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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UECIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS DISSERTAÇÃO PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE BIOMASSA EM CLONES DE Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla NO MUNICÍPIO DE MACAÍBA – RN JUCIER MAGSON DE SOUZA E SILVA Macaíba-RN 2015

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  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

    UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UECIA

    PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

    DISSERTAÇÃO

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE BIOMASSA EM CLONES DE

    Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla NO MUNICÍPIO DE

    MACAÍBA – RN

    JUCIER MAGSON DE SOUZA E SILVA

    Macaíba-RN

    2015

  • JUCIER MAGSON DE SOUZA E SILVA

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE BIOMASSA EM CLONES DE

    Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla NO MUNICÍPIO DE

    MACAÍBA – RN

    Dissertação apresentada ao programa de pós-

    graduação em Ciências Florestais da

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

    como pré-requisito para obtenção do título de

    Mestre em Ciências Florestais.

    Orientador: Prof. Dr. Gualter Guenther Costa

    da Silva

    Macaíba-RN

    2015

  • PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE BIOMASSA EM CLONES DE

    Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla NO MUNICÍPIO DE

    MACAÍBA – RN

    JUCIER MAGSON DE SOUZA E SILVA

    Dissertação avaliada pela Banca Examinadora:

    Orientador:

    _______________________

    Prof. Dr. Gualter Guenther Costa da Silva - UFRN

    Orientador

    Examinadores:

    _______________________

    Prof. Dr. Paulo Rogério Soares de Oliveira - UFRN

    _______________________

    Prof. Dr. Renato Vinícius Oliveira Castro – USSJ / UnB

    Data de aprovação:

    18 / 12 / 2015

    Macaíba-RN

    2015

  • Silva, Jucier Magson de Souza e.. Produção e distribuição de biomassa em clones de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla no município de Macaíba – RN / Jucier Magson de Souza e Silva. – Macaíba, RN, 2015. 38 f. -

    Orientador (a): Prof. Dr. Gualter Guenther Costa da Silva. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. Programa de Pós- Graduação em Ciências Florestais.

    1. Floresta Plantada – Dissertação. 2. Produtividade Florestal – Dissertação. 3. Componentes da árvore – Dissertação..I. Silva, Gualter Guenther Costa da. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba. IV. Título. RN/UFRN/BSPRH CDU: 630*221

    Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte.

    Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias Campus Macaíba Biblioteca Setorial Professor Rodolfo Helinski

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente, o Deus por minha existência pela saúde e fé e por toda força dada para

    vencer os obstáculos e momentos mais difíceis.

    A todos os meus familiares e amigos pelo apoio e incentivo, em especial à minha mãe

    Edna e ao meu pai Luiz, pelo carinho e apoio incondicional.

    À Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em especial ao Programa de

    Pós-Graduação em Ciências Florestais, e a todos os professores pela oportunidade concedida

    para a realização do mestrado e para o meu crescimento profissional,

    Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e

    especialmente à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES)

    pela concessão da Bolsa.

    Ao Professor Gualter Guenther Costa da Silva, pela orientação e apoio dado para

    realização dessa pesquisa.

    A Professora Ermelinda Maria Mota Oliveira, pela presteza de participar da Banca do

    Exame de Qualificação e pelas suas valiosas contribuições para melhoria desta pesquisa.

    Aos Professores Renato Vinícius Oliveira Castro e Paulo Rogério Soares de Oliveira,

    por gentilmente aceitarem o convite para fazerem parte da minha banca de defesa.

    Aos amigos Marcio Gleybson, Leonardo Eufrazio, Thiago de Miranda, Alan Ferreira,

    Maraísa Costa, José Eldo, Luiz Eduardo, Jefferson Mateus, Ciro de Oliveira e Iara Beatriz

    pela ajuda na realização deste trabalho e pela amizade.

    Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho, que

    torceram e oraram por minha vitória.

    Muito obrigado!

  • i

    SUMÁRIO

    RESUMO ................................................................................................................................................ 4

    ABSTRACT ............................................................................................................................................ 5

    1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6

    2. OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 7

    2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 7

    3. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................... 8

    3.1 Biomassa florestal ......................................................................................................................... 8

    3.2 Partição de biomassa ................................................................................................................... 10

    3.3 Estimativas de biomassa florestal ............................................................................................... 11

    3.3.1 Métodos diretos .................................................................................................................... 13

    3.3.2 Métodos indiretos ................................................................................................................. 13

    4. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................................. 14

    4.1. Área de estudo ........................................................................................................................ 14

    4.2. Coleta de dados ...................................................................................................................... 17

    5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................................... 18

    5.1. Produção de biomassa ............................................................................................................ 18

    5.2. Partição de biomassa .............................................................................................................. 22

    6. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 26

    7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 27

  • ii

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1. Croqui da área de Experimentação Florestal do Campus Macaíba da Universidade

    Federal do Rio Grande do Norte. ............................................................................................. 15

    FIGURA 2. Precipitação no município de Macaíba observada no período de julho de 2011 a

    julho de 2015. ........................................................................................................................... 17

  • iii

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1. Características físicas e químicas do solo da Área de Experimentação Florestal

    do campus de Macaíba da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ............................. 16

    TABELA 2. Médias de diâmetro e altura das árvores de Eucalyptus grandis x Eucalyptus

    urophylla, abatidas aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade, no município de Macaíba, RN. ........ 18

    TABELA 3. Produção de biomassa total e por componente da parte aérea em Eucalyptus

    grandis x Eucalyptus urophylla, aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade, no município de Macaíba,

    RN. ............................................................................................................................................ 19

    TABELA 4. Distribuição relativa entre os componentes da biomassa aérea de Eucalyptus

    grandis x Eucalyptus urophylla, aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade, no município de Macaíba,

    RN. ............................................................................................................................................ 23

  • 4

    RESUMO

    A produção de biomassa é uma das variáveis mais importantes em um povoamento florestal e

    sua distribuição relativa nos diferentes compartimentos da árvore (lenho, galhos, folhas, casca

    e raízes) representa uma das principais características a serem consideradas na escolha de uma

    espécie, visando-se obter uma maior produtividade. A partição da biomassa em espécies

    florestais é bastante variável, podendo ser influenciada tanto por fatores ambientais quanto

    por fatores inerentes à própria espécie, sendo necessário a realização de estudos

    individualizados para cada material genético e condição edafoclimáticas. Nesse sentido o

    objetivo deste trabalho foi determinar a produção de biomassa da parte aérea em três clones

    de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla (AEC0224, AEC0144, GG100), bem como sua

    distribuição relativa entre os componentes das árvores aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade. O

    trabalho foi realizado na área de experimentação florestal (AEF) do campus Macaíba/UFRN,

    localizado na Escola Agrícola de Jundiaí. Para quantificação da biomassa utilizou-se o

    método destrutivo, abatendo-se quatro árvores, com DAP médio, para cada clone e idade

    considerada. Após o abate, todas as árvores tiveram seus componentes (folha, casca, galho e

    madeira) separados e pesados para determinação do seu peso úmido. Após a pesagem foi

    realizada a amostragem dos diversos componentes, e estes foram levados ao laboratório para

    posterior determinação da massa seca. A partir da massa seca da amostra, estimou-se a massa

    seca para cada um dos componentes da árvore e a biomassa total da parte aérea. A estimativa

    da biomassa por hectare, total e de cada um dos componentes, foi obtida pela multiplicação da

    biomassa média das árvores abatidas pelo número de árvores por hectare em cada

    povoamento. A produção e a partição da biomassa foram diferenciadas entre os clones

    avaliados. Para a produção total de biomassa os valores encontrados variaram entre 3,33

    Mg.ha-1 aos 12 meses e, 75,35 Mg.ha-1 aos 48 meses de idade. A partir dos 24 meses todos os

    clones apresentaram maior acúmulo de biomassa em seus fustes (madeira + casca), sendo o

    componente madeira aquele que apresentou maior representatividade. Tanto a produção

    quanto a partição da biomassa foram dependentes do material genético e da idade, sendo o

    clone GG100 aquele que apresentou maior produção assim como, as maiores proporções de

    biomassa convertida em madeira.

    Palavras-chave: Floresta Plantada. Produtividade Florestal. Componentes da árvore.

  • 5

    ABSTRACT

    Biomass production is one of the most important variables in a forest stand and its relative

    distribution in the different compartments of the tree (wood, branches, leaves, bark and roots)

    is one of the main features to consider when choosing a species, seeking to achieve greater

    productivity. The partition of biomass in forest species is variable and can be influenced by

    both environmental factors and by factors inherent to the species, being necessary to carry out

    individual studies for each genetic material and soil and climatic condition. In this sense the

    objective of this study was to determine the aboveground biomass production in three clones

    of Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla (AEC0224, AEC0144, GG100), as well as its

    relative distribution between the components of the trees to 12, 24, 36 and 48 months of age.

    The work was carried out in forest area of testing (AEF) campus Macaíba / UFRN, located at

    the Agricultural School of Jundiaí. For quantification of biomass used is the destructive

    method hovering four trees with DAP medium for each clone and age considered. After

    slaughter, every tree had its components (leaf, bark, twig and wood) isolated and weighed to

    determine their wet weight. After weighing the sample of the various components was

    conducted, and these were taken to the laboratory for subsequent determination of dry weight.

    From the dry mass of the sample, it estimated the dry matter for each of the tree components

    and the total biomass of shoot. The estimation of biomass per hectare, and the total of each of

    the components was obtained by multiplying the average biomass of trees felled by the

    number of trees per hectare in each stand. The production and biomass partition were

    differentiated among clones. For total biomass production values found ranged from 3.33 Mg.

    ha-1 to 12 months and 75.35 Mg.ha-1 at 48 months old. From 24 months all clones showed

    greater accumulation of biomass on their shafts (wood + bark), the component wood one with

    the highest representation. Both production and biomass partition were dependent on genetic

    material and age, with the clone GG100 one that showed higher production as well as the

    highest proportions of biomass converted to wood.

    Key words: Planted forest. Forest productivity. Components tree.

  • 6

    1. INTRODUÇÃO

    No Brasil, as espécies do gênero Eucalyptus constituem-se nas espécies florestais mais

    utilizadas em plantios homogêneos devido ao seu rápido crescimento, adaptação a diferentes

    condições edafoclimáticas e técnicas silviculturais desenvolvidas. Grande parcela das

    florestas plantadas com o gênero Eucalyptus é proveniente de plantios clonais de alta

    produtividade, com adaptação e tolerância a fatores adversos de clima, solo e água (ABRAF,

    2006).

    Atualmente, a área cultivada com florestas plantadas no Brasil ultrapassa os 7 milhões

    de hectares, dos quais 5,1 milhões são ocupados por Eucalyptus (ABRAF, 2013). Uma das

    principais espécies de eucalipto utilizadas nos reflorestamentos brasileiros é o Eucalyptus

    urograndis, híbrido proveniente do cruzamento do Eucalyptus urophylla x Eucalyptus

    grandis, que apresenta boa adaptação aos diferentes sítios florestais, além de apresentar boas

    características quanto à produtividade e qualidade da madeira (MONTANARI et al., 2007).

    Segundo Santana et al. (2008), os plantios florestais, com espécies do gênero

    Eucalyptus, no Brasil tem se expandido para regiões além das tradicionalmente conhecidas, o

    que levanta a necessidade de se obter informações sobre a produção esperada desses novos

    plantios.

    Dentre as diversas formas de avaliação da capacidade produtiva de um povoamento

    florestal destaca-se a produção de biomassa. Definida como a quantidade expressa em massa

    do material vegetal disponível em uma floresta (MARTINELLI et al., 1994). Ela pode ser

    expressa por massa verde ou massa seca, sendo que a massa verde refere-se ao material fresco

    amostrado, contendo uma variável proporção de água e massa seca refere-se à biomassa

    obtida após secagem do material em estufa (CALDEIRA, 2003).

    Para Reis et al. (1985) a avaliação do potencial produtivo de um sítio por meio da

    produção de biomassa é fundamental no manejo e planejamento das indústrias de base

    florestal, especialmente quando se tem o conhecimento da distribuição de biomassa nos

    componentes da árvore, em sequência de idade.

    Segundo Campos (1991) a biomassa é uma valiosa ferramenta na avaliação de

    ecossistemas, devido à aplicação na análise da produtividade, conversão de energia, ciclagem

    de nutrientes, absorção e armazenagem de energia solar, possibilitando conclusões para a

    exploração racional dos mesmos. Além disso, a quantificação da variável biomassa é um

    importante método para analisar as condições fitossanitárias de um ecossistema, pois ela é

    uma consequência direta de todos os fatores bióticos e abióticos de um ecossistema florestal

  • 7

    (BROWN, 1997).

    Além do que, as informações de partição de biomassa, juntamente, com a dos teores

    dos nutrientes em cada compartimento, são essenciais para se determinar as quantidades dos

    nutrientes absorvidos pela espécie vegetal, em acordo com o tempo e o componente

    amostrado. Estas informações são de fundamental importância para as estimativas das curvas

    de absorção de nutrientes, as quais auxiliarão no adequado manejo nutricional da espécie,

    tendo-se em vista a sustentabilidade dos plantios florestais.

    A produção e a distribuição de biomassa em plantações florestais em monocultivo,

    principalmente de eucalipto, têm sido bastante estudadas ao longo dos anos de

    desenvolvimento da Ciência Florestal no Brasil (COUTO et al., 2004). Contudo, na região

    Nordeste, e principalmente no estado do Rio Grande do Norte trabalhos que abordem esse

    tipo de avaliação são praticamente inexistentes.

    2. OBJETIVO GERAL

    Diante do exposto, este estudo teve como objetivo geral determinar o acúmulo de

    biomassa da parte aérea e a distribuição percentual dos componentes madeira, casca, galho e

    folha em clones de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, em diferentes idades (12, 24,

    36 e 48 meses), localizados na área de experimentação florestal (AEF) do campus

    Macaíba/UFRN, localizado na Escola Agrícola de Jundiaí, região Litorânea do Estado do Rio

    Grande do Norte.

    2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    - Gerar informações quanto às produtividades esperadas para plantios florestais com espécies

    do gênero Eucalyptus no Estado do Rio Grande do Norte.

    - Identificar os materiais genéticos mais produtivos e adaptados às condições edafoclimáticas

    da região, visando à indicação dos mesmos para futuros plantios florestais.

  • 8

    3. REVISÃO DE LITERATURA

    3.1 Biomassa florestal

    Pela fotossíntese, as plantas capturam a energia do sol, transformando-a em energia

    química. Essa energia pode ser convertida em eletricidade, combustível ou calor. As fontes

    orgânicas que são usadas para produzir energia usando esse processo são chamadas de

    biomassa (BROWN, 1997).

    Biomassa quer dizer a massa de matéria de origem biológica, viva ou morta, animal ou

    vegetal. O termo biomassa florestal significa toda a biomassa existente na floresta ou apenas

    na sua fração arbórea, e, em se tratando de biomassa de origem vegetal, vem sendo

    empregado o termo fitomassa (SANQUETTA, 2002).

    Para Martinelli et al. (1994), biomassa é a quantidade expressa em massa do material

    vegetal disponível em uma floresta, sendo que os componentes de biomassa geralmente

    estimados são a biomassa viva horizontal acima do solo, composta de árvores e arbustos, a

    biomassa morta acima do solo, composta pela serapilheira e troncos caídos, e a biomassa

    abaixo do solo, composta pelas raízes. A biomassa total é dada pela soma de todos esses

    componentes.

    A biomassa é a quantidade expressa em massa do material vegetal disponível em uma

    floresta (MARTINELLI et al., 1994). Ela pode ser expressa por massa verde ou massa seca,

    sendo que a massa verde se refere ao material fresco amostrado, contendo uma variável

    proporção de água. Já a massa seca refere-se à biomassa obtida após secagem do material em

    estufa (CALDEIRA, 2003). A massa seca é a expressão preferida da massa vegetal em

    trabalhos com ciclagem de nutrientes, em função da garantia da consistência dos resultados e

    da sua relação direta com o potencial de energia (CAMPOS e VALENTE, 1993).

    Conforme Gardner e Mankin (1981), os ecossistemas florestais contêm cerca de 90%

    da biomassa do planeta, cobrindo aproximadamente 40% de sua superfície. A biomassa

    representa a matéria orgânica armazenada no ecossistema. Em função da grande proporção

    existente de biomassa, torna-se muito importante o seu conhecimento para fins de avaliação

    dos diferentes ecossistemas (RUSSO, 1983), da ciclagem de nutrientes (GOLLEY et al.,

    1971) e do armazenamento de energia solar (ANDRAE e KRAPFENBAUER, 1983),

    possibilitando assim a realização de avaliações e recomendações para o manejo racional dos

    diferentes ecossistemas.

  • 9

    Por serem as florestas os maiores acumuladores de biomassa do planeta, a sociedade

    civil organizada vêm demandando dos profissionais que atuam na área florestal a geração de

    informações e conhecimentos que possam auxiliar na redução dos riscos ambientais que se

    colocam diante da espécie humana (SANQUETTA, 2002). Um dos aspectos mais relevantes

    nos estudos de fixação de carbono em florestas é a variável biomassa, a qual precisa ser

    determinada e estimada de forma fidedigna, caso contrário não haverá consistência na

    quantificação do carbono fixado nos ecossistemas florestais (SANQUETTA, 2002).

    Russo (1983) relaciona seis fatores que afetam a biomassa e a produtividade: a idade

    do povoamento, a variabilidade genética, a nutrição, a altitude, a umidade do solo e os

    desbastes. O total de biomassa acima do solo também varia por região geográfica, tipo de

    região (úmida, encharcada ou seca), tipo florestal, estrutura florestal e grau de distúrbio da

    floresta (BROWN et al., 1989).

    De acordo com Couto et al. (2000) a biomassa florestal possui características tais que

    permitem a sua utilização como fonte alternativa de energia, seja pela queima da madeira,

    como carvão, aproveitamento de resíduos da exploração e aproveitamento de óleos essenciais,

    alcatrão e ácido pirolenhoso.

    A preocupação atual com questões ambientais como o aumento do efeito estufa e a

    poluição atmosférica, aliada a expectativa de esgotamento de algumas fontes de energia não

    renováveis como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, têm levado cada vez mais a

    busca por fontes alternativas de energia, dentre estas se destacam as fontes de energia

    renováveis (PAULINO, 2012).

    As principais fontes de energia renovável são a hidráulica, a eólica, a energia solar e a

    energia de biomassa. A energia proveniente da biomassa, também denominada de bioenergia,

    tem a grande vantagem de gerar energia elétrica próxima ao local de consumo, reduzindo os

    gastos com transmissão e as perdas de energia durante este processo. O procedimento mais

    usual de geração de energia elétrica no Brasil, é a partir de biomassa é a combustão direta,

    gerando vapor para acionar uma turbina acoplada a um gerador elétrico.

    Além da queima direta, existem outras formas para processamento da biomassa,

    visando a sua utilização como insumo energético, que incluem a fermentação, a hidrólise, a

    pirólise e a gaseificação (SAUER et al., 2006).

    A biomassa, assim como petróleo, é um hidrocarboneto, mas, diferentemente dos

    combustíveis fósseis, ela possui átomos de oxigênio na sua composição química. A presença

    desse átomo de oxigênio faz com que a biomassa requeira menos oxigênio do ar,

    consequentemente seja menos poluente, mas também reduz a quantidade de energia a ser

  • 10

    liberada, reduzindo o seu poder calorífico superior (NOGUEIRA; RENDEIRO, 2008).

    A biomassa vegetal é uma composição estruturada de três famílias de compostos

    químicos: hemicelulose, celulose e lignina, além de outras espécies menores (compostos

    alifáticos e fenólicos). A hemicelulose e a celulose estão agrupadas formando a holocelulose,

    a qual compõe as paredes das fibras da madeira. A lignina é um polímero tridimensional com

    a finalidade de manter as fibras juntas (RANCATTI, 2012).

    Além dos principais elementos químicos que compõem a estrutura orgânica das

    plantas, carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), existe uma grande variedade de outros

    elementos na biomassa, em várias formas químicas, e entre estes, os elementos químicos

    conhecidos como nutrientes, que são considerados essenciais para a vida. Devido à

    quantidade necessitada pelas plantas, são divididos em macronutrientes (nitrogênio (N),

    fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S)) e micronutrientes (ferro

    (Fe), manganês (Mn), boro (B), cobre (Cu), zinco (Zn), molibdênio (Mo) e cloro (Cl))

    (MALAVOLTA, 1980).

    Segundo Larcher (2001), as concentrações dos constituintes da matéria seca da

    biomassa vegetal, formada especialmente por carbono e constituintes minerais, variam com a

    espécie, fase de desenvolvimento, estado nutricional, condições edafoclimáticas e com a parte

    do vegetal considerada. A madeira das árvores é composta, em média, por 50% de carbono,

    43% de oxigênio, 6% de hidrogênio e 1% dos demais elementos minerais.

    3.2 Partição de biomassa

    A partição de recursos em plantas tem sido descrita através da distribuição preferencial

    de biomassa e nutrientes em seus diversos órgãos. A distribuição desses recursos é

    dependente de vários fatores, como idade, nutrição, competição, relações hídricas, hábito de

    crescimento, entre outros (BROUWER, 1962).

    A variação da distribuição da biomassa, nos diferentes órgãos da planta, varia de

    espécie para espécie; e até mesmo, em uma população da mesma espécie bem como em razão

    das condições ambientais e também varia em razão de procedências (CALDEIRA, 1998).

    Além destes outros fatores podem influenciar nos padrões de alocação de biomassa,

    entre eles, idade e condições edafoclimáticas do local, de modo que um resultado obtido para

    uma espécie será representativo apenas para esta espécie e para a idade considerada.

  • 11

    Na fase juvenil de um povoamento florestal, grande parte dos assimilados são

    utilizados para a formação da copa. À medida que o povoamento vai se desenvolvendo,

    inicia-se uma concorrência entre as copas das árvores e a biomassa relativa dos troncos

    aumenta, enquanto que a das folhas e ramos diminui (REIS e BARROS, 1990).

    O estudo dos padrões de alocação de recursos em diferentes compartimentos pelas

    plantas é importante para o entendimento das diferentes estratégias de ocupação dos

    ambientes (MULLER et al., 2000). A partir da proporção de biomassa alocada nos diferentes

    compartimentos da planta (lenho, casca, galho e folha), pode-se determinar qual material

    genético alocará mais biomassa para o compartimento de interesse, auxiliando assim na

    seleção de variedades mais indicadas para cada tipo de finalidade.

    Quando se planta uma floresta para usar sua madeira, interessa alta produção de

    madeira no tronco, com mínimas quantidades de biomassa formada na copa, casca e raízes.

    Por outro lado, se o interesse é o de extrair óleos essenciais das folhas, interessa máxima

    produção de copa (massa foliar). Tendo-se a informação do padrão de alocação de biomassa,

    pode-se aumentar a produtividade e qualidade do produto de maior interesse.

    3.3 Estimativas de biomassa florestal

    Os estudos de biomassa florestal são realizados com objetivos diversos, dentre os

    quais se destacam a quantificação da ciclagem de nutrientes, a quantificação para fins

    energéticos e como base de informação para estudos de sequestro de carbono. Esses estudos

    são de grande importância para a tomada de decisões no manejo dos recursos florestais

    (PÁSCOA et al. 2004). O interesse na completa utilização da árvore (raízes, tronco, ramos), o

    uso dos resíduos da manufatura de produtos florestais, a quantificação de material

    combustível em relação ao potencial de incêndio de uma floresta e outras abordagens

    aumentam a importância dos estudos de biomassa (HUSCH et al., 1982; PHILIP, 1994).

    A quantificação de biomassa florestal, conforme Salati (1994), divide-se em métodos

    diretos e indiretos. Métodos diretos implicam determinações, pelo fato de as árvores serem

    cortadas e seus componentes separados e pesados. Nos métodos indiretos, são realizadas

    estimativas baseadas, principalmente, em dados advindos dessas determinações, assim como

    de dados originados de inventários florestais.

    A avaliação do potencial produtivo de um sítio por meio da produção de biomassa é

    fundamental no manejo e planejamento das indústrias de base florestal, especialmente quando

    se tem o conhecimento da distribuição de biomassa nos componentes da árvore, em sequência

  • 12

    de idade (Reis et al., 1985).

    Guedes et al. (2001) afirmam que a biomassa (kg/m-2) é um indicador de

    produtividade (kg m-2 ano-1) de um sítio, variando com a precipitação, a temperatura, a

    latitude e a altitude.

    A biomassa florestal e sua distribuição são fatores controladores do estoque de

    carbono global, como também servem de base para a predição futura da mudança climática

    (SEDJO, 1992; DIXON et al., 1994). Uma estimativa acurada da biomassa florestal e seu

    padrão de mudança no tempo é um pré-requisito para ajudar a entender a grande controvérsia

    sobre a função das florestas no ciclo do carbono (SEDJO, 1992; SCHROEDER, 1992).

    Segundo Ketterings et al. (2001), a estimativa de biomassa acima do solo é

    imprescindível aos estudos do balanço global de carbono. Para Higuchi et al. (1998), as

    estimativas de biomassa representam um importante indicador para monitorar e avaliar a

    exportação de nutrientes após exploração florestal, na busca de minimizar os impactos

    ambientais gerados por essa atividade.

    As metodologias usadas atualmente para se obterem estimativas de biomassa em áreas

    florestais são baseadas, principalmente, em dados de inventário florestal, empregando-se

    fatores e equações de biomassa, que transformam dados de diâmetro, altura ou volume em tais

    estimativas (SOMOGYI et al., 2006).

    Na maioria dos casos, é necessária uma amostragem destrutiva para a estimativa

    correta de biomassa. Normalmente, a biomassa arbórea é medida a partir de seus

    componentes. A separação e especificação desses componentes variam de acordo com o tipo

    de povoamento e os objetivos a serem alcançados. Essa variação pode incluir ou excluir alguns

    componentes específicos, tais como flores e frutos, ou detalhar outros, como raízes e ramos,

    subdividindo-os em raízes finas e raízes grossas, ramos com idades e espessuras diferentes

    (CAMPOS, 1991).

    A estimativa de biomassa aérea pelo método indireto consiste em correlacioná-la com

    alguma variável de fácil obtenção e que não requeira a destruição do material vegetal. As

    estimativas podem ser feitas por meio de relações quantitativas ou matemáticas, como razões ou

    regressões de dados provenientes de inventários florestais (DAP, altura e volume), por dados de

    sensoriamento remoto (imagens de satélite) e utilizando-se uma base de dados em um sistema de

    informação geográfica (SILVEIRA et al., 2008).

  • 13

    3.3.1 Métodos diretos

    Os métodos diretos de amostragem de biomassa podem ser enquadrados em duas

    grandes categorias, segundo Sanquetta (2002): método da árvore individual e método da

    parcela.

    Pardé (1980), citado por Sanquetta (2002), afirma que o método da árvore individual é

    feito mediante a seleção de uma árvore média (mean tree method), sendo que, para se

    conhecer essa árvore, é preciso realizar um inventário florestal piloto e calcular o diâmetro ou

    a área seccional ou transversal dessa árvore. Esse autor afirma que é comum o emprego da

    árvore de área seccional média ou “dg”. Após a definição dessa árvore, procede-se a

    derrubada e a determinação de biomassa de um número de indivíduos, que se constituem na

    amostra.

    Segundo Higuchi e Carvalho Jr. (1994), em campo são obtidos separadamente os

    pesos verdes para o tronco, galhos, folhas e serragens produzidas pela divisão do tronco e

    galhos. Em seguida, devem-se retirar discos de aproximadamente 3 cm de espessura do tronco

    e dos galhos em alturas relativas ao comprimento total e um disco na altura do DAP. Todas as

    amostras do tronco, galhos grossos, galhos finos, folhas e discos devem ser colocadas em

    estufa até estabilizarem-se em peso, para a obtenção do peso seco.

    O método da parcela é feito cortando-se e pesando-se toda a biomassa de uma área

    pré-definida, podendo ser implementado, segundo Pardé (1980), citado por Sanquetta (2002),

    pelo procedimento denominado corte total (harvest method), que consiste em se determinar

    toda a biomassa da floresta pelo corte e pesagem de todas as frações passo a passo, ou por

    amostragem em múltiplos estágios (multi-stage sampling), no qual cortam-se todos os

    indivíduos contidos na parcela, pesando-se todos os caules.

    3.3.2 Métodos indiretos

    Somogyi et al. (2006) afirmam que avaliações de biomassa de forma indireta podem

    ser feitas por dois métodos quando se trabalha em campo: uma utiliza dados de volume de

    árvores ou talhões e multiplica-os por um fator ou fatores apropriados, denominados fatores

    de biomassa (BF), que convertem as estimativas de volume para estimativas de biomassa.

    Outra forma de se estimar biomassa de forma indireta é realizando o ajuste de

    equações pelo uso de técnicas de regressão. Segundo Koehler et al., (2002), é o procedimento

    mais comum, no qual algumas árvores são amostradas, e a massa seca de cada componente é

  • 14

    determinado e relacionado por meio de regressão com variáveis dendrométricas.

    Brown (1997) afirma que o uso de equações de regressão é mais vantajoso, pois são

    obtidas estimativas de biomassa sem a necessidade de se calcular a variável volume, mas

    tendo como desvantagem o fato de que geralmente não se tem dados de todas as classes de

    diâmetro, uma vez que grande parte dos inventários florestais visam somente a parte

    comercial de uma floresta, sendo geralmente utilizado um nível de inclusão de 10 cm ou mais,

    desprezando-se árvores menores, que podem representar até 30% da biomassa de uma

    floresta.

    As técnicas de sensoriamento remoto também têm sido amplamente utilizadas em

    estudos na área florestal, uma vez que é possível estimar parâmetros biofísicos, como

    biomassa, carbono e volume de madeira, pelas propriedades espectrais dos componentes da

    vegetação. A utilização dessa técnica em florestas heterogêneas se torna mais complexa

    devido à grande diversidade florística, fisionômica e fenológica que esse tipo florestal

    apresenta. Para as florestas implantadas, por possuírem geralmente apenas um gênero e serem

    inventariadas periodicamente, esse trabalho se torna mais fácil e confiável (SOUZA e

    PONZONI, 1998).

    Segundo Brown et al. (1989), os métodos diretos fornecem estimativas muito

    polêmicas, em função das estimativas estarem baseadas em dados de poucas parcelas,

    demasiadamente pequenas e consequentemente com poucas árvores grandes. Os autores

    afirmam que isso ocorre devido à determinação da biomassa ser trabalhosa, sendo os

    trabalhos pesados e monótonos, o que leva o pesquisador a escolher sempre aquilo que julga

    ser mais representativo, e também em função de serem poucas as chances de se repetir o

    trabalho, tendendo por isso a se escolher um sítio mais denso, mais homogêneo e mais fácil de

    trabalhar.

    4. MATERIAL E MÉTODOS

    4.1. Área de estudo

    O estudo foi realizado em um plantio na área de Experimentação Florestal do Campus

    Macaíba da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Figura 1), com três híbridos de

    Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis. Localizado no município de Macaíba, região

    Litorânea do Estado do Rio Grande do Norte, nas coordenadas geográficas 05º 53' 57" S e 35º

    21' 33" W, com altitude de 56 m em relação ao nível do mar.

  • 15

    FIGURA 1. Croqui da área de Experimentação Florestal do Campus Macaíba da Universidade

    Federal do Rio Grande do Norte.

    A área do experimento possui solo do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo, com textura

    arenosa, e topografia plana. O clima local é uma transição entre os tipos As e BSw da

    classificação de Köppen, com temperaturas elevadas ao longo de todo o ano (média anual de

    27°C, máxima de 32°C e mínima de 21°C) e estação chuvosa de outono e inverno). A

    precipitação pluviométrica na região varia entre 800 e 1.200 mm por ano, sendo caracterizado

    como clima subúmido (IDEMA, 2002).

    Após realização do plantio dos clones de eucalipto foi realizado o procedimento de

    amostragem do solo. Para realização da amostragem foi utilizado trado do tipo caneca, por

    meio do qual foram realizadas coletas de 20 amostras simples (0 – 20 e 20 – 40 cm) dentro de

    cada parcela, em pontos aleatório, considerando o centro das entrelinhas de plantio. Estas

    amostras compuseram uma amostra composta para cada parcela e, respectiva, profundidade.

  • 16

    As amostras foram analisadas no Laboratório da EMPARN (Empresa de Pesquisa

    Agropecuária do Rio Grande do Norte) em Natal – RN, (Tabela 1). Para as análises químicas,

    além das determinações de pH (em água na proporção de 1:2,5), foram realizadas análises de

    macronutrientes (Ca, Mg, P e K) além de Na, H e Al, todas as análises foram realizadas em

    acordo com as recomendações da EMBRAPA (1997). Para as análises físicas foram

    realizadas análise granulométrica.

    TABELA 1. Características físicas e químicas do solo da Área de Experimentação Florestal

    do campus de Macaíba da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

    Características Profundidade (cm)

    0-20 20-40 40-60

    Areia (g.kg -1) 909 866 791

    Argila (g.kg -1) 33 70 113

    Silte (g.kg -1) 58 64 96

    pH (1: 2,5) 5,32 5,17 5,06

    P (mg/dm-3) 2 2 1

    K+ (mg/dm-3) 97 90 88

    Na+ (mg/dm-3) 15 19 20

    Ca++ (cmolc/dm-3) 0,84 0,59 0,77

    Mg++ (cmolc/dm-3) 0,36 0,26 0,32

    Al3+ (cmolc/dm-3) 0,0 0,04 0,07

    H++Al3+ (cmolc/dm-3) 0,35 0,46 0,59

    A implantação do povoamento foi realizada em julho de 2011, coincidindo com o

    início do período de estiagem na região (Figura 2). Para a realização do plantio adotou-se o

    espaçamento de 3 m x 3 m (1.111 árvores ha-1). Os clones utilizados foram AEC0224,

    AEC0144 e GG100, desenvolvidos na Região Sudeste do país, indicados para condições de

    baixa precipitação e solo de textura arenosa.

  • 17

    FIGURA 2. Precipitação no município de Macaíba observada no período de julho de 2011 a

    julho de 2015

    Adaptado (EMPARN: 2015).

    O preparo de solo foi realizado com arado e grade em toda a área. Houve distribuição

    de calcário dolomítico e gesso, na dosagem de 2.000 e 1.000 kg/ha, respectivamente.

    Posteriormente, foi realizado sulcamento na linha de plantio com adubação de 300 kg/ha de

    N-P-K (06-30-06) + 0,5% de Boro + 1% de Zinco + 1% de Cobre. A adubação de cobertura,

    realizada 90 dias após o plantio, consistiu em 200 kg/ha de N-P-K (06-30-06) + 0,5% de Boro

    + 1% de Zinco + 1% de Cobre.

    Foi realizada irrigação por ocasião do plantio e quinzenalmente durante dois meses

    após o plantio. O combate a formigas foi realizado previamente ao plantio com formicida em

    pó e isca granulada. Após o plantio, houve combate localizado com formicida em pó e líquido

    termonebulizável em áreas com incidência de formigueiros. Os tratos culturais consistiram em

    coroamento e roçada entre linhas.

    4.2. Coleta de dados

    Aos 12, 24 e 36 e 48 meses de idade foi realizado o inventário florestal, com

    levantamento de parcelas com 324 m2 de área útil, localizadas no interior cada um dos

    povoamentos, nas quais foram medidos os diâmetros à altura do peito a 1,30 m (DAP) e as

    alturas de todas as árvores dentro de cada parcela. Cada povoamento possuía duas parcelas no

    seu interior e ocupava uma área de aproximadamente um hectare.

  • 18

    Os dados de biomassa foram obtidos em campo, utilizando-se o método destrutivo de

    quantificação. Com base nos dados coletados no inventário florestal, foram selecionadas e

    abatidas duas árvores com diâmetro médio, de cada parcela, totalizando quatro árvores por

    povoamento (Tabela 2). Após o abate, todas as árvores tiveram seus componentes (folha,

    casca, galho e madeira) separados e pesados para determinação do seu peso úmido.

    TABELA 2. Médias de diâmetro e altura das árvores de Eucalyptus grandis x Eucalyptus

    urophylla, abatidas aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade, no município de Macaíba,

    RN.

    Idade (meses) GG100 AEC0144 AEC0224

    DAP H DAP H DAP H

    12 5,50 6,80 4,70 5,59 3,93 4,84

    24 9,43 12,70 8,18 10,95 7,18 7,84

    36 12,71 19,83 11,80 14,20 11,62 12,13

    48 13,96 21,29 13,17 17,15 12,39 15,53

    Em que o DAP corresponde ao diâmetro à altura do peito (1, 3 m) e H corresponde à altura total das árvores abatidas.

    Após a pesagem foi realizada a amostragem dos diversos componentes, e estes foram

    levados ao laboratório para posterior determinação da massa seca. As amostras foram

    colocadas em estufa de renovação e circulação de ar, a uma temperatura constante de 65ºC até

    atingir peso constante.

    A partir da massa seca da amostra, estimou-se a massa seca para cada um dos

    componentes da árvore e a biomassa total da parte aérea. A estimativa da biomassa por

    hectare, total e de cada um dos componentes, foi obtida pela multiplicação da biomassa média

    das árvores abatidas pelo número de árvores por hectare em cada povoamento. A análise

    estatística foi realizada utilizando-se análise de variância e teste de Tukey, a 5% de

    probabilidade, com auxílio do software Bioestat 5.0 (AYRES et al., 2007).

    5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    5.1. Produção de biomassa

    Os clones apresentaram comportamentos diferenciados em relação as suas

    produtividades, considerando os valores de produção de biomassa da parte aérea, aos 12, 24,

  • 19

    36 e 48 meses de idade. A produção de biomassa, total e por componente, aumentou com a

    idade, sendo o componente madeira aquele que obteve os maiores incrementos individuais

    (Tabela 3).

    TABELA 3. Produção de biomassa total e por componente da parte aérea em Eucalyptus

    grandis x Eucalyptus urophylla, aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade, no

    município de Macaíba, RN.

    Clones Produção de biomassa da parte aérea (Mg. ha-1) Biomassa total

    (Mg. ha-1) Madeira Casca Galhos Folhas

    12 meses

    AEC0144 1,43 ab 0,49 ns 0,77 ns 1,24 ns 3,93 ab

    AEC0224 1,05 b 0,26 ns 0,67 ns 1,35 ns 3,33 b

    GG100 2,61 a 0,54 ns 0,96 ns 1,81 ns 5,92 a

    24 meses

    AEC0144 10,46 a 2,04 a 2,58 ns 3,43 ns 18,51 a

    AEC0224 5,36 b 0,88 b 1,72 ns 2,90 ns 10,86 b

    GG100 13,60 a 2,27 a 2,48 ns 3,86 ns 22,21 a

    36 meses

    AEC0144 29,76 b 4,73 b 4,82 a 5,61 ns 44,92 b

    AEC0224 25,03 b 3,72 b 3,50 b 5,60 ns 37,85 b

    GG100 55,68 a 6,29 a 3,67 b 5,42 ns 71,06 a

    48 meses

    AEC0144 39,50 b 7,16 ab 4,29 ns 4,00 ns 54,95 b

    AEC0224 33,73 b 5,41 b 4,01 ns 5,05 ns 48,21 b

    GG100 60,25 a 8,02 a 3,56 ns 3,52 ns 75,35 a

    As médias seguidas pela mesma letra na coluna, na mesma idade, não diferem estatisticamente entre

    si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 95% de probabilidade. ns = não significativo.

    Aos 12 meses de idade apenas a produção de biomassa total e do componente

    madeira, apresentaram diferenças significativas. As maiores produtividades de biomassa total

    foram observadas nos clones GG100 (5,92 Mg.ha-1) e AEC0144 (3,93 Mg.ha-1)

    respectivamente. Entretanto, apenas o clone GG100 obteve produtividade estatisticamente

    superior ao clone AEC0224 (3,33 Mg.ha-1). Para o componente madeira, foi identificado o

    mesmo comportamento observado para a produção de biomassa total.

  • 20

    Santana et al. (2008) avaliando a produção de biomassa de eucalipto, para diferentes

    regiões do Brasil e em diferentes idades, observou valores aos doze meses que variaram

    entre 4,7 e 9,7 Mg.ha-1. Neste trabalho, os valores obtidos (Tabela 3) podem ser considerados

    baixos, visto que, assemelham-se àqueles valores mais baixos encontrados por Santana et al.

    (2008).

    A baixa produção de biomassa aérea observada durante o primeiro ano de estudo, em

    grande parte, pode ser atribuída a ausência de chuvas na região durante os primeiros meses de

    plantio, fase em que as mudas são mais sensiveis ao déficit hídrico, seguido por períodos com

    chuvas irregulares.

    Essa situação pode ter contribuído não só com a diminuição da produtividade do

    povoamento como um todo, como pode ter favorecido um maior acúmulo de biomassa nas

    raizes em detrimento da parte aérea. Uma vez que o estresse hídrico limita o tamanho e o

    número de folhas, levando a redução no consumo de carbono e energia por esse órgão da

    planta, ocorrendo grande alocação de fotoassimilados para o sistema radicular (TAIZ E

    ZEIGER, 2004). Além de provocar redução da expansão foliar, o estresse hídrico também

    causa redução na altura e no diâmetro das plantas, resultando assim em perda de biomassa

    vegetal (GONÇALVES e PASSOS, 2000).

    Aos 24 meses de idade também não foram observadas diferenças significativas para

    os componentes galho e folha. Os clones GG100 e AEC0144, mais uma vez, apresentaram as

    maiores produções de madeira (13,60 e 10,46 Mg.ha-1) e casca (2,27 e 2,04 Mg.ha-1), além de

    também apresentarem maior produção de biomassa total (22,21 e 18,51 Mg.ha-1),

    respectivamente.

    Em comparação com o estudo de Santana et al. (2008) para a produção de biomassa de

    eucalipto, aos vinte e quatro meses de idade, os valores encontrados neste trabalho também

    ficaram próximos ou abaixo dos menores valores encontrados pelos autores, os quais

    constataram variação entre 22,2 e 41,7 Mg.ha-1. O clone GG100, com produção de 22,21

    Mg.ha-1 igualou-se ao menor valor observado pelos autores; enquanto os clones AEC0144 e

    AEC0224 ficaram abaixo desse valor.

    Schumacher et al. (2011) ao quantificarem o acúmulo de biomassa em povoamentos

    de Eucalyptus spp. com diferentes idades, em pequenas propriedades no município de Vera

    Cruz, RS, observaram para biomassa acima do solo, aos 24 meses, o valor de 23,14 Mg.ha-1.

    Embora o clone GG100 tenha ficado próximo a esse valor, todos os clones desse estudo

    apresentaram valores abaixo dos obtidos pelos autores.

  • 21

    Viera et al. (2012) em um povoamento de Eucalyptus urograndis, com apenas 18

    meses de idade, localizado no município de Piratini-RS, observou para biomassa acima do

    solo o valor de 18,5 Mg.ha-1. Esse valor foi igual ao observado para o clone AEC0144 e

    superior ao AEC0224, sendo inferior apenas do clone GG100, que para esse estudo

    apresentou os melhores resultados.

    A baixa produtividade constatada no segundo ano pode ser considerado ainda, como

    reflexo do déficit hídrico sofrido no ano anterior, uma vez que as plantas demandam um

    tempo até conseguirem recuperar-se do estresse sofrido, que dependendo da sua intensidade e

    da sensibilidade das plantas pode levar mais ou menos tempo e causar danos irreversíveis

    podendo, em casos extremos, levar até mesmo à morte.

    Santana et al. (2002) ao avaliarem a produção de biomassa de eucalipto em cinco

    regiões do estado de São Paulo observaram maior produtividade nas regiões de maior

    precipitação e menor déficit hídrico. Santana et al. (2008) , avaliando a produção de biomassa

    de eucalipto para diferentes regiões do Brasil, ao compararem a biomassa da parte aérea entre

    a região de maior com a de menor produtividade, verificaram que a produtividade foi menor

    nas regiões de menor disponibilidade de água. Segundo os autores, a região de Três Marias -

    MG apresentou a menor disponibilidade de água e a mais alta demanda evaporativa,

    ocasionando déficits hídricos e, consequentemente, redução da produtividade.

    Aos 36 meses de idade apenas o componente folha não apresentou diferença

    significativa. O clone GG100 destacou-se com as maiores produções de madeira (55,68

    Mg.ha-1), casca (6,29 Mg.ha-1) e de biomassa total (71,06 Mg.ha-1). Para os clones AEC0224

    e AEC0144 não foram observadas diferenças significativas entre esses componentes. Em

    relação ao o componente galho, o clone AEC0144 apresentou produção superior aos clones

    GG100 e AEC0224; entretanto, para estes não foi observada diferenças significativas entre si.

    Entre os ítens avaliados, apenas para o componente folha não foi observado diferenças

    significativas durante todo o período de estudo, o que pode indicar uma maior eficiência na

    produção de biomassa por parte do clone GG100, principalmente, no terceiro ano, quando

    este clone obteve maior produção de madeira e de biomassa total, em comparação aos demais

    clones, com o mesmo aparato fotossintético.

    Comparando com os resultados obtidos por Santana et al. (2008) para a produção de

    biomassa de eucalipto, aos 36 meses de idade, os clones aqui avaliados apresentaram uma

    recuperação em relação aos anos anteriores. Enquanto, os clones AEC0224 e AEC0144

    atingiram valores próximos aos valores médios obtidos pelos autores, com produtividades de

    37,85 e 44,92 Mg.ha-1 respectivamente, o clone GG100 surpreendeu com uma produtividade

  • 22

    de 71,06 Mg.ha-1 , valor próximo aos valores mais altos observados por Santana et al. (2008)

    que para o seu trabalho encontraram valores variando entre 26,5 e 77,7 Mg.ha-1.

    Aos 48 meses de idade, último ano do presente estudo, foram observados diferenças

    significativas apenas para os componentes madeira e casca e para a biomassa total. Mais uma

    vez o clone GG100 apresentou as maiores médias para os dois componetes e também para a

    biomassa total. Entretanto, para o componente casca teve resultado estatisticamente superior

    apenas ao clone AEC0224.

    Em comparação com os resultados obtidos por Santana et al. (2008) para a produção

    de biomassa de eucalipto, de mesma idade, no geral, os clones deste estudo, apresentaram

    valores próximos as produtividades médias obtidas pelos autores. Enquanto, os clones

    AEC0144 e AEC0224 atingiram produtividades de 48,21 e 54,95 Mg.ha-1 , respectivamente, o

    clone GG100, novamente, alcançou a maior produtividade (75,35 Mg.ha-1). ficando, mais uma

    vez, próximo dos valores de médios pra altos observados pelos autores, que observaram

    valores entre 41,1 e 144,9 Mg.ha-1.

    Apesar do clone GG100 apresentar as maiores médias de produtividade aos 48 meses

    de idade, esse clone, foi o que obteve menor incremento em sua biomssa total para os 48

    meses de idade, com um incremento de pouco mais de 4 Mg.ha-1. Enquanto que os demais

    clones obtiveram incrementos médios em sua biomassa total entorno de 10 Mg.ha-1.

    Esse fato chama atenção pois o clone GG100, desde o primeiro ano de estudo, vinha

    apresentando os maiores incremento em biomassa total por hectare, e mostrava uma forte

    tendência de que manteria a inclinação de sua curva de crescimento.

    5.2. Partição de biomassa

    Na Tabela 4, são apresentadas as proporções de cada componente da biomassa dos

    clones AEC0144, AEC0224 e GG100 aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade. A variação da

    partição da biomassa ao longo do tempo acompanhou a tendência geral observada para

    diversas espécies. Dessa forma, a biomassa acumulada no fuste (madeira + casca) aumentou

    sua proporção; enquanto, que a copa (galhos + folhas) diminuiu, em função do aumento da

    idade.

  • 23

    TABELA 4. Distribuição relativa entre os componentes da biomassa aérea de Eucalyptus

    grandis x Eucalyptus urophylla, aos 12, 24, 36 e 48 meses de idade, no

    município de Macaíba, RN.

    Clones Proporção em relação ao peso seco da parte aérea (%)

    Madeira Casca Fuste Galhos Folhas Copa

    12 meses

    AEC0144 36,29 ab 12,57 ns 48,86 19,66 ns 31,48 b 51,14

    AEC0224 31,48 b 8,08 ns 39,56 19,79 ns 40,65 a 60,44

    GG100 44,14 a 9,08 ns 53,22 16,13 ns 30,65 b 46,78

    24 meses

    AEC0144 56,52 a 11,00 a 67,52 13,92 ab 18,56 b 32,48

    AEC0224 49,36 b 8,10 b 57,46 15,86 a 26,68 a 42,54

    GG100 61,23 a 10,20 a 71,43 11,19 b 17,38 b 28,57

    36 meses

    AEC0144 66,25 b 10,52 a 76,77 10,73 a 12,50 a 23,23

    AEC0224 66,14 b 9,82 ab 75,96 9,25 a 14,79 a 24,04

    GG100 78,35 a 8,85 b 87,20 5,17 b 7,63 b 12,80

    48 meses

    AEC0144 71,95 b 13,05 a 85,00 7,77 a 7,23 ab 15,00

    AEC0224 69,96 b 11,21 b 81,17 8,35 a 10,48 a 18,83

    GG100 80,05 a 10,67 a 90,72 4,65 b 4,62 b 9,27

    As médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o

    Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. ns = não significativo.

    Para a idade de 12 meses apenas os componentes madeira e folha apresentaram

    diferenças significativas, sendo as maiores proporções desses componentes observadas nos

    clones GG100 e AEC0144 respectivamente. O clone GG100 foi o único a acumular a maior

    parte de biomassa no fuste desde o primeiro ano (53,22%), onde o componente madeira foi

    responsavel por 44,14% de sua biomassa total. Já o clone AEC0224 foi o único a acumular a

    maior parte de sua biomassa nas folhas. Além disso, para esse clone, também foi observado o

    maior acúmulo de biomassa na copa, representando 60,44% de sua biomassa total.

    Silva et al. (2004) avaliando a alocação de biomassa em Eucalyptus benthamii em

    diferentes idades (12, 24, 36 e 48 meses) no espaçamento 3 m x 2 m no município de

    Guarapuava- PR, encontrou uma alocação de biomassa diferenciada para cada idade, sendo

    que aos 12 meses o compartimento folha acumulou maior percentual de biomassa (35%)

  • 24

    seguido pelos compartimentos madeira (33%), galho (29%) e casca (3%). Entretanto, nas

    idades seguintes houve inversão no padrão de alocação, sendo observados aumentos

    sucessivos para o compartimento madeira e decréscimo para o compartimento folhas.

    Viera e Schumacher (2011) ao quantificar a produção e a distribuição de biomassa da

    parte aérea em povoamentos monoespecíficos e mistos de Eucalyptus urograndis observaram

    para a biomassa acima do solo, independentemente de ser de povoamento monoespecífico ou

    misto, a mesma ordem de alocação (folhas > madeira > galhos > casca) aos 6 meses de idade,

    quando a copa era responsável por mais de 50% da biomassa total. Já aos 18 meses, ocorreu

    uma modificação da prioridade de alocação da biomassa entre os componentes. Sendo

    observado a seguinte de sequência de alocação: madeira > galhos > folhas > casca.

    Aos 24 meses de idade foi observada diferença significativas em todos os

    componentes da biomassa, os clones GG100 e AEC0144 acumularam os maiores percentuais

    de madeira e casca: enquanto, que o clone AEC0224 obteve as maiores proporções de folha e

    galho, sendo que para o componente galho foi superior apenas ao GG100.

    Em relação aos componentes madeira e casca os clones GG100 (61,23 e 10,20%) e

    AEC0144 (56,52 e 11%) respectivamente, apresentaram valores superiores aos obtidos por

    Silva et al. (2004) para Eucalyptus benthamii, que em observaram valores de (51,0 e 4,8%)

    para os mesmos componentes, também aos vinte e quatro meses de idade. Em relação ao

    componente galho, todos os clones apresentaram valores inferiores aos obtidos pelos autores,

    que no mesmo estudo observaram o valor de 25,2% para este componente.

    A partir dos 24 meses de idade todos os clones avaliados apresentaram maior acúmulo

    de biomassa no fuste, sendo o componente madeira aquele que representou o maior

    percentual. Esse padrão se manteve aos 36 meses de idade, final do estudo, quando o acúmulo

    de biomassa no fuste foi superior a 75% em todos os clones avaliados.

    Aos 36 meses o clone GG100 destacou-se, apresentando o maior acumúlo de biomassa

    no componente madeira, entre os três clones avaliados, acumulando 78,35% da sua biomassa

    total. Os clones AEC0144 e AEC0224 obtiveram as maiores proporções de casca, galho e

    folha, já em relação ao componente casca apenas o clone AEC0144 foi estatisticamente

    superior ao GG100.

    Para a idade de 36 meses todos os clones apresentaram valores superiores aos obtidos

    por Silva et al. (2004), em Eucalyptus benthamii, para os componentes madeira e casca,

    também aos 36 meses de idade. Em relação ao componente galho, mais uma vez, todos

    apresentaram valores inferiores aos obtidos pelos autores, que para este componente

    observaram o valor de 17,9%. Para o componente folha foi observado um comportamento

  • 25

    diferenciado; enquanto, os clones GG100 (7,63%) e AEC0144 (12,50%) apresentaram valores

    inferiores, o clone AEC0224 (14,79%) apresentou um valor bem semelhante ao obtido por

    Silva et al. (2004), (14,0%).

    Embora até o terceiro ano tenha havido aumento absoluto nos valores de folha e galho,

    a biomassa relativa desses componentes apresentou redução em função da idade, para o

    componente casca, também foi observado aumento absoluto. Entretanto, a distribuição

    relativa desse componente não apresentou grande variação ao longo do tempo.

    Aos 48 meses de idade nota-se a mesma tendência observada para os anos anteriores,

    com aumento do acúmulo de biomassa no fuste e consequente diminuição da biomassa

    acumulada na copa. Mais uma vez, o clone GG100 apresentou a maior proporção de biomassa

    no fuste (90,72%), onde o componente madeira foi responsavel por 80,05% da sua biomassa

    total, sendo este valor estatisticamente superior aos observados para os demais clones. Para o

    componente casca os clones AEC0144 e GG100 apresentaram as maiores médias. Já em

    relação aos componentes galho e folha os clones AEC0224 e AEC0144 apresentaram as

    maiores proporções, sendo que para o componente folha, apenas o clone AEC0224 foi

    estatisticamente superior ao GG100.

    Em comparação aos resultados obtidos por Silva et al. (2004), também aos 48 meses

    de idade, foram observados comportamentos diferenciados. Para o componente madeira,

    enquanto o clone GG100 foi superior, enquanto os clones AEC0224 e AEC0144

    apresentaram valores bem próximos aos obtidos pelos autores. Já para o componente casca

    todos os clones desse estudo apresentaram valores mais elevados, enquanto que para o

    componente galho todos ficaram abaixo dos valores obtidos por Silva et al. (2004). Em

    relação ao componente folha, o clone AEC0224 apresentou os valores mais elevados

    enquanto que o AEC0144 apresentou valores semelhantes e o GG100 abaixo dos encontrados

    pelos autores, que para o seu trabalho encontraram para os componentes madeira, casca, galho

    e folha os valores 70,4; 7,3; 15,2; e 7,1 respectivamente.

    Vários fatores podem influenciar nos padrões de repartição de biomassa, entre eles

    destacam-se espécie e idade, de modo que um resultado obtido para uma determinada espécie

    será representativo apenas para esta espécie e para a idade considerada. Em plantas jovens

    geralmente há uma tendência de maior acúmulo de biomassa em suas copas (galhos + folhas),

    e à medida que vão se tornando adultas passam a acumular mais biomassa em seus fustes

    (madeira + casca). Entretanto, essa distribuição da biomassa varia de espécie para espécie e

    até mesmo, em uma população da mesma espécie bem como em razão das condições

    ambientais e de sua procedência (CALDEIRA et al.,2011).

  • 26

    Segundo Larcher (2000), a variação da biomassa com a idade acontece porque na fase

    inicial do desenvolvimento de uma árvore, grande parte dos carboidratos é canalizada para a

    produção de biomassa da copa. Posteriormente, quando as copas começam a competir entre

    si, a produção relativa de tronco aumenta e a de folhas e ramos diminui, gradativamente.

    Para Leles et al. (2001) a partição de matéria seca para madeira é de grande

    importância na tomada de decisões, quanto à escolha de material genético e de técnicas de

    manejo a serem adotadas na condução da floresta, visto que esse é o componente geralmente

    comercializado em uma floresta. Nesse estudo, nota-se uma clara tendência de aumento na

    proporção de acúmulo de biomassa para a madeira com o aumento da idade, o que indica que

    a espécie poderá, no futuro, acúmular ainda mais biomassa neste componente.

    6. CONCLUSÃO

    A produção de biomassa e sua distribuição relativa entre os componentes da árvore

    foram diferenciados entre os clones (AEC0144, AEC0224, GG100) e para cada idade

    considerada (12, 24, 36 e 48 meses).

    O componente madeira apresentou os maiores incrementos individuais de biomassa

    com o aumento da idade, consequentemente, as maiores porcentagens de acúmulo de

    biomassa, ao longo do tempo, foram observadas neste componente.

    Ao final do estudo, clone GG100 apresentou os maiores acréscimos de biomassa tanto

    para produtividade total quanto para produção de madeira. Podendo ser considerado o mais

    indicado para futuros plantios na região. É necessário, no entanto, a realização de um

    acompanhamento desse clone, para que seja avaliado o seu comportamento em idades mais

    avançadas.

  • 27

    7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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