolada de um sapinho (usada como logotipo deste
boletim) era constantemente encontrada e rapidamente nomeada: “Molito” (pelas pessoas
que acompanharam o pesquisador durante o trabalho que realizou no Içana/2006).
Seu canto típico anuncia época de preparo da terra para o plantio. Também é
uma flauta-kowai [...], que quando tocada sozinha, sem par, é responsável ainda por função
única e oracular, estabelecendo comunicação entre Kowai e as mulheres (Hill, 1998).
Por tanto, um boletim como uma linguagem “simples” fácil de entender. Feita por crianças, jovens e adultos. Quem quiser se
“expressar”.Com caráter formativo e informativo. Um meio que pretende criar redes de relação e de colaboração entre
pessoas, comunidades e povos. Colorida como são as comunidades, os artesanatos ou melhor, como é a vida dos
povos do Rio Negro. Escrita em qualquer uma das línguas indígenas existentes na região (que virão sempre
com uma tradução), além do português, com sotaque Rionegrino. Essa é a proposta do Molito, um projeto que
visa “completar” e somar com os meios de divulgação e comunicação já existentes na região. Temas variados,
com curiosidades, humor e muito mais! Um “jeito” de mostrar e falar pro mundo a nossa visão sobre as “coisas do
mundo”.
© Daniel Benjamim/professor Baniwa Jogo
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3.
Rio Içana – Lugares e paisagens por André Baniwa
Vista da Comunidade Tunuí Cachoeira- médio Içana, subindo o Içana.
Na mitologia Baniwa, essas pedras são os restos da árvore onde ficavam ou originaram as
abelhas na cultura Baniwa. Ainda existem abelhas nessa pedra maior que aparece na foto
até hoje. Essas pedras ficam abaixo da comunidade de Taiaçu Cachoeira- Médio Içana.
Todos conhecem o
André Baniwa nos
grandes eventos
realizados e pela sua
atuação no
Movimento Indígena
como uma das
principais lideranças
indígenas do Rio
Negro
O que pouca gente
sabe, que o André
também adora
tecnologias, como a
câmera fotográfica.
Registra suas viagens
dentro e fora da
região do Rio Negro.
É fotógrafo. Tira
fotos de lugares,
pessoas, animais,
paisagens e tudo o
que lhe chama
atenção. É
colaborador de
MOLITO como
fotógrafo e produtor
de conteúdos.