modelo de dissertação - univali

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ALEX LUCIANO ROESLER RESE RECONFIGURAÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CONSIDERANDO MÚLTIPLOS OBJETIVOS UMA ABORDAGEM VISANDO A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE OPERADORES Itajaí (SC), julho de 2017

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Page 1: Modelo de Dissertação - Univali

ALEX LUCIANO ROESLER RESE

RECONFIGURAÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA CONSIDERANDO MÚLTIPLOS

OBJETIVOS – UMA ABORDAGEM VISANDO A AVALIAÇÃO DO

DESEMPENHO DE OPERADORES

Itajaí (SC), julho de 2017

Page 2: Modelo de Dissertação - Univali

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM

COMPUTAÇÃO APLICADA

RECONFIGURAÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA CONSIDERANDO MÚLTIPLOS

OBJETIVOS - UMA ABORDAGEM VISANDO A AVALIAÇÃO DO

DESEMPENHO DE OPERADORES

por

Alex Luciano Roesler Rese

Dissertação apresentada como requisito parcial à

obtenção do grau de Mestre em Computação

Aplicada.

Orientador: Raimundo C. Ghizoni Teive, Doutor

Itajaí (SC), julho de 2017

Page 3: Modelo de Dissertação - Univali

FOLHA DE APROVAÇÃO

Esta página é reservada para inclusão da folha de assinaturas, a ser disponibilizada pela

Secretaria do Curso para coleta da assinatura no ato da defesa.

Page 4: Modelo de Dissertação - Univali

Aоs meus pais Olizário e Karin, meu irmão Samuel, minha noiva Luana е a toda minha família que,

cоm muito carinho е apoio, nãо mediram esforços para qυе еυ chegasse аté esta etapa dе minha

vida.

Page 5: Modelo de Dissertação - Univali

“A menos que modifiquemos à nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os

problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo”

Albert Einstein.

Page 6: Modelo de Dissertação - Univali

AGRADECIMENTOS

É difícil de agradecer a todas as pessoas que de algum modo, nos momentos serenos e ou

apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha existência, por isso primeiramente agradeço a todos

de coração.

Antes de mais nada eu preciso agradecer ao meu amigo e orientador Raimundo Celeste

Ghizoni Teive, que incansavelmente tirou minhas dúvidas, direcionando meu foco e impondo

limites em missões impossíveis.

Gostaria de agradecer também aos avaliadores: Rudimar Dazzi, Edison Antonio Cardoso

Aranha Neto, Daniel Bernardon e André Raabe que contribuíram através de sugestões e críticas,

para melhorar o trabalho, apresentando uma nova ótica sobre o estudo.

Agradecer aos meus pais Olizário Daniel Rese e Karin Helena Roesler, que sempre se

mostraram dispostos a ajudar nas dificuldades encontradas no decorrer do mestrado me apoiando e

incentivando.

Agradeço ao meu irmão Samuel Diego Roesler Rese, que por mais difícil que fossem as

circunstâncias, do seu jeito sempre me apoiou.

A minha melhor amiga e companheira Luana Kopicz Felismino, que sempre se mostrou

presentes na minha carreira acadêmica, ou mesmo nos momentos de lazer e diversão, também aos

seus pais Orlando Felismino e a Sirlei Terezinha Kopicz Felismino e seu irmão Marcos Kopicz

Felismino, que sempre considerei como minha segunda família.

Ao meu amigo Rafael de Santiago pela incentivo e indicação no mestrado além de bons

conselhos para o meu sucesso pessoal, a sua esposa Lúcia e sua filha Alice que está por vir

completar a família.

Meus agradecimentos aos amigos do mestrado: Gabriel Schade Cardoso, Mateus Junior

Cassaniga, Guilherme Passero, Roger Anderson Schmidt, Jorge Sandoval, James Bombasar e

Rodrigo Lyra.

Aos amigos de pesquisa do Laboratório de Inteligência Aplicada, pelas bagunças, papos e

ideias jogadas ao vento: Ivan Galvagno, Rafael de Oliveira Schmitt, Rudson Mendes, Gabriel

Page 7: Modelo de Dissertação - Univali

Müller Oliveira, Lucas Debatin, Vinícius Almeida dos Santos, Wellington Zunino, Edgar Justavino,

João Victor Ribeiro, em especial ao Fernando Concatto por sempre abdicar de suas caminhadas

matinais para contribuir na resolução de problemas complexos.

Agradecer aos meus amigos de festa e de longa data: Eduardo Souza Santos, Rafael Marini,

Anderson Vulczak, Rafael Piemontez, Thiago Felski Pererira, Matheus Bruzaca, Guilherme

Gustavo Gohr, e aos amigos da loja Blackout em especial ao Jurandir Francisco Ranghetti e Rogelio

Passafaro.

Agradecer aos meus amigos de festa e de longa data: Eduardo Souza Santos, Rafael Marini,

Anderson Vulczak, Rafael Piemontez, Thiago Felski Pererira, Matheus Bruzaca, e aos amigos da

loja Blackout em especial ao Jurandir Francisco Ranghetti e Rogelio Passafaro.

A equipe Tree Tech: ao amigo Marcello Pessoa que sempre se mostrou flexível quanto as

reuniões e horários e ao amigo Felipe Dalcin que apesar de estarmos em ambientes diferentes

sempre se apresentou disponível.

A todo a equipe da CPFL que participou do P&D, fornecendo dados e demonstrando o

cotidiano dos operadores, em destaque para o Engenheiro Fredner Leandro Cardoso que sempre

disponibilizou do seu tempo para nos atender e também a toda a equipe da SEEnergia pela

oportunidade e confiança.

A todos os meus familiares, que sempre torceram por mim e que me mandaram boas

energias para concluir esta etapa de minha vida.

.

Page 8: Modelo de Dissertação - Univali

RECONFIGURAÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA CONSIDERANDO MÚLTIPLOS

OBJETIVOS - UMA ABORDAGEM VISANDO A AVALIAÇÃO DO

DESEMPENHO DE OPERADORES

Alex Luciano Roesler Rese

Julho / 2017

Orientador: Raimundo Celeste Ghizoni Teive, Doutor

Área de Concentração: Computação Aplicada

Linha de Pesquisa: Inteligência Artificial

Palavras-chave: Reconfiguração de Redes de Distribuição, Otimização Multi objetivo, Algoritmo

Genético.

Número de páginas: 132

RESUMO

O fornecimento de energia em redes de distribuição elétrica é essencial para o

desenvolvimento humano, sendo a principal fonte de luz, calor e força. Portanto, os processos de

operação e manutenção das redes de distribuição requerem eficiência, sendo necessárias estratégias

que envolvem o restabelecimento de energia elétrica de maneira rápida e eficaz. Assim, este

trabalho buscou a definição de uma heurística capaz de identificar configurações de redes de

distribuição, modeladas através de grafos, que estejam de acordo com critérios definidos por

concessionárias de energia. A definição de uma configuração de rede alinhada com os critérios da

concessionária é especialmente importante quando há a necessidade, em um sistema de avaliação de

desempenho de operadores, de se encontrar uma configuração de referência. A solução proposta

neste trabalho utiliza o algoritmo genético multiobjetivo NSGA-II, considerando seis objetivos a

serem otimizados simultaneamente: impedância; energia não suprida; desvio entre os

alimentadores; encargos; número de clientes atendidos; e atendimento a consumidores prioritários.

A solução do algoritmo da árvore geradora mínima de Prim é utilizada como um dos indivíduos da

população inicial do algoritmo NSGA-II. O uso de um algoritmo multiobjetivo fornece um

compromisso maior com o problema de reconfiguração de rede, pois permite considerar múltiplos

critérios para a definição da configuração de rede de distribuição ótima, em relação a Fronteira de

Pareto. Desta maneira, a configuração ótima encontrada é utilizada como referência, podendo ser

comparada com a configuração realizada pelo operador, visando a avaliação de desempenho do

mesmo. Para validar os algoritmos foram considerados quatro sistemas, sendo um destes uma rede

de distribuição real. Como resultados da pesquisa é possível destacar que no contexto de soluções

iniciais utilizadas pelo NSGA-II, destaca-se as soluções que compartilham o Algoritmo de Prim na

composição das soluções iniciais, visto que apresentam soluções mais viáveis do que a geração de

soluções exclusivamente aleatórias.

Page 9: Modelo de Dissertação - Univali

RECONFIGURATION OF ELECTRICAL ENERGY

DISTRIBUTION NETWORKS CONSIDERING MULTIPLE

OBJECTIVES – AN APPROACH AIMED AT PERFORMANCE

EVALUATION OF OPERATORS

Alex Luciano Roesler Rese

July / 2017

Advisor: Raimundo Celeste Ghizoni Teive, Doctor

Area of Concentration: Applied Computer Science

Research Line: Artificial Intelligence

Keywords: Distribution Network Reconfiguration, Multi-objective Optimization, Genetic

Algorithm

Number of pages: 132

ABSTRACT

The supply of energy in electrical networks is essential for human development, being it the

primary source of light, heat and power. Therefore, distribution networks require efficiency in the

processes of operation and maintenance of the distribution networks, and there is a need for

strategies that involve the quick and effective reestablishment of electrical energy. This work sought

to define a heuristic capable of identifying configurations of distribution networks, modeled through

graphs, that agree with criteria defined by the power concessionaires. The definition of a network

configuration that is in line with the criteria of the concessionaire is especially important when there

is a need, in an operator performance evaluation system, to find a reference configuration. The

solution proposed in the work utilized the NSGA-II multiobjective genetic algorithm, considering

six objectives to be optimized simultaneously: impedance; unsupplied energy; deviation between

feeders; charges; number of customers served; and service to priority consumers. The solution of

the minimum spanning tree generation algorithm Prim is used as one of the individuals of the initial

population of the NSGA-II algorithm. The use of a multi-objective algorithm provides a greater

commitment to the network reconfiguration problem, as it allows multiple criteria to be considered

in the definition of the optimal distribution network configuration, in relation to the Pareto Frontier.

Thus, the optimum configuration found is used as reference, and can be compared with the

configuration done by the operator, aiming at its performance evaluation. To validate the algorithms

four systems were considered, one of them being a real distribution network. The results of the

study demonstrate that in the context of initial solutions used by the NSGA-II, the solutions that

share the Prim Algorithm in the composition of the initial solutions are highlighted, as they present

more viable solutions than the generation of exclusively random solutions.

Page 10: Modelo de Dissertação - Univali

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Sistema de Distribuição Simplificado. ............................................................................... 28 Figura 2. Sistema de distribuição modelado através de grafos. ......................................................... 29 Figura 3. Descrição da execução do algoritmo de Kruskal................................................................ 33 Figura 4. Descrição da execução do algoritmo de Exclusão Reversa. ............................................... 35

Figura 5. Descrição da execução do algoritmo de Prim. ................................................................... 37 Figura 6. Formação da população descendente ................................................................................. 40 Figura 7. Distância da Concentração ................................................................................................. 44 Figura 8. Espaço de busca das soluções. As fronteiras representam: Fronteira côncava (a), Fronteira

convexa (b), e Fronteira para o problema de reconfiguração de rede (c). ................................. 45

Figura 9. Representação gráfica dos pesos ROC ............................................................................... 47 Figura 10. Fluxograma Geral da Solução Proposta. .......................................................................... 56 Figura 11. Fluxograma da Solução Desenvolvida. ............................................................................ 59

Figura 12. Definição do Cromossomo através do Sistema 16 Barras da IEEE. ................................ 60 Figura 13. Máscara do cruzamento paramétrico uniforme. ............................................................... 63 Figura 14. Configuração padrão do Sistema 16 barras. ..................................................................... 69 Figura 15. Configuração padrão do Sistema 33 barras. ..................................................................... 70

Figura 16. Configuração Padrão do Sistema 66 Barras. .................................................................... 72 Figura 17. Configuração Padrão do Sistema Real MAZ-10. ............................................................. 73

Figura 18. Soluções iniciais do Sistema 16 Barras - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução iniciais

aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b). ........ 76 Figura 19. Soluções iniciais do Sistema 33 Barras - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução iniciais

aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b). ........ 77

Figura 20. Soluções iniciais do Sistema 66 Barras - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução iniciais

aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b). ........ 78 Figura 21. Soluções iniciais do Sistema Real MAZ-10 - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução

iniciais aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b).

.................................................................................................................................................... 79

Figura 22. Soluções iniciais do Sistema Real MAZ-10 com linhas chaveáveis - Soluções iniciais

aleatórias (a), Solução iniciais aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo

algoritmo de Prim (b). ................................................................................................................ 80 Figura 23. Reconfiguração do Sistema 16 Barras sugerido pelo NSGA-II. ...................................... 83 Figura 24. Reconfiguração de Rede Contingência Sistema 16 Barras. ............................................. 84

Figura 25. Reconfiguração do Sistema 33 Barras sugerido pelo NSGA-II ....................................... 85 Figura 26. Reconfiguração do Sistema 33 Barras sugerido pelo NSGA-II ....................................... 86

Figura 27. Reconfiguração do Sistema 66 Barras sugerido pelo NSGA-II ....................................... 88

Figura 28. Reconfiguração de Rede Contingência do Sistema 66 Barras. ........................................ 89

Figura 29. Reconfiguração do Sistema Real MAZ-10 sugerido pelo NSGA-II. ............................... 91 Figura 30. Reconfiguração do Sistema Real MAZ-10 sugerido pelo NSGA-II para tratar da

eventualidade entre as Barras 2 e 3 Linha S2. ........................................................................... 92 Figura 31. Reconfiguração Sistema 16 Barras - Kruskal e Exclusão Reversa (a), Prim (b) ............ 105 Figura 32. Reconfiguração do Sistema 33 Barras. ........................................................................... 106

Quadro 1. Pseudocódigo do algoritmo de Kruskal. ........................................................................... 34 Quadro 2. Pseudocódigo do algoritmo de Exclusão Reversa. ........................................................... 36 Quadro 3. Pseudocódigo do algoritmo de Prim. ................................................................................ 38

Page 11: Modelo de Dissertação - Univali

Quadro 4. Pseudocódigo do algoritmo de NSGA-II .......................................................................... 41

Quadro 5. Pseudocódigo da função do algoritmo NSGA-II: ordenação não-dominada .................... 42 Quadro 6. Pseudocódigo da função do algoritmo NSGA-II: distancia da concentração. .................. 43 Quadro 7. Fontes de pesquisa e revisão sistemática da literatura. ..................................................... 50 Quadro 8. Configuração de busca nas bibliotecas e resultados. ........................................................ 50 Quadro 9. Artigos selecionados ordenados por fonte e ano de publicação........................................ 51

Quadro 10. Características dos trabalhos relacionados ...................................................................... 53 Quadro 11. Comparativo entre a configuração padrão e os algoritmos da AGM para o Sistema 16

Barras. ........................................................................................................................................ 57 Quadro 12. Ordem para o cálculo de pesos ROC para o problema de reconfiguração de rede. ........ 81 Quadro 13. Comparativo entre a configuração padrão e os algoritmos da AGM para o Sistema 16

Barras ....................................................................................................................................... 104

Quadro 14. Comparativo entre a configuração padrão e os algoritmos da AGM para o Sistema 33

Barras ....................................................................................................................................... 106

Page 12: Modelo de Dissertação - Univali

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados de Barra ................................................................................................................... 61 Tabela 2. Dados de Linha. ................................................................................................................. 61 Tabela 3. Características dos sistemas analisados. ............................................................................ 68 Tabela 4. Valores das arestas do Sistema 16 Barras para a impedância. ........................................... 69

Tabela 5. Valores das arestas do Sistema 33 Barras para a impedância. ........................................... 71 Tabela 6. Valores de impedância para as linhas do Sistema 66 Barras. ............................................ 71 Tabela 7. Valores de impedância para as linhas do Sistema Real MAZ-10. ..................................... 74 Tabela 8. Resultados dos sistemas e estudos de caso analisados. ...................................................... 93

Page 13: Modelo de Dissertação - Univali

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AG Algoritmo Genético

AGM Árvore Geradora Mínima

AGMO Algoritmo Genético Multiobjetivo

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

NA Normalmente Aberta

NF Normalmente Fechada

NSGA-II Non-dominated Sorting Genetic Algorithm - II

PAGM Problema da Árvore Geradora Mínima

RDA Reverse Delete Algorithm

ROC Rank Order Centroids

SEP Sistema Elétrico de Potência

UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí

Page 14: Modelo de Dissertação - Univali

LISTA DE SÍMBOLOS

β Clientes Prioritários Atendidos

α Número de Consumidores Atendidos

Ω Ohm

O Pior caso (Análise Assintótica)

Page 15: Modelo de Dissertação - Univali

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 17

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................... 19

1.1.1 Solução Proposta ............................................................................................. 21

1.1.2 Delimitação de Escopo .................................................................................... 21

1.1.3 Justificativa ...................................................................................................... 22

1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 23

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 23

1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 23

1.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 23

1.3.1 Metodologia da Pesquisa ................................................................................ 24

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ................................................................ 24

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................... 26

2.1 REDES DE DISTRIBUIÇÃO .......................................................................... 26

2.1.1 Reconfiguração de Redes de Distribuição .................................................... 29

2.2 ALGORITMOS ................................................................................................. 30

2.2.1 Metaheurísticas ............................................................................................... 30

2.2.2 Árvore Geradora Mínima .............................................................................. 31

2.2.3 Algoritmos para Encontrar a AGM .............................................................. 31

2.2.3.1 Algoritmo de Kruskal ................................................................................... 32

2.2.3.2 Algoritmo Exclusão Reversa ........................................................................ 34

2.2.3.3 Algoritmo de Prim ......................................................................................... 36

2.2.4 Algoritmo Genético Multiobjetivo ................................................................. 38

2.2.4.1 NSGA-II.......................................................................................................... 39

2.3 PESOS CENTROIDE ....................................................................................... 46

2.4 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 48

3 TRABALHOS RELACIONADOS .................................................... 49

3.1 REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA ........................................... 49

3.2 ANÁLISE COMPARATIVA............................................................................ 52

3.3 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 54

4 SOLUÇÃO PROPOSTA PARA O PROBLEMA DE

RECONFIGURAÇÃO DE REDES ........................................................ 56

4.1 ÁRVORE GERADORA MÍNIMA .................................................................. 57

4.2 PROJETO DO ALGORITMO NSGA-II - PRIM .......................................... 57

4.2.1 Fluxograma do Algoritmo Proposto .............................................................. 58

4.2.2 Modelagem do Algoritmo ............................................................................... 60

4.3 OBJETIVOS PARA RECONFIGURAÇÃO DE REDES ............................. 65

4.4 COLETA DE DADOS ....................................................................................... 67

Page 16: Modelo de Dissertação - Univali

4.5 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 67

5 RESULTADOS .................................................................................... 68

5.1 ESTUDOS DE CASO ........................................................................................ 68

5.1.1 Sistema 16 Barras ............................................................................................ 69

5.1.2 Sistema 33 Barras ............................................................................................ 70

5.1.3 Sistema 66 Barras ............................................................................................ 71

5.1.4 Sistema Real MAZ-10 ..................................................................................... 73

5.2 ANÁLISE DAS SOLUÇÕES INICIAIS ......................................................... 75

5.2.1 Sistema 16 Barras ............................................................................................ 75

5.2.2 Sistema 33 Barras ............................................................................................ 76

5.2.3 Sistema 66 Barras ............................................................................................ 77

5.2.4 Sistema Real MAZ-10 ..................................................................................... 78

5.3 ANÁLISE DE RECONFIGURAÇÃO DE REDE .......................................... 81

5.3.1 Sistema 16 Barras ............................................................................................ 82

5.3.2 Sistema 33 Barras ............................................................................................ 85

5.3.3 Sistema 66 Barras ............................................................................................ 87

5.3.4 Sistema Real MAZ-10 ..................................................................................... 90

5.4 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 93

6 CONCLUSÕES .................................................................................... 95

6.1 CONTRIBUIÇÕES DA DISSERTAÇÃO ...................................................... 97

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................... 97

6.3 PUBLICAÇÔES ................................................................................................ 98

REFERÊNCIAS ....................................................................................... 99

GLOSSÁRIO .......................................................................................... 103

APÊNDICE A – SISTEMA 16 BARRAS......................................... 104

APÊNDICE B – SISTEMA 33 BARRAS ......................................... 106

APÊNDICE C – RECONFIGURAÇÃO CONSIDERANDO A

IMPORTÂNCIA DO NODO ................................................................ 107

APÊNDICE D – FLUXO DE POTÊNCIA DO SISTEMA 16

BARRAS ................................................................................. 108

APÊNDICE E – FLUXO DE POTÊNCIA DO SISTEMA 66

BARRAS .................................................................................. 111

APÊNDICE F – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA 16

BARRAS .................................................................................. 117

APÊNDICE G – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA 33

BARRAS ................................................................................. 118

Page 17: Modelo de Dissertação - Univali

APÊNDICE H – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA 66

BARRAS ................................................................................. 120

APÊNDICE I – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA REAL

MAZ-10 ................................................................................... 124

Page 18: Modelo de Dissertação - Univali

17

1 INTRODUÇÃO

O suprimento de energia elétrica na sociedade moderna é fundamental para o

desenvolvimento e sobrevivência de processos industriais e humanos, sendo de suma importância o

fornecimento e a distribuição desse insumo para os consumidores finais (ANEEL, 2008). Desta

maneira, quando há uma interrupção no fornecimento de energia, acarreta-se prejuízos para

consumidores residenciais, comerciais, industriais e rurais. Sendo assim, tais eventos devem ser

evitados com planejamento adequado, investimentos elevados e uso de inteligência operacional.

Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE em 2010, cerca de

97,8% das residências brasileiras recebiam o serviço de energia elétrica (BRASIL, 2011). Com o

crescimento da demanda por eletricidade, é possível afirmar que o planejamento, operação e

manutenção dos sistemas elétricos de potência está cada dia mais complexo, além de um evidente

aumento de interligações para atender estas demandas.

Os centros de supervisão e controle dos sistemas de distribuição de energia elétrica

gerenciam grandes redes, que abrangem uma vasta extensão geográfica. Uma boa estratégia de

operação desses sistemas consiste em decisões que minimizem perdas, isolem a falha e reduzam o

tempo de indisponibilidade dos ativos da rede elétrica. Dentre as técnicas para redução das perdas, a

reconfiguração de redes de distribuição é uma das estratégias mais aplicadas pelas concessionárias

de energia elétrica, a qual permite a utilização de recursos já existentes no sistema, tornando o custo

menor e evitando novos investimentos (SOUZA; MANTOVANI, 2008).

No contexto das redes inteligentes, este trabalho está alinhado com a característica destas

redes de auto recomposição (self healing), que é a capacidade do sistema automaticamente detectar

e corrigir falhas, realizando então a reconfiguração da rede, também de forma automática. Neste

caso, é fundamental que o algoritmo utilizado tenha certa inteligência para reproduzir as regras de

operação recomendadas pela empresa.

O sistema de distribuição de energia é composto por diversos equipamentos, tais como

transformadores, disjuntores, religadores, chaves fusíveis e chaves seccionadoras, podendo estes

serem de operação manual ou automática. Estas chaves seccionadoras podem ser Normalmente

Abertas (NA) ou Normalmente Fechadas (NF), sendo que a sua manobra altera a topologia da rede

de distribuição e, consequentemente a distribuição do fluxo de potência na rede, conforme a

Page 19: Modelo de Dissertação - Univali

18

necessidade e prioridades definidas pela distribuidora de energia. Desta maneira, a reconfiguração

da rede permite a transferência de cargas entre os alimentadores sobrecarregados (BARAN; WU,

1989), podendo satisfazer diversos objetivos da empresa em situação de contingência, tais como:

minimização de perdas, minimização de energia não suprida, maximização de consumidores

atendidos, ou mesmo atendimento a consumidores prioritários.

Em termos de modelagem, as redes de distribuição de energia podem ser representadas por

grafos não orientados, onde os vértices correspondem a entidades ou barras do sistema elétrico e as

arestas (ou arcos) a ligação entre um par de entidades, representando as linhas de distribuição de

energia. Desta maneira, é possível utilizar algoritmos que agem sobre esse tipo de estrutura, como

aqueles que obtêm o caminho com menor peso total e que atinge todos os vértices (algoritmos que

buscam encontrar a árvore geradora mínima de um grafo) (MOHANRAM; SUDHAKAR, 2011;

PAVANA; TRIVENI, 2015; SUDHAKAR, 2012; SUDHAKAR; SRINIVAS, 2010, 2011a).Após a

execução deste algoritmo, a configuração de rede de distribuição encontrada deve ser submetida a

um fluxo de potência, onde as restrições de tensão nas barras e carregamento nas linhas devem ser

verificadas.

A estrutura da rede de distribuição não contempla somente um valor entre pares de

elementos (peso da aresta), como as estratégias dos algoritmos da Árvore Geradora Mínima (AGM)

apresentam. Desta forma, o uso de modelos que retratem com maior precisão os aspectos

considerados no processo de reconfiguração de redes se faz necessário, visto que existem diversos

indicadores que podem ser considerados, tais como os indicadores de continuidade (qualidade de

serviço), número de consumidores afetados, consumidores prioritários envolvidos e energia não

suprida, entre outros. Estes indicadores devem ser otimizados simultaneamente para garantir que a

configuração da rede seja a melhor possível. Entretanto, estas estratégias de avaliação podem ser

conflitantes, o que torna o problema mais complexo, exigindo uma abordagem multiobjetivo.

Em uma situação prática onde se deseja avaliar, via sistema computacional, o desempenho

de um operador de distribuição frente à solução de uma contingência, através da análise das

manobras realizadas pelo mesmo; é necessário inicialmente que se tenha uma configuração de rede

de distribuição que contemple os principais objetivos da empresa (configuração de referência), para

ser comparada com a configuração gerada pelo operador. Muitas vezes, esta configuração de

referência não é disponível, devendo ser encontrada via simulação. Neste caso, é fundamental o uso

Page 20: Modelo de Dissertação - Univali

19

de um algoritmo de reconfiguração de redes que contemple os critérios e regras de operação

utilizados pela empresa.

Portanto, se faz necessária a utilização de técnicas de otimização multiobjetivo, como forma

de se obter uma configuração de rede que possa ser utilizada como referência, permitindo comparar

com a configuração realizada pelo operador de redes de distribuição, considerando-se diversos

objetivos a serem otimizados simultaneamente.

O uso de Algoritmos Genéticos Multiobjetivo (AGMO) tem a finalidade de fornecer a

melhor solução de compromisso, considerando todos os objetivos a serem otimizados. Assim, o

aspecto multiobjetivo aliado ao caráter evolutivo dos algoritmos genéticos podem permitir uma

seleção equilibrada entre diferentes objetivos e soluções.

Um dos métodos baseados em algoritmos evolucionários é conhecido como NSGA-II (Non-

dominated Sorting Genetic Algorithm - II). O conceito do NSGA-II é utilizar de um procedimento

de seleção por ordenação das soluções mais qualificadas (não-dominadas). Ao mesmo tempo o

algoritmo utiliza de um método para manter a diversidade (distância da concentração), tal

procedimento proporciona a coexistência de diversos indivíduos ótimos na população (DEB et al.,

2002).

Portanto, o objetivo desta dissertação é a implementação do AGMO NSGA-II para o

problema de reconfiguração de redes de distribuição de energia elétrica, utilizando algoritmos da

AGM como soluções iniciais. Esta configuração ótima será utilizada como configuração de

referência, em um processo de avaliação do desempenho do operador de redes de distribuição,

sendo comparada com a configuração gerada pelo operador.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

A qualidade do serviço prestado pela distribuidora de energia elétrica aos consumidores é

uma meta permanente das concessionárias, tanto para atingir objetivos próprios de satisfação dos

clientes, quanto pela definição e cobrança de indicadores por parte da agência de regulamentação

deste serviço, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O fornecimento de energia elétrica

é fundamental, não somente para consumidores residenciais, que dependem da energia para suas

necessidades básicas e conforto, mas também para consumidores comerciais, rurais e industriais,

Page 21: Modelo de Dissertação - Univali

20

cuja produção e realização de receita estão cada vez mais associados à confiabilidade do

fornecimento de energia elétrica (ANEEL, 2008)

Portanto, é importante que as manobras da rede, em condições normais ou em contingência,

minimizem a interrupção de energia na região afetada pelo problema, e que esta decisão seja

tomada no menor tempo possível (BAYLISS; HARDY, 2012). Da mesma forma, é importante

salientar que apesar da rede de distribuição formar malhas, a sua operação em nível de rede

secundária é radial, sendo que a mesma pode ser representada por um grafo acíclico não dirigido, ou

seja, uma árvore. Computacionalmente, o problema pode ser caracterizado pelo desenvolvimento de

um algoritmo de busca em grafos para identificar a melhor configuração da rede de distribuição,

comparando com configurações de referência.

Na literatura, existem vários trabalhos que resolvem o problema de reconfiguração de redes

de distribuição através de algoritmos que encontram a Árvore Geradora Mínima (PAVANA;

TRIVENI, 2015; SUDHAKAR, 2012; SUDHAKAR; SRINIVAS, 2010, 2011a). Entretanto, estes

estudos buscam identificar uma topologia radial, visando atender um único objetivo. Nesta pesquisa

pretende-se desenvolver um modelo computacional multiobjetivo, apresentando soluções radiais

levando em consideração múltiplos objetivos.

Em uma situação onde é necessário realizar a avaliação off-line do desempenho de

operadores de distribuição, considerando suas ações para recompor o sistema após uma

contingência, é fundamental que se tenha o plano de manobras de referência, para comparação com

o plano de manobras realizado pelo operador. O plano de referência normalmente não é disponível,

sendo assim necessária a sua obtenção, considerando o atendimento de diversos objetivos

simultâneos, como é proposto neste trabalho.

Para solucionar o problema desta pesquisa, foram levantadas as seguintes perguntas:

É possível adaptar os algoritmos tradicionais que buscam encontrar a árvore geradora

mínima de um grafo com um AGMO, gerando configurações de rede viáveis em termos de

radialidade, tensão nas barras e carregamento nas linhas?

É possível propor uma heurística multiobjetivo que seja capaz de realizar a reconfiguração

de rede de distribuição, atendendo objetivos usuais de operação e gerando resultados similares aos

do especialista?

Page 22: Modelo de Dissertação - Univali

21

De acordo com as respostas destes questionamentos, será possível analisar as soluções

computacionalmente através da obtenção do caminho de menor custo, onde o custo das linhas pode

envolver diversos objetivos da rede de distribuição.

1.1.1 Solução Proposta

Neste trabalho é apresentada uma solução que identifica as características de redes de

distribuição de energia elétrica, permitindo realizar a modelagem das mesmas através da estrutura

de grafos. Desta forma, serão adaptados e implementados os algoritmos que buscam identificar o

caminho de menor custo dentro de um grafo, além de uma heurística multiobjetivo para a

reconfiguração da rede de distribuição, utilizando o AGMO NSGA-II. Esta solução procura

comprovar um grupo de hipóteses que foram levantadas durante a elaboração da pesquisa:

As hipóteses alternativa e nula para a primeira pergunta são:

H0: A solução encontrada pelo algoritmo de AGM aplicada no AGMO atende aos requisitos

de radialidade, e restrições de tensão nas barras e carregamento nas linhas.

H1: Um dos algoritmos que buscam encontrar a árvore geradora mínima de um grafo é mais

eficiente que os demais para o problema.

As hipóteses alternativa e nula para a segunda pergunta são:

H0: A heurística multiobjetivo não é capaz de gerar de forma coerente configurações de rede

semelhantes à do especialista.

H1: A heurística multiobjetivo é capaz de gerar de forma coerente configurações de rede

semelhantes com a solução do especialista.

Para concretizar a solução proposta, foi realizado um estudo bibliográfico da literatura e a

implementação dos algoritmos do menor caminho, e um algoritmo multiobjetivo.

1.1.2 Delimitação de Escopo

Este trabalho buscou analisar algoritmos já utilizados para o problema de reconfiguração de

rede de distribuição de energia elétrica, através da árvore geradora mínima em grafos. O estudo

Page 23: Modelo de Dissertação - Univali

22

proposto teve como objetivo implementar uma heurística multiobjetivo que possa ser otimizada e

que leve em consideração vários objetivos, alguns destes conflitantes. Os algoritmos de AGM têm

como função principal gerar soluções iniciais viáveis para o AGMO.

A pesquisa proporcionou uma análise dos algoritmos implementados em relação a diferentes

tipos de redes de distribuição, comparando as configurações realizadas pelos algoritmos da Árvore

Geradora Mínima com trabalhos da literatura e com soluções de especialistas.

No desenvolvimento deste trabalho não foi analisada a questão da presença de geração

distribuída (GD) na rede de distribuição. Entretanto, no contexto desta proposta, A GD pode ser

considerada como um nó da rede, sendo modelada como uma subestação qualquer.

1.1.3 Justificativa

Entre as técnicas para redução das perdas, a reconfiguração de redes de distribuição é uma

das estratégias mais aplicadas pelas concessionárias de energia elétrica (SOUZA; MANTOVANI,

2008). Na literatura. o problema de reconfiguração de redes de distribuição é principalmente

abordado através de algoritmos que encontram a árvore geradora mínima em grafos com apenas um

objetivo (PAVANA; TRIVENI, 2015; SUDHAKAR, 2012; SUDHAKAR; SRINIVAS, 2010,

2011a).

Segundo Torres et al. (2010) as principais metodologias abordadas para a solução do

problema de reconfigurações de rede de distribuição estão divididas em programação matemática,

heurísticas e metaheurísticas. Como principal objetivo nos trabalhos de reconfiguração da rede

analisados apontam a Topologia Radial da Rede (95,7%) como a restrição mais presente (TORRES

et al., 2016). Na última década, os métodos evolucionários obtiveram êxito em relação aos demais

quando aplicados tanto à reconfiguração quanto a restauração de sistemas de distribuição

(BARBOSA; VASCONCELOS, 2012).

A metodologia multiobjetivo para o problema de reconfigurações de redes é fundamental,

pois busca favorecer as manobras que minimizam, por exemplo, a impedância, energia não suprida,

encargos e maximizem o número de consumidores com energia, podendo levar em consideração

também clientes prioritários. Neste contexto, é de suma importância o desenvolvimento de

heurísticas computacionais que possam levar em consideração mais de um objetivo

Page 24: Modelo de Dissertação - Univali

23

simultaneamente. Portanto, são implementados algoritmos que encontram a árvore geradora

mínima, servindo como configuração inicial para uma solução mais robusta multiobjetivo.

1.2 OBJETIVOS

A subseção a seguir define os objetivos para a realização deste trabalho, os quais estão

divididos em: (i) Objetivo Geral e (ii) Objetivos Específicos.

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver um Algoritmo Genético Multiobjetivo capaz de encontrar soluções viáveis para

o problema de reconfiguração de redes de distribuição, utilizando algoritmos da Árvore Geradora

Mínima para fornecer soluções iniciais.

1.2.2 Objetivos Específicos

1. Implementar os algoritmos selecionados e adaptados ao problema;

2. Fazer uma análise comparativa dos algoritmos de Árvore Geradora Mínima, aplicados

ao problema;

3. Propor uma heurística multiobjetivo para o problema de reconfiguração de redes,

considerando objetivos normalmente considerados na operação das redes de distribuição.

4. Fazer um ranqueamento das soluções de Pareto usando técnica multi-critério dos pesos

Rank-Order Centroid.

1.3 METODOLOGIA

A subseção a seguir define a metodologia adotada para a concepção e desenvolvimento

deste trabalho.

Page 25: Modelo de Dissertação - Univali

24

1.3.1 Metodologia da Pesquisa

O desenvolvimento das pesquisas realizadas neste estudo segue o princípio metodológico

dos trabalhos científicos, visando contribuir com a comunidade científica. A seguir são exibidos os

pontos de vista: (i) natureza; (ii) abordagem do problema e (iii) objetivo.

Neste projeto é aplicada a metodologia hipotético-dedutiva, visto que a mesma parte da

hipótese que nenhum algoritmo tem eficiência superior aos demais e busca refutar esta hipótese.

Portanto, são aplicados experimentos e análises para avaliar o desempenho e qualidade de diferentes

algoritmos para o problema proposto.

A pesquisa apresenta uma abordagem quantitativa para o problema, visto que tem como

objetivo avaliar a execução de cada algoritmo e comparar o desempenho de operadores de

distribuição de energia.

Do ponto de vista da natureza, a pesquisa é aplicada, pois busca utilizar dos conhecimentos

de algoritmos que identificam o menor caminho em grafos. Também é uma pesquisa explicativa,

pois procura documentar e analisar os resultados obtidos para que possa ser identificado se algum

dos algoritmos apresenta um resultado melhor que os demais.

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

Este estudo está organizado e dividido em seis capítulos. O Capítulo 1, Introdução,

apresentou a contextualização do tema proposto, a relevância desta pesquisa, bem como o problema

e a solução proposta, a definição do escopo, os objetivos, a justificativa e a metodologia abordada

neste estudo.

O Capítulo 2 apresenta a fundamentação teórica necessária para alcançar os objetivos

propostos, apresentando os conceitos da rede de distribuição de energia elétrica, seu funcionamento

e os três algoritmos que obtêm o caminho com menor peso total para o problema de reconfiguração

da rede, assim como um AGMO.

O Capítulo 3 apresenta a revisão sistemática da literatura, pesquisa que se fez necessária

para fazer o levantamento de trabalhos relacionados à reconfiguração de redes de distribuição e as

principais técnicas computacionais utilizam para este tipo de procedimento.

Page 26: Modelo de Dissertação - Univali

25

O Capítulo 4 descreve o modelo da solução, onde é apresentado um fluxograma

demonstrando a metodologia para a criação da população inicial do NSGA-II, os sistemas que serão

utilizados como experimentos e o processo de coleta de dados.

O Capítulo 5 é dedicado à discussão dos resultados deste trabalho o qual busca evidenciar as

contribuições desta dissertação, apresentando a aplicação dos algoritmos da AGM como soluções

iniciais para o NSGA-II, observações sobre a fronteira de Pareto e a análise de reconfiguração de

rede de distribuição obtida com a aplicação do NSGA-II em quatro estudo de caso.

Por último, o Capítulo 6 apresenta as conclusões do trabalho, relacionando os objetivos com

os resultados obtidos, as contribuições da pesquisa realizada e os trabalhos futuros.

Page 27: Modelo de Dissertação - Univali

26

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são apresentados os conteúdos abordados nesta dissertação, onde foi

necessário realizar levantamento da literatura em veículos como artigos, livros, documentos online e

trabalhos de conclusão. Dentre os conceitos teóricos abordados para o desenvolvimento deste

trabalho estão: (i) redes de distribuição, sendo descritos os conceitos básicos da rede de distribuição

de energia elétrica e reconfiguração da rede e (ii) algoritmos, esta seção descreve as estratégias

computacionais utilizadas para a reconfiguração de redes de distribuição nesta pesquisa.

2.1 REDES DE DISTRIBUIÇÃO

O setor elétrico cresce rapidamente em complexidade e tamanho para acompanhar o

desenvolvimento de diversas áreas que dependem de tal recurso. Os centros de distribuição devem

controlar e monitorar o sistema elétrico em tempo real, buscando uma melhor qualidade de serviço.

Esta qualidade está ligada a uma maior exigência da sociedade quanto ao abastecimento da energia

e, aliadas às penalidades do setor elétrico, torna-se imprescindível que operadores apresentem um

bom desempenho no domínio e habilidade para a operação na rede de distribuição de energia

(ANEEL, 2008).

O Sistema Elétrico de Potência (SEP) compreende todas as formas de geração de energia

elétrica, sua transmissão e distribuição até os consumidores finais. Desta maneira, a distribuição se

refere à última etapa do SEP, sendo esta dividida pelos níveis de tensão: (i) Subtransmissão,

operando com alta tensão de distribuição (igual ou inferior a 69 kV e inferior a 230 kV); (ii)

Distribuição primária, operando com média tensão de distribuição (superior a 1 kV e inferior a 69

kV) e (iii) Distribuição secundária, com baixa tensão de distribuição (igual ou inferior a um 1 kV)

(LEÃO, 2009).

Na rede de distribuição existem diversos componentes que permitem executar

chaveamentos, alterando assim a configuração e a distribuição do fluxo de potência na rede. Estes

chaveamentos são empregados em situações normais de manutenção preventiva, ou em situações de

contingências e manutenções corretivas. Equipamentos como chaves fusíveis, disjuntores, relés,

religadores, entre outros tem a função de desacoplar o circuito a jusante onde ocorreu uma falha,

Page 28: Modelo de Dissertação - Univali

27

tendo como função minimizar qualquer tipo de dano ocorrido devido a uma anomalia (LEME et al.,

2013).

As chaves fusíveis apresentam baixo custo e um desempenho satisfatório para a proteção da

rede, sendo os dispositivos mais utilizados nas zonas urbanas e rurais. Porém, quando acionadas,

devem ser substituídas, enquanto as chaves seccionadoras são dispositivos de manobra manual ou

telecomandada, destinadas a isolar trechos com falha ou transferir circuitos (ibidem).

Os disjuntores são componentes utilizados na proteção do alimentador de distribuição. Têm

a função de desacoplar a energia do circuito caso decorra uma corrente excedente ou reestabelecer a

energia na rede), enquanto os relés apresentam diversas funcionalidades dentro da rede, recebendo

informações de um determinado elemento, podendo proteger a carga ou o circuito de diversos

problemas (sobrecarga, sobretensão, subtensão, curto-circuito...) (ibidem).

Os religadores são equipamento de proteção à sobrecarga que operam quando detectam

correntes de curto-circuito, desligando e religando automaticamente os circuitos um número

predeterminado de vezes (ibidem).

A rede de distribuição é formada por condutores compostos por cabos que distribuem a

energia elétrica para determinadas localidades, interligando os fornecedores e distribuidores de

energia até os consumidores (BARAN; WU, 1989). Na Figura 1 é apresentado um modelo

simplificado de como pode ocorrer esta alteração do chaveamento, onde em dado momento os

consumidores podem receber energia de um determinado alimentador e em outro momento através

de outro alimentador, alterando o estado de uma chave seccionadora NF para NA e uma NA para

NF.

Page 29: Modelo de Dissertação - Univali

28

(a) (b)

Figura 1. Sistema de Distribuição Simplificado.

Na Figura 1-a os consumidores tem a energia suprida pelo alimentador da esquerda através

de uma chave configurada como fechada, enquanto o alimentador da direita possui uma chave

aberta evitando que exista um anel ou malha na distribuição. Caso exista algum problema com o

alimentador da esquerda e impossibilite o abastecimento de energia aos consumidores, a rede pode

assumir a configuração apresentada na Figura 1-b.

A distribuição dos sistemas em nível de rede secundária é operada de forma radial, com o

propósito de facilitar fatores de proteção e diminuir custos com equipamentos. As chaves

seccionadoras (NA e NF) são posicionadas estrategicamente para eventuais alterações na topologia

da rede, visando manter a radialidade do sistema, reduzindo perdas nos alimentadores, mantendo a

tensão nos consumidores e restaurando ou isolando faltas no fornecimento de energia. Este conjunto

de chaveamentos ou manobras possibilita a reconfiguração da rede de distribuição e podem ser

realizadas em condições normais de operação, ou em situações de contingência.

As manobras na rede através das chaves NAs e NFs podem ser representadas pela conexão

ou pela ausência da conexão entre entidades na rede. Portanto, os sistemas de distribuição de

energia elétrica podem ser modelados computacionalmente através de grafos, G (V, E), onde os

postes são representados pelos elementos (V) e os fios representados pelas relações (E) entre os

elementos (BONDY; MURTY, 1976). Mais especificamente, as redes de distribuição, em função da

radialidade da operação, especialmente em nível de rede secundária, operam como árvores

A estrutura da rede pode ser modelada através de grafos ponderados não dirigidos, visto que

o fornecimento deve permitir a inversão do sentido do fluxo de energia. Um exemplo da estrutura

Page 30: Modelo de Dissertação - Univali

29

básica de um sistema de distribuição pode ser observado na Figura 2-a, enquanto sua representação

através de grafos é apresentada Figura 2-b.

(a) (b)

Figura 2. Sistema de distribuição modelado através de grafos.

Na primeira parte (Figura 2-a) é apresentado o modelo da rede de distribuição, a qual é

composta por um alimentador e sete consumidores, sendo as linhas tracejadas a representação das

chaves NAs e a linhas sólidas as NFs. A representação deste sistema através de grafos é exibida na

segunda parte (Figura 2-b), sendo o alimentador o vértice A e os demais os consumidores.

2.1.1 Reconfiguração de Redes de Distribuição

Para acompanhar o crescimento demográfico e o consequente aumento do consumo de

energia elétrica, a rede de distribuição tem sido reforçada e modernizada, garantindo os níveis de

qualidade e minimizando as perdas (ANEEL, 2008). Estas atualizações geralmente incluem chaves

de interligação (NAs e NFs) permitindo a reconfiguração da rede em caso de manobras, através da

abertura e fechamento das mesmas, podendo ser realizada de forma manual ou automática.

A reconfiguração das redes elétricas tem como principais finalidades reduzir as perdas de

energia, melhorar o perfil de tensão para os consumidores, aumentar os níveis de confiabilidade e

restabelecer o fornecimento de energia em situações de contingência, da forma mais rápida

possível. Os sistemas de distribuição de energia elétrica devem operar de forma confiável e

econômica, respeitando tanto as restrições de carga quanto as restrições operacionais. Quando o

sistema está operando normalmente, a reconfiguração pode ser aplicada para aumentar sua

eficiência e/ou diminuir seu custo operacional (ARANHA NETO, 2006).

Page 31: Modelo de Dissertação - Univali

30

Pode-se dizer que o problema de reconfiguração de redes de distribuição consiste em

identificar uma estratégia de operação que minimize perdas nos alimentadores mantendo o sistema

balanceado. O algoritmo que encontra a solução ótima para este problema deve considerar todas as

configurações possíveis, levando em consideração fatores tais como: radialidade, balanceamento de

carga entre alimentadores, tensão nas barras e carregamento nas linhas, à medida que aumenta o

número objetivos e chaveamentos, encontrar a solução ótima se torna inviável. (MANTOVANI;

CASARI; ROMERO, 2000).

A reconfiguração de redes pode ocorrer em operação normal, buscando um melhor ponto de

operação, por exemplo; ou mesmo sob alguma contingência. Neste último caso, a linha onde

aconteceu a falha deve ser isolada. Na modelagem do algoritmo ela é colocada como aberta.

2.2 ALGORITMOS

Para efetuar o desenvolvimento de uma configuração de referência, se faz necessária a

aplicação de algoritmos, que consistem em uma sequência formal de operações para encontrar a

solução de um problema. Nesta seção, serão descritos algoritmos que agem sobre grafos para

encontrar a AGM, além da especificação do algoritmo genético multiobjetivo NSGA-II.

2.2.1 Metaheurísticas

As metaheurísticas consistem em métodos heurísticos para resolver de forma genérica

problemas de otimização combinatória, aos quais não se conhece um algoritmo convencional

eficiente. A técnica faz uso de combinações aleatórias e/ou probabilísticas além do conhecimento

dos passos e processos anteriores adquiridos pelo histórico do modelo (GLOVER;

KOCHENBERGER, 2003).

Os procedimentos utilizados em metaheurísticas podem ser vistos como estratégias de

busca, onde de modo geral aplicam processos que sejam capazes de escapar de mínimos locais e

realizar uma busca robusta no espaço das soluções do problema. Estas possuem um conceito de

proximidade de soluções que permitem fugir dos ótimos locais, que são as melhores soluções de

uma região específica de soluções (KLEINBERG; TARDOS, 2006).

Portanto, uma metaheurística visa encontrar uma resposta satisfatória para a solução de certo

problema em tempo razoável, tendo como desvantagem a ausência da garantia da otimalidade do

Page 32: Modelo de Dissertação - Univali

31

resultado. Desta forma, estas são aplicadas para encontrar respostas para problemas onde se tem

pouco conhecimento, e/ou não se sabe como atingir a solução ótima, pois existe pouca informação

heurística disponível, e a resposta para o problema usando força bruta gera um esforço

computacional de tempo exponencial.

2.2.2 Árvore Geradora Mínima

O Problema da Árvore Geradora Mínima (PAGM) em teoria de grafos é considerado um dos

problemas mais típicos e importantes em Otimização Combinatória, devido a sua grande variedade

de aplicações reais nas mais diversas áreas, e em recorrência, surge como um subproblema para

resolução de problemas mais complexos (GRAHAM; HELL, 1985). Dentre tais aplicações,

destacam-se redes de transporte, computadores, telecomunicações, energia (PAVANA; TRIVENI,

2015; SUBRAMANIAN; LIU, 1991; SUDHAKAR, 2012).

Uma Árvore Geradora Mínima (AGM) é um subgrafo de um grafo não direcionado

ponderado, conectando todos os vértices sem ciclos e com a menor soma de pesos das arestas. Dado

um grafo (𝐺 = 𝑉, 𝐸), somente |𝑉| − 1 arestas são necessárias para fornecer um caminho entre

cada par de vértices (KLEINBERG; TARDOS, 2006).

O PAGM pode ser resolvido através da aplicação de algoritmos gulosos (construtivos) que

tendem a resolver o problema fazendo a escolha local ótima em cada fase da execução com o

objetivo de encontrar um ótimo global. A solução exata para o PAGM pode ser encontrada em

tempo polinomial através da aplicação dos algoritmos gulosos de Kruskal, Exclusão Reversa e Prim

(CORMEN et al., 2009).

2.2.3 Algoritmos para Encontrar a AGM

Algoritmos são utilizados para encontrar as soluções exatas dos problemas

computacionalmente resolvíveis, apesar disto, alguns problemas apresentam complexidade difícil

(tempo/memória exponencial), exigindo muito tempo para que seus resultados possam ser obtidos.

Portanto, são utilizadas técnicas que possibilitam encontrar soluções próximas da ótima em tempo

polinomial, porém não garantem uma solução exata (ZIVIANI, 2007).

Busca heurística é uma técnica projetada para resolver problemas mais rapidamente, que os

modelos exatos, a qual realiza uma pesquisa através da quantificação das proximidades de um

Page 33: Modelo de Dissertação - Univali

32

determinado objetivo (GLOVER; KOCHENBERGER, 2003). Segundo Ritt (2014), buscas

heurísticas podem ser classificadas de três formas, sendo: (i) busca por modificação de soluções; (ii)

busca por construção de solução; e (iii) busca por recombinação de soluções. Estas classificações

são descritas na sequência (RITT, 2014).

A busca por modificação de soluções parte de uma resposta inicial viável para o problema,

tentando melhorar esta solução, realizando pequenos movimentos, como trocas, inserção e/ou

remoção, até que não seja mais possível efetuar progresso ou algum outro critério de parada seja

satisfeito (ibidem).

Na busca por construção de solução, a heurística é atribuída elemento a elemento, seguindo

algum critério de otimização, construindo uma resposta viável para o problema (ibidem).

A busca por recombinação de soluções procura misturar componentes de duas ou mais

respostas para o problema. A partir destas, deve-se produzir uma ou mais novas soluções

combinadas, até atingir algum critério, tal como quantidade de iterações (ibidem).

Os algoritmos gulosos são técnicas de busca construtiva que na maioria das vezes não

conseguem encontrar a solução ideal, porque geralmente não operam exaustivamente explorando

todos os dados. Tais estratégias se comprometem com certas escolhas muito cedo, o que os impede

de encontrar a melhor solução no espaço de busca. No entanto, são uteis e rápidas, onde muitas

vezes podem se aproximar de boas soluções, ou servir de ponto inicial para algoritmos mais

complexos.

2.2.3.1 Algoritmo de Kruskal

O algoritmo de Kruskal consiste em selecionar uma aresta por vez, sendo adicionada à

solução em ordem crescente de seus pesos. Uma aresta só pode ser incorporada à solução se ela não

formar um ciclo com as arestas já inseridas anteriormente. O algoritmo é finalizado quando todos os

vértices do grafo original tiverem sido atingidos. Na Figura 3 é apresentada a execução do

algoritmo de Kruskal.

a. Seleciona a aresta com peso 1 entre os vértices C e F.

b. Seleciona a aresta com peso 2 entre os vértices D e E.

Page 34: Modelo de Dissertação - Univali

33

c. Seleciona a aresta com peso 3 entre os vértices F e G.

d. Seleciona a aresta com peso 4 entre os vértices G e H (Em vermelho tem-se a aresta

entre A e B com peso 4).

e. Seleciona a aresta com peso 4 entre os vértices A e B.

f. Seleciona a aresta com peso 6 entre os vértices B e E.

g. Seleciona a aresta com peso 7 entre os vértices A e C.

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

(g)

Figura 3. Descrição da execução do algoritmo de Kruskal.

Na Figura 3 é possível observar que o algoritmo de Kruskal sempre seleciona a aresta de

menor peso, quando existem duas ou mais arestas com o mesmo peso é selecionada a primeira que

não gera ciclo, sendo as arestas em azul o caminho da AGM. O pseudocódigo do algoritmo de

Kruskal pode ser observando na Quadro 1.

Page 35: Modelo de Dissertação - Univali

34

Quadro 1. Pseudocódigo do algoritmo de Kruskal.

------------------------------------------------------------------------------

Algoritmo de Kruskal

------------------------------------------------------------------------------

1 Entrada: G (V, E)

2 S ← {}

3 G.E ← ordemCrescenteDePesos(G.E)

4 para cada v ∈ G.V faça

5 subconjuntos[v] ← - 1

6 para cada (u, v) ∈ G.E faça

7 x ← pesquisar(subconjuntos, u)

8 y ← pesquisar(subconjuntos, v)

9 se x ≠ y então

10 S ← S U {(u, v)} 11 juntar(subconjuntos, x, y)

11 Retorno: {S}

Analisando o Quadro 1 tem-se na primeira linha a variável S recebendo um conjunto vazio,

na sequência são ordenadas as arestas do grafo em ordem crescente de pesos, onde para cada vértice

do grafo é atribuído em sua posição o valor -1 no vetor de subconjuntos. Em seguida são

percorridas as arestas do grafo por ordem de pesos: sendo u o vértice de origem e v o vértice de

destino.

A função recursiva pesquisar busca a posição do vértice do vetor de subconjuntos e retorna

para x e y o valor. Se x e y possuem um valor diferente a aresta pode ser selecionada, pois não irá

gerar ciclo, na hipótese da aresta selecionada é necessário atribuir o mesmo valor para a posição dos

vértices no vetor de subconjuntos; este é realizado pela função juntar. Tal processo se faz necessário

para garantir que na seleção seguinte o movimento também não gere ciclo. O uso de estruturas de

dados simples permite que o algoritmo execute em tempo O (E log V) (CORMEN et al., 2009).

2.2.3.2 Algoritmo Exclusão Reversa

Na Exclusão Reversa ou Reverse-Delete Algorithm (RDA) é realizado o processo de

remoção das arestas, sendo selecionadas as de maior peso dentro do grafo, basicamente

funcionando no caminho inverso do algoritmo de Kruskal (KLEINBERG; TARDOS, 2006;

MOHANRAM; SUDHAKAR, 2011).

A solução é inicializada com toda a estrutura do grafo e a cada iteração é removida uma

aresta da estrutura, este processo é realizado até restar um caminho mínimo para acessar todos os

Page 36: Modelo de Dissertação - Univali

35

vértices da estrutura. A remoção da aresta só é mantida se o grafo permanecer conexo. A descrição

do algoritmo pode ser observada na Figura 4.

a. Remove a aresta com peso 11 entre os vértices B e C.

b. Remove a aresta com peso 10 entre os vértices E e H.

c. Remove a aresta com peso 9 entre os vértices C e D.

d. Remove a aresta com peso 8 entre os vértices E e G.

(a) (b) (c)

(d)

Figura 4. Descrição da execução do algoritmo de Exclusão Reversa.

A Figura 4 exibe o processo de exclusão das arestas de maior peso do grafo, este processo

de remoção é efetuado até que cada vértice tenha somente uma ligação com a estrutura, sendo em

vermelho as arestas removidas, resultado na AGM. O pseudocódigo do algoritmo de Exclusão

Reversa pode ser observando no Quadro 2.

Page 37: Modelo de Dissertação - Univali

36

Quadro 2. Pseudocódigo do algoritmo de Exclusão Reversa.

------------------------------------------------------------------------------

Algoritmo de Exclusão Reversa

------------------------------------------------------------------------------

1 Entrada: G (V, E)

2 G.E ← ordemDecrescenteDePesos(G.E)

3 S ← G

4 para cada e ∈ G.E faça

5 A ← S

6 A.E ← A.E\{e}

7 se conexo(A) então

8 S ← A

9 Retorno: {S}

Analisando o pseudocódigo da Quadro 2, na primeira linha as arestas do grafo são ordenadas

de forma decrescente de pesos, em seguida é realizada a cópia do grafo e atribuído a S. Em seguida

são percorridas as arestas do grafo por ordem decrescente de pesos, onde A recebe S menos a aresta

de maior peso. Na linha seis é verificado se A ainda e conexo, se a hipótese for verdadeira S recebe

A. O algoritmo executa com complexidade de O (E log V (log log V)³) (CORMEN et al., 2009).

2.2.3.3 Algoritmo de Prim

O algoritmo de Prim parte da escolha inicial de um vértice, e a partir deste tem por objetivo

identificar o menor caminho passando por todos os vértices do grafo. Assim dado um vértice inicial

(v1) é mapeado o vizinho de menor custo (v2), em seguida selecionado o vértice de menor peso que

seja adjacente de v1 ou v2, realizando este processo até que todos os vértices tenham sido visitados.

(PRIM, 1957; SUDHAKAR, 2012; SUDHAKAR; SRINIVAS, 2010). Na Figura 5 é apresentada a

descrição do algoritmo de Prim, sendo A o vértice inicial.

a. Seleciona a aresta adjacente ao vértice A com peso 4.

b. Seleciona a aresta adjacente aos vértices A e B com peso 6.

c. Seleciona a aresta adjacente aos vértices A, B e E com peso 2.

d. Seleciona a aresta adjacente aos vértices A, B, E e D com peso 7.

e. Seleciona a aresta adjacente aos vértices A, B, E, D e C com peso 1.

f. Seleciona a aresta adjacente aos vértices A, B, E, D, C e F com peso 3.

Page 38: Modelo de Dissertação - Univali

37

g. Seleciona a aresta adjacente aos vértices A, B, E, D, C, F e G com peso 4.

h. Todas os vértices foram atingidos.

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

(g) (h)

Figura 5. Descrição da execução do algoritmo de Prim.

Na Figura 5 é possível observar que o algoritmo de Prim recebe um vértice inicial para

começar a execução. Em sequência são verificadas as arestas adjacentes a este vértice, selecionando

a com menor peso, em seguida é realizado o processo novamente verificando todos os adjacentes

aos vértices já selecionados, sempre incorporando a aresta de menor peso. O procedimento é

efetuado até que todos os vértices estejam na solução. No Quadro 3 é apresentado o pseudocódigo

do algoritmo de Prim.

Page 39: Modelo de Dissertação - Univali

38

Quadro 3. Pseudocódigo do algoritmo de Prim.

------------------------------------------------------------------------------

Algoritmo de Prim

------------------------------------------------------------------------------

1 Entrada: G (V, E), v

2 S.E ← {}

3 S.V ← {v}

4 enquanto S ≠ G.V faça

5 E ← adjacentes(G, S)

6 E ← ordemCrescenteDePesos(E)

7 para cada (u, v) ∈ E faça

8 se u, v ≠S.E então 9 se v != S.V então

10 S.E ← S.E U {(u, v)} 11 S.V ← S.V U {v} 12 para

13 Retorno: {S}

Analisando o Quadro 3, tem-se na primeira linha a variável S recebendo um conjunto vazio,

na sequência é inserido um vértice inicial. O procedimento é realizado enquanto a quantidade de

vértices do grafo é maior que a quantidade de vértices na solução. Na linha 4, E recebe as arestas

adjacentes aos vértices já inseridos na solução (S), seguido da ordenação crescente dos pesos das

arestas (linha 5). A seguir são percorridas as arestas adjacentes contidas em E por ordem de pesos,

sendo u o vértice de origem e v o vértice de destino.

Na linha 8 é verificado se a aresta não existe na solução, se a hipótese for verdadeira é

verificado se o vértice de destino v ainda não foi atingido por outra aresta, caso a hipótese seja

verdadeira é inserido a aresta e o vértice a solução. Quando um vértice é inserido, se faz necessário

sair do laço de repetição e realizar a verificação dos adjacentes, pois pode haver uma aresta com

peso menor.

A complexidade do algoritmo de Prim utilizando pesquisa em matriz de adjacências fica em

𝑂(|𝑉|2). Se estruturas mais eficientes como heap fibonnaci forem utilizadas, em conjunto com o

uso de lista de adjacências, sua execução pode melhorar para 𝑂(|𝐸| + |𝑉| 𝑙𝑜𝑔 |𝑉|).

2.2.4 Algoritmo Genético Multiobjetivo

Os algoritmos genéticos (AG) tratam problemas de otimização complexos, que envolvem

muitas variáveis e um espaço de busca com dimensões elevadas. Estes métodos buscam soluções

aproximadas com base na estratégia da seleção natural das espécies, compreendendo processos de

evolução genética de populações e indivíduos (WHITLEY, 1994).

Page 40: Modelo de Dissertação - Univali

39

A otimização de um simples objetivo (AG) caracteriza problemas que possuem uma única

solução ótima a ser encontrada no espaço de busca. Frequentemente não estamos interessados em

otimizar somete uma única função de qualidade, mas sim de múltiplas funções (LUKE, 2013).

Entretanto a otimização com múltiplos objetivos (AGMO) compreende problemas com múltiplos

critérios a serem avaliados, sendo que normalmente nenhuma das melhores soluções encontradas

será superior às demais, considerando todos os critérios de avaliação simultaneamente. Portanto,

existem soluções que são melhores que todas as outras em pelo menos um objetivo e não são piores

nos demais objetivos. Estas são as chamadas soluções Pareto-ótimas ou soluções não-dominadas

(SRINIVAS; DEB, 1994).

Neste caso, como pretende-se encontrar uma configuração de rede de distribuição que seja

ótima, considerando vários objetivos simultaneamente, é necessário propor uma abordagem que alie

as soluções viáveis fornecidas pelos algoritmos de AGM, com estratégias multiobjetivo, como os

presentes no algoritmo NSGA-II; onde as configurações geradas pelos algoritmos de AGM são

utilizadas como soluções iniciais para o NSGA-II.

2.2.4.1 NSGA-II

O NSGA-II busca a otimização matemática que envolve mais de uma função objetivo a

serem otimizadas simultaneamente. Esta otimização multiobjetivo (otimização de Pareto) tem sido

aplicada em muitos campos da ciência, incluindo engenharia, economia e logística (ARANHA

NETO, 2006; JEMAI; ZEKRI; MELLOULI, 2012; LUIZ et al., 2013). Nestas áreas, as decisões

ideais precisam ser tomadas entre dois ou mais objetivos conflitantes, como minimizar custos e

maximizar o conforto, respectivamente.

No algoritmo NSGA-II, a atribuição da aptidão de uma solução é feita por um ranque, sendo

este ordenado pela não dominância dos indivíduos. Baseado nos critérios de otimalidade de Pareto

(Uma solução se encontra em um estado ótimo se nenhum indivíduo desta solução pode melhorar

sua situação sem que piore a situação de algum outro indivíduo da mesma solução), onde um

indivíduo é dito não dominado por outro se: (i) o seu desempenho não for pior do que o outro em

todos os objetivos e (ii) seu desempenho for estritamente melhor que o outro em pelo menos um

objetivo. Desta forma, para cada indivíduo, é determinado o conjunto dos indivíduos que ele

domina e por quantos indivíduos ele é dominado.

Page 41: Modelo de Dissertação - Univali

40

Portanto o conceito do NSGA-II é classificar a população de soluções em diferentes

fronteiras não-dominadas. Assim, todos os indivíduos não dominados por quaisquer outros da

população são atribuídos à primeira fronteira. Os indivíduos dominados somente pelos da primeira

fronteira são atribuídos à segunda fronteira, e assim por diante, até que toda a população seja

classificada dentro de uma fronteira.

Sendo assim, a ideia do algoritmo NSGA-II pode ser observada na Figura 6 onde 𝑃𝑡

representa a população corrente, e 𝑄𝑡 os filhos gerados pela reprodução dos pais presentes em 𝑃𝑡,

sendo 𝑅𝑡 a união da população dos pais e dos filhos. A partir de 𝑅𝑡 é realizada a classificação de

cada indivíduo dentro de uma determinada fronteira, o qual os melhores se encontram 𝐹1, seguidos

de 𝐹2 e assim por diante. Para a população de descendentes são selecionados os indivíduos da

primeira fronteira 𝐹1, seguidos de segunda 𝐹2 até que a 𝑃𝑡+1 tenha a mesma quantidade de

indivíduos da população inicial 𝑃𝑡, sendo descartados os demais indivíduos.

Figura 6. Formação da população descendente

Fonte: Adaptado de Deb et al., (2002).

Page 42: Modelo de Dissertação - Univali

41

Deste modo, é possível perceber que os indivíduos da população competem pelas distâncias

de centralidade, que é a medida da densidade das soluções na vizinhança do espaço de busca, não

sendo necessário nenhum parâmetro extra. Tal procedimento permite uma rápida ordenação dos

indivíduos não dominados e adotando um elitismo sem necessidade de configuração (LUIZ et al.,

2013). O pseudocódigo do algoritmo NSGA-II pode ser observado no Quadro 4 (DEB et al., 2002).

Quadro 4. Pseudocódigo do algoritmo de NSGA-II

-------------------------------------------------------------------------------

Algoritmo NSGA-II

-------------------------------------------------------------------------------

1 Entrada: 𝑁

2 𝑅𝑡 ← 𝑃𝑡 U 𝑄𝑡

3 𝐹 ← ordenacaoNaoDominada(𝑅𝑡)

4 𝑃𝑡+1 ← {}

5 𝑖 ← 1

6 enquanto |𝑃𝑡+1| + |𝐹𝑖| ≤ 𝑁 faça

7 distanciaDaConcentracao(𝐹𝑖)

8 𝑃𝑡+1 ← 𝑃𝑡+1 U 𝐹𝑖

9 𝑖 ← 𝑖 + 1

10 ordena(𝐹𝑖 , <𝑛)

11 𝑃𝑡+1 ← 𝑃𝑡+1 U 𝐹𝑖[1 ∶ (𝑁 − |𝑃𝑡+1|)]

12 𝑄𝑡+1 ← criaNovaPopulacao(𝑃𝑡+1)

13 𝑡 ← 𝑡 + 1 14 Retorno: {P}

Fonte: Adaptado de Deb et al., (2002).

Na função principal do NSGA-II, é criada uma população inicial, sendo sequencialmente

classificado cada indivíduo dentro de uma fronteira 𝐹𝑛. Em seguida são inseridos os indivíduos da

primeira fronteira 𝐹1, seguidos de segunda fronteira 𝐹2 e assim por diante, até completar a

população de descendentes. No início de cada geração são escolhidos indivíduos por seleção de

torneio, sendo aplicada a recombinação e mutação em tais cromossomos, gerando novos indivíduos

(𝑄𝑡), neste caso os filhos da população atual 𝑃𝑡, os quais disputavam entre si as vagas nas gerações

futuras. No Quadro 5 é apresentado o método de ordenação das soluções não-dominadas, o qual

compõe o algoritmo do NSGA-II.

Page 43: Modelo de Dissertação - Univali

42

Quadro 5. Pseudocódigo da função do algoritmo NSGA-II: ordenação não-dominada

------------------------------------------------------------------------------

Algoritmo NSGA-II: ordenacaoNaoDominada

------------------------------------------------------------------------------

1 Entrada: 𝑃

2 para cada p ∈ P faça

3 𝑆𝑝 ← {}

4 𝑛𝑝 ← 0

5 para cada p ∈ P faça

6 se q < p então

7 𝑆𝑝 ← 𝑆𝑝 U {q}

8 senão p < q então

9 𝑛𝑝 ← 𝑛𝑝 + 1

10 se 𝑛𝑝 ← 0 então

11 𝑝𝑟𝑎𝑛𝑘 ← 1

12 𝐹1 ← 𝐹1 U {q}

13 𝑖 ← 1

14 enquanto 𝐹1 ≠ {} faça

15 𝑄 ← {}

16 para cada p ∈ 𝐹1 faça

17 para cada q ∈ 𝑆𝑝 faça

18 𝑛𝑞 ← 𝑛𝑞 – 1

19 se 𝑛𝑞 ← 0 então

20 𝑞𝑟𝑎𝑛𝑘 ← 𝑖 + 1

21 𝑄 ← 𝑄 U {q}

22 𝑖 ← 𝑖 + 1

23 𝐹1 ← 𝑄 24 Retorno: {P}

Fonte: Adaptado de Deb et al., (2002).

O procedimento de ordenação de soluções não-dominadas tem por objetivo calcular dois

valores para cada indivíduo (p) pertencente à população (P), sendo: (i) a quantidade de indivíduos

(𝑛𝑝) que dominam p e (ii) o conjunto de indivíduos (𝑆𝑝) que dominam p. Os indivíduos que não são

dominados por nenhum outro assumem o valor zero (𝑛𝑝 = 0) e pertencem a primeira fronteira (𝐹1).

Em seguida, para cada indivíduo p com 𝑛𝑝 = 0 é verificado cada membro q do seu conjunto 𝑆𝑝,

onde é reduzido em uma unidade seu valor de dominância. Assim, caso um indivíduo de q torne-se

0 é atribuído a uma lista Q, onde os elementos desta lista são atribuídos a próxima fronteira no caso

𝐹2. Este método é executado até que todos os indivíduos estejam classificados em uma fronteira.

Seguindo o fluxo que compõe o algoritmo NSGA-II é apresentado o método de distância da

concentração, o qual utiliza como métrica a distância dos indivíduos mais próximos, tal

procedimento pode ser observado no Quadro 6.

Page 44: Modelo de Dissertação - Univali

43

Quadro 6. Pseudocódigo da função do algoritmo NSGA-II: distancia da concentração.

------------------------------------------------------------------------------

Algoritmo NSGA-II: distanciaDaConcentracao

------------------------------------------------------------------------------

1 Entrada: 𝐼

2 𝑙 ← |𝐼|

3 para cada 𝑖, insere 𝐼[𝑖]𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 ← 0 faça 4 para cada objetivo, m faça

5 𝑙 ← ordena(𝐼, m)

6 𝐼[1]𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 ← 𝐼[𝑙]𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 ← ∞ 7 para 𝑖 ← 2 até 𝑙 - 1 faça

8 𝐼[𝑖]𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 ← 𝐼[𝑖]𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 + (𝐼[𝑖+1].𝑚−𝐼[𝑖−1].𝑚)

(𝑓𝑚𝑚𝑎𝑥𝑖𝑚𝑜− 𝑓𝑚

𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜)

9 Retorno: {𝐼}

Fonte: Adaptado de Deb et al., (2002).

A criação da variável l permite armazenar a quantidade de valores existentes na entrada I.

Em seguida, são inicializados todos os valores do conjunto 𝐼[𝑖]𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 com 0, posteriormente são

ordenados os valores de cada objetivo. Depois são inicializadas a primeira e última posição com

distância infinita (𝐼[1]𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 ← 𝐼[𝑙]𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 ← ∞). Para todas as outras soluções é atribuído um

valor de distância igual à diferença absoluta normalizada em função dos valores de duas soluções

adjacentes dada pela função (𝐼[𝑖+1].𝑚−𝐼[𝑖−1].𝑚)

(𝑓𝑚𝑚𝑎𝑥𝑖𝑚𝑜− 𝑓𝑚

𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜).

Este cálculo é realizado para cada uma das outras funções objetivos do problema, onde o

valor global da distância é calculado pela soma dos valores de distância individual correspondentes

a cada um dos objetivos. Cada função objetivo é normalizada antes de calcular a distância da

concentração dos indivíduos.

O método de distância da concentração calcula a distância média entre o ponto central i

selecionado dentro da população e dois pontos mais próximos localizados na extremidade deste

indivíduo (i -1) e (i +1). Tem por objetivo, a partir de um ponto central, encontrar pontos extremos e

priorizar pontos mais distantes e espalhados ao longo da fronteira de Pareto. A distribuição dos

pontos em relação à centralidade dos indivíduos pode ser observada na Figura 7.

Page 45: Modelo de Dissertação - Univali

44

Figura 7. Distância da Concentração

Fonte: Adaptado de Deb et al., (2002).

A estratégia do algoritmo NSGA-II é melhorar a função de qualidade de uma população de

soluções candidatas, frente à fronteira de Pareto a qual se encontra limitado por um conjunto de

funções objetivo. O algoritmo utiliza um processo evolutivo com substitutos para os operadores

evolutivos, incluindo seleção, cruzamento e mutação genética (BROWNLEE, 2011).

2.2.4.1 Fronteira de Pareto

No contexto de otimização multiobjetivo, o conjunto de Pareto é caracterizado pelo grupo de

todas as soluções não-dominadas, em meio a todas as soluções viáveis dentro do espaço de busca. A

fronteira de Pareto é determinada pelas soluções no espaço dos objetivos que corresponde ao

conjunto Pareto-ótimo, não apresentando diferença pertinente entre os objetivos a serem atendidos.

Todas as soluções que se encontram na fronteira de Pareto são qualitativamente equivalentes, sob a

perspectiva de otimização computacional (LUKE, 2013). Portanto, problemas com múltiplos

objetivos possuem diversas soluções equivalentes, exigindo muitas vezes a tomada de decisão

baseada em um critério ou de um especialista.

Page 46: Modelo de Dissertação - Univali

45

A primeira fronteira de Pareto, representa diferentes parcelas das soluções e que podem

tender a diferentes objetivos, dificultando a obtenção de uma solução que otimize todos os objetivos

simultaneamente. Para compreender esta observação, exemplos de fronteira não-dominada são

apresentados na Figura 8, onde busca-se minimizar as funções objetivo 𝐹1 e 𝐹2.

(a)

(b)

(c)

Figura 8. Espaço de busca das soluções. As fronteiras representam: Fronteira côncava (a), Fronteira

convexa (b), e Fronteira para o problema de reconfiguração de rede (c).

Na Figura 8-a, é exibido um exemplo da fronteira de Pareto côncava, onde boas soluções se

encontram próximas a zero, pois atenderiam ambos os objetivos. Na Figura 8-b, tem-se a fronteira

convexa, onde não é possível melhorar uma solução ruim em 𝐹1 sem que piore 𝐹2, e o mesmo em

𝐹2 quanto à 𝐹1, havendo então a necessidade de encontrar uma solução que possua qualidade

razoável para ambos os objetivos. A Figura 8-c, apresenta um exemplo do que ocorre com diversos

problemas onde são aplicados os algoritmos com múltiplos objetivos, onde parcela das soluções

tendem a um objetivo como: atingir todos os consumidores (𝐹1) e outra que minimizar perdas (𝐹2).

Diversos problemas com múltiplos objetivos apresentam o comportamento apresentado na

Figura 8-c não é possível melhorar um objetivo sem que outro perca qualidade. Neste sentido, não

existe uma única solução ótima, mas sim um conjunto de soluções ótimas, visto que não existem

outras soluções no espaço de busca melhores do que estas. Assim, é necessário manter a diversidade

de soluções na fronteira de Pareto, facilitando então a escolha da solução mais adequada ao

problema.

Page 47: Modelo de Dissertação - Univali

46

2.3 PESOS CENTROIDE

Os pesos baseados no centroide (Rank Order Centroid Weights – ROC), propostos por

Barron (1992), são derivados de uma análise sistemática da informação implícita no ranque da

preferência ordinal dos critérios. Os pesos ROC são calculados a partir dos vértices do simplex 𝒮𝑛,

definido por 𝑤1 ≥ 𝑤2 ≥ ⋯ ≥ 𝑤𝑛 ≥ 0 e restrito por ∑ 𝑤𝑖 = 1𝑛𝑖=1 , cujos vértices são 𝒆𝟏 =

(1, 0, ⋯ ,0), 𝒆𝟐 = (1 2⁄ , 1 2⁄ , 0, ⋯ ,0), 𝒆𝟑 = (1 3⁄ , 1 3⁄ , 1 3⁄ , 0, ⋯ ,0), , 𝒆𝒏 =

(1 𝑛⁄ , 1 𝑛⁄ , 1 𝑛⁄ , ⋯ , 1 𝑛⁄ ). Os pesos são determinados pelas médias das coordenadas

correspondentes aos vértices que definem o centroide. De forma geral, para o i-ésimo atributo mais

importante, o peso centroide é calculado pela equação:

𝑤𝑖(𝑅𝑂𝐶) =1

𝑛∑

1

𝑗, 𝑖 = 1, ⋯ , 𝑛.

𝑛

𝑗=𝑖

Por exemplo, no caso de três critérios sujeitos às restrições 1 ≥ 𝑤1 ≥ 𝑤2 ≥ 𝑤3 ≥ 0 e 𝑤1 +

𝑤2 + 𝑤3 = 1, os valores viáveis para os pesos são restritos à pequena região triangular formada

pelos pontos (1,0,0), (1

2,

1

2, 0) e (

1

3,

1

3,

1

3), como demonstra a Figura 9. Assim, os pesos dos critérios

são calculados pela média das coordenadas dessa região, onde 𝑤1 =(1+

1

2+

1

3)

3=

11

18= 0,611, 𝑤2 =

(0+1

2+

1

3)

3=

5

18= 0,278 e 𝑤3 =

(0+0+1

3)

3=

2

18= 0,111.

Page 48: Modelo de Dissertação - Univali

47

Figura 9. Representação gráfica dos pesos ROC

Fonte: Adaptado de Mussoi (2013)

O simplex denotado por 𝒮𝑛 representa o espaço viável de pesos. Se o conjunto de

informações sobre os pesos for inteiramente especificado por um ranque completo das alternativas,

então nenhum ponto em 𝒮𝑛 pode ser considerado mais provável que outro e a densidade dos pesos é

uniforme em 𝒮𝑛. Qualquer densidade que não seja uniforme requer informação além da ordenação

dos ranques. Geometricamente, os pesos ROC definem o centroide do espaço viável de pesos 𝒮𝑛. A

melhor alternativa ROC tem o maior valor médio sobre todo o simplex dos pesos, e os pesos ROC

representam o valor esperado da distribuição dos pesos consistente com a informação disponível

(BARRON, 1992).

Page 49: Modelo de Dissertação - Univali

48

Barron e Barrett (1996) comparam várias equações baseadas na preferência ordinal dos

critérios para calcular os pesos sintéticos aproximados e as avaliam em função da qualidade das

decisões resultantes em modelos de agregação aditiva ponderada. A partir dos resultados de

extensas simulações, os autores concluem que os pesos ROC e os pesos verdadeiros convergem

para a mesma melhor alternativa em 75 a 87% dos casos analisados. Ainda que os pesos ROC não

selecionem a mesma alternativa apontada pelos pesos verdadeiros, a alternativa indicada não é

muito inferior, pois a pontuação é semelhante. Os autores concluem que o método ROC apresenta

uma excelente relação entre facilidade de obtenção dos pesos e eficácia na seleção da melhor

alternativa, constituindo uma ferramenta prática para os modelos multicritério. A partir do ranque

da preferência ordinal dos critérios, o método ROC captura uma parcela substancial da informação

contida nos pesos obtidos por métodos exatos. O método remove a complexidade imposta aos

decisores pelos julgamentos do grau de preferência entre os critérios e seus resultados são mais

fáceis de serem justificados (BARRON; BARRETT, 1996).

2.4 CONSIDERAÇÕES

Neste capítulo foram descritos os conceitos básicos da rede de distribuição e o processo que

operadores de distribuição realizam para a reconfiguração de rede. Também apresentados

algoritmos e heurísticas aplicadas ao problema de reconfiguração de rede, tendo como foco a

determinação da AGM, além de uma metaheurística multiobjetivo.

O uso de uma metaheurística multiobjetivo neste trabalho tem o propósito de melhorar

vários indicadores simultaneamente, visto que a tomada de decisão em redes de distribuição de

energia elétrica, considerando o problema de reconfiguração de redes, deve levar em consideração

diversos critérios, especialmente quando o foco principal é a avaliação do desempenho do operador.

Além disto, foi apresentado o método multicritério utilizado para definição dos pesos de

cada critério considerado na otimização multiobjetivo. Isto é necessário para realizar o

ranqueamento das soluções de Pareto, usando para isto uma função aditiva com os pesos ROC

calculados para cada critério.

Page 50: Modelo de Dissertação - Univali

49

3 TRABALHOS RELACIONADOS

Neste capítulo, é apresentada a revisão sistemática da literatura deste trabalho, envolvendo

reconfiguração de redes de distribuição, associado à avaliação de operadores de redes de

distribuição. Este capítulo está dividido nas seguintes seções: (i) revisão sistemática da literatura,

onde são definidos os critérios de inclusão e exclusão da busca e a seleção dos trabalhos; (ii) análise

comparativa, sendo apresentadas as técnicas e critério de avaliação utilizados para a reconfiguração

de rede além do posicionamento deste trabalho em relação a literatura e (iii) considerações, onde

são apresentadas as discussões do capítulo.

3.1 REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Esta seção apresenta o desenvolvimento da metodologia aplicada para delimitar as fontes

utilizadas para a pesquisa e revisão da literatura, os critérios de inclusão e exclusão de artigos e

também a definição das palavras chaves utilizadas na String de busca. Desta forma, os artigos

selecionados foram avaliados para responder as seguintes perguntas de pesquisa:

Quais as principais técnicas são utilizadas para reconfiguração de redes de distribuição?

Quais são os principais objetivos considerados para resolver o problema de reconfiguração

de redes de distribuição?

• Critérios de Inclusão

• Artigos publicados entre 01/01/2010 até 01/02/2017;

• String de busca encontrada no título, abstract e palavras chaves dos artigos.

• Critérios de Exclusão

• Artigos curtos (resumos expandidos);

• Conferências específicas sem corpo revisor público;

• Artigos em línguas diferentes de inglês e português;

• Artigos fora das datas estabelecidas;

Page 51: Modelo de Dissertação - Univali

50

• Ausência de clareza nas medidas e funções objetivo.

• Métodos de reconfiguração mono objetivos.

No Quadro 7, pode ser observado na parte da esquerda o nome de cada uma das fontes

selecionadas para este estudo, e a parte da direita o endereço de acesso na web.

Quadro 7. Fontes de pesquisa e revisão sistemática da literatura.

Nome da Fonte Endereço de Acesso

IEEE http://ieeexplore.ieee.org

IET http://digital-library.theiet.org

Science direct http://www.sciencedirect.com

Com base nos repositórios selecionados no Quadro 7, foram escolhidas palavras chaves que

não apresentassem redundância na string de busca, visando contemplar o maior número de artigos,

e ao mesmo tempo servindo como um filtro para o retorno dos trabalhos. No Quadro 8 são exibidas

as configurações de busca utilizadas na pesquisa realizada nos repositórios.

Ao analisar as configurações escolhidas, é possível observar que foram utilizadas palavras

que remetem o problema do estudo, tentando atingir qualquer uma das pesquisas: (i) avaliação de

operadores de distribuição; (ii) reconfiguração de redes de distribuição.

Quadro 8. Configuração de busca nas bibliotecas e resultados.

Fonte Configuração de Busca Resultados Selecionados

IEEE ("2010 to 2017 distribution operators

evaluation OR reconfiguration of distribution

networks”)

174 5

IET ("2010 to 2017 distribuition operators

evaluation OR reconfiguration of distribution

networks”)

14 1

Science direct ("2010 to 2017 distribuition operators

evaluation OR reconfiguration of distribution

networks”)

310 10

A pesquisa não encontrou trabalhos referentes a avaliação de operadores, porém foram

encontrados diversos trabalhos que realizam a reconfiguração de redes de distribuição, onde foram

selecionados os trabalhos que apresentam múltiplos objetivos para a resolução deste problema,

buscando identificar as principais funções utilizadas na análise multiobjetivo e as técnicas

empregadas.

Page 52: Modelo de Dissertação - Univali

51

Os artigos selecionados podem ser observados no Quadro 9, onde na primeira coluna (ID) é

apresentada a identificação do trabalho, na segunda (Artigo) o título do artigo, na terceira (Fonte) o

repositório onde foi encontrado o trabalho e na quarta (Autores/Ano) os autores e o ano de

publicação.

Quadro 9. Artigos selecionados ordenados por fonte e ano de publicação.

ID Artigo Fonte Autores/Ano

1 Intelligent System for Multivariables

Reconfiguration of Distribution Networks

IEEE (MELLO; BERNARDON,

2013)

2 Multi-objective Reconfiguration of Radial

Distribution Networks Considering

Voltage Sags

IEEE (TAPIA-JUÁREZ;

ESPINOSA-JUÁREZ, 2013)

3 A Multi-objective Network

Reconfiguration of Distribution Network

with Solar and Wind Distributed

Generation using NSPSO

IEEE (TULADHAR, 2014)

4 Multi-objective Distribution Network

Reconfiguration Based on System

Homogeneity

IEEE (LI et al., 2015)

5 Multi-object Reconfiguration for Smart

Distribution Network

IEEE (DENG et al., 2016)

6 Adaptive multi-objective distribution

network reconfiguration using multi-

objective discrete particles swarm

optimisation algorithm and graph theory

IET (HAGHIFAM; OLAMAEI;

ANDERVAZH, 2013)

7 Operating cost minimization of a radial

distribution system in a deregulated

electricity market through reconfiguration

using NSGA method

Science direct (CHANDRAMOHAN et al.,

2010)

8 Long-term multi-objective distribution

network planning by DG allocation and

feeders’ reconfiguration

Science direct (ZIDAN; SHAABAN; EL-

SAADANY, 2013)

9 Multi-objective stochastic Distribution

Feeder Reconfiguration from the

reliability point of view

Science direct (KAVOUSI-FARD;

NIKNAM, 2014)

10 Optimal multi-objective distribution

system reconfiguration with multi criteria

decision making-based solution ranking

and enhanced genetic operators

Science direct (MAZZA; CHICCO; RUSSO,

2014)

11 Multi-Objective Invasive Weed

Optimization – An application to optimal

network reconfiguration in radial

distribution systems

Science direct (SUDHA RANI;

SUBRAHMANYAM;

SYDULU, 2015)

12 Genetic Algorithm Based Network

Reconfiguration in Distribution Systems

Science direct (CHIDANANDAPPA R.;

ANANTHAPADMANABHA;

Page 53: Modelo de Dissertação - Univali

52

with Multiple DGs for Time Varying

Loads

H.C., 2015)

13 Multi-Objective Optimization of

Electrical Distribution Network Operation

Considering Reconfiguration and Soft

Open Points

Science direct (QI et al., 2016)

14 Optimal multi-objective reconfiguration

and capacitor placement of distribution

systems with the Hybrid Big Bang–Big

Crunch algorithm in the fuzzy framework

Science direct (SEDIGHIZADEH;

BAKHTIARY, 2016)

15 Multi-objective optimal reconfiguration

and DG (Distributed Generation) power

allocation in distribution networks using

Big Bang-Big Crunch algorithm

considering load uncertainty

Science direct (ESMAEILI;

SEDIGHIZADEH; ESMAILI,

2016)

16 Multi-objective electric distribution

network reconfiguration solution using

runner-root algorithm

Science direct (NGUYEN et al., 2017)

3.2 ANÁLISE COMPARATIVA

No Quadro 10, são apresentadas as comparações entre os artigos de reconfiguração de redes

de distribuição selecionados e o trabalho proposto nesta dissertação, sendo a primeira coluna (ID) a

identificação do artigo, a segunda (Critérios de Avaliação) as funções objetivo da reconfiguração da

rede, a terceira (Métodos) o algoritmo aplicado no trabalho e na última coluna (Observações) o

sistema utilizado para validar o objetivo de cada trabalho.

Page 54: Modelo de Dissertação - Univali

53

Quadro 10. Características dos trabalhos relacionados

ID Critério de Avaliação Método Observações

1 Minimizar perdas de energia,

número de consumidores sem

energia e energia não suprida

AHP (Analytic Hierarchy

Process)

Rede real do

Sistema SCADA

2 Minimizar as quedas de tensão e

perdas das potência ativa

Algoritmo Genético

Multiobjetivo (heurística

própria)

Sistema IEEE 70

barras

3 Minimizar perdas na linha, desvio

de tensão, operações de

chaveamento

NSPSO (Non-dominated

Sorting Particle Swarm

Optimization)

Sistema IEEE 33

barras

4 Minimizar perdas de tensão e

energia não suprida

Multi-objective HSA

(Harmonic Search

Algorithm)

Sistema IEEE 33

barras

5 Minimizar perdas na linha e

operações de chaveamento

Multi-objective Quantum

Genetic Algorithm

Sistema IEEE 16

barras

6 Minimizar perdas na linha,

operações de chaveamento e

desvios máximos de tensão

MODPSO (Multi-objective

Discrete Particle Swarm

Optimization)

Sistema IEEE 33,

70 barras

7 Minimizar custos operacionais,

minimizar interrupções nos

consumidores

NSGA (Non-dominated

Sorting Genetic

Algorithm)

Sistema IEEE 33,

70 barras

8 Minimizar os custos de

atualização de linhas, emissões

totais de gás da rede principal

NSGA (Non-dominated

Sorting Genetic

Algorithm)

Sistema 38, 119

barras

9 Minimizar perdas de potência

ativa, custo total da rede, energia

não suprida e frequência de

interrupção

SAMBA (Self Adaptive

Modified Bat Algorithm)

Sistema IEEE 33

barras

10 Minimizar energia não suprida,

índice de balanceamento de carga,

perdas totais de energia

NSGA-II (Non-dominated

Sorting Genetic Algorithm

-II)

Sistema IEEE 33,

70, barras

11 Minimizar perda de potência ativa,

desvio de tensão máxima,

operações de chaveamento e

índice de balanceamento de carga

MOIWO (Multi-Objective

Invasive Weed

Optimization)

Sistema IEEE 33 e

84 barras Taiwan

Power Company

12 Minimizar operações de

chaveamento, perdas totais de

energia

Algoritmo Genético

Multiobjetivo (heurística

própria)

Sistema IEEE 33

barras

13 Maximizar o nível de penetração

da geração de distribuição e

Minimizar perdas de energia e

índice de balanceamento de carga

Multi-objective SOP(Soft

Open Points)

Sistema IEEE 33

barras

14 Minimizar o desvio de tensão,

perda de energia, índice de

balanceamento de carga

Multi-objective HBB–BC

(Hybrid Big Bang Big

Crunch)

Sistema IEEE 33,

94, 25 barras

Page 55: Modelo de Dissertação - Univali

54

15 Minimizar perda de energia,

emissão de gases da rede, custo

total e Maximizar o índice de

estabilidade de tensão.

Multi-objective HBB–BC

(Hybrid Big Bang Big

Crunch)

Sistema IEEE 33,

25 barras

16 Minimizar o índice de

balanceamento de carga, número

de chaveamentos, perda de

energia, desvio de tensão

Multi-objective RRA

(Runner-Root Algorithm)

Sistema IEEE 33,

70, 119 barras

Esta

Dissertação

Minimizar energia não suprida,

impedância, encargos, Maximizar

número de consumidores,

consumidores prioritários

NSGA-II (Non-dominated

Sorting Genetic Algorithm

-II)

Sistema 33, 16, 66

Barras e Sistema

Real MAZ-10

Analisando o Quadro 10 é possível observar que a rede de distribuição teórica mais utilizada

para a validação das técnicas e metodologias é o Sistema IEEE 33 Barras (BARAN; WU, 1989),

enquanto poucos trabalhos utilizam de uma rede real para analisar os resultados. Diversos trabalhos

aplicam critérios de avaliação similares e na maioria dos casos estão ligados a minimizar perdas,

porém nenhum deles leva em consideração o atendimento a consumidores prioritários como

hospitais, indústrias, empresas de distribuição de água. Outro diferencial deste trabalho em relação

aos demais é o uso de soluções iniciais a partir de algoritmos que encontram a AGM, além de que

os objetivos de avaliação deste trabalho estão mais alinhados com os critérios que os operadores de

distribuição utilizam nas empresas para realizar as manobras de rede.

Os objetivos encontrados com mais frequência na pesquisa bibliográfica foram referentes a

diminuição de perdas na rede, melhorias no balanceamento de cargas, desvio de tensão dos sistemas

e operação de chaveamento.

Como técnicas para reconfigurar as redes de distribuição, é apropriado afirmar que existe

uma grande variedade de algoritmos; no entanto, nos últimos anos é possível observar uma

intensificação na utilização de metaheurísticas com múltiplos objetivos, onde destaca-se o uso de

algoritmos genéticos como o NSGA e o NSGA-II para o problema de reconfiguração de sistemas

elétricos.

3.3 CONSIDERAÇÕES

Neste capítulo, foi realizada a revisão sistemática da literatura desta dissertação, onde foi

pesquisado em três diferentes repositórios (IEEE, IET, Science Direct) trabalhos envolvendo

avaliação de desempenho de operadores de distribuição associado à reconfiguração de redes de

Page 56: Modelo de Dissertação - Univali

55

distribuição. A pesquisa considerou critérios e inclusão e exclusão, a qual resultou em 498

trabalhos, dos quais somente 16 foram selecionados.

Este capítulo também apresentou uma análise comparativa entre os trabalhos selecionados

em relação às técnicas utilizadas de cada artigo além do posicionamento desta dissertação. Também

foram apresentados os critérios de avaliação dos trabalhos que buscam aperfeiçoar o processo de

reconfiguração de redes de distribuição.

Os objetivos encontrados com mais frequência na pesquisa bibliográfica foram referentes a

diminuição de perdas na rede, melhorias no balanceamento de cargas, desvio de tensão dos sistemas

e operação de chaveamento.

Como técnicas para reconfigurar as redes de distribuição, é apropriado afirmar que existe

uma grande variedade de algoritmos; no entanto, nos últimos anos é possível observar uma

intensificação na utilização de metaheurísticas com múltiplos objetivos, onde destaca-se o uso de

algoritmos genéticos como o NSGA e o NSGA-II para o problema de reconfiguração de sistemas

elétricos.

Diversos trabalhos utilizam o Sistema 33 Barras como estudo de caso, porém poucos

trabalhos realizam a comparação entre os resultados de outros estudos. Além disto, pode-se

observar que poucos trabalhos conseguem utilizar uma rede real para realizar a reconfiguração de

rede e validar seus critérios e técnicas.

Page 57: Modelo de Dissertação - Univali

56

4 SOLUÇÃO PROPOSTA PARA O PROBLEMA DE

RECONFIGURAÇÃO DE REDES

Este capítulo tem por objetivo descrever as etapas de desenvolvimento e a metodologia

utilizada para implementar a solução proposta com base nos estudos relatados no Capítulo 2 . Para

isto, divide-se o capítulo em: (i) Árvore Geradora Mínima, onde é apresentada uma comparação

entre os algoritmos utilizados para encontrar o menor caminho; (ii) Projeto do Algoritmo NSGA-II -

PRIM sendo apresentados os dados de entrada, a conversão da rede em cromossomos, os

operadores genéticos e o fluxograma da solução implementada; (iii) Projeto de Experimentos, onde

são apresentados os procedimentos para a coleta de dados e (iii) Considerações.

Na Figura 10 é apresentada uma visão geral da solução desenvolvida neste trabalho, onde a

população inicial é composta por um indivíduo gerado através da aplicação de um dos algoritmos

da AGM (algoritmo de Prim) e os demais indivíduos são gerados aleatoriamente, sendo estes

submetidos como soluções iniciais ao algoritmo NSGA-II. Ao final de cada execução são analisadas

as soluções mais promissoras da fronteira de Pareto, verificando se a solução é viável.

Figura 10. Fluxograma Geral da Solução Proposta.

Page 58: Modelo de Dissertação - Univali

57

4.1 ÁRVORE GERADORA MÍNIMA

Algoritmos da AGM apresentam diversas aplicações em projetos de redes, incluindo redes

elétricas. Este estudo, abordada o uso de um dos três algoritmos que encontra a AGM (Algoritmo de

Prim, Algoritmo de Kruskal e Algoritmo de Exclusão Reversa) para o problema de reconfigurações

de rede de distribuição (RESE et al., 2017).

No Quadro 11 é apresentado um comparativo aplicado ao Sistema 16 Barras. A primeira

coluna é a identificação da configuração, a segunda as chaves que ficaram abertas na rede, na

terceira é apresentada a impedância total, na quarta o desvio padrão de cada alimentador e na última

a diferença da impedância em relação à configuração padrão. Para mais detalhes os estudos

completos podem ser acompanhados nos APÊNDICE A (Sistema 16 Barras) e APÊNDICE B

(Sistema 33 Barras).

Quadro 11. Comparativo entre a configuração padrão e os algoritmos da AGM para o Sistema 16

Barras.

Configuração Chaves NA Total (Z Ω) Desvio Dif. (Z Ω)

Padrão S5, S11, S16 1,756 0,133 -

Algoritmo de Kruskal S3, S9, S14 1,512 0,167 - 0,244

Algoritmo de Exclusão Reversa S3, S9, S14 1,512 0,167 - 0,244

Algorimo de Prim S9, S11, S16 1,657 0.047 - 0,099

Fonte: Adaptado de Rese et al. (2017).

Dentre as abordagens estudadas é possível destacar que o Algoritmo de Prim se adapta

melhor as redes e apresenta soluções mais balanceadas entre os alimentadores. Além de representar

melhor as redes dado que as estruturas de sistemas elétrico são esparsas na perspectiva de teoria de

grafos e complexidade computacional. Também apresenta a garantia de estruturas balanceadas, o

qual pode ser um fator decisivo em manobras de contingência, assim como um comportamento

baseado em vértices permite iniciar as soluções pelo alimentador ou pelos alimentadores.

4.2 PROJETO DO ALGORITMO NSGA-II - PRIM

O uso de soluções iniciais é aplicado principalmente em metaheurísticas, com o objetivo de

entregar soluções ao um método mais robusto. Esta seção dedica-se a apresentar o funcionamento

do algoritmo desenvolvido, onde as as soluções iniciais são geradas aleatoriamente e pelo

Algoritmo de Prim, descrito na seção 2.2.3 . Por se tratar de um método de otimização

evolucionário, utiliza-se uma gama de mecanismos de evolução biológica. Primeiramente, a

Page 59: Modelo de Dissertação - Univali

58

estrutura do cromossomo é apresentada. Depois, os critérios de avaliação são apresentados. Em

seguida, uma descrição sobre o algoritmo genético, incluindo os operadores de mutação,

cruzamento e seleção.

4.2.1 Fluxograma do Algoritmo Proposto

Na Figura 11 é apresentado um fluxograma contendo a solução proposta, composta pela

entrada de dados, a integração do algoritmo da AGM (indivíduo da população inicial) com o

NSGA-II e o detalhamento da execução do algoritmo genético.

Analisando o fluxograma da Figura 11, temos como ponto de partida a entrada de dados,

constituída pela rede de distribuição e os critérios de avaliação. Na sequência, são determinadas as

características da rede, possibilitando a criação da população inicial tanto através da AGM quanto

através da geração aleatória de soluções.

Em seguida, com a população inicial criada, são atribuídas as aptidões de cada uma das

soluções. Na sequência, é verificado se o algoritmo satisfez o critério de parada. Caso tenha

satisfeito, o algoritmo termina e as melhores soluções são exportadas; caso contrário, é realizada a

ordenação de não dominância dos indivíduos, classificando-os em fronteiras. Logo após, são

selecionados os indivíduos para cruzamento, gerando novos indivíduos a partir das características

de seus pais, seguido do operador de mutação, responsável por ampliar a diversidade genética na

população resultante. Este processo se repete até que o critério de parada seja satisfeito.

Page 60: Modelo de Dissertação - Univali

59

Figura 11. Fluxograma da Solução Desenvolvida.

Page 61: Modelo de Dissertação - Univali

60

4.2.2 Modelagem do Algoritmo

Na Figura 12 é possível visualizar a representação genética utilizada para modelar as

soluções iniciais para o algoritmo NSGA-II. Para representar o cromossomo foi utilizando o

Sistema 16 barras como exemplo, onde cada linha do sistema é indicada por um gene, cujo valor é 0

se a chave estiver aberta ou 1 se a chave estiver fechada.

Figura 12. Definição do Cromossomo através do Sistema 16 Barras da IEEE.

Cada sistema de distribuição de energia elétrica possui diferentes características, como a

quantidade de alimentadores e de chaves seccionadoras e a existência de consumidores prioritários.

Desta maneira, foi construído um arquivo de dados contendo as informações das barras e linhas

para cada sistema, fornecendo as entradas necessárias para o funcionamento apropriado do AGMO

proposto. Com o arquivo de dados é possível modelar o sistema da rede de distribuição.

Page 62: Modelo de Dissertação - Univali

61

Tabela 1. Dados de Barra

ID Label Alimentador Consumidores Consumidor Prioritário Encargos

1 ALI01 Sim 0 Não 0

2 CHOS Não 1 Sim 200.000

3 CRES Não 1750 Não 50.000

A Tabela 1 exibe na primeira coluna o identificador de cada barra; na segunda, o nome de

cada barra; na terceira, se a barra é um alimentador, na quarta, o número de consumidores; na

quinta, se o consumidor é prioritário; e na última coluna, os encargos. Sendo considerado para as

colunas:

• Consumidores: apresenta um valor quantitativo de unidades consumidoras;

• Consumidor Prioritário: consumidores prioritários são caracterizados como consumidores

cujo abastecimento de energia é considerado essencial, como para hospitais, aeroportos e

sistemas de distribuição de água. São representados por “Sim”, enquanto “Não” índica um

consumidor residencial, comercial ou industrial;

• Encargos: apresenta um custo quando a barra (consumidor) não recebe energia. Nesta

situação, a concessionária deixa de receber tais proventos e em alguns casos tendo de pagar

multa.

Tabela 2. Dados de Linha.

Origem Destino Impedância Energia Chaveável

1 2 1.250 3.0 1

2 3 1.360 2.2 0

3 4 1.500 0.6 0

Na Tabela 2 a primeira coluna apresenta o identificador da barra de origem; a segunda

coluna, o identificador da barra de destino; na terceira, o valor de impedância de cada linha; na

quarta, o valor de energia não suprida; e na última, a coluna chaveável. Sendo considerado para as

colunas:

• Impedância: valor calculado a partir da reatância e resistência das linhas. Dada por

(√𝑟2 + 𝑥2 = 𝑧);

Page 63: Modelo de Dissertação - Univali

62

• Energia: Energia não suprida por Megawatt-hora (MWh);

• Chaveável: 0 representa uma linha chaveável (permitindo a alteração para NA ou NF),

enquanto 1 representa uma linha que não é chaveável.

4.2.2.1 Operadores Genéticos

Nesta seção, são apresentados os principais aspectos dos operadores genéticos aplicados no

algoritmo proposto. Também são descritas as estratégias utilizadas para implementar tais

operadores, assim como uma abordagem de restrições (violações) para o problema de

reconfigurações de redes de distribuição através de uma modificação no operador de seleção

proposta por Deb et al. (2002).

Os operadores genéticos e as estratégias de restrições para a reconfiguração de rede estão

divididos em: (i) Seleção; (ii) Cruzamento; (iii) Mutação e (iv) Violações.

a) Seleção

Existem diversos métodos para selecionar o melhor cromossomo da população, como

seleção por roleta, classificação, estado estacionário, entre outros. No presente trabalho, foi aplicado

o processo de seleção dos indivíduos por torneiro binário, onde são realizadas várias competições

entre duas soluções e escolhida a melhor (MITCHELL, 1998).

A estratégia de torneio binário implementada consiste em escolher aleatoriamente dois

indivíduos da população atual e analisar suas violações (0) em relação ao problema abordado. O

indivíduo que possuir um número inferior de violações permanece e o que apresentar mais

violações é descartado. O processo é realizado mais uma vez, selecionando outro indivíduo que não

seja o vencedor do primeiro torneio. Quando dois indivíduos escolhidos para o torneio não possuem

nenhuma violação é selecionado aquele que apresenta melhor aptidão, através da dominância entre

as soluções.

b) Cruzamento

Em algoritmos genéticos, o operador de cruzamento tem por objetivo gerar descendentes

com características herdadas de seus pais. Basicamente, consiste em representar

Page 64: Modelo de Dissertação - Univali

63

computacionalmente o cruzamento biológico das espécies. Neste trabalho foi implementado o

cruzamento uniforme paramétrico, que utiliza uma relação de mistura fixa entre dois pais. Ao

contrário do cruzamento único e de dois pontos, o cruzamento uniforme permite que os

cromossomos originais contribuam com o nível do gene e não o nível do segmento.

As soluções escolhidas passam por uma chance de cruzar de 80%. Caso isto ocorra, são

gerados dois filhos através de mudanças realizadas nos cromossomos dos pais. A proporção de

mistura utilizada foi de 50%; desta maneira, a prole possui aproximadamente metade dos genes do

primeiro pai e metade do segundo, embora os pontos de troca possam ser escolhidos aleatoriamente.

Na Figura 13 é apresentada um exemplo da máscara utilizada para gerar os descentes baseados nos

indivíduos selecionados para o cruzamento.

Figura 13. Máscara do cruzamento paramétrico uniforme.

c) Mutação

O operador de mutação tem a função de realizar modificações nas soluções de forma a evitar

a estagnação delas em uma única região do espaço de busca. O uso deste operador é necessário para

a introdução e manutenção da diversidade genética dentro da população. Com isso, é possível

explorar de maneira mais eficaz o espaço de busca, evitando que soluções fiquem presas a ótimos

locais. No algoritmo implementado é realizada a mutação com probabilidade de 1/𝑛 para cada gene

Page 65: Modelo de Dissertação - Univali

64

do cromossomo, sendo 𝑛 a quantidade de genes do cromossomo, onde um gene que possui valor 0

atualmente é alterado para 1, e vice-versa, caso passe pela probabilidade de mutação.

d) Violação

Nos procedimentos de dominância com restrições aplicado no NSGA-II é definido a

seguinte regra: Uma solução 𝑖 é dita dominar com restrições uma solução 𝑗, se qualquer uma das

condições for verdadeira: (i) a solução 𝑖 é viável e a solução 𝑗 não é, (ii) as soluções 𝑖 e 𝑗 são

inviáveis, mas a solução 𝑖 tem uma violação de restrição geral menor e (iii) as soluções 𝑖 e 𝑗 são

viáveis e a solução 𝑖 é solução dominante. Portanto, qualquer solução viável tem uma melhor

chance de classificação em relação com qualquer solução inviável. Todas as soluções viáveis são

classificadas de acordo com seu rank de não dominância obtido através dos valores das funções

objetivo. No entanto, entre duas soluções inviáveis, a solução com uma violação de restrição menor

tem uma classificação melhor (DEB et al., 2002).

As restrições aplicadas no algoritmo implementado foram apoiadas nas características da

rede de distribuição. São aplicadas três restrições neste trabalho, sendo uma restrição fraca e duas

restrições fortes. Por se tratar de um problema de reconfiguração de redes de distribuição de energia

elétrica foram consideradas as seguintes restrições para o estudo:

Restrição Fraca:

Alterar uma chave que não pode ser alterada entre NA e NF, sendo considerada uma

violação;

Restrição Forte:

Possuir dois alimentadores atendendo a mesma unidade consumidora, sendo considerada

uma violação para cada barra envolvida;

Gerar ciclo no abastecimento de energia, sendo considerada uma violação para cada barra

envolvida.

Page 66: Modelo de Dissertação - Univali

65

4.3 OBJETIVOS PARA RECONFIGURAÇÃO DE REDES

Os objetivos considerados no problema de reconfiguração de redes de distribuição foram

levantados a partir de discussões com especialistas de empresas de distribuição. Assim, chegou-se

aos seguintes objetivos: Z a soma da impedância; P a soma da demanda não atendida; C a soma dos

encargos; D a soma do desvio padrão entre os alimentadores; I a soma dos nodos mais importantes

da rede, α a soma da quantidade de consumidores atendidos e β a soma dos clientes prioritários

atendidos. Desta forma, no processo de otimização teve-se as seguintes funções objetivos:

• Minimizar a impedância;

𝑍(𝑆∗) = { ∑ 𝑧𝑒

𝑒 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑖𝑛

• Minimizar a demanda não atendida;

𝑃(𝑆∗) = { ∑ 𝑝𝑒

𝑒 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑖𝑛

• Minimizar os encargos. Neste caso, foi considerado o EUSD (encargos pelo uso dos

sistemas de distribuição;

𝐶(𝑆∗) = { ∑ 𝑐𝑣

𝑣 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑖𝑛

• Minimizar o desvio entre os alimentadores. Neste caso, o objetivo é favorecer o

balanceamento de cargas entre os alimentadores, considerando suas capacidades;

𝐷(𝑆∗) = { ∑ 𝑑𝑣

𝑣 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑖𝑛

Page 67: Modelo de Dissertação - Univali

66

• Maximizar o atendimento dos nodos mais importantes da rede, onde é aplicada uma

estratégia que utilizada do grau e a distância entre as barras, e realizado uma

contração do nodo em questão e seus vizinhos, e posteriormente realizado o cálculo

da importância (LIU; GU, 2007; WEN; TAN; JIANG, 2016).

𝐼(𝑆∗) = { ∑ 𝑖𝑣

𝑣 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑎𝑥

• Maximizar o número de consumidores atendidos;

𝛼(𝑆∗) = { ∑ 𝛼𝑣

𝑣 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑎𝑥

• Maximizar o atendimento de clientes prioritários.

𝛽(𝑆∗) = { ∑ 𝛽𝑣

𝑣 ∈ 𝑆

}𝑆 ∈ ∪𝑚𝑎𝑥

Primeiramente foi realizada a reconfiguração da rede, propondo uma configuração que

melhore simultaneamente todos os objetivos, representando regime normal de operação. Entretanto,

o algoritmo também permite a reconfiguração de redes, quando ocorre alguma contingência no

sistema de distribuição. Neste caso, a linha onde houve a falha é aberta e a reconfiguração da rede é

executada, reproduzindo o processo de decisões e manobras efetuado pelos operadores da rede de

distribuição.

Os algoritmos foram implementados em C# utilizando da IDE Visual Studio 2015 em um

computador com sistema operacional Windows, distribuição Windows 7 Professional, Service Pack

1. Todos os ensaios foram executados no mesmo computador com 8GB de memória RAM,

processador de 64 bits Intel Core i7-2674(QM) com 2,20GHz e Max Turbo Frequency 3,10GHz,

cache de 6144KB.

Page 68: Modelo de Dissertação - Univali

67

4.4 COLETA DE DADOS

Foram considerados três sistemas testes para aplicação do algoritmo de reconfiguração de

redes proposto: sistema 16 barras, sistema 33 barras e sistema MAZ-10, o qual se refere a um

sistema real.

Os resultados obtidos com os sistemas de teste teóricos (16 e 33 barras) foram comparados

com os resultados da literatura, pois estes sistemas já foram resolvidos usando outras abordagens

(APÊNDICE A, APÊNDICE B e APÊNDICE C). No caso específico do sistema real (MAZ-10), o

mesmo foi comparado com a avaliação de especialistas da empresa.

Na realização da coleta de dados, foi considerada a média de 30 replicações para se obter

uma amostra em distribuição normal para todos os experimentos realizados, considerando cada um

dos quatro sistemas apresentados e utilizando os critérios de avaliação definidos (BARBETTA;

REIS; BORNIA, 2010). Como parâmetros para o algoritmo AGMO foram consideradas 20

gerações, 20 indivíduos na população inicial e 0,7 como probabilidade de preencher cada gene do

cromossomo gerado aleatoriamente com 1.

Os indivíduos da primeira fronteira Pareto foram coletados a cada iteração e exportados para

um arquivo de dados, em conjunto com as aptidões de cada cromossomo. Tais dados são

apresentados no Capítulo 5 na forma de gráficos e tabelas.

4.5 CONSIDERAÇÕES

O presente capítulo descreveu e apresentou detalhes fundamentais para implementar o

AGMO, como critérios importantes para seleção, cruzamento e mutação. Também foram

apresentadas as estratégias de violações utilizadas para o problema de reconfiguração de redes de

distribuição, assim como um diagrama que apresenta o funcionamento da solução proposta,

integrando as soluções iniciais geradas pelos algoritmos da AGM com o NSGA-II. Além disto, foi

apresentado o processo para a coleta de dados dos experimentos.

Ainda neste capítulo, foram apresentados os objetivos considerados no algoritmo

multiobjetivo, tendo como destaque e diferencial deste estudo uma função para priorizar o

atendimento de consumidores prioritários, sendo que este objetivo está mais alinhado com os

processos de planejamento e operação das empresas de distribuição de energia elétrica.

Page 69: Modelo de Dissertação - Univali

68

5 RESULTADOS

Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos pelo algoritmo proposto aplicado a

quatro sistemas testes, sendo dividido em: (i) Estudos de Caso, onde são apresentados os sistemas

utilizados e suas particularidades; (ii) Análise das Soluções Iniciais, que comenta sobre a aplicação

do Algoritmo de Prim para a geração de soluções iniciais para o algoritmo NSGA-II; (iii) e Análise

de Reconfigurações de Rede de Distribuição, que apresenta a configuração sugerida para os

sistemas analisados, e a simulação de contingências nas redes e (iv) Considerações. Os resultados

referentes aos algoritmos da AGM, aplicados aos Sistemas 16 e 33 Barras, podem ser

acompanhados nos APÊNDICE A e APÊNDICE B, respectivamente.

5.1 ESTUDOS DE CASO

Nesta subseção, são apresentados os sistemas e suas principais características, sendo estes

utilizados para validar os algoritmos implementados nesta dissertação. Os sistemas de distribuição

utilizados como estudo de caso são: (i) Sistema 16 Barras; (ii) Sistema 33 Barras; (iii) Sistema 66

Barras e o (iv) Sistema Real MAZ-10.

Na Tabela 3 são apresentadas as características de cada um desses sistemas, sendo a

primeira coluna o nome do sistema; a segunda a quantidade de barras; a terceira as ligações; a

quarta a quantidade de alimentadores; e a quinta a quantidade de chaves seccionadoras.

Tabela 3. Características dos sistemas analisados.

Nome Barras Linhas Alimentadores Número de Chaves

Sistema 16 Barras 16 16 3 16

Sistema 33 Barras 33 37 1 37

Sistema 66 Barras 66 66 3 7

Sistema Real MAZ-10 168 167 8 16

A seguir são apresentados os sistemas utilizados como estudo de caso para a reconfiguração

de rede de maneira mais detalhada. Também são apresentados os valores de impedância para todas

as redes, sendo estes utilizados como peso para encontrar a AGM.

Page 70: Modelo de Dissertação - Univali

69

5.1.1 Sistema 16 Barras

O primeiro estudo de caso é composto por três alimentadores (1, 2, 3), cada um com um

disjuntor, três chaves de interconexão (chaves NA) e 13 chaves seccionadoras (chaves NF). Para

efeitos de simplificação, foi considerada a existência de uma chave seccionadora para cada linha de

distribuição, sendo o peso das arestas a sua impedância.

Na Figura 14 pode ser observada a configuração padrão desta rede, sendo o subgrafo em

azul os consumidores atendidos pelo alimentador 1, em verde pelo alimentador 2 e em vermelho

pelo alimentador 3. A Tabela 4 apresenta os valores da impedância para cada aresta da rede, onde a

primeira coluna apresenta a identificação da aresta (ID) e a segunda a impedância (Z).

Figura 14. Configuração padrão do Sistema 16 barras.

Fonte: Adaptado de Sudhakar e Srinivas, 2010.

Tabela 4. Valores das arestas do Sistema 16 Barras para a impedância.

ID Z (Ω) ID Z (Ω) ID Z (Ω) ID Z (Ω)

S1 0.125 S2 0.136 S3 0.201 S4 0.056

S5 0.056 S6 0.156 S7 0.156 S8 0.136

S9 0.156 S10 0.136 S11 0.056 S12 0.156

S13 0.136 S14 0.150 S15 0.056 S16 0.150

Page 71: Modelo de Dissertação - Univali

70

5.1.2 Sistema 33 Barras

O segundo estudo de caso é composto por um alimentador (representado na rede pelo vértice

1), 5 chaves de interconexão (chaves NA) e 32 chaves seccionadoras (chaves NF) (BARAN; WU,

1989). Para o estudo desta rede, é considerada a existência de uma chave seccionadora para cada

aresta do sistema de distribuição. A Figura 15 apresenta a configuração padrão do Sistema 33

Barras.

Figura 15. Configuração padrão do Sistema 33 barras.

Fonte: Adaptado de Pavana e Triveni (2015).

Conforme observado na Figura 15, cada uma das ligações está marcada com um

identificador (S1, S2, ..., S37). Na sequência, são apresentados os valores de impedância

correspondentes a cada linha. O atributo de cada uma destas linhas é exibido na Tabela 5, sendo a

primeira coluna a identificação de cada aresta (ID) e a segunda a impedância (Z).

Page 72: Modelo de Dissertação - Univali

71

Tabela 5. Valores das arestas do Sistema 33 Barras para a impedância.

ID Z(Ω) ID Z(Ω) ID Z(Ω) ID Z(Ω)

S1 0.103 S2 0.553 S3 0.411 S4 0.428

S5 1.082 S6 0.646 S7 0.749 S8 1.268

S9 1.280 S10 0.207 S11 0.394 S12 1.868

S13 0.895 S14 0.791 S15 0.924 S16 2.150

S17 0.930 S18 0.227 S19 2.025 S20 0.630

S21 1.175 S22 0.546 S23 1.144 S24 1.138

S25 0.228 S26 0.319 S27 1.412 S28 1.067

S29 0.570 S30 1.370 S31 0.477 S32 0.630

S33 2.828 S34 2.828 S35 2.828 S36 0.707

S37 0.707 - - - - - -

5.1.3 Sistema 66 Barras

O terceiro estudo de caso é uma rede de distribuição sugerida no trabalho de Aranha Neto

(2006), onde o cenário foi formado por três sistemas de distribuição utilizados na literatura

internacional. O primeiro Sistema é composto por 14 Barras (DAS; KOTHARI; KALAM, 1995), o

segundo pelo Sistema 33 Barras (BARAN; WU, 1989) e o terceiro pelo Sistema 16 Barras

(CIVANLAR et al., 1988).

Este sistema de distribuição artificial é composto por três alimentadores e possui apenas sete

chaves para alterar a configuração da rede, sendo assim, os blocos entre as chaves NA e NF não

podem ser alterados. A Tabela 6 apresenta os dados da impedância para cada aresta da rede do

Sistema 66 Barras, onde a primeira coluna apresenta a identificação da aresta (ID) e a segunda a

impedância (Z). O sistema pode ser visualizado em sua configuração padrão na Figura 16.

Tabela 6. Valores de impedância para as linhas do Sistema 66 Barras.

ID Z(Ω) ID Z(Ω) ID Z(Ω) ID Z(Ω)

S1 1.831 S2 1.369 S3 0.707 S4 2.321

S5 6.540 S6 1.184 S7 1.566 S8 4.053

S9 2.845 S10 3.224 S11 5.995 S12 4.053

S13 4.976 S14 1.433 S15 0.009 S16 0.243

S17 0.134 S18 0.145 S19 3.000 S20 0.035

S21 0.506 S22 1.061 S23 1.090 S24 0.039

S25 0.140 S26 3.000 S27 0.293 S28 0.349

S29 0.548 S30 1.662 S31 0.536 S32 0.027

S33 2.263 S34 0.168 S35 0.503 S36 0.204

S37 0.806 S38 0.803 S39 0.041 S40 0.081

S41 1.121 S42 3.000 S43 0.258 S44 0.949

S45 0.096 S46 0.116 S47 0.009 S48 0.243

Page 73: Modelo de Dissertação - Univali

72

S49 0.134 S50 0.145 S51 0.671 S52 0.035

S53 0.506 S54 1.061 S55 1.090 S56 0.039

S57 0.140 S58 3.000 S59 0.293 S60 0.293

S61 0.557 S62 1.662 S63 0.536 S64 3.000

S65 3.000 S66 3.000 - - - -

Figura 16. Configuração Padrão do Sistema 66 Barras.

Fonte: Adaptado de Aranha Neto (2016).

Page 74: Modelo de Dissertação - Univali

73

5.1.4 Sistema Real MAZ-10

O último sistema utilizado como estudo de caso é a rede real MAZ-10, cujos dados de linha

podem ser visualizados na Tabela 7, e a configuração padrão da rede na Figura 17.

Figura 17. Configuração Padrão do Sistema Real MAZ-10.

Analisando a Figura 17 é possível observar que o sistema tem sua energia suprida pelo

alimentador MAZ-10 (barra 1) e outros sete alimentadores nas barras 90, 97, 103, 119, 124, 153 e

Page 75: Modelo de Dissertação - Univali

74

168. Além disto possui seis consumidores prioritários nas barras 39, 79, 101, 105, 106 e 126. Na

Tabela 7 são apresentados os dados da impedância para cada aresta da rede do Sistema MAZ-10,

onde a primeira coluna apresenta a identificação da aresta (ID) e a segunda à impedância (Z).

Tabela 7. Valores de impedância para as linhas do Sistema Real MAZ-10.

ID Z(Ω) ID Z(Ω) ID Z(Ω) ID Z(Ω)

S1 0.0534 S2 0.0424 S3 0.0323 S4 0.0471

S5 0.0203 S6 0.0567 S7 0.0111 S8 0.0236

S9 0.0208 S10 0.0560 S11 0.1170 S12 0.0418

S13 0.0263 S14 0.0409 S15 0.0998 S16 0.0437

S17 0.0327 S18 0.0059 S19 0.0241 S20 0.0888

S21 0.0276 S22 0.0187 S23 0.0311 S24 0.0272

S25 0.0519 S26 0.0260 S27 0.0578 S28 0.0437

S29 0.0357 S30 0.0508 S31 0.1549 S32 0.0892

S33 0.0828 S34 0.0368 S35 0.0319 S36 0.0657

S37 0.0682 S38 0.0687 S39 0.0256 S40 0.0433

S41 0.2009 S42 0.1839 S43 0.0505 S44 0.3103

S45 0.1210 S46 0.1588 S47 0.0876 S48 0.0259

S49 0.1347 S50 0.1143 S51 0.2581 S52 0.2063

S53 0.1362 S54 0.1387 S55 0.2879 S56 0.2068

S57 0.1088 S58 0.2692 S59 0.2078 S60 0.1813

S61 0.2533 S62 0.1742 S63 0.2140 S64 0.1988

S65 0.1196 S66 0.0216 S67 0.0370 S68 0.0784

S69 0.1293 S70 0.3576 S71 0.0709 S72 0.3857

S73 0.0935 S74 0.7098 S75 0.1613 S76 0.0903

S77 0.0359 S78 0.0368 S79 0.0111 S80 0.1258

S81 0.0146 S82 0.1469 S83 0.1322 S84 0.0323

S85 0.0885 S86 16.323 S87 0.3720 S88 0.3581

S89 0.0356 S90 0.0278 S91 0.0533 S92 0.1528

S93 0.1129 S94 0.1495 S95 0.1793 S96 0.0007

S97 0.0768 S98 0.0151 S99 0.0174 S100 0.0197

S101 0.0232 S102 0.0403 S103 0.4579 S104 0.0182

S105 0.4356 S106 0.3123 S107 0.0546 S108 0.0221

S109 0.0519 S110 0.1793 S111 0.0359 S112 0.0141

S113 0.0072 S114 0.0385 S115 0.0628 S116 0.1253

S117 0.2643 S118 0.0259 S119 0.1248 S120 0.0180

S121 0.0297 S122 0.0534 S123 0.0181 S124 0.0563

S125 0.0273 S126 0.1428 S127 0.0587 S128 0.1048

S129 0.0698 S130 0.1352 S131 0.0723 S132 0.1396

S133 0.0325 S134 0.1570 S135 0.0803 S136 0.3964

S137 0.0187 S138 0.1634 S139 0.0228 S140 0.0576

S141 0.1175 S142 0.0841 S143 0.0606 S144 0.0592

S145 0.0693 S146 0.0549 S147 0.0571 S148 0.1357

S149 0.0978 S150 0.0831 S151 0.0692 S152 0.0725

S153 0.0669 S154 0.1379 S155 0.1767 S156 0.0362

Page 76: Modelo de Dissertação - Univali

75

157 0.0386 S158 0.1267 S159 0.1635 S160 0.1893

S161 0.0627 S162 0.0963 S163 0.0567 S164 0.1171

S165 0.0171 S166 0.2055 S167 0.0208 - -

5.2 ANÁLISE DAS SOLUÇÕES INICIAIS

A partir dos estudos de caso apresentados, foram realizadas as análises referentes às

soluções iniciais utilizadas como entrada para o algoritmo NSGA-II, com o intuito de analisar o uso

do Algoritmo de Prim como gerador de uma das soluções iniciais em relação à geração totalmente

aleatória. Para os experimentos, foi realizada a média de cada geração em um gráfico de linhas com

base nos objetivos de cada estudo de caso, utilizando a ferramenta de análise estatística RStudio.

Todos os experimentos buscaram a minimização das funções objetivo, adaptando aquelas que

buscavam a maximização. Desta maneira, o valor zero (0.0) representa o valor ótimo para cada

objetivo. A função objetivo para a impedância possui uma escala que inicia em 0.8 (mínimo) para

todos os objetivos e 1 é a aptidão máxima.

5.2.1 Sistema 16 Barras

Na Figura 18 são apresentados os dados em relação ao Sistema 16 Barras, onde na Figura

18-a são apresentados os resultados do experimento utilizando soluções iniciais totalmente

aleatórias, enquanto a Figura 18-b demonstra a utilização do algoritmo de Prim em conjunto com as

demais soluções. Para esta análise foram utilizados os objetivos de desvio, energia e impedância,

sendo o eixo y a aptidão variando de 0 até 1 e o eixo x as gerações.

Page 77: Modelo de Dissertação - Univali

76

(a) (b)

Figura 18. Soluções iniciais do Sistema 16 Barras - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução iniciais

aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b).

Devido à ausência de dados foram considerados somente os dados disponíveis para o

Sistema 16 Barras, que podem ser consultados no APÊNDICE F. Ainda na Figura 18 é possível

observar que as diferenças são menores entre as soluções geradas aleatoriamente (Figura 18-a) e o

algoritmo de Prim (Figura 18-b).

5.2.2 Sistema 33 Barras

A Figura 19 apresenta os dados em relação ao Sistema 33 Barras, onde na Figura 19-a, são

apresentadas as soluções iniciais aleatórias. Na Figura 19-b, é apresentada a versão que utiliza o

Algoritmo de Prim, com as funções objetivo quantidade de consumidores, encargos, energia,

impedância, importância do nodo (detalhada no APÊNDICE C) e clientes prioritários. No eixo y, é

apresentada a aptidão de cada função objetivo, variando de 0 até 1, e no eixo x, as gerações.

Page 78: Modelo de Dissertação - Univali

77

(a) (b)

Figura 19. Soluções iniciais do Sistema 33 Barras - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução iniciais

aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b).

No Sistema 33 Barras foram considerados alguns dados de simulação, que podem ser

observados no APÊNDICE G. Analisando a Figura 19, é possível visualizar que o algoritmo de

Prim ajuda a melhorar as funções objetivo em relação as soluções geradas aleatoriamente. Apesar

de ambas chegarem próximas ao final do experimento é possível observar que o algoritmo de Prim

ainda apresenta uma vantagem em relação a minimização dos objetivos.

5.2.3 Sistema 66 Barras

A Figura 20 apresenta os resultados do Sistema 66 Barras, onde na Figura 20-a são

apresentadas as soluções iniciais aleatórias, enquanto na Figura 20-b é apresentado o uso do

algoritmo de Prim. Para esta análise foram utilizadas as funções objetivos, desvio, energia e

impedância, sendo o eixo y a aptidão variando de 0 até 1 e o eixo x as gerações.

Page 79: Modelo de Dissertação - Univali

78

(a) (b)

Figura 20. Soluções iniciais do Sistema 66 Barras - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução iniciais

aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b).

Para o Sistema 66 Barras foram considerados apenas os dados disponíveis que podem ser

visualizados no APÊNDICE H. Na Figura 20 possível observar que não houve a diferença entre as

estratégias iniciais abordadas para o experimento, visto que este sistema possui apenas 7 chaves

seccionadoras e 3 alimentadores possibilitando um número muito pequeno de soluções sem

violações.

5.2.4 Sistema Real MAZ-10

Na Figura 21 são apresentados os resultados do Sistema Real MAZ-10, onde na Figura 21-a

são apresentadas as soluções iniciais aleatórias, enquanto na Figura 21-b é apresentado o uso do

algoritmo de Prim. Para esta análise foram utilizadas todas as funções objetivo implementadas:

quantidade de consumidores, desvio, encargos, energia, impedância, importância e consumidores

prioritários sendo o eixo y a aptidão variando de 0 até 1 e o eixo x as gerações.

Page 80: Modelo de Dissertação - Univali

79

(a) (b)

Figura 21. Soluções iniciais do Sistema Real MAZ-10 - Soluções iniciais aleatórias (a), Solução

iniciais aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo algoritmo de Prim (b).

No Sistema Real MAZ-10 foram considerados todos os dados disponíveis para a simulação,

os quais podem ser visualizados no APÊNDICE I. Na Figura 21-a é possível observar que as

soluções sofrem um processo de piora até que haja uma estabilização nas aptidões nas gerações

posteriores. Tal comportamento ocorre devido a quantidade de soluções inviáveis nas primeiras

gerações geradas pelo método aleatório, devido às restrições do problema de reconfigurações de

redes de distribuição. A Figura 21-b apresenta um resultado melhor para a maioria dos objetivos

desde o início das gerações. O uso do algoritmo de Prim junto à população inicial apresenta

soluções melhores devido à existência de uma solução viável desde a primeira geração.

Na Figura 22 são apresentados os resultados do Sistema Real MAZ-10 permitindo que todas

a linhas sejam chaveáveis, onde na Figura 22-a são apresentadas as soluções iniciais aleatórias,

enquanto na Figura 22-b é apresentado o uso do algoritmo de Prim. Para esta análise foram

utilizadas todas as funções objetivo implementadas: quantidade de consumidores, desvio, encargos,

energia, impedância, importância e consumidores prioritários sendo o eixo y a aptidão variando de 0

até 1 e o eixo x as gerações.

Page 81: Modelo de Dissertação - Univali

80

(a) (b)

Figura 22. Soluções iniciais do Sistema Real MAZ-10 com linhas chaveáveis - Soluções iniciais

aleatórias (a), Solução iniciais aleatórias e de um cromossomo com a configuração gerada pelo

algoritmo de Prim (b).

Analisando os resultados obtidos em relação aos ensaios realizados quanto à população

inicial do NSGA-II, é possível perceber que para os sistemas com poucas configurações como o 66

Barras (Figura 20), existe uma pequena diferença entre o uso de soluções aleatórias e o algoritmo de

Prim. Este comportamento ocorre devido ao baixo número de configurações possíveis em função do

tamanho da rede, aliado às fortes restrições existentes nas redes de distribuição.

Quando aplicado em redes com mais conexões chaveáveis, o comportamento começa a

melhorar em relação às soluções aleatórias, como pode ser observado no Sistema 33 Barras (Figura

19). Outro comportamento observado referente a componentes das redes chaveáveis é quando existe

mais de um alimentador: a função de desvio tentará nivelar a distribuição, diminuindo as possíveis

soluções aceitáveis dentro da rede, como pode ser observado no Sistema 16 Barras (Figura 18).

Em um sistema maior e com todas as linhas chaveáveis, como o caso simulado do Sistema

Real MAZ-10 (Figura 22), é possível observar uma qualidade bastante elevada da solução proposta

neste trabalho. Contando com apenas uma solução inicial mais estável, gerada através do algoritmo

de Prim, é verificado que os objetivos apresentam uma melhora significativa em relação aos

cromossomos gerados de maneira totalmente aleatória. No Sistema Real MAZ-10 (Figura 21) com

restrições de chaves, o algoritmo de Prim apresenta uma melhora mais expressiva em relação às

soluções geradas aleatoriamente, visto que a mesma é uma solução não-dominada.

Page 82: Modelo de Dissertação - Univali

81

5.3 ANÁLISE DE RECONFIGURAÇÃO DE REDE

Nesta seção, são descritas e apresentadas as reconfigurações dos Sistemas utilizadas como

estudo de caso referente à aplicação do algoritmo proposto (NSGA-II + AGM), onde também foram

realizadas 30 replicações para cada rede e ao final da geração exportada a fronteira de Pareto. Para

todos os experimentos descritos a seguir, o Algoritmo de Prim (AGM) foi utilizado na composição

das soluções iniciais, em conjunto com a geração aleatória.

Para a escolha da solução Pareto ótima foi utilizada uma função de agregação aditiva,

considerando o método dos pesos ROC (Rank-Order Centroid), o qual calcula os pesos para cada

critério considerado, buscando selecionar a solução mais adequada para o decisor, dado um

conjunto de soluções não dominadas encontrado pelo algoritmo proposto.

No Quadro 12 pode ser observada a ordem dos pesos ROC, os critérios estabelecidos para a

análise de reconfiguração e para a contingência. Na primeira coluna é apresentada a ordem dos

objetivos, na segunda a identificação de cada objetivo e na terceira a apresentação do seu valor para

identificar a reconfiguração ideal. A ordem de preferência dos critérios foi definida por

especialistas. No Quadro 12, fica evidenciado que para a empresa o critério principal é a presença

de consumidores prioritários, os quais devem ser priorizados na reconfiguração da rede de

distribuição.

Quadro 12. Ordem para o cálculo de pesos ROC para o problema de reconfiguração de rede.

Ordem ID Objetivo Valor

1° 𝑝𝑟𝑖 Consumidores Prioritários 0,4083

2° 𝑐𝑜𝑛 Quantidade de Consumidores 0,2417

3° 𝑒𝑛𝑐 Encargos 0,1583

4° 𝑒𝑛𝑒 Energia 0,1028

5° 𝑑𝑒𝑠 Desvio 0,0611

6° 𝑖𝑚𝑝 Impedância 0,0278

Devido as características do algoritmo NSGA-II todos os objetivos são normalizados e de

minimização, variando entre 0 e 1. Portanto, pode-se assumir que 0 seja seu valor ideal para cada

objetivo, analisando o Quadro 12 é possível observar que com seis objetivos o primeiro critério

representa aproximadamente 40% em relação ao critério de pesos ROC o segundo 24% e assim por

diante. Para auxiliar na escolha da configuração preferencial é realizado o seguinte cálculo para a

determinação da solução final (solução mais adequada para os decisores).

Page 83: Modelo de Dissertação - Univali

82

𝑠𝑜𝑙𝑢𝑐𝑎𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑝𝑟𝑖 ∗ 0,4083 + 𝑐𝑜𝑛 ∗ 0,2417 + 𝑒𝑛𝑐 ∗ 0,1583 +

𝑒𝑛𝑒 ∗ 0,1028 + 𝑑𝑒𝑠 ∗ 0,0611 + 𝑖𝑚𝑝 ∗ 0,0278

Supondo que todos obtiverem o valor ótimo (0) em suas aptidões é obtido 100% em relação

a reconfiguração realizada. Caso o valor de aptidão dos encargos obtenha o pior cenário (1) e os

demais o melhor cenário (0) se obtém o valor de 0,1583 (𝑠𝑜𝑙𝑢𝑐𝑎𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 0 ∗ 0,4083 + 0 ∗

0,2417 + 1 ∗ 0,1583 + 0 ∗ 0,1028 + 0 ∗ 0,0611 + 0 ∗ 0,0678) para tal configuração.

Os resultados e análises são apresentado divididos por sistema e estudos de caso, também,

ao final é apresentado um resumo de tais valores obtidos (Tabela 8).

5.3.1 Sistema 16 Barras

5.3.1.1 Sistema 16 Barras sem Contingência

A reconfiguração do Sistema 16 Barras foi obtida através do uso do algoritmo proposto. A

representação visual do resultado encontrado pode ser observada na Figura 23, sendo selecionado o

cromossomo que obteve o valor mínimo encontrado para a solução final. Na solução selecionada

não foram considerados encargos (0), não existe consumidores prioritários (0), todos os clientes

residenciais foram atendidos (0), obtendo o valor de 0,0510 para o desvio, o valor de impedância

em 0,9641 e o valor de energia em 0,0812. O valor mínimo encontrado para a solução final foi de

0,0388. A solução manteve as chaves S9, S11 e S16 abertas, o qual apresenta a mesma solução

encontrada em outros estudos da literatura (SUDHAKAR; SRINIVAS, 2010).

Page 84: Modelo de Dissertação - Univali

83

Figura 23. Reconfiguração do Sistema 16 Barras sugerido pelo NSGA-II.

5.3.1.2 Sistema 16 Barras com Contingência

Na simulação da rede de distribuição do Sistema 16 Barras, existe um consumidor

prioritário na barra 9. Em operação normal este cliente é atendido pelo alimentador 2, porém houve

uma interrupção no abastecimento entre a barra 8 e 9, deixando a linha S8 sem energia, exigindo

uma manobra de contingência para reconfigurar a rede e atender o consumidor prioritário (TEIVE

et al., 2016).

A representação da contingência do Sistema 16 Barras foi criada arbitrariamente,

considerando um consumidor prioritário na barra 09, para todas as linhas foram consideradas que o

patamar de carga estava normal. Na Figura 24 é apresentada a rede reconfigurada para o

atendimento.

Page 85: Modelo de Dissertação - Univali

84

Figura 24. Reconfiguração de Rede Contingência Sistema 16 Barras.

Para a reconfiguração da contingência apresentada na Figura 24 foi utilizado o NSGA-II

considerando o atendimento do consumidor prioritário. A manobra permitiu atender o cliente

especial abrindo as chaves S3 e S14 (considerando que a chave S8 está interrompida) e mantendo as

demais fechadas. Para os critérios abordados na simulação foi obtido o atendimento do consumidor

prioritário (0), consumidores residências (0), desvio de 0,1021, energia em 0,2500 e perdas em

0,8030. O valor mínimo encontrado para a solução final foi de 0,0556. Não houve violação de

carregamento das linhas nem de tensões nas barras. Os dados completos para o fluxo de potência

podem ser acompanhados no APÊNDICE D.

Page 86: Modelo de Dissertação - Univali

85

5.3.2 Sistema 33 Barras

5.3.2.1 Sistema 33 Barras sem Contingência

A reconfiguração do Sistema 33 Barras pode ser observada na Figura 25. Como critério para

a escolha da solução, foi selecionada a solução que maximize o atendimento a clientes prioritários.

Nesta configuração ficaram as chaves S16, S27, S33, S34, S35 abertas e as demais fechadas.

Não foram considerados os encargos (0), não foram considerados os consumidores prioritários (0),

todos os clientes residenciais foram atendidos (0), não ouve desvio entre alimentadores, devido a

existência de apenas um alimentador (0), obtendo o valor de impedância em 0,9458 e o valor de

energia em 0,1006. O valor mínimo encontrado para a solução final foi de 0,0369.

Figura 25. Reconfiguração do Sistema 33 Barras sugerido pelo NSGA-II

Page 87: Modelo de Dissertação - Univali

86

5.3.2.2 Sistema 33 Barras com Contingência

O sistema possui sete consumidores prioritários, onde um destes clientes teve seu

abastecimento interrompido por um fio partido na linha S5. A simulação da contingência do

Sistema 33 Barras foi criada arbitrariamente, considerando sete consumidores prioritário nas barras

06, 08, 10, 11, 15, 22 e 31 para todas as linhas foram consideradas que o patamar de carga estava

normal.

A contingência do Sistema 33 Barras pode ser observada na Figura 26. Como critério para a

escolha da solução, foi selecionada a solução que apresente o valor mínimo para a solução

respeitando a ordem descrita no capítulo 5.3.

Figura 26. Reconfiguração do Sistema 33 Barras sugerido pelo NSGA-II

No atendimento da contingência ficaram as chaves S5 (problema na linha, fio partido), S16,

S33, S34, S35 abertas e as demais fechadas. Não foram considerados encargos (0), todos os

Page 88: Modelo de Dissertação - Univali

87

consumidores prioritários foram atendidos (0), inclusive os clientes residenciais (0), obtendo o valor

de impedância em 0,9416 e o valor de energia em 0,0873. O valor mínimo encontrado para a

solução final foi de 0,0356.

5.3.3 Sistema 66 Barras

5.3.3.1 Sistema 66 Barras sem Contingência

Para o estudo de caso do Sistema 66 Barras a reconfiguração pode ser observada na Figura

27, onde foi selecionado o cromossomo que obteve o valor mínimo com base nos critérios dos

pesos ROC. Nesta rede, foram mantidas abertas as chaves S26, S42 e S65, obtendo desvio em

0,0214, energia em 0,0419 e perdas em 0,9788, para os demais objetivos foi obtido o melhor valor

possível (0). O valor mínimo encontrado para a solução final foi de 0,0331 para os critérios desta

reconfiguração.

Page 89: Modelo de Dissertação - Univali

88

Figura 27. Reconfiguração do Sistema 66 Barras sugerido pelo NSGA-II

5.3.3.2 Sistema 66 Barras com Contingência

No Sistema 66 Barras, foi simulada a existência de um consumidor prioritário na barra 29.

Em operação normal este cliente é atendido pelo alimentador da barra 16, porém houve a queda de

um poste na barra 24 que desligou todo o fornecimento de energia do alimentador. Ainda neste

estudo de caso, existe uma manutenção ocorrendo das barras 61 a 66, portanto estre trecho não

possui energia e as chaves S65 e S58 estão abertas para tal procedimento (ARANHA NETO et al.,

2017).

Page 90: Modelo de Dissertação - Univali

89

A simulação da contingência deste sistema foi criada arbitrariamente, considerando uma

manutenção na rede e um cliente prioritário, para todas as linhas foram consideradas que o patamar

de carga estava normal. A manobra de contingência é apresentada na Figura 1Figura 28.

Figura 28. Reconfiguração de Rede Contingência do Sistema 66 Barras.

Para reconfigurar a rede do Sistema 66 Barras foi utilizado o NSGA-II considerando o

atendimento do consumidor prioritário, impedância, energia e desvio. A manobra permitiu atender o

cliente especial mantendo as chaves seccionadoras S19, S26, S42, S58 e S66 abertas e as chaves

S64 e S66 fechadas. Nesta abordagem dois trechos ficaram sem energia, o poste caído (barras 21 até

27 e 41 até 43) e o trecho em manutenção (barras 61 até 66). Com os dados utilizados na simulação

Page 91: Modelo de Dissertação - Univali

90

foi obtido o atendimento do consumidor prioritário (0), toda a energia possível foi suprida (0),

desvio de 0,1275 e perdas em 1. O valor mínimo encontrado para a solução final foi de 0,0357 para

os critérios desta reconfiguração. Não houve violação de carregamento das linhas nem de tensões

nas barras. Os dados completos do fluxo de potência podem ser acompanhados no APÊNDICE E.

5.3.4 Sistema Real MAZ-10

5.3.4.1 Sistema Real MAZ-10 sem Contingência

A reconfiguração do Sistema Real MAZ-10 pode ser observada na Figura 29. Como critério

para a escolha da solução, foi selecionada a solução que obteve o melhor valor no cálculo de pesos

ROC.

Para a configuração apresentada na Figura 29, ficaram abertas as chaves S3, S11, S19, S95,

S97, S141, S167 e as demais fechadas. Não houve encargos (0), todos os consumidores prioritários

foram atendidos (0), os quais encontram-se destacados em azul (39, 79, 101, 105, 106 e 126),

inclusive os clientes residenciais (0), obtendo o valor de energia não suprida em 0,0002, desvio

entre os alimentadores em 0,4086 e impedância em 0,9966. O valor mínimo encontrado para a

solução final foi de 0,0528.

Page 92: Modelo de Dissertação - Univali

91

Figura 29. Reconfiguração do Sistema Real MAZ-10 sugerido pelo NSGA-II.

5.3.4.2 Sistema Real MAZ-10 com Contingência

Ainda como parte da análise de reconfiguração do Sistema Real MAZ-10 é apresentada uma

eventualidade ocorrida entre as barras 2 e 3 na linha S2, próximo ao alimentador MAZ-10 (barra 1).

Na contingência do estudo de caso do Sistema MAZ-10, o patamar de carga da rede estava normal.

Page 93: Modelo de Dissertação - Univali

92

Esta ocorrência tem por consequência o rompimento da linha, impedindo a transmissão de

energia; entre as causas para tal situação pode-se citar a queda de uma árvore ou um curto-circuito.

A Figura 30 demonstra esta eventualidade e a contingência sugerida pelo algoritmo NSGA-II.

Figura 30. Reconfiguração do Sistema Real MAZ-10 sugerido pelo NSGA-II para tratar da

eventualidade entre as Barras 2 e 3 Linha S2.

Para tratar da eventualidade ocorrida na rede, foi realizada uma manobra de reconfiguração

de rede por meio do algoritmo NSGA-II, considerando como preferência o atendimento de

Page 94: Modelo de Dissertação - Univali

93

consumidores prioritários, seguido da quantidade de consumidores atendidos, encargos, energia não

suprida, desvio e perdas. A partir de tais critérios abordados para a escolha da solução, as chaves

S3, S11, S19, S95, S97, S141 ficaram abertas e as demais chaves seccionadoras permaneceram

fechadas.

Nesta reconfiguração de rede o primeiro alimentador (1 - MAZ10) ficou com atendimento

de 1 consumidor, o segundo (167 - MAZ09) também ficou com o atendimento de 1 consumidor, o

terceiro (153 - MAZ09) ficou com o atendimento de 11 consumidores, o quarto (124 - HOR15) com

39 consumidores, o quinto (110 - MAZ11) com 24 consumidores, o sexto (97 - MAZ11) com

apenas 1 consumidor, o sétimo (103 - MAZ06) com 8 consumidores, e o oitavo (90 - HOR13)

atendeu 89 consumidores. Para esta configuração, todos os clientes prioritários foram atendidos (0),

inclusive os consumidores residenciais (0), não houve encargos (0), não houve energia não suprida

(0), desvio entre os alimentadores de 0,4085 e impedância em 0,9967. O valor mínimo encontrado

para a solução final foi de 0,0537.

Na Tabela 8 é apresentado um resumo dos valores obtidos para todos os sistemas abordados

nesta seção, através da análise das funções objetivo referentes à reconfiguração de rede de

distribuição, onde a primeira coluna apresenta o nome dos sistemas, a segunda os consumidores

prioritários, a terceira a quantidade de consumidores atendidos, a quarta encargos, a quinta energia,

a sexta o desvio entre os alimentadores, a oitava a impedância e a última a coluna baseado no

cálculo obtido pela ordenação de pesos ROC é apresentada a Solução Final.

Tabela 8. Resultados dos sistemas e estudos de caso analisados.

Sistema C.P. Q.C.A. Encargos Energia Desvio Z (Ω) Solução Final

16 Barras 0 0 0 0,0812 0,0510 0,9641 0,0388

16 Barras* 0 0 0 0,2500 0,1021 0,8030 0,0556

33 Barras 0 0 0 0,1006 0 0,9458 0,0369

33 Barras* 0 0 0 0,0873 0 0,9416 0,0356

66 Barras 0 0 0 0,0419 0,0214 0,9788 0,0331

66 Barras* 0 0 0 0 0,1275 1 0,0357

MAZ-10 0 0 0 0,0002 0,4086 0,9966 0,0528

MAZ-10* 0 0 0 0 0,4085 0,9967 0,0537

5.4 CONSIDERAÇÕES

Neste capítulo, foram apresentados os sistemas utilizados como estudos de caso e

experimentos, levando em consideração suas características, tais como número de alimentadores e

Page 95: Modelo de Dissertação - Univali

94

posição das chaves. Foram descritos os resultados referentes à aplicação do algoritmo proposto

(NSGA-II + AGM) para o problema da reconfiguração de redes de distribuição. Também foi

analisado o comportamento da fronteira de Pareto nesse mesmo contexto. Além disso, foi realizada

uma análise de soluções iniciais geradas aleatoriamente em relação ao uso do algoritmo de Prim, e

também uma análise de reconfiguração de rede aplicada em três redes teóricas e uma rede real.

Resolver problemas de otimização com múltiplos objetivos consiste em delimitar um

conjunto de soluções aceitáveis dentro de um espaço de busca ou conjuntos de soluções frente a

fronteira de Pareto. A complexidade inerente a esta classe de problemas exige, em muitos casos, a

intervenção externa para identificar a solução mais coerente. O mesmo ocorre para a solução

proposta para o problema de reconfiguração de redes de distribuição apresentado nesta dissertação.

Na análise das soluções geradas aleatoriamente em comparação com as que utilizam do

algoritmo de Prim, pode-se perceber que quando foram utilizadas somente soluções iniciais

aleatórias, existe uma maior quantidade de cromossomos na fronteira de Pareto nas primeiras

gerações. No entanto, quando utilizado o algoritmo de Prim, nas primeiras gerações já é possível

encontrar soluções viáveis para o problema de reconfiguração de rede, este comportamento ocorre

devido ao procedimento de encontrar a AGM e atingir todos elementos sem gerar ciclo, enquanto

com o uso de somente soluções aleatórias existe em sua maioria indivíduos inviáveis nas primeiras

gerações.

Em redes com um espaço de busca pequeno, existe uma pequena diferença entre a geração

de soluções iniciais, pois as probabilidades de cromossomos são menores, porém quando aplicado

em redes maiores, como o experimento realizado com o Sistema Real MAZ-10, o uso do algoritmo

de Prim apresenta um caminho mais seguro, pois gera sempre uma solução viável sem ciclos e tenta

balancear a estrutura entre os alimentadores. Assim, aumentando a chance de passar seus genes

adiante viabilizando outros cromossomos.

Page 96: Modelo de Dissertação - Univali

95

6 CONCLUSÕES

Pela observação dos aspectos analisados neste trabalho, as redes de distribuição de energia

elétrica são constituídas por um sistema complexo de elementos, que tem o intuito de fornecer

energia desde onde foi gerada até o local onde é consumida. Essas redes complexas são

fundamentais para o abastecimento de energia elétrica, visto que o desenvolvimento e sobrevivência

de processos humanos estão diretamente ligados através do fornecimento deste recurso. Contudo,

quando ocorre uma interrupção na distribuição de energia elétrica, deve-se agir de acordo com

decisões que minimizem o tempo da falha que causou o problema dentro da rede.

A reconfiguração das redes elétricas tem como principais finalidades reduzir as perdas de

energia para os consumidores e restabelecer o fornecimento de tal recurso. Apesar das redes de

distribuição formarem malhas, a sua operação é radial, onde a mesma pode ser representada por um

grafo acíclico não dirigido, ou seja, uma árvore. Computacionalmente, o problema passa a se

desenvolver através de um algoritmo de busca em grafos para identificar a configuração otimizada

da rede de distribuição.

Deste modo, o objetivo geral desta dissertação foi propor uma solução que através de um

algoritmo genético multiobjetivo fosse capaz de encontrar soluções viáveis para o problema de

reconfigurações de redes de distribuição, utilizando um algoritmo que encontra a Árvore Geradora

Mínima como uma das soluções iniciais.

O primeiro objetivo específico foi implementar os algoritmos selecionados e adaptar ao

problema. Para alcaçar tal objetivo foram selecionados três algoritmos para encontrar a AGM,

sendo estes o Algoritmo de Kruskal, Algoritmo Exclusão Reversa e Algoritmo de Prim. Todos

foram implementados e adaptados ao problema de reconfigurações de redes de distribuição.

Para atender o segundo objetivo específico que consiste em analisar comparativamente os

algoritmos aplicados ao problema, a partir dos algoritmos implementados da AGM, os algoritmos

foram analisados e comparados entre si e com os trabalhos disponíveis na literatura.

O terceiro objetivo específico consistiu em propor uma heurística multiobjetivo para o

problema de reconfigurações de redes, considerando objetivos normalmente utilizados na operação

de redes de distribuição. Visando atender tal objetivo foi implementado um algoritmo genético

Page 97: Modelo de Dissertação - Univali

96

multiobjetivo o NSGA-II, considerando caracteristicas utilizados na operação para realizar a

reconfiguração de rede.

O quarto e último objetivo específico teve como finalidade realizar o ranqueamento das

soluções de Pareto usando uma técnica multi-critério dos pesos ROC (Rank-Order Centroid). Para

satisfazer este objetivo foi analisado a fronteira de Pareto e definida a ordem de prioridade dos

objetivos, em seguida foram calculados os pesos de cada um dos objetivos utilizando da técnica

multi-critério de pesos ROC.

A revisão sistemática da literatura possibilitou classificar os principais critérios de avaliação

utilizados nos algoritmos multiobjetivos, os quais se encontram mais alinhados a perdas na rede de

distribuição. Enquanto na proposta deste trabalho foram considerados os objetivos mais usuais

utilizados nos centros de operação e distribuição de energia elétrica.

O estudo teórico possibilitou identificar características importantes para o desenvolvimento

dos algoritmos e da estrutura da rede de distribuição. A partir dos aspectos analisados, foi possível

implementar os algoritmos da Árvore Geradora Mínima (Algoritmo de Prim, Algoritmo de Kruskal,

Algoritmo Exclusão Reversa), bem como o algoritmo genético multiobjetivo NSGA-II. O

desenvolvimento da solução proposta levou em consideração o uso de um dos algoritmos da AGM

como uma das soluções iniciais para o NSGA-II.

Na comparação entre os algoritmos da AGM implementados para este estudo, foi possível

identificar que o algoritmo de Prim apresenta configurações mais balanceadas quando utilizado em

redes com mais de um alimentador. Além de representar melhor as redes de distribuição, dado que

as estruturas de sistemas elétricos são esparsas na perspectiva de teoria de grafos e complexidade

computacional.

Referente a primeira pergunta de pesquisa, é possível adaptar os algoritmos tradicionais que

buscam encontrar a Árvore Geradora Mínima de um grafo com um AGMO, gerando configurações

de rede viáveis em termos de radialidade, tensão nas barras e carregamento nas linhas? A hipótese

nula foi rejeitada, comprovando a hipótese alternativa onde um dos algoritmos que buscam

encontrar a árvore geradora mínima de um grafo é mais eficiente que os demais para o problema.

Referente a segunda pergunta de pesquisa, é possível propor uma heurística multiobjetivo

que seja capaz de realizar a reconfiguração de rede de distribuição, atendendo objetivos usuais de

Page 98: Modelo de Dissertação - Univali

97

operação e gerando resultados similares aos do especialista? A hipótese nula foi rejeitada, portanto

comprovando a hipótese alternativa de que a heurística multiobjetivo é capaz de gerar de forma

coerente configurações de rede semelhantes com a solução do especialista.

Apesar do presente trabalho não apresentar uma comparação detalhada referente ao tempo

de processamento dos algoritmos implementados, foi possível observar um comportamento linear

quanto a entrada do problema, quando não utilizado do objetivo de nodo importância. Este objetivo

realiza o cálculo de importância para cada barra do sistema, portanto apresentado uma

complexidade elevada em relação aos demais objetivos.

6.1 CONTRIBUIÇÕES DA DISSERTAÇÃO

Dentre as principais contribuições apresentadas na pesquisa desenvolvida destaca-se o uso

de uma estratégia de reconfiguração de redes de distribuição mais alinhada a rotina de atendimento

de concessionárias de energia elétrica, que considera como fator decisivo o suporte a consumidores

prioritários que apresentam risco a vida como: hospitais, maternidades, empresas de distribuição de

água, aeroportos, ou eventualmente grandes consumidores industriais.

Outra contribuição abordada neste trabalho é o uso de soluções iniciais aplicadas em uma

metaheurísticas, como o modelo proposto. Neste contexto, foram utilizadas de soluções iniciais para

o AGMO NSGA-II a partir de algoritmos que encontram a Árvore Geradora Mínima para o

problema de reconfigurações de rede, apresentando uma contribuição importante na melhora das

soluções frente as funções objetivos utilizadas nesta dissertação.

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Ao término desta dissertação foram obtidos conhecimentos que sugerem novas abordagem

mais detalhada, e novas perspectivas de pesquisa.

Nesta pesquisa, foram abordados sete objetivos, um desses objetivos considera o desvio

entre a quantidade de barras atendidas por cada alimentador, porém não considera a capacidade de

atendimento de cada alimentador. Portanto, como sugestão em uma futura implementação é

incorporar a capacidade de cada alimentador.

Page 99: Modelo de Dissertação - Univali

98

A análise das soluções que se encontram na fronteira de Pareto foi analisada com base na

ordem de prioridades estabelecida, a equação para auxiliar na tomada de decisão utilizou o cálculo

de pesos ROC. Outra sugestão pertinente para os trabalhos futuros seria analisar as soluções geradas

através do Hypervolume (analisar uma região do espaço de soluções com n-dimensões)

(RIQUELME; VON LUCKEN; BARAN, 2015).

No presente trabalho foi implementado a heurística multiobjetivo NSGA-II (Non-dominated

Sorting Genetic Algorithm). Neste contexto, é importante considerar outros algoritmos

multiobjetivo como o NSPSO (Non-dominated Sorting Particle Swarm Optimization), SAMBA

(Self Adaptive Modified Bat Algorithm) e HBB-BC (Hybrid Big Bang Big Crunch) (KAVOUSI-

FARD; NIKNAM, 2014; SEDIGHIZADEH; BAKHTIARY, 2016; TULADHAR, 2014).

6.3 PUBLICAÇÔES

Como resultados complementares deste trabalho, foram publicados artigos em congressos e

simpósios, nacionais e internacionais, destacados nessa subseção:

SBSE: Sistema Especialista para Avaliação de Manobras de Operadores de Redes de

Distribuição. VI Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos 2016;

TDLA: A multicriteria approach for performance evaluation of distribution system

operators. IEEE PES Transmission and Distribution Conference and Exposition-Latin America,

2016;

COTB: Algoritmos da Árvore Geradora Mínima para Reconfiguração de Redes de

Distribuição de Energia Elétrica. VIII Computer on the Beach, 2017;

ISAP: Intelligent System for Automatic Performance Evaluation of Distribution

System Operators. IEEE PES Intelligent System Applications to Power Systems, 2017;

Page 100: Modelo de Dissertação - Univali

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Page 104: Modelo de Dissertação - Univali

103

GLOSSÁRIO

Barra A barra em redes de distribuição consiste na representação do

vértice (nodo, nó) em teoria de grafos.

Fluxo de Potência Fluxo de potência é uma análise numérica do fluxo de energia

elétrica em um sistema interligado em condições normais de

regime permanente.

Heurística Heurísticas em Ciência da Computação são algoritmos que não

apresentam garantia da solução ótima para determinado

problema, porém possuem um tempo de execução rápido.

Impedância Impedância é a oposição que um circuito elétrico faz à

passagem de corrente quando é submetido a uma tensão.

Metaheurística Metaheurística é um método heurístico para resolver de forma

genérica problemas de otimização.

Ohm (símbolo: Ω) Ohm é a unidade de medida da resistência elétrica,

padronizada pelo Sistema Internacional de Unidades.

Corresponde à relação entre a tensão (medida em volts) e uma

corrente (medida em ampères) sobre um elemento, seja ele um

condutor ou isolante.

Otimização Otimização consiste em maximizar ou minimizar uma função.

Inclui encontrar os "melhores valores disponíveis" de alguma

função objetivo dado um domínio definido.

Pareto-Otimalidade A otimalidade de Pareto é um estado em que uma função é

impossível melhorar sem fazer piorar pelo menos um critério

individual ou de preferência.

Reatância Reatância é uma oposição natural de indutores ou capacitores à

variação de corrente elétrica e tensão elétrica, respectivamente.

Resistência Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se

opor à passagem de corrente elétrica.

Page 105: Modelo de Dissertação - Univali

104

APÊNDICE A – SISTEMA 16 BARRAS

O Sistema 16 Barras é composto por três alimentadores, permitindo a transferência de

cargas entre os alimentadores quando necessário. Para a execução deste sistema é preciso realizar

alguma adaptação, visto que um mesmo vértice não pode receber energia de dois ou mais

alimentadores ao mesmo tempo, em função da restrição de radialidade.

A adaptação pode ser realizada nos próprios algoritmos ou através da adição de um vértice

que conecte os três alimentadores, permitindo encontrar a AGM (BEZ; TEIVE, 2016). Neste artigo,

foi realizada a adaptação dos algoritmos, onde na solução dois ou mais alimentadores não podem

conectar o mesmo vértice, pois isto gera ciclo e causa curto circuito.

No Quadro 13 é apresentado um comparativo entre os algoritmos e a configuração padrão

do Sistema 16 Barras. A primeira coluna é a identificação da configuração, a segunda as chaves que

ficaram abertas, a terceira a impedância do primeiro alimentador, seguido da impedância do

segundo alimentador e do terceiro alimentador, na sexta coluna é apresentada a impedância total, na

sétima coluna o desvio padrão de cada alimentador e na última a diferença da impedância em

relação à configuração padrão.

Quadro 13. Comparativo entre a configuração padrão e os algoritmos da AGM para o Sistema 16

Barras

Config. Chaves NA A1 (Z Ω) A2 (Z Ω) A3 (Z Ω) Total (Z Ω) Desvio Dif. (Z Ω)

Padrão S5, S11, S16 0,519 0,739 0,498 1,756 0,133 -

Kruskal S3, S9, S14 0,318 0,640 0,555 1,512 0,167 - 0,244

E. Rever S3, S9, S14 0,318 0,640 0,555 1,512 0,167 - 0,244

Prim S9, S11, S16 0,575 0,583 0,498 1,657 0.047 - 0,099

Analisando os resultados apresentados no Quadro 13 é possível inferir que todos os

algoritmos melhoram a impedância total em relação à configuração padrão. A aplicação do

algoritmo de Kruskal e Exclusão Reversa encontram a mesma qualidade em todos os itens

avaliados. Apesar de encontrado os melhores resultados para a impedância total, o desvio entre os

alimentadores se mostrou pior que a configuração padrão.

O algoritmo de Prim não conseguiu melhorar tanto a impedância total quanto os outros dois,

porém o desvio entre os alimentadores ficou próximo a zero. Este fato ocorre devido à característica

do algoritmo ser orientado a vértices, e receber os alimentadores como vértices iniciais, enquanto

Page 106: Modelo de Dissertação - Univali

105

Kruskal e Exclusão Reversa são orientadas a aresta, inserindo ou excluindo-as conforme a natureza

da técnica.

A representação visual para os algoritmos de Kruskal e Exclusão Reversa para o Sistema 16

Barras é apresentado na Figura 31-a, enquanto para o algoritmo de Prim é exibido na Figura 31-b.

Para ambas as estruturas em azul são apresentados os vértices contemplados pelo primeiro

alimentador, em verde para o segundo e em vermelho para o terceiro.

(a)

(b)

Figura 31. Reconfiguração Sistema 16 Barras - Kruskal e Exclusão Reversa (a), Prim (b)

Observando ambas as estruturas da Figura 31 é possível identificar que apesar dos

algoritmos de Kruskal e Exclusão Reversa apresentarem uma configuração com menor impedância

total, o algoritmo de Prim encontra uma solução mais balanceada em termos de minimização de

impedância e melhor divisão das cargas entre os alimentadores. Uma boa distribuição de cargas

entre os alimentadores é extremamente importante, visto que em situações de contingências, quando

possível e necessário, pode ocorrer a transferência de cargas entre os alimentadores. Neste caso,

configurações próximas à sua carga máxima terão dificuldade de assumir consumidores abastecidos

por outro alimentador.

Para o algoritmo de Prim foram realizadas comparações referentes à reconfiguração da rede,

o qual obteve o mesmo resultado da literatura (SUDHAKAR; SRINIVAS, 2011b). Também foi

possível obter a mesma configuração no algoritmo de Kruskal quando utilizado os valores sugeridos

no trabalho de Pavana e Triv.

Page 107: Modelo de Dissertação - Univali

106

APÊNDICE B – SISTEMA 33 BARRAS

O estudo de caso referente ao Sistema 33 Barra apresenta apenas um alimentador na rede de

distribuição, permitindo a aplicação dos algoritmos de Kruskal, Exclusão Reversa e Prim sem

alterações. No é apresentado um comparativo entre os algoritmos e a configuração padrão do

Sistema 33 barras. A primeira coluna é a identificação da configuração, a segunda as chaves que

ficaram abertas, a terceira a impedância total e a última a diferença da impedância em relação à

configuração padrão.

Quadro 14. Comparativo entre a configuração padrão e os algoritmos da AGM para o Sistema 33

Barras

Configuração Chaves NA Total (Z Ω) Diferença (Z Ω)

Padrão S33, S34, S35, S36, S37 27,637 -

Kruskal S16, S27, S33, S34, S35 25,489 -2,148

Exclusão Reversa S16, S27, S33, S34, S35 25,489 -2,148

Prim S16, S27, S33, S34, S35 25,489 -2,148

Comparando os resultados dos algoritmos da AGM e a operação padrão do primeiro estudo

de caso, foi possível analisar que com apenas a alteração de duas chaves, houve a redução da

impedância em 2,148 Ω, quase 10% em relação a configuração padrão. A representação visual da

reconfiguração do Sistema 33 Barras pode ser acompanhada na Figura 32.

Figura 32. Reconfiguração do Sistema 33 Barras.

Page 108: Modelo de Dissertação - Univali

107

APÊNDICE C – RECONFIGURAÇÃO CONSIDERANDO A

IMPORTÂNCIA DO NODO

Segundo Wen, Tan e Jiang (2016) reconfigurar a rede de distribuição é um problema de

otimização combinatória não linear, que visa encontrar as configurações radiais ótimas e

satisfazer diferentes objetivos de otimização e restrições de operação. No trabalho proposto

pelos autores é abordada uma estratégia baseada na importância da barra, visando melhorar a

robustez e economia da rede, onde é aplicada uma estratégia utilizando do grau de conexões e a

distância miníma entre as barra (LIU; GU, 2007; WEN; TAN; JIANG, 2016).

No presente trabalho foi implementada esta estratégia como uma das funções objetivo

do NSGA-II. A importância da barra para a reconfigurada de rede de distribuição foi validada

individualmente antes de ser incorporada ao algoritmo multiobjetivo, obtendo os mesmos

resultados para o Sistema 33 Barras.

A importância de cada nodo é computada da seguinte maneira: primeiramente, é

realizada uma operação de contração na rede, onde os vizinhos do nodo em questão são

fundidos com o mesmo, fazendo com que as ligações entre os nodos externos e os vizinhos

sejam redirecionadas para o recém-fundido nodo; em seguida, é realizado o cálculo de

importância na rede contraída, através da seguinte equação:

𝑙𝑎𝑣𝑒 = ∑

𝑉′

𝑗=1

∑𝑑𝑚𝑖𝑛,𝑗,𝑘

0.5𝑛′(𝑛′ − 1)

𝑉′

𝑘=1

(𝑗 ≠ 𝑘)

Page 109: Modelo de Dissertação - Univali

108

APÊNDICE D – FLUXO DE POTÊNCIA DO SISTEMA 16

BARRAS

Os dados do fluxo de potência para o Sistema 16 Barras para a configuração padrão, são

apresentados primeiro dividos por alimentador, seguidos do fluxo de potência para a manobra de

contingência na barra S8, também divididos pelos alimentadores.

Vertice Alimentador: 1

De Para P Q VPU

1 4 11.2000 6.2001 1.0000

4 5 3.6000 1.6000 1.0000

4 6 5.6000 3.0000 1.0000

6 7 3.6000 2.2000 1.0000

5 11 0.6000 0.1000 1.0000

7 16 2.1000 1.0000 1.0000

Número de Barras: 6

Potência Ativa (kW): 11.2000

Potência Reativa (kvar): 6.2001

Perda Ativa (kW): 0.0001

Perda Reativa (kvar): 0.0001

Perda Ativa (%): 0.00

Número de Iterações: 2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Vertice Alimentador: 2

De Para P Q VPU

2 8 16.1001 9.4001 1.0000

8 9 10.1000 5.1000 1.0000

8 10 2.0000 1.6000 1.0000

9 11 0.6000 0.1000 1.0000

9 12 4.5000 2.0000 1.0000

10 14 1.0000 0.7000 1.0000

Número de Barras: 6

Page 110: Modelo de Dissertação - Univali

109

Potência Ativa (kW): 16.1001

Potência Reativa (kvar): 9.4001

Perda Ativa (kW): 0.0003

Perda Reativa (kvar): 0.0003

Perda Ativa (%): 0.00

Número de Iterações: 2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Vertice Alimentador: 3

De Para P Q VPU

3 13 5.1000 3.5000 1.0000

13 14 1.0000 0.7000 1.0000

13 15 3.1000 1.9000 1.0000

15 16 2.1000 1.0000 1.0000

Número de Barras: 4

Potência Ativa (kW): 5.1000

Potência Reativa (kvar): 3.5000

Perda Ativa (kW): 0.0000

Perda Reativa (kvar): 0.0000

Perda Ativa (%): 0.00

Número de Iterações: 2

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alimentador 1 - Contingência

De Para P Q VPU

1 4 10.7001 5.3001 1.0000

4 5 8.7000 3.7000 1.0000

5 11 5.7000 2.2000 1.0000

11 9 5.1000 2.1000 1.0000

9 12 4.5000 2.0000 1.0000

Número de Barras: 5

Potência Ativa (kW): 10.7001

Potência Reativa (kvar): 5.3001

Perda Ativa (kW): 0.0001

Page 111: Modelo de Dissertação - Univali

110

Perda Reativa (kvar): 0.0002

Perda Ativa (%): 0.00

Número de Iterações: 2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alimentador 2 - Contingência

De Para P Q VPU

2 8 6.0000 4.3000 1.0000

8 10 2.0000 1.6000 1.0000

10 14 1.0000 0.7000 1.0000

Número de Barras: 3

Potência Ativa (kW): 6.0000

Potência Reativa (kvar): 4.3000

Perda Ativa (kW): 0.0000

Perda Reativa (kvar): 0.0000

Perda Ativa (%): 0.00

Número de Iterações: 2

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alimentador 3 - Contingência

De Para P Q VPU

3 13 7.7000 5.0001 1.0000

13 15 6.7000 4.1000 1.0000

15 16 5.7000 3.2000 1.0000

16 7 3.6000 2.2000 1.0000

7 6 1.5000 1.2000 1.0000

Número de Barras: 5

Potência Ativa (kW): 7.7000

Potência Reativa (kvar): 5.0001

Perda Ativa (kW): 0.0001

Perda Reativa (kvar): 0.0001

Perda Ativa (%): 0.00

Número de Iterações: 2

Page 112: Modelo de Dissertação - Univali

111

APÊNDICE E – FLUXO DE POTÊNCIA DO SISTEMA 66

BARRAS

Os dados do fluxo de potência para o Sistema 66 Barras para a configuração padrão, são

apresentados primeiro dividos por alimentador, seguidos do fluxo de potência para a manobra de

contingência na barra S24 e da mutenção ocorrida entre as barras 61 até 66, também divididos pelos

alimentadores.

Vertice Alimentador: 0

De Para P Q VPU

0 1 1241.1374 1263.6517 0.9821

1 2 721.8580 735.6205 0.9730

2 3 394.5272 402.3482 0.9694

3 4 44.1000 44.9900 0.9688

1 5 350.3110 357.2798 0.9739

5 6 140.0000 142.8300 0.9725

5 7 70.0000 71.4100 0.9731

1 8 114.1367 116.4295 0.9800

8 9 44.1000 44.9900 0.9793

2 10 254.5111 259.5073 0.9688

10 11 114.1450 116.4304 0.9662

11 12 44.1000 44.9900 0.9654

3 13 70.0000 71.4100 0.9680

3 14 140.0000 142.8300 0.9678

Número de Barras: 14

Potência Ativa (kW): 1241.1374

Potência Reativa (kvar): 1263.6517

Perda Ativa (kW): 37.8488

Perda Reativa (kvar): 35.0975

Perda Ativa (%): 3,09

Número de Iterações: 4

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Page 113: Modelo de Dissertação - Univali

112

Vertice Alimentador: 15

De Para P Q VPU

15 16 3836.7225 2382.4848 0.9975

16 17 3333.9663 2140.2885 0.9859

17 18 2290.0993 1636.1777 0.9798

18 19 2155.2347 1548.6069 0.9738

19 20 2064.8640 1492.3895 0.9587

20 21 1058.2602 498.2265 0.9559

21 22 854.6006 397.0171 0.9521

22 23 651.5174 294.8020 0.9471

23 24 588.9176 272.9592 0.9426

24 25 528.5182 252.8272 0.9419

25 26 482.8901 222.6195 0.9407

26 27 421.0258 186.1527 0.9361

27 28 360.5286 150.4982 0.9344

28 29 240.3053 70.2995 0.9334

29 30 180.1427 60.1807 0.9324

30 31 120.0177 40.0139 0.9312

31 32 60.0000 20.0000 0.9308

16 33 360.8198 160.7767 0.9971

33 34 270.1212 120.1472 0.9941

34 35 180.0366 80.0484 0.9935

35 36 90.0000 40.0000 0.9930

17 37 935.3573 454.2227 0.9829

37 38 841.0720 400.8388 0.9773

38 39 420.0000 200.0000 0.9746

20 40 943.0065 968.2154 0.9571

40 41 880.2870 941.8307 0.9550

41 42 811.0590 908.6945 0.9455

42 43 744.6637 883.1232 0.9387

43 44 621.4840 811.5035 0.9357

Page 114: Modelo de Dissertação - Univali

113

44 45 420.1846 210.2193 0.9323

45 46 270.0107 140.0167 0.9315

46 47 60.0000 40.0000 0.9313

Número de Barras: 32

Potência Ativa (kW): 3836.7225

Potência Reativa (kvar): 2382.4848

Perda Ativa (kW): 161.6459

Perda Reativa (kvar): 107.5434

Perda Ativa (%): 4,39

Número de Iterações: 5

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Vertice Alimentador: 48

De Para P Q VPU

48 49 1544.2106 767.9332 0.9991

49 50 1447.3515 724.4396 0.9943

50 51 1342.9646 662.2054 0.9911

51 52 1248.9773 620.1747 0.9879

52 53 1122.0751 534.2163 0.9810

53 54 1060.6631 499.5489 0.9782

54 55 995.8565 477.9605 0.9738

55 56 791.4293 374.7798 0.9679

56 57 588.9405 273.0157 0.9634

57 58 528.5582 252.8893 0.9628

58 59 467.9775 232.6973 0.9617

59 60 421.1437 201.2545 0.9570

60 61 360.6529 165.6084 0.9553

61 62 300.2874 130.2832 0.9539

62 63 180.1366 50.1730 0.9530

63 64 120.0170 40.0133 0.9518

64 65 60.0000 20.0000 0.9515

Número de Barras: 17

Potência Ativa (kW): 1544.2106

Potência Reativa (kvar): 767.9332

Page 115: Modelo de Dissertação - Univali

114

Perda Ativa (kW): 40.6533

Perda Reativa (kvar): 28.6686

Perda Ativa (%): 2,70

Número de Iterações: 4

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alimentador 0 - Contingência

De Para P Q VPU

0 1 1676.7193 1448.1281 0.9775

1 2 1150.0537 912.8843 0.9645

2 3 819.3563 576.3285 0.9581

3 4 44.1000 44.9900 0.9575

1 5 350.3140 357.2818 0.9693

5 6 140.0000 142.8300 0.9679

5 7 70.0000 71.4100 0.9685

1 8 114.1370 116.4298 0.9754

8 9 44.1000 44.9900 0.9747

2 10 254.5185 259.5123 0.9603

10 11 114.1458 116.4309 0.9577

11 12 44.1000 44.9900 0.9569

3 13 70.0000 71.4100 0.9567

3 14 562.2193 315.0499 0.9530

14 31 421.3393 171.5299 0.9508

31 32 60.0000 20.0000 0.9505

31 30 300.5130 130.4360 0.9474

30 29 240.2071 110.2126 0.9460

29 28 180.0663 90.0873 0.9452

28 27 120.0000 80.0000 0.9445

Número de Barras: 20

Potência Ativa (kW): 1676.7193

Potência Reativa (kvar): 1448.1281

Perda Ativa (kW): 66.8174

Perda Reativa (kvar): 62.6677

Page 116: Modelo de Dissertação - Univali

115

Perda Ativa (%): 4.06

Número de Iterações: 5

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alimentador 15 - Contingência

De Para P Q VPU

15 16 1673.6828 829.3060 0.9990

16 17 1207.9554 605.9708 0.9950

17 18 180.0091 110.0046 0.9946

18 19 60.0000 30.0000 0.9944

16 33 360.8174 160.7744 0.9985

33 34 270.1208 120.1468 0.9955

34 35 180.0365 80.0483 0.9949

35 36 90.0000 40.0000 0.9944

17 37 935.2576 454.1441 0.9921

37 38 841.0520 400.8232 0.9865

38 39 420.0000 200.0000 0.9838

Número de Barras: 11

Potência Ativa (kW): 1673.6828

Potência Reativa (kvar): 829.3060

Perda Ativa (kW): 15.3754

Perda Reativa (kvar): 10.1689

Perda Ativa (%): 0.93

Número de Iterações: 4

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alimentador 48 - Contingência

De Para P Q VPU

48 49 1828.3233 1422.5133 0.9988

49 50 1725.5211 1375.9927 0.9924

50 51 1616.9858 1311.6458 0.9880

51 52 1518.8904 1267.5227 0.9836

52 53 1383.9225 1174.6017 0.9730

53 54 1320.7422 1134.0891 0.9678

Page 117: Modelo de Dissertação - Univali

116

54 55 566.1595 270.8230 0.9653

55 56 365.2120 170.1422 0.9626

56 57 165.0213 70.0071 0.9613

57 58 105.0062 50.0021 0.9612

58 59 45.0000 30.0000 0.9611

54 47 688.1185 838.9136 0.9625

47 46 626.0595 815.7122 0.9589

46 45 564.4244 773.8064 0.9564

45 44 351.1823 670.6022 0.9510

44 43 200.0000 600.0000 0.9495

Número de Barras: 16

Potência Ativa (kW): 1828.3233

Potência Reativa (kvar): 1422.5133

Perda Ativa (kW): 65.9278

Perda Reativa (kvar): 53.8409

Perda Ativa (%): 3.74

Número de Iterações: 5

Page 118: Modelo de Dissertação - Univali

117

APÊNDICE F – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA 16

BARRAS

Id Label Alimentador Quantidade_Consumidores Consumidores_Prioritarios Encargos

1 ali01 1 0 0 0

2 ali02 1 0 0 0

3 ali03 1 0 0 0

4 cons 0 0 0 0

5 cons 0 0 0 0

6 cons 0 0 0 0

7 cons 0 0 0 0

8 cons 0 0 0 0

9 cons 0 0 0 0

10 cons 0 0 0 0

11 cons 0 0 0 0

12 cons 0 0 0 0

13 cons 0 0 0 0

14 cons 0 0 0 0

15 cons 0 0 0 0

16 cons 0 0 0 0

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Linha Origem Destino Impedância Energia Chaveável

S1 1 4 0.125 2.0 1

S2 4 5 0.136014705 3.0 1

S3 4 6 0.201246118 2.0 1

S4 6 7 0.056568542 1.5 1

S5 5 11 0.056568542 1.0 1

S6 2 8 0.155563492 4.0 1

S7 8 10 0.155563492 1.0 1

S8 8 9 0.136014705 5.0 1

S9 9 11 0.155563492 0.6 1

S10 9 12 0.136014705 4.5 1

S11 10 14 0.056568542 1.0 1

S12 3 13 0.155563492 1.0 1

S13 13 15 0.136014705 1.3 1

S14 13 14 0.15 1.0 1

S15 15 16 0.056568542 2.1 1

S16 16 7 0.15 1.0 1

Page 119: Modelo de Dissertação - Univali

118

APÊNDICE G – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA 33

BARRAS

Id Label Alimentador Quantidade_Consumidores Consumidores_Prioritários Encargos

1 ali01 1 0 0 0

2 cons 0 30 0 200.000

3 cons 0 30 0 50.000

4 cons 0 446 0 0

5 cons 0 30 0 10.000

6 cons 0 54 1 140.000

7 cons 0 132 0 100.000

8 cons 0 30 1 110.000

9 cons 0 350 0 100.000

10 cons 0 37 1 100.000

11 cons 0 30 1 120.000

12 cons 0 70 0 10.000

13 cons 0 30 0 1.000

14 cons 0 1230 0 17.000

15 cons 0 30 1 100.000

16 cons 0 468 0 10.000

17 cons 0 30 0 23.000

18 cons 0 30 0 50.000

19 cons 0 30 0 0

20 cons 0 579 0 10.000

21 cons 0 390 0 118.000

22 cons 0 30 1 121.000

23 cons 0 30 0 35.000

24 cons 0 30 0 20.000

25 cons 0 50 0 1.000

26 cons 0 76 0 14.000

27 cons 0 30 0 5.000

28 cons 0 114 0 7.000

29 cons 0 30 0 11.000

30 cons 0 123 0 100.000

31 cons 0 423 1 160.000

32 cons 0 30 0 21.000

33 cons 0 120 0 12.000

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Linha Origem Destino Impedância Energia Chaveável

S1 1 2 0.103 1.0 1

S2 2 3 0.553 0.9 1

S3 3 4 0.411 1.2 1

S4 4 5 0.428 0.6 1

Page 120: Modelo de Dissertação - Univali

119

S5 5 6 1.082 0.6 1

S6 6 7 0.646 2.0 1

S7 7 8 0.749 2.0 1

S8 8 9 1.268 0.6 1

S9 9 10 1.28 0.6 1

S10 10 11 0.207 0.45 1

S11 11 12 0.394 0.6 1

S12 12 13 1.868 0.6 1

S13 13 14 0.895 1.2 1

S14 14 15 0.791 0.6 1

S15 15 16 0.924 0.6 1

S16 16 17 2.15 0.6 1

S17 17 18 0.93 0.6 1

S18 2 19 0.227 0.9 1

S19 19 20 2.025 0.9 1

S20 20 21 0.63 0.9 1

S21 21 22 1.175 0.9 1

S22 3 23 0.546 0.9 1

S23 23 24 1.144 4.2 1

S24 24 25 1.138 4.2 1

S25 6 26 0.228 0.6 1

S26 26 27 0.319 0.6 1

S27 27 28 1.412 0.6 1

S28 28 29 1.067 1.2 1

S29 29 30 0.57 2.0 1

S30 30 31 1.37 1.5 1

S31 31 32 0.477 2.1 1

S32 32 33 0.63 0.6 1

S33 8 21 2.828 1.0 1

S34 9 15 2.828 1.0 1

S35 12 22 2.828 1.0 1

S36 18 33 0.707 1.0 1

S37 25 29 0.707 1.0 1

Page 121: Modelo de Dissertação - Univali

120

APÊNDICE H – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA 66

BARRAS

Id Label Alimentador Quantidade_Consumidores Consumidores_Prioritários Encargos

1 ali01 1 0 0 0

2 cons 0 0 0 0

3 cons 0 0 0 0

4 cons 0 0 0 0

5 cons 0 0 0 0

6 cons 0 0 0 0

7 cons 0 0 0 0

8 cons 0 0 0 0

9 cons 0 0 0 0

10 cons 0 0 0 0

11 cons 0 0 0 0

12 cons 0 0 0 0

13 cons 0 0 0 0

14 cons 0 0 0 0

15 cons 0 0 0 0

16 ali02 1 0 0 0

17 cons 0 0 0 0

18 cons 0 0 0 0

19 cons 0 0 0 0

20 cons 0 0 0 0

21 cons 0 0 0 0

22 cons 0 0 0 0

23 cons 0 0 0 0

24 cons 0 0 0 0

25 cons 0 0 0 0

26 cons 0 0 0 0

27 cons 0 0 0 0

28 cons 0 0 0 0

29 cons 0 0 0 0

30 cons 0 0 0 0

31 cons 0 0 0 0

32 cons 0 0 0 0

33 cons 0 0 0 0

34 cons 0 0 0 0

35 cons 0 0 0 0

36 cons 0 0 0 0

37 cons 0 0 0 0

38 cons 0 0 0 0

39 cons 0 0 0 0

Page 122: Modelo de Dissertação - Univali

121

40 cons 0 0 0 0

41 cons 0 0 0 0

42 cons 0 0 0 0

43 cons 0 0 0 0

44 cons 0 0 0 0

45 cons 0 0 0 0

46 cons 0 0 0 0

47 cons 0 0 0 0

48 cons 0 0 0 0

49 ali03 1 0 0 0

50 cons 0 0 0 0

51 cons 0 0 0 0

52 cons 0 0 0 0

53 cons 0 0 0 0

54 cons 0 0 0 0

55 cons 0 0 0 0

56 cons 0 0 0 0

57 cons 0 0 0 0

58 cons 0 0 0 0

59 cons 0 0 0 0

60 cons 0 0 0 0

61 cons 0 0 0 0

62 cons 0 0 0 0

63 cons 0 0 0 0

64 cons 0 0 0 0

65 cons 0 0 0 0

66 cons 0 0 0 0

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Linha Origem Destino Impedância Energia Chaveável

S2 2 3 1.369 0.7 0

S1 1 2 1.831 0.441 0

S3 3 4 0.707 1.4 0

S4 4 5 2.321 0.441 0

S5 2 6 6.540 1.4 0

S6 6 7 1.184 1.4 0

S7 6 8 1.566 0.7 0

S8 2 9 4.053 0.7 0

S9 9 10 2.845 0.441 0

S10 3 11 3.224 1.4 0

S11 11 12 5.995 0.7 0

S12 12 13 4.053 0.441 0

S13 4 14 4.976 0.7 0

S14 4 15 1.433 1.4 0

S15 16 17 0.009 1.0 0

Page 123: Modelo de Dissertação - Univali

122

S16 17 18 0.243 0.9 0

S17 18 19 0.134 1.2 0

S18 19 20 0.145 0.6 0

S19 20 21 3.000 0.6 1

S20 21 22 0.035 2.0 0

S21 22 23 0.506 2.0 0

S22 23 24 1.061 0.6 0

S23 24 25 1.090 0.6 0

S24 25 26 0.039 0.45 0

S25 26 27 0.140 0.6 0

S26 27 28 3.000 0.6 1

S27 28 29 0.293 1.2 0

S28 29 30 0.349 0.6 0

S29 30 31 0.548 0.6 0

S30 31 32 1.662 0.6 0

S31 32 33 0.536 0.6 0

S32 17 34 0.027 0.9 0

S33 34 35 2.263 0.9 0

S34 35 36 0.168 0.9 0

S35 36 37 0.503 0.9 0

S36 18 38 0.204 0.9 0

S37 38 39 0.806 4.2 0

S38 39 40 0.803 4.2 0

S39 21 41 0.041 0.6 0

S40 41 42 0.081 0.6 0

S41 42 43 1.121 0.6 0

S42 43 44 3.000 1.2 1

S43 44 45 0.258 2.0 0

S44 45 46 0.949 1.5 0

S45 46 47 0.096 2.1 0

S46 47 48 0.116 0.6 0

S47 49 50 0.009 0.6 0

S48 50 51 0.243 0.9 0

S49 51 52 0.134 1.0 0

S50 52 53 0.145 0.9 0

S51 53 54 0.671 1.2 0

S52 54 55 0.035 0.6 0

S53 55 56 0.506 0.6 0

S54 56 57 1.061 2.0 0

S55 57 58 1.090 2.0 0

S56 58 59 0.039 0.6 0

S57 59 60 0.140 0.6 0

S58 60 61 3.000 0.45 1

S59 61 62 0.293 0.6 0

Page 124: Modelo de Dissertação - Univali

123

S60 62 63 0.293 0.6 0

S61 63 64 0.557 1.2 0

S62 64 65 1.662 0.6 0

S63 65 66 0.536 0.6 0

S64 15 32 3.000 0.6 1

S65 13 66 3.000 1.0 1

S66 55 48 3.000 1.0 1

Page 125: Modelo de Dissertação - Univali

124

APÊNDICE I – DADOS DE SIMULAÇÃO DO SISTEMA REAL

MAZ-10

Id Label Alimentador Quantidade_Consumidores Consumidores_Prioritários Encargos

1 maz10 1 0 0 0

2 cons 0 1 0 0

3 cons 0 1 0 0

4 cons 0 1 0 0

5 cons 0 1 0 0

6 cons 0 1 0 0

7 cons 0 1 0 0

8 cons 0 1 0 0

9 cons 0 1 0 0

10 cons 0 1 0 0

11 cons 0 1 0 0

12 cons 0 1 0 0

13 cons 0 1 0 0

14 cons 0 1 0 0

15 cons 0 1 0 0

16 cons 0 1 0 0

17 cons 0 1 0 0

18 cons 0 1 0 0

19 cons 0 1 0 0

20 cons 0 1 0 0

21 cons 0 1 0 0

22 cons 0 1 0 0

23 cons 0 1 0 0

24 cons 0 1 0 0

25 cons 0 1 0 0

26 cons 0 1 0 0

27 cons 0 1 0 0

28 cons 0 1 0 0

29 cons 0 1 0 0

30 cons 0 1 0 0

31 cons 0 1 0 0

32 cons 0 1 0 0

33 cons 0 1 0 0

34 cons 0 1 0 0

35 cons 0 1 0 0

36 cons 0 1 0 0

37 cons 0 1 0 0

38 cons 0 1 0 0

39 cons 0 1 1 613.92

Page 126: Modelo de Dissertação - Univali

125

40 cons 0 1 0 0

41 cons 0 1 0 0

42 cons 0 1 0 0

43 cons 0 1 0 0

44 cons 0 1 0 0

45 cons 0 1 0 0

46 cons 0 1 0 0

47 cons 0 1 0 0

48 cons 0 1 0 0

49 cons 0 1 0 0

50 cons 0 1 0 0

51 cons 0 1 0 0

52 cons 0 1 0 0

53 cons 0 1 0 0

54 cons 0 1 0 0

55 cons 0 1 0 0

56 cons 0 1 0 0

57 cons 0 1 0 0

58 cons 0 1 0 0

59 cons 0 1 0 0

60 cons 0 1 0 0

61 cons 0 1 0 0

62 cons 0 1 0 0

63 cons 0 1 0 0

64 cons 0 1 0 0

65 cons 0 1 0 0

66 cons 0 1 0 0

67 cons 0 1 0 0

68 cons 0 1 0 0

69 cons 0 1 0 0

70 cons 0 1 0 0

71 cons 0 1 0 0

72 cons 0 1 0 0

73 cons 0 1 0 0

74 cons 0 1 0 0

75 cons 0 1 0 0

76 cons 0 1 0 0

77 cons 0 1 0 0

78 cons 0 1 0 0

79 cons 0 1 1 613.92

80 cons 0 1 0 0

81 cons 0 1 0 0

82 cons 0 1 0 0

83 cons 0 1 0 0

Page 127: Modelo de Dissertação - Univali

126

84 cons 0 1 0 0

85 cons 0 1 0 0

86 cons 0 1 0 0

87 cons 0 1 0 0

88 cons 0 1 0 0

89 cons 0 1 0 0

90 hor13 1 1 0 0

91 cons 0 1 0 0

92 cons 0 1 0 0

93 cons 0 1 0 0

94 cons 0 1 0 0

95 cons 0 1 0 0

96 cons 0 1 0 0

97 maz11 1 0 0 0

98 cons 0 1 0 0

99 cons 0 1 0 0

100 cons 0 1 0 0

101 cons 0 1 1 613.92

102 cons 0 1 0 0

103 maz06 1 0 0 0

104 cons 0 1 0 0

105 cons 0 1 1 613.92

106 cons 0 1 1 613.92

107 cons 0 1 0 0

108 cons 0 1 0 0

109 cons 0 1 0 0

110 maz11 1 0 0 0

111 cons 0 1 0 0

112 cons 0 1 0 0

113 cons 0 1 0 0

114 cons 0 1 0 0

115 cons 0 1 0 0

116 cons 0 1 0 0

117 cons 0 1 0 0

118 cons 0 1 0 0

119 cons 0 1 0 0

120 cons 0 1 0 0

121 cons 0 1 0 0

122 cons 0 1 0 0

123 cons 0 1 0 0

124 hor15 1 0 0 0

125 cons 0 1 0 0

126 cons 0 1 1 613.92

127 cons 0 1 0 0

Page 128: Modelo de Dissertação - Univali

127

128 cons 0 1 0 0

129 cons 0 1 0 0

130 cons 0 1 0 0

131 cons 0 1 0 0

132 cons 0 1 0 0

133 cons 0 1 0 0

134 cons 0 1 0 0

135 cons 0 1 0 0

136 cons 0 1 0 0

137 cons 0 1 0 0

138 cons 0 1 0 0

139 cons 0 1 0 0

140 cons 0 1 0 0

141 cons 0 1 0 0

142 cons 0 1 0 0

143 cons 0 1 0 0

144 cons 0 1 0 0

145 cons 0 1 0 0

146 cons 0 1 0 0

147 cons 0 1 0 0

148 cons 0 1 0 0

149 cons 0 1 0 0

150 cons 0 1 0 0

151 cons 0 1 0 0

152 cons 0 1 0 0

153 maz09 1 0 0 0

154 cons 0 1 0 0

155 cons 0 1 0 0

156 cons 0 1 0 0

157 cons 0 1 0 0

158 cons 0 1 0 0

159 cons 0 1 0 0

160 cons 0 1 0 0

161 cons 0 1 0 0

162 cons 0 1 0 0

163 cons 0 1 0 0

164 cons 0 1 0 0

165 cons 0 1 0 0

166 cons 0 1 0 0

167 cons 0 1 0 0

168 maz09 1 0 0 0

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Linha Origem Destino Impedância Energia Chaveável

S1 1 2 0.0534 0 1

Page 129: Modelo de Dissertação - Univali

128

S2 2 3 0.0424 14.0 0

S3 3 4 0.0323 0 1

S4 4 5 0.0471 18.1 0

S5 5 6 0.0203 14.3 0

S6 6 7 0.0567 0 0

S7 7 8 0.0111 0 0

S8 8 9 0.0236 0 0

S9 9 10 0.0208 0 0

S10 10 11 0.056 15.4 0

S11 11 12 0.117 0 1

S12 12 13 0.0418 0 0

S13 13 14 0.0263 0 0

S14 14 15 0.0409 0 0

S15 15 16 0.0998 0 0

S16 16 17 0.0437 0 0

S17 17 18 0.0327 0 1

S18 18 19 0.0059 0 0

S19 19 20 0.0241 0 1

S20 20 21 0.0888 5.8 0

S21 21 22 0.0276 0 0

S22 22 23 0.0187 0 0

S23 23 24 0.0311 0 0

S24 24 25 0.0272 29.9 0

S25 25 26 0.0519 0 1

S26 26 27 0.026 0 0

S27 27 28 0.0578 3.9 0

S28 28 29 0.0437 0 0

S29 29 30 0.0357 8.3 0

S30 30 31 0.0508 0 0

S31 31 32 0.1549 0 0

S32 32 33 0.0892 0 1

S33 33 34 0.0828 16.5 0

S34 34 35 0.0368 0 0

S35 35 36 0.0319 0 0

S36 36 37 0.0657 0 0

S37 37 38 0.0682 0 0

S38 38 39 0.0687 8.5 0

S39 39 40 0.0256 0 0

S40 40 41 0.0433 16.8 0

S41 41 42 0.2009 15.8 0

S42 42 43 0.1839 0 0

S43 43 44 0.0505 2.3 0

S44 44 45 0.3103 0 0

S45 45 46 0.121 15.1 0

Page 130: Modelo de Dissertação - Univali

129

S46 44 47 0.1588 0 0

S47 47 48 0.0876 0 0

S48 48 49 0.0259 16.2 0

S49 48 50 0.1347 13.6 0

S50 41 51 0.1143 29.0 0

S51 51 52 0.2581 14.1 0

S52 52 53 0.2063 21.6 0

S53 53 54 0.1362 20.9 0

S54 39 55 0.1387 22.9 0

S55 55 56 0.2879 20.8 0

S56 56 57 0.2068 13.1 0

S57 38 58 0.1088 15.2 0

S58 58 59 0.2692 18.3 0

S59 59 60 0.2078 18.5 0

S60 37 61 0.1813 22.6 0

S61 61 62 0.2533 20.5 0

S62 36 63 0.1742 18.6 0

S63 63 64 0.214 22.0 0

S64 34 65 0.1988 0 0

S65 65 66 0.1196 0 0

S66 66 67 0.0216 10.6 0

S67 67 68 0.037 20.8 0

S68 67 69 0.0784 0 0

S69 66 70 0.1293 0 0

S70 70 71 0.3576 6.2 0

S71 71 72 0.0709 0 0

S72 71 73 0.3857 80.8 0

S73 73 74 0.0935 6.9 0

S74 73 75 0.7098 11.0 0

S75 33 76 0.1613 16.7 0

S76 32 77 0.0903 0 0

S77 32 78 0.0359 238.9 0

S78 78 79 0.0368 0 0

S79 30 80 0.0111 11.0 0

S80 28 81 0.1258 102.4 0

S81 27 82 0.0146 0 0

S82 25 83 0.1469 0 0

S83 83 84 0.1322 0 0

S84 84 85 0.0323 11.6 0

S85 85 86 0.0885 1.4 0

S86 85 87 16.323 0 0

S87 83 88 0.372 0 1

S88 88 89 0.3581 0 0

S89 89 90 0.0356 0 1

Page 131: Modelo de Dissertação - Univali

130

S90 89 91 0.0278 7.5 0

S91 23 92 0.0533 0 0

S92 21 93 0.1528 3.7 0

S93 93 94 0.1129 6.1 0

S94 94 95 0.1495 0 0

S95 20 96 0.1793 0 1

S96 96 97 0.0007 0 1

S97 96 98 0.0768 0 1

S98 98 99 0.0151 0 0

S99 99 100 0.0174 758.5 0

S100 100 101 0.0197 0 0

S101 100 102 0.0232 0 0

S102 102 103 0.0403 0 1

S103 102 104 0.4579 1374.4 0

S104 104 105 0.0182 1253.2 0

S105 104 106 0.4356 25.9 0

S106 19 107 0.3123 0 0

S107 19 108 0.0546 10.7 0

S108 108 109 0.0221 0 0

S109 109 110 0.0519 0 1

S110 108 111 0.1793 30.2 0

S111 111 112 0.0359 0 0

S112 18 113 0.0141 4.5 0

S113 113 114 0.0072 1.4 0

S114 113 115 0.0385 16.3 0

S115 18 116 0.0628 0 0

S116 116 117 0.1253 27.5 0

S117 117 118 0.2643 23.4 0

S118 16 119 0.0259 0 0

S119 119 120 0.1248 71.5 0

S120 15 121 0.018 19.1 0

S121 14 122 0.0297 22.6 0

S122 13 123 0.0534 0 0

S123 11 124 0.0181 0 1

S124 11 125 0.0563 25.1 0

S125 125 126 0.0273 15.4 0

S126 126 127 0.1428 0 0

S127 125 128 0.0587 22.6 0

S128 128 129 0.1048 0 0

S129 128 130 0.0698 16.6 0

S130 130 131 0.1352 0 0

S131 130 132 0.0723 14.6 0

S132 132 133 0.1396 16.8 0

S133 132 134 0.0325 0 0

Page 132: Modelo de Dissertação - Univali

131

S134 134 135 0.157 0 0

S135 135 136 0.0803 0 0

S136 135 137 0.3964 567.1 0

S137 137 138 0.0187 0 0

S138 137 139 0.1634 76.8 0

S139 139 140 0.0228 215.2 0

S140 139 141 0.0576 11.4 0

S141 9 142 0.1175 0 1

S142 142 143 0.0841 0 0

S143 143 144 0.0606 12.1 0

S144 144 145 0.0592 0 0

S145 144 146 0.0693 20.3 0

S146 146 147 0.0549 10.0 0

S147 146 148 0.0571 19.7 0

S148 144 149 0.1357 11.2 0

S149 143 150 0.0978 0 0

S150 150 151 0.0831 14.5 0

S151 151 152 0.0692 0 0

S152 151 153 0.0725 0 1

S153 8 154 0.0669 11.3 0

S154 154 155 0.1379 12.2 0

S155 155 156 0.1767 16.3 0

S156 154 157 0.0362 0 0

S157 157 158 0.0386 12.5 0

S158 158 159 0.1267 14.1 0

S159 158 160 0.1635 14.4 0

S160 160 161 0.1893 0 0

S161 5 162 0.0627 4.2 0

S162 162 163 0.0963 26.2 0

S163 162 164 0.0567 0 0

S164 164 165 0.1171 28.3 0

S165 165 166 0.0171 45.7 0

S166 165 167 0.2055 0 0

S167 3 168 0.0208 1.0 1