moção de repúdio à restrição do uso de serviços das ifes pelos(as) filhos(as) de estudantes

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Moção de repúdio à restrição do uso de serviços das IFES pelos(as) filhos(as) de estudantes O 24º CNPG repudia o constrangimento gerado às mães e pais estudantes que se veem impedidos de usarem os serviços da universidade, tais como alimentação, transporte e moradia, na companhia dos seus filhos e suas filhas. É notória a displicência do governo federal para com os pais e mães estudantes, uma vez que a maioria das universidades não tem creche e não há uma política de apoio às estudantes e aos estudantes que possuem filhos e filhas. A expulsão de uma mãe com sua filha recém-nascida da moradia da UFRGS e de uma mãe com sua filha de uma república da UFOP são claras expressões da ausência de políticas de assistência estudantil. Proibir uma criança de fazer uso do Restaurante Universitário (RU), de usar o transporte da universidade para a ida a congressos e de habitar a moradia, constitui uma barreira para a universalização da formação graduanda e pós-graduanda, em especial para as mulheres, uma vez que em nosso país machista, as mulheres são, na maioria das vezes, as responsáveis pela criação de seus filhos e suas filhas. Rio de Janeiro, 3 de maio de 2014

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Moção aprovada durante o 24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos, em 2014.

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Page 1: Moção de repúdio à restrição do uso de serviços das IFES pelos(as) filhos(as) de estudantes

Moção de repúdio à restrição do uso de serviços das IFES pelos(as) filhos(as) de estudantes

O 24º CNPG repudia o constrangimento gerado às mães e pais estudantes que se veem impedidos de usarem os serviços da universidade, tais como alimentação, transporte e moradia, na companhia dos seus filhos e suas filhas. É notória a displicência do governo federal para com os pais e mães estudantes, uma vez que a maioria das universidades não tem creche e não há uma política de apoio às estudantes e aos estudantes que possuem filhos e filhas. A expulsão de uma mãe com sua filha recém-nascida da moradia da UFRGS e de uma mãe com sua filha de uma república da UFOP são claras expressões da ausência de políticas de assistência estudantil. Proibir uma criança de fazer uso do Restaurante Universitário (RU), de usar o transporte da universidade para a ida a congressos e de habitar a moradia, constitui uma barreira para a universalização da formação graduanda e pós-graduanda, em especial para as mulheres, uma vez que em nosso país machista, as mulheres são, na maioria das vezes, as responsáveis pela criação de seus filhos e suas filhas.

Rio de Janeiro, 3 de maio de 2014