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GUILHERME CANUTO DA SILVA MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO AUTOMOTIVO E DIRETRIZES PARA SELEÇÃO DE PROTÓTIPOS VIRTUAIS E FÍSICOS São Paulo 2013

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GUILHERME CANUTO DA SILVA

MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO AUTOMOTIVO E DIRETRIZES

PARA SELEÇÃO DE PROTÓTIPOS VIRTUAIS E FÍSICOS

São Paulo

2013

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II

GUILHERME CANUTO DA SILVA

MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO AUTOMOTIVO E DIRETRIZES

PARA SELEÇÃO DE PROTÓTIPOS VIRTUAIS E FÍSICOS

Tese apresentada à Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo para

obtenção do título de Doutor em

Engenharia

Área de concentração:

Engenharia Mecânica

Orientador:

Prof. Dr. Paulo Carlos Kaminski

São Paulo

2013

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III

Este exemplar foi revisado e corrigido em relação à versão original, sob

responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.

São Paulo, de outubro de 2013.

Assinatura do autor ____________________________

Assinatura do orientador _______________________

FICHA CATALOGRÁFICA

Silva, Guilherme Canuto da

Modelo de referência para o processo de desenvolvimento do produto automotivo e diretrizes para seleção de protótipos virtuais e físicos / G.C. da Silva. -- versão corr. -- São Paulo, 2013.

255 p.

Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Mecânica.

1.Desenvolvimento de produtos 2.Engenharia automotiva 3.Projeto automotivo 4.Protótipos I.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia Mecânica II.t.

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IV

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer meu orientador Prof. Dr. Paulo Carlos Kaminski pela dedicação e

contribuições irrestritas para realização desta tese.

Ao Prof. Dr. Marcos de Sales Guerra Tsuzuki, ao Prof. Dr. Eduardo de Senzi Zancul,

e ao Prof. Dr. Daniel Capaldo Amaral, pelas contribuições fornecidas para aprimorar

o texto desta tese.

Ao Prof. Dr.-Ing. Reiner Anderl, por permitir a realização de parte desta pesquisa no

departamento de Datenverarbeitung in der Konstruktion (Dik), da Technische Universität

Darmstadt na Alemanha.

Ao Prof. Dr.-Ing. Klaus Schützer, a sua esposa Darlene, ao amigo Joselito Henriques e

a sua esposa Raquel, por todo o suporte e auxilio prestados durante minha estadia na

Alemanha.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela

bolsa de doutorado.

Ao Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD), por fornecer parte do subsídio

necessário para minha estadia na Alemanha.

Aos professores integrantes, e aos colaboradores do Centro de Engenharia

Automotiva da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (CEA), pelo suporte

e apoio para a realização das pesquisas de campo.

Aos alunos de iniciação científica, pelo auxilio no desenvolvimento de tópicos

específicos desta tese.

A minha esposa Kátia pela ajuda, paciência e apoio incondicionais.

Aos meus pais, familiares e amigos, que direta ou indiretamente contribuíram para a

realização desta tese.

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V

In der Mitte von Schwierigkeiten liegen die Möglichkeiten. Albert Einstein.

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VI

RESUMO

O processo de desenvolvimento de produtos (PDP) é formado por um conjunto de

atividades organizadas e interativas com o propósito de se planejar, desenvolver e

fabricar um produto que seja técnico e economicamente viável, além de ser atrativo e

atender, quando possível, todas as expectativas dos usuários. Para que tais

atividades sejam realizadas e concluídas faz-se o uso de ferramentas de auxílio ao

PDP. Entre estas ferramentas estão os protótipos virtuais e os protótipos físicos. A

utilização de protótipos virtuais e físicos no PDP traz maturidade ao projeto, reduz

as incertezas, e auxilia na conservação do fluxo de informação durante todo projeto,

desenvolvimento, implementação e operação da unidade fabril. Desta forma

diferentes protótipos são utilizados para diferentes necessidades, de modo que o

desenvolvimento do produto seja concluído e, em paralelo, se inicie o projeto do

processo de fabricação. Esta tese apresenta o desenvolvimento de um modelo de

referência específico para o processo de desenvolvimento do produto automotivo,

denominado de PDP-Automotivo. A partir deste modelo de referência, um conjunto

de diretrizes para a seleção de protótipos virtuais e físicos é proposto. O

PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo

profissionais pertencentes à montadoras, autopeças e empresas de projeto

automotivo. As diretrizes também foram analisadas e validadas por profissionais

atuantes no setor automotivo.

Palavras-chave: modelo de referência. PDP-Automotivo. Protótipo virtual. Protótipo

físico. Diretrizes. Montadoras.

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VII

ABSTRACT

The product development process (PDP) consists of a set of organized and interactive

activities aiming to plan, develop and manufacture a technically and economically

feasible product. Moreover, this product is intended to be attractive and, when

possible, meet all users’ expectations. PDP-aiding tools, such as virtual prototypes

and physical prototypes, are used in order to perform and complete these activities.

The use of virtual prototypes and physical prototypes in PDP brings maturity to the

design, reduces uncertainties and helps to maintain the information flow during the

design, development, implementation and operation of the manufacturing unit.

Therefore, different prototypes are used to meet distinct needs allowing the

achievement of the product’s development process simultaneously to the start of the

manufacturing process design. This doctoral study presents the development of a

reference model specific for the automotive product development process, named

Automotive PDP. A set of guidelines for the selection of virtual and physical

prototypes is proposed from this reference model. Automotive PDP was validated by

a field research involving professional members from automakers, auto parts and

automotive design companies. The guidelines were also analyzed and validated by

professional individuals from the automotive sector.

Keywords: reference model. Automotive PDP. Virtual prototype. Physical prototype.

Guidelines. Automakers.

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VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 Esquematização do conceito ............................................................................. 06

Figura 1.2 Associação das nomenclaturas sistemas; técnicas/tecnologias;

software/programas e máquinas para protótipos virtuais ............................................... 08

Figura 1.3 Associação das nomenclaturas sistemas; técnicas/tecnologias;

software/programas e máquinas para protótipos físicos ................................................. 09

Figura 1.4 Estruturação da tese ........................................................................................... 17

Figura 2.1 Modelo geral de desenvolvimento de um projeto ......................................... 19

Figura 2.2 Diretrizes para o projeto e o desenvolvimento de produtos e sistemas ..... 21

Figura 2.3 Cronograma de planejamento da qualidade do produto ........................... 22

Figura 2.4 Exemplo de espiral de projeto......................................................................... 24

Figura 2.5 Os quatro domínios de acordo com o conceito de projeto axiomático ..... 25

Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP ............................................... 26

Figura 2.7 O processo de desenvolvimento de produtos .............................................. 26

Figura 2.8 Representação de gates técnicos e gerenciais no PDP .................................. 27

Figura 2.9 Visão geral do PDP da montadora asiática ................................................... 30

Figura 2.10 Organograma básico da montadora asiática ................................................ 32

Figura 2.11 PDP da montadora europeia ........................................................................... 33

Figura 2.12 Digital mock-up automotivo ............................................................................. 35

Figura 2.13 Organograma básico da montadora europeia .............................................. 38

Figura 2.14 PDP da montadora americana ........................................................................ 39

Figura 2.15 Organograma básico da montadora americana ........................................... 44

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IX

Figura 3.1 Sistemas computacionais no PDP ................................................................... 55

Figura 3.2 Subdivisão para os sistemas CAD .................................................................. 56

Figura 3.3 Visualização de um modelo em fio de arame: A) estruturas para

acondicionar a matéria prima. B) bancadas de trabalho. C) trabalhadores .................. 57

Figura 3.4 Visualização de um modelo de superfícies ..................................................... 57

Figura 3.5 Visualização de um modelo sólido .................................................................. 58

Figura 3.6 Processo de formulação, análise e solução de problemas de engenharia . 59

Figura 3.7 Exemplos de malha estruturada (a) e não estruturada (b) ......................... 61

Figura 3.8 Relação entre nós e coordenadas nos modelos físico e lógico .................... 62

Figura 3.9 Abordagem do método das diferenças finitas .............................................. 64

Figura 3.10 Abordagem do método dos elementos finitos .............................................. 66

Figura 3.11 Exemplos de elementos utilizados em (a) uma, (b) duas e (c) três

dimensões ............................................................................................................................... 66

Figura 3.12 Visão holística do sistema FD ......................................................................... 70

Figura 3.13 Princípio de funcionamento do sistema composto de RV .......................... 73

Figura 3.14 Visualização do exterior do modelo virtual de um automóvel ................. 74

Figura 4.1 Princípio da técnica/tecnologia SLA ............................................................... 81

Figura 4.2 Princípio da técnica/tecnologia LOM ............................................................. 82

Figura 4.3 Princípio da técnica/tecnologia SLS ................................................................ 83

Figura 4.4 Princípio da técnica/tecnologia FDM .............................................................. 84

Figura 4.5 Princípio da técnica/tecnologia 3DP ............................................................. 85

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X

Figura 4.6 (A) Modelo padrão em SLA. (B) Colocação do modelo padrão no

recipiente, e deposição do silicone. (C). Cura do silicone. (D) Remoção do modelo

padrão e conclusão do molde em silicone ......................................................................... 88

Figura 4.7 Princípios da 3D KelTool™.............................................................................. 89

Figura 4.8 Princípios da DirectAIM™: (A) insertos sólidos; (B) caixa e (C) caixa com

aletas ........................................................................................................................................ 90

Figura 4.9 Princípios do sistema de arrefecimento do molde na DirectTool™ (A)

arrefecimento convencional. (B) sistema do tipo internal conformal cooling channels ... 91

Figura 4.10 Princípios da Sand Casting. (A) Modelo 1 em CAD. (B) Modelo 2 em

CAD. (C) Molde em areia do modelo 1. (D) Molde do modelo 2 em areia................... 92

Figura 4.11 Princípios da usinagem CNC ......................................................................... 95

Figura 4.12 Protótipo físico de um objeto genérico fabricado em HSM. (A) geometria

3D. (B) protótipo físico concluído ........................................................................................ 96

Figura 4.13 Princípio da Vacuum Bagging. (A) molde construído em CNC. (B) material

de fabricação do protótipo e molde em invólucro. (C) pós-cura do protótipo. (D)

protótipo concluído ............................................................................................................... 97

Figura 5.1 Representação mnemônica do PDP-Automotivo ....................................... 102

Figura 6.1 Procedimento para utilização das diretrizes ................................................ 141

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XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.1 Tipos de protótipos e suas aplicações ........................................................... 04

Tabela 2.1 Distribuição da produção de autoveículos por continentes ...................... 28

Tabela 2.2 Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos ............................................................................................................................ 45

Tabela 2.3 Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as estruturas dos modelos de PDP ...................................................... 47

Tabela 2.4 Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as fases do PDP ...................................................................................... 48

Tabela 2.5 Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as atividades do PDP ............................................................................ 49

Tabela 2.6 Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as estruturas organizacionais básicas do PDP .................................. 50

Tabela 3.1 Vantagens (V) e desvantagens (D) entre as malhas estruturada e não

estruturada.............................................................................................................................. 62

Tabela 3.2 Algumas características dos métodos das diferenças finitas, dos volumes

finitos e dos elementos finitos .............................................................................................. 68

Tabela 3.3 Abordagem da literatura para Fábrica Digital (FD) .................................... 71

Tabela 3.4 Exemplos de software CAD/CAE e seus respectivos métodos numéricos

.................................................................................................................................................. 75

Tabela 4.1 Síntese das principais técnicas/tecnologias de prototipagem

rápida (PR) .............................................................................................................................. 86

Tabela 4.2 Síntese das principais técnicas/tecnologias de ferramental rápido (FR) .. 94

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XII

Tabela 4.3 Síntese das principais técnicas/tecnologias de remoção de material

(RM) ......................................................................................................................................... 99

Tabela 5.1 Principais atividades da macrofase da estratégia do produto ................ 104

Tabela 5.2 Principais atividades da macrofase de desenvolvimento do produto e do

processo ................................................................................................................................. 110

Tabela 5.3 Principais atividades da macrofase de produção e melhoria contínua

................................................................................................................................................ 113

Tabela 5.4 Distribuição dos respondentes de acordo os subgrupos .......................... 117

Tabela 5.5 Distribuição dos respondentes de acordo com a ocupação profissional 118

Tabela 5.6 Questionários válidos e questionários não válidos .................................... 118

Tabela 5.7 Atividades não diretamente presentes em empresas de autopeças ........ 120

Tabela 5.8 Visão global da organização e distribuição das respostas, para a atividade

(Ia) contida na fase 1: estudo de mercado (EDM) ........................................................... 122

Tabela 5.9 Visão das respostas, para a atividade (Ia) contida na fase 1: estudo de

mercado (EDM) .................................................................................................................... 122

Tabela 5.10 Distribuição da dos resultados para a atividade (Ia) da fase1: estudo

de mercado (EDM) .............................................................................................................. 123

Tabela 5.11 Resultados globais obtidos para o PDP-Automotivo ............................... 124

Tabela 5.12 Resultados globais das macrofases e marcos técnico e gerencial do

PDP-Automotivo ................................................................................................................. 125

Tabela 5.13 Resultados globais das fases contidas na macrofase da estratégia do

produto. ................................................................................................................................. 126

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XIII

Tabela 5.14 Resultados globais das fases contidas na macrofase de desenvolvimento

do produto e do processo ................................................................................................... 127

Tabela 5.15 Resultados globais das fases contidas na macrofase de produção e

melhoria contínua ................................................................................................................ 128

Tabela 5.16 Atividades com médias gerais menor que 4,0 .......................................... 129

Tabela 5.17 Atividades complementares para a macrofase da estratégia do

produto .................................................................................................................................. 130

Tabela 5.18 Atividades válidas para incorporação no PDP-Automotivo ................... 131

Tabela 5.19 Atividades complementares para a macrofase de desenvolvimento do

produto e do processo ......................................................................................................... 132

Tabela 5.20 Atividades válidas para incorporação no PDP-Automotivo ................... 132

Tabela 5.21 Atividades complementares para a macrofase de produção e melhoria

contínua ................................................................................................................................. 132

Tabela 5.22 Atividades não válidas para incorporação no PDP-Automotivo ........... 133

Tabela 5.23 Incorporação das atividades complementares conforme a macrofase e a

fase do PDP-Automotivo .................................................................................................... 134

Tabela 5.24 Incorporação das atividades complementares conforme a macrofase e a

fase do PDP-Automotivo .................................................................................................... 134

Tabela 6.1 Sistemas e técnicas/tecnologias possíveis de serem utilizadas para criação

de protótipos virtuais .......................................................................................................... 138

Tabela 6.2 Sistemas e técnicas/tecnologias possíveis de serem utilizadas para

fabricação de protótipos físicos ......................................................................................... 140

Tabela 6.3 Distribuição das amostras de acordo com os subgrupos ........................... 143

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XIV

Tabela 6.4 Distribuição das amostras de acordo o cargo .............................................. 143

Tabela 6.5 Distribuição dos resultados para as questões 1, 2, 3, 4 e 5 ......................... 144

Tabela 6.6 Comentários, críticas e/ou sugestões sobre o procedimento .................... 145

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XV

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

0S 0 Serie

3D Three Dimensional

APQP Advanced Product Quality Planning

CAD Computer Aided Design

CAE Computer Aided Engineering

CAM Computer Aided Manufacturing

CDP Conceito do Processo

CLG Conceito Logístico

CNC Computer Numeric Control

CSP Conceito do Sistema de Produção

DAR Dimensionamento e Alocação de Recursos

DDC Desenvolvimento do Conceito

DDE Desenvolvimento do Estilo

DDM Desenvolvimento dos Módulos

DDS Descontinuidade da Série

DE/LH1 Designentscheidung/Lastenheft 1

DIC Direct Investiment Casting

DKM Datenkontrollmodell

DKM/LH2 Datenkontrollmodell/Lastenheft 2

DMU Digital Mock-up

EDM Estudo do mercado

EDP Estabilidade do Processo

EDS Estabilidade da Série

EOP End of Production

FDM Fused Deposition Modelling

FR Ferramental Rápido

HSM High-speed Machining

IFE Infraestrutura

IIC Indirect Investment Casting

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XVI

IJP Inkjet Printing

IJP-3D Inkjet Printing-Three Dimensional

IPS Início da Produção Seriada

LDP Lançamento do Produto

LF Launchfreigabe

LH2 Lastenheft 2

MDF Método das Diferenças Finitas

MDM Monitoramento do Mercado

ME Markteinführung

MEF Método dos Elementos Finitos

MFA Modelagem por Fio de Arame

MR Market Review

MSO Modelagem por Sólidos

MSU Modelagem por Superfícies

MVF Método dos Volumes Finitos

NPA Não Paramétrico

PAR Paramétrico

PCO Protótipo Conceito

PD Projektdefinition

PDP Processo de Desenvolvimento de Produtos

PDT Product Development Team

PE Projektentscheidung

PF Protótipo Físico

PFI Protótipo Final

PFU Protótipo Funcional

PGE Protótipo Geométrico

POP Posicionamento do Produto

POS Positionierung

PP Physical Prototyping

PPF Projeto do Processo de Fabricação

PPP Planejamento e Preparação da Produção

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XVII

PPS Produktplanungsstart

PR Prototipagem Rápida

PRP Projeto do Produto

PSP Pré-série de Produção

PTE Protótipo Técnico

PV Protótipo Virtual

PVS Produktionsversuchsserie

RAR Redimensionamento e Alocação de Recursos

RP Rapid Prototyping

RT Rapid Tooling

RTC Redução dos Tempos de Ciclo

RVT Revisão Técnica

SBP Statusbericht Produktplanung

SL Stereolithography

SLS Selective Laser Sintering

SOP Start of Production

SP Strategische Projektvorbereitung

TAP Tecnologia e Automação do Processo

TDI Testes das Instalações

TVF Testes e Validação Final

UP Unidade de Produção

V1PT Virtuellen 1. Prototypen

VDA Verband der Automobilindustrie

VDI Verein Deutscher Ingenieure

VP Virtual Prototyping

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XVIII

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

1.1 Protótipos virtuais e físicos no PDP ............................................................................ 2

1.1.1 Caracterização e padronização das nomenclaturas: ferramentas; sistemas;

técnicas/tecnologias; softwares/programas e máquinas............................................. 4

1.1.2 Protótipo virtual (PV) e seus sistemas; técnicas/tecnologias;

softwares/programas e máquinas .................................................................................... 7

1.1.3 Protótipo físico (PF) e seus sistemas; técnicas/tecnologias; softwares/

programas e máquinas .................................................................................................... 8

1.2 O problema de pesquisa ............................................................................................... 9

1.3 Justificativa da pesquisa .............................................................................................. 10

1.4 Objetivo ......................................................................................................................... 12

1.5 Classificação da pesquisa ............................................................................................ 13

1.5.1 Classificação da pesquisa de acordo com a área de conhecimento ............... 13

1.5.2 Classificação da pesquisa de acordo com a finalidade .................................... 13

1.5.3 Classificação da pesquisa de acordo com o nível de explicação .................... 13

1.5.4 Classificação da pesquisa de acordo com os métodos adotados .................... 14

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XIX

1.6 Estrutura da tese .......................................................................................................... 15

2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS (PDP) ................................ 18

2.1 Referencial teórico ........................................................................................................ 18

2.2 Estudo de caso .............................................................................................................. 28

2.2.1 O processo de desenvolvimento de produtos de uma montadora asiática .. 29

2.2.2 O processo de desenvolvimento de produtos de uma montadora europeia 33

2.2.3 O processo de desenvolvimento de produtos de uma montadora americana

........................................................................................................................................... 39

2.3 Comparativo entre o referencial teórico e o estudo de caso .................................. 44

2.4 Consolidação do capítulo ........................................................................................ 51

3 PROTÓTIPO VIRTUAL ..................................................................................................... 53

3.1 Referencial teórico ........................................................................................................ 53

3.1.1 Sistemas de projeto auxiliado por computador (CAD) ................................... 55

3.1.2 Sistemas de engenharia auxiliada por computador (CAE) ............................. 58

3.1.3 Sistemas compostos .............................................................................................. 69

3.2 Consolidação do capítulo............................................................................................ 76

4 PROTÓTIPO FÍSICO .......................................................................................................... 78

4.1 Prototipagem rápida (PR) ........................................................................................... 79

4.1.1 Estereolitografia (SLA) ......................................................................................... 80

4.1.2 Manufatura laminar de objetos (LOM) .............................................................. 82

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XX

4.1.3 Sinterização seletiva a laser (SLS) ....................................................................... 83

4.1.4 Modelagem por fusão e deposição (FDM) ........................................................ 83

4.1.5 Impressão tridimensional (3DP) ......................................................................... 84

4.1.6 Síntese das técnicas/tecnologias de PR.............................................................. 85

4.2 Ferramental Rápido (FR) ............................................................................................ 87

4.2.1 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em SLA ................................................. 87

4.2.2 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em LOM ............................................... 90

4.2.3 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em SLS .................................................. 91

4.2.4 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em FDM ................................................ 92

4.2.5 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em 3DP ................................................. 92

4.2.6 Síntese das técnicas/tecnologias de FR .............................................................. 93

4.3 Remoção de material (RM) ......................................................................................... 95

4.3.1 Usinagem de alta velocidade (HSM) .................................................................. 96

4.3.2 Vacuum Bagging ..................................................................................................... 96

4.3.3 Síntese das técnicas/tecnologias de RM ............................................................ 97

4.4 Consolidação do capítulo.......................................................................................... 100

5 MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO

PRODUTO AUTOMOTIVO............................................................................................... 101

5.1 Proposição do modelo de referência (PDP-Automotivo) .................................... 101

5.2 Validação do modelo de referência (PDP-Automotivo) ...................................... 114

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XXI

5.2.1 Definição dos objetivos ....................................................................................... 115

5.2.2 Instrumento de coleta de dados ........................................................................ 115

5.2.3 Seleção das amostras ........................................................................................... 116

5.2.4 Coleta dos dados ................................................................................................. 117

5.2.5 Organização dos dados coletados ..................................................................... 118

5.3 Apresentação e discussão dos resultados ............................................................... 124

5.3.1 Conclusão dos resultados ................................................................................... 133

5.4 Conclusão do capítulo ............................................................................................... 134

6 DIRETRIZES PARA A SELEÇÃO DE PROTÓTIPOS VIRTUAIS E FÍSICOS .......... 136

6.1 Desenvolvimento das diretrizes .............................................................................. 136

6.2 Procedimento para utilização das diretrizes .......................................................... 141

6.3 Validação das diretrizes ............................................................................................ 142

6.3.1 Desenvolvimento do questionário .................................................................... 142

6.3.2 Seleção das amostras ........................................................................................... 142

6.3.3 Coleta das informações ....................................................................................... 143

6.3.4 Análise e discussão dos resultados ................................................................... 143

6.4 Consolidação do capítulo.......................................................................................... 146

7 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 147

7.1 Trabalhos futuros ....................................................................................................... 150

Page 22: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

XXII

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 152

APÊNDICE A Teses de doutorado sobre o PDP defendidas entre os anos de 2001 e

2010 ........................................................................................................................................ 167

APÊNDICE B Exemplos de software CAD/CAE e seus respectivos métodos

numéricos .............................................................................................................................. 172

APÊNDICE C Estrutura organizacional proposta para o PDP-Automotivo .............. 177

APÊNDICE D Modelo de questionário utilizado na pesquisa ..................................... 186

APÊNDICE E Distribuição dos respondentes e das notas para todas as atividades do

questionário .......................................................................................................................... 201

APÊNDICE F Identificação da necessidade de uso de protótipos de acordo com a

atividade do PDP-Automotivo .......................................................................................... 210

APÊNDICE G Modelo de questionário utilizado na pesquisa de validação das

diretrizes ............................................................................................................................... 222

Page 23: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

1

1 INTRODUÇÃO

O processo de desenvolvimento de produtos (PDP) consiste em um conjunto de

atividades em que se busca, a partir das necessidades do mercado e considerando as

possibilidades, restrições tecnológicas e as estratégias competitivas da empresa,

chegar às especificações de projeto de um produto e de seu processo de produção,

para que a manufatura seja capaz de fabricá-lo (ROZENFELD et al., 2006).

O PDP também pode ser definido como um conjunto de atividades interligadas, em

partes simultâneas, com resultados mensuráveis e sequenciais (marcos), envolvendo

quase todos os departamentos da empresa ou organização, com o objetivo de

transformar as necessidades do mercado, explícitas ou implícitas, em produtos e ou

serviços economicamente viáveis (KAMINSKI, 2000).

Em um primeiro nível, as empresas transformam a matéria prima e outras entradas

em processos organizados, baseados em uma divisão laboral, em produtos e serviços

que podem ser vendidos no mercado (PRIES; SCHWEER, 2004).

Em síntese, o processo de desenvolvimento de produtos se inicia com uma macrofase

de planejamento estratégico, onde os objetivos e metas do produto ou conjunto de

produtos são definidos. Uma vez definido o conjunto de produtos, se tem a formação

do portfólio de projetos da organização, do qual determinados projetos podem, ou

não se tornar produtos a serem desenvolvidos.

Com a determinação do produto a ser desenvolvido, se tem a macrofase do

desenvolvimento do produto e dos demais meios necessários para a sua fabricação.

Atividades auxiliares ao desenvolvimento do produto, como dimensionamento e

treinamento de colaboradores, definição de fornecedores e planejamento do fluxo

logístico também ocorrem nesta macrofase.

Antes que a macrofase de desenvolvimento seja concluída, inicia-se a macrofase de

lançamento do produto no mercado. Nesta macrofase ocorrem os testes de produção,

a produção em escala e o lançamento do produto no mercado.

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2

As redes de distribuição são abastecidas com o produto e faz-se a circulação do

produto no mercado, dependendo das características e ou objetivos e metas da

organização.

Com o encerramento do tempo determinado para a comercialização do produto, se

inicia a descontinuação do produto, e a execução dos planejamentos necessários para

a retirada do produto do mercado.

1.1 Protótipos virtuais e físicos no PDP

O uso de protótipos1 virtuais e físicos no processo de desenvolvimento de produtos

(PDP) se faz necessário, pois trás maturidade ao projeto, reduz as incertezas e auxilia

na conservação do fluxo de informação do produto durante todo o desenvolvimento.

A utilização de protótipos no PDP ocorre desde o início do desenvolvimento do

produto, até o lançamento do produto no mercado. Diferentes protótipos são

utilizados para diferentes necessidades, de modo que o projeto e o desenvolvimento

do produto (PRP) sejam concluídos e, em paralelo, se inicie o projeto do processo de

fabricação do produto (APQP, 1997, p.6).

Os protótipos também são utilizados no projeto do processo de fabricação (PPF), seja

para a simulação de um processo, ou para o desenvolvimento de meios auxiliares

para a produção do produto. Com o PPF finalizado, as instalações físicas são

realizadas e a produção do produto é iniciada. Uma vez que o produto está em

fabricação ocorre sua inserção no mercado e a sua venda aos consumidores.

Mesmo com a fabricação do produto mudanças no processo produtivo e no próprio

produto são realizadas, auxiliadas pelo uso de protótipos construídos em instalações

definitivas. Estas mudanças podem ocorrer para reduzir custos, adicionar novas

características ao produto, melhorar a qualidade e a confiabilidade, ou para unificar

componentes existentes em diferentes modelos produzidos na mesma organização

(CANDIDO; KAMINSKI, 2008).

1 Primeiro tipo ou exemplar; modelo (FERREIRA, 2004).

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3

Os protótipos podem ser virtuais ou físicos, dependendo da necessidade e da

aplicação.

Quanto à aplicação os protótipos podem ser caracterizados como: protótipo

conceitual; protótipo geométrico; protótipo funcional; protótipo técnico e protótipo

final (VDI 3404, 2009).

Os protótipos conceituais (PCO) são a primeira idealização do conceito do produto

e/ou da fabricação.

Os protótipos geométricos (PGE) são aplicados na avaliação do tamanho, na forma e

ainda na avaliação das sensações provocadas pelo tato com o produto e/ou com a

fabricação.

Os protótipos funcionais (PFU) incorporam as funções definidas do produto e/ou

da fabricação. Algumas ou todas as funções podem ser testadas. A forma geométrica

pode ser diferente do produto e/ou da fabricação final.

Os protótipos técnicos (PTE) não diferem significativamente do produto e/ou da

fabricação final. Contudo, a técnica/tecnologia utilizada para se criar ou fabricar o

produto/componente e/ou da fabricação/dispositivo pode variar, quando

comparada com a utilizada na fabricação final.

Os protótipos finais (PFI) são utilizados para um propósito determinado, por

exemplo na fabricação de pequenos lotes de produtos. O PFI é essencialmente um

protótipo físico. Em determinados casos, pode ainda ser comercializado.

A tabela 1.1 mostra uma síntese dos diferentes protótipos descritos e suas aplicações.

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4

Tabela 1.1 – Protótipos e suas aplicações.

(VDI 3404, 2009 – adaptado pelo autor).

Para a criação de protótipos virtuais e para a fabricação de protótipos físicos,

diferentes sistemas, técnicas/tecnologias são utilizadas. Entretanto, para melhor

compreensão desta afirmação, uma caracterização e padronização das nomenclaturas

utilizadas nesta tese se fazem necessário.

1.1.1 Caracterização e padronização das nomenclaturas: ferramentas; sistemas;

técnicas/tecnologias; softwares/programas e máquinas

Os trabalhos publicados sobre CAD/CAE, que incluem artigos, livros e demais obras

sobre o tema, apresentam uma caracterização não padronizada do que seja

CAD/CAE.

Blach; Landauer; Rösch e Simon (1998) caracterizam CAD como sendo um sistema. A

VDI 4426 (2004) caracteriza CAD como um termo genérico para várias atividades que

utilizam processamento eletrônico de dados, para projetar e construir, de forma

direta ou indireta. Barbieri; Bruno; Caruso e Muzzupappa (2008) caracterizam

CAD/CAE como sendo ferramentas de projeto. Noor (2011) caracteriza CAD/CAE,

entre outros, como sendo tecnologias auxiliadas por computador (CAx). Outros

trabalhos com diferentes caracterizações sobre o tema CAD/CAE ainda podem ser

citados.

Com o objetivo de padronizar as nomenclaturas utilizadas nesta tese, uma

organização e padronização das nomenclaturas ferramenta; sistema; técnica;

tecnologia; software e máquina é proposta.

protótipo aplicação

conceitual Avaliação do conceito do produto e/ou da fabricação.

geométrico Avaliação da geometria do produto e/ou da fabricação.

funcional Avaliação de funções do produto e/ou da fabricação.

técnico Teste piloto do produto/componente e/ou da fabricação/dispositivo.

final Pequenos lotes*.

* Apenas para protótipos físicos.

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5

A proposição está fundamentada no significado da palavra, conforme o dicionário

brasileiro Ferreira (2004), e na argumentação do autor.

Ferramenta: 2.Utensílio(s) duma arte ou ofício.

Sistema: 1.Conjunto de elementos, entre os quais haja alguma relação.

2.Disposição das partes ou dos elementos de um todo, coordenados entre si,

e que formam estrutura organizada.

Técnica: 1.O conjunto de processos duma arte ou ciência.

Tecnologia: Conjunto de conhecimentos, esp. princípios científicos, que se

aplicam a um determinado ramo de atividade.

Software: 1.Em um sistema computacional, o conjunto dos componentes

informacionais, que não faz parte do equipamento físico e inclui os

programas e os dados a eles associados. 2.Qualquer programa ou conjunto

de programas de computador.

Programa: 5.Inform. Sequência completa de instruções a serem executadas

por computador. 7.Tec. Conjunto previamente definido de instruções a

serem executadas por uma máquina capaz de interpretá-las. 8. Programa de

computador.

Máquina: 1.Aparelho para comunicar movimento, ou para aproveitar, pôr

em ação ou transformar, energia ou agente natural. (FERREIRA, 2004).

Para o autor desta tese, ferramenta é o utensílio, ou o objeto criado, com o propósito

de auxiliar o processo de desenvolvimento do produto.

Sistema é um conjunto de elementos independentes, com finalidades distintas, mas

que se relacionam para atender objetivos comuns e necessários para o funcionamento

do sistema.

Técnica são o conjunto de métodos, processos e conhecimentos.

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6

Tecnologia é a forma de utilizar a técnica, ou o conjunto de métodos, processos e

conhecimentos, para a realização dos objetivos necessários para o funcionamento do

sistema.

Software é o programa ou conjunto de programas de computador utilizado para

transformar a técnica/tecnologia em uma linguagem computacional, ou uma lista de

instruções, que possa ser interpretada e executada pelo computador. É por meio do

software que a interface entre o homem e o computador (máquina) é realizada. Tem

como entradas os requisitos do usuário, e como saídas resultados analisáveis e

interpretáveis.

Programa é uma sequência completa de instruções, constituídas por uma linguagem

específica, executadas por um software contido num computador.

Máquina é o meio ou equipamento utilizado (por exemplo, o computador), que

combina e transforma os sistemas; técnicas/tecnologias; software/ programas e a

energia, no produto final desejado.

A figura 1.1 mostra uma esquematização para as nomenclaturas propostas.

Figura 1.1 Esquematização do conceito.

Os protótipos virtuais e físicos são utilizados no auxílio ao processo de

desenvolvimento de produtos (PDP). No caso do PDP-Automotivo esta afirmação

também é pertinente. Portanto, nesta tese, ambos os protótipos, virtual e físico, serão

ferramenta

sistema

técnica/tecnologia

máq

uin

a

energia

ferramenta

sistema

técnica/tecnologia

software/programa

máq

uin

a

energia

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7

considerados como ferramentas, pois são utensílios de um ofício, ou objetos de uma

profissão, que neste caso é a engenharia, para auxiliar o PDP-Automotivo.

As seções 1.1.2 e 1.1.3 mostram uma aproximação para associação e aplicação das

nomenclaturas propostas para o protótipo virtual (PV) e para o protótipo físico (PF).

1.1.2 Protótipo virtual (PV) e seus sistemas; técnicas/tecnologias;

softwares/programas e máquinas

Os protótipos virtuais (PV) são criados em sistemas, por intermédio dos quais

geometrias tridimensionais (3D), cores e texturas de superfície são geradas, de forma

a integrar o ser humano a um ambiente virtual criado por computador

(ZORRIASSATINE, et al., 2003; BERNARD, 2005; CECIL; KANCHANAPIBOON,

2007).

No caso do PV, sistema são os sistemas computacionais utilizados para a criação do

PV, por exemplo: sistemas de projeto auxiliado por computador (CAD) e os sistemas

de engenharia auxiliada por computador (CAE).

A técnica/tecnologia são as técnicas/tecnologias utilizadas na modelagem e

simulação do PV, por exemplo: modelagem por fio de arame (wireframe modelling);

modelagem por superfícies (surface modelling); modelagem por sólidos (solid

modelling) (LEE, 1999; VDI 4426, 2004); método dos elementos finitos (MEF), método

dos volumes finitos (MVF) e o método das diferenças finitas (MDF); (BATHE, 1996;

PEIRÓ; SHERWIN, 2005; SCHÄFER, 2006; CZICHOS; SAITO; SMITH, 2006; TALER;

DUDA, 2006).

Software é o programa ou conjunto de programas utilizados para transformar a

técnica/tecnologia, em uma linguagem computacional, por exemplo: software

CAD/CAE.

A máquina é o meio ou equipamento utilizado, que combina e transforma os

sistemas; técnicas/tecnologias; software/programas e a energia, no produto final

desejado, neste caso particular, no protótipo virtual.

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8

A figura 1.2 mostra uma associação das nomenclaturas esquematizadas na figura 1.1,

para os sistemas; técnicas/tecnologias; programas/software e máquinas, utilizados na

criação de um protótipo virtual.

Figura 1.2 Associação das nomenclaturas sistemas; técnicas/tecnologias; software/programas e

máquinas para protótipos virtuais.

Demais sistemas, que fazem o uso combinado de sistemas CAD/CAE, podem ser

considerados como sistemas compostos, por exemplo: Fábrica Digital (FD) e

Realidade Virtual (RV).

1.1.3 Protótipo físico (PF) e seus sistemas; técnicas/tecnologias; softwares/

programas e máquinas

Os protótipos físicos (PF) são fabricados em sistemas, nos quais produtos são gerados

para diversos propósitos, como: análise ergonômica, estética, montagem, testes

funcionais, entre outras aplicações (ZORRIASSATINE, et al., 2003).

No caso do PF, sistema são os sistemas de prototipagem utilizados na fabricação do

PF, por exemplo: sistemas de prototipagem rápida (PR), sistemas de ferramental

rápido (FR) e sistemas de remoção de material (RM).

A técnica/tecnologia são as técnicas/tecnologias de prototipagem utilizadas na

fabricação do PF, por exemplo: estereolitografia (SLA); modelagem por fusão e

deposição (FDM); sinterização seletiva a laser (SLS); impressão 3D (3D printer);

remoção de material (RM); Vacuum Bagging (KAI; JACOB; MEI, 1997; PHAM;

ferramenta

sistema

técnica/tecnologia

máq

uina

energia

ferramenta

sistema

técnica/tecnologia

software/programa

máq

uina

energia

protótipo virtual (PV)

CAD/CAE

wireframe; surface; solidMDF; MVF; MEF

software CAD/CAE

com

puta

dor

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9

GAULT, 1998; UPCRAFT; FLETCHER, 2003; SILVA; KAMINSKI, 2007; SILVA;

KAMINSKI, 2010; SILVA, 2008; VDI 3404, 2009).

Software são os programas utilizados para transformar as técnicas/tecnologias

advindas do PV, em uma linguagem compatível com o software/programa de

prototipagem, por exemplo: software de prototipagem rápida.

A máquina é o meio ou equipamento utilizado, que combina e transforma os

sistemas; técnicas/tecnologias; software/programas e a energia, no produto final

desejado, neste caso particular, no protótipo físico.

A figura 1.3 mostra uma associação das nomenclaturas esquematizadas na figura 1.1,

para os sistemas; técnicas/tecnologias; programas/software e máquinas, utilizados na

criação de um protótipo físico.

Figura 1.3 Associação das nomenclaturas sistemas; técnicas/tecnologias; software/programas e

máquinas para protótipos físicos.

1.2 O problema de pesquisa

De acordo com Gil (2010) a maneira mais fácil e direta de formular um problema é

por meio da formulação de perguntas. Posto esta afirmação, o problema de pesquisa

desta tese está formulado de acordo com cinco questões.

Questão 1: por que se faz necessário desenvolver um modelo de referência específico para o

processo de desenvolvimento do produto automotivo?

Questão 2: quais são os instantes no PDP em que há a necessidade de se utilizar protótipos?

energia

protótipo físico (PF)

PR/FR/RM

SL; SLS; FDM; 3D Printerusinagem; fresagem;

torneamento

software CAM/PR

ferramenta

sistema

técnica/tecnologia

máq

uina

ferramenta

sistema

técnica/tecnologia

software/programa

máq

uina

com

puta

dor

energia

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10

Questão 3: como definir quais são os protótipos (PV ou PF) que podem ser utilizados?

Questão 4: como selecionar qual ou quais são os sistemas adequados para a criação, ou para a

fabricação destes protótipos?

Questão 5: como definir quais são as técnicas/tecnologias, que podem ser utilizadas para a

criação, ou para a fabricação destes protótipos?

1.3 Justificativa da pesquisa

O aprimoramento do processo de desenvolvimento de produtos já está consolidado

como uma forma estratégica das organizações manterem sua competitividade e

buscar diferentes maneiras de continuar desenvolvendo e lançando produtos

atrativos no mercado local e global.

Um aspecto identificado por Clark e Fujimoto (1991), Clark e Wheelright (1993),

Clausing (1994), Ulrich e Eppinger (2004) está relacionado à importância da

integração entre as atividades do PDP, como por exemplo, as atividades de projeto

do produto (PRP) e projeto do processo de fabricação (PPF).

Embora a questão da integração entre as atividades do PRP do PPF seja conhecida e

difundida entre os conhecedores do PDP, lacunas entre a integração destas

atividades ainda permanecem. Estas lacunas existem seja por problemas culturais

internos das organizações ou pela falta de interação entre os profissionais atuantes

nas diferentes fases e atividades do PDP. Isto faz com que determinadas informações

não sejam utilizadas durante o PDP, influenciando no tempo e no custo de

desenvolvimento do produto (SILVA; KAMINSKI, 2012).

Outra dificuldade é a existência de uma visão parcial dos profissionais sobre o PDP.

Os profissionais de engenharia, principalmente das grandes organizações, tendem a

pensar no PDP como um conjunto de atividades específicas onde se tem como

atividade fundamental apenas cálculos, desenhos, testes e validações, entre outras

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atividades de engenharia. Falta a estes profissionais um conhecimento holístico2 do

PDP, ou seja, da construção de uma imagem única e integrada do processo de

desenvolvimento de produtos (ROZENFELD, 1997; ROZENFELD, AMARAL; 2010).

Isto mostra a necessidade de se conhecer todo o processo de desenvolvimento de

produtos.

Quanto a necessidade de se desenvolver um modelo de referência para o setor

automotivo, identificou-se que até o presente momento (2013) não se tem disponível

na literatura um modelo de referência específico, fundamentado em um referencial

teórico, sistematizado e organizado de forma científica.

Embora o APQP (1997) possa ser considerado um modelo de referência relacionado

ao setor automotivo, seu enfoque está em estratégias de qualidade e planos de

controle nos diferentes instantes do desenvolvimento do produto e do processo, além

do atendimento das expectativas dos clientes. Não se trata, portanto, de um modelo

específico para o desenvolvimento das atividades pertinentes ao projeto do

automóvel e ao projeto dos processos de fabricação do mesmo.

Outra abordagem sobre este tema pode ser encontrada no livro Automotive

development processes: processes for successful customer oriented vehicle development. Trata-

se de uma literatura sobre o processo de desenvolvimento automotivo, entretanto,

como relata o autor [...]trata-se mais de um relato pessoal do que um manual para o

desenvolvimento de veículos (WEBER, 2009). O autor complementa descrevendo que

[...] comparado com outras publicações sobre desenvolvimento automotivo, a

abordagem (approach) seguida neste livro reflete mais o ponto de vista dos

consumidores do que dos engenheiros [...] (WEBER, 2009).

Demais pesquisas sobre diferentes modelos de processo de desenvolvimento de

produtos mostram que tais modelos possuem abordagens genéricas, e não

específicas, sobre o desenvolvimento do produto automotivo (SHAFARI;

WOLFENSTETTER; WOLF; KRCMAR, 2010).

2 De acordo com Ferreira (2004), a palavra holístico significa: que dá preferência ao todo ou a um sistema completo, e não à análise, à separação das respectivas partes componentes.

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12

Quanto a proposição de um conjunto de diretrizes para a seleção de protótipos

virtuais e físicos; esta se fundamenta na necessidade de se utilizar ambos os

protótipos, virtuais e físicos, no processo de desenvolvimento do produto

automotivo.

Ramos (2010) apud Franco (2010), argumenta que a realização de ensaios veiculares

do tipo crash test é necessária apenas para validar as simulações realizadas de forma

virtual, e que entre os anos de 1975 e 2010, a quantidade de testes físicos (crash test)

realizados por uma determinada montadora de automóveis atingiu a marca de 2.000

testes. No mesmo período, a quantidade de testes virtuais ultrapassou a marca de

8.000 testes (RAMOS, 2010 apud FRANCO, 2010).

Por outro lado Morassi (2010) apud Braga (2010) assegura que [...] o trabalho virtual

não basta para os responsáveis pelo projeto do automóvel tomarem decisão. Segundo

este, quatro modelos físicos são preparados e alterados de acordo com a evolução do

projeto. Dos quatro modelos preparados, dois são selecionados para dar origem a

modelos construídos em escala 1:1.

Diante das argumentações apresentadas por Braga (2010) e Franco (2010), conclui-se

que mesmo que o incremento dos testes virtuais possa ter reduzido a quantidade dos

testes físicos, ambos os protótipos, virtuais e físicos, são importantes e necessários

para o processo de desenvolvimento do produto automotivo.

A partir desta realidade espera-se que as diretrizes aqui propostas possam auxiliar

estes profissionais no desenvolvimento de suas atividades.

1.4 Objetivo

Diante do problema de pesquisa apresentado e suas justificativas esta tese tem como

objetivos desenvolver um modelo de referência específico para o processo de

desenvolvimento do produto automotivo, denominado de PDP-Automotivo, e a

partir deste modelo de referência propor um conjunto de diretrizes para a seleção de

protótipos virtuais e físicos.

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13

1.5 Classificação da pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas de diferentes maneiras. Mas para que a

classificação seja coerente, é necessário definir previamente o critério

adotado para classificação. Assim, é possível estabelecer múltiplos sistemas

de classificação e defini-las segundo a área de conhecimento, a finalidade, o

nível de explicação e os métodos adotados (GIL, 2010, p.25-26).

1.5.1 Classificação da pesquisa de acordo com a área de conhecimento

De acordo com a área de conhecimento, o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) classifica as pesquisas em sete grandes áreas: 1.

Ciências Exatas e da Terra; 2 Ciências Biológicas; 3. Engenharias; 4. Ciências da

Saúde; 5. Ciências Agrárias; 6. Ciências Sociais Aplicadas; e 7. Ciências Humanas

(GIL, 2010).

Quanto a área de conhecimento, o conteúdo desenvolvido nesta tese está contido na

grande área 3. Engenharias.

1.5.2 Classificação da pesquisa de acordo com a finalidade

De acordo com a finalidade, a Adelaide University (2008) apud Gil (2010) define

quatro categorias de classificação: a pesquisa básica pura; a pesquisa estratégica; a

pesquisa aplicada e o desenvolvimento experimental.

Quanto a finalidade, esta tese está classificada como pesquisa aplicada, pois se trata

da aquisição de certos conhecimentos, com o propósito de aplicá-los em uma

situação específica, neste caso particular, no processo de desenvolvimento do

produto automotivo.

1.5.3 Classificação da pesquisa de acordo com o nível de explicação

Quanto ao nível de explicação, Gil (2010) propõe a classificação das pesquisas em:

pesquisas exploratórias; pesquisas descritivas e pesquisas explicativas.

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Neste sistema de classificação, esta tese está classificada como exploratória. Devido a

familiaridade com o problema proposto, e com os diferentes tipos de levantamentos

de informações utilizados (levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas com

experiência prática no assunto; análise de exemplos existentes).

1.5.4 Classificação da pesquisa de acordo com os métodos adotados

Quanto aos métodos adotados as pesquisas podem ser delineadas em: 1. Pesquisa

bibliográfica; 2. Pesquisa documental; 3. Pesquisa experimental; 4. Ensaio clínico; 5.

Estudo caso-controle; 6. Estudo de coorte; 7. Levantamento de campo; 8. Estudo de

caso; 9. Pesquisa etnográfica; 10. Pesquisa fenomenológica; 11. Teoria fundamentada

nas informações; 12. Pesquisa-ação e 13. Pesquisa participante (GIL, 2010).

Ainda quanto aos levantamentos de campo (7), Miguel et al. (2010) classifica as

pesquisas como exploratória e confirmatória.

Com base nos métodos adotados, esta tese está classificada em: pesquisa

bibliográfica; pesquisa documental; levantamento de campo. Quanto ao

levantamento de campo, esta tese também está classificada como uma pesquisa do

tipo confirmatória.

Para resumir a classificação desta tese de acordo com os múltiplos sistemas de

classificação sugeridos por Gil (2010) e Miguel et al. (2010), esta tese pode ser descrita

como:

quanto a área de conhecimento: 3. Engenharias;

quanto a finalidade: pesquisa aplicada;

quanto ao nível de explicação: exploratória;

quanto aos métodos adotados: pesquisa bibliográfica; pesquisa documental e

pesquisa confirmatória.

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1.6 Estrutura da tese

Esta tese está estruturada em sete capítulos. No capítulo um é feita uma introdução

sobre o PDP e sobre PV e PF. A justificativa, o objetivo da pesquisa, a classificação da

pesquisa e a estruturação da tese também são apresentados.

No capítulo dois um referencial teórico sobre o PDP é desenvolvido, organizado e

apresentado em ordem cronológica. Um estudo de caso é realizado para verificar o

PDP automotivo de três mercados e culturas diferentes. Para isto três montadoras

são selecionadas. Para organização do referencial teórico utiliza-se de pesquisa

bibliográfica. Para organização do estudo de caso utiliza-se de pesquisa documental,

pesquisa bibliográfica, e entrevistas a profissionais especialistas do setor automotivo.

Nos capítulos três e quatro, um referencial teórico sobre protótipo virtual (PV) e

protótipo físico (PF) também é apresentado. Para organização destes referenciais

teóricos, utiliza-se pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo.

A pesquisa bibliográfica tem parte do seu levantamento realizado na Technische

Universität Darmstadt, na Alemanha, no departamento de Datenverarbeitung in der

Konstruktion (Dik), financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) brasileiro, e pelo Deutscher Akademischer Austausch

Dienst (DAAD) alemão.

No capítulo cinco se têm o desenvolvimento, a proposição e a validação do modelo

de referência para o processo de desenvolvimento do produto automotivo,

denominado de PDP-Automotivo. Para o desenvolvimento do PDP-Automotivo,

utiliza-se como base o referencial teórico desenvolvido no capítulo dois. Para sua

validação, adota-se como método o levantamento de campo do tipo confirmatório.

No capítulo seis se tem o desenvolvimento, a proposição e a validação do conjunto

de diretrizes para seleção de protótipos virtuais e físicos. Para o desenvolvimento do

conjunto de diretrizes faz-se uso do PDP-Automotivo, e dos referenciais teóricos

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desenvolvidos nos capítulos três e quatro. Para validação do conjunto de diretrizes,

também se adota como método o levantamento de campo do tipo confirmatório.

No capítulo sete se tem a conclusão da tese e sugestões para trabalhos futuros.

A figura 1.4 ilustra a estruturação da tese.

Page 39: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

17

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18

2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS (PDP)

Este capítulo apresenta um referencial teórico sobre o processo de desenvolvimento

de produtos (PDP) com foco no setor metal mecânico. Um estudo de caso é realizado

para verificar o PDP automotivo de três mercados e culturas diferentes. Para isto três

montadoras são selecionadas. Para organização do referencial teórico utiliza-se de

pesquisa bibliográfica. Para organização do estudo de caso utiliza-se de pesquisa

documental, pesquisa bibliográfica, e entrevistas a profissionais especialistas do setor

automotivo.

O referencial teórico está organizado em ordem cronológica ascendente, abrangendo

principalmente a década de 1980 até a década de 2010. Está fundamentado em teses

de doutorado defendidas no Brasil, e em livros e periódicos científicos que

descrevem o processo de desenvolvimento de produtos (PDP) na amplidão do tema.

O critério para seleção das teses de doutorado teve como base o periódico Product:

Management & Development do Instituto de Gestão de Desenvolvimento do Produto

(IGDP, 2009). Foram pesquisadas teses de doutorado orientadas por membros do

corpo editorial do periódico, que são pesquisadores de diferentes temas do processo

de desenvolvimento de produtos. O apêndice A apresenta uma síntese sobre as teses

de doutorado pesquisadas.

A partir do referencial teórico e do estudo de caso um comparativo é realizado. O

capítulo é então consolidado e finalizado com as considerações pertinentes.

2.1 Referencial teórico

De acordo com Asimow (1968) quando um determinado projeto é iniciado e

desenvolvido, uma sequência de eventos desdobra-se numa ordem cronológica,

dando origem a um modelo, que quase sempre é comum a todos os projetos. A

figura 2.1 mostra o modelo geral apresentado por Asimow (1968).

Page 41: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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Figura 2.1 Modelo geral de desenvolvimento de um projeto (ASIMOW, 1968).

Nota-se que o modelo geral de Asimow (1968) é composto por um conjunto de fases

sequenciais com início na viabilidade de execução do projeto, depois o seu

desenvolvimento, posteriormente o desenvolvimento dos recursos para a sua

produção, seu consumo e por fim, a sua retirada do mercado.

Em 1970, poucas empresas competiam com produtos em escala global. Em 1991,

estas empresas já somavam mais de 20 competidoras, das quais se destacavam

grandes marcas como a General Motors (GM) (CLARK; FUJIMOTO, 1991).

O desenvolvimento, a produção e o consumo estão integrados em um grande fluxo

de informações que circula por todo o sistema de desenvolvimento. O fluxo deste

sistema é representado por meio da seguinte sequência: conceito do produto;

planejamento do produto; projeto do produto; projeto do processo; processo de

produção; estrutura do produto; função do produto e a satisfação do consumidor

(CLARK; FUJIMOTO, 1991, p.23).

Page 42: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

20

Clark e Wheelwright (1993, p.9) apresentam o PDP em fases denominadas de [...]

fases típicas do desenvolvimento do produto [...]. Estas fases são: desenvolvimento

do conceito; planejamento do produto; produto/processo de engenharia; produção

piloto/produção para o mercado3.

Uma diretriz que apresenta uma metodologia, estratégias para ação, tarefas para

projeto e desenvolvimento de produtos e sistemas é a VDI 2221 (1993). A

estruturação proposta nesta diretriz inclui as fases do desenvolvimento e vida do

produto (planejamento do produto, desenvolvimento e construção, fabricação,

montagem e testes, distribuição, consumo, utilização, descarte e reciclagem do

produto); os sistemas de informação envolvidos (requisitos/objetivos) e os processos

de apoio ao desenvolvimento do produto (acompanhamento/monitoramento do

produto).

Outra característica desta diretriz, está na transmissão dos requisitos/objetivos

advindos dos sistemas preliminar, de desenvolvimento, de produção, de operação e

de mudança para o fluxo do processo de desenvolvimento, de modo que os

resultados e as experiências sejam implementados no desenvolvimento de produtos

correntes, ou aproveitados no desenvolvimento de produtos futuros.

A figura 2.2 mostra a estruturação proposta do ciclo de desenvolvimento do

produto, sua utilização e reciclagem, conforme VDI 2221 (1993).

3 Ramp-up, uma expressão do idioma inglês e aqui traduzida como produção para o mercado, deve ser entendida como o incremento sucessivo do volume de produção até que se tenham as quantidades estabelecidas pela organização para o mercado de usuários consumidores.

Page 43: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

21

Figura 2.2 Diretrizes para o projeto e o desenvolvimento de produtos e sistemas

(VDI 2221, 1993 – adaptado pelo autor).

O sucesso de um produto também está condicionado ao atendimento das

expectativas dos usuários, além de atender prazos e custos que representem valor.

Para isto, além do processo de desenvolvimento do produto ser por si organizado,

deve ser também flexível. Portanto, as equipes de qualidade envolvidas no

desenvolvimento do produto devem estar preparadas para modificar os planos de

qualidade e então atender as expectativas dos usuários (APQP, 1997). A figura 2.3

mostra uma representação do cronograma de planejamento da qualidade do produto

que, de acordo com o APQP (1997), deve ser prioridade de trabalho após a

Mercado/NecessidadeProblema

Potenciais Negócios/metas

Planejamento do produto /Tarefas

DesenvolvimentoConstrução

Fabricação/Montagem/Testes

Distribuição/Serviços/Vendas

Uso/Consumo/Manutenção

UtilizaçãoTérmica

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Sistema operação

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22

organização e definição da equipe de planejamento da qualidade do produto. Uma

característica desta representação é a apresentação concomitante das fases do PDP.

Figura 2.3 Cronograma de planejamento da qualidade do produto (APQP, 1997).

A fase de planejamento tem como saídas (outputs) ou resultados da fase a definição

dos objetivos do projeto, o estabelecimento das metas de qualidade, a elaboração de

listas de materiais e um fluxograma preliminar do processo. Tem-se ainda a

elaboração de listas preliminares com as características do produto e do processo,

além de um plano de garantia do produto.

A fase de projeto e desenvolvimento do produto tem como saídas a análise do modo

e efeitos de falha de projeto, o projeto para manufatura e montagem, a verificação do

projeto, as análises críticas de projeto e a construção de protótipos. Os desenhos de

engenharia incluindo os dados matemáticos são elaborados, as especificações de

engenharia e de material são feitas bem como as alterações de desenhos e de

especificações.

A fase de desenvolvimento do processo tem como saídas a definição dos padrões de

embalagem, a análise crítica do sistema de qualidade do produto e do processo, a

elaboração de um fluxograma do processo, o desenvolvimento do layout das

Page 45: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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instalações, a definição de uma matriz de características4 e a análise do modo e

efeitos de falha do processo.

A fase de validação do produto e do processo tem como saídas a realização da

produção piloto, a avaliação dos sistemas de medição, o estudo preliminar da

capacidade do processo, a aprovação de peças da produção e a realização de testes

de validação da produção. Tem-se também a avaliação de meios auxiliares da

produção como, por exemplo, dispositivos de acondicionamento e transporte e

dispositivos interoperacionais. É feita a descrição do plano de controle da produção e

a aprovação do planejamento da qualidade.

A fase de análise da retroalimentação e ação corretiva tem como saídas a redução de

variações do processo por meio de técnicas estatísticas como cartas de controle e

diagramas de medições. Procura-se adequar o produto ou serviço com o objetivo de

satisfazer o usuário. Existe a entrega e a assistência técnica de planejamento da

qualidade, que mantém uma parceria entre fornecedor e usuário em relação à

solução de problemas, e processos de melhoria contínua.

Para Kaminski (2000) o desenvolvimento de um projeto não ocorre de forma linear, e

sim de forma interativa, no qual cada item depende de outros para que todo o

sistema funcione harmonicamente. Com isto, a imagem que pode representar de

forma adequada o processo de um projeto é a de uma espiral. Nas primeiras voltas

os itens são definidos de forma básica. Com a evolução do projeto (demais voltas da

espiral) o projeto é detalhado até convergir para sua conclusão. A figura 2.4 mostra

um exemplo de espiral de projeto para o desenvolvimento de um automóvel.

4 De acordo com o APQP (1997) [...] uma matriz de características é uma técnica analítica recomendada para mostrar a relação entre os parâmetros do processo e as estações de manufatura [...].

Page 46: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

24

Figura 2.4 Exemplo de espiral de projeto (KAMINSKI, 2011).

Sob a perspectiva de que o desenvolvimento de produtos é um processo deliberado

de negócios, envolvendo uma grande quantidade de decisões, Krishnan e Ulrich

(2001) denominaram esta perspectiva como perspectiva de decisão ou decision

perspective. Por uma conveniência organizacional, estas decisões foram classificadas

em quatro categorias: desenvolvimento do conceito, projeto da cadeia de

suprimentos, projeto do produto, início da produção e lançamento. Para

fundamentar esta perspectiva de decisão foi realizada uma revisão da literatura, que

compreendeu o período de 1988 até 1998 (KRISHNAN; ULRICH, 2001).

Outra abordagem para o desenvolvimento de produtos é a denominada de projeto

axiomático. Nesta abordagem, o projeto é estruturado em domínios, que compõem o

mundo de projetos, denominados de: domínio dos consumidores, domínio

funcional, domínio físico e domínio de processo (SUH, 2001). A figura 2.5 mostra

uma representação dos quatro domínios supracitados, com os vetores característicos

de cada domínio.

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Figura 2.5 Os quatro domínios de acordo com o conceito de projeto axiomático (SUH, 2001 – adaptado

pelo autor).

A simbologia representada por colchetes { } na figura 2.5 representa os vetores de

cada domínio. O domínio dos consumidores {CO} é caracterizado pelas necessidades,

ou atributos, que o consumidor procura em um determinado produto, processo,

sistema ou material. No domínio funcional {FU}, as necessidades dos consumidores

são especificadas em termos de requerimentos funcionais e restrições. Para satisfazer

os requerimentos do domínio funcional, são concebidos parâmetros de projeto ao

domínio físico {FI}. Por fim, para se produzir o produto especificado em termos de

domínio físico {FI}, desenvolve-se o processo, que é caracterizado pelas variáveis de

processo, no domínio de processo {PR} (SUH, 2001).

O processo de desenvolvimento de produtos descrito por Ulrich e Eppinger (2004)

pode ser entendido como uma sequência de passos ou atividades que uma empresa

utiliza para conceber, projetar e comercializar um produto. Em complemento a isto

Ulrich e Eppinger (2004) afirmam que muitos destes passos ou atividades são mais

intelectuais e organizacionais do que físicos.

No modelo de referência de Rozenfeld et al. (2006) o PDP é representado por três

macrofases definidas como pré-desenvolvimento; desenvolvimento e pós-

desenvolvimento. Estas macrofases estão subdivididas nas fases de planejamento

estratégico dos produtos; planejamento do projeto; projeto informacional; projeto

conceitual; projeto detalhado; preparação para produção; lançamento do produto;

acompanhamento do produto/processo e a descontinuidade do produto. Cada uma

{CO} {FU} {FI} {PR}

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26

destas fases é formada por várias atividades. A figura 2.6 mostra uma visão geral

deste modelo de referência.

Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP (ROZENFELD et al., 2006).

O modelo de processo de desenvolvimento de produtos de Dieter e Schmidt (2009)

também está estruturado por meio de fases. Na fase zero se tem o planejamento que

deve ser feito antes da aprovação do projeto do produto. Na fase um se tem o

desenvolvimento do conceito do produto considerando os diferentes meios de

produção e cada subsistema a ser projetado. Na fase dois, as funções do produto são

examinadas, de acordo com a divisão do produto em vários subsistemas. Na fase

três, ocorre o detalhamento do projeto. Nesta fase, o projeto é levado ao estado de

uma descrição completa de engenharia, de um produto testado e da capacidade

produtiva. Na fase quatro, o produto é testado e adequado conforme os testes

realizados nas versões pré-fabricadas do produto. Na fase cinco, o processo de

manufatura do produto se inicia conforme curva de volume de produção, qualidade

e estabilidade do processo produtivo. A figura 2.7 mostra uma ilustração deste

modelo.

Figura 2.7 O processo de desenvolvimento de produtos (Dieter; Schmidt, 2009).

Page 49: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

27

A modelagem do PDP apresentada entre os anos de 1968 a 2009 por Asimow (1968);

Clark e Fujimoto (1991), Clark e Wheelright (1993), APQP (1997); Kaminski (2000);

Krishnan e Ulrich (2001), Ulrich e Eppinger (2004), Rozenfeld et al. (2006), Dieter e

Schmidt (2009) está estruturada em macrofases, fases e atividades. Os modelos

apresentados nas teses contidas no apêndice A, que abrangem ainda o ano de 2010,

também apresentam, na sua maioria, esta mesma modelagem. Uma exceção a este

tipo de modelagem é identificada no projeto axiomático proposto por Suh (2001).

Cada macrofase, fase e atividade geram um conjunto de informações. Em síntese este

conjunto de informações é o que caracteriza o final de uma fase e o início da fase

seguinte, portanto, são como requisitos para a continuidade do processo de

desenvolvimento.

Uma sistemática utilizada para avaliar, aprovar ou revisar este conjunto de

informações é denominada de revisão de fases ou gates no idioma inglês. Os gates

podem ser técnicos e/ou gerenciais. Os gates técnicos podem ocorrer durante todo o

PDP, enquanto que os gates gerenciais ocorrem em momentos específicos e

estratégicos do PDP. Os gates técnicos devem tratar apenas de questões técnicas, e

podem ser definidos no modelo de referência específico da organização. Podem

ocorrer ainda ao final dos ciclos de detalhamento e otimização, na fase de projeto

detalhado. Já os gates gerenciais ocorrem no momento de avaliação das fases, e

devem considerar três temas: o cumprimento da atividade planejada; a qualidade da

entrega (das informações) e a gestão do portfólio (ROZENFELD et al., 2006;

KERZNER, 2013). A figura 2.8 apresenta uma representação dos gates técnicos e

gerenciais em um modelo genérico do processo de desenvolvimento de produtos.

Figura 2.8 Representação de gates técnicos e gerenciais no PDP (SILVA; KAMINSKI, 2012).

LEGENDA gates gerenciais gates técnicos

ESTRATÉGIA DO PRODUTO

PRODUÇÃO E MELHORIACONTÍNUA

nI IIn IV V VIIII

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTOE DO PROCESSO

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ATIVIDADES

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ATIVIDADES

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ATIVIDADES

Page 50: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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Durante mais de três décadas (1970 até 2010) o PDP evoluiu, influenciado pelo

mercado, que por sua vez foi e continuará sendo influenciado pelos usuários, além

da influência de concorrentes, que desenvolvem e produzem produtos

continuamente.

Alguns autores apresentam o PDP como um conjunto de fases sequenciais (Asimow,

1968; Clark e Fujimoto, 1991; Dieter e Schimidt, 2009), outros apresentam o PDP

como um conjunto de processos concomitantes (APQP, 1997; Rozenfeld et al., 2006)

ou mesmo por meio de uma espiral de projeto (Kaminski, 2000).

O fato é que o PDP é por si complexo, interativo, dinâmico, adaptativo e evolutivo.

Depende de pessoas, de ideias, de sistemáticas, de recursos tecnológicos e fabris,

para manufaturar um produto que seja o mais compatível possível com as

necessidades dos usuários, além de ser técnico e economicamente viável.

Preocupações futuras, e pesquisas nos diferentes campos da engenharia sobre o

futuro da metodologia de projeto envolvendo reflexões e propostas sobre este tema,

são exemplos da preocupação contínua, em aprimorar os processos de

desenvolvimento de produtos (BIRKHOFER, 2011).

2.2 Estudo de caso

Para a seleção dos exemplos de PDP automotivos que compõem o estudo de caso,

primeiro observou-se a produção global de autoveículos5, independente da

categoria6. A tabela 2.1 mostra a distribuição da produção de autoveículos por

continentes (ANFAVEA, 2012).

Tabela 2.1 Distribuição da produção de autoveículos por continentes.

5 Autoveículos são automóveis, caminhões, ônibus, comerciais leves e máquinas agrícolas automotrizes. 6 Categoria: refere-se aos diferentes tipos de autoveículos que são comercializados e que são agrupados de acordo com o seu tamanho, motorização e público alvo.

Continentes Asia Europa América África Oceania

produção (%) 50,4 26,4 22,2 0,7 0,3

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29

Ao analisar a tabela 2.1 é possível determinar os três continentes com a maior

produção de autoveículos: a Ásia com 50,4%, em seguida a Europa com uma

produção de 26,4% e por fim a América com 22,2% da produção. A Oceania e a

África representam uma produção de 0,7% e 0,3% respectivamente.

Para o setor automotivo, os três continentes com a maior produção representam três

mercados ou culturas diferentes. Com o objetivo de verificar o PDP automotivo

destes três mercados ou culturas, selecionou-se uma montadora representante de

cada continente sendo para a Ásia a Toyota; para a Europa a Volkswagen (VW) e

para a América a General Motors (GM). Apenas no Brasil, no ano de 2011, estas três

montadoras juntas produziram mais de 1.532.000 veículos, o que representa 44,95%

de toda a produção de veículos no Brasil (ANFAVEA, 2012).

As informações utilizadas para a apresentação do estudo de caso são: levantamentos

bibliográficos sobre o PDP asiático; levantamentos bibliográficos e o conhecimento

do autor para o PDP europeu; levantamentos bibliográficos, documentos e

entrevistas a engenheiros seniores para o PDP americano.

2.2.1 O processo de desenvolvimento de produtos de uma montadora asiática

O modelo apresentado, também denominado de sistema enxuto de desenvolvimento

de produtos (SEDP) está estruturado em três partes denominadas de subsistemas: o

subsistema processo; o subsistema pessoal e o subsistema ferramentas e tecnologia.

Os três subsistemas são constituídos por treze princípios. Sob o aspecto de fluxo do

desenvolvimento do produto, o PDP da montadora asiática segue basicamente o

seguinte processo evolutivo: definição do conceito do automóvel; definição do estilo;

projeto do automóvel em sistemas CAD; desenvolvimento e construção de

protótipos; interação contínua da engenharia de produção durante o processo de

desenvolvimento do automóvel; construção de ferramentais; lançamento do produto;

acompanhamento da qualidade do produto, além da constante preocupação com a

redução de desperdícios (SHINGO, 1989; AMASAKA, 2002; AMASAKA, 2007;

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30

MORGAN; LIKER, 2008; JAYARAM; DAS; NICOLAE, 2010; ). A figura 2.9 mostra

uma visão geral deste modelo.

Figura 2.9 Visão geral do PDP da montadora asiática (MORGAN; LIKER, 2008 – adaptado pelo autor).

Os dois subsistemas, pessoal e ferramentas e tecnologia podem ser entendidos como

os recursos ou meios para o processo de desenvolvimento e estão implícitos na figura

2.9.

O subsistema processos contempla todas as sequências de atividades exigidas desde

o conceito do automóvel até a sua produção. Neste processo de engenharia se tem a

informação, a identificação das necessidades dos usuários, as características dos

produtos anteriores, informações sobre produtos competitivos, conceitos de

engenharia e demais informações necessárias. Estas informações são transformadas

em uma engenharia completa de um produto para manufatura (MORGAN; LIKER,

2008).

As empresas japonesas se utilizam de diversas estratégias para coletar informações.

Projetistas do produto recebem informações dos engenheiros de produção a respeito

das capacidades do processo. Os representantes das diferentes funções do projeto e

da fabricação se reúnem com frequência formalmente ou informalmente. Juntos

discutem o projeto em andamento e ajudam uns aos outros a resolver problemas

(LIKER; SOBEK II, 1996).

Conceito

Estilo

Projeto com CAD

Protótipo

Engenharia de produção

Ferramentaria

Desenvolvimento do processo

Lançamento

Construção de ferramentas

Conceito do design Tempo Começo da Produção

Tempo sem valor agregado (desperdício)

Tempo com valor agregado

Desenvolvimentode fornecedores

Qualidadedo produto

Suporte ao lançamentoSuporte à mudança de engenharia

CAD

Escolha do tema do modelo de argila

Modelo de negócioMarketing

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31

O subsistema processo é formado pelos princípios um, dois, três e quatro

respectivamente. O princípio um tem como objetivo estabelecer o valor definido pelo

usuário para separar o valor agregado do desperdício. O princípio dois tem como

objetivo concentrar esforços no início do processo de desenvolvimento de produtos

para explorar integralmente as alternativas disponíveis. O princípio três tem como

objetivo criar um nivelamento de fluxo do processo de desenvolvimento do produto.

O princípio quatro tem como objetivo utilizar uma padronização rigorosa para

reduzir a variação e criar flexibilidade7 e resultados previsíveis

(MORGAN; LIKER, 2008).

No subsistema pessoal se tem o recrutamento, a seleção e o treinamento de

engenheiros. Incluem-se também os estilos de liderança, os padrões de estrutura e

aprendizagem organizacionais.

Uma característica do subsistema pessoal é o fator denominado cultura, podendo ser

abrangente no resumo da linguagem, dos símbolos, das convicções e dos valores

compartilhados da organização (MORGAN; LIKER, 2008).

O subsistema pessoal é formado pelos princípios cinco, seis, sete, oito, nove e dez

respectivamente. O princípio cinco tem como objetivo o desenvolvimento de um

sistema de engenheiro-chefe para liderar o desenvolvimento do produto do início até

o final. O princípio seis tem como objetivo organizar e balancear a competência

funcional com a integração multifuncional. O princípio sete tem como objetivo

desenvolver a competência técnica superior em todos os engenheiros. O princípio

oito tem como objetivo integrar plenamente os fornecedores ao sistema de

desenvolvimento de produtos. O princípio nove tem como objetivo consolidar o

aprendizado e a melhoria contínua. O princípio dez tem como objetivo construir uma

cultura de suporte à excelência e à melhoria ininterrupta (MORGAN; LIKER, 2008).

7 Flexibilidade. Quando se tem uma padronização, por exemplo: seja um procedimento de trabalho. Torna-se possível deslocar operadores para diferentes atividades e diferentes áreas do processo, de forma que os mesmos tenham sempre um mesmo método de inspeção, atuação e produção em diferentes postos de trabalho.

Page 54: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

32

No subsistema ferramentas e tecnologia se tem o desenvolvimento e fabricação dos

meios necessários para transformar o projeto do automóvel em um produto final

manufaturado. Incluem-se neste subsistema ferramentas para a produção de peças

estampadas, tecnologias CAD, tecnologias de máquinas, manufatura digital e

tecnologias de teste. Softwares para auxiliar o trabalho do pessoal envolvido no

desenvolvimento do produto, ou para resolução de problemas, aprendizagem,

padronização das melhores práticas, também estão contidos neste subsistema

(MORGAN, LIKER, 2008).

O subsistema ferramentas e tecnologia é formado pelos princípios onze, doze e treze.

O princípio onze tem como objetivo adaptar a tecnologia ao pessoal e ao processo. O

princípio doze tem como objetivo direcionar a organização mediante comunicação

simples e visual (gerenciamento visual). O princípio treze tem como objetivo o uso de

ferramentas para a padronização e o aprendizado organizacional.

Quanto à estrutura organizacional de desenvolvimento do produto, a figura 2.10

mostra de forma simplificada os departamentos envolvidos no processo de

desenvolvimento de produtos da montadora asiática.

Figura 2.10 Organograma básico da montadora asiática (adaptado de TANAKA, 2010).

As engenharias de projetos e produção se reportam diretamente a um gerente geral e

de forma indireta também ao engenheiro-chefe, de acordo com o projeto em

desenvolvimento. Departamentos como vendas e marketing e finanças acompanham

o processo de desenvolvimento conforme atividades específicas e dão suporte às

engenharias.

Page 55: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

33

2.2.2 O processo de desenvolvimento de produtos de uma montadora europeia

O processo de desenvolvimento do produto automotivo da montadora europeia está

estruturado em conformidade com as seguintes macrofases: desenvolvimento do

conceito; desenvolvimento da série e preparação da série (SILVA, 2008). A figura 2.11

mostra uma síntese de estruturação do PDP da montadora.

Figura 2.11 PDP da montadora europeia (FORM, 2013).

A macrofase de desenvolvimento do conceito do automóvel é caracterizada pela

confirmação das características do automóvel. Estas características estão baseadas

nas famílias de produtos correntes e disponíveis no mercado. As principais fases

desta macrofase são o início de planejamento do produto (PPS), o posicionamento do

produto (POS), o relatório de estado do planejamento do produto (SBP), a

preparação estratégica do projeto (SP), a definição do projeto (PD) e a decisão do

projeto (PE) (SILVA, 2008).

O início do planejamento do produto (PPS) é fundamentado na estratégia de

mercado da montadora, no plano de vida do produto e no portfólio de projetos

(projetos futuros e ou ideias de projetos).

O posicionamento do produto (POS) é caracterizado pela confirmação das

características do veículo, a partir das informações de mercado. Com isto se tem um

cenário claro sobre o posicionamento do produto, as tecnologias envolvidas e o

portfólio de produtos da montadora.

Desenvolvimento do conceito

PPS POS SBP SP PD PE DE/LH1 V1PT DDKM DDKM/LH2 LF PVS 0S SOP

Lançamento dos agregados

Ajuste de agregados e módulos

Preparação da sérieDesenvolvimento da série

adaptaçõesAgregado PVS Agregado SOP

Agregado para protótipo

Decisão demodelo

Veículo

1. PT

Page 56: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

34

No relatório de estado do planejamento do produto (SBP) se tem a confirmação do

primeiro caderno de especificações para o usuário, a seleção das alternativas de

conceito para o detalhamento do produto e a liberação de recursos financeiros até a

fase de preparação estratégica do produto (SP).

Na fase de preparação estratégica do produto (SP), as estratégias de projeto

desenvolvidas nas fases de PPS, POS e SBP são implementadas. Os principais

objetivos desta fase são a divisão das atividades para a preparação do projeto e a

liberação do recurso financeiro até a decisão do projeto (PE).

Na fase de definição do projeto (PD) se tem a aprovação do conceito da plataforma e

dos agregados do automóvel (eixos, motor, transmissão, entre outros). Na PD ocorre

também a decisão para o desenvolvimento de dois modelos de estilo.

Na fase de decisão do projeto (PE) se tem a finalização da macrofase de

desenvolvimento do conceito do automóvel com a aprovação obrigatória de um

protótipo. Todas as informações e conceitos desenvolvidos e definidos até este

instante são transferidos para os departamentos técnicos da macrofase de

desenvolvimento da série do automóvel.

Na macrofase de desenvolvimento da série do automóvel os dois modelos de estilo

idealizados na macrofase de desenvolvimento do conceito são detalhados. Um dos

dois modelos é então selecionado e utilizado como base para o modelo de controle de

dados digital (DKM). Concomitante é realizado o desenvolvimento e a formação de

veículos-conceito, a partir de cálculos estruturais e de simulações (SILVA, 2008).

A macrofase de desenvolvimento da série do automóvel é composta pelas seguintes

fases: decisão de estilo/caderno de especificações 1 (DE/LH1); primeiro protótipo

virtual (V1PT); modelo de controle de dados digital (DKM); modelo de controle de

dados/caderno de especificações 2 (DKM/LH2) e liberação de lançamento (LF).

Na fase de decisão de estilo/caderno de especificações 1 (DE/LH1) se tem a decisão

de um modelo e estilo, com técnicas definidas para auxiliar o processo de

Page 57: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

35

desenvolvimento e produção do automóvel. O DE/LH1 é então encaminhado para a

fase do primeiro protótipo virtual (V1PT) com as devidas considerações e

determinações de despesas e metas.

Na fase do primeiro protótipo virtual (V1PT) se tem a representação digital do

automóvel. Este protótipo do automóvel é composto por um digital mock-up (DMU),

por resultados obtidos de cálculos estruturais e de simulações, e demais

especificações técnicas do produto. A figura 2.12 mostra um exemplo de digital

mock-up automotivo.

Figura 2.12 Digital mock-up automotivo (WEBER, 2009).

O V1PT descreve todas as propriedades necessárias para a construção do protótipo

físico. Subsequentemente ocorre a aprovação do primeiro protótipo virtual e o

pedido de construção do primeiro lote de protótipos físicos e a liberação de recursos

financeiros para os meios de produção.

Na fase do modelo de controle de dados digital (DKM) se tem a representação de

todos os elementos do automóvel que são visíveis ao usuário. O DKM serve ainda

para verificação das superfícies visíveis, abertura de portas e tampas, folgas entre

estes elementos, qualidade de dados8 e capacidade de construção. As decisões

8 Qualidade de dados pode ser entendida como a maturidade em que um determinado dado ou conjunto de dados

se encontram em relação ao tempo necessário para o seu desenvolvimento e conclusão.

Page 58: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

36

importantes que ocorrem nesta fase são: aprovação do DKM, pedido de construção

de um protótipo físico e tendências para o novo nome do automóvel.

Na fase de modelo de controle de dados/caderno de especificações 2 (DKM/LH2) se

tem a representação em tamanho natural do automóvel dos dados do produto de

série. Este modelo tem como finalidade o controle visual do produto e é a referência

para os processos de produção seguintes, ou seja, é o modelo de referência para a

produção do automóvel. Tem-se então a aprovação do modelo de controle de dados

(DKM), a liberação do caderno de especificações 2 (LH2) e a confirmação do

planejamento de custos e do lançamento do automóvel. O restante dos recursos

financeiros é liberado, dando prioridade aos meios diretos e auxiliares para a

produção. Nesta fase ocorre também o detalhamento e documentação da lista de

peças junto ao LH2 para assim assegurar a disponibilidade de peças para a pré-série

do automóvel.

A fase de liberação de lançamento (LF) tem como objetivo obter a confirmação das

áreas corporativas quanto à qualidade e disponibilidade de peças para a produção do

automóvel, conforme o planejamento e introdução do produto no mercado. Com isto

a LF desempenha o papel de assegurar o lançamento da produção em série do

automóvel, além de definir medidas para situações em que possam ocorrer desvios

dos objetivos e das metas corporativas.

Na macrofase de preparação da série e apoio à produção se tem a montagem de

alguns automóveis de forma manual. Estes automóveis são montados com peças

produzidas em ferramentais definitivos da montadora e dos fornecedores.

Parte dos meios necessários para a produção do automóvel está desenvolvida e

fabricada. Em alguns casos, estes meios são testados com peças unitárias que já estão

em pré-produção. É o caso de manipuladores, dispositivos interoperacionais de

acondicionamento de peças, máquinas de pontear, pistolas de pintura e de

aparafusar, entre outros meios de produção.

Page 59: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

37

Simultaneamente os colaboradores são treinados, seja em locais específicos de

treinamento ou nos postos de produção concluídos. Os meios fundamentais para

transporte e movimentação de materiais como empilhadeiras, rebocadores,

embalagens, prateleiras e carrinhos de processo estão disponíveis em quantidade

suficiente para atender a fase de série de teste da produção do automóvel (PVS).

A macrofase de preparação da série é composta pelas seguintes fases: série de teste

da produção (PVS); série zero (0S); início da produção do automóvel (SOP);

introdução no mercado (ME) e revisão de mercado (MR).

A fase de série de teste da produção (PVS) antecede a fase de série zero (0S) e tem

como objetivo montar o automóvel a partir das peças unitárias9, obedecendo ao

plano de montagem do automóvel. Todos os meios de produção e linhas de

montagem são testados, assim como a capacidade do processo de produção

(estamparia, armação, montagem final, logística e processo de fornecedores).

Na fase de série zero (0S) o processo de produção para fabricação em série do

automóvel é assegurado. Nesta fase as peças unitárias são novamente testadas com

base nos ajustes de processo realizados na PVS. A adequação de dispositivos e meios

de produção ainda pode ocorrer na 0S.

Por vezes estes automóveis são utilizados em análises diversas como, por exemplo,

qualidade do produto, análises dimensionais, ajustes do processo e testes de

rodagem. Por fim, estes automóveis são desmontados e suas partes são descartadas

na sua totalidade.

Na fase de início da produção do automóvel (SOP) inicia-se a produção de

automóveis para atendimento do mercado. Nesta fase as áreas produtivas e de

suporte possuem uma visão clara de toda a cadeia produtiva. Os fornecedores já

estão com os seus processos estabilizados e são capazes de garantir a frequência de

entrega de peças com base na demanda planejada pela montadora. A qualidade do

9 Peças unitárias referem-se ao componente a ser agregado ao processo de montagem do automóvel. Em alguns casos, este componente pode ser formado por outros subsistemas e ou subcomponentes.

Page 60: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

38

automóvel como um todo atende aos indicadores de qualidade estabelecidos pela

montadora e o processo de produção torna-se estável e pronto para atender os

volumes estabelecidos para o modelo. Tem-se início a produção seriada do

automóvel.

Na fase de introdução do automóvel no mercado (ME) se tem o abastecimento de

concessionárias com os volumes estabelecidos pela montadora. Ainda nesta fase se

tem o acompanhamento do produto até o fim de sua produção (EOP) e a garantia de

disponibilidade de peças compradas e de fabrico interno da montadora para

reposição. Ocorre também a preparação das informações do produto para o

abastecimento de um banco internacional e a documentação de modificações do

produto.

Na fase de revisão do mercado (MR) o produto é revisado sob os aspectos de

qualidade, assistência técnica, dados de produção e de finanças. Determinadas

informações são novamente utilizadas em desenvolvimentos futuros, garantindo o

processo de aprendizado e inovação contínua do produto.

Quanto à estrutura organizacional de desenvolvimento do produto a figura 2.13

mostra de forma simplificada os departamentos envolvidos no processo de

desenvolvimento de produtos da montadora europeia.

Figura 2.13 Organograma básico da montadora europeia.

As engenharias do produto (carroceria; chassis; elétrica; motores e transmissões,

protótipos; otimização do custo do produto) atuam diretamente no desenvolvimento

do produto. Cada engenharia possui um gerente funcional que se reporta aos

Page 61: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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diretores e de forma indireta também à presidência. Os departamentos de vendas e

marketing, suprimentos, e finanças acompanham o processo de desenvolvimento e

dão suporte as engenharias do produto, de manufatura e de produção.

2.2.3 O processo de desenvolvimento de produtos de uma montadora americana

Terreo (2007) descreve o processo de desenvolvimento de produtos da montadora

americana em três grandes fases, que nesta seção estão denominadas de macrofases.

São elas: o desenvolvimento do plano de portfólio, o processo avançado de

desenvolvimento de automóveis e o processo global de desenvolvimento de

automóveis.

Ainda de acordo com Guiguer Filho (2011) o processo global de desenvolvimento de

automóveis engloba também a macrofase do processo avançado de desenvolvimento

de automóveis. No processo de global de desenvolvimento de automóveis, o produto

pode ser dividido em sistemas, onde cada sistema pode ser desenvolvimento

simultaneamente, em engenharias da montadora localizadas em países diferentes.

A macrofase de processo global de desenvolvimento de automóveis está estruturada

de acordo com as seguintes fases: desenvolvimento do estilo; desenvolvimento do

produto e desenvolvimento do processo. A figura 2.14 mostra uma visão geral do

PDP desta montadora (GUIGUER FILHO, 2005).

Figura 2.14 PDP da montadora americana (adaptado de DONNDELINGER, 2010; TERREO, 2007;

GUIGUER FILHO, 2005).

Page 62: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

40

Na macrofase de desenvolvimento do plano de portfólio se tem a definição de quais

os produtos que devem compor o portfólio de produtos da montadora.

Uma análise de mercado também é realizada com base nos critérios de

macroeconomia, tendências, posicionamento dos concorrentes e oportunidades

(TERREO, 2007).

Para cada produto (produto A, produto B, produto C) se tem um estudo de caso de

negócio. O estudo de caso de negócio está fundamentado em informações anteriores

de outros produtos como: volume de vendas; crescimento; preços; lançamentos e

estratégias previstas nos produtos concorrentes. Além disto, o estudo de caso

também está fundamentado em pesquisas de mercado (TERREO, 2007).

Nesta macrofase os produtos (automóveis) são denominados de programas. Estes

programas são associados a um grupo de projetos. Cabe aos grupos de projetos

atuarem como integradores entre diferentes departamentos como: mercado

(marketing), gerenciamento de programas, engenharia de produto, engenharia de

manufatura, vendas, pós-vendas, compras, finanças e qualidade assegurada

(GUIGUER FILHO, 2011).

A macrofase de desenvolvimento do plano de portfólio é finalizada com a validação

do programa de desenvolvimento do novo produto automóvel. Tem-se a aprovação

executivo-estratégica que é documentada por meio de um documento denominado

de documento de intenção estratégica. As informações necessárias para o

desenvolvimento do automóvel são disponibilizadas para as macrofases

subsequentes do processo de desenvolvimento.

Na macrofase de processo avançado de desenvolvimento do automóvel se tem o

início do desenvolvimento virtual do produto. De acordo com Teske (2005) as

avaliações virtuais do automóvel ocorrem desde o início do desenvolvimento, no

estilo, na integração e na validação final do automóvel.

Page 63: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

41

As principais fases desta macrofase são a concepção do estilo do automóvel, a

definição e validação do conceito do automóvel, a especificação dos critérios de

projeto, a definição dos principais fornecedores e a caracterização funcional do

processo de fabricação (TERREO, 2007).

Na fase de concepção do estilo do automóvel se tem a definição da forma externa do

automóvel por meio de sistemas de CAD. Estas informações são direcionadas para a

engenharia do produto que realiza o detalhamento do projeto do automóvel. Estas

informações são utilizadas também para a definição preliminar das características do

projeto.

Na fase de desenvolvimento do estilo ocorre a definição de um modelo de estilo a

partir da apresentação de três a nove modelos de estilo do produto

(GUIGUER FILHO, 2005).

A fase de definição e validação ocorre a partir de análises realizadas em sistemas

CAE e de testes realizados em automóveis protótipos adaptados (automóveis mulas).

Avaliações virtuais preliminares de impacto, aerodinâmica, durabilidade, fadiga e

dinâmica do automóvel também são realizadas nesta fase.

Na fase de especificação dos critérios de projeto são incluídos os requisitos de

desempenho, legislação e de conforto. Estudos preliminares são realizados para dar

base a escolha e a aprovação da arquitetura definitiva do automóvel. Por vezes estes

estudos são realizados por meio da utilização de automóveis existentes ou por meio

de avaliações virtuais.

Para a fase de definição dos principais fornecedores Guiguer Filho (2005)

complementa e destaca que a participação de fornecedores do projeto de

desenvolvimento de componentes automotivos varia de acordo com a estratégia de

negócio da montadora e também de acordo com as diferenças regionais.

Na fase de caracterização funcional do processo de fabricação se tem a

caracterização, que é feita a partir das informações dos volumes de produção

Page 64: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

42

previstos, das instalações industriais, do processo logístico, da cadeia de

fornecedores e dos projetos dos processos produtivos. Estas informações devem estar

em conformidade com as previsões de investimento e de orçamento propostas.

A macrofase de processo avançado de desenvolvimento de automóveis é validada

com uma nova aprovação executivo-estratégica. Esta aprovação é feita por meio de

um documento denominado de documento de iniciação do programa. Os

investimentos necessários para a realização das atividades subsequentes são

autorizados e o processo de desenvolvimento do automóvel evolui para a macrofase

de processo global de desenvolvimento do automóvel.

Na macrofase de processo global de desenvolvimento do automóvel ocorre a maior

parte do desenvolvimento do automóvel. Todo o detalhamento e especificações

necessárias para a produção do automóvel são realizados. Testes para validação do

produto também são realizados. Tem-se então o desenvolvimento e implementação

das instalações produtivas necessárias para a produção do automóvel. A macrofase

de processo global de desenvolvimento do automóvel é formada principalmente

pelas seguintes fases: desenvolvimento do estilo, desenvolvimento do produto e

desenvolvimento do processo.

A fase de desenvolvimento do estilo é caracterizada por uma grande interação entre

as engenharias de produto e de processo. Nesta fase ocorre a liberação progressiva

de superfícies preliminares de componentes do automóvel. Estas superfícies dão

auxílio às engenharias de produto e de processos na execução de atividades como

construção de protótipos e meios produtivos (GUIGUER FILHO, 2005).

O final da fase de desenvolvimento do estilo é caracterizado pelo evento

denominado de superfícies finais de estilo.

A fase de desenvolvimento do produto tem como objetivo gerar as especificações

técnicas, os modelos matemáticos e os desenhos de engenharia necessários para

fabricação do automóvel. Ocorre também a construção e os testes de protótipos, que

auxiliam no processo de validação do produto (GUIGUER FILHO, 2005).

Page 65: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

43

Assim como na fase de desenvolvimento do estilo ocorre uma interação entre os

engenheiros de produto e de processos, na fase de desenvolvimento do produto

ocorre uma interação entre os responsáveis pelo estilo e os engenheiros de produto.

Esta interação ocorre até o instante em que as superfícies aparentes do automóvel

estejam finalizadas e o produto esteja validado por completo.

Durante a fase de desenvolvimento do produto informações de engenharia são

liberadas aos departamentos responsáveis pelo desenvolvimento de protótipos e

processos de fabricação do automóvel.

A liberação destas informações ocorre de forma progressiva, com base na evolução e

finalização de desenvolvimento dos componentes do automóvel.

Conforme mostrado na figura 2.14 a fase de desenvolvimento do processo tem início

concomitante com a fase de desenvolvimento do produto. Isto é possível devido a

liberações progressivas da engenharia do produto. Estas liberações são avaliadas

para se verificar a viabilidade de fabricação do produto em desenvolvimento.

O objetivo desta fase é o desenvolvimento de ferramentas, máquinas e instalações de

processo, a partir das informações criadas durante a fase de desenvolvimento do

produto. Nesta fase ocorre a validação do processo e o seu término é caracterizado

pelo evento denominado de término da validação do processo

(GUIGUER FILHO, 2005).

A macrofase de processo global de desenvolvimento do automóvel é finalizada com

o início da produção do automóvel. Ocorrem as validações finais do produto e do

processo produtivo. A partir deste momento do processo de desenvolvimento do

automóvel inicia-se um processo de melhoria contínua, realizado por uma equipe de

melhoria contínua do produto.

Os concessionários são abastecidos e o automóvel é introduzido no mercado de

acordo com os volumes de vendas planejados.

Page 66: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

44

Quanto à estrutura organizacional de desenvolvimento do produto a figura 2.15

mostra de forma simplificada os departamentos envolvidos no processo de

desenvolvimento de produtos da montadora americana.

Figura 2.15 Organograma básico da montadora americana (adaptado de CANDIDO, 2005).

As engenharias do produto (exterior, interior, elétrica-eletrônica, chassis, térmica, e

motores & transmissões) atuam de forma direta no desenvolvimento do produto e

também em atividades de melhoria contínua e de otimização do valor do produto

(GUIGUER FILHO, 2011).

Os departamentos de finanças, vendas e marketing e qualidade atuam junto às

engenharias de produto na forma de equipes de desenvolvimento de produtos ou

PDT (Product Develompent Team) (GUIGUER FILHO, 2005).

2.3 Comparativo entre o referencial teórico e o estudo de caso

Esta seção apresenta um comparativo qualitativo das semelhanças e diferenças entre

o referencial teórico e os três exemplos de PDP automotivos demonstrados no estudo

de caso. A tabela 2.2 mostra um comparativo entre o referencial teórico e os exemplos

de PDP automotivos para o conceito de desenvolvimento de produtos.

Page 67: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

45

Tabela 2.2 - Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos

Neste comparativo é possível observar as seguintes similaridades. Em síntese, o

processo de desenvolvimento de produtos se inicia com uma estratégia para o

produto que se pretende desenvolver. Após o delineamento da estratégia se tem o

posicionamento do produto junto aos produtos concorrentes e então a formação de

referencial teórico

conceito de desenvolvimento do produto: planejamento estratégico; posicionamento do produto junto aos

concorrentes; definição do portfólio de produtos; decisão por um ou mais produtos do portfólio para ser desenvolvido

(transformar em programa); desenvolvimento do produto; projetos virtuais; desenvolvimento de protótipos;

desenvolvimento dos processos de fabricação; projetos virtuais das instalações; desenvolvimento de protótipos dos

meios de produção; validação e testes finais dos protótipos do produto e do processo; treinamento de colaboradores;

início da produção piloto; testes e validações finais do produto com base nos meios definidos de produção; início da

produção em escala; abastecimento da rede de mercado; produção; descontinuação da produção.

particularidades: modelo de referência para ser adaptado conforme aplicação.

montadora asiática

conceito de desenvolvimento do produto: desenvolvimento do conceito; desenvolvimento do estilo; projeto em

sistemas CAD; construção de protótipos; construção de ferramentas; lançamento do produto; monitoramento da

qualidade do produto.

particularidades: sistema de engenheiro-chefe responsável por todo o processo de desenvolvimento do produto

(desde a definição do conceito do automóvel até a venda do automóvel no mercado). Preocupação com o

desenvolvimento enxuto de produtos. Trabalho contínuo de redução de desperdícios no projeto do produto e no

projeto do processo de fabricação. Preocupação explícita quanto aos recursos humanos (colaboradores) da

organização.

montadora européia

conceito de desenvolvimento do produto: planejamento do produto; conceitos de estilo; modelo de controle de

dados digitais; primeiro protótipo virtual; protótipos físicos; testes e validações; preparação para a produção em série;

pré-série de produção e lançamento do produto no mercado. Abastecimento de concessionários e revisão de

mercado.

particularidades: sistema de engenharia do produto, engenharia de manufatura e engenharia de processos. Não se

identifica no PDP da montadora especificações sobre o desenvolvimento enxuto de produtos. Não se identifica no PDP

da montadora uma preocupação explícita com relação aos recursos humanos (colaboradores da organização).

montadora americana

conceito de desenvolvimento do produto: desenvolvimento global de produtos; planejamento do produto;

enquadramento do programa; preparação do plano estatégico; decisão do plano estratégico; desenvolvimento do

estilo; desenvolvimento do produto e do processo; testes e validações do produto e do processo; automóveis pilotos e

início da produção do automóvel.

particularidades: sistema de engenharia do produto, engenharia de manufatura e engenharia de processos.

Desenvolvimento global de veículos. Não se identifica no PDP da montadora especificações sobre o desenvolvimento

enxuto de produtos. Não se identifica no PDP da montadora uma preocupação explícita com relação aos recursos

humanos (colaboradores da organização).

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46

algumas alternativas para o desenvolvimento do produto. Estas alternativas irão

formar o portfólio de produtos da organização.

Estabelecido o portfólio se tem a seleção de um ou mais produtos para

desenvolvimento. Inicia-se então um processo de transformação das informações

qualitativas (desejos) em dados quantitativos (informações técnicas mensuráveis). O

produto passa a ser desenvolvido bem como os meios e planos necessários para sua

produção.

Isto caracteriza um padrão entre os processos das montadoras europeia e americana

junto ao referencial teórico. Quanto à montadora americana, é importante destacar o

processo de global de desenvolvimento de automóveis. O produto é dividido em

sistemas, onde cada sistema pode ser desenvolvido simultaneamente, em

engenharias da montadora localizadas em diferentes países.

Um diferencial é encontrado no processo de desenvolvimento de produtos da

montadora asiática. Trata da preocupação quanto a se ter um processo de

desenvolvimento enxuto, ou seja, sem desperdícios. Esta preocupação constante

durante todo o processo e com todas as atividades mostra-se como um aspecto

positivo, que dá ao PDP da montadora asiática uma característica de constante

transformação em busca da melhoria contínua de seus processos de

desenvolvimento.

Outra diferença também contida no PDP da montadora asiática está na preocupação

quanto a excelência profissional dos envolvidos com o processo de desenvolvimento.

A preocupação com o ser humano, o treinamento, a padronização de atividades e

documentos são atributos pouco determinados, ao menos de forma explícita, nos

demais processos de desenvolvimento de produtos aqui apresentados.

A tabela 2.3 mostra um comparativo entre o referencial teórico e os exemplos de PDP

automotivos para as estruturas dos modelos de processo de desenvolvimento de

produtos.

Page 69: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

47

Tabela 2.3 – Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as estruturas dos modelos de PDP

As estruturas de desenvolvimento do referencial teórico e dos três exemplos de PDP

automotivos apresentam uma organização similar. A estruturação asiática mostra

uma diferença quanto a sua estruturação, ou seja, mediante aos subsistemas e não

mediante as macrofases. Entretanto, os subsistemas pessoal e ferramentas e

tecnologia podem ser entendidos como os recursos humanos e tecnológicos

necessários para o subsistema processo. Este sistema, por sua vez, apresenta uma

estrutura similar ao referencial teórico e aos demais exemplos de PDP automotivos.

Em síntese, tanto no referencial teórico como nos exemplos de PDP automotivos as

estruturas são inicialmente estratégicas, posteriormente estratégicas e técnicas, e ao

final são técnicas e de aplicação.

A tabela 2.4 mostra um comparativo entre o referencial teórico e os exemplos de PDP

automotivos para as fases do processo de desenvolvimento de produtos.

referencial teórico

macrofase de planejamento estratégico; macrofase de desenvolvimento do produto e do processo; macrofase de

produção e lançamento do produto no mercado; macrofase de acompanhamento da produção e descontinuação do

produto.

montadora asiática

subsistema processos; subsistema pessoal e subsistema ferramentas e tecnologia. Subsistemas interdependentes e

inter-relacionados. Foco no estabelecimento do valor definido pelo cliente durante todo o processo de

desenvolvimento do automóvel.

montadora européia

três macrofases principais classificadas como: desenvolvimento do conceito; desenvolvimento da série e preparação

da série e apoio à produção. Macrofases interdependentes e inter-relacionadas. Foco no desenvolvimento do produto

a partir da definição de um entre dois modelos de estilo apresentados.

montadora americana

três macrofases principais classificadas como: desenvolvimento do plano de portfólio de produtos; desenvolvimento

avançado de automóveis e processo global de desenvolvimento de automóveis. Macrofases interdependentes e inter-

relacionadas. Foco no desenvolvimento do produto a partir da definição de um entre três a nove modelos de estilo

apresentados.

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48

Tabela 2.4 – Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as fases do PDP

As fases do processo de desenvolvimento do produto são os elementos discretos que

estão contidos nas macrofases. Portanto, este conjunto de elementos discretos possui

características específicas que em conjunto devem caracterizar a macrofase e o seu

objetivo.

As fases descritas no referencial teórico são uma síntese dos modelos apresentados

na seção 2.1. Entretanto, por se tratar de modelos genéricos do processo de

desenvolvimento do produto estas tendem a ser também genéricas e abrangentes, de

forma a oferecer uma visão holística do processo.

A tabela 2.5 mostra um comparativo entre o referencial teórico e os exemplos de PDP

automotivos para as atividades do processo de desenvolvimento de produtos.

referencial teórico

fases iniciais com decisões estratégicas de alta influência nas demais fases do desenvolvimento do produto. Fases de

transformação das informações estratégicas em dados de engenharia para o desenvolvimento do produto. Fases

intermediárias de soluções de alternativas e combinações para o produto. Fases iniciais para o desenvolvimento do

processo. Fases finais de desenvolvimento do produto e do processo. Validações finais do produto. Fases de

acompanhamento da produção do produto, de sua inserção no mercado, da descontinuação da produção e da

retirada do produto do mercado. Sistemática de revisão de fases (gates).

montadora asiática

possui treze princípios. Princípios de um a quatro contidos no subsistema processo. Princípios de cinco a dez contidos

no subsistema pessoal. Princípios de onze a treze contidos no subsistema ferramentas e tecnologia. Sistemática de

revisão de fases (gates).

montadora européia

possui quinze fases principais. Fases específicas para cada macrofase de desenvolvimento do produto. Seis fases

contidas na macrofase de desenvolvimento do conceito. Cinco fases contidas na macrofase de desenvolvimento da

série. Quatro macrofases contidas na macrofase de preparação da série e apoio à produção. Sistemática de revisão de

fases (gates).

montadora americana

possui três fases principais para cada macrofase do processo de desenvolvimento do automóvel. Três fases contidas

na macrofase de desenvolvimento do plano de portfólio de produtos. Três fases contidas na macrofase de processo

global de desenvolvimento de veículos. Sistemática de revisão de fases (gates).

Page 71: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

49

Tabela 2.5 – Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as atividades do PDP

As atividades também são diversos elementos que constituem as fases do PDP. São

elementos fundamentais para o desenvolvimento do produto e podem ser

dependentes ou independentes entre si. Ocorrem simultaneamente e

interativamente, embora estejam dispostas sistemicamente no processo de

desenvolvimento.

Quanto à disposição sistêmica das atividades no PDP, o comparativo apresentado na

tabela 2.5 mostra uma similaridade entre o referencial teórico e as informações

obtidas nos três exemplos de PDP automotivos apresentados.

Quanto à execução das atividades, uma execução equivocada ou incompleta de uma

atividade pode resultar no fracasso do produto. É o exemplo das atividades

relacionadas à transformação dos valores do usuário em informações quantitativas

para o desenvolvimento do produto. Se estes valores forem interpretados de forma

referencial teórico

atividades iniciais de investigação e levantamento de informações estratégicas. Atividades de transformação dos

requisitos do mercado em informações quantitativas de engenharia. Atividades de desenvolvimento do produto.

Atividades de desenvolvimento do processo. Atividades de treinamento e estabelecimento de métricas para o produto

e para o processo. Atividades de testes e validações, ajustes do produto e do processo. Atividades de finalização e ou

alterações de documentação do produto. Atividades fabris e de acompanhamento do produto no mercado, coleta de

informações dos usuários e retroalimentação do planejamento estratégico do produto.

montadora asiática

criar processos e executar objetivos preservando o valor definido pelo cliente durante todo o processo de

desenvolvimento do produto. Padronizar o máximo de atividades quanto a sua forma de execução. Discutir lições

aprendidas. Executar reuniões diárias para melhoria contínua dos processos, atividades, documentos, entre outros

componentes do processo de desenvolvimento do produto.

montadora européia

posicionar o produto. Criar modelo de estilo e desenvolver conceito virtual do produto. Desenvolver conceito virtual,

desenvolver protótipos, realizar testes e validações. Desenvolver meios para a produção do automóvel. Treinar

colaboradores. Realizar testes finais, ajustes de processo e iniciar produção piloto. Lançar o automóvel no mercado.

Coletar informações do mercado para programas futuros.

montadora americana

definir portfólio de produtos estudar mercado e concorrentes. Validar o programa a ser desenvolvido. Desenvolver o

estilo do automóvel. Aprovar o estilo e desenvolver o produto. Desenvolver o processo de fabricação. Testar e validar

o produto e o processo. Iniciar a produção piloto. Lançar o produto no mercado.

Page 72: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

50

equivocada ou transferidos de forma incompleta terá início um processo de

desenvolvimento que provavelmente resultará em um produto que não atenda os

valores do usuário. Como resultado final se tem o prejuízo para a organização.

Para evitar que isto ocorra as revisões de fases ou gates são atividades importantes no

PDP. Durante estas revisões de fases é possível identificar e corrigir informações do

produto que serão transmitidas para as fases subsequentes do processo de

desenvolvimento, auxiliando assim na integridade e homogeneidade das

informações.

A tabela 2.6 mostra um comparativo entre o referencial teórico e os exemplos e PDP

automotivos para as estruturas organizacionais básicas do processo de

desenvolvimento de produtos.

Tabela 2.6 – Comparativo entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos para as estruturas organizacionais básicas do PDP

Neste comparativo se tem a estrutura organizacional básica de profissionais

envolvidos no processo de desenvolvimento de produtos. O referencial teórico

apresenta esta estrutura organizacional de forma generalizada. Isto porque se trata

referencial teórico

membros da diretoria. Gerentes funcionais. Responsáveis pela engenharia. Gerente de projetos. Especialistas.

Parceiros. Time de planejamento estratégico do produto. Time de desenvolvimento. Time de avaliação. Time de

acompanhamento do produto ( * ).

montadora asiática

diretores e presidente. Engenharias de produto. Engenharia de processos. Vendas e marketing. Qualidade. Finanças.

Equipes funcionais.

montadora européia

diretores e presidente. Engenharias do produto. Engenharia de processos. Engenharia de produção. Vendas e

marketing. Qualidade. Finanças. Suprimentos. Equipe operacional.

montadora americana

diretores e presidente. Engenharias do produto. Engenharia de processos. Vendas e marketing. Qualidade. Finanças.

Equipes operacionais.

* a estrutura organizacional descrita é baseada na referência de Rozenfeld et. al (2006).

Page 73: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

51

de um modelo de referência que tem como intuito adaptar-se as diferentes variáveis

e padrões de estruturas organizacionais praticadas pelas organizações.

Quanto aos três exemplos de PDP automotivos apresentados no estudo de caso, as

estruturas organizacionais apresentam uma estrutura técnica e funcional com um

monitoramento financeiro, comercial e qualitativo, onde um grupo gestor é

responsável por mediar e ou interferir nas atividades e tomadas de decisão.

Uma estrutura organizacional, mesmo que simplificada, se faz necessário nas

organizações. A forma com que esta estrutura organizacional está relacionada e como

ocorre à interação entre os profissionais envolvidos é o que diferencia uma

organização da outra.

Um exemplo desta interação entre os profissionais é apresentado no PDP da

montadora asiática, que possui um profissional denominado de engenheiro-chefe

(EC). O engenheiro chefe atua como gestor das atividades e recursos necessários para

o desenvolvimento do automóvel, tendo outros gerentes e engenheiros como

auxiliares em suas atividades, sendo ele neste caso, o maior responsável pelo produto

em desenvolvimento.

2.4 Consolidação do capítulo

Este capítulo apresentou um referencial teórico sobre o processo de desenvolvimento

do produto (PDP), abrangendo principalmente as décadas de 1980 até 2010.

Identificou-se que, em sua maioria, os modelos apresentados são estruturados em

fases, que podem estar relacionadas de forma concomitante (fases sequenciais), ou de

forma interativa (espiral). Existem tomadas de decisões que são realizadas em

instantes específicos do PDP, e em instantes estratégicos. Para isto faz-se necessário o

uso de gates. Analogamente, estes gates podem ser técnicos e/ou gerenciais.

Desenvolvido o referencial teórico um estudo de caso foi realizado. O objetivo do

estudo de caso foi verificar, por meio de três exemplos de PDP automotivos, três

mercados ou culturas diferentes.

Page 74: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

52

Após o desenvolvimento do estudo de caso um comparativo qualitativo entre o

referencial teórico e o estudo de caso foi realizado.

Após análise do comparativo fez-se uma discussão dos resultados, onde as

semelhanças e diferenças entre o referencial teórico e os três exemplos de PDP

automotivos foram apresentadas.

As informações obtidas com o referencial teórico e com este comparativo irão

contribuir para a elaboração do modelo de referência para o processo de

desenvolvimento do produto automotivo, que será desenvolvido e proposto no

capítulo cinco desta tese.

Page 75: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

53

3 PROTÓTIPO VIRTUAL

Neste capítulo, um referencial teórico sobre os sistemas de projeto auxiliado por

computador (CAD) utilizados na criação das geometrias que caracterizam os

protótipos virtuais é desenvolvido e apresentado. Os princípios que constituem os

sistemas de engenharia auxiliada por computador (CAE) para analisar, simular e

validar virtualmente os protótipos virtuais são explicados. Dois sistemas compostos,

que combinam ambos os sistemas CAD/CAE são descritos. O conteúdo do capítulo é

então consolidado com as considerações pertinentes.

3.1 Referencial teórico

Para a criação de um PV é necessário um sistema computacional. Com isto dois

grupos de sistemas computacionais são identificados: os sistemas de projeto

auxiliado por computador (CAD) e os sistemas de engenharia auxiliada por

computador (CAE).

O primeiro sistema CAD foi desenvolvido no final da década de 1950 e no início da

década de 1960, dando início a utilização de PV no processo de desenvolvimento de

produtos (LEE, 1999; KAMRANI; NASR, 2006; TSUZUKI, 2009; SPUR 2001 apud

BRACHT; GECKLER; WENZEL, 2011).

CAD é uma sigla para a expressão do idioma inglês Computer-Aided Design. Esta

expressão é amplamente utilizada em processamento de informações, e possui várias

aplicações. CAD é ainda um termo genérico para atividades que utilizam

processamento eletrônico de informações, para projetar e construir, de forma direta

ou indireta (VDI 4426, 2004).

Os sistemas CAD têm sido utilizados também nos setores metal/mecânico e

automotivo (FU, 2008; WEBER, 2009). No setor automotivo, por exemplo, o

desenvolvimento virtual do produto é uma realidade consolidada entre montadoras,

autopeças e empresas de projeto automotivo.

Page 76: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

54

O uso dos sistemas CAD entre estas organizações permite ainda que um PV seja

desenvolvido localmente ou globalmente.

Os sistemas CAD são utilizados ainda no auxílio ao projeto do processo de fabricação

(BRAMLEY; BRISSAUD; COUTELLIER; McMAHON, 2006; KAMRANI, NASR, 2010;

GIBSON; ROSEN; STUCKER, 2010; YOSHIMURA, 2010).

Diferentes softwares/programas computacionais para aplicação em áreas dos

processos de fabricação como infraestrutura; automação de processos e montagem

também foram desenvolvidos.

Um sistema composto, conhecido como Fábrica Digital (digital factory) é um exemplo

disto (BÖER, 1996; SACCO, 2000; CARPANZANO, 2004 apud MOTTURA et al.,

2008; VDI 4499, 2008). Este sistema composto reúne outros sistemas,

técnicas/tecnologias e softwares/programas para projetar, planejar, simular, validar,

controlar e organizar virtualmente a infraestrutura de fábrica, os meios necessários

para a produção e a melhoria contínua dos processos e dos meios de fabricação.

Outro sistema composto que combina diferentes tecnologias CAD e suas aplicações é

a Realidade Virtual (RV). A RV tem como essência a representação espacial multi-

sensorial; interativa; presencial; combinada com técnicas/tecnologias de simulação

em tempo real, e alto nível de gerenciamento da manipulação em ambientes virtuais

(BLACH, 2008).

Com a criação e difusão dos sistemas CAD surgiram também os sistemas de

engenharia auxiliada por computador (CAE).

Os sistemas de engenharia auxiliada por computador (CAE) são utilizados na análise

de geometrias geradas em sistemas CAD permitindo a simulação, e o estudo do

comportamento do produto (LEE, 1999).

Spur (2001) apud Bracht; Geckler e Wenzel (2011) mostra, conforme ilustrado na

figura 3.1, o surgimento e o incremento dos sistemas computacionais nas suas

diferentes aplicações, a partir da década de 1950 até os anos 2000.

Page 77: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

55

Figura 3.1 Sistemas computacionais no PDP (SPUR 2001 apud BRACHT; GECKLER; WENZEL, 2011-

adaptado pelo autor).

Nas seções subsequentes apresentar-se-á os princípios e fundamentos dos sistemas

CAD; CAE; Fábrica Digital (FD) e Realidade Virtual (RV).

3.1.1 Sistemas de projeto auxiliado por computador (CAD)

Os sistemas CAD são utilizados para definir, por exemplo, a geometria de um

componente mecânico; de uma estrutura; layouts, entre outros componentes do

projeto do produto e do projeto do processo de fabricação.

A geometria é um elemento essencial para as atividades subsequentes do

desenvolvimento do produto e do processo (LEE, 1999).

A figura 3.2 mostra, de acordo com a VDI 4426 (2004), uma subdivisão para

caracterização dos sistemas CAD.

1850 1900 1950 2000 ano

aumento de sistemascomputacionais

desenhos

desenho orientado ao projeto

projeto auxiliadopor computador

métodosgerais de

aprendizagem

desenhos

métodos deconstrução

métodosgerais de

aprendizagem

modelosgeométricos

algoritmos

computador orientado aodesenvolvimento do produto

modelosdigitais

do produto

processamentodo

conhecimentovisualização,

simulação

métodos demodelagem

modelo dociclo de vida

do produto

modelamentovirtual da fábrica

planejamentovirtual do produto

projeto virtualdo produto

produção virtuale planejamento

logístico

lançamentovirtual do produto

desenvolvimento virtualdo produto e da fábrica

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56

Figura 3.2 Subdivisão para os sistemas CAD (VDI 4426, 2004 – adaptado pelo autor).

Os objetos gerados em sistemas CAD podem ser paramétricos (PAR) e não

paramétricos (NPA).

Os sistemas bidimensionais (2D) são, na maioria dos casos, similares aos projetos

convencionais feitos em pranchetas. Mesmo em meio eletrônico, os modelos são

armazenados como projeções ou seções transversais. São representados na forma de

desenhos técnicos e contém informações como padrão de linhas, simbologias de

usinagem, anotações, lista de especificações e cotas (VDI 4426, 2004).

Já nos sistemas tridimensionais (3D), o projeto é desenvolvido em um espaço

tridimensional, e suas principais técnicas/tecnologias de construção são: modelagem

por fios de arame (wireframe modelling), modelagem por superfícies (surface modelling),

modelagem por sólidos (solid modelling) e modelagem híbrida (hybrid modelling) (VDI

4426, 2004).

As técnicas de modelagem por fio de arame (MFA) representam o modelo virtual e

tridimensional do produto por meio de linhas e pontos característicos. O uso destas

linhas e pontos possibilita ao usuário manipular o modelo, modificando a disposição

das linhas e pontos.

A descrição matemática correspondente é mostrada em uma lista de equações de

curvas, coordenadas dos pontos, e informações de conectividade das linhas e pontos

que definem o modelo virtual. As técnicas de modelagem por fio de arame são de

fácil utilização, uma vez que são necessárias somente a inserção e a conexão de linhas

para definir o modelo.

modelossólidos

conceitos CADparamétricos (PAR) não paramétricos (NPA)

sistemas 2D sistemas 3D

modelos de

aramemodelos de superfície

modelagem híbrida

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57

Entretanto, de acordo com o domínio da aplicação, podem surgir interpretações

ambíguas para alguns modelos, bem como modelos inconsistentes. Como não é

possível determinar as faces externas e internas do modelo, sua utilização em

sistemas CAE se torna inviável (LEE, 1999).

Para outras aplicações, como na representação 2D do produto e/ou do processo de

fabricação, a técnica de modelagem por fio de arame se mostra adequada. A figura

3.3 mostra uma visualização em planta de uma célula de manufatura automotiva,

por meio da modelagem em fio de arame.

Figura 3.3 Visualização de um modelo em fio de arame: A) estruturas para acondicionar a matéria

prima. B) bancadas de trabalho. C) trabalhadores.

Em técnicas de modelagem por superfícies (MSU), a descrição matemática

correspondente ao modelo virtual inclui informações das superfícies, em adição aos

sistemas de modelagem por fio de arame, compostos apenas por linhas e pontos. Esta

técnica pode ser aplicada, por exemplo, na modelagem de peças automotivas

estampadas. A geometria é obtida em um ambiente 3D, e formas de visualização

como o rendering impossibilitam a interpretação ambígua do modelo. Contudo,

modelos inconsistentes podem ser criados, dependendo dos comandos disponíveis

no sistema CAD (MSU). A figura 3.4 mostra uma visualização de uma peça

automotiva estampada, modelada por meio da modelagem de superfícies.

Figura 3.4 Visualização de um modelo de superfícies (SILVA, 2008).

A

B

A

BC

C

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58

As técnicas de modelagem de sólidos (MSO) são utilizadas para modelar formas

geométricas que tenham um volume fechado, por isto são denominados de sólidos.

Diferentemente das técnicas de modelagem por fio de arame e de superfícies, as

técnicas de MSO garantem que o modelo seja consistente e não ambíguo para um

domínio de representação muito abrangente. A figura 3.5 mostra a visualização de

modelo de um eixo traseiro automotivo, por meio da modelagem de sólidos.

Figura 3.5 Visualização de um modelo sólido (SUN et al., 2011 - adaptado pelo autor).

A técnica de modelagem híbrida (MHB) é designada aos sistemas que combinam10

ambos os modelos, os de superfícies e os de volumes (VDI 4426, 2004).

3.1.2 Sistemas de engenharia auxiliada por computador (CAE)

Para que se tenha entendimento dos princípios dos sistemas de engenharia auxiliada

por computador (CAE), é necessário o entendimento do denominado problema de

engenharia.

O processo de formulação, análise e solução de problemas de engenharia, passa pela

transformação de um modelo físico em um modelo matemático capaz de representar,

por meio de suas variáveis, parâmetros e termos forçantes, o comportamento e as

características essenciais deste modelo físico.

Na maioria dos casos, esta representação envolve um grande número de equações

diferenciais. Assim, uma abordagem analítica da solução do problema se torna

inviável. A figura 3.6 mostra uma representação do processo de formulação, análise e

solução de problemas de engenharia.

10 Grande parte dos sistemas atualmente disponíveis no mercado (2013), combinam técnicas/tecnologias de geração e modelagem de superfícies e volumes.

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Figura 3.6. Processo de formulação, análise e solução de problemas de engenharia (BATHE, 1996 –

adaptado pelo autor).

A eq. (3.1) mostra, em um sentido geral, uma modelagem matemática de um modelo

físico genérico (CHAPRA; CANALE, 2008).

( ) ( )

Onde:

é a variável dependente que, usualmente, representa o comportamento ou estado

do modelo físico;

é a variável independente, usualmente dimensões como o tempo e o espaço, ao

longo dos quais o comportamento do modelo físico está sendo determinado;

são os parâmetros que representam as propriedades, ou a composição do modelo

físico;

são os termos forçantes, ou seja, são as influências externas que agem sobre o

modelo físico.

modelo físico

modelo matemáticoequações diferenciais que

representam o modelo

físico.

discretização e solução do modelo matemático

transformação das equações diferenciais em equações

algébricas;

geração da malha;condições de contorno;

parâmetros;(escolha do método numérico)método das diferenças finitas;método dos volumes finitos;

método dos elementos finitos....

avaliação da precisão da solução

interpretação dos resultados

refinamento da análise

melhoria do modelo

refinar malha,condições de contorno,

parâmetros, etc.

melhorar o modelomatemático

mudança do modelo físico

soluçãodo

modelo matemático

pelo método numérico

problema de engenharia

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Usualmente, um modelo matemático que represente um modelo físico, possui o

formato de uma equação diferencial, ou seja, uma equação que contém uma função

desconhecida e algumas de suas derivadas. Estas funções, em sua maioria,

apresentam uma propriedade denominada de continuidade e, por isto, são chamadas

de contínuas (STEWART, 2011).

Existem também sistemas onde as variáveis e os parâmetros são discretos. No

controle (automação) de operações de produção, por exemplo, as variáveis e os

parâmetros são discretos, e na sua maioria, discretos e binários (GROOVER, 2011).

Entretanto, os fenômenos físicos são geralmente contínuos, e a definição matemática

de continuidade, está intimamente ligada ao significado da palavra continuidade na

linguagem do dia a dia. Desta forma, um processo contínuo é aquele que ocorre

gradualmente, sem interrupções, ou mudanças inesperadas (STEWART, 2010).

As aplicações físicas possuem ainda outros tipos de condições que devem ser

consideradas, nas quais o valor da variável, ou de sua derivada, é especificado em

pontos diferentes. Tais condições são chamadas de condições de contorno11 (CC).

Feito a apropriada modelagem matemática do modelo físico, o próximo passo é

implementar o modelo matemático em um sistema computacional. Para isto, o

modelo matemático contínuo, deve ser transformado em um modelo discreto.

Nesta transformação, as equações diferenciais são convertidas em equações

algébricas, que podem ser resolvidas aplicando-se operações básicas da matemática,

como, por exemplo: adição, subtração, multiplicação, divisão e extração de raízes.

Chapra e Canale (2008) descrevem, de acordo com a eq. (3.2), um exemplo da

transformação de uma equação diferencial em uma equação algébrica, a partir de

uma equação que representa a taxa de variação da velocidade no tempo.

11 De acordo com Zill e Cullen (2001), as condições de contorno (CC) aplicadas nas equações diferenciais podem ser de três tipos: de Dirichlet, de Neumann e de Robin. Os nomes atribuídos as três CC são em honra ao matemático francês Victor G. Robin (1885-1897), e aos matemáticos alemães Peter G. L. Dirichlet (1805-1859) e Carl G. Neumann (1832-1925).

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61

( ) ( )

( )

Onde:

e são as diferenças na velocidade e no tempo, respectivamente, calculados

sobre intervalos finitos;

( ) é a velocidade em um instante inicial ;

( ) é a velocidade em um instante posterior .

A eq. (3.2) é chamada de aproximação por diferença finita da derivada da velocidade

no instante .

A representação discreta do modelo, por exemplo, de uma determinada geometria

criada em um sistema CAD, usualmente é feita sob a forma de uma grade12, ou

malha, composta por nós e elementos sobre o modelo, ou neste caso, sobre a

geometria.

Quanto a sua estrutura, as malhas podem ser estruturadas ou não estruturadas. As

malhas estruturadas são caracterizadas pelo arranjo, ou organização regular de seus

elementos. No caso da malha não estruturada, esta regularidade não ocorre

(SCHÄFER, 2006). A figura 3.7 mostra uma ilustração de uma malha estruturada (a)

e uma malha não estruturada (b), para duas geometrias genéricas.

Figura 3.7. Exemplos de malha estruturada (a) e não estruturada (b).

12 Existem três tipos de grades, ou malhas. As malhas ajustadas às fronteiras (boundary-fitted grids), as malhas cartesianas (cartesian grids) e as malhas sobrepostas (overlaping grids). Para melhor compreensão do tema, o autor recomenda consultar a referência de Schäfer (2006).

(a) (b)

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Na tabela 3.1 estão descritas algumas vantagens ( ) e desvantagens ( ) entre as

malhas estruturada e não estruturada.

Tabela 3.1 - Vantagens ( ) e desvantagens ( ) entre as malhas estruturada e não

estruturada.

(Schäfer, 2006 – adaptado pelo autor).

No caso de se criar uma malha estruturada, esta tarefa consiste em se encontrar um

único mapeamento entre os valores, por exemplo: e , do

modelo lógico (discreto), e as coordenadas ( ) do modelo físico (contínuo).

De uma maneira geral, o modelo físico é irregular, enquanto que o modelo lógico é

regular (SCHÄFER, 2006). A figura 3.8 ilustra a relação entre os nós e coordenadas da

malha nos modelos físico e lógico.

Figura 3.8. Relação entre nós e coordenadas nos modelos físico e lógico (Schäfer, 2006 – adaptado pelo

autor).

propriedades estruturada não estruturada

modelagem de geometrias complexas

local (adaptação) refinamento da malha

geração automática da malha

esforço para geração da malha

esforço para programação em computador

gravação e gerenciamento dos dados (informações)

solução dos sistemas de equações algébricas

(V)

(V)

(V)

(V)

(D)

(V)

(D)

(D)

(V)

(V)

(V)

(V)(V)

(D)

(D)

(D)

(D)

modelo físico modelo lógico

x( , M)

x(N, )

x(0, )x( , 0)

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63

Para obtenção dos valores intermediários, ou seja, os valores entre os nós, técnicas de

interpolação13 são aplicadas. Com o modelo físico convertido em um modelo lógico,

e com a determinação do sistema de equações algébricas para este modelo, torna-se

possível transcrever estas equações para um programa de computador e

consequentemente, determinar os valores das variáveis desconhecidas.

Para determinação dos valores das variáveis envolvidas nos diferentes problemas de

engenharia, métodos numéricos são utilizados. Na sua essência, os sistemas CAE

possuem programas baseados em métodos numéricos. De acordo com Chapra e

Canale (2008), alguns métodos numéricos são capazes de lidar com um grande

número de equações e geometrias complexas, comuns na prática da engenharia. Os

métodos numéricos comumente empregados na resolução dos problemas de

engenharia são: o método das diferenças finitas (MDF), o método dos volumes finitos

(MVF) e o método dos elementos finitos (MEF).

Não é pretensão do autor desta tese, apresentar ou explicar os

conceitos/fundamentos matemáticos contidos nestes três métodos. Para este

conhecimento, recomenda-se algumas referências como: Bathe (1996), Chen (2005),

Peiró e Sherwin (2005), Schäfer (2006), Taler e Duda (2006), Chapra e Canale (2008),

Chaskalovic (2008), Wriggers (2008), Hauser (2009), Long; Cen e Long (2009), Dimov;

Dimova e Kolkovska (2011).

Para os três métodos numéricos citados, o modelo físico precisa ser transformado em

um modelo lógico (discreto). No método das diferenças finitas (MDF), a

transformação do modelo físico em um modelo lógico ocorre distribuindo-se os nós

em uma malha estruturada, sobreposta ao modelo físico. Uma equação diferencial é

descrita para cada um dos nós (ponto a ponto) do modelo lógico, e suas derivadas

são substituídas por diferenças finitas, transformando as equações diferenciais em

equações algébricas (CHAPRA; CANALE, 2008).

13 De acordo com Chapra e Canale (2008), a interpolação é o método mais comum para se fazer estimativas de valores intermediários entre dados, sendo a interpolação polinomial o método mais utilizado para este propósito.

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64

A figura 3.9 mostra um exemplo de abordagem do MDF para uma junta de vedação

de formato irregular.

Figura 3.9. Abordagem do método das diferenças finitas (Chapra; Canale, 2008 – adaptado pelo

autor).

Feita a transformação do modelo físico em um modelo lógico, tem-se a formulação

das equações algébricas para cada um dos nós da malha, e o surgimento das

variáveis desconhecidas a serem determinadas. O próximo passo é a determinação

das condições de contorno e os parâmetros que caracterizam o problema de

engenharia em análise.

Com o modelo lógico formulado, ou seja, estabelecidos o modelo, as equações, as

condições de contorno e os parâmetros pertinentes, o modelo é então processado

pelo computador, e a solução pelo método das diferenças finitas é realizada. Os

resultados obtidos com a solução do sistema de equações são analisados, e de acordo

com as previsões determinadas para o modelo, ajustes são realizados. O modelo

discreto pode ser ajustado ou melhorado, os valores atribuídos às condições de

contorno e aos parâmetros podem ser alterados, e uma nova resolução do sistema de

equações é realizada, até que haja uma convergência dos resultados obtidos com as

previsões determinadas para o modelo.

O MDF possui uma abordagem bastante simples e direta para malhas estruturadas.

Contudo, este tipo de abordagem tem difícil aplicação para condições onde se tem

fronteiras, ou geometrias com formatos mais complexos (CHAPRA; CANALE, 2008).

modelo físico

abordagem por diferenças finitas

ponto a ponto

modelo lógico

Page 87: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

65

Esta dificuldade pode se observada no exemplo ilustrado na figura 3.9. O modelo

lógico, representado pela malha sobreposta ao modelo físico, não satisfaz todas as

condições impostas pela forma geométrica do modelo físico.

No caso do método dos volumes finitos (MVF), o processo de discretização envolve

a transformação do modelo físico em um número finito de volumes, denominados de

volumes de controle14 (VC). Nós são então relacionados a estes volumes de controle,

por meio dos quais as variáveis desconhecidas são determinadas. A união de todos

os volumes de controle deve abranger (cobrir) todo o modelo físico, e assim,

representar o seu comportamento.

Após a transformação do modelo físico em volumes de controle com seus respectivos

nós, e com a formulação das equações algébricas para determinação das variáveis

desconhecidas, tem-se a determinação dos parâmetros e a incorporação das

condições de contorno. Estabelecidos os volumes de controle, os sistemas de

equações algébricas, as condições de contorno, e os parâmetros, tem-se então a

montagem e a solução do sistema de equações pelo método dos volumes finitos.

Análogo ao MDF, os resultados obtidos com a solução do sistema de equações são

analisados, e de acordo com as previsões determinadas para o modelo, ajustes são

realizados. O modelo é adequado alterando-se, por exemplo, a formação da malha,

as condições de contorno, os parâmetros, até que se tenha a convergência dos

resultados com as previsões determinadas para o modelo.

No método dos elementos finitos (MEF), a transformação do modelo físico em um

modelo lógico tem como princípio a divisão do modelo físico em regiões, ou

elementos. Para cada elemento, uma solução aproximada das equações diferenciais é

desenvolvida. A solução total para o modelo é obtida reunindo-se todas as soluções

individuais, com o cuidado necessário para garantir a continuidade das soluções nas

fronteiras entre os elementos (CHAPRA, CANALE, 2008). A figura 3.10 mostra um

14 De acordo com Moran e Shapiro (2008), um volume de controle é uma região no espaço, através da qual uma quantidade de massa pode escoar. Nesta abordagem, uma região envolta de um contorno prescrito é estudada.

Page 88: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

66

exemplo de um modelo em elementos finitos, para a mesma junta de vedação não

regular, ilustrada no modelo em diferenças finitas.

Figura 3.10. Abordagem do método dos elementos finitos (CHAPRA; CANALE, 2008 – adaptado pelo

autor).

O conjunto de elementos utilizados para representar o modelo físico, em termos de

suas equações e geometria, deve expressar da melhor forma possível, as condições e

características do modelo físico em análise. A figura 3.11 mostra exemplos de

elementos utilizados em uma (a), duas (b) e em três dimensões (c).

Figura 3.11. Exemplos de elementos utilizados em (a) uma, (b) duas e (c) três dimensões

(CHAPRA; CANALE, 2008 – adaptado pelo autor).

Determinados os elementos e suas respectivas equações, tem-se o agrupamento dos

elementos para que se possa representar o comportamento de todo o modelo físico.

Este agrupamento é realizado respeitando-se o conceito da continuidade. Nesta

aplicação, o conceito da continuidade tem como propósito equiparar as soluções

obtidas para o elemento e seus os elementos vizinhos, de modo que os valores

elemento linear

(a) unidimensional (b) bidimensional (c) tridimensional

elemento quadrilateral

elemento triangular elemento

hexaédrico

Page 89: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

67

obtidos para as variáveis desconhecidas nos nós comuns sejam iguais. Com isto, a

solução final obtida será contínua (CHAPRA, CANALE, 2008).

Com o modelo físico transformado em um modelo lógico, e com seus respectivos

sistemas de equações, tem-se a incorporação das condições de contorno e dos

parâmetros. Definido o modelo lógico, estabelecidas as condições de contorno, e

determinados os parâmetros, a solução dos sistemas de equações é obtida pelo

método dos elementos finitos, e os resultados são analisados. Caso a solução não seja

satisfatória, a modelagem pode ser repetida, após os ajustes necessários no modelo

lógico, incluindo a mudança do tipo de elemento utilizado, e ou a adequação das

condições de contorno e dos parâmetros do modelo.

Contudo, em problemas de engenharia envolvendo transferência de calor e mecânica

dos fluidos, as condições de preservação de energia, em volumes de controle fictícios

ao redor dos nós da malha de elementos não é satisfeita no MEF clássico, por esta

razão, a abordagem destes problemas pelo MVF ainda é mais apropriada. A principal

diferença é que no MEF funções são utilizadas para interpolar a distribuição de

temperatura (ou de outra grandeza) dentro do elemento, enquanto que no MVF isto

não é utilizado. Em complemento, a capacidade térmica de um elemento é

distribuída de forma diferente entre seus nós, enquanto que no MVF, a capacidade

térmica de um volume de controle é concentrada em um único ponto (TALER;

DUDA, 2006).

A tabela 3.2 apresenta uma síntese de algumas características dos métodos das

diferenças finitas, dos volumes finitos e dos elementos finitos descritos na seção 3.1.2.

Page 90: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

68

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3.2

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Page 91: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

69

3.1.3 Sistemas compostos

Conforme definição de nomenclaturas, os sistemas compostos são aqueles que

utilizam os sistemas CAD/CAE, suas técnicas/tecnologias; software/programas de

forma combinada, para o desenvolvimento de atividades pertinentes ao projeto do

produto e projeto do processo de fabricação. Nesta seção dois exemplos de sistemas

compostos são apresentados: o sistema composto Fábrica Digital (FD) e o sistema

composto Realidade Virtual (RV).

Fábrica digital (FD) é um termo genérico15 para uma rede global de modelos digitais,

métodos e ferramentas, incluindo simulação e visualização em 3D, integrados por

sistemas de gerenciamento de informações. Seu propósito é o planejamento;

avaliação e melhoria contínua das principais estruturas, processos e recursos da

fábrica real, em conjunto com o produto (VDI 4499, 2008).

Fábrica Digital representa, por exemplo, os conceitos de planejamento, modelagem e

simulação. O núcleo do sistema FD é um banco de dados comum de todas as

aplicações, integrado com a fábrica real (sistema físico). Estes componentes são muito

mais do que a soma de diversos componentes de planejamento (KÜHN, 2006). A

figura 3.12 mostra uma visão holística do sistema FD.

15 Termo genérico: conforme definição de nomenclaturas apresentada na seção 1.1 desta tese, o termo definido para Fábrica Digital é sistema composto.

Page 92: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

70

Figura 3.12. Visão holística do sistema FD (KÜHN, 2006 - adaptado pelo autor).

A VDI 4499 (2008) define o sistema composto FD, descreve o seu foco e fornece ainda

uma visão holística sobre o propósito das diretrizes, aplicações e os benefícios deste

conceito. Os processos observados com seus respectivos modelos, métodos e

ferramentas são explicados em detalhe. Instruções para o gerenciamento de

informações e arquitetura de sistemas também são fornecidas. Estas diretrizes básicas

são apenas uma introdução para o sistema Fábrica Digital, e são suportadas por

outras diretrizes como, por exemplo, a VDI 4499 (2008), folha 2.

Bracht, Geckler e Wenzel (2011) apresentaram algumas abordagens da literatura no

ano de 2008 para definição de FD. As literaturas foram organizadas

cronologicamente, com início no ano de 2001, e finalizando no ano de 2006. A tabela

3.3 mostra esta abordagem da literatura, adaptada e complementada pelo autor, com

as referências VDI 4499 (2008), Kim et al. (2010), e Américo e António (2011).

Processos de planejamento/ferramentas

• ferramentas de planejamento• decisões e sistemas de controle• mudança de cultura

Fábrica DigitalModelo digital/ informações

• Modelo de informações• Produção e modelo do processo• Simulação de modelos

planejamentocooperativo e

integrado

digitalização emodelagem da

fábrica

Fábrica Digital Fábrica Digitalsistemas de fábricacom capacidade de

mudanças

Sistema físico

• Instalações e equipamentos de produção

• Sistema logístico• Recursos

Page 93: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

71

Tabela 3.3 - Abordagem da literatura para Fábrica Digital (FD).

O sistema composto, denominado de Realidade Virtual (RV), se refere a um

ambiente virtual que dá a pessoa uma ilusão de realidade. Nesta definição, se inclui

qualquer ambiente no qual a pessoa é condicionada a uma sensação de imersão. A

sensação de imersão é identificada como a mais importante característica do sistema

de RV, e é o que a diferencia das outras formas de simulação auxiliadas por

computador (JAYARAM, 1997).

autor síntese

conhecimento pessoal

modelo do produto

modelo do processo

software de simulação

estrutura organizacional

técnico e estrutural

infraestrutura

conhecimento

processos de negócios

simulação e visualização

processo e produção

comissionamento virtual

estruturas organizacionais

construção/tecnologia/recursos

processos de negócios

organização e planejamento do fluxo de trabalho

base de informações e gerenciamento

visualização e simulação

planejamento de fábrica e operação

processo e fluxos de trabalho

produto e criação do processo

métodos de planejamento

planejamento de fábrica (estrutura de fábrica)

planejamento logístico e fluxo de materiais

definição e delineação de termos

áreas de aplicação, objetivos e grupos alvos

processos, modelos, métodos e ferramentas

medidas organizacionaisarquitetura de sistema e gerenciamento de

informações

gestão do ciclo de vida do produto (PLM)

interoperabilidade entre sistemas heterogêneos

gestão integrada da informação

troca automática de informações

layout integrado

simulação

operação da fábrica

planejamento da fábrica

sistemas de negócios

planejamento logístico

planejamento do processo

melhoria da manufatura

assunto principal

Bley, H., Franke, C.

(2001)

gerenciamento de modelos

troca de informações

gestão do conhecimento

Dombrowiski, U, et al.

(2001)

modelo virtual da planta real a ser utilizado

mapeamento de todos os recursos de projeto

processos da fábrica auxiliados por computador

Bracht, U.

(2002)

ligação entre o desenvolvimento do produto e o

planejamento da produção

Wiedahl, H.-P.

(2002)

modelo computacional

Westkämper, E. et al.

(2003)modelo de informações

Wenzel, S. et al.

(2003)

modelos digitais conectados a rede

métodos e ferramentas

Américo, A., António,

A.

(2011)

modelos de fábricas

Marczinski, G.

(2006)ferramentas de engenharia auxiliadas por computador

VDI 4499

(2008)diretrizes e fundamentos

Kim, G. Y. et al.,

(2010)assistente a fábrica digital

Page 94: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

72

Neste sistema, os engenheiros podem criar e modificar seus projetos em tempo real, e

verificar imediatamente os efeitos dessas modificações (SOUZA; SACCO; PORTO,

2006).

No ambiente de RV, o usuário é um elemento essencial e participante, ao contrário de

ser um observador passivo. Isto proporciona ao usuário a sensação de fazer parte do

ambiente; de estar imerso a ele (SASTRY; BOYD, 1998).

Para a VDI 4499 (2008), o sistema de RV é a aplicação de técnicas/tecnologias de

interface homem-máquina, que utiliza terminais inovadores, para integrar o usuário

em um mundo tridimensional interno do computador. Inclui, assim, todas as

técnicas/tecnologias para a definição e processamento em tempo real de um modelo

tridimensional interno do computador. Isto permite que os usuários imersos neste

modelo possam manipulá-lo diretamente, e como resultado recebam os estímulos

multimodais iniciados pelo contato com o modelo (interação).

O sistema de RV tem aplicação em campos da ciência como a educação, treinamento,

saúde (SCHUMAKER, 2011a); comportamento, psicologia humana, (SCHUMAKER,

2011b), que são importantes, por exemplo, para a simulação das operações de

montagem, manuseio do produto e ergonomia. A figura 3.13 mostra uma visão

holística do princípio do sistema de RV.

Page 95: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

73

Figura 3.13. Princípio de funcionamento do sistema composto de RV (BLACH, 2008 - adaptado pelo

autor).

A máquina de RV (1) é responsável pela geração do ambiente virtual (2). As amostras

(3) são reinderizadas (4) e exibidas no ambiente virtual, sob o ponto de vista do

usuário (5). O usuário interage com o ambiente virtual (6), e seus movimentos são

captados por sensores (7). Os sensores transformam estes movimentos em ações (8),

que por sua vez são enviadas para o ambiente virtual (6) (BLACH, 2008).

Para que a RV tenha um funcionamento adequado existem técnicas/tecnologias,

softwares/programas que são necessários para a geração e transmissão das

informações de entradas e saídas. Blach (2008) classifica estas técnicas/tecnologias,

softwares/programas em dois grupos: reinderização/exibição multimodal e entradas

multimodais. No grupo de reinderização/exibição multimodal estão contidos todos

os canais sensoriais como: visuais; auditivos; olfatórios e gustativos. Inclui

software/programas, nos quais imagens e sons são sintetizados a partir do ambiente

virtual, sobre a localização do usuário no ambiente. As informações sintetizadas são

frequentemente transformadas em sinais reais e perceptíveis aos humanos como luz,

força, pressão, entre outros. No grupo de entradas multimodais as ações dos usuários

e do ambiente são transferidas para o computador. Estas ações podem ser

computador (hardware)

máquina de realidade virtual

geração do ambientevirtual

espacialmente ancoradoem um ambiente

virtuale

xibição

rein

de

rização

espaço de interação física

inte

grado

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(8)

Page 96: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

74

conscientes, e servem para controlar o ambiente, ou podem ser inconscientes, para

adaptar o sistema ao usuário. Muitas vezes estas ações são uma combinação de

ambas, conscientes e inconscientes. Em sistemas de interação espacial como os de

RV, um dos dispositivos de captura das ações dos usuários é o chamado tracking, ou

rastreamento (BLACH, 2008). Existem ainda diversos equipamentos que são

utilizados em sistemas de RV, tanto para fins de reinderização/exibição multimodal,

como para fins de entradas multimodais.

Na indústria automotiva, por exemplo, estes equipamentos são utilizados em

atividades do PDP-Automotivo como o projeto do produto, a montagem e análise de

ergonomia (ZIMMERMANN, 2008). A figura 3.14 mostra um exemplo de utilização

de RV, para a visualização externa do modelo de um automóvel.

Figura 3.14. Visualização do exterior do modelo virtual de um automóvel (ZIMMERMANN, 2008).

Neste caso, a aplicação do sistema de RV não ocorre somente na avaliação qualitativa

do produto automotivo em desenvolvimento, por exemplo, do estilo, mas também na

visualização e avaliação de resultados de simulação tais como DMU, análise da

dinâmica de fluidos, ou testes de impacto. Como resultado destas aplicações,

atividades no PDP-Automotivo como representações visuais do produto em

desenvolvimento foram estabelecidas, para análises técnicas e tomadas de decisão

(AMDITIS; KARASEITANIDIS; MANTZOURANIS, 2008).

Page 97: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

75

A tabela 3.4 mostra alguns exemplos de software/programas CAD/CAE com base

nas quatro principais empresas atuantes no mercado: a AutoDesk, a Dessault

Systèmes, a Parametric Technology Corporation (PTC) e a Siemens PLM Software.

(CHANDRASEGARAN et al., 2013). No ano de 2011, estas quarto empresas juntas

representaram cerca de 76% de todo o mercado das empresas de softwares CAD

(MAHER, 2012).

Em complemento, foi feita uma associação entre os exemplos de software/programas

CAD/CAE e os métodos numéricos descritos na seção 3.1.2. No apêndice B a tabela

3.4 é mostrada com as respectivas referências utilizadas para obtenção das

informações demonstradas.

Tabela 3.4 - Exemplos de software CAD/CAE e seus respectivos métodos numéricos.

MDF MVF MEF

AutoCAD Inventor Simulation

Navisworks Moldflow Moldflow Moldflow

Sketchbook Pro Simulation CFD

Inventor

CATIASolidWorks

Flow SimulationSIMULIA Abaqus/CAE

Circuitworks SIMULIA Abaqus/CFD SIMULIA Isight

SolidWorks DELMIA

Delmia

Pro/ENGINEER PTC Creo Simulate

InterCamm Expert

Unigraphics Femap TMG Flow NX I-DEAS

Solid Edge NX Thermal NX CAE

Tecnomatix NX Flow NX Flow

NX PCB Exchange

Legenda: (CAD) projeto auxiliado por computador (CAE) engenharia auxiliada por computador (MDF) método das diferenças finitas

(MVF) método dos volumes finitos (MEF) método dos elementos finitos

em

pre

sas

softw

are

/ pro

gra

ma

Autodesk

Dassault Systèmes

Parametric

Technology Corporation

Siemens

sistemas CAD técnicas/tecnologias

CAE

Page 98: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

76

3.2 Consolidação do capítulo

Neste capítulo os princípios das técnicas/tecnologias dos sistemas CAD/CAE foram

descritos. Dentre as técnicas apresentadas, utilizadas para criar a geometria que

caracteriza o protótipo virtual, as técnicas de modelagem por superfícies e por

sólidos produzem uma geometria capaz de ser simulada virtualmente.

Ambas as técnicas possuem ampla aplicação no setor automotivo. No caso da técnica

de modelagem por superfícies, por exemplo, na modelagem de chapas, e no caso da

modelagem por sólidos, na modelagem de diferentes partes sólidas do automóvel.

As técnicas numéricas descritas e consolidadas na tabela 3.2, constituem a base dos

sistemas computacionais utilizados na análise, simulação e validação do PV.

Portanto, o entendimento dos princípios de cada técnica, para melhor compreensão e

aplicação das mesmas também se fez necessário.

Com isto, tornou-se possível conhecer as abordagens utilizadas na tratativa dos

problemas de engenharia. Por exemplo, no caso de um problema envolvendo a

transferência de calor em um modelo físico, composto por uma geometria não

complexa, o problema pode ser tratado pelo MDF. Se neste mesmo caso, o modelo

físico for composto por uma geometria complexa, uma abordagem pelo MVF se

torna mais adequada. Para análise de problemas oriundos da mecânica dos sólidos, o

tratamento pelo MEF se torna mais apropriado. Embora os três tipos de técnicas

numéricas possam ser utilizadas na tratativa de problemas da engenharia, a

abordagem pelo MEF está mais difundida, pois com a sua abordagem por elementos,

grande parte dos problemas de engenharia podem ser tratados.

Com a descrição dos dois exemplos de sistemas compostos, foi possível associar a

aplicação dos sistemas CAD/CAE no desenvolvimento do produto e do processo de

fabricação. Com isto, este capítulo abrangeu: os princípios envolvidos na criação da

geometria; o entendimento e tratamento do problema de engenharia com auxílio de

sistemas computacionais; a formulação básica de um modelo matemático genérico;

os princípios que caracterizam um modelo físico; as técnicas numéricas que

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77

fundamentam os sistemas computacionais; exemplos de aplicação destes sistemas

computacionais no desenvolvimento e na validação de protótipos virtuais utilizados

no desenvolvimento do produto e do processo de fabricação.

Com base no conteúdo desenvolvido neste capítulo será possível selecionar os

sistemas e definir as técnicas/tecnologias possíveis de serem utilizadas na criação de

protótipos virtuais conforme as necessidades de uso e de aplicação.

No capítulo quatro, as técnicas/tecnologias utilizadas na fabricação dos protótipos

físicos são descritas e exemplificadas.

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78

4 PROTÓTIPO FÍSICO

Neste capítulo, um referencial teórico sobre as principais técnicas/tecnologias

utilizadas para se fabricar protótipos físicos é apresentado. O conteúdo descrito é

baseado na dissertação de mestrado do autor, que teve como tema central de

pesquisa as técnicas/tecnologias de prototipagem rápida (PR) e de ferramental

rápido (FR). Feito isto, o conteúdo é consolidado, e o capítulo é finalizado com as

considerações necessárias.

Existem diversas técnicas/tecnologias de fabricação que podem ser utilizadas

também para se obter protótipos físicos, por exemplo: fundição, laminação,

conformação, modelagem, união (KALPAKJIAN; SCHMID, 2001); moldagem por

injeção, metalurgia de chapas, metalurgia do pó, fundição em moldes de areia, forja

(BOOTHROYD; DEWRUST; KNIGHT, 2002). Existem ainda as técnicas/tecnologias

que utilizam máquinas com controle numérico (CN), por exemplo: torneamento,

usinagem, ou sistemas robóticos para soldagem, corte e pintura (SUH et al., 2008).

Para cada um dos exemplos supracitados um grande acervo na literatura pode ser

encontrado. Contudo, estas técnicas/tecnologias são comumente utilizadas na

fabricação de produtos seriados, e mesmo quando utilizadas de forma combinada

com outras técnicas/tecnologias específicas de prototipagem, não são dedicadas

somente a prototipagem de produtos físicos.

Assim, nas seções 4.1, 4.2 e 4.3 são descritas apenas as técnicas/tecnologias

comumente utilizadas na fabricação de protótipos físicos. Neste contexto três grupos

são identificados: a prototipagem rápida (PR), o ferramental rápido (FR) e a remoção

de material (RM) (KAMRANI; NASR, 2006; WANG; STOLL; CONLEY, 2010; SILVA;

KAMINSKI, 2011; CERIT; LAZOGLU, 2011).

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79

4.1 Prototipagem rápida (PR)

A prototipagem rápida (PR) é um sistema composto por um conjunto de

técnicas/tecnologias que utilizam o princípio de sobreposição de camadas de um

determinado material, a partir das informações de um modelo gerado em um sistema

CAD, de forma a compor o protótipo físico, conforme as necessidades de uso e

aplicação (SILVA, 2008).

O primeiro passo para se fabricar um protótipo utilizando PR é um modelo sólido

3D, ou um modelo de superfície gerado em qualquer sistema CAD. A máquina de PR

gera uma cópia física do modelo em CAD, por este fato, é importante que o projeto

seja isento de imperfeições. Posteriormente, o modelo em CAD deve ser convertido

em um arquivo do tipo STL. Esta operação pode ser realizada no próprio

software/programa de CAD (KAMRANI; NASR, 2010).

O arquivo STL é pioneiro no segmento da PR. A sigla STL é advinda do primeiro

processo de prototipagem rápida denominado de Stereolithography, ou

estereolitografia (SLA) (SILVA; TSUZUKI; KAMINSKI, 2009). Caracterizado pela

forma aproximada de representar modelos tridimensionais por meio de uma malha

de elementos triangulares, este formato de arquivo é considerado um padrão na

indústria de PR e está contido em quase, senão todos os sistemas de CAD (BYUN;

LEE, 2006).

Com o arquivo STL gerado, o mesmo é transferido para a máquina de PR. Um

programa contido na máquina de PR é utilizado para transformar o arquivo STL em

outros arquivos (camadas ou secções transversais do modelo CAD), por meio dos

quais irá ocorrer a fabricação do protótipo camada após camada.

O material construtivo é determinado de acordo com o processo escolhido.

Determinado o material o protótipo é fabricado.

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80

Dependendo da técnica/tecnologia de PR e da complexidade geométrica do

protótipo, operações de pós-processamento são realizadas para remoção de suportes

e limpeza do protótipo físico.

Existem diversas técnicas/tecnologias de PR. De acordo com uma pesquisa realizada

no ano de 1999 foram identificados aproximadamente 40 diferentes tipos e/ou

aproximações entre as técnicas/tecnologias de PR. Algumas destas foram

estabelecidas como principais e outras ainda a serem desenvolvidas

(UPCRAFT; FLETCHER, 2003).

Algumas das principais técnicas/tecnologias de PR são a Stereolithography ou

estereolitografia (SLA), a Laminated Object Manufacturing ou manufatura laminar de

objetos (LOM), a Selective Laser Sintering ou sinterização seletiva a laser (SLS), a Fused

Deposition Modeling ou modelagem por fusão e deposição (FDM) e a 3D Printer ou

impressão tridimensional (3DP) (UPCRAFT; FLETCHER, 2003; KAMRANI; NASR,

2006; VOLPATO et al., 2007; SILVA; KAMINSKI, 2007, SILVA, 2008; VDI 3404, 2009;

KAMRANI; NASR, 2010; SILVA; KAMINSKI, 2011; ANDERL, 2012).

4.1.1 Estereolitografia (SLA)

A estereolitografia (SLA) foi introduzida no mercado em 1988. A SLA é bem popular;

aproximadamente 60% das operações de PR podem utilizar a SLA (UPCRAFT;

FLETCHER, 2003; KAMRANI; NASR, 2010).

O princípio da SLA baseia-se na transformação de uma resina composta por

monômeros fotossensíveis que se transformam em cadeias poliméricas16 e se

solidificam ao ficarem expostos a um feixe laser, geralmente ultravioleta (UV) com

comprimento de onda específico. Esta resina está acondicionada em um recipiente

que compõe a máquina de SLA. Na parte interna deste recipiente, existe uma

plataforma móvel que se desloca para cima e para baixo, de forma a expor uma

quantidade da resina fotossensível ao feixe laser que a solidifica (SILVA, 2008).

16 Segundo Guitián (1994) “Polímero é um composto químico de peso molecular elevado, formado por muitas moléculas pequenas iguais, chamadas monômeros (do grego monos = um), unidas umas a outras por ligações covalentes, resultantes de muitas reações de adição consecutivas”.

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81

Um par de espelhos movimentados por galvanômetros17 conduz o feixe laser. Um

conjunto de lentes e um sistema de abertura ajustam o feixe laser que percorre a

superfície da resina líquida fotossensível. Após a solidificação da primeira camada, a

plataforma móvel submerge e imerge novamente na resina repetindo o processo até

que as camadas subsequentes sejam solidificadas, compondo assim o protótipo físico

de baixo para cima, a partir das secções transversais obtidas pelo desmembramento

do modelo 3D gerado no sistema CAD. A espessura da camada é geralmente

mantida constante ao longo de todo o protótipo físico variando entre 0,025-0,5mm. O

protótipo finalizado é então removido do recipiente e colocado em um forno

ultravioleta (UV) para cura total da resina, o que aumenta sua resistência mecânica.

Em caso de necessidade, um acabamento superficial é realizado manualmente para

retirada do excesso de material ou melhora do aspecto superficial do protótipo. Para

protótipos com geometrias complexas, onde existam partes que possam se soltar ou

flutuar na resina durante o processo de fabricação, o sistema computacional de

planejamento do processo que acompanha o equipamento do PR gera

automaticamente suportes ou apoios que, posteriormente, possam ser removidos do

protótipo acabado (VOLPATO et al., 2007). A figura 4.1 ilustra o princípio da SLA.

Figura 4.1 Princípio da técnica/tecnologia SLA (SILVA, 2008).

17 De acordo com Ferreira (2004) a palavra galvanômetro pode ser entendida como um instrumento com que se medem pequenas correntes, ou pequenas tensões, baseado na deformação que forças eletromagnéticas provocam num sistema mecânico elástico, e geralmente oscilante.

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82

4.1.2 Manufatura laminar de objetos (LOM)

O princípio da LOM baseia-se na deposição sucessiva de folhas de materiais

contendo adesivo em um dos lados para construir o protótipo físico camada por

camada. A fabricação se inicia com a deposição de uma folha do material. Após sua

deposição, outra folha e adicionada. Um rolo aquecido passa sobre a superfície da

folha superior ativando o adesivo desta que está em contato com a face superior da

folha abaixo, unindo os materiais. Para se obter a geometria do protótipo, um feixe

de laser é direcionado por um conjunto de espelhos controlados por um sistema de

deslocamento, que define o contorno do produto nesta camada. Além desta função, o

feixe laser também fragmenta as regiões não pertencentes ao protótipo em pequenos

triângulos, para que possam ser removidos do protótipo físico ao final da fabricação

(pós-processamento). Analogamente as outras técnicas/tecnologias de PR, uma

plataforma que se desloca no sentido vertical possibilita a adição subsequente de

material para composição do protótipo (VOLPATO et al, 2007). A figura 4.2 ilustra o

princípio de funcionamento da LOM.

Figura 4.2 Princípio da técnica/tecnologia LOM (SILVA, 2008).

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83

4.1.3 Sinterização seletiva a laser (SLS)

O princípio de fabricação da SLS não difere conceitualmente das demais

técnicas/tecnologias de PR. O material de construção na forma de pó fica

armazenado em reservatórios ao lado do recipiente de construção. O recipiente de

construção também possui uma plataforma que se desloca no sentido vertical de

acordo com a espessura de camada desejada. A construção física do protótipo se

inicia com o material sendo espalhado e nivelado por um rolo na câmara de

construção da máquina. Um feixe de laser é então utilizado para sinterizar ou fundir

o pó tornando-o sólido. O pó sinterizado corresponde a uma camada do protótipo

em construção. Uma segunda camada de pó é aplicada sobre a primeira. A

sinterização pelo feixe laser se repete, fundindo e solidificando a segunda camada

sobre a primeira. Este procedimento se repete até que o protótipo seja finalizado

(BUTLER, 2011). A figura 4.3 ilustra o princípio da SLS.

Figura 4.3 Princípio da técnica/tecnologia SLS (SILVA, 2008).

4.1.4 Modelagem por fusão e deposição (FDM)

O princípio da FDM baseia-se na extrusão de um filamento de material por uma fina

guia, que é depositado sobre uma plataforma. As guias se movem em um plano (por

exemplo x e y) até que o filamento seja depositado em uma fina camada que compõe

a secção transversal do protótipo físico. A plataforma então se desloca no sentido

vertical a uma distância relativa, para que a guia possa depositar a próxima fatia do

Page 106: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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material sobre a camada anterior. O filamento extrudado é aquecido até se tornar

uma espécie de pasta, que dessa forma, adere à camada anterior. A segunda guia é

utilizada para extrudar materiais diferentes construindo suportes para a estrutura de

baixo para cima quando necessário. Após a conclusão da fabricação o suporte

estrutural precisa ser removido do protótipo (UPCRAFT; FLETCHER, 2003).

A máquina de FDM possui um bico extrusor exclusivo para criação de suportes. No

ano de 2007 foram identificados dois tipos de materiais para suportes, com sistemas

de remoção diferentes após o termino da fabricação. No primeiro tipo, o material

utilizado na fabricação dos suportes é mais frágil que o do protótipo, facilitando a

retirada de forma manual. O segundo tipo utiliza um material que pode ser

removido por imersão em solução líquida aquecida (VOLPATO et al, 2007). A figura

4.4 ilustra o princípio de funcionamento da FDM.

Figura 4.4 Princípio da técnica/tecnologia FDM (SILVA, 2008).

4.1.5 Impressão tridimensional (3DP)

Diferente das outras técnicas/tecnologias de PR, a impressão tridimensional (3DP)

não utiliza laser para processar o material.

O material é agregado por um aglutinante depositado por impressão do tipo jato de

tinta. O material é espalhado e nivelado por um rolo que percorre a superfície da

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85

câmara de trabalho. O aglutinante incide sobre o material pelo cabeçote de impressão

de acordo com a geometria da camada que está sendo fabricada. O material não

utilizado ao redor do protótipo em fabricação serve de suporte natural, não havendo

necessidade de se criar suportes durante o desmembramento do modelo 3D em

camadas. Vários protótipos podem ser fabricados em uma operação. Os protótipos

fabricados com a técnica/tecnologia 3DP necessitam de pós-processamento para

aumentar a resistência mecânica e/ou melhorar o aspecto do acabamento superficial.

Este pós-processamento pode variar de acordo com o material utilizado

(VOLPATO et al., 2007). A figura 4.5 ilustra o princípio da 3DP.

Figura 4.5 Princípio da técnica/tecnologia 3DP (SILVA, 2008).

4.1.6 Síntese das técnicas/tecnologias de PR

As técnicas/tecnologias de PR descritas na seção 4.1 apresentam características

similares e específicas. A tabela 4.1 mostra uma síntese de algumas destas

características. Para composição da tabela 4.1 utilizou-se as seguintes referências:

Pham; Gault (1998); Upcraft; Flecher (2003); Robtec (2007); Volpato et al. (2007) e

Silva; Kaminski (2007).

Page 108: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

86

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87

4.2 Ferramental Rápido (FR)

O ferramental rápido (FR) é um sistema caracterizado pela utilização de

técnicas/tecnologias de adição de material para fabricação de moldes-protótipo e,

consequentemente, de protótipos físicos. Os protótipos fabricados em FR podem ser

utilizados para fins de visualização e também para aplicações funcionais

(ROSOCHOWISKI; MATUSZAK, 2000; VOLPATO et al., 2007; WANG; STOLL;

CONLEY, 2010; SILVA; KAMINSKI, 2011).

Algumas das principais técnicas/tecnologias de FR que utilizam o princípio da

adição de material segundo Wang; Stoll e Conley (2010) são:

baseadas na estereolitografia (SLA). Room Temperature Vulcanizing (RTV);

3D KelTool™; DirectAIM™;

baseadas na manufatura laminar de objetos (LOM). Direct Investiment Casting

(DIC); Indirect Investment Casting (IIC);

baseadas na sinterização seletiva a laser (SLS). RapidTool™; DirectTool™;

baseadas na modelagem por fusão e deposição (FDM). Sand Casting;

baseadas na impressão tridimensional (3DP). ProMetal.

Conforme o tipo da técnica/tecnologia utilizada para a construção do ferramental-

protótipo, diferentes tipos de ferramentais são obtidos. Estes ferramentais são

classificados em três tipos: soft tooling, ou ferramental mole, hard tooling, ou

ferramental duro, e bridge tooling, ou ferramental de transição

(NAGAHANUMAIAH; SUBBURAJ; RAVI, 2008; WANG; STOLL; CONLEY, 2010).

4.2.1 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em SLA

A Room Temperature Vulcanizing ou fabricação de moldes em borracha vulcanizada de

silicone (RTV) é uma técnica/tecnologia do tipo soft tooling. A RTV é uma das

técnicas/tecnologias mais utilizadas em FR e permite a fabricação de protótipos em

plástico, em quantidades que podem variar entre 10 a 50 unidades. A primeira etapa

da RTV é a preparação do modelo, que será utilizado para se obter o molde.

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88

A próxima etapa consiste em colocar o modelo em um recipiente de dimensões

pouco maiores as dimensões do modelo, para que este possa ser recoberto com

silicone. Com o modelo devidamente posicionado no recipiente, o silicone é

depositado, de forma a cobrir o modelo até o ponto em que se deseja obter a sua

reprodução (SILVA, 2008).

Um dos principais tipos de defeitos que podem ser encontrados no molde feito em

silicone é a formação de bolhas. Com o uso de uma máquina de vácuo, o recipiente é

então submetido a um processo de desgaseificação, para eliminar ao máximo as

bolhas remanescentes no interior do silicone (KUO; CHEN, 2012).

Após a cura do silicone, ou seja, a sua vulcanização, o molde está pronto para ser

cortado para a extração do modelo contido em seu interior. Feito o seu pós-

processamento18, o molde está pronto para ser utilizado (SILVA, 2008). A figura 4.6

mostra o princípio da RTV.

Figura 4.6 (A) Modelo padrão em SLA. (B) Colocação do modelo padrão no recipiente, e deposição do

silicone. (C). Cura do silicone. (D) Remoção do modelo padrão e conclusão do molde em silicone

(DUNNE et al., 2004 – adaptado pelo autor).

A 3D KelTool™ é uma técnica/tecnologia de FR do tipo hard tooling, que envolve o

uso de pó metálico e uma liga plástica (mistura) para fabricação de insertos19. O pó

metálico é depositado em um molde de silicone criado a partir de um desenho

negativo do modelo (etapas 1, 2 e 3 da figura 4.7).

18 Em alguns casos, geralmente envolvendo grande manuseio e/ou grande quantidade de protótipos produzidos faz-se necessário a criação de um porta-molde, para aumentar a resistência do molde ao manuseio. 19 Os insertos, também denominados de macho e cavidade, são as partes que juntas formarão o vazio a ser ocupado pelo material de fabricação do protótipo. Em casos onde se tem baixos esforços aplicados no conjunto, somente os insetos são necessários para a fabricação dos protótipos. Em casos contrários tem-se a necessidade de se fabricar um porta-molde padrão (VOLPATO et al., 2007).

(A) (B) (C) (D)

Page 111: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

89

Outra forma de se obter o inserto é revestir com silicone um modelo positivo

devidamente posicionado em um recipiente (etapas 1, 2, 3 e 4 da figura 4.7). Um

aquecimento inicial a 100º C produz uma peça denominada de peça verde. A

sinterização final e a infiltração de cobre cria o inserto final (etapas 4 ou 6 da figura

4.7). Os insertos criados em 3D Keltool™ são capazes de produzir milhares de peças,

o que faz desta técnica/tecnologia adequada para fabricação de peças de pequenas

dimensões (YEUNG, 1997; CHUA; HONG; HO, 1999; ROSOCHOWSKI;

MATUSZAK, 2000; YONGNIAN et al., 2009).

Figura 4.7 Princípios da 3D KelTool™ (VOLPATO et al., 2007 – adaptado pelo autor).

A DirectAIM™ é uma técnica/tecnologia de FR do tipo bridge tooling utilizada na

fabricação dos insertos. Os insertos podem ser fabricados de três formas diferentes:

(A) totalmente sólido, ou maciço; (B) em forma de caixa, com o preenchimento

interno por algum material de resistência mecânica compatível com o uso, e (C) em

forma de caixa análoga a condição B, porém com aletas, para permitir o contato do

material de preenchimento com o polímero que está sendo injetado durante o ciclo

de moldagem, permitindo acelerar o resfriamento do protótipo (VOLPATO et al.,

2007). A figura 4.8 mostra o princípio da DirectAIM™.

modelo positivo

modelo negativo

negativo domodelo em SLA

1

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4

positivo domodelo em SLA

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negativoem silicone

positivoem silicone

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6

Page 112: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

90

Figura 4.8 Princípios da DirectAIM™: (A) insertos sólidos; (B) caixa e (C) caixa com aletas

(VOLPATO et al., 2007 – adaptado pelo autor).

4.2.2 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em LOM

A Direct Investment Casting (DIC) é uma técnica/tecnologia de FR que utiliza um

modelo padrão construído em LOM. Este modelo é envolvido em um material

cerâmico criando em torno do modelo uma casca, ou invólucro. Uma vez que a

cerâmica é seca, este conjunto (modelo e invólucro) é inserido em uma fornalha de

alta temperatura para endurecimento da cerâmica e queima/retirada do padrão em

LOM. Após a remoção das cinzas provenientes deste processo, o invólucro cerâmico

é reaquecido e metal é depositado no invólucro. Após o resfriamento do metal, o

invólucro cerâmico é quebrado/lascado expondo assim um único modelo em metal

(WANG; STOLL; CONLEY, 2010; PATTNAIK; KARUNAKAR; JHA, 2012).

A Indirect Investment Casting (IIC) é uma técnica/tecnologia de FR ideal para criação

de duas partes de moldes negativos para injeção de cera. Após o molde em LOM ser

selado com um revestimento protetivo, o molde pode ser utilizado para até 100

injeções, sem a degradação ou perda de tolerâncias. No caso de um maior volume de

produção ser requerido, o padrão em LOM pode ser utilizado para criar um

ferramental em epóxi preenchido com metal, capaz de produzir ao menos 1.000

protótipos (WANG; STOLL; CONLEY, 2010; PATTNAIK; KARUNAKAR; JHA,

2012).

(A) (B) (C)

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Page 113: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

91

4.2.3 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em SLS

A RapidTool™ é uma técnica/tecnologia de FR utilizada na fabricação de insertos

metálicos por sinterização a laser de um material na forma de pó, composto de aço

inoxidável e recoberto por um aglutinante a base de polímeros. O material utilizado é

o DTM’S RapidSteel. Após a fabricação do inserto o aglutinante é removido por meio

de um processo de queima em um forno apropriado. Uma vez removido, infiltra-se

cobre nos locais deixados pelo aglutinante para melhorar as propriedades térmicas e

mecânicas dos insertos (RADSTOK, 1999; DIMOV et al., 2001; DALGARNO;

STEWART, 2001; SANTOS et al., 2006; WANG; STOLL; CONLEY, 2010).

A DirectTool™ é análoga a RapidTool™ e utiliza como princípio a Direct Metal Laser

Sintering (DMLS) do fabricante EOS GmbH para sinterizar uma mistrura de pó

metálico, níquel, bronze e cobre-fosfato (CHEAH et al., 2005).

Um diferencial desta técnica/tecnologia está na construção de moldes que incluem

sistema de arrefecimento interno, ou internal conformal cooling channels. Este sistema

permite arrefecer o molde a cada ciclo de moldagem, o que torna a produção mais

rápida e por conseguinte, melhora a produtividade (NICKELS, 2009). A figura 4.9

ilustra o princípio deste sistema de arrefecimento.

Figura 4.9 Princípios do sistema de arrefecimento do molde na DirectTool™ (A) arrefecimento

convencional. (B) sistema do tipo internal conformal cooling channels

(NICKELS, 2009 – adaptado pelo autor).

(A) (B)

Page 114: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

92

4.2.4 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em FDM

A Sand Casting, ou fundição em areia, é uma técnica/tecnologia de FR que produz

padrões, moldes e núcleos (core) em areia. As etapas para obtenção de um molde em

areia são análogas às etapas básicas de PR, ou seja, a partir de um desenho gerado

em um sistema CAD tem-se a conversão deste desenho em um arquivo do tipo STL.

A partir do arquivo STL diferentes componentes podem ser gerados como por

exemplo: padrões, moldes em areia, protótipo e por fim, o protótipo acabado

(INGOLE et al., 2009; CHHABRA; SINGH, 2011). A figura 4.10 mostra o princípio da

Sand Casting.

Figura 4.10 Princípios da Sand Casting. (A) Modelo 1 em CAD. (B) Modelo 2 em CAD. (C) Molde em

areia do modelo 1. (D) Molde do modelo 2 em areia

(INGOLE et al., 2009 – adaptado pelo autor).

4.2.5 Técnicas/tecnologias de FR baseadas em 3DP

A ProMetal é uma técnica/tecnologia de FR que utiliza materiais como aço

inoxidável, bronze e até ouro na construção de moldes e ferramentas para injeção

(UTELA et al., 2008). O princípio da ProMetal é análogo ao da 3DPrinter descrito na

seção 4.1.5. A fabricação ocorre por meio de um cabeçote de impressão eletrostático

que deposita um líquido aglutinante sobre o pó metálico endurecendo seletivamente

as camadas do objeto em fabricação. Sucessivas camadas do pó são espalhadas e

endurecidas. O pó não aglutinado serve de suporte durante a fabricação. O resultado

é um molde/ferramenta verde, que é inserido em um forno adequado para

sinterização final e infiltração de metal complementar. (WANG; STOLL; CONLEY,

2010; WONG, HERNANDEZ, 2012).

(A) (B) (C) (D)

Page 115: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

93

A ProMetal possui ainda máquinas capazes de fabricar objetos de grandes dimensões

como a R10 (1.000 x 500 x 250 mm) e a S15 (1.500 x 750 x 700mm) (DIMITROV;

SCHREVE; BEER, 2006).

4.2.6 Síntese das técnicas/tecnologias de FR

A tabela 4.2 mostra uma síntese das técnicas/tecnologias de FR descritas. Para

elaboração da síntese, as seguintes referências foram utilizadas: Volpato et al. (2007),

Ingole et al. (2009), Wang; Stoll e Conley (2010) e Chhabra; Singh (2011).

Page 116: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

94

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Page 117: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

95

4.3 Remoção de material (RM)

Os sistemas de remoção de material (RM) são anteriores aos sistemas de

prototipagem rápida e de ferramental rápido, e também são utilizados na obtenção

de protótipos físicos.

A principal técnica/tecnologia de remoção de RM utilizada na fabricação de

protótipos físicos é a usinagem com controle numérico, ou CNC machining (WANG;

STOLL; CONLEY, 2010).

A CNC pode ser utilizada para construir objetos unitários ou ferramentais do tipo

soft tooling, hard tooling e bridge tooling. Diversos materiais estão disponíveis e podem

ser utilizados em uma única máquina CNC como por exemplo: policarbonatos, nylon,

plástico, alumínio inoxidável, grafite, epóxi, cobre e madeira. Em complemento, os

resultados obtidos com o uso da CNC são de alta qualidade de acabamento

superficial (WANG; STOLL; CONLEY, 2010). A figura 4.11 ilustra o princípio da

CNC.

Figura 4.11 Princípios da usinagem CNC (WANG; STOLL; CONLEY, 2010 – adaptado pelo autor).

Primeiramente, um modelo tridimensional deve ser criado em um sistema CAD.

Após sua criação, tem-se a geração do caminho de corte da ferramenta (tool path). O

bloco de material é posicionado na máquina e a operação é iniciada. A ferramenta de

corte se movimenta, por exemplo, na direção vertical (-Z), e o material é removido

camada após camada. A operação é finalizada e o objeto é concluído (WANG;

STOLL; CONLEY, 2010).

Existem basicamente duas formas para o fatiamento do modelo: a primeira, já

descrita na seção 4.1 trata da transformação do modelo CAD em um arquivo do tipo

STL. A segunda consiste no fatiamento direto do modelo. A segunda forma

apresenta algumas vantagens quando comparada ao arquivo do tipo STL.

criar um modelo sólido 3D

em um sistema CAD

gerar o caminho de corte da ferramenta

(tool path)

usinagem CNC do objeto

a partir do materialbruto

objetoconcluído

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96

A principal vantagem está no fato de se utilizar o modelo original para o fatiamento,

e portanto não existe uma aproximação do modelo, tornando-o mais preciso. Em

complemento existe ainda uma redução no tamanho do arquivo, acarretando em um

menor tempo de processamento, além da eliminação de rotinas de reparo do arquivo,

presentes no arquivo do tipo STL (CERIT; LAZOGLU, 2011).

4.3.1 Usinagem de alta velocidade (HSM)

A High-speed machining (HSM) ou usinagem de alta velocidade (HSM) é uma

técnica/tecnologia de RM capaz de fabricar protótipos físicos (metálicos) diretamente

a partir de modelos computacionais tridimensionais. A HSM quando utilizada com o

apropriado software/programa de trajetória da ferramenta é capaz de produzir vários

objetos em alumínio, níquel, alumínio bronze, ligas de titânio, superligas de níquel,

ou mesmo aço endurecido, em menor tempo que a maioria das máquinas de PR

(SCHMITZ et al., 2001).

A figura 4.12 mostra um exemplo de protótipo físico fabricado em HSM.

Figura 4.12 Protótipo físico de um objeto genérico fabricado em HSM. (A) geometria 3D. (B) protótipo

físico concluído (SCHMITZ et al., 2001).

4.3.2 Vacuum Bagging

A Vacuum Bagging é uma técnica/tecnologia que utiliza o princípio de RM para

obtenção do molde. Para isto o molde é usinado em uma máquina de comando

numérico (CNC) a partir das informações do modelo CAD. Após a conclusão do

98.2 mm

(A) (B)

35.0 mm

1.0 mm

98.2

mm

10

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97

molde usinado, o material construtivo é adicionado na cavidade do molde e ambos

são inseridos em meio ambiente de pressão negativa. Esta pressão é gerada pelo

bombeamento do ar para fora da cavidade do molde que é envolvido por um

invólucro plástico fabricado a partir de um filme plástico resistente e fechado com

uma fita para vedar o ambiente (SILVA; KAMINSKI, 2011).

A Vacuum Bagging se utiliza de três componentes essenciais. O vácuo, o calor e a

pressão. A pressão compacta a camada de material sobre a superfície do molde; o

vácuo retira o ar remanescente na estrutura do material e o calor contribui para a

cura do material (COMPOSITE ABOUT, 2007).

Após a cura do material sobre o molde, o conjunto é retirado do invólucro e a peça é

retirada do molde. Para a retirada da peça, pode-se previamente marcar a sua forma

geométrica periférica com uma tinta (caneta) e recortá-la após a conclusão do

processo.

De acordo com a precisão dimensional do protótipo, o mesmo pode ser

simplesmente recortado e extraído do molde (SILVA, 2008). A figura 4.13 mostra o

princípio da Vacuum Bagging, para obtenção de um protótipo de para-lama

automotivo.

Figura 4.13 Princípio da Vacuum Bagging. (A) molde construído em CNC. (B) material de fabricação do

protótipo e molde em invólucro. (C) pós-cura do protótipo. (D) protótipo concluído (SILVA, 2008).

4.3.3 Síntese das técnicas/tecnologias de RM

O sistema de remoção de material (RM) se utiliza de técnicas/tecnologias para

obtenção de protótipos físicos diretamente da geometria criada em sistemas CAD.

Uma das principais técnicas/tecnologias utilizadas na obtenção de protótipos físicos

(A) (B) (C) (D)

Page 120: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

98

é a usinagem por comando numérico (CNC). A CNC pode ser utilizada tanto para

obtenção do protótipo físico (HSM) quanto para obtenção do molde protótipo

(Vacuum Bagging).

A tabela 4.3 mostra uma síntese baseada nestas duas técnicas/tecnologias. Para

elaboração desta síntese as seguintes referências foram consultadas: Schmitz et al.

(2001); Volpato et a. (2007); Silva (2008); Wang; Stoll; Conley (2010); Silva; Kaminski

(2011); Cerit; Lazoglu (2011) e Karunakaran et al. (2012).

Page 121: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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Page 122: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

100

4.4 Consolidação do capítulo

Neste capítulo foi desenvolvido um referencial teórico sobre algumas das principais

técnicas/tecnologias utilizadas na fabricação de protótipos físicos. Dois princípios

diferentes de fabricação foram apresentados. O princípio de adição de material, que

engloba as técnicas/tecnologias de PR e de FR, e o princípio de remoção de material

(RM), que neste caso particular, foi restrito a usinagem CNC.

Desenvolvido o referencial teórico uma síntese foi feita e consolidada nas tabelas 4.1,

4.2 e 4.3. Identificaram-se os tempos de fabricação; a quantidade de protótipos

fabricados; os materiais usualmente utilizados; as vantagens e desvantagens de cada

técnica/tecnologia.

Com base no conteúdo desenvolvido neste capítulo torna-se possível selecionar os

sistemas e definir as técnicas/tecnologias possíveis de serem utilizadas na fabricação

de protótipos físicos, conforme as necessidades de uso e de aplicação.

No capítulo cinco o modelo de referência automotivo (PDP-Automotivo) é

desenvolvido. O conjunto de diretrizes para a seleção de protótipos virtuais e físicos

é desenvolvido e apresentado no capítulo 6.

Page 123: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

101

5 MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE

DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO AUTOMOTIVO

Neste capítulo se têm o desenvolvimento, a proposição e a validação de um modelo

de referência para o processo de desenvolvimento do produto automotivo,

denominado de PDP-Automotivo. Para o desenvolvimento e proposição do

PDP-Automotivo, toma-se como base o referencial teórico apresentado no capítulo 2.

Para validação do PDP-Automotivo, adota-se como método o levantamento de

campo do tipo confirmatório. Os resultados são apresentados e discutidos. O

capítulo é finalizado com as considerações e conclusões pertinentes.

5.1 Proposição do modelo de referência (PDP-Automotivo)

O modelo é constituído por três macrofases: a estratégia do produto, o

desenvolvimento do produto e do processo e a produção e melhoria contínua. A

figura 5.1 mostra uma representação mnemônica do modelo proposto. As três

macrofases estão representadas na parte superior da figura. As fases estão

representadas abaixo das macrofases e estão dispostas de forma progressiva. As setas

externas representam a interação entre as macrofases. As setas internas representam

a interação entre as fases.

Os marcos gerencial (algarismos romanos) e técnico (algarismos arábicos) estão

representados na linha inferior e estão numerados de forma crescente. O marco

gerencial ocorre em instantes determinados das macrofases e/ou fases do processo.

O marco técnico ocorre em diferentes instantes do PDP-Automotivo.

Na parte inferior da linha de representação dos marcos gerencial e técnico se tem

uma escala genérica indicando semanas, meses e anos. Esta escala é mostrada para

que se tenha uma ideia, ainda que abstrata, do tempo de duração de cada macrofase

no processo de desenvolvimento do produto automotivo.

Page 124: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

102

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Page 125: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

103

A macrofase da estratégia do produto é caracterizada pelo início do desenvolvimento

do automóvel e é constituída pelas seguintes fases: estudo do mercado (EDM);

posicionamento do produto (POP), monitoramento do mercado (MDM) e o

lançamento do produto (LDP).

Na fase de estudo do mercado (EDM) se tem a verificação do comportamento e

tendências do mercado para os períodos seguintes (meses, bimestres, trimestres,

semestres, anos). Os produtos concorrentes são investigados e os usuários são

consultados. São geradas as primeiras informações sobre o produto como conforto,

estilo, motorização e volume de venda.

A fase de posicionamento do produto (POP) é caracterizada pela decisão do modelo

do produto ou automóvel que se pretende desenvolver. Esta decisão é tomada junto

à presidência, vice-presidência e diretoria da organização, que verifica a intenção de

participar de um determinado segmento do mercado20. Com base nesta decisão se

tem o posicionamento do produto no mercado.

O acompanhamento das variações do mercado é realizado na fase de monitoramento

do mercado (MDM). O objetivo deste acompanhamento é verificar se durante o

processo de desenvolvimento do produto ocorrem variações significativas no

mercado. Estas variações incluem a preferência dos consumidores por um

determinado produto, mudanças de design, novas tendências para os modelos

concorrentes, preços, entre outras variações. No caso de variações significativas, os

desenvolvimentos do conceito e do estilo devem ser revistos e adequados, para então

dar continuidade ao processo de desenvolvimento.

Na fase de lançamento do produto (LDP) se tem o abastecimento dos concessionários

e a introdução do produto no mercado. Acompanham-se os volumes de vendas e a

satisfação dos usuários. As informações de melhoria do produto são transferidas

para as áreas técnicas, e para um banco de dados da diretoria da estratégia do

20 O segmento de mercado automotivo divide-se basicamente entre automóveis do tipo sedan, hatch-back, bi-combustíveis (flex fuel), híbridos (motorização elétrica e a combustão), entre outros tipos de automóveis.

Page 126: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

104

produto. No caso de informações que sejam de possível implementação o produto é

então adequado. Para demais informações verifica-se a sua viabilidade técnica e

econômica. A decisão pela implementação é tomada junto ao presidente, vice-

presidente e diretores da organização.

A tabela 5.1 mostra as principais atividades da macrofase da estratégia do produto.

Tabela 5.1 – Principais atividades da macrofase da estratégia do produto.

Na macrofase de desenvolvimento do produto e do processo ocorre o

desenvolvimento do produto e dos meios necessários para a produção do produto. O

desenvolvimento do produto ocorre paralelamente ao desenvolvimento do processo.

As fases do desenvolvimento do produto são: desenvolvimento do conceito (DDC);

desenvolvimento do estilo (DDE); desenvolvimento dos módulos (DDM); testes e

validação final (TVF).

A fase de desenvolvimento do conceito (DDC) é caracterizada pela transformação

das informações qualitativas advindas da fase de estudo do mercado (EDM) em

informações quantitativas. Por exemplo: o usuário deseja um automóvel confortável,

rápido e econômico. Estes requisitos são então transformados em informações

Verificar o comportamento das tendências do mercado de venda de automóveis para os meses e anos seguintes.

Análisar e investigar os produtos das empresas concorrentes no mercado.

Realizar pesquisa de satisfação dos clientes.

Definir o tipo de produto a ser desenvolvido pela empresa de forma clara, antes do início do desenvolvimento do produto.

Posicionar o produto em um determinado segmento de mercado, grupo de produtos ou linha de produtos existentes.

Acompanhar as mudanças que podem ocorrer no mercado durante o desenvolvimento do novo produto.

Distribuir o produto em revendas para ser comercializado antes do lançamento.

Monitorar a satisfação dos clientes após a compra do novo produto.

Transformar as informações advindas do mercado consumidor em novos requisitos para o desenvolvimento de produtos futuros.

macrofase da estratégia do produto (atividades principais)

Page 127: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

105

técnicas21. As prováveis tecnologias a serem empregadas no automóvel são

identificadas, o conceito dos módulos é iniciado e os primeiros esboços virtuais são

desenvolvidos.

Na fase de desenvolvimento do estilo (DDE) são determinadas as formas externas da

carroceria do automóvel, detalhes do cockpit, painel de instrumentos e iluminação. O

desenvolvimento virtual é continuado com a determinação de alternativas para o

estilo final do automóvel. Os valores definidos pelo usuário são confirmados e o

estilo é determinado. Tem início o desenvolvimento detalhado do produto.

Na fase de desenvolvimento dos módulos (DDM) se tem o desenvolvimento dos

módulos chassis, plataforma, carroceria, acabamento interno e externo, motor e

eletrônica embarcada. Os protótipos virtuais são gerados em sistemas CAD, onde são

detalhados, finalizados e simulados em sistemas CAE. Após a simulação se tem a

construção dos protótipos físicos.

Com a construção dos protótipos se tem os testes e validações do produto. Correções

e adequações do projeto são realizadas. Novos protótipos são construídos,

simulações são realizadas, os requisitos de segurança veicular e predições também

são testados até que se tenha a conclusão dos testes e validações finais do produto

(TVF).

As fases do desenvolvimento do processo são: conceito do processo (CDP);

infraestrutura (IFE); planejamento e preparação da produção (PPP); conceito do

sistema de produção (CSP); tecnologia e automação do processo (TAP); testes das

instalações (TDI); conceito logístico (CLG); dimensionamento e alocação de recursos

(DAR); pré-série da produção (PSP) e início da produção seriada (IPS).

A fase de conceito do processo (CDP) é composta por quatro subprocessos:

estamparia, armação da carroceria, pintura e montagem final do automóvel.

21 Informações técnicas do automóvel são informações mensuráveis como: dimensões do habitáculo do automóvel; dimensões entre os eixos; potência e torque do motor; consumo médio de combustível, entre outras informações técnicas mensuráveis.

Page 128: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

106

No subprocesso de estamparia se tem a pré-definição do conceito das ferramentas

(quantidade de operações, repuxo, calibração, flangeamento, entre outros),

disposição e operação de prensas, preparação (setup) para troca de ferramentas, fluxo

do processo, definição de áreas para análise da superfície de chapas, peças

estampadas e eventuais retrabalhos.

No subprocesso de armação da carroceria faz-se o planejamento das instalações, do

fluxo do processo, o desenvolvimento dos layouts do processo produtivo e a pré-

determinação da quantidade de automação do processo (grau de automação). São

projetados e desenvolvidos os dispositivos manuais para soldagem de subconjuntos

da carroceria, dispositivos automáticos para transporte da carroceria no fluxo do

processo, estações automáticas de soldagem, os sistemas de captação de gases de

solda, ventilação e insuflamento das áreas produtivas. Simulações virtuais e físicas

são realizadas para avaliar a capacidade de transporte e movimentação de robôs,

carregamento, potencial de colisão e acessibilidade para manutenção das estações.

No subprocesso de pintura se tem a definição do tipo de matéria prima a ser

utilizado e o dimensionamento das instalações. Avalia-se a necessidade de

instalações para limpeza da carroceria, banhos químicos, preparação (pré-

tratamento), pintura, verniz e avaliação da superfície final da pintura da carroceria.

Tem-se também a avaliação da quantidade de automação do processo e o

dimensionamento de robôs. De acordo com a disposição da unidade de produção

(UP) se tem a necessidade de dimensionamento de estoques intermediários no

processo (buffers) de carrocerias cruas (sem pintura) e carrocerias pintadas (prontas

para o processo de montagem final).

No subprocesso de montagem final os conceitos de montagem, postos de trabalho,

acoplamento do conjunto mecânico (eixos dianteiro e traseiro, tanque de

combustível, escapamento, transmissão e motor) e testes finais são pré-determinados.

Processos pós-montagem final como rodagem em pista de testes, testes funcionais e

avaliação final dos automóveis também são planejados. Analogamente aos outros

subprocessos se tem ainda a análise e dimensionamento da quantidade de

Page 129: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

107

automação do processo e análise da necessidade de estoques intermediários de

automóveis no processo produtivo.

A fase de infraestrutura (IFE) tem como objetivo dimensionar e implementar a

infraestrutura necessária para o processo produtivo. A infraestrutura possui quatro

subprocessos. O subprocesso civil, elétrico, mecânico e ambiental.

No subprocesso civil se tem a construção de prédios para instalação dos processos

produtivos, áreas para armazenagem de materiais, pátios para estoque de

automóveis produzidos e áreas para embarque de automóveis. Ainda neste

subprocesso planejam-se as ruas externas e internas da unidade de produção e os

sistemas de captação e eflúvio industriais.

No subprocesso elétrico se tem o dimensionamento e a instalação da infraestrutura

elétrica necessária para fornecer energia para os processos produtivos. Subestações

de energia, geradores de energia, transformação da energia primária (rede de

distribuição) em energia para os postos de trabalho, entre outras necessidades fazem

parte do subsistema elétrico.

O subprocesso mecânico é caracterizado pelo dimensionamento e instalação das

redes hidráulicas do processo, redes de ar comprimido, equipamentos de

movimentação como pontes rolantes, carros para ferramentas, máquinas, entre

outros equipamentos.

O subprocesso ambiental é responsável por planejar e fornecer os requisitos

ambientais necessários para os demais subprocessos civil, mecânico e elétrico. Tem-

se também a elaboração das políticas ambientais internas e em conjunto com a

diretoria da estratégia do produto, pela política ambiental externa da organização.

Condições de descarte e segregação de resíduos, eflúvio correto de fluidos dos

processos, regulamentações de procedimentos internos de manuseio de produtos

químicos são algumas das atribuições do subprocesso ambiental.

Page 130: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

108

A fase de planejamento e preparação para produção (PPP) dá início à simulação da

produção por meio da idealização dos postos físicos de trabalho. Esta idealização

utiliza materiais comuns como papelão, bancadas e outros meios disponíveis para

simular os postos de trabalho. O objetivo da fase de PPP é verificar fisicamente se os

projetos atendem e integram adequadamente os operadores aos processos

produtivos. Verificam-se ainda as condições de ergonomia e as possibilidades de

melhoria no projeto do processo e/ou do produto. Com a evolução da fase de PPP se

inicia a instalação física dos equipamentos do processo.

A fase de conceito do sistema de produção (CSP) tem como objetivo estabelecer os

princípios necessários para a condução das atividades de produção do automóvel. A

disposição das peças unitárias, conjunto soldados e pré-montados, a movimentação

dos operadores, a definição e padronização dos meios auxiliares para o processo são

alguns dos conceitos definidos na fase de CSP. A padronização de cores, a

determinação de sistemas para gerenciamento visual da produção, contramedidas

para identificação e rastreabilidade de defeitos em todo o processo também fazem

parte desta fase.

A fase de tecnologia e automação do processo (TAP) consolida os conceitos pré-

definidos nos subprocessos de estamparia, armação da carroceria, pintura e

montagem final em um conjunto de requisitos para o funcionamento do processo.

Este conjunto de requisitos é simulado por meio de sistemas de prototipagem virtual

onde são otimizados e reorganizados no processo como um todo. As instalações

físicas dos processos produtivos são realizadas e concluídas.

Na fase de testes das instalações (TDI) os equipamentos e demais meios instalados

são testados. Alguns subconjuntos do automóvel são produzidos em meios

definitivos. Estes subconjuntos auxiliam nos ajustes dos equipamentos dos postos de

trabalho e também no treinamento dos operadores. Alguns automóveis são

fabricados apenas para testar o fluxo do processo. As primeiras avaliações da

qualidade do produto são realizadas e os indicadores de controle do processo são

determinados.

Page 131: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

109

Na fase de conceito logístico (CLG) são determinados os conceitos necessários para

dimensionamento de áreas de estoque, fluxo de materiais, equipamentos, mão de

obra, projeto de embalagens, sistemas para entrega de materiais e abastecimento das

áreas produtivas da unidade de produção. Fazem parte ainda da fase de CLG o

dimensionamento de áreas para embarque de automóveis, áreas de espera de

caminhões, planejamento de rotas de coleta de materiais, determinação da

necessidade de parque industrial de fornecedores, além do planejamento e

determinação do sequenciamento interno de materiais para o abastecimento

organizado das linhas de produção.

A fase de dimensionamento e alocação de recursos (DAR) tem como objetivo avaliar

todos os postos de trabalho criados no desenvolvimento dos subprocessos e calcular

a necessidade de mão de obra para realizar as operações. Além disto, dimensiona-se

a quantidade de pessoas para manutenção das instalações e equipamentos, de acordo

com os subprocessos civil, elétrico, mecânico e ambiental. A mão de obra para

monitoramento da qualidade do produto, equipes de segurança do trabalho, brigada

contra incêndio também são previstas e treinadas.

A fase de pré-série da produção (PSP) se tem a produção de alguns automóveis já

com as características finais de atendimento do mercado. São automóveis

considerados como especiais, pois são resultados de um processo ainda em fase de

ajustes. Com a fase de pré-série da produção em processo de conclusão se tem a fase

de início da produção seriada (IPS). Os automóveis são produzidos de acordo com os

volumes e metas planejadas, os concessionários são abastecidos e os automóveis são

comercializados.

A tabela 5.2 mostra as principais atividades da macrofase de desenvolvimento do

produto e do processo.

Page 132: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

110

Tabela 5.2 – Principais atividades da macrofase de desenvolvimento do produto e do

processo.

(continuação)

Obter os requisitos de engenharia a partir dos desejos dos clientes.

Obter os requisitos de engenharia a partir do objetivo da empresa.

Utilizar novas tecnologias no projeto do novo produto.

Desenvolver novas tecnologias para o novo produto.

Projetar a forma externa do automóvel.

Projetar o interior do automóvel.

Projetar e simular virtualmente o chassis do automóvel.

Projetar e simular virtualmente a plataforma do automóvel.

Projetar e simular virtualmente a carroceria do automóvel.

Projetar e simular virtualmente o acabamento interno do automóvel.

Projetar e simular virtualmente o acabamento externo do automóvel.

Projetar e simular virtualmente o motor do automóvel.

Projetar e simular virtualmente a eletrônica embarcada do automóvel.

Criar protótipos virtuais das partes/componentes do automóvel.

Construir protótipos físicos das partes/componentes do automóvel.

Realizar testes das partes/componentes do automóvel, em seu estado final de desenvolvimento.

Realizar validações das partes/componentes do automóvel, em seu estado final de desenvolvimento.

Caracterizar o final do desenvolvimento do projeto do automóvel, por meio de um marco no processo de desenvolvimento.

Projetar os processos de fabricação do automóvel simultaneamente ao desenvolvimento do projeto do automóvel.

Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para a estampagem das partes de chapa do automóvel.

Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para a construção da carroceria do automóvel.

Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para pintura da carroceria do automóvel.

Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para montagem final do automóvel.

Projetar e dimensionar as áreas do processo, incluindo a criação de layouts, para os processos de fabricação do automóvel.

Projetar e dimensionar os recursos necessários para a manutenção das máquinas e os equipamentos de fabricação do automóvel.

Planejar e implementar/adequar a infraestrutura civil da empresa.

Planejar e implementar/adequar a infraestrutura elétrica da empresa.

Planejar e implementar/adequar a infraestrutura mecânica da empresa.

Planejar e implementar políticas ambientais específicas para cada processo de fabricação.

Planejar e implementar políticas ambientais globais na empresa.

Realizar/executar a simulação das instalações e máquinas dos postos de trabalho utilizando materiais improvisados, ou utilizando outros meios

disponíveis na empresa.

Realizar/executar uma idealização física dos postos de trabalho, para simulação das operações de produção.

Realizar uma verificação física, antes das instalações finais das máquinas e equipamentos dos processos de fabricação, para assegurar que os

projetos dos postos de trabalho atendem as necessidades dos operadores.

macrofase de desenvolvimento do produto e do processo (atividades principais)

Page 133: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

111

(conclusão)

Na macrofase de produção e melhoria contínua se tem o acompanhamento da

produção e a identificação de possíveis melhorias no produto e no processo

produtivo. Ocorre o monitoramento da qualidade do produto por meio dos

Desenvolver procedimentos para determinar e padronizar os métodos e formas de execução das atividades de produção do automóvel.

Desenvolver e determinar os sistemas de controle e de gerenciamento visual das áreas de produção.

Determinar e estabelecer contramedidas para identificar e rastrear defeitos que possam ser gerados durante a produção do automóvel.

Consolidar os conceitos estabelecidos para os processos de fabricação do automóvel.

Simular virtualmentde os processos de fabricação do automóvel.

Simular fisicamente os processos de fabricação do automóvel.

Concluir as instalações físicas necessárias para a produção do automóvel.

Automatizar os processos de fabricação do automóvel.

Testar os equipamentos e demais meios para a produção do automóvel.

Produzir pequenos lotes de subconjuntos do automóvel, para testar os postos manuais de fabricação.

Produzir pequenos lotes de subconjuntos do automóvel, para testar os postos automáticos de fabricação.

Produzir automóveis completos para testar os processos de fabricação do automóvel.

Treinar operadores durante a realização dos testes dos processos de fabricação do automóvel.

Predeterminar os indicadores e metas, durante o teste dos processos de fabricação do automóvel.

Caracterizar o final dos testes dos processos de fabricação do automóvel, por meio de um marco no processo de desenvolvimento.

Determinar os sistemas de recebimento, armazenagem e de distribuição dos materiais na empresa.

Determinar a quantidade de mão de obra necessária para os sistemas de recebimento, armazenagem e de distribuição dos materiais na

empresa.

Dimensionar áreas para: movimentar materiais, automóveis fabricados, e demais insumos necessários para a produção do automóvel.

Determinar o desenvolvimento de um parque de fornecedores de peças.

Calcular e determinar a quantidade adequada de mão de obra necessária para realizar as operações de fabricação do automóvel.

Calcular e determinar a quantidade adequada de mão de obra necessária para realizar as operações de manutenção dos equipamentos e

instalações dos processos de fabricação do automóvel.

Calcular e determinar a quantidade adequada de mão de obra necessária para realizar as operações de monitoramento da qualidade do

produto.

Planejar e dimensionar a mão de obra necessária para proteção do patrimônio da empresa.

Planejar e dimensionar a mão de obra necessária para brigada de incêndio da empresa.

Planejar e treinar toda a mão de obra envolvida com o processo de fabricação do automóvel.

Planejar e treinar toda a mão de obra que não está diretamente envolvida com o processo de fabricação do automóvel.

Produzir um pequeno lote de automóveis para validação final das instalações dos processos de fabricação do automóvel.

Caracterizar o início da produção seriada de automóveis, por meio de um marco no processo de desenvolvimento.

Programar um aumento gradual das quantidades de automóveis a serem produzidas.

Page 134: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

112

indicadores de qualidade. As fases desta macrofase são: estabilidade do processo

(EDP); estabilidade da série (EDS); redução dos tempos de ciclo (RTC);

redimensionamento e alocação de recursos (RAR); produção seriada (PRS);

descontinuação da série (DDS) e revisão técnica (RVT).

Na fase de estabilidade do processo (EDP) verifica-se a homogeneidade com que as

estações automáticas estão operando, a partir dos requisitos de projeto. Determina-se

a frequência de manutenção dos equipamentos e observa-se as oportunidades de

otimização e/ou comunização de operações automáticas.

Na fase de estabilidade da série (EDS) se tem a verificação e a comprovação da

repetibilidade do produto, conforme tolerâncias determinadas no projeto do

produto. Esta comprovação é feita por meio dos indicadores estabelecidos para o

controle da produção do automóvel.

Com o processo e a produção estabilizados inicia-se a fase de redução dos tempos de

ciclo (RTC). A redução de ciclo tem como objetivo identificar restrições em

determinadas estações automáticas de forma a propor soluções para eliminá-las.

Como resultado se tem um aumento da capacidade de produção das instalações.

Com o processo, a produção e a redução dos tempos de ciclo estabilizados tem início

a fase de redimensionamento e alocação de recursos (RAR). Neste momento da

produção seriada (PRS) os operadores estão treinados e desenvolvem suas atividades

com fluência. Determinadas operações podem ser transferidas para outros postos de

trabalho manuais, de forma a se otimizar os recursos de mão de obra. Quando se

agrega uma operação em outro posto de trabalho pode-se ainda comunizar o uso de

equipamentos como parafusadeiras, torquímetros, máquinas de solda, pistolas de

pintura, entre outros equipamentos.

Após o período definido para a produção do produto se tem a fase de

descontinuação da série (DDS). É feita uma nova análise do mercado e verifica-se o

estado de desenvolvimento e de lançamento dos produtos subsequentes da

organização.

Page 135: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

113

Define-se a estratégia de descontinuação, o período para a descontinuação do

produto e a redução dos volumes de produção. A produção é encerrada e o produto

é retirado do mercado.

Na fase de revisão técnica (RVT) se tem a análise e consolidação do conjunto de

informações gerado durante a macrofase de produção e melhoria contínua.

Atividades documentadas como melhores práticas e também lições aprendidas são

coletadas. Perícias técnicas são realizadas na infraestrutura e nas instalações

remanescentes para avaliar a possibilidade de adequação para a produção de novos

modelos de automóveis. Informações advindas dos operadores de produção também

são coletadas. Este conjunto de informações é então consolidado em um documento

denominado de relatório de auxílio ao desenvolvimento de novos produtos. Este

documento é distribuído para o presidente, para o vice-presidente, para os diretores

e para os gerentes da organização, e é então arquivado na diretoria da estratégia do

produto. Quando o processo de desenvolvimento de um novo automóvel for iniciado

o relatório de auxílio para novos produtos é revisado concomitantemente com a fase

de estudo do mercado (EDM). Este novo conjunto de informações irá fornecer o

suporte inicial aos envolvidos no desenvolvimento do novo automóvel.

A tabela 5.3 mostra as principais atividades da macrofase de produção e melhoria

contínua.

Tabela 5.3 – Principais atividades da macrofase de produção e melhoria contínua.

(continuação)

Verificar a estabilidade dos processos de fabricação.

Realizar um comparativo entre os requisitos do projeto e os automóveis em produção.

Identificar oportunidades de otimização e comunização das operações manuais dos processos de fabricação do automóvel.

Identificar oportunidades de otimização e comunização das operações automáticas dos processos de fabricação do automóvel.

Determinar um plano de manutenção para as máquinas e outros equipamentos utilizados na fabricação do automóvel.

Comprovar a repetibilidade dimensional do automóvel, conforme tolerâncias determinadas no projeto do produto.

Identificar restrições (gargalos) nos processos automáticos de fabricação.

Propor e implementar melhorias para otimizar os processos automáticos de fabricação.

macrofase de produção e melhoria contínua (atividades principais)

Page 136: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

114

(conclusão)

Além das macrofases, fases e atividades descritas na seção 5.2 existem ainda

atividades e tomadas de decisão, que são realizadas por departamentos específicos.

Tais atividades e tomadas de decisão, assim como sua estrutura organizacional estão

descritas no Apêndice C desta tese. A estrutura organizacional proposta, tem como

objetivo associar os departamentos e profissionais envolvidos na realização das

atividades, e nas tomadas de decisão que ocorrem no PDP-Automotivo

(SILVA; KAMINSKI, 2012).

5.2 Validação do modelo de referência (PDP-Automotivo)

Para validação do PDP-Automotivo, um levantamento de campo do tipo

confirmatório foi realizado. O levantamento está estruturado de forma similar às

etapas propostas por Gil (2010, p.99): definição dos objetivos; elaboração do

instrumento de coleta de dados; seleção das amostras; coleta dos dados; organização

dos dados coletados; resultados da pesquisa e discussão dos dados.

Verificar a prática/habilidade desenvolvida pelos operadores após o início da produção seriada.

Otimizar a mão de obra disponível em função da habilidade dos operadores.

Comunizar atividades originalmente realizadas em diferentes postos de trabalho.

Caracterizar a produção seriada de automóveis, por meio de um marco no processo de desenvolvimento.

Autorizar a produção seriada (produção em massa) de automóveis.

Produzir automóveis de acordo com as variações de aumento ou queda das vendas no mercado.

Descontinuar a produção seriada de automóveis.

Determinar o tempo necessário para finalizar a produção seriada de automóveis.

Consolidar as informações geradas durante o período de produção do automóvel.

Realizar práticas como lições aprendidas, com base nas informações geradas durante o período de produção do automóvel.

Avaliar instalações e máquinas dos processos de fabricação, para identificar a necessidade ou não de compra/adequação das instalações, para

a produção de novos modelos de automóveis.

Coletar informações com os operadores que trabalham diretamente na produção do automóvel, para orientação aos futuros processos de

desenvolvimento de produtos.

Criar uma documentação a partir das informações obtidas durante o período de produção do automóvel.

Executar decisões técnicas em momentos conhecidos e pré determinados, durante processo de desenvolvimento de produtos da empresa em

que você trabalha.

Congelar e não alterar os resultados determinados nas decisões técnicas.

Executar decisões estratégicas em momentos conhecidos e pré determinados, durante processo de desenvolvimento de produtos da empresa

em que você trabalha.

Congelar e não alterar os resultados determinados nas decisões estratégicas.

Page 137: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

115

5.2.1 Definição dos objetivos

O objetivo do levantamento é a validação do PDP-Automotivo. Para o atendimento

deste objetivo, dois objetivos específicos foram determinados. O primeiro objetivo

específico do levantamento, é identificar se as empresas diretamente ou

indiretamente ligadas com o processo de desenvolvimento do produto automotivo

praticam as atividades contidas no PDP-Automotivo. O segundo objetivo específico

do levantamento, é identificar qual é a importância das atividades, considerando o

seu custo/benefício.

5.2.2 Instrumento de coleta de dados

O instrumento utilizado para coleta de dados é o questionário. Para o

desenvolvimento do questionário houveram diferentes propostas, abordagens,

reflexões sobre o conteúdo, e sobre os resultados desejados com a pesquisa, que

foram amplamente discutidas e trabalhadas. As atividades descritas no questionário

foram obtidas a partir das atividades contidas nas tabelas 5.1, 5.2 e 5.3.

Com uma definição inicial do questionário, houve um pré-teste do questionário. O

pré-teste foi realizado com dois voluntários. Os voluntários selecionados possuem

grande experiência no setor automotivo, com atuação média de 11 anos (15 anos o

primeiro voluntário e 8 anos o segundo voluntário). O objetivo do pré-teste, foi

verificar a facilidade ou a dificuldade de preenchimento do questionário.

Observou-se também o tempo necessário para o seu preenchimento.

Depois de realizado o pré-teste, os dados coletados foram analisados. Sugestões e

orientações quanto a formulação do questionário foram apresentadas e consideradas

na elaboração do questionário final. O questionário final foi então estruturado em

seções, de acordo com as macrofases, fases e atividades do modelo. Para identificar a

ausência de possíveis atividades não contidas no PDP-Automotivo foram inseridas

perguntas complementares ao final de cada seção (macrofase). A pergunta

complementar é: “Você identificou a falta de alguma atividade na Macrofase [...]?” O

modelo final do questionário está apresentado no Apêndice D desta tese.

Page 138: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

116

Para cada uma das atividades descritas no questionário duas perguntas gerais são

apresentadas. A primeira pergunta geral ( ) consiste em identificar a prática da

atividade na empresa em que o respondente trabalha.

A pergunta ( ) é: “Sua empresa pratica?”. O respondente deve escolher como

resposta apenas uma das três alternativas possíveis: “Sim”, “Não” ou “Não sei”.

A segunda pergunta geral ( ) consiste em avaliar, de acordo com a opinião do

respondente a importância da atividade. A pergunta ( ) é: “Qual a importância da

atividade?”, considerando seu custo/benefício. O respondente deve escolher como

resposta apenas uma das cinco alternativas possíveis: “1” , “2”, “3”, “4” e “5”. As

alternativas estão baseadas em uma escala Likert22. Para as notas compreendidas

entre 1 e 2, o respondente considera a importância da atividade praticada como

pouco importante. Para a nota 3, como importância neutra, e para as notas

compreendidas entre 4 e 5 como muito importante.

5.2.3 Seleção das amostras

Para seleção das amostras é necessário a caracterização das amostras. Neste caso, as

amostras utilizadas neste levantamento são do tipo amostras estratificadas não

proporcionais. Estas amostras são caracterizadas pela seleção de uma amostra de um

determinado subgrupo da população considerada. Neste caso, a extensão destas

amostras dos diferentes subgrupos pesquisados, não é proporcional a extensão

destes subgrupos, em relação a população considerada (GIL, 2010).

Os subgrupos selecionados são constituídos por profissionais atuantes em empresas

do tipo montadoras de automóveis, autopeças, empresas de projeto automotivo, e

outras correlatas. Nestes subgrupos existem homens e mulheres, ou seja, a diferença

entre os sexos não é relevante para a pesquisa. A idade dos respondentes também

não é considerada.

22 De acordo com Miguel et al. (2010) a escala Likert recebeu esta denominação em homenagem ao sociólogo Rensis Likert. Trata-se de uma escala unidimensional com um valor central neutro, e com um número ímpar de pontos. Por exemplo: o valor “1” é atribuído para ‘discordo totalmente’, e o valor “5” é atribuído para ‘concordo totalmente’.

Page 139: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

117

Desta definição, um total de 75 respondentes foram consultados. A tabela 5.4 mostra

a distribuição do total dos respondentes, de acordo com o subgrupo ao qual

pertencem.

Tabela 5.4 - Distribuição dos respondentes de acordo com os subgrupos.

5.2.4 Coleta dos dados

A coleta dos dados foi realizada durante o período de 01/06/2012 a 10/08/2012.

Para coleta dos dados utilizou-se o Centro de Engenharia Automotiva (CEA) da

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, por meio de consulta a

profissionais graduados (alunos), especialistas, e professores do curso de

Especialização em Engenharia Automotiva.

Uma característica importante destes respondentes é que tratam-se principalmente

de profissionais atuantes no setor automotivo, que valorizam a qualificação

profissional e acadêmica. Portanto, fornecem maior precisão nas respostas e nos

dados obtidos. Em alguns casos específicos, também utilizou-se a coleta de dados em

sistema eletrônico (e-mail), e por contato direto com respondentes.

A tabela 5.5 mostra a distribuição dos respondentes, de acordo com a sua ocupação

profissional.

subgrupos qtde

montadoras 36

auto peças 29

projeto 5

outras 5

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118

Tabela 5.5 - Distribuição dos respondentes de acordo com a ocupação profissional.

5.2.5 Organização dos dados coletados

Para organização dos dados, se fez necessário identificar os questionários válidos.

Para isto, dois critérios para identificação dos questionários não válidos foram

estabelecidos: grande parte do questionário não respondido (acima de 30% das

respostas); e respondentes não pertencentes ao subgrupo determinado.

Determinados os critérios, a avaliação dos questionários foi realizada. Identificou-se

que, de um total de 75 questionários, 16 questionários foram considerados não

válidos. A tabela 5.6 mostra o total de respondentes dos subgrupos, compreendendo

os questionários válidos e os questionários não válidos.

Tabela 5.6 - Questionários válidos e questionários não válidos.

(continuação)

tipo de cargo dos respondentes qtde

diretores 4

gerentes 12

supervisores 10

engenheiros 37

analistas 5

técnicos 4

consultores 1

não informado 2

respondente tipo de empresa tipo do cargo formação (graduação) ano de conclusão

1 montadora supervisor 14 anos engenharia 1985

2 projeto analista 2 anos tecnologia 2010

3 montadora técnico 4 anos engenharia 2010

4 auto peças engenheiro 7 anos n/i 2006/2009

5 projeto analista 5 anos tecnologia 2007

6 auto peças analista 3 anos engenharia 2008

7 auto peças supervisor 5 anos engenharia 2006

8 montadora engenheiro 1 anos engenharia 2010

9 auto peças gerente 5 anos engenharia 2003

10 auto peças gerente 23 anos engenharia 1985

11 auto peças supervisor 6 anos engenharia 2010

12 auto peças engenheiro 5 anos engenharia n/i

13 auto peças gerente 12 anos ciência da computação 2004

14 auto peças engenheiro 3 anos engenharia 2010

15 auto peças gerente 13 anos engenharia 1998

16 auto peças gerente 10 anos engenharia 1996

17 auto peças engenheiro 1 anos engenharia 2009

tempo de empresa

Page 141: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

119

18 projeto engenheiro 6 meses engenharia 2011

19 outras engenheiro 3 anos engenharia 2011

20 montadora engenheiro 3 anos engenharia 2010

21 montadora engenheiro 2 anos engenharia 2009

22 projeto engenheiro 1 anos engenharia 2009

23 auto peças supervisor 4 anos engenharia 2006

24 montadora engenheiro 1 anos engenharia 2009

25 auto peças n/i 1 anos engenharia 2011

26 auto peças gerente 6 anos economia n/i

27 auto peças gerente 14 anos engenharia 2008

28 outras engenheiro ni ni engenharia 2011

29 auto peças engenheiro 1 anos engenharia 2010

30 montadora engenheiro 1 meses n/i 2013

31 montadora engenheiro 1 anos engenharia 2004

32 montadora diretor 10 meses n/i n/i

33 montadora engenheiro 2 meses engenharia 2006

34 auto peças engenheiro 7 anos engenharia 2007

35 montadora engenheiro 10 anos engenharia 2005

36 montadora engenheiro 6 meses engenharia 2009

37 montadora técnico 8 anos tecnologia 2001

38 montadora engenheiro 14 anos engenharia 2008

39 montadora engenheiro 1 anos engenharia 2008

40 montadora analista 1 anos jornalismo 2002

41 auto peças engenheiro 9 meses engenharia 2002

42 montadora engenheiro 4 anos engenharia 2009

43 outras supervisor 2 anos engenharia 2004

44 montadora supervisor 7 anos engenharia 1997

45 montadora engenheiro 4 anos engenharia 2009

46 projeto diretor 9 anos outras 1998

47 montadora n/i 2 anos n/i 2002

48 montadora diretor 5 anos física 1974

49 montadora engenheiro 17 anos engenharia 1998

50 auto peças diretor 11 anos tecnologia 1992

51 auto peças gerente 1 anos n/i 2005

52 montadora supervisor 21 anos engenharia 1999

53 auto peças gerente 17 anos n/i 2007

54 montadora engenheiro 15 anos n/i n/i

55 montadora supervisor 8 anos n/i 2006

56 auto peças gerente 17 anos engenharia 1997

57 outras analista 25 anos engenharia 1985

58 montadora engenheiro 16 anos n/i 2006

59 montadora supervisor 8 anos administração de empresas 2002

60 montadora técnico 5 anos química n/i

61 montadora engenheiro 4 anos n/i n/i

62 montadora gerente 14 anos engenharia 1995

63 montadora engenheiro 1 anos engenharia 2009

64 montadora engenheiro 2 anos engenharia 2011

65 montadora engenheiro 1 anos engenharia 2011

66 montadora engenheiro 4 anos engenharia 2012

67 montadora técnico 14 anos engenharia 2011

68 auto peças engenheiro 11 anos engenharia n/i

69 montadora consultor 7 anos jornalismo 1990

70 outras supervisor 3 anos engenharia 2008

71 auto peças engenheiro 4 anos engenharia 2011

72 auto peças engenheiro 10 anos engenharia 2007

73 auto peças engenheiro 7 anos engenharia n/i

74 auto peças gerente 5 anos administração de empresas 2001

75 auto peças engenheiro 9 meses engenharia n/i

Legenda: questionários válidos questionários não válidos n/i: não informado (conclusão)

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120

Ressalta-se ainda que de um total de 104 atividades contidas no questionário, 40

destas atividades não estão diretamente presentes nas empresas de autopeças. Desta

forma, as 40 atividades identificadas não foram consideradas nas respostas do

subgrupo autopeças. A tabela 5.7 mostra as 40 atividades identificadas.

Tabela 5.7 - Atividades não diretamente presentes em empresas de autopeças.

(continuação)

nº descrição da atividade

1 VII a Projetar a forma externa do automóvel.

2 VII b Projetar o interior do automóvel.

3 VIII a Projetar e simular virtualmente o chassis do automóvel.

4 VIII b Projetar e simular virtualmente a plataforma do automóvel.

5 VIII c Projetar e simular virtualmente a carroceria do automóvel.

6 VIII d Projetar e simular virtualmente o acabamento interno do automóvel.

7 VIII e Projetar e simular virtualmente o acabamento externo do automóvel.

8 VIII f Projetar e simular virtualmente o motor do automóvel.

9 VIII g Projetar e simular virtualmente a eletrônica embarcada do automóvel.

10 IX cCaracterizar o final do desenvolvimento do projeto do automóvel, por meio de um marco no processo de

desenvolvimento.

11 X a Projetar os processos de fabricação do automóvel simultaneamente ao desenvolvimento do projeto do automóvel.

12 X bProjetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para a estampagem das partes de chapa do

automóvel.

13 X c Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para a construção da carroceria do automóvel.

14 X d Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para pintura da carroceria do automóvel.

15 X e Projetar e dimensionar máquinas e equipamentos, incluindo robôs, para montagem final do automóvel.

16 X fProjetar e dimensionar as áreas do processo, incluindo a criação de layouts, para os processos de fabricação do

automóvel.

17 X gProjetar e dimensionar os recursos necessários para a manutenção das máquinas e os equipamentos de fabricação

do automóvel.

18 XIII a Desenvolver os princípios necessários para a condução das atividades de produção do automóvel.

19 XIII bDesenvolver procedimentos para determinar e padronizar os métodos e formas de execução das atividades de

produção do automóvel.

20 XIV a Consolidar os conceitos estabelecidos para os processos de fabricação do automóvel.

21 XIV b Simular virtualmentde os processos de fabricação do automóvel.

22 XIV c Simular fisicamente os processos de fabricação do automóvel.

23 XIV d Concluir as instalações físicas necessárias para a produção do automóvel.

24 XIV e Automatizar os processos de fabricação do automóvel.

25 XV a Testar os equipamentos e demais meios para a produção do automóvel.

26 XV d Produzir automóveis completos para testar os processos de fabricação do automóvel.

27 XV e Treinar operadores durante a realização dos testes dos processos de fabricação do automóvel.

28 XV gCaracterizar o final dos testes dos processos de fabricação do automóvel, por meio de um marco no processo de

desenvolvimento.

29 XVI d Determinar o desenvolvimento de um parque de fornecedores de peças.

30 XVII aCalcular e determinar a quantidade adequada de mão de obra necessária para realizar as operações de fabricação do

automóvel.

31 XVII bCalcular e determinar a quantidade adequada de mão de obra necessária para realizar as operações de manutenção

dos equipamentos e instalações dos processos de fabricação do automóvel.

32 XVII f Planejar e treinar toda a mão de obra envolvida com o processo de fabricação do automóvel.

33 XVIII aProduzir um pequeno lote de automóveis para validação final das instalações dos processos de fabricação do

automóvel.

34 XIX a Caracterizar o início da produção seriada de automóveis, por meio de um marco no processo de desenvolvimento.

35 XIX b Programar um aumento gradual das quantidades de automóveis a serem produzidas.

A

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121

(conclusão)

O próximo passo foi organizar as respostas. Para isto se fez o agrupamento do total

das respostas, de acordo com as alternativas das perguntas ( ) e ( ) escolhidas

pelos respondentes. Os respostas obtidas para todas as atividades do questionário

estão apresentadas no apêndice E desta tese.

Nos exemplos 1 e 2 estão descritos os conceitos do agrupamento e da distribuição das

respostas para as perguntas ( ) e ( ) respectivamente.

Exemplo 1: para a atividade (Ia) contida na fase 1 (estudo de mercado), as 59

respostas foram agrupadas e distribuídas entre as alternativas da pergunta ( )

“Sim”, “Não” e “Não sei”. Com isto, os resultados foram: 56 respostas para a

alternativa “Sim”, 0 respostas para a alternativa “Não”, e 3 respostas para a

alternativa “Não sei”. Para este exemplo, não houveram respostas em branco (B).

Exemplo 2: para a atividade (Ia) contida na fase 1 (estudo de mercado), as 59

respostas foram agrupadas e distribuídas entre as alternativas da pergunta ( ) “1” ,

“2”, “3”, “4” e “5”. Com isto, os resultados foram: 0 respostas para a alternativa “1”,

0 respostas para a alternativa “2”, 0 respostas para a alternativa “3”, 12 respostas

para a alternativa “4”, e 47 respostas para a alternativa “5”. Para este exemplo, não

houveram respostas em branco (B).

A tabela 5.8 mostra uma visão global da organização e distribuição das respostas de

acordo com os exemplos 1 e 2, para a atividade (Ia) contida na fase 1: estudo de

mercado (EDM).

36 XXI b Realizar um comparativo entre os requisitos do projeto e os automóveis em produção.

37 XXI cIdentificar oportunidades de otimização e comunização das operações manuais dos processos de fabricação do

automóvel.

38 XXI dIdentificar oportunidades de otimização e comunização das operações automáticas dos processos de fabricação do

automóvel.

39 XXI eDeterminar um plano de manutenção para as máquinas e outros equipamentos utilizados na fabricação do

automóvel.

40 XXII a Comprovar a repetibilidade dimensional do automóvel, conforme tolerâncias determinadas no projeto do produto.

Legenda: nº: número sequencial da atividade A: código da atividade no questionário

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122

Tabela 5.8 - Visão global da organização e distribuição das respostas, para a

atividade (Ia) contida na fase 1: estudo de mercado (EDM).

Na distribuição mostrada na tabela 5.8 visualiza-se apenas a distribuição do total das

respostas entre as alternativas das perguntas ( ) e ( ). Esta distribuição não

permite identificar, para uma determinada alternativa da pergunta ( ), qual foi a

nota escolhida pelos respondentes, a partir das alternativas escolhidas para a

pergunta ( ).

Diante disto, um novo agrupamento foi feito. Este novo agrupamento considerou a

nota atribuída pelos respondentes, de acordo com as alternativas escolhidas. No

exemplo 3 estão descritos os conceitos deste novo agrupamento, e da distribuição das

respostas para as perguntas ( ) e ( ).

Exemplo 3: para a atividade (Ia) contida na fase 1 (estudo de mercado), de um total

de 56 respostas “Sim”, 10 respostas tiveram nota “4”, e 46 respostas tiveram nota “5”.

Para a atividade (Ia) não houveram respostas “Não”. No caso das respostas “Não

sei”, de um total de 3 respostas, 2 respostas tiveram nota “4” e uma resposta obteve

nota “5”. Para o exemplo 3 não houveram respostas em branco (B).

A tabela 5.9 mostra a distribuição das respostas de acordo com o exemplo 3, para a

atividade (Ia) contida na fase 1: estudo de mercado (EDM).

Tabela 5.9 – Visão das respostas, para a atividade (Ia) contida na fase 1: estudo de

mercado (EDM).

S N NS B 1 2 3 4 5 B

3 IaVerificar o comportamento das tendências do mercado de venda de automóveis para

os meses e anos seguintes.56 0 3 0 0 0 0 12 47 0

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

Sua empresa pratica? Qual a importância da atividade?

nº A sumário sumáriomacrofase da estratégia do produto

nº A Fase 1: estudo de mercado (EDM) 1 2 3 4 5 B 1 2 3 4 5 B 1 2 3 4 5 B 1 2 3 4 5 B

3 Ia

Verificar o comportamento das tendências do

mercado de venda de automóveis para os meses e

anos seguintes.

0 0 0 10 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

SIM NÃO NÃO SEI BRANCO

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123

Os resultados mostrados na seção 5.4 foram assim organizados. Para a pergunta

( ), os resultados obtidos para cada alternativa foram convertidos em percentuais

(%).

Para a pergunta ( ), os resultados obtidos para cada alternativa foram organizados

e distribuídos em médias ponderadas. A eq.(5.1) mostra o cálculo geral efetuado para

as médias ponderadas.

5

1i

i

5

1i

ii

q

nq

Mp (5.1)

Onde:

Mp é a média ponderada das notas;

iq é o número de questionários para uma determinada nota in ;

in são as notas escolhidas pelos respondentes, com variando de 1 até 5.

A tabela 5.10 mostra um exemplo da distribuição dos resultados, de acordo com as

suas médias ponderadas, para a atividade (Ia) da fase1: estudo de mercado (EDM).

Tabela 5.10 – Distribuição da dos resultados para a atividade (Ia) da fase1: estudo

de mercado (EDM).

Para se obter uma visão global dos resultados de todo o PDP-Automotivo, as médias

ponderadas das atividades pertencentes a uma determinada fase do modelo foram

somadas, e uma média aritmética foi calculada, fornecendo uma visão global das

médias para cada fase do modelo. O mesmo procedimento foi adotado para os

resultados obtidos com as fases de uma determinada macrofase, fornecendo assim

uma visão global das médias para cada macrofase do modelo.

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

3 Ia

Verificar o comportamento das tendências do mercado

de venda de automóveis para os meses e anos

seguintes.

95% 0% 5% 0% 4,8 4,8 0,0 4,3 0,0

Legenda:

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

macrofase da estratégia do produtoSua empresa pratica? Qual a importância da atividade?

sumário médiasnº A

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124

Por fim, o procedimento descrito foi aplicado também as macrofases do modelo,

fornecendo uma visão global das médias de todo o PDP-Automotivo.

Na seção 5.3 se tem a apresentação e a discussão dos resultados obtidos com a

pesquisa.

5.3 Apresentação e discussão dos resultados

Os resultados são apresentados e discutidos em uma sequência que se inicia com os

resultados globais para todo o PDP-Automotivo, posteriormente, com os resultados

das macrofases e por fim, das fases do modelo. Alguns resultados específicos,

contidos no Apêndice E desta tese também são apresentados e discutidos.

Tabela 5.11 - Resultados globais obtidos para o PDP-Automotivo.

Ao analisar os resultados da tabela 5.11 conclui-se que de um total de 100% dos

respondentes, 76% confirmaram que, em suas empresas ocorre a prática de grande

parte das atividades contidas no modelo, e que consideram a prática destas

atividades como importantes ou muito importantes.

Para os 24% que responderam não praticar ou não saber se ocorre ou não a prática

das atividades em suas empresas, as notas globais se mostraram neutras (3,0), com

uma tendência para importantes, uma vez que as notas estão compreendidas entre

3,3 e 3,5.

A tabela 5.12 mostra os resultados globais para as macrofases e para os marcos

técnico e gerencial do PDP-Automotivo.

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

76% 10% 14% 0% 4,3 4,4 3,3 3,5 0,1

Legenda:

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

Médias globais do modelo

Qual a importância da atividade?

percentual médias

Sua empresa pratica?

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125

Tabela 5.12 - Resultados globais das macrofases e marcos técnico e gerencial do

PDP-Automotivo.

Os resultados mostrados na tabela 5.12 mostraram que os resultados obtidos com as

macrofases confirmaram, com médias acima de 70%, a prática das atividades nas

empresas contidas nos subgrupos montadora, autopeças e empresas de projeto

automotivo.

O menor resultado entre as respostas “Sim” (72%) pertence a macrofase de produção

e melhoria contínua. Por outro lado, para as respostas “Não” desta macrofase,

pode-se identificar que os respondentes consideraram a prática das atividades com

importância neutra, mas com uma tendência significativa para serem consideradas

importantes, conforme média global igual a 3,6. Ao analisar as respostas “Não sei”

esta tendência se confirma, conforme a média global igual a 4,1. Isto significa que,

embora os respondentes não saibam se as empresas praticam ou não praticam

determinadas atividades, eles as consideram importantes.

Sobre os marcos técnico e gerencial, os resultados pouco variaram entre os marcos. A

variação foi de 1% para as respostas “Sim”, 3% para s respostas “Não”, e 4% para as

respostas “Não sei”. Os maiores resultados foram atribuídos para o marco gerencial.

A tabela 5.13 mostra os resultados globais para as fases contidas na macrofase da

estratégia do produto.

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

84% 7% 9% 0% 4,4 4,5 2,4 3,7 0,3

81% 7% 11% 1% 4,4 4,5 3,3 3,4 0,1

72% 9% 19% 0% 4,3 4,4 3,6 4,1 0,3

70% 12% 18% 0% 4,1 4,3 3,4 3,3 0,0

71% 15% 14% 0% 4,2 4,4 3,9 3,2 0,0

Legenda:

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

Marco técnico (MTC)

Marco gerencial (MGR)

macrofase de produção e melhoria contínua

macrofase de desenvolvimento do produto e do processo

estratégia do produto

Qual a importância da atividade?

percentual médiasmacrofasesSua empresa pratica?

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126

Tabela 5.13 - Resultados globais das fases contidas na macrofase da estratégia do

produto.

A fase do EDM apresentou o maior resultado para as respostas “Sim” (94%),

comparativamente com os demais resultados obtidos para todo o modelo. Para as

respostas “Não sei”, esta fase obteve ainda uma média global das notas igual a 4,4.

Pode-se afirmar que, dos respondentes que não souberam se posicionar quanto a

prática ou não prática das atividades em suas empresas, estes consideraram a prática

das atividades contidas nesta fase como muito importantes.

A fase do monitoramento do mercado (MDM) obteve uma porcentagem igual a 17%

para as respostas “Não sei”, sendo este o maior valor entre as respostas “Não sei”,

comparativamente com as demais fases da macrofase da estratégia do produto. No

entanto, a fase do MDM obteve uma média global das notas igual a 4,1.

Analogamente a fase do EDM, estes resultados mostraram que, dos respondentes

que não souberam se posicionar quanto a prática ou não prática das atividades

contidas na fase do MDM, estes as consideraram como muito importantes.

Todos os resultados obtidos para as respostas “Sim” desta macrofase obtiveram

percentuais maiores que 70%. Analogamente, todas as médias gerais das notas

obtidas foram maiores que 4,0. Portanto, esta macrofase obteve resultados

significativos para ambas as perguntas ( ) e ( ), ou seja: a ocorrência da prática de

grande parte das atividades contidas nas fases, e a importância da prática destas

atividades nas empresas dos subgrupos pesquisados.

A tabela 5.14 mostra os resultados globais para as fases contidas na macrofase de

desenvolvimento do produto e do processo.

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

94% 2% 4% 0% 4,6 4,7 1,0 4,4 0,0

89% 2% 8% 1% 4,4 4,4 1,7 3,6 1,3

75% 8% 17% 0% 4,3 4,4 3,4 4,1 0,0

76% 16% 8% 0% 4,2 4,4 3,6 2,7 0,0

Legenda:

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

Estudo do mercado (EDM)

Posicionamento do produto (POP)

Monitoramento do mercado (MDM)

Lançamento do produto (LDP)

Qual a importância da atividade?

percentual médiasmacrofase da estratégia do produtoSua empresa pratica?

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127

Tabela 5.14 - Resultados globais das fases contidas na macrofase de desenvolvimento

do produto e do processo.

As fases de planejamento e preparação da produção (PPP) e da tecnologia e

automação do processo (TAP) obtiveram as menores porcentagens para as respostas

“Sim”, sendo estas 57% para a fase de PPP e 70% para a fase de TAP. Contudo, estas

mesmas fases obtiveram médias globais das notas iguais a 4,2 e 4,5 respectivamente.

As fases de PPP e da TAP também obtiveram as maiores porcentagens para as

respostas “Não sei”, sendo 24% para ambas as fases. Similar ao comportamento

descrito para as respostas “Sim”, as médias globais das notas para as respostas “Não

sei” foram 3,7 para a fase de PPP e 4,4 para a fase da TAP.

Em análise as porcentagens e as médias globais das notas das fases de PPP e da TAP

pode-se afirmar que, quase um quarto (24%) dos respondentes não souberam se

posicionar quanto a prática ou não prática das atividades contidas nestas fases.

Entretanto, as médias globais das notas indicaram que estes respondentes

consideraram a prática como neutras, tendendo a importantes (3,7) e muito

importantes (4,5).

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

85% 5% 8% 2% 4,3 4,4 3,8 4,0 0,0

93% 7% 0% 0% 4,7 4,8 3,0 0,0 0,0

87% 9% 4% 0% 4,6 4,7 3,5 2,5 0,6

93% 5% 2% 0% 4,6 4,7 3,1 1,0 0,0

78% 6% 13% 3% 4,5 4,7 2,8 3,4 0,0

80% 6% 12% 2% 4,2 4,3 3,7 4,0 0,0

57% 17% 24% 2% 4,1 4,2 3,8 3,7 0,0

86% 4% 8% 2% 4,4 4,5 1,9 3,9 0,0

70% 3% 24% 3% 4,5 4,5 3,0 4,4 0,0

76% 7% 15% 2% 4,5 4,6 1,9 4,1 0,0

78% 6% 16% 0% 4,2 4,4 3,4 3,8 0,0

72% 11% 16% 1% 4,2 4,3 2,8 3,9 0,7

90% 3% 7% 0% 4,8 4,8 5,0 4,5 0,0

89% 5% 6% 0% 4,6 4,6 4,3 4,5 0,0

Dimensionamento e alocação de recursos (DAR)

Início da produção seriada (IPS)

Legenda:

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

Pré série de produção (PSP)

Tecnologia e automação do processo (TAP)

Testes das instalações (TDI)

Conceito logístico (CLG)

Infraestrutura (IFE)

Planejamento e preparação da produção (PPP)

Conceito do sistema de produção (CSP)

Desenvolvimento dos módulos (DDM)

Testes e validação final (TVF)

Conceito do processo (CDP)

Desenvolvimento do conceito (DDC)

Desenvolvimento do estilo (DDE)

macrofase de desenvolvimento do produto e do

processo

Sua empresa pratica? Qual a importância da atividade?

percentual médias

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128

Com exceção da fase de PPP, que obteve uma porcentagem igual a 57%, todas as

outras fases desta macrofase obtiveram porcentagens igual ou superior a 70%. Em

complemento, todas as médias globais gerais das notas para esta macrofase foram

maiores que a nota 4,0. Portanto, os resultados globais também confirmam a

importância da prática de grande parte das atividades contidas nas fases desta

macrofase.

A tabela 5.15 mostra os resultados globais para as fases contidas na macrofase de

produção e melhoria contínua.

Tabela 5.15 - Resultados globais das fases contidas na macrofase de produção e

melhoria contínua.

A fase de revisão técnica (RVT) obteve a menor porcentagem (59%) das respostas

“Sim”, entre as demais fases desta macrofase. Apesar disto, a média global das notas

atribuídas para as respostas “Sim” foi igual a 4,4. A média global geral das notas

para esta fase foi igual a 4,3. Portanto, pode-se afirmar que os respondentes também

consideraram a prática destas atividades como muito importantes.

A fase de redimensionamento e alocação de recursos (RAR) obteve uma porcentagem

para as respostas “Sim” igual a 63%, e uma porcentagem para as respostas “Não sei”

igual a 29%. Quanto as respostas “Não sei”, esta foi a maior porcentagem obtida,

entre todas as demais porcentagens obtidas com estas respostas para o modelo

proposto. Apesar disto, as médias globais das notas para esta fase foram todas iguais,

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

73% 6% 20% 1% 4,4 4,5 3,6 4,0 1,0

81% 6% 13% 0% 4,4 4,6 3,1 4,1 0,0

81% 2% 17% 0% 4,5 4,5 2,5 4,4 0,0

63% 8% 29% 0% 4,1 4,0 4,0 4,1 0,0

74% 11% 15% 0% 4,4 4,5 4,0 3,8 0,0

70% 10% 20% 0% 4,3 4,3 4,3 4,2 0,0

59% 18% 22% 1% 4,3 4,4 3,9 4,3 0,8

70% 12% 18% 0% 4,1 4,3 3,4 3,3 0,0

71% 15% 14% 0% 4,2 4,4 3,9 3,2 0,0

Marco técnico (MTC)

Marco gerencial (MGR)

Legenda:

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

Produção seriada (PRS)

Descontinuidade da série (DDS)

Revisão técnica (RVT)

Estabilidade do processo (EDP)

Estabilidade da série (EDS)

Redução dos tempos de ciclo (RTC)

Redimensionamento e alocação de recursos (RAR)

macrofase de produção e melhoria contínuaSua empresa pratica? Qual a importância da atividade?

percentual médias

Page 151: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

129

ou maiores que 4,0. Se por um lado a porcentagem para as respostas “Sim” desta fase

foi apenas 13% acima de uma média de 50%, por outro lado todas as médias globais

gerais desta mesma fase foram iguais ou maiores que 4,0. Portanto, estes

respondentes confirmaram por meio destas notas, que a realização de grande parte

das atividades contidas nesta fase também é importante.

A menor e a maior porcentagem obtida como as respostas “Sim” para esta macrofase

foram 59% e 81% respectivamente. Quanto as médias globais gerais obtidas com as

notas, todas obtiveram médias maiores que 4,0. Apesar da menor porcentagem desta

macrofase ser 9% acima de uma média de 50%, os respondentes confirmaram, por

meio das notas atribuídas, que a prática das atividades desta macrofase são

importantes.

Mesmo aqueles que responderam “Não” praticar as atividades, com exceção da fase

de RTC, que obteve uma média das notas igual a 2,5, todas as demais médias das

notas variaram entre 3,1 (neutras) e 4,0 (muito importantes), sendo estas a menor e a

maior nota.

Quanto as atividades descritas no Apêndice E, somente uma das atividades que

receberam respostas “Sim” obteve uma nota menor que 4,0. Trata-se da atividade

(XVIId) de número 74, que obteve uma nota igual a 3,5. Ao se observar as médias

gerais de cada atividade, identificou-se que somente seis atividades obtiveram média

geral das notas menor que 4,0. A tabela 5.16 mostra as atividades identificadas.

Tabela 5.16 - Atividades com médias gerais menor que 4,0.

S N NS B MN G MN S MN N MN NS MN B

11 IVa Distribuir o produto em revendas para ser comercializado antes do lançamento. 22 27 10 0 3,4 4,4 2,4 3,0 0,0

47 XIIaRealizar/executar a simulação das instalações e máquinas dos postos de trabalho

utilizando materiais improvisados, ou utilizando outros meios disponíveis na empresa.26 16 16 1 3,7 4,0 3,4 3,2 0,0

74 XVIIdPlanejar e dimensionar a mão de obra necessária para proteção do patrimônio da

empresa.34 9 16 0 3,5 3,5 2,9 4,1 0,0

77 XVIIgPlanejar e treinar toda a mão de obra que não está diretamente envolvida com o

processo de fabricação do automóvel.31 14 13 1 3,8 4,0 3,3 3,8 5,0

104 XXVIIIb Congelar e não alterar os resultados determinados nas decisões técnicas. 35 11 13 0 3,8 4,1 2,8 3,4 0,0

106 XXIXb Congelar e não alterar os resultados determinados nas decisões estratégicas. 33 15 11 0 3,9 4,2 3,4 3,3 0,0

Legenda:

descrição das atividadesnº A

Sua empresa pratica? Qual a importância da atividade?

sumário médias

MN: Médias ponderadas das notas G: global S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco

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130

Com exceção da atividade (XVIId), as demais atividades deste grupo apresentaram

médias globais para as respostas “Sim” igual ou maiores que 4,0.

Para as perguntas complementares do questionário, os respondentes sugeriram

algumas atividades, complementando-as também com a sua prática ou não prática,

assim como a importância de praticá-las ou não praticá-las. As atividades

complementares estão transcritas, exatamente como os respondentes as descreveram

nos questionários. A tabela 5.17 mostra as atividades complementares sugeridas

pelos respondentes para a macrofase da estratégia do produto, e a correlação das

atividades sugeridas com as atividades contidas no questionário. A numeração das

atividades complementares, está organizada a partir da última atividade contida no

questionário (106).

Tabela 5.17 - Atividades complementares para a macrofase da estratégia do produto.

nº Macrofase da estratégia do produtoSua empresa

pratica?

Qual a

importância

da atividade?

Correlação entre as

atividades sugeridas

e do questionário

107 Dados de falhas de campo/garantia S 5 Ivc; IVd

108 fabricar automóveis B B XXVc

109 fabricar partes ou subconjuntos do automóvel S B XVb; XVc

110 treinar os funcionários quanto a diferença química, física, performance, etc. B 5 XVIIf; XVIIg

111eleborar apresentações técnicas e folhetos técnicos bem como FISPQ do produto

B 4XXVIIa; XXVIIb;

XXVIId; XXVIIe

112entender o problema do cliente e atuar junto para encontrar a solução, ou até mesmo fornecer

uma solução que não é seu businessS 5 Ic; Via; Vic

113 identificar a fatia de mercado a ser atingido para estimar volume do produto S 5 IIb; Iic

114 adequação da linha de montagem aos novos padrões de exigência do mercado S 4 XXVIIc

115 validação do produto na fase de desenvolvimento antes da produção S 5 IXc

116identificar melhorias segurança, conforto e/ou outras features, independentemente se já foram

ou não desenvolvidas fora do paísN 5 VId; VIe

117 falta de uma pesquisa para identificar a fontes de energias futuras S 5 VId; VIe

118realizar pesquisas pemitindo que avaliadores (potenciais compradores) dirijam veículos do

segmento e colocar no marco de desenvolvimento.S 5 NEC

119 todo o PDP "consegue" ser da mesma maneira. Como é essa variação de um veículo para outro. N 4 NEC

120 alterar o produto durante o desenvolvimento conforme resultado da pesquisa de mercado. N 4 IIIb

121reuniões periódicas (anuais/bianuais) p/ definição da estratégia de produtos/possibilidade de

novos negóciosS 5 XXIXa

122 desenvolvimento de novos conceitos/tecnologias para criar novos nichos de mercado N 5 VId; VIe

123avaliação/reflexão sobre os desvios dos processos (competências/métodos) que foram

utilizados ao longo da macrofase - estratégia do produto, gerando trab. De melhoriasS 5

XXVIIa; XXVIIb;

XXVIId; XXVIIe

124 definir uma etapa "piloto" p/ teste de percepção do cliente S 4 NEC

125 análise de ciclo de vida como ponto de partida na concepção de produtos S 5 Ia

126 realizar um trabalho profundo de estimativa de custos S 5 NEC

127 avaliação sobre estratégia de distribuição do veículo no país ou exterior NS 5 IVa

128 pesquisa com os próprios funcionários com o intuito de saber suas opiniões e defeitos N 5 XXVIIb; XXVIId

129 pesquisa interna c/ os funcionários p/ saber se o produto está "aceitável" no mercado N 5 XXVIIb; XXVIId

130 agilidade para lançar produtos N 3 NEC

131 fazer levantamento total dos custos, incluindo perdas, antes de concluir o desenvolvimento N 5 NEC

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco NEC: Não existe correlação

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131

Com a análise da atividade complementar sugerida, e com a identificação da sua

correlação com a (s) atividade (s) do questionário, fez-se uma análise das atividades

complementares, que não possuíam correlação com nenhuma atividade (NEC)

proposta no PDP-Automotivo. Da análise realizada, identificou-se que a atividade

número 119 se trata de uma pergunta sobre o tema, e não de uma atividade a ser

executada, portanto, não pode ser incorporada no modelo. As demais atividades

complementares desta macrofase, que não possuem correlação com o modelo podem

ser incorporadas. Quanto a importância das atividades complementares, com

exceção da atividade número 130, todas as demais atividades foram consideradas

como muito importantes, sendo a menor nota 4,0 e a maior nota 5,0. A análise da

prática ou não prática das atividades mostrou que alguns respondentes sugeriram

atividades, mesmo não havendo a prática das mesmas nas empresas em que

trabalham. Determinados respondentes não responderam a pergunta, deixando esta

resposta em “Branco” (B). A tabela 5.18 mostra as atividades válidas para

incorporação no PDP-Automotivo.

Tabela 5.18 – Atividades válidas para incorporação no PDP-Automotivo.

Feito a análise e identificação das atividades complementares sugeridas, o processo

foi repetido para as demais atividades complementares, sugeridas pelos

respondentes para as macrofases de desenvolvimento do produto e do processo e da

produção e melhoria contínua.

A tabela 5.19 mostra as atividades complementares sugeridas pelos respondentes,

para a macrofase de desenvolvimento do produto e do processo, e a correlação das

atividades sugeridas com as atividades contidas no PDP-Automotivo.

nº Macrofase da estratégia do produtoSua empresa

pratica?

Qual a

importância

da atividade?

Correlação entre as

atividades sugeridas

e do questionário

118realizar pesquisas pemitindo que avaliadores (potenciais compradores)

dirijam veículos do segmento e colocar no marco de desenvolvimento.S 5 NEC

124 definir uma etapa "piloto" p/ teste de percepção do cliente S 4 NEC

126 realizar um trabalho profundo de estimativa de custos S 5 NEC

130 agilidade para lançar produtos N 3 NEC

131fazer levantamento total dos custos, incluindo perdas, antes de concluir o

desenvolvimentoN 5 NEC

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco NEC: Não existe correlação

Page 154: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

132

Tabela 5.19 - Atividades complementares para a macrofase de desenvolvimento do

produto e do processo.

A tabela 5.20 mostra as atividades válidas para incorporação no modelo. No caso

desta macrofase, não foram identificadas atividades complementares não válidas.

Tabela 5.20 – Atividades válidas para incorporação no PDP-Automotivo.

A tabela 5.21 mostra as atividades complementares sugeridas pelos respondentes,

para a macrofase de produção e melhoria contínua, e a correlação das atividades

sugeridas com as atividades contidas no questionário.

Tabela 5.21 - Atividades complementares para a macrofase de produção e melhoria

contínua.

nº Macrofase de desenvolvimento do produto e do processoSua empresa

pratica?

Qual a

importância

da atividade?

Correlação entre as

atividades sugeridas

e do questionário

132 Planejamento dos recursos relacionados a aquisição de componentes/matéria prima 2 4 Xb

133 Planejamento dos setores de pós vendas e garantia 2 4 IVb; IVc; IVd

134 fabricação e desenvolvimento de ferramentas 2 5 Xb

135realizar testes de campo de provas ou vias públicas c/ partes experimentais/ conjuntos /

veículosS 5 IXa; IXb

136 identificar variabilidade no produto e estimar quanto é esperado na produção final S 5 XXIIa; XXIIb

137 calcular consumo de materiais não produtivos (lixa, eletrodo solda a ponto, pano de limpeza, etc) S 5 NEC

138 considerar tempo de mão de obra para limpeza da fábrica S 5 XVIIg

139divisão dos testes de validação em 2 etapas: validação do design (conceito) e validação final do

produto (c/ peças ferramentas e processo definitivo)S 5 IXc; XVg; XIXa

140 homologação governamental S 5 NEC

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco NEC: Não existe correlação

nº Macrofase de desenvolvimento do produto e do processoSua empresa

pratica?

Qual a

importância

da atividade?

Correlação entre as

atividades sugeridas

e do questionário

137 calcular consumo de materiais não produtivos (lixa, eletrodo solda a ponto, pano de limpeza, etc) S 5 NEC

140 homologação governamental S 5 NEC

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco NEC: Não existe correlação

nº Macrofase de produção e melhoria contínuaSua empresa

pratica?

Qual a

importância

da atividade?

Correlação entre as

atividades sugeridas

e do questionário

141 re-alinhar base de fornecedores com lições aprendidas N 4 XXVIIb

142 treinar os operadores em vários postos de trabalho S 5 XXIVa; XXIVb; XXIVc

143relizar rodízio do operador entre vários postos de trabalho (fovorece treinam. E ergonomia -

versatilidade)S 5 XXIVa; XXIVb; XXIVc

144aplicação de simuladores de life cycle analysis (GABI, UMBERTO - por ex.) p/ medir impacto

ambientalS 5 XId; XIe

145 estrutura logística; fornecimento peças reposição, distribuição veículos novos, etc. S 5 IVa; XVIa; XVId

146 treinamento comercialização (venda) produtos, suporte técnico. S 5 NEC

147 atendimento ao consumidor (SAC) S 5 NEC

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco NEC: Não existe correlação

Page 155: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

133

A tabela 5.22 mostra as atividades não válidas para incorporação no modelo. No caso

da macrofase de produção e melhoria contínua, não foram identificadas atividades

complementares válidas para incorporação no PDP-Automotivo. Isto porque as

atividades de número 146 e 147 sugeridas, estão caracterizadas como atividades fora

da abrangência proposta no modelo, portanto, não possíveis de serem incorporadas.

Tabela 5.22 – Atividades não válidas para incorporação no PDP-Automotivo.

5.3.1 Conclusão dos resultados

As médias globais do modelo mostraram que 76% dos respondentes responderam

“Sim” para a prática das atividades sugeridas no PDP-Automotivo, e apenas 10%

responderam que “Não” praticam. Os demais 14% responderam “Não sei”, ou seja,

não se posicionaram em determinadas respostas.

Com exceção das seis atividades identificadas e mostradas na tabela 5.16, todas as

demais atividades do modelo proposto obtiveram médias gerais das notas igual ou

maior que 4,0. Ou seja, as atividades foram consideradas como importantes ou muito

importantes pelos respondentes.

Deste conjunto de informações, conclui-se com base nos resultados globais e

específicos, que o PDP-Automotivo proposto apresenta uma aderência significativa

com as práticas realizadas nas montadoras, nas autopeças, e nas empresas de projeto

automotivo. Implicitamente, pode-se concluir ainda que o modelo proposto também

apresenta uma aderência significativa com o referencial teórico apresentado no

capítulo dois, e com os três exemplos de PDP automotivo descritos neste capítulo,

uma vez que o modelo proposto também foi fundamentado nos mesmos. As

atividades complementares válidas tiveram suas descrições adequadas, e foram

incorporadas no PDP-Automotivo.

nº Macrofase de produção e melhoria contínuaSua empresa

pratica?

Qual a

importância

da atividade?

Correlação entre as

atividades sugeridas

e do questionário

146 treinamento comercialização (venda) produtos, suporte técnico. S 5 NEC

147 atendimento ao consumidor (SAC) S 5 NEC

Legenda:

S: Sim N: Não NS: Não sei B: Branco NEC: Não existe correlação

Page 156: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

134

A tabela 5.23 mostra a incorporação das atividades válidas na macrofase da

estratégia do produto. As atividades foram organizadas conforme a disposição das

fases no

PDP-Automotivo.

Tabela 5.23 – Incorporação das atividades complementares conforme a macrofase e a

fase do PDP-Automotivo.

A tabela 5.24 mostra a incorporação das atividades válidas na macrofase de

desenvolvimento do produto e do processo.

Tabela 5.24 - Incorporação das atividades complementares conforme a macrofase e a

fase do PDP-Automotivo.

5.4 Conclusão do capítulo

No capítulo cinco um modelo de referência para o processo de desenvolvimento do

produto automotivo, denominado de PDP-Automotivo foi desenvolvido. Para o

desenvolvimento do PDP-Automotivo, um referencial teórico sobre o processo de

desenvolvimento de produtos (PDP) foi criado, e três exemplos de PDP automotivos

foram descritos e apresentados. Houve ainda a contribuição empírica do autor e do

orientador, além de ampla discussão do tema com profissionais atuantes no setor

nº Macrofase da estratégia do produto

126 estimar custos

131determinar custos totais para o desenvolvimento do veículo e dos

processos de fabricação

118realizar pesquisas e pemitir que avaliadores (potenciais compradores)

dirijam veículos do mesmo segmento

124 realizar testes de percepção do cliente

130 definir estratégias para agilizar o lançamento do veículo

Estudo de mercado (EDM)

Monitoramento do mercado (MDM)

Estudo de mercado (EDM)

Fase

Posicionamento do produto (POP)

Posicionamento do produto (POP)

nº Macrofase de desenvolvimento do produto e do processo

137 calcular e determinar consumo de materiais não produtivos

140 homologar o produto (veículo) junto ao governo

Fase

Conceito do processo (CDP)

Pré-série de produção (PSP)

Page 157: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

135

automotivo, que de forma direta ou indireta, contribuíram para o desenvolvimento

do modelo.

Para validação do PDP-Automotivo uma pesquisa de campo foi realizada. Os

resultados da pesquisa de campo foram organizados, e uma discussão dos resultados

foi feita. Os resultados globais e específicos mostraram que o PDP-Automotivo

possui grande aderência com as práticas realizadas nas montadoras, autopeças e

empresas de projeto automotivo. Com base nos resultados apresentados na seção 5.3

pode-se concluir que o PDP-Automotivo foi validado.

No capítulo seis se tem o desenvolvimento e a proposição do conjunto de diretrizes

para seleção de protótipos virtuais e físicos.

Page 158: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

136

6 DIRETRIZES PARA A SELEÇÃO DE PROTÓTIPOS VIRTUAIS E

FÍSICOS

Para o desenvolvimento e proposição das diretrizes, faz-se necessário determinar

algumas considerações. A primeira consideração trata da utilização das diretrizes.

Tais diretrizes devem ser de fácil uso quando aplicadas. A segunda consideração está

relacionada ao seu conteúdo. O conteúdo das diretrizes deve ser possível de ser

consolidado e transformado em um procedimento organizado de trabalho.

Com estas considerações iniciais definidas e com base nas cinco questões que

formulam o problema de pesquisa se tem o desenvolvimento das diretrizes.

6.1 Desenvolvimento das diretrizes

Questão 1: por que se faz necessário desenvolver um modelo de referência específico para o

processo de desenvolvimento do produto automotivo?

Além da justificativa descrita na seção 1.3, o uso do PDP-Automotivo no

desenvolvimento das diretrizes também se faz necessário para identificar as

atividades que requerem o uso de protótipos.

Questão 2: quais são os instantes no PDP em que há a necessidade de se utilizar protótipos?

Para determinação do instante é preciso identificar se a atividade necessita ou não

necessita fazer uso do protótipo. Com isto, todas as atividades do PDP-Automotivo

foram analisadas e identificadas. O apêndice F mostra todas as atividades do

PDP-Automotivo, e a respectiva identificação quanto a necessidade ou não

necessidade de uso do protótipo.

Questão 3: como definir quais são os protótipos (PV ou PF) que podem ser utilizados?

Para definir o protótipo é necessário identificar ainda as características da atividade.

A partir das características da atividade é possível selecionar o protótipo adequado.

Page 159: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

137

Para seleção do protótipo adequado utiliza-se como base a tabela 1.1, onde os

diferentes protótipos e suas aplicações são apresentados.

Para ilustrar a definição do protótipo, é mostrado no apêndice F as atividades do

PDP-Automotivo que requerem o uso de protótipos virtuais e/ou físicos, de acordo

com suas características.

Questão 4: como selecionar qual ou quais são os sistemas adequados para a criação, ou para a

fabricação destes protótipos?

Questão 5: como definir quais são as técnicas/tecnologias, que podem ser utilizadas para a

criação, ou para a fabricação destes protótipos?

Para selecionar os sistemas, e para definir as técnicas/tecnologias utilizadas na

criação de protótipos virtuais, o que inclui a criação da sua geometria, e os testes e

validações virtuais, uma associação para aplicação dos sistemas CAD, CAE e SCO e

de suas respectivas técnicas/tecnologias é feita. A associação é fundamentada no

conteúdo descrito nas seções 3.1.1, 3.1.2 e 3.1.3, e na proposta do autor e do

orientador quanto a aplicação destes sistemas na criação do protótipo virtual. Três

alternativas de aplicação são propostas: a “não aplicável”, a “parcialmente aplicável”

e a “aplicável”.

Na alternativa “não aplicável” o protótipo definido não pode ser criado com o uso do

sistema selecionado. Na alternativa “parcialmente aplicável” o protótipo definido

pode, com determinadas restrições, ser criado com o uso do sistema selecionado. Na

alternativa “aplicável” o protótipo definido pode ser criado com o uso do sistema

selecionado.

A tabela 6.1 mostra a associação entre os sistemas CAD/CAE e SCO e os diferentes

tipos de protótipos, assim como as alternativas de aplicação proposta.

Page 160: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

138

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em

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PA

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Page 161: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

139

Para selecionar os sistemas, e para definir as técnicas/tecnologias utilizadas na

fabricação de protótipos físicos, o que inclui os testes e validações físicas, uma

associação para aplicação dos sistemas de prototipagem rápida (PR), ferramental

rápido (FR) e de remoção de material (RM) na fabricação dos diferentes tipos de

protótipos físicos é feita.

A associação está fundamentada no conteúdo descrito nas seções 4.1, 4.2 e 4.3, e na

proposta do autor e do orientador quanto a aplicação dos sistemas na fabricação do

protótipo físico. Analogamente à tabela 6.1, três alternativas de aplicação também são

propostas: a “não aplicável”, a “parcialmente aplicável” e a “aplicável”.

A tabela 6.2 mostra a associação entre os sistemas de PR, FR e de RM e os diferentes

tipos de protótipos, assim como as alternativas de aplicação proposta.

Page 162: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

140

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Page 163: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

141

6.2 Procedimento para utilização das diretrizes

Para consolidar e sistematizar as informações apresentadas na seção 6.1 um

procedimento é proposto. A figura 6.1 mostra o procedimento.

Figura 6.1. Procedimento para utilização das diretrizes.

1. Identificar atividade no processo de

desenvolvimento do produto

automotivo.

8. Arquivar protótipo virtual e/ou

armazenar protótipo físico para futura

utilização ou descarte.

3. Definir entre as representações

virtual, física, ou virtual e física, qual é o

protótipo que melhor atende as

necessidades de aplicação.

4. Selecionar entre os sistemas CAD, CAE

e SCO o sistema adequado para criação

do protótipo virtual.

Consultar a tabela 6.1.

4a. Selecionar entre os sistemas de PR,

FR e de RM o sistema adequado para

fabricação do protótipo físico.

Consultar a tabela 6.2.

2. Definir a aplicação e o tipo de

protótipo possível de ser utilizado, de

acordo com as características da

atividade.

Consultar a tabela 1.1.

5. Definir a técnica/tecnologia adequada

para criação do protótipo virtual, a partir

do sistema definido.

Consultar a tabela 6.1.

5a. Definir a técnica/tecnologia

adequada para fabricação do protótipo

físico, a partir do sistema definido.

Consultar a tabela 6.2.

6. Criar o protótipo virtual a partir da

técnica/tecnologia definida.

6a. Fabricar o protótipo físico a partir da

técnica/tecnologia definida.

7. Utilizar o protótipo virtual e/ou físico

conforme a necessidade de aplicação

definida.

início

identificaratividade

necessita protótipo?

fim

definiraplicação/protótipo

(S)

(N)

(1)

(2)

utilizarprotótipo

selecionarsistema

definirtécnica/

tecnologia

criarprotótipo

selecionarsistema

definirtécnica/

tecnologia

fabricarprotótipo

(4)

(5)

(6)

(4a)

(5a)

(6a)

(7)

(8)

arquivar/armazenarprotótipo

(3)

definirrepresentação(virtual e/ou físico)

protótipovirtual

protótipofísico

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142

6.3 Validação das diretrizes

Para validação das diretrizes, uma pesquisa de campo do tipo confirmatória

envolvendo profissionais especialistas de diferentes montadoras, autopeças e

empresas de projeto automotivo foi realizada.

A pesquisa foi estruturada da seguinte forma:

desenvolvimento de um questionário para coleta das informações;

seleção das amostras para apresentação das diretrizes;

coleta das informações;

análise e discussão dos resultados.

6.3.1 Desenvolvimento do questionário

O questionário foi estruturado em quatro seções. Na seção um as instruções

necessárias para os respondentes foram descritas. Na seção dois o procedimento

proposto foi apresentado. Na seção três as tabelas 1.1, 6.1 e 6.2 foram inseridas para

consulta, uma vez que para utilização do procedimento se faz necessário o uso das

mesmas. Na seção quatro, seis questões foram apresentadas. Para as cinco primeiras

questões, três alternativas de respostas foram determinadas: “Sim”, “Não sei” e

“Não”. Apenas uma alternativa de resposta para cada questão é aceita. Na sexta e

última questão é fornecido um espaço para que o respondente descreva livremente

seus comentários, críticas e sugestões sobre o procedimento proposto. Um modelo do

questionário é apresentado no apêndice G.

6.3.2 Seleção das amostras

As amostras foram selecionadas com base nos subgrupos montadoras, autopeças e

empresas de projeto automotivo. Quanto a sua caracterização, estas amostras são do

tipo estratificadas não proporcionais. Nestes subgrupos existem homens e mulheres.

A idade dos respondentes também não é considerada. A tabela 6.3 mostra a

distribuição das amostras e acordo com os subgrupos descritos.

Page 165: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

143

Tabela 6.3 - Distribuição das amostras de acordo com os subgrupos.

6.3.3 Coleta das informações

As amostras foram coletadas durante o período de 03/06/2013 ao dia 16/06/2013.

Para coleta das amostras utilizou-se meio eletrônico (e-mail) e coleta presencial no

Centro de Engenharia Automotiva (CEA) da Escola Politécnica da Universidade de

São Paulo. Consultou-se especialistas, profissionais graduados (alunos) e professores

do curso de Especialização em Engenharia Automotiva.

A tabela 6.4 mostra a distribuição das amostras de acordo com o cargo que ocupam

em suas organizações.

Tabela 6.4 - Distribuição das amostras de acordo com o cargo.

6.3.4 Análise e discussão dos resultados

Os resultados foram agrupados de acordo com as cinco primeiras questões do

questionário. Para apresentação e distribuição dos resultados entre as alternativas

“Sim”, “Não sei” e “Não” das questões, os valores foram convertidos em

porcentagens. A tabela 6.5 mostra a distribuição dos resultados.

subgrupos qtde

montadoras 16

autopeças 13

empresas de projeto automotivo 1

outras 4

total 34

tipo de cargo dos respondentes qtde

diretores 2

gerentes 3

supervisores 6

engenheiros 18

analistas 2

técnicos 1

consultores 2

total 34

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144

Tabela 6.5 - Distribuição dos resultados para as questões 1, 2, 3, 4 e 5.

Os resultados obtidos para a questão 1 mostraram que 70,6% dos respondentes

afirmam existir algum tipo de procedimento para o desenvolvimento e utilização de

protótipos nas empresas em que trabalham. Ressalta-se ainda que 23,5% dos

participantes responderam não existir algum tipo de procedimento similar ao

proposto nas empresas em que trabalham. Para a questão 2, os resultados obtidos

confirmaram que o procedimento proposto é de fácil utilização. Esta confirmação se

mostra importante, pois está relacionada com as considerações iniciais definidas para

o desenvolvimento das diretrizes. A questão 3 trata da possibilidade de utilização do

procedimento proposto nas empresas em que os respondentes trabalham. Nesta

questão, 58,8% dos respondentes afirmaram ser possível a utilização do

procedimento. Este resultado também se mostra importante, pois indica a aplicação

prática do procedimento nas empresas pesquisadas. Para a questão 4, os resultados

obtidos com a maioria dos participantes (70,6%) mostraram que o procedimento

proposto pode auxiliar as empresas pesquisadas na execução de suas atividades, o

que também confirma a sua aplicação prática. Já os resultados obtidos para a questão

5 se mostraram pouco conclusivos, apresentando uma diferença percentual entre as

respostas “Sim” e “Não sei” de apenas 3%.

Para a questão 6, os participantes descreveram livremente seus comentários, críticas

e/ou sugestões sobre o procedimento apresentado. Algumas destas críticas e/ou

sugestões estão apresentadas na tabela 6.6.

questão descrição Sim Não sei Não

Q.1A empresa em que você trabalha possui algum procedimento para o

desenvolvimento e utilização de protótipos virtuais e/ou físicos?70,6% 5,9% 23,5%

Q.2 O procedimento proposto é fácil de ser utilizado? 76,5% 14,7% 8,8%

Q.3O procedimento proposto pode ser utilizado na empresa em que você

trabalha?58,8% 23,5% 17,7%

Q.4O procedimento proposto pode auxiliar a empresa em que você trabalha

na execução de suas atividades?70,6% 17,6% 11,8%

Q.5O procedimento proposto pode auxiliar na redução do tempo de

execução das atividades realizadas na empresa em que você trabalha?41,2% 38,2% 20,6%

média das questões 63,5% 20,0% 16,5%

Page 167: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

145

Tabela 6.6 - Comentários, críticas e/ou sugestões sobre o procedimento.

Em síntese, as 34 opiniões descritas pelos participantes apresentaram comentários

diversos. Na maioria dos casos, estes comentários foram relacionados com situações

específicas do ambiente de trabalho dos participantes, e não propriamente com

sugestões específicas para adequação/alteração/melhoria do procedimento.

amostra críticas e/ou sugestões sobre o procedimento apresentado

A.2

O modelo proposto é muito similar ao que utilizamos atualmente em nossa área de P&D. Achei muito interessante a

forma como as diversas tecnologias, com as suas restrições e finalidades foram apresentadas. Este tipo de abordagem e

visualização auxilia muito a decisão dos colaboradores na escolha da tecnologia a ser utilizada.

A.5

Está claro que o procedimento proposto tem a formatação de um protocolo com o propósito de definir uma conduta a ser

empregada no desenvolvimento de protótipos para a indústria automotiva. As classificações propostas nas tabelas 1.1, 6.1

e 6.2 são bem adequadas no sentido de dar ao usuário do protocolo o conhecimento exato das potencialidades oferecidas

pelo tipo de protótipo que escolheu. Contudo, entendo que há uma aspecto a ser explorado. Faz-se necessário estabelecer

critérios de escolha entre uma alternativa ou outra, quando o usuário estiver diante de um ponto de decisão, ou mesmo

diante de um ponto de escolha no procedimento. Assim, como exemplo, proponho a questão: “Qual sistema é mais

adequado para um determinado caso concreto? CAD, CAE ou SCO”. Em princípio a questão pode ser respondida

conhecendo-se apenas a aplicação do protótipo, mas numa reavaliação para esta resposta, vê-se que o conhecimento da

aplicação pode decorrer de um conhecimento incompleto, ou pouco profundo daquilo que se queira “prototipar”. O

usuário pode ser induzido a criar apenas um modelo CAD caso considere, equivocadamente, que a aplicação de seu

protótipo é geométrica, quando no entanto, este usuário pode estar lidando com um mecanismo mais preciso onde

deformações funcionais possam gerar interferências mecânicas. Deste modo, o protocolo deveria encaminhar o usuário a

um modelo mais adequado. CAE, possivelmente. Vai como sugestão para estudos futuros a determinação de critérios no

sentido de sistematizar as escolhas e decisões inseridas no procedimento proposto.

A.9[...] O procedimento usado é bom, porem é bastante detalhado, requer experiência para ser usado. Na minha visão

necessita simplificação para facilitar o entendimento de todos.

A.33

O procedimento requer conhecimento sobre os diversos tipos de prototipagem, técnicas, vantagens e desvantagens por

parte daqueles que selecionam o tipo de protótipo, o sistema e a técnica. Obviamente que, uma vez que o conhecimento é

disseminado na área, melhores resultados são esperados para a aplicação de cada tipo de protótipo, sistema e técnica.

Requer também acompanhamento constante da evolução das diversas tecnologias, e a adequação ao tipo de trabalho, e

objetivo dos protótipos envolvidos. Não sei avaliar até que ponto o procedimento reduz o tempo utilizado nas atividades

de desenvolvimento da empresa que trabalho. A tendência é que, conhecendo a técnica, sistema e tipo de protótipo mais

adequados ao objetivo da tarefa, diminuam-se então as incertezas e também os ciclos de execução de protótipos, avaliação

e retroalimentação do projeto para execução do novo protótipo.

A.34

O procedimento proposto é intrínseco às atividades de desenvolvimento de produto. Obviamente não é tão claro assim

dentro da engenharia de produtos porque tratamos com muitos engenheiros (numa montadora são mais de 1000

engenheiros), e nem todos têm a mesma facilidade de observação/aprendizado/experiência/visão futura dos resultados do

próprio trabalho. Isto se deve á rotatividade de mão de obra, entre outros motivos. Exatamente por esta razão, acredito que

o procedimento proposto tenha o seu valor, especialmente em um eventual treinamento a ser aplicado àqueles que entram

na engenharia de produtos, especialmente, até que cada engenheiro tenha o conhecimento necessário dos recursos

disponíveis para o desenvolvimento do produto. Isso se parece óbvio, mas infelizmente, muitos engenheiros que precisam

desenvolver os componentes de um veículo não possuem uma visão clara, e acabam desperdiçando tempo neste processo.

Page 168: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

146

6.4 Consolidação do capítulo

Neste capítulo um conjunto de diretrizes para a seleção de protótipos virtuais e

físicos foi desenvolvido e proposto. As diretrizes foram consolidadas em um

procedimento, que foi submetido a análise de profissionais e especialistas atuantes

no setor automotivo. Após análise do procedimento, um questionário foi respondido.

A partir dos resultados obtidos com a pesquisa uma análise e discussão dos

resultados foi feita. A média dos resultados obtidos para as questões foi de 63,5%

para as respostas “Sim”. Os resultados obtidos para a questão 5 foram pouco

conclusivos, uma vez que a diferença percentual entre as respostas “Sim” e “Não sei”

foi de apenas 3%. Por outro lado, as diretrizes propostas nesta tese tem como

propósito auxiliar os profissionais no desenvolvimento de suas atividades, sendo a

redução de tempo de execução das atividades (questão 5), uma consequência da sua

utilização. Com isto, pode-se afirmar que as diretrizes atenderam o seu propósito.

As aplicações dos diferentes sistemas e de suas técnicas/tecnologias apresentadas

nas tabelas 6.1 e 6.2 consistem em uma proposta do autor. É importante citar que a

maioria dos softwares/programas de CAD/CAE disponíveis atualmente (2013)

apresentam soluções integradas para criação e simulação da geometria. Com isto, a

aplicação das técnicas/tecnologias de MDF, MVF e MEF sugeridas na tabela 6.1,

também seriam aplicáveis na criação de protótipos do tipo conceito e geométrico.

Em complemento, as diferentes técnicas/tecnologias de criação e de fabricação de

protótipos descritas neste capítulo estão em constante desenvolvimento, o que pode

influenciar na configuração proposta nas tabelas 6.1 e 6.2.

Page 169: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

147

7 CONCLUSÃO

Esta tese teve como objetivos o desenvolvimento de um modelo de referencia para o

processo de desenvolvimento do produto automotivo, denominado de

PDP-Automotivo, e de um conjunto de diretrizes para a seleção de protótipos

virtuais e físicos.

O PDP-Automotivo foi desenvolvido a partir de um levantamento bibliográfico

abrangente e consistente, e do estudo profundo da realidade de três das principais

montadoras globais representando três culturas diferentes.

Durante a realização de parte da pesquisa de doutorado na Technische Universität

Darmstadt (TUD) na Alemanha, o PDP-Automotivo foi apresentado, e formas de

validação para o modelo foram sugeridas, entre elas a realização de uma pesquisa de

campo utilizando o questionário como um instrumento de coleta de informações. A

pesquisa de campo foi então estruturada e realizada no Brasil, onde 75 respondentes

de diferentes montadoras, autopeças e empresas de projeto automotivo foram

consultados.

A pesquisa foi estruturada em duas perguntas. A primeira consistiu em identificar a

prática, ou a não prática do conjunto de atividades do PDP-Automotivo nas

empresas em que os respondentes trabalhavam. A segunda consistiu em identificar a

importância das atividades, considerando o seu custo/benefício. Para a primeira

pergunta, os resultados da pesquisa mostraram que 76% dos respondentes

responderam “sim” para a prática das atividades; 10% responderam “não praticar” e

os demais 14% não se posicionaram em suas respostas. Quanto a segunda pergunta,

com exceção de uma única atividade, todas as demais atividades foram consideradas

como importantes, obtendo notas iguais ou maiores que 4,0, em um escala Likert de

1,0 até 5,0.

Atividades complementares ao PDP-Automotivo foram ainda propostas pelos

respondentes. Após análise destas atividades, as atividades válidas foram também

incorporadas ao PDP-Automotivo.

Page 170: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

148

Para o desenvolvimento das diretrizes um referencial teórico sobre os sistemas e as

técnicas/tecnologias utilizadas na criação de protótipos virtuais e na fabricação de

protótipos físicos foi desenvolvido.

O referencial teórico desenvolvido e consolidado no capítulo 3 forneceu a base para

identificação dos sistemas e das técnicas/tecnologias possíveis de serem utilizadas na

criação de protótipos virtuais, conforme as necessidades de uso e de aplicação.

Analogamente ao capítulo 3, no capítulo 4 o referencial teórico desenvolvido também

forneceu a base necessária para identificação dos sistemas e das técnicas/tecnologias

possíveis de serem utilizadas na fabricação de protótipos físicos.

Desenvolvidos os referenciais teóricos dos capítulos 3 e 4, e com base no

PDP-Automotivo desenvolvido e validado no capítulo 5 foi possível propor as

diretrizes para a seleção de protótipos virtuais e físicos. As diretrizes foram

desenvolvidas a partir de duas considerações importantes: a fácil utilização das

mesmas, e a possibilidade de transformação das diretrizes em um procedimento

possível de ser aplicado e utilizado nas montadoras, autopeças e empresas de projeto

automotivo.

Com o desenvolvimento das diretrizes, uma pesquisa de campo do tipo

confirmatória foi realizada. As diretrizes foram apresentadas na forma do

procedimento proposto na seção 6.2. O procedimento foi apresentado, e após a sua

análise, os participantes da pesquisa responderam um questionário. Os resultados

obtidos para as questões mostraram, com uma média de 63,5% das respostas “Sim”,

que as diretrizes atenderam o seu propósito, ou seja, o de auxiliar os profissionais no

desenvolvimento de suas atividades.

Com estas informações conclui-se que os objetivos propostos nesta tese foram

atendidos na sua plenitude.

Page 171: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

149

Além do PDP-Automotivo e do conjunto de diretrizes para a seleção de protótipos

virtuais e físicos, houve a necessidade de se definir e/ou desenvolver outros assuntos

correlatos, que o autor também considera como contribuições adjacentes.

Inicialmente uma padronização das nomenclaturas foi realizada. Esta padronização

se fez necessária devido as diferentes nomenclaturas utilizadas por diferentes autores

sobre os temas: sistemas de projeto auxiliado ao computador (CAD); sistemas de

engenharia auxiliada por computador (CAE); prototipagem rápida (PR); ferramental

rápido (FR) e usinagem por comando numérico (CNC). Com esta padronização de

nomenclaturas realizada, foi possível classificar de forma estruturada os sistemas, as

técnicas/tecnologias e os software/programas utilizados.

As informações apresentadas no apêndice A sobre as teses publicadas entre os anos

de 2001 até 2010 são uma importante fonte de consulta sobre o processo de

desenvolvimento de produtos. O apêndice A pode ser utilizado por outros

pesquisadores como um ponto inicial de pesquisa em seus trabalhos futuros.

O apêndice C contém uma proposta de estrutura organizacional que é parte

integrante do PDP-Automotivo. Embora a estrutura organizacional proposta não

tenha sido validada durante a pesquisa de validação do PDP-Automotivo, a mesma

foi apresentada durante o congresso internacional de tecnologias da mobilidade

(SAE) de 2012, na forma de um artigo técnico.

As informações contidas nas tabelas 6.1 e 6.2 também se mostram importantes. A

possiblidade de se dispor de forma consolidada os diferentes tipos de protótipos e os

principais sistemas e técnicas/tecnologias possíveis de serem utilizados na criação

e/ou fabricação de protótipos virtuais e físicos mostra-se como uma importante fonte

de consulta para profissionais e acadêmicos que trabalham e desenvolvem pesquisa

sobre o tema.

Page 172: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

150

O apêndice F reúne todas as atividades que compõem o PDP-Automotivo com a

identificação da necessidade ou não necessidade de uso de protótipos virtuais e/ou

físicos, além dos tipos de protótipos que podem ser utilizados em cada uma das

atividades. Tem-se ainda a identificação das fases e macrofases do PDP-Automotivo

que fazem uso de protótipos virtuais e/ou físicos. Além destas informações terem

sido importantes para o desenvolvimento das diretrizes, as mesmas podem ser

utilizadas para auxiliar profissionais e acadêmicos em atividades e pesquisas

relacionadas ao uso de protótipos no setor automotivo.

7.1 Trabalhos futuros

Durante o desenvolvimento desta tese alguns assuntos foram identificados e

considerados como importantes para estudos futuros.

Recomenda-se desenvolver estudos de casos em montadoras, autopeças e empresas

de projeto automotivo para se utilizar/aplicar o PDP-Automotivo durante o

desenvolvimento e implementação de um projeto automotivo real em uma

montadora. Esta utilização/aplicação pode fornecer maiores informações, além das

obtidas com a pesquisa realizada para validar o modelo.

Esta mesma proposta pode ser aplicada também nas diretrizes (procedimento) para a

seleção de protótipos virtuais e físicos nas montadoras, autopeças e empresas de

projeto automotivo.

Quanto aos sistemas e as técnicas/tecnologias utilizadas para se criar e fabricar

protótipos virtuais e físicos, recomenda-se pesquisar a utilização do sistema

composto fábrica digital (FD) no setor automotivo. A FD se mostra como um

importante sistema de auxilio ao PDP-Automotivo em todas as etapas do projeto,

desenvolvimento, implementação, controle e operação da unidade fabril. Contudo,

devido aos objetivos determinados nesta tese, este tema foi abordado apenas de

forma introdutória.

Page 173: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

151

Neste momento espera-se que os assuntos apresentados nesta tese sejam de utilidade

tanto para profissionais quanto para acadêmicos no desenvolvimento de suas

atividades atuais e futuras, seja no ambiente empresarial ou no ambiente acadêmico.

Outras contribuições futuras aqui não identificadas também são esperadas, a partir

do uso prático do PDP-Automotivo e das diretrizes para a seleção de protótipos

virtuais e físicos.

Page 174: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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APÊNDICE A Teses de doutorado sobre o PDP defendidas entre os anos de 2001 e

2010

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2000

,OTT

O;

WO

OD

,200

0,C

AM

PB

ELL,

2004

,ST

AR

K,2

005,

RO

ZEN

FELD

et

al.,

200

6, G

RIE

VES

, 200

6.

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rese

nta

ção

de

um

mo

de

lod

ere

ferê

nci

ap

ara

o

pro

cess

od

ed

ese

nvo

lvim

en

tod

ep

rod

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),

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con

ceit

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se

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gere

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red

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raçã

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08

CA

RV

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1998

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Y;FL

EUR

Y;M

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2002

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CH

I;

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KA

,19

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WEL

L;K

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SMIT

H-D

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R,

2005

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OR

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,20

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PO

RTE

R,

2004

;WO

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CK

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NES

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SS,

1992

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fin

ição

de

fato

res

crít

ico

sao

suce

sso

da

est

rutu

raçã

od

eu

ma

red

ed

eco

op

era

ção

em

pre

sari

al

(RC

E)co

me

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resa

sin

du

stri

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inte

nsi

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em

tecn

olo

gia.

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mo

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os

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se

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CE

est

rutu

rad

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nas

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sd

eq

ual

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ara

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tom

ada

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cisã

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exe

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va.

2007

ALM

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;G

OM

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2002

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06;

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SON

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;TH

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G,

2001

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2002

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THO

MA

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,19

99;

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01;

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MER

VIL

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1998

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,19

95;

SPIE

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,19

70;

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1995

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G;

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1997

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MER

VIL

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YER

, 199

7; IS

HIK

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A, 1

993;

KA

UFM

AN

, 199

0.

De

sen

volv

ime

nto

eim

ple

me

nta

ção

de

um

a

me

tod

olo

gia

de

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ioà

tom

ada

de

de

cisã

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xecu

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,

sup

ort

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ste

ma

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info

rmaç

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man

tem

um

ab

ase

de

con

he

cim

en

toso

bre

de

cisõ

es

de

suce

sso

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oss

ibil

itan

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aos

age

nte

so

uso

ere

-

uti

liza

ção

de

stas

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õe

s.

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VEI

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, A. C

.*;

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SKI,

P. C

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ime

nto

ed

pro

du

tos

em

pe

qu

en

ase

dia

se

mp

resa

s

ind

ust

riai

s.

2007

CLA

RK

;W

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LRIG

HT,

1993

,P

OR

TER

,19

93,

CA

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INI;

CA

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1997

,B

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CH

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2001

,KA

MIN

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OLI

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RA

,200

2,

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RC

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tal

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02,

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et

al.,

2003

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200

4, S

ALA

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004,

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200

4.

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po

sta

de

um

con

jun

tod

ed

ire

triz

es

de

apo

ioao

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orç

od

ein

ova

ção

tecn

oló

gica

em

pe

qu

en

ase

dia

se

mp

resa

sin

du

stri

ais

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de

nci

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um

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rram

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ara

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stic

od

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stág

iod

e

amad

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cim

en

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un

dam

en

tad

on

aca

tego

riza

ção

das

em

pre

sas

pe

squ

isad

as,

de

aco

rdo

com

os

fato

res

de

ino

vaçã

o t

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oló

gica

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do

logi

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ao

pro

jeto

de

pro

du

tos

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vos.

2006

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W,

1968

,P

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L;B

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,19

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81,

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,19

83,

BA

CK

,19

83,

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RK

;FU

JIM

OTO

,19

91,

SMIT

H;

REI

NER

TSEN

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91,

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1992

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1993

,

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ICH

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PIN

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95,

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INI;

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,20

01,

RO

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03,

RO

ZEN

FELD

et

al.,

200

6.

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po

siçã

od

eu

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tod

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gia

de

pro

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on

de

se

apli

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os

con

eci

me

nto

sd

op

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sso

de

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do

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du

ton

ort

ead

os

pe

los

pri

ncí

pio

sd

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ers

al

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sign

par

ain

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são

de

pe

sso

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ece

ssid

ade

s

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eci

ais

em

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laçã

o a

o u

so d

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uto

s.

(co

nti

nu

ação

)

Page 192: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

170

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pro

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um

am

eto

do

logi

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ple

me

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ção

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2006

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2004

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2001

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1991

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2001

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01;

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1995

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1994

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2001

;

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ICH

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PIN

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,20

00;

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CK

;19

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WH

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T;C

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K,

1992

.

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po

siçã

od

eu

ma

me

tod

olo

gia

qu

ep

oss

ibil

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uti

liza

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rutu

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cíp

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ep

ráti

cas

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xuta

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de

de

sen

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ime

nto

de

pro

du

to.

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eto

do

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stá

apo

iad

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mal

gun

so

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tivo

s

esp

ecí

fico

sco

mo

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ális

ed

ep

ráti

cas

ind

ust

riai

s;

ide

nti

fica

ção

de

op

ort

un

idad

es

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me

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ria,

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C.*

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e

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sen

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ime

nto

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pro

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trib

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alia

ção

da

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cáci

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2006

AM

AR

AL,

2002

;A

MA

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O,

1998

;B

AR

NET

T;C

LAR

K,

1998

;

BA

RR

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KA

MIN

SKI,

2003

;C

LAR

K;

FUJI

MO

TO,

1991

;H

AU

SER

;

ZETT

ELM

EYER

,19

96;

ISH

IKA

WA

,19

85;

PA

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BEI

TZ,

1996

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MB

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,

2000

; RO

ZEN

FELD

et

al.,

200

6; U

LLM

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, 199

2.

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age

md

aav

alia

ção

do

pro

cess

od

ep

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sen

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ime

nto

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od

op

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nív

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um

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en

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e

de

sen

volv

ime

nto

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xuto

de

pro

du

tos

de

en

gen

har

ia.

2006

CH

ENG

,20

03;

CLA

RK

;FU

JIM

OTO

,19

91;

CLE

VEL

AN

D,

2006

;C

SILL

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,

1985

;EP

PIN

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,19

94;

KER

ZNER

,20

05;

MO

RG

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,20

02;

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,20

01;

PM

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03;

PO

RTE

R,

1986

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2006

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KA

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ICH

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PIN

GER

,19

95;

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95;

WH

EELR

IGH

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K, 1

992;

WO

MA

CK

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NES

; RO

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990.

Pro

po

siçã

o,

just

ific

ativ

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ese

nvo

lvim

en

toe

de

mo

nst

raçã

od

eu

ma

man

eir

asi

ste

mát

ica

de

real

izar

op

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eja

me

nto

de

de

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volv

ime

nto

en

xuto

de

pro

du

tos

de

en

gen

har

ia.

BO

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D. M

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De

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tos

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sub

sid

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mu

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nai

s n

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rasi

l.

2005

CLA

RK

;FU

JIM

OTO

,19

91,

WH

EELW

RIG

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CLA

RK

,19

92,

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1997

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D,

1998

,K

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PA

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0, E

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001.

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sen

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ime

nto

de

um

mo

de

lop

ara

anal

isar

e

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nti

fica

rp

apé

ise

stra

tégi

cos

de

de

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volv

ime

nto

de

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du

tos

de

em

pre

sas

mu

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acio

nai

s.

PA

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N,

F.R

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ein

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do

gere

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gere

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ame

nto

po

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roje

tos

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do

Bal

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2005

DU

NC

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00;

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1972

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D,

1995

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S,

1973

;K

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N;

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ER,

1998

;K

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ER,

2002

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200

0; P

OR

TER

, 198

9; U

LRIC

H, 2

003.

Pro

po

sta

de

um

mo

de

lop

ara

inte

grar

o

gere

nci

ame

nto

de

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os

eo

gere

nci

ame

nto

po

r

pro

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s,p

or

me

iod

ou

sod

afe

rram

en

tad

e

gere

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ame

nto

de

no

min

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Sco

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ard

-

BSC

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BO

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C

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po

rte

ao

gere

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ame

nto

do

de

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volv

ime

nto

ráp

ido

de

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du

tos

tecn

oló

gico

sat

ravé

sd

a

en

gen

har

ia s

imu

ltân

ea.

2003

WH

EELW

RIG

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1992

,P

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N,

1993

,C

LAR

K;

FUJI

MO

TO,

1995

,

KER

ZNER

,19

95,

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NG

,19

97,

GO

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1997

,P

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ERSO

N,

1998

, CA

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999.

Pro

po

siçã

od

eu

ma

est

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izaç

ãod

o

trab

alh

op

ara

dar

sup

ort

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volv

ime

nto

ráp

ido

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tos

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ceit

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S).

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inte

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od

ese

nvo

lvim

en

to

de

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du

tos

glo

bai

sn

ain

stri

a

auto

mo

bil

ísti

ca.

2003

CH

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,20

00;

CLA

RK

;FU

JIM

OTO

,19

91;

FUJI

MO

TO,

1997

;K

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LER

,

1997

;P

OR

TER

,19

93;

SUG

IYA

MA

;FU

JIM

OTO

,20

00;

WH

EELW

RIG

HT;

CLA

RK

, 199

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OM

AC

K; 1

994

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nti

fica

asra

zõe

sp

ela

sq

uai

sas

em

pre

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cap

ital

est

ran

geir

oin

tegr

amsu

assu

bsi

diá

rias

em

ativ

idad

es

de

de

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volv

ime

nto

glo

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de

seu

sp

rod

uto

s.C

om

o

resu

ltad

apre

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tad

ou

mm

od

elo

exp

lica

tivo

qu

e

afir

ma

qu

ea

de

cisã

oso

bre

inte

grar

ou

não

a

en

gen

har

iab

rasi

leir

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asat

ivid

ade

se

de

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volv

ime

nto

glo

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de

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du

tos,

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sfa

tore

sq

ue

infl

ue

nci

am n

est

a d

eci

são

.

(co

nti

nu

ação

)

Page 193: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

171

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J.L.

D.*

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ara

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rutu

raçã

o

eco

ntr

ole

do

pro

cess

od

e

de

sen

volv

ime

nto

de

pro

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Page 194: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

172

APÊNDICE B Exemplos de software CAD/CAE e seus respectivos métodos

numéricos

Page 195: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

173

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Page 196: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

174

Para composição das informações contidas na tabela B1 as seguintes fontes de

informações foram consultadas (CHEN, 2013).

1 CAD SIMULATION FEATURES. Disponível em:

http://usa.autodesk.com/adsk/servlet/pc/item?siteID=123112&id=18355064.

Acesso em: 04 mar. 2013.

2 D-M-E MOLDFLOW™ SERVICES. Disponível em:

http://www.dme.net/downloads/adv/MoldFlow%20Services.pdf. Acesso em: 22

mar. 2013.

3 AUTODESK UNIVERSITY. Disponível em:

http://aucache.autodesk.com/au2011/sessions/8160/class_handouts/v1_MA8160-

P_Chang.pdf. Acesso em: 22 mar.2013.

4 MOLDFLOW SOFTWARE. Disponível em:

http://www.mem.odu.edu/faculty_staff/hou/section2.pdf. Acesso em: 22

mar.2013.

5 ABAQUS/CAE. Disponível em:

http://www.3ds.com/pt/products/simulia/portfolio/abaqus/abaqus-

portfolio/abaquscae/. Acesso em: 22 mar. 2013.

6 DELMIA. Disponível em:

http://www.3ds.com/products/delmia/portfolio/delmia-v5/all-

products/domain/Factory_Definition_Simulation/product/MGS/?cHash=a2e954c0

1c1270e134fd9011a3e02a3f. Acesso em: 20 abr.2013.

Page 197: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

175

7 SOLIDWORKS FLOW SIMULATION. Disponível em:

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=r

ja&ved=0CDYQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.solidworks.com%2Fsw%2Fdocs%

2Fflow_sim_present_2011_eng.ppt&ei=AhBWUZWqNInI0gHvloHQDg&usg=AFQj

CNEXzMS432VbAyXQx4JW1-

ZoAfGd0A&sig2=LKo_nOjaDbPJtTTW6i11Kg&bvm=bv.44442042,d.dmQ. Acesso

em: 22 mar.2013.

8 HAAS, A. Pesquisa de software. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por:

[email protected], em 06 de mar. 2013. Acesso em: 06 mar. 2013.

9 PERES, S. Pesquisa de software. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por:

[email protected], [email protected], em 24 de abr. 2013.

10 NX FLOW INTEGRATED CFD ANALYSIS. Disponível em:

http://www.plm.automation.siemens.com/en_us/Images/6639_tcm1023-4403.pdf.

Acesso em: 22 mar. 2013.

11 FEMAP FLOW. Disponível em:

http://www.mayahtt.com/index.php?option=com_content&task=view&id=7&Item

id=119, e http://www.plm.automation.siemens.com/cz_cz/Images/2193_tcm841-

5012.pdf. Aceso em: 22 mar. 2013.

12 NX THERMAL. Disponível em:

http://www.mayahtt.com/index.php?option=com_content&task=view&id=90&Ite

mid=295, e http://www.itscz.net/software/unigraphics/pdf/nx_thermal_fs.pdf.

Acesso em: 22 mar. 2013.

13 MOLDFLOW ANALYSIS DEVELOPMENT. Disponível em:

http://www.cnmould.com/blog/moldflow-analysis-development-1662.html.

Acesso em: 22 mar. 2013.

Page 198: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

176

14 ABAQUS/CFD. Disponível em:

http://www.3ds.com/pt/products/simulia/portfolio/abaqus/abaqus-

portfolio/abaquscfd/. Acesso em: 20 abr. 2013.

Page 199: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

177

APÊNDICE C Estrutura organizacional proposta para o PDP-Automotivo

Page 200: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

178

Quanto à estrutura organizacional, a figura C.1 apresenta uma proposição para o

PDP-Automotivo.

Figura C.1 Estrutura organizacional básica do PDP-Automotivo.

A estrutura organizacional está disposta de acordo com as três macrofases do PDP-

Automotivo: a estratégia do produto, o desenvolvimento do produto e do processo e

a produção e melhoria contínua.

O organograma mostra a presidência da organização e as vice-presidências da

estratégia do produto, desenvolvimento do produto e do processo e produção e

melhoria contínua com suas diretorias e departamentos. Demais vice-presidências,

diretorias e departamentos tais como suprimentos, relações públicas, assuntos

governamentais, entre outros estão demonstradas no organograma por meio das

caixas tracejadas.

vice-presidênciadesenv.produto e do

processo (VPR)

estratégia do produto(DRT)

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(DRT)

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(DRT)

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engenhariade acabamento

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ANL; LDS; TCN; OPE)

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(DRT)

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(GRF; SPV; ENG; ANL; LDS; TCN; OPE)

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processosambientais

(GRF; SPV; ENG; ANL; LDS; TCN; OPE)

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(GRF; SPV; ENG; ANL; LDS; TCN; OPE)

presidência(PRT)

vice-presidênciaprodução e melhoria

contínua (VPR)

vice-presidênciaestratégia do produto

(VPR)

(DRT)

Legendapresidente PRT engenheiros ENG

vice-presidente VPR analistas ANL

diretores DRT líderes setoriais LDS

gerentes funcionais GRF técnicos TCN

supervisores SPV operadores OPE

(DRT)

Page 201: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

179

A diretoria de estratégia do produto engloba os departamentos de finanças, recursos

humanos e o departamento de análise de mercado e vendas. São departamentos que

atuam na estratégia da organização e também no suporte das atividades de

desenvolvimento do produto, desenvolvimento do processo e na produção do

produto.

A diretoria de desenvolvimento do produto engloba os departamentos de

engenharia de motores, engenharia elétrica, engenharia de chassis, engenharia de

plataforma, engenharia de carroceria, engenharia de acabamento e também o

departamento de testes e validações. Estes departamentos desenvolvem as atividades

pertinentes ao desenvolvimento e a validação do produto.

A diretoria de desenvolvimento do processo engloba os departamentos de tecnologia

do processo, infraestrutura, dimensionamento de recursos, logística e processos

ambientais. O departamento de tecnologia do processo planeja, desenvolve e instala

os meios necessários para a produção do automóvel. O departamento de

infraestrutura desenvolve as atividades de construção e instalação de acordo com os

subprocessos civil, elétrico, mecânico e ambiental. O departamento de

dimensionamento de recursos planeja e dimensiona a quantidade de mão de obra

necessária para a execução das atividades da organização. Realiza também

atividades de melhoria contínua e redimensionamento de recursos. O departamento

de logística é responsável pelo dimensionamento dos meios necessários para o

recebimento, movimentação, armazenamento, sequenciamento e distribuição dos

materiais nas linhas de produção. Planeja o fluxo de materiais e dimensiona as áreas

necessárias para estoque e movimentação de materiais. O departamento de processos

ambientais é responsável pelas políticas ambientais da organização, pela fiscalização

das instalações e pela regulamentação de documentações junto aos órgãos públicos.

A diretoria de produção e melhoria contínua engloba os departamentos de produção

estamparia, armação, pintura e montagem final. Estes departamentos estão

diretamente ligados com a manufatura do automóvel.

Page 202: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

180

Quanto à ordem de subordinação dos cargos na organização a estrutura

organizacional está disposta de acordo com a seguinte hierarquia:

presidente;

vice-presidente;

diretores;

gerentes funcionais;

supervisores;

engenheiros de produto, engenheiros do processo e engenheiros da qualidade;

analistas administrativos, analistas de produto, analistas do processo e

analistas da qualidade;

lideres setoriais de produto, líderes setoriais de processo e líderes setoriais da

qualidade;

técnicos administrativos, técnicos do produto, técnicos do processo e técnicos

da qualidade;

operadores administrativos, operadores do produto, operadores da produção

e operadores da qualidade.

A participação dos membros da organização durante o PDP-Automotivo é

caracterizada por meio de marcos gerencial e técnico. O presidente participa do

marco gerencial. O vice-presidente participa do marco gerencial e de determinados

marcos técnicos. Os diretores, gerentes funcionais e supervisores participam

principalmente dos marcos técnicos. Os demais membros da organização participam

dos marcos gerencial e técnico conforme a necessidade e ou solicitação do superior

hierárquico. A figura C.2 mostra um quadro contendo uma síntese de características

dos marcos gerencial e técnico do PDP-Automotivo.

Page 203: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

181

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Page 204: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

182

No marco gerencial (I) o presidente é o responsável quanto à decisão do

desenvolvimento de um novo automóvel. O vice-presidente e os diretores da

estratégia do produto, desenvolvimento do produto e desenvolvimento do processo

participam fornecendo o suporte necessário para a tomada de decisão.

No marco técnico (1) o vice-presidente da estratégia do produto é o responsável pela

determinação do ciclo de vida do automóvel. Esta informação é fundamentada no

estudo de mercado e também no relatório de auxílio para novos produtos

desenvolvido na fase de revisão técnica (RVT).

Com a determinação do ciclo de vida do automóvel o presidente da organização

aprova o início do desenvolvimento do automóvel. Esta decisão ocorre no marco

gerencial (II) e tem suporte dos vice-presidentes e diretores da estratégia do produto,

desenvolvimento do produto e do processo e da produção e melhoria contínua.

No marco técnico (2) o diretor da estratégia do produto aprova o posicionamento e

os investimentos pré-determinados pelos departamentos de engenharia e áreas de

suporte. Tem início o desenvolvimento do conceito do automóvel. A aprovação do

conceito do automóvel é realizada pelo vice-presidente da estratégia do produto e

formalizada no marco técnico (3).

Com o desenvolvimento do conceito do automóvel aprovado se tem a decisão do

término do monitoramento do mercado e a aprovação do estilo do automóvel. O

presidente da organização é o responsável por esta decisão que ocorre no marco

gerencial (III). A partir desta decisão se tem o desenvolvimento detalhado dos

módulos chassis, plataforma, carroceria, acabamentos interno e externo, motor e

eletrônica embarcada do automóvel e a liberação parcial dos recursos financeiros. O

encerramento do monitoramento do mercado caracteriza o término da macrofase da

estratégia do produto.

Inicia-se a macrofase de desenvolvimento do produto e do processo e com isto o

desenvolvimento do conceito do sistema de produção do automóvel. O gerente

funcional de desenvolvimento do processo aprova o conceito do sistema de

Page 205: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

183

produção no marco técnico (4), e autoriza a liberação de recursos de mão de obra e

financeiros necessários para a continuidade das atividades.

O desenvolvimento dos módulos do automóvel é finalizado e aprovado pelo diretor

de desenvolvimento do produto no marco técnico (5). Tem-se a continuidade dos

testes e validação dos módulos do automóvel.

No marco técnico (6) ocorre a aprovação do conceito do processo e do conceito

logístico pelo diretor de desenvolvimento do processo. Demais recursos de mão de

obra e financeiros também são aprovados e liberados para a continuidade das

atividades de desenvolvimento e instalação dos processos produtivos.

Após o desenvolvimento dos módulos do automóvel, a evolução e a conclusão dos

testes e validações tem início a aprovação final dos módulos do automóvel no marco

técnico (7). O diretor de desenvolvimento do produto é o responsável por esta

aprovação que caracteriza o final da fase de testes e validação final (TVF) do produto.

Para a fabricação do automóvel e a manutenção dos processos faz-se necessário o

dimensionamento da quantidade de mão de obra para a execução das diversas

atividades. Este dimensionamento é realizado pelos engenheiros e analistas de

processos e aprovado pelo gerente funcional do desenvolvimento do processo no

marco técnico (8).

Na fase de planejamento e preparação a produção (PPP) inicia-se a simulação física

dos postos de trabalho e com isto a contribuição para o detalhamento dos layouts dos

subprocessos de estamparia, armação, pintura e montagem final. Os layouts de

infraestrutura e de logística também são avaliados e detalhados. A aprovação destes

layouts ocorre no marco técnico (9) e é de responsabilidade dos supervisores de

tecnologia do processo, infraestrutura, logística e produção e melhoria contínua

respectivamente.

Page 206: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

184

A infraestrutura necessária para as instalações dos processos e de logística são

concluídas. No marco técnico (10) o gerente funcional e o supervisor de

infraestrutura apresentam a conclusão dos trabalhos ao diretor de desenvolvimento

do processo, o qual é o responsável pela aprovação das infraestruturas.

As instalações e os meios necessários para a produção do automóvel são concluídos.

O vice-presidente de desenvolvimento do produto e do processo autoriza o início da

pré-série de produção do automóvel. Esta decisão é realizada no marco técnico (11) e

é auxiliada pelo diretor e pelos gerentes funcionais do desenvolvimento do processo.

Com o início da pré-série de produção dos automóveis correções e ajustes são

realizados nas instalações dos processos. Os indicadores de processo e de qualidade

do produto são estabelecidos e a partir disto torna-se possível a aprovação das

instalações. O vice-presidente de produção e melhoria contínua é o responsável por

esta aprovação que é consolidada no marco técnico (12).

A partir da aprovação das instalações dos processos o diretor de produção e

melhoria contínua autoriza o início da produção seriada do automóvel que ocorre no

marco técnico (13).

No marco gerencial (IV) o presidente da organização autoriza o lançamento do

automóvel no mercado. Tem-se o abastecimento dos concessionários e o

acompanhamento dos volumes de vendas.

A produção seriada é monitorada pelos líderes setoriais, analistas e engenheiros de

processos que confirmam a estabilidade do processo aos supervisores de produção e

melhoria contínua. Com base nesta confirmação, estes supervisores comunicam os

gerentes funcionais de produção e melhoria contínua que aprovam a estabilidade do

processo (marco técnico 14) e a estabilidade da série (marco técnico 15).

Page 207: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

185

Com a estabilidade do processo e da série são realizados os trabalhos de redução dos

tempos de ciclo. Os trabalhos são aprovados pelos supervisores de produção e

melhoria contínua (marco técnico 16) e os recursos de mão de obra para produção

são redimensionados (marco técnico 17).

Após o período determinado para a produção e venda do automóvel (produção

seriada PRS) se tem a descontinuação e a sua retirada do mercado. Esta decisão

ocorre no marco gerencial (V) e é realizada pelo presidente da organização.

Com o fim da produção do automóvel sobrevém a fase de revisão técnica. As

informações geradas durante a produção do automóvel são consolidadas em um

documento denominado de relatório de auxílio para novos produtos. A revisão

técnica se inicia no marco técnico (18) e é aprovada pelos supervisores

desenvolvimento do produto e do processo e de produção e melhoria contínua.

A partir dos quatro marcos gerenciais e dos 18 marcos técnicos apresentados é

possível obter uma idéia holística das principais decisões e do papel dos

responsáveis ao longo do PDP-Automotivo.

Page 208: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

186

APÊNDICE D Modelo de questionário utilizado na pesquisa

Page 209: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

201

APÊNDICE E Distribuição dos respondentes e das notas para todas as atividades

do questionário

Page 210: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

202

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Page 211: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

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204

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clie

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12

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11

01

00

00

01

16

VIb

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os

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uis

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s d

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en

ha

ria

a p

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49

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10

27

15

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01

20

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00

1

17

VIc

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orm

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18

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Uti

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ias

no

pro

jeto

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no

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01

19

VIe

De

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er

no

vas

tecn

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ara

o n

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pro

du

to.

48

63

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20

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00

00

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21

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bP

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tar

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nte

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uto

vel.

37

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00

92

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01

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00

00

00

22

VII

cP

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tar

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ua

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pa

rte

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en

tes

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tom

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16

48

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00

00

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00

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23

VII

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tar

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au

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l.3

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00

27

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01

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24

VII

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tar

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lar

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vel.

38

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01

92

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01

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00

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25

VII

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tar

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26

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roje

tar

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27

VII

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roje

tar

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l.3

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01

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10

28

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tar

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00

29

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tar

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30

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01

31

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0

32

IXa

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nu

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o)

Page 213: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

205

SN

NS

B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

33

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34

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36

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00

35

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36

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l.3

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21

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1

37

Xc

Pro

jeta

re

dim

en

sio

na

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uin

as

ee

qu

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me

nto

s,in

clu

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oro

s,p

ara

aco

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ruçã

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uto

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31

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01

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00

01

38

Xd

Pro

jeta

re

dim

en

sio

na

rm

áq

uin

as

ee

qu

ipa

me

nto

s,in

clu

ind

oro

s,p

ara

pin

tura

da

carr

oce

ria

do

au

tom

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l.2

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11

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23

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00

1

39

Xe

Pro

jeta

re

dim

en

sio

na

rm

áq

uin

as

ee

qu

ipa

me

nto

s,in

clu

ind

oro

s,p

ara

mo

nta

ge

m

fin

al

do

au

tom

óve

l.2

94

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00

1

40

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Pro

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re

dim

en

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na

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sd

op

roce

sso

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clu

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cria

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ara

os

pro

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os

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o a

uto

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01

41

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Pro

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dim

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42

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32

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00

1

43

XIb

Pla

ne

jar

e i

mp

lem

en

tar/

ad

eq

ua

r a

in

fra

est

rutu

ra e

létr

ica

da

em

pre

sa.

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13

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01

44

XIc

Pla

ne

jar

e i

mp

lem

en

tar/

ad

eq

ua

r a

in

fra

est

rutu

ra m

ecâ

nic

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45

XId

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ne

jar

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tica

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ien

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fica

sp

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01

46

XIe

Pla

ne

jar

e i

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cas

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lob

ais

na

em

pre

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49

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12

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1

47

XII

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16

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48

XII

bR

ea

liza

r/e

xecu

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ea

liza

ção

físi

cad

os

po

sto

sd

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pa

rasi

mu

laçã

od

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op

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çõe

s d

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rod

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o.

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1

49

XII

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eri

fica

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sica

me

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po

sto

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etr

ab

alh

o,

me

smo

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tes

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clu

são

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inst

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s, p

ara

ve

rifi

car

as

futu

ras

con

diç

õe

s d

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os

op

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S:

Sim

N:

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NS

: N

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se

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Bra

nco

Qu

al a

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ort

ânci

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2)

sum

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dis

trib

uiç

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(P1)

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aco

rdo

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(P2)

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(P1)

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ua

ção

)

Page 214: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

206

SN

NS

B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

50

XII

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Re

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um

ave

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sica

,a

nte

sd

as

inst

ala

çõe

sfi

na

isd

as

qu

ina

se

eq

uip

am

en

tos

do

sp

roce

sso

sd

efa

bri

caçã

o,

pa

raa

sse

gu

rar

qu

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po

sto

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rab

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s n

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pe

rad

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s.

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61

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01

51

XII

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ro

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ios

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raa

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52

XII

IbD

ese

nvo

lve

rp

roce

dim

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rmin

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iza

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sm

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do

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l.3

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1

53

XII

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ese

nvo

lve

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term

ina

ro

ssi

ste

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ntr

ole

ed

eg

ere

nci

am

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du

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23

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00

00

01

54

XII

IdD

ete

rmin

ar

ee

sta

be

lece

rco

ntr

am

ed

ida

sp

ara

ide

nti

fica

re

rast

rea

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efe

ito

sq

ue

po

ssa

m s

er

ge

rad

os

du

ran

te a

pro

du

ção

do

au

tom

óve

l.4

67

51

01

11

43

00

10

11

22

00

02

30

00

00

01

55

XIV

aC

on

solid

ar

os

con

ceit

os

est

ab

ele

cid

os

pa

ra o

s p

roce

sso

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.2

60

12

20

00

12

14

00

00

00

00

02

31

60

00

00

2

56

XIV

bSi

mu

lar

virt

ua

lme

ntd

e o

s p

roce

sso

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.2

04

15

10

00

91

10

00

00

22

00

20

58

00

00

01

57

XIV

cSi

mu

lar

fisi

cam

en

te o

s p

roce

sso

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.2

61

12

10

00

81

71

00

00

10

00

13

35

00

00

01

58

XIV

dC

on

clu

ir a

s in

sta

laçõ

es

físi

cas

ne

cess

ári

as

pa

ra a

pro

du

ção

do

au

tom

óve

l.3

50

41

00

21

02

21

00

00

00

00

10

21

00

00

01

59

XIV

eA

uto

ma

tiza

r o

s p

roce

sso

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.3

41

41

02

41

11

61

00

00

10

00

00

22

00

00

01

60

XV

aT

est

ar

os

eq

uip

am

en

tos

e d

em

ais

me

ios

pa

ra a

pro

du

ção

do

au

tom

óve

l.3

50

41

00

29

24

00

00

00

00

00

31

00

00

00

1

61

XV

bP

rod

uzi

r p

eq

ue

no

s lo

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de

su

bco

nju

nto

s d

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vel,

pa

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est

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os

po

sto

s m

an

ua

is

de

fa

bri

caçã

o.

42

88

10

12

10

29

02

01

12

20

02

32

10

00

00

1

62

XV

cP

rod

uzi

rp

eq

ue

no

slo

tes

de

sub

con

jun

tos

do

au

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óve

l,p

ara

test

ar

os

po

sto

s

au

tom

áti

cos

de

fa

bri

caçã

o.

40

81

01

00

21

02

80

10

03

22

00

33

13

00

00

01

63

XV

dP

rod

uzi

r a

uto

veis

co

mp

leto

s p

ara

te

sta

r o

s p

roce

sso

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.3

41

41

00

22

30

00

00

00

10

01

02

10

00

00

1

64

XV

eT

rein

ar

op

era

do

res

du

ran

tea

rea

liza

ção

do

ste

ste

sd

os

pro

cess

os

de

fab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.3

51

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29

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00

00

10

00

02

10

00

00

1

65

XV

fP

red

ete

rmin

ar

os

ind

ica

do

res

e m

eta

s, d

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nte

o t

est

e d

os

pro

cess

os

de

fa

bri

caçã

o d

o

au

tom

óve

l.3

61

01

21

02

41

21

80

11

14

12

00

32

16

00

00

01

S: S

im

N

: Nã

o

N

S: N

ão

se

i

B:

Bra

nco

Qu

al a

imp

ort

ânci

a d

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ivid

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2)

sum

ário

dis

trib

uiç

ão d

as r

esp

ost

as p

ara

(P1)

de

aco

rdo

co

m o

s p

eso

s p

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(P2)

SIM

ON

ÃO

SEI

BR

AN

CO

Am

acr

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se d

e d

ese

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en

to d

o p

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uto

e d

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pro

cess

o

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em

pre

sa p

rati

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(P1)

Leg

en

da

:(c

on

tin

ua

ção

)

Page 215: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

207

SN

NS

B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

66

XV

gC

ara

cte

riza

ro

fin

al

do

ste

ste

sd

os

pro

cess

os

de

fab

rica

ção

do

au

tom

óve

l,p

or

me

iod

e

um

ma

rco

no

pro

cess

o d

e d

ese

nvo

lvim

en

to.

29

19

10

11

12

15

00

01

00

00

12

22

20

00

00

1

67

XV

IaD

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rmin

ar

os

sist

em

as

de

rece

bim

en

to,

arm

aze

na

ge

me

de

dis

trib

uiç

ão

do

s

ma

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ais

na

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pre

sa.

49

28

00

16

15

27

00

00

10

10

02

31

20

00

00

0

68

XV

IbD

ete

rmin

ar

aq

ua

nti

da

de

de

od

eo

bra

ne

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ári

ap

ara

os

sist

em

as

de

rece

bim

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to,

arm

aze

na

ge

m e

de

dis

trib

uiç

ão

do

s m

ate

ria

is n

a e

mp

resa

.4

54

10

00

01

01

52

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10

11

01

00

23

14

00

00

00

69

XV

IcD

ime

nsi

on

ar

áre

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pa

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mo

vim

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tar

ma

teri

ais

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ma

is

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mo

s n

ece

ssá

rio

s p

ara

a p

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uçã

o d

o a

uto

vel.

48

47

00

11

11

02

60

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21

00

00

32

02

00

00

00

70

XV

IdD

ete

rmin

ar

o d

ese

nvo

lvim

en

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e u

m p

arq

ue

de

fo

rne

ced

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s d

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eça

s.2

83

81

00

37

18

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00

10

20

00

31

40

00

00

1

71

XV

IIa

Ca

lcu

lar

e d

ete

rmin

ar

a q

ua

nti

da

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ad

eq

ua

da

de

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bra

ne

cess

ári

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aliz

ar

as

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çõe

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.3

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26

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00

00

00

00

10

10

00

00

0

72

XV

IIb

Ca

lcu

lar

e d

ete

rmin

ar

a q

ua

nti

da

de

ad

eq

ua

da

de

o d

e o

bra

ne

cess

ári

a p

ara

re

aliz

ar

as

op

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çõe

sd

em

an

ute

nçã

od

os

eq

uip

am

en

tos

ein

sta

laçõ

es

do

sp

roce

sso

sd

e

fab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.

29

29

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23

61

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11

00

00

03

24

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00

00

73

XV

IIc

Ca

lcu

lar

e d

ete

rmin

ar

a q

ua

nti

da

de

ad

eq

ua

da

de

o d

e o

bra

ne

cess

ári

a p

ara

re

aliz

ar

as

op

era

çõe

s d

e m

on

ito

ram

en

to d

a q

ua

lida

de

do

pro

du

to.

42

11

60

01

51

32

30

11

33

12

00

10

23

00

00

00

74

XV

IId

Pla

ne

jar

ed

ime

nsi

on

ar

am

ão

de

ob

ran

ece

ssá

ria

pa

rap

rote

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do

pa

trim

ôn

iod

a

em

pre

sa.

34

91

60

24

91

27

00

24

10

20

03

24

70

00

00

0

75

XV

IIe

Pla

ne

jar

ed

ime

nsi

on

ar

am

ão

de

ob

ran

ece

ssá

ria

pa

rab

rig

ad

ad

ein

cên

dio

da

em

pre

sa.

44

41

01

01

12

92

11

10

20

01

10

20

25

00

00

01

76

XV

IIf

Pla

ne

jar

etr

ein

ar

tod

aa

od

eo

bra

en

volv

ida

com

op

roce

sso

de

fab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.3

33

40

00

26

25

00

00

11

10

12

10

00

00

00

0

77

XV

IIg

Pla

ne

jar

etr

ein

ar

tod

aa

od

eo

bra

qu

en

ão

est

ád

ire

tam

en

tee

nvo

lvid

aco

mo

pro

cess

o d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.3

11

41

31

02

51

59

03

12

24

20

03

41

50

00

01

0

78

XV

IIIa

Pro

du

zir

um

pe

qu

en

olo

ted

ea

uto

veis

pa

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lida

ção

fin

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s

pro

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os

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o d

o a

uto

vel.

36

13

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01

62

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00

00

10

00

01

11

00

00

00

79

XIX

aC

ara

cte

riza

ro

iníc

iod

ap

rod

uçã

ose

ria

da

de

au

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óve

is,

po

rm

eio

de

um

ma

rco

no

pro

cess

o d

e d

ese

nvo

lvim

en

to.

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14

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00

10

25

00

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01

00

01

01

20

00

00

0

80

XIX

bP

rog

ram

ar

um

au

me

nto

gra

du

al d

as

qu

an

tid

ad

es

de

au

tom

óve

is a

se

rem

pro

du

zid

as.

36

31

00

10

12

23

00

01

20

00

00

01

00

00

00

0

S: S

im

N

: Nã

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N

S: N

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se

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B:

Bra

nco

Qu

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imp

ort

ânci

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2)

sum

ário

dis

trib

uiç

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as r

esp

ost

as p

ara

(P1)

de

aco

rdo

co

m o

s p

eso

s p

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(P2)

SIM

ON

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SEI

BR

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CO

Am

acr

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e d

ese

nvo

lvim

en

to d

o p

rod

uto

e d

o

pro

cess

o

Sua

em

pre

sa p

rati

ca?

(P1)

Leg

en

da

:(c

on

clu

são

)

Page 216: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

208

SN

NS

B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

81

XX

IaV

eri

fica

r a

est

ab

ilid

ad

e d

os

pro

cess

os

de

fa

bri

caçã

o.

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17

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21

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41

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0

82

XX

IbR

ea

liza

r u

m c

om

pa

rati

vo e

ntr

e o

s re

qu

isit

os

do

pro

jeto

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s a

uto

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em

pro

du

ção

.2

83

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28

17

00

01

00

20

01

22

40

00

00

0

83

XX

IcId

en

tifi

car

op

ort

un

ida

de

s d

e o

tim

iza

ção

e c

om

un

iza

ção

da

s o

pe

raçõ

es

ma

nu

ais

do

s

pro

cess

os

de

fa

bri

caçã

o d

o a

uto

vel.

29

28

10

04

81

70

00

01

01

00

25

01

00

00

10

84

XX

IdId

en

tifi

car

op

ort

un

ida

de

s d

e o

tim

iza

ção

e c

om

un

iza

ção

da

s o

pe

raçõ

es

au

tom

áti

cas

do

s p

roce

sso

s d

e f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.2

92

90

00

29

18

00

00

10

10

01

51

20

00

00

0

85

XX

IeD

ete

rmin

ar

um

pla

no

de

ma

nu

ten

ção

pa

ra a

s m

áq

uin

as

e o

utr

os

eq

uip

am

en

tos

uti

liza

do

s n

a f

ab

rica

ção

do

au

tom

óve

l.2

82

10

01

04

51

80

00

10

01

00

13

33

00

00

00

86

XX

IIa

Co

mp

rova

r a

re

pe

tib

ilid

ad

e d

ime

nsi

on

al

do

au

tom

óve

l, c

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form

e t

ole

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cia

s

de

term

ina

da

s n

o p

roje

to d

o p

rod

uto

.3

22

60

01

18

22

00

02

00

00

01

31

10

00

00

0

87

XX

IIb

Ve

rifi

car

a r

ep

eti

bil

ida

de

dim

en

sio

na

l d

o p

rod

uto

.4

94

60

01

31

43

10

00

31

00

00

04

11

00

00

00

88

XX

IIIa

Ide

nti

fica

r re

stri

çõe

s (g

arg

alo

s) n

os

pro

cess

os

au

tom

áti

cos

de

fa

bri

caçã

o.

46

21

10

00

31

42

90

00

00

20

00

13

25

00

00

00

89

XX

IIIb

Pro

po

r e

im

ple

me

nta

r m

elh

ori

as

pa

ra o

tim

iza

r o

s p

roce

sso

s a

uto

tico

s d

e

fab

rica

ção

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90

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12

02

80

00

00

00

00

02

34

00

00

00

90

XX

IVa

Ve

rifi

car

a p

ráti

ca/h

ab

ilid

ad

e d

ese

nvo

lvid

a p

elo

s o

pe

rad

ore

s a

s o

in

ício

da

pro

du

ção

se

ria

da

.3

95

15

00

16

20

12

00

00

21

20

11

24

70

00

00

0

91

XX

IVb

Oti

miz

ar

a m

ão

de

ob

ra d

isp

on

íve

l e

m f

un

ção

da

ha

bil

ida

de

do

s o

pe

rad

ore

s.3

66

17

00

29

12

13

00

01

40

10

03

24

80

00

00

0

92

XX

IVc

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mu

niz

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en

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ea

liza

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po

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rab

alh

o.

36

32

00

02

81

31

30

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02

01

00

35

48

00

00

00

93

XX

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zar

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sen

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00

01

51

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00

15

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23

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00

00

94

XX

Vb

Au

tori

zar

a p

rod

uçã

o s

eri

ad

a (

pro

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ção

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ma

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veis

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13

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95

XX

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96

XX

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97

XX

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ão

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Page 217: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

209

SN

NS

B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

12

34

5B

98

XX

VII

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00

99

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tom

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26

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01

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10

01

34

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00

0

10

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XV

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10

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Page 218: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

210

APÊNDICE F Identificação da necessidade de uso de protótipos de acordo com a

atividade do PDP-Automotivo

Page 219: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

211

A tabela F1 mostra para a macrofase da estratégia do produto, as fases em que o uso

de protótipos se faz necessário.

Tabela F1 – Macrofase da estratégia do produto: fases em que o uso de protótipos se

faz necessário.

A tabela F2 mostra para a macrofase do desenvolvimento do produto e do processo,

as fases em que o uso de protótipos se faz necessário.

Estudo do mercado (EDM)

Posicionamento do produto (POP)

Monitoramento do mercado (MDM)

Lançamento do produto (LDP)

Legenda:

não necessita necessita

protótipomacrofase da estratégia do produto

Page 220: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

212

Tabela F2 – Macrofase do desenvolvimento do produto e do processo: fases em que o

uso de protótipos se faz necessário.

A tabela F3 mostra para a macrofase da produção e melhoria contínua, as fases em

que o uso de protótipos se faz necessário.

Desenvolvimento do conceito (DDC)

Desenvolvimento do estilo (DDE)

Desenvolvimento dos módulos (DDM)

Testes e validação final (TVF)

Conceito do processo (CDP)

Infraestrutura (IFE)

Planejamento e preparação da produção (PPP)

Conceito do sistema de produção (CSP)

Tecnologia e automação do processo (TAP)

Testes das instalações (TDI)

Conceito logístico (CLG)

Dimensionamento e alocação de recursos (DAR)

Pré série de produção (PSP)

Início da produção seriada (IPS)

Legenda:

não necessita necessita

protótipomacrofase de desenvolvimento do produto e do processo

Page 221: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

213

Tabela F3 – Macrofase da produção e melhoria contínua: fases em que o uso de

protótipos se faz necessário.

As tabelas F4, F5 e F6 mostram as atividades do PDP-Automotivo identificadas com

a necessidade ou não necessidade do uso de protótipos.

Estabilidade do processo (EDP)

Estabilidade da série (EDS)

Redução dos tempos de ciclo (RTC)

Redimensionamento e alocação de recursos (RAR)

Produção seriada (PRS)

Descontinuidade da série (DDS)

Revisão técnica (RVT)

Legenda:

não necessita necessita

protótipomacrofase de produção e melhoria contínua

Page 222: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

214

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pe

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11IV

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ovo

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isit

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pa

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ad

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ção

do

pro

du

to e

m p

rod

uçã

o.

14IV

dT

ran

sfo

rma

r a

s in

form

açõ

es

ad

vin

da

s d

o m

erc

ad

o c

on

sum

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r e

m n

ovo

s re

qu

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os

pa

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de

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ime

nto

de

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tos

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ros.

Leg

en

da

n

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A

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tiv

ida

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(*

): a

tiv

ida

de

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mp

lem

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s

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a

n

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l

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rotó

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ela

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Nec

essi

da

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uso

de

pro

tóti

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ord

o c

om

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tiv

idad

e

Page 223: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

215

15

VIa

Ob

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os

req

uis

ito

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ng

en

ha

ria

a p

art

ir d

os

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16

VIb

Ob

ter

os

req

uis

ito

s d

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en

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o o

bje

tivo

da

em

pre

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17

VIc

Tra

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orm

ar

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info

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s q

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bti

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s, e

m i

nfo

rma

çõe

s q

ua

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vas

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en

ge

nh

ari

a.

18

VId

Uti

liza

r n

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cno

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no

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jeto

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no

vo p

rod

uto

.P

CO

19

VIe

De

sen

volv

er

no

vas

tecn

olo

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s p

ara

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O

20

VII

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GE

21

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bP

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PG

E

22

VII

cP

roje

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virt

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nte

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tes

do

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tom

óve

l.P

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23

VII

IaP

roje

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e s

imu

lar

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ua

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do

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óve

l.P

FU

24

VII

IbP

roje

tar

e s

imu

lar

virt

ua

lme

nte

a p

lata

form

a d

o a

uto

vel.

PF

U

25

VII

IcP

roje

tar

e s

imu

lar

virt

ua

lme

nte

a c

arr

oce

ria

do

au

tom

óve

l.P

FU

26

VII

IdP

roje

tar

e s

imu

lar

virt

ua

lme

nte

o a

cab

am

en

to i

nte

rno

do

au

tom

óve

l.P

FU

27

VII

IeP

roje

tar

e s

imu

lar

virt

ua

lme

nte

o a

cab

am

en

to e

xte

rno

do

au

tom

óve

l.P

FU

28

VII

IfP

roje

tar

e s

imu

lar

virt

ua

lme

nte

o m

oto

r d

o a

uto

vel.

PF

U

29

VII

IgP

roje

tar

e s

imu

lar

virt

ua

lme

nte

a e

letr

ôn

ica

em

ba

rca

da

do

au

tom

óve

l.P

FU

30

VII

IhC

ria

r p

rotó

tip

os

virt

ua

is d

as

pa

rte

s/co

mp

on

en

tes

do

au

tom

óve

l.P

FU

31

VII

IiC

on

stru

ir p

rotó

tip

os

físi

cos

da

s p

art

es/

com

po

ne

nte

s d

o a

uto

vel.

PF

U

Leg

en

da

n

º: n

úm

ero

A

: a

tiv

ida

de

(*

): a

tiv

ida

de

s co

mp

lem

en

tare

s

o n

ece

ssit

a

n

ece

ssit

a

DD

C:

de

sen

volv

ime

nto

do

con

ceit

oD

DE

:d

ese

nvo

lvim

en

tod

oe

stil

oD

DM

:d

ese

nvo

lvim

en

tod

os

du

los

TV

F:te

ste

se

vali

da

ção

fin

al

CD

P:

con

ceit

o d

o p

roce

sso

IFE

:

infr

ae

stru

tura

PP

P:

pla

ne

jam

en

toe

pre

pa

raçã

od

ap

rod

uçã

oC

SP

:co

nce

ito

do

sist

em

ad

ep

rod

uçã

oT

AP

:te

cno

log

iae

au

tom

açã

od

op

roce

sso

TD

I: t

est

es

da

s in

sta

laçõ

es

CLG

: co

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ito

lo

gís

tico

DA

R:

dim

en

sio

na

me

nto

e a

loca

ção

do

s re

curs

os

PS

P:

pré

-sé

rie

de

pro

du

ção

IP

S:

iníc

io d

a p

rod

uçã

o s

eri

ad

a

PC

O:

pro

tóti

po

co

nce

itu

al

PG

E:

pro

tóti

po

ge

om

étr

ico

PFU

: p

rotó

tip

o f

un

cio

na

l

P

TE

: p

rotó

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o t

écn

ico

PFI

: p

rotó

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o f

ina

l

vir

tua

lfí

sico

pro

tóti

po

n°.

Ad

ese

nv

olv

ime

nto

do

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du

to e

do

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cess

o (

ati

vid

ad

es

pri

nci

pa

is)

ne

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ida

de

de

pro

tóti

po

DDCfase DDE DDM

Tab

ela

F5 –

Nec

essi

da

de

do

uso

de

pro

tóti

po

s d

e ac

ord

o c

om

a a

tiv

idad

e

(co

nti

nu

ação

)

Page 224: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

216

32IX

aR

ealiz

ar t

este

s da

s pa

rtes

/com

pone

nte

s do

aut

omóv

el, e

m s

eu e

stad

o fi

nal d

e de

sen

volv

imen

to.

PTE

33IX

bR

ealiz

ar v

alid

açõe

s da

s pa

rtes

/com

pone

nte

s do

aut

omóv

el, e

m s

eu e

stad

o fi

nal d

e de

sen

volv

imen

to.

PTE

34IX

cC

arac

teri

zar

o fi

nal d

o de

sen

volv

imen

to d

o pr

ojet

o do

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omóv

el, p

or m

eio

de u

m m

arco

no

proc

esso

de

dese

nvo

lvim

ento

.

35X

aPr

ojet

ar o

s pr

oces

sos

de f

abri

caçã

o do

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omóv

el s

imul

tane

amen

te a

o de

sen

volv

imen

to d

o pr

ojet

o do

aut

omóv

el.

PC

O

36X

bPr

ojet

ar e

dim

ensi

onar

máq

uina

s e

equi

pam

ento

s, in

clui

ndo

robô

s, p

ara

a es

tam

page

m d

as p

arte

s de

cha

pa d

o au

tom

óvel

.P

GE

37X

cPr

ojet

ar e

dim

ensi

onar

máq

uina

s e

equi

pam

ento

s, in

clui

ndo

robô

s, p

ara

a co

nstr

ução

da

carr

ocer

ia d

o au

tom

óvel

.P

GE

38X

dPr

ojet

ar e

dim

ensi

onar

máq

uina

s e

equi

pam

ento

s, in

clui

ndo

robô

s, p

ara

pint

ura

da c

arro

ceri

a do

aut

omóv

el.

PG

E

39X

ePr

ojet

ar e

dim

ensi

onar

máq

uina

s e

equi

pam

ento

s, in

clui

ndo

robô

s, p

ara

mon

tage

m f

inal

do

auto

móv

el.

PG

E

40X

fPr

ojet

ar e

dim

ensi

onar

as

área

s do

pro

cess

o, in

clui

ndo

a cr

iaçã

o de

layo

uts,

par

a os

pro

cess

os d

e fa

bric

ação

do

auto

móv

el.

PG

E

41X

gPr

ojet

are

dim

ensi

onar

osre

curs

osne

cess

ário

spa

raa

man

uten

ção

das

máq

uina

se

oseq

uipa

men

tos

defa

bric

ação

do

auto

móv

el.

Cal

cula

r e

dete

rmin

ar c

onsu

mo

de m

ater

iais

não

pro

duti

vos

(*).

42X

IaPl

anej

ar e

impl

emen

tar/

adeq

uar

a in

frae

stru

tura

civ

il da

em

pres

a.

43X

IbPl

anej

ar e

impl

emen

tar/

adeq

uar

a in

frae

stru

tura

elé

tric

a da

em

pres

a.

44X

IcPl

anej

ar e

impl

emen

tar/

adeq

uar

a in

frae

stru

tura

mec

ânic

a da

em

pres

a.

45X

IdPl

anej

ar e

impl

emen

tar

polít

icas

am

bien

tais

esp

ecíf

icas

par

a ca

da p

roce

sso

de f

abri

caçã

o.

Lege

nd

a

nº:

mer

o

A: a

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dad

e

(*):

ati

vid

ades

co

mp

lem

enta

res

não

nec

essi

ta

nece

ssit

a

DD

C:de

sen

volv

imen

todo

conc

eito

DD

E:de

sen

volv

imen

todo

esti

loD

DM

:de

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volv

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todo

sm

ódul

osTV

F:te

stes

eva

lidaç

ãofi

nal

CDP

:co

ncei

to d

o pr

oces

so

IFE

:

infr

aest

rutu

raP

PP

:pl

anej

amen

toe

prep

araç

ãoda

prod

ução

CSP

:co

ncei

todo

sist

ema

depr

oduç

ãoTA

P:

tecn

olog

iae

auto

maç

ãodo

proc

esso

TDI:

test

es d

as in

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açõe

s

CLG

: con

ceit

o lo

gíst

ico

D

AR

: di

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sion

amen

to e

alo

caçã

o do

s re

curs

os

PSP

: pr

é-sé

rie

de p

rodu

ção

I

PS:

iní

cio

da p

rodu

ção

seri

ada

PCO

: pro

tóti

po c

once

itua

l

PG

E: p

rotó

tipo

geo

mét

rico

PFU

: pro

tóti

po f

unci

onal

PTE

: pr

otót

ipo

técn

ico

P

FI:

prot

ótip

o fi

nal

virt

ual

físi

cop

rotó

tip

on

°.A

des

envo

lvim

ento

do

pro

du

to e

do

pro

cess

o (

ativ

idad

es p

rin

cip

ais)

ne

cess

idad

e

de

pro

tóti

po

fase TVF CDP IFE

(co

nti

nu

ação

)

Page 225: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

217

46X

IePl

anej

ar e

impl

emen

tar

polít

icas

am

bien

tais

glo

bais

na

empr

esa.

47X

IIa

Rea

lizar

/exe

cuta

ra

sim

ulaç

ãoda

sin

stal

açõe

se

máq

uina

sdo

spo

stos

detr

abal

hout

iliza

ndo

mat

eria

isim

prov

isad

os,

ou

utili

zand

o ou

tros

mei

os d

ispo

níve

is n

a em

pres

a.

48X

IIb

Rea

lizar

/exe

cuta

r um

a id

ealiz

ação

fís

ica

dos

post

os d

e tr

abal

ho, p

ara

sim

ulaç

ão d

as o

pera

ções

de

prod

ução

.P

GE

49X

IIc

Ver

ific

arfi

sica

men

teos

post

osde

trab

alho

,m

esm

oan

tes

daco

nclu

são

das

inst

alaç

ões,

para

veri

fica

ras

futu

ras

cond

içõe

sde

trab

alho

dos

ope

rado

res.

50X

IId

Rea

lizar

uma

veri

fica

ção

físi

ca,

ante

sda

sin

stal

açõe

sfi

nais

das

máq

uina

se

equi

pam

ento

sdo

spr

oces

sos

defa

bric

ação

,pa

ra

asse

gura

r qu

e os

pro

jeto

s do

s po

stos

de

trab

alho

ate

nde

m a

s ne

cess

idad

es d

os o

pera

dore

s.

51X

IIIa

Des

envo

lver

os

prin

cípi

os n

eces

sári

os p

ara

a co

nduç

ão d

as a

tivi

dade

s de

pro

duçã

o do

aut

omóv

el.

52X

IIIb

Des

envo

lver

proc

edim

ento

spa

rade

term

inar

epa

dron

izar

osm

étod

ose

form

asde

exec

ução

das

ativ

idad

esde

prod

ução

do

auto

móv

el.

53X

IIIc

Des

envo

lver

e d

eter

min

ar o

s si

stem

as d

e co

ntro

le e

de

gere

nci

amen

to v

isua

l da

s ár

eas

de p

rodu

ção.

54X

IIId

Det

erm

inar

ees

tabe

lece

rco

ntra

med

idas

para

iden

tifi

car

era

stre

arde

feit

osqu

epo

ssam

ser

gera

dos

dura

nte

apr

oduç

ãodo

auto

móv

el.

55X

IVa

Con

solid

ar o

s co

ncei

tos

esta

bele

cido

s pa

ra o

s pr

oces

sos

de f

abri

caçã

o do

aut

omóv

el.

56X

IVb

Sim

ular

vir

tual

men

tde

os p

roce

ssos

de

fabr

icaç

ão d

o au

tom

óvel

.P

FU

57X

IVc

Sim

ular

fis

icam

ente

os

proc

esso

s de

fab

rica

ção

do a

utom

óvel

.P

FU

58X

IVd

Con

clui

r as

inst

alaç

ões

físi

cas

nece

ssár

ias

para

a p

rodu

ção

do a

utom

óvel

.

Lege

nd

a

nº:

mer

o

A: a

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dad

e

(*):

ati

vid

ades

co

mp

lem

enta

res

não

nec

essi

ta

ne

cess

ita

DD

C:de

sen

volv

imen

todo

conc

eito

DD

E:de

sen

volv

imen

todo

esti

loD

DM

:de

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volv

imen

todo

sm

ódul

osTV

F:te

stes

eva

lidaç

ãofi

nal

CDP

:co

ncei

to d

o pr

oces

so

IFE

:

infr

aest

rutu

raP

PP

:pl

anej

amen

toe

prep

araç

ãoda

prod

ução

CSP

:co

ncei

todo

sist

ema

depr

oduç

ãoTA

P:

tecn

olog

iae

auto

maç

ãodo

proc

esso

TDI:

test

es d

as in

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açõe

s

CLG

: con

ceit

o lo

gíst

ico

D

AR

: di

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sion

amen

to e

alo

caçã

o do

s re

curs

os

PSP

: pr

é-sé

rie

de p

rodu

ção

I

PS:

iní

cio

da p

rodu

ção

seri

ada

PCO

: pro

tóti

po c

once

itua

l

PG

E: p

rotó

tipo

geo

mét

rico

PFU

: pro

tóti

po f

unci

onal

PTE

: pr

otót

ipo

técn

ico

P

FI:

prot

ótip

o fi

nal

CSP TAP

virt

ual

físi

cop

rotó

tip

o

PPP

n°.

Ad

esen

volv

imen

to d

o p

rod

uto

e d

o p

roce

sso

(at

ivid

ades

pri

nci

pai

s)n

ece

ssid

ade

de

pro

tóti

po

fase IFE

(co

nti

nu

ação

)

Page 226: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

218

59X

IVe

Aut

omat

izar

os

proc

esso

s de

fab

rica

ção

do a

utom

óvel

.

60X

Va

Test

ar o

s eq

uipa

men

tos

e de

mai

s m

eios

par

a a

prod

ução

do

auto

móv

el.

61X

Vb

Prod

uzir

peq

uen

os lo

tes

de s

ubco

njun

tos

do a

utom

óvel

, par

a te

star

os

post

os m

anua

is d

e fa

bric

ação

.P

FI

62X

Vc

Prod

uzir

peq

uen

os lo

tes

de s

ubco

njun

tos

do a

utom

óvel

, par

a te

star

os

post

os a

utom

átic

os d

e fa

bric

ação

.P

FI

63X

Vd

Prod

uzir

aut

omóv

eis

com

plet

os p

ara

test

ar o

s pr

oces

sos

de f

abri

caçã

o do

aut

omóv

el.

64X

Ve

Trei

nar

oper

ador

es d

uran

te a

rea

lizaç

ão d

os t

este

s do

s pr

oces

sos

de f

abri

caçã

o do

aut

omóv

el.

65X

Vf

Pred

eter

min

ar o

s in

dica

dore

s e

met

as, d

uran

te o

tes

te d

os p

roce

ssos

de

fabr

icaç

ão d

o au

tom

óvel

.

66X

Vg

Car

acte

riza

ro

fina

ldo

ste

stes

dos

proc

esso

sde

fabr

icaç

ãodo

auto

móv

el,

por

mei

ode

umm

arco

nopr

oces

sode

dese

nvo

lvim

ento

.

67X

VIa

Det

erm

inar

os

sist

emas

de

rece

bim

ento

, arm

azen

agem

e d

e di

stri

buiç

ão d

os m

ater

iais

na

empr

esa.

68X

VIb

Det

erm

inar

aqu

anti

dade

dem

ãode

obra

nece

ssár

iapa

raos

sist

emas

dere

ceb

imen

to,

arm

azen

agem

ede

dist

ribu

ição

dos

mat

eria

is n

a em

pres

a.

69X

VIc

Dim

ensi

onar

área

spa

ra:

mov

imen

tar

mat

eria

is,

auto

móv

eis

fabr

icad

os,

ede

mai

sin

sum

osne

cess

ário

spa

raa

prod

ução

do

auto

móv

el.

70X

VId

Det

erm

inar

o d

esen

volv

imen

to d

e um

par

que

de f

orne

ced

ores

de

peça

s.

Lege

nd

a

nº:

mer

o

A: a

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dad

e

(*):

ati

vid

ades

co

mp

lem

enta

res

não

nec

essi

ta

ne

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ita

DD

C:de

sen

volv

imen

todo

conc

eito

DD

E:de

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volv

imen

todo

esti

loD

DM

:de

sen

volv

imen

todo

sm

ódul

osTV

F:te

stes

eva

lidaç

ãofi

nal

CDP

:co

ncei

to d

o pr

oces

so

IFE

:

infr

aest

rutu

raP

PP

:pl

anej

amen

toe

prep

araç

ãoda

prod

ução

CSP

:co

ncei

todo

sist

ema

depr

oduç

ãoTA

P:

tecn

olog

iae

auto

maç

ãodo

proc

esso

TDI:

test

es d

as in

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açõe

s

CLG

: con

ceit

o lo

gíst

ico

D

AR

: di

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sion

amen

to e

alo

caçã

o do

s re

curs

os

PSP

: pr

é-sé

rie

de p

rodu

ção

I

PS:

iní

cio

da p

rodu

ção

seri

ada

PCO

: pro

tóti

po c

once

itua

l

PG

E: p

rotó

tipo

geo

mét

rico

PFU

: pro

tóti

po f

unci

onal

PTE

: pr

otót

ipo

técn

ico

P

FI:

prot

ótip

o fi

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TAP TDI CLG

virt

ual

físi

cop

rotó

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on

°.A

des

envo

lvim

ento

do

pro

du

to e

do

pro

cess

o (

ativ

idad

es p

rin

cip

ais)

ne

cess

idad

e

de

pro

tóti

po

fase

(co

nti

nu

ação

)

Page 227: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

219

71X

VII

aC

alcu

lar

e de

term

inar

a q

uant

idad

e ad

equa

da d

e m

ão d

e ob

ra n

eces

sári

a pa

ra r

ealiz

ar a

s op

eraç

ões

de f

abri

caçã

o do

aut

omóv

el.

72X

VII

bC

alcu

lar

ede

term

inar

aqu

anti

dade

adeq

uada

dem

ãode

obra

nece

ssár

iapa

rare

aliz

aras

oper

açõe

sde

man

uten

ção

dos

equi

pam

ento

s e

inst

alaç

ões

dos

proc

esso

s de

fab

rica

ção

do a

utom

óvel

.

73X

VII

cC

alcu

lar

ede

term

inar

aqu

anti

dade

adeq

uada

dem

ãode

obra

nece

ssár

iapa

rare

aliz

aras

oper

açõe

sde

mon

itor

amen

toda

qual

idad

e do

pro

duto

.

74X

VII

dPl

anej

ar e

dim

ensi

onar

a m

ão d

e ob

ra n

eces

sári

a pa

ra p

rote

ção

do p

atri

môn

io d

a em

pres

a.

75X

VII

ePl

anej

ar e

dim

ensi

onar

a m

ão d

e ob

ra n

eces

sári

a pa

ra b

riga

da d

e in

cên

dio

da e

mpr

esa.

76X

VII

fPl

anej

ar e

tre

inar

tod

a a

mão

de

obra

en

volv

ida

com

o p

roce

sso

de f

abri

caçã

o do

aut

omóv

el.

77X

VII

gPl

anej

ar e

tre

inar

tod

a a

mão

de

obra

que

não

est

á di

reta

men

te e

nvo

lvid

a co

m o

pro

cess

o de

fab

rica

ção

do a

utom

óvel

.

78X

VII

IaPr

oduz

ir u

m p

eque

no

lote

de

auto

móv

eis

para

val

idaç

ão f

inal

das

inst

alaç

ões

dos

proc

esso

s de

fab

rica

ção

do a

utom

óvel

.P

FI

Ho

mol

ogar

o p

rodu

to (

veíc

ulo)

junt

o ao

gov

erno

(*)

.

79X

IXa

Car

acte

riza

r o

iníc

io d

a pr

oduç

ão s

eria

da d

e au

tom

óvei

s, p

or m

eio

de u

m m

arco

no

proc

esso

de

dese

nvo

lvim

ento

.

80X

IXb

Prog

ram

ar u

m a

umen

to g

radu

al d

as q

uant

idad

es d

e au

tom

óvei

s a

sere

m p

rodu

zida

s.

Lege

nd

a

nº:

mer

o

A: a

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dad

e

(*):

ati

vid

ades

co

mp

lem

enta

res

não

nec

essi

ta

ne

cess

ita

DD

C:de

sen

volv

imen

todo

conc

eito

DD

E:de

sen

volv

imen

todo

esti

loD

DM

:de

sen

volv

imen

todo

sm

ódul

osTV

F:te

stes

eva

lidaç

ãofi

nal

CDP

:co

ncei

to d

o pr

oces

so

IFE

:

infr

aest

rutu

raP

PP

:pl

anej

amen

toe

prep

araç

ãoda

prod

ução

CSP

:co

ncei

todo

sist

ema

depr

oduç

ãoTA

P:

tecn

olog

iae

auto

maç

ãodo

proc

esso

TDI:

tes

tes

das

inst

alaç

ões

CLG

: con

ceit

o lo

gíst

ico

D

AR

: di

men

sion

amen

to e

alo

caçã

o do

s re

curs

os

PSP

: pr

é-sé

rie

de p

rodu

ção

I

PS:

iní

cio

da p

rodu

ção

seri

ada

PCO

: pro

tóti

po c

once

itua

l

PG

E: p

rotó

tipo

geo

mét

rico

PFU

: pro

tóti

po f

unci

onal

PTE

: pr

otót

ipo

técn

ico

P

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prot

ótip

o fi

nal

IPSDAR PSP

virt

ual

físi

cop

rotó

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on

°.A

des

envo

lvim

ento

do

pro

du

to e

do

pro

cess

o (

ativ

idad

es p

rin

cip

ais)

ne

cess

idad

e

de

pro

tóti

po

fase

(co

ncl

usã

o)

Page 228: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

220

81X

XIa

Ver

ific

ar a

est

abili

dade

dos

pro

cess

os d

e fa

bric

ação

.

82X

XIb

Rea

lizar

um

com

para

tivo

en

tre

os r

equi

sito

s do

pro

jeto

e o

s au

tom

óvei

s em

pro

duçã

o.

83X

XIc

Iden

tifi

car

opor

tuni

dade

s de

oti

miz

ação

e c

omun

izaç

ão d

as o

pera

ções

man

uais

dos

pro

cess

os d

e fa

bric

ação

do

auto

móv

el.

PTE

84X

XId

Iden

tifi

car

opor

tuni

dade

s de

oti

miz

ação

e c

omun

izaç

ão d

as o

pera

ções

aut

omát

icas

dos

pro

cess

os d

e fa

bric

ação

do

auto

móv

el.

PTE

85X

XIe

Det

erm

inar

um

pla

no d

e m

anut

ençã

o pa

ra a

s m

áqui

nas

e ou

tros

eq

uipa

men

tos

utili

zado

s na

fab

rica

ção

do a

utom

óvel

.

86X

XII

aC

ompr

ovar

a r

epet

ibili

dade

dim

ensi

onal

do

auto

móv

el, c

onfo

rme

tole

rânc

ias

dete

rmin

adas

no

proj

eto

do p

rodu

to.

87X

XII

bV

erif

icar

a r

epet

ibili

dade

dim

ensi

onal

do

prod

uto.

88X

XII

IaId

enti

fica

r re

stri

ções

(ga

rgal

os)

nos

proc

esso

s au

tom

átic

os d

e fa

bric

ação

.

89X

XII

IbPr

opor

e im

plem

enta

r m

elho

rias

par

a ot

imiz

ar o

s pr

oces

sos

auto

mát

icos

de

fabr

icaç

ão.

PFI

90X

XIV

aV

erif

icar

a p

ráti

ca/h

abili

dade

des

envo

lvid

a pe

los

oper

ador

es a

pós

o in

ício

da

prod

ução

ser

iada

.

91X

XIV

bO

tim

izar

a m

ão d

e ob

ra d

ispo

níve

l em

fun

ção

da h

abili

dade

dos

ope

rado

res.

92X

XIV

cC

omun

izar

ati

vida

des

orig

inal

men

te r

ealiz

adas

em

dif

eren

tes

post

os d

e tr

abal

ho.

93X

XV

aC

arac

teri

zar

a pr

oduç

ão s

eria

da d

e au

tom

óvei

s, p

or m

eio

de u

m m

arco

no

proc

esso

de

dese

nvo

lvim

ento

.

94X

XV

bA

utor

izar

a p

rodu

ção

seri

ada

(pro

duçã

o em

mas

sa)

de a

utom

óvei

s.

95X

XV

cPr

oduz

ir a

utom

óvei

s de

aco

rdo

com

as

vari

açõe

s de

aum

ento

ou

qued

a da

s ve

nda

s no

mer

cado

.

Lege

nd

a

nº:

mer

o

A: a

tivi

dad

e

(*):

ati

vid

ades

co

mp

lem

enta

res

não

nec

essi

ta

nece

ssit

a

EDP

: es

tabi

lidad

e do

pro

cess

o

ED

S: e

stab

ilida

de d

a sé

rie

R

TC:

red

ução

dos

tem

pos

de c

iclo

RA

R:

red

imen

sion

amen

to e

alo

caçã

o do

s re

curs

os

PR

S: p

rodu

ção

seri

ada

D

DS:

des

cont

inui

dade

da

séri

e

RV

T: r

evis

ão t

écni

ca

M

TC:

mar

co t

écni

co

M

GR

: mar

co g

eren

cial

PCO

: pr

otót

ipo

conc

eitu

al

P

GE

: pro

tóti

po g

eom

étri

co

P

FU: p

rotó

tipo

fun

cion

al

P

TE:

prot

ótip

o té

cnic

o

PFI

: pro

tóti

po f

inal

EDS RTC RAR PRS

virt

ual

físi

cop

rotó

tip

o

EDP

n°.

Ap

rod

uçã

o e

mel

ho

ria

con

tín

ua

(ati

vid

ades

pri

nci

pai

s)n

ece

ssid

ade

de

pro

tóti

po

fase

s

Tab

ela

F6 –

Nec

essi

da

de

do

uso

de

pro

tóti

po

s d

e ac

ord

o c

om

a a

tiv

idad

e

(co

nti

nu

ação

)

Page 229: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

221

96X

XV

IaD

esco

ntin

uar

a pr

oduç

ão s

eria

da d

e au

tom

óvei

s.

97X

XV

IbD

eter

min

ar o

tem

po n

eces

sári

o pa

ra f

inal

izar

a p

rodu

ção

seri

ada

de a

utom

óvei

s.

98X

XV

IIa

Con

solid

ar a

s in

form

açõe

s ge

rada

s du

rant

e o

perí

odo

de p

rodu

ção

do a

utom

óvel

.

99X

XV

IIb

Rea

lizar

prá

tica

s co

mo

liçõe

s ap

ren

dida

s, c

om b

ase

nas

info

rmaç

ões

gera

das

dura

nte

o pe

ríod

o de

pro

duçã

o do

aut

omóv

el.

100

XX

VII

cA

valia

r in

stal

açõe

s e

máq

uina

s do

s pr

oces

sos

de f

abri

caçã

o, p

ara

iden

tifi

car

a ne

cess

idad

e ou

não

de

com

pra/

adeq

uaçã

o da

s

inst

alaç

ões,

par

a a

prod

ução

de

novo

s m

odel

os d

e au

tom

óvei

s.

101

XX

VII

dC

olet

ar in

form

açõe

s co

m o

s op

erad

ores

que

tra

balh

am d

iret

amen

te n

a pr

oduç

ão d

o au

tom

óvel

, par

a or

ien

taçã

o ao

s fu

turo

s

proc

esso

s de

des

envo

lvim

ento

de

prod

utos

.

102

XX

VII

eC

riar

um

a do

cum

enta

ção

a pa

rtir

das

info

rmaç

ões

obti

das

dura

nte

o pe

ríod

o de

pro

duçã

o do

aut

omóv

el.

103

XX

VII

IaEx

ecut

ar d

ecis

ões

técn

icas

em

mom

ento

s co

nhec

idos

e p

ré d

eter

min

ados

, dur

ante

pro

cess

o de

des

envo

lvim

ento

de

prod

utos

da

empr

esa

em q

ue v

ocê

trab

alha

.

104

XX

VII

IbC

onge

lar

e nã

o al

tera

r os

res

ulta

dos

dete

rmin

ados

nas

dec

isõe

s té

cnic

as.

105

XX

IXa

Exec

utar

dec

isõe

s es

trat

égic

as e

m m

omen

tos

conh

ecid

os e

pré

det

erm

inad

os, d

uran

te p

roce

sso

de d

esen

volv

imen

to d

e pr

odut

os

da e

mpr

esa

em q

ue v

ocê

trab

alha

.

106

XX

IXb

Con

gela

r e

não

alte

rar

os r

esul

tado

s de

term

inad

os n

as d

ecis

ões

estr

atég

icas

.

Lege

nd

a

nº:

mer

o

A: a

tivi

dad

e

(*):

ati

vid

ades

co

mp

lem

enta

res

não

nec

essi

ta

nece

ssit

a

EDP

: es

tabi

lidad

e do

pro

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o

ED

S: e

stab

ilida

de d

a sé

rie

R

TC:

red

ução

dos

tem

pos

de c

iclo

RA

R:

red

imen

sion

amen

to e

alo

caçã

o do

s re

curs

os

PR

S: p

rodu

ção

seri

ada

D

DS:

des

cont

inui

dade

da

séri

e

RV

T: r

evis

ão t

écni

ca

M

TC:

mar

co t

écni

co

M

GR

: mar

co g

eren

cial

PCO

: pr

otót

ipo

conc

eitu

al

P

GE

: pro

tóti

po g

eom

étri

co

P

FU: p

rotó

tipo

fun

cion

al

P

TE:

prot

ótip

o té

cnic

o

PFI

: pro

tóti

po f

inal

MTC MGRDDS RVT

virt

ual

físi

cop

rotó

tip

on

°.A

pro

du

ção

e m

elh

ori

a co

ntí

nu

a (a

tivi

dad

es p

rin

cip

ais)

ne

cess

idad

e

de

pro

tóti

po

fase

s

(co

ncl

usã

o)

Page 230: MODELO DE REFERÊNCIA PARA O PROCESSO DE … · PDP-Automotivo foi validado por meio de uma pesquisa de campo envolvendo ... Figura 2.6 Visão geral do modelo de referência do PDP

222

APÊNDICE G Modelo de questionário utilizado na pesquisa de validação das

diretrizes