modelos de referÊncia para desenvolvimento de … · cronograma durante o desenvolvimento...
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MODELOS DE REFERÊNCIA PARA
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS:
ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO
ACADÊMICA
Isabel Cristina Moretti (UTFPR)
Aldo Braghini Junior (UTFPR)
Marcia Danieli Szeremeta Spak (UTFPR)
Luan Carlos Santos Silva (UTFPR)
O sucesso de um novo produto está relacionado com as atividades que
compõem o PDP, como elas são executadas e como elas se encaixam
no processo. A formalização de modelos para o PDP permite a visão
do todo para todos os participantes do proocesso, quais os resultados
esperados para o processo, quais e como as atividades devem ser
realizadas e quais condições devem ser atendidas, contribuindo para a
organização, planejamento e desempenho do PDP. O presente
trabalho tem como objetivo realizar um levantamento e análise das
dissertações e teses sobre modelos para o processo de desenvolvimento
de produto, nos programas de pós-graduação em Engenharia de
Produção do Brasil, entre os anos de 2001 e 2011. O método de
pesquisa é caracterizado como teórico-conceitual e realiza uma
revisão da literatura sobre modelo para o PDP. Os trabalhos foram
analisados em relação ao ano, instituição de ensino superior que foi
realizado, tipo de estudo, abordagem do trabalho e método de coleta
de dados. Pode-se identificar com os trabalhos que existe uma
tendência em desenvolver modelos para áreas de aplicação específicas.
Palavras-chaves: PDP, Modelo de desenvolvimento de produtos,
Dissertações e Teses
XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção
Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.
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Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.
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1. Introdução
Uma análise do mercado mundial tem mostrado que os requisitos do cliente em relação às
funções e qualidade dos produtos estão aumentando continuamente. Os clientes estão se
tornando cada vez mais exigente e as suas necessidades estão mudando continuamente. Nestas
circunstâncias, apenas aquelas empresas que oferecem aos clientes os produtos desejados, a
respeito de suas funções e qualidade, produzidos na hora certa, com a qualidade esperada e ao
preço apropriado podem esperar o sucesso de mercado (STARBEK, M.; GRUM, J., 2002). A
demanda por maior qualidade e produtos de menor custo com menor lead-time de
desenvolvimento para as dinâmicas necessidades do mercado global força as indústrias a se
concentrar em várias estratégias de desenvolvimento de novos produtos (KRAUSE et al.,
1993; HONG-BAE, 2005; MARCH-CHORDÀ, 2002).
Para um processo efetivo de desenvolvimento de produto da interação e colaboração entre
diferentes equipes e processos têm de ser devidamente coordenada e sincronizada. A
sincronização dos fluxos de informação é um fator chave para o sucesso do processo de
desenvolvimento de produtos (HAMMERS; SCHMITT, 2009). Portanto, as empresas
investem cada dia mais para a melhoria contínua do próprio processo de desenvolvimento e
no fornecimento de apoio adequado para sua execução (KALPIC; BERNUS, 2002).
A qualidade da gestão do PDP está intimamente ligada à padronização do processo. Sendo
assim, a formalização do modelo de gestão e de estruturação do desenvolvimento de produto
permite que todos os envolvidos tenham uma visão comum do mesmo. Logo, esperam-se dos
resultados do PDP: como as atividades devem ser realizadas; quais as condições a serem
atendidas; quais as fontes de informações válidas e os critérios de decisão a serem adotados
(ROZENFELD et al., 2006).
Muitos trabalhos vêm sendo desenvolvidos com a finalidade de propor modelos de referência
para o PDP, ou adaptações de modelos genéricos para determinados segmentos de mercado,
os chamados modelos adaptados. Desta forma o objetivo deste trabalho é realizar um
levantamento e uma análise das dissertações e teses sobre modelos para o processo de
desenvolvimento de produto, nos programas de pós-graduação em Engenharia de Produção
entre os anos de 2001 e 2011. Por meio dessa revisão de literatura foi possível identificar
quais as áreas já foram alvo de estudos sobre o desenvolvimento de modelos para o PDP.
2. Processo de desenvolvimento de produto (PDP)
O desenvolvimento de produto (DP) esta entre os processos essenciais para o sucesso,
sobrevivência e renovação das organizações, particularmente as empresas com ritmo
acelerado ou com mercado competitivo (BROWN, 1995). O Desenvolvimento de Produtos é
um processo de negócio que tem por objetivo transformar dados e possibilidades técnicas em
oportunidades de mercado e informações, viabilizando os projetos de produtos (CLARK &
FUJIMOTO, 1991; KRISHNAN, 2001).
O sucesso de um novo produto está relacionado com as atividades que compõem o PDP,
como elas são executadas e como elas se encaixam no processo. Embora muitas empresas
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possuam um processo sistêmico de PDP, o sucesso de um novo produto pode não ocorrer,
devido a deficiências na condução de alguma atividade crítica (COOPER; KLEINSCHMIDT,
1986). O planejamento e estratégia de produto envolvem decisões sobre o publico alvo da
empresa, mix de produto, priorização de projeto, alocação de recursos e seleção de
tecnologias. Na essência, planejamento do produto é o conjunto de decisões que asseguram
que a empresa busque o mais mercado e produto do ponto de vista estratégico (KRISHNAN,
2001).
Ao contrário do processo de fabricação, o processo de DP envolve uma série de tomadas de
decisões. É bastante comum que essa atividade seja realizada por um grupo ao invés de um
único indivíduo (ou departamento). Além disso, o processo de DP possui algumas
características únicas não encontradas no processo de fabricação. Em primeiro lugar, as saídas
das atividades de PD, materializadas em desenhos de engenharia, especificações e cálculos
técnicos, muitas vezes são instáveis e imprecisas uma vez que qualquer alteração de projeto
pode criar uma reação em cadeia de alterações de dados utilizados em outras atividades. Em
segundo lugar, a maioria das atividades do processo são realizadas em conjunto por uma
força-tarefa de vários departamentos, formando uma complexa relação entre as atividades.
Finalmente, uma parte do processo de DP ou todo o processo pode ser repetido até que o
conceito de design original seja materializado em resultados aceitáveis. Isso torna o processo
de DP inevitavelmente repetitivo (HONG-BAE, 2005).
A fim de evitar os ciclos de desenvolvimento longos de produtos, a colaboração entre equipes
de projeto distribuídas e multidisciplinares tornou-se uma necessidade. Hoje o conhecimento
intensivo no ambiente de desenvolvimento de produtos exige uma estrutura que efetivamente
permite a captura, representação, recuperação e reutilização de conhecimento do produto
(OUERTANI, BAÏNA, GZARA, MOREL, 2011).
A estruturação do PDP é vantajosa para as empresas, pois melhora a compreensão das
necessidades dos clientes nas fases iniciais do desenvolvimento, diminui o retrabalho nas
etapas de desenvolvimento propriamente dito e facilita o controle de custos, qualidade e
cronograma durante o desenvolvimento (ECHEVESTE, 2003).
Apesar disso, o PDP ocorre nas empresas independentemente dos mesmos estarem
documentados e muitas empresas têm processos que são conhecidos pelas pessoas que os
executam no dia a dia, mas que não estão sistematizados formalmente. Entretanto, um
processo só pode ser aprimorado se ele puder ser analisado e suas ineficiências puderem ser
identificadas (ZANCUL, 2009). Assim, um processo documentado e sistematizado garante a
utilização de melhores práticas de projeto e um linguajar único e padronizado para toda a
empresa. E a partir do momento que esse processo se torna padrão e pode ser utilizado por
várias pessoas, o mesmo é documentado na forma de um modelo (ROZENFELD et al., 2006).
3. Modelo de desenvolvimento de produto
No gerenciamento do projeto de desenvolvimento, decisões são tomadas referentes a
priorização dos objetivos de desenvolvimento, o planejamento do time e a sequencia das
atividades de desenvolvimento, o principal marco do projeto e protótipos, mecanismos de
coordenação entre membros do time e a forma de monitorar e controlar o projeto
(KRISHNAN, 2001).
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O resultado de uma tomada de decisão durante o PDP também pode ser balizado nas
conclusões e informações oriundas de um modelo. A definição de modelo cabe uma análise
minuciosa e uma longa reflexão. Conforme Roozenburg e Eekels (1995) os modelos não
devem ser encarados como uma receita padrão, mas como uma base para a realização do
processo, na busca para a melhoria do processo e até mesmo a melhoria do modelo base, no
esforço coletivo da equipe e na experiência e compreensão clara da natureza de todo o
processo de desenvolvimento de produtos.
Esses modelos representam o conhecimento do processo, logo, concluiu-se, deve-se
compreender melhor em que medida e como o conhecimento do processo já existente pode
ser exteriorizado em forma de modelos, e deve-se também entender as condições em que estes
modelos pode ser comunicada de forma eficaz entre os envolvidos no processo (KALPIC;
BERNUS, 2002).
Os modelos para o PDP englobam a maioria das atividades de planejamento, execução e
controle relacionadas com o desenvolvimento de produto (CUNHA, 2004). A formalização
do modelo de gestão do PDP permite a visão do todo para todos os participantes do processo,
quais os resultados esperados para o PDP, quais e como as atividades devem ser realizadas,
quais condições devem ser atendidas, fonte de informações critérios de decisão a serem
adotados. Como os projetos de desenvolvimento são definidos a partir desse modelo, ele é
conhecido como Modelo de Referência (ROZENFELD et al., 2006).
O modelo de referência é a representação formal de uma junção de boas práticas relacionada
com o todo ou fragmentos de um processo produtivo ou fatores industriais focados na
realidade de cada processo produtivo a ser estudado. Para Rozenfeld (2006), o modelo de
referência é uma representação da visão holística de forma mais aprofundada do processo de
desenvolvimento de produto. Nele são apresentadas as principais dimensões de um processo
produtivo ou de negócios, contendo um maior nível de detalhamento possível, auxiliando na
composição do estudo de um processo de desenvolvimento de produtos e processo.
4. Metodologia
Esse trabalho pode ser caracterizado como teórico-conceitual e realiza uma revisão da
literatura sobre modelo de referência para o PDP. Inicialmente, é importante destacar que para
identificar, localizar e adquirir as publicações de interesse, foram consultadas todos os sites
das Instituições de Ensino Superiores (IES) brasileiras que detém programa de pós-graduação
na área de Engenharia de Produção. As IES foram selecionadas pela lista de programas de
pós-graduação acadêmica de Engenharia de Produção do Brasil, disponível no site oficial da
Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) em março de 2012. O foco do
estudo foram os programas de pós-graduação acadêmica (mestrado acadêmico e doutorado).
Foram coletadas as dissertações e teses que apresentavam pesquisas referentes modelo para o
processo de desenvolvimento de produto, defendidas entre 2001 a 2011. Para identificar esses
trabalhos consideraram-se os títulos, resumo ou palavras-chave com as seguintes palavras:
modelo de referência, modelo, PDP, desenvolvimento de produto (DP). Em seguida os
resumos dos trabalhos identificados foram analisados e os trabalhos que tinham como
objetivo o desenvolvimento de modelos de referência para o PDP ou modelos relacionados ao
PDP foram selecionados.
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Para realizar o fichamento dos trabalhos, utilizou-se uma adaptação da metodologia utilizada
nos levantamentos de Carnevalli e Miguel (2007) e Salgado et al. (2010). A classificação dos
modelos partiu das classificações descritas nos próprios trabalhos e da análise e reflexão dos
autores do presente trabalho. Durante a análise dos trabalhos as seguintes informações foram
levantadas: título do trabalho; nome do autor; ano do documento, tipo de documento (tese ou
dissertação); instituição de ensino superior; tipo de estudo (modelagem, teórico-conceitual,
revisão da literatura, simulação, survey, estudo de caso, pesquisa-ação e experimentação),
abordagem do trabalho (quantitativo e qualitativo); e método de coleta de dados (questionário,
entrevistas, análise documental, observação ou bibliográfico).
5. Análise e Resultado dos dados
Por meio da lista de programas de pós de graduação da ABEPRO foram selecionados 32 IES.
Segundo os critérios de busca previamente descritos, foram identificados 32 trabalhos sobre
modelos para o PDP, sendo 22 dissertações (69%) e 10 teses (31%). Os trabalhos então
distribuídos entre 9 programas de pós-graduação em engenharia de produção, ou seja, apenas
28% dos programas de pós graduação em engenharia de produção do Brasil apresentaram
trabalhos sobre modelos para o PDP. Dessa forma, é possível constatar que a pesquisa sobre o
tema é pouco difundida entre as IES, demonstrando que ainda há um grande potencial de
estudos que podem ser desenvolvidos sobre o assunto.
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O IES Ano Autor Aplicação Nível
2003 ECHEVESTE (2003) Genérico D
2004 PAULA (2004) Produtos Farmacêuticos D
2006 GUSBERTI (2006) Produtos Farmacêuticos M
2007 LAIDENS (2007) Produtos alimentícios M
2007 MENDES (2007) Móveis M
2008 CRISTOFARI JR (2008) Genérico M
2008 BUSS (2008) Produtos inovadores D
2009 CAMPOS (2009) Produto do setor moageiro de trigo M
2009 SUAREZ (2009) Empresa mista de Produtos e Serviços M
2009 MARX (2009) Produtos sustentáveis M
2003 ROMANO (2003) Edificações D
2005 THIER (2005) Máquinas para a indústria de cerâmica D
2005 BADIN (2005) Genérico D
2008 BEZERRA (2008) Produtos voltados a qualidade M
2008 BLEICHER (2008) Genérico M
2009 NICKEL (2009) Genérico M
2010 FREITAS (2010) Empresas de base tecnológica M
2006 AGOSTINETTO (2006) Autopeças M
2006 MACHADO (2006) Genérico D
2008 COLENCI NETO (2008) Software D
2009 CONFORTO (2009) Empresas de base tecnológica M
2009 BENASSI (2009) Genérico M
2005 RODRIGUES NETO (2005) Agroempresa industrial M
2009 SMARÇARO (2009) Produtos petroquímicos M
2010 CHUM (2010) Produtos sustentáveis M
2010 SILVA (2010) Ativos intangíveis M
2007 SCHELP (2007) Autopeças M
2008 MENDES (2008) Equipamentos de automação e médico-hopitalares D
USP/SP 2005 MELLO (2005) Empresas de serviços D
UFPE 2006 COSTA (2006) Empresas de serviços M
UTFPR/PG 2009 ALVES (2009) Pequenas empresas M
PUC/PR 2009 CASTILHO JR (2009) Genérico M
UFRGS
UFRJ
UFSC
UFSCAR
USP/SC
Quadro 1 apresenta os trabalhos selecionados, com as seguintes informações: autor, IES, área
de aplicação dos trabalhos e o nível (mestrado/ doutorado). É possível constatar com o
Quadro 1 que existe uma tendência de desenvolver modelos para áreas de atuação específicas.
Os modelos que não apresentaram uma área de atuação específica foram definidos como
genéricos.
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IES Ano Autor Aplicação Nível
2003 ECHEVESTE (2003) Genérico D
2004 PAULA (2004) Produtos Farmacêuticos D
2006 GUSBERTI (2006) Produtos Farmacêuticos M
2007 LAIDENS (2007) Produtos alimentícios M
2007 MENDES (2007) Móveis M
2008 CRISTOFARI JR (2008) Genérico M
2008 BUSS (2008) Produtos inovadores D
2009 CAMPOS (2009) Produto do setor moageiro de trigo M
2009 SUAREZ (2009) Empresa mista de Produtos e Serviços M
2009 MARX (2009) Produtos sustentáveis M
2003 ROMANO (2003) Edificações D
2005 THIER (2005) Máquinas para a indústria de cerâmica D
2005 BADIN (2005) Genérico D
2008 BEZERRA (2008) Produtos voltados a qualidade M
2008 BLEICHER (2008) Genérico M
2009 NICKEL (2009) Genérico M
2010 FREITAS (2010) Empresas de base tecnológica M
2006 AGOSTINETTO (2006) Autopeças M
2006 MACHADO (2006) Genérico D
2008 COLENCI NETO (2008) Software D
2009 CONFORTO (2009) Empresas de base tecnológica M
2009 BENASSI (2009) Genérico M
2005 RODRIGUES NETO (2005) Agroempresa industrial M
2009 SMARÇARO (2009) Produtos petroquímicos M
2010 CHUM (2010) Produtos sustentáveis M
2010 SILVA (2010) Ativos intangíveis M
2007 SCHELP (2007) Autopeças M
2008 MENDES (2008) Equipamentos de automação e médico-hopitalares D
USP/SP 2005 MELLO (2005) Empresas de serviços D
UFPE 2006 COSTA (2006) Empresas de serviços M
UTFPR/PG 2009 ALVES (2009) Pequenas empresas M
PUC/PR 2009 CASTILHO JR (2009) Genérico M
UFRGS
UFRJ
UFSC
UFSCAR
USP/SC
Quadro 1 – Trabalhos selecionados
A Figura 1 apresenta o número em porcentagem de trabalhos por ano. O ano que apresentou o
maior número foi 2009 com 29% dos trabalhos. Verifica-se que é um assunto atual e que
existe uma tendência de crescimento no número de trabalhos entre os anos de 2003 e 2009.
Esse aumento no número de trabalhos pode se justificar pelo fato de que o assunto vem
ganhando destaque devido a sua importância para o desempenho do processo de
desenvolvimento de novos produtos.
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8
0% 0%
6%
3%
13% 13%
9%
19%
28%
9%
0%0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Figura 1 - Distribuição percentual do número de publicações por ano
A Figura 2 apresenta a quantidade de trabalhos por IES. As IES que mais apresentaram
trabalhos foram a UFRGS, UFSC e a USP/SC que juntas totalizam 69% dos trabalhos
acadêmicos sobre o assunto. É importante destacar que essas instituições contam com linhas
de pesquisa sobre desenvolvimento de produtos, o que justifica o fato de apresentarem uma
maior quantidade de trabalhos sobre modelos para o PDP.
10
7
54
21 1 1 1
31%
53%
69%
81%88% 91% 94% 97% 100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
0
2
4
6
8
10
12
UFRGS UFSC USP/SC UFRJ UFSCAR USP/SP UFPE UTFPR/PG PUC/PR
Quantidade Acumulativo
Figura 2 – Quantidade de trabalhos por IES
A Figura 3 classifica as pesquisas realizadas com relação ao tipo de estudo, foram
consideradas todas as classificações definidas nos trabalhos, sendo que alguns trabalhos
apresentaram mais de uma classificação. Verifica-se na Figura 3 que a pesquisa classificada
como Revisão de literatura foi a mais realizada nos trabalhos estudados e, em segundo lugar,
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se destaca o estudo de caso. É importante ressaltar que a maioria dos trabalhos foram
classificados como Revisão de Literatura e Estudo de caso em conjunto, pois os modelos em
sua maioria foram fundamentados e desenvolvidos por meio da literatura (modelos teóricos) e
da prática (estudo de caso).
2422
7
1 1
44% 84%
96% 98% 100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
0
5
10
15
20
25
30
Quantidade Acumulativo
Figura 3 – Tipo de estudo dos trabalhos
A Figura 4 apresenta a quantidade dos trabalhos analisados pelo método de coleta de dados
utilizado. Foram considerados todos os métodos de coleta de dados definidos nos trabalhos,
sendo que alguns trabalhos apresentaram mais de um método. Verifica-se que o método mais
utilizado foi a entrevista presente em 22 dos 32 trabalhos selecionados.
22
14
119 9
34%
55%
72%
86%
100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
0
5
10
15
20
25
Entrevistas Observação Análise documental
Questionário Bibliográfico
Quantidade Acumulativo
Figura 4 – Método de coleta dos dados
A Figura 5 apresenta a classificação dos trabalhos em relação às abordagens: qualitativa,
quantitativa, quantitativa/qualitativa, sendo que os valores das colunas indicam a porcentagem
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de ocorrência destas abordagens pelo total de trabalhos. Verificou-se que a abordagem
qualitativa (84%) tem sido mais realizada, que a abordagem quantitativa (3%) e
quantitativa/qualitativa (13%).
84%
13%3%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Qualitativo Quantitativo/Qualitativo Quantitativo
Figura 5 – Abordagem dos trabalhos
6. Considerações finais
O objetivo geral desse trabalho foi atingido, uma vez que o levantamento e a análise das
dissertações e teses sobre modelos de referência para o PDP, nos programas de pós-graduação
em Engenharia de Produção do Brasil, entre os anos de 2001 e 2011, foram realizados de
maneira satisfatória.
Pode-se perceber com os trabalhos que existe uma tendência em desenvolver modelos para o
PDP para áreas de atuação específicas, como por exemplo, produtos farmacêuticos,
alimentícios, etc. Sendo assim, é possível identificar as lacunas para o desenvolvimento de
modelos para diversas áreas e segmentos de mercado que ainda não foram estudados.
Apesar do número reduzido de trabalhos sobre modelos para o PDP, identificou-se um
aumento de trabalhos ao longo dos anos. Esse crescimento mostra que o estudo sobre modelos
para o PDP vem ganhando mais atenção devido a sua importância para este processo e
principalmente para o desempenho de um novo produto no mercado.
O levantamento e análise dos trabalhos permitiu um maior aprofundamento sobre o tema, o
que contribui para futuras pesquisas sobre modelos de referência para o PDP.
Os autores agradecem à CAPES pela concessão de bolsa de pesquisa que contribuiu para a
realização deste trabalho.
Referências
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melhoria contínua e desempenho: o caso de uma empresa de autopeças. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo, São Carlos, 2006.
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pequenas empresas. 2009. 159 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção),
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2009.
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BADIN, N. T. Modelo de referência para o processo de desenvolvimento de produtos
integrando fornecedores e baseado nos conceitos de engenharia simultânea, custeio-alvo e
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Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
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Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2009.
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qualidade. 157 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção), Universidade Federal
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desenvolvimento de produtos em pequenas e médias empresas. Dissertação (Mestrado em
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proposição de um modelo de referência. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção),
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CARNEVALLI, J. A.; MIGUEL, P. A. C. Revisão, análise e classificação da literatura
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