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www.institutonacional.com.br Praça Marechal Deodoro, 356 Santa Cecília São Paulo S.P. Fone: (011) 3823-2222 Apresentação Saudações! Que bom que você começou a estudar com esta Apostila! Esta Apostila, composta de Unidades de Estudo, foi elaborada com o objetivo de orientá-lo e incentivá-lo a pesquisar em outros materiais. Qualquer dúvida que você tenha, procure o INED. A sigla INED significa Instituto Nacional de Educação a Distância, mas também pode ser: Interação Nacional Educação Democrática O nosso método é INÉDito!! Bons Estudos! Insista e não Desista!

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www.institutonacional.com.br Praça Marechal Deodoro, 356 Santa Cecília São Paulo S.P. Fone: (011) 3823-2222

Apresentação

Saudações!

Que bom que você começou a estudar com esta Apostila!

Esta Apostila, composta de Unidades de Estudo, foi elaborada com o objetivo de orientá-lo e incentivá-lo a pesquisar em outros materiais. Qualquer dúvida que você tenha, procure o INED.

A sigla INED significa Instituto Nacional de Educação a Distância, mas também pode ser: Interação

Nacional

Educação

Democrática

O nosso método é INÉDito!!

Bons Estudos!

Insista e não Desista!

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 2

Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005

Todos Direitos de edição reservados à:

Laudera Participações S/S Ltda. Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010

e-mail: [email protected] Site: www.institutonacional.com.br

Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.

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MÓDULO II • Economia e Mercados

• Matemática Financeira

• Noções de Relações Humanas e Éticas

• Problemas Socioeconômicos Contemporâneos

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16.0 5

Índice

Título Página

Economia e Mercados 01 – Conceito 09 02 – Objeto da Economia 10 03 – Divisão da Economia 10 04 – Conceitos em Economia 11 05 – O Produto da Atividade Econômica 12 06 – Obtenção dos Grandes Agregados Macroeconômicos 13 07 – O Sistema Econômico 14 08 – A Evolução da Teoria Microeconômica 16 09 – Lei da Procura 17 10 – Teoria Elementar da Produção 17 11 – Lei da Oferta 18 12 – O Mercado 18 13 – Determinação do Preço de Equilíbrio 19 14 – Padrão de Vida / Custo de Vida 19 15 – Inflação 20 16 – Moeda 21 17 – O Crédito e o Sistema Financeiro 22 18 – Sistema Monetário Internacional 22 19 – Contabilidade Nacional 23

Matemática Financeira 01 – Razão 27 02 – Proporção 27 03 – Regra de Três Simples 29 04 – Porcentagem 31 05 – Juros 32 06 – Montante 36 07 – Tabelas Financeiras 38

Noções de Relações Humanas e Éticas 01 – Conceito de Ética 47 02 – Visão Filosófica 47 03 – Objeto da Ética 47 04 – Código de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis 48 05 – Moral 51 06 – Significação Moral do Trabalho do Corretor de Imóveis 53

Problemas Socioeconômicos Contemporâneos 01 – O Espaço Brasileiro 57 02 – Mapa Mundi Político 58 03 – Posição Geográfica e Limites 58 04 – Brasil: Divisão Política e Regional 59 05 – Relevo 62 06 – Clima 62 07 – Vegetação 64

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08 – Hidrografia 65 09 – Aspectos Humanos 66 10 – Recursos Econômicos 69

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Economia

e

Mercados

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 8

Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005

Todos Direitos de edição reservados à:

Laudera Participações S/S Ltda. Rua Barão de Campinas, 769 – São Paulo – SP – CEP.: 01201-001

e-mail: [email protected] Site: www.institutonacional.com.br

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 9

CONCEITO A palavra economia vem do grego oikonomia, de oikos (casa), e nomos (administração). Ou seja, “administração da casa”, sendo que podemos entender como “casa”, nossa própria casa, uma empresa, os gastos públicos. Economia é uma ciência social, pois estuda basicamente a relação entre os indivíduos de uma sociedade e seus recursos disponíveis. Os recursos existentes em qualquer sociedade possuem uma certa escassez, ou seja, estes recursos possuem quantidades disponíveis que precisam servir a todos os indivíduos, portanto precisam ser economizadosSe os recursos não tivessem fim e existissem sempre em altíssima quantidade, não precisaríamos estudar como economizá-los, não haveria inflação e não precisaríamos nos preocupar em estudar economia, mas esta não é a nossa realidade!

.

A economia não existe sozinha, ela se interliga com outras ciências não só sociais, mas exatas e até mesmo biológicas. Para estudos econômicos levamos em consideração ocorrências históricas, políticas, geográficas, estatísticas, antropológicas, sociais, jurídicas, religiosas e o comportamento humano mais básico: o instinto de sobrevivência.

Inter-relacionamento da Economia com os demais ramos do conhecimento

1. Economia e Política A Economia existe há muito mais tempo do que é considerada ciência. No começo, no mundo grego e romano, era uma parte da política e da filosofia. Acreditava-se que a política estando estável, a economia também estaria. Foi com Adam Smith, em 1776, em seu livro “Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações” que a economia passou a ser vista como uma ciência merecedora de estudos particulares. Hoje é difícil estabelecer a ligação entre economia e política. Se por um lado a economia está subordinada ao regime político do país, por outro lado, às vezes, a estrutura política está subordinada ao poder econômico.

2. Economia e Sociologia ‘’A ordem Econômica harmônica é fator importante para que haja ordem social’’ (Confúcio). O homem é um animal social que visa a satisfação de suas necessidades, e sua limitação é a escassez dos recursos existentes na natureza, daí a economia ser uma ciência social, pois equilibra a vontade do homem à possibilidade de satisfazê-la.

Economia e Psicologia Social

: A Psicologia Social estuda o comportamento do Homem, portanto, liga-se à Economia que estuda a luta empreendida pelo homem para satisfazer as suas necessidades (ilimitadas), utilizando recursos escassos.

3. Ciência Econômica e Ciência Jurídica Todos os agentes visam o ganho e muitas vezes eles se atritam. É marcante o conflito permanente entre os agentes da ação econômica em face de seus interesses serem contraditórios. Apelou-se, portanto, para a Ciência Jurídica na solução dos litígios constantes causados pelo que chamamos de Racionalismo Econômico.

Racionalismo Econômico

4. Economia e Matemática

: Comportamento das empresas, de um lado, desejando a maximização de seus lucros e o comportamento dos consumidores, do outro, buscando obter a maior quantidade de bens com o mínimo de dispêndio.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 10

Apesar de ser uma ciência social, a economia lida com escassez, ou seja, limitações físicas. Para calcular a possibilidade de satisfação de determinada população com uma certa quantidade de recursos disponíveis aplicamos a matemática, a estatística, a probabilidade. Em economia temos funções e cálculos matemáticos que nos ajudam a prever acontecimentos com as variáveis econômicas (renda, produção, consumo, preço).

5. Economia e História O estudo da história é um forte aliado aos estudos econômicos. Ao analisar a história podemos encontrar ciclos econômicos que tendem a se repetir no futuro, colocando-nos em uma posição de previsão. Já acontecimentos econômicos podem alterar o rumo da história, por exemplo, o achado de ouro na América do Sul determinou sua colonização, a abundância de terra determinou a colonização Norte-Americana; em uma história mais recente, os ciclos do café, do cacau, do açúcar determinaram desenvolvimentos em determinadas regiões brasileiras.

6. Economia e Geografia Existem regiões geoeconômicas com estudos distintos e também ramos da economia que se dedicam a estudos de regiões específicas, como a economia urbana, economia rural, economia dos polos industriais.

OBJETO DA ECONOMIA ‘’O objeto de estudo da Economia é a atividade humana denominada econômica e dirigida no sentido de escolher, entre as várias alternativas, o que fazer com os recursos escassos existentes no mundo’’

DIVISÃO DA ECONOMIA Sistema Econômico: reunião dos diversos elementos participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade, organizados não só sob o ponto de vista econômico, mas também social, jurídico. É o conjunto de instituições jurídicas e sociais afins, em que são empregados certos meios técnicos, organizados em função de determinadas causas dominantes, para assegurar a realização do equilíbrio econômico. Microeconomia: Trata dos problemas do indivíduo e da empresa dentro do Sistema Econômico. Preocupa-se em estudar o consumidor individual que se dirige ao mercado com uma determinada renda para adquirir bens e serviços e também, a maneira como a empresa emprega os fatores de produção para obter o maior lucro possível. Macroeconomia: Estuda o conjunto dos consumidores de uma sociedade, assim como o conjunto de empresas desta mesma sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que influenciam o nível total de Renda e do Produto do Sistema Econômico. No geral, considera-se a economia do país. É a análise que procura garantir a manutenção do pleno emprego dos recursos disponíveis dos sistemas econômicos. Ocupa-se ainda das condições necessárias ao desenvolvimento econômico, bem como de seus significados, custos e benefícios. Procura também determinar as causas e os efeitos da inflação e das elevações gerais dos níveis de preço como um todo.

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CONCEITOS EM ECONOMIA

Necessidades Humanas

Necessidade, no sentido econômico, é o sentimento de privação de um bem externo que se tende a possuir. Podem ser: Individuais: precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivência dos indivíduos. Ex.: alimentação, habitação, higiene etc. Coletivas: são decorrentes da vida do indivíduo em sociedade. Ex.: educação, transporte coletivo, segurança etc.

Bens

Chama-se “BEM” toda coisa útil, capaz e própria, para satisfazer mediata ou imediatamente as necessidades do homem. Podem ser classificados:

• quanto à raridadeBens não econômicos ou livres: aqueles que existem em abundância na natureza e cuja

utilização pelo homem não é controlada (gratuita). Ex.: ar

:

Bens econômicos: aqueles escassos e que precisam ser produzidos pelo homem com esforço, tendo valor de troca.

Ex.: alimentos industrializados, vestuário, brinquedos, etc.

• quanto ao destinoBens de consumo: aqueles prontos para serem consumidos e que sofrem desgastes, quando

utilizados.

:

Ex.: combustíveis, remédios etc. Bens de Produção: aqueles empregados para a obtenção de outros bens. Ex.: aço

Um mesmo bem, dependendo de seu destino, pode ser de consumo ou de produção. Por exemplo, um ovo; podemos comprar um ovo como bem de consumo para consumi-lo em nossa refeição, ou o ovo pode ser um bem de produção para uma fábrica de bolos que necessita deste bem para fazer seu produto final.

• quanto à natureza Bens materiais: aqueles que ocupam lugar no espaço.

:

Ex.: lápis, giz, sapato, carro, casa Bens imateriais: aqueles que não têm matéria, são intangíveis. Ex.: serviços em geral (comunicações, comércio, financeiros)

Serviços são bens intangíveis e pessoais. Serviços

Utilidade econômica é a qualidade que tem os bens de corresponderem às nossas necessidades, de forma que:

Utilidade

- possuam as qualidades físicas necessárias (utilidade de forma) - estejam no lugar onde são necessários (utilidade de lugar) - estejam disponíveis enquanto for preciso (utilidade de tempo)

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 12

- estejam na posse da pessoa que deles necessita (utilidade de posse) A utilidade é o elemento fundamental do valor – se a coisa não é útil, não tem valor.

A noção de valor é de grande importância na economia. Valor

O conceito de valor pode ser dividido em:

• Valor de uso de um bem: capacidade que ele tem de satisfazer as necessidades de cada um.

Cuidado: É muito comum confundir-se o conceito de valor de uso com o conceito de utilidade.

• Valor de Troca: capacidade do bem de poder ser trocado por outro.

Preço

Valor dos Bens e Serviços expresso em moeda.

1. tipos de preço Convencional: determinado pela vontade dos contratantes. De concorrência: quando ficam fixados pelas alternativas da Oferta e da Procura. Legal: estabelecido por lei. Natural: remunera os gastos de produção, incluindo o lucro natural, podendo ser considerado

corrente ou vulgar. 2. Flutuação / Fatores de Preços

É aquela produzida pela Lei da Oferta e da Procura.

3. Fatores de Produção A agregação das unidades básicas de trabalho, capital, matéria-prima e, ainda, a tecnologia,

utilizadas para a confecção de um bem econômico é a Função da Produção.

Explicando melhor: a função da produção é combinar os fatores de produção, transformando-os em bens e serviços.

• Trabalho: medida do esforço humano na produção. Resumindo:

• Terra ou matéria-prima ou recursos naturais: tudo que economicamente pode ser aproveitado da natureza.

• Capital: reunião de bens (dinheiro, equipamentos, ferramentas e máquinas) de um sistema.

• Tecnologia: fator que estuda qual a melhor combinação para utilização dos demais recursos.

O PRODUTO DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Teoria Econômica

Para compreendermos melhor as implicações históricas sobre a economia e como esses fatos determinam as conclusões dos analistas e estudiosos, enunciamos alguns fatos de nossa história recente:

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Após a 1ª Guerra Mundial, vários países europeus recomeçaram suas atividades industriais, ocasionando para os Estados Unidos um excedente de produção. Caracteriza-se como excedente, o produto da economia de um país que não consegue ser absorvido internamente. Uma solução imediata seria a redução brusca dos níveis de atividade produtiva, acarretando crise econômica e social em curto prazo, reduzindo a lucratividade das empresas e conseqüentemente gerando desemprego. Nesta época, os Estados Unidos passaram a emprestar capitais excedentes a países carentes, para que pudessem comprar seus produtos. Ocorre que estes países começaram a adquirir máquinas e acessórios com vistas ao reequipamento de seu parque industrial. Com relação à produção agrícola americana, esta ficou estocada, criando grandes dívidas dos fazendeiros junto aos agentes financeiros. Na segunda metade de 1929, houve uma queda nas exportações americanas, acentuadas pela volta da Inglaterra e da França ao mercado internacional. Como consequência destes fatos, fazendas passaram a ser propriedades dos bancos; a redução da produção industrial aumentou o nível de desemprego, com a queda do emprego, caiu a renda, e consequentemente o consumo, generalizando-se séria crise econômico-social. O reflexo na Bolsa de Valores foi imediato: quinta-feira, dia 24 de outubro de 1929, foram colocadas à venda 13 milhões de ações. No dia 29 de outubro, deu-se o famoso ‘’crack’’ de Wall Street. Após a análise desta cronologia de fatos, chegamos à conclusão anunciada, na época do crack da Bolsa de Nova York, com muita precisão pelo economista, psicólogo e matemático John Maynard Keynes: ‘’o pleno emprego não é necessariamente o nível de equilíbrio da economia’’

Principais Agregados Econômicos

Com a divisão da economia em duas partes, o processo produtivo numa visão macroeconômica

passou a ser analisado através de três setores:

1. Primário: responsável pela extração, ligado a terra ou à natureza – (matérias-primas). 2. Secundário: responsável pela transformação - (indústrias) 3. Terciário: responsável pela distribuição de bens e serviços - (comércio em geral).

Cada um desses setores isoladamente forma uma agregação de fatores da produção, daí originando o aparelho produtivo.

OBTENÇÃO DOS GRANDES AGREGADOS MACROECONÔMICOS Valor Agregado: valor adicionado à economia, em cada estágio da produção. É a remuneração paga pelo uso dos fatores de produção que deverá equivaler à renda da economia. Valor Bruto: soma do valor agregado das diferentes fases do processo produtivo.

Aspectos Demográficos

• População Total de habitantes de determinado território nacional e de estrangeiros.

• Divisão da População A demografia também se preocupa com a população como elemento fundamental no fenômeno da produção, dividindo a população em duas partes:

- população dependente: aquela que não tem condições de oferecer força de trabalho e está compreendida entre 0-14 anos e acima dos 60.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 14

- população produtiva: parcela da população total que está em idade de trabalhar, ou seja, está inserida entre 15 ou 59 anos.

Convém salientar que a população produtiva

tem subdivisões, que são as seguintes:

1 - população inativa: parcela da população produtiva que, embora esteja em idade de trabalhar, não o faz, por exercer uma outra atividade não remunerada.

2 - população economicamente ativa: parcela da população total que, realmente, produz para o sistema, ou seja, parte da população economicamente ativa que está trabalhando.

3 - desempregados: parte da população produtiva que, embora tenha qualificação profissional e idade de trabalhar, não está inserida no mercado de trabalho.

O SISTEMA ECONÔMICO

Definição Reunião de diversos elementos que entram na produção de bens e serviços para satisfazer as necessidades da sociedade. Fatores de Produção:

1 - Trabalho (mão-de-obra) 2 - Terra (ou recursos naturais ou, ainda, matéria-prima) 3 - Capital (dinheiro, equipamentos).

Esses fatores devem ser organizados de tal maneira que sua combinação resulte na formação de um bem ou serviço (que é a função da produção). As instituições a que se dão estas combinações são conhecidas como: Unidades Produtoras. A produção econômica pode ser classificada em três categorias:

1. Bens e Serviços de Consumo: aqueles que satisfazem as necessidades das pessoas quando são consumidos no estado em que se encontram.

Ex.: alimentos, roupas, cinema, sapatos, serviços, diversos etc. . 2. Bens e Serviços Intermediários: são aqueles que sofrem transformação para atingir

sua forma definitiva.

3. Bens de Capital: destinam-se a aumentar a eficiência do trabalho humano no processo produtivo.

Ex.: torno mecânico, estradas etc.

COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO

O sistema econômico compõe-se de três setores fundamentais:

1 - Setor primário: onde acontecem todas as atividades de extração. Pode ser de origem animal, vegetal ou mineral.

2 - Setor secundário: responsável pela transformação. Neste setor, utiliza-se em maior quantidade, o fator de produção capital combinado com o trabalho

3 - Setor Terciário: distribuição de tudo o que foi produzido na economia. Basicamente é representado pelos estabelecimentos comerciais, bancos, escolas, serviços em geral etc.

.

Fluxos do Sistema Econômico

1 - Fluxo Real: constitui a Oferta da Economia, formada pelos bens e serviços produzidos no sistema e que também recebe o nome de Produto.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 15

2 - Fluxo Nominal ou Monetário: formado pelo pagamento que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo, também denominado renda. A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico; elas formam o Mercado, lugar onde se realizam as trocas. O termo Mercado

refere-se a todas as compras e vendas realizadas no Sistema Econômico, tanto de bens de consumo, intermediários e de Capital, como de Serviços.

Sistema Econômico Capitalista

Em um Sistema Capitalista, a maioria dos meios de produção é possuída de modo privado por indivíduos e por organizações, não pelo governo. Os indivíduos têm liberdade para vender seus recursos em quantidades que julgarem adequadas e pelo mais alto preço que puderem obter. Eles também têm liberdade para gastar sua renda a fim de comprarem bens e serviços que maximizem sua satisfação. A concorrência pura ou perfeita supõe a existência no Mercado de muitos vendedores e compradores, cada qual muito pequeno para influir no preço dos bens e serviços. As funções do governo são estritamente limitadas à posição para a defesa de alguns serviços básicos e à imposição de regras gerais

para protegerem as liberdades econômicas e políticas.

Nas Economias Modernas há aspectos importantes:

• uso de mão-de-obra especializada

, uma grande quantidade de equipamento de capital e tecnologia avançada para produzir bens e serviços com um mínimo de treinamento. divisão do trabalho

e especialização na produção, permitem grandes aumentos em produtividade. uso da Moeda

como um meio de facilitar as trocas.

Em uma economia de Escambo, cada indivíduo teria de procurar outros indivíduos que desejam o que ele deseja trocar (vender) assim como ter exatamente o que ele deseja comprar (através da permuta).

A Circulação do Sistema Econômico

Existem diversos comportamentos do mecanismo de preços em diferentes tipos de economia.

Em uma Economia de Livre Empresa

, somente as mercadorias pelas quais os consumidores estão dispostos a pagar um preço unitário suficientemente alto para cobrir o custo total da produção é que serão ofertadas pelos produtores. Pagando um preço mais alto, os consumidores podem induzir os produtores a aumentar a quantidade de mercadoria ofertada em qualquer período de tempo. Por outro lado, uma redução de preço resultará em uma redução na quantidade ofertada.

Em uma Economia Mista

, como a nossa, o governo (por intermédio de impostos, subsídios, suas próprias despesas etc.), modifica e, em alguns casos substitui a operação do mecanismo de preços como um meio de determinar o que deve ser produzido.

Em uma Economia Completamente Centralizada

, a autoridade central ou mais comumente o comitê de planejamento define exatamente o que produzir.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 16

A EVOLUÇÃO DA TEORIA MICROECONÔMICA O Consumidor é o agente econômico que necessita de bens e serviços para satisfazer as suas necessidades e a

Empresa é aquela que produz estes bens ou serviços.

A microeconomia é dividida em Teoria do Consumidor, que estuda o comportamento das pessoas quando compram bens e serviços, e a Teoria da Empresa,

que estuda o comportamento do empresário ao produzir os bens e serviços que serão vendidos aos consumidores.

A Unidade de um bem ou serviço é a sua qualidade de satisfazer as necessidades das pessoas. O consumidor, agindo racionalmente, tentará obter o máximo de utilidade a partir de sua renda, que é limitada. Esta renda também chamada de orçamento, será usada na aquisição de bens e serviços, denominada cesta de mercadorias. Teoria Cardinal Esta teoria afirma que a utilidade pode ser medida cardinalmente, em ‘’utis’’ e que a utilidade de um bem não era influenciada pelo consumo de outros bens. A utilidade total da cesta de mercadorias seria igual à soma das utilidades de cada bem. Teoria Ordinal Conhecida como Teoria Ordinal do Comportamento do Consumidor, considera que a utilidade é decorrente do consumo combinado e não individual dos bens. Além disso, a utilidade não é medida, mas sim, ordenada. Os economistas Edegeworth Antonelli, Fischer e Pareto, que deram forma à Teoria Ordinal, ao reconhecerem que o consumidor prefere alguns bens e serviços a outros, assimilaram que existe uma ordem de preferência ou prioridade, para qualificar a utilidade. Assim sendo, podemos dizer que um bem tem mais utilidade do que os outros, não se estabelece a quantidade de utilidade correspondente a cada um. Além da utilidade, devemos ressaltar como elementos determinantes na procura de um bem, a renda das pessoas e os preços dos bens.

CURVA DA DEMANDA B R$ 300

R$ 200 A 3 5 Q

A escala da demanda de um indivíduo mostra as quantidades de uma mercadoria que ele está disposto a comprar e pode comprar, em dado período de tempo, a vários preços alternativos. A representação gráfica de demanda dos indivíduos é sua Curva da Demanda.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 17

LEI DA PROCURA (DEMANDA)

Elasticidade-Preço da Demanda

A elasticidade–preço estabelece qual é reação dos consumidores em relação a um aumento ocorrido no preço de determinado bem. Sob o ponto de vista da elasticidade-preço, a demanda podem ser classificada como:

• Demanda com Elasticidade Unitária: bens cuja elasticidade-preço da demanda é igual a 1. • Demanda Inelástica: bens cuja elasticidade-preço da demanda é menor do que 1. • Demanda Elástica: bens cuja elasticidade-preço da demanda é maior do que 1.

Bens Substitutos e Bens Complementares

Os bens substitutos são aqueles que, do ponto de vista do consumidor, podem ser trocados no momento do consumo, proporcionando igual satisfação. Ex.: café substituído pelo chá, carne de vaca por carne de porco etc. Dois ou mais bens são considerados Complementares do ponto de vista do consumidor, quando precisam ser consumidos juntos, para que a satisfação do consumidor seja máxima. Ex.: pão com manteiga, arroz e feijão, etc.

Elasticidade Cruzada da Procura

A Elasticidade Cruzada da Procura mede as reações dos consumidores em relação à quantidade demandada de um certo bem, quando há variação no preço de outro bem. Estas reações derivam exatamente do estado de complementaridade ou de substituição dos produtos.

TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO

A teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta de mercado, com os produtores que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos. A produção pode ser definida como o processo que combina e transforma os fatores de produção adquiridos pela empresa, visando a criar bens e serviços que serão oferecidos ao mercado. Função da Produção É a relação técnica entre as quantidades empregadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou de serviço. Custos de produção Na produção, o empresário, ao adquirir os fatores de produção, efetua despesas para remuneração ou pagamento destes fatores. Os custos de produção são apurados pelo cálculo dos gastos dos empresários com os fatores de produção. Receita É a quantidade produzida, multiplicada pelo preço de mercado do bem. Lucro Elemento que estimula a atividade empresarial, é a diferença entre os custos de produção e a receita do empresário.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 18

Curva da Oferta Os economistas, ao estabelecerem uma relação entre quantidade ofertada de um bem e o seu preço de mercado, obtiveram uma Curva da Oferta. P B R$ 1.500,00 R$ 1.000,00 A 200 250 Q Lei da Oferta Quanto maior for preço de um bem, maior será a quantidade ofertada desse bem.

ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA A elasticidade-preço é a reação dos empresários às variações de preço de um determinado bem. Sob o ponto de vista da elasticidade-preço, a oferta pode ser classificada como: Oferta com Elasticidade Unitária: é a curva de oferta de bens, cuja resposta em termo de produção é proporcional à variação do preço do bem, sendo a elasticidade-preço da oferta igual a 1. Oferta Inelástica: é a curva de oferta de bens, cuja resposta em termos de produção é proporcionalmente menor do que a variação do preço do bem, sendo a elasticidade-preço menor do que 1. Oferta Elástica: é a curva de oferta de bens, cuja reposta em termos de produção é proporcionalmente maior do que a variação do preço do bem, sendo a elasticidade-preço maior do que 1.

O MERCADO Mercado é o encontro da Oferta com a Demanda. Classificação dos Mercados

1. Concorrência perfeita ou pura: exige um número grande de vendedores. O produto oferecido neste mercado é homogêneo.

2. Monopólio: apenas uma empresa vende um produto, para o qual não existem bons

substitutos. Ex. serviços exclusivos do governo como abastecimento de água, eletricidade etc.

3. Oligopólio: há um pequeno número de produtores. Os bens produzidos, apesar de

perfeitamente substituíveis entre si, são diferenciados, permitindo ao consumidor saber exatamente que empresa o produziu.

Ex.: indústria automobilística.

4. Cartel: é uma associação de produtores na qual as diversas empresas produtoras de um mesmo ramo fazem acordo sem perderem sua autonomia de operação e administração.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 19

As empresas reunidas no cartel, além de não praticarem concorrência entre si, concorrem com grande vantagem sobre as empresas situadas fora do cartel.

Ex.: OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Obs.: fazer Cartel é proibido por Lei!!!!

DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE EQUILÍBRIO

Já vimos que existem curvas representativas da oferta e da procura de um mercado, expressando uma relação entre preços e quantidades. Apesar disso, ao estudarmos isoladamente cada uma das curvas, não poderemos determinar a quantidade e o preço pelo qual cada bem será comprovado e vendido. Preço de Equilíbrio ou de Mercado é aquele cujo valor é igual tanto para a oferta como para a procura.

CIRCULAÇÃO A Circulação tem por objetivo a movimentação dos bens e serviços em direção ao consumo . Pode ser: a) Circulação Social: não há necessidade de movimentação material, havendo somente a transferência de propriedade. Ex: Imóveis e terrenos. b) Circulação Real: há transporte do bem. Ex: alimentos, sapatos, máquinas, etc.

CONSUMO Pode ser considerado como a fase final do processo econômico. a) Consumo Pessoal: consumo para a satisfação das necessidades dos consumidores, tanto por parte dos indivíduos como do governo. b) Consumo Empresarial: (privado e governamental) é caracterizado pela não utilização direta dos bens, mas o aproveitamento das matérias–primas pelas empresas industriais privadas ou estatais. Este aproveitamento é chamado de Consumo Reprodutivo ou Insumo.

Poupança

A parte da renda não consumida tem o nome de poupança.

Investimento

São os gastos realizados para aumentar a capacidade produtiva do sistema econômico. Trata-se da aplicação das empresas ou do governo, na aquisição de novos capitais. Os investimentos realizados por pessoas físicas, podem ser classificados como imobiliários (casas, apartamentos, terrenos) ou mobiliários (ações, títulos etc.). As variáveis que influenciam no nível de investimento são a liquidez, a rentabilidade como fator estimulante ao investimento e a propensão ao consumo, existente nas economias abertas, cujos bens de consumo são abundantes.

Padrão de Vida

É o grau de conforto em que vive uma classe de pessoas, em dado momento, em determinado local. Esse conforto pode ser medido pela soma de utilidades econômicas e serviços à disposição das pessoas, necessários a sua subsistência e bem-estar.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 20

Se houver um aumento na produção, proporcionalmente maior do que o aumento da população, a renda per capita também será maior; se este aumento for acompanhado de uma distribuição de renda mais igualitária, implicará num padrão de vida melhor.

Custo de Vida

Consequência do nível dos preços dos bens e serviços indispensáveis à população. No caso de um aumento generalizado de preços, sem um aumento proporcional nos salários, existirá fatalmente uma queda no poder aquisitivo das pessoas, resultando em queda do Padrão de Vida. Assim sendo, o Padrão de Vida e o Custo de Vida dependem um do outro. O custo de vida está condicionado a vários fatores, sendo o mais importante a Inflação.

A INFLAÇÃO

Definição e Medida da Inflação

A inflação é definida como uma situação em que há um ‘’aumento contínuo e generalizado de preços’’ isto a torna um processo e não um acontecimento isolado ou mesmo passageiro. Desta maneira, quando ocorre uma alta nos preços de determinados bens por um curto período de tempo, normalizando-se em seguida, não se caracteriza um processo inflacionário. Uma economia é inflacionada quando os preços aumentam continuamente e por um longo período de tempo. A inflação vem sendo medida através de diversos métodos. No nosso país, são muito utilizados os seguintes números-índices, que são fórmulas matemáticas indicadoras do percentual de aumento nos preços dos bens e serviços, num determinado período de tempo. Índice do Custo de Vida (ICV): mede a evolução dos gastos de família, com renda de até 5 salários mínimos, com as despesas realizadas para que ela supra suas necessidades básicas. Índice de Preços por atacado (IPA): considera a evolução dos preços no nível de comercialização do atacado. Índice da construção Civil (ICC): acompanha a evolução dos preços dos materiais, equipamentos e da mão-de-obra empregados na construção civil. Índice Geral de Preços (IGP): média ponderada dos índices anteriores, sendo que o IPA tem peso 6, o ICV peso 3 e o ICC peso 1. É a medida oficial da inflação no Brasil.

Consequências da Inflação

Dentre as principais podemos destacar: Efeito sobre a distribuição de renda. Efeito sobre a Balança Comercial. Diminuição de investimento pelas empresas, reduzindo a capacidade produtiva do sistema econômico. Inflação de Demanda: É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento do produto. Pode ser entendida como excesso de dinheiro na economia. Entretanto, para que a inflação possa ser identificada como de demanda, é necessário que a economia esteja próxima do pleno emprego.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 21

Para combater este tipo de inflação, o governo pode adotar duas medidas:

1. Política Monetária que se resume em medidas que visam a reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia.

2. Política Fiscal que consiste em medidas que objetivam diminuir a demanda através do aumento da carga tributária.

Inflação de Custos

Esta tem suas causas nas condições de oferta de bens e de serviços da economia; assim, a demanda permanece inalterada, enquanto aumentam os custos de produção que são repassados para os preços das mercadorias. Os oligopólios e monopólios estão associados à inflação: é o controle de preços.

Hiperinflação

Descontrole geral dos preços, processo em que a taxa de inflação aumenta indefinidamente ao longo do tempo.

Deflação

Contrário de inflação. Processo pelo qual os preços caem (variação negativa dos preços). Isto, ao contrário do que se possa pensar, não é bom, pois significa que o consumo e a produção estão caindo, o que conduz à recessão.

MOEDA Moeda é tudo aquilo que serve como meio de troca em um Sistema Econômico. No Sistema Bancário atual, o Banco Central, que é a autoridade máxima do sistema bancário do país, determina em lei a percentagem dos depósitos de um banco que pode ser emprestada ou empregada em qualquer negócio, devendo ficar como garantia ou lastro, o que é chamado de Encaixe.

As Funções da Moeda

A moeda pode ser usada em três funções distintas:

1 - Meio de Troca, ou Instrumento de Troca, ou Meio de Pagamento: a unidade monetária é usada para pagar os recursos econômicos por serviços prestados, passando assim, a ser o mecanismo para a distribuição final da produção de bens e de serviços.

2 - Reserva de Valor ou Padrão de Valor: a unidade monetária pode ser poupada, guardada no banco, em casa ou no bolso.

3 - Unidade de Valor ou Unidade de Conta: a unidade monetária é denominador comum para medir preços, custos, receitas e rendas. Para se dar valor a um bem ou serviço, usa-se a moeda. Exemplo: o valor de uma casa, de um carro, etc.

A oferta da Moeda Se, num dado período, a emissão for superior ao crescimento do produto, ou seja, se houver excesso de liquidez, podemos ter inflação.

Por outro lado, se o aumento na oferta da moeda for menor do que o crescimento do produto podemos ter, entre outras consequências, crise na economia, porque a falta de moeda também chamada crise de liquidez, dificulta as transações, prejudicando o Sistema Econômico, ocasionando queda do produto.

TAXA DE JUROS DE EQUILÍBRIO

É determinada no mercado monetário, no qual se encontram, a oferta e a demanda de moeda.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 22

O processo é idêntico ao que determina o preço de uma mercadoria de bens e de serviços, pois, a taxa de juros é o preço da moeda.

O CRÉDITO E O SISTEMA FINANCEIRO Crédito é a troca de um bem disponível, no momento, pela promessa de um pagamento, no futuro. O crédito não envolve apenas a troca de um bem, pois pode envolver também a troca de dinheiro pela mesma promessa de pagamento futuro, modalidade esta praticada pelo Sistema Financeiro. A operação de crédito envolve dois elementos:

- credor: pessoa que empresta a uma outra. - devedor: pessoa que deve efetuar o pagamento no futuro.

O Sistema Financeiro realiza a intermediação da moeda entre os agentes econômicos.

TAXA DE CÂMBIO

Se dois países que possuem moedas diferentes transacionam entre si, é necessário descobrir uma proporção de valor entre essas moedas, para que seja possível a troca de bens e de serviço pelas mesmas. Pelo fato de ser um preço, a taxa de câmbio é determinada pela oferta e pela procura de divisas.

BALANÇO DE PAGAMENTOS

A partir do momento em que um país começa a comercializar com outros, surge a necessidade de se estabelecer um controle sobre o fluxo de pagamento e recebimentos, realizados nas relações comerciais internacionais . Para realizar este controle e o de outros fluxos monetários existe o Balanço de Pagamentos, que é o registro contábil de todas as transações de um país com outros, em um determinado período de tempo .

SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL

Tem seu funcionamento dentro do esquema das taxas flutuantes de câmbio, que são determinadas no mercado de divisas pela oferta e pela demanda por moedas estrangeiras.

Termos Importantes

Taxa de câmbio: preço em moeda doméstica de uma unidade de moeda estrangeira. Sistema de Taxa de Câmbio Fixa: sistema em que as moedas domésticas e estrangeiras são fixadas. Sistema de Taxa de Câmbio Flexível: a taxa de câmbio flutua livremente para encontrar seu nível de equilíbrio na intercessão das curvas de demanda do mercado de divisas. Tarifa de Importação: imposto sobre importações. Termos de Troca: razão de intercâmbio comercial ou a taxa à qual uma mercadoria é trocada por outra . Vantagem Comparativa: capacidade de uma nação de produzir uma mercadoria a um custo relativamente baixo ou a um custo de oportunidade mais baixo que o de uma nação. Sistema monetário Internacional: conjunto de regras que definem o padrão dos pagamentos internacionais . Padrão Ouro sistema monetário no qual a unidade monetária de cada país está lastreada em ouro. Foi encerrado em 1973.

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16.0 ECONOMIA E MERCADOS 23

CONTABILIDADE NACIONAL

Termos Importantes

Depreciação: é o valor de mercado, do capital consumido de um produto corrente. Investimento Bruto (IB): soma de todo dispêndio do setor privado em novas instalações, máquinas e adições ao estoque durante um ano. Investimento Líquido (IL): soma do dispêndio bruto do setor privado, conforme acima, menos a depreciação. Produto Nacional Bruto (PNB): valor total de mercado de todos os bens finais e serviços produzidos em uma economia durante um ano, ao alcance da sociedade para seu consumo ou adição ao estoque de capital. Também chamado de PIB (Produto Interno Bruto) Produto Real: nas contas da renda nacional é a população agregada medida em unidades monetárias constantes. Renda Nacional: soma da renda dos (pagamentos) fatores de produção . Mede o custo, para a economia, a fim de obter o produto final durante um ano. Renda Pessoal: nas contas da renda nacional, é a soma de renda recebida pelas famílias durante um ano, antes do pagamento dos impostos pessoais. Renda Pessoal Disponível: nas contas da renda nacional é a soma da renda que as famílias têm para despender, depois do pagamento dos impostos pessoais.

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Matemática

Financeira

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Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 27

RAZÃO

Razão é o quociente entre dois números.

ou (lê-se: “x está para y”)

Na razão x y

, x é o antecedente e y é o consequente.

Exemplos:

1) Razão entre 20 e 5: 20 5

= 4

2) Razão entre 2 e 5:

2 = 0,4 5

RAZÃO ENTRE DUAS GRANDEZAS Para se estabelecer uma razão entre duas grandezas estas devem ser da mesma espécie.

Exemplo:

Razão entre 9 h e 1 dia: 1 dia = 24 h

9 h24 h

= 0,375

PROPORÇÃO Proporção é a relação de igualdade entre duas razões. ou (lê-se: “a está para b, assim como c está para d”) Em uma proporção, temos os seguintes termos: extremos a : b = c : d meios meios a = b d

c

extremos

x y

x : y

a = c b d

a : b = c : d

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 28

PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES

Numa proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos. meios a = b d

c

extremos

Exemplo: meios 3 = 5 15

9

extremos

3 . 15 = 5 . 9 45 = 45 Os produtos são iguais. Logo, é uma proporção. APLICAÇÃO DA PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES Aplicando a propriedade fundamental das proporções, podemos determinar o valor de uma incógnita (x) na proporção. Exemplo: 1) meios 3 = 15 5

x

extremos 15 x = 3 . 5 15 x = 15 x = 15 / 15 x = 1 2) meios x + 1 = 9 3

1

extremos 3 (x + 1) = 1.9

3 x + 3 = 9

3 x = 9 – 3

3 x = 6

x = 6 / 3

x = 2

b . c = a . d

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 29

NÚMEROS PROPORCIONAIS

a) NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Dois conjuntos são diretamente proporcionais quando a razão entre os números em correspondência é constante.

Exemplo:

A = {9, 18, 27, 36}

e B = {3, 6, 9, 12}

9 = 18 = 27 = 36 3 6 9 12

= 3

Essa razão (3) é chamada fator de proporcionalidade.

b) NÚMEROS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Dois conjuntos são inversamente proporcionais quando o produto entre os números em correspondência é constante.

Exemplo:

A = { 2, 4, 8, 16}

B = {40, 20, 10, 5}

2 . 40 = 4 . 20 = 8 . 10 = 16 . 5 = 80

Esse produto (80) é chamado fator de proporcionalidade. REGRA DE TRÊS SIMPLES É uma regra prática para resolver problemas que envolvem grandezas diretamente ou inversamente proporcionais.

a) REGRA DE TRÊS DIRETA Exemplo: Um automóvel percorreu 150 km em 3 h. Em quanto tempo o mesmo automóvel percorrerá 400 km? O problema envolve grandezas diretamente proporcionais, pois quanto mais quilômetros, mais horas o automóvel demorará. percurso (km)

tempo (h)

150 3 400 x

As grandezas são diretamente proporcionais (flechas no mesmo sentido)

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150 = 400 x

3

150 x = 400. 3

150 x = 1 200

x = 150

1 200

x = 8

R: O automóvel gastará 8 h para percorrer os 400 km.

b) REGRA DE TRÊS INVERSA

Exemplo:

Oito pedreiros constroem uma casa em 75 dias. Em quanto tempo 24 pedreiros construirão a mesma casa?

O problema envolve grandezas inversamente proporcionais, pois quanto mais pedreiros estiverem construindo a casa, menos dias levarão.

Pedreiros

8 75

tempo (dias)

24 x As grandezas são inversamente proporcionais (flechas em sentidos opostos). Antes de escrevermos a proporção, devemos deixar as flechas no mesmo sentido. Para isso, invertemos uma das grandezas.

Pedreiros

8 x

tempo (dias)

24 75

8 = 24 75

x

24 x = 8 . 75

24x = 600

x = 24

600

x = 25 R: Os 24 pedreiros gastarão 25 dias para construir a casa.

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 31

PORCENTAGEM

Dada uma razão qualquer, podemos facilmente encontrar uma razão equivalente de denominador 100, basta multiplicar por 100 (deslocar a vírgula por duas casas) o número encontrado na divisão.

Em vista desta facilidade de cálculo, que é uma propriedade resultante de nosso sistema de numeração em base 10, as razões expressas com denominador 100 são largamente utilizadas na matemática comercial.

Exemplo: Achar uma razão equivalente a 3/5 com denominador 100.

Resolução: 3/5 = 0,6 ⇒ 0,6 . 100 = 60

Resultado: 3/5 = 60 / 100

Porcentual ou Razão centesimal é a razão expressa como fração de denominador igual a cem. Uma razão centesimal é chamada pelo seu numerador e seguida pela expressão por cento. Por exemplo 0,15 = 15 / 100 dizemos ser 15 por cento.

Por cento ou % é uma maneira de se referir ao numerador da fração cujo denominador é 100.

Porcentagem ou percentual é apenas outra maneira de se escrever um número em notação centesimal. Nos cálculos matemáticos a porcentagem é sempre convertida em número decimal ou razão unitária.

Exemplos:

1. Suponha que um estádio seja construído para 65 000 torcedores. 10 000 lugares corresponderão às numeradas cobertas, 15 000 às numeradas descobertas e o restante às arquibancadas. Determine o percentual de cada um dos tipos de lugares a serem construídos no estádio.

Resolução: Cálculos: Respostas:

numeradas cobertas: 10 000 / 65 000 0,15384... ou 15,38% numeradas descobertas 15 000 / 65 000 0,23076... ou 23,08% número de lugares nas 65 000 – 10 000 – 15 000 40 000 lugares arquibancadas 40 000 / 65 000 0,61538... ou 61,54% 2. Achar 15% de 400.

15% de 400 = = 15 100

. 400 =

= 0,15 . 400 = = 60 Portanto, 15% de 400 é igual a 60.

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 32

JUROS

Juros é a remuneração que se paga ou que se recebe por uma quantia emprestada ou aplicação de um certo capital a uma taxa combinada por um período de tempo determinado.

Assim, por exemplo, ao emprestarmos certa quantia por um determinado espaço de tempo, costumamos cobrar uma certa importância, de modo que, no fim do prazo estipulado, tenhamos não só a quantia emprestada, como também um acréscimo, que compense a não utilização do capital por nossa parte, durante o período em que foi emprestado, bem como o risco que corremos durante este período.

TAXA DE JUROS

A taxa de juros, produzida ou cobrada, refere-se sempre a um determinado período de tempo (mês, semestre, ano, etc.). Representa a remuneração da unidade de capital, durante o período a que se refere a taxa ou ainda é o preço cobrado pela utilização da unidade de capital durante o período considerado.

A taxa de juros, indicada por i, é dada de duas formas:

Forma Percentual: 6%, 12%, 36%.

Forma unitária: 0,06; 0,12; 0,36;

Distinção entre Juros Simples e Composto O capital inicialmente empregado, denominado principal, pode crescer devido aos juros, segundo duas modalidades. Juro Simples é aquele produzido unicamente pelo capital inicial, não se somando a este para produzir juros do período seguinte.

J = juros C = capital i = taxa n = número de períodos

Importante: Homogeneidade entre o tempo e a taxa.

Deve-se notar que a fórmula J = C . i . n só pode ser empregada colocando-se o prazo de aplicação expresso na mesma unidade a que se refere a taxa considerada. Deste modo, quando a taxa de juros for ao ano (a.a.) e o tempo for meses (a) ou em dias (b), teremos:

a) J = Cin 12

(12 meses do ano)

b) J = Cin 360

(360 dias do ano)

J = C . i . n

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 33

Juro Exato e Juro Comercial Nas operações correntes, a curto prazo (Bancos Comerciais), onde usualmente é adotado o regime de juros simples, o prazo é expresso em dias. Conforme se considere o ano civil (365 dias) ou ano comercial (360 dias), o juro será dito juro exato ou juro comercial (ordinário), ficando as fórmulas respectivamente:

J = C . i . n (juro exato) J = C . i . n 365 360

(juro comercial)

Exemplo: Calcule os juros devidos a um capital de R$ 1 000,00 nas situações abaixo: Taxa Períodos Cálculo Juros 5% a.m. 5 meses 1 000 . 0,05 . 5 R$ 250,00 36% a.a. 1 ano 1 000 . 0,36 . 1 R$ 360,00 12% a.s. 3 meses 1 000 . 0,12 . 3/6 R$ 60,00 Cálculo de taxas de JS

Para se calcular a taxa correspondente a um juro, capital e período conhecidos, usamos a fórmula de juro simples convenientemente manipulada: Exemplo: Calcule as taxas correspondentes aos juros de R$ 240,00 sobre um capital de R$ 1 000,00 emprestado durante 2 meses: Resolução: i = J / (C . n) = 240 / (1 000 . 2) = 240 / 2 000 = 0,12 ou 12% a.m. Cálculo de período de JS

Para se calcular o período correspondente a um juro, capital e taxa conhecidos, usamos a fórmula de juro simples convenientemente manipulada: Exemplo: Calcule o período correspondente ao juro de R$ 320,00 sobre um capital de R$ 1 000,00 emprestado a uma taxa de 2% a.m.: Resolução: n = J / (C . i) = 320 / (1 000 . 0,02) = 320 / 20 = 16 meses. Cálculo de Capital

Para se calcular o capital correspondente a um juro, taxa e período conhecidos, usamos a fórmula de juro simples convenientemente manipulada:

i = J / (C . n)

n = J / ( C . i )

C = J / ( i . n )

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16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 34

Exemplo: Calcule o capital correspondente ao juro de R$ 250,00 emprestado a uma taxa de 2% a.m., durante 4 meses: Resolução: C = J / (i . n) = 250 / (0,02 . 4) = 250 / 0,08 = R$ 3 125,00 Entenda um pouco mais sobre juros simples, com a seguinte atividade resolvida: Solange precisou pedir emprestado R$ 5 000,00 para dar início a um pequeno negócio. Foi combinado que ela pagaria o total da quantia, após 6 meses, com juros simples de 5% ao mês (a.m.). Completando a tabela que representa a situação. Capital Tempo de Juros pagos a Juros (real) empréstimo cada mês acumulados (mês) 5 000,00 1 250,00 250,00 5 000,00 2 250,00 500,00 5 000,00 3 ? (250,00) ? (750,00) 5 000,00 4 ? (250,00) ? (1 000,00) 5 000,00 5 ? (250,00) ? (1 250,00) 5 000,00 6 ? (250,00) ? (1 500,00) Nesta transação comercial o capital é de R$ 5 000,00, a taxa de juros é de 5% a.m. (ao mês) e o tempo é de 6 meses. Observando a tabela dada, responda: a) Durante o tempo em que o dinheiro ficou emprestado o capital mudou? Não b) A quantia que se pagou em cada mês de empréstimo mudou? Qual é essa quantia? Não. A quantia é de R$ 250,00. c) Se Solange liquidasse a dívida em 4 meses, quanto ela pagaria de juros? E se fosse em 2 meses? Em 4 meses seriam R$ 1 000,00 e em 2 meses, R$ 500,00 d) A quantia que Solange pagará de juros é diretamente proporcional ao tempo em que o dinheiro ficará emprestado? Por quê? Sim, quando o tempo para pagar o empréstimo dobra, triplica, etc., os juros também dobram, triplicam, etc. e) Você viu o exemplo de uma situação que envolve juros acumulados. O que você entendeu por juros acumulados? A cada mês os juros devidos vão se somando. Como o combinado nessa transação comercial foi a regra dos juros simples, os juros pagos a cada mês não muda, pois o capital também não muda, como mostrou a tabela anterior. Juro Composto é aquele que a partir do segundo período financeiro é calculado sobre o Montante do período anterior. O juro é composto quando a cada período os juros são incorporados ao Principal e o novo Principal passa também a render juros. Veja situações em que foi estipulada a cobrança de juros compostos:

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 35

1) Se uma pessoa tomar emprestado R$ 2 000,00 e tiver de pagar o empréstimo no prazo de 3 meses, com juros compostos de 5% a.m., qual será o valor total a ser pago no prazo estipulado?

Capital

(reais)

Tempo

(mês)

Juros ao

mês (5%)

Juros acumulados

2 000 2 000 + 100 = 2 100 2 100 + 105 = 2 205

1 2 3

100 105 110,25

100 205

315,25

Terá de pagar R$ 2 315,25.

Observando a tabela dada, responda: a) O capital varia no decorrer do tempo? Sim. b) Como se calcula cada novo capital? Acrescentando ao capital os juros cobrados no mês anterior. c) A quantia que se cobra de juros ao mês varia? Caso responda afirmativamente, justifique. Sim. Pois o capital está sempre se modificando. 2) Suponha que duas pessoas tenham pego R$ 100,00 emprestados. Uma pagará em 4 meses com o sistema de juros simples e a outra também pagará em 4 meses no sistema de juros compostos, ambas com a mesma taxa de 10% a.m.

Capital

Juros simples Tempo (meses)

Juros

100,00 100,00 100,00 100,00

1 2 3 4

10,00 10,00

? (10,00) ? (10,00)

Total de juros a pagar no fim do período de 4 meses = R$ 40,00.

Capital

Juros compostos Tempo (meses)

Juros

100,00 ? (110,00) 121,00 ? (133,10)

1 2 3 4

10,00 11,00

? (12,10) ? (13,31)

Total de juros a pagar no fim do período de 4 meses = R$ 46,41.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 36

Discuta as principais diferenças desses dois tipos de cobrança de juros. Resposta possível: Os juros pagos em determinado tempo são menores quando o sistema de cobrança é de juros simples. No sistema de juros compostos, os juros aumentam mais, pois cobram-se juros sobre juros. Fórmula para cálculo de juros compostos

Aplicando a fórmula de juros compostos nas situações anteriores, temos:

1) J = C [ ( 1 + i ) n – 1 ]

C = 2 000

n = 3 m

i = 5% a.m.

( 1 + i ) n = 1,157625 (tabela de juros compostos)

J = 2 000 [ 1,157625 – 1 ]

J = 2 000 [ 0,157625]

J = R$ 315,25

2) J = C [ ( 1 + i ) n – 1 ]

C = 100

n = 4 m

i = 10% a.m.

( 1 + i ) n = 1,464100 (tabela de juros compostos)

J = 100 [ 1,464100 – 1 ]

J = 100 [ 0,464100]

J = R$ 46,41 MONTANTE Montante Simples Montante é a soma do Capital (Principal) com o juro relativo ao período de aplicação. Fórmula:

ou

ou

J = C [ ( 1 + i ) n – 1 ]

M = C+ J

M = C + C . i . n

M = C ( 1 + i . n )

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 37

Retomemos o problema do empréstimo de Solange:

Qual a quantia total que Solange terá de pagar no fim de 6 meses?

C = 5 000 J = 1 500 i = 5% a.m. = 0,05 n = 6 m M = C + J M = 5 000 + 1 500 M = R$ 6 500,00 ou M = C + C . i . n M = 5 000 + 5 000 . 0,05 . 6 M = 5 000 + 1 500 M = R$ 6 500,00 ou M = C ( 1 + i . n ) M = 5 000 ( 1 + 0,05 . 6 ) M = 5 000 ( 1 + 0,3 ) M = 5 000 ( 1,3 ) M = R$ 6 500,00

Montante Composto

1) Qual será o valor total a ser pago no prazo estipulado? Retomemos os problemas dos juros compostos:

M = C ( 1 + i )n

C = 2 000

n = 3 m

i = 5% a.m.

( 1 + i ) n = 1,157625 (tabela de juros compostos) M = 2 000 . 1,157625 M = R$ 2 315,25 2) Qual será o valor total a ser pago no sistema de juros compostos? M = C ( 1 + i )n

C = 100

n = 4 m

i = 10% a.m.

( 1 + i ) n = 1,464100 (tabela de juros compostos) M = 100 . 1,464100 M = R$ 146,41

M = C ( 1 + i )n

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 38

TABELAS FINANCEIRAS

JUROS COMPOSTOS

Fórmula para cálculo de Juros Compostos:

TABELA DE CONVERSÃO:

JUROS COMPOSTOS- VALORES DE ( 1+i ) n

N 1% 2% 3% 4%

01 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000

02 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600

03 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864

04 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858

05 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652

06 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319

07 1,072135 1,148685 1,229873 1,315931

08 1,082856 1,171659 1,266770 1,368569

09 1,093685 1,195092 1,304773 1,423311

10 1,104622 1,218994 1,343916 1,480244

11 1,115668 1,243374 1,384233 1,530454

12 1,126825 1,268242 1,425760 1,601032

13 1,138093 1,293606 1,468533 1,665073

14 1,149474 1,319479 1,512589 1,731676

15 1,160969 1,345868 1,557967 1,800943

16 1,172578 1,372786 1,604706 1,872981

17 1,184304 1,400241 1,652847 1,947900

18 1,196147 1,428246 1,702433 2,025816

J=C[( 1+i ) n –1]

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 39

19 1,208109 1,456811 1,753506 2,106849

20 1,220190 1,485947 1,806111 2,191123

21 1,232392 1,515666 1,860294 2,278768

22 1,244716 1,547979 1,916103 2,369919

23 1,257163 1,576899 1,973586 2,464715

24 1,269734 1,608437 2,032794 2,563304

25 1,282432 1,640606 2,093778 2,665836

30 1,347849 1,811261 2,427262 3,243397

36 1,430769 2,039887 2,898278 4,103932

48 1,612226 2,587070 4,132252 6,570528

60 1,816696 3,281028 5,891601 10,519624

72 2,047100 4,161139 8,400015 16,842257

N 5% 6% 7% 8%

01 1,050000 1,060000 1,070000 1,080000

02 1,102500 1,123600 1,144900 1,166400

03 1,157625 1,191016 1,225043 1,259712

04 1,215506 1,262476 1,310796 1,360488

05 1,276281 1,338225 1,402552 1,469329

06 1,340095 1,418519 1,500730 1,586874

07 1,407100 1,503630 1,605781 1,713824

08 1,477455 1,593848 1,718186 1,850930

09 1,551328 1,689478 1,838459 1,999004

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 40

10 1,628894 1,790847 1,967151 2,158925

11 1,710339 1,899298 2,104852 2,331639

12 1,795856 2,012196 2,252191 2,518170

13 1,885649 2,132928 2,409845 2,719623

14 1,979931 2,260903 2,578534 2,937193

15 2,078928 2,396558 2,759031 3,172169

16 2,182874 2,540351 2,952164 3,425942

17 2,292018 2,692772 3,158815 3,700018

18 2,406619 2,854339 3,379932 3,996019

19 2,526950 3,025599 3,616527 4,315701

20 2,653297 3,207135 3,86984 4,660957

21 2,785962 3,399563 4,140562 5,033834

22 2,925261 3,603537 4,430402 5,436540

23 3,071524 3,819749 4,4740530 5,871463

24 3,255100 4,048935 5,072367 6,341181

25 3,386355 4,291871 5,427432 6,848475

30 4,321942 5,743491 7,612255 10,062657

36 5,791816 8,147252 11,423942 15,968172

48 10,401269 16,393872 25,728906 40,210573

60 18,679182 32,987688 57,946426 101,257060

72 33,545132 66,377715 130,506450 254,982510

N 9% 10% 11% 12%

01 1,090000 1,100000 1,110000 1,120000

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 41

02 1,188100 1,210000 1,232100 1,254400

03 1,295029 1,331000 1,367631 1,404928

04 1,411581 1,464100 1,518070 1,578519

05 1,538624 1,610510 1,685058 1,762341

06 1,677100 1,771561 1,870414 1,978822

07 1,828039 1,949717 2,076160 2,210681

08 1,992562 2,143588 2,304537 2,476963

09 2,171893 2,357947 2,558036 2,778078

10 2,367363 2,593742 2,839420 3,105848

11 2,580426 2,853116 3,151757 3,478549

12 2,812665 3,138428 3,498450 3,895975

13 3,065804 3,452271 3,883280 4,363493

14 3,341727 3,797498 4,310440 4,887112

15 3,642482 4,177248 4,784589 5,473565

16 3,970306 4,594972 5,310894 6,130393

17 4,327633 5,054470 5,895092 6,866040

18 4,717120 5,559917 6,543552 7,689966

19 5,141661 6,115909 7,263343 8,612761

20 5,604411 6,727499 8,062311 9,646293

21 6,108808 7,400250 8,949166 10,803848

22 6,658600 8,140275 9,933574 12,100310

23 7,257874 8,954302 11,026267 13,552347

24 7,911083 9,849732 12,239156 15,178629

25 8,623080 10,834706 13,585464 17,000064

30 13,267678 17,449402 22,892296 29,959922

36 22,251225 30,912680 42,818084 59,135574

48 62,585237 97,017238 149,796954 230,390776

60 176,031270 304,481630 524,057210 897,596920

72 495,117010 955,593780 1833,388300 3498,016100

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 42

n 15% 18% 20% 24%

01 1,150000 1,180000 1,200000 1,240000

02 1,322500 1,392400 1,440000 1,537600

03 1,520875 1,643032 1,728000 1,906624

04 1,749006 1,938777 2,073600 2,364214

05 2,011357 2,287758 2,488320 2,931650

06 2,313061 2,799554 2,985984 3,635215

07 2,660020 3,185474 3,583181 4,507666

08 3,059023 3,758859 4,299817 5,589507

09 3,517876 4,435454 5,159780 6,930988

10 4,045558 5,233835 6,191736 8,594425

11 4,652391 6,175926 7,430084 10,657087

12 5,350250 7,287592 8,916100 13,214788

13 6,152787 8,599359 10,699320 16,386338

14 7,075706 10,147244 12,839184 20,319059

15 8,137061 11,973748 15,407021 25,195633

16 9,357621 14,129022 18,488426 31,245585

17 10,761264 16,672246 22,186111 38,740805

18 12,375453 19,673251 26,623333 48,0385599

19 14,231771 23,214436 31,948000 59,567863

20 16,366537 27,393034 38,337600 73,864150

21 18,821518 32,323781 46,005120 91,591548

22 21,644746 38,142061 55,206144 113,573517

23 24,891457 45,007632 66,247372 140,831161

24 28,625176 53,0109006 79,496847 174,630639

25 32,918952 62,668627 95,396216 216,541993

30 66,211772 143,370638 237,376314 634,819933

36 153,151853 387,036802 708,801875 2307,706991

48 819,400712 2820,566547 6319,748715 30495,860181

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 43

60 4383,998700 20555,136890 56347,365490 402990,083540

72 23455,489270 149797,480120 502399,990070 5325511,507800

25% 30% 36% 40%

01 1,250000 1,300000 1,360000 1,400000

02 1,562500 1,690000 1,849600 1,960000

03 1,953125 2,197000 2,515456 2,744000

04 2,4411406 2,856100 3,421020 3,841600

05 3,051758 3,712930 4,652587 5,378240

06 3,814697 4,826809 6,327519 7,529553

07 4,768371 6,274852 8,605425 10,541350

08 5,960464 8,157307 11,703379 14,757890

09 7,450580 10,604499 15,916595 20,661047

10 9,313226 13,785849 21,646569 28,925465

11 11,641532 17,921604 29,439335 40,495651

12 14,551915 23,298085 40,037495 56,693912

13 18,189894 30,287510 54,450993 79,371477

14 22,737367 39,373764 74,053351 111,120068

15 28,421709 51,185893 100,712558 155,568095

16 35,527137 66,541661 136,969078 217,795334

17 44,408921 86,504159 186,277947 304,913467

18 55,511151 112,455407 253,338007 426,878854

19 69,388939 146,192029 344,539690 597,630396

20 86,736174 190,049638 468,573979 836,682554

21 108,420217 247,064529 637,260611 1171,355576

22 135,525271 321,183888 866,674481 1639,897806

23 169,406589 417,539054 1178,539054 2295,856929

24 211,758237 542,800770 1603,001028 3214,199700

25 264,697796 705,641001 2180,081398 4499,879580

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 MATEMÁTICA FINANCEIRA 44

30 807,793567 2619,995643 10143,019282 24201,432355

36 3081,487911 12646,218553 61180,146091 182225,556172

48 44841,550858 294632,676319 2569612,295996 10331079,714165

60 652530,336700 68644373,822753 10288083,687000 58570921,832000

72 9495565,211300 15992682,672000 41190911,253000 332061511,700000

Exemplo: C = 2000 n = 3m i=5% a.m. ( 1+i ) n = 1,157625 (valor encontrado na tabela) J = 2000 [ 1,157625 – 1] J = 2000 [ 0,157625 ] J= R$ 315,25

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Noções de Relações Humanas

e Éticas

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16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 46

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 47

1 – CONCEITO DE ÉTICA

Moral teórica ou ciência da moral, que procura determinar a finalidade da vida humana e os meios de atingi-la. A ética formula julgamentos de apreciação (julgamentos de valor), sobre os atos bons e maus. Princípio ordenador da sociedade.

2 –

Os princípios éticos incluem os valores do bem e do moral e, por essa razão, abrangem sempre os costumes, delineando posturas de determinados grupos sociais, que garantam a harmonia baseada na expressão de regra de conduta.

VISÃO FILÓSOFICA

Os princípios éticos procuram estabelecer uma convivência para a prática da justiça.

A Ética serve à organização de grupos sociais porque estabelece regras e princípios, sem os quais nenhum grupo ou sociedade se mantém.

Os atos éticos precisam ser conscientes, o que significa que cada um deve fazer do ato de seguir as regras do grupo, um ato voluntário

Nossas ações devem estar orientadas por uma postura de caráter, de acordo com o grupo em que vivemos, e, ao agirmos, temos de estar conscientes de nossas ações, tornando-nos responsáveis por elas.

. Se fizermos algo simplesmente por fazer, ou porque os outros fazem, nossos atos podem ser bons, mas, certamente não são éticos.

A Ética estabelece diretrizes para uma definição dos valores, formulando teorias, estabelecendo doutrinas e fixando princípios. Enfim, educando o indivíduo com os hábitos morais.

Toda ação do homem deve caminhar no sentido de respeitar a consciência e os valores do seu grupo.

Dentro de cada cultura podemos estabelecer os valores que vão definir os atos morais.

Dessa maneira podemos dizer que é ético:

• agir com consciência, justiça e compreensão;

• assumir com dignidade os erros;

• antes de agir, distinguir, dentre várias ações, a mais justa e oportuna.

3 –

Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si, surgem continuamente problemas. Os indivíduos se defrontam com a necessidade de pautar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de serem cumpridas. Essas normas são aceitas intimamente e reconhecidas como obrigatórias. De acordo com elas, os indivíduos compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Nestes casos, dizemos que o homem age moralmente e que neste seu comportamento, evidenciam-se vários traços característicos que o diferenciam de outras formas de conduta humana. Sobre este compromisso, que é o resultado de uma decisão refletida, e por isso, não puramente espontânea ou natural, os outros julgam de acordo também com normas estabelecidas, e formulam juízos como os seguintes:

OBJETO DE ÉTICA

‘’João

“Maria deveria denunciar o seu amigo traidor’’”.

agiu bem mentindo naquelas circunstâncias‘’, ou

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 48

Temos, pois, de um lado, atos e formas de comportamento dos homens em face de determinados problemas, que chamamos morais, e de outro, juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos.

Se na vida real, um indivíduo enfrentar uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo, com a ajuda de uma norma que reconhece e aceita intimamente.

4 –

O Código de Ética do Corretor de Imóveis está regulamentado pela Resolução COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) nº 326/92.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS CORRETORES DE IMÓVEIS

RESOLUÇÃO COFECI nº. 326/92

Aprova o Código de Ética Profissional dos Corretores de Imóveis, ‘’Ad-Referendum’’.

O Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis - COFECI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 10, item VII do Decreto n.º 81.871, de 29 de junho de 1978.

RESOLVE:

ART. 1º - Aprovar o anexo CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

ART . 2º- A presente resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições contrárias, especialmente as Resoluções- COFECI n.º 14/78 e 145/82. Brasília – DF, 25 de junho de 1992. WALDYR FRANCO LUCIANO Presidente RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

Art. 1º- Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional.

Art. 2º- Os deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento da técnica de transações imobiliárias.

Art. 3º- Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação ao exercício da profissão, à classe e aos colegas :

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 49

I - considerar a profissão como alto título de honra e não permitir a prática de atos que comprometam sua dignidade;

II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade;

III - manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando aprimorar o trabalho deste órgão;

IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e encargos que lhes forem confiados e cooperar com os que foram investidos em tais mandatos e encargos,

V - observar os postulados impostos por este Código, exercendo seu mister com dignidade;

VI - exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, observando as prescrições legais e regulamentares;

VII - defender os direitos e a reputação mesmo fora do exercício profissional.

VIII - Zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissional.

IX - Auxiliar a fiscalização do exercício profissional, cuidando do cumprimento deste Código, comunicando, com discrição e fundamentalmente, aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência;

X - Não se referir desairosamente sobre seus colegas;

XI - Relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios de consideração, respeito e solidariedade, em consonância com os preceitos de harmonia da classe;

XII - Colocar-se a par da legislação vigente e procurar difundi-la a fim de que seja prestigiado e definido o legítimo exercício da profissão;

Art. 4º- Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes;

I - inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo.

II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer os negócios.

III - Recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral;

IV - Comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou documentos a ele destinados;

V - Prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o negócio, contas pormenorizadas;

VI - Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente.

VII - Restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite;

VIII - Dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a qualquer título;

IX - Contratar, por escrito, e previamente, a prestação dos serviços profissionais;

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 50

X - Receber, somente de uma única parte, comissões ou compensações pelo mesmo serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento de todos os interessados, ou for praxe usual na jurisdição;

Art. 5º- O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência ou infrações éticas.

Art. 6º- É vedado ao Corretor de Imóveis:

I - aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às disposições vigentes, ou ainda que possam prestar-se à fraude;

II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei e em resoluções;

III - promover a intermediação com cobrança de ‘’over-price’’;

IV - locupletar-se, por qualquer forma, a custa do cliente;

V - receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que não correspondam a serviços efetiva e licitamente prestados;

VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou desprestígio para outro profissional ou para a classe;

VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis;

VIII - deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou intimações para instrução de processos;

IX - aplicar-se por qualquer forma com os que exercem ilegalmente atividades de transações imobiliárias;

X - praticar atos de concorrência desleal aos colegas;

XI - promover transações imobiliárias contra literal da lei;

XII - abandonar os negócios confiados a seus cuidados, sem motivo justo e prévia ciência do cliente;

XIII - solicitar ou receber do cliente favor em troca de concessões ilícitas;

XIV - deixar de cumprir prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade dos Conselhos, em matéria destes;

XV - aceitar incumbência de transação que esteja a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe prévio conhecimento, por escrito;

XVI - aceitar incumbência de transação sem contratar com o Corretor de Imóveis com quem tenha de colaborar ou substituir;

XVII - anunciar capciosamente;

XVIII - reter em suas mãos negócio, quando não tiver a probabilidade de realizá-lo;

XIX - utilizar sua posição para obtenção de vantagens pessoais, quando no exercício do cargo ou função em órgão ou entidades de classe;

XX - receber sinal nos negócios que lhe forem confiados caso não esteja expressamente autorizado tanto;

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 51

Art. 7º - Compete ao CRECI, em cuja jurisdição se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis, a apuração das faltas que cometer contra este Código, e a aplicação das penalidades previstas na legislação em vigor.

Art. 8º - Comete grave transgressão ética o Corretor de Imóveis que desatender na legislação dos artigos 3º I,V,VI e IX; 4º II,III, IV, V, VII,VIII, IX, X; 6º itens I, III, IV, V, VII, VIII, IX, X,XI,XII,XIII,XIX e XX, e transgressão de natureza leve ou que desatender preceitos deste Código.

Art. 9º - Às regras deste Código obrigam-se os profissionais inscritos nos Conselhos Regionais;

Art. 10 - As Diretorias dos Conselhos Federais e Regionais promoverão a ampla divulgação deste Código de Ética.

Brasília – DF, 25 de junho de 1992 WALDYR FRANCISCO LUCIANO Presidente RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário

5 – MORAL

Conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos numa comunidade social dada. O significado da moral, sua função e validade variam historicamente nas diferentes sociedades.

Conceito:

A moral só pode surgir, e efetivamente surge, quando o homem supera a sua natureza puramente natural, instintiva, e possui já uma natureza social, ou seja, quando já é membro de uma coletividade.

Origens da Moral

A relação de homem para homem, ou entre o indivíduo e a comunidade, é inseparável da outra vinculação que se manifesta, antes de tudo, no uso e fabrico de instrumentos, ou seja, no trabalho humano.

O trabalho do Corretor de Imóveis adquire, necessariamente, um caráter coletivo; fortalecimento da coletividade se transforma numa necessidade vital.

‘’Segundo a ética, um negócio só será considerado bom se satisfizer as duas partes, pois só será bom para você se for bom para outrem’’.

Uma ética profissional é baseada na responsabilidade pessoal. Somente quando um sujeito conhece uma norma, a interioriza e dispõe da possibilidade de cumpri-la, optando livremente entre várias alternativas, pode-se afirmar que está moralmente obrigado.

O fator pessoal é essencial na obrigação moral, mas este fator não pode ser separado das relações sociais que se agrupam em cada indivíduo e, portanto, esta obrigação não se pode explicar como algo estritamente individual, pois também possui caráter social.

O termo pode ser utilizado em dois sentidos:

Consciência Moral (Consciência ética)

• sentido geral, ou de consciência propriamente dita;

• sentido específico, que é a consciência moral.

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16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 52

Obrigação Moral e a Liberdade

A obrigação moral supõe necessariamente uma escolha

A obrigação moral de um Corretor de Imóveis deve ser assumida livre e internamente pelo sujeito e não imposta de fora. Se acontecer no último caso, estaremos diante de uma obrigação jurídica ou diante de outra pertencente ao trato social e não de uma ética profissional.

. Quando esta não pode verificar-se, como acontece nos casos de rígida determinação causal, externa ou interna, não é admissível exigir do agente uma obrigação moral, já que não pode cumpri-la.

Quando o indivíduo conhece as normas e tem possibilidade de cumpri-las está moralmente obrigado, porque pode fazer a escolha e não há uma rígida determinação causal. A escolha é do indivíduo, é a isto que chamamos ética.

Partindo da definição de que ’’a moral é um conjunto de normas, aceito livre e conscientemente, que regula o comportamento individual e social dos homens, “encontramos na moral dois planos”:

A essência da moral

• normativo: constituído pelas normas ou regras de ação e pelos imperativos que anunciam algo que deve ser.

• factual: ou plano dos fatos morais, constituído por certos atos humanos que se realizam e se efetivam, isto é, que são independentes de como pensamos que deveriam ser.

O normativo e o factual no terreno moral (a norma e o fato) são dois planos que podem ser distinguidos, mas não são completamente separados.

O trabalho implica o espírito de cooperação e nunca de competição ou concorrência. No trabalho, o indivíduo vive do valor e seriedade de sua palavra, a qual desenvolve sua capacidade criadora fazendo surgir um mundo de objetivos, nos quais concretizam seus fins e seus projetos, imprime seu vestígio ou marca como ser humano.

Significação Moral do trabalho do Corretor de Imóveis

Uma sociedade vale moralmente o que vale o trabalho como atividade propriamente humana. O corretor deve colocar os preceitos de ética profissional acima de seus interesses materiais, respeitando-os incondicionalmente.

Com o direito e a moral, o trato social cumpre a função de regulamentar as relações dos indivíduos.

Moral e o Trato Social

As regras do trato social, como as normas morais, apresentam-se como obrigatórias e o seu cumprimento é consideravelmente influenciado pelas opiniões dos demais.

Como acontece na moral, o trato social não conta com dispositivo coercitivo que possa obrigar a cumprir as regras ou normas, inclusive contra a vontade do sujeito.

As regras do trato social, como as do direito, não exigem o reconhecimento, a adesão íntima ou seu sincero cumprimento por parte do sujeito. Ainda que se possa dar à regra uma íntima adesão, o trato social constitui essencialmente um tipo de comportamento humano formal e exterior.

Resumindo: o trato social constitui um comportamento normativo que procura regular, formal e exteriormente, a convivência dos indivíduos na sociedade, mas sem o apoio da convicção e adesão íntima do sujeito (características da moral) e sem a imposição do cumprimento das regras (inerentes no direito).

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 53

6 – SIGNIFICAÇÃO MORAL DO TRABALHO DO CORRETOR DE IMÓVEIS

Síntese dos princípios morais que regem o exercício de qualquer profissão liberal.

Ética Profissional

Seu objetivo é conduzir à observância de uma série de normas de caráter ético, promulgadas pelas respectivas associações de classes, visando a pautar a conduta moral humana, relacionada com o exercício da profissão escolhida.

De um modo geral o código de ética de cada profissão enumera o que pode e não pode ser feito. O exercício profissional deve estar também respaldado por uma série de normas baseadas em princípios éticos universais.

- Atuar sempre à luz da verdade.

Deveres do Profissional

- Possuir vocação e preparação adequadas para o exercício de atividade profissional e trabalhar por seu enaltecimento.

- Desenvolver ao máximo seu sentido de responsabilidade.

- Guardar absoluta lealdade, correção e seriedade nas relações com seus superiores, colegas e demais colaboradores.

- Procurar o culto de suas atividades e conhecimentos, a fim de que seu trabalho seja executado no mais alto nível de rendimento.

- Atender com esmero, pontualidade, discrição e zelosa diligência as funções de seu cargo.

- Demonstrar uma conduta inatacável em todos os seus atos públicos e privados, para gozar da confiança da sociedade e dar o necessário prestígio à sua profissão.

- Nunca preterir seu julgamento pessoal aparente à boa marcha da empresa.

- Impedir que, por parte de seus superiores, criem-se favoritismo.

- Ter consciência de que sua responsabilidade é de caráter rigorosamente individual.

- Não descuidar nem abandonar o cargo por obrigação moral, informar-se, quanto lhe seja possível, de todos os assuntos relativos à sua profissão.

- Praticar a amizade como um fim e não como um meio.

- Ter sempre suas obrigações de cidadão para com a nação.

Em suma, o profissional deve cimentar sua reputação com honradez, trabalho e capacidade profissional, observando as regras da ética.

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16.0 NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICAS 54

- Utilizar-se de informações e influências ganhas na posição;

Constituem faltas contra a dignidade do trabalho:

- realizar diretamente ou por outra pessoa em qualquer forma, questões encaminhadas a desfazer ou substituir a um colega ou oferecer seus serviços ou prestá-los a menor preço, para impedir que se encarregue dele outra pessoa;

- negar-se a prestar colaboração nas distintas dependências da entidade para a qual trabalha;

- prestar serviço de forma deficiente, demorar injustamente sua execução ou abandonar sem causa alguma o trabalho que lhe foi solicitado;

- delegar a outras pessoas a execução de trabalhos estritamente confidenciais que lhe tenham sido solicitados;

- fomentar a discórdia;

- usar tráfico de influência;

- rechaçar a colaboração na execução de determinado trabalho, quando se fizer necessário;

- não prestar ajuda aos companheiros;

- observar com os companheiros a conduta egoísta na transmissão de conhecimentos;

- fazer publicações indecorosas e inexatas, insinuações malévolas com tendência a infundir dúvidas sobre e a realização de questões para desfazer ou substituir um colega;

Mais do que em outras profissões, o Corretor de Imóveis necessita de uma habilidade essencial:

A HABILIDADE DE SE RELACIONAR!

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Problemas

Socieconômicos

Contemporâneos

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16.0 PROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS CONTEMPORÂNEOS 56

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16.0 PROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS CONTEMPORÂNEOS 57

O Espaço Brasileiro deve ser conhecido em suas características e implicações para que, no seu desempenho, você possa orientar melhor seus clientes, compreendendo causas e efeitos das nuances regionais brasileiras.

1 - O ESPAÇO BRASILEIRO

A área do globo terrestre é de 509.925.000 Km2, sendo que a maior parte dele é coberta de água ( ¾ do total), constituindo os oceanos e mares.

O restante, corresponde às terras que estão acima do nível do mar, que formam os continentes e as ilhas.

O espaço territorial brasileiro é bastante vasto e rico em recursos naturais para abrigar uma grande extensão territorial do país, devemos levar em conta que:

• O relevo brasileiro é de modestas altitudes.

• Os recursos minerais, vegetais e energéticos com algumas exceções, existem em grande quantidade e variedade.

• As condições climáticas não chegam a oferecer maiores obstáculos à ação do homem.

Assim sendo, o estágio de desenvolvimento econômico e social em que o país se encontra atualmente não reflete as potencialidades de que o país dispõe.

O Brasil, com sua área de 8.514.215 Km2, ocupa o quinto lugar entre os países mais extensos (Rússia – Canadá – China – Estados Unidos) do globo. É nesta superfície que é exercida a soberania do país.

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MAPA MUNDI – POLÍTICO

POSIÇÃO GEOGRÁFICA E LIMITES

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O Brasil ocupa a posição centro-oriental do continente sul - americano, possuindo limites com quase todos os países da América do Sul exceto Chile e Equador. Os países que se fazem limite com o Brasil, de acordo com suas respectivas direções são:

• Norte: Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela.

• Noroeste: Colômbia

• Oeste: Peru e Bolívia

• Sudoeste: Paraguai e Argentina

• Sul: Uruguai

• Nordeste, leste e sudeste: Oceano Atlântico

DIVISÃO POLÍTICA DO BRASIL

A superfície do Brasil está politicamente dividida, ou seja, dividida em Estados.

As linhas que separam estas unidades políticas são chamadas fronteiras.

A República Federativa do Brasil compreende um total de 27 unidades político-administrativas, que correspondem a 26 Estados e 01 Distrito Federal, onde se localiza Brasília, a capital do Brasil.

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DIVISÃO REGIONAL

O Brasil é um país oficialmente dividido em cinco grandes regiões geográficas.

Região Geográfica: é uma área que apresenta um conjunto de semelhanças físicas (relevo, clima, vegetação, hidrografia e aspectos humanos parecidos, densidade demográfica, nível econômico, costumes, tipos étnicos predominantes, grau de desenvolvimento industrial e agrícola etc.).

REGIÃO NORTE

É formada por: Amazonas, Pará, Acre, Rondônia Tocantins (criado em 1988), Roraima e Amapá

Esta região é a mais extensa e também a que apresenta menores índices de ocupação humana, 03 habitantes/km².

(3.858.502 Km²). É a mais extensa das cinco regiões.

Caracteriza-se por um clima quente e úmido, relevo modesto, florestas densas e extensas, poucas cidades, estradas e produção.

REGIÃO CENTRO-OESTE

Formada por: Mato-Grosso, Mato-Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal

Possui grandes áreas de topografia suave, vegetação arbustiva, população em rápido crescimento (1.602.133 Km²). Economicamente a região está em expansão, principalmente por atividades agrícolas e pecuárias modernas.

. É a segunda maior em extensão.

REGIÃO NORDESTE

Formada por: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia

Possui população numerosa, sendo a segunda região mais populosa, com baixa produção e consumo.

(1.548.672Km²).

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Apresenta os maiores problemas de ordem socioeconômica face às inconstâncias climáticas do sertão, constantemente assolado por períodos de estiagem prolongada, provocando o êxodo da população para outras regiões do país.

REGIÃO SUDESTE

Formada por: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo

A região caracteriza-se por um relevo de altitudes médias, população numerosa e de alto nível, desenvolvimento elevado, maior número de cidades, estradas, produção agrícola e industrial importantes.

(924.935Km²).

Nesta região situam-se as metrópoles nacionais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

REGIÃO SUL

Formada por: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

A região se caracteriza por seu clima suave, altitudes médias, população numerosa e na maior parte de origem europeia. Produção agrícola desenvolvida e diversificada. É a segunda região mais industrializada do país.

(577.723Km²).

Divisão Geoeconômica: fatores sociais, históricos e econômicos podem ser utilizados para estabelecer regiões geoeconômicas; os limites regionais não são os mesmos dos limites estaduais. As características socioeconômicas e naturais podem ultrapassar as fronteiras dos estados.

O Brasil divide-se em três grandes regiões geoeconômicas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul.

Amazônia: abrange o domínio da floresta amazônica brasileira e a maior parte do território é desabitado. Nos últimos tempos o povoamento dessa região vem crescendo. Atualmente grandes projetos agropecuários e de mineração vêm sendo desenvolvidos na região. Ela é considerada a principal fonte de recursos naturais do país, onde se encontram as novas áreas agrícolas brasileiras. Abrange os Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, norte do Tocantins

Nordeste: abrange os

, a maior porção do estado do Mato Grosso e a parte oeste do Maranhão.

Foi a primeira área ocupada por europeus no período colonial. Com grandes diferenças naturais e socioeconômicas entre o litoral e o interior, é a região que possui uma economia pouco desenvolvida em relação à região.

Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, parte do Maranhão e da Bahia, norte de Minas Gerais.

Centro-Sul:

Nesta região concentra-se a maior parte da produção agropecuária e industrial do país. É a região geo - econômica mais populosa e urbanizada, em consequência, a maior parte dos ambientes naturais estão transformados pela ação humana.

abrange o sul de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, parte do oeste da Bahia, sul do Mato Grosso, minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

ESTRUTURA GEOLÓGICA

Escudos Antigos: rochas muito antigas.

Neles estão concentrados importantes minerais. Dentre os vários tipos de minerais podemos destacar ouro, ferro, manganês, bauxita e estanho.

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Bacias Sedimentares: terrenos mais recentes. Destacam-se o

RELEVO

carvão mineral, o petróleo e o xisto betuminoso.

O Brasil possui relevo de altitudes baixas. Isto ocorre por que:

• o território brasileiro possui uma estrutura geológica antiga e, assim sendo, foi bastante desgastada pela erosão.

• Não houve formação de cadeias montanhosas ou dobramentos modernos, em decorrência do Brasil encontrar-se no centro de uma placa tectônica.

A área de planalto ocupa 75% do país e as planícies os 25% restantes, segundo o professor Aziz Ab’ Saber, no final da década de 50.

Existem duas grandes áreas de planalto no Brasil:

O planalto das Guianas, situado no norte da Planície Amazônica e o Planalto Brasileiro, ao sul da Planície Amazônica.

O Planalto das Guianas, na fronteira do Brasil com as Guianas e a Venezuela abrange terras dos estados de Roraima, Amapá, Amazonas e Pará; encontramos reservas consideráveis de manganês na região da Serra do Navio (Amapá).

Neste planalto está o pico culminante do Brasil: o Pico da Neblina com 3014,1m.

O Planalto Brasileiro divide-se em três partes:

A - Planalto Central: compreendendo principalmente as terras de Mato Grosso e Goiás.

B - Planalto Atlântico: próximo ao Oceano Atlântico, abrangendo as terras brasileiras desde o Rio Grande do Sul até o Nordeste.

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C - Planalto Meridional: abrangendo as terras mais interioranas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, devido à decomposição do basalto (rocha vulcânica) deu origem à terra-roxa, solo de maior fertilidade natural do país.

As mais importantes planícies do Brasil são:

a- Planície Amazônica: situada entre o Planalto das Guianas e o Brasileiro. É a maior área de terras baixas do Brasil. Cortada pelo rio Amazonas e seus afluentes, formando a maior bacia hidrográfica do país e do mundo.

b- Planície do Pantanal: ocupa a parte oeste do Mato Grosso do Sul, prolongando-se pelo Mato-Grosso, Paraguai e Bolívia. Cortada pelo rio Paraguai e seus afluentes que transbordam na época das cheias inundando as áreas mais baixas.

c- Planícies Litorâneas: formam uma faixa ao longo do litoral brasileiro. São geralmente arenosas formando praias e dunas, ou argilosas, dando origem a regiões pantanosas cobertas por uma vegetação chamada mangue.

CLIMA

A posição astronômica do Brasil permite que o território seja bem iluminado e aquecido no decorrer do ano, pois situa-se em sua maior parte na Zona Tropical

O clima no território brasileiro classifica-se em:

, compreendida entre o Tópico de Câncer e o de Capricórnio.

A - Clima equatorial: encontrado em quase toda a região Norte e no norte de Mato Grosso. É um clima muito quente e chuvoso.

B - Clima Tropical: engloba quase toda a região Centro-Oeste, o Nordeste, parte do Sudeste e na porção leste de Roraima, caracteriza-se por invernos secos e verões chuvosos.

As temperaturas são médias e a distribuição das chuvas é variável no decorrer do ano.

C - Clima Tropical semi-árido: domina o sertão do Nordeste. É um clima quente e seco, cujas chuvas não ocorrem regularmente, provocando longos períodos da seca.

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D - Tropical de altitude: abrange as áreas de maior altitude da Região Sudeste e do Mato Grosso do Sul no qual a altitude influi na diminuição das médias de temperatura. Chove durante o ano todo.

E - Clima Subtropical Úmido: predomina nas regiões Sul e Sudeste do estado de São Paulo, o encontro entre a massa Tropical e a massa Polar provoca chuvas frontais. Após a passagem das chuvas, a massa Polar permanece estacionária ocasionando “ondas de frio” de intensidade e duração variáveis.

VEGETAÇÃO

As formações vegetais originais do Brasil estão bastante modificadas ou desapareceram por:

• derrubada de matas para a prática da agricultura;

• extração de madeiras desde o século XVI;

• retirada de madeira para ser transformada em lenha;

• ocupação recente das regiões Norte e Centro–Oeste.

a) Floresta Equatorial ou Amazônica: uma das mais vastas áreas florestais contínuas do mundo. Domina quase toda a região Norte e parte da região Centro-Oeste; apresenta uma vegetação heterogênea e exuberante; contrasta com o solo pobre da região (70%) construído por solos ácidos de baixa fertilidade.

Paisagens vegetais existentes no território brasileiro

b) Floresta Tropical ou Mata Atlântica: ocupava grande trecho próximo ao Oceano Atlântico. Por estar localizada próximo ao litoral foi a primeira formação vegetal a sofrer modificações pela ação do homem; hoje restam menos de 4% da vegetação original.

c) Floresta Subtropical ou Mata dos Pinhais: recobria grande porção da região Sul. Corresponde à área de predomínio do clima subtropical. Sua vegetação em grande parte era constituída por pinheiros (Araucária angustifólia), além de madeiras como a imbuia, o cedro, a peroba e a erva-mate.

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d) Cocais de Babaçu ou Mata de Transição: constituída por palmeiras, que cobrem grandes extensões dos estados do Maranhão, Piauí e norte de Goiás; entre as espécies vegetais destacam-se a carnaúba e o babaçu, importantes fontes de riqueza para a região.

e) Campos: caracterizam-se pela predominância de gramíneas. Os campos mais famosos são os da Campanha Gaúcha, também denominada de Pampas. Nestas áreas o capim forma pastagens naturais excelentes para criação de gado.

f) Cerrado: encontrado principalmente onde o clima possui estações bem definidas: uma seca e outra chuvosa

g) Caatinga: ocupa o sertão nordestino. Ela recobre a área de clima semi-árido do Brasil composta pelo sertão e o vale médio do Rio São Francisco; apresenta vegetação arbustiva com folhas pequenas que caem durante a seca e raízes profundas que procuram água a muitos metros abaixo do solo. Outras espécies vegetais são as cactáceas (cactos) de porte variado, não possuem grande número de espinhos; para sobreviver no período de seca, armazenam água no solo.

. Ocupa trechos de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

h) Vegetação do Pantanal Mato-grossense: parte oeste do Mato Grosso do Sul.

i) Formações vegetais litorâneas: podem ser as das praias e dunas, que são vegetações rasteiras; jundu, que é constituída de árvores e plantas espinhentas e manguezais, que é sujeito à inundação das marés.

HIDROGRAFIA

O Brasil é um país bem servido por rios

A hidrografia brasileira apresenta as seguintes características: muitos rios e poucos lagos. Direta ou indiretamente todos os rios são tributários do Oceano Atlântico e apresentam cheias no verão e estiagem no inverno.

. Todas as regiões são percorridas por volumosos cursos de água, sujeitos a secas e enchentes. O tipo de relevo faz predominar os rios de planalto o que favorece o aproveitamento hidroelétrico.

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Bacia Amazônica: estende-se por cerca de metade do território brasileiro. Seu principal rio é o Amazonas e seus afluentes. Estes rios são favoráveis à navegação, são 23.000 Km que possibilitam o desenvolvimento do transporte.

Bacia Platina: formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. O rio Paraná e seus afluentes têm potencial hidráulico considerável e vem sendo intensamente aproveitado para a produção de energia, exemplo, a Usina de Itaipu. Os rios da Bacia Platina também são importantes para a navegação.

Bacia do São Francisco: com uma área de 645.067,2Km². Seu principal rio é o São Francisco que nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, atravessa os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe: é o maior rio genuinamente brasileiro

Bacia do Nordeste: são chamados rios temporários por receberem pouca quantidade de chuvas, secam completamente, ou ficam reduzidos a um simples filete de água.

. Atravessa o semi-árido nordestino, sendo fundamental para a economia local. Seu potencial hidrelétrico é aproveitado pelas usinas de Xingu e Paulo Afonso.

Bacia Sudeste: ocupa uma pequena área, mas engloba rios importantes como o Jacuí, que atravessa uma das principais regiões econômicas do Rio Grande do Sul.

ASPECTOS HUMANOS DO BRASIL

Segundo dados do IBGE de 2000, o Brasil possui cerca de 170 milhões de habitantes aproximadamente. É um país extremamente populoso, mas como é extenso, sua densidade demográfica é baixa - cerca de 20 hab/Km². Países como o Japão apresentam mais de 320 habitantes por quilômetro quadrado, e mesmo países enormes, como Estados Unidos, possuem quase o dobro da densidade demográfica brasileira.

Apesar de possuir uma imensa extensão, população numerosa e vastos recursos naturais, grandes problemas sociais e econômicos afligem a sociedade brasileira. Dentre eles podemos citar:

Na década de 80, entre 100 pessoas que trabalhavam em São Paulo, 50 possuíam rendimento mensal de até 2 salários mínimos. Nos dias atuais, não houve mudanças neste quadro. No nordeste a situação é bem mais grave: 52 entre 100 trabalhadores recebem, miseravelmente, no máximo, um salário mínimo; estima-se que a região tenha 45,1% da população pobre dos 42 milhões dos miseráveis do Brasil.

Grande desigualdade de rendimento entre a população e entre as regiões

Esses dados evidenciam as condições de extrema pobreza em que vive grande parcela da população brasileira. Veja a tabela abaixo:

Distribuição da renda no Brasil entre a PEA ( PEA= População Economicamente Ativa)

Participação % 1960 1980 1989 2001

50% mais pobres 17,4% 12,6% 11,0% 2,5%

40% intermediários 43,% 36,5% 36,8% 33,7%

10% mais ricas 39,6% 50,9% 52,2% 63,8%

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A expectativa de vida da população com rendimento de até um salário mínimo é de 54,8 anos, enquanto que para os que vivem com uma remuneração superior a cinco salários mínimos, a expectativa de vida sobe para 69,6 anos.

Desigualdade de esperança de vida entre as classes sociais de baixa e de alta renda

Uma população de baixa renda dificilmente estará livre de doenças como tuberculose, esquistossomose, desidratação, decorrentes da falta de higiene, saneamento básico ou do estado de subnutrição.

Elevada ocorrência de doenças

Nas famílias de baixa renda, verifica-se baixo padrão alimentar, fato que, por sua vez, influi nas condições de saúde. O indivíduo é mais facilmente vitimado por doenças e sua esperança de vida é menor do que nas famílias de maior renda e de melhores condições de alimentação. A população de baixa renda, que constitui a maioria no Brasil, não consome carnes, frutas e vegetais, não satisfazendo adequadamente suas necessidades nutricionais básicas. Esta população alimenta-se principalmente de produtos mais baratos, como a farinha de mandioca e o feijão, que não possuem as substâncias de que o organismo necessita.

Péssimas condições de alimentação de grande parcela da população

É notório como a população de baixa renda é sempre menos favorecida em termos de saneamento básico (abastecimento de água, rede de esgotos coleta de lixo, etc.). Nos anos 80, em cada 100 domicílios, apenas 51 possuíam abastecimento por rede de água. Quanto aos esgotos, de 100 domicílios, apenas 27 possuíam instalações ligadas à rede geral de esgoto. Muitos domicílios utilizam-se de fossas rudimentares, ou ainda, escoamento realizado em valas, rios, lagos e mar.

Precárias condições de saneamento básico

A Habitação deve ter no mínimo uma sala, uma cozinha, um banheiro e um dormitório. No caso da existência de filhos, a habitação, obviamente, necessita de mais dormitórios. No Brasil, 25 em cada 100 domicílios possuem menos de 4 cômodos. Segundo a Fundação João Pinheiro, de Belo Horizonte, em 1995 o déficit habitacional no Brasil era em torno de 5,6 milhões de unidades, sendo 1,6 milhão no meio rural e 4 milhões no meio urbano. De acordo com a Fundação, 85% do déficit habitacional concentra-se nas famílias com até 5 salários mínimos de renda.

Deficientes condições de habitação

Países desenvolvidos desconhecem a mortalidade infantil provocada pela subnutrição ou por infecções diversas. No Brasil, essas causas resultam na morte de cerca de 1000 crianças por dia.

Altas taxas de mortalidade infantil

Países subdesenvolvidos não oferecem às populações rurais as mesmas oportunidades oferecidas à população urbana. A falta de emprego e de educação provoca êxodo rural, ocasionando nas grandes cidades o acúmulo de migrantes, os quais passam a morar em inúmeras favelas.

Concentração populacional nas áreas urbanas

O estado de São Paulo tem mais habitantes que o maior País do continente americano – o Canadá - mas o Brasil apresenta alguns estados com baixíssima quantidade de habitantes.

População mal distribuída

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Em cada 100 brasileiros, 50 têm menos de 20 anos de idade. Há grande desproporção entre muitos que consomem e os poucos que possuem idade suficiente para produzir.

Mais da metade da população é jovem

A elevada porcentagem da população ainda não alfabetizada contribui como fator importante na baixa produtividade em vários setores da economia.

Cerca de um quarto da população ainda não aprendeu a ler e a escrever

Apenas um médico para cada grupo de 2000 pessoas evidencia a carência neste setor. Além disso, muitos municípios brasileiros não possuem médicos e seus moradores praticamente não têm possibilidade de obter assistência hospitalar. Alguns municípios de pequeno porte não conseguem atrair profissionais da área da saúde, mesmo tendo uma remuneração atrativa. Estes profissionais alegam não querer ficar longe dos grandes centros de pesquisas médicas.

A maior parte da população não dispõe de assistência médica adequada

OCUPAÇÃO DO ESPAÇO

As transformações e organização espacial geradas pela população não são orientadas somente pela técnica ou pelas forças produtivas. Alem delas, existe um fato muito importante - o capital.

O espaço é organizado e diferenciado segundo a renda dos que nele vivem. Ele não é de todos, é do capital, e organiza-se conforme interesses particulares e não da coletividade.

A POPULAÇÃO BRASILEIRA NO ESPAÇO

A distribuição da população brasileira é extremamente irregular, existindo áreas com densidades muito altas nas proximidades do litoral e imensas extensões quase despovoadas nas regiões Norte e Centro-Oeste.

MEIO URBANO E RURAL

Podemos dividir a população em:

Urbana: que vive nos grandes centros e capitais.

Rural: que vive no campo.

Desde 1970, a maior parte dos brasileiros vive nas cidades.

A Região Sudeste é a mais urbanizada, pois de cada 100 habitantes, 83 vivem em cidades e 17 no campo. É uma elevada concentração populacional urbana que resulta em outros fatores, de sua intensa industrialização, iniciada principalmente durante a década de 50. Além da industrialização existem outros fatores que causaram a intensa urbanização do Sudeste, bem como outras regiões do Brasil:

• crescimento natural da população urbana;

• absorção das pequenas e médias propriedades rurais pelos grandes proprietários;

• atração que as cidades exercem sobre as populações rurais, principalmente após a penetração da televisão no campo.

• O desejo de melhores condições de vida, isto é, maior proximidade da assistência médica, educacional e melhores salários.

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ÁREAS METROPOLITANAS

A relação entre as cidades e o meio rural é de colaboração e dependência mútua.

Quanto maior é a cidade, mais vasta é a área que dela depende e aí se incluem, muitas vezes, cidades menores. Esta cidade maior, por sua importância, é chamada centro regional.

As cidades podem ainda ser, além de centralizadoras das atividades da região, tão vastas que seus limites se confundem com os das cidades circunvizinhas. Essa área, que corresponde a tal conjunto de municípios integrados, recebe o nome de área metropolitana. A cidade mais importante é chamada metrópole.

São doze as áreas metropolitanas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém, Fortaleza, Integrada de Desenvolvimento de Brasília, Goiânia e Campinas (IBGE, 2000)

RECURSOS ECONÔMICOS BRASILEIROS

São atividades econômicas de fundamental importância, entretanto, no Brasil, a atividade apresenta sérios problemas, entre eles:

Agropecuária

a) Os estabelecimentos rurais ocupam 47% do território brasileiro, sendo que boa parte destes estabelecimentos não desenvolvem atividades produtivas, ocasionando o subaproveitamento.

b) Grande desigualdade na distribuição das terras entre os proprietários rurais, isto significa que muitos proprietários possuem pouco e estes estabelecimentos são chamados de minifúndios. Os minifúndios não são capazes de manter uma família, ocasionando um sério problema para a produção agrícola do país, enquanto nas grandes propriedades rurais, os latifúndios

c) Utilização da terra por lavouras destinadas muito mais à exportação. A preocupação tem sido a de desenvolver a grande empresa rural, em bases modernas, com técnicas agrícolas aprimoradas, mas com produção voltada ao mercado externo. Entre os produtos de exportação que têm apresentado uma grande expansão, figuram a soja e a cana-de-açúcar.

são improdutivos, seus proprietários os mantêm apenas aguardando a especulação imobiliária. Algumas vezes os latifúndios são utilizados na produção de soja e cana-de-açúcar.

A pequena propriedade rural, produtora de gêneros de subsistência, como feijão e arroz foi pouco valorizada ou amparada.

d) relações de trabalho historicamente atrasadas.

No Brasil, além de baixos salários que não permitem ao trabalhador rural um bom nível de vida, ainda existem outras relações de trabalho: • arrendamento de terras sob a forma de parceria agrícola • morador de sujeição ou de condição • boia-fria, marmiteiro, diarista ou peão

A região Sudeste possui o maior rebanho bovino do país

A região Sul possui os campos de Campanha Gaúcha, área de pastagem localizada no Rio Grande do Sul, muito utilizada para a criação de bovinos e ovinos. É uma área onde são usadas técnicas avançadas de criação e cultivo. Tecnologias como máquinas e implementos agrícolas, manejo do solo, como, rotação de culturas, curvas de nível, inseminação artificial, seleção de animais,

, abrangendo cerca de 35% do total brasileiro. Destaca-se na região, em várias outras zonas criatórias, o Triângulo Mineiro e o Vale do Paraíba.

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ordenhas mecânicas, têm contribuído para transformar a região Sul numa grande produtora de gêneros agropecuários que abastecem parte do mercado interno brasileiro, além de exportar para vários países do mundo.

O extrativismo pode ser animal (caça e pesca), vegetal ou mineral.

Extrativismo

O extrativismo vegetal constitui, ao lado da caça e da pesca, a mais antiga forma de atividade desenvolvida pelo homem para assegurar a sua sobrevivência. Corresponde à retirada ou extração de raízes, folhas, frutos, caules e substâncias das plantas nativas.

Pode-se reconhecer pelo menos três formas de extrativismo vegetal; como simples coleta de produto do meio natural para fins de autosubsistência, como atividade econômica para complementar a renda das pessoas e para fins comerciais com aplicação de técnicas avançadas.

Os principais produtos extrativos vegetais são: borracha, castanha-do-pará, madeiras (encontradas na Floresta Amazônica), babaçu e carnaúba (no Nordeste), madeira e erva-mate (na Região Sul).

Dada à extensão do Brasil e à idade variada de seus terrenos, ele apresenta uma grande variedade e quantidade de recursos minerais.

A maior extração de ferro é realizada em Minas Gerais, em uma área denominada Quadrilátero Ferrífero

O manganês é muito importante, pois constitui juntamente com o ferro a matéria-prima para fabricação de aço. As principais áreas de extração são Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero) e Amapá (exportação para os Estados Unidos).

. A produção dessa área, além de ser exportada, tem por objetivo abastecer as indústrias siderúrgicas localizadas na Região Sudeste.

O estanho é um mineral de grande importância, pois entra na formação de ligas metálicas e na fabricação de folha de flandres. No Brasil, o minério de estanho mais explorado é a cassiterita que tem as suas maiores reservas em Rondônia.

O sal marinho é o cloreto de sódio obtido através de seu acúmulo nas salinas à borda do mar. O sal marinho no Brasil é extraído principalmente no litoral do Nordeste, onde se encontram as melhores condições climáticas e topográficas para a sua produção.

O carvão mineral e o petróleo são recursos minerais que são importantes fontes de energia. O carvão mineral é utilizado para aquecer altos-fornos da indústria siderúrgica, enquanto que do petróleo se extrai a gasolina, o querosene, o óleo diesel e muitos outros subprodutos.

O Brasil não explora, até o momento, quantidades suficientes de carvão mineral e de petróleo para atender as suas necessidades. Assim, precisa importar essas duas fontes de energia.

A principal área de produção de carvão localiza-se em Santa Catarina, destacando-se o município de Criciúma. As principais áreas de produção de petróleo são: Recôncavo Baiano e litoral do Rio de Janeiro.

Em 1975, diante da crise do petróleo e de pressões externas, o Brasil permitiu que companhias estrangeiras participassem da prospecção e da exploração do petróleo brasileiro. Essa permissão ficou conhecida como ‘’contratos de risco’’. Na época, empresas estrangeiras podiam pesquisar e explorar determinadas áreas do território brasileiro. Se não encontrassem petróleo, o risco pertenceria às empresas estrangeiras, isto é, teriam de assumir os prejuízos. Caso fosse encontrado petróleo, seria firmado um contrato com a Petrobrás.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

16.0 PROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS CONTEMPORÂNEOS 71

O Brasil é um grande importador de petróleo do Iraque, da Árabia Saudita, da Venezuela e de gás natural da Bolívia

O Brasil adotou um modelo de modernização copiado de países industrializados, cuja economia é baseada na utilização do petróleo. A partir de 1975, o Brasil começou a pesquisar fontes alternativas de combustível, como a produção de álcool. Mais recentemente, também o gás natural vem sendo empregado como combustível para veículos de transporte coletivo, como táxis.

. Os gastos com a importação de petróleo pesam na economia brasileira. Essa situação se agravou a partir de 1973. Em 1980, a importação de petróleo chegou a representar quase a metade do valor total das importações brasileiras. Este peso é ocasionado por várias situações. Dentre elas, podemos salientar que no Brasil o transporte ferroviário não é desenvolvido, bem como o transporte fluvial apresenta-se incipiente em nosso país. E, como não poderia deixar de ser, o custo do transporte rodoviário é muito elevado, sem falarmos da questão da manutenção das estradas que é extremamente precária, ocasionando desperdício de combustível e perdas de cargas perecíveis etc.

O Brasil é um país privilegiado quanto às possibilidades de produzir energia. Contudo, apenas uma pequena parte desse potencial é aproveitada (cerca de 20%). O grande consumo desta energia na região Sudeste decorre da grande concentração industrial (maior do país) e do grande número de cidades nela existentes.

Indústria

A partir da 1ª Guerra Mundial (1914 - 1918) a atividade industrial apresentou um certo desenvolvimento, visto que, os países que vendiam mercadorias para o Brasil estavam em guerra, e, por isso, não podiam vender os seus produtos.

Após a 2ª Guerra Mundial, foi construída a primeira indústria siderúrgica (Volta Redonda), e hidrelétricas; prospecção e refinação do petróleo, com a criação da Petrobrás, em 1953, instalação das indústrias automobilísticas, da aeronáutica e de construção naval.

O desenvolvimento industrial do Brasil, após 1950, foi realizado com participação do capital estrangeiro. A partir deste momento, teve início, em maior proporção, a internacionalização da economia brasileira através da instalação de grandes empresas multinacionais no Brasil.

As indústrias não se distribuem por igual pelas várias regiões do Brasil. Há regiões mais industrializadas e outras menos. Mesmo dentro de uma região, certas áreas possuem uma atividade industrial mais intensa que outras.

A maior concentração industrial no Brasil ocorre na Região Sudeste. Isso é explicado tanto por fatores histórico-econômicos (capital, mercado consumidor, mão-de-obra) como por fatores naturais (recursos minerais descobertos desde o século XVII, potencial hidrelétrico, terras férteis e outros).

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