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7 7 Operacionalização da Formação: Do Plano de Ação Módulo

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7 7Operacionalização da Formação: Do Plano de Ação

Módulo

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Definir de forma clara e coesa os objetivos é um passo fundamental para o sucesso da formação!

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Objetivos 7Introdução 9Competências e Objetivos Operacionais 10Níveis de Definição dos Objetivos 12 Finalidade 13 Meta/Fim 13 Objetivo Geral 13 Objetivo Específico 14 Objetivos operacionais - Critérios 14Funções dos Objetivos Pedagógicos 17Importância dos Objetivos Pedagógicos 17Vantagens dos Objetivos Pedagógicos 18Desantagens dos Objetivos Pedagógicos 18Domínio dos Objetivos 19 Domínio Cognitivo 19 Domínio Afetivo 19 Domínio Psicomotor 19Operacionalização 21Componentes do Objetivo Operacional 22 Comportamento Esperado 22 Condições de Realização 22 Critério de Êxito 22Passos para a Definição de Objetivos Operacionais 22Lista de Verbos Operatórios 25 Domínio Cognitivo 25 Domínio Psico-motor 25 Domínio Afetivo 26Desenho do processo de Formação – Aprendizagem 27Conceção da formação 30Conceção e elaboração do Plano de Formação 31Análise da Situação Inicial - Diagnóstico 32A conceção do Plano de Sessão 32Especificação dos Objetivos 33Seleção e Elaboração dos Suportes Didáticos 34Avaliação do Plano de Formação 34Organização dos Recursos 35Planificação de Sessões de Ensino/Aprendizagem 35Plano de Sessão 35 Define 35 Preparação 36 Tema 36

ÍNDICE

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Destinatários 36 Pré-requisitos (Conhecimentos anteriores) 37 Avaliação 37 Estratégia 37 Materiais e equipamentos 38 Atividades Pedagógico-Didáticas 38 Duração da ação 38Fases da Sessão 39 Introdução 39 Desenvolvimento 41 Pontos-chave do Desenvolvimento 41 Avaliação 42 Instrumentos de avaliação 43 Pontos-chave na avaliação 43Atuação do Formador de Topo 44 Estratégias Formativas 44Síntese Final 46 Estrutura de um Plano de Sessão 46Exemplos de Plano de Sessão 47Conclusão 54Bibliografia 55

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OBJETIVOS

Pretende-se que cada formando, no final deste módulo esteja apto a:

Distinguir finalidades, metas, competências, objetivos gerais e objetivos específicos;

Redigir objetivos pedagógicos em termos operacionais;Hierarquizar objetivos segundo os domínios do saber;Planificar momentos de ensino-aprendizagem; Identificar os princípios orientadores para a conceção e

elaboração de planos de unidades de formação; Preencher fichas de planificação da formação (plano de ação

de formação/ módulo/ sessão).

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INTRODUÇÃO

A definição de objetivos, sejam eles quais forem, trazem um valor de acréscimo à formação. Os objetivos pedagógicos são um enunciado claro e explícito dos resultados que se esperam alcançar com uma determinada ação de formação. Desta forma, devem sempre indicar os resultados esperados de uma aprendizagem visada.

Orientam a intervenção pedagógica do Formador uma vez que as suas ações circulam em torno do desenvolvimento de atividades e conteúdos que levem os formandos aos objetivos pretendidos. A definição prévia dos objetivos é indispensável, de modo a garantir a maior coerência entre os resultados desejados e alcançados. Permitem verificar a situação na qual os formandos se encontram, face ao estado desejado de competências. O Formador através de uma correta definição de objetivos sabe o que solicitar aos formandos, estes sabem o que se espera deles, e os formadores sabem o que poderão exigir.

O que se pretende com este manual é tornar a definição de objetivos um processo instantâneo para que futuramente, enquanto formadores, iniciem a construção de um plano formativo, e, através dele, possam delinear a estratégia formativa. Irão ser abordados diversos temas como o conceito de objetivos pedagógicos, as suas finalidades, vantagens e desvantagens e a sua importância na construção da formação. A correta utilização dos objetivos é essencial para que os formandos se situem em relação aos fins a atingir. Ou seja, pretende-se que os formandos tomem consciência do que lhes vai ser exigido, para distinguirem o essencial do acessório e, permitir-lhes que possuam um ponto de referência para avaliar e controlar os seus progressos.

Através da definição de objetivos operacionais é introduzida uma componente de objetividade na formação permitindo avaliar os possíveis desvios aos resultados pretendidos, sendo possível ao Formador controlar melhor os progressos e desvios do seu grupo de formação.

Seguidamente serão desenvolvidos os temas acima mencionados, sendo que o empenho é condição “sine qua non“ (indispensável) para a compreensão da importância do impacto de um bom Objetivo Pedagógico.

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

10

No presente manual irão ainda ser abordados os pontos essenciais para uma gestão eficaz de qualquer processo de formação. Aponta os pressupostos necessários, para que a formação que se propõem dar/elaborar, consiga os resultados pretendidos.

Naturalmente que para a formação ser tida como estratégica, permitindo capacitar ou alavancar os formandos é necessária uma planificação cuidada ao nível da Definição dos Objetivos da Formação, a Elaboração e Organização dos Conteúdos e Orçamentação de todos os custos que lhe estão adjacentes.

Contempla também os aspetos essenciais e de vital importância na execução do que previamente foi arquitetado pelo formador no Plano de Sessão, nomeadamente a introdução da sessão de formação, o seu desenvolvimento e a sua conclusão.

COMPETÊNCIAS E OBJETIVOS OPERACIONAIS

O objetivo pedagógico pode ser definido da seguinte forma:

Conjunto de comportamentos e/ou ações que se visam atingir, e que irão condicionar os métodos, instrumentos, modelos de trabalho e comportamentos que o formando deve assumir de modo a alcançar o fim pré-definido.

Os objetivos manifestam os fins que se pretendem alcançar com a ação de formação.

A definição de objetivos pode comportar várias situações e níveis, desde definições gerais a definições muito específicas que permitem delimitar ao rigor o pretendido.

A formação, independentemente da sua natureza ou contexto profissional, situando-se no âmbito da educação ou da formação profissional é sempre um processo de mudança.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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Na formação profissional, qualquer sessão de formação tem por objetivo promover mudanças nos formandos de modo a que adquiram as competências necessárias para o desempenho ou aperfeiçoamento de uma determinada função profissional.

As mudanças que se pretendem alcançar podem ser mais longínquas ou gerais, por exemplo, dominar as técnicas de programação de computadores ou aprender a trabalhar com um novo sistema operativo.

Podem, no entanto, ser tão imediatas e específicas como, por exemplo, aprender a abrir uma porta de segurança.

Os objetivos pedagógicos consistem em afirmações que descrevem a direção da mudança que o Formador pretende promover nos formandos.

Tendo em conta as diferenças existentes entre os objetivos, e para cumprirem a função que lhes cabe no processo de ensino-aprendizagem, os objetivos devem ser definidos de maneira correta e rigorosa, obedecendo a conceitos e regras que sobre este tema estão estabelecidos.

UM FORMADOR DE TOPO DEVE SABER QUE…

A organização que solicita a formação profissional define os Objetivos Organizacionais;

A organização que fornece a formação profissional define os Objetivos de Formação;

O formador define os Objetivos Pedagógicos.

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12Formação

A definição de objetivos é algo intrínseco a todas as formações, independentemente da sua natureza, área de ação ou atividade.

A formação existe porque existem objetivos a alcançar

Contudo, os contextos em que surgem são variados, tal como já foi referido, sendo por isso também variado o modo como os mesmos são expressos.

O conceito de objetivo visto como conjunto de comportamentos ou atuações a adquirir, sendo muito vasto, permite-nos englobar as diferentes situações em que os objetivos podem ser definidos e as várias formas que podem assumir.

Numa determinada ação de formação, de uma determinada área profissional, deparamo-nos com uma ampla possibilidade de definição/apresentação dos objetivos pedagógicos por parte da entidade formadora, podendo umas definir determinado nível de generalidade e outras não.

O perfil de competências surge como uma indicação vasta, contudo, a indicação clara e concisa do que o formando deverá ser capaz de fazer numa situação muito em concreto, é já muito mais específica.

Objetivos globais, gerais, terminais, finais, intermédios, sequenciais, facilitadores de aprendizagem, de progressão, de desenvolvimento, de transferência, etc., são designações equivalentes aos objetivos pedagógicos.

Em resultado dos diferentes graus de generalização ou de especificação, existe uma pluralidade de designações ou classificações, que na maioria das vezes se justapõem, como se pode verificar pelas designações acima referidas.

De seguida apresentaremos 4 níveis de generalidade na formulação

dos propósitos ou intenções de formação:

• Ao nível mais alto de generalidade situam-se as finalidades;• Ao nível abaixo das finalidades dá-se o nome de metas/fins;• Ao nível das formulações dos resultados esperados/competências

a adquirir com uma determinada ação de formação ou sequência de ensino-aprendizagem, dá-se o nome de objetivos gerais;

• Ao nível das formulações, dos comportamentos esperados no final de uma ação de formação ou de uma sequência de ensino-aprendizagem surgem os objetivos específicos.

NÍVEIS DE DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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Finalidade é uma ação que leva o indivíduo a atingir um determinado alvo.

Constituem os grandes propósitos da formação, e expressam intenções muito amplas e gerais. De uma forma geral, a finalidade estabelece aquilo que se pretende com a realização da formação.

ExemploNa formação de Introdução à Neurologia devem ser formados

formadores na área de Psicologia.

FINALIDADE

Meta = Intenção da açãoAs metas ou fins definem num sentido mais específico

o perfil de saída do formando no curso de formação. Quer isto dizer que através da meta o formando saberá aquilo que ficará habilitado no final da ação.

Exemplo:Esta ação de formação visa preparar pessoas para o desempenho das

funções de nadador-salvador em praias da costa portuguesa.

META/FIM

O Objetivo geral é uma ramificação dos objetivos pedagógicos de uma forma mais ampla e geral.

O Objetivo geral denomina a mudança de comportamento esperado oriundo da formação.

Exemplos:No final da formação, o formando deverá ser capaz de explicar as

etapas do método demonstrativo. No final do módulo Funções do Formador o formando deverá ser

capaz de identificar as funções fundamentais que o formador deve possuir.

OBJETIVO GERAL

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

14

Tal como os objetivos gerais, os objetivos específicos referem-se aos comportamentos que são esperados que o formando adquira no final da ação.

Os objetivos específicos constituem o desmembramento dos objetivos gerais, sendo que desta forma, os primeiros serão amplos e gerais e os segundos mais complexos e específicos.

Os objetivos específicos devem ser formulados em termos operacionais, ou seja, devem ser iniciados por um verbo operatório, indicando uma ação mensurável. Devem conter também três critérios fundamentais que permitem anular qualquer ambiguidade, tornando-se desta forma mais claros e perceptíveis na óptica dos formandos.

OBJETIVO ESPECÍFICO

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

OBJETIVOS GERAIS

OBJETIVOS OPERACIONAIS - CRITÉRIOS

Comportamento Esperado

Condições de Realização Critério de Êxito

Exemplos:No final da ação o formando deverá ser capaz de indicar três

técnicas do método ativo, recorrendo ao manual de formação, sem cometer erros.

Três técnicas do método ativo - Comportamento EsperadoRecorrendo ao manual de formação – Condições de RealizaçãoSem cometer erros – Critério de Êxito

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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A RETER…

Objetivos Gerais Apontam aptidões a alcançar; Enunciam os resultados esperados; Localizam-se ao nível da execução das atividades; Podem não ser diretamente observáveis.

Objetivos Específicos Apontam aptidões a desenvolver; Enunciam comportamentos esperados;

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

16

TESTA OS TEUS CONHECIMENTOS

Escolhe as opções corretas que correspondem à definição dos objetivos específicos:

Não são diretamente observáveis. Devem ser mensuráveis. Devem ser iniciados por um verbo operatório.

Dos exemplos fornecido identifique o tipo de objetivo a que pertence:

No final da ação o formando deverá ser capaz de identificar as etapas necessárias à plantação de batatas.

Do exemplo fornecido, identifique qual o nível de formulação de propósito:

A Formação será direcionada para formandos na área de Psicomotricidade Humana.

No final da ação os formandos deverão ser capazes de descrever as etapas do sistema digestivo.

No final da ação os formandos deverão ser capazes de fazer um bolo de chocolate, utilizando 5 ingredientes em 7 minutos.

1.

2.

3.

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Os objetivos pedagógicos surgem na formação com uma utilidade bem definida e indispensável.

As suas funções são definidas e reconhecidas, e só graças a elas é que a formação pode atingir os níveis desejados, dentro dos parâmetros desejados e no contexto correto.

• Evitar ambiguidades na formação;• Orientação para uma avaliação rigorosa e objetiva;• Funcionam como uma linha orientadora para os formandos;• Permitem saber o que se pretende exatamente com a acção de formação;• Esclarecimento das intenções e procedimentos da formação;• Facilitadores do processo de aprendizagem.

FUNÇÕES DOS OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

Ao longo dos anos a formação profissional ganhou uma base mais sólida, mais conhecedora das necessidades do mercado e da comunidade.

Este conhecimento deve-se em parte à definição dos objetivos pedagógicos.Com a definição e imposição de objetivos, as entidades puderam

e podem avaliar, da forma mais fiel, se os fins foram atingidos, em que moldes e se existe necessidade de modificação.

Podemos, desta forma, afirmar que a importância dos objetivos pedagógicos deve-se a:

• Base sólida que atribui à formação, quer na seleção dos métodos, meios e conteúdos temáticos a abordar.

• Possibilidade de avaliar os resultados obtidos, e analisá-los de acordo com os objetivos definidos inicialmente.

• Capacidade que oferece aos formandos de orientarem e canalizarem os seus esforços ao longo da ação.

IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

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18Formação

VANTAGENS DOS OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

Vantagens dos Objetivos Pedagógicos

Auxilia na escolha dos

métodos, e técnicas de avaliação a utilizar

na formação.

O Formando consegue

aperceber-se do grau da sua aprendizagem.

É o inicio de uma

aprendizagem facilitada, estruturada

e organizada.

Auxilia a estruturar e organizar

os conteúdos programáticos.

Permite uma maior facilidade na comunicação entre formador e

formando.

DESVANTAGENS DOS OBJETIVOS PEDAGÓGICOS

Desvantagens dos Objetivos Pedagógicos

Exige maior disponibilidade de

tempo.

Pode limitar o carácter inovador.

Obriga a uma boa preparação

psicopedagógica por parte do formador.

Pode limitar a avaliação de aspetos

não determinados no plano.

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Com a formulação dos objetivos pedagógicos pretende-se a alteração de certas competências e comportamentos iniciais.

Estas alterações que se pretendem com a realização da formação podem ser de diversos domínios, nomeadamente, domínio cognitivo, domínio afetivo e domínio psicomotor.

DOMÍNIO COGNITIVOEste domínio refere-se a alterações a nível intelectual. Relaciona-se

com os saberes adquiridos pelo formando no contexto formativo.A reflexão de novos temas, o pensamento crítico, bem como, novas

perceções da realidade é o que envolve todo o domínio cognitivo.Exemplos: Conhecer os vários períodos cronológicos da Idade Média. Refletir sobre as várias religiões mundiais.

DOMÍNIO AFETIVOEste domínio prende-se com os sentimentos, emoções e sensibilidade.

Relaciona-se com o saber-ser, enquanto aquisição de novos valores, atitudes, comportamentos, estados emocionais, etc.

Exemplos: Respeitar as regras de trânsito. Irritar-se com quem não cumpre as regras de trânsito.

DOMÍNIO PSICOMOTOREste domínio prende-se com as atividades motoras e cognitivas.Relaciona-se com o saber-fazer.Exemplos: Andar de bicicleta. Mudar a roda de um automóvel.

DOMÍNIO DOS OBJETIVOS

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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TESTA OS TEUS CONHECIMENTOS

Realize a correspondência correta entre as seguintes afirmações:

Complete as seguintes afirmações:

O Domínio Cognitivo diz respeito ao domínio do _______________ e ________________.

O Domínio Afetivo diz respeito ao domínio dos _________________ e ________________.

O Domínio Psicomotor diz respeito ao domínio da ______________ .

1.

2.

Desvantagens dos objetivos Pedagógicos.

Vantagens dos objetivos Pedagógicos.

Maior disponibilidade de tempo.

Organização e estruturação da formação.

Facilita a aprendizagem estruturada do formando.

Evita a possibilidade de ambiguidades acerca

daquilo que se pretende com a ação de formação.

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Como foi referido anteriormente os objetivos pedagógicos devem ser formulados de forma operacional.

Um objetivo é operacional quando:

Indica objetivamente e em termos de comportamento diretamente observável aquilo que os formandos deverão ser capazes de fazer no final da ação, em que condições é que o farão e por que critérios serão avaliados.

Desta forma, entendemos que um objetivo operacional deve conter: Comportamento Esperado; Condições de Realização; Critérios de Êxito.

Para uma correta formalização dos objetivos deve-se ter em conta determinados aspetos:

O sujeito da ação deve ser sempre o formando. Ex.: No final da ação o formando deverá ser capaz descrever o perfil

do Formador.

O verbo que inicia a ação deve ser sempre um verbo operatório, que expressa um comportamento que possa ser observável, caso contrário será impossível poder-se avaliar a aprendizagem do formando.

Ex.: No final da ação o formando deverá ser capaz de indicar quatro frutos silvestres.

OPERACIONALIZAÇÃO

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22Formação

COMPORTAMENTO ESPERADODiz respeito àquilo que o formando deverá ser capaz de fazer no final

da ação.

CONDIÇÕES DE REALIZAÇÃODiz respeito às condições em que o formando terá de realizar a tarefa.

As condições podem ser diversas, como por exemplo, equipamentos, materiais a utilizar, locais, etc.

Descreve as condições em que o comportamento deverá decorrer, ou seja, as circunstâncias várias que deverão verificar-se aquando da realização da atividade.

CRITÉRIO DE ÊXITODiz respeito à forma pela qual o formando será avaliado. Este critério

pode assumir níveis quantitativos ou qualitativos.

COMPONENTES DO OBJETIVO OPERACIONAL

É necessário discriminar o comportamento esperado do formando aquando de uma ação de formação. O verbo operatório escolhido

deve ter como sujeito de ação o formando, não incluindo o Formador. Ex.: No fim da formação os formandos devem preencher corretamente

o mapa geográfico nacional.

Devem-se operacionalizar os objetivos através do uso de verbos operatórios para permitir a mensurabilidade, pois se não tiverem o

que vai o formador avaliar no fim do percurso formativo? Ex.: No fim da formação os formandos vão conseguir remover as espinhas

de um peixe, criando um filete, através de um corte preciso na zona ventral.

Procurar anular verbos que sejam não-operatórios para evitar a ambiguidade no momento avaliativo.

Determinar, como anteriormente referido, as condições de realização e especificar os critérios de êxito para as tarefas em mão.

Ex.: No final da formação os formandos deverão conseguir realizar um plano de sessão sem consultar o manual.

PASSOS PARA A DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS OPERACIONAIS

A.

B.

C.

D.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

23

A RETER…

Para operacionalizar um objetivo pedagógico deve-se:

Os Formandos deverão ser sempre os sujeitos da ação.Ex: No final da ação os formandos deverão ser capazes de

indicar o processo de colocar unhas de gel.

Iniciar a formulação do objetivo com um verbo operatório. Os verbos devem ser directamente observáveis.

É necessário ter em conta que existem diversos verbos em que a sua ação não é diretamente observável, e nestes casos não será possível fazer a avaliação, uma vez que não é observável.

Ex: No final da ação os formandos deverão ser capazes de reconhecer as etapas da gravação de um DVD.

3 Condições

para Objetivos Pedagógicos

Condições de Realização

Critérios de Êxito

Comportamento Esperado

Comportamento Esperado – Reporta-se aos comportamentos que se espera que os formandos adquiram no final da ação.

Condições de Realização - Reporta às condições em que é realizada a ação, estas podem adotar diversos contextos. Como por exemplo os materiais a utili-zar, localização, etc.

Critérios de Êxito - Reporta ao êxito ou não do resultado. Este critério permite avaliar se o objectivo foi ou não alcançado. Como por exemplo o tempo necessário, precisão, tolerância de erros, quantidade, etc.

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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TESTA OS TEUS CONHECIMENTOS

Dos seguintes objetivos identifique os 3 componentes que o constituem:

No final da ação o formando deverá ser capaz de elaborar um manual de técnicas de primeiros socorros com auxílio do programa

Word com o máximo de 14 páginas._______________________________

No final da ação o formando deverá ser capaz de identificar os materiais necessários para a realização de uma vindima, numa folha de Excel, sem cometer erros.

_______________________________

No final da ação o formando deverá ser capaz de desmontar um computador na sala de formação, em 15 minutos.

_______________________________

Identifique os possíveis erros que contêm os seguintes objetivos:

No final da ação o formando deverá ser capaz de saber as regras do monopólio em contexto de formação, com tolerância de dois erros.

________________________________________________________________________________________________________________

No final da ação, o formando deverá ser capaz de soletrar o abecedário em Inglês, sem cometer erros.

________________________________________________________________________________________________________________

No final da ação o formando deverá ser capaz elaborar um cronograma na sala de formação.

________________________________________________________________________________________________________________

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LISTA DE VERBOS OPERATÓRIOS

DOMÍNIO COGNITIVO

Descrever Aplicar ExtrairDiferenciar Avaliar IdentificarDiscriminar Averiguar IlustrarDistinguir Calcular IndicarDividir Categorizar IsolarEscolher Citar ListarEspecificar Classificar LocalizarExpor Converter MarcarExplicar Definir Realçar

DOMÍNIO PSICO-MOTOR

Atuar Desempenhar MarcharAdaptar Desenhar MontarAgarrar Desmontar ObterAjustar Diagnosticar OperarAssegurar Disparar OrdenarBaixar Escrever PesarColocar Executar PraticarCompletar Fazer PrepararConstruir Guardar ReajustarControlar LevantarDemonstrar Manter

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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DOMÍNIO AFETIVO

Alterar Discordar JuntarArgumentar Discutir LocalizarAssumir Distinguir ModificarAuxiliar Enumerar OrganizarCompletar Escolher PrepararConcordar Explicar ProduzirDescrever Fazer ResponderDiagnosticar Identificar ReconhecerDiferenciar Indicar Relatar

TESTA OS TEUS CONHECIMENTOS

Diga o que entende por objetivos pedagógicos.

Quais as três componentes que constituem um objetivo operacional?

Enquanto Formador formule um exemplo de uma sessão de formação através da criação dos respectivos objetivos pedagógicos.

1.

2.

3.

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Métodos e técnicas de organização e planeamento da formação (presencial e/ou à distância).

Em qualquer um dos formatos de formação, o planeamento e organização da formação implica a realização prévia de objetivos, organização de conteúdos programáticos, planos de sessão e manuais de formação, nesta etapa deverão ainda estar previstos e criados de planos alternativos (planos B).

Ao formando deverão ser facultados documentos de apoio, nomeadamente cronogramas, programa formativo (conteúdos, carga horária, objetivos, etc.), documentos que deverão estar previamente definidos e concebidos.

No entanto na formação à distancia ou em formato e-learning e/ou b-learning além dos conteúdos/materiais supra referidos terá de ser criada a plataforma e-learning, organizados os materiais formativos para serem expostos nos fóruns de debate formativos, organizados guiões e agendas das sessões síncronas.

Na etapa planeamento e organização da formação no formato à distância (for-mação e-learning/ formação b-learning), existe uma componente de auto-formação e realização de sessões sincronas, participação em fórum (plataforma) não descurando da relação pedagógica que deverá mesmo em curso de auto-formação ser reforçada e primada.

A formação privilegia a relação formando-formando, formador-formando, como catalisador de aprendizagem, assim salienta-se a importância da dinamização da plataforma, criação de manuais que cativem e motivem o formando, principalmente quando a formação é à distância, por forma a não existirem quebras principalmente motivacionais, a importância do desenvolvimento e interação social enquanto motor de aprendizagem e a necessidade de criação de espaços de formação que integrem situações de interação educativa remetendo para a importância do papel do formador enquanto animador/facilitador das aprendizagens no contexto da formação.

Na formação em formato b-learning os módulos deverão ter uma componente presencial e uma componente à distância aqui deve ser dada especial atenção no que se prende ao cronograma, já que o mesmo deverá apresentar dias presenciais alternados, com dias intercalares de formação à distância, por forma a permitir que os formandos façam leitura dos manuais, participem nos fóruns de debates da plataforma e ainda permitindo o distanciamento necessário à reflexão e a articulação da formação com a prática profissional, de forma a potenciar os resultados obtidos e as situações vivenciadas no decurso de todo o processo. Nas sessões presenciais privilegia-se o desenvolvimento do método ativos,

DESENHO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO – APRENDIZAGEM

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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nunca descurando das seis ideias de base – a motivação, a adequação da formação/objetivos ao nível dos formandos, a atividade de pesquisa de informação, a compreensão dos objetivos, a necessidade de realizar aprendizagens significativas e a aplicação dos conteúdos à realidade.

Ao formador é aconselhado que seja criado um Diário de Bordo, onde o formador deve ao longo das sessões anotar todos os pontos relevantes da formação, erros, actividades que correram bem, as que correram menos bem, o que deverá alterar, o que correu bem, pontos fortes, pontos fracos, pontos a serem trabalhados, um guia pessoal que será útil ao formador e para o desenvolvimento da sua atividade profissional, com vista à melhoria contínua.

Técnicas e estratégias de caraterização do grupo de formaçãoNo ato da inscrição são disponibilizados pelo formando uma série de

documentos que permite ao formador caraterizar o grupo de formação, assim deverá como forma e estratégia do formador analisar as caraterísticas dos formandos, nomeadamente a idade dos elementos do grupo (formandos), habilitações escolares/académicas, experiência profissional, sexo, idade, informações estas importantes para que o formador possa definir o perfil do grupo.

A Avaliação Diagnóstica conseguida através da aplicação de uma ficha de verificação de conhecimentos, também permite ao formador fazer através da análise das respostas obter algumas informações acerca dos conhecimentos prévios que os formandos têm acerca dos conteúdos.

A Formação em Espiral é uma estratégia que permite o estabelecimento de relações entre os conhecimentos já adquiridos e em simultâneo possibilita ao formador conhecer os conhecimentos prévios dos formandos e alinhar os métodos e estratégias de formação.

Tipos de conteúdos teóricos, práticos e teórico/práticos

• Levantamento de necessidades de formação; • Planeamento das intervenções ou atividades formativas; • Concepção de intervenções, programas, instrumentos e suportes formativos; • Organização, promoção e execução do plano de formação; • Acompanhamento e avaliação do plano de formação; • Avaliação do impacto da formação nas organizações.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

29

Os conteúdos programáticos deverão ser alcançados através da execução e desenvolvimento de atividades distintas recorrendo aos métodos e técnicas disponíveis, adequando aos objetivos e conteúdos da formação o tipo de atividade a implementar, recorrendo a simulações, os debates, brainstorming, trabalhos em grupo, actividades que se apresentam como estratégias facilitadoras do desenvolvimento das competências socio comunicativas dos formandos e mobilizam o repertório de experiências vividas, e que se apresentam relevantes para a aprendizagem do formando (aprendizagem em espiral).

Como construir um módulo de formação: Critérios de seleção e sequenciação de conteúdo segundo uma estrutura modular

A estrutura e sequência modular e organização dos módulos deverá ser definida por forma a que atribua uma sequência que pedagogicamente faça sentido em termos dos resultados de aprendizagem a alcançar, assim é importante não descurar que a aprendizagem deverá ser gradual através de um processo que se realiza/desenvolve através de etapas, inicialmente mais simples, passando depois às etapas mais complexas, por forma a que o formando aprenda com maior eficácia e eficiência. Em todos os módulos os formandos deverão estar sujeitos a uma avaliação.

A organização da formação tem como base um modelo flexível, como o dos percursos formativos assentes em unidades capitalizáveis e unidades de formação de curta duração que visa facilitar o acesso dos indivíduos a diferentes percursos de aprendizagem, bem como a mobilidade entre níveis de qualificação.

Esta organização da formação beneficia o reingresso, a qualquer altura, no ciclo de aprendizagem e a assunção por parte de cada cidadão de um papel mais ativo e de relevo na construção do seu percurso formativo, permite ao formando tornar mais compatível o processo formativo com as necessidades individuais e ainda que no momento mais favorável ao formando e que este necessite de elevar as suas competências e níveis de eficiência e de equidade o faça.

Ciclo da formação

Avaliação

Conceção

Organização

Execução

Planeamento

Diagnóstico

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30Formação

CONCEÇÃO DA FORMAÇÃO

Analisar Desenhar

Realizar Organizar

Avaliar

Contexto Social

ContextoHumano

Contexto Organizacional

ContextoCultural

A Formação é desenvolvida por fases/momentos e decomposta por processos:

- Analisar oportunidades que visem sinalizar competências, desenvolver e construir objetivos de aprendizagem adequados às necessidades e destinatários;

- Desenhar a proposta formativa implica delinear os itinerários formativos de aprendizagem de acordo com os contextos e públicos, agregando os objetivos;

- Organizar as sequências pedagógicas a partir dos objetivos, módulos e sequenciação dos módulos e conteúdos e definir as estratégias pedagógicas;

- Criar recursos pedagógicos e materiais de apoio, quer pelos formadores quer pelos formandos;

- Definir e avaliar a estratégia pedagógica tendo em conta as caraterísticas da proposta pedagógica.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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PARA REFLETIR…

Tal como a competência de um responsável pela produção de uma empresa, também se mede a escolha dos métodos e por uma boa utilização dos equipamentos que possui com vista ao desenvolvimento de um trabalho eficaz, a competência de um formador mede-se pela forma como planeia e organiza as sessões de formação profissional e pelo modo como seleciona os métodos e técnicas mais adequados aos formandos e aos objetivos da própria sessão.

Um plano de formação é um documento, que deve considerar os seguintes aspetos:

Os resultados esperados da formação; Qual o procedimento para os obter; Como avaliar esses resultados; As razões/necessidades que justificam a formação – Porquê formar? Que tipo de pessoa /profissional - Quem formar? Que mudança se espera no meio - Para quê formar?

São também definidos: Os meios globais a atribuir à formação; Prioridades; Valores a preservar; Estratégias a seguir.

CONCEÇÃO E ELABORAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO

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32Formação

Esta etapa consiste na análise das condições iniciais. Antes de se iniciar a formação é necessário conhecer as características

da população a formar.

É necessário saber à partida qual o tempo, pessoal, local e materiais disponíveis para realizar a formação.

Podemos resumir esta etapa nos seus quatro aspetos mais significativos: • Condições de admissão; • População atingida (a quem se dirige a formação); • Recursos disponíveis; • Condicionalismos.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO INICIAL - DIAGNÓSTICO

A elaboração de um Plano de Sessão é indispensável para uma sessão de formação bem sucedida. Muitas vezes é negligenciado pelo Formador que se acha bem preparado e que não aponta real utilidade à estruturação da sessão formativa, contudo, é o assumir de um risco desnecessário.

O Plano de Sessão deve servir de alicerce à sessão formativa, pois suporta as falhas possíveis que possam ocorrer no decorrer das sessões, sejam elas da responsabilidade do Formador, sejam elas contingentes ao contexto formativo.

A CONCEÇÃO DO PLANO DE SESSÃO

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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Plano de Sessão

Suporta o Formador; estrutura-lhe a Sessão; confere confiança;Determina quais os recursos/auxiliares pedagógicos

necessários para as atividades propostas e as alternativas em caso de falha.

Permite uma Visão Holistica (Ampla/Geral) da Sessão de Formação prospetivando eventos possíveis.

Dá "corpo" à sessão, ou seja, confere-lhe coêrencia lógica.

Baliza a Intervenção do Formador, estabelecendo uma linha condutora de raciocinio, permitindo-lhe "viajar"/alternar entre diferentes momentos da sesão.

Plano de Sessão

Plano de Sessão

Os objetivos derivam das necessidades de formação e do perfil final que se pretende atingir, isto é, do comportamento que se espera que os formandos alcancem.

É, portanto, absolutamente necessário exprimir esses objetivos em termos operacionais, isto é, os comportamentos esperados devem ser mensuráveis, para que se possa avaliar em que medida eles são ou não atingidos.

ESPECIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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A lista dos objetivos pretendidos deve ser bastante precisa e detalhada, para que cada assunto possa ser objecto de uma só sequência de aprendizagem.

Exemplos: O formando deverá ser capaz de identificar as causas das

tempestades tropicais, servindo-se do boletim meteorológico disponibilizado, num prazo de 7 dias.

O formando deverá ser capaz de retirar os canos de água do lavatório com as ferramentas mais adequadas, sem derramar água.

Após a definição dos objetivos da formação é necessário prever: Como se irá desenvolver a formação;Que situações de aprendizagem terão de ser criadas para atingir os objetivos;Quais os meios que devem ser utilizados. Para isso deve-se ter em conta os seguintes aspetos: Escolha de métodos pedagógicos adequados aos objetivos, à população

e aos meios; Conceção de programas que se adaptem à população, aos objetivos e

aos condicionalismos; Determinação dos materiais necessários à realização da ação.

SELEÇÃO E ELABORAÇÃO DOS SUPORTES DIDÁTICOS

Para analisar a eficácia do plano de formação é preciso verificar se os resultados esperados foram ou não atingidos.

Para esse efeito é necessário o seguinte: Especificar de forma precisa os níveis de desempenho a atingir; Conceber instrumentos de avaliação; Definir as técnicas para os avaliar; Prever a forma de explorar os resultados obtidos; Prever o que fazer com os formandos que não atinjam de forma

satisfatória o domínio dos objetivos. Tendo em conta que a principal finalidade da avaliação é apreciar se os objetivos

foram atingidos, não devemos realizar juízos de valor sobre os formandos, mas saber se foi alcançado o que se pretendia e as medidas a tomar em função desse resultado.

AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO

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Neste ponto aborda-se a componente tangível referente à concretização do plano, isto é, determinar como se vão mobilizar e organizar os recursos de que se dispõe ou que se selecionaram para seguir o caminho planeado.

Os recursos são essencialmente pessoas, locais, materiais e documentos, equipamentos, tempo, fundos disponíveis...

Em resumo, organizar os recursos é prever: PESSOAL: Qualificação, número, formação; FUNDOS: Aquisição, repartição, gestão; LOCAIS: Equipamentos, área e disponibilidade; MATERIAIS: Aquisição e disponibilidade; ACOLHIMENTO: Prever como acolher as pessoas a formar.

ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS

Uma sessão de formação deverá ser concebida e desenvolvida recorrendo a metodologias e técnicas variadas, utilizando meios didáticos variados, proporcionando o envolvimento ativo e criativo dos formandos e facilitar o processo de aprendizagem.

PLANIFICAÇÃO DE SESSÕES DE ENSINO/APRENDIZAGEM

DEFINEOs resultados que se esperam atingir com a formação.A estratégia e os meios a utilizar para os obter.A forma de controlar os resultados obtidos.

A importância de um plano sessão assenta nos seguintes aspetos: O formador sente-se mais confiante e preparado; Representa um fio condutor para a estruturação da ação; Estruturação lógica dos conteúdos.

PLANO DE SESSÃO

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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Por esse facto, um plano de sessão deve refletir preocupações ao nível da: Preparação; Desenvolvimento; Análise de resultados.

PREPARAÇÃOA sessão deve ser cuidadosamente preparada, o que não exclui o

improviso se ele se impuser. A preparação é, por conseguinte, a elaboração cuidada de uma reflexão.

É uma etapa importante da ação pedagógica, que tem por finalidade tomar decisões e proceder às escolhas dos métodos e meios mais adequados para atingir os objetivos previstos, assim como selecionar os materiais necessários à sua concretização.

Um plano bem elaborado é também um auxiliar de memória útil, e permite:

Antes da sessão Preparar o material necessário ao seu desenvolvimento. Selecionar os equipamentos e os métodos e definir estratégias. Durante a sessão Através de pontos-chave, permite estruturar a exposição do Formador,

permitindo desta forma, que o mesmo não se desvie dos conteúdos a abordar.O fato da preparação ser escrita, possibilita um reaproveitamento da

mesma para outras sessões de formação.

Aspetos a observar na preparação de uma sessão Já foram referidas as vantagens da preparação com vista ao

desenvolvimento de uma sessão de ensino/aprendizagem. Iremos agora focar os principais itens que devem estar contidos, na nossa perspetiva, na elaboração de um plano.

TEMA Consideramos importante que o plano seja identificado pelo tema ou

título da matéria a desenvolver. Este procedimento permite o agrupamento de várias sessões do mesmo

tema, podem eventualmente vir a constituir "unidades de formação", por matéria específica desde que ordenadas pedagogicamente.

DESTINATÁRIOSA definição do público-alvo para o qual a formação é direcionada é da

máxima relevância, não podendo nunca ser esquecido nem deixado ao acaso.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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Serão os destinatários a ditar o sucesso da formação e o atingir ou não dos objetivos devidamente apresentados no início da formação.

A idade, o género, o perfil psicológico, as habilitações profissionais, e muito mais são aspetos a ter em conta no planeamento da formação.

PRÉ-REQUISITOS (CONHECIMENTOS ANTERIORES) É fundamental analisar os conhecimentos anteriores dos formandos,

isto é, verificar as competências adquiridas. Este procedimento é indispensável para alcançar o domínio dos objetivos previstos.

Como os pré-requisitos são geralmente muito numerosos. Alguns são gerais (ler um texto em francês...) outros são específicos (escrever, a partir da designação, as fórmulas químicas dos ácidos, sais, óxidos em dois minutos), e na prática não é possível verificá-los todos. Devem, por isso, ser indicados (caso seja necessário) apenas aqueles que são específicos e/ou imprescindíveis para a compreensão/apreensão da matéria prevista para a sessão em causa.

AVALIAÇÃO É necessário prever como e quando controlar o domínio dos objetivos

e, quando se justifique, os pré-requisitos. O controlo oral e/ou visual no final da sessão pode não ser suficiente.

Justifica-se, em alguns casos, exercer o controlo através de testes escritos e/ou de exercícios práticos.

Estes instrumentos de avaliação devem ser selecionados ou concebidos aquando da preparação da sessão e testados antes da sua aplicação prática.

ESTRATÉGIA Uma vez estabelecidos os objetivos, avaliados os pré-requisitos e

escolhido o processo de avaliação, há que conceber a estratégia. Ou seja, selecionar os métodos e os meios a utilizar para favorecer a aprendizagem, definir os pontos-chave, os tipos de intervenção e os motivos de interesse – aspetos fundamentais para o envolvimento dos formandos.

A motivação dos formados depende de diversos fatores. É fundamental prever, no plano de sessão, a criação de situações em que:

Sejam clarificados os objetivos da sessão, realçando a sua futura aplicabilidade;

Sejam utilizados conhecimentos estruturantes anteriores, isto é, a matéria da sessão deve ser relacionada com outras já conhecidas;

Os formandos realizem atividades de auto-aprendizagem e trabalhos de grupo. Por exemplo, a procura e descoberta de soluções para problemas;

Sejam feitos pontos de situação relativos ao processo de ensino/aprendizagem.

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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MATERIAIS E EQUIPAMENTOS No plano de sessão deverão estar anotados todos os materiais,

equipamentos e documentos que o Formador e os formandos deverão utilizar ao longo da sessão.

A operacionalidade dos materiais e equipamentos deverá ser verificada previamente de acordo com as especificações próprias. Muito do insucesso que se verifica em algumas sessões tem origem na não observação destes aspetos.

O plano de sessão pode referir em que fase/momento da sessão deverão ser utilizados.

ATIVIDADES PEDAGÓGICO-DIDÁTICAS A preparação da sessão deve conter uma descrição breve das atividades

de ordem pedagógico-didáticas que deverão conduzir o formando à aquisição das competências.

A planificação das atividades poderá ser elaborada sob a forma de lista sequencial, contendo os pontos-chave (momentos importantes) a observar no decorrer da sessão.

DURAÇÃO DA AÇÃOO plano deve conter a duração prevista para a realização da sessão.

Este aspeto permite verificar se foi ou não possível atingir os objetivos nesse espaço de tempo.

Em função dos resultados poderão ser feitas correções de forma a adequar os objectivos e a estratégia ao tempo disponível.

O plano pode especificar o período previsível para cada fase da sessão.

Exemplo: Introdução – 15 min Abordagem do tema – 25 min Atividades práticas – 30 min Avaliação final – 15 min

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INTRODUÇÃO

A preparação do grupo é um aspeto fundamental na formação profissional. O Formador deve preparar o grupo que terá à sua frente durante as sessões.

A preparação do grupo deve iniciar-se logo no início da formação, se o grupo não se conhecer, deverá ser apresentado mutuamente.

Cada formando deve sentir que faz parte do grupo, e que a formação surge para ele, e, em torno dele, partindo assim das experiências de cada um para dinamizar um diálogo inicial.

A sessão deverá seguir com uma introdução, na qual o Formador deve comunicar aos formandos os principais objetivos da mesma (expressos em termos de comportamentos observáveis).

Sempre que possível, devem relacionar-se os objetivos com a matéria dada anterior-mente, com os saberes, a experiência ou vivência dos formandos. Este controlo pode efetuar-se por meio de um teste ou, como se faz habitualmente, através de uma "sondagem informal".

Um outro aspeto extremamente importante a ter em consideração na abordagem da matéria é a forma como se procede para envolver o formando. A forma como se estimula o seu desejo de aprender é fundamental.

A falta de aproveitamento resulta, na maioria dos casos, do fato de o formando não estar motivado para aprender porque não lhe foi dada qualquer explicação (lógica) sobre a importância do(s) assunto(s) e a sua aplicabilidade e/ou ligações com a vida profissional/prática.

A motivação é de tal forma importante, que o Formador tem, por vezes, que sobrevalorizar a matéria a abordar, socorrendo-se do papel de «ator» que em muitas ocasiões tem de assumir.

O Formador deve procurar assumir-se numa imagem de referência, como a ideia de protótipo de Formador que eles querem ser. Conseguir “seduzir a plateia” é um ele-mento importante na componente motivacional dos formandos, além de os trazer para a formação, (quando se estiverem a desviar) cativa a sua atenção maximizando a sua aprendizagem.

O processo de motivação nem sempre é fácil, mas se o formador conseguir criar a necessidade de aprender no formando, a satisfação dessa necessidade conduz a uma mais fácil aprendizagem.

Uma aprendizagem será tanto melhor quanto mais variada e intensa for a sua motivação.

FASES DA SESSÃO

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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A RETER…

Na Introdução

Comunicação de Objetivos

Motivar Apresentação

Avaliação de conhecimentos anteriores dos

Formandos

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Após a introdução do tema, respeitando os aspetos atrás citados, entra-se no desenvolvimento da sessão.

Esta fase consiste na abordagem da matéria que serve de base às atividades de ensino-aprendizagem a desenvolver na sessão.

A forma de desenvolvimento, assim como os métodos e técnicas pedagógicas a utilizar, depende, como sabemos, do conteúdo, da população, das condições e dos equipamentos disponíveis.

O Formador (de acordo com a situação real) selecionou, na fase de preparação, os métodos e os meios que melhor se adaptam à situação.

Deve-se ter em mente que todo o processo de exposição tem três elementos fundamentais:

Começo – Desenvolvimento - FimNo entanto, é importante prever estratégias alternativas para uma

alteração da sequência, provocada pelos próprios formandos, e a necessidade de atender às dife-renças individuais (na medida do possível) entre os formandos, acompanhando de forma individualizada a sua aprendizagem.

O Formador deve ter ainda em conta:

• Produção do grupo;• Participação de cada formando;• Regular de forma homogénea o processo.

Considera-se importante que o Formador respeite os princípios subjacentes ao processo de aprendizagem, evite a utilização excessiva do método expositivo, proporcione atividades diversificadas, facilite o envolvimento dos formandos e forneça feedback constante.

DESENVOLVIMENTO

CONFRONTO DE OPINIÕESO Formador deve solicitar a participação de todos bem como a exposição

da opinião de todos, sem ter receio de abordar e criar oposições de opiniões, devendo sim fomentar as mesmas e realçar os aspetos positivos de cada opinião.

PONTOS-CHAVE DO DESENVOLVIMENTO

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHOCada formando deve sentir-se útil, deve participar ativamente no desenrolar

da formação, de modo a adquirir um sentimento de pertença ao grupo.As atividades da formação devem ser planeadas em conjunto, de forma

a criar relações de entendimento, respeito e camaradagem.

DISCUSSÃO DOS PONTOS DO PLANOAbrir o debate acerca dos itens abordados pelo plano estabelecido pelo

Formador permitirá adequar, se tal for necessário, o seu plano de sessão de modo a que a formação se desenvolva da melhor forma e alcance os objetivos pretendidos.

Ao abordar os pontos do plano deverá ser feita uma síntese parcial e visível.

SÍNTESE FINALNo final da sessão, é indispensável realizar uma síntese final, que

poderá ser uma conclusão geral, um jogo pedagógico (Ending), de forma a reforçar os pontos abordados ao longo da sessão.

A síntese deverá receber o acordo do grupo.A síntese final permite ainda criar uma relação de continuidade para

a próxima sessão.

AVALIAÇÃO

“A avaliação (pode ser entendida) como um conjunto de experiências e vivências de professores e de alunos que tendem a evidenciar ou constatar determinadas aprendizagens do aluno com a finalidade de julgá-las.”

Salinas, D., (2002), Prova Amanhã! A avaliação entre a teoria e a realidade; pp. 23; Porto Alegre: Artmed Editora.

Ao planear a sessão, o Formador define os objetivos que os formandos deverão alcançar, assim como as situações (estratégias) que permitem que a aprendizagem se concretize. As provas de avaliação têm por finalidade medir esses comportamentos, evidenciar se os objetivos fixados foram alcançados, e em que grau.

As provas de avaliação destinam-se, como é evidente, a testar as competências adquiridas em função dos objetivos fixados.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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O Formador deve ter, portanto, uma visão clara e precisa dos objetivos a atingir, não só para que oriente a aprendizagem com segurança, como também para elabo-rar os instrumentos de avaliação que realmente meçam o que foi estabelecido como meta a alcançar durante o processo de aprendizagem dos formandos.

A verificação dos resultados não deve ocorrer somente no final da sessão, mas também durante todo o processo de ensino-aprendizagem, isto é, a avaliação deve ser, sempre que possível, contínua.

A avaliação deve ser um sistema permanente de observação e comparação com o padrão previamente estabelecido. As provas e testes de avaliação são fundamentalmente um procedimento didático, de acompanhamento da aprendizagem, de diagnóstico e controlo.

Serve para determinar, por um lado, em que grau foram atingidos os objetivos fixados e, por outro lado, a eficiência do ensino e das atividades planeadas e promovidas pelo Formador.

Por outras palavras, os procedimentos de avaliação (provas e testes) são instrumentos de verificação não só da aprendizagem dos formandos mas também da eficiência do Formador e dos meios postos à sua disposição.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃOPara uma avaliação correta é necessário que os instrumentos previstos

na fase de preparação permitam, de forma clara e objetiva, medir os comportamentos esperados.

Os vários tipos de provas deverão ser testados previamente. A escolha do tipo de prova depende, como é óbvio, dos objetivos que se pretendem atingir.

PONTOS-CHAVE NA AVALIAÇÃO Os instrumentos de avaliação devem ser elaborados de acordo com os

objetivos que se pretendem atingir; A primeira preocupação do Formador deve ser clarificar o que avaliar

e não como avaliar;Um instrumento de avaliação necessita de ser bem aplicado, para ser eficiente.

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44Formação

O Formador de Topo propicia a retenção de conhecimentos nos seus formandos, podendo:

Parafrasear as opiniões individuais dos formandos, uma vez que a redundância facilita a aprendizagem, ao mesmo tempo que dá importância a quem as profere e obriga os outros a ouvir as ideias ditas. Além de estimular as interações.

Deve procurar fazer sínteses das intervenções individuais e transportá-las para o objeto de formação, quando necessário.

ESTRATÉGIAS FORMATIVASPergunta Experimental: Utiliza-se quando, através de alguma

intervenção individual foi introduzido um conceito novo/desconhecido para algum/totalidade dos formandos. Permite explorar o conceito e uma aprendizagem em espiral.

O Palco é Teu: Esta estratégia utiliza-se para trazer para o palco formativo algum formando que se demonstre menos motivado/desinteressado ou para ceder a intervenção a algum que demonstre essa vontade.

(Nota: Deve-se ter algum cuidado para não colocar “em cheque” algum formando ao transportá-lo para o centro das atenções.)

Ping-Pong: Consiste na devolução de uma pergunta procurando estimular a análise das dificuldades encontradas pelo formando, sendo que no final deverá chegar-se à resposta correta.

Pergunta Reflexo: Repetição da pergunta feita mas a um outro participante.

Ativação do Grupo: Repetição de uma pergunta feita, mas ao conjunto do grupo.

ATUAÇÃO DO FORMADOR DE TOPO

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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A RETER…

O Formador deve ao longo da sessão: Animar a formação; Reunir fatos; Selecionar e valorizar fatos; Obter a compreensão do grupo; Estabelecer sínteses por fase, parciais e finais; Estabelecer um plano e pô-lo em execução antes que

tenha de fazer reestruturações; no decorrer da formação.

O Formador assume desta forma as seguintes ações: Animar; Dirigir; Estimular; Informar; Interpretar;

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46Formação

ESTRUTURA DE UM PLANO DE SESSÃO

A estrutura de alguns planos de sessão aqui apresentada não deverá ser encarada como modelo único.

Esta apresentação mais não pretende do que servir de base, para que cada Formador possa, com maior ou menor adaptação, construir o seu próprio plano de sessão.

Assim deixamos de seguida pontos indispensáveis na elaboração de um plano sessão:

Identificação da ação; Tema; Destinatários; Duração; Objetivo Geral; Objetivos Específicos; Pré-Requisitos; Materiais e Equipamentos a utilizar; No seguimento do plano deverão ainda surgir itens descritivos, como: a) Conteúdos programáticos b) Metodologia c) Avaliação

«Os passos não conduzem apenas a uma meta; cada passo é já em si uma meta».

Émile-Auguste Chartier

SÍNTESE FINAL

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EXEMPLOS DE PLANO DE SESSÃO

1 – IDENTIFICAÇÃO DA ACÇÃOTEMA: __________________________________________________DESTINATÁRIOS: ________________________________________Tempo previsto: ___________________________________________2 – OBJETIVO GERAL

3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

4 – PRÉ-REQUISITOS

5 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A UTILIZAR

Aspetos a Considerar

Conteúdos MetodologiaMaterial/

Equipamento Avaliação Tempo

1- IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃOTema: Objetivos PedagógicosDestinatários: Futuros formadores ou outros profissionais que por

inerência das suas funções necessitem de adquirir conhecimentos sobre operacionalização de objetivos.

Duração da sessão: 2 horas

2- OBJETIVO GERALNo final da sessão os formandos deverão ser capazes de redigir

corretamente objetivos pedagógicos que contenham as três componentes operacionais, no âmbito da sua área de intervenção formativa.

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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3- OBJETIVOS ESPECÍFICOSNo final da sessão os formandos deverão ser capazes de:- Definir objetivos pedagógicos, individualmente e sem erros;- Identificar corretamente as três componentes operacionais de um

objetivo pedagógico, num exercício grupal;- Distinguir verbos operatórios de não operatórios com base numa

lista de ver-bos operacionais, sem mais que duas incorreções;- Distinguir objetivos operacionais de não operacionais, a partir de

exercícios práticos, em tempo não superior a 15 minutos.

4- PRÉ-REQUISITOSaber fazer a análise de uma oração identificando claramente o sujeito

e o verbo.

5- MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A UTILIZARAcetatosProjetorCanetas Enunciado dos exercíciosFlipchart

• Conteúdos Programáticos;• Conceito de objetivo pedagógico;• As três componentes operacionais dos objetivos;• Verbos operatórios e não operatórios;• Definição de objetivos pedagógicos operacionais.

METODOLOGIA• Método expositivo, conjugado com o método interrogativo;• Métodos ativos (trabalho em grupo, discussão).

AVALIAÇÃO• Formativa: Exercício de identificação das componentes

operacionais;• Sumativa: Exercício de definição de objetivos pedagógicos

operacionais.

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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CONTEÚDOS METODOLOGIA MATERIAL/EQUIPAMENTO AVALIAÇÃO TEMPO

(Introdução)

Conceito de objetivo pedagógico

- Método expositivo e Método interrogativoTécnica das perguntas.(ex: o que é um objetivo? Qual a importância de se definir um objetivo?)

ProjetorComputador(Apresentação em PowerPoint)

Flipchart (registo das ideias-chave apresentadas pelos formandos)

Diagnóstica:

- Observação (com base numa lista de ocorrências)

- Questões aos participantes .

10 Min.

(Desenvolvimento)

Três componentes operacionais

Verbos operatórios e não operatórios

- Métodos expositivo e interrogativo- Método ativo com recurso à técnica de trabalho de grupo(Objetivo: em grupo, definir objetivos à escolha de acordo com os critérios operacionais e apresentar em forma de acetato.)

ProjetorComputador(Apresentação Powerpoint)

RetroprojetorCanetas e acetatos

Formativa:- Observação (com base numa lista de ocorrências)

- Questões aos participantes

- Trabalho em grupo

- Discussão

90 Min.

(Conclusão)

- Período para questões e dúvidas – Síntese da sessão

- Métodos expositivo e interrogativo- Período para esclarecimento de dúvidas- Síntese conclusiva

Sumativa 20 Min.

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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PLANO DE SESSÂOMÓDULO -COMPETÊNCIAS A ADQUIRIRPretende-se que cada formando, após este módulo esteja apto a:

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOSSUB-MÓDULO 1.1 -

Sessão 1

Sessão 2

SUB-MÓDULO 1.2. -

Sessão 1

Sessão 2

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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TEMA ABORDADO ATIVIDADE OBJECTIVOS

ESPECÍFICOS MÉTODO TÉCNICAS/ESTRATÉGIA RECURSOS

CRITÉRIOS DE ÊXITO/

AVALIAÇÃODURAÇÃO

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Formação Pedagógica Inicial de FormadoresFPIF

Formação

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PLANO DE SESSÃO

Curso: ______________________ Módulo: __________________

Objetivos Gerais: _________________________________________ Objetivos Específicos: _____________________________________

Pré-requisitos: ___________________________________________

Conteúdos Programáticos

Métodos e Técnicas

Recursos Didáticos Avaliação Tempo

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Formador: _______________________

Data: __________________

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Módulo 7Operacionalização da Formação: do Plano de Ação

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TESTA OS TEUS CONHECIMENTOS...

Reflita sobre a importância da elaboração de um Plano de Sessão e enuncie os pontos essenciais a contemplar na Organização dos Recursos.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Verdadeiro e FalsoPontos-Chave da Avaliação:

___ Os instrumentos de avaliação devem ser elaborados de acordo com os objetivos que se pretendem atingir.

___ A primeira preocupação do Formador deve ser como avaliar e depois clarificar o que será avaliado.

___ Um instrumento de avaliação necessita de ser bem aplicado, para ser eficiente.

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54Formação

A definição de objetivos pedagógicos é uma ferramenta de auxílio do Formador no sentido em que lhe permite delinear a estratégia que irá implementar nas sessões de formação e estipular os critérios de êxito, as condições de realização e o comportamento esperado por parte dos formandos no fim da formação.

É importante para os formandos saberem quais são as expectativas que recaem sobre eles de forma a também ajustarem as suas atitudes dentro das sessões formativas e terem uma meta a atingir que os motive e oriente o seu comportamento.

O papel do Formador é essencial neste processo e deverá ser orientado para a concretização das tarefas a que se propôs, relevando sempre para primeiro plano o melhor caminho de aprendizagem dos conceitos para os formandos.

É pois importante procurar que esses objetivos sejam efetivamente atingidos, e para cumprirem a função que lhes cabe no processo de ensino-aprendizagem, os objetivos devem ser definidos de maneira correta e rigorosa pelo Formador.

Esta frase, pela sua simplicidade, resume em si um conjunto de conceitos essenciais para a prática formativa.

Conceitos como pro-atividade, estruturação, planeamento, antevisão, preparação, organização e execução são só exemplos dos múltiplos significados passíveis dela serem extraídos.

Estes conceitos e este espírito de excelência que se procura promover pela apresentação das diversas temáticas abordadas deverá desembocar num Formador preparado para qualquer situação formativa capaz de fazer a transferência dos conhecimentos assimilados para a sua atividade quotidiana.

A preparação das sessões e dos planos de formação são elemento cruciais para o Formador, permitem-lhe planear a sua intervenção e gerir os tempos de desenvolvi-mento, de intervenção, e da avaliação, ao mesmo tempo que condensa e resume os pontos principais que o Formador pretende trabalhar.

Serve também de fio condutor permitindo, na eventualidade de algum desvio, retomar o curso da formação no ponto onde tinha parado.

A importância dos conhecimentos veiculados neste manual será reclamada no contexto real de ação, por isso Boas Formações!

CONCLUSÃO

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Caetano, A. , Vala,J. (2000) Gestão de Recursos Humanos. Contextos, Processos e Técnicas. Lisboa: Editora RH.

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BIBLIOGRAFIA