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MODERNISMO: COLEÇÃO GILBERTO CHATEAUBRIAND

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MODERNISMO: COLEÇÃO GILBERTO CHATEAUBRIAND

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Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLAOrganização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Shirlene Vila Arruda - Bibliotecária)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Modernismo: coleção Gilberto Chateaubriand / Instituto Arte na Escola ; autoria de Elaine Schmidlin ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2010.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 146)

Foco: CT-B-16/2010 Conexões TransdisciplinaresContém: 1 DVD ; Biografias; Glossário ; BibliografiaISBN 978-85-7762-052-4

1. Artes - Estudo e ensino 2. Arte moderna 3. Modernismo - Brasil 4. Coleção de arte I. Schmidlin, Elaine II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

MODERNISMO: COLEÇÃO GILBERTO CHATEAUBRIAND Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Elaine Schmidlin

Revisão de textos: Nelson Luis Barbosa

Padronização bibliográfica: Shirlene Vila Arruda

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Cesar Millan de Brito

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

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DVDMODERNISMO: COLEÇÃO GILBERTO CHATEAUBRIAND

Ficha técnicaGênero: Documentário.

Palavras-chave: Pintura; escultura; cor; figuração; abstração; coleção; história do Brasil; modernismo brasileiro; heranças culturais; cultura brasileira.

Foco: Conexões Transdisciplinares

Tema: A coleção Gilberto Chateaubriand e seus ícones do mo-dernismo como patrimônio artístico brasileiro.

Personalidades abordadas: Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Candido Portinari, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Djanira, Flávio de Carvalho, Guignard, Iberê Camargo, José Pancetti, Lasar Segall, Lygia Clark, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, entre outros.

Indicação: A partir do 6º ano do Ensino Fundamental.

Nº da categoria: CT-B-16

Direção: Zelito Viana.

Realização/Produção: Mapa Filmes do Brasil, Rio de Janeiro.

Ano de produção: 2004.

Duração: 22’.

Coleção/Série: Arte para todos.

SinopseNo universo de formas, cores e palavras do início do século XX, o Brasil vê as pinturas de Anita Malfatti e a reação de Monteiro Lobato. Este documentário conta a história dessa época a partir da coleção Gilberto Chateaubriand, ressaltando a influência de colecionadores no mercado de arte. As marinhas de Pancetti, os temas sociais de Candido Portinari, a brasilidade de Tarsila do Amaral e a sensualidade das mulatas de Di Cavalcanti conquis-taram o gosto pessoal do colecionador que formou seu acervo indo além do período modernista brasileiro.

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Trama inventivaPonto de contato, conexão, provocando novas zonas de contá-gio e reflexão. Abertura para atravessar e ultrapassar saberes: olhar transdisciplinar. A arte se põe a dialogar, a fazer contato, a contaminar temáticas, fatos e conteúdos. Nessa intersecção, arte e outros saberes se alimentam mutuamente, ora se com-plementando, ora se tensionando, ora acrescentando, uns aos outros, novas significações. A arte, ao abordar e abraçar, com imagens visionárias, questões tão diversas como a ecologia, a política, a ciência, a tecnologia, a geometria, a mídia, o incons-ciente coletivo, a sexualidade, as relações sociais, a ética, entre tantas outras, permite que na cartografia proposta se desloque o documentário para o território das Conexões Transdisciplinares. Que sejam estas então: livres, inúmeras e arriscadas.

O passeio da câmeraObras da coleção de Gilberto Chateaubriand nos convidam ao documentário. José Murilo de Carvalho comenta sobre o contexto social que favorece o surgimento do modernismo no Brasil. O poeta Ferreira Gullar fala sobre o começo do plano da pintura modernista com a exposição de Anita Malfatti em 1917. A imagem que mostra o jornal O Estado de S. Paulo com a crítica de Monteiro Lobato à exposição de Malfatti ini-cia os comentários de José Murilo de Carvalho, professor de História. Obras de Malfatti percorrem a tela com comentários do poeta Ferreira Gullar e depoimentos de Reynaldo Roels Jr., crítico de arte, e José Murilo. Reynaldo introduz a coleção de Gilberto Chateaubriand apresentando algumas de suas obras. Cenas de época marcam a fala de José Murilo sobre a expansão da cidade de São Paulo e sua relação com a Semana de 22. Obras modernistas invadem a tela em formas e cores. Cores de Tarsila do Amaral colorem os comentários de Gilberto Chate-aubriand, colecionador, e Chaim Katz, psicanalista, sobre o ato de colecionar. José Murilo introduz os anos 1930 e os grandes

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movimentos sociais que marcaram a pintura de Di Cavalcanti. Reynaldo Roels Jr. comenta sobre os três grandes nomes do modernismo: Portinari, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Seguem depoimentos de Gilberto Chateaubriand, Reynaldo Roels, José Resende e Waltercio Caldas, artistas plásticos, comentando sobre a importância do colecionador e da coleção. Reynaldo Roels Jr. fala sobre a década de 1950, a primeira Bienal (1951) e o aparecimento da abstração. Obras abstratas invadem a tela. Mário Carneiro, cineasta, Jean Boghici, marchand, e Ferreira Gullar iniciam comentários sobre o rompimento da moldura e o experimentalismo em Lygia Clark. Finaliza Gilberto Chateaubriand comentando simpaticamente sobre o ato furioso de colecionar.

O documentário pode mover proposições pedagógicas que cercam a figura do colecionador e a coleção no território Pa-trimônio Cultural; os movimentos sociais no Brasil podem ser aprofundados em Conexões Transdisciplinares; a representa-tividade da brasilidade na pintura modernista pode ser o foco para Forma-Conteúdo e Linguagens Artísticas; e o modernismo brasileiro e a Semana de Arte Moderna podem ser ampliados em Saberes Estéticos e Culturais.

Os olhos da ArteNo documentário, o crítico de arte Reynaldo Roels Jr. salienta que contar a história do modernismo brasileiro apenas com a coleção de Gilberto Chateaubriand seria perfeitamente possível tal a representatividade dessa coleção para o período.

Em outro momento, ele comenta que é possível contar essa história significativamente mostrando os grandes nomes do movimento presentes na coleção. A coleção se compõe pratica-mente de todos os artistas modernos, representados por obras de primeira linha. A primeira obra da coleção foi um quadro de Pancetti, artista modernista, com quem Gilberto Chateaubriand tinha ótimas relações de amizade. O colecionador comenta sobre o fato, dizendo que o trabalho de Pancetti “caiu do céu”.

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A marinha Paisagem de Itapuã, 1953, presente que Pancetti lhe dera, torna-se a gênese da coleção e é apresentada pelo artista em documentário presente na DVDteca Arte na Escola: Pancetti: o marinheiro só.

Uma coleção surge como efeito de acontecimentos em que a densidade do tempo histórico carrega a memória de diversos períodos, oferecendo ao sistema de arte ícones do patrimônio cultural e simbólico. A subjetividade do colecionador se instala na relação que ele estabelece com sua obra e com as múltiplas histórias que a compõem.

Segundo Reynaldo Roels Jr., quando Gilberto Chateaubriand começou sua coleção ele se esforçou em adquirir obras de im-portância histórica para o modernismo brasileiro. Em sua coleção há duas obras de Tarsila do Amaral, Vendedor de frutas, 1925, e Urutu, 1928, obras essenciais para a compreensão da linguagem plástica modernista das fases Pau-Brasil e Antropofágica da ar-tista. O recorte curatorial da coleção de Gilberto Chateaubriand realizado por Reynaldo Roels Jr. e mostrado no documentário propõe novos arranjos provocando outros trajetos pela coleção. A força que atravessa a coleção pode ser sentida no momento do encontro com suas obras que ao longo do documentário recriam a história e a memória da arte moderna no Brasil.

Para Gilberto Chateaubriand, colecionar requer prática visual, não exatamente o intelecto. Ele diz que o grande segredo é educar a visão. Algo que busca a relação de colecionar com o ato de criar para um deslocamento do colecionador como um artista em busca dos registros temporais de um período. Um colecionador/artista que age como nômade na busca de trabalhos para a sua coleção, em um território de construção singular que, em Gilberto Chateaubriand, envolve também o afetivo.

O recorte de Gilberto em sua coleção nos move para territórios da modernidade brasileira. A coleção completa de Gilberto Chateaubriand se compõe de aproximadamente sete mil obras que, segundo ele, foram adquiridas furiosamente como uma criança que guarda o dinheiro para comprar balas, figurinhas. Desde os anos 1950, o colecionador vive num espaçoso aparta-

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mento no Leblon. Apesar da área generosa – 480 metros quadra-dos –, as obras de arte se amontoavam por todos os lados, até que, em 1993, ele decidiu cedê-las ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) em regime de comodato.

Waltercio Caldas comenta, no documentário, sua gratidão por Gilberto Chateaubriand ter tido um interesse legítimo em adquirir uma obra sua. Gilberto também comenta sobre uma época em que era fácil e economicamente viável adquirir uma obra artística. Segundo ele, não havia ainda uma força merca-dológica e nem grandes presenças institucionais influenciando na compra das obras.

Para o psicanalista Chaim Katz, o sofrimento do colecionador está restrito aos quadros que ele não consegue obter para sua coleção. Quase como guiar-se pelas pulsões que levam ao encontro da obra para a coleção que se ordena pela necessidade da composição imaginada pelo colecionador. Gilberto diz que sua coleção é dividida em segmentos, e que o sonho do colecionador, algo irrealizável, é ir preenchendo as lacunas. Ou seja, os espaços intervalares da coleção potencializam o desejo da obra que se faz presente pela sua ausência, provocando a intensidade da busca pela composi-ção da coleção.

Afetos, sensações atravessam o colecionador no movimento de colecionar, constituindo devires naquele que se deixa afetar pela memória de sua coleção.

O passeio dos olhos do professorQuais aspectos do documentário podem impulsionar o seu pro-cesso pedagógico com enfoque na experimentação, na pesquisa e no aprofundamento de conceitos relativos ao modernismo brasileiro presente na coleção de Gilberto Chateaubriand? Seria interessante registrar as impressões em um diário de bordo antes do seu planejamento pedagógico. Para tanto, segue uma pauta do olhar.

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Como as imagens do documentário impulsionam você ao modernismo na coleção de Gilberto Chateaubriand? Qual o recorte realizado pelo documentário nessa coleção?

Como a crítica de Monteiro Lobato a Anita Malfatti é abordada no documentário?

Quais as questões sociais relacionadas ao modernismo aponta-das pelo documentário? Como você abordaria essa relação?

O artista José Resende comenta, no documentário, que Gilberto Chateaubriand possui quase um recenseamento da produção brasileira. De que modo você vê isso no documentário?

Gilberto Chateaubriand fala sobre o sonho do colecionador e sobre sua relação com a coleção. Como as questões co-lecionador e coleção são apresentadas no documentário?

De que modo as imagens das obras modernistas apresenta-das no documentário afetam e ampliam sua percepção sobre o modernismo brasileiro?

Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Pancetti são alguns dos artistas citados no documentário. Como a figuração da brasilidade modernista se apresenta nas imagens de suas obras?

Quais experimentações poéticas modernistas são desper-tadas pelo documentário?

Após apreciação e registro do documentário em seu diário de bordo, amplie seus focos revendo suas anotações e proponha uma pauta do olhar para os seus alunos.

Percursos com desafios estéticos

O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades de entrada no documentário:

Antes da exibição do DVD, você pode problematizar o pró-prio título do documentário: Modernismo: coleção Gilberto

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Chateaubriand. O que o título sugere aos alunos? O que eles sabem sobre modernismo? O que para eles seria uma coleção? Há alunos colecionadores? Uma coleção pode ser patrimônio cultural da coletividade? A partir do título, que perguntas os alunos formulam para verem respondidas no documentário? A conversa sobre essas questões pode gerar a curiosidade sobre o documentário. Após a exibição, o que causou atração e estranhamento? O que os alunos desejam saber mais?

Obras dos artistas Guignard, Iberê Camargo, José Pancetti (veja DVD sobre esses artistas na DVDteca Arte na Escola), Cícero Dias, Flávio de Carvalho, entre outros (ver na ficha técnica os artistas abordados), fazem parte da coleção de Gilberto Chateaubriand. Propor uma apreciação para amplia-ção de repertório por meio de imagens de algumas obras desses artistas que podem promover um olhar aguçado ao documentário. Que tal conhecer a marinha de Pancetti, primeira obra da coleção de Gilberto? Qual a hipótese dos alunos sobre o porquê da aquisição dessa obra?

O que os alunos conhecem sobre crítica de arte? Já ouviram falar de Monteiro Lobato como crítico de arte? Você pode levar à sala de aula o texto da crítica de Lobato “A propósito da exposição Malfatti” publicada no jornal O Estado de S. Paulo, em 1917, e confrontá-la com algumas reproduções de pinturas da artista. Os alunos concordam com o severo crítico? Que outras significações podem atribuir às obras, já que há múltiplas leituras possíveis? Depois dessa conversa, proponha a exibição do documentário a partir dos depoi-mentos de Ferreira Gullar, Reynaldo Roels Jr. e José Murilo sobre a crítica de Lobato. Em que o documentário modifica o olhar dos alunos?

Desvelando a poética pessoalAs diversas formas poéticas apresentadas no documentário podem ser geradoras de experimentações de processos de criação reveladores de poéticas pessoais.

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A coleção Gilberto Chateaubriand apresenta a produção do modernismo até o experimentalismo de Lygia Clark (veja DVD sobre a artista na DVDteca Arte na Escola). A forma plana do modernismo e da abstração geométrica e informal pode ser experimentada em uma série de trabalhos. A saída do plano, em Lygia Clark, pode sugerir outra experimentação a partir das vivências com as formas figurativa e abstrata. Que tal experimentar as dobraduras que saltam do plano para o espaço? As experimentações podem ser revisitadas ao se rever o documentário.

A temática social pode ser focalizada. Pesquisas sobre Portinari e Di Cavalcanti (veja DVD sobre os artistas na DVDteca Arte na Escola) podem ajudar na experimentação plástica. A procura de uma identidade brasileira nas obras do modernismo pode ser o foco da pesquisa. No documen-tário, José Murilo comenta sobre os movimentos sociais da década de 1930 que, de alguma maneira, influenciaram alguns modernistas. A poética pessoal pode surgir dessas pesquisas tanto textuais quanto visuais.

Ampliando o olhar A coleção Gilberto Chateaubriand contém duas obras de

Tarsila do Amaral que, segundo Reynaldo Roels Jr., são essenciais para se entender o percurso formal empreendido pela pintora no modernismo. Vendedor de frutas e Urutu podem ser focos de uma pesquisa envolvendo as fases Pau-Brasil e Antropofágica. Que tal procurar na literatura os Manifestos correspondentes às fases, escritos por Oswald de Andrade? Relacionar os escritos às caracterís-ticas formais nas obras de Tarsila do Amaral pode ajudar na compreensão da importância histórica dessa pintora para o modernismo brasileiro.

José Murilo comenta sobre os movimentos sociais que marca-ram a década de 1930 e influenciaram a arte. Gilberto Freyre na antropologia, e na pintura, Di Cavalcanti e Portinari, re-

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tratando o social. Uma pesquisa envolvendo a antropologia e a arte pode ser o foco dessa proposição. As obras de Di Cavalcanti promovendo a mulata como símbolo estético e as questões sociais em Portinari podem ser o foco da pesquisa visual.

Uma visita a espaços culturais e galerias de sua cidade pode ser o início de uma conversa sobre coleções de arte e suas implicações. No documentário, o colecionador Gilberto Chateaubriand comenta sobre a força mercadológica e a presença institucional junto ao mercado de arte. O marchand Jean Boghici, em seu depoimento, comenta sobre a obra do artista Vicente do Rego Monteiro, esquecida em uma época e hoje supervalorizada. Mercado de arte, colecionador, instituições culturais podem ser focos dessa proposição.

Conhecendo pela pesquisa Cedida em comodato para o Museu de Arte Moderna do

Rio de Janeiro (MAM/RJ) desde 1993, a coleção Gilberto Chateaubriand, com quase sete mil obras, constitui a maior coleção particular do país, e sua abrangência vem permitindo ao MAM inúmeras possibilidades curatoriais motivadas por diferentes recortes de seu conjunto. O que os alunos podem descobrir sobre o MAM/RJ? Quais são os outros museus de arte moderna que existem no Brasil? Eles também são guardiões de coleções?

Os movimentos sociais da Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira (AIB) promoveram a mudança da maneira como a elite via o povo, e isso também afetou a arte. Pesquisar os dois movimentos pode ajudar na compreensão do contexto social da década de 1930 no Brasil e sua relação com a chegada do Estado Novo de Getulio Vargas. Problematizar essas relações políticas é o foco de uma conexão interdisciplinar com a área de História. Na arte, buscar a questão social na obra de Portinari pode ajudar na compreensão do contexto da época.

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temáticas qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

Forma - Conteúdo

elementos da visualidade

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

Linguagens Artísticas

meiostradicionais

pintura, escultura

artesvisuais

cor, superfície, linha

figuração, abstração

Modernismo brasileiro, Semana de Arte Moderna, mercado de arte

Patrimônio Cultural

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

coleção, acervo, colecionador, heranças culturais, cultura brasileira

história do Brasil, política

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No documentário, Reynaldo Roels Jr. salienta que os gran-des nomes do modernismo são Portinari, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Ainda segundo o crítico, paralelamente há diversos artistas girando em torno desses. No documentário aparecem obras de Guignard, Cícero Dias, Iberê Camargo, Oswaldo Goeldi, entre outros. Veja também na ficha técnica os artistas abordados. Pesquisar os artistas do modernismo brasileiro, buscando imagens de suas obras, e construir uma coleção pode ser provocador de novas recriações do período modernista no Brasil. Essa proposição também pode ajudar no entendimento de conceitos relativos à coleção.

Segundo José Murilo, a década de 1920 marcou no Brasil a rápida ascensão de São Paulo a uma posição de grande competitividade com o Rio de Janeiro, que à época era a capital do país. Esse fato se deu em razão da grande expansão do café e da industrialização do período. A forte imigração ajudou o crescimento da população e São Paulo se tornou atípica em relação ao Brasil. O movimento imigratório de espanhóis e, sobretudo, de italianos na cidade influenciou enormemente a cultura paulista. A Semana de Arte Moderna de 22 foi patrocinada, na época, por pessoas de famílias pau-listas abastadas paulistas e demais famílias recentes oriundas dessa imigração. O que os alunos podem descobrir sobre essa relação entre a sociedade e a Semana de 22, realizada em São Paulo? Veja também o documentário Modernismo: os anos 20, da DVDteca Arte na Escola.

Reynaldo Roels Jr., no documentário, comenta sobre a perda da hegemonia do modernismo, o início da abstração nos anos 1950 e a realização, em São Paulo, da primeira Bienal de artes, em 1951. Ainda, segundo ele, a abstração, tanto a geométrica quanto a informal, começa a aparecer como alternativa mais factível para uma verdadeira aliança entre a arte brasileira e a arte internacional. Essa afirmativa pode gerar pesquisas envolvendo a ruptura com o modernismo e com a figuração representativa da brasilidade. A pesquisa visual da abstração geométrica e informal pode ser experi-

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mentada com Ivan Serpa, Aluísio Carvão, Alfredo Volpi, entre outros. Veja também o documentário Caminhos da abstração da DVDteca Arte na Escola e pesquise sobre a Bienal de 1951. Depois, refaça o caminho modernista com a figuração e a abstração.

Ferreira Gullar, Mário Carneiro e Jean Boghici comentam sobre o rompimento da moldura e os penetráveis de Lygia Clark. Segundo Mário Carneiro, com Lygia a obra de arte começa a sair do quadro, rompe a moldura, o quadro se espalha e começa a cair no chão, criando esculturas de bor-racha, e depois vêm os Bichos. Essa observação de Mário Carneiro pode ser o começo de uma pesquisa envolvendo o experimentalismo em Lygia Clark. O documentário Sobre os anos 60 da DVDteca Arte na Escola pode ajudar nessa proposição. Depois, recrie todo o trajeto do modernismo a partir de Anita Malfatti (veja DVD sobre a artista na DVDteca Arte na Escola), artista que antecedeu a Semana de 22.

Amarrações de sentidos: portfólioAs proposições pedagógicas ofereceram experimentação, am-pliação e aprofundamento de conhecimentos sobre o modernis-mo brasileiro presente na coleção Gilberto Chateaubriand. Como portfólio, a produção dos alunos pode ser transformada em uma coleção. Em grupos, os alunos poderão organizar coleções e negociar os trabalhos que podem preencher as lacunas ou “os gatos”, como diz Gilberto Chateaubriand, das coleções organiza-das. Coleções podem ser montadas com os alunos, tendo como focos a brasilidade figurativa, a abstração, geométrica e informal, além das vivências com o rompimento da moldura e a saída do plano. Experimente várias formas de organizar uma coleção, que pode também ser itinerante e apreciada em outros lugares. A forma visual do portfólio pode ser criada a partir do nome para a coleção. Que tal criar um logotipo? Organizar uma mostra pode provocar debates sobre a forma da coleção. Textos explicativos das coleções podem ajudar na compreensão dessas.

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Valorizando a processualidadeO processo vivenciado com a linguagem da pintura figurativa e abstrata, a temática da brasilidade modernista, a saída do plano e a organização das coleções podem desencadear reflexões sobre o conhecimento que foi apropriado. Questionar em grande grupo sobre os momentos significativos dessa experiência pode revelar o que os alunos conheceram nos trajetos pedagógicos percorridos com o documentário. Houve, nas conversas, avan-ços sobre os conceitos de figuração e abstração presentes no modernismo brasileiro? A experimentação com a organização das coleções ampliou olhares para o recorte da coleção de Gilberto Chateaubriand? Houve percepção para as formas figurativas e abstratas na série de trabalhos artísticos? Quais os significa-dos construídos com a experiência de organizar uma coleção? Quais critérios foram adotados para sua organização? O diário de bordo do professor pode contribuir com outras questões para essa avaliação. Outros possíveis percursos pedagógicos podem vir a aparecer nas conversas entre professor e alunos, e ser reinventados em novas proposições.

Personalidades abordadasAnita Catarina Malfatti (São Paulo/SP, 1889 – Diadema/SP, 1964) – Pintora, desenhista, gravadora, ilustradora e professora. Reside na Alemanha entre 1910 e 1914 e frequenta por um ano a Academia Imperial de Belas Artes, em Berlim. De 1915 a 1916, reside em Nova York e tem aulas na Arts Students League of New York, e na Independent School of Art. Sua primeira exposição individual acontece em São Paulo, em 1914, mas é a partir de 1917 que se torna conhecida, quando, em exposição protagonizada por ela, recebe críticas de Monteiro Lobato no artigo “A propósito da exposição Malfatti”, mais tarde transcrito em livro com o título “Paranóia ou mistificação?”. Participa da Semana de Arte Moderna de 22 expondo 20 trabalhos e, ao lado de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, integra o Grupo dos Cinco. No ano seguinte, recebe bolsa de estudo do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo e parte para Paris, retornando ao Brasil em 1928. Na década de 1930, em São Paulo, integra a Sociedade Pró-Arte Moderna, a Família Artística Paulista, e participa do Salão Revolucionário. A primeira retrospectiva acontece em 1949 no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Em 1951, participa do 1º

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Salão Paulista de Arte Moderna e da 1ª Bienal Internacional de São Paulo.

Candido Portinari (Brodósqui/SP, 1903 - Rio de Janeiro/RJ, 1962) – Pintor, gravador, ilustrador e professor. Em 1919, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Em 1935, recebe prêmio do Carnegie Institute de Pittsburgh pela pintura Café, tornando-se o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior. Em 1936, realiza seu primeiro mural e pinta vários painéis para o novo prédio do Ministério da Educação e Cultura no Rio de Janeiro. Em 1941, pinta os painéis para a Biblioteca do Congresso em Washington com temas da história do Brasil. Em 1956, com a inauguração dos painéis Guerra e Paz na sede da ONU, em Nova York, recebe o prêmio Guggenheim. Em 1979, seu filho João Candido Portinari implanta o Projeto Portinari, que reúne um vasto acervo documental sobre a obra, a vida e a época do artista, no câmpus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ).

Emiliano Di Cavalcanti (Rio de Janeiro/RJ, 1897 - 1976) – Pintor, ilustrador, caricaturista, gravador, muralista, desenhista, jornalista, escritor e cenógrafo. Publica sua primeira caricatura em 1914 na revista Fon-Fon. É o idealizador e principal organizador da Semana de Arte Moderna de 22, na qual expõe 12 obras. Em 1923, faz sua primeira viagem à França, onde atua como cor-respondente do jornal Correio da Manhã. Em Paris, instala ateliê e conhece obras, artistas e escritores europeus de vanguarda. Retorna a São Paulo em 1926, trabalha como jornalista e ilustrador no jornal Diário da Noite. A estada em Paris marca em sua obra a influência das vanguardas europeias e a formulação de uma linguagem própria; adota a temática nacionalista e preocupa-se com a questão social. Em 1932, funda em São Paulo, com outros artistas, o Clube dos Artistas Modernos (CAM). Em 1933, publica o álbum A realidade brasileira, uma sátira ao militarismo da época. Em 1938, viaja a Paris, onde trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Retorna ao Brasil em 1940, trabalha como ilustrador e publica poemas e memórias de viagem. Em 1972, publica seu álbum 7 xilogravuras de Emiliano Di Cavalcanti.

Lasar Segall (Vilna/Lituânia, 1891 - São Paulo/SP, 1957) – Pintor, gravador, escultor, desenhista. De origem judaica, inicia estudos de arte, em 1905, em Vilna, na Lituânia. Muda-se para a Alemanha em 1906 e estuda na Escola de Artes Aplicadas e na Academia Imperial de Belas Artes em Berlim. Viaja para a cidade de Dresden, onde frequenta a Academia de Belas Artes. Realiza, em 1910, a primeira mostra individual na Galeria Gurlitt. No final de 1912, vem para o Brasil e no ano seguinte expõe em São Paulo e Cam-pinas. No mesmo ano retorna à Europa. Inicialmente, realiza uma pintura de derivação impressionista e, a partir de 1914, passa a interessar-se pelo expressionismo, desenvolvendo-se plenamente nessa estética em 1917. Em 1919, em Dresden, funda, com outros artistas, o Dresden Sezession Gruppe, grupo que agrega artistas expressionistas da cidade. Em 1921,

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publica o álbum de litografias Bübüe e, em 1922, o Erinnerung an Wilna - 1917 com águas-fortes. Volta ao Brasil, onde fixa residência em São Paulo no ano de 1923. Na capital paulista Lasar Segall é destaque no cenário da arte moderna, considerado um representante das vanguardas europeias. Um dos fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (Spam) em 1932, da qual se torna diretor até 1935. Dez anos após sua morte, em 1967, a casa onde morava na Vila Mariana, São Paulo (SP), é transformada no Museu Lasar Segall.

Tarsila do Amaral (Capivari/SP, 1886 - São Paulo/SP, 1973) – Pintora, desenhista. Estuda em ateliês de diversos artistas na cidade de São Paulo. Em 1920, viaja para Paris e estuda na Académie Julian, com Émile Renard. Retorna ao Brasil em 1922 e forma, em São Paulo, o Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia e Oswald de Andrade. Em 1923, frequenta em Paris o ateliê de André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger. No ano seguinte, já no Brasil, acompanha junto a outros modernistas o poeta Blaise Cendrars em viagem às cidades históricas de Minas Gerais. Realiza uma série de trabalhos baseados em esboços feitos durante a viagem. Nesse período, inicia a chamada fase Pau-Brasil, em que mergulha na temática nacional. Em 1925, ilustra o livro de poemas Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado em Paris. Em 1928, pinta Abaporu, tela que inspira o movimento antropofágico, desencadeado por Oswald de Andrade e Raul Bopp. Em 1933, após viagem à União Soviética, inicia uma fase voltada para temas sociais com as obras Operários e 2ª Classe. Em 1936, colabora como cronista de arte no Diário de São Paulo. A retrospectiva “Tarsila: 50 anos de pintura”, organizada pela crítica de arte Aracy Amaral e apresentada no MAM/RJ e no MAC/USP, em 1969, ajuda a consolidar a importância da artista.

Vicente do Rego Monteiro (Recife/PE, 1899 - 1970) – Pintor, escultor, desenhista, ilustrador, artista gráfico. Inicia estudos artísticos em 1908 em cursos da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), Rio de Janeiro (RJ). Em 1911, viaja com a família para a França e participa do Salon des Indépendants, em 1913, do qual se torna membro societário. No início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), deixa a França, com sua família, e se estabelece no Rio de Janeiro, em 1915. Em 1918, realiza a primeira individual no Teatro Santa Isabel, Recife (PE), e dois anos mais tarde expõe pela primeira vez em São Paulo. Em 1920, estuda a arte marajoara das coleções do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. Viaja para a França, deixando oito óleos e aquarelas para serem expostos na Semana de Arte Moderna de 22 em São Paulo. Em 1923, faz desenhos de máscaras e figurinos para o balé Legendes Indiennes de L’Amazonie. Integra-se ao grupo de artistas da galeria e revista L´Effort Moderne, de Leonce Rosemberg. Traz ao Brasil a exposição “A Escola de Paris”, exibida no Recife, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Decora a Capela do Brasil no Pavilhão Vaticano da Exposição

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Internacional de Paris em 1937. Em 1946, funda a Editora La Presse à Bras, dedicada à publicação de poesias brasileiras e francesas. Em 1941, publica seus primeiros versos Poemas de bolso, organiza e promove vários salões e congressos de poesia no Brasil e na França. Retorna ao Brasil e dá aulas de pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1957 e 1966. Em 1960, recebe o Prêmio Guillaume Apollinaire pelos sonetos reunidos no livro Broussais - La Charité. Entre 1966 e 1968, dá aulas no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília (UnB).

GlossárioAbstração – Refere-se às formas de arte não regidas pela figuração e imitação do mundo. O termo liga-se às vanguardas europeias das décadas de 1910 e 1920 que recusam a representação ilusionista da natureza. São carac-terísticas recorrentes a decomposição da figura, a simplificação da forma, o descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem, e a rejeição dos jogos de luz e sombra. Pode-se classificar em duas vertentes: uma inclinada ao percurso da emoção, ao ritmo da cor e a expressão individual, e outra voltada a fundamentos racionalistas nas composições, rigor matemático e depuração das formas. Fonte: CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de arte. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Ação Integralista Brasileira (AIB) – Partido político brasileiro fundado por Plínio Salgado, escritor, jornalista e político, em 1932. Conhecidos como camisas-verdes por causa dos uniformes que usavam. Foi a expressão mais organizada dos movimentos fascistas brasileiros dos anos 1930 e considerada a primeira organização de massas no Brasil. Foi extinta em 1937 pelo Estado Novo de Getulio Vargas. Fonte: SILVA, Carla Luciana. Onda vermelha: imaginários anticomunistas brasileiros (1931- 1934). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.

Aliança Nacional Libertadora (ANL) – Associação política brasileira liderada pelo Partido Comunista do Brasil, constituída de defensores da liberdade e da emancipação nacional e social do Brasil. Oficialmente criada em março de 1935. Fonte: FERREIRA, Jorge Luiz; REIS FILHO, Daniel Aarão (Org.). A formação das tradições (1889-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

Figuração – Representação de seres e objetos em formas reconhecíveis para aqueles que as olham. Na arte ocidental, a prática da arte figurativa só se transforma a partir do início do século XX, com o surgimento da arte abstrata, que busca expressar o mundo interior, o mundo dos sentidos, bem como relações concretas usando como referência apenas os recursos da própria pintura, como a cor, as linhas e a superfície bidimensional da tela. Fonte: READ, Herbert. Uma história da pintura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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Semana de Arte Moderna de 22 – Realizada nos dias 13, 15 e 17 de feve-reiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, “a Semana foi um festival dadaísta, no estilo dos organizados em Paris, tanto pelo radicalismo das idéias como pela manifesta intenção de chocar e escandalizar o conservadorismo burguês, literário e artístico. Rompendo com os cânones acadêmicos, preten-diam criar formas que pudessem ser consideradas brasileiras. Era um surto de nacionalismo, resultante, sem dúvida, do desenvolvimento industrial do País, mais rápido e intenso em São Paulo e acelerado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918)”. Fonte: BATTISTONI FILHO, Duílio. Pequena história das artes no Brasil. Campinas: Átomo; São Paulo: PNA, 2005. p. 80.

BibliografiaALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu. São Paulo: Perspec-tiva, 1976.

AMARAL, Aracy. Artes plásticas na Semana de 22. São Paulo: Ed. 34, 2001.

A AVENTURA modernista: coleção Gilberto Chateaubriand. São Paulo: MAM: Galeria de Arte do Sesi; Rio de Janeiro: MAM, 1994.

BERCITO, Sonia de Deus Rodrigues. Nos tempos de Getulio Vargas: da Revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.

GARCEZ, Lucilia. Explicando a arte brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Arte brasileira no século XX. São Paulo: ABCA; Imprensa Oficial do Estado, 2007.

JUSTINO, Maria José. O banquete canibal: a modernidade em Tarsila do Amaral (1886-1973). Curitiba: Ed. UFPR, 2002.

MORAES, José Geraldo Vinci de. Cidade e cultura urbana na Primeira República. 4.ed. São Paulo: Atual, 1994.

OLIVEIRA, Andréia Machado; SIEGMANN, Christiane; COELHO, Débora. As coleções como duração: o colecionador coleciona o quê? Revista Episteme, Porto Alegre, n. 20, p. 111-19, jan./jun. 2005.

PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1987.

SALVADORI, Maria Angela Borges. Cidades em tempos modernos: um mundo de novidades: São Paulo e Rio de Janeiro nos anos 20 e 30. São Paulo: Atual, 1995.

TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro: apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências vanguardistas, de 1857 a 1972. 13.ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

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Webgrafiaos sites a seguir foram acessados em jun. 2009.

100 ANOS de arte brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand. Disponível em: <http://www.universia.com.br/especiais/chateaubriand/index.htm>.

HISTÓRIA. Textos sobre história do Brasil. Historianet, a nossa história. Disponível em: <http://www.historianet.com.br>.

HISTÓRIA contemporânea do Brasil. Centro de Pesquisa e Documentação - Fundação Getulio Vargas - FGV/CPDOC. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br>.

MODERNISMO. A Semana de Arte Moderna de 22. Disponível em: <http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/moder-nismo/semana/index.htm>.

MONTEIRO Lobato. Paranóia ou mistificação? (texto crítico). Disponível em: <http://www.artelivre.net/html/literatura/al_literatura_paranoia_ou_misti-ficacao.htm>.

MUSEU de Arte Moderna - Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.mamrio.org.br>.

SEMANA de Arte Moderna. Disponível em: <http://www.puccamp.br/cen-tros/clc/jornalismo/projetosweb/2003/Semanade22/oquefoi.htm>.

______. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/semana22.htm>.

TARSILA do Amaral. Disponível em: <http://www.tarsiladoamaral.com.br>.

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