MOÇÕES APROVADAS NO ENCONTRO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DE DEFESA DO AMBIENTE

VISEU, 10,11 e 12 de Novembro de 1989

MOÇÃO

1. Os ecologistas veem com profunda apreensMo as ameaças de caracter bélico e ambiental que tornam cada vez mais indispensável a cooperaçáo de todas as pessoas e instituições que, em todo o mundo, procuram evitar as actividades destrutivas de caracter civil ou militar. Preservar o Ambiente é também defender a paz. A manutenção ou eclosão das guerras, e os preparativos para elas, a utilizaçáa, o fabrica e a armazenagem de armas, incluindo armas nucleares, químicas, bacteriológicas e outras, a pressão sobre os recursos que existem e a conexão e interdepêndencia com certas indústrias civis, incluindo a nuclear civil, contêm, indissociavelmente, perigos para a comunidade humana e para o planeta Terra. Os ecologistas desejam que Portugal desempenhe um papel positiva na construçáa de uma paz duradoura, no sentido da diminuição das tensttes entre os diversos povos e naçües da Península Ibérica, da Europa e do Mundo. Para ser positiva, a nossa posiçáo sobre a busca da paz náo poderá confundir-se com as posiçiJes de quaisquer dos antagonistas.2. 0 abrandamento das sujelçtíes mantidas pelos estados sobre os cidadáos, povos e naçües que lhes estáo sujeitos poderá e deverá abrir caminho a instituiçttes humanas mais adequadas. Por um lado, numa direcçMo localista por meio do renascimento dos valores locais, culturas, regittes, naçües e povos, com as suas tradiçües próprias extra-estatais e a sua base biofísica. Por outro lado, numa direcção universalista, por meio da diminuiçáo gradual do

papel das fronteiras e todas as outras barreiras artificiais, da cooperação mundial no combate às grandes poluiçttes transnacionais, no fortalecimento de instituições planetárias não-compulsivas, de meias de comunicação e linguagem independentes' das fronteiras linguísticas estatais e nacionais, sem exclusão todavia da persistência s até renascimento das línguas dos povos e naçties.3. Para que as agressões ao património natural mundial e a ameaça de guerras planetárias passam ser efectivamente afastados, torna- se necessário trabalhar para a superação dos abismos econômicos, sociais e culturais, quer no interior de cada sociedade, quer à escala mundial. Pensamos que, para o conseguir, não nos devemos cristalizar nos debates convencionais em volta de conceitos como '•fiéis e infiéis, bárbaras e civilizados, leste e oeste, imperialismo e mundo livre”, mas centrar as atençües do debate na solidariedade planetária e na simplicidade voluntária como saída para a crise das paises e estratos saciais ricos e igualmente como saída para a miséria dos povos e estratos sociais carentes, e como caminha para a superação de antagonismos destruidores de recursos e da força anímica de indivíduos e sociedades.

Proponentes TERRA MXELuís Marques Teófilo Braga AGROBIO Luís Marques AMIGOS DOS AÇORES TeÕfilo Braga

Aprovada por unanimidade

MOÇXO

Ainda que os Partidas Políticas sejam instrumentos essenciais à Democracia, esta jamais se poderá esgotar neles.A estruturaçáa de uma Política Verde passa necessariamente pela capacidade de listas de cidadãos se poderem apresentar aos actuais argãas de soberania, sem a necessidade de se alugarem ou criarem mais partidos.Evita-se assim que, pelo espartilho eleitoralmente partidário, se reduzam os cidadãos aptas e interessadas numa actuação prática ao nível do poder política sobre o meio, à inércia constituida par le i.De facta, são precisamente os reais e sinceros activistas ecológicas as cidadãos mais afectados em função da urgência em defender o Ambiente se confrontarem com a inoperância vigente à actual política nacional e regional.As ADA's reunidas em Viseu propüem a modificação da Lei Eleitoral, de moda a que seja passível a candidatura de listas de cidadãos partidariamente autónomas.

Proponentes TERRA MXELuís Marques Teófilo BragaAMIGOS DOS AÇORES Teófilo Braga

Aprovada por unanimidade

MOÇKO

Considerando que;O Secretário Regional da Agricultura e Pescas anunciou publicamente a sua intençáo de futuramente autorizar a realização de corridas picadas e de "touros de morte”;Considerando que:Tais espectáculos em nada dignificam os seres humanos e em nada contribuem para uma educaçMo sâ dos cidadáos, para além de constituir uma violência gratuita para com os animais;Considerando que:Aquele tipo de corridas náo têm qualquer tradiçáo nos Açores;As Associações presentes no Encontro Hacional das ADA exigem da Governo Regional dos Açores, a náo autorizaçáo de futuras corridas picadas e a náo introdução de touros de morte nos Açores.

Proponente AMIGOS DOS AÇORESTeófila Braga

Aprovada por maioria

MQÇXO

Considerando que tem sido negada a direita à informação prévia e consulta dos projectos, grandes ou pequenos, com implicações ambientais e que não se prevê, na legislação até agora aprovada, a participação das assoeiaçóes nos Conselhos Gerais das Areas Protegidas, na Região Autónoma dos Açores, as ADA reunidas em Viseu a 12 de Novembro de 19Ô9 exigem do Governo Regional dos Açores a imediata aplicação da Lei das Associaçtíes de Defesa do Ambiente na Região Autónoma dos Açores.

Proponentes AMIGOS DOS AÇORESTeófilo Braga

Aprovada por unanimidade

LISTA DE ASSOCIACDES COM PARTICIPASTES INSCRITOS HO ENCONTRO1. AGROBIO2. ALMARGEM3. AMIGOS DO RIO DOURO4. AMIGOS DOS AÇORES5. AMIGOS DA BEIRA6. AQUARIO DE VIANA/CLUBE DE VIANA7. ASSOCIAÇKO CAVA JULIANAô. ASSOCIAÇKO PARA A DEFESA DA CULTURA AROUQUENSE9. ASSOCIAÇKO DE DESENVOLVIMENTO E DEFESA DO AMBIENTE DE PORTEL10. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DA NAZARÉ11. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DO PATRIMONIO DE SETÚBAL12 ASSOCIAÇKO DE DEFESA DO PATRIMONIO CULTURAL DE POMBAL13. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DO PATRIMONIO DE SINTRA14. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DO PAUL DA TORNADA - PATO15. ASSOCIAÇKO DE ESTUDO DA BEIRA INTERIOR16. ASSOCIAÇKO DE ESTUDO DO PATRIMONIO DA COVILHK17. ASSOCIAÇKO PARA O ESTUDO E DEFESA DE MERTOLA18. ASSOCIAÇKO FURNA19. ASSOCIAÇKO DOS NATURAIS DE AGUEDA - ANATA20. ASSOCIAÇKO PORTUGUESA DE ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL21. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DO AMB. DE SANTIAGO DO CACHM-CALLIPUS22. ASSOCIAÇKO DE ESTUDO E DEFESA DE SANTARÉM23. ASSOCIAÇKO DE PROTECÇKO DA NATUREZA DO CONCELHO DE TRANCOSO24. ASSOCIAÇKO DOS ARQUITECTOS PORTUGUESES25. ASSOCIAÇKO CULTURAL AMIGOS DA SERRA DA ESTRELA26. ASSOCIAÇKO PORTUGUESA DOS ENGENHEIROS DO AMBIENTE27. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DE TORRES VEDRAS28. ASSOCIAÇKO DE ESTUDO DO PATRIMONIO DE CORUCHE29. ASSOCIAÇKO DE JOVENS DA POVOA DE STA. IRIA E FORTE DA CASA30. ASSOCIAÇKO CULTURAL DE MANGUALDE31. ASSOCIAÇKO DE DEFESA DO PATRIMONIO DE CAMINHA - COREMA32. ASSOCIAÇKO CULTURAL DE AROUCA33. CENTRO DE ESTUDOS REGIONAIS34. CENTRO DE ESTUDOS DE PROTECÇKO DO PATRIMONIO DE TOMAR35. CLUBE BIO-ECOLOGICO ’‘AMIGOS DA VIDA SELVAGEM”36. CLUBE DE BIOLOGIA E GEOLOGIA DA SERRA DE S. MAMEDE37. CLUBE DE MONTANHISMO DE SETÚBAL38. COMUNIDADE ECOLOGICA EUROPEIA DO AMBIENTE39. CORPO NACIONAL DE ESCUTAS40. FEDERAÇKO PORTUGUESA DE CICLOTURISMO41. GRÊMIO LUSÍADA42. GRUPO ECOLOGICO NATUREZA DE FAFE - GEN43. GRUPO ETNOGRÁFICO DA REGIKO DA PAMPILHOSA-MEALHADA44. GRUPO DE ESTUDOS DE ORDENAMENTO DO TERRITORIO - GEOTA45. LIGA DOS AMIGOS DA ERICEIRA46. LIGA PORTUGUESA DOS DIREITOS DO ANIMAL47. LIGA PARA A PROTECÇKO DA NATUREZA 46. NDMALO49. HUCLEO PORTUGUÊS DE ESTUDOS B PROTECÇKO DA VIDA SELVAGEM50. HUCLBO REGIONAL DB INVESTIGAÇKO ARQUEOLOGICA51. HUCBARTES52. ORCAS DE XAIA53. QUBRCUS54. SOCIEDADE PORTUGUESA DE BSPBOLOGIAíparticiparaa outras assoelaçties sem elementos inscritos)