avaliaÇÃo de atributos fÍsicos em latossolo vermelho distrÓfico sob aplicaÇÃo de dejeto...

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  • MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA

    DO TRIANGULO MINEIRO

    ANA CLUDIA BERNARDES BRITO

    AVALIAO DE ATRIBUTOS FSICOS EM LATOSSOLO

    VERMELHO DISTRFICO SOB APLICAO DE DEJETO LQUIDO

    DE SUNO

    UBERABA/MG

    2011

  • MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA

    DO TRIANGULO MINEIRO

    ANA CLUDIA BERNARDES BRITO

    AVALIAO DE ATRIBUTOS FSICOS EM LATOSSOLO

    VERMELHO DISTRFICO SOB APLICAO DE DEJETO LQUIDO

    DE SUNO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia

    do Tringulo Mineiro Campus Uberaba, como requisito parcial para formao do Curso de

    Tecnologia em Gesto Ambiental.

    Orientador:

    Prof. Dr. Adelar Jose Fabian

    UBERABA/MG

    2011

  • Brito, Ana Cludia Bernardes

    Avaliao de atributos fsicos em Latossolo Vermelho

    distrfico sob aplicao de dejeto lquido de suno / Ana Cludia

    Bernardes Brito Uberaba, 2011. 43 f.: il. 33 cm

    Orientador: Prof. Dr. Adelar Jos Fabian

    Trabalho de Concluso de Curso Instituto Federal de Cincia, Educao e Tecnologia do Tringulo Mineiro- Campus

    Uberaba, Curso de Tecnologia em Gesto Ambiental, Uberaba,

    2011.

    1. Estabilidade de agregados 2. macro e microporosidade.

    3.esterco suno. I. Instituto Federal de Cincia, Educao e

    Tecnologia do Tringulo Mineiro- Campus Uberaba. II. Ttulo.

  • PESQUISADOR Ana Cludia Bernardes Brito

    Uberaba/MG

    ORIENTADOR Prof. Dr. Adelar Jose Fabian

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Tringulo Mineiro

    Uberaba/MG

    CONTATO:

    Avenida Baro do Rio Branco, n 132

    Uberaba/MG CEP 38020-300. E-mail: [email protected]

    Telefones: (34) 3338-4215/ (34) 9153-1214

  • 4

    ANA CLUDIA BERNARDES BRITO

    AVALIAO DE ATRIBUTOS FSICOS EM LATOSSOLO

    VERMELHO DISTRFICO SOB APLICAO DE DEJETO LQUIDO

    DE SUNO

    Prof. Dr. Adelar Jose Fabian

    Orientador

    Prof. Dr. Jos Luiz Rodrigues Torres

    Prof. Dr. Paulo Roberto S Santos

    O presente Trabalho de Concluso de Curso foi _______________________.

    Uberaba/MG, _____ de __________________ de _________.

  • 5

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho aos meus pais Oscar Donizeth Castro Brito e Isaura Maria

    Bernardes Borges Brito, por me ensinarem a ter respeito com as pessoas, responsabilidade

    com tudo que fao e a fazer sempre o melhor. Por estarem presentes nesta caminhada,

    contribuindo para que nada me faltasse.

    Aos meus irmos, Bernardo B. Brito e Geraldo Alves B. Neto, e familiares que

    me deram foras na realizao dessa jornada.

  • 6

    AGRADECIMENTOS

    A Deus por me dar fora e sade para vencer os desafios e por concluir mais essa

    jornada.

    Aos meus pais Oscar Donizeth Castro Brito e Isaura Maria Bernardes Borges Brito por

    sempre estarem ao meu lado me dando todo apoio necessrio.

    Aos meus amigos que nos anos de faculdade estiveram presentes.

    A todos os professores que dedicaram a essa grande realizao e ao professor e

    orientador Dr. Adelar Jos Fabian pela orientao neste trabalho e tambm pela confiana e

    convivncia.

    A todos que de alguma forma deram a sua contribuio para a realizao deste

    trabalho. Em especial ao prof. Doutor Jovair Librio da Cunha pelos dados fornecidos.

    Aos colegas de iniciao cientfica Carlos Augusto Campos da Cruz e Lucas Hordones

    Chaves pela ajuda nas anlises laboratoriais e a campo.

    Aos amigos que conquistei durante essa jornada, pelos momentos de descontrao e

    convvio.

  • 7

    No basta saber, prefervel saber aplicar.

    No bastante querer, preciso saber

    querer.

    Goethe

  • 8

    SUMRIO

    1. INTRODUO ................................................................................................................... 13

    2. REVISO DE LITERATURA ........................................................................................... 15

    3. MATERIAIS E MTODOS ................................................................................................ 24

    3.1- Localizao da rea experimental ............................................................................... 24

    3.1.1- Clima ......................................................................................................................... 24

    3.1.2- Descrio do solo ...................................................................................................... 25

    3.2- Delineamento experimental e descrio dos tratamentos ............................................ 25

    3.3- Dados que foram avaliados ........................................................................................ 27

    3.4- Anlise dos dados ......................................................................................................... 29

    4. RESULTADOS E DISCUSSES ....................................................................................... 29

    4.1- Massa de matria seca .................................................................................................. 29

    4.2- Grau de floculao ....................................................................................................... 30

    4.3- Densidade do solo ........................................................................................................ 31

    4.4- Volume total dos poros ................................................................................................ 31

    4.5- Macroporosidade e microporosidade ........................................................................... 32

    4.6- Condutividade hidrulica do solo saturado .................................................................. 33

    4.7- Estabilidade de agregados ............................................................................................ 34

    5. CONCLUSO ..................................................................................................................... 35

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................ 36

  • 9

    LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURA 1 Dados de precipitao pluvial total (mm) e temperatura mdia mensal

    (C) entre outubro de 2009 a dezembro de 2010. .......................................... 19

    FIGURA 2 Croqui da rea experimental . ........................................................................ 20

    FIGURA 3 Viso da granja de sunos do IFTM Uberaba e das duas lagoas de

    estabilizao no sequenciais. ....................................................................... 22

  • 10

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 Produo de massa da matria seca no perodo de 2010 na Brachiaria

    brizantha cv. Marandu onde foram aplicadas diferentes doses de

    dejetos lquidos de sunos (DLS). .................................................................. 29

    TABELA 2 Valores do grau de floculao, nas diferentes profundidades e

    tratamentos. ................................................................................................... 30

    TABELA 3 Densidade do solo submetido a doses de DLS. ............................................. 31

    TABELA 4 Porosidade total do solo (VTP) submetido a doses de DLS. ......................... 32

    TABELA 5 Macroporosidade e microporosidade sob diferentes doses de sunos em

    diferentes camadas do solo. ........................................................................... 33

    TABELA 6 Condutividade hidrulica do solo saturado submetido a doses de DLS. ....... 34

    TABELA 7 Dimetro mdio geomtrico (DMG) e dimetro mdio ponderado

    (DMP), sob diferentes doses de dejeto de suno na profundidade de 0-

    0,05 a 0,05 -0,10 m. ....................................................................................... 34

  • 11

    RESUMO

    A suinocultura uma atividade geradora de efluentes com potencial poluente ao ambiente. O

    descarte seguro e a utilizao como adubo em pastagem pode contribuir para a destinao

    adequada. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar o efeito da aplicao de doses crescentes de

    dejetos lquidos sunos (DLS), em atributos fsicos do solo. O experimento localizado no

    Instituto Federal de Educao, Cincia Tecnologia- Campus Uberaba, MG, foi conduzido em

    um Latossolo Vermelho Distrfico, em blocos casualizados, com quatro repeties, com os

    tratamentos: Tratamento Controle (T1): 0 m3 ha

    -1 ano

    -1 de DLS; (T2): 100 m

    3 ha

    -1 ano

    -1, (T3):

    200 m3 ha

    -1 ano

    -1, (T4): 300 m

    3 ha

    -1 ano

    -1, 600 m

    3 ha

    -1 ano

    -1. Desde 2005 foi aplicado dejeto

    lquido de suno, sobre Brachiaria brizantha cv. Marandu. A amostragem do solo foi

    realizada em dezembro de 2010, nas camadas de 0-0,05 e 0,05-0,10 m de profundidade, para

    determinao do grau de floculao, condutividade hidrulica do solo saturado, densidade do

    solo, estabilidade de agregados, macroporos, microporos e porosidade total. A aplicao de

    dejeto suno na dose de 600 m3 ha-

    1 promoveu aumento significativo nas mdias no grau de

    floculao e na microporosidade do solo na camada superficial do solo em relao s outras

    dosagens. Os demais atributos fsicos do solo no foram modificados pelos tratamentos,

    indicando que aplicado sobre Brachiaria brizantha cv. Marandu os dejetos lquidos de suno,

    nas condies estudadas, mantm a qualidade fsica do solo.

    Palavras-chave: Estabilidade dos agregados, macro e microporosidade, esterco suno.

  • 12

    SUMMARY

    The pig farming is an activity that generates wastewater with potential pollutant to the

    environment. The safe disposal and use as fertilizer on pasture can contribute to the proper

    purpose. The objective of this study is to estimate the effect of increasing doses of pig manure

    on soil physical characteristics. The experiment located at the Federal Institute of Education,

    Science Technology Campus Uberaba-MG, was conducted on an Oxisol in a randomized

    block design with four replications, with the following treatments: control (T1): 0 m3 ha-1

    year- 1 DLS, (T2): 100 m3 ha-1 yr-1, (T3): 200 m

    3 ha-1 yr-1, (T4): 300 m

    3 ha-1 yr-1, 600 m

    3

    ha-1 year- 1. Since 2005 was applied pig slurry on Brachiaria brizantha cv. Marandu. Soil

    sampling was conducted in December 2010, in the layers 0-05, 0,05-0,10 m deep, to

    determine the degree of flocculation, the saturated hydraulic conductivity, bulk density,

    aggregate stability, macroporosity, microporosity and total porosity. The application of swine

    manure at a dose of 600 m3 ha-1 promoted a significant increase in the average degree of

    flocculation and the microporosity of the soil in the topsoil compared to other doses. Other

    soil physical characteristics were not modified by the treatments, indicating that applied on

    Brachiaria brizantha cv. Marandu the swine manure under the conditions studied, keeps the

    soil physical quality.

    Keywords: aggregate stability, macroporosity microporosity, swine manure.

  • 13

    1. INTRODUO

    O desenvolvimento desordenado dos ltimos anos vem despertando uma

    preocupao cada vez maior sobre as questes ambientais. Estudos sobre os impactos

    causados no ambiente pela utilizao do solo tornam-se relevantes, uma vez que podem

    estabelecer parmetros para uma melhor conduo das prticas de uso e conservao do

    ambiente.

    Entretanto, a crescente produo de sunos na regio do tringulo mineiro tem causado

    aumento o risco de poluio ambiental, sendo que uma das causas a acumulao de dejetos

    de sunos, associada ao uso errneo de distribuio para corrigir e adubar solos sem o devido

    cuidado. O uso dos fertilizantes provenientes do aproveitamento de dejetos lquidos tem um

    potencial de melhorar os nveis nutricionais do solo, porm devem ser utilizados de maneira a

    no causar toxidez ou desequilbrio entre os nutrientes.

    Nesse contexto, gestores e produtores rurais tem sido alertados quanto aos muitos

    problemas ambientais em escala planetria que tm sido evidenciados em conferncias

    ambientais internacionais, como o Protocolo de Kyoto. Segundo Nascimento (2009), deve

    haver aliana entre as empresas de agronegcios e os produtores rurais de sunos, a fim de

    investir em tecnologias que possibilitam diminuir o impacto orgnico, transformando os

    efluentes dos sunos em energia eltrica (biogs) e gerar fertilizantes.

    Recentemente, com base em pesquisas feitas pela Embrapa, a aplicao de dejetos

    sunos como fertilizante no cultivo em pastagens apresenta para o produtor ganho de

    lucratividade e diminuio de pragas. Ao avaliar o solo aps aplicao, deve-se atentar para as

    altas concentraes de agentes qumicos prejudiciais ao meio ambiente de modo geral e

    alterao das propriedades do solo, mais especificamente.

    Entretanto o produtor rural ainda faz pouco uso de efluentes lquidos de sunos em sua

    propriedade de maneira adequada e com isso dispem os mesmos em cursos dgua e em

    terrenos prximos s reas agrcolas sem o cuidado necessrio.

    Nesse sentido que atualmente tem-se procurado aumentar as pesquisas que possam

    colher informaes do solo e das reaes qumicas e fsicas ao longo de um perodo, para

    melhor informar o que deve ser feito para que o produtor utilize o fertilizante alternativo com

    prudncia, mtodos e procedimentos ideais ao ambiente.

    Considerando-se que os profissionais da agropecuria e do meio ambiente precisam

    conhecer as particularidades dos sistemas de cultivo e uso de fertilizantes lquidos de sunos

  • 14

    pergunta-se: Pode haver alguma mudana nas caractersticas do solo que sejam mensurveis

    em propriedades rurais que utilizam os dejetos lquidos de sunos na agricultura? Nesse

    cenrio, de modo a atender s necessidades do setor agrcola, o dejeto lquido de sunos se

    mostra como um insumo eficiente na recuperao e no melhoramento do solo, adicionando

    melhor qualidade aos vegetais, podendo trazer um aumento de produo nas safras

    subseqentes.

    Este trabalho se justifica ao se conhecer que o fertilizante base de dejetos lquidos de

    sunos se transformou em um insumo almejado e solicitado entre os produtores rurais e

    organizaes do setor do agronegcio, que o utilizam sem a devida orientao profissional.

    Nessa perspectiva, torna-se necessrio pesquisar os solos e apresentar aos produtores rurais os

    resultados, propondo as tcnicas corretas em diferentes culturas agrcolas.

    Este estudo tem sua origem na continuidade de um projeto de efluentes lquidos de

    sunos empregados como fertilizante integrado suinocultura, na regio do Cerrado

    conduzido no IFTM em Uberaba, MG. Nesse contexto, os produtores rurais tm-se deparando

    com uma nova reestruturao no setor agropecurio voltada para a sustentabilidade, tendo

    como resultante a abertura de diferentes organizaes que lidam com o agronegcio que

    utilizam a reciclagem como forma de reaproveitar os resduos animais.

    Dessa forma, o trabalho teve como objetivo avaliar a influncia da aplicao com

    diferentes doses de dejetos lquidos de sunos aps cinco anos e meio em atributos fsicos de

    um Latossolo Vermelho distrfico e na produo de massa da matria seca de Brachiaria.

  • 15

    2. REVISO DE LITERATURA

    Os processos de preparo e manejo do solo podem impactar a qualidade fsica,

    hidrulica e qumica dos solos e, por conseguinte, o crescimento e produtividade de diferentes

    cultivos. Nesse sentido, a repartio de poros nos solos influencia os sistemas fsico-hdricos.

    Dessa maneira, condiciona os processos enrgicos do ar e da soluo do solo, com seu

    potencial agrcola. Esse processo vem interessando produtores, segundo Fabian (2009), desde

    eras mais remotas, a partir do momento em que o ser humano passa de nmade a agricultor,

    dando incio a mtodos de preparo do solo. As transformaes do ecossistema natural para

    agro-ecossistema causou alteraes considerveis nas propriedades fsicas, qumicas e

    hidrulicas dos solos.

    Silva et al. (2008) afirmam que, no estgio natural, os solos apresentam atributos

    qumicos e fsicos definidos, em virtude da rocha matriz, da dinmica pedogentica, da flora e

    da topografia. Decisivamente, o desflorestamento e a mecanizao assdua podem

    desequilibrar o solo e o meio ambiente, a ponto de alterar suas caractersticas qumicas, fsicas

    e hidrulicas, reduzindo sua utilizao para a agricultura e tornando-o mais passvel eroso.

    Beutler et al. (2007) asseguram que o sistema de cultivo direto uma prtica na

    agricultura que objetiva recuperao, conservao e melhoria das propriedades fsicas,

    qumicas e hidrulicas dos solos, pois reduz os impactos degradantes causados ao ecossistema

    pelo preparo convencional e, portanto, favorece os incrementos na produtividade.

    Nos estudos de Nascimento (2009) encontra-se que o modo de produo orgnico,

    complexo, dinmico e integrado, demonstra um sistema optativo na agricultura. Nesse

    sistema, retira-se o emprego de agrotxicos e de adubos minerais de ampla solubilidade e

    se sustenta em princpios de sustentabilidade e de manuteno de recursos naturais, a

    exemplo da diversificao de culturas.

    Por sua vez, Timofiecsyk (2009) certifica que, com o aumento do emprego de dejetos

    de animais na agricultura, torna-se relevante medir os montantes de nutrientes no escoamento

    superficial, pois grandes concentraes de nutrientes na gua, sobretudo nitrognio e fsforo,

    podem acarretar problemas ambientais e, conseqentemente, sade humana e animal.

    Em estudo sobre os efeitos nos atributos do solo e na produo de milho e soja, Fabian

    (2009) aponta que as condies climticas, depois do manejo das plantas de cobertura,

    alteraram a taxa de decomposio e a liberao de nutrientes dos resduos vegetais. Alm

    disso, o emprego das plantas de cobertura do solo favoreceu o acrscimo dos teores de

  • 16

    substncia orgnica do solo na camada at 2,5 cm, assim como do equilbrio dos agregados

    em gua na camada de at 10,0 cm do solo. As plantas utilizadas, porm, no impactaram o

    estado nutricional e a produtividade em rotao.

    Ao analisar os solos no cultivo de eucalipto, Silva (2005a) indica que as alteraes

    geradas pela compactao na estrutura do solo ocasionaram alteraes nas propriedades

    fsicas, qumicas e hidrulicas, transformando os processos de condutividade hidrulica e

    nutrientes no solo, incluindo a ciclagem de C e N, bem como o desenvolvimento e nutrio do

    eucalipto. Nesse caso, a compactao aumenta a densidade e a resistncia do solo

    penetrao, ao passo que diminui a macroporosidade, aerao, penetrao e reteno de gua

    no solo.

    Na densidade de solos artificialmente compactados, Romero (2007) destaca uma

    significativa variabilidade dos valores no apenas entre texturas e tipos de cultura, mas ainda

    ao se comparar a mesma classe do solo.

    Sobre os efeitos da compactao na porosidade do solo, Souza et al. (2008) assinala

    que a compreenso dos processos de compactao e suas resultantes no sistema produtivo

    de suma relevncia para o manejo das condies fsicas do solo, de maneira a alcanar a

    sustentabilidade da produo e diminuir os custos relativos energia direcionada,

    posteriormente colheita, para recuperar o solo s condies ideais de desenvolvimento de

    novas culturas.

    Nessa linha de pensamento, Gonalves et al. (2007) analisam que maiores densidades

    nas camadas mais profundas em preparos convencionais pode ocorrer em funo da passagem

    de equipamentos com diminuio da porosidade total do solo.

    Quanto aos atributos fsicos observou-se diminuio da densidade do solo, menor

    volume de macroporos e maior volume de microporos nas reas que receberam dejetos

    lquidos de sunos (AGNE et al., 2011).

    Por sua vez, Nascimento (2009) afirma que em Latossolo Vermelho-Amarelo

    (LVA), considerando-se a camada at 30 cm, a menor densidade do solo no processo de

    produo orgnico em relao ao convencional atribuda ao controle positivo de

    substncias orgnicas no atributo fsico do solo. Acrescenta que os agro-ecossistemas

    nesses tipos de solo e nessa profundidade demonstraram microporosidade aumentada em

    relao aos solos originais.

    Ao analisar a influncia dos sistemas de manejo sobre atributos fsicos de um

    Latossolo Vermelho em Uberaba, Fabian et al. (2007), observaram maiores densidade do solo

  • 17

    nas parcelas cultivadas com milheto e sob pousio. Tal densidade refletiu na porosidade total,

    j que no houve diferena considervel nos volumes mdios de macroporosidade e

    microporosidade, ao se comparar esses dois sistemas de manejo. Entretanto, as semelhanas

    de densidade do solo entre os tratamentos com braquiria e crotalria e produo

    convencional indicam que em longo prazo a acumulao de substncias orgnicas e a

    diminuio no trfego de mquinas possam cooperar para diminuir a densidade do solo em

    sistemas de semeadura direta.

    Segundo Romero (2007), a compactao provoca alteraes na distribuio do

    tamanho dos poros. A reduo do volume de macroporos provoca alterao na relao gua-

    ar, pois a distribuio do oxignio depende do espao poroso livre de gua. Quando o solo se

    encontra prximo saturao, a aerao prejudica.

    Convm lembrar que a porosidade do solo, segundo Ribeiro et al. (2007) definida

    pela maneira como se estruturam suas partculas slidas. Salientam que se estas se organizam

    em ntimo contato, resulta no predomnio de slidos no solo e a porosidade total baixa. Caso

    contrrio, se as partculas se encontram organizadas em agregados, existe um predomnio de

    vazios no solo e a porosidade alta.

    Nessa perspectiva, Souza et al. (2008) explicam que a compactao do solo,

    normalmente caracterizada pela reduo do volume de poros vazios ocupados pela gua ou

    pelo ar, reduz a infiltrao e a redistribuio de gua. Desse modo, h uma diminuio nas

    trocas gasosas e a disponibilidade de oxignio, o que influencia no crescimento das razes

    procura de gua e nutrientes. Os autores relatam, ainda, que h uma limitao no crescimento

    radicular por obstculo mecnico, afetando a reduo do crescimento da parte area das

    plantas e da produtividade dos cultivos.

    Em seus estudos, Fabian et al. (2007) sugerem que entre as coberturas do solo

    avaliadas, observou-se que, na camada superficial, a braquiria gerou uma macroporosidade

    semelhante ao tratamento sob a preparo convencional, pois provavelmente tal porosidade

    advm da ao do sistema radicular que opera na formao de bioporos.

    Nascimento (2009) observou microporosidade maior nos tratamentos sob caf e menor

    sob a mata. Esse fato demonstra que, independente do tratamento, os solos sob cultivos

    possuem a microporosidade alterada em virtude dos manejos utilizados nas lavouras, que

    tambm devem estar relacionados menor macroporosidade em comparao com o solo da

    mata.

  • 18

    Souza et al. (2008), por sua vez, descreve que o aumento da densidade do solo

    produziu uma reduo da permeabilidade antes e aps o cultivo. Com o aumento do

    adensamento do solo, o seu arranjo afetado, diminuindo, desse modo, sua capacidade de

    condutncia hidrulica. Essa condutividade no depende to-somente da dimenso e do

    dimetro dos poros, mas ainda da continuidade desses poros, que em solos de grande

    densidade amplamente impactado pela perda da estrutura.

    Na anlise das propriedades fsicas e qumicas de Latossolo Vermelho distrfico,

    Pandolfo (2009) expe que o manejo do solo pode comprometer os atributos qumicos,

    fsicos, mineralgicos, com impacto, sobretudo, nas camadas superficiais.

    A respeito da condutividade hidrulica, Silva (2005a) esclarece que a reduo da

    infiltrao de gua no solo, ocasionada pela compactao da camada superficial, pode resultar

    em acrscimo do escoamento superficial e aumento da eroso. Com efeito, a ampliao da

    resistncia do solo penetrao pode restringir o crescimento radicular.

    Alm disso, Pandolfo (2009) expe que as mudanas advindas do cultivo do solo, tais

    como a concentrao e tipo de ons na soluo do solo e as variaes do pH podem gerar

    alteraes na disperso da frao argila, acarretando problemas estrutura do solo.

    Em pesquisas sobre as propriedades fsicas do solo pela distribuio dos poros,

    Ribeiro et al. (2007) demonstraram que as curvas de distribuio apresentaram as menores

    inclinaes, o que indica uma menor variedade de tamanho de poros. Isso reflete o

    predomnio de poros pequenos, o que justifica menores valores de condutividade hidrulica

    saturada. Deve-se enfatizar que segundo Silva et al. (2008) a condutividade hidrulica dos

    solos saturados uma das caractersticas de maior coeficiente de variao, em solo sob

    pastagem, sendo que essa variao depende diretamente da macroporosidade, da distribuio

    de partculas e da densidade, alm da existncia de infiltraes preferenciais em macroporos

    ou ao longo das razes.

    Souza et al. (2008) acrescenta que o crescimento radicular pode promover alteraes

    na estrutura do solo, reorganizando o espao poroso, por meio da atividade microbiana da

    rizosfera e de exsudatos do sistema radicular ocasionando maior agregao e reorganizao

    do espao. Como conseqncia, pode haver maior passagem de gua pelo perfil do solo, a

    qual influenciada pela reestruturao do solo, por meio de razes que promoveram aumento

    da porosidade.

  • 19

    Ainda com relao condutividade hidrulica, Ribeiro et al. (2007) em seus estudos

    do movimento da gua no solo, afirma que avaliar a distribuio dos poros por tamanho,

    torna-se mais relevante do que a mera determinao da porosidade total.

    Nos estudos de Silva et al. (2005a) encontra-se que os altos ndices de variao da

    condutividade hidrulica se deve ao efeito local, em decorrncia da alta variabilidade espacial

    dos solos, peculiar s propriedades de movimentao tridimensional da gua.

    A agregao um dos atributos que podem ser empregadas para avaliar a qualidade do

    solo, uma vez que a conservao de sua estrutura pode promover a aerao, a penetrao da

    gua, diminuindo a eroso. Por outro lado, a degradao da estrutura acarreta ao solo a perda

    das condies favorveis ao crescimento vegetal e o predispe ao aumento de eroso hdrica.

    Entretanto, a rotao de culturas e o manejo do solo podem suavizar esses problemas e atuar

    com a finalidade de se recuperar sua estrutura.

    No que se refere aos agregados, Ribeiro et al. (2007) assegura que o fracionamento da

    areia do solo apresenta-se como uma das razes para a maior heterogeneidade no tamanho de

    poros. Alm disso, embora o solo vermelho do cerrado do Tringulo Mineiro seja arenoso, a

    pequena quantidade de argila, pode proporcionar um elevado grau de floculao, oferecendo a

    esse solo alguma capacidade de agregao, o que contribui para se explicar a maior

    diversidade de tamanho de poros encontrada nesse tipo de solo.

    A produo de cobertura vegetal influencia o teor de matria orgnica do solo e quanto

    maior o teor de substncias orgnicas, maior ser a estabilidade dos agregados, melhorando a

    estrutura do solo, de maneira a viabilizar maior penetrao e reduzir o escoamento superficial

    de gua (PANDOLFO, 2009).

    Nascimento (2009) observou que o tratamento orgnico do solo possibilita maiores

    tamanhos de agregados e aprimoram sua estabilidade estrutural. Nesse estudo, os

    agregados de maior dimetro foram obtidos dos tratamentos com maiores teores de

    matria orgnica no solo.

    Nessa viso, Marcolin (2006) apresenta que a consistncia resultante da magnitude e

    natureza das foras de unio e aderncias existentes entre os agregados ou em seu interior, ou

    ainda entre as partculas do solo. Essas foras que unem as superfcies slidas so devido a

    tenso superficial presentes nos meniscos formados pelas pelculas de gua que envolve

    partculas de solo. Ressalta que a coeso proporcional tenso superficial existentes na

    pelcula de gua, diferenciando-se inversamente ao dimetro das partculas slidas. Com isso

  • 20

    se quer dizer que o solo arenoso tem baixa coeso entre suas partculas, enquanto que solo

    argiloso tem alta coeso.

    Convm dizer, ainda, que de acordo com Marcolin (2006), a agregao favorece maior

    proteo fsica da matria orgnica no solo, promovendo o aumento na estabilidade de

    agregados. Por sua vez, a quebra dos agregados de solo expe as substncias orgnicas

    atividade microbiana, diminuindo o volume de carbono orgnico.

    Esses estudos e conceitos levam a deduzir, conforme Fabian (2009), que a ausncia de

    cobertura vegetal eleva a exposio do solo s influencias diretas das gotas de chuva, o que

    pode favorecer a eroso hdrica e elica, especialmente se no utilizar prticas de conservao

    associadas ao preparo do solo e semeadura em nvel ou terraceamento, sobretudo em reas

    muito inclinadas.

    Marcolin (2006) ainda diz que a variao na densidade do solo pode decorrer da

    micro-agregao de partculas de argila, que causam certa porosidade intra-agregados, o que

    diminui a densidade, pois esses micro-agregados so comumente muito estveis. Outro fator

    que pode favorecer o aumento da densidade do solo o reduzido teor de matria orgnica em

    solos arenosos.

    Na utilizao de dejetos sunos, segundo Agne et al. (2011) pode-se obter uma

    fonte apropriada de nutrientes, mas se empregados inadequadamente podem afetar a

    qualidade fsica e qumica do solo. Nesse sentido, torna importante avaliar os atributos

    fsicos e qumicos do solo depois de usos sucessivos de dejetos sunos.

    Oliveira (2006) informa que se deve analisar, constantemente, o impacto ambiental

    oriundo do emprego do efluente da suinocultura em pastagens. Isso porque as diferentes

    opinies divergem em virtude de interesses econmicos envolvidos e a sustentabilidade

    ambiental.

    Os avanos da suinocultura com instalaes de tecnologia de vanguarda tm

    favorecido uma maior concentrao de animais por rea e um aumento na capacidade de

    gerao de resduos (Silva et al., 2011). Por isso deve-se avaliar o teor de substncias

    orgnicas no solo submetido fertilizao com dosagens de dejetos lquidos de sunos em

    reas de pastagens.

    Matos et al. (2011) afirmam que o uso de dejetos de sunos como fonte adicional

    de fertilizao, melhora os atributos fsico-hdricos e, portanto, a reteno de gua no solo

    que de suma relevncia por ser a gua um elemento primordial no desenvolvimento das

    culturas. Para tanto necessrio avaliar o armazenamento de gua no solo tratado com a

  • 21

    adubao suplementar com dejeto lquido de sunos em comparao com a adubao

    convencional.

    Castamann (2005), por sua vez, diz que apesar de anlises mostrarem que a

    aplicao dos dejetos lquidos na superfcie do solo possa resultar em maior rendimento

    do trigo, esse mtodo comumente utilizado no sistema de plantio direto, pode acarretar

    maior contaminao ambiental devido ao escoamento superficial, se comparada com a

    aplicao dos dejetos em sulcos.

    Maccari et al. (2011) considera que devido ao potencial do dejeto de sunos como

    fonte de nutrientes para o solo, o seu uso tem sido uma opo para acomodao e descarte

    desse dejeto em terras agrcolas. No entanto, a adio de resduos ao solo pode influenciar

    a atividade de microrganismos responsveis pela mineralizao e ciclagem de nutrientes,

    sendo necessrio avaliar o potencial de biodegradabilidade de diferentes doses desses

    dejetos.

    Schmitt et al. (2011) argumenta que a aplicao permanente de dejetos de sunos

    na forma lquida e slida, por longos perodos, pode modificar as propriedades fsicas do

    solo. Dessa forma, uma avaliao contnua dos atributos fsicos em um solo com textura

    arenosa e com histrico de recepo de dejetos merece ser conduzida para a manuteno

    do meio ambiente saudvel.

    Nessa mesma linha, para Vasconcelos et al. (2011), o emprego intensivo de dejetos

    lquidos de sunos pode ocasionar a elevao dos teores de cobre no solo em funo das

    doses aplicadas, especialmente, quando h movimentao deste elemento no perfil do

    solo. Quando aplicados em altas doses os teores podem alcanar limites crticos adotados

    pelos rgos de fiscalizao.

    Silva et al. (2005b), observou que a utilizao do dejeto de suno foi benfica e

    aumentou a produtividade de matria seca de braquiria. Embora as dosagens tenham

    favorecido os incrementos na produo, a melhor dosagem a ser aplicada aquela que no

    provoca alteraes das propriedades do solo com reflexos negativos sobre o ambiente.

    Araujo (2011) afirma que o uso de dejeto lquido de sunos pode promover a produo de

    matria seca de forrageiras que precedem os cultivos de vero.

    Rosa et al. (2004) avaliando o efeito de diferentes doses de dejeto lquido de suno

    (DLS) em quantidades de 100, 150 e 200 m ha-1

    na massa seca da Brachiaria brizantha cv

    Marandu, encontraram produes iguais a 1,7; 2,3 e 2,8 Mg ha-1

    de massa da matria seca,

    respectivamente, para o ano agrcola 2001/2002. Freitas et al. (2005) observaram que a

  • 22

    aplicao de 200 m ha-1

    ano-1

    de DLS proporcionou mdia de 2,2 Mg ha-1

    de massa da

    matria seca no intervalo de novembro de 2003 a abril de 2004.

    Assim sendo, Oliveira et al. (2011a) relata que um grande volume de dejetos

    lquidos e slidos de sunos, aplicado contnuas vezes em pequenas reas de cultivo, pode

    aumentar os teores de nutrientes no solo, entre eles o fsforo o que pode contribuir na

    produo.

    Em estudos em microbacias, Broetto et al. (2011) ressalta que grandes quantidades

    de dejetos lquidos de sunos usados nos solos podem afetar as guas superficiais em

    nascentes e ponto intermedirio da drenagem. Deve-se monitorar para verificar se

    apresentam nveis compatveis ao enquadramento da Resoluo 357 do CONAMA. Dessa

    forma, as guas que esto prximas da foz no podem apresentar coliformes termos-

    tolerantes e fsforo total acima dos padres da referida resoluo.

    Pinto et al. (2011) enfatiza que o uso do dejeto lquido de sunos (DLS) em

    lavouras comerciais de gros e/ou pastagens, tem sido indicada como uma relevante opo

    de descarte, sendo em determinas condies a nica fonte de nutrientes s culturas. Pode

    ser utilizado, por exemplo, como fonte de nutrientes na produo de massa da matria

    seca na produtividade de milho sob diferentes manejos de solo.

    Retomando os estudos de Castamann (2005), ao considerar esse contexto, os

    resultados com a aplicao dos dejetos em sulco, sem o revolvimento do solo com

    implementos de disco, apontam ser uma tcnica de aplicao preferencial em relao

    aplicao na superfcie do solo. Alm disso, considera-se necessrio a realizao de outros

    estudos que avaliem a reduo de perdas (volatilizao, escoamento superficial) que esse

    modo de operacionalizar os resduos pode proporcionar, especialmente, em situao de

    solos com maior declive topogrfico.

    A aplicao sucessiva de dejetos promove o aumento expressivo de teores de

    Fsforo, Potssio, Boro, Zinco e Cobre, evidenciando que, alm da carga orgnica, um

    potencial poluidor por metais pesados (AGNE et al., 2011).

    As aplicaes de esterco a base de dejetos de suno durante quase 90 meses

    elevaram os teores de Cu e Zn na camada superficial do solo, sendo parte desses

    elementos distribudos para as camadas mais profundas, apontando uma saturao

    potencial de grupos funcionais de fraes reativas do solo, o que um indicativo de

    contaminao ambiental (FREITAS NETO et al., 2011).

  • 23

    Costa et al. (2011) observaram aumento no teor de matria orgnica em todas as

    profundidades avaliadas. Com a aplicao contnua de esterco lquido de sunos, nota-se

    aumento expressivo no acmulo de matria orgnica no solo.

    Oliveira et al. (2011b) advertem que os efluentes dos sunos so fontes de matria

    orgnica, macronutrientes (N, P e K) e micronutrientes como o Zn, Mn, Cu e Fe, porm

    em doses elevadas, podem ser potencialmente contaminantes do solo e txicos s plantas.

    Contudo, a adio de dejeto lquido e cama sobreposta de sunos ao longo de oito

    anos sob sistema de plantio direto, modificou a partio do fsforo biolgico e

    geoqumico. Facilitou, ainda, o acmulo de formas de P geoqumico ao longo do perfil do

    solo, elevando sua disponibilidade, apontando os perigos de contaminao ambiental de

    guas superficiais e sub-superficiais (GUARDINI, 2011).

    A aplicao do esterco lquido de sunos contribuiu para a reduo da acidez do

    solo, em virtude da concentrao maior de matria orgnica no solo. A aplicao de

    dejetos lquidos de sunos alm de incrementar nutrientes, auxilia no controle da acidez

    ativa (MAGELA et al., 2011).

    O tratamento dos efluentes de sunos antes da fertilizao podem minimizar os

    efeitos negativos no ambiente. Acredita-se que a maioria dos produtores de sunos, cerca

    de 80% no Brasil, no tem informao sobre os nveis de contaminao no meio ambiente

    em seus cultivos. Deve-se alertar para os possveis problemas a que esto sujeitos com o

    crescimento dessa cadeia de fertilizantes de efluentes lquidos ou slidos de sunos, pois

    grande parte dos produtores no sabe o que podem causar aos mananciais de gua

    (OLIVEIRA, 2006).

    Mesmo com os benefcios da fertilizao do solo, Schirmann et al. (2011) orienta

    que o impacto ambiental ocasionado pelo emprego agrcola dos dejetos de sunos precisa

    ser reduzido. Para tanto, deve-se procurar estratgias que objetivem diminuir as emisses

    do principal gs de efeito estufa, o xido nitroso, depois da aplicao dos dejetos.

  • 24

    3. MATERIAIS E MTODOS

    3.1- Localizao da rea experimental

    O estudo foi conduzido na rea experimental do Instituto Federal de Educao,

    Cincia e Tecnologia do Tringulo Mineiro, campus Uberaba, MG, que est localizada entre

    as coordenadas 193919S e 475727W a uma altitude de 795 metros.

    3.1.1- Clima

    O clima da regio classificado como Aw, tropical quente, com inverno frio e seco,

    conforme classificao de Kppen. Os dados climticos foram colhidos na estao

    climatolgica do IFTM.

    A regio apresenta perodo de seca entre abril e setembro e uma poca de chuvas

    abundantes entre outubro e maro (Figura1). A temperatura varia em torno de 20C a 27C

    no tendo grandes magnitudes no decorrer do ano, como pouca queda de temperatura entre os

    meses de maio e julho.

    0,00

    50,00

    100,00

    150,00

    200,00

    250,00

    300,00

    350,00

    400,00

    out/0

    9

    nov/09

    dez/09

    jan/

    10

    fev/10

    mar

    /10

    abr/1

    0

    mai/1

    0

    jun/

    10

    jul/1

    0

    ago/10

    set/1

    0

    out/1

    0

    nov/10

    dez/10

    pre

    cip

    itao

    (m

    m)

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    Tem

    pera

    tura

    (C

    )

    Figura 1- Dados de precipitao pluvial total (mm) e temperatura mdia mensal (C) entre

    outubro de 2009 a dezembro de 2010.

    Fonte: Estao metereolgica do IFTM.

  • 25

    3.1.2- Descrio do solo

    O solo avaliado um Latossolo Vermelho distrfico (LVd), segundo classificao de

    Embrapa (2006). A rea pesquisada apresentou textura mdia na camada de 0,00 a 0,40 m.

    Sendo 160 g kg-1

    de argila, 750 g kg-1

    de areia e 90 g kg-1

    de silte. Apresenta suscetibilidade a

    processos erosivos, reduzida reteno de gua e nutrientes.

    3.2- Delineamento experimental e descrio dos tratamentos

    O delineamento experimental utilizado foi em bloco ao acaso, com cinco tratamentos

    distribudos em quatro repeties. Os tratamentos utilizados foram cinco doses de dejetos

    lquidos de sunos, provenientes da gua residuria na suinocultura, utilizando-se as doses de

    zero, 100, 200, 300 e 600 m ha-1

    ano-1

    , aplicados sobre Brachiaria brizantha cv. marandu,

    divididas em 6 aplicaes bimestrais, nos meses pares.

    Dentro dos blocos (repeties) foi feito o sorteio dos tratamentos. Cada parcela tinha

    extenso de 16 m e distancia entre parcelas de 0,5 m. Nas coletas, foi desprezada uma rea de

    bordadura de 0,05 m em todo contorno da parcela, isto , a parcela til possua 9 m (Figura

    2).

    Figura 2- Croqui da rea experimental

    Fonte: Cunha (2009)

  • 26

    O dejeto lquido de suno (DLS) foi obtido pelo sistema de criao de sunos

    confinados em galpes de recria e terminao do IFTM campus Uberaba (CUNHA, 2009)

    aps a lavagem das baias com gua sob presso, conduzida por meio de canaletas at duas

    lagoas de estabilizao, no sequenciais, revestidas com PVC malevel, cada uma com

    capacidade de armazenar aproximadamente 300 mil litros.

    Nesse experimento, o DLS foi colocado por um perodo de estabilizao de cerca de

    60 dias na lagoa 1, e nessa mesma temporada a outra lagoa 2 armazenava os dejetos dirios,

    isto , o esquema foi planejado para funcionar em sistema de rodzio, pois no momento em

    que a lagoa 1 estabilizava o DLS a lagoa 2 armazenava a produo diria (Figura 3). Se a

    lagoa 2 estava perto de sua capacidade total de armazenamento, efetuava-se o esvaziamento

    da lagoa 1 (em estabilizao) e como ttica de disposio efetuava-se a aplicao controlada

    do DLS em reas agrcolas do IFTM Campus Uberaba.

    Figura 3 Viso da granja de sunos do IFTM Uberaba e das duas lagoas de estabilizao no sequenciais.

    Fonte: Cunha (2009)

    Na obteno do DLS para este experimento, foi empregado um tanque de suco com

    acionamento por trator. Com esse equipamento, foi realizado o processo de suco e asperso

    intermitente do DLS na lagoa, de modo que, depois da repetio desse processo, alcanou-se

    o DLS homogeneizado.

  • 27

    Depois desse procedimento, o DLS foi coletado e armazenado em um reservatrio

    temporrio. Nesse reservatrio o DLS foi homogeneizado e distribudo manualmente e em

    cada parcela experimental com o uso de tambores graduados. Os tratamentos foram aplicados

    por Cunha (2009) durante cinco anos e meio.

    3.3- Dados que foram avaliados

    A avaliao da produo de massa da matria seca foi realizada em dezembro de 2010,

    dez meses aps uniformizao com corte a 0,20 m de altura. Foram amostrados 2 pontos ao

    acaso em cada parcela para avaliao da massa da matria seca, jogando-se aleatoriamente um

    quadrado de ferro de rea til de 0,25 m. Todo o material encontrado dentro da rea foi

    coletado, cortando-se o mais rente possvel do solo, levados para laboratrio, colocados em

    estufa de circulao forada a 65C por 72 horas, pesados aps atingirem peso constante,

    sendo seus resultados transformados para kg ha-1

    .

    Os atributos fsicos avaliados foram a textura, densidade do solo, macroporosidade,

    microporosidade e porosidade total, condutividade hidrulica saturada, estabilidade de

    agregados e o grau de floculao da argila, segundo metodologia proposta pela Embrapa

    (1997).

    A textura do solo foi determinada pelo mtodo da pipeta. Na determinao da argila

    dispersa em gua no se utilizou o dispersante. O grau de floculao foi obtido pela relao

    entre a argila total e a argila naturalmente dispersa.

    Amostras indeformadas foram coletadas em anis volumtricos de 48 mm de dimetro

    por 53 mm de altura. Em cada profundidade de amostragem (0,0 a 0,05 m e 0,05 a 0,10 m)

    foram retiradas 3 amostras indeformadas de cada parcela. Estas amostras foram armazenadas

    em latas, e determinado densidade do solo, macroporosidade, microporosidade, porosidade

    total, anlise granulomtrica.

    A densidade do solo foi determinada pelo mtodo do anel volumtrico. Nos mesmos

    foi determinada a porosidade total obtida atravs da ocupao total dos poros das amostras

    indeformadas por gua. A condutividade hidrulica do solo saturado foi analisada por meio da

    adaptao da metodologia do permemetro de carga constante, onde mantm uma coluna de

    gua com volume constante sobre a superfcie do solo do anel, com o auxlio de um pissete,

    medindo-se o volume de gua que passava pelo solo do anel em intervalo de tempos

    regulares.

  • 28

    A distribuio de poros por tamanho (macro e microporosidade) foi determinada em

    amostras com estrutura indeformada, previamente saturadas por 24 horas, utilizando uma

    unidade de suco a 60 cm de altura de coluna de gua. A macroporosidade foi calculada pela

    diferena entre o volume total de poros determinada e a microporosidade.

    Foram coletados com auxlio de enxado 3 amostras indeformadas em cada parcela

    nas camadas de 0,00 a 0,05 m e 0,05 a 0,10 m. Os torres foram secos ao ar e desmanchados

    manualmente. A partir dessas amostras foi analisada a estabilidade de agregados pelo mtodo

    descrito por Kemper & Chepil (1965) que consiste em pesar duplicatas de 25 g de solo secas

    ao ar constitudas de agregados de dimetro entre 8,00 a 4,00 mm, os quais foram umedecidos

    com spray. Em seguida estas amostras foram colocadas no aparelho de oscilao vertical

    sobre o conjunto de peneiras de 2,00; 1,00; 0,50; 0,250 e 0,106 mm de abertura de malha.

    Aps 15 minutos de agitao as pores retidas em cada peneira foram transferidas para

    recipientes metlicos com auxlio de jatos de gua e secas em estufa a 105C, por 24 h, para

    posterior pesagem. A partir dos valores dessas massas, foram calculados o dimetro mdio

    ponderado (DMP) e o dimetro mdio geomtrico (DMG).

    Quanto maior for o agregado, maiores sero o DMP e os espaos porosos entre

    agregados, aumentando a infiltrao e diminuindo consequentemente a eroso. O DMP foi

    calculado pela equao 1.

    n

    iwixiDMP

    1)*( (1)

    Onde, Xi = dimetro mdio das classes (mm);

    Wi = proporo de cada classe em relao ao total; n o nmero de classes e i a classe de

    agregados.

    O DMG representa uma estimativa do tamanho da classe de agregados de maior

    ocorrncia e foi calculado pela equao 2, conforme descrito por Castro Filho et al. (1998).

    DMG = EXP

    n

    i

    n

    i

    wi

    xiwp

    1

    1log*

    (2)

    Em que: wp= peso dos agregados de cada classe (g).

  • 29

    3.4- Anlise dos dados

    Os valores das caractersticas fsicas do solo foram analisados separadamente para

    cada camada estudada. As anlises estatsticas foram realizadas com o auxlio do

    software SISVAR (Ferreira, 2000). As avaliaes constaram de anlise de varincia,

    aplicando o teste F para significncia. Quando este foi significativo, compararam-se as

    mdias obtidas pelo teste de Tukey a 5%.

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    4.1- Massa da matria seca

    A aplicao de DLS promoveu aumento de massa da matria seca total apenas na

    maior dose de aplicao (Tabela 1). Ainda assim, a produo dos demais tratamentos foi

    adequada para proteger o solo do impacto direto da chuva sobre o solo, sendo considerado

    suficiente para uso como cobertura do solo em semeadura direta.

    Tabela 1- Produo de massa da matria seca no perodo de 2010 na Brachiaria brizantha cv.

    Marandu onde foram aplicadas diferentes doses de dejetos lquidos de sunos.

    Tratamentos

    (m ha-1

    ano-1

    )

    Massa de matria seca

    (Mg ha-1

    )

    0

    100

    200

    300

    600

    8,12 a

    12,25 a

    10,85 a

    10,92 a

    23,51 b

    F

    C.V(%)

    32,80**

    13,80 **Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F.

    Mdias seguidas pela mesma letra, no diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de

    significncia.

    Serafim (2010) observou que a produo de Brachiaria foi afetada pela poca de

    avaliao. A produo de massa da matria seca foi maior nos meses em que houve maior

    precipitao pluvial com relao aos meses de menor precipitao (maio, agosto e outubro de

    2008) e na mdia de oito cortes num perodo de 14 meses os tratamentos apresentaram

    produes mdias crescentes com 1,3 Mg ha-1

    na dose zero e 2,8 Mg ha-1

    na dose de 600 m

    ha-1

    ano-1

    .

  • 30

    Costa et al. (2005) observaram que a precipitao e a umidade relativa foram as

    caractersticas climticas que mais variaram e influenciaram na produo de massa da matria

    seca de gramneas forrageiras.

    Os elevados valores de massa seca em todos os tratamentos foram devido a

    manuteno da gramnea sem cortes ou pastejo durante dez meses e a perenizao da mesma

    h 65 meses, desde a instalao do experimento.

    Por outro lado, em trabalho realizado por Cunha (2009), observa-se que aps dois anos

    de avaliao da Brachiaria brizantha cv. marandu adubada com DLS nas mesmas doses

    estudadas no presente trabalho este recomendou a utilizao de doses menores que 300 m ha-

    1 ano

    -1, em funo destas fornecerem os nutrientes necessrios e apresentarem menores riscos

    de impactos ambientais.

    4.2- Grau de floculao da argila

    O maior grau de floculao ocorreu na dose de 600 m ha-1

    de DLS (Tabela 2), em

    todas as profundidades, em relao ao tratamento sem aplicao.

    Tabela 2 - Valores do grau de floculao, nas diferentes profundidades e tratamentos Grau de Floculao %(**)

    Doses de DLS (m3 ha

    -1)

    Camadas (m) 0 100 200 300 600 mdia CV (%)

    0,0- 0,05 57,10 b 80,35 ab 76,45 ab 85,28 a 86,83 a 77,20 14,10

    0,05- 0,10

    0,10- 0,20

    0,20- 0,40

    66,0 b

    56,88 c

    68,23 b

    78,0 ab

    71,85 bc

    71,48 ab

    74,0 ab

    67,0 bc

    66,58 b

    84,70 ab

    84,35 ab

    80,20 ab

    89,50 a 78,54 11,12

    93,70 a 74,76 12,63

    89,50 a 75,20 11,94

    ** significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F. Mdias seguidas pela mesma letra, na linha, no diferem estatisticamente entre si (Tukey, p

  • 31

    4.3- Densidade do solo (Ds)

    A densidade do solo variou entre 1,25 a 1,46 Mg m-, sem efeito de tratamento e

    camada (Tabela 3). Embora os valores nominais sejam maiores na camada sub-superficial as

    densidades desta camada so estatisticamente igual camada superficial. Com isso, verifica-

    se que a densidade no foi afetada pelos tratamentos e que, portanto, no ocorreu degradao

    do solo pela aplicao de DLS.

    Reichert et al. (2009) destacam em seu estudo que valores de densidade do solo

    superiores a 1,74 Mg m-3

    so considerados crticos ao desenvolvimento de razes em solos de

    textura mais grosseira.

    Tabela 3- Densidade do solo submetido a doses de DLS.

    Tratamentos

    (m ha-)

    Densidade do solo (Mg m-3

    )

    Camadas (m)

    0-0,05 0,05- 0,10

    0

    100

    200

    300

    600

    1,35 a

    1,38 a

    1,34 a

    1,28 a

    1,25 a

    1,43 a

    1,46 a

    1,45 a

    1,41 a

    1,40 a

    F F 3,44 (ns)

    0,74 (ns)

    Mdia Mdia 1,32 1,43

    C.V(%) C.V (%) 4,43 3,56

    ns no significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F.

    Mdias seguidas pela mesma letra, no diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de

    significncia.

    A densidade do solo pode ser um indicador de alterao na qualidade do solo, pois seu

    aumento interfere no crescimento radicular, na reduo da aerao, aumento na resistncia

    mecnica do solo penetrao e provoca alteraes na dinmica da gua no solo (Klein,

    2008).

    4.4- Volume total de poros (%)

    Os resultados obtidos para a porosidade total do solo mostraram que no houve

    diferena estatisticamente significativa tanto entre as dosagens como entre as profundidades

    estudadas (Tabela 4).

  • 32

    A porosidade total variou de 48 a 52% na mdia das camadas. A distribuio de poros

    dos solos condiciona seu comportamento fsico-hdrico, tais como o movimento e

    armazenamento de gua e gases, fluxo e reteno de calor e desenvolvimento do sistema

    radicular. Um solo em condies ideais deve apresentar cerca de 50% do volume ocupado por

    poros e deste espao poroso, 1/3 ocupado por ar e 2/3 por gua (AGNE et al. 2011).

    Tabela 4- Porosidade total do solo (VTP) submetido a doses de DLS.

    Tratamentos

    (m ha-)

    VTP (%)

    Camadas (m)

    0,00-0,05 0,05- 0,10

    0

    100

    200

    300

    600

    52,31 a

    51,41 a

    51,92 a

    51,40 a

    53,10 a

    48,62 a

    46,74 a

    47,93 a

    48,63 a

    48,45 a

    F F 0,40 (ns)

    0,68 (ns)

    Mdia Mdia 52,01 48,07

    C.V(%) C.V (%) 4,21 4,01

    ns no significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F.

    Mdias seguidas pela mesma letra, minscula na coluna, no diferem estatisticamente entre si pelo teste de

    Tukey a 5% de significncia.

    Hati et al. (2006) observaram aumento da porosidade total, quando combinada

    adubao mineral com esterco de curral, em relao ao tratamento testemunha. Pagliai et al.

    (1983) observaram que a aplicao de dejeto suno, na dose de 300 m ha-, aumentou a

    porosidade total de 10% para 31% na camada superficial de um solo argilo-siltoso.

    4.5- Macroporosidade e Microporosidade

    Os resultados da macroporosidade e microporosidade so os apresentados na tabela 5.

    Pode-se observar que para a macroporosidade no ocorreram diferenas significativas entre os

    tratamentos e camadas analisadas. O volume dos macroporos variou entre 23 a 19% na

    mdias das camadas. A manuteno do volume desses macroporos de acordo com as

    aplicaes das dosagens de forma crescente evidencia que os DLS no causaram a obstruo

    dos poros.

    Considerando que os macroporos so a rota principal para o movimento da gua e ar

    no solo, o entupimento desses provoca o selamento superficial dificultando a infiltrao de

    gua e a troca de gases entre a atmosfera e o solo, como o observado em estudos em Viosa,

    por Romero (2007). Em seu estudo, Agne et al. (2011) constataram que houve reduo no

  • 33

    volume de macroporos na rea que recebeu desejos sunos, ocorrendo o entupimento dos

    mesmos.

    Tabela 5- Macroporosidade e microporosidade sob diferentes doses de sunos em

    diferentes camadas do solo.

    Tratamentos

    (m ha-)

    Macroporosidade (%)

    Camadas (m)

    0-0,05 0,05- 0,10

    Microporosidade (%)

    Camadas (m)

    0-0,05 0,05- 0,10

    0

    100

    200

    300

    600

    26,29 a

    23,18 a

    22,43 a

    22,48 a

    21,87 a

    20,76 a

    17,82 a

    17,61 a

    19,69 a

    19,51 a

    26,02 c

    28,23 b

    29,49 ab

    28,92 b

    31,19 a

    27,86 a

    28,93 a

    30,32 a

    28,94 a

    28,93 a

    F 2,48 (ns)

    1,21 (ns)

    15,21** 2,51 (ns)

    Mdia 23,25 19,08 28,77 29,0

    C.V(%) 9,62 12,72 3,37 3,81 ns

    no significativo e ** significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F. Mdias seguidas pela mesma letra, minscula na coluna, no diferem estatisticamente entre si pelo teste de

    Tukey a 5% de significncia.

    A microporosidade variou apenas na profundidade de 00,5 m, com valores de 26 a

    31%, sendo que o maior valor foi constatado na maior dosagem (Tabela 5). Resultado esse

    que pode ser decorrente a matria orgnica na frao humificada, alm de fazer parte da

    matriz do solo na forma de colides orgnicos, exerce profundos efeitos nas suas

    propriedades. A argila retm maior quantidade de gua que as demais partculas do solo.

    Hati et al. (2007) observaram em um Vertissolo, por 28 anos ocorreu aumento da

    microporosidade do solo, que variou de 0,38% na testemunha, para 0,45% com adubao

    mineral NPK, mais dejeto de curral.

    4.6- Condutividade hidrulica do solo saturado (mm/h-1

    )

    A condutividade hidrulica do solo um parmetro que expressa a facilidade com que

    a gua se movimenta ao longo do perfil de solo e est diretamente relacionada produo das

    culturas e a preservao do solo e dos recursos hdricos (Klein, 2008).

    Com relao a condutividade hidrulica, observou-se que tambm no ocorreram

    diferenas significativas entre os tratamentos e camadas avaliadas (Tabela 6), seguindo o

    mesmo comportamento apresentado para macroporosidade.

    Como o movimento de gua em meio saturado se realiza atravs dos grandes poros, o

    parmetro de condutividade hidrulica em meio saturado deve associar-se com tendncia

  • 34

    semelhante na macroporosidade. Resultado semelhantes foi relatado por Gubiani et al. (2007)

    onde no apresentou interao entre doses de dejeto e profundidades para a condutividade

    hidrulica.

    Tabela 6 - Condutividade hidrulica do solo saturado (Ksat) submetido a doses de DLS.

    Tratamentos

    (m ha-)

    Condutividade hidrulica (mm/h)

    Camadas (m)

    0,00-0,05 0,05- 0,10

    0

    100

    200

    300

    600

    48,80 a

    33,40 a

    35,50 a

    38,80 a

    36,80 a

    31,20 a

    20,60 a

    20,30 a

    30,30 a

    26,28 a

    F F 1,90 (ns)

    1,97 (ns)

    Mdia Mdia 37,86 25,73

    C.V (%) C.V (%) 25,78 28,54 ns

    no significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F. Mdias seguidas pela mesma letra, minscula na coluna, no diferem estatisticamente entre si pelo teste de

    Tukey a 5% de significncia.

    4.7- Estabilidade de agregados

    Atravs das anlises estatsticas dos dados observou-se que no houve interao entre

    doses de dejeto e camadas para a varivel analisada (Tabela 7), ou seja, no ocorreu a

    disperso dos agregados em funo da presena de elementos dispersantes existente no dejeto,

    como por exemplo, o sdio proveniente da rao.

    Tabela 7 - Dimetro mdio geomtrico (DMG) e dimetro mdio ponderado (DMP), sob

    diferentes doses de dejeto de suno na profundidade de 0-0,05 a 0,05 -0,10 m.

    Tratamentos

    (m ha-)

    DMG (%)

    Camadas (m)

    0-0,05 0,05- 0,10

    DMP (%)

    Camadas (m)

    0-0,05 0,05- 0,10

    0

    100

    200

    300

    600

    3,04 a

    3,05 a

    2,66 a

    2,65 a

    2,77 a

    2,35 a

    2,36 a

    1,93 a

    2,02 a

    2,20 a

    4,48 a

    4,01 a

    3,68 a

    3,79 a

    3,86 a

    3,57 a

    3,55 a

    3,05 a

    3,23 a

    3,39 a

    F 3,60 (ns)

    5,92 (ns)

    2,65 (ns)

    2,51 (ns)

    Mdia 2,97 2,37 3,96 3,50

    C.V 16,33 19,84 9,72 14,12 ns

    no significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F. Mdias seguidas pela mesma letra, minscula na coluna, no diferem estatisticamente entre si pelo teste de

    Tukey a 5% de significncia.

  • 35

    Barilli (2005) obteve resultados divergentes ao observado neste estudo, pois observou

    que a aplicao de resduo diminuiu o dimetro mdio ponderado dos agregados, a porcentagem

    de agregados com dimetro entre 8 e 2 mm e a permeabilidade do solo, aumentou a porcentagem

    de agregados com dimetro entre 2 e 0,105 mm e relacionou este resultado aos valores de

    matria orgnica, pois nas camadas de 0-0,05 e 0,05-0,10 m, as reas que receberam o resduo

    apresentaram valores de matria orgnica maiores. .

    Arruda (2007) ao analisar o dimetro mdio geomtrico (DMG) constatou que foi alto

    seu dimetro, variando de 6,14 mm a 5,73 mm na mdia dos tratamentos. O autor atribuiu

    estes resultados aos altos teores de argila e ferro do solo em estudo e que no houve efeito das

    doses crescentes de dejetos. Observou variao entre a testemunha, que apresentou um valor

    mdio de 6,14 mm, e a maior dose de 200 m3

    ha-1

    que apresentou um valor mdio de 5,89

    mm. Entretanto, houve diferena significativa para tratamentos, sendo que o tratamento D50

    (dejeto suno 50 m3

    ha-1

    ) apresentou o menor valor de DMG (5,73 mm) o que indica que a

    adubao com dejeto suno diminuiu a estabilidade.

    5- CONCLUSES

    1) A massa da matria seca de Brachiaria foi influenciada positivamente pela adio

    do dejeto lquido de suno na maior dose.

    2) A aplicao de dejeto lquido de suno nas doses utilizadas no afetou negativamente

    os parmetros avaliados.

    3) O tratamento com 600 m ha ano-1 promoveu aumento na microporosidade na camada

    de 0,00-0,05 m e o maior grau de floculao da argila em todas na camada de 0,00 a

    0,40 m.

  • 36

    6- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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