modelo geomecânico para os principais solos de brasília
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UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
MODELO GEOMECNICO PARA OS PRINCIPAIS SOLOS DE
BRASLIA
BRUNO CARRILHO DE CASTRO
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UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
MODELO GEOMECNICO PARA OS PRINCIPAIS SOLOS DEBRASLIA
BRUNO CARRILHO DE CASTRO
DISSERTAO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DEENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE DE BRASLIA COMOPARTE DOS REQUISITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DEMESTRE.
APROVADA POR
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FICHA CATALOGRFICACASTRO, BRUNO CARRILHO.
Modelo Geomecnico para os Principais Solos de Braslia.
179 p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Geotecnia, 2011)
Dissertao de Mestrado - Universidade de Braslia.Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
1. Modelo Geomecnico 2. Parmetros de Resistncia
3. Previso de capacidade de carga 4. Ensaios de campo
I. ENC/FT/UnB II. Ttulo (srie)
REFERNCIA BIBLIOGRFICA
CASTRO, B. C. (2011). Modelo Geomecnico para os Principais Solos de Braslia. Dissertao
de Mestrado, Publicao G.DM-202/11, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Braslia, Braslia, DF, 179 p.
CESSO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR B C ilh d C
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DEDICATRIA
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a todos que me deram o necessrio suporte nestes dois anos difceis. Minha famlia,
minha namorada Renata Conciani e familiares. Agradeo tambm ao professor Newton pela
confiana depositada, sua pacincia e sabedoria, ao Petrnio pela inestimvel ajuda e tambm
aos amigos Fernando, Bernardo e Esteban pelas contribuies e momentos de descontrao.
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RESUMO
MODELO GEOMECNICO PARA OS PRINCIPAIS SOLOS DE
BRASLIA
A concentrao demogrfica nas grandes cidades um fenmeno mundial, estima-se que 85%
da populao viver em zonas urbanas nas prximas dcadas. Essa populao demanda
moradia, meios de transporte, empregos e servios pblicos em geral. Para tanto necessrio
espao, espao este que se torna cada vez mais escasso e, portanto valorizado. A soluo
apontada por muitos pesquisadores, e que j est sendo colocada em prtica em alguns pases,
o uso acentuado do espao subterrneo, destinando-o a acomodar no apenas infraestrutura,mas tambm indstrias, comrcios, linhas de trfego e utilidades pblicas. Reservando, deste
modo, a superfcie para atividades mais nobres como a moradia o trabalho e o lazer. Para
poder planejar a ocupao no s do espao subterrneo como tambm realizar projetos das
diversas estruturas urbanas de formas mais seguras e econmicas so necessrias informaes
i b lh l d d d i f
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ABSTRACT
GEOMECHANICAL MODEL FOR MAJOR SOI LS OF BRASILI A
The demographic concentration in large cities is a worldwide phenomenon, it is estimated
that 85% of the population live in urban areas in the coming decades. This population
demand housing, transportation, jobs and public services in general. This requires space, a
space that becomes increasingly scarce and therefore valuable. The solution proposed by
many researchers, and is already being put into practice in some countries is the heavy use of
underground space and is designed to accommodate not only the infrastructure but also
manufacturing, commerce, traffic lines and utilities. Allowing thus the surface for activities
such as housing noblest work and leisure. This work is the result of the capture and
processing of geotechnical information produced in the Federal District in recent years.
These data were treated statistically and organized to provide subsidies to the better
understanding of the geomechanical behavior of the subsoil. As a result we obtained
relationships between the mechanical resistance (c and ) and data from field and laboratory
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RSUM
MODLE POUR SOLS GOMCANI QUE MAJEURS DE BRASIL IA
La concentration dmographique dans les grandes villes est um phnomne mondial, onestime que 85% de la population vivera dans des zones urbaines dans les dcennies
prochains. Cette population demande dhabitation, moyens de transport, emplois et servicespublics de manire gnrale. Pour tout a il faut de lespace, et ceci devientde plus en plusinsuffisant et donc valoris. La solution indique par plusieurs chercheurs, et qui est djmise en pratique dans certains pays, cest lusage accentu de lespace souterrain, le menant
accomoder non seulement de linfrastructure, mais aussides industris, des commerces, deslignes de circulation et des utilits publiques. On reserve, comme a, la surace aux activits
plus nobles comme lhabitation, le travail et le loisir. Le prsent travail est le rsultat du
recueil et du traitement des informations gotechniques produites au Distrito Federal aux
dernires annes. Ces informations ont t organises et traites statistiquement de faon fournir des subsides pour une meilleure comprhension du comportement gomcanique dusous-sol. En consquence, nous avons obtenu des relations entre la mcanique (c et ) etdonnes de terrain et des essais en laboratoire(SPT, tests de charge, la caractrisation). Ainsiil y avait une possibilit de dterminer le comportement spatial des sols, qui est trs utile dansune valuation prliminaire pour un projet. Dans ce contexte, le prsent travail contribue aumeilleur usage du sous-sol, de manire de plus en plus sre, conomique et agile.
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SUMRIO
1- INTRODUO .................................................................................................................. 20
1.1- MOTIVAO .................................................................................................................. 20
1.2- OBJETIVOS ..................................................................................................................... 20
2- REVISO BIBLIOGRFICA ......................................................................................... 222.1.1- BRASLIABRASIL ................................................................................................... 22
2.1.2- MANAUS - BRASIL ..................................................................................................... 23
2.1.3- ROMA - ITLIA ........................................................................................................... 23
2.1.4- LAULANEMOAMBIQUE ..................................................................................... 24
2.2- AQUISIO DE DADOS ............................................................................................... 24
2.2.1- BRASLIA - BRASIL .................................................................................................... 24
2.2.2- MANAUSBRASIL .................................................................................................... 25
2.2.3- ROMAITLIA .......................................................................................................... 25
2.2.4- LAULANEMOAMBIQUE ..................................................................................... 26
2.3- METODOLOGIA DE TRABALHO ................................................................................ 26
2.4- ANLISE DE ENSAIOS DE PROVA DE CARGA ....................................................... 27
2.5- DIMENSIONAMENTO DE FUNDAES .................................................................... 31
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3.2.2- PUBLICAES ............................................................................................................ 53
3.2.3- EMPRESAS ................................................................................................................... 54
4- RESULTADOS E ANLISES .......................................................................................... 604.1- CONDIES DO MEIO FSICO .................................................................................... 60
4.1.1- ASPECTOS GERAIS .................................................................................................... 60
4.1.2- SITUAO GEOLGICA ........................................................................................... 61
4.1.3- GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................................. 63
4.1.4- GEOMORFOLOGIA ..................................................................................................... 66
4.1.5- PEDOLOGIA ................................................................................................................. 69
4.1.6- HIDROGEOLOGIA ...................................................................................................... 71
4.2- DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS - LABORATRIO X SONDAGENS......... 76
4.2.1- ANLISE EXPLORATRIA GERAL ........................................................................ 76
4.2.2- SOLOS POROSOS LATERTICOS SUPERFICIAIS .................................................. 81
4.2.3- SOLOS SILTO-ARENOSOS ...................................................................................... 101
4.3- DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS - CAMPO .................................................. 114
4.3.1- SOLOS POROSOS LATERTICOS SUPERFICIAIS ................................................ 115
4.3.2- SILTE AMARELO ...................................................................................................... 124
4.3.3- SILTE ROXO .............................................................................................................. 132
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LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Valores atribudos s variveis F1 e F2 (Veloso & Salamoni apud Schnaid,2000). ........................................................................................................................................ 33
Tabela 2.2Valores atribudos s variveis K e (Schnaid, 2000)....................................... 33
Tabela 2.3Valores atribudos varivel K (Fonte: Dcourt, 1996) ..................................... 34
Tabela 2.4Valores atribudos ao coeficiente em funo do tipo de estaca e do tipo de solo.(Fonte: ) .................................................................................................................................... 34
Tabela 2.5Valores atribudos ao coeficiente em funo do tipo de estaca e do tipo de solo.(Fonte: Dcourt, 1996 ) ............................................................................................................ 34
Tabela 2.6 - Interpretao para os valores de coeficiente de correlao r2(Assis et al., 2002)................................................................................................................................................... 39
Tabela 2.7 - Valores mdios para coeso e ngulo de atrito (Abel,2002) ................................ 48
Tabela 3.1 - Excerto da categoria objeto caracterizao. ......................................................... 52
Tabela 3.2 - Excerto da categoria objeto resistncia. ............................................................... 52
Tabela 3.3 - Excerto da categoria objeto percolao e adensamento. ...................................... 52
Tabela 3.4 - Excerto da planilha utilizada na elaborao dos modelos geomecnicos laboratrio de geotecnia. .......................................................................................................... 53
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Tabela 4.10 - Descrio estatstica dos dados utilizados na elaborao dos modelos de
laboratrio para solos silto-arenosos. ..................................................................................... 103
Tabela 4.11 - Correlao entre os principais parmetrossolos silto-arenosos. ................... 106
Tabela 4.12 - Base de dados utilizada na determinao da relao entre wLe IP.................. 106
Tabela 4.13 - Base de dados utilizada na determinao da relao entre ndice de vazios e Gs................................................................................................................................................. 107
Tabela 4.14 - Base de dados utilizada na determinao da entre n (ngulo de atrito na
condio de umidade natural) e ndice de vazios. .................................................................. 107
Tabela 4.15 - Base de dados utilizada na determinao da relao entre cn (coeso nacondio de umidade natural) e profundidade. ...................................................................... 107
Tabela 4.16 - Base de dados utilizada na determinao da relao entre NSPT, profundidade,cn, ndice de vazios e n. ....................................................................................................... 108
Tabela 4.17 - Excerto da base de dados para elaborao dos modelos. ................................. 121
Tabela 4.18 - Excerto da base de dados para elaborao dos modelossilte amarelo. ........ 130
Tabela 4.19 - Excerto da base de dados para elaborao dos modelossilte roxo. .............. 138
Tabela 4.20 - Excerto da base de dados para elaborao dos modelossilte roxo. .............. 166
Tabela 5.1- Resumo dos modelos desenvolvidos. .................................................................. 168
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Origem e distribuio das fontes de dados (modificado de Raspa et al., 2008)... 25
Figura 2.2 - Metodologia de trabalho para o Modelo Integrado do Subsolo de Roma(modificado de Raspa et al., 2008). ......................................................................................... 27
Figura 2.3 Curvas carga x recalque com a carga em escala aritmtica (a) e logartmica (b)(Camapum de Carvalho et al., 2008). ...................................................................................... 28
Figura 2.4Curvas tempo x deslocamento vertical (a) e carga x coeficiente de recalque (b).(Camapum de Carvalho et al., 2008). ...................................................................................... 29
Figura 2.5Recalque imediato acumulado x carga (a) e recalque por adensamento x carga (b).................................................................................................................................................. 31
Figura 2.6 Recalque imediato acumulado x carga (a) e recalque por adensamento x carga(b). (Camapum de Carvalho et al., 2008). ................................................................................ 31
Figura 2.7- Populao e amostra (Assis et al., 2002)modificada ......................................... 35
Figura 2.8 - Histograma ........................................................................................................... 36
Figura 2.9 - GrficoBox plot................................................................................................... 37
Figura 2.10 - Arquitetura de um Sistema de Informaes Geogrficas (Cmara et al., 1996). 41
Figura 2.11Profundidade do nvel fretico no perodo de estiagem (Alves, 2009). ............. 42
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Figura 4.4 - Mapa Geomorfolgico do Distrito Federal (CPRM, 2002). ................................. 68
Figura 4.5 - Mapa Pedolgico do Distrito Federal (EMBRAPA, 1978, com modificaes deReatto et al. 2004). ................................................................................................................... 69
Figura 4.6 - Subdivises no domnio poroso (Adasa, 2011). ................................................... 73
Figura 4.7 - Mapa Hidrogeolgico do Distrito Federal (Adasa, 2011) .................................... 75
Figura 4.8 - Histograma com linha de tendncia para os valores de NSPTGrupo Geral. ...... 77
Figura 4.9 - Grfico do tipoBox plotpara valores de NSPTGrupo Geral. ............................ 78
Figura 4.10 - Histograma para os valores de coeso naturalGrupo Geral. ........................... 79
Figura 4.11 - Grfico do tipoBox plotpara valores de coeso naturalGrupo Geral. ........... 79
Figura 4.12 - Histograma para os valores de ngulo de atrito naturalGrupo Geral. ............ 80
Figura 4.13 - Grfico do tipoBox plotpara valores de ngulo de atrito natural Grupo Geral................................................................................................................................................... 80
Figura 4.14 - Histograma para os valores de NSPTSolos porosos laterticos superficiais. .... 85
Figura 4.15 - Grfico do tipo Box plot para valores de NSPT Solos porosos laterticossuperficiais. .............................................................................................................................. 85
Figura 4.16 - Histograma para os valores de coeso natural (kPa) Solos porosos laterticossuperficiais. .............................................................................................................................. 86
Figura 4.17 - Grfico do tipo Box plotpara valores de coeso natural (kPa)Solos porosos
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Figura 4.31 - Histograma para os valores de ngulo de atrito natural Solos silto-arenosos.
................................................................................................................................................ 105
Figura 4.32 - Grfico do tipoBox plotpara valores de ngulo de atrito natural. ................... 105
Figura 4.33 - Relao entre valores de ndice de plasticidade medidos e previstos. ............. 109
Figura 4.34 - Amostras inseridas na Carta de Plasticidade de Casagrande. ........................... 109
Figura 4.35 - Relao entre valores de ndice de vazios previstos pela Equao 4.7 e medidos................................................................................................................................................. 110
Figura 4.36 Relao entre valores de ngulo de atrito natural previstos pela Equao 4.8 emedidos. ................................................................................................................................. 111
Figura 4.37 - Relao entre valores de coeso natural medidos e previstos em funo daprofundidade pela Equao 4.9. ............................................................................................. 112
Figura 4.38 - Relao entre valores de NSPTmedidos e previstos pela Equao 4.10. .......... 113
Figura 4.39 - Relao entre valores de ngulo de atrito natural e NSPTmedida e prevista. ... 114
Figura 4.40 - Histograma para os valores de NSPT. ................................................................ 116
Figura 4.41 -Box plotpara os valores de NSPT. ..................................................................... 116
Figura 4.42 - Grfico Q-Q para os valores de NSPT................................................................ 117
Figura 4.43 - Histograma para os valores de atrito unitrio lateral. ....................................... 118
Figura 4.44 -Box plotpara os valores de atrito unitrio lateral. ............................................ 118
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Figura 4.60 - Relao entre valores de Tenso de ruptura medidos e previstos pela Equao
4.13. ........................................................................................................................................ 131
Figura 4.61 - Relao entre valores de atrito unitrio lateral medidos e previstos pela Equao4.14. ........................................................................................................................................ 132
Figura 4.62 - Histograma para os valores de NSPTSilte roxo.............................................. 133
Figura 4.63 -Box plotpara os valores de NSPTSilte roxo. .................................................. 133
Figura 4.64 - Grfico Q-Q para os valores de NSPTSilte Roxo........................................... 134
Figura 4.65 - Histograma para os valores de coeficiente de atrito lateral. ............................. 135
Figura 4.66 -Box plotpara os valores de coeficiente de atrito lateral. .................................. 135
Figura 4.67 - Grfico Q-Q para os valores de coeficiente de atrito lateral. ........................... 136
Figura 4.68 - Histograma para os valores de coeficiente de Tenso de ruptura..................... 137
Figura 4.69 -Box plotpara os valores de coeficiente de Tenso de ruptura. ......................... 137
Figura 4.70 - Grfico Q-Q para os valores de Tenso de ruptura. ......................................... 138
Figura 4.71 - Relao entre valores de Tenso de ruptura medidos e previstos. ................... 139
Figura 4.72 - Relao entre valores de atrito unitrio lateral medidos e previstos pela Equao4.16. ........................................................................................................................................ 140
Figura 4.73 - Relao entre carga de ruptura por atrito lateral medida e prevista pelasEquaes 4.12, 4.14 e 4.16. .................................................................................................... 141
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Figura 4.90 - Boletim de sondagem caracterstico para a obra. ............................................. 158
Figura 4.91 - Perfis de sondagem. .......................................................................................... 159
Figura 4.92 - Distribuio esperada para os fatores de atrito lateral 15 m. ............................ 161
Figura 4.93 - Distribuio esperada para os fatores de atrito lateral 20 m. ............................ 162
Figura 4.94 - Distribuio esperada para tenses de ruptura 17 m. ....................................... 163
Figura 4.95 - Distribuio esperada para tenses de ruptura 19 m. ....................................... 164
Figura 4.96 - Distribuio esperada para tenses de ruptura 21 m. ....................................... 165
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LISTA DE ABREVIAES
ABNT ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICASCODEPLAN COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERALCPT CONE PENETRATION TEST
CRN CONSIGLIO NAZIONALE DE RICERCHE (ITALIA)
HRB HIGHWAY RESEARCH BOARD
IGAG ISTITUTO DI GEOLOGIA AMBIENTALE E GEOINGEGNERIAMCT MINIATURA; COMPACTADO; TROPICAL
NBR NORMA BRASILEIRA DE REGULAMENTAO
SIG SISTEMA DE INFORMAES GEOGRFICAS
SPT STANDARD PENETRATION TEST
SUCS SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAO DE SOLOS
UnB UNIVERSIDADE DE BRASLIA
LISTA DE SMBOLOS
A INTERCEPTO DO EIXO Y
a INTERCEPTO DO EIXO Y DA EQUAO DA REGRESSO LINEAR
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r2 COEFICIENTE DE CORRELAO (GRAU DE CORRELAO ENTRE
DUAS GRANDEZAS)Trup TENSO DE RUPTURA DO SOLO
RELAO ENTRE AS RESISTNCIAS DE PONTA E LATERALLOCAL DO ENSAIO DE CONE
PARMETRO DA EQUAO DE CAPACIDADE DE CARGA DEFUNDAES
L ESPESSURA DE CADA CAMADA DE SOLO EM METROS
n TENSO NORMAL
TENSO DE CISALHAMENTONGULO DE ATRITO
T
NGULO DE ATRITO NATURAL DO SOLO
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1-INTRODUO
1.1-MOTIVAO
A concentrao demogrfica nas grandes cidades um fenmeno mundial. Estima-se que
85% da populao vivero em zonas urbanas nas prximas dcadas. Essa populao demanda
moradia, meios de transporte, empregos e servios pblicos em geral. A capacidade atual da
indstria da construo civil no Brasil no capaz de atender a demanda atual de moradia e
infraestrutura, fundamentais para sustentar o crescimento econmico vivido nos ltimos anos.
Deve-se recordar que tem-se ainda que suprir um grande dficit em moradias, estradas,
unidades produtoras de energia que se acumulou durante mais de uma dcada de instabilidade
econmica. Para atender esta demanda preciso uma resposta tcnica da engenharia, que
permita a otimizao dos processos construtivos de maneira econmica e segura, viabilizando
o atendimento das necessidades citadas. O subsolo, assim como o prprio solo, visto como
material de construo ou como elemento de sustentao das construes, ainda visto como
uma grande incgnita na maioria dos projetos de engenharia, e, portanto a determinao
precisa de suas propriedades fundamental no sucesso de qualquer interveno da
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Identificar quais so as melhores relaes entre atributos obtidos em ensaios de campo
e laboratrio alm dos parmetros do solo.
Identificar a variabilidade de cada um dos principais parmetros do solo de interesse
para a engenharia geotcnica.
Estudar a viabilidade de elaborao de modelos espaciais a partir de amostragens
pontuais.
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2-REVISO BIBLIOGRFICA
2.1 CARACTERIZAO GEOTCNICA DAS REAS URBANAS
Todos os centros urbanos do mundo utilizam, em maior ou menor grau, o espao subterrneo
e conforme o crescimento das cidades e, consequentemente, o incremento de suas
necessidades, as intervenes no subsolo vem sendo cada vez mais complexas. As obras
geotcnicas em reas urbanas que envolvem obras subterrneas, escavaes e fundaes com
grande capacidade de carga, cada vez mais demandam um melhor entendimento das
condies do subsolo e a obteno de informaes geotcnicas para viabilizar projetos
econmicos e seguros. Elas representam uma alternativa vivel para a melhoria da qualidade
de vida dentro dos espaos urbanos. Dentro desse contexto o conhecimento aprofundado da
distribuio espacial dos materiais com diferentes propriedades geotcnicas permite que as
obras subterrneas sejam locadas e executadas com o menor custo e dentro do menor tempo
possveis. Vrias cidades tm desenvolvido pesquisas no sentido de conhecer melhor as
propriedades geotcnicas de seu subsolo. Tem-se como exemplos as cidades de Manaus,
Curitiba, Laulane (Moambique), So Paulo, Braslia, Roma, entre outras. De modo geral a
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geotcnico e geoprocessamento que envolvam aquisio, armazenamento, espacializao e
manejo de dados coletados do subsolo tornam-se cada vez mais necessrias e presentes no dia
a dia da engenharia.
2.1.2-MANAUS - BRASIL
Segundo Roque (2006), o municpio de Manaus apresenta diversos problemassocioambientais relacionados ao uso e ocupao no planejados do solo. O rpido e intenso
crescimento populacional pelo qual passou a regio, graas aos incentivos governamentais
para a ocupao da Amaznia, aliado falta de recursos para atender esse crescimento foram
os principais causadores do problema.
Diante disso o autor aponta o mapeamento geotcnico como uma importante ferramenta no
reconhecimento do meio fsico e capaz de direcionar as aes humanas, economizando
recursos valiosos.
Para tanto o autor elaborou uma srie de cartas de zoneamento geotcnico, baseadas em
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Para tanto, o Istituto di Geologia Ambientale e Geoingegneria (IGAG) do Italian Consiglio
Nazionale deWle Ricerche (CRN) coordenou um grupo de pesquisa multidisciplinar com o
objetivo de desenvolver um modelo integrado do subsolo romano, tendo em vista a
determinao do risco geolgico relativo s camadas de fundaes da cidade.
2.1.4-LAULANEMOAMBIQUE
Moambique, pas situado na regio austral do continente africano sofreu por 16 anos com aguerra civil, que s teve seu fim no ano de 1992, iniciou-se ento o processo de reconstruo
do pas com grande demanda por infraestrutura e especialmente de moradia.
Maputo, por sua posio estratgica estatus de capital, abrigou o maior nmero de refugiados
do pas e passou por graves problemas de dficit habitacional. O governo local optou pela
ocupao imobiliria da regio de Laulane, sobre a qual no se tinha nenhum estudo
geolgico geotcnico abrangente.
Abel (2002) fornece subsdios para a construo de residncias unifamiliares e
multifamiliares a partir da criao de uma carta de capacidade de carga para fundaes rasas.
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Os dados necessrios para a realizao do trabalho foram adquiridos na Universidade de
Braslia, a partir de um banco de dados desenvolvido por Silva (2007) e acrescido de dados
provenientes de 285 laudos de sondagens obtidos com empresas da regio. A autora
determinou critrios de seleo dos dados levantados, estipulando limites mnimos e mximos
para valores de NSPTa serem considerados, alm de proporcionar uma distribuio regular de
informaes ao longo de toda a rea de estudo. Como consequncia foram criados dois grupos
de informaes, um utilizado na criao dos modelos e outro para elaborao de grficos dedisperso para avaliar a variao deste.
2.2.2-MANAUSBRASIL
Roque (2006) levantou junto aos rgos governamentais, empresas, universidades e
publicaes cientficas todos os dados disponveis e relevantes para a rea de estudo, mapaspreexistentes, sondagens, modelos geomorfolgicos regionais entre outros. Aps a coleta das
informaes, as mesmas passaram por um processo de seleo e foram ento organizadas,
compondo um banco de dados.
2.2.3-ROMAITLIA
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2.2.4-LAULANEMOAMBIQUE
Abel (2002) realizou um levantamento bibliogrfico das informaes relevantes para a rea de
estudo, obtendo mapas topogrficos e geolgicos na escala 1:50.000. Em seguida, partiu para
os dados do Laboratrio de Engenharia de Moambique, onde se obteve todas as informaes
geotcnicas disponveis. O autor dispunha, ao todo, de 43 sondagens a percusso, 37
sondagens do tipo CPT e 23 valores de ngulo de atrito e coeso. Os ensaios do tipo SPT
foram realizados a cada 1,5 m, enquanto que os do tipo CPT a cada 0,2 m. Os ensaios de
resistncia foram realizados nas profundidades de 3, 6 e 9 metros. As informaes foram
reunidas e digitalizadas em forma de banco de dados na forma de planilhas eletrnicas,
posteriormente foram convenientemente organizadas para a sua utilizao em softwares de
geoprocessamento.
2.3-METODOLOGIA DE TRABALHO
O processo de organizao e tratamento de dados responsvel pelo pela gerao dos
produtos finais e depende, portanto, da natureza das informaes obtidas e das finalidades
especficas do trabalho. O trabalho de Raspa et al., 2008 utilizado para ilustrar uma
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Figura 2.2 - Metodologia de trabalho para o Modelo Integrado do Subsolo de Roma (modificado de Raspa et al.,
2008).
Observa-se que o trabalho desenvolvido por Raspa et al. (2008) contempla a reviso completa
dos modelos estratigrfico e estrutural e prope modelos geotcnico, hidro mecnico e
geofsico para cada unidade geolgica descrita. importante dizer que o trabalho
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Descrio geral do ensaio;
Tipo e caractersticas da estaca ensaiada;
Dados de instalao da estaca;
Referncia aos dispositivos de aplicao de carga e de medio das deformaes;
Ocorrncias excepcionais durante o ensaio;
Tabelas das leituras tempo-recalque e carga recalque de todos os estgios;
Grfico contendo a relao carga x deslocamento.
Segundo Camapum de Carvalho et al. (2008) as provas de carga estticas so analisadas, na
maioria das vezes, com base no grfico carga x recalque. Quando a ruptura no atingida,
utilizam-se os mtodos de estimativa da capacidade de carga, sendo o de Van der Veen (1953)
citado por Camapum de Carvalho et al. (2008) o mais utilizado. Apesar de quase sempre
sobrestimar a capacidade de carga para os solos do Distrito Federal. Uma maneira de
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O mtodo de anlise de ensaios de provas de carga muitas vezes apresenta curvas com
resultados pouco dispersos e outras vezes apresentam curvas com grande disperso. Isso
reflete a interferncia dos tempos de leitura que podiam ser um pouco maiores ou menores
que o tempo real de estabilizao. Que se deve ao fato de que os intervalos de tempo fixados
para as leituras e as frequentes interferncias das variaes trmicas diria influenciam nas
leituras. Para resolver o problema pode-se trabalhar com o coeficiente de recalque ou de
deslocamento, extrado da parte final linear das curvas de recalque (mm) em funo do tempoem escala logartmica (Figura 2.4a). Obtendo-se ento o grfico mostrado na Figura 2.4b, em
que o primeiro ponto de inflexo corresponderia carga de incio das deformaes plsticas
oriundas da interao fuste-solo. Sabe-se, obviamente, que a interao fuste solo no cessa
com a plastificao do solo, ela apenas passa a um valor residual e ganha carter secundrio
no conjunto de interaes. Essa ideia surgiu da clssica de interpretao dos ensaios deadensamento quanto determinao do coeficiente de adensamento secundrio, com a
diferena de que aqui, se trabalha com o recalque medido em milmetros e no em termos de
deformao especfica ou da variao do ndice de vazios como utilizado naquele caso. No
mtodo proposto, o ponto de encontro do primeiro com o segundo trecho da curva carga x
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Posteriormente ao se realizar provas de carga em solos com manto de intemperismo menos
espesso e maior penetrao da fundao no residual jovem, sentiu-se necessidade de melhor
definir qual seria a capacidade de carga oriunda do atrito lateral e qual seria a proveniente da
capacidade de carga do solo na ponta das fundaes em estaca ou tubulo, ou pelo menos
quando esta comearia a ser mobilizada. Props-se ento analisar os resultados levando-se em
conta a resposta que o solo daria quando mobilizado pela estaca. Nesse sentido, considera-se
que quando se aplica uma determinada carga ao elemento estrutural de fundao, ocorre amobilizao do solo na interface com a fundao o que ocasiona um deslocamento imediato
no contato. Em seguida, ao entrar em equilbrio a interface, comea-se a mobilizar o macio
nas proximidades da estaca, em um processo de consolidao que, no domnio elstico ou
pseudoelstico, principalmente quando o solo encontra-se em condio no saturada,
estabiliza at os trinta minutos de ensaio. Camapum de Carvalho, et al. (2008) consideramcomo divisor entre os dois estgios o tempo de ensaio igual a quatro minutos. Esse intervalo
de tempo correspondente ao recalque imediato pode at eventualmente aumentar com o nvel
de carga e com o aumento da diferena de carga entre dois estgios subsequentes.
Observa-se na Figura 2.4a que at quatro minutos o descolamento abrupto nas curvas carga
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Figura 2.5Recalque imediato acumulado x carga (a) e recalque por adensamento x carga (b)
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A determinao da capacidade de carga in situa partir das provas de carga possibilita no
apenas uma maior segurana para a obra, mas tambm permite verificar a adequabilidade dosmodelos de previso de capacidade de carga. Esta seo apresenta os principais mtodos
empricos utilizados no projeto e dimensionamento de fundaes profundas. Cita-se, ainda, a
possibilidade de se projetar fundaes atravs de mtodos prticos e tericos. Coeficientes
determinados estatisticamente e aplicados ao estabelecimento de um modelo so afetados
pelos procedimentos de ensaio. Segundo Schnaid (2000), a utilizao de mtodos eestimativas da capacidade de carga estabelecidos em condies diferentes, como a
transposio para a Amrica do Sul de mtodos europeus ou americanos baseados em SPT ou
cone, devem ser validados localmente por provas de carga com resultados conclusivos. Outros
pesquisadores ainda afirmam que esta experincia deve ser adotada at mesmo para regies
onde se deseja aplicar tais equaes empricas. Schnaid (2000) destaca alguns aspectos aserem considerados quando da aplicao dos mtodos da correlao direta:
Tipo de estaca
Tipo de solo
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L = espessura de cada camada de solo em metros;
Np = NSPTprximo ponta da estaca; Nm = NSPTpara cada L.
F1 e F2 = so fatores de correo das resistncias de ponta e lateral.
Os valores esto apresentados na Tabela 2.1. As variveis K e so dependentes do tipo de
solo, e os seus valores esto apresentados Na Tabela 2.2.
Tabela 2.1Valores atribudos s variveis F1 e F2 (Veloso & Salamoni apud Schnaid, 2000).
Tabela 2.2Valores atribudos s variveis K e (Schnaid, 2000)
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(2.2)
Onde:
K = coeficiente que relaciona a resistncia de ponta com o valor Np em funo do tipo de
solo.
Os valores determinados experimentalmente esto dispostos na Tabela 2.3. Os valores
atribudos aos coeficientes e (citados apenas em 1996), para os tipos de estacas, esto
apresentados nas Tabelas 2.4 e 2.5.
Tabela 2.3Valores atribudos varivel K (Fonte: Dcourt, 1996)
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2.6-ESTATSTICA
O processamento das informaes reunidas deve-se dar com uso da estatstica. Assis et al.
(2002) diz que a estatstica tem se transformado em um poderoso instrumento em quaisquer
processos que envolvam o estudo da variabilidade. A estatstica pode ser dividida em:
Amostragem e Planejamento de Experimentos
Coleta de dados;
Estatstica descritiva
Organizao, apresentao e sintetizao dos dados;
Estatstica Inferencial
Conjunto de mtodos assumidos em situaes onde existam incertezas
2.6.1-ESTATSTICA DESCRITIVA
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2.6.1.2-HISTOGRAMAS
muito utilizado na representao grfica de dados agrupados em classes. um conjunto de
barras obtidas com a relao entre classes e suas respectivas frequncias de ocorrncia. A Figura
2.8 ilustra um histograma.
Figura 2.8 - Histograma
No eixo horizontal so dispostos os limites das classes segundo as quais os dados foram
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As posies relativas dos quartis do uma noo da assimetria da distribuio. Os
comprimentos das caudas so dados pelas linhas que vo do retngulo aos valores atpicos.
A Figura 2.9 apresenta um exemplo de grficoBox plot.
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Se o grfico resultante mostrar que o conjunto de valores x1 ..., xn e y1 ..., yn formar uma reta
pode-se entender como uma validao emprica da distribuio suposta para os dados e osvalores do intercepto e inclinao dessa reta.
2.6.2-REGRESSO LINEAR
o nome da tcnica de ajuste de um modelo matemtico a um conjunto de dados de diversas
variveis, sendo uma varivel dependente e as demais independentes.
A regresso pode ser simples, quando existe apenas uma varivel independente, ou mltipla,
quando existem mais de uma varivel independente.
2.6.2.1-REGRESSO LINEAR MLTIPLA
A regresso mltipla envolve trs ou mais variveis. Sendo uma nica varivel dependente e
duas ou mais variveis independentes.
A finalidade das variveis independentes adicionais melhorar a capacidade de predio do
modelo.
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importante dizer que enquanto uma regresso simples de duas variveis resulta na equao
de uma reta, um problema de trs variveis implica num plano, e um problema de k variveisimplica em um hiperplano.
2.6.3-CORRELAO
Em geotecnia o interesse em se determinar o valor de uma grandeza partindo-se de outra
muito grande. Seja por que esta apresenta facilidade na medida ou porque antecede no tempo.Para tanto preciso associar grandezas que se relacionam entre si.
Correlacionar significa verificar a existncia e o grau de relao entre as variveis de um
problema. Quando se trata de duas variveis apenas trata-se de correlao simples, quando se
trata de mais de duas variveis trata-se de correlao mltipla. Vrias so as correlaes
possveis, a mais simples a linear. Em todas as modalidades de correlao so possveis trs
situaes bsicas:
Correlao total: Quando as grandezas so perfeitamente correlacionveis
Correlao parcial : Quando o grau de correlao est entre 0 e 1
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2.7.1-DEFINIES
Aronoff (1989) apud Assad (1998) define SIG como um conjunto manual ou computacional
de procedimentos utilizados para armazenar e manipular dados georreferenciados.
Burrought (1986) apud Assad (1998) define SIG como um conjunto poderoso de ferramentas
para coletar, armazenar, recuperar, transformar e visualizar dados sobre o mundo real.
Cowen (1988) apud Assad (1998) define SIG como sendo um sistema de suporte deciso
que integra dados referenciados espacialmente num ambiente de respostas a problemas.
De acordo com Assad (1998) o termo Sistema de Informaes Geogrficas (SIG) se refere a
temas que efetuam tratamentos computacionais a dados geogrficos. O objetivo bsico de um
SIG armazenar a geometria dos objetos geogrficos associados com seus respectivosatributos e as formas de representao grfica dos mesmos e pode ser usado das seguintes
maneiras:
Ferramenta para produo de mapas;
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Os componentes se relacionam em nveis hierrquicos, sendo que a interface define como o
sistema operado e controlado e os demais nveis ocorre o processamento dos dados espaciaise por fim a gerncia do banco de dados.
2.7.3-ANLISE ESPACIAL
O principal objetivo de um SIG fornecer ferramentas computacionais para que seja possvel
a determinao da evoluo espacial de determinado fenmeno, bem como suas inter-relaes. A Figura 2.10 apresenta a arquitetura de um SIG.
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profundidades entre outros. A Figura 2.11 apresenta o nvel do lenol fretico no perodo de
estiagem.
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Figura 2.12 - Variao do NSPTcom a profundidade (Alves, 2009).
Com base no modelo desenvolvido e em critrios de engenharia Alves (2009) elaborou uma carta
de adequabilidade construo de garagens subterrneas apresentada na Figura 2.13.
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2.8.2-MANAUS - BRASIL
Dentre os vrios produtos cartogrficos gerados se destacam aqueles que apresentam as
condies encontradas do terreno e aqueles que buscam orientar as aes humanas no que se
refere explorao dos recursos naturais e disposio de resduos.
As Figuras 2.14, 2.15 e 2.16 apresentam as cartas de uso e cobertura do solo, unidades e
adequabilidade para deposio de resduos respectivamente.
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2.8.3-ROMA - ITLIA
Com o Modelo Integrado do Subsolo foram gerados vrios produtos, se destacam os perfis
das regies dos principais vales da cidade, onde foram identificados vrios depsitos
sedimentares. A Figura 2.17 mostra alguns depsitos sedimentares na regio do Vale
delAlmone, indicados em vermelho e laranja.
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Figura 2.18 - Recalque diferencial observado entre edifcios residenciais (Raspa et al., 2008).
2.8.4-LAULANE - MOAMBIQUE
Abel (2002) identificou no terreno nveis com carapaas de ferro que resultam em variaes
bruscas e pontuais da resistncia do solo com a profundidade. A partir das sondagens do tipo
SPT associadas aos ensaios de laboratrio o autor conseguiu desenvolver uma correlao
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A Equao 2.6 sintetiza o modelo apresentado pela Figura 2.20.
(2.6)
As anlises estatsticas permitiram a criao de um modelo capaz de apontar os valores
mdios de ngulo de atrito e coeso para uma dada profundidade, bem como a variao
esperada para estes valores.
A Tabela 2.7 mostra os valores mdios de coeso e ngulo de atrito com suas respectivas
variaes para as profundidades de 3, 6 e 9 m.
Tabela 2.7 - Valores mdios para coeso e ngulo de atrito (Abel,2002)
Na presente dissertao esperava-se obter correlaes semelhantes s apresentadas por Abel
(2002), especializando dados geotcnicos e compatibilizando-os com perfis de sondagens.
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3-MATERIAIS E MTODOS
Este captulo descreve os materiais e mtodos utilizados na confeco do trabalho,
apresentando as observaes pertinentes ao entendimento do desenvolvimento do mesmo.
3.1-MATERIAIS
Para a confeco do trabalho foi necessria a aquisio, a organizao, o tratamento e o
processamento de dados.
Os dados utilizados so provenientes de trs fontes distintas: laboratrio de geotecnia da UnB,
relatrios de sondagens e provas de carga alm de publicaes cientficas.
A Figura 3.1 apresenta a distribuio dos dados de acordo com a sua origem.
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3.1.1.1-TRATAMENTO ESTATSTICO
O tratamento de dados ocorreu com a ajuda do pacote estatstico do Excel associado com o
software PASW. Utilizados convenientemente de acordo com as melhores aplicaes de
cada um, bem como do grau de complexidade requerido.
3.1.1.2-PROCESSAMENTO
O processamento dos dados permitiu a gerao de cada um dos modelos, bem como dosprodutos finais deles derivados. A gerao dos modelos se deu pelo uso do pacote estatstico
do Excel. Os produtos finais foram gerados com a ajuda dosoftware Spring.
3.2-MTODOS
A elaborao dos modelos e dos produtos finais demandou a adoo de uma srie de
procedimentos, passando pela coleta, organizao, tratamento e processamento de dados.
3.2.1-LABORATRIO DE GEOTECNIA
O Laboratrio de Geotecnia da Universidade de Braslia concentra quase que a totalidade dos
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Os dados coletados no se encontravam organizados de uma forma sistematizada, por vezes
no havia data, local ou profundidade de coleta das amostras. Por este motivo muitasinformaes no puderam ser aproveitadas e foram reservadas para trabalhos futuros onde as
mesmas possam ser utilizadas.
Foram encontrados 113 registros que continham informaes sobre a localizao dos locais de
extrao e coleta associadas resultados de caracterizao e demais atributos tais como
parmetros de resistncia.
3.2.1.2-ORGANIZAO
O potencial de utilizao do banco de dados depende, em grande parte, de sua organizao.
Com o intuito de otimizar o banco de dados foram dispensadas todas as informaes que nopoderiam ser correlacionadas com as demais, restando aquelas que apresentam localizao ou
atributos relativos s suas caractersticas, como textura ou cor, associados aos parmetros
geotcnicos.
As informaes selecionadas foram subdivididas de acordo com sua natureza, como mostra a
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Tabela 3.1 - Excerto da categoria objeto caracterizao.
HRBp -Highway Research Board onde p indica a profundidade.
Tabela 3.2 - Excerto da categoria objeto resistncia.
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Na Tabela 3.1 tm-se os atributos de classificao HRB (Highway Research Board) e SUCS
(Sistema Unificado de Classificao de Solos) at a profundidade de 12 m. Na Tabela 3.2tem-se a coeso e o ngulo de atrito, naturais e saturados, para profundidades de at 12m. Na
Tabela 3.3 tm-se os ndices de compressibilidade e as tenses de pr-adensamento para
profundidades de at 12m.
3.2.1.3-TRATAMENTO ESTATSTICO E PROCESSAMENTO
Amostras de cada categoria objeto foram submetidas a processos de estatstica descritiva,
objetivando verificar a ocorrncia ou no de subpopulaes dentro das unidades amostrais
escolhidas. Os resultados so apresentados no captulo 4.
Aps a verificao estatstica das amostras, procedeu-se com o desenvolvimento dos modelos,
obtidos por regresso linear mltipla.
Para a escolha dos atributos que comporiam cada modelo utilizou-se um processo de tentativa
e erro, onde se inicia a regresso com todos os atributos disponveis e se excluem
gradualmente aqueles que pouco influenciam na acurcia do modelo.
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A Figura 3.3 apresenta como foram subdivididos os dados desta fonte de informaes.
Figura 3.3 - Subdiviso dos dados oriundos de publicaes cientficas.
Apesar do nmero de publicaes pouco se pode aproveitar neste trabalho, uma vez que os
dados apresentados so ora muito especficos ora muito generalistas o que demandaria, para
seu aproveitamento, muito tempo de leitura e anlise.
Como se dispe de outras fontes de informao optou-se por agregar ao banco de dados
apenas os dados que se encaixassem diretamente nos moldes j criados. Dessa forma, as
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Figura 3.4 - Quantidade de informaes disponveis de acordo com sua natureza.
3.2.3.2-ORGANIZAO
Procurou-se seguir a mesma metodologia empregada para os dados de laboratrio,
considerando, obviamente, as particularidades das informaes provenientes das empresas.
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Tabela 3.6 - Sistema de informao geogrficoatrito unitrio lateral.
PontaResistncia ltima de ponta (kN); LateralResistncia ltima do fuste (kN); Trup
Tenso de ruptura do solo (kPa); 1Profundidade da informao.
A Figura 3.5 apresenta a subdiviso destes dados.
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determinao dos valores de tenso de ruptura para todas as profundidades. A Tabela 3.7
ilustra o processo.
A transformao da capacidade de carga do fuste para atrito unitrio lateral demandou a utilizao
das equaes empricas para previso da mesma atravs de dados de sondagens do tipo SPT,
mtodo proposto por Aoki-Veloso.
Aps a obteno dos dados previstos de capacidade de carga do fuste comparou-os com os valoresobtidos no ensaio de prova de carga esttico e os corrigiu. Dessa maneira, e utilizando a geometria
da estaca, obtiveram-se os valores de atrito unitrio lateral metro a metro para aquele solo e
aquele tipo de estaca. A Tabela 3.8 ilustra o processo.
Com base nos dados fornecidos por estas transformaes procedeu-se com as anlises de
estatstica descritiva de modo a verificar a existncia de subpopulaes.
Aps a determinao e o agrupamento das subpopulaes existentes procedeu-se com a
elaborao dos modelos geomecnicos atravs de regresses lineares mltiplas. A Tabela 3.9
apresenta um excerto dos dados utilizados na elaborao destes modelos.
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Tabela 3.8 - Excerto do processo de obteno dos fatores de atrito lateral.
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4-RESULTADOS E ANLISES
Este captulo apresenta os resultados obtidos na elaborao do trabalho. Aps a apresentao
da situao geolgica regional so apresentados os modelos gerados na dissertao e os
resultados que levaram aos mesmos, sendo eles: as anlises exploratrias dos dados, as
regresses lineares e por fim a avaliao e a validao dos modelos.
4.1-
CONDIES DO MEIO FSICO
Este item tem como objetivo apresentar as principais caractersticas geolgicas do Distrito
Federal, permitindo, desse modo, um ponto de partida para as anlises desenvolvidas sobre os
resultados obtidos.
4.1.1-
ASPECTOS GERAIS
As sequncias de rochas do Distrito Federal localizam-se entre o Crton do So Francisco e o
Macio Mediano de Gois, tendo como limites os paralelos 1530 e 1603 e os meridianos
4725 e 4812 totalizando uma rea de 5814 km (Faria, 1995).
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4.1.2-SITUAO GEOLGICA
O Distrito federal est localizado, do ponto de vista geolgico-estrutural, na parte central da
placa Sul Americana, em uma regio de formao tectnica denominada Faixa de Braslia,
que regionalmente compe a Provncia Estrutural do Tocantins (Bizzi et al, 2003).
A Faixa Braslia representa uma unidade geotectnica instalada entre a borda oeste do Crton
do So Francisco e a borda leste do Macio de Gois, sobre um embasamento constitudo porterrenos granito-greenstone-gnissico arqueno e supra-crustais paleoproterozicas.
Juntamente com o Macio de Gois e a Faixa de Dobramentos Paraguai-Araguaia constitui a
Provncia Estrutural do Tocantins.
A Figura 4.1 apresenta a Provncia Estrutural do Tocantins.
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entre o Crton do Amazonas, oeste, So Francisco, leste, e Paranapanema sudoeste
(Bizzi et al, 2003).
A Faixa Braslia se situa na poro oriental da Provncia, apresenta uma extenso de cerca de
1000 km na direo Norte-Sul desde o estado do Tocantins at o Estado de Minas Gerais.
Caracteriza-se pelas associaes de rochas metassedimentares a rochas
metavulcanossedimentares deformadas em regime progressivo e formando sistemas de dobras
empurres e imbricamentos.
Pimentel e Fuck apud Bizzi et al., 2003 identificaram na Faixa de Braslia dois segmentos
distintos, zonas internas e externas, que se diferenciam pela intensidade deformacional a que
foram submetidos e por apresentarem polaridade metamrfica crescente em direo zona
interna da faixa.
A zona externa formada por associaes de rochas metassedimentares dos grupos Parano,
Canastra, enquanto que a zona interna compreende rochas metassedimentares do grupo Arax.
A poro central da faixa transposta transversalmente por um sistema de zonas de
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4.1.3.1-GRUPO PARANO
O Grupo Parano corresponde a uma sequncia psamo-pelito-carbonatada que se estende
desde o Distrito Federal, a sul, at prximo da confluncia dos rios Paran e Tocantins no
Estado de Gois (Freitas-Silva; Campos, 1996).
O Grupo Parano apresenta-se em duas situaes, a primeira em zonas externas, anis, e a
segunda em zonas internas, evidenciando notveis variaes laterais de fcies de leste para
oeste. Na zona externa da Faixa Braslia, compreendendo a regio do Distrito Federal at Alto
Paraso de Gois, caracteriza-se pelo seu carter anquimetamrfico (metamorfismo de grau
extremamente baixo) at incio da fcies xisto verde, englobando como litotipos
caractersticos conglomerados, ardsias, metarritmitos, calcrios e dolomitos onde, em geral,
as feies sedimentares primrias esto bem preservadas.
Na zona interna da Faixa Braslia o grupo apresenta-se mais metamrfico e deformado,
caracterizando-se pela presena de filitos carbonosos, quartzitos, metacalcrios e
metadolomitos. A Figura 4.3 apresenta o perfil lito estratigrfico do Distrito Federal.
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Os topos de chapadas so representados por chapadas, chapades e interflvios tabulares e
considerada a estrutura mais antiga. Sua origem remonta ciclos de eroso, com caractersticade clima seco, em que predominaram processos de desagregao de rochas.
As superfcies tabulares apresentam uma ruptura ntida, que aparece na paisagem sob a forma
de degraus. Ocupa uma extensa rea, com cotas que variam de 950 a 1100 m. Predominam
chapadas, chapades e interflvios tabulares cobertos por materiais oriundos das reas mais
altas. neste domnio que esto edificadas a maior parte das construes do Distrito Federal,
incluindo Braslia.
Os degraus estruturais se apresentam como rupturas de relevos, se situam entre as cotas 1050
e 1200 m. Essas reas so caractersticas por delimitar as principais unidades
geomorfolgicas.
As plancies fluviais correspondem s reas mais baixas e de formao mais recentes. O
relevo apresenta formas planas elaboradas sobre sedimentos fluviais. As plancies fluviais
apresentam-se justapostas ao fluxo dos rios.
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4.1.5-PEDOLOGIA
So vrios os solos que compem o Distrito Federal, entre eles se destacam os latossolos,
cambissolos e solos hidromrficos. A seguir ser feita uma descrio de cada um dos
principais tipos encontrados. A Figura 4.5 apresenta o mapa pedolgico do Distrito Federal.
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4.1.5.1-LATOSSOLOS
Os latossolos predominam na regio e ocupam 54,5 % do territrio e se divide em latossolo
vermelho, com 38,9 % da rea, e latossolo vermelho-amarelo, com 15,6 % da rea (Reatto et
al. 2004).
So solos com alto grau de intemperismo, resultantes de processos de remoo de slica e
bases trocveis, culminando na concentrao de minerais secundrios do grupo da caulinita,
xidos, hidrxidos e oxi-hridrxidos de Fe e Al como a hematita goethita, gibisita e outros. O
quartzo, graas sua resistncia ao intemperismo se mantm como mineral residual primrio
nos perfis de alterao.
Os latossolos so encontrados, em maior grau, nas chapadas. O relevo suave ondulado
favorece a atuao do intemperismo, na primeira superfcie geomorfolgica, mais antiga, se
encontram os latossolos mais intemperizados, matriz amarelada e com presena acentuada de
xidos de Fe e Al.
Na segunda superfcie geomorfolgica, mais recente, encontram-se os latossolos menos
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Encontra-se ainda, nas camadas mais superficiais, estrutura do tipo granular moderada a
fortemente desenvolvida. Nas camadas mais profundas, e menos intemperizadas, encontram-se blocos angulares e sub angulares fracamente desenvolvidos.
4.1.5.3-SOLOS HIDROMRFICOS
Ocupam 3,9% do territrio, predomina relevo plano a suave ondulado, caracteriza-se por
apresentar horizonte A bem desenvolvido e estruturas macias no horizonte B.
Ocorrem, geralmente, em torno de drenagens e pequenos crregos associados ao afloramento
do lenol fretico e presena de mata galeria.
O desenvolvimento deste tipo de solo est diretamente ligado s condies de drenagem, uma
vez que ocorre sob a influncia do lenol fretico, condicionado, quase sempre, pelo relevo.
Encontra-se, quase sempre, presena marcante de matria orgnica nos primeiros 50 cm dos
perfis. Apresentam permeabilidade muito baixa, entretanto quando submetidos processo de
drenagem ocorre o fenmeno da subsidncia.
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Considerando a espessura e a permeabilidade do solo que constitui estes aquferos, divide-se o
domnio em 4 grandes sistemas (P1, P2, P3, P4). Os sistemas P1, P2 e P3 apresentam grandesespessuras e coeficiente de permeabilidade elevado, mdio e baixo, respectivamente. O
sistema P4 apresenta pequena espessura e baixa condutividade hidrulica.
A Figura 4.6 apresenta as subdivises do domnio poroso.
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O sistema P1, pedologicamente, classificado como latossolos de textura arenosa ou em reas
mais restritas, como areias quartzosas. Neste sistema esto localizadas as mais importantesreas de recarga regionais dos aquferos fraturados. A regio de distribuio dos aquferos do
Sistema P1 apresenta pequenas taxas de declividades, sendo em geral inferiores a 5% e,
localmente, entre 5 e 10%. As formas de relevo de chapadas elevadas, suavemente onduladas,
so predominantes. Ensaios de infiltrao in situ apresentaram valores de condutividade da
ordem de 10-5
a 10-6
m/s. Estes solos apresentam alta taxa de colapsividade.
O sistema P2, pedologicamente, classificado como latossolos arenosos a siltosos. Os valores
de Condutividade hidrulica variam na ordem de grandeza de 10 -7a 10-8m/s.
O sistema P3, pedologicamente, classificado como latossolo vermelho argiloso e localmente
como cambissolo, com espessuras mdias inferiores a 15 metros. Os valores de condutividadehidrulica variam entre 10-8 e 10-9 m/s. Quando os solos apresentam-se ricos em fragmentos
rochosos (quartzitos desagregados) a condutividade hidrulica pode ser incrementada,
melhorando as caractersticas gerais deste sistema aqufero poroso.
O sistema P4 composto por cambissolos litlicos e litossolos rasos com tonalidade variando
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Os parmetros que controlam a permeabilidade esto ligados quantidade e persistncia de
fraturas e descontinuidades e no mais ao coeficiente de permeabilidade. A vazo destespoos est ligada ao tipo de rocha, nas rochas quartzosas a vazo tende a ser maior que em
metassiltitos e ardsias.
O subsistema S/A composto pelas litologias pertencentes Unidade Metassiltito, representa
um subsistema importante, pois est situado em reas com grande densidade de ocupao
urbana, sendo aproveitado como fonte alternativa de abastecimento. Apresenta mdia de
vazes da ordem de 12.700 L/h.
O subsistema A correspondente maior parte das reas de afloramentos da Unidade Ardsia.
Este subsistema apresenta densidade de fraturas bastante elevada, mas com acomodao,
devido s presses litostticas, apresentando, por este motivo as menores vazes mdias, daordem de 4.300 L/h.
O subsistema R3/Q3 apresenta grande distribuio das descontinuidades por todo o macio
rochoso. Este subsistema aqufero apresenta importncia hidrogeolgica relativa local muito
alta, com mdia de vazes de 12.200 L/h. Contribuem com 25% do abastecimento pblico do
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NSPT
A Figura 4.8 apresenta o histograma com linha de tendncia para os valores de NSPTdo grupogeral.
A avaliao da curva de distribuio normal apresentada na Figura 4.1 sugere a existncia de
dois ou at mesmo trs grupos distintos.
O fato observado est muito bem relacionado com a realidade do subsolo do Distrito Federal.
Este normalmente apresenta uma camada espessa de solo argiloso onde os valores de NSPTso
relativamente baixos e pouco varivel seguida por uma camada de solo saproltico, mais
resistente e com NSPTmuito varivel.
A camada de saprlito ainda pode ser subdividida em duas, uma mais branda, normalmente seapresenta na cor amarela e uma mais resistente, normalmente na cor roxa. Deve-se fazer uma
ressalva a respeito da camada de solo argiloso, esta pode apresentar grande variao nos
valores de NSPTquando ocorrem camadas de concrees laterticas.
A Figura 4.9 apresenta o grfico Box plotpara o os valores de NSPTdeste grupo. Este grfico
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Figura 4.9 - Grfico do tipoBox plotpara valores de NSPTGrupo Geral.
Coeso Natural
Em relao aos parmetros, foram avaliados a coeso e o ngulo de atrito j que so
considerados os principais alvos deste trabalho. As Figuras 4.10 e 4.11 apresentam,
respectivamente, o histograma com curva de distribuio normal e o grfico do tipo Box plot
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Figura 4.10 - Histograma para os valores de coeso naturalGrupo Geral.
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Figura 4.12 - Histograma para os valores de ngulo de atrito naturalGrupo Geral.
A avaliao deste grfico permite afirmar que existe uma tendncia de distribuio normal
alm de uma forte tendncia de concentrao de valores em torno da mdia (28).
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As anlises exploratrias foram realizadas com o objetivo de identificar possveis
subpopulaes dentro do universo amostral. Outro objetivo foi a avaliao do comportamentoestatstico de cada uma das variveis componentes do banco de dados.
As subpopulaes foram identificadas com base na avaliao criteriosa dos dados do ponto de
vista geotcnico luz da estatstica descritiva.
Do ponto de vista geotcnico tm-se notadamente ao menos duas populaes distintas, aprimeira composta por solos predominantemente argilosos e a segunda composta por solos
silto-arenosos.
A confirmao da existncia subpopulaes foi realizada com base na avaliao de
histogramas para os principais parmetros e propriedades, sendo eles: NSPT, coeso e ngulo
de atrito.
Esta etapa de trabalho permitiu inferir que, do ponto de vista estatstico, o universo amostral
poderia ser compreendido como uma unidade, enquanto que, sob o ponto de vista geotcnico,
existem nitidamente ao menos os dois subgrupos j citados. Adotou-se a diviso em dois
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4.2.2.1-CARACTERIZAO
Nos boletins de sondagem este tipo de solo normalmente descrito como argiloso e seapresenta, na maioria das vezes, com colorao avermelhada e textura variando entre fina e
mdia. A Tabela 4.1 apresenta os dados selecionados para o desenvolvimento dos modelos.
Observa-se que os percentuais de argila e silte, em alguns momentos, destoam da
classificao estipulada, isso se deve ao fato de ter-se escolhido a classificao mencionada
nos boletins de sondagem. Os percentuais de argila e silte se referem a ensaios de
granulometria com o uso de defloculante.
A Tabela 4.1 relaciona a classificao obtida nos boletins de sondagem, juntamente com a
profundidade e o NSPT, com os atributos encontrados em laboratrio: percentual de argila e
silte, ndice de vazios, limite de liquidez, ndice de plasticidade, peso especfico real dos grosalm dos parmetros de resistncia: coeso e ngulo de atrito nas condies de umidade
natural e saturado.
Deve-se ressaltar que a ligao entre os dados de laboratrio e sondagem so a proximidade
fsica entre os pontos de coletas Ambos foram coletados em um raio inferior a 500m
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Tabela 4.1 - Dados utilizados na elaborao dos modelos de laboratrio para solos porosos laterticos
superficiais.
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Tabela 4.2 - Descrio estatstica dos dados utilizados na elaborao dos modelos de laboratrio para solos
porosos laterticos superficiais.
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Figura 4.14 - Histograma para os valores de NSPTSolos porosos laterticos superficiais.
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Coeso natural
A Figura 4.16 apresenta o histograma com curva de distribuio normal para o parmetro de
coeso natural (cn).
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Figura 4.17 - Grfico do tipoBox plotpara valores de coeso natural (kPa)Solos porosos laterticos
superficiais.
ngulo de atrito natural
As Figura 4 18 e 4 19 apresentam respectivamente o histograma com curva de distribuio
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Figura 4.18 - Histograma para os valores de ngulo de atrito naturalSolos porosos laterticos superficiais.
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Tabela 4.3 - Correlao entre os principais parmetrossolos porosos laterticos superficiais.
Correlao forte r2>0,7Correlao marcante 0,4
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4.2.2.4-REGRESSO LINEAR
A partir da definio e diviso dos grupos de amostras a serem trabalhados determinou-se asmelhores associaes entre os atributos envolvidos. Essas associaes foram utilizadas para
quais variveis comporiam cada modelo, alm de auxiliar no preenchimento de dados
ausentes.
Na determinao da relao entre wLe IP utilizaram-se os dados apresentados na Tabela 4.4.
Tabela 4.4 - Dados utilizados na relao entre wL e IP.
Na determinao da relao entre wL e NSPT utilizaram-se os dados apresentados na Tabela
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Tabela 4.6 - Dados utilizados na relao entre s e wL.
Na previso de cn (coeso natural) utilizaram-se os dados apresentados na Tabela 4.7.
Tabela 4.7 - Dados utilizados na relao previso de cn a partir de profundidade, NSPT, ndice de vazios e wL.
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Tabela 4.8 - Dados utilizados na determinao da relao entre NSPTe a profundidade, WL, Gs e n.
4.2.2.5-MODELOS
Dos vrios produtos criados e da grande quantidade de relaes possveis so apresentadas
apenas aquelas que so alvo de grande interesse de pesquisadores projetistas e executores em
geotecnia.
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Nota-se uma excelente relao entre os dois atributos, com uma inclinao da reta prxima ao
valor terico perfeito (1,0).
Figura 4.20 - Relao obtida entre o ndice de plasticidade medido pela Equao 4.1 e previsto.
Inserindo os dados obtidos na Carta de Plasticidade de Casa Grande temos a classificao do
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Figura 4.21 - Classificao das amostras a partir da Carta de Plasticidade de Casa Grande.
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Figura 4.22 - Relao obtida entre o ndice de plasticidade medido pela Equao 4.2 e previsto.
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Figura 4.23 - Relao obtida entre o limite de liquidez e o NSPTpela Equao 4.3.
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Figura 4.24 - Variao entre ngulo de atrito natural em funo do NSPT.
Relao entre Coeso Natural, Profundidade, ndice de Vazios, NSPT e wL
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Figura 4.25 - Relao entre valores de coeso natural medidos pela Equao 4.4 e previstos.
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Figura 4.26 - Relao entre valores de NSPT medidos pela Equao 4.5 e previstos.
4.2.2.6-VALIDAO
Como j mencionado, os modelos criados foram submetidos ao processo de validao. Em
relao aos modelos criados a partir dos dados de laboratrio buscou-se prever os atributos de
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Figura 4.27 - Relao entre Limite de Liquidez e NSPT medida pela Equao 4.3 e prevista.
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4.2.3-SOLOS SILTO-ARENOSOS
A experincia local aponta para a existncia de uma camada de transio imediatamenteabaixo das camadas argilosas. Tal camada tem se mostrado muito importante para a
engenharia civil, especialmente para a engenharia de fundaes, pois sobre ela que se
assentam a maioria das fundaes profundas.
Deste modo buscou-se a criao de um grupo especfico para os solos silto-arenosos.
Infelizmente, os dados registrados nas planilhas de ensaio de campo no apresentavam, em
sua maioria, descries bsicas do solo, como a cor. Este fato impossibilitou a descrio mais
detalhada deste tipo de solo.
4.2.3.1-CARACTERIZAO
Nos boletins de sondagens as referncias a este tipo de solo remontam a uma textura mdia
com colorao muito variada, desde o branco, passando pelo amarelo at o roxo.
A Tabela 4.9 apresenta os dados utilizados no processo de elaborao dos modelos para os
solos silto-arenosos.
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Tabela 4.9 - Dados utilizados na confeco dos modelos de laboratrio para solos silto-arenosos
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Tabela 4.10 - Descrio estatstica dos dados utilizados na elaborao dos modelos de laboratrio para solos
silto-arenosos.
4.2.3.2-ANLISE EXPLORATRIA
Neste item so apresentadas as anlises exploratrias realizadas para os solos silto-arenosos.
Coeso natural
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A avaliao do histograma permite afirmar que os valores para o respectivo parmetro se
apresentam em forma de distribuio normal, no permitindo a inferncia