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Presidenta do TRF-3 se compromete a analisar causas de atrasos em ações Mobilização Edição 258 Concessão em 30 minutos de Lula impõe que servidor ‘Se vire nos 30’ e pode trazer prejuízos à população Sinsprev realizou ato para explicar problemas à população e cobrar medidas do governo. Página 3 Foto: Leon Cunha Após protesto realizado pelo Sinsprev em homenagem ao Dia dos Aposentados, no dia 26 de janeiro, a desembargadora- presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Marli Ferreira, recebeu representantes da categoria em audiência e se disse sensibilizada com as reivindicações da categoria * Magistrada se comprometeu a verificar situação dos processos que envolvem aposentados e ativos no Tribunal e buscar agilidade nos julgamentos e execuções (páginas centrais) Sinsprev retoma organização do 10° CONSINSPREV (Página 6) Crise se aprofunda e aumentam os ataques a direitos dos trabalhadores (Página 8 ) Nesta edição as mudanças nas tabelas salariais da Saúde (Página 7) Foto: Pedro Mindlin Segurada lê manifesto distribuído pelo Sinsprev no dia 27 de janeiro

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Presidenta do TRF-3 se compromete a analisar causas de atrasos em ações

Mobilização

Edição 258

Concessão em 30 minutos de Lula impõe que servidor

‘Se vire nos 30’ e pode trazer prejuízos à população

Sinsprev realizou ato para explicar problemas à população e cobrar medidas do governo.

Página 3

Foto: Leon Cunha

Após protesto realizado pelo Sinsprev em homenagem ao Dia dos Aposentados, no dia 26 de janeiro, a desembargadora-presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Marli Ferreira, recebeu representantes da categoria em audiência

e se disse sensibilizada com as reivindicações da categoria * Magistrada se comprometeu a verifi car situação dos processos que envolvem aposentados e ativos no Tribunal e buscar agilidade nos julgamentos e execuções (páginas centrais)

Sinsprev retoma organização do 10° CONSINSPREV

(Página 6)

Crise se aprofunda e aumentam os ataques a direitos dos trabalhadores

(Página 8 )

Nesta edição as mudanças nas tabelas salariais da Saúde

(Página 7)

Foto: Pedro Mindlin

Segurada lê manifesto distribuído pelo Sinsprev no dia 27 de janeiro

Nesta primeira edição do Jornal do Sinsprev em 2009, a diretoria do sindica-to deseja a toda a categoria um ano de muitas lutas e conquistas.

As lutas, já sabemos, se-rão necessárias. O governo já anuncia a possibilidade de não cumprir os acordos fi rmados com o funcionalismo (usan-do a crise como “argumento”). Além disso, seguem as manobras para impor a nossa categoria a jornada de trabalho de 40 horas semanais (agora estimulada também pelo programa de concessão de benefícios em 30 minutos e pela entrega de unidades de saúde às Organizações Sociais). E o Planalto também vai tentar consolidar a regulamentação das gratifi -cações produtivistas.

Enquanto isso, no Congresso Na-cional tramitam vários projetos de ataques aos nossos direitos: demissão por “insufi ciência de produtividade” (PLP 248/98), ataque ao direito de greve (PL 4.497/01), privatização da saúde (PLP 92/07) e congelamento

salarial (PLP 01/07).Para manter direitos e

arrancar conquistas neste cenário de crise mundial do sistema capitalista, de-vemos intensifi car a mobi-lização e as lutas dos traba-

lhadores do setor público e privado para defender o emprego, os salários e os direitos sociais. Devemos avançar na or-ganização dos trabalhadores através das ferramentas que estamos construindo (a Intersindical, a Conlutas, a Fenasps, par-tidos e os sindicatos combativos) para superar a paralisia imposta pela CUT, que ao longo do governo Lula tem se tornado cada vez mais parceira do go-verno e dos patrões na retirada de direi-tos e das conquistas dos trabalhadores.

Por isso, nosso 10° CONSINSPREV tem ainda mais importância. A atividade foi remarcada para os dias 3 a 5 de abril - em assembléia estadual da categoria - após a tentativa de intervenção judicial promovida pela Oposição/CUT.

Vamos à luta em 2009! Como fi ze-mos nos últimos 20 anos.

Página 02 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

Por um 2009 de muitas lutas e conquistasEDITORIAL

PÉROLAS

“Eu tenho conversado com o presidente Lula no sentido de fl exibilizar um pouco as leis trabalhistas” Roger Agnelli, presidente da Cia Vale do Rio Doce, em declaração dada à imprensa no dia 14 de dezembro, defendendo o que chama de “medidas de exceção” contra o emprego para “enfrentar” a crise.

CONJUNTURA

Fiesp quer redução de jornada e saláriosNosso 10°

CONSINSPREV tem ainda mais

importância

MUNDO

As pesquisas confi r-mam que os dados sobre o desemprego e achata-mento salarial nos meses fi nais do ano de 2008 foram mais elevados que os previstos. O Ministro do Trabalho prevê mais demissões em janeiro e fevereiro – que estão acontecendo em ritmo veloz - com retomada dos empregos a partir de março. Uma ressalva à previsão ministerial: não há um dado sequer que possa sugerir crescimento de empregos em março. O empresariado vem alertando que a crise terá “fôlego de sete gatos”.

A FIESP não se faz de rogada e pressiona sindicatos e governo para que os direitos trabalhistas sejam re-duzidos, principalmente a jornada de trabalho, com a respectiva redução dos salários. São verdadeiras hienas sobre os restos mortais das vítimas que o próprio capital vem gerando nessa época neoliberal. E fazem o que sabem muito bem fazer: chantagear as frágeis direções sindicais – mui-tas delas corrompidas e vendidas ao capital - com a ameaça de demissões em larga escala. Além da redução da jornada e dos salários, querem a im-plantação generalizada dos famige-rados “bancos de horas”, uma forma de manter altos seus rendimentos, jogando sempre os “prejuízos” para as costas dos trabalhadores; propõe a suspensão temporária do contrato de trabalho, tempo em que o trabalhador receberia uma “bolsa-qualifi cação” - modalidade de seguro-desemprego - bancada com dinheiro público, tem-

po em que o mesmo será obrigado a fazer uma “qualifi cação pro-fi ssional”. Seu retorno, após cinco meses, lhe garantiria “longos três meses de emprego...”. Em outros termos, as empresas farão demis-

sões, ainda que tenham obtido todas as concessões das direções sindicais.

Enquanto o patronato se orga-niza para surrupiar o conjunto da classe trabalhadora, os pelegos das centrais sindicais se dispõem a ceder às pressões empresariais, mas não se dispõem a organizar um movimento coletivo de resistência da classe, capaz de fazer frente a tantos disparates. Os trabalhadores brasileiros estão sem direção política para suas lutas de resistência. E os sindicatos que ain-da conseguem a mobilização de suas bases, numa tentativa hercúlea de re-sistência, se sentem isolados e traídos pelo conjunto das Centrais Sindicais históricas.

É mais triste ainda ver o Presiden-te da Nação brasileira brincar com a opinião pública dando “sapatadas” na crise. Age como se nada de grave de fato esteja acontecendo com o seu povo, enquanto vai autorizando seus ministros a atender às pressões do empresariado. Só falta mesmo fazer como fez uma sua ex-ministra, ante a crise da aviação civil brasileira: “Re-laxe e......”

Waldemar Rossi, é metalúrgico aposentado e coordenador da

Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

“É mais triste ver o presidente da Nação braslieira

brincar com a opinião pública”

Solidariedade ao povo palestino contra o genocídio israelense

CHARGE

Waldemar Rossi

Em todo o mundo milhares de pessoas têm se manifestado contra a ofen-siva promovida pelo Estado de Israel contra a Palestina, que já deixou 1.300 mortos e mais de cinco mil feridos. Nas fotos acima, as manifesta-ções ocorridas no Fórum Social Mundial 2009 (Belém/PA) e em São Paulo (11 de janeiro). A Autoridade Nacional Palestina pediu ao Tribunal Penal Internacional, sediado na Holanda, a condenação dos dirigentes israelen-ses por crimes de guerra.

Foto: Leon Cunha

Foto: Manoel Messina

Página 03 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

Defesa da Previdência

Sinsprev faz ato denunciando riscos da concessão em 30 minutos

No último dia 27 de janeiro o go-verno lançou ofi cialmente o programa de concessão de auxílio natalidade, as aposentadorias por tempo de contribui-ção e outros benefícios para o Regime Geral de Previdência em 30 minutos. Boa jogada de marketing – pois para a população parece que se encaminha a solução das fi las intermináveis nos postos do INSS – o programa, na ver-dade, traz uma série de riscos para os servidores e segurados.

Além de ter gerado mais confusão nos postos porque não tem sido divul-gado que a aposentadoria em 30 mi-nutos só é possível em casos onde o trabalhador tenha todos os registros informados ao CNIS pelo emprega-dor sem falhas ou equívocos. Onde era possível encaminhar um benefício neste tempo, isto já estava sendo rea-lizado e, pelo fato dos segurados não serem informados desse “detalhe” a inútil corrida aos postos leva à insatis-fação do segurado.

Política do governo tende a provocar mais

indeferimentosAs falhas do CNIS (cadastro nacio-

nal de informações sociais), a lentidão do sistema de informática, a neces-sidade de acessar até três ou quatro programas distintos para realizar a concessão de um benefício e a falta de funcionários nas APSs colocam para a categoria o ônus da concessão em 30 minutos. É por meio dessa política que o governo vai aumentar a pressão pela produtividade, a pressão e os riscos para os servidores (pela falta de tempo para conferir devidamente o que está sendo concedido). Mais uma vez é a

categoria que fi ca exposta a responder, inclusive criminalmente, por conces-sões indevidas ou indeferimentos in-corretos.

Outra tendência é o aumento dos indeferimentos de processos, com grande prejuízo para os trabalhadores e crescimento de uma indisposição da população para com o INSS – o que, além de favorecer a política governa-mental de redução dos benefícios, cria o caldo de cultura para a pritvatização da Previdência.

Sindicato cobra soluções e Lula se esconde

Por tudo isso, no dia do lança-mento do programa (que o governo buscou esconder ao máximo porque sabia que os servidores se mobili-zariam), representantes do sindicato realizaram uma panfl etagem nas ime-diações da APS Vila Mariana, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da solenidade. O docu-mento alertava a população sobre os problemas do CNIS, a falta de estru-tura do INSS e os riscos da manobra marqueteira do governo. Além disso, o Sinsprev manifestou que a catego-ria segue exigindo a contratação de servidores em quantidade sufi ciente para atender a população, a manu-tenção da jornada de 30 horas contra a política de metas de produtividade atrelada aos salários, o fi m do fator previdenciário, sem aumento da ida-de para aposentadoria, e a extinção da “alta programada”.

O presidente Lula, no entanto, en-trou e saiu pelos fundos da agência, evitando o contato com os manifes-tantes.

NOTAS

Sindicato orienta lotados na Procuradoria a não

assinar ‘termo de opção’Os procuradores da AGU (Advocacia Geral da

União) convocaram reunião, sem avisar ao Sinsprev, com os servidores lotados na Procuradoria do INSS, no dia 21 de janeiro último. Na ocasião foi apresen-tado aos servidores que os mesmos teriam que optar pela transferência para a AGU até o dia 31 de janeiro passado.

Dúvidas antigas dos servidores não foram esclareci-das, como a garantia do recebimento de todas as vanta-gens da carreira do Seguro Social, principalmente em relação à GDASS e a jornada de 30 horas semanais, e a opção de poder retornar se assim o desejar.

O entendimento dos procuradores presentes em relação a essas questões é que esses direitos estão garantidos. Porém, vale ressaltar que é apenas um parecer, sendo assim não há garantias, nem mesmo sobre o pagamento da gratifi cação de desempenho. Além de tudo isso, foi dito ainda que os que não optarem em ir para a AGU poderão vir a ser permu-tados por outros servidores do INSS que aceitem o termo.

Diante dessa imposição sem nenhum tipo de ga-rantia, os servidores decidiram ao fi nal da própria reunião não assinar o ‘termo de opção’ apresentado. A falta de segurança de que não ocorrerá prejuízos em relação a carreira do Seguro Social deve-se ao fato de que na AGU não há carreira administrativa.

O receio de todos os servidores é que aconteça o

mesmo que ocorreu com os redistribuídos à Receita Federal, inicialmente cedidos, que vêm sofrendo pre-juízos e não conseguem retornar para o INSS.

A diretoria e o departamento Jurídico do Sinsprev continuarão acompanhando a questão e atuarão para evitar prejuízos aos servidores.

Gerências do INSS ameaçam retirar auxílio

transporteAlgumas gerências no estado de São Paulo, através de

fundamento genérico da AGU sobre comprovação de transporte, têm exigido comprovante do vale-transporte dos servidores que se deslocam de outros municípios para seu local de trabalho, para efetuar o pagamento do auxílio transporte.

A medida provisória 2165/36 de 2001 estabelece que a concessão deste tipo de benefício se dará median-te declaração fi rmada pelo servidor e estas se presumirão verdadeiras. Sendo assim, na avaliação do Jurídico do Sinsprev, o auxilio transporte tem caráter indenizatório em razão do deslocamento para o trabalho.

Há vários casos em que o servidor precisa se deslocar mais de cem quilômetros de sua residência até o local de trabalho. E também é comum as empresas de ônibus que fazem o trajeto de uma cidade a outra não disporem de horários compatíveis.

A concessão do benefício pelo INSS não trás qual-quer prejuízo ao erário, visto que sempre é indenizado ao servidor o valor menos oneroso. Além disso, cabe à administração verifi car junto às empresas se as declara-ções dos servidores estão corretas.

Tirar o direito de indenização é o mesmo que fazer o

servidor pagar para trabalhar. Até porque o funcionário é obrigado a se deslocar para outra cidade por exigência da administração. Muitos trabalhadores foram transfe-ridos de setor por que houve concentração de serviços nas gerências.

Por tudo isso, o Sinsprev tomará todas as medidas cabíveis para assegurar o direito dos servidores. Quem tiver problemas deve entrar em contato com a diretoria, na sede ou nas regionais e subsedes, ou com o departa-mento Jurídico do sindicato, pelo telefone (11) 3361-4344 (falar com Aguinaldo).

Servidores da Anvisa querem manter escala

24 X 72Em reunião realizada em 20 de janeiro de 2009,

entre servidores da Anvisa Guarulhos, direção e depar-tamento Jurídico do Sinsprev e representantes da co-ordenação do Devisa/Fenasps (departamento de vigi-lância sanitária da federação nacional), fi cou decidido que os servidores manterão a escala 24 X 72 até que a administração se disponha a conversar sobre qualquer tipo alteração.

Faz anos que os servidores fazem essa escala. En-tretanto, de forma unilateral, sem prévia consulta ou acordo com os trabalhadores, a administração tenta impor a escala 12 X 36.

Essa mudança traz vários inconvenientes aos servi-dores, que há anos têm suas vidas organizadas de acor-do com a escala 24 X72 - prevista na Anvisa.

Foi protocolado requerimento junto ao presidente da Anvisa, dia 28 de janeiro último, solicitando au-diência para solução do problema.

Faixa do Sinsprev na manifestação

Foto:Pedro Mindlin

Luta por direitosPágina 04 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

Ato de aposentados conquista compromisso do TRF3 em veri� car ações

A diretoria do Sinsprev e a Se-cretaria de Aposentados realizaram uma manifestação em homenagem ao Dia dos Aposentados (24 de ja-neiro) no dia 26 de janeiro, que con-quistou uma audiência com a presi-dente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, desembargadora Marli Ferreira. No tribunal tramitam várias ações de interesse da catego-ria, caso dos 3,17% e de centenas de ações plúrimas que reivindicam o pagamento dos 28,86%.

Na audiência, os representantes do sindicato recebidos pela magis-trada colocaram o problema de que vários servidores já em avançada idade esperam, em alguns casos

há mais de 20 anos, o julgamento dessas ações para usufruírem dos benefícios que em muitos casos já há jurisprudência nacional quanto ao reconhecimento do direito.

A comissão de servidores que foi recebida pela desembargadora co-brou também o respeito ao estatuto do idoso. Segundo Marli Ferreira, o Tribunal não teria como assumir especificamente com o Sinsprev um compromisso de priorizar o julga-mento das ações da categoria por-que a maioria dos processos que lá tramitam têm como interessados pessoas com mais de 60 anos. De acordo com a desembargadora, estes seriam mais de 70% de toda

a movimentação do TRF-3. Embo-ra, segundo ela, a prioridade legal para os idosos seja sempre respei-tada pelo tribunal - de acordo com a ordem de início dos processos.

Ela também levantou o problema das ações do sindicato envolverem milhares de servidores, o que torna mais complexa a análise do direito e a elaboração de cálculos. “Mas uma coisa é certa: não podemos ter processos que demorem mais de 20 anos. É inadmissível que o Judiciário fique 20 anos para dar uma solução a um julgamento”, frisou.

A presidente do Tribunal disse estar sensibilizada com as questões

colocadas pelo sindicato e solicitou o envio de um relatório de todas as ações que estão pendentes de decisão no TRF-3. O departamen-to Jurídico do Sinsprev prepara um relatório detalhado sobre todos os processos, ressaltando aqueles que têm maior atraso no andamento das decisões ou execuções.

Marli Ferreira comprometeu-se a verificar os motivos da demora nos julgamentos e as possibilidades de acelerar os trâmites, especialmen-te no caso de descumprimento dos prazos determinados judicialmente para que o governo se manifeste ou pague o que é devido aos trabalha-dores.

Sindicato acompanhará análise do Judiciário sobre relatório de processos cujo julgamento se arrasta há anos * Confi ra nesta edição os esclarecimentos do Jurídico do Sinsprev sobre as ações em curso

O protesto dos aposen-tados mostrou muita garra e disposição. Animado pela banda “Orgulhosa de Fran-ca”, formada também por aposentados de diversas ca-tegorias, a manifestação co-brou respeito aos aposenta-dos e servidores em geral por parte do governo federal. Ao som de marchinhas como “Me dá um dinheiro aí”, os aposentados exigiram que a

União pare de protelar o pa-gamento das ações em curso e repudiaram os anúncios já feitos pelo governo Lula de que os acordos com o fun-cionalismo podem não ser cumpridos.

Servidores de várias re-giões do Estado comparece-ram e saíram felizes, certos de que deram sua contribui-ção para o avanço das rei-vindicações da categoria.

O protesto dos aposen- União pare de protelar o pa-

Aposentados mostram mais uma vez que estão ativos na luta

Servidores na manifestação dos aposentados

Foto: Leon Cunha

“Nós estamos com ações que não são pagas nunca. São coisas que já foram julgadas e não nos pagam. Vão espe-rar nós morrermos para pagar? Não aceitamos isso, queremos aproveitar em vida os nossos direitos.” Duílio Manoel dos Santos, aposen-tado MS/Ribeirão Preto

“Se não for pela luta o governo não resolve nada. Temos que fazer pressão. E é através do sindi-cato que conquistamos nossos direitos.” Antônio Lino, aposentado MS/Guarulhos

“Se nós não lutarmos pelos nossos direitos, jamais receberemos o que nos é devido. Os outros cole-gas têm que participar também.” Felício Cantuário, aposentado INSS/Guarulhos

“A gente é aposentado, ganha mal e ainda temos crianças estudando, em escola parti-cular. O governo prometeu nos dar um aumento, mas o meu salário foi reduzido em 50 reais por mês. Num ano são 600 reais. E agora ainda vem o aumento da Geap. Vim [ao ato] para ver se a gente sensibiliza esse governo e equipara nossos salários.” Delmira Cárita Barcelos Alves, aposentada MS/Franca

“Graças a Deus, viemos e conseguimos. A juíza foi muito honesta e sincera, recebeu o pessoal e entendeu o nosso pro-blema. Independentemente de qualquer situação, conseguimos mais uma pessoa para aderir à causa. É o que precisamos. Foi uma injeção de ânimo.”

José de Arimatéia, aposentado MS/Caçapava

“Os aposentados estão marginalizados, mas temos força ainda para lutar. Não estamos ‘inativos’, somos muito ativos. E como nós existem muitos colegas no interior que têm que comparecer para nos ajudar nos movimentos.” Ângela Piva Ruiz Dias, aposentada INSS/Dracena

“A única forma que temos para exigir nossos direitos é a manifestação, porque temos colegas morrendo sem receber uma ação. E o que os aposentados recebem não dá nem para comprar alimentação, imagine para comprar os remédios que precisamos.”Josefa Santina dos Santos, aposentada MS/Santos

“Esse movimento tem que ser feito, foi muito positivo, como pretendía-mos. Precisamos continuar trabalhando e receber mais apoio dos colegas que não compareceram.” Antônio Saconi, aposentado MS/Mococa

“Os aposentados estão no sufoco. Tem gente passando fome. Além não ter aumento salarial, eles não pagam os nossos processos.” Nair Assis de Oliveira, aposentada MS/Santos

O QUE SE DISSE

O Jornal do Sinsprev perguntou a vários aposentados que avaliação faziam do ato. Confi ra as opiniões:

Página 05 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

Luta por direitos

Ato de aposentados conquista compromisso do TRF3 em veri� car ações

O departamento Jurídico do Sinsprev publica nova-mente um breve relatório sobre o andamento das ações judiciais de interesse da categoria. Dúvidas podem ser sanadas no plantão de atendimento (de terça a quinta-feira, das 10 às 16 horas, com os advogados Cássio La-vorato, Luciane Moreira e Orlando Faracco).

O Jurídico do sindicato mantém ainda um serviço de assessoria para acompanhamento de procedimentos administrativos, sindicâncias e processos criminais con-tra servidores. Esses casos são atendidos pelo advogado Lúcio França, às quintas-feiras das 10 às 16 horas. Em caso de urgência o servidor deve contatar o departamen-to jurídico para agendar o atendimento extraordinário.

Valores já divulgados por outras entidades não são reais

Escritórios de advocacia, associações e até sindicatos têm divulgado informações inverídicas sobre o processo 3127/95 (PCCS do INSS). Cálculos absurdos são remeti-dos aos servidores, prometendo que eles receberão valores referentes até o ano de 2004, mas essa informação é falsa. Por decisão do Judiciário, a execução será limitada ao pe-ríodo em que os benefi ciados eram celetistas, ou seja, até dezembro de 1990. Esse é o período reconhecido pela Jus-

tiça do Trabalho. O período posterior a dezembro de 1990 terá que ser cobrado através da Justiça Federal, em nova ação de execução - o que pode trazer sérios prejuízos aos servidores se não for organizado corretamente e as pessoas não tiverem as informações necessárias.

O jurídico do Sinsprev é o responsável pela vitória nessa ação e acompanha esse processo desde 1995, na 70ª Vara da Justiça do Trabalho.

A demora no pagamento se deve ao fato de que, com a nova reestruturação da Procuradoria Geral Federal, a com-petência para a liquidação desse processo passou a ser da Advocacia Geral da União em São Paulo, e não mais em Brasília, com o grupo de trabalho que havia sido instituído pelo governo e foi extinto em setembro de 2008.

Em outubro do ano passado, o juiz determinou que o INSS apresentasse os cálculos dos valores a serem pagos a todos os servidores num prazo de 180 dias (que vence em 30 de abril). Assim que o INSS apresentar os cálculos, os advogados do Sinsprev vão verifi car se estão de acordo com o previsto para liberar o pagamento, por meio de requisi-tórios de pequenos valores (RPV) para os casos até 27.900 reais (60 salários mínimos), ou por meio de precatórios, para os casos cujos valores superarem 27.901 reais.

Se houver grandes diferenças nos valores calculados

pelo sindicato e pelo INSS, o Jurídico do Sinsprev vai pro-por ao Judiciário que as contas sejam refeitas e aguardará sentença do juiz.

Agora, depois do Sinsprev ter realizado todos os proce-dimentos necessários para assegurar os direitos dos servido-res, aparecem promessas vãs de todos os lados, na tentativa de ludibriar pessoas que há anos esperam receber seu di-nheiro.

Advogados estranhos ao Sinsprev têm cobrado R$ 150,00 mais 20%

do valor das açõesAs pessoas que decidiram encaminhar a execução

em separado do processo movido pelo Sinsprev terão ônus maiores e menor segurança jurídica de receber os valores. Todos os benefi ciados pela ação do sindicato contribuirão com apenas 5% do valor se forem sindi-calizados e 8% se não forem, para pagamento dos cus-tos da execução (contratação da assessoria jurídica e dos profi ssionais que realizaram os cálculos). Os advogados particulares cobram até 20% do valor total das ações para executá-las. Quem decidir levar à frente seu proces-so individualmente, precisa saber que está repassando a responsabilidade sobre a execução até o seu fi nal.

O departamento Jurídico do Sinsprev publica nova- tiça do Trabalho. O período posterior a dezembro de 1990 pelo sindicato e pelo INSS, o Jurídico do Sinsprev vai pro-

Execução do PCCS: Só jurídico do Sinsprev é legítimo substituto processual da categoria

PCCS DA SAÚDE - O sindicato aguarda o julgamento de um re-curso do Ministério (embargo de declaração) para iniciar a execução. Os cálculos já estão prontos e, assim que houver o transito julgado (de-cisão final e irrecorrível no processo), serão encaminhados à AGU para negociação da execução.

3,17% DA SAÚDE - O processo transitou em julgado e o Jurídico encaminhou a execução em acordo com a AGU para evitar embargos que atrasariam ainda mais o pagamento. Os termos deste acordo foram submetidos a assembléia, que aprovou a redução dos juros de 12% para 6%, conforme exigência da AGU.

Os cálculos já foram conferidos pela AGU e aguarda-se a eliminação de algumas pendências para que os mesmos sejam encaminhados ao juízo para liberar os pagamentos. Os valores serão pagos por meio de requisitórios de pequeno valor (RPV) ou precatório, dependendo do montante.

28,86% DA SAÚDE - Os cálculos elaborados pelo Sinsprev estão sendo conferidos pela AGU, que se comprometeu a encerrá-los até abril desse ano. Após a verificação, se houver concordância com os cálculos, os mesmos serão apresentados em juízo para dar andamento ao paga-mento dos valores.

PARIDADE NA SAÚDE - O Sinsprev está informando, na ação coletiva que pleiteia o mesmo direito reconhecido para os servidores do INSS pela Justiça Federal, a criação da nova gratificação (GDPST) e requerendo que esta também seja paga na mesma proporção para ativos e aposentados.

3,17% DO INSS - Apesar da súmula administrativa número 9 da AGU determinar que não se apelaria de decisões sobre os 3,17%, a Procuradoria recorreu por considerar o questionamento necessário. Na reunião com a presidente do TRF-3, desembargadora Marli Ferrei-ra, no dia 26 de janeiro, foi informado que o tribunal acompanhará o andamento deste recurso para que o mesmo seja julgado o mais breve possível. Assim, o sindicato poderá iniciar a execução.

28,86% DO INSS (ação coletiva) - Quando houve o jul-gamento da ação, o Judiciário determinou que fossem realizadas duas compensações de valores (que no entendimento da Justiça já haviam sido pagos aos servidores) sobre o montante a ser pago. Os antigos advogados do Sinsprev não recorreram da determinação, que poderia reduzir em ate 50% o saldo que os beneficiados têm direito. O processo está no TRF-3 e o Jurídico do Sinsprev aguarda a volta do mesmo à primeira instância da Justiça Federal para ingressar com ação rescisória pedindo que haja somente uma compensação, minorando as perdas dos servidores.

28,86% INSS/SAÚDE (ações plúrimas) - O Jurídico do Sinsprev continua executando as ações que envolvem grupos de servido-res ou pedidos individuais. Neste ano já estão sendo pagos centenas de requisitórios (precatórios e RPVs). É importante que os servidores que têm ações acompanhadas por advogados de fora do sindicato façam a revogação imediata e nova procuração para o Jurídico do Sinsprev, tendo em vista que há um grande número de processos paralisados, que correm o risco de prescrição.

PARIDADE NO INSS - O Sinsprev ganhou em primeira instância o reconhecimento da paridade entre ativos e aposentados do INSS, para que percebam as gratificações com base nas mesmas pontuações. Cabe recurso à decisão e os advogados seguem acompanhando o processo.

REENQUADRAMENTO NO INSS - O Jurídico aguarda agenda-mento de audiência do processo que pede liminar para reclassificação e/ou reenquadramento dos antigos agentes administrativos e técnico do Seguro Social, equiparando seus salários aos dos analistas. A ação foi iniciada para corrigir as distorções salariais existentes para servidores que têm as mesmas atribuições.

ISONOMIA SALARIAL ENTRE TÉCNICOS E ANALISTAS DO INSS - O Jurídico aguarda marcação de audiência para demonstrar, em juízo, as idênticas atribuições entre técnicos e analistas do Seguro Social que ingressaram no Instituto a partir de 2003 e recebem salários diferenciados, pleiteando isonomia salarial para essas

duas funções.

INSALUBRIDADE NO INSS - No dia 19 de janeiro passado, após grande batalha judicial e administrativa movida pelo Sinsprev e a fede-ração nacional (Fenasps), o INSS editou orientação interna (nº 01/INSS/DRH) para que as unidades de recursos humanos procedam à contagem de tempo de serviço público prestado sobre condições insalubres até dezembro de 1990.

Entre outras medidas, o Sinsprev ingressou em 2008 com mandado de segurança em Brasília e, juntamente com a Federação, também proto-colou requerimento junto ao RH do INSS e do Ministério do Planejamen-to, Orçamento e Gestão (MPOG), exigindo o cumprimento do acórdão 2008/2006 do Tribunal de Conta da União - que reconhece a averbação do tempo insalubre trabalhado até 11 de dezembro de 1990.

Os servidores serão beneficiados com o acréscimo de tempo de serviço (à razão de 20% para mulheres e 40% para homens) ao período traba-lhado em seus prontuários, possibilitando a antecipação da aposenta-doria ou a revisão dos benefícios de quem já se aposentou. É necessária comprovação do tempo trabalhado em condições insalubres.

Aqueles que ainda não preencheram requerimento que está no site do sindicato (www.sinsprev.org.br), devem faze-lo o mais breve possível e protocolar o documento junto ao RH, em duas vias, com cópias dos contracheques do período em que recebiam adicional.

Quem já se aposentou proporcionalmente deve preencher também o anexo II (também disponível no site), para a revisão de aposentadoria, e protocolar junto com o requerimento de averbação.

REPOSIÇÃO DE VALORES AO ERÁRIO - O Sinsprev tem obtido êxito em todas as liminares pedidas contra decisões administra-tivas do Ministério da Saúde e do INSS que determinam a devolução de verbas recebidas pelos servidores. Quem sofrer esse tipo de desconto ou for avisado de possível desconto deve entrar imediatamente em contato com o departamento Jurídico para verificar que medidas poderão ser tomadas.

PCCS DA SAÚDE - O sindicato aguarda o julgamento de um re-curso do Ministério (embargo de declaração) para iniciar a execução.

28,86% DO INSS (ação coletiva) - Quando houve o jul-gamento da ação, o Judiciário determinou que fossem realizadas duas

duas funções.

INSALUBRIDADE NO INSS - No dia 19 de janeiro passado, após

Outras ações movidas pelo jurídico do Sinsprev

Página 06 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

10º Consinsprev

Assembleia remarca 10º CONSINSPREV para derrotar intervenção

Centenas de servidores presen-tes à assembleia estadual do dia 19 de dezembro decidiram reabrir o processo de realização do 10º CON-SINSPREV. O Congresso foi anu-lado por decisão judicial solicitada pela Oposição/CUT, que afi rmou de forma inverídica no processo que se-ria realizada eleição da diretoria do Sinsprev no evento realizado no fi nal de novembro.

Os servidores mais uma vez repu-diaram a oposição, mas reiteraram a posição da diretoria do sindicato de cumprir a determinação judicial para evitar que a Oposição/CUT tenha qualquer brecha jurídica para inviabi-

lizar o funcionamento do sindicato. O 10º CONSINSPREV será nova-

mente realizado entre os dias 3, 4 e 5 de abril de 2009.

Como indicativo ao congresso, foi aprovado período de 15 a 18 de abril para realização das eleições para es-colha da nova direção do sindicato.

Para garantir a realização de todo esse processo e o cumprimento inte-gral da decisão judicial, a fi m de não colocar o sindicato sob ameaças, a categoria decidiu também prorrogar o mandato da atual gestão até a pos-se da próxima diretoria, que deverá acontecer imediatamente após a apu-ração do processo eleitoral.

Categoria aprovou decisão da diretoria de cumprir liminar expedida pela 5ª Vara do Trabalho, para impedir novos ataques da Oposição/CUT à liberdade de organização sindical dos trabalhadores da Saúde e Previdência

Orientações para participar do 10º CONSINSPREV

Prazo para inscrição de teses - até às 18 horas do dia 20 de fevereiro. As teses devem ser entre-gues digitadas na secretaria do Sinsprev ou encami-nhadas para o e-mail <[email protected]>.

Prazo para eleição de delegados - a partir do dia 16 de fevereiro está autorizado o agendamento de assembleias nos locais de traba-lho, sendo que – de acordo com o estatuto – as mesmas podem acontecer entre 26 de fevereiro e 20 de março. As datas das assembleias devem ser informadas à direção do sindicato com dez dias de antecedência através do email <[email protected]> ou via fax (11-3361.4344).

Quem marca a assembleia - os repre-sentantes dos locais de trabalho, as delegacias regionais ou a direção do sindicato, cabendo a quem agendou divulgar a assembleia no local de trabalho.

Divulgação - o sindicato dará publicidade ao calendário das assembléias.

Comprovação da eleição dos delega-dos - as atas das assembleias para eleição dos delegados devem ser encaminhadas por fax (11-3361.4344) à secretaria do sindicato no prazo máxi-mo de 48 horas da sua realização. O documento ori-

ginal deverá ser entregue na secretaria do Sinsprev até, no máximo, às 18 horas do dia 23 de março.

Critérios para eleição dos delegados - poderão ser eleitos 1 delegado a cada 5 presentes nas assembleias, ativos ou aposentados. Todos os participantes da assembléia deverão informar na lista de presença a matrícula SIAPE.

Critérios para eleição dos observa-dores - poderão ser eleitos na proporção 20% dos delegados eleitos. Por exemplo, se um local de trabalho eleger 10 (dez) delegados poderá eleger até 2 (dois) observadores.

Critérios para participação de suplen-tes - os suplentes eleitos em assembleia somente participarão do Congresso no caso da ausência dos delegados.

Orientações gerais - todos os delegados, observadores e suplentes deverão preencher ficha de inscrição e encaminhá-la junto com a ata da assembléia local.

Participação de dependentes - O Sins-prev garantirá acomodação para os filhos de parti-cipantes eleitos ao congresso, até 12 anos, mediante apresentação da ficha de inscrição e de documento de identificação também enviado junto com a ata da eleição.

Diferentemente da campanha que a oposição cutista vem fazendo na categoria para tentar desmoralizar a decisão da categoria, o juiz da 5ª Vara do Trabalho de São Paulo, Edilson Soares de Lima, expediu despacho com a decisão de que não há qualquer irregularidade na assembleia realizada no dia 19 de dezembro de 2008.

Ao contrário do que a oposição cutista vem divulgando ilegalmente via e-mail institucional, a decisão tomada de forma legítima é de com-pleta valia. Sistematicamente a oposição busca impedir que a categoria decida sobre seu próprio destino. Foram várias tentativas via justiça, pela mesma 5ª Vara do Trabalho, de inviabilizar a atuação desse sindicato, com o objetivo, na verdade, de facilitar a vida do governo na implemen-tação das 40 horas, da produtividade e dos ataques aos aposentados.

Sendo assim, o aprovado na assembleia está valendo, como a pror-rogação da atual diretoria até a próxima gestão tomar posse, o calen-dário congressual da categoria e as eleições para a diretoria do Sins-prev. O reconhecimento da assembleia reafirma que os trabalhadores é que devem garantir a defesa da liberdade de organização sindical e as nossas reivindicações.

Diferentemente da campanha que a oposição cutista vem fazendo

Justiça reconhece legalidade da assembléia geral da categoria

Ato de apoio ao Sinsprev contra a intervenção lotou auditório

Assembleia estadual: servidores decidem rumos do sindicato

Foto: Leon Cunha

Foto: Manoel Messina

A 2ª Vara do Trabalho de Marília concedeu sentença no último dia 16 de janeiro condenando nove integrantes da oposição ao Sinsprev (ligados à Arti-culação Sindical/CUT) a pagar as custas processuais da ação de número 01077-2006-101-15-00-3 e julgou improcedente o pedido de afastamento da atual dire-toria da Delegacia Regional de Marília. Os servidores processaram o sindicato e a diretora da Regional – Ivonilde Vilela da Costa – alegando que a dirigente legitimamente eleita pela categoria havia se auto-intitulado diretora da Regional e que o sindicato teria repassado verbas a Ivonilde irregularmente.

Ao analisar o processo, a juíza Keila Nogueira Silva verifi cou que os autores da ação não apresentaram nos autos prova de nada do que alegavam. Além dis-so, eles diziam ter realizado uma assembléia “legitimada” pela categoria – que na verdade aconteceu apenas na APS da cidade, excluindo os trabalhadores da Saúde da decisão sobre a direção da Delegacia Regional. A juíza afi rmou ainda que “os reclamantes não observaram as regras do estatuto, que é a lei do sindi-cato e não pode ser desconsiderada”.

Cabe recurso à decisão, mas a análise do processo em primeira instância já deixa claro que o objetivo da oposição era, na realidade, criar uma Delegacia Regional paralela ao sindicato, à revelia do estatuto e ainda por cima causando imbróglios processuais. Esta tem sido a prática da oposição, que sistematica-mente tem sido derrotada pela categoria.

Prazo para eleição de delegados -partir do dia 16 de fevereiro está autorizado o agendamento de assembleias nos locais de traba-lho, sendo que – de acordo com o estatuto – as mesmas podem acontecer entre 26 de fevereiro e 20 de março. As datas das assembleias devem ser A 2ª Vara do Trabalho de Marília concedeu sentença no último dia 16 de

Judiciário derruba tentativa de golpe da oposição em Marília

Página 07 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

Assembleia remarca 10º CONSINSPREV para derrotar intervenção

Saúde

Salário de fevereiro na Saúde incorpora novas mudanças previstas na lei

Lei foi produto da luta da categoria para mudar o acordo fi rmado pela CUT/CNTSS/Condsef e o governo Lula

Em fevereiro deste ano os trabalha-dores da Saúde federal em todo o país terão nova mudança na estrutura remu-neratória, com efeitos no salário que será pago no início de março. As alterações são decorrência da lei 11.784/08 (que teve origem na medida provisória 431). Ainda restam as parcelas de julho/2010 e julho/2011.

À época do processo de aprovação da MP a categoria realizou mobilizações nos estados e uma marcha a Brasília convo-cada pela federação nacional (Fenasps) para reverter os efeitos nocivos do acordo fechado na calada da noite pela CUT/CNTSS/Condsef com o governo Lula. O “acordo” assinado pelos governistas fazia com que os aposentados perdessem cerca de 30 reais dos seus salários em relação à proposta negociada pela categoria quan-do da greve de 2005, que conquistou a incorporação dos 47,11% do PCCS para os trabalhadores da Saúde. Com o pro-cesso de luta impulsionado pela Fenasps conquistou mudanças no acordo.

As principais mudanças foram: 1) a incorporação do PCCS (47,11%) ao vencimento básico dos servidores manti-vesse os critérios do acordo � rmado pela Fenasps na greve de 2005; 2) evitar que fosse ampliada a quebra da paridade entre ativos e aposentados; e 3) a incorporação de algumas grati� cações.

Mas a lei revogou a complementação do salário-mínimo nos moldes que era paga anteriormente (sobre o vencimento básico). Agora, a complementação será paga sobre a remuneração (conjunto das vantagens salariais permanentes recebi-

das pelo servidor). Isso é um problema porque, no futuro, com os aumentos do salário mínimo, os valores relativos ao vencimento-básico das carreiras poderão � car menores que o salário-mínimo.

A lei também trouxe mudanças nas regras do estágio probatório para os ser-vidores que assumirem o cargo após se-tembro de 2008. Nesses casos, o prazo de estágio probatório foi aumentado de dois para três anos, sendo uniformizado com o prazo para aquisição de estabilidade no emprego. É importante ressaltar que esta regra só vale para os ingressos após setem-bro do ano passado.

O que muda nos salários A partir de fevereiro deste ano serão

incorporados aos proventos-básicos o valor da GAE (grati� cação de atividade executiva) e a VPI (vantagem pecuniária individual), no valor de R$ 59,87, para todos os servidores. A grati� cação criada pela lei 11.784/08 (GDPST) permanece sendo paga em 80 pontos do seu valor

máximo para os servidores ativos até que haja regulamentação. Para os servidores aposentados a GDPST sobe de 40 para 50 pontos.

Se houver a regulamentação da GDPST ao longo deste ano, a grati� ca-ção valerá entre 30 e 100 pontos, sendo que até 20 pontos se destinarão à avalia-ção de produtividade individual, enquan-to que até 80 pontos � carão reservados para a avaliação institucional. A Fenasps o Sinsprev continuarão lutando pela in-corporação de todas as grati� cações, mas é importante que os servidores � quem alertas para esta possibilidade.

Também passa a ser paga aos servi-dores ativos, aposentados e pensionistas de nível auxiliar a GEAAPST (grati� -cação especí� ca de atividades auxiliares da carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho), que reclassi� cou os níveis da carreira.

Os servidores ativos, aposentados e pensionistas de nível superior vão incor-porar a GTNSPST (grati� cação tempo-

rária de nível superior da carreira da Pre-vidência, da Saúde e do Trabalho), � xa, no valor de R$ 118,50. Esta grati� cação começou a ser paga em março de 2008.

Mudanças nas aposentadorias

A lei 11.784 também alterou alguns dispositivos da lei 8.112/1990 (Regime Jurídico Único dos servidores federais) e avançou na regulamentação dos reajustes das aposentadorias e pensões concedidas com base no artigo 2º da emenda cons-titucional 41/2003 (“reforma” da Previ-dência do governo Lula) e no artigo 40 da Constituição. Os primeiros re� exos salariais para os servidores do Ministério da Saúde ocorreram em julho de 2008, quando o governo pagou os atrasados da primeira etapa, retroativos a março da-quele ano.

As mudanças colocadas pela lei 11.784/08 con� rmaram que, a partir de janeiro de 2008, a atualização desses pro-ventos e pensões se dará nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios do Regime Ge-ral de Previdência Social.

Os servidores que se aposentaram en-tre fevereiro de 2004 e dezembro de 2007 terão que buscar judicialmente a mesma regulamentação para não perderem o INPC acumulado nesse período, que foi de 19,37%. O Jurídico do Sinsprev pro-moverá ação reivindicando essa equipa-ração.

Com informações do Sindprevs/SC.

JORNAL DO SINSPREV é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo. -- Filiado a Fenasps e a CNTSS/CUT Jornalista responsável: Luciana Araujo (MTb: 39715). Jornalista: Alexandre Dornelles (MTb 13.586). Editoração Eletrônica: Leon Cunha (Mtb 50.649). Fotolitos e Impressão: Editora Forma Certa. Tiragem: 25 mil exemplares. Endereços: Sede Capital – Centro: Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar – Centro - Fone: (11) 3361-4344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01034-000. Sede Capital – Aclimação: Rua Senador Felício dos Santos, 404 – Aclimação - Fone: (11) 3207-9344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01511-010. Sub-Sede de Guarulhos: Rua Dr. Eloy Chaves, 208 - Vila Sorocabana - Guarulhos – SP - Fone (11) 6421-0175 - CEP: 07024-181. Delegacia Regional de Araçatuba: Rua Euclides da Cunha, 48 – Araçatuba - Fone/Fax: (18) 3625-9002 - E-mail: [email protected] - CEP: 16015-453. Delegacia Regional da Baixada Santista: Av. Bernardino de Campos, 145ª - V. Belmiro – Santos - Fone (13) 3221-3028 - E-mail: [email protected] - CEP: 11065-001. Delegacia Regional de Marilia: Rua Julio de Mesquita, 112 – Jd Maria Izabel – Marilia - Fone/Fax: (14) 3433-8159 - E-mail: [email protected] - CEP: 17515-230. Delegacia Regional de Piracicaba: Av Armando Salles Oliveira, 642 – Centro – Piracicaba - Fone/Fax (19) 3433-3920 ou 3434-3309 - E-mail: [email protected] - CEP: 13400-010. Delegacia Regional de Presidente Prudente: Rua Francisco Machado de Campos, 503 - Vila Nova - Presidente Prudente - Fone (18) 3223-1800 - E-mail: [email protected] - CEP: 19010-300. Delegacia Regional de Ribeirão Preto: R. Amador Bueno, 983 – Centro - Ribeirão Preto - Fone/Fax (16) 3625-3228 - E-mail: [email protected] - CEP: 14010-070. Sub-Sede de Barretos: Rua Avenida 13, 570 – Centro - Barretos – SP - Fone (17) 3323-6859 - E-mail: [email protected] - CEP: 14780- 615. Delegacia Regional de São José do Rio Preto: Rua Major Joaquim Borges de Carvalho, 497 – V. Angélica - São José do Rio Preto - Fone/Fax (17) 3215-3648 - E-mail: [email protected] - CEP: 15050-170. Delegacia Regional do Vale do Paraíba: Rua Mauricio Diamante, 45 – Jd Matarazzo – São José dos Campos - Fone/Fax: (12) 3923-9037 - E-mail: [email protected] - CEP: 12209-570. DIRETORIA COLEGIADA - ADMINISTRAÇÃO: Denise Maria Solimar Diana, Gilceli Leite Lima, Josias de Jesus; APOSENTADOS: Edna Lopes Rosa, Maria Aparecida Vicente Assencio, Gilberto Silva; ASSUNTOS JURÍDICOS: Sandro Paulo Sabbauskas, Gilmar Rodrigues Miranda, Maria das Graças Alves Candido; CULTURAL E POLÍTICAS SOCIAIS: Irene Guimarães dos Santos, Tereza Aparecida da Costa, Eli Nunes dos Santos Rossignatti; DELEGACIAS E NÚCLEOS: Silvia Helena Garcia Barreto, Cláudio José Machado, Maria do Carmo Simões de Oliveira; FINANÇAS: Deise Lucia do Nascimento, Regina Célia Porfírio de Lima Silva, Nair Assis de Oliveira; FORMAÇÃO POLÍTICA E RELAÇÕES INTER-SINDICAIS: Rita de Cássia Pinto, João Maia, Nélson Novaes Rodrigues; IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Fábio Antonio Arruda, José Rubens Decares, Higino de Souza Pacanaro; SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: Vinicius Vasconcelos, Rita de Cássia Assis Bueno, Felipe Antonio Neto; SUPLENTES: Flávio Milton de Souza, Inez Alquati, Vanessa Marques Castilho Hachuy, Marcelo Gomes de Santana, Maria Angelita da Silva; CONSELHO FISCAL: Leandro Gomes Zamboni, Gilberto Santos, Márcia Antonia P. Puerro, Simone dos Santos, Maria do Carmo Damaceno; SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL: Odalina Bueno de Camargo, José Elesbão Souza dos Santos.

rária de nível superior da carreira da Pre-vidência, da Saúde e do Trabalho), � xa, no valor de R$ 118,50. Esta grati� cação

Nova estrutura remuneratória em fevereiro

• Vencimento-básico: provento básico + GAE + VPI (R$ 59,87) + 5,8% do PCCS (já incorporado);• GDPST: 80 pontos para ativos e 50 pontos para aposentados e pensionistas;• NÍVEL SUPERIOR: ativos, aposentados e pensionistas incorporam a GTNSPST (R$ 118,50);• NÍVEL AUXILIAR: ativos, aposentados e pensionistas passam a receber a GEAAPST (tabela da classe “Especial”).

Página 08 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 258 2 de fevereiro de 2009

Crise Mundial

Desemprego, redução de salários e de direitos: a face da crise para os trabalhadores

Os trabalhadores já sentem os primeiros efeitos da crise mundial no Brasil sob a forma das demissões. Segundo dados do próprio governo federal (do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), só em dezembro foram fechados 654 mil postos de trabalho - o pior resul-tado para o mês em uma década.

A ameaça de aumento do desem-prego tem levado diversas categorias a organizarem manifestações contra as demissões. No último dia 24 (sá-bado), os metalúrgicos de São José Campos realizaram ato na Praça Afonso Pena, a partir das 10 horas, contra as 802 demissões promovidas pela General Motors na planta da-quela cidade. Outros 802 funcioná-rios da GM em São Caetano do Sul também foram mandados embora. A Intersindical e a Conlutas participa-ram da organização do ato.

No dia 30, um debate promo-vido por várias entidades durante o Fórum Social Mundial discutiu a im-portância da unidade dos movimen-tos sociais combativos para enfrentar o grave momento da economia mun-dial sob uma perspectiva dos traba-lhadores.

Para o dia 11 de fevereiro está mar-cado um ato em frente à sede da Vale, no Rio de Janeiro, e no dia 12 do mês que vem acontecerão protestos em frente às sedes da Fiesp e da Fiemg.

Mesmo as centrais sindicais go-vernistas (CUT, CTB e Força Sin-dical) têm sido pressionadas por suas bases a se movimentarem. Ainda assim, contra os interesses dos tra-balhadores, têm feito acordos que reduzem salários, impõem bancos de horas e reduzem direitos.

Os patrões, por seu lado, levan-tam novamente a “necessidade” de

uma reforma trabalhista para � exi-bilizar direitos, reduzir salários, entre outros ataques. Mesmo depois de o governo ter liberado milhões de reais para salvar os empresários da crise. Só para as montadoras os governos Lula, Serra e Aécio Neves (MG) liberaram R$ 9,5 bilhões de reais. Outros R$ 3 bilhões foram liberados para a cons-trução civil pelo governo federal, por meio de linhas de crédito. E mais de R$ 160 bilhões foram para o sistema � nanceiro.

É na crise que o sistema capitalista se apresenta por interiro. Os patrões querem reduzir direitos e salários para saírem ainda mais fortalecidos. Os governos socorrem as empregas e aprovam leis que rebaixam direitos. Por isso, os trabalhadores devem se organizar para lutar contra esse sis-tema de exploração que aprofunda a miséria da classe trabalhadora.

Governo reafi rma ameaça de romper acordos com o funcionalismo * Organismos internacionais já falam em 56 milhões de empre-gos a menos em todo o mundo neste ano * Fenasps convoca plenária para 14 de fevereiro para discutir defesa dos direitos * Servi-dores e trabalhadores do setor privado precisam somar forças para enfrentar os ataques que já estão na pauta

Medidas para enfrentar a crise e garantir direitosDiante do agravamento da crise do sis tema

capitalista mundial, o Sinsprev está jun to com os lutadores comprometidos com a superação da barbárie que se intensifi ca sobre os traba-lhadores. Os patrões e os banqueiros nunca ga-nharam tanto como nos últimos anos e diante da crise do sistema capitalista, que expõe toda a sua ganância e irracionalidade, a conta mais uma vez sobra para os trabalhadores.

A crise que apareceu primeiro no sistema fi nanceiro atinge todos os ramos da produção, aprofundando o desemprego e a miséria para a classe trabalhadora enquanto os patrões, com a participação ativa dos governos e de sindi-catos e centrais parceiras atacam ferozmente as conquistas que os trabalhadores arranca-ram com luta e organização. A Intersindical, a Conlutas, junto com o MST, Pastoral Ope-rária e muitos movimentos que não se rende-ram às chantagens dos patrões se movem para organizar os trabalhadores para lutar contra os ataque que vêm através do desemprego, redu-ção de salários e redução de direitos.

É necessário reafi rmar as bandeiras de luta e intensifi car a mobilização, exigindo:Estabilidade no emprego e readmissão dos demitidos

Redução da jornada de trabalho sem redução salarial, para gerar novos empregosEstender o pagamento do seguro desempregoReajuste salarial e dos benefícios previdenciários de acordo com a inflaçãoAmpliar o investimento em políticas públicas que atendam às necessidades da população e gerem empregoReforma agrária, infraestrutura e crédito para os assentadosBarrar as reformas trabalhista e previdenciária defendida pelos patrões e pelo governoFim da criminalização dos movimentos sindical, social, popular

Barrar as reformas trabalhista e previdenciária defendida pelos patrões e pelo governoFim da criminalização dos movimentos sindical, social, popularFuncionalismo na mira

O governo já anunciou mais de uma vez que os acordos fi rmados com o funcionalismo no ano pas-sado, com parcelamento previsto até 2011, podem ser descumpri-dos. E aprovou emenda às MPs salariais, condicionando seu paga-mento à arrecadação.

No dia 27 de janeiro o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reafi rmou em declarações à gran-de imprensa que o governo ainda não tomou uma decisão sobre a preservação dos reajustes salariais do funcionalismo e a contratação

de novos servidores públicos fe-derais neste ano.

Foi anunciado também o blo-queio “preventivo” de R$ 37,2 bilhões no Orçamento da União, concentrado nas áreas sociais (à exceção do “Bolsa Família”, que garante a vitrine eleitoral do go-verno junto à parcela mais pobre da população) e custeio.

A federação nacional (Fenasps) já agendou para o dia 14 de feverei-ro, em Brasília, a próxima plenária nacional da categoria. A atividade vai discutir as iniciativas de mobili-

zação para reagir à possibilidade de novos ataques do Planalto.

Na mesma data acontecerão também os encontros setoriais dos trabalhadores do INSS, Anvisa, Saúde e Aposentados.

As atividades retomam a orga-nização da mobilização e já ini-ciam o ano debatendo a possibili-dade de uma nova greve nacional da categoria para garantir o pa-gamento de todas as parcelas dos acordos, contra a imposição da jornada de 40 horas semanais e as gratifi cações por produtividade.

Governo reafi rma ameaça de romper acordos com o funcionalismo * Fenasps convoca plenária para 14 de fevereiro para discutir defesa dos direitos

Ato contra as demissões promovidas pela General Motors em São José dos Campos

Foto: Tanda Melo

Foto: Tanda Melo