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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO FERNANDA SARMENTO DE OLIVEIRA LOUZANO VALIDAÇÃO DE ESCALA DIAGRAMÁTICA PARA MANCHA FOLIAR CAUSADA POR Pestalotiopsis sp. EM MUDAS DE COQUEIRO BELÉM 2019

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  • 1

    MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    FERNANDA SARMENTO DE OLIVEIRA LOUZANO

    VALIDAÇÃO DE ESCALA DIAGRAMÁTICA PARA MANCHA FOLIAR CAUSADA

    POR Pestalotiopsis sp. EM MUDAS DE COQUEIRO

    BELÉM

    2019

  • 2

    FERNANDA SARMENTO DE OLIVEIRA LOUZANO

    VALIDAÇÃO DE ESCALA DIAGRAMÁTICA PARA MANCHA FOLIAR CAUSADA

    POR Pestalotiopsis sp. EM MUDAS DE COQUEIRO

    Trabalho de conclusão de curso apresentado à

    Universidade Federal Rural da Amazônia

    como requisito para obtenção de grau de

    Bacharel em Engenharia Agronômica.

    Orientadora: Dra. Gisele Barata da Silva e Co-

    Orientadora: Msc. Aline Figueiredo Cardoso.

    BELÉM

    2019

  • 3

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecas da Universidade

    Federal Rural da Amazônia

    Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

    L886v Louzano, Fernanda Sarmento de Oliveira Validação de escala diagramática para mancha foliar causada por Pestalotiopsis

    sp. em mudas de coqueiro / Fernanda Sarmento de Oliveira Louzano. - 2019.

    27 f.

    Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Agronomia, Campus universitário de Belém, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2019.

    Orientação: Profa. Dra. Gisele Barata da Silva Coorientação: MSc. Aline Figueiredo Cardoso.

    1. Plantas - doenças. 2. Coqueiros. 3. Pestalotiopsis. 4. Patometria. I. Silva, Gisele Barata da , orient.

    II. Título

    CDD 632.4

  • 4

  • 5

    À Valéria Santos (in memorian). Minha maior

    inspiração. Exemplo de fé, força e superação.

    Dedico.

  • 6

    AGRADECIMENTOS

    À Deus, por ser meu refúgio, fonte de força e consolo durante todo esse trajeto.

    Ao meu esposo, Marcos Joaquim Louzano, por seu maior incentivador, conforto nos

    momentos de angústia e por emanar energias positivas sempre que precisei. Sou grata

    por tê-lo ao meu lado durante todo o desenrolar dessa graduação e principalmente por

    não me deixar desistir.

    Aos meus pais, Célio Oliveira e Deize Sarmento, por toda a educação que me deram,

    por incentivarem a busca pelos meus objetivos e principalmente por mencionarem meu

    nome diante de Deus em oração.

    Aos meus amigos de graduação, Ana Karoliny Alves, Cássia Pinheiro, Waldiney

    Xavier, Jehmison Barradas, William Barros, Emanuela Nascimento e Victor Fernando,

    pela parceria e por toda contribuição que tiveram ao longo dessa caminhada.

    Aos companheiros de LPP (Laboratório de Proteção de Planta - UFRA), Laís Sena,

    Aline Chaves, Amanda Silva e Juliane Carvalho, por auxiliarem na execução desse

    trabalho.

    À Profa. Dra. Gisele Barata, pelo incentivo ao conhecimento e por toda a orientação.

    À Msc. Aline Cardoso, por se doar inteiramente a orientação desse trabalho, por toda

    dedicação, cobrança e, principalmente, por todo conhecimento repassado. És

    responsável por grande parte do que me tornei nessa busca pelo crescimento

    profissional.

    À Empresa Sococo, na pessoa do superintendente Dr. Paulo Manoel Lins, por

    disponibilizar seus funcionários e por permitir a coleta necessária para a realização

    desse trabalho.

    Ao Msc. Sidney Daniel Araujo, por nos conduzir até a Fazenda Reunidas Sococo

    sempre que foi necessário.

    À Universidade Federal Rural da Amazônia por proporcionar todo o conhecimento que

    adquiri ao longo desses anos e por me permitir vivenciar experiências que levarei pelo

    resto da vida.

    À todos que tiveram sua contribuição direta ou indireta para que esse trabalho fosse

    realizado.

  • 7

    RESUMO

    A ausência de uma metodologia para quantificar a mancha de Pestalotiopsis sp.

    em plantas de coqueiro (Cocos nucifera L.) justificou a elaboração e validação de uma

    escala diagramática contendo sete valores (2%, 5%, 10%, 15%, 20%, 40% e 60%) de

    severidade da doença, em uma amostragem em condições naturais de ocorrência no

    campo. Para elaboração da escala diagramática, 100 folhas de Cocos nucifera L. foram

    obtidas de campo experimental da Fazenda Reunidas Sococo no município de Santa

    Isabel, Pará. As imagens destas folhas foram obtidas com auxílio de uma câmera digital.

    Posteriormente, com o auxílio do software Assess 2.0 APS, foram obtidos os valores de

    severidade real da doença em termos percentuais. A validação da escala diagramática

    proposta foi realizada por dez avaliadores inexperientes que avaliaram as imagens

    projetadas sem auxílio da escala sugerida, e posteriormente, com auxílio da escala. A

    partir dos dados obtidos dos avaliadores com e sem escala foi realizada análise de

    regressão linear, relacionando a severidade real e a severidade estimada. A precisão das

    estimativas foi avaliada pelo coeficiente de determinação da regressão (R2) e pela

    variância dos erros absolutos. A acurácia de cada avaliador foi determinada por meio do

    teste t aplicado ao coeficiente angular da reta (b) e ao coeficiente linear da reta (a),

    ambos obtidos pela regressão linear. Através dos valores de coeficiente de

    determinação, é possível verificar que o uso da escala conferiu maior precisão a 100%

    dos avaliadores com média de 0,94 e repetibilidade de 94%. O uso da escala

    diagramática de mancha para Pestalotiopsis sp. possibilita trabalhos futuros com

    acurácia e precisão, assim como pode otimizar as práticas de controle da doença dentro

    de um programa de manejo no viveiro de mudas de coqueiro.

    Palavras-Chave: Plantas-doenças; Coqueiros; Pestalotiopsis; Patometria.

  • 8

    ABSTRACT

    The absence of a methodology to quantify the Pestalotiopsis sp. in coconut

    trees (Cocos nucifera L.) justified the elaboration and validation of a diagrammatic

    scale containing seven values (2%, 5%, 10%, 15%, 20%, 40% and 60%) of disease

    severity in sampling in natural conditions of occurrence in the field. To elaborate the

    diagrammatic scale, 100 leaves of Cocos nucifera L. were obtained from

    the experimental field of Reunidas Farm Sococo in the municipality of Santa Isabel,

    Pará. The images of these leaves were obtained with the aid of a digital

    camera. Subsequently, with the aid of Assess 2.0 APS software, the values of the

    disease's actual severity were obtained in percentage terms. The validation of the

    proposed diagrammatic scale was carried out by ten inexperienced evaluators who

    evaluated the projected images without the aid of the suggested scale, and later with the

    aid of the scale. From the data obtained from the evaluators with and without scale a

    linear regression analysis was performed, relating the real severity and the estimated

    severity. The precision of the estimates was evaluated by using the regression

    coefficient determition (R2) and the variance of absolute errors. The accuracy of each

    evaluator was determined by using the test t applied to the angular coefficient of the line

    (b) and the linear coefficient of the line (a), both obtained by linear regression. Through

    the coefficient of determination values, it is possible to verify that the use of the scale

    gave greater precision to 100% of the evaluators with a mean of 0.94 and a repeatability

    of 94%. The use of the diagrammatic stain scale for Pestalotiopsis sp. possible future

    works with accuracy and precision, as well as can optimize disease control practices

    within a management program in the nursery of coconut tree seedlings.

    Keywords: Plant disease; Coconut tree; Pestalotiopsis; Pathometry.

  • 9

    Sumário

    INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 10

    1.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 12

    1.1 Coqueiro ............................................................................................................................ 12

    1.2. Importância econômica e social ....................................................................................... 13

    1.3. Manchas foliares .............................................................................................................. 13

    1.3.1. Manchas causadas por Pestalotiopsis sp. em mudas ................................................. 13

    1.4. Escala diagramática .......................................................................................................... 14

    2. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 15

    2.1. Objetivo geral ................................................................................................................... 15

    2.2. Objetivos específicos........................................................................................................ 15

    3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 16

    3.1. Local ................................................................................................................................. 16

    3.2. Identificação de lesão e isolamento de Pestalotiopsis sp. ................................................ 16

    3.3. Elaboração da escala diagramática ................................................................................... 17

    3.4. Validação da escala .......................................................................................................... 18

    3.5. Análise estatística ............................................................................................................. 18

    4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 19

    CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 23

    REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 24

  • 10

    INTRODUÇÃO

    O coqueiro (Cocos nucifera L.) é considerado uma planta rústica, cultivado em

    diversos países, sendo os maiores produtores Indonésia, Filipinas, Índia e Brasil. O

    Brasil é quarto maior produtor, destacamos os estados da Bahia (30, 3%), Sergipe

    (13,2%), Pará (11%) e Ceará (10,4%) com as respectivas contribuições na produção

    nacional. O estado do Pará é terceiro produtor nacional, com produção de 197.387 mil

    frutos (IBGE, 2017). O cultivo do coqueiro tem importância significativa na

    contribuição da economia brasileira, através da geração de empregos ao longo de toda

    sua cadeia produtiva até a indústria (CUENCA, 2001). Uma das principais vantagens

    em seu cultivo é que podem ser originados diversos produtos de alto valor econômico

    voltados para alimentação, cosméticos, artesanatos entre outros (EMBRAPA, 2010).

    No sistema produtivo do coqueiro existem fatores que podem prejudicar seu

    desenvolvimento, destacamos o fitossanitário responsável por danos e perda econômica

    significativa (WARWICK, 1989). As manchas foliares ocorrem principalmente em

    plantas adultas, como a Queima das folhas causada por Lasiodiplodia theobromae (Pat.)

    (Griffo; Maubl), a Lixa pequena causada por Phyllachora torrendiella (Batista)

    Subileau e a Lixa grande cujo agente etiológico é Sphaerodothis acrocomiae

    (Montagne) von Arx; Muller (WARWICK; LEAL, 2002).

    Na produção de mudas destacam-se as manchas foliares causadas pelo fungo

    Pestalotiopsis sp., este gênero pode apresentar três células centrais de coloração escura

    e duas células das extremidades de coloração clara e podem apresentar apêndices

    simples ou ramificados na célula apical e um apêndice simples na célula basal

    (KARAKAYA, 2001). Nas folhas, os sintomas são evidentes na forma de lesões

    arredondadas elípticas de bordas definidas, com coloração escura e tamanho entre 3 e 5

    mm. Com a expansão as lesões verificaram-se descolorações pardas avermelhadas e,

    posteriormente, o secamento das áreas das ráquis (CARDOSO et al., 2003).

    Para os estudos de severidade de doenças foliares uma das ferramentas propostas

    é o uso de escala diagramática, que consistem em representações ilustradas de partes de

    uma planta com sintomas em diferentes níveis de severidade (BERGAMIN FILHO;

    AMORIM, 1996). O uso de escala pode resultar em melhor compreensão de estudos

  • 11

    epidemiológicos, podendo propor estratégias de controle eficazes dando subsídios para

    a quantificação (HALFELD-VIEIRA; NECHET, 2006; TROJAN; PRIA, 2018)

    O objetivo foi elaborar e validar uma escala diagramática para estimar a

    severidade da mancha de Pestalotiopsis sp. em folhas de mudas de coqueiro para

    padronização da avaliação da severidade da doença.

  • 12

    1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

    1.1 Coqueiro

    O coqueiro (Cocos nucifera L.) é uma cultura presente em países de origem

    tropical, sua introdução no Brasil ocorreu no século XVI pelos colonizadores

    portugueses (BONDAR, 1955). Pertencente à classe Monocotyledoneae, ordem

    Palmales, família Arecaceae, antiga Palmacea, subfamília Cocoideae e gênero Cocos.

    Este gênero possui apenas a espécie Cocos nucifera L., (TEULAT et al., 2000;

    MOBOT, 2018) a qual é dividida em dois grupos de variedades: o coqueiro anão

    (variedade Nana) e o coqueiro gigante (variedade Typica), sendo as mais importantes

    (ARAGÃO et al., 1999; RIBEIRO; SIQUEIRA; ARAGÃO, 2002).

    A planta pode ter caule curvado ou ereto, além de estipe ausente de tecido

    meristemático, em comprimento, pode chegar, em média, a 18 m de altura. Possui

    sistema radicular característico de monocotiledôneas, fasciculado. Suas folhas são

    compostas e do tipo penada, podendo emitir de 12 a 18 folhas por ano. A inflorescência

    é do tipo panícula, axial, protegidas por brácteas do tipo espata, pode apresentar flores

    individualmente masculinas ou femininas e encontram-se na mesma planta. O fruto se

    apresenta como uma drupa e possui epicarpo (camada mais externa, fina e lisa),

    mesocarpo (casca fibrosa), endocarpo (camada dura) e o endosperma (camada carnosa

    onde forma a água de coco) (PASSOS, 1997; FRÉMOND; ZILLER; NUCÉ DE

    LAMOTHE, 1966; MIRISOLA FILHO, 2002).

    Para seu desenvolvimento, o coqueiro encontra condições favoráveis em

    ambientes com temperatura média anual de 27°C, umidade relativa superior a 60%.

    Necessita de intensidade luminosa em torno de 2.000 horas anuais, com precipitação

    anual de 1.500 mm em média (CHILD, 1974; FRÉMOND; ZILLER; NUCÉ DE

    LAMOTHE,1975; PASSOS, 2002). Possui bom desenvolvimento em solos arenosos ou

    areno-argilosos, com pH acima de 5, boa aeração e boa fertilidade (FONTES, 2002).

    Um processo crucial no estabelecimento de uma cultura é a produção e seleção

    de mudas. O uso de mudas sadias, com boa origem genética, sem defeitos de formação e

    livre de doenças e pragas, confere ao coqueiral em formação o desenvolvimento de

    plantas adultas vigorosas e com alta produtividade (FONTES; LEAL, 1998).

    As mudas de coqueiro podem ser obtidas através do método tradicional ou o

    método alternativo. Sendo o método tradicional aquele onde as mudas precisam ser

  • 13

    armazenadas em germinadouro e viveiro até estarem prontas para serem levadas ao

    campo, torno de 10 a 12 meses de idade, apresentando em torno de oito folhas. O

    método alternativo é o mais atual e mais utilizado entre os produtores, o método

    consiste em transplantar as mudas direto do germinadouro para o campo, sem a

    necessidade de passar pelo viveiro. Nesse sistema, as mudas levam de 4 a 6 meses para

    estarem prontas para o campo, apresentando em torno de 3 a 4 folhas vivas (FONTES,

    2002).

    1.2. Importância econômica e social

    A cultura do coqueiro tem importância significativa na economia em vários

    países, sua cadeia produtiva abrange atividades desde o cultivo, produção,

    beneficiamento, até fornecimento de matéria-prima para a indústria. O setor contribui

    direta e indiretamente na geração de empregos no comércio, transporte, indústria,

    insumos, têxtil, máquinas, equipamentos e embalagens. Além de o fruto ser consumido

    in natura, da planta pode ser originado mais de 100 produtos e subprodutos, como

    produção de óleo, ácido láurico, leite de coco, farinha, água de coco, fibra e ração

    animal. Além de ser uma planta muito utilizada no paisagismo (FERREIRA, 1998;

    CUENCA, 2002; SIQUEIRA; ARAGÃO; TUPINANBÁ, 2002; BATUGAL;

    BOURDEIX; BAUDOUIN, 2009, EMBRAPA, 2010).

    1.3. Manchas foliares

    Problemas fitossanitários são os principais limitantes na produção de coco.

    Dentre os quais, destacam-se as manchas foliares que podem ocorrer em plantas adultas

    ou ainda em fase de muda (GASPAROTTO; PEREIRA; DA SILVA, 1999; ANJOS et

    al, 2000). Assim como a queima das folhas causada por Lasiodiplodia theobromae

    (Pat.) (GRIFFON; MAUBL) (WARWICK; LEAL, 2002). As manchas foliares são

    doenças causadas em geral por fungos e podem ocorrer ainda em viveiros, onde

    encontram condições favoráveis ao desenvolvimento dos fungos devido principalmente

    as condições climáticas favoráveis (WARWICK, 1989).

    1.3.1. Manchas causadas por Pestalotiopsis sp. em mudas

    Pertencentes à família Amphisphaeriaceae, os fungos do gênero Pestalotiopsis

    sp. podem ser encontrados em solos, ramos, sementes, frutos e folhas e podem ser

    classificados como parasitas endofíticos (JEEWON; LIEW; HYDE, 2004). Possui como

  • 14

    característica a presença de conídios com cinco células, sendo três células medianas de

    coloração escura e duas células (apical e basal) hialinas (JEEWON; LIEW; HYDE,

    2002). Possuem apêndices podendo ser simples ou ramificados que saem da célula

    apical e um apêndice simples da célula basal. (KARAKAYA, 2001). Apresentam

    conidióforos que são produzidos em estruturas conhecidas como acérvulo (SUTTON,

    1980). São de fácil disseminação, penetram nos tecidos vegetais através de ferimentos

    ou aberturas naturais, infectando diversos hospedeiros. As manchas causadas por

    Pestalotiopsis sp. em mudas de coqueiro são caracterizadas por lesões arredondadas,

    elípticas de bordas definidas e escuras, que ao expandir na folha tornam-se pardas

    avermelhadas e posteriormente, secamento das áreas lesionadas (ANJOS et al, 2000).

    1.4. Escala diagramática

    As escalas diagramáticas são representações de diferentes níveis de sintomas de

    doença através de imagens ou ilustrações de plantas ou partes de plantas (BERGAMIN

    FILHO; AMORIM, 1996). Considerada a principal ferramenta para avaliar a severidade

    de muitas doenças, a escala diagramática é de fácil manuseio, é uma ferramenta barata e

    acessível. Antes de serem propostas como um método padrão de quantificação de

    determinadas doenças, as escalas diagramáticas devem ser validadas, com intuito de

    garantir precisão e acurácia que são conferidos à escala, baseados na experiência e

    percepção visual de cada avaliador. Há registro de escalas diagramáticas para várias

    culturas de interesse agronômico, como feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), inhame

    (Dioscorea cayennensis L.), citrus (Citrus spp.), cana-de-açúcar (Saccharum

    officinarum L.), soja (Glycine max), milho (Zea mays), entre outras (DÍAZ;

    BOSSANEZI; BERGAMIM FILHO, 2001; MICHEREFF; MAFFIA; NORONHA,

    2000; RODRIGUES; NOGUEIRA; MACHADO, 2002; AMORIM et al., 1987;

    MARTINS, 2004; TROJAN; PRIA, 2018).

  • 15

    2.OBJETIVOS

    2.1. Objetivo geral

    O objetivo deste trabalho é elaborar e validar escala diagramática para

    quantificação de mancha foliar causada pelo fungo Pestalotiopsis sp. em folhas de

    mudas de coqueiros.

    2.2. Objetivos específicos

    Avaliar amostras com sintomas de doenças;

    Determinar a severidade de manchas foliares com auxílio de software;

    Validar os dados obtidos;

    Comparar avaliações para validação de escala;

    Obter escala.

  • 16

    3. MATERIAL E MÉTODOS

    3.1. Local

    O experimento foi conduzido na fazenda Reunidas Sococo localizada no

    município de Santa Izabel – PA (1°13’26”S e 48°02’29”W), em parceria com

    laboratório de proteção de plantas-LPP da Universidade federal Rural da Amazônia-

    UFRA (1° 27' 31" S e 48° 26' 04.5" O).

    3.2. Identificação de lesão e isolamento de Pestalotiopsis sp.

    Amostras de 10 de folhas de 10 plantas diferentes apresentando sintomas da

    doença (Figura 1A) foram coletadas em viveiro e levadas para laboratório e realizados

    isolamentos direto, onde as amostras foram desinfestadas com álcool a 70%, hipoclorito

    de sódio a 2% seguido de enxágue com água estéril. Após este processo, as amostras

    foram colocadas em câmara úmida, caixas do tipo Gerbox, forradas com papel filtro

    estéril e umedecidos com água estéril, por 24 horas. Amostras de esporos foram

    coletados e cultivados em meio de cultura BDA (Batata-Dextrose-Ágar), e mantidos em

    temperatura de 25ºC, até ser observado o crescimento micelial das colônias e

    esporulação (BARNET; HUNTER, 1972). Foram confeccionadas lâminas

    semipermanentes para identificação até gênero com auxílio de microscópio Olympus

    X21(ALVES et al., 2011; MACIEL et al., 2012) (Figura 1).

    Figura 1. Sintomas de mancha provocada por Pestalotiopsissp.em mudas de

    coqueiro(A), colônias de Pestalotiopsis sp.em Ágar-Batata-Dextrose (BDA) (B) e

    conídios com apêndices apicais e basais (C).

  • 17

    Fonte: Cardoso, F.A. (2018).

    3.3.Elaboração da escala diagramática

    Foram coletadas 100 folhas de mudas de coqueiro, com diferentes valores de área

    afetada por manchas foliares, aleatoriamente (Figura 2). Essas folhas foram levadas para

    laboratório, onde foram selecionadas e fotografadas. Em seguida, cada folha foi

    analisada de acordo com a área lesionada, utilizando-se o programa Assess 2.0 APS,

    onde foram obtidos os valores de severidade real da doença em termos percentuais. A

    partir disso, foram determinadas as folhas de coqueiro com menor número de lesões e

    com maior número, estabelecendo assim, o limite inferior e o superior da escala

    diagramática, respectivamente. Os níveis intermediários de severidade da escala foram

    determinados de acordo com a lei de Weber-Fechner de acuidade visual. A partir dos

    valores obtidos, estabeleceu-se a escala diagramática (MARTINS et al., 2004).

    Figura 2. Amostras de folha apresentando sintomas de mancha de Pestalotiopsis sp. em

    mudas de coqueiro, para validação de escala diagramática.

  • 18

    Fonte: Cardoso, F.A. (2018).

    3.4. Validação da escala

    Para que a escala seja validada, as imagens das folhas com diferentes valores

    de área afetada foram apresentadas para diferentes avaliadores. Na primeira fase, 10

    avaliadores inexperientes avaliaram as imagens projetadas sem auxílio da escala

    sugerida, na segunda fase avaliadores inexperientes avaliaram as imagens com auxílio

    da escala. Os dados estimados pelos avaliadores foram tabelados e posteriormente

    foram comparados com os dados reais de severidade obtidos com o auxílio do programa

    Assess 2.0.

    3.5. Análise estatística

    A partir dos dados obtidos dos avaliadores com e sem escala foi realizada

    análise de regressão linear, considerando a severidade real como variável independente

    e a severidade estimada como variável dependente. A precisão das estimativas será

    avaliada pelo coeficiente de determinação da regressão (R2) e pela variância dos erros

    absolutos (severidade estimada menos severidade real). A acurácia de cada avaliador

    será determinada por meio do teste t aplicado ao coeficiente angular da reta (b) e ao

    coeficiente linear da reta (a), ambos obtidos pela regressão linear (severidade real x

    severidade estimada) (MARTINS et al., 2004).

  • 19

    4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Os valores mínimo e máximo de severidade da mancha de Pestalotiopsis sp.

    encontrados nas amostras foram 2% e 60% respectivamente (Figura 3). A escala foi

    desenvolvida com sete valores de severidade, para representar os intervalos de

    frequências mais altos de acordo com os valores encontrados no campo. A

    representação dos sintomas inclui apenas o tecido necrosado ou manchas cloróticas. Os

    sintomas são observados em folhas totalmente expandidas, com ocorrência de mancha

    de coloração parda na borda da folha que ao avanço da doença no tecido apresenta-se

    enegrecida sem forma determinada, quando ocorrendo na área central das folhas os

    sintomas são de manchas de coloração parda com forma arredondada definida. Na

    escala diagramática elaborada os valores que corresponderam a área foliar necrosada

    foram de 2, 5, 10, 15, 20,40 e 60% (Figura 3).

    Figura 3. Escala diagramática para mancha em folhas de mudas de coqueiro causada

    por Pestalotiopsis sp. de acordo com o programa Assess 2.0. Santa Isabel - PA.

    A acurácia é definida como a exatidão de uma medida isenta de erros

    sistemáticos (BERGAMIN FILHO; AMORIM, 1996), avaliando o coeficiente angular

    (b) e intercepto da regressão linear (a) entre severidades real e estimada, esperando-se

  • 20

    que a inclinação da regressão linear entre valores reais e estimados deve ser igual a 1,

    sem desvios sistemáticos, e o intercepto deve ser igual a 0 (NUTTER JR. et al, 1993).

    Quando a severidade da mancha foliar causada por Pestalotiopsis sp. em

    mudas de coqueiro foi estimada sem o auxílio da escala, sete avaliadores foram pouco

    acurados, sendo que os avaliadores 1, 2, 5, 6, 7 e 8 apresentaram valores dos interceptos

    significativamente diferentes de zero (P≤0,01) e o avaliador 9 apresentou coeficiente

    angular significativamente diferente de 1 (P < 0,01) (Tabela 1). Para a validação de

    escalas diagramática relatam-se que existe uma tendência em superestimar valores, o

    que pode ter ocorrido com os avaliadores sem uso de escala (SPÓSITO et al., 2004;

    HALFELD-VIEIRA; NECHET, 2006), tal fato é comprovado quando os avaliadores

    utilizaram escala proposta, pois os valores do intercepto (a) não diferiram de zero e nem

    os valores de coeficiente angular diferiram de 1, para nenhum dos avaliadores (P≤0,01)

    (Tabela 1).

    Tabela 1. Intercepto (a), coeficiente angular (b) e coeficiente de determinação (R²) das

    regressões lineares entre severidade obtida entre a severidade real e a estimada proposta

    dos diferentes avaliadores sem o auxílio de escala e com o auxílio de escala.

    SEM

    COM

    Avaliador a b R² Avaliador a b R²

    1 10,21* 0,89 0,65 1 0,79 0,97* 0,99

    2 5,24* 0,91 0,89 2 1,34 0,96* 0,97

    3 5,58 0,93 0,72 3 1,79 0,95 0,96

    4 5,78 1,15 0,59 4 0,97 1,01 0,96

    5 5,18* 0,88 0,79 5 0,73 0,99 0,99

    6 9,37* 0,77 0,76 6 0,54 0,96 0,99

    7 10,63* 0,77 0,63 7 4,24 0,86 0,80

    8 9,99* 0,78 0,68 8 3,33 0,90 0,93

    9 1,37 0,73* 0,73 9 1,87 0,86 0,88

    10 10,28 1,00 0,39 10 0,54 0,96* 0,97

    Média 7,36 0,88 0,68

    1,61 0,94 0,94 * situações em que a hipótese de nulidade (a=0 ou b=1) foi rejeitada pelo teste t (P < 0,01).

    A precisão de uma escala proposta para quantificação de doenças é definida

    como a exatidão de uma operação onde há rigor ou refinamento na medida, e pode ser

    avaliada pelo coeficiente de determinação da regressão (R2), valores aceitáveis

    próximos a 1, e pela variação dos erros absolutos, obtidos pela diferença entre

    severidades estimada e real (NUTTER JUNIOR; SCHULTZ, 1995; BERGAMIN

    FILHO; AMORIM, 1996). No presente trabalho verificou-se que sem o uso da escala os

  • 21

    coeficientes de determinação obtidos pelos avaliadores variaram 0,39 a 0, 89 com média

    de 0,68, e com a utilização da escala os coeficientes de determinação variaram de 0,80 a

    0,99 com média de 0,94 (Tabela 1). Através dos valores de coeficiente de determinação,

    é possível verificar que o uso da escala conferiu maior precisão a todos os avaliadores

    (Figura 4). Alguns autores recomendam treinamento com os avaliadores para reduzir a

    superestimativa da doença, visto que a acuidade visual humana detecta mais tecido

    doente do que tecido sadio (HOSFALL; BARRATT, 1945).

    Figura4.Severidade estimada de manchas foliares causadas por Pestalotiopsis sp. em

    mudas de coqueiro por 10 avaliadores inexperientes sem e como auxílio da escala e

    equações de regressão obtidas entre a severidade real (pontos cheios vermelhos) e a

    severidade estimada (pontos cheios azuis).

    SEM ESCALA COM ESCALA SEM ESCALA COM ESCALA

    y = 0.8929x + 10.2120

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 1

    y = 0.9754x + 0.79890

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 1

    y = 0.9151x + 5.24220

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 2

    y = 0.96x + 1.34940

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 2

    y = 0.9304x + 5.58810

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 3

    y = 0.956x + 1.79890

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 3

    y = 1.1521x + 5.78940

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 4

    y = 1.0156x + 0.97390

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 4

    y = 0.8838x + 5.18750

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 5

    y = 0.991x + 0.7330

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 5

    y = 0.7786x + 9.3740

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 6

    y = 0.996x + 0.43990

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 6

    y = 0.7727x + 10.6360

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 7

    y = 0.8686x + 4.24820

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 7

    y = 0.7801x + 9.9920

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 8

    y = 0.9009x + 3.3360

    20

    40

    60

    80

    0 20 40 60 80

    Avaliador 8

    SE

    VE

    RID

    AD

    E E

    ST

    IMA

    DA

  • 22

    Os erros absolutos, diferença entre valores absolutos de severidade estimada e

    real, mostram que ocorreu redução com o uso da escala proposta. O erro absoluto sem

    escala variou de -14,59 a 29,66%, e com o uso da escala variou de –6,59 a

    9,13%(Figura 5). Os valores do erro obtidos com uso de escala são considerados dentro

    dos padrões aceitáveis -10% e +10%, para avaliação de doenças (TOMERLIN;

    HOWELL, 1988; NUTTER JUNIOR; WORAWITLIKIT, 1989).

    A partir das análises verificou-se boa repetibilidade das estimativas, onde a

    quantidade média de variação dos avaliadores sem escala é explicada pela avaliação

    com escala em 94%. Em três avaliadores, o coeficiente angular foi significativamente

    diferente de 1 (P

  • 23

    CONCLUSÃO

    O uso da escala diagramática de mancha de Pestalotiopsis sp. possibilita

    trabalhos futuros com acurácia e precisão, assim como pode otimizar as práticas de

    controle da doença dentro de um programa de manejo no viveiro de mudas de coqueiro.

    -50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 3

    -50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 3

    -50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 4-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 4

    -50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 5-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 5-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 6-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 6

    -50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 7-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 7-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 8-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 8

    -50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 9-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 9-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 10-50

    -30

    -10

    10

    30

    50

    0 20 40 60

    Avaliador 10

    SEVERIDADE (%)

  • 24

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