modelos hidrológicos. por que modelos hidrológicos? o modelo é a representação de algum objeto...
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Modelos Hidrológicos
Modelos HidrológicosPor que modelos hidrológicos?
O modelo é a representação de algum objeto ou sistema, numa linguagem ou forma de fácil acesso e uso, com o objetivo de entendê-lo e buscar suas respostas para diferentes entradas.
O modelo deve ser visto como uma ferramenta não um objetivo
Se é possível medir as variáveis hidrológicas por que necessito
do modelo? Se eu disponho de um modelo por que necessito medir a vazão
de um rio ou outras variáveis hidrológicas?
Tucci, 2003
As limitações básicas dos modelos hidrológicos são a quantidade e a qualidade dos dados hidrológicos, além da dificuldade de formular matematicamente alguns processos e a simplificação do comportamento
espacial de variáveis e fenômenos. Nenhuma metodologia cria informações apenas explora melhor os dados existentes
Modelos Hidrológicos
Tucci, 2003
Sistema, modelo e simulação
Sistema é qualquer estrutura, esquema ou procedimento, real ou abstrato, que num dado tempo de referência interrelaciona-se com uma entrada, causa ou estímulo de energia ou informação, e uma saída, efeito ou resposta de energia ou informação.
SISTEMA
•Exemplos: Bacia hidrográfica, trecho de rio, aqüífero
Tucci, 2003
ModelosModelo é uma representação do comportamento do sistema
tipos de modelos: físicos, analógicos e matemáticos Os modelos analógicos valem-se da analogia das
equações que regem diferentes fenômenos, para modelar no sistema mais conveniente, o processo desejado;
Os modelos matemáticos: são os que representam a
natureza do sistema, através de equações matemáticas,
O modelo físico representa o sistema por um protótipo em escala menor, na maior parte dos casos
Tucci, 2003
Definições • Fenômeno é um processo físico, que produz
alteração de estado no sistema. Por exemplo, precipitação, evaporação e infiltração são fenômenos;
• Variável é um valor que descreve quantitativamente um fenômeno, variando no espaço e no tempo. Por exemplo, vazão é uma variável que descreve o estado do escoamento;
• Parâmetro é um valor que caracteriza o sistema, o parâmetro também pode variar com o espaço e o tempo. Exemplos de parâmetros são: rugosidade de uma seção de um rio, área de uma bacia hidrográfica e áreas impermeáveis de um bacia.
Tucci, 2003
Concentrado e distribuídoum modelo é concentrado ("lumped") quando não leva em conta a variabilidade espacial. A precipitação média de uma bacia é um exemplo da integração espacial da variável de entrada. Em geral, os modelos concentrados utilizam somente o tempo como variável independente.
distribuído (distributed) quando as variáveis e parâmetros do modelo dependem do espaço e/ou do tempo. Em termos matemáticos, a equação diferencial ordinária possui uma variável independente, neste caso,
o tempo, e representa um modelo concentrado
Tucci, 2003
Estocástico e determinístico Se a chance de ocorrência das variáveis é levada em conta, e o conceito de probabilidade é introduzido na formulação do modelo, o processo e o modelo são ditos Estocásticos.
Se a chance de ocorrência das variáveis envolvidas no processo é ignorada, e o modelo segue uma lei definida que não a lei das
probabilidades, o modelo e os processos são ditos Determinísticos. Quando uma variável de entrada de um sistema é aleatória, a variável de saída também será aleatória, no entanto o sistema pode ter comportamento determinístico ou representado por um modelo determinístico. Exemplo, a vazão de entrada e saída de um reservatório são variáveis aleatórias, mas a determinação da vazão de saída com base na de entrada e nas características do reservatório é um processo determinístico bem conhecido.
Tucci, 2003
Conceitual e Empíricoconceitual, quando as funções utilizadas na sua elaboração levam em consideração os processos físicos. Esta definição é estabelecida para diferenciar os modelos que consideram os processos físicos, dos modelos ditos "caixa-preta".
Os modelos do tipo "caixa-preta" ou empíricos são aqueles em que se ajustam os valores calculados aos dados observados, através de funções que não têm nenhuma relação com os processos físicos envolvidos.
Tucci, 2003
Modelos de GerenciamentoModelos de comportamento: são modelos utilizados para descrever o comportamento de um sistema. O modelo é utilizado para prognosticar a resposta de um sistema sujeito a diferentes entradas ou devido a modificações nas suas características. Modelos de otimização: estão preocupados com as melhores soluções, a nível de projeto, de um sistema específico.
Modelos de planejamento: simulam condições
globais de um sistema maior.
Tucci, 2003
Nome Tipo Estrutura Características UsosPrecipitação-Vazão determinístico;
empírico;Conceitual
Comportamento calcula a vazão de uma bacia apartir da precipitação
extensão de séries de vazão;dimensionamento; previsão emtempo atual, avaliação do usoda terra
Vazão-Vazão determinístico:empírico;conceitual
calcula a vazão de uma seção apartir de um ponto a montante
extensão de séries de vazões;dimensionamento; previsão decheia
Geração estocásticade vazão
estocástico calcula a vazão com base nascaracterísticas da série histórica
dimensionamento do volumede um reservatório
Fluxo saturado determinístico determina o movimento, vazãopotencial de águas subterrâneas àpartir de dados de realimentação,bombeamento,etc
capacidade de bombeamento;nível do lençol freático;iteração rio-aqüífero,etc
Hidrodinâmico determinístico sintetiza vazões em rios e rede decanais
simulação de alterações dosistema; efeitos de escoamentode jusante
Qualidade de Águade rios ereservatórios
determinístico simula a concentração deparâmetros de qualidade da água
impacto de efluentes;eutrofização de reservatórios;condições ambientais
Rede de canais econdutos
determinístico Comportamento eotimização
otimiza o diâmetro dos condutos everifica as condições de projeto
rede abastecimento de água;rede de irrigação
operação dereservatórios
estocástico,determinístico
determina a operação ótima desistemas de reservatórios
usos múltiplos
planejamento egestão de sistemasmúltiplos
estocástico,determinístico
Comportamento,otimização eplanejamento
simula condições de projeto eoperação de sistemas (usa váriosmodelos)
Reservatórios, canais, estaçõesde tratamento, irrigação,navegação fluvial, etc
Tucci, 2003
Evolução do modelos hidrológicos
Início com o computador e década de 50os modelos distribuídos na década de 70-80a evolução com o GIS e a integração espacial com a modelagem física;limitação da escalaa relação dos modelos hidrológicos e meteorológicos.
Tucci, 2003
Escala dos processos na bacia
Tucci, 2003
Usos dos modelos hidrológicosTipos de usos
•Extensão de séries hidrológicas;
•planejamento e projeto de sistemas hídricos
•previsão tempo real
•avaliação do impacto das modificações dos sistemas hídricos.
Tucci, 2003
Áreas de aplicação
Usos dos recursos hídricos: abastecimento de água, energia, irrigação, navegação,etcimpactos sobre a população: controle de inundaçõesimpactos no meio ambiente: desmatamento, qualidade da água, etc.
Tucci, 2003
Modelos Precipitação-VazãoCaracterísticas dos modelos
Discretização das bacias : concentrado, distribuído por bacia
distribuído por célula
Tucci, 2003
InterceptaçãoVegetal
Interceptaçãopor diferentessuperfícicies
Infiltração desuperfíciespermeáveis
Precipitaçãodireta: lagos,rios ereservatórios
Precipitaçãosobre áreasimpermeáveis
Precipitação eevaporação notempo e espaço
Estimativa dosparâmetros
Evaporaçãoe evapo-
transpiração
Balanço no meionão-saturado
PercolaçãoEscoamento nomeio não-saturado
Escoamentosuperficial
Evaporaçãoe Evapo-transpiração
Escoamentosubterrâneo
Escoamento em Lagos e Reservatórios Tucci, 2003
Aquisição da informação
Tucci, 2003
Cobertura vegetal e uso do solo
http://edcdaac.usgs.gov/glcc/sadoc2_0.html#lambImagem NOAA
EXEMPLO: RIO URUGUAI: 76.000KM2
Tucci, 2003
Grade de 0,1 graus-5
4.0
-53.
9-5
3.8
-53.
7-5
3.6
-53.
5-5
3.4
-53.
3-5
3.2
-53.
1-5
3.0
-52.
9-5
2.8
-52.
7-5
2.6
-52.
5-5
2.4
-52.
3-5
2.2
-52.
1-5
2.0
-51.
9-5
1.8
-51.
7-5
1.6
-51.
5-5
1.4
-51.
3-5
1.2
-51.
1-5
1.0
-50.
9-5
0.8
-50.
7-5
0.6
-50.
5-5
0.4
-50.
3-5
0.2
-50.
1-5
0.0
-49.
9-4
9.8
-49.
7-4
9.6
-49.
5-4
9.4
-49.
3-4
9.2
-49.
1
-29.0
-28.9-28.8
-28.7-28.6
-28.5-28.4
-28.3-28.2
-28.1-28.0
-27.9-27.8
-27.7-27.6
-27.5-27.4
-27.3-27.2
-27.1-27.0
-26.9-26.8
-26.7-26.6
-26.5-26.4
-26.3-26.2
-26.1<11019427836244552961369678086494710311115119812821366>=1449
Modelo Numérico do Terreno
Tucci, 2003
Altitude (m)
Rede de drenagem
Tucci, 2003
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
01/0
1/88
01/0
2/88
01/0
3/88
01/0
4/88
01/0
5/88
01/0
6/88
01/0
7/88
01/0
8/88
01/0
9/88
01/1
0/88
01/11
/88
01/1
2/88
Va
zão
(m
3/s
)
calculado
observado Passo Caxambu52.500 km2
Tucci, 2003
Ajuste para bacias urbanas brasileiras
0
5
10
15
1 2 3 4 5 6 7 8
Dt (30 min)
Q (
m3/
s)
0
5
10
15
20
25
30
P (
mm
)
Vazão Observada
Vazão Calculada
Bela Vista POA Tucci, 2003
Ajuste para bacias urbanas brasileiras
0
3
6
9
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35
Dt (10 min)
Q (
m3/s
)
0
5
10
15
20
25
30
P (
mm
)
Vazão Observada
Vazão Calculada
Joinville- SCTucci, 2003
Ajuste para bacias urbanas brasileiras
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47
Dt (10 min)
Q (
m3/
s)
0
5
10
15
20
25
P (
mm
)
Vazão Observada
Vazão Calculada
Curitiba - PRTucci, 2003
Ajuste para bacias urbanas brasileiras
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
Dt (30 min)
Q (
m3/s
)
0
5
10
15
20
25
P (
mm
)
Vazão Observada
Vazão Calculada
São PauloTucci, 2003