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  • MMaannuuaall PPrrttiiccoo

    ddee

    MMaarrcceennaarriiaa

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    Nosso papel de primeira. A composio eletrnica e

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  • Domingos Marcellini

    Instrutor-chefe do SENAI

    MMaannuuaall PPrrttiiccoo

    ddee

    MMaarrcceennaarriiaa

    Desenhos de

    Joseph Springmann

  • NNDDIICCEE

    Introduo

    O valor da arte mobiliria 11

    Como se chega a ser bom marceneiro 14

    O que se deve observar na confeco de uma obra perfeita 15

    Organizao e direo de oficina 15

    CAPTULO I-Ferramentas de marcenaria

    O banco e a caixa de ferramentas de marcenaria 18

    Ferramentas de marcenaria 20

    Quando as ferramentas no cortam ou no trabalham bem 43

    Zelo e conservao do banco e das ferramentas 44

    Amolagem e conservao 45

    CAPTULO II-Maquinaria

    Serras mecnicas 47

    Como se enrola uma serra de fita 51

    Mquinas-ferramentas 52

    Furadeiras 55

    Mquinas especiais 56

    Tupia 62

    Respigadeira 67

    Causas dos acidentes nas mquinas 68

    Prevenes de Acidentes 69

  • Transmisso 71

    Relao de rotao 71

    Disposio das mquinas 75

    Cores condicionadas 76

    Lubrificantes 77

    CAPTULO III-Matria-prima

    A madeira 84

    Composio do tronco 86

    Noes de fitogeografia 87

    Corte e transporte da madeira 89

    Serragem racional da madeira 90

    Classificao das madeiras em moles e duras 93

    Estados da madeira 95

    Propriedades das madeiras 96

    Nomenclaturas das madeiras 99

    Madeiras do Estado de So Paulo 103

    Outras madeiras do Estado de So Paulo 104

    Madeiras do Estado do Par 105

    Secagem da madeira 108

    Preparo da madeira para a colagem 109

    Madeira compensada 111

    Matria plstica 112

    CAPTULO IV-Materiais diversos

    Cola a frio (casena) 114

    Cola de gelatina (ou animal) 116

    Pregos e Parafusos 117

    Tabela de chapas e arames segundo a fieira de Paris 119

    Materiais para polimento 121

    Ferragens para mveis 121

  • CAPTULO V-Construo

    Noes gerais 129

    Junes em marcenaria 150

    Mveis para sala de jantar 157

    Mesa elstica 159

    Mveis de desarmar 163

    As gavetas 165

    Fundos 166

    O que se condena em alta marcenaria 173

    Vcios e defeitos que o ebanista deve evitar 173

    Molduras 176

    Tcnica de furar com badame 191

    Junes 192

    CAPTULO VI-Lustrao

    Substncias que entram na preparao dos vernizes volteis e

    gordos, e na colorao das madeiras 198

    Corantes e mordentes 201

    Mordentes cinzentos 205

    Mordentes azuis 206

    Mordentes amarelos 207

    Mordentes verdes 209

    Mordentes negros 209

    Mordentes violetas 2J0

    Tintura cor de laranja 211

    Tintura pardo-escura 211

    Mordentes vermelhos 211

    Receita para descorar as madeiras 213

    Fingimento de madeiras 213

    Fingimento de bano 216

    Para se obterem madeiras negras 217

  • Receitas dos vernizes volteis e gordos 218

    Vernizes volteis 220

    Vernizes gordos 221

    Verniz de breu 222

    Composio do verniz-Martin 222

    Receitas vrias 223

    CAPTULO VII-Entalhao, tornearia, empalhao,

    estofaria

    Entalhao 226

    Simetria e concordncia de linhas 227

    Tornearia 233

    Empalhao 234

    Estofaria 238

    Operaes de estofaria 239

    CAPTULO VIII-Matemtica aplicada

    Introduo 244

    Sistema mtrico ou decimal 248

    Exemplos de cubagem 250

    Figuras geomtricas 253

    Frmulas das reas e dos volumes 256

    Exemplos de redao 257

    Oramento de uma camiseira 258

    CAPTULO IX-Os Estilos Arquitetnicos e Mobilirios

    Antigidade 260

    Idade Mdia 263

    poca Moderna 266

  • INTRODUO

    O VALOR DA ARTE MOBILIRIA

    "Com o desejo de agradar surgiu o suprfluo e

    com o suprfluo nasceu a arte."

    Como so rarssimos os mveis, at mesmo os mais baratos que,

    ao lado da utilidade, no apresentam alguma coisa de suprfluo,

    conclui-se que, ao contrrio do que dizem alguns, a marcenaria arte, e

    arte til e bela.

    Quando se considera a ebanistaria, no se sabe por que mais se

    deve admir-la, se pela esttica que emociona e deslumbra, se pela

    utilidade que tanto conforto proporciona ao lar.

    Os atributos da ebanistaria so tantos e to claros que, para

    apreci-los, basta encarar essa arte, em sucinta exposio, debaixo de

    seus principais pontos de vista, a saber:

    Histrico. A histria da arte mobiliria teve incio quatro ou

    cinco mil anos A.C., com a fundao da cidade de Mnfis. Comeando,

    nas margens do Nilo, por estilizar as flores e as folhas do lodo da flora

    faranica, atingiu logo tal fausto que, desde aquelas eras at os dias

    presentes, tem-se medido o grau de civilizao dos povos, no s pelos

    edifcios suntuosos, pela escultura ou pela literatura, como, tambm,

    pela histria dos mveis artsticos e milenares.

    Milenares, porque, quando confeccionados com cola de muita

    resistncia e madeiras quase incorruptveis, tais como o boo, o cedro

    do Lbano, o cipreste, a oliveira, os jacarands, as cavinas, etc,

    desdenham, conservados nos palcios ou nos museus, da ao

    destruidora dos sculos.

    Arquitetnico. A marcenaria a arquitetura lgnea, como se diz

    em italiano, pelo que os conhecimentos do Vignola so to necessrios

  • aos desenhistas de mveis quanto ao arquiteto.

    A arquitetura, diz P. Mantegazza, foi a primeira arte criada pelos

    homens. E, como no se concebe um edifcio sem mveis, conclui-se

    que essas artes andaram sempre de mos dadas, inspirando-se

    mutuamente e evoluindo ao mesmo tempo, porquanto no se

    harmoniza uma casa de determinado estilo com moblias de estilo

    diverso.

    Esttico. O ebanista se preocupa tanto com a esttica, que no

    raro a beleza do mvel de luxo sobrepuja a dos palcios, j pelos efeitos

    naturais da madeira, j pelo verniz, j pela preciosidade e variedade da

    matria-prima, pela delicadeza do todo, como dos detalhes.

    Nas grandes exposies em que figuram muitas artes, so os

    mveis que mais maravilham e que despertam com mais intensidade o

    desejo de posse.

    Os mveis expostos vista so, para todos, o paraso dos olhos e

    o sonho do corao, porquanto, no lar, constituem o bem-estar e o

    conforto da famlia.

    Utilitrio. Sob o ponto de vista utilitrio, a arte da marcenaria

    incomparvel. Alm da ordem que por ela se obtm numa casa, por si

    s decora o ambiente.

    Estilstico. A fonte criadora, na ordem decorativa da

    marcenaria, inexaurvel. Para a sua evoluo estilstica lana mo dos

    assuntos da natureza e da fantasia do artista. E com esses elementos,

    plasmados com engenho e arte, e mediante o concurso de suas

    constantes novidades, surpreende e emociona.

    Educacional. Como prova do seu valor educativo, basta

    lembrar que, h poucos anos, os congressos americano e argentino

    acharam a arte da madeira a mais educacional de todas.

    Efetivamente, ela ensina o rigor das superfcies planas e curvas,

    as medidas de preciso, a economia, etc.

    Enquanto muitos artfices de outras artes ficam de braos

    cruzados, olhando as mquinas de que se utilizam, o ebanista maneja

    todas as suas ferramentas, num exerccio saudvel, para confeccionai"

  • e aperfeioar seus trabalhos de feitura artstica.

    O marceneiro vai buscar na pilha as tbuas em bruto com que

    faz o mvel, que no raro agrada pela riqueza de suas linhas, ou

    maravilha pelo rigor de seu acabamento e beleza das madeiras finas, ao

    passo que operrios de outros ofcios recebem, apenas para montar, as

    peas quase prontas das sees correlativas.

    Saudvel. Os mesmos congressistas americanos e argentinos,

    se conhecessem a fundo a arte da madeira, teriam acrescentado que,

    tambm neste particular, nenhuma outra lhe leva a palma.

    No exerccio da marcenaria nenhuma das posies de trabalho

    fora o artfice a ficar em atitude prejudicial ao seu fsico. Pelo

    contrrio, todas desenvolvem e robustecem o indivduo.

    O p inalado das madeiras tido por muitos mdicos como

    medicinal. Efetivamente, nunca se soube que um marceneiro viesse a

    sofrer dos pulmes.

    Lucrativo. Haver, porventura, outra arte que sobrepuje em

    rendimento a do mobilirio? Por certo que no, pois so contadas aos

    milhes as pessoas que vivem dessa arte. Bastaria a simples estatstica

    da venda de mveis de um s dia, em todo mundo, para nos persuadir

    do quanto fabulosa a sua fonte de renda.

    A marcenaria, num certame como aquele que se realizou em

  • abril de 1936, na gua Branca (So Paulo), poderia apresentar uma

    moblia esttica