modelo de ação contra saques indevidos

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RMO Nº: 6317002942/2011 PROCESSO Nº: 0003914-65.2010.4.03.6317 ASSUNTO: DANO MORAL E/OU MATERIAL - RESPONSABILIDADE CIVIL CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL AUTOR: JOAO DURAES FERREIRA ADVOGADO: SERGIO GEROMES - OAB/SP Nº. 283238 RÉU: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL DISTRIBUIÇÃO: 11/06/2010 JUIZ FEDERAL: GILVANKLIM MARQUES DE LIMA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO Pelo MM. Juiz foi proferida a seguinte sentença: Trata-se de ação proposta por JOÃO DURAES FERREIRA contra a Caixa Econômica Federal, pedindo a condenação ao ressarcimento de danos materiais e morais. Diz o autor que verificou três saques em sua conta- poupança, no valor total de R$ 1.200,00, e afirma que os saques em sua conta foram indevidos, uma vez que não os reconhece. Afirma, ainda, que não cedeu o cartão para nenhuma outra pessoa e que estava trabalhando no momento da fraude. Logo, pediu a condenação da ré à restituição dos valores retirados de sua conta e a condenação ao pagamento de danos morais, diante dos transtornos sofridos. Em contestação, a Caixa Econômica pugna pela improcedência. DECIDO. Concedo os benefícios da justiça gratuita. Entendo indiscutível que a prestação de serviços bancários estabelece entre os bancos e seus clientes uma relação de consumo, nos termos do art. 3º, §2º, da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), ADIN 2591/DF e Súmula 297 do STJ. Aplica-se também a essa relação o disposto no artigo 14 dessa lei, segundo o qual “o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua função e riscos”.

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RMO N: 6317002942/2011PROCESSO N: 0003914-65.2010.4.03.6317ASSUNTO:DANO MORAL E/OU MATERIAL - RESPONSABILIDADE CIVILCLASSE:PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CVELAUTOR: JOAO DURAES FERREIRAADVOGADO: SERGIO GEROMES - OAB/SP N. 283238RU: CAIXA ECONMICA FEDERALDISTRIBUIO: 11/06/2010JUIZ FEDERAL: GILVANKLIM MARQUES DE LIMA

AUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTOPelo MM. Juiz foi proferida a seguinte sentena:

Trata-se de ao proposta por JOO DURAES FERREIRA contra a Caixa Econmica Federal, pedindo a condenao ao ressarcimento de danos materiais e morais.

Diz o autor que verificou trs saques em sua conta-poupana, no valor total de R$ 1.200,00, e afirma que os saques em sua conta foram indevidos, uma vez que no os reconhece. Afirma, ainda, que no cedeu o carto para nenhuma outra pessoa e que estava trabalhando no momento da fraude. Logo, pediu a condenao da r restituio dos valores retirados de sua conta e a condenao ao pagamento de danos morais, diante dos transtornos sofridos.

Em contestao, a Caixa Econmica pugna pela improcedncia.

DECIDO.Concedo os benefcios da justia gratuita.

Entendo indiscutvel que a prestao de servios bancrios estabelece entre os bancos e seus clientes uma relao de consumo, nos termos do art. 3, 2, da Lei 8.078/90 (Cdigo de Defesa do Consumidor), ADIN 2591/DF e Smula 297 do STJ. Aplica-se tambm a essa relao o disposto no artigo 14 dessa lei, segundo o qual o fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua funo e riscos.Alm disso, nos termos do art. 927, pargrafo nico, do Cdigo Civil, as instituies financeiras respondem independentemente de culpa, pelos danos causados em decorrncia do exerccio de sua atividade. Portanto, a responsabilidade civil das instituies financeiras por danos causados aos seus clientes de natureza objetiva - prescinde, portanto, da existncia de dolo ou culpa.

Trata-se da teoria do risco profissional, fundada no pressuposto de que o banco assume os riscos pelos danos que vier a causar a terceiros ao exercer atividade com fins lucrativos. Para essa teoria, basta o nexo causal entre a ao ou omisso e o dano para que exista a obrigao de indenizar. Assim, responde a instituio bancria pelo dano sofrido por seu cliente no recebimento do servio, independentemente da existncia de culpa do prestador.

Essa a regra de responsabilizao civil consumerista. O consumidor prova o dano e o nexo de sua causalidade entre esse dano e a conduta (ou omisso) do fornecedor; este, por seu eito, defende-se invocando uma das causas de formao da responsabilidade objetiva (conduta, dano e nexo) ou uma de suas causas excludentes (caso fortuito, fora maior ou culpa exclusiva do prejudicado) ou relativizadoras (culpa concorrente do prejudicado).

Desta forma, o prestador de servio, mormente aquele que atua em ramo em que h maior risco de danos e fraudes de seus consumidores, deve-se precaver de instrumentos aptos a fazer prova de uma das causas excludentes de sua responsabilidade civil objetiva.

Ademais, o Cdigo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 6, VIII, prev a possibilidade de inverso do nus probatrio quando, dada as circunstncias do fato posto em julgamento, tornar-se bastante difcil ou mesmo impossvel ao consumidor provar as suas alegaes. Por outro lado, ao fornecedor do bem ou servio, por ser o detentor dos elementos de controle da atividade, presume-se ser ele dotado de maiores possibilidade de impugnar, por meio de provas, as alegaes apresentadas pelo consumidor.

Na situao dos autos, entendo que deve ser aplicada a inverso do nus da prova. que parte autora praticamente impossvel comprovar que no foi ela quem efetivou o saque impugnado, especialmente quando se leva em considerao as fraudes que so constantemente praticadas em detrimento dos correntistas dos bancos, o que torna verossmil as alegaes por ela apresentadas. Caixa Econmica Federal, por outro lado, poderia, por meio de recursos tecnolgicos, como, por exemplo, a utilizao de cmeras de segurana, desconstituir a verso do demandante. No entanto, se no dispe de tal instrumento de prova, deve assumir o risco de sua atividade, razo pela qual considero como verdadeiras as alegaes da parte autora, no sentido de que no efetivou os saques verificados em sua movimentao financeira.

Neste sentido:

Direito processual civil. Ao de indenizao. Saques sucessivos em conta corrente. Negativa de autoria do correntista. Inverso do nus da prova. - plenamente vivel a inverso do nus da prova (art. 333, II do CPC) na ocorrncia de saques indevidos de contas-correntes, competindo ao banco (ru da ao de indenizao) o nus de provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. - Incumbe ao banco demonstrar, por meios idneos, a inexistncia ou impossibilidade de fraude, tendo em vista a notoriedade do reconhecimento da possibilidade de violao do sistema eletrnico de saque por meio de carto bancrio e/ou senha. - Se foi o cliente que retirou o dinheiro, compete ao banco estar munido de instrumentos tecnolgicos seguros para provar de forma inegvel tal ocorrncia. Recurso especial parcialmente conhecido, mas no provido. (RESP 200500311927; RESP - RECURSO ESPECIAL - 727843; Relator(a) Nancy Andrighi, STJ, Terceira Turma; DJ DATA:01/02/2006 PG:00553 RDDP VOL.:00040 PG:0014).

Consumidor. Saque indevido em conta corrente. Carto bancrio. Responsabilidade objetiva do fornecedor de servios. Inverso do nus da prova. - Debate referente ao nus de provar a autoria de saque em conta corrente, efetuado mediante carto bancrio, quando o correntista, apesar de deter a guarda do carto, nega a autoria dos saques. - Reconhecida a possibilidade de violao do sistema eletrnico e, tratando-se de sistema prprio das instituies financeiras, ocorrendo retirada de numerrio da conta corrente do cliente, no reconhecida por este, impe-se o reconhecimento da responsabilidade objetiva do fornecedor do servio, somente passvel de ser ilidida nas hipteses do 3 do art. 14 do CDC. - Inverso do nus da prova igualmente facultada, tanto pela hipossuficincia do consumidor, quanto pela verossimilhana das alegaes de suas alegaes de que no efetuara o saque em sua conta corrente. Recurso no conhecido. (RESP 200301292521; RESP - RECURSO ESPECIAL - 557030; Relator(a) Nancy Andrighi, STJ, Terceira Turma, DJ DATA:01/02/2005 PG:00542 RSTJ VOL.:00191 PG:00301).

CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. SAQUES IRREGULARES EFETUADOS EM CONTA CORRENTE. DANOS MATERIAIS RECONHECIDOS. DANOS MORAIS. OCORRNCIA. VALOR INDENIZATRIO DEVIDO. FIXAO. LITIGNCIA DE M-F. REEXAME DOS ELEMENTOS PROBATRIOS. IMPOSSIBILIDADE. SMULA 07/STJ. 1. Tendo o Tribunal a quo examinado, fundamentadamente, todas as questes suscitadas pelo recorrente, tanto em sede de apelao como em embargos (fls.141/144, 167/169), no h falar na ocorrncia de omisso e, pois, de ofensa ao art. 535, II, do CPC. 2. No pleito em questo, os saques irregulares efetuados na conta corrente do autor acarretaram situao evidente de constrangimento para o correntista (que, como reconhece, expressamente, o Tribunal "perdeu quase todo o seu dinheiro que tinha em sua conta corrente"), caracterizando, por isso, ato ilcito, passvel de indenizao a ttulo de danos morais. Segundo precedentes desta Corte, em casos como este, o dever de indenizar prescinde da demonstrao objetiva do abalo moral sofrido, exigindo-se como prova apenas o fato ensejador do dano, ou seja, os saques indevidos por culpa da instituio ora recorrida: "a exigncia de prova do dano moral se satisfaz com a comprovao do fato que gerou a dor, o sofrimento, sentimentos ntimos que o ensejam". Precedentes. 3. Com o fito de assegurar ao lesado justa reparao, sem incorrer em enriquecimento ilcito, fixo o valor indenizatrio por danos morais em R$3.000,00 (trs mil reais). 4. A pretenso do recorrente no sentido de que seja reconhecida a litigncia de m-f implicaria o revolvimento de elementos probatrios analisados nas instncias ordinrias, e sobre os quais o Tribunal a quo fundamentou sua deciso. Incidncia da Smula 07, desta Corte. 5. Recurso parcialmente conhecido e, nesta parte, provido. (RESP 200501893966; RESP - RECURSO ESPECIAL - 797689; Relator(a) Jorge Scartezzini, STJ, Quarta Turma, DJ DATA:11/09/2006 PG:00305).

Dessa forma, entendo que o prejuzo material ventilado pela parte autora e no desconstitudo pela Caixa merece ser prontamente reparado, mediante a devoluo do valor de R$ 1.200,00 devidamente atualizado pelos mesmos ndices de juros e correo monetria aplicvel aos depsitos em caderneta de poupana.DO DANO MORALO artigo 5, X, da Constituio da Repblica prev que so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao. Com isso, restou ultrapassada a concepo de que o dano moral no poderia subsistir sem a correspondente comprovao da ocorrncia de um dano natureza patrimonial.

O Cdigo Civil de 2002, em seu artigo 186, consolidou a independncia do dano moral no ordenamento jurdico brasileiro em relao ao dano material. De acordo com aquele dispositivo legal, comete ato ilcito aquele que violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, mediante ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia.

Logo, o dano moral no necessariamente provoca uma diminuio no patrimnio da vtima. possvel at mesmo a ocorrncia de uma acentuada leso de ordem moral, sem que ela tenha qualquer repercusso financeira em relao ao atingido. nesse contexto que Yussef Said Cahali definiu o dano moral como:

"a privao ou diminuio daqueles bens que tm um valor precpuo na vida do homem e que so a paz, a tranqilidade de esprito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade fsica, a honra e os demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimnio moral(honra, reputao, etc.) e dano que molesta a parte afetiva do patrimnio moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)"

Tambm so esclarecedoras as seguintes lies de Inocncio Galvo Telles:

"Dano moral se trata de prejuzos que no atingem em si o patrimnio, no o fazendo diminuir nem frustrando o seu acrscimo. O patrimnio no afectado: nem passa a valer menos nem deixa de valer mais. H a ofensa de bens de carter imaterial - desprovidos de contedo econmico, insusceptveis verdadeiramente de avaliao em dinheiro. So bens como a integridade fsica, a sade, a correo esttica, a liberdade, a reputao. A ofensa objectiva desses bens tem, em regra, um reflexo subjectivo na vtima, traduzido na dor ou sofrimento, de natureza fsica ou de natureza moral. Violam-se direitos ou interesses materiais, como se se pratica uma leso corporal ou um atentado honra: em primeira linha causam-se danos no patrimoniais, v.g., os ferimentos ou a diminuio da reputao, mas em segunda linha podem tambm causar-se danos patrimoniais, v.g., as despesas de tratamento ou a perda de emprego".

Com isso, verifica-se que o dano moral circunscreve-se violao de bens imateriais que, por sua natureza, so mais caros e importantes para o indivduo do que o seu patrimnio material. Tal se d porque a honra, o bom nome e o respeito que ele goza perante seus pares, uma vez lesados, so de mais difcil recuperao do que um bem material.

Esses direitos de natureza imaterial, denominados pelo Cdigo Civil de 2002 como direitos da personalidade, so to importantes para o indivduo que, de acordo com o artigo 11 daquele diploma legal, so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

Logo, o dano moral, por violar os bens to importantes, no pode deixar de ser prontamente reparado. Com isso, no se est defendendo o pagamento pela dor impingida a vtima, mas, ao contrrio, com a indenizao, procura-se mitigar o sofrimento ocasionado pela conduta ilcita, mediante a oferta de uma satisfao de ordem econmica ao lesado, ao mesmo tempo em que se imprime uma punio ao infrator.

Nesse contexto, no comungo do entendimento daqueles que defendem uma restrio cada vez mais acentuada na concesso de indenizaes a ttulo de dano moral. Isso porque entendo que tal postura somente fortalece aqueles que, confiantes nos baixos valores das indenizaes concedidas pelo Judicirio a ttulo de danos morais, no relutam em agir de forma a causar a maior violncia a que se pode expor o homem, que aquela na qual os seus direitos da personalidade so violados.

Assim, as indenizaes nos casos de danos morais no podem ser astronmicas, a ponto de enriquecer o lesado. Mas tambm no podem ser irrisrias de forma a demonstrar para o agente que cometeu o ato ilcito que pode continuar agindo sem receios de causar leso a direitos da personalidade de terceiros, uma vez que a penalidade a que estar exposto, caso pratique um dano moral, ser insignificante.

Portanto, necessrio que o juiz, ao dimensionar o valor da indenizao, leve em considerao diversas variveis, como a capacidade financeira do infrator, a dimenso do dano e as conseqncias potenciais dele em relao a vtima.

Dessa forma, preciso que se leve em considerao que alm de ser um lenitivo para a vtima, a indenizao pelo dano moral provocado precisa materializar uma clara punio para o infrator, no podendo, portanto, ser irrisria, a ponto de acabar estimulando a reiterao da conduta.

Na situao em anlise, entendo que o dano moral apontado pela demandante restou comprovado. que, consoante vem decidindo o Superior Tribunal de Justia, saques indevidos em conta bancria, por demonstrar falhas no sistema de segurana da instituio financeira, enseja a ocorrncia de dano moral. Nesse sentido, transcrevo a seguinte ementa de julgado:

Processual civil e civil. Agravo no recurso especial. Ao de reparao por danos morais e materiais. Ocorrncia de saques indevidos de numerrio depositado em conta poupana. Dano moral. Ocorrncia. - A existncia de saques indevidos em conta mantida junto instituio financeira, acarreta dano moral. Precedentes. Agravo no provido - destaquei. (AgRg no REsp 1137577/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/02/2010, DJe 10/02/2010).

Dessa forma, estando caracterizada a leso moral sofrida pela parte autora em razo dos saques indevidos verificados em sua conta bancria, cabe-me, agora, fixar o valor da indenizao devida.

Conforme j ressaltei, o valor da indenizao em caso de dano moral deve ser fixado de forma prudente, mediante a aferio de diversas variveis, a fim de no provocar o enriquecimento sem causa da vtima, no podendo, por outro lado, ser irrisrio, a ponto de perder a sua natureza punitiva.

Na situao dos autos, levando em considerao a capacidade econmica da demandada, bem como o abalo sofrido pela parte autora, que, sendo pessoa de poucas posses, viu-se subitamente sem acesso s parcas economias que possua, entendo ser razovel o valor de R$ 3.000,00 (trs mil reais) como indenizao pelo dano moral a que a requerida deu causa, devendo tal montante ser corrigido pela Taxa SELIC a partir da data da publicao desta Sentena, nos termos dos artigos 406 do Cdigo Civil e 161, 1 do Cdigo Tributrio Nacional c/c o artigo 13, da Lei n 9.065/1995.

DISPOSITIVO Posto isso, julgo PROCEDENTE o pedido, resolvendo o mrito da demanda, nos termos do artigo 269, I, do CPC para:

a) Condenar a Caixa Econmica Federal a restituir parte autora a quantia de R$ 1.200,00, indevidamente sacada de sua conta, devendo tal valor ser atualizado pelos mesmos ndice de correo monetria e juros aplicvel s cadernetas de poupana, desde as datas em que os saques indevidos ocorreram.

b)Condenar a Caixa Econmica Federal a pagar a autora a quantia de R$ 3.000,00 (trs mil reais) a ttulo de indenizao por danos morais devendo tal montante ser corrigido pela Taxa SELIC a partir da data da publicao desta Sentena, nos termos dos artigos 406 do Cdigo Civil e 161, 1 do Cdigo Tributrio Nacional c/c o artigo 13, da Lei n 9.065/1995.

Custas indevidas no primeiro grau de jurisdio deste Juizado Especial Federal. Saem os presentes intimados.

ltima atualizao (Sb, 12 de Fevereiro de 2011 02:36)

Protocolo: SAC BRB.

Att. Mnica.3082640/2011.Reclamao do saque no ter sado e ter contado como retirada.