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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO OESTE - CPAO RELATÓRIO PARCIAL DE AUXÍLIO Á PESQUISA Projeto Agrisus No: 769/2011 Título: PRODUTIVIDADE DE SOJA EM SUCESSÃO DE CULTURAS Coordenador: Gessí Ceccon Instituição: Embrapa Agropecuária Oeste Endereço: BR 163, km 253,6 Caixa postal 661 CEP: 79.804-970, Cidade: Dourados, MS Fone: (67) 3416 9745, Fax: (67) 3416 9721 Cel.: (67) 8139 5039 e-mail: [email protected] Local da Pesquisa: Dourados, MS, 28 de junho de 2012 Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 25.000,00 Vigência do Projeto: 04/01/11 a 24/05/2013.

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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA

CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO OESTE - CPAO

RELATÓRIO PARCIAL DE AUXÍLIO Á PESQUISA

Projeto Agrisus No: 769/2011

Título: PRODUTIVIDADE DE SOJA EM SUCESSÃO DE CULTURAS

Coordenador: Gessí Ceccon

Instituição: Embrapa Agropecuária Oeste

Endereço: BR 163, km 253,6 Caixa postal 661

CEP: 79.804-970, Cidade: Dourados, MS

Fone: (67) 3416 9745, Fax: (67) 3416 9721 Cel.: (67) 8139 5039

e-mail: [email protected]

Local da Pesquisa: Dourados, MS, 28 de junho de 2012

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 25.000,00

Vigência do Projeto: 04/01/11 a 24/05/2013.

2

SUMÁRIO página

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3

2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 3

3 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................... 3

4 METODOLOGIA ............................................................................................................. 5

4.1 Local, metodologia de trabalho ................................................................................ 5

4.2 Implantação das culturas de outono-inverno ............................................................ 5

4.3 Avaliações nas culturas de outono-inverno ............................................................... 6

4.4 Presença animal na braquiária e no consórcio ......................................................... 6

4.5 Plantas infestantes ................................................................................................... 7

4.6 Avaliação dos resíduos vegetais ............................................................................... 7

4.7 Implantação da Soja ................................................................................................. 7

4.8 Avaliações na soja .................................................................................................... 7

4.9 Avaliações no solo .................................................................................................... 7

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 8

5.1 Outono-inverno ......................................................................................................... 8

5.1.1 Milho safrinha ..................................................................................................... 8

5.1.2 Presença animal ............................................................................................... 10

5.1.3 Plantas infestantes ........................................................................................... 11

5.1.4 Resíduos vegetais ............................................................................................ 13

5.2 Soja Safra 2011/12 ................................................................................................. 14

5.3 Água no Solo .......................................................................................................... 17

5.4 Resistência do solo à penetração ........................................................................... 19

6 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 22

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 22

8 PUBLICAÇÕES CONTENDO APOIO DA FUNDAÇÃO AGRISUS ............................... 25

3

1 INTRODUÇÃO

A agricultura e a pecuária são as duas principais atividades econômicas da

região Centro-Oeste, porém, na maioria dos casos são desenvolvidas separadamente.

Na pecuária predomina a criação extensiva de animais de corte e na agricultura

predomina a soja no verão e o milho no outono-inverno, ambos com baixos índices de

desempenho.

O consórcio de milho safrinha com espécies forrageiras é importante alternativa

para aumentar o aporte de resíduos na superfície do solo e proporcionar maior retorno

econômico na sucessão soja-milho safrinha, sem reduções significativas no rendimento

de grãos do milho. Essa modalidade de consórcio tem sido adotada por agricultores

interessados em produzir palha para melhorar as condições de cultivo em plantio direto.

O Feijão caupi é importante espécie nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Encontra-se em franca expansão na região Centro-Oeste, que pela rusticidade e

comportamento de adubo verde pode se confirmar como opção de cultivo em Mato

Grosso do Sul.

Desta forma, a avaliação do desempenho da cultura da soja na sucessão de

culturas proporciona a criação de informações técnicas que servem de auxílio ao

produtor rural sobre as melhores técnicas para incrementos no desempenho produtivo e

financeiro de sua propriedade garantindo a sobrevivência numa atividade tão competitiva

como a produção agropecuária.

2 OBJETIVOS

Avaliar o desempenho da soja em sucessão de cultivo com milho, Brachiaria

ruziziensis, milho consorciado com B. ruziziensis e Feijão caupi no outono-inverno.

Avaliar propriedades físicas e químicas do solo em sistemas de cultivo com

aplicação de calcário na superfície.

Realizar análise econômica dos diferentes sistemas de cultivo.

3 REVISÃO DA LITERATURA

O crescimento anual da população mundial está estimado em 80 milhões de

pessoas, o que aumenta a demanda por alimentos em curto prazo. Em função disto, a

necessidade de intensificação da produção agrícola tem que ser uma realidade. Por isso,

torna-se fundamental manejar adequadamente áreas que estão sofrendo problemas de

degradação (LOPES et al., 1999 citado por ZANINE et al., 2006).

Sabe-se que a agricultura e a pecuária são as duas principais atividades

econômicas da região Centro-Oeste, porém, na maioria dos casos são desenvolvidas

4

separadamente. Na pecuária há predomínio na criação extensiva de animais de corte e

enquanto na agricultura o cultivo da soja no verão e o milho no outono-inverno são os

mais comuns, ambos com baixos índices de desempenho em virtude da sucessão de

culturas.

Diversas pesquisas indicam que a implantação do sistema de integração

Lavoura Pecuária (ILP) tem se tornado uma alternativa de aumento de produtividade

para a agricultura e pecuária ao mesmo tempo em que ajuda a recuperação de áreas

degradadas.

As áreas de pecuária herdam como benefícios a facilidade e redução de custos

na recuperação da pastagem, entre outros diversos benefícios (KICHEL; MIRANDA;

ZIMMER, 1999 e MELLO et al., 2004). Já a agricultura tem como principal benefício a

produção de palha para cobertura do solo. Nesse sistema, apenas parte da forragem é

consumida pelos animais, sobrando um excedente para a cobertura do solo. Estes

resíduos permitem recuperar os teores de matéria orgânica do solo próximo ao original

(JANTALIA et al., 2006).

Além da matéria orgânica, os resíduos vegetais são indispensáveis para

aumentar o tamanho e a estabilidade dos agregados, favorecendo o controle da erosão

(SALTON et al., 2005). Outro aspecto importante dos resíduos da pastagem é o controle

de plantas daninhas. Cobucci et al. (1999) observaram considerável redução de

Euphorbia heterophylla, Amaranthus hybridus e Digitaria horizontalis em área de feijão

cultivado em sucessão ao consórcio de soja e braquiária.

O consórcio de milho safrinha com espécies forrageiras é uma importante

alternativa para manter o rendimento de grãos de milho, sem reduções significativas

(CECCON, 2008), aumentar o aporte de resíduos na superfície do solo e proporcionar

maior retorno econômico na sucessão soja-milho safrinha (CECCON, 2007). Essa

modalidade de consórcio tem sido adotada, principalmente por agricultores interessados

em produzir palha em sistema plantio direto (COCAMAR, 2008).

O Feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é importante espécie nas regiões

Norte e Nordeste do Brasil, pela sua importância na alimentação básica da população

dessas regiões. É uma espécie que fixa nitrogênio da atmosfera, possui crescimento

rápido, possibilitando boa cobertura do solo, e melhorias na fertilidade do solo (FREIRE

FILHO et al., 2005), encontra-se em franca expansão na região Centro-Oeste, e pela

rusticidade, ciclo curto, comportamento de adubo verde, pode se constituir em importante

espécie para cultivo no outono-inverno em Mato Grosso do Sul, com genótipos

adaptados para a região (CECCON et al., 2009a).

A adoção de um sistema produção acontecerá quando ele apresentar maior

retorno econômico ao agricultor. Fernandez (1992) realizou análise física e econômica de

5

sete sistemas de rotações de culturas-pastagens com diferentes intensidades de uso

agrícola-pecuário. Cardoso et al. (1992) avaliaram técnica e economicamente o efeito

residual da adubação verde em sistemas de cultivo e Ceccon (2007) avaliou a viabilidade

econômica de consórcio na sucessão soja-milho safrinha. Canziani e Guimarães (2007)

observaram pequena diferença na lucratividade média das culturas de inverno,

pastagem, trigo e milho, porém com maior estabilidade produtiva quando associadas à

lavoura e pecuária.

Com isso, avaliações agroeconômicas regionalizadas de sistemas de produção

contribuem mais para o desenvolvimento da agricultura, economia, ciência e tecnologia,

sendo pertinente comparar o desempenho das principais culturas em uso na região para

compor sistemas de produção.

4 METODOLOGIA

4.1 Local, metodologia de trabalho

O experimento está sendo realizado na área experimental da Embrapa

Agropecuária Oeste, em Dourados, MS, localizada nas coordenadas 22°13' S e 54°48' W

a 400 m de altitude, em solo Latossolo Vermelho Distroférrico, textura argilosa.

O delineamento experimental é em blocos ao acaso com quatro repetições em

parcelas de 10 x 50 m. A soja foi cultivada no verão, após os tratamentos de outono-

inverno: 1) milho solteiro, 2) milho consorciado com B. ruziziensis, 3) B. ruziziensis

solteira e 4) Feijão caupi.

4.2 Implantação das culturas de outono-inverno

As espécies foram implantadas mecanicamente, no dia 09 de março de 2011.

Utilizou-se os híbridos BRS 1010, BRS 3035 e AG 9010, semeado em linhas espaçadas

de 0,90 m, com população de 45 mil plantas por hectare, tanto no tratamento solteiro

quanto em consórcio. A B. ruziziensis, no tratamento consórcio foi semeada nas linhas

intercalares às linhas do milho, com população de 20 plantas m-2, e no tratamento

solteiro em linhas de 0,45 m com população de 40 plantas m-2. No tratamento Feijão

caupi utilizou-se a cultivar BRS Guariba, em linhas de 0,5 m, com população de 20

plantas m-2.

A adubação e tratos culturais serão realizados de acordo com análise de solo e

com as recomendações técnicas de cada cultura.

O regime pluviométrico e a temperatura máxima e mínima foram obtidos na

estação meteorológica automática da Embrapa Agropecuária Oeste, localizada a

aproximadamente 400 m do experimento, estando representados na Figura 1.

6

0

50

100

150

200

250

mar

/11

abr/11

mai/11

jun/11

jul/1

1

ago/11

set/1

1

out/1

1

nov/11

dez/11

jan/12

fev/12

Pre

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)

0

5

10

15

20

25

30

35

Te

mp

era

tura

(ºC

)

Precipitação TMAX TMIN

Figura 1. Precipitação pluviométrica, mensal, e temperaturas máximas e mínimas médias no período de março de 2011 a fevereiro de 2012.

4.3 Avaliações nas culturas de outono-inverno

Na maturação das culturas avaliou-se o rendimento de massa seca das plantas,

altura de plantas, de inserção de espigas, índice de clorofila nas folhas, rendimento de

grãos e umidade de colheita do milho e rendimento de grãos de Feijão caupi, em duas

linhas de 5,0 m, para incluir no cálculo da produção de grãos e de resíduos vegetais, que

serão utilizados para análise econômica das sucessões de cultivo. A massa verde foi

seca em estufa de circulação forçada de ar a 6 ºC por 72 horas para determinação da

massa seca.

4.4 Presença animal na braquiária e no consórcio

Quando as plantas de B. ruziziensis solteira atingiram 0,5 - 0,6 m de altura foram

colocados dois animais, de aproximadamente 130 kg, mantidos durante 5 a 7 dias em

cada parcela e rotacionando nas quatro repetições, de acordo com a capacidade de

suporte da pastagem. No consórcio os animais foram colocados a pastejar após a

colheita do milho, apenas uma vez, pela baixa disponibilidade de ferragem, com a

mesma lotação, para retirar parte dos resíduos de milho e de braquiária. Registrou-se a

data, o peso de forragem e de animal na entrada e saída da área, com o objetivo de

utilizar os valores no cálculo de ganho de peso animal e na análise das sucessões de

culturas.

7

4.5 Plantas infestantes

Após a colheita das espécies de outono-inverno e durante o período inicial da

soja foi realizada a identificação das principais espécies de plantas infestantes.

4.6 Avaliação dos resíduos vegetais

Durante a colheita do milho foi avaliada a produtividade de massa das espécies,

e antes da semeadura da soja foi realizada a coleta dos resíduos totais na superfície do

solo, incluindo a massa das plantas cultivadas e infestantes.

Foram anotados todos os itens que podem influenciar na análise econômica

para realizá-la de acordo com Richetti e Ceccon (2010), com adaptações, na

comparação entre os sistemas de cultivo.

4.7 Implantação da Soja

No final de outubro realizou-se a dessecação das plantas remanescentes,

utilizando herbicida glyphosate na dose de 1,08 kg ha-1 de equivalente ácido.

Semeou-se 7 cultivares de soja (BRS 284; BMX Turbo RR; BRS 295 RR; BRS

316 RR; NA 5909 RG; NK 7059 RR; e BMX Potência RR) no primeiro decêndio

novembro, em linhas espaçadas 0,45 m com população de 30 plantas m-2.

4.8 Avaliações na soja

Avaliou-se o índice relativo de clorofila nos estádios vegetativo (V3) e

reprodutivo (R1) para identificar possíveis efeitos dos cultivos anteriores, utilizando o

aparelho Clorofilog (FALKER, 2012a).

No estádio R1, coletou-se folhas de soja que foram encaminhadas ao

laboratório para determinação da composição química, de acordo com Silva (1999).

Avaliou-se ainda a altura de plantas, peso seco de folhas, hastes e total, porcentagem de

folhas e hastes, índice de área foliar, razão de área foliar.

Na maturação da soja avaliou-se ainda o rendimento de grãos e massa de cem

grãos, colhendo as plantas de duas linhas de 5,0 m.

4.9 Avaliações no solo

A umidade do solo na camada 0 a 0,2 m, e a temperatura na superfície do solo

foram avaliadas periodicamente durante a condução do experimento, utilizando medidor

eletrônico de umidade do solo (FALKER, 2010b).

A resistência do solo à penetração foi realizada em três etapas, sendo próximo à

semeadura da soja (17/10/2011), no florescimento (17/02/12) e no dia da colheita

8

(18/03/12). Nesta última época, a leitura foi realizada em solo com e sem passagem de

rodado da colhedeira. As avaliações foram realizadas com medidor eletrônico de

compactação da marca Falker, modelo PLG1020 (FALKER, 2012c), até 0,4 m de

profundidade.

No segundo ano serão coletadas amostras de solo nas camadas de 0 a 0,1 m e

0,1 a 0,2 m, 0,2 a 0,3 m e 0,3 a 0,4 m para avaliar a composição química (SILVA, 1999).

Serão abertas trincheiras para coletar amostras de solo nas mesmas camadas e

determinar a densidade, umidade volumétrica e porosidade do solo, com metodologia

descrita por Claessen (1997).

Nessas mesmas trincheiras e respectivas camadas será avaliado o crescimento

de raízes da soja, de acordo com Tavares Filho et al. (1999).

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Outono-inverno

5.1.1 Milho safrinha

Verificou-se interação significativa entre híbridos e modalidades de cultivo, para

a maioria das variáveis. Enquanto que para umidade de grãos na colheita e número de

grãos por espiga houve efeito de modalidade de cultivo e de cultivares, para o número de

grãos por espiga, somente de modalidade de cultivo.

O híbrido BRS 1010 apresentou melhor rendimento de grãos no espaçamento

reduzido, enquanto que não foi observada diferença nos demais genótipos, semelhante

aos resultados apresentados por Borghi & Crusciol (2007). Este rendimento

provavelmente esteja relacionado com a melhora das condições físicas promovida pela

palha produzida pela braquiária do ano anterior. O melhor desempenho foi verificado no

híbrido AG 9010 (Tabela 1). Possivelmente por apresentar ciclo superprecoce e ter

completado seu ciclo antes da estiagem verificada no mês de junho.

Os rendimentos de massa seca de milho e massa seca total apresentaram

resultados semelhantes. A cultivar AG 9010 não apresentou diferenças significativas

entre os sistemas, já para o híbrido BRS 1010 o maior rendimento foi observado no

cultivo solteiro, em espaçamento de 0,45 m. Na cultivar BRS 3035 o sistema de cultivo

solteiro 0,45 m alcançou maior rendimento do que o sistema consorciado, este por sua

vez não diferiu do sistema solteiro com espaçamento 0,90 m (Tabela 1).

O índice de clorofila total foi maior nas folhas do híbrido AG 9010, nos dois

tratamentos de espaçamento 0,90 m, porém sem diferir dos demais híbridos no

espaçamento reduzido. No entanto, este híbrido apresentou menor índice no

espaçamento reduzido, enquanto que o híbrido BRS 1010 apresentou maior valor,

9

provavelmente pela menor luminosidade no menor espaçamento (Tabela 1),

corroborando com os dados apresentados por Kappes et al. (2011).

Tabela 1. Características e desempenho de cultivares de milho safrinha em cultivo solteiro e consorciado com B. ruziziensis, em Dourados, MS, 2011.

Rendimento de grãos (kg ha-¹)

Sistema BRS 3035 AG 9010 BRS 1010

Consórcio 5.186 a B 7.235 a A 4.673 b B

Solteiro 90 5.482 a B 7.037 a A 5.175 b B

Solteiro 45 5.555 a B 6.912 a A 5.978 a B

Rendimento de massa seca de milho (kg ha-¹)

Consórcio 4.853 b A 5.592 A A 5.063 b A

Solteiro 90 6.493 ab A 5.331 A A 5.527 b A

Solteiro 45 7.828 a A 5.490 A B 9.562 a A

Rendimento de massa seca total (kg ha-¹)

Consórcio 5.568 b A 6.514 a A 5.848 b A

Solteiro 90 6.493 ab A 5.331 a A 5.527 b A

Solteiro 45 7.828 a A 5.490 a B 9.562 a A

Clorofila total (índice)

Consórcio 45,1 a B 57,9 a A 40,2 b B

Solteiro 90 44,9 a B 56,9 a A 40,7 b B

Solteiro 45 48,2 a A 50,3 b A 50,6 a A

Altura de plantas de milho (m)

Consórcio 2,12 b B 2,03 ab C 2,18 a A

Solteiro 90 2,23 a A 2,00 b B 2,20 a A

Solteiro 45 2,27 a A 2,07 a B 2,22 a A

Médias seguidas da mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna em cada variável, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. C.V.: Rendimento de grãos - 7,1%; Massa seca de milho - 18,8%; Massa seca total - 18,2%; Clorofila - 7,3%; e Altura de plantas - 1,8%.

A altura de plantas foi maior no espaçamento reduzido, sem diferir no BRS

1010, e sem diferir do AG 9010 e BRS 3035 no cultivo consorciado e depois no cultivo

solteiro, em espaçamento 0,90 m entre linhas. Tsumanuma (2004) não verificou

diferença para altura de plantas.

A umidade de grãos do híbrido BRS 1010 foi superior aos demais,

considerando-se que a colheita foi realizada na mesma data e que o ciclo da cultivar é

precoce normal, enquanto nas demais é superprecoce; este resultado encontra-se dentro

do esperado. Quanto a altura de inserção de espiga, as cultivares BRS 1010 e BRS 3035

foram superiores a AG 9010 (Tabela 2).

Comparando as modalidades de cultivo observou-se que o milho solteiro, no

espaçamento 0,90 m, apresentou maior número de grãos por espigas que o cultivo

consorciado, que por sua vez teve maior valor que o cultivo solteiro, no espaçamento de

10

0,45 m. Contudo, Tsumanuma (2004), no consórcio com B. brizantha, não encontrou

diferenças significativas para esta variável.

A umidade de grãos e altura de inserção de espigas foi maior no cultivo solteiro

a 0,45 m entre linhas, permitindo afirmar que a variação ocorreu em função do

espaçamento e não da presença da B. ruziziensis cultivada na linha intercalar, conforme

apresentado por Ceccon et al. (2009b).

Tabela 2. Características de cultivares de milho safrinha em cultivo solteiro e consorciado com B. ruziziensis, em Dourados, MS, 2011.

Cultivares Umidade

(%)

Altura de

espigas (m) Sistema

Grãos

espiga-1

Umidade

(%)

Altura de

espigas (m)

BRS 3035 21,7 b 1,16 a Consórcio 384,8 b 23,5 b 1,05 b

AG 9010 21,5 b 0,93 b Solteiro 90 429,8 a 23,3 b 1,08 b

BRS 1010 28,6 a 1,17 a Solteiro 45 329,5 c 25,3 a 1,14 a

Média 23,9 1,09 381,3 24,0 1,09

C.V. (%) 5,0 5,4 8,8 5,0 5,4 Médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

5.1.2 Presença animal

Na área cultivada com braquiária solteira foram introduzidos duas novilhas, com

10 meses de idade, para pastejo, em uma área de 2 mil m² dividida em 4 piquetes, em 5

de maio de 2011 permanecendo por 22 dias, momento em que a pastagem apresentava

altura média de 0,2 m, com tempo de permanência de aproximadamente 5 dias em cada

piquete.

Os animais tiveram peso inicial total de 439 kg, equivalente a 4,9 UA ha-1. No

momento da saída, 22 dias após a entrada, os animais apresentavam peso total de 462

kg ha-1, equivalente a um rendimento de 0,52 kg cabeça

-1 dia

-1. Neste primeiro período o

ganho total dos animais foi de 23 kg, equivalente a 115 kg ha-1

ou 7,67 arrobas.

Na reentrada, em 30 de setembro de 2011, os animais apresentaram peso total

de 564 kg, equivalente a 6,25 UA ha-1

, onde permaneceram por 14 dias atingindo peso

final de 576 kg, 6,4 UA ha-1. Neste período o ganho de peso diário foi de 0,435 kg

cabeça-1 dia

-1 alcançando ganho total de 12 kg, equivalente a 60 kg ha

-1 ou 4 @.

O ganho de peso total dos animais foi de 35 kg (175 kg ha-1), durante os 36 dias

que permaneceram pastejando na área, o que representa um ganho diário de 0,486 kg

cabeça-1, superior ao apresentado por Semmelmann et al. (2001) que foi de 0,204 kg

durante o período seco com novilhas de idade e pesos equivalentes aos deste trabalho,

em pastagem de B. brizantha.

11

A taxa de lotação média foi de 5,0 e 6,3 UA ha-1, respectivamente para o

primeiro e segundo período de pastejo dos animais, superior a média nacional (0,99 UA

ha-1).

5.1.3 Plantas infestantes

A parte aérea da braquiária é a grande responsável pela inibição do crescimento

de plantas infestantes na área (GIMENES, 2007), enquanto o sistema radicular pode

atuar nos atributos físicos e físico-hídricos do solo (CECCON et al., 2009b). Em área de

Integração Lavoura-Pecuária, estas vantagens proporcionadas pelas gramíneas são

muito proveitosas quando a agricultura retornar à área, sendo que a manutenção da

palhada da braquiária na superfície do solo é um dos fatores que contribui para a baixa

infestação por plantas daninhas na cultura implantada após a pastagem, pelo efeito

direto de sombreamento (SILVA et al., 2007).

Algumas plantas também são capazes de produzir substâncias químicas que

são depositadas no solo pelas raízes (quando elas ainda estão vivas), ou diretamente

pela decomposição da palha se estas plantas forem controladas química ou

mecanicamente. Essas substâncias são chamadas de alelopáticas, e sua função é

exatamente inibir o crescimento de outras plantas ao redor da planta que as produz. A

braquiária produz o ácido aconítico na parte aérea da planta, que comprovadamente

reduz o crescimento de outras espécies de plantas ao ser liberado no solo através de

suas raízes (VOLL et al., 2005; 2009; 2010).

Os tratamentos com braquiária, solteira ou consorciada com milho, tiveram ao

redor de 20% da área coberta por plantas daninhas, enquanto milho solteiro e feijão

caupi tiveram 42% de infestação (Figura 2). O número de plantas infestantes, de maneira

geral seguiu a mesma tendência da área coberta por estas plantas, mas a braquiária

solteira foi mais eficiente que o consórcio milho braquiária em inibir a emergência de

plantas infestantes. Provavelmente isto se relaciona com a densidade da forrageira: no

consórcio a densidade foi de 20 plantas/m2 enquanto a área com braquiária solteira foi

semeada com 40 plantas/m2 para compensar a ausência do milho. Isso mostra que o

milho solteiro, mesmo com porte alto, não produz palha suficiente para manter uma

cobertura de inverno que seja eficiente em inibir a proliferação de plantas infestantes. No

feijão caupi o número de plantas daninhas foi semelhante ao milho solteiro. No entanto,

como a palhada resultante do feijão caupi degrada-se rapidamente, a cobertura

proporcionada ao final do inverno é reduzida, resultando em maior massa seca das

plantas infestantes, inclusive na comparação com o milho solteiro.

Se por um lado a ocorrência de plantas daninhas na área (infestação

12

instantânea) foi menor na avaliação após dois anos de diferentes coberturas de inverno,

por outro, a análise fitossociológica não indicou diferenças entre as áreas em níveis

consideráveis. Por exemplo, a área de braquiária solteira (T1) apresentou 13 espécies

infestantes, enquanto a área de milho solteiro (T3) apresentou 11. Esta semelhança

também foi mostrada pelo coeficiente de similaridade de Sørensen, que compara as

áreas em termos de igualdade ou não de espécies ocorrentes (Tabela 3). Qualquer valor

deste coeficiente acima de 0,40 indica que as áreas ainda são muito parecidas quanto à

composição de espécies infestantes (não se considera o número de plantas que

apareceram, somente o número de espécies). O número de plantas infestantes, no

entanto, foi completamente diferente (Figura 2).

T1 T2 T3 T4

0

20

40

60

80

100

Área coberta (%)

Plantas daninhas m-2

Massa seca (g m-2)

Figura 2. Área coberta por plantas daninhas (%), número de plantas de espécies daninhas por m

2 e massa seca por m

2 acumulada pela comunidade infestante, em

função da presença de diferentes coberturas vegetais na entressafra. Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS, 2011. (T1: palha de B. ruziziensis; T2: palha do consórcio B. ruziziensis + milho; T3: palha de milho; e T4: palha de feijão caupi).

Tabela 3. Coeficientes de similaridade de Sørensen quanto à composição da flora de plantas infestantes em áreas submetidas a diferentes coberturas de inverno por dois anos consecutivos. Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados-MS, 2011.

B. ruziziensis Consórcio Milho Feijão Caupi

B. ruziziensis ● 0,53 0,58 0,64

Consórcio ● ● 0,59 0,67

Milho ● ● ● 0,70

Feijão Caupi ● ● ● ●

NOTA: valores acima de 0,40 indicam que as áreas não diferem quanto à composição da comunidade infestante. Este coeficiente não considera o nível de infestação, somente as espécies presentes.

13

Em resumo, após dois anos com distintas coberturas de inverno, já foram

observadas diferenças na infestação de plantas daninhas no início do cultivo da soja,

mas as espécies infestantes ocorrentes continuam as mesmas (Figura 2, Tabela 3). Em

um sistema integrado de cultivo, deve-se considerar que o mesmo deverá ser conduzido

por vários anos até que os impactos positivos na redução da comunidade infestante se

reflitam no banco de sementes do solo e sejam duradouros.

5.1.4 Resíduos Vegetais

O rendimento de massa seca total (RMST) representa os restos culturais que

permaneceram no solo após a colheita das culturas, e de acordo com a tabela 4,

encontram-se em maior quantidade no consórcio milho braquiária do que no caupi e na

braquiária solteira. O menor RMST da braquiária é justificado pela presença dos animais

em pastejo que foi mantido até o fim do mês de setembro. O RMST de feijão caupi

encontrado, 4,2 t ha-1, é semelhante ao apresentado por Alvarenga et al. (1995), 4,1 t ha

-

1.

O RMST no pré-plantio da soja (Tabela 4), três meses após a colheita em

outubro de 2011, foi maior no cultivo consorciado e no milho solteiro do que no feijão

caupi. Esta superioridade pode ser atribuída à maior relação C/N das gramíneas que

reduz a velocidade de decomposição dos restos culturais, permanecendo na superfície

do solo por longo período.

Kliemann et al. (2006), estudando a taxa de decomposição de resíduos de

espécies de cobertura, afirmam que resíduos do consórcio milho braquiária são mais

persistentes no solo. Aita e Giacomini (2003) explicam que a velocidade de

decomposição dos resíduos culturais e a liberação de nitrogênio de plantas de cobertura

de solo se comporta de maneira inversa as relações C/N e lignina/N total, e diretamente

proporcional à concentração de N total na fitomassa e de N e C na fração solúvel em

água. Esta afirmação está de acordo com os RMSRes encontrados onde cultivou-se

feijão caupi, que por apresentar relação C/N de 32,2 (ALVARENGA et al., 1995), teve

sua decomposição mais acelerada.

14

Tabela 4. Rendimento de massa seca total (RMST, em kg ha-1), após a colheita das

culturas de outono-inverno, e rendimento de massa seca de resíduo (RMSRes, em kg ha

-1) e total (RMST, em kg ha

-1) no pré-plantio da cultura da soja, 2011.

Modalidade Colheita Pré-plantio

RMST¹ RMSRes² RMST³

B. ruziziensis 1.874,3 c 1.760,6 b 3.277,6 ab

Consórcio 8.492,0 a 2.822,5 ab 4.053,1 a

Milho 7.041,6 ab 3.652,8 a 3.652,8 a

Feijão Caupi 4.227,2 bc 1.775,6 b 1.775,6 b

Média 5.408,8 2.745,3 3.661,2

C.v.(%) 25,6 26,3 25,8

Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não se diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ¹Matéria seca produzida pelos cultivos de outono-inverno; ²Restos culturais das modalidades de sucessão de outono-inverno; ³Soma do RMSRes e da braquiária no cultivo de B. ruziziensis solteira e consorciada com milho.

5.2 Soja Safra 2011/12

Os resultados da análise de variância indicaram interação significativa entre os

tratamentos para altura de plantas, porcentagem de folhas e hastes, e índice de área

foliar (Tabela 5). Para peso seco de folhas, hastes e total, razão de área foliar,

rendimento de grãos e massa de cem grãos verificou-se efeitos individuais dos

tratamentos.

De maneira geral, a maior altura de plantas foi verificada no cultivo de soja sobre

cobertura de feijão caupi, independente da cultivar. Por pertencer a família Fabaceae, o

feijão caupi contribui com a introdução de até 68 kg ha-1 de N no solo (CASTRO et al.,

2004) através da fixação biológica de nitrogênio. Outro fato que justifica a maior altura de

plantas está na velocidade de decomposição dos restos culturais, devido a relação C/N

de 32,2 (ALVARENGA et al., 1995), disponibilizando rapidamente maior quantidade de

nutrientes que as demais culturas estudadas.

No cultivo de milho solteiro e consorciado com braquiária verificou-se a maior

altura de plantas foi alcançada pela cultivar BMX Potência RR, sobre feijão caupi

destacaram-se as cultivares NK 7059 RR, BRS 295 RR e BRS 319 RR. Quando

cultivados após B. ruziziensis não foram verificadas diferenças significativas entre as

cultivares estudadas para altura de plantas, porcentagem de folhas e hastes e índice de

área foliar.

A cultivar BMX Potência RR destacou-se na porcentagem de hastes, na

sucessão ao milho solteiro ou consorciado com B. ruziziensis, e índice de área foliar,

após milho solteiro. Entretanto, para porcentagem de folhas o desempenho da cultivar foi

inferior às cultivares BRS 284 (45% no cultivo consorciado e 42,9% sob feijão caupi),

15

BMX Turbo RR (45,7% e 45,6% nos cultivos após milho solteiro e consorciado,

respectivamente) e NA 5909 RG (44,9% após o consórcio).

O maior índice de área foliar foi alcançado pela cultivar BMX Potência RR (5,1),

seguido por NK 7059 RR (3,9) e NA 5909 RG (3,3) cultivadas após milho solteiro. Nas

demais modalidades de cultivos não foram verificadas diferenças entre as cultivares. O

maior índice de área foliar da cultivar NA 5909 RG foi alcançado quando cultivada sobre

feijão caupi, possivelmente em virtude da maior capacidade de resposta à disponibilidade

de nutrientes pela decomposição dos restos culturais.

Analisando PSF, PSH e PST (Tabela 6) verifica-se que os melhores

desempenhos são atribuídos a cultivar BMX Turbo RR, respectivamente 5,5, 7,0 e 12,6 g

planta-1. A RAF, que indica a área foliar necessária para planta produzir um grama de

matéria seca, pode ser utilizada como indicador de eficiência fotossintética da planta

(BENINCASA, 2003). Neste contexto, as cultivares BRS 284 (120,8), BMX Potência RR

(120,8) e BMX Turbo RR (120,9) foram mais eficiente fotossinteticamente na produção

de matéria seca total que BRS 316 RR (132,9), BRS 295 RR (136,1) e NA 5909 RR

(138,4).

O maior rendimento de grãos foi apresentado pelas cultivares BRS 284 e NK

7059 RR (2.828,2 kg ha-1 e 2.636,2 kg ha

-1, respectivamente), e a maior massa de cem

grãos pela cultivar BMX Turbo RR (18 g). Para modalidade de cultivo verificou-se baixa

significância (20%) no rendimento de grãos de soja (Tabela 6), entretanto os a maior

produtividade foi alcançada no cultivo da soja após o consórcio milho braquiária, superior

em 9,6% a modalidade de B. ruziziensis solteira. Esta superioridade pode estar

associada ao maior rendimento de massa seca (Tabela 4) do consórcio (4 Mg ha-1),

resultando em maiores benefícios à qualidade do solo.

Em área cultivada com braquiária, solteira ou consorciada com milho, foram

verificados os maiores índices de clorofila total (Tabela 6) nas cultivares de soja, do que

quando cultivadas após feijão caupi, possivelmente exigindo maior eficiência na captação

e dissipação de energia para o fotossistema em virtude da menor porcentagem de folhas

(Tabela 5). No cultivo consorciado verificou-se ainda maior RAF (136,1) que, associado

ao índice de clorofila total, evidencia a menor eficiência das plantas nesta modalidade de

sucessão.

16

Tabela 5. Altura de plantas e porcentagem de folhas e hastes de cultivares de soja no estágio R1, conduzidas sob diferentes coberturas de solo na safra 2011/12.

B. ruziziensis Consórcio Milho Feijão Caupi

Cultivar Altura de Plantas (m)

BRS 284 0,52 a A 0,50 ab A 0,51 ab A 0,57 abc A

BMX Turbo RR 0,46 a AB 0,39 d B 0,42 c B 0,51 bc A

BRS 295 RR 0,50 a B 0,41 cd C 0,43 bc BC 0,63 a A

BRS 316 RR 0,53 a B 0,49 abc B 0,50 abc B 0,61 a A

NA 5909 RG 0,45 a A 0,43 bcd A 0,42 c A 0,49 c A

NK 7059 RR 0,48 a B 0,48 abc B 0,49 abc B 0,60 a A

BMX Potência RR 0,49 a B 0,52 a AB 0,53 a AB 0,58 ab A

Porcentagem de Folhas

BRS 284 42,0 a B 45,0 a A 43,5 ab AB 42,9 a AB

BMX Turbo RR 42,6 a B 45,7 a A 45,6 a A 42,7 ab B

BRS 295 RR 41,4 a AB 43,7 ab A 43,7 ab A 42,7 cd B

BRS 316 RR 43,2 a A 44,6 ab A 44,2 ab A 42,3 abc A

NA 5909 RG 43,0 a A 44,9 a A 44,2 ab A 38,2 d B

NK 7059 RR 44,5 a A 43,1 ab AB 43,4 ab AB 41,2 abcd B

BMX Potência RR 42,8 a A 41,7 b AB 42,2 b AB 39,7 bcd B

Porcentagem de Hastes

BRS 284 58,0 a A 55,0 b B 56,6 ab AB 57,1 d AB

BMX Turbo RR 57,4 a A 54,3 b B 54,4 b B 57,3 cd A

BRS 295 RR 58,6 a AB 56,3 ab B 56,3 ab B 60,8 bc A

BRS 316 RR 56,8 a A 55,4 ab A 55,8 ab A 57,7 bcd A

NA 5909 RG 57,0 a B 55,1 b B 55,9 ab B 61,9 a A

NK 7059 RR 55,5 a B 56,9 ab AB 56,6 ab AB 58,8 abcd A

BMX Potência RR 57,3 a B 58,3 a AB 57,8 a AB 60,3 abc A

Índice de Área Foliar

BRS 284 2,9 a A 2,5 a A 2,6 b A 3,0 a A

BMX Turbo RR 2,6 a A 2,6 a A 2,4 b A 2,9 a A

BRS 295 RR 3,2 a A 3,7 a A 2,7 b A 3,1 a A

BRS 316 RR 2,6 a A 3,8 a A 2,4 b A 3,1 a A

NA 5909 RG 2,9 a B 3,6 a AB 3,3 ab AB 4,6 a A

NK 7059 RR 3,0 a A 3,5 a A 3,9 ab A 3,4 a A

BMX Potência RR 2,3 a B 3,3 a B 5,1 a A 3,1 a B

Médias seguidas de mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna em cada variável, não se diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. C. V. (%): Altura de Plantas – 8,18; Porcentagem de Folhas – 3,42; Porcentagem de Hastes – 2,57; Índice de Área Foliar – 26,8.

17

Tabela 6. Peso seco de folhas (PSF, em g planta-1), de Hastes (PSH, em g planta

-1) e

total (PST, em g planta-1), e Razão de área foliar (RAF), no estágio R1, rendimento de

grãos (RG, em kg ha-1) e massa de cem grãos (P100, em g) conduzidas sob diferentes

coberturas de solo na safra 2011/12.

Cultivar PSF PSH PST RAF RG P100

BRS 284 4,6 ab 6,0 ab 10,6 ab 120,8 c 2.828,2 a 11,7 c

BMX Turbo RR 5,5 a 7,0 a 12,6 a 120,9 c 2.523,5 ab 18,0 a

BRS 295 RR 4,6 ab 6,5 ab 11,1 ab 136,1 ab 2.021,3 c 10,2 d

BRS 316 RR 4,1 b 5,2 b 9,2 b 132,9 ab 1.931,0 c 10,7 cd

NA 5909 RG 3,8 b 5,3 b 9,0 b 138,4 a 2.458,7 ab 13,4 b

NK 7059 RR 4,8 ab 6,4 ab 11,2 ab 127,3 bc 2.725,5 a 13,7 b

BMX Potência RR 4,1 b 5,8 ab 9,8 b 120,8 c 2.298,2 bc 10,1 d

Média 4,5 6,0 10,5 128,2 2.398,1 12,5

C.V.(%) 23,4 25,3 24,3 7,2 16,3 8,7

Cobertura CloT PSH RAF RG P100

B. ruziziensis 54,1 a 5,5 b 127,2 bc 2.278,8 a 12,2 b

Consórcio 53,5 a 5,8 ab 136,1 a 2.497,3 a 12,3 b

Milho 53,0 ab 5,9 ab 128,2 b 2.384,3 a 12,2 b

Feijão Caupi 51,0 b 6,8 a 121,2 c 2.431,9 a 13,5 a

Média 52,9 6,0 128,2 2.398,1 12,5

C.V.(%) 6,5 25,3 7,2 16,3 8,7

Médias seguidas de mesma letra, na coluna em cada variável, não se diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

5.3 Água no Solo

A umidade no solo apresentou comportamento variável em função da

precipitação que antecedeu ao monitoramento. Diante disto, nas figuras 3, 4 e 5 estão

representados os teores de água do solo em função de cada cobertura, associado a

precipitação dos últimos três dias que antecederam a leitura. Desta forma, verificou-se

que, de maneira geral, no cultivo de outono-inverno verificou-se maiores oscilações na

cultura do milho, possivelmente esteja associado ao estádio de desenvolvimento da

cultura que, nos estádios iniciais em virtude da pouca cobertura do solo apresenta menor

capacidade de manutenção de água no solo. Com o desenvolvimento da cultura e o

aumento do docel da planta há maior proteção do solo dificultando a perda de água. Com

o secamento das folhas e a exposição do solo a umidade passa novamente a apresentar

maiores oscilações pela baixa cobertura visto as folhas da cultura secarem e

permanecerem na planta.

No cultivo de feijão caupi, o rápido crescimento da espécie minimiza a

18

evaporação da água pela radiação direta, e ao final do ciclo as folhas secas depositam-

se sobre o solo mantendo a cobertura e, consequentemente, a umidade. Já para o

consórcio milho braquiária, em virtude da presença da B. ruziziensis aumentando a

cobertura do solo, há menor evaporação da água resultando em menores variações na

umidade do solo mesmo com a secagem das folhas do milho na proximidade da colheita.

No cultivo da soja na safra 2011/12 (Figura 4), verificou-se aumento no teor de

água do solo após as chuvas. Na ausência de chuva a soja cultivada após milho solteiro

tiveram maior disponibilidade de água no solo, seguido pela cobertura de B. ruziziensis.

O solo onde foi cultivado feijão caupi esteve mais exposto a oscilações da umidade,

possivelmente em virtude da baixa disponibilidade de resíduos.

10

15

20

25

30

35

28-abr

5-mai

12-m

ai

19-m

ai

26-m

ai

2-jun

9-jun

16-ju

n

23-ju

n

30-ju

n7-ju

l

14-ju

l

21-ju

l

28-ju

l

Um

ida

de d

o s

olo

(%)

0

20

40

60

80

100

120

Pre

cip

itaçã

o (m

m)

Precipitação Caupí Milho Solteiro Consórcio B. ruziziensis

Figura 3. Precipitação pluviométrica e umidade do solo no cultivo de consórcio milho braquiária, milho solteiro, B. ruziziensis e feijão caupi no período de abril a julho de 2011, Dourados-MS.

19

10

15

20

25

30

35

10-nov

17-nov

24-nov

1-dez

8-dez

15-dez

22-dez

29-dez

5-jan

12-jan

19-jan

26-jan

2-fev

9-fev

16-fev

Um

idad

e do

so

lo (%

)

0

20

40

60

80

100

120

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

Precipitação Ruziziensis Consórcio Milho Caupi

Figura 4. Precitação pluviométrica e umidade do solo no cultivo de soja após consórcio milho braquiária, milho solteiro, B. ruziziensis e feijão caupi na safra 2011/12, Dourados-MS.

10

15

20

25

30

10-mai

14-mai

18-mai

22-mai

26-mai

30-mai

3-jun

7-jun

11-jun

15-jun

19-jun

23-jun

Um

idad

e do

sol

o (%

)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Prec

ipita

ção

(mm

)

Precipitação Ruziziensis Consórcio Milho Caupi

Figura 5. Precipitação pluviométrica e umidade do solo no cultivo de consórcio milho braquiária, milho solteiro, B. ruziziensis e feijão caupi no período de outono-inverno de 2012, Dourados-MS.

5.4 Resistência do solo à penetração

Na avaliação realizada após o cultivo da soja a análise de variância indicou

efeito de coberturas e profundidades, mas não indicou efeito de rodado de colhedeira.

Possivelmente por possuir rodado largo a colhedeira tem boa distribuição de energia na

20

superfície do solo minimizando seus efeitos na compactação, além da baixa umidade no

solo (22,1%).

Na análise realizada abrangendo todo o período de cultivo da soja, verificou-se

interação entre épocas e coberturas e entre épocas e profundidades.

No período da semeadura da soja o solo apresentou a maior resistência à

penetração, independente do tipo de cobertura, sem diferença entre as avaliações

realizadas na floração e na colheita. Isso pode estar relacionado com a baixa umidade do

solo nessa época (17,3%). Assim como na análise das profundidades, exceto na camada

0 a 0,05 m, verificou-se o mesmo comportamento, ou seja, com maior resistência

durante a semeadura da soja (Tabela 7).

Na comparação entre as coberturas, verificou-se que o solo com braquiária e

com milho apresentou a menor resistência por ocasião da semeadura. No entanto, nas

avaliações realizadas na floração e na colheita da soja as menores resistências foram

observadas no solo após o cultivo consorciado, sem diferir do cultivo com milho safrinha.

Mesmo com interação significativa entre épocas de cultivo e profundidade,

verifica-se que os maiores valores de resistência estavam na camada 0,20 a 0,25 m,

camadas, sem diferir das camadas de 0,10 a 0,30 m.

Na colheita da soja (Figura 6) verificou-se maior compactação do solo do sobre

os restos culturais de braquiária solteira e de feijão-caupi, sendo superiores ao milho

solteiro e consorciado com braquiária. Esta variação pode ser atribuída ao menor

acúmulo de massa pelo feijão-caupi e pela presença de animais para pastejo na

braquiária durante os meses de maio e setembro de 2011. Outro fator que justifica a

maior compactação do solo com resíduos de feijão-caupi está na baixa relação carbono

nitrogênio da cultura, acelerando a decomposição dos restos culturais, corroborado por

Silva et al. (2011). A menor compactação do solo no sistema consorciado pode estar

relacionada ao crescimento da forrageira após a colheita do milho safrinha.

Nesse período o solo apresenta-se relativamente seco na superfície, enquanto

que a umidade é maior no perfil, devido à menor disponibilidade de chuva. Segundo

Chioderoli et al. (2012), é devido a decomposição do sistema radicular da braquiária que,

em virtude da competição com a cultura produtora de grãos, aprofunda seu sistema

radicular e, com o passar dos anos e os processos de decomposição, aumentam o

aporte de material orgânico e a formação de bioporos nas camadas mais profundas.

Segundo Ceccon et al. (2011) o rendimento de massa seca total no cultivo

consorciado é superior ao cultivo de braquiária solteira, justificando a menor

compactação do solo pelo efeito de amortecimento promovido pela massa acumulada na

superfície e pela adição de matéria orgânica. Silva et al. (2011) afirmam que a presença

de palha na superfície do solo superior a 4 Mg ha-1 resulta em dissipação da energia de

21

compactação e menor densidade na camada de 0 a 0,05 m, quando comparada com

solo sem presença de palha.

Tabela 7. Resistência do solo à penetração (MPa) após a colheita da soja sob diferentes culturas antecessoras, em Dourados, MS, 2012.

Épocas de avaliação

Cobertura 5.4.1.1.1 Semeadura Floração Na colheita

Braquiária 2,06 b A 1,65 a B 1,55 a B

Consórcio 2,30 a A 1,33 b B 1,36 b B

Milho 2,00 b A 1,45 ab B 1,48 ab B

Caupi 2,27 a A 1,60 a B 1,63 a B

Média 2,16 1,51 1,51

Profundidade

0,00 a 0,05 0,31 e A 0,26 d A 0,15 e A

0,05 a 0,10 1,95 d A 1,34 c B 1,15 d B

0,10 a 0,15 2,60 ab A 1,74 ab B 1,74 abc B

0,15 a 0,20 2,63 ab A 1,77 ab B 1,91 ab B

0,20 a 0, 25 2,75 a A 1,90 a B 2,02 a B

0,25 a 0,30 2,64 ab A 1,85 a B 1,92 ab B

0,30 a 0,35 2,36 bc A 1,70 ab B 1,68 cd B

0,35 a 0,40 2,03 cd A 1,50 bc B 1,48 bc B

Média 2,16 1,51 1,51

Médias seguidas de letras iguais, maiúscula na linha e minúsculas na coluna em cada variável, não se diferem pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. C.V. 22,4%.

22

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Resistência do Solo (MPa)

Pro

fun

did

ad

e (

m)

B. ruziziensis Consórcio Milho Caupi

Figura 6. Resistência do solo à penetração (MPa) no perfil do solo na colheita da soja cultivada após diferentes culturas de outono-inverno. Dourados, MS 2012.

6 CONCLUSÕES

O cultivo de B. ruziziensis solteira e em consórcio com milho safrinha diminuem a

incidência de plantas daninhas.

Cultivo consorciado de milho safrinha com braquiária proporciona menor variação

de umidade e resistência do solo a penetração, no entanto o feijão-caupi proporcionou

maior índice de clorofila nas folhas e maior massa de cem grãos da soja.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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23

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Dourados, MS, 27 de junho de 2012

Gessí Ceccon