modelo de interoperalidade para municípios e estado de são paulo

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MODELO DE INTEROPERABILIDADE PARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO INTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES CASA CIVIL

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Interoperabilidade é a capacidade de um processo interagir com outro, de forma transparente e com elementos de relacionamento independentes de cada um dos processos. Os componentes tecnológicos envolvidos possuem padrões abertos e os processos podem ser de qualquer natureza, operados por sistemas de informações ou não.

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Page 1: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

INTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕESINTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES

CASA CIVIL CASA CIVIL

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Page 3: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

INTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES

Page 4: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

Governo do Estado de São Paulo

Alberto Goldman

Secretaria de Gestão Pública

Marcos Antonio Monteiro

Casa Civil

Luiz Antônio Marrey

Corregedoria Geral da Administração

Rubens Naman Rizek Júnior

Secretaria de Economia e Planejamento

Francisco Vidal Luna

Fundação Prefeito Faria Lima - Cepam

Nelson Hervey Costa

Produção editorial | Gerência de Comunicação e Marketing do Cepam

Coordenação | Adriana Caldas

editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa, Marcia Labres (estagiária), Silvia Regina F. Pedroso Galles e

Simone Midori Ishihara (estagiária)

Direção de Arte | Jorge Monge

Chefia de Arte | Carlos Papai

Assistente de Arte | Janaína Alves C. da Silva

Tiragem | 1.500 exemplares

Page 5: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

INTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REúSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES

CASA CIVIL

Page 6: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

© Corregedoria Geral da Administração

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal

Coordenação Lucia Uemura Sampaio, corregedora e gerente do projeto

TextoAntonio Celso Albuquerque Filho, gerente de Tecnologia da Informação e Comunicação do Cepam

Patrícia Pessi, mestre, especialista em comunicação e sistematização de processos, corregedora

RedatorThiago de Christo

Consultores EspecialistasFernando Di Giorgi, Júlio Labronici, Márcio Ribeiro Cruz, Nicolau Reinhard, Norberto Torres, William Ferreira Peixoto

Ficha Catalográfica elaborada pela Gerência de Informações do Cepam

SÃO PAULO (Estado). Corregedoria Geral da Administração; FUNDAÇÃO PREFEITO FARIA LIMA – CEPAM. Modelo de interoperabilidade para municípios e Estado de São Paulo: integrando sistemas com compartilhamento, reúso e intercâmbio de informações. São Paulo, 2010. 76 p.

Inclui glossário

1. Administração pública. 2. Sistema de informações gerenciais. I. Título: integrando sistemas com compartilhamento, reúso e intercâmbio de informações

CDU: 35:00.4.031.42

Page 7: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

APRESENTAÇÃOA SECRETARIA de Gestão Pública, criada em dezembro de 2006, formula

diretrizes e controla atividades que envolvem a aplicação das tecnologias

de informação e comunicação no Estado para criar processos de trabalho

desburocratizados, simples, integrados e inovadores, agregando agilidade e

transparência às decisões e aos serviços oferecidos pelo governo.

A Secretaria e a Corregedoria Geral da Administração disponibilizam, de forma

complementar, informações de controle e melhoria da interoperabilidade entre

os diversos sistemas no Estado.

A integração dos processos dessa enorme organização gera a ampliação das

competências para administrar e o aprofundamento do controle do Estado

pela sociedade. E o conceito do modelo desenvolvido possibilita economia,

com menos retrabalho nos processos de compras, diárias e convênios.

Essa ação é fruto do papel desempenhado pela Secretaria de Gestão, que

está focada em contribuir para a modernização, a eficácia e a eficiência da

atuação governamental.

Sob a perspectiva colaborativa, a atuação das equipes da Companhia de

Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) e da Unidade de

Tecnologia da Informação e Comunicação garantiu que os trabalhos fossem

realizados com a maior transparência e celeridade possíveis. Da mesma forma,

o comprometimento das equipes das Secretarias da Fazenda; de Economia e

Planejamento; e da Educação foi um exemplo de parceria nessa ação.

Faço um agradecimento especial à Casa Civil do Estado, por meio da

Corregedoria Geral da Administração, e à Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam,

por terem acreditado na Gestão Pública e participado com zelo e dedicação do

desenvolvimento do Modelo de Interoperabilidade para Municípios e Estado

de São Paulo.

Marcos Monteiro

Secretário de Gestão Pública

Page 8: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 9: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

PREfáCIOO governo do Estado de São Paulo tem se dedicado ao fortalecimento do controle

interno mediante o emprego de mecanismos de controle preventivo. Percebeu-se a

necessidade de integrar informações e sistemas, de tal modo que eventuais anomalias

administrativas sejam detectadas de antemão, por meios eletrônicos, e sanadas

antes de gerar qualquer prejuízo. Apresentado o diagnóstico para a Secretaria de

Gestão Pública, seguiu-se a diretriz para que a Corregedoria Geral da Administração

contribuísse com essa integração.

Para cumpri-la, teve início, no ano de 2008, o Programa Governamental para Incremento

do Controle Interno, que continha os projetos de ampliação, consolidação e integração

dos sistemas de informações e de estabelecimento do sistema de auditoria eletrônica,

aprovados no Plano Plurianual, conforme a Lei 13.123, de 8 de julho de 2008.

Em consonância com os desafios estabelecidos, um esforço intergovernamental planejou

o aperfeiçoamento dos sistemas gerenciais de tratamento de informações estatais,

sob a ótica da integração e interoperabilidade. Todos os aspectos da gestão pública,

inclusive a interface com os municípios na aplicação dos recursos do Estado, foram

analisados, sobretudo os programas e projetos realizados de forma descentralizada.

A Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam conduziu essa análise e, exaustivamente,

percorreu o Estado em busca de caminhos possíveis para a integração.

O Modelo de Interoperabilidade para Municípios e Estado de São Paulo representa

importante avanço na direção da economicidade, eficiência e responsabilidade, em

consonância com as diretrizes da Secretaria de Gestão Pública, norteadora das ações

do projeto.

O objetivo deste trabalho, portanto, é tornar o sistema de auditorias públicas mais eficaz

e eficiente, com o emprego de tecnologias de inteligência artificial e o cruzamento dos

vários bancos de dados já existentes nos diversos órgãos da Administração Pública.

De forma ampliada, o modelo será aproveitado pela Secretaria de Gestão Pública em

uma ação integradora ainda mais eficaz, que tornará os processos públicos eficientes

e transparentes para a sociedade. O resultado demonstra que os esforços conjugados

entre os entes públicos são essenciais para uma boa governança, colocando o Estado

de São Paulo e seus municípios em um novo patamar de gestão.

Rubens Naman Rizek Jr.

Presidente da Corregedoria Geral da Administração

Nelson Hervey Costa

Presidente da Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

Page 10: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

SUMáRIOAPRESENTAÇÃOPREFáCIO

PROJETO

Ponto de Partida 17 Primeiras reflexões 17

O papel do Cepam 18

Consulta aos gestores 21

Gestão e economia 22

O MODELOEscopo do Modelo 25

Arquitetura flexível 26

Foco em Processos 29 Componentes modulares 29

Integração flexível 30

Diretrizes Institucionais 30

PROJETO-PILOTO E PROTÓTIPOSProjeto-Piloto: Compras, Atas de Compras e Contratos 35

Integração PubNet/Sanções administrativas 37

O desenho dos conectores 37

Protótipo 1: Modelagem do Processo sobre BPMS 38

Protótipo 2: Modelagem de outros Processos Utilizando BRMS 38

INTRODUÇÃOTecnologias da Informação e Comunicação em Governos 9

Interoperabilidade – Um Marco Conceitual 10

Estratégias da CGA 11 Aplicação prática 12

Page 11: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

CONCLUSÃOGLOSSáRIOCOLABORAÇÃO

O MODELOEscopo do Modelo 25

Arquitetura flexível 26

Foco em Processos 29 Componentes modulares 29

Integração flexível 30

Diretrizes Institucionais 30

TECNOLOGIAUtilização da Base Tecnológica SOA 41

Benefícios 42

Orientação a serviços 45

Estrutura de um serviço 45

Processos e serviços 46

Web services 48

Aproveitamento de sistemas legados 51

O Ciclo do BPM 52 Desenho do processo 52

Implantação e monitoramento 52

A Camada de Interoperabilidade 55

Page 12: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 13: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

INTRODUÇÃOTecnologias da Informação e Comunicação em Governos

Governos municipais, estaduais e a Administração Pública federal convivem

hoje com o desafio de inovar para construir uma gestão mais eficiente, e o

uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) está no centro

desse processo, que visa à economia e à melhoria da qualidade na relação

com a sociedade.

A exigência de fazer mais e melhor tem motivado a revisão dos modelos

adotados para a implementação e o uso das TICs nas diferentes esferas e níveis

da Administração Pública, visto que os governos interagem por meio de sistemas

que têm se mostrado insuficientes para as atuais necessidades de gestão.

Muitas vezes, são sistemas pontuais, com sobreposições e, por isso,

inconsistentes; são verticais, atendendo a uma visão mais hierárquica de

governo e menos processual. Também são incompletos e não abrangem

alterações de processos. No aspecto tecnológico, são sistemas elaborados

com base em uma visão monolítica, característica que tem sido uma das

principais barreiras às inovações necessárias a novos modos de gestão.

Ao longo dos últimos dez anos, porém, esses modelos tecnológicos vêm sendo

revistos e melhorados; surgiram ideias de compartilhamento, intercâmbio

de soluções e reúso de recursos tecnológicos que possibilitaram a criação

de uma estrutura flexível, capaz de aproveitar melhor as informações dos

diferentes sistemas e de se adaptar rapidamente às mudanças previstas para

a Administração Pública.

É a partir desse novo padrão tecnológico que novos serviços e informações

de governo estão sendo disponibilizados para a sociedade e para os gestores

públicos, fazendo com que ambos usufruam de uma dinâmica mais ágil

e transparente, e mais eficiente. O sistema também contribui para reduzir

o custo do Estado e seu impacto na competitividade e nos resultados

macroeconômicos do País.

Estudo realizado em 2005 pela Secretaria de Logística e Tecnologia da

Informação (SLTI) estimou que o uso de TICs no realinhamento dos serviços

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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públicos traria, naquele ano, um ganho na eficiência correspondente a 1% do PIB (R$ 20 bilhões),

economia obtida com a redução das despesas de custeio do Estado, de um lado, e da ausência de

desperdício pelos usuários dos serviços, de outro.

Os dados utilizados para o estudo consideraram informações sobre as despesas de custeio do orçamento-

geral da União de 2004 e a economia de tempo e recursos estimada por cidadãos e empresas em resposta

à pesquisa de opinião feita na mesma ocasião. O conceito de realinhamento utilizado nada mais é do que

a inovação tecnológica promovendo a simplificação e melhoria dos processos governamentais.

No Brasil e em muitos países, a interoperabilidade é o caminho lógico para a nova realidade. Não é tarefa

simples, porém, implantá-la, pois os processos e sistemas envolvem muitos aspectos, entre os quais

a interoperabilidade técnica (padrões de comunicação, transporte, armazenamento e representação

de informações), a interoperabilidade semântica (significado das informações de diferentes origens), a

interoperabilidade política/humana (as informações devem ser disseminadas), a interoperabilidade inter

comunitária (relacionamento entre diferentes grupos de indivíduos), a interoperabilidade internacional

(diferenças linguísticas, de normas e padrões) e a interoperabilidade organizacional (entidades que

mantenham processos de cooperação).

Na última década, surgiu um conjunto de iniciativas e tecnologias em diferentes lugares do mundo

orientadas à interoperação de processos e sistemas. O governo federal brasileiro tem estabelecido

parâmetros para a elaboração de padrões e componentes que permitam a comunicação e a troca de

dados entre os sistemas. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio da SLTI, por

exemplo, iniciou em 2003 a construção da arquitetura e-Ping, que hoje é referência para um conjunto

de instituições públicas e privadas em todo o País.

Interoperabilidade – Um Marco Conceitual

Interoperabilidade é a capacidade de um processo interagir com outro, de forma transparente e

com elementos de relacionamento independentes de cada um dos processos. Os componentes

tecnológicos envolvidos possuem padrões abertos e os processos podem ser de qualquer natureza,

operados por sistemas de informações ou não.

Para a SLTI, interoperabilidade pode ser vista como uma cadeia de protocolos, padrões e especificações

técnicas que envolve os fluxos de informação e os sistemas de computação dentro das organizações e

entre elas, abrangendo a Administração Pública, as empresas e os cidadãos. Viabiliza a transferência de

informações e de processos de trabalho entre sistemas e bancos de dados, por meio da aplicação das suas

diretrizes e especificações, contemplando opções de tecnologia, redes, programas e equipamentos.

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Cor regedo r i a Ge ra l da Admin i s t r ação

Fundação P re fe i t o Fa r i a L ima - Cepam

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Corresponde, então, a fazer os computadores, as redes e os programas das pessoas, governos e

empresas se comunicarem, para acelerar processos entre sistemas diferentes quando estes precisam

acessar informações contidas em bancos de dados. Na prática, quer dizer que disponibiliza informações

precisas, no menor tempo possível, melhora o fluxo dos dados e elimina o retrabalho.

Por meio da interoperabilidade, é possível oferecer serviços modernos mesmo em plataformas antigas,

por causa da facilidade de conexão e interação de processos ou dados. Uma organização pode, com

os mesmos recursos e padrões, conectar o orçamento com sua execução, com o controle integrado

de projetos e contratos, e também com o controle financeiro e de pagamento. Ou seja, qualquer

dado incluído nos diferentes sistemas será interpretado e computado em todos, fechando-se o ciclo,

mesmo que nesse ciclo operem conjuntos de elementos de naturezas e construções diversas.

Estratégias da CGA

Em todo o processo de pesquisa e construção do Modelo aqui descrito, a CGA tem-se orientado por

resolução conjunta da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado, de 9 de abril de 2007. De acordo

com a resolução, a Corregedoria está incumbida de colher informações, analisar e propor medidas

para o aperfeiçoamento dos sistemas gerenciais e de tratamento das informações da Administração

Pública estadual.

Nada mais natural para um órgão cuja vocação abrange a preservação de padrões de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência dos atos da Administração Pública direta e indireta

(secretarias, autarquias, fundações instituídas e mantidas pelo Estado, e empresas em cujo capital o

Estado tenha participação direta ou indireta). Ainda mais a partir de junho de 2009, com o Decreto

54.424, que lhe atribuiu o dever de propor medidas e coordenar projetos que visem à integração dos

sistemas de informações, para fins de controle, aplicados à Administração estadual. Traduzido, para os

agentes públicos e cidadãos, como melhora na eficiência e transparência da Administração Pública.

DECRETO 54.424, de 8 de junho de 2009

Reorganizou a Corregedoria e estabelece no inciso VII do artigo 6o

a atribuição de “propor medidas e coordenar projetos visando à

integração de sistemas de informações, no âmbito da Administração

Estadual, para fins de controle”.

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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Aplicação prática

Para unificar, consolidar e ampliar os instrumentos de gestão existentes e aprimorar o controle e o

fluxo de informações na Corregedoria, o Modelo desenvolvido atuará em áreas-chave. E os mesmos

parâmetros podem ser aplicados em todas as esferas da Administração Pública estadual, inclusive na

interligação a sistemas federais e municipais e adaptações futuras.

Atualmente, por exemplo, os corregedores precisam buscar informações no sistema de cadastro,

no sistema de compras, no sistema de registro de licitações, no sistema de publicações, entre

outros, para rastrear determinada compra e agrupar as informações manualmente, em uma planilha

eletrônica. Com o Modelo, será possível encontrar o registro de compra por meio de qualquer um

dos sistemas, que se manterão íntegros, mas compartilharão e interpretarão a mesma informação,

evitando retrabalho.

No Modelo da CGA, os processos relevantes abrangem processos administrativos (disciplinares, de

ressarcimento, sancionadores e de tratamento de irregularidades); utilizam referências para controle

e fiscalização (listas de preços, fornecedores, acompanhamento de economia e estabelecimento de

padrões para prazos e custos); o controle de pessoal (prontuário, admissões, contratados, controle de

frequência e folha de pagamentos).

Principalmente, foram levados em consideração o controle de contratos públicos, de aditivos, de

serviços terceirizados e convênios, incluindo organizações sociais, a gestão de compras e licitações,

por meio de pregão ou dispensa, e estrutura e produção de editais; o controle de pagamentos,

de empenhos, dívida pública, adiantamentos/diárias e respectivas contabilizações; e o controle da

aplicação de sanções administrativas.

O exemplo de compras governamentais

Os gestores de compras do governo do Estado de São Paulo

acessam, hoje, distintos sistemas para iniciar e finalizar o processo

de qualquer aquisição. Entre os principais estão a Bolsa Eletrônica

de Compras (BEC), o Cadastro de Inadimplentes (Cadin), Cadastro

de Pregões, Cadastro de Serviços Terceirizados (CadTerc), Cadastro

Unificado de Fornecedores do Estado de São Paulo (Caufesp),

Contrato de Serviços Terceirizados, e-Negócios Públicos, Pregão

Eletrônico, Pubnet, Sanções Administrativas, Sistema Integrado

de Admnistração Financeira para Estados e Municípios (Siafem) e

Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras (Siafísico).

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Cor regedo r i a Ge ra l da Admin i s t r ação

Fundação P re fe i t o Fa r i a L ima - Cepam

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O protótipo do Modelo foi construído com o objetivo de demonstrar a interoperação desses sistemas

e o acesso a eles a partir de interface única.

Por essa interface, na fase inicial, o gestor preenche a requisição de compras e consulta o Siafísico,

sistema em que estão registrados os itens que o Estado pode comprar.

No módulo seguinte, é possível pesquisar preços na BEC, em sites conveniados e outras fontes.

Depois, a compra é incorporada ao Sistema de Protocolo do Estado (SPDOC).

A elaboração do edital também está integrada, assim como os demais passos, até o pagamento.

Nas demais etapas, a mesma interface possibilita a interação com o Siafem para reserva de recurso

e pagamento, bem como com a BEC, no momento da publicação do pregão. Na última etapa, os

resultados são publicados com o Pubnet.

O exemplo descrito está contido, em formato de protótipo,

no CD-ROM anexo a esta publicação.

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Page 19: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

PROJETO Ponto de Partida

Primeiras reflexões

O papel do Cepam

Consulta aos gestores

Gestão e economia

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Page 21: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

PROJETOESTADOS e municípios convivem há muito tempo com a procura de

sistemas integrados que melhorem a qualidade do atendimento ao público e

que forneçam as informações estratégicas necessárias para o planejamento

de suas atividades. O Modelo aqui proposto aponta um caminho.

Ponto de Partida

Desenvolver um novo sistema ou integrar sistemas que viabilizem uma

gestão integrada e também o controle interno e externo dos governos implica

investimentos consideráveis e o aproveitamento dos dados registrados nos

sistemas atuais.

Existem muitas opções a serem feitas diante deste objetivo, e investir

na interoperabilidade como alternativa à integração de sistemas tem-se

consolidado como uma alternativa para os governos brasileiros. A citada

criação do e-Ping, foi um marco, e depois dele muitos municípios e Estados

têm simplificado sistemas e serviços de acordo com essa filosofia.

Manter os sistemas atuais das diversas secretarias, que possuem estabilidade

e grande quantidade de dados e, por isto, inviabilizam economicamente a troca

por outros, já não é uma necessidade. Uma opção como esta certamente pode

esbarrar em modificações futuras. Ao longo do tempo, modificações criariam

novas fronteiras específicas, e permaneceria a dificuldade de interagir com

outros níveis de governo.

Criar um novo sistema único, que substitua todos os demais, também não

é necessário, se considerado o paradigma da interoperabilidade. A partir

dele, é possível aproveitar os dados, sistemas, informações e os registros

já existentes.

Primeiras reflexões

Os gestores envolvidos na construção deste Modelo fizeram esta reflexão,

incluindo todas as instituições e pessoas consideradas essenciais para a

sua implantação.

Page 22: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

18

Do ponto de vista técnico, era preciso consultar especialistas que comprovassem a necessidade de

mudança. A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) e a Unidade

de Tecnologia da Informação e Comunicação (Utic), da Secretaria de Gestão, foram acionadas, por

serem os órgãos públicos responsáveis pelas diretrizes e pela criação de padrões e sistemas de

interesse da CGA.

No primeiro momento, inventariar os sistemas configurava-se como o mais importante, uma vez que

cada um deles era desconhecido em suas particularidades. Com o apoio da secretaria, o projeto de

interoperabilidade foi apresentado em reunião do Grupo Técnico de Tecnologia da Informação, em

2007, e as informações sobre os sistemas começaram a ser colhidas.

No mesmo ano, um seminário com os principais técnicos do Estado discutiu a integração e os

próximos passos a serem seguidos. Percebeu-se que o processo de informatização estadual havia

criado sistemas que resolviam problemas imediatos, com as tecnologias disponíveis na época, mas

não atendiam às demandas presentes e às adaptações futuras.

O desafio transformou-se em fazer convergirem esses sistemas pontuais, sem eliminar as diferenças

entre eles; coordenar esforços para que o máximo do que já havia sido implantado fosse aproveitado.

Assim, a CGA projetou o Programa Governamental para Incremento do Controle Interno e acrescentou

instrumentos ao Plano Plurianual para viabilizar a sua construção.

Em vez da criação de um novo sistema, a aposta do programa consistia no uso de arquiteturas

baseadas no compartilhamento de informações e dados com a utilização de componentes comuns,

que promovessem a comunicação entre diferentes áreas e governos por meio de um padrão

para a troca de dados. O programa de implantação previa, como diretrizes básicas, a ampliação,

consolidação e integração dos sistemas de informações, bem como o desenvolvimento um de

sistema de auditoria eletrônica.

O papel do Cepam

Em 2008, as informações levantadas em órgãos públicos, ao longo do tempo, foram consolidadas, o

que gerou um edital para contratação do desenvolvimento de um modelo para integrar os sistemas

centrais de controle público do Estado, e destes com os sistemas municipais. Em dezembro do mesmo

ano, o processo resultou na contratação da Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam para operacionalizar

o projeto.

A partir de 2009, dezenas de técnicos e consultores foram colocados à disposição do projeto, seis em

dedicação integral. Isso não seria possível sem a parceria com a Fundação para o Desenvolvimento

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Cor regedo r i a Ge ra l da Admin i s t r ação

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da Engenharia (FDTE), especialista na realização de projetos desta monta há 35 anos. A Fundação foi

responsável, entre outros projetos, pela criação do primeiro computador brasileiro.

Com o corpo técnico completo, a pesquisa aprofundada dos sistemas estadual e municipais e sobre a

interligação entre eles teve início. Além dos sistemas estaduais, avaliou-se o nível de interoperabilidade

em 14 municípios. Nos quase 10 mil quilômetros de jornada entre prefeituras e órgãos públicos

municipais e estaduais, os consultores analisaram sistemas; participaram de reuniões técnicas e

debateram sobre as melhores formas de integração.

Epopeia Integrativa

A equipe empreendeu, durante o ano de 2009, 12 mil horas de

trabalho. Analisou, além dos sistemas estaduais, os sistemas de 14

municípios, percorrendo 9.870 quilômetros no Estado. Realizou 120

reuniões técnicas, analisou os sistemas de sete secretarias e da

Casa Civil, reuniu-se com a Prodesp, a Imprensa Oficial, o Itesp, a

Fundap, a Seade e com o comando da Polícia Militar para debater

a integração.

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam

O Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal

(Cepam) foi criado em 1967 com a missão de melhorar a gestão e

auxiliar juridicamente os municípios, especialmente os pertencentes

ao Estado de São Paulo. Em 1976, em homenagem ao ex-prefeito

José Vicente Faria Lima, o órgão passou a se chamar Fundação

Prefeito Faria Lima.

Nos últimos três anos, passou a facilitar as ações dos governos

federal e estadual com os municípios paulistas na implantação de

políticas públicas. Suas ações, hoje, são pautadas pela utilização de

novas tecnologias de informação e comunicação, como na criação

da Célula de Inovação do Município – Rede CIM, demonstrando que

as ferramentas de Web 2.0 podem ser aplicadas com sucesso no

Estado e em municípios de qualquer porte, para melhoria da gestão.

Page 24: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

20

Os 30 sistemas

O levantamento realizado para orientar o desenho do Modelo

de Interoperabilidade a ser criado constatou a existência de

30 diferentes sistemas, com distintos níveis de maturidade e

complexidade, todos utilizados atualmente para a execução

eletrônica dos processos.

Aos gestores de compras, diárias e convênios, e suas respectivas

áreas de controle, a realidade impõe dificuldades para a execução

satisfatória das atividades. É difícil atestar a veracidade das

informações em bases sobrepostas ou paralelas. E o retrabalho

inerente ao processo de inserção de dados em diversas bases

impõe custos desnecessários.

O Cepam analisou os seguintes sistemas estaduais:

Bolsa Eletrônica de Compras (BEC); 1.

Cadastro de alunos;2.

Cadastro de Municípios;3.

Cadastro de Pregões;4.

Cadastro de Regularidade de Municípios;5.

Cadastro de Inadimplentes (Cadin);6.

Cadastro de Serviços Terceirizados (CadTerc);7.

Cadastro de Fornecedores do Estado (Caufesp);8.

Contrato de Serviços Terceirizados;9.

Controle de Diárias;10.

e-Negócios Públicos;11.

Folha de Pagamento do Estado;12.

GuiaRH;13.

Matrícula Informatizada;14.

Portal de Convênios;15.

Plano Plurianual do Estado (PPA);16.

Pregão Eletrônico;17.

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Pubnet;18.

Sistema de Apoio à Administração Pública (Saap) – Pregão 19.

Presencial;

Sanções Administrativas;20.

Sistemas de Almoxarifado (SCeW);21.

Sistema de Gestão de Licitações (SGL);22.

Sistemas de Patrimônio (SGPI);23.

Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados 24.

e Municípios (Siafem);

Sistema Integrado de Informações Físico-Financeiras (Siafísico);25.

Sistema Integrado de Gestão de Frotas (Sigef);26.

Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária 27.

(Sigeo);

Sistema de Controle de Atas (Siscoa);28.

Sistema Integrado de Gestão de Convênios;29.

Protocolo Único do Estado (SPDoc).30.

Consulta aos gestores

Em complemento, um questionário on-line foi respondido por gestores de todos os órgãos pesquisados.

Era importante saber o que pensavam sobre interoperabilidade e se consideravam o trabalho útil.

Os dados da pesquisa, realizada com municípios do Estado de São Paulo, no segundo semestre de

2009, relacionaram a utilização de sistemas estaduais na execução de quatro tipos de processos:

compras, convênios, diárias e gestão.

O processo de compras obteve o maior índice de uso de sistemas nas atividades. Entre os sistemas

utilizados, uma média de 50% dos entrevistados responderam que usam a BEC, o Cadastro de

Inadimplentes, Cadastro de Pregões, CadTerc, Caufesp, Contrato de Serviços Terceirizados, e-Negócios

Públicos, Pregão Eletrônico, Pubnet, Sanções Administrativas, Siafem e Siafísico.

Os sistemas relacionados a diárias (Controle de Diárias) e convênios (Portal de Convênios) foram

mencionados como não utilizados em nenhum dos quatro processos listados. O Controle de Diárias

não é utilizado por 69,27% dos pesquisados e o Portal de Convênios, por 69,68%.

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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Para esmiuçar o tema, dois encontros com prefeitos foram realizados e um seminário aberto contou

com a participação de diversos Estados e municípios brasileiros. A equipe do projeto também realizou

entrevistas e fez visitas para conhecer os sistemas do Estado de Minas Gerais e do governo federal,

principalmente para entender as possibilidades de conexão com a base do Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço (FGTS), da Previdência; do Cadastro de Pessoa Física (CPF); do Cadastro Nacional

de Pessoa Jurídica (CNPJ); de sistemas de regularidade fiscal com a União e de sanções federais.

Para a CGA, o trabalho foi fruto de enorme esforço intergovernamental que planejou o aperfeiçoamento

de sistemas gerenciais de tratamento das informações estatais, sob a ótica da integração e

interoperabilidade, de modo a abranger todos os aspectos da gestão pública, inclusive a interface com

os municípios, na aplicação de recursos do Estado, sobretudo nos programas e projetos de realização

descentralizada. Esse esforço convenceu outros entes da federação. O governo do Acre, por exemplo,

se interessou em implantar o mesmo Modelo desenvolvido para o Estado de São Paulo.

O principal resultado de todo o esforço consolidou-se na elaboração do Modelo ora apresentado.

Para guiá-lo, foi desenvolvido um projeto-piloto, cujo objetivo é demonstrar a eficiência e a economia

geradas por uma visão governamental baseada em processos.

Gestão e economia

A constatação mais clara observada nos dados colhidos por todo o Estado de São Paulo é de que

os sistemas estaduais e municipais possuem bases de dados detalhadas, mas essas bases não se

relacionam entre si.

Os sistemas são pulverizados, o que inviabiliza que a informação seja tratada de forma agrupada para

melhor interpretação. Além disso, não prevêem relações de causa e efeito, dificultando a atuação

preventiva. Em outros casos, a falta de integração dificulta a gestão e a mensuração de economia e

eficiência em todo o processo.

Em decorrência da multiplicidade desses sistemas, as rotinas de controle dependem da disponibilidade

dos gestores em prestar as informações. Muitas vezes, a falta de resposta se dá em decorrência do

desconhecimento da natureza do processo de controle e seus benefícios para a administração.

É necessário, para viabilizar uma iniciativa tão abrangente, convencer os gestores de tecnologia do

Estado e dos municípios. Uma solução tecnológica, por si só, não transformará a interoperabilidade

em uma prioridade. É importante aderir ao moderno no que diz respeito à gestão das informações. Um

modelo baseado em processos aproveita e recicla boa parte do que já foi desenvolvido localmente,

com vantagens claras tanto para a Administração Pública quanto para o cidadão.

Page 27: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

O MODELOEscopo do Modelo

Arquitetura flexível

Foco em Processos

Componentes modulares

Integração flexível

Diretrizes Institucionais

Page 28: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 29: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

O MODELOO MODELO idealizado para os municípios e o Estado de São Paulo tem

como objetivos principais a melhoria da gestão dos processos. Espera-se, com

essa iniciativa, proporcionar economia em três eixos da Administração Pública:

nos processos, insumos e recursos.

Escopo do Modelo

Para a definição do modelo foram abarcados os sistemas de compras,

convênios, concessão de diárias e matrículas da rede pública.

Do ponto de vista dos processos, o Modelo contempla o controle da dinâmica

de compras, convênios e concessão de diárias, tornando automáticas as ações

repetitivas e remodelando os processos, sempre voltado para as possibilidades

de integração. No que diz respeito aos insumos, qualifica os resultados da

aquisição e elimina duplicidades em bancos de dados, facilitando o controle

do cadastramento de novos materiais. A redução do retrabalho, por sua vez,

garante a economia de recursos físicos, como tempo e pessoal.

O núcleo central do Modelo utiliza conceitos arraigados, para propor uma nova

Arquitetura de Integração, orientada a serviços – Service Oriented Architecture

(SOA) – e a processos – Business Process Management (BPM) –, com inteligência

de tratamento de regras e políticas embarcadas – Business Rule Management

System (BRMS). A modelagem foi realizada com alto grau de generalização e

pode ser utilizada para finalidades diversas daquelas inerentes ao projeto.

Service Oriented Architecture (SOA)

É um estilo de arquitetura de software

cujo princípio fundamental preconiza que

as funcionalidades implementadas pelas

aplicações devem ser disponibilizadas

na forma de serviços, autônomos, que

podem ser acessados a partir de qualquer

processo ou sistema.

Page 30: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

26

Além da perspectiva estritamente técnica, a arquitetura orientada

a serviços também se relaciona com determinadas políticas e

conjuntos de “boas práticas” que pretendem criar um processo

para facilitar a tarefa de encontrar, definir e gerenciar os serviços

disponibilizados.

Business Process Management (BPM)

É uma disciplina de gestão empresarial que trata de processos completos

(end-to-end), incluindo desde a definição, análise e o projeto, até a

implantação, operação, integração e o aperfeiçoamento contínuo.

Business Rule Management System (BRMS)

Possibilita, em um só ambiente integrado, descrever, analisar,

documentar, automatizar, integrar, operar, controlar e aperfeiçoar

as regras que os processos devem respeitar.

Arquitetura flexível

A maior parte do trabalho da CGA gira em torno de processos repetitivos, em que o principal foco

da gestão é a dinâmica operacional e o atendimento a demandas internas e externas. Raramente as

operações variam ou devem se adequar a demandas variáveis.

Apenas esse fato já justifica a introdução gradual de uma base tecnológica avançada para tratar

processos, com benefícios tanto para a atuação do órgão quanto para os organismos controlados.

Nos casos em que os processos sofrem mudanças constantemente, é ainda mais desejável gerenciar

as operações com a tecnologia orientada a processos de um Modelo Interoperacional.

A arquitetura de tecnologia de informação para suportar as operações da CGA (estendida à integração

com outros organismos do governo) pode ser estruturada fundamentalmente por serviços, processos,

e inteligência no tratamento de regras e políticas embarcadas. Interfaces invocam processos (ou,

diretamente, serviços), processos atraem serviços, e estes, por sua vez, exigem determinadas ações,

que podem ser, também, de integração com sistemas legados, Enterprise Resource Planning (ERP)/

Sistemas Integrados de Gestão, banco de dados, operações em máquinas, passagem de tarefas para

seres humanos, ou outros elementos.

Page 31: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

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27

Figura 1: Visão geral da arquitetura: os processos são

demandados por usuários que interagem com os mesmos,

ou então são chamados por outros processos

Uma base organizada de informações possibilita que essa arquitetura opere de forma coerente e

controlada, de forma ágil e integrada, ainda que utilizando serviços (componentes) das mais diversas

naturezas e distintas construções.

De forma esquemática simplificada, propõe-se que todos os elementos de sistemas e aplicações

sejam convertidos (quando possível) ou tratados como componentes autônomos (serviços), e que sua

integração, para realizar os processos, seja feita por tecnologias orientadas a processos – Business

Process Management Systems (BPMS) ou Enterprise Service Bus (ESB).

SOA é composta por múltiplas camadas

Usuários

processos

serviços

informação

Sistemas Corporativos

Sistemas Departamentais

ERP CRM DB

Camada de apresentação

(Interfaces): portais,

aplicações web, aplicações

móbile, thin clients

Camada de orquestração:

aplicações compostas,

BPM e workflow

Camada de lógicas de

negócios: objetos

baseados em Web Services

Camada de integração: EII-Enterprise Information Integration, EAI-Enterprise Application Integration e Web Services

Camada de dados e de

recursos de TI

Page 32: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

28

Benefícios de gestão

A arquitetura tecnológica adotada traz flexibilidade para a composição de serviços que atendem a processos:

• Maiseficiênciaoperacional;

• Maisresponsividade;

• MelhorusodosativosdeTI;

• Menorcustodedesenvolvimento;

• Prazomaiscurtoparaprojetos;

• Menosrisconodesenvolvimento;

• Alavancainvestimentosjárealizadosemtecnologiaesistemas;

• Reduzadependênciaemrelaçãoafornecedores;

• Implantaçãomaisrápida;

• Aumentaaagilidadeorganizacional;

• Melhoremaiscolaboraçãonacadeiadevalor;

• Menorescustosdeintegraçãousandointerfacesbaseadasempadrões;

• Habilitarapidamenteoreusodecomponentesdeaplicação,deforma dinâmica;

• Permitecomporprocessosnovosapartirdeserviçosexistentes.

Figura 2: O ciclo completo de gestão de processos

simula

implantamonitora

modela

descobre e define

otimiza

analisa

executa

Page 33: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

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Adotada a visão integrada das estratégias versus processos versus gestão, pode-se introduzir uma

plataforma para a gestão automática dos processos operacionais, que dará mais agilidade aos

processos de governo e de controle de gestão.

No que diz respeito ao núcleo central de modelagem para a plataforma, são apresentadas todas as

recomendações essenciais para pôr em prática a nova arquitetura de integração. As bases técnica e

teórica são explicadas em detalhes para facilitar a adoção das orientações sobre os serviços e processos,

o tratamento estruturado de regras operacionais, os automatismos no controle de processos, e os

sistemas de informações para gestão.

Foco em Processos

Uma das transformações mais profundas por que passam as organizações é a mudança do modelo da

estrutura orientada a processos preestabelecidos para o de estruturas orgânicas adaptáveis a processos

também orgânicos. Esses processos se alteram continuadamente, para atender a demandas e

mudanças específicas no corpo de conhecimentos com os quais uma organização trabalha, e também

no relacionamento com outros organismos externos, com os quais precisa cooperar.

A nova organização demanda que suas operações sejam suportadas por processos completos e

integrados, na maior parte das vezes, transcendendo seus limites (deixam de ser processos de uma

organização para se transformarem em processos de cadeias de relacionamento entre organizações).

E a desfragmentação de processos torna-se vital para que as empresas privadas ou os organismos

governamentais operem com o máximo desempenho e ofereçam alto nível de serviços.

Vive-se, atualmente, a era da convergência entre todas as tecnologias orientadas a processos e

integração. Elas se unem para formar novas e revolucionárias plataformas de processamento, capazes

de transformar a gerência dos processos em uma tarefa relativamente simples, suportada por padrões

e ferramentas poderosas.

Componentes modulares

Uma obra construída de forma integrada sofre alterações mais dificilmente do que outra similar feita

em módulos e com componentes padronizados e intercambiáveis, que podem ser configurados

futuramente de acordo com a necessidade de gestão. Apesar de simples, o exemplo ilustra a diferença

entre os sistemas desenvolvidos integralmente e as estruturas interoperacionais.

Page 34: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

30

O objetivo do Modelo é viabilizar a ação integrada e eficaz de controle interno por meio de módulos

especializados e suportados por sistemas já existentes, utilizando interface única. Dados agrupados

de forma monolítica implicam rigidez, pouca agilidade e altos custos para a manutenção e outras

integrações futuras.

No Modelo proposto, que é pioneiro no Estado de São Paulo, a CGA e os demais organismos estaduais

de controle integrado contarão com uma estrutura flexível e independente de quaisquer fornecedores

específicos de sistemas, informações ou tecnologias.

Integração flexível

Com a adoção da nova visão tecnológica e maior nível de abstração para a plataforma de integração,

torna-se mais fácil juntar aplicações díspares e promover melhor controle de gestão, com menos

custo operacional e investimentos.

O Modelo desenvolvido demonstra o potencial das novas tecnologias para que o Estado avance,

rapidamente, no sentido de tornar-se referência de gestão, controle e prestação de serviços.

Mais do que isso, estudos e pesquisas evidenciam que novos conceitos e modelos interoperacionais

exercerão influência profunda sobre a definição de práticas públicas. Gerarão, inclusive, mudanças na

percepção acerca da troca de serviços entre diversas instituições.

A integração sem rigidez é possível e, nos médio e longo prazos, será o caminho percorrido por todos

as administrações, por causa da economia de tempo e dinheiro. Em um futuro não muito distante, não

haverá processo de governo que não seja afetado pela inovação.

Diretrizes Institucionais

As diretrizes para a arquitetura de integração são estabelecidas com base no levantamento das

necessidades de integração de dados, dos sistemas e processos por meio dos quais os organismos

públicos interagem com a CGA e outros organismos de controle integrado. O modelo desenvolvido

provê mecanismos que estimulam os gestores a integrarem o controle do Estado por meio de um

sistema de gestão moderno.

Assim, será possível obter dados de execução orçamentária dos recursos estaduais, multiplicando as

possibilidades de atuação do órgão e, por consequência, sua efetividade, eficácia e eficiência.

Por outro lado, os gestores públicos estaduais e municipais poderão utilizar a plataforma de integração para

simplificar a inserção de informações nos diversos sistemas hoje existentes. Assim, os benefícios gerados

se transformarão em vantagens para o controle estadual como um todo, simplificando os processos.

Page 35: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

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Pretende-se, desta forma, estimular a utilização dos mecanismos de controle hoje existentes, que é

dificultada pelas diversas interfaces redundantes. A ideia é alinhar as ações com a visão estratégica

do Estado.

Diretrizes da unificação

a) Estabelecer um plano de implementação, definir o foco da integração, as áreas de interesse do controle interno e os sistemas estratégicos;

b) Revisar os principais processos internos do Governo (mapeá-los, redesenhá-los, desburocratizá-los e simplificá-los);

c) Inventariar os sistemas e as informações disponíveis: as não registradas precisam ser coletadas e verificada a qualidade delas em cada sistema, ou seja, se são úteis, completas e atualizadas, descartando dados semelhantes, para evitar duplicação e sobreposição;

d) Construir indicadores e metas de integração;

e) Formar uma arquitetura de integração para que a base de dados possa ser facilmente utilizada por todos. Quem alimenta a base deve ter seu trabalho simplificado e aperfeiçoado, com melhorias na interface dos principais sistemas;

f) Realizar a integração operacional das informações com medidas que viabilizem um novo sistema interno de governo;

g) Criar mecanismos de permissões e de segurança da informação;

h) Dar transparência dos atos de gestão à população;

i) Integrar ações ao Plano de Metas que compõe o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Page 36: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 37: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

PROJETO-PILOTO E PROTÓTIPOSProjeto-Piloto: Compras, Atas de Compras e Contratos

Integração PubNet/Sanções administrativas

O desenho dos conectores

Protótipo 1: Modelagem do Processo sobre BPMS

Protótipo 2: Modelagem de outros Processos Utilizando BRMS

Page 38: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 39: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

PROJETO-PILOTO E PROTÓTIPOS

PARA ILUSTRAR e demonstrar as características e vantagens da

arquitetura proposta pelo Modelo foram desenvolvidos um projeto-piloto e

alguns protótipos, tanto com a orientação a serviços SOA, Enterprise Service

Bus (ESB), como com a utilização de Business Process Management System

(BPMS), ferramentas voltadas aos processos.

O projeto-piloto focaliza o processo completo de Compras, Atas de Compras,

Contratos e Matrículas escolares. O processo integrado utiliza tecnologias

avançadas, mas, ao mesmo tempo, de fácil aplicação e rápida assimilação. Com

esse processo, podem agora ser conectados quaisquer sistemas preexistentes,

ou novos componentes, com um poder de ampliação de funcionalidades e de

racionalização impossível de ser alcançado com as abordagens tradicionais

ainda em uso no Estado.

Os protótipos demonstram o valor das novas plataformas tecnológicas para

suportar as operações de organizações públicas e privadas. O foco do primeiro

é a utilização de tecnologia orientada a processos, via BPMS. A ferramenta

utilizada é a open-source Intalio, que integra a plataforma Eclipse (Eclipse

Foundation). O segundo utiliza novas tecnologias para tratamento automático

de regras (BRM).

Projeto-Piloto: Compras, Atas de Compras e Contratos

Foi constituída uma Camada de Integração de processos e dados que interage

com os atuais sistemas por meio de conectores, construídos como web

services (plataforma SOA). Todos os dados acessados pelo sistema constam

dos sistemas originais já existentes, os quais se apresentam nesta camada de

integração por meio de serviços de conexão e integração.

No levantamento dos processos e sistemas foram identificadas as informações

necessárias para serem inseridas na arquitetura de integração e definidas

as formas de conexão com esses sistemas para criar os conectores. Foram

inseridos, também, objetos nos protótipos para atender aos componentes

Page 40: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

36

de Requisição de Compra inexistentes nos sistemas atuais (expansão de processos) e conectores

para informações de gestão de segurança, exemplificando o acesso por um único usuário do Estado

para integrar as bases de usuários. Adicionalmente, foram realizados testes de interoperabilidade e

funcionamento de conectores do SPDOC, o sistema integrado de gerenciamento de documentos do

Estado.

A aplicação dos conceitos tecnológicos, que fazem parte do escopo do Modelo, às necessidades

de integração constatadas para a CGA e, de forma mais abrangente, também para os sistemas de

informações do Estado de São Paulo, levou à construção do modelo de objetos de qualquer natureza

(item, indivíduo, empresa, etc.), que tem a estrutura genérica de dados disposta na Figura 3.

Figura 3: Estrutura genérica de um objeto

O Tipo de Dado/Objeto serve para especificar quais dados serão atribuídos ao objeto. Dessa forma,

em um único mecanismo, pode-se destinar qualquer tipo de atributo para o objeto, evitando-se, assim,

tabelas específicas e a proliferação de atributos nas tabelas.

A Norma/Objeto serve para estabelecer as normas a que um objeto está sujeito. Com esse mecanismo,

pode ser definido qualquer tipo de normatização sobre os objetos, evitando-se tabelas específicas que

tendem a tornar os modelos extensos e de difícil manipulação. Com o Mecanismo de Tabela podem-se

atribuir séries temporais aos objetos, com dados ao longo do tempo (passado ou futuro).

OBJETO

tipo de dado / objeto

classe categoria / objeto

norma / objeto

tipo de dado

visão (classe_categoria)

norma

mecanismo de tabela

tipo de objeto

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Esse modelo abstrato é uma referência para a construção de relacionamentos entre objetos (dois a

dois, três a três, etc.). Pode, por exemplo, ser usado como base para a construção de relacionamentos

entre indivíduos e organizações, entre máquinas, processos, produtos, etc. (Figura 4)

Figura 4: Relações entre objetos

Integração PubNet/Sanções administrativas

Mais um elemento de comparação dos usos de abordagens tecnológicas alternativas são os conectores

de integração direta entre os Sistemas de Sanções Administrativas e o PUBNet desenvolvidos, no

entanto, sem utilizar a Camada de Integração.

Os conectores e as interfaces com o Sistema de Sanções Administrativas também foram criados,

inclusive para a realização de futuros testes.

O desenho dos conectores

A estrutura de conexão com a Camada de Integração prevê qualquer tipo de incorporação que venha

a ser necessária. Estão disponíveis, por exemplo, os conectores a seguir descritos.

Conexão com o SPDOC – É um serviço já oferecido pelo governo, que permite registrar os processos

no sistema de protocolos do Estado com a finalidade de ligar os dados ao histórico e ao cadastro de

cada processo. É utilizado para integrar desde a Requisição de Compras (primeiro macroprocesso) até

todos os demais macroprocessos com o SPDOC.

RELAÇÃO O/O/O...

tipo de dado / relação

norma / relação norma

tipo de dado

mecanismo de tabela

tipo de relação

Page 42: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

38

Réplica de funcionamento do Siafem, Siafisico ou BEC – Esse conector serve ao serviço de consulta

de itens de materiais e serviços, promovendo a integração com a Requisição de Compras.

Integração entre os sistemas de matrículas municipais e estadual – O conector promove a

integração em tempo real entre os sistemas de matrícula de cada um dos municípios (distintamente)

com o estadual, nos aspectos de interesse comum.

Protótipo 1: Modelagem do Processo sobre BPMS

Com o foco no uso de tecnologias baseadas em BPMS, os recursos ESB incorporados melhoram

o gerenciamento dos serviços, assim como favorecem o desenvolvimento da versão baseada em

ferramenta BPMS, sobre uma plataforma SOA. Essa combinação – SOA/BPMS/ESB – é um modelo

que soluciona a automação e otimiza os processos porque alia, de um lado, a mais avançada tecnologia

hoje disponível e, de outro, flexibilidade, baixos custos, independência de fornecedores e projetos

realizados com rapidez, como o próprio projeto-piloto o demonstra.

No processo foi indicada a inserção dos conectores em seus pontos de acesso para os testes de

funcionamento. Estão também criadas as interfaces para os processos e as telas para acesso. E

desenvolvidas as aplicações adicionais de interoperabilidade, nas áreas de Diárias e Convênios, com o

desenho dos processos correspondentes feitos com a ferramenta Intalio (BPMS).

Protótipo 2: Modelagem de outros Processos Utilizando BRMS

Novas tecnologias para tratamento automático de regras (BRM), estado da arte em termos de tecnologias

para processos, foram aqui utilizadas. Com elas, as regras são tratadas em um ambiente especializado,

de fácil uso por gestores, criando um elevado grau de independência em relação a técnicos.

Como alternativa para o tratamento de regras (já que as soluções de mercado ainda têm custo

elevado), é proposto um “minimotor” de regras para teste de BRMS. Na realidade, um conjunto de

web services, inserido na plataforma de integração, permitirá fazer o teste de regras nos pilotos de

Diárias e Convênios.

Com a adoção de SOA, BPMS e BRMS, constroem-se aplicações e processos com o uso do que mais

avançado existe, atualmente, em termos de TIC.

Page 43: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

TECNOLOGIAUtilização da Base Tecnológica SOA

Benefícios

Orientação a serviços

Estrutura de um serviço

Processos e serviços

Web services

Aproveitamento de sistemas legados

O Ciclo do BPM

Desenho do processo

Implantação e monitoramento

A Camada de Interoperabilidade

Page 44: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 45: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

TECNOLOGIAPara todos os elementos utilizados para constituir, gerenciar e operacionalizar

uma organização, há outros de tecnologia capazes de suportar, dar uma base

mais sólida e sistematizada, e aperfeiçoar as operações, atendendo aos diversos

modelos de gestão. A seguir, as definições resumidas de algumas dessas

novas tecnologias, aplicadas em todo o processo do modelo interoperacional

desenvolvido.

Utilização da Base Tecnológica SOA

Uma arquitetura de software é um conjunto de declarações que descreve

seus componentes e associam as funcionalidades de um sistema a esses

componentes. Também descreve a estrutura técnica, as restrições e

características dos componentes, assim como as interfaces entre eles.

A base tecnológica SOA possibilita, a partir de uma visão focada em componentes

dos objetos de processamento (serviços), a flexibilidade e a composição dos

elementos necessários à operação de um processo do início ao fim. Todas as

definições do conceito tecnológico têm foco central nos serviços: um serviço

consiste em um contrato, uma ou mais interfaces e uma instalação. O contrato

provê a especificação formal do propósito do serviço, suas funcionalidades,

restrições e uso. O que há de novo, nesse tipo de arquitetura específico, é o

foco em serviços reutilizáveis, alinhados com a cadeia de negócio.

Na realidade, ainda que seu desenvolvimento tenha ocorrido nos últimos anos,

a arquitetura orientada a serviços (SOA) não é algo genuinamente novo, mas

a evolução de abordagens que datam já da década de 1970 e de conceitos

essenciais desenvolvidos na década de 1980.

Figura 5: Evolução de SOA

70'sPrimeiros esforços em

componentes

padronizados

80'sBases metodológicas

para orientação a

componentes

90'sDisseminação da ideia de

componentização (ainda

não baseada em web)

00'sDa componentização

para SOA

Page 46: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

42

Até a década de 1990, a integração de processos era feita por meio de sistemas limitados, que não

acompanharam as crescentes necessidades das organizações. Mais intensamente no início da década

de 2000, novas demandas em comércio eletrônico (e-commerce) levaram o mercado a se adaptar a

ferramentas de integração entre organizações e consumidores. Com a criação do conceito de SOA e

a definição de novas demandas, essas abordagens se tornaram ultrapassadas.

Figura 6: Etapas da integração

Benefícios

O estilo de arquitetura SOA é, hoje, a forma mais eficiente, simples e rápida de promover a integração

de processos, sistemas e dados. Traz flexibilidade para a composição de serviços, mais eficiência

operacional e responsividade, melhora o uso dos ativos de TICs, além de diminuir os custos de

desenvolvimento e integração.

Com ele, é possível compor processos novos para os serviços existentes, reduzindo a dependência

em relação a fornecedores e incrementando a visão de negócios que envolvem as TICs. Outro aspecto

importante, é que o acoplamento de serviços, formando processos, ou integrando aplicações, não

precisa ser rígido, o que viabiliza alto grau de flexibilidade.

1995• Integrações e

aplicações empresariais

2000• Integração com

sistemas externos

(B2Bi)

2006• Integração pervasiva

• SOA

• Web Services

Page 47: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

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Figura 7: SOA possibilita o acoplamento frouxo/flexível

para compor aplicações

A velocidade na implantação também aumenta a agilidade organizacional e as vantagens competitivas,

com melhor e mais colaboração na cadeia de valor. E possibilita a rápida introdução de novos modelos

de negócios, com menores prazos e riscos de desenvolvimento. Os serviços de uma organização,

enfim, podem ser estendidos a grupos de parceiros, fornecedores e cidadãos.

Essa solução é a base de profunda transformação no desenvolvimento de novos serviços, na integração

de processos, sistemas e dados, mas também é a ponte que permitirá a integração ao que já existe.

As novas aplicações baseadas em serviços reduzem custos e prazos, em relação às tradicionais,

principalmente por causa do reaproveitamento de componentes, mas também porque adota uma

lógica mais simples de trabalho e maior clareza para todo o projeto.

Figura 8: Valores da arquitetura orientada a serviços

aplicações

links semânticos para dados

modelos de processos

regras de negócios

serviços de negócios

como plataforma para processos

como base para novos serviços

como base para evolução de

legados

como plataforma de integração

VALOR DE SOA

Page 48: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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Na verdade, a arquitetura SOA permeia e viabiliza a cadeia de negócios integrada, com importantes

impactos sobre o desempenho. (Figura 9)

Figura 9: A arquitetura SOA permeia e viabiliza a cadeia de negócios integrada

A arquitetura SOA pode ser associada também às camadas de conteúdos e informações.

Figura 10: Camadas de SOA quanto a conteúdos, informações e dados

comprar

supply-chain

manufatura, finanças e engenharia

vendas, suporte, serviços e marketing

cadeia de demandaintegração front/back office

adicionar valor vender e oferecer serviço

VALOR DE SOA

Empregados

fornecedores back-office

Services Oriented Architecture (SOA)

front-office canais e clientes

dados da empresa

processos de negóciosarquitetura de negócios

SOA DA EMPRESA

serviços de negóciosarquitetura de informação

serviços de integraçãoarquitetura de aplicações

recursos empresariaisarquitetura técnica

dados consolidados

dados de integração

dados operacionais

documentos

objetos semânticos

transformação

SORdados dados dados dados

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Orientação a serviços

Do ponto de vista das TICs, um serviço é uma aplicação que aceita requisições de informação e

a retorna utilizando um protocolo de acordo e de formato de dados, ou executa algum trabalho

específico, em nome da aplicação de chamada. Um serviço, então, opera uma unidade autônoma de

lógica processada.

O serviço encapsula uma unidade de trabalho (funcionalidades internas + base de dados interna),

disponibilizada por meio de um contrato (um acordo para o nível de serviço autoriza e estabelece

as bases e a interface do serviço. A arquitetura orientada a serviços é baseada em um conjunto de

padrões que possibilitam que serviços construídos por diferentes provedores (dos serviços), com

diversas ferramentas e metodologias, possam ser acoplados formando um todo integrado.

A lógica de orientar uma estrutura informacional aos serviços parte do pressuposto de que estes

compartilham um contrato formal, são autônomos, reutilizáveis, podem ser compostos por outros

serviços e abstraem sua lógica subjacente. Por outro lado, novos serviços podem ser descobertos, o

que impulsiona a adoção de soluções adaptáveis. Quanto às funcionalidades, um serviço pode voltar-

se a negócios, integrações, infraestrutura, segurança e a outras áreas específicas.

Estrutura de um serviço

As Figuras 11 e 12 apresentam uma visão simplificada e outra complexa sobre a estrutura geral de um serviço.

Na primeira, um provedor constrói e publica (disponibiliza) um serviço em um catálogo próprio, que

é procurado por seus consumidores. Ao encontrar o serviço, imediatamente é estabelecido o acordo

de uso (contrato) e de consumo. Os serviços podem ser utilizados por um usuário final ou acessados

por outros serviços.

Figura 11: Estrutura geral de um serviço

encontra

provedor de serviço

registro da localizaçãoe definição do serviço

“consumidor” doserviço

publicaconsome

Page 50: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

46

Na visão detalhada, todos os elementos e dados de uma organização devem ser acoplados livremente,

assim, podem ser combinados de vários modos e agilizar os processos. As interfaces dos serviços

independem de plataformas e promovem a interoperabilidade.

Figura 12: Arquitetura de um serviço

Processos e serviços

Os serviços, para integrar um processo operacional, precisam ser acoplados, colocados em sequência

e controlados, em sua execução, para dar harmonia ao processo. Uma das formas de acoplá-los é por

meio do software BPMS.

As ferramentas do BPM compõem um método sistemático de representar operações graficamente,

definindo processos e regras, permitindo que as áreas de “negócio” e tecnologia entendam melhor as

implicações de como o trabalho é executado, identificando visualmente os problemas com processos.

Possibilita, também, que os processos sejam aprimorados e testados com antecedência, pelos

próprios usuários, com independência em relação à área de TIC. A definição dos processos e regras

não seria possível sem um conjunto de ferramentas que possibilitem, em um ambiente integrado,

funcionalidades de negócio

interface do serviço

contrato de serviço

políticas de acesso

objetivos de negócio

serviço

granularidade

acoplamento frouxo/flexível

reúso de funcionalidades

existentes

definido por define

definido porexpõe atribuído por

definido por

controlado por

acessado por meio de combinado por implantado por meio de

provê suporta atribuído por

definido por

endereço do serviço

orquestração dos serviços

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47

descrever, analisar, documentar, automatizar, operar, controlar e aperfeiçoá-los. Essas ferramentas são

o BPMS. (Figura 13)

Figura 13: O ciclo do BPM

Alternativamente (ou mesmo de forma complementar), os serviços são, com frequência, organizados

por meio de uma barra (Enterprise Service Bus – ESB) que disponibiliza interfaces, ou contratos,

acessíveis por meio de web services ou outra forma de comunicação entre as aplicações.

O ESB refere-se à construção de arquitetura de software que integra a categoria de produtos de

infraestrutura (middleware), baseada em padrões. Provê serviços fundamentais para arquiteturas mais

complexas, por meio de um sistema de transferência de mensagens orientadas a eventos.

Em uma arquitetura empresarial que usa o ESB, uma aplicação comunicará, via barramento, que atua

como um message broker entre aplicações. Um ESB geralmente provê uma camada de abstração

sobre a instalação de um sistema de transferência de mensagens, que permite aos arquitetos

explorarem o valor dessa transferência, sem escrever códigos.

O ESB não precisa, necessariamente, conter os web services descritos a seguir, mas deve ser baseado

em padrões flexíveis, suportando vários meios de transportes, como exemplificado na Figura 14. O

ESB provê os meios para que a arquitetura SOA possa ser estabelecida.

defina implemente

otimize

execute monitore

Modelagem gráfica de processos baseada em padrões, simulação de processos e regras de negócios

Montagem, configuração, geração de código

Integração, automação e workflow

Painéis (cockpit/dashboard) de gestão e monitoramento dos processos

BEM e CEP

Page 52: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

48

Figura 14: Arquitetura de ESB

Web services

É uma solução que pode ser utilizada na integração de sistemas e na comunicação entre aplicações diferentes.

Essa tecnologia possibilita que novas aplicações interajam com aquelas que já existem e que sistemas

desenvolvidos em plataformas diferentes sejam compatíveis. Quando um serviço é disponibilizado e

acessado por meio de protocolos de Internet, essa ação só ocorre por meio de web services.

Padrões web services – Há diversos padrões associados aos web services. A Figura 15 mostra

o processo de construção, publicação, localização e consumo de um serviço, com os respectivos

padrões e protocolos universalmente aceitos. Nas páginas 49 e 50, detalhes de cada um dos protocolos

utilizados.

ENTERPRISE SERVICE BUS (ESB)serviço de transformação

serviço de compliance

(conformidade)

serviço de requisição de transação

serviço de gerenciamento de

pedidos de clientes

serviço de transferência de fundos

transação em mainframe

serviço de colaboração

serviço de requisição de ERP

serviço de roteamento

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49

Figura 15: Estrutura técnica de um web service

Padrões em Web Services

Universal Description, Discovery and Integration (UDDI) é

uma especificação que define um serviço de registro para web

services. Um registro UDDI gerencia informação sobre provedores,

implementações e metadados de serviços. Provedores podem

utilizar o UDDI para publicar os serviços que oferecem. Usuários

podem usar o UDDI para descobrir serviços que lhes interessem e

obter os metadados necessários para utilizá-los.

A especificação UDDI define a Interface de Programação de

Aplicativos (Application Programming Interface – API) do Simple

Object Access Protocol (Soap) utilizada para publicar e obter

informações de um registro UDDI, esquemas da eXtensible Markup

Interfaces de serviços

localiza

comunica

SOAP

WSDLWSDL

UDDI

protocolo de registro

e descoberta

publica

Requisitante da aplicação

código código

Provedor da aplicação

WSDL = Web Services Description Language (às vezes é usado como Web Services Definition Language)UDDI = Universal Description, Discovery and Integration SOAP = Simple Object Access Protocol

Page 54: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

50

Language (XML) do modelo de dados do registro e do formato das

mensagens Soap, das definições WSDL das APIs Soap, definições de

registro UDDI (modelos técnicos – tModels) de diversos sistemas que

podem ser utilizados para identificar e categorizar registros UDDI.

eXtensible Markup Language (XML) é uma recomendação

da World Wide Web Consortium (W3C) para gerar linguagens de

marcação (markup languages) destinadas a necessidades especiais.

Simple Object Access Protocol (Soap) é um protocolo

para troca de informações estruturadas em uma plataforma

descentralizada e distribuída por meio de tecnologias baseadas

na linguagem XML. Sua especificação define um framework que

provê maneiras para se construir mensagens que podem trafegar

por meio de diversos protocolos e que foi especificado de forma

a ser independente de qualquer modelo de programação ou outra

implantação específica.

Geralmente, os servidores Soap utilizam os servidores HTTP, embora

isso não seja uma restrição para funcionamento do protocolo. As

mensagens Soap são documentos na linguagem XML que aderem

a uma especificação fornecida pelo órgão W3C. O protocolo Soap

oferece, para definir a unidade de comunicação e para lidar com

erros, um mecanismo de extensão que proporciona a evolução

entre as mensagens SOAP e o HTTP, representados por tipos de

dados em linguagem XML. A concepção de Soap é orientada para

a simplicidade, a independência de fornecedor, a linguagem, o

modelo de objetos ou a forma de transporte.

Web Service Definition Language (WSDL) é um padrão

que usa a linguagem XML para descrevê-lo, inclui os respectivos

métodos operados pelo serviço, e pode ser usado para validar as

chamadas dos métodos

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51

Aproveitamento de sistemas legados

Sistemas legados não podem ser desativados, por vários motivos. Entre eles, por apresentarem

inúmeras incompatibilidades com sistemas modernos e, geralmente, por serem ligados a bancos de

dados obsoletos. Porém, no modelo de diversas organizações, ainda desempenham papel essencial

nos processos estabelecidos.

Na integração com o protocolo SOA, podem ser conectados com web services. De modo geral,

os limites da possível reorganização de partes do sistema existente são identificados. Essas partes

são convertidas em componentes independentes (serviços) que podem, então, ser utilizados e

reaproveitados sempre que necessário.

A Figura 16 ilustra a conversão, para aproveitamento, de módulos ou elementos de sistemas legados

(preexistentes) em serviços autônomos (web service), que podem, então, ser levados ao repositório de

serviços e consumidos por processos ou outros serviços. O método de aproveitamento de sistemas

legados é denominado refatoração (refactoring). Com essa abordagem, é possível construir sistemas

novos que usam os componentes legados misturados com os novos e também substituir os sistemas

legados por novos, se os custos e o desempenho justificarem essa opção.

Figura 16: Um sistema ou módulo legado pode ser refatorado

(convertido em um web service)

antes depois de refatorado

interface com o usuário

lógica de negócio

acesso aos dados

interface web com o usuário

webservices,padrões

acesso multi DB

web e SOA

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

52

O Ciclo do BPM

O BPM é uma nova disciplina de gestão/administração orientada a processos, tratando-os do início ao

fim. As estratégias envolvem avaliação, análise e desenho, e incluem os recursos para a implementação,

operação e o controle dos processos.

Também é entendido como um novo estilo de desenvolvimento e implementação orientado a negócios,

dirigido por modelo executável, com métricas de desempenho definidas pelo próprio negócio, medidas

na instalação, abrangendo todo o ciclo de um processo, desde o modelo, passando pela execução,

pelo monitoramento, até o aprimoramento contínuo.

Desenho do processo

Os softwares BPMS incluem editores em tempo real que documentam os processos e os repositórios

de armazenagem dos modelos de processos. Um bom desenho de processos reduz os problemas

ao longo do ciclo de duração dos sistemas que suportam tais processos. Hoje, sistemas BPMS já

incorporam mudanças em processos governamentais, como decorrência de transformações no

contexto em que determinado órgão público opera.

A integração de software BPMS ao modelo pretendido cria representações de fluxo de trabalho em tempo

real, bem como o instala e mantém, acompanhando a evolução dos processos governamentais.

Implantação e monitoramento

Tradicionalmente, a automatização de processos prevê o desenvolvimento ou a compra de uma

aplicação que execute os passos exigidos de determinado processo. E ela contém, intrinsecamente,

todos os passos dos processos, que são seguidos na medida em que os módulos do sistema são

acessados (por chamada humana ou por outros módulos). Porém, na prática, essas aplicações

raramente executam com precisão ou completamente todos os passos do processo, seja porque são

padronizadas ou porque a manutenção para acompanhar a dinâmica dos processos não é realizada.

Outra forma comum é usar uma arquitetura baseada em múltiplos softwares (Federação de Software)

e com intervenção humana na passagem de um software para outro ou, então, com a criação de

interfaces de integração, que é como funcionava o processo de compras do Estado. A dificuldade

dessa alternativa é manter as interfaces necessárias em coerência com as modificações dinâmicas

nos processos.

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53

As ferramentas BPMS tornam a execução muito mais flexível; possibilitam a chamada de componentes

diretamente dos processos desenhados; evitam as interfaces específicas ou a intervenção humana

desnecessária, bem como automatizam todo o processo. Regras de negócios são também incorporadas

ao processo, para abastecê-lo com definições para o comportamento administrativo; e motores de

regras podem ser usados para dirigir a execução de processos. Esses processos podem operar

componentes tecnológicos que os automatizam, mas também integrar interações humanas, sempre

que necessário. Os componentes tecnológicos podem ser próprios da organização ou acessados em

bancos de componentes de terceiros (web services).

O monitoramento do processo também é feito com BPMS. Ele permite monitorar a execução dos

processos para que a informação sobre o estágio em que se encontram possa ser vista facilmente,

com estatísticas sobre o desempenho de um ou mais processos. Um exemplo é a possibilidade de

determinar a etapa em que está uma ordem de compra (por exemplo, ordenado, chegado, esperando

entrega, pagamento de fatura realizado) de forma que problemas em sua operação possam ser

identificados e corrigidos.

Além disso, essa informação pode ser usada para trabalhar com os cidadãos e fornecedores e melhorar

os processos que os envolvem, por meio de estatísticas, com a geração de medidas em termos de

quão depressa uma ordem de compra é processada, quantas ordens foram processadas no último

mês, etc. Essas medidas tendem a se ajustar em três categorias: tempo de ciclo, taxa de defeito e

produtividade. O grau de monitoramento depende de que informação se quer avaliar e analisar, e de

como se quer monitorá-la, se em tempo real ou não.

Page 58: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

54

Figura 17: Esquema da arquitetura BPM/SOA, com todos os

elementos tecnológicos inerentes aplicados.

Gestão automática

A visão integrada entre estratégias, processos e gestão permite a

introdução de uma plataforma flexível para a gestão automática dos

processos operacionais.

Por meio de tecnologias orientadas a processos, tudo o que for

relevante passará a ser tratado de forma integrada.

Monitoramento deeventos de negócios

Análise emtempo real

Gestão demudanças

em tempo real

acesso multi DB

Ferramentastradicionais

de TI

monitoramento

Descoberta e documentaçãode processos

Modelagem e implantação de processos

acesso multi DB

Ferramentastradicionaisde TI

desenvolvimentoGerenciamento de

atividades humanas

Processamento de eventoscomplexos (CEP)

Orquestração sistema-sistemaou processo-processo

Enterprise Service Bus (ESB)

Diretório deserviços

Serviços dedados

Serviços deaplicações

Serviços desegurança

Serviçosparceiros

Orientado anegócios

Orientado aTI

Coreografia deprocessos

Simulações eotimizações

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55

A Camada de Interoperabilidade

A interoperabilidade pode ser obtida por meio de processos que interagem com serviços, sistemas,

dados e ações humanas, conectando diretamente cada um desses elementos. No entanto, gera menos

custos, e é mais adequado, não inserir conexões diretas entre processos, sistemas e aplicativos,

mas, sim, por meio de uma camada de interoperabilidade, para proporcionar independência entre os

processos e tais sistemas, e o reaproveitamento futuro de soluções. Quando os sistemas e aplicativos

mudarem, não será necessário alterar suas relações específicas com os processos, já que estes

passam a se relacionar somente com a Camada de Interoperabilidade.(Figura 19)

É importante existir uma arquitetura de integração de informações que compatibilize modelos de

dados diversos de difícil manipulação. Essa arquitetura é construída com princípios de abstração que

garantam flexibilidade e perenidade, absorvendo, sem dificuldades, quaisquer novas demandas ou

inserções de sistemas transacionais, ao mesmo tempo em que deve proporcionar alto desempenho no

tratamento das informações. É a esta área de integração que poderão recorrer todos os demandantes

de informações.

Figura 18: Modelo de integração com camada de interoperabilidade

WEB

REGRAS DE NEGÓCIO

SiafemSiafísicoSigeo

CadtercCaufesp

BECPregão

SistemasFederais

SistemasMunicipais

e-negóciospúblicos

Sistemas Internos de ControleSanções

Tribunal de Contas

PORTALCORPORATIVO

12

3

5

6

7 8

CAMADA DE INTEROPERABILIDADE

PROCESSO

4

Page 60: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

56

Essa camada de interoperabilidade integra toda a cadeia de processos e transações e estabelece a

base que une aplicações e dados, sendo o ponto único para o qual convergem todas as aplicações e

processos. Propiciando velocidade na troca de informações, ao mesmo tempo, garante a integridade

dos dados, independentemente do sistema operacional e da linguagem empregada.

É baseada em uma modelagem de dados capaz de representar, mapear e armazenar qualquer objeto

de interesse governamental, de forma independente das inúmeras aplicações existentes ou a serem

desenvolvidas. Isso é obtido por meio de um elevado grau de abstração e generalização de objetos.

Menor dependência

O nível de normatização dos modelos deve ser definido a partir da coerência lógica e do desempenho

operacional. Tais modelos devem ser genéricos o suficiente para atender a processos de diferentes

naturezas, ao mesmo tempo em que sua estruturação deve assegurar boa performance. A Camada de

Interoperabilidade possibilita, ainda, a atualização automatizada entre as bases de dados existentes e

a base de dados para gestão, bem como a integração de sistemas no ambiente legado.

Tal conceito torna o governo menos dependente dos fornecedores de tecnologia, pois, caso seja

necessário substituir uma aplicação por outra que atenda melhor às suas necessidades, a mudança

fundamental a ser feita será feita no conector entre a Camada de Interoperabilidade e a nova aplicação.

Os elementos de integração têm por base uma modelagem orientada a objetos, construídos como

componentes, entendendo-se estes últimos como qualquer subsistema que possa ser separado e

que possua interface reutilizável e padronizável.

Os componentes também podem ser utilizados em múltiplos contextos, inclusive naqueles não

previstos originalmente. A arquitetura da Camada de Interoperabilidade proporciona o acoplamento

de uma aplicação a um conjunto de componentes existentes, de forma que uma classe da aplicação

utiliza um componente apenas de forma parcial (nem todos os atributos, nem todos os métodos), e

também que uma classe da aplicação seja formada pela combinação de vários componentes.

A facilidade e a possibilidade de substituir aplicativos de terceiros, numa organização, estão diretamente

ligadas à conformidade dos princípios de desenvolvimento destes aplicativos com os padrões baseados

em componentes. Isso significa que a troca entre aplicativos exige pouco esforço do pessoal de TIC,

na medida em que as passagens de parâmetros ou informações entre os módulos são padronizadas.

Dessa forma, cada aplicativo é tratado com o conceito de caixa-preta, não importando o seu conteúdo,

mas sim o conhecimento da interface pública e dos serviços que oferece.

Se um sistema não foi desenvolvido segundo esses padrões, não pode ser tratado como caixa-preta;

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57

neste caso, a sua integração com os demais sistemas da organização precisa de uma estratégia

específica de refactoring. Isto é, de “empacotamento” de funcionalidades em células definidas por

componentes, para, então, ser tratado com abordagem por componentes, que é a base de um

processo que utiliza a arquitetura SOA.

Para isso, é preciso ter acesso ao código-fonte do sistema legado e poder recompilá-lo, colocando

chamadas (call in) no meio do código ou gerando código da linguagem XML capaz de disparar qualquer

tipo de ação para os componentes desenvolvidos.

Modelagem e Requisitos de Construção da Camada de Interoperabilidade

A base central por meio da qual todos os componentes de dados, serviços ou sistemas interagem é a

Camada de Interoperabilidade. Dada sua importância, é desejável que seja perene e estável; proporcione

flexibilidade na representação dos objetos do modelo; possibilite a interação com quaisquer tipos

de dados, em qualquer estrutura e plataforma operacional; e seja orientada para desempenho de

processamento.

A solução deve ser baseada em serviços, via web services, seja para novas aplicações ou para a

integração com as aplicações existentes. É necessário desenvolver um sistema orquestrador dos

processos, que estabeleça a hierarquia e o controle da execução, além da operação integral dos

componentes envolvidos em cada processo.

A integração via componentes abertos (web services), que é a desejada para a nova arquitetura a ser

estabelecida, exige que o sequenciamento dos processos independa de sistemas e aplicações.

Outro requisito importante a ser atendido é o desenvolvimento orientado e dirigido por modelos,

de forma que a “inteligência” na construção dos sistemas e introdução dos processos seja parte

integrante dos modelos que os originaram.

As principais fases da modelagem orientada a serviços são: identificação, especificação,

categorização, implantação, exposição, realização (coreografia ou orquestração), e o gerenciamento

dos serviços e processos.

Page 62: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

58

Componentes estruturais

Uma plataforma orientada a serviços deve ter os seguintes componentes estruturais:

• Plataformadeconsumodosserviços,pormeiodaqualserviçosjá desenvolvidos podem ser consumidos diretamente ou por meio de processos.

• Plataformadeprovimentodos serviços, pormeio daqual serãodisponibilizados (serviços de construção própria ou de terceiros).

• Plataformadeproduçãodosserviços,emquesãoconstituídoscomo tal.

• Plataformadegerenciamentodosserviços,emquesãoprovidosos recursos para sua governança.

A adoção de uma arquitetura orientada a serviços pode ocorrer em níveis crescentes de maturidade, e

uma decisão importante é posicionar o nível desejado para entrar ou evoluir na nova arquitetura. Mais

importante do que a ferramenta de análise das informações é a estrutura de informações que suporta

os processos de análise para a gestão. De nada adianta uma excelente ferramenta de extração, filtro

e agregação de informações, se as bases sobre as quais essa ferramenta opera são pouco flexíveis e

difíceis de operar e associar.

Geralmente, as informações estratégicas são extraídas de dados consolidados e agregados, a partir,

mas não diretamente, das transações que o órgão opera. São também utilizadas informações do

estado de outras variáveis não relacionadas às transações, do ambiente externo e da concorrência.

Atenção especial deve ser dada à arquitetura de informações que suportarão os processos de

gerenciamento (modelagem de dados, objetos e componentes do repositório central). A integração

dos processos com sistemas operacionais deve ser feita por meio de um ambiente único de integração

(Camada de Interoperabilidade). Este é, na realidade, um dos principais desafios na construção de uma

plataforma para integrar processos e sistemas de informações.

Desse modelo, deve ser possível extrair qualquer informação para as áreas específicas de interesse,

com a mesma ótica de abstração que garanta a perenidade dos sistemas e a flexibilidade em relação

às demandas futuras.

Page 63: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

CONCLUSÃOGLOSSáRIOCOLABORAÇÃO

Page 64: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 65: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

O MODELO de Interoperabilidade para Municípios e Estado de São Paulo

não impõe mudanças na forma como os agentes públicos tratam seus recursos

em TIC. Sugere, porém, que essas transformações devam ser rigorosas.

Se, por um lado, investe-se tempo e recurso valiosos – mesmo com a economia

na instalação e manutenção do modelo –, por outro, é possível assegurar que

essa solução se alinhe às demandas futuras, agilizando o fluxo de dados e

interligando sistemas diversos da Administração Pública, com compensação

financeira e economia de processos condizentes para o Estado de São Paulo

e os municípios que dele fazem parte.

Mais do que isso, o novo Modelo propõe a interligação futura de todos os

sistemas em operação nas esferas federal, estaduais e municipais, podendo

ser estendido aos relacionamentos entre empresas e com o cidadão e destes

com o Estado. Isso não seria possível sem a percepção real de que seguimos

na direção da gestão responsável dos ativos e recursos públicos; não seria

factível se não partisse dos próprios agentes administrativos a constatação da

necessidade de adaptação.

Por fim, a proposta não seria aventada e produzida sem a participação dos

técnicos que viabilizaram os estudos de implantação e impactos. A base

teórica, por si só, é referência em termos de conhecimento gerado pelas

áreas de TIC do Estado. Esse pioneirismo, traduzido pela Corregedoria Geral

da Administração do Governo do Estado de São Paulo como a perseguição de

seus objetivos estatutários, promete qualificar a gestão dos processos, que é

uma das premissas do controle interno orientado por uma visão preventiva.

O caminho da gestão eficiente dos recursos e do atendimento amplo às

diversas demandas da sociedade está aberto. A caminhada, porém, depende

da atuação condizente de cada um dos gestores que fazem parte da cadeia,

que têm neste Modelo o escopo necessário para tomar decisões concretas e

alavancar mudanças locais, responsáveis por ampliar o dinamismo na troca de

informações entre os entes públicos e destes com o cidadão.

CONCLUSÃO

Page 66: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo
Page 67: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

Tecnologias relacionadas a processos

Business Process Management (BPM) e Business Process Management

System ou Suite (BPMS) – BPM é um método sistemático de representar

operações graficamente, definindo processos e regras, permitindo que as

áreas fins de governo e a tecnologia entendam melhor as implicações de

como o trabalho é executado, identificando visualmente os problemas com

processos. Possibilita, também, que processos sejam aprimorados e testados

antes da implementação, pelos próprios usuários, com independência em

relação à área de TIC.

A definição dos processos e regras não seria possível sem um conjunto de

ferramentas que possibilitem, em um ambiente integrado, descrever, analisar,

documentar, automatizar, operar, controlar e aperfeiçoar processos. Essas

ferramentas são o BPMS, sem o qual sistemas BPM não existem.

Business Activity Monitoring (BAM) – Simplificadamente, é o monitoramento

das transações e seus impactos sobre os resultados, em tempo real, com

a identificação de situações excepcionais nos processos. Isso facilita a

investigação, compreensão e correção dos processos. Dados sobre processos

e atividades são coletados, análises instantâneas são realizadas e acionam

intervenções ou mudanças de regras, com a manutenção das operações nas

configurações desejadas e gerando relatórios e alertas a respeito. Também

funciona na automatização de mecanismos de adequação de desempenho

(a designação automática de mais atendentes quando determinado processo

começa a gerar fila de atendimento, por exemplo).

Tecnologias relacionadas a regras de operação

Business Rule Management (BRM) – Com a criação dos conceitos do

BPM, naturalmente, as regras associadas a dados foram definidas nas bases

de dados e, as regras associadas a processos, estabelecidas e mantidas na

definição dos próprios processos.

Hoje, porém, a tendência é tratar as regras em um ambiente particular, nos

chamados motores de regras. Também com base em padrões abertos e de

aceitação universal, eles possibilitam a criação de bancos de regras que podem

ser acionados por qualquer processo, componente ou dispositivo. Esse tipo

GLOSSáRIO

Page 68: Modelo de interoperalidade para municípios e Estado de São Paulo

MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

64

de recurso é muito importante nas operações governamentais, sujeitas a regras e restrições que

devem ser adotadas em uma ampla variedade de processos.

Business Rules Management Systems (BRMS) e Business Rules Engine (BRE) – São nomes

alternativos para o mesmo tipo de recurso. Visam ao tratamento automático de regras em ambiente

único, integrado. As regras são mantidas em repositórios específicos e independem de processos ou

serviços/componentes operacionais, mas podem ser acessadas por qualquer processo ou serviços,

ou gerenciadas independentemente dos mesmos.

Tecnologias orientadas a projetos e pendências

Project Management Systems (PMS) – São ferramentas especializadas no gerenciamento de projetos

complexos, ou múltiplos projetos simples, cujo centro de atenção é o sequenciamento de atividades,

seu acionamento, o balanceamento dos recursos necessários e o redirecionamento desses recursos,

em função das demandas variáveis de cada projeto, ao longo do tempo.

Tecnologias orientadas a arquiteturas de negócios e arquiteturas empresariais

Business Architecture (BA) – Trata-se de uma abordagem disciplinada para criar e manter um conjunto

de ativos de informação a respeito do negócio, que servem como base para o projeto, planejamento e

execução da estratégia. Esta tecnologia refere-se ao desenho do modelo de negócios e estabelece as

necessidades de sistemas que garantam o sucesso das operações. Tem papel fundamental em uma

organização, pois a integra em torno dos resultados pretendidos.

Enterprise Architecture (EA) – Refere-se à informação sobre como o negócio é estruturado, quais são

seus processos e o que é preciso ser feito para se alcançar metas. Também pode ser avaliado como

a prática de aplicar um método inclusivo e rigoroso para integrar as metas de negócios e a direção

estratégica. O propósito primário de criar uma arquitetura empresarial é assegurar que a estratégia e os

investimentos estejam alinhados e possibilitem o relacionamento com as tecnologias subjacentes.

Tecnologias relacionadas à inteligência, conhecimento e desempenho

Business Intelligence (BI) – O criador do termo, Stevan Dedijer, define o conceito como o “conjunto

de métodos, abordagens, ferramentas e recursos para aplicação racional de princípios de serviços de

inteligência e é, simplesmente, a coleção, análise e aplicação de informação estratégica às decisões”.

Por “simplesmente” depura-se que o conceito não se traduz em apenas uma tecnologia, e pode ser

entendido como a consolidação e integração dos recursos de suporte passados à gestão, por meio

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65

de todos os sistemas de apoio à decisão nela integrados, visando a melhorar o embasamento para a

tomada de decisões.

Government Performance Management (GPM) – Diz respeito a combinar as tecnologias de análise

de informações de inteligência com as aplicações analíticas integradas, visando prover uma visão

estratégica, balanceada e funcional cruzada da organização. No que se relaciona à gestão, também

pode ser entendido como o monitoramento dos aspectos essenciais para o sucesso da organização,

tendo em vista as metas propostas. São utilizadas métricas consistentes em um processo encadeado

de relações de causa e efeito, que permite a identificação dos focos de intervenções necessárias.

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – Publica normas que orientam sobre a preparação

e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão em

bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros.

Application Configuration Access Protocol (ACAP)/Protocolo de Acesso à Configuração de

Aplicação – Protocolo disponível na Internet para acesso a opções de programa cliente de configurações

e informações preferenciais. É uma solução para o problema de mobilidade de cliente na Internet.

Administração Pública Federal (APF) – Reúne órgãos das administrações direta (serviços integrados

na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios) e indireta (autarquias,

empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas) do Poder Executivo. (Ver

detalhamento no link: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del0200.htm>)

Browser (navegador da web) – Uma aplicação cliente que permite ao usuário visualizar conteúdos da

World Wide Web em outra rede ou no computador do usuário, acompanhar os vínculos de hipertexto

e transferir arquivos.

Catálogo de XML Schemas – Diretório de informações sobre os XML Schemas.

Corporate Performance Management (CPM) – para governo pode ser substituído por Government

Performance Management (GPM) – A proposta é combinar as tecnologias tradicionais de análise

de informações (business intelligence) com aplicações analíticas integradas visando prover uma visão

estratégica, balanceada e funcional cruzada (cross-functional) da organização. Em um sentido menos

tecnológico, e mais relacionado à gestão, o GPM também pode ser entendido como o monitoramento

de todos os aspectos essenciais para o sucesso da organização, em face dos objetivos e metas

previamente estabelecidos, utilizando métricas consistentes, em um processo encadeado de relações

de causas e efeitos, de forma que seja possível compreender os resultados alcançados e suas causas,

bem como identificar os focos de intervenções necessárias.

A

B

C

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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Criptografia – Técnica de proteção de informação que consiste em cifrar o conteúdo de uma

mensagem ou um sinal, transformando-o em um texto ilegível, por meio da utilização de algoritmos

matemáticos complexos.

Dispositivo – Componente físico (estação de trabalho, telefone celular, cartão inteligente, handheld,

televisão digital com acesso à Internet).

Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC) – Entidade nacional responsável por garantir

a legalidade de todos os registros comerciais no País.

Domain Name System (DNS)/Sistema de Nomes de Domínio – Forma como os nomes de domínio

são encontrados e traduzidos no endereço de protocolo da Internet. Um nome de domínio é um

recurso fácil de ser lembrado quando referenciado como um endereço na Internet.

Estilo Arquitetônico – É uma família de arquiteturas relacionadas por princípios comuns e atributos,

incluindo um vocabulário de componentes e tipos de conectores e um conjunto de restrições em

relação a como podem ser combinados.

Extensible Messaging and Presence Protocol (XMPP)/Protocolo de Mensageria em Tempo Real –

Protocolo aberto, baseado na linguagem XML, para mensagens em tempo real.

Extensible Stylesheet Language (XSL) – Linguagem de criação de planilhas que descreve como um

dado é mandado por meio da web, usando a linguagem XML, e é apresentado ao usuário. O XSL é

uma linguagem usada para formatar um documento em XML.

Extensible Stylesheet Language Transformations (XSLT) – Padrão para descrever como mudar a

estrutura de um documento em linguagem XML para outro documento XML com outra estrutura. O

XSLT pode ser pensado como uma extensão do XSL. O XSLT mostra como o documento XSL deve ser

reorganizado em outra estrutura de dados (que pode ser apresentado seguindo uma planilha do XSL).

File Transfer Protocol (FTP)/Protocolo de Transferência de Arquivo – É um aplicativo que utiliza

os protocolos TCP/IP da Internet, e a maneira mais simples de trocar arquivos entre computadores

na Internet.

Geography Markup Language (GML) – Especificação OpenGIS baseada na linguagem XML

desenvolvida para permitir o transporte e armazenamento de informações geográficas/espaciais.

Government Performance Management (GPM) – Ver Corporate Performance Management (CPM).

D

E

F

G

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Handhelds – Computador de mão, também conhecido como PDA, pocket PC ou palm top. Equipamento

portátil desenvolvido para servir como dispositivo de acesso.

Handshake – Em uma comunicação por telefone, troca de informações entre dois modems e o

resultante acordo sobre qual protocolo utilizar antes de cada conexão telefônica.

Hashing – É a transformação de uma cadeia de caracteres, em um valor de tamanho fixo, normalmente

menor, ou em uma chave que representa a cadeia original. É utilizada para indexar e recuperar itens

em um banco de dados, porque é mais rápido encontrar o item utilizando a menor chave transformada

do que o valor original. Também é utilizada em algoritmos de criptografia.

HELO – Parâmetros que limitam a entrega de e-mail comercial não solicitado. (Ver o link: <www.

postfix.org/uce.html>)

Hyper Text Transfer Protocol (HTTP)/Protocolo de Transferência de Hipertexto – Conjunto de regras

para permuta de arquivos (texto, imagens gráficas, som, vídeo e outros arquivos multimídia) na World

Wide Web.

HTTPS – Ver: Secure Hyper Text Transfer Protocol.

ICP-Brasil – Conjunto de técnicas, práticas e procedimentos a ser implantado pelas organizações

governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de estabelecer os fundamentos técnicos

e metodológicos de um sistema de certificação digital baseado em chave pública. (Ver o link:

<www.icpbrasil.gov.br>)

Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE)/Instituto de Engenheiros Elétricos e

Eletrônicos – Fomenta o desenvolvimento de padrões e normas que frequentemente se tornam

nacionais e internacionais.

Internet Engineering Task Force (IETF)/Força Tarefa de Engenharia da Internet – Entidade que

define protocolos operacionais padrão da Internet, como o TCP/IP.

Internet Message Access Protocol (Imap)/ Protocolo de Acesso à Mensagem na Internet – Protocolo-

padrão para acessar e-mail a partir do servidor local. É um protocolo cliente servidor em que o e-mail é

recebido e guardado pelo servidor de Internet.

Internet Protocol (IP)/Protocolo de Internet – Método, ou protocolo, por meio do qual os dados

são enviados de um computador a outro, pela Internet. Cada computador, na Internet, possui pelo

menos um endereço IP que o identifica unicamente em relação a todos os outros computadores da

Internet.

H

I

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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Internet Protocol Security (IPSec)/Segurança de Protocolo de Internet – Padrão de desenvolvimento

relativo à segurança na camada da rede ou do processamento de pacotes da comunicação em rede.

Uma vantagem do IPsec é que as disposições de segurança podem ser manipuladas sem exigir

mudanças nos computadores de usuários individuais. O IPsec fornece duas opções de serviços de

segurança: Authentication Header (AH), que essencialmente permite a autenticação do remetente de

dados, e Encapsulating Security Payload (ESP), que suporta tanto a autenticação do remetente quanto

a codificação criptográfica de dados.

Internet Protocol Version 4 (IPv4)/Protocolo de Internet Versão 4 – Ver IPv6.

Internet Protocol Version 6 (IPv6)/Protocolo de Internet Versão 6 – Último nível do IP, hoje já

incluído como parte do suporte IP em muitos produtos, inclusive os principais sistemas operacionais

de computadores. Formalmente, o IPv6 é um conjunto de especificações da IETF. O IPv6 foi projetado

como um conjunto evolutivo de aperfeiçoamentos feitos no IPv4 dos quais o mais significativo é que

os endereços IP passaram de 32 bits para 128 bits.

Local Area Network (LAN)/ Rede Local – Grupo de computadores e dispositivos associados que

compartilham uma mesma linha de comunicação e, normalmente, os recursos de um único processador

ou servidor em uma pequena área geográfica. Normalmente o servidor possui aplicações e armazena

os dados compartilhados por vários usuários em diferentes computadores.

Lightweight Directory Access Protocol (LDAP)/Protocolo Leve de Acesso a Diretório – Protocolo

de software para permitir a localização de organizações, de pessoas e outros recursos, como arquivos

e dispositivos em uma rede, na Internet pública ou em uma intranet corporativa.

Meio de acesso – Conjunto de componentes físicos (dispositivos de acesso) e de não-físicos (software

básico, aplicativos, etc.) que permite ao usuário o acesso a um serviço de governo eletrônico.

Mensageria em Tempo Real ou Mensagem Instantânea – Tipo de comunicação que permite que

um usuário troque mensagens em tempo real com outro usuário também conectado à rede.

Metadados – São informações adicionais necessárias para que os dados se tornem úteis. É a informação

essencial para que se possa fazer uso dos dados. Em suma, é um conjunto de características sobre os

dados que não estão normalmente incluídas nos dados propriamente ditos. (Ver o link: <www.isa.utl.

pt/dm/sig/sig20002001/TemaMetadados/trabalho.htm>)

Middleware – É um termo geral que serve para mediar dois programas separados e normalmente

já existentes. Aplicações diferentes podem comunicar-se por meio do serviço de messaging,

proporcionado por programas middleware.

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M

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Newsgroup (grupo de notícias) – Discussão sobre determinado assunto que consiste em mensagens

enviadas a um site central na Internet e redistribuídas pela Usenet, uma rede global de grupos

de discussão de notícias. Os usuários podem enviar mensagens a grupos de notícias existentes,

responder a mensagens anteriores e criar novos grupos de notícias.

Open Geospatial Consortium (OGC)/Consórcio internacional – Possui a missão de “desenvolver

especificações para interfaces espaciais que serão disponibilizadas livremente para uso geral”.

Padrão aberto – Todo padrão tecnológico estabelecido por órgãos internacionais ou por consórcios de

empresas do mercado que desenvolvem especificações publicamente disponíveis. O PC (computador

pessoal) foi lançado e é desenvolvido com padrão aberto. As especificações da Internet, seu

desenvolvimento e a maioria das linguagens de programação também.

Padrão de Metadados – Um conjunto de metadados é um padrão, definido por uma comunidade

de usuários, que inclui vocabulário de elementos descritivos e um esquema ou regras de codificação

desses elementos num meio legível por computador. (Ver o link: <www.uff.br/gdo/htm/tsld013.htm>)

Plugin – Programa acessório que adiciona capacidades ao programa principal. Normalmente, em

aplicações na web, são facilmente instalados e usados como parte do navegador. Uma aplicação

de plugin é reconhecida automaticamente pelo navegador e a função é integrada à página HTML

que está sendo apresentada.

Project Management Systems (PMS) – São ferramentas especializadas no gerenciamento de projetos

complexos, ou múltiplos projetos simples, cujo centro da atenção é o sequenciamento de atividades,

seu acionamento, o balanceamento dos recursos necessários e o redirecionamento desses recursos,

em função das demandas variáveis de cada projeto, ao longo do tempo.

Post Office Protocol 3 (POP3)/Protocolo dos Correios 3 – Versão mais recente do protocolo-padrão

para recuperar e-mails. É um protocolo de cliente/servidor no qual o e-mail é recebido e guardado pelo

servidor de internet.

Portal – Site na internet que agrega serviços, notícias e grande volume de conteúdo informativo e/ou

de entretenimento.

Rede Governo – É o portal de entrada para todas as páginas do governo federal na Internet. Seu

endereço na Internet é: <www.e.gov.br>.

N

O

P

R

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Resolução 7 do Governo Eletrônico – Estabelece regras e diretrizes para os sites na Internet

da Administração Pública federal (gov.br e mil.br). Dividida em sete capítulos, a resolução trata da

estrutura da informação, do controle e monitoramento, da gestão dos elementos interativos, do

modelo organizacional, da identidade visual e da segurança dos sítios governamentais na rede mundial

de computadores.

Request for Comments (RFC)/Solicitação de Comentários – Documento formal da IETF, resultante

de modelos e revisões de partes interessadas. A versão final do RFC tornou-se um padrão em que

nem comentários nem alterações são permitidos. As alterações podem ocorrer, porém, por meio de

RFCs subsequentes, que as substituem ou elaboram, em todas as partes dos RFCs anteriores. RFC

também é a abreviação de remote function call (chamada funcional remota).

Rivest Shamir Adleman (RSA) – Cifração de Internet e um sistema de autenticação que utiliza um

algoritmo desenvolvido, em 1977, por Ron Rivest, Adi Shamir e Leonard Adleman.

Secure Hyper Text Transfer Protocol (HTTPS)/Protocolo de Transferência de Hipertexto Seguro

– Protocolo da web desenvolvido pela Netscape e acoplado ao navegador. Criptografa e criptoanalisa

solicitações e retornos de páginas pelo servidor web. O HTTPS é apenas o uso do Secure Sockets Layer

(SSL) do Netscape como uma subcamada sob a organização normal dos programas das aplicações HTTP.

Serviços Eletrônicos de Governo (relacionados: Serviços de Governo Eletrônico, Serviços

Eletrônicos) – Podem ser definidos pelo uso da tecnologia para aumentar o acesso e melhorar o

fornecimento de serviços do governo para cidadãos, fornecedores e servidores. Em linhas gerais, as

funções características do governo eletrônico são:

1. Prestação eletrônica de informações e serviços.

2. Regulamentação das redes de informação, envolvendo principalmente governança,

certificação e tributação.

3. Prestação de contas públicas, transparência e monitoramento da execução orçamentária.

4. Ensino a distância, alfabetização digital e manutenção de bibliotecas virtuais.

5. Difusão cultural com ênfase nas identidades locais, fomento e preservação de culturas locais.

6. E-procurement, isto é, aquisição de bens e serviços por meio da Internet, como licitações

públicas eletrônicas, pregões eletrônicos, bolsas de compras públicas virtuais e outros tipos

de mercados digitais para os bens adquiridos pelo governo.

7. Estímulo aos e-negócios, com a criação de ambientes de transações seguras, especialmente

para pequenas e médias empresas. (Ver o link: <www.governoeletronico.gov.br/r1>)

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Sistemas de Informação do Governo – Apóiam as atividades de gestão de governo: planejamento,

orçamento, execução orçamentária, administração financeira, administração de recursos humanos,

administração de serviços gerais, gestão de documentação e informações, organização e modernização

administrativa, recursos de informação e informática e controle interno. Apóiam as atividades finalísticas

dos diversos órgãos da estrutura governamental: infraestrutura (transporte, comunicações, energia,

administração de recursos naturais), agricultura, saúde, educação, etc.

Simple Features Specification (SFS) – Essa especificação define um formato, de acordo com o

Structured Query Language (SQL) padrão para armazenamento, leitura, análise e atualização simples

(dados geográficos), por meio de uma Application Programming Interface (API).

Smart Cards – Cartão de plástico, com tamanho aproximado de um cartão de crédito e microchip

embutido, que pode ser carregado com dados e usado para efetuar chamadas telefônicas,

pagamento eletrônico em dinheiro e outras aplicações. É periodicamente atualizado para receber

usos adicionais.

Secure Multipurpose Internet Mail Extensions (S/Mime)/ Extensões de Correio de Internet

Multipropósito Seguras – Método seguro de enviar e-mail que usa o sistema de cifração Rivest

Shamir Adleman (RSA). O S/Mime descreve como informações encriptadas e um certificado digital

pode ser incluído no corpo da mensagem.

Simple Mail Transfer Protocol/Multipurpose Internet Mail Extensions (SMTP/Mime)/ Protocolo

de Transferência de Mensagem Simples/Extensões de Correio de Internet Multipropósito – SMTP

é um protocolo TCP/IP usado no envio e recepção de e-mails. Mime é uma extensão de protocolo

de e-mail original da Internet que possibilita a troca de diferentes tipos de arquivos de dados pela

Internet.

Software Livre – Programa de computador disponibilizado por meio de seu código-fonte e com

a permissão para qualquer um usá-lo, copiá-lo e distribuí-lo, seja na sua forma original ou com

modificações, seja gratuitamente ou com custo. O software livre é necessariamente não proprietário,

mas é importante não confundir software livre com software gratuito.

Spam – E-mail não solicitado na Internet. Do ponto de vista do remetente, é uma forma de mensagem

para a massa, geralmente enviada para uma lista separada de pessoas inscritas em um grupo de

discussão Usenet ou obtida por empresas especialistas em criar listas para distribuição por e-mail.

Para o destinatário, o spam normalmente é considerado lixo.

Secure Sockets Layer (SSL)/Camada de Soquetes Segura – É um protocolo comumente usado

para gerenciar a segurança de uma transmissão de mensagem na Internet.

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MODELO DE INTEROPERABILIDADEPARA MUNICÍPIOS E ESTADO DE SÃO PAULO

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Taxonomia para navegação – É um vocabulário controlado de termos e frases, organizado e

estruturado hierarquicamente, de acordo com relações naturais ou presumidas, objetivando facilitar

aos usuários de sites e portais da Internet a descoberta de informação por meio da navegação.

Transmission Control Protocol (TCP)/Protocolo de Controle de Transmissão – Conjunto de regras

usadas com o IP para enviar dados na forma de unidades de mensagem entre computadores pela

Internet. Enquanto o IP lida com a entrega real dos dados, o TCP controla as unidades individuais dos

dados em que uma mensagem é dividida para roteamento eficiente pela Internet.

Telnet – A maneira de acessar o computador de outra pessoa, assumindo que lhe deram permissão.

Tecnicamente, é um comando de usuário e um protocolo subliminar TCP/IP para acessar computadores

remotos.

Transport Layer Security (TLS)/Segurança de Nível de Transporte – Protocolo que garante a

privacidade entre os aplicativos de comunicação e seus usuários na Internet. Quando um servidor e o

cliente se comunicam, o TLS garante que nenhuma outra parte poderá ver ou apanhar a mensagem.

Token – Um objeto de dados estruturado ou uma mensagem que circula continuamente entre os nós

de uma rede token ring e descreve o estado atual da rede.

User Datagram Protocol (UDP)/Protocolo de Datagrama de Usuários – Protocolo de comunicação

que oferece limitada quantidade de serviço quando as mensagens são trocadas entre computadores

em uma rede que usa o IP. O UDP é uma alternativa para o TCP e, com o IP, é referido como UDP/IP.

Assim como o TCP, o UDP usa o IP para levar uma unidade de dados de um computador para outro.

Diferentemente do TCP, o UDP não fornece o serviço de dividir uma mensagem em pacotes e remontá-

la na outra extremidade. O UDP não fornece a sequência dos pacotes em que os dados chegam. Isso

significa que o programa de aplicativo que usa o UDP deve garantir que a mensagem inteira chegou e

está em ordem. Os aplicativos de rede usados para poupar o tempo de processamento porque têm

unidades muito pequenas de dados para trocar podem preferir o UDP em vez do TCP.

Unified Modeling Language (UML)/Linguagem de Modelagem Unificada – Anotação-padrão do

modelo de objetos do mundo real como o primeiro passo no desenvolvimento de uma metodologia

de design orientado a objetos.

Uniform Resource Identifier (URI)/Identificador Único de Recurso – Padrão de codificação de

nomes e endereços na Internet. Uma URI é composta por um nome (ex.: file, HTTP, FTP, news, mailto,

gopher), seguido por dois pontos, e, por fim, um caminho, padronizado por uma lista de esquemas,

que segue a RFC 1630. A URI agrupa os conceitos URNs e URLs.

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U

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Usenet – Coleção de notas e mensagens submetidas por usuários sobre vários assuntos que são

enviados aos servidores em uma rede mundial. Cada coleção de notas enviadas é conhecida como

um newsgroup.

Virtual Private Networks (VPN)/Rede Privada Virtual – Rede particular, que se utiliza da

infraestrutura de uma rede pública de telecomunicações, como a Internet, por exemplo, para a

transmissão de informações confidenciais. Os dados transmitidos são encriptados. Sua instalação

se dá por meio de túneis virtuais, pelos quais trafegam as informações, protegendo-as do acesso

de usuários não autorizados.

World Wide Web Consortium (W3C)/Consórcio da Rede Mundial Web – Associação de indústrias

que visa promover padrões para a evolução da web e interoperabilidade entre produtos para www

produzindo softwares de especificação e referência.

Wide Area Network (WAN)/Rede de Grande Área – Rede de computadores que abrange extensas

áreas geográficas, como um Estado, um país ou um continente.

Web Feature Service (WFS) – Especificação OpenGIS que apresenta uma forma de acesso (inserção,

atualização, exclusão e análise) à feição no ambiente Web (HTTP).

Web Map Service (WMS) – Especificação OpenGIS que define quatro protocolos (GetCapabilities,

GetMap, GetFeatureInfo e DescribeLayer) que possibilitam a leitura de múltiplas camadas de

informações (layers) georreferenciadas, contendo vetores e/ou imagens.

XML Schemas – São documentos na linguagem XML, encontrados também num site da internet, que

especificam a estrutura, o número de ocorrências de cada elemento, os valores permitidos, as unidades,

etc., ou seja, a sintaxe do documento. Os esquemas de um conjunto de documentos XML, de um mesmo

tipo, ficam disponíveis publicamente num site da internet, para que programas possam ter acesso a eles

para validar os documentos XML deste conjunto. (Ver: <www.uff.br/gdo/htm/tsld106.htm>)

XMPP – Ver: Extensible Messaging and Presence Protocol.

XSL – Ver: Extensible Stylesheet Language.

XSLT – Ver: Extensible Stylesheet Language Transformations.

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COLAbORAÇÃOCasa Militar, Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo

(Prodesp), Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município

de São Paulo (Prodam), Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE),

Fundação Seade, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp), Instituto de

Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Junta Comercial do Estado de São Paulo

(Jucesp), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão/Secretaria de Logística

e Tecnologia da Informação (SLTI), Secretaria de Assistência e Desenvolvimento

Social (Seads), Secretaria de Comunicação (Secom), Secretaria de Economia

e Planejamento/Unidade de Articulação com Municípios (UAM), Secretaria da

Educação, Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), Secretaria da

Fazenda/Coordenadoria da Administração Financeira (CAF)/Coordenadoria de

Entidades Descentralizadas e de Contratações Eletrônicas (Cedec), Secretaria

de Gestão Pública/Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação (Utic),

Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Minas Gerais (Seplag)/

Superintendência Central de Governança Eletrônica (SCGE), Secretaria da Saúde,

Secretaria da Segurança Pública/Superintendência da Polícia Técnico-Científica

(SSP-SPTC)

Prefeituras

Município de Bauru, Município de Campo Limpo Paulista, Município de Capivari,

Município de Caraguatatuba, Município de Ilha Comprida, Município de Juquitiba,

Município de Jundiaí/Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun), Município

de Piracaia, Município de Santos, São José do Rio Preto/Empresa Municipal de

Processamento de Dados (Empro), Município de São Paulo/Secretaria Municipal de

Finanças (SMF-SP), Município de Sorocaba, Município de Sud Mennucci

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INTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES

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INTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕESINTEGRANDO SISTEMAS COM COMPARTILHAMENTO, REÚSO E INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES

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