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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA CRECHE PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO DA CRECHE/UFG Goiânia DEZEMBRO/2007

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA CRECHE

PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO

DA CRECHE/UFG

Goiânia

DEZEMBRO/2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Edward Madureira Brasil

REITOR

Benedito Ferreira Marques

VICE-REITOR

Sandramara Matias Chaves

PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO

Divina das Dores de Paula Cardoso

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Orlando Afonso Valle do Amaral

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

Anselmo Pessoa Neto

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA

Jeblin Antônio Abraão

PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E RECURSOS

HUMANOS

Ernando Melo Filizzola

PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS DA COMUNDADE UNIVERSITÁRIA

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“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro.

Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se,

atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em

função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o

presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a

determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação

possível, comprometendo seus atores e autores”.

(Gadotti, 1994,p.579)

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

4

SUMÁRIO

1 – Identificação da instituição....................................................................................5

2 - A (re) construção do Projeto Político Pedagógico ...............................................5

3 – Justificativa ............................................................................................................6

4 - Educação Infantil – Aspectos Legais ....................................................................11

5 - Creches Universitárias no Brasil ..........................................................................13

6 - Histórico da Creche/UFG ....................................................................................14

7 – Profissionais da Creche ....................................................................................15

8 - Caracterização do espaço físico da Creche/UFG ................................................16

9 - Regime de Funcionamento ......................................................................18

10-A Parceria Creche e Família ..................................................................................20

11 - Organização do cotidiano de trabalho junto às crianças .................................21

12 – Organização curricular.................................................... ...................................21

12.1 – Linguagem ............................................................ ...................................22

12.2 – Brinquedos e brincadeiras................................... ...................................23

12.3 – Música ................................................................... ...................................24

12.4- Artes ........................................................................ ...................................25

12.5 – Passeio ................................................................... ...................................27

13 - Processos e Instrumentos de Avaliação ..............................................................28

14- Considerações Finais ...........................................................................................30

15 - Referências Bibliográficas ...............................................................................31

ANEXO I ....................................................................................................................32

ANEXO II ...................................................................................................................37

ANEXO III ..................................................................................................................47

ANEXO IV ...................................................................................................................57

ANEXO V .....................................................................................................................56

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

5 1 – Identificação da instituição

A Creche/UFG é mantida pela Universidade Federal de Goiás, e fica localizada

no Campus Samambaia – Campus II, fones: 3521 1028 e 3521 1082, email:

[email protected], atende crianças de 4 meses a 3 anos e 11 meses, filhos de

estudantes, docentes e técnico-administrativos da Universidade Federal de Goiás, em

período integral, matutino e vespertino, sendo que seu horário de funcionamento é das

7:00h às 18:00h.

2- A (re) construção do Projeto Político Pedagógico

Um projeto político-pedagógico (ppp) é um documento que está em constante

reconstrução, que nunca está acabado. Entretanto, apesar de eternamente incompleto,

ele sempre existe e orienta a prática pedagógica dos professores de uma instituição

educacional, quer ele esteja sistematizado ou não. Em 2007, assumimos o desafio que

re-sistematizar e formalizar o nosso ppp, cientes, de que esse não é o projeto definitivo

desta instituição, e que ele já foi precedido por outros documentos.

Nessa nova etapa de discussão, os caminhos percorridos pelo atual grupo de

profissionais da Creche rumo à tentativa de sistematizar seu PPP foram: no inicio do

ano, tivemos a preparação teórica do grupo, realizada através de estudos e pesquisas

sobre a temática. Esses momentos foram organizados, a princípio, no grupo de estudo

dos professores e técnicos-administrativos da Creche e também nas Paradas

Pedagógicas (PP) que acontecem uma vez a cada mês1.

Na PP do dia 09 de março de 2007 convidamos os pais para participarem da

etapa preliminar da construção do ppp. Esta fase caracteriza-se pela tomada de

consciência do conceito que os vários segmentos que compõe o coletivo da Creche

apresentam sobre criança, infância, educação infantil bem como que sociedade vivemos

e que sociedade queremos viver. Foram elaboradas as seguintes questões na tentativa de

apreender as concepções do grupo:

• Que sociedade eu quero construir?

• Que creche eu quero construir?

1 A Parada Pedagógica é um encontro mensal quando a equipe não recebe crianças e se dedica ao estudo, planejamento e avaliação das atividades.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

6 • O que é ser criança?

Participaram apenas dois pais nesse processo, de forma que pensamos em criar

outra ocasião para que os pais possam participar novamente. Pouco depois, iniciou-se a

greve dos servidores técnicos-administrativos no mês de maio e a conseqüente

interrupção do atendimento às crianças, pudemos dedicar nossa jornada de trabalho à

elaboração dos primeiros textos que integrariam o PPP da Creche nessa nova etapa de

discussões. Tomando como ponto de partida as versões anteriores do projeto, ampliada

pelos estudos desenvolvidos no primeiro semestre, demos início a esta grande

empreitada.

Conscientes de que seria uma oportunidade única para nos dedicarmos

integralmente a essa tarefa, optamos por otimizar o tempo e os esforços dividindo a

equipe de educadores em comissões de trabalho que ficariam responsáveis por

desenvolver alguns tópicos que o próprio grupo elegeu como importantes nesta etapa de

sistematização do PPP. Foram elas:

• Educação Infantil – Aspectos Legais

• Creches Universitárias no Brasil

• Histórico da Creche/UFG

• Profissionais da Creche/UFG

• Caracterização do espaço físico da Creche/UFG

• Regime de Funcionamento

• Organização do cotidiano de trabalho junto às Crianças

• A parceria Creche/UFG e Família

• Processos e Instrumentos de Avaliação

2 - Justificativa

“Pensar o Projeto Político Pedagógico de uma instituição é pensar a construção de sua identidade, o que implica numa análise coletiva tanto da história (a que lhe deu as características que apresenta no momento) quanto das direções intencionais que serão assumidas em função das decisões tomadas pelo PPP” (VEIGA, 1996).

A Creche/UFG, entendida como um espaço educativo, organiza seu trabalho

pedagógico a partir de determinadas concepções que estão inevitavelmente refletidas no

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

7 seu cotidiano. Pensando nisso, o coletivo de educadores da Creche se propôs formalizar

sua proposta de maneira que fossem retratadas no seu Projeto Político Pedagógico

(PPP) estas concepções, ações e objetivos pedagógicos que organizam nossas

atividades.

O interesse em sistematizar o PPP da Creche/UFG surgiu, desde sua primeira

versão na década de 90, da necessidade de responder algumas questões que permeiam

nosso universo educativo, tais como: qual a nossa concepção de criança? Que

concepções de educação infantil condicionam nossas práticas pedagógicas? Como estas

concepções se manifestam no cotidiano da creche/UFG? Como o trabalho se organiza

neste espaço? Que papel uma creche universitária deve cumprir? As respostas a estas e

outras questões devem sempre levar em consideração que todo fazer educativo se

realiza permeado de contradições que, em determinados momentos, questionam a

prática, impondo uma nova revisão dos princípios que orientam o projeto educativo da

instituição. É, portanto, nessa perspectiva que este projeto está sendo reorganizado, não

como algo definitivo, mas como algo defendido e em permanente construção.

O PPP da Creche é vivenciado a cada dia, construído e reconstruído sob

constante reflexão e discussão por todos aqueles que outrora participaram e por nós que

agora participamos do cotidiano dessa instituição. Nesse sentido, a sua formalização

também necessitou contar com a contribuição dos vários grupos que integram esta

instituição, como os educadores, pais, funcionários e estagiários, buscando, conferir,

assim, maior autenticidade e coerência entre a realidade e sua síntese apresentada sob a

forma de Projeto.

Além da prerrogativa do efetivo envolvimento de todos os segmentos que

compõe a Creche na sistematização do seu projeto, apontada na literatura voltada para o

tema, também tem sido necessário estudos de fontes bibliográficas que versam sobre o

assunto para a consolidação de um aporte teórico suficiente que subsidie esta tarefa.

Nesse estudo buscamos, também validar nosso propósito, buscando informações e

conhecendo caminhos percorridos por outras instituições imbuídas do mesmo objetivo.

4 - Educação Infantil – Aspectos Legais

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

8 No Brasil, a educação das crianças menores de sete anos tem uma história de

aproximadamente cento e cinqüenta anos2. Porém o crescimento acentuado dessa

modalidade de atendimento deu-se principalmente a partir da década de 70 e foi mais

acelerado até 1993. Tal expansão se deve, dentre outras coisas, a fatores como a entrada

da mulher no mercado de trabalho, sobretudo, nas últimas décadas do século XX e,

ainda, o aumento da consciência social sobre o direito, bem como o reconhecimento da

importância e da necessidade da educação na infância, defendido pelas inúmeras

pesquisas sobre o tema, exercendo influência decisiva na implementação de políticas

publicas para a infância.

No tocante à questão legal, nas Constituições Federais do período compreendido

entre 1891 e 1967, a infância era vista pelo Estado sob o prisma do amparo e da

assistência, o que se refletia nas ações governamentais destinadas a essa fase da vida.

Tais ações se mantinham articuladas à concepção de infância heterônoma, na qual a

criança era vista como um ser frágil, dependente da ação do adulto e da educação para

se evoluir-se rumo à autonomia e à liberdade.

O tema Educação Infantil ganha na primeira Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Brasileira (Lei nº 4024/61) uma discreta referência. Esta Lei sugeria às

empresas que tivessem em seus quadros de funcionários mães trabalhadoras, a

incumbência de organizar instituições pré-primárias para o atendimento às crianças.

Com as reformas na LDB em 1971 (Lei nº 5692/71), nada de novo foi acrescentado a

esse quadro.

Apesar da omissão da Lei em relação à necessidade de atendimento educacional

para a infância, ocorre, entretanto, um crescimento acentuado da demanda pelo

atendimento de crianças menores de seis anos em creches e pré-escolas. Muitos

estudiosos do assunto atribuem o fenômeno, por um lado, à crescente participação da

mulher no mercado de trabalho e, por outro, ao também reconhecimento da importância

da educação nos primeiros anos de vida.

Essa compreensão da especificidade do caráter educativo das instituições de educação infantil não é natural, mas historicamente construída, uma vez que ocorreu a partir de vários movimentos em torno da mulher, da criança (...) por parte de diferentes segmentos da sociedade civil organizada e dos

2 As primeiras experiências de atendimento institucionalizado à infância surgiram para atender às crianças vítimas de abandono.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

9 educadores e pesquisadores da área em razão das grandes transformações sofridas pela sociedade em geral e pela família em especial, nos centros urbanos, com a entrada da mulher no mercado de trabalho (CERISARA, 1999 p. 14).

A luta pelo reconhecimento do direito à educação infantil insere-se, ainda, num

movimento popular mais amplo de defesa dos direitos da criança, tendo participação

ativa nesse processo diversos segmentos sociais. As conquistas advindas dessas lutas

foram sendo legitimadas por documentos históricos como a Declaração Universal dos

Direitos da Criança de 1959 e a Convenção Mundial dos Direitos da Criança de 1989. No Brasil foi somente nas últimas três décadas que a discussão sobre o

atendimento institucional de crianças menores de sete anos em espaços educativos, fora

da família, ganhou, de fato, contornos um pouco mais definidos. O intenso debate sobre

a infância e a educação infantil desenvolvido nas décadas de 70 e 80 foram

fundamentais para que fossem introduzidas mudanças significativas no âmbito legal,

cuja consumação se deu na própria Constituição Federal, promulgada em 1988. No seu

artigo 208 fica firmado o dever do Estado com a educação infantil mediante a garantia

de atendimento (não obrigatório) em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis

anos de idade, provocando mudanças qualitativas no discurso oficial sobre a criança e

sua educação, refletido, ademais, nas propostas educativas subseqüentes para esse nível

de ensino.

Não obstante, com o reconhecimento pela nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação – LDB (Lei nº 9394/96) da educação infantil como a primeira etapa da

educação básica, esse nível de ensino conquistou um respaldo legal inédito. Sua

finalidade, definida no texto legal, é o desenvolvimento integral da criança em seus

vários aspectos da vida social e afetiva, numa ação articulada à família e à

comunidade (Art. 29).

A incorporação da educação infantil à educação básica representa um avanço

importante em relação à tradição assistencialista historicamente presente nessa

modalidade de atendimento feita, até então, por órgãos ligados à assistência social. No

entanto, é preciso enfatizar que, embora seja considerado um grande passo do ponto de

vista legal, o fato da Educação Infantil ser oferecida em caráter não obrigatório reafirma

o descompromisso do Estado para com esse nível de ensino, acarretando, com isso, a

não priorização de recursos e reforçando o papel secundário que historicamente a

educação de crianças pequenas no Brasil tem assumido.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

10 Contudo, o reconhecimento legal do direito a esse atendimento expressa, até

certo ponto, a concepção atual em relação à criança construída ao longo do processo

histórico, exigindo, ainda, um profundo debate acerca de quais seriam os modelos de

qualidade para a educação de crianças pequenas. Agora, trata-se de uma criança com

necessidades e características próprias distintas das dos adultos, um sujeito real e não

mais um “vir a ser” um cidadão com direitos dentre os quais, a educação em creches e

pré-escolas.

Uma das ações concretas implementadas no âmbito das reformas no sistema

educacional brasileiro diz respeito ao documento Referencial Curricular Nacional para

a Educação Infantil (RCNEI 1998). Este documento apresenta-se como um conjunto de

referências e orientações pedagógicas que visam contribuir com a implementação de

práticas educativas de qualidade para a educação infantil. Ele está organizado de forma

instrumental e didática, apresentando eixos de trabalho com os respectivos objetivos,

conteúdos e orientações didáticas diferenciadas para as faixas etárias de zero a seis anos.

Sua versão final foi divulgada em outubro de 1998.

Ainda no processo de legitimação da educação infantil, em dezembro de 1998 a

CEB – Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação - institui as

Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil a serem complementadas pelas

normas dos sistemas de ensino dos Estados e Municípios. As Diretrizes, de caráter

mandatário, estabelecem os marcos para a elaboração de propostas pedagógicas para as

crianças de 0 a 6 anos, definindo os princípios fundamentais e procedimentos para a

educação básica que orientariam as instituições de educação infantil na organização de

suas propostas pedagógicas.

Em 2006, a COEDI (Coordenadoria de Educação Infantil) apresentou o

documento Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Este

documento apresenta referências de qualidade para a educação infantil a serem

utilizadas pelos sistemas educacionais, por creches, pré-escolas e centros de educação

infantil, no sentido de contribuir para a promoção da igualdade de oportunidades

educacionais, levando em conta as diferenças, diversidades e desigualdades presentes

em nosso país. O intuito da COEDI é que este documento contribua efetivamente para a

construção de um processo democrático de implementação das políticas públicas para

crianças de 0 a 6 anos.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

11 O processo histórico de reconhecimento do direito e da especificidade

educacional da infância, legitimado nos textos legais, muito tem contribuído na defesa

de práticas educacionais cada vez mais críticas e criativas. É, pois, nosso compromisso,

enquanto espaço de educação infantil situado no interior de uma universidade,

contribuir com o debate nacional acerca das políticas públicas inerentes à Educação

Infantil.

5 - Creches Universitárias no Brasil

A década de 70 foi um período de criação de muitas creches universitárias pelo

país e, conforme pontua RAUPP (2002), as creches passaram a ser uma luta de

comunidades universitárias como direito de assistência à criança na ausência da mãe no

horário de trabalho.

Segundo ROSEMBERG (1989) apud RAUPP (2002), configura-se nesse

contexto uma nova forma de luta por creches, uma vez que a instalação desse tipo de

instituição se dá por meio da organização de seus servidores, por meio do estudo da

demanda existente e da avaliação dos custos e elaboração de projetos, por exemplo.

É no período de 1980 a 1992 que ocorre uma grande expansão das creches

universitárias brasileiras. Também nesse período, precisamente em 1989, os servidores

das universidades, homens e mulheres, passam a ter o direito a creche no local de

trabalho, a partir do decreto nº 93.408 de 10/10/1989. Nesse contexto, a creche no local

de trabalho passa a ser um direito trabalhista para os filhos de servidores dos órgãos e

entidades da administração federal direta e indireta e não apenas da mulher trabalhadora

em período de amamentação.

Embora esse importante avanço tenha favorecido à expansão de unidades de

educação infantil nas universidades, contudo, não foi possível atender totalmente a

demanda dos trabalhadores com filhos de 0 a 6 anos destas instituições.

Nessa perspectiva, RAUPP (2002), considera que o Decreto 93.408 seja apenas

uma aparente conquista para o servidor publico federal, devido a impossibilidade das

creches universitárias comportarem toda a demanda por vagas. O objetivo básico desses

espaços de Educação Infantil é atender aos filhos da comunidade universitária.

Em dezembro de 1993 foi anexado o Decreto de lei nº 977 pela então Secretaria

da Administração Federal da Presidência da República. Este dispositivo impõe a

assistência pré-escolar (institui o auxílio pré-escolar) para os dependentes dos

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

12 servidores da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Este

decreto, segundo RAUPP (2002), “vem na contra mão da expansão das unidades de

educação infantil nos órgãos federais” já que a partir dele foi proibido a criação de

novas unidades de atendimento à criança pequena, tendo no auxílio pré-escolar o

substituto do direito à creche em local de trabalho.

Os debates sobre o papel das unidades de educação infantil nas universidades

federais foram intensificados a partir das medidas legais da Constituição Federal de

1988, que direcionava o direito à Educação infantil como sendo de todas as crianças.

Para RAUPP (2002), esse conjunto de fatores impulsionou as Unidades de

Educação Infantil no decorrer de suas trajetórias a reverem suas funções no âmbito da

Universidade, levando algumas a ampliarem seu campo de atuação para além do

cuidado e educação das crianças, incluindo outras possibilidades, tais como: campo de

estágio, campo de pesquisa e de observação. Neste movimento, até 2002, algumas

unidades de educação infantil investiram também na pesquisa e nas atividades de

extensão, que, segundo esta autora, seria o caminho para a constituição de uma

identidade universitária que influenciaria na pertinência das Unidades de Educação

infantil nas universidades.

Na pesquisa realizada em 2002, RAUPP levantou alguns dados importantes que

caracterizavam de forma ampla as Unidades de Educação infantil nas Universidades

Federais. Nessa investigação, ao analisar a situação de vinculação das unidades o

resultado percebido foi que a maioria delas, cerca de 83%, estava vinculada a órgãos

diversos dentro das universidades e não a Centros/Faculdades de Educação. Este fato

contradiz a importância dada ao vínculo da Educação Infantil com a área da Educação,

assim como, localiza essas unidades como direito trabalhista e de assistência ,de acordo

com os objetivos de criação. Os órgãos onde foram localizadas as unidades foram: Pró-

reitorias, recursos humanos, assuntos comunitários, entre outros.

Na atualidade, os objetivos da maioria das unidades incluem, além do

atendimento aos filhos da comunidade universitária (docentes, técnicos-administrativos

e discentes), outras funções, tais como: campo de pesquisa, observação e estágio e ainda

objetivos de produção e socialização de conhecimentos como norteadores de uma

atividade em sintonia com o princípio acadêmico universitário de ensino, pesquisa e

extensão, dando um entendimento mais amplo sobre o papel de Unidade de Educação

Infantil dentro da lógica de ação do universo acadêmico.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

13 Com base na carta de Florianópolis extraída do II Encontro Nacional das

Unidades Universitárias Federais de Educação Infantil, realizado em Santa Catarina em

2002, foram levantadas várias ações pelos representantes de 18 Unidades de Educação

Infantil presentes naquele encontro, ações que, conforme o documento, poderiam

garantir a qualidade do trabalho das unidades de Educação Infantil, tais como:

• Garantir as Unidades de Educação Infantil como direito da criança;

• Reconhecer as Unidades de Educação Infantil nas Universidades Federais

como espaço de ensino, pesquisa e extensão, estabelecendo relações de

parceria com os Centros/Faculdades de Educação no âmbito universitário e

com as demais instituições voltadas para o atendimento à infância;

• Alocar recursos materiais e humanos para a manutenção dessas Unidades de

Educação Infantil;

• Assegurar um quadro de profissionais compatível com as necessidades

dessas unidades;

• Criar condições para a socialização dos conhecimentos sobre Educação

Infantil gerados nas unidades universitárias, contribuindo assim, para o

processo de formação continuada dos professores da rede pública;

• Legitimar as unidades universitárias federais de Educação Infantil como

campo de observação e estágio dos alunos regularmente matriculados nas

Universidades públicas;

• Fortalecer e incentivar a realização de pesquisas relacionadas com o

desenvolvimento e com a educação das crianças inseridas em seus contextos

sócio econômico e cultural específicos;

• Promover a articulação das Unidades Universitárias Federais de Educação

Infantil com os movimentos sociais através da participação em fóruns,

conselhos, encontros, entre outros. (in: anais do II encontro Nacional das

Unidades Universitárias Federais de Educação Infantil - Florianópolis –

2002).

6 - Histórico da Creche/UFG

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

14 A implementação da Creche no interior da Universidade Federal de Goiás foi

concluída em 1989, e tem origem na luta dos servidores do Hospital das Clínicas por

um espaço onde pudessem deixar seus filhos enquanto trabalhavam. De acordo com os

relatórios da PROCOM (1991), a Crehe/UFG esta foi criada como um instrumento de

prestação de serviços, integrando-se a política social da Universidade, o que situa sua

criação como um dos programas assistenciais da Pró-Reitoria de Assuntos da

Comunidade Universitária.

7 - Profissionais da Creche

O grupo de profissionais que integra a Creche da UFG é composto por

servidores técnicos-administrativos, professoras de 1º e 2º graus efetivas, e professoras

substitutas e bolsistas dos cursos de Letras, Educação Física, Educação Artística (Artes

Cênicas) e Pedagogia3.

A presença de bolsistas e professores substitutos é essencial para o

desenvolvimento dos trabalhos, já que o quadro de efetivos é reduzido. Por um lado,

contratação destes educadores temporários resolve os problemas mais imediatos de falta

de pessoal, por outro, tem a limitação do tempo de duração das bolsas e contratos, que

permite a permanência por, no máximo, dois anos. Assim, constatamos que, segundo

Raupp (2000), a instabilidade do quadro de pessoal é um dos elementos que dificulta a

consolidação do Projeto Pedagógico.

Entretanto, o fato de a Creche/UFG trabalhar com bolsistas, possibilita a

inserção destes estudantes no processo pedagógico, dentro de uma perspectiva

interdisciplinar, contribuindo para a sua formação profissional, possibilitando-lhes um

campo efetivo de estágio e experiências. A exigência mínima para estagiar na creche é

estar cursando o nível superior.

Todos os educadores que trabalham na Creche/UFG desempenham as várias

tarefas inerentes ao fazer pedagógico na Educação Infantil, compreendidas na relação

entre o cuidar e o educar. O documento Organização Coletiva do Trabalho Pedagógico

3 Estes cursos são contemplados no perfil de educador elaborado pela equipe da creche/UFG que visa implementar parâmetros para os profissionais que vão atuar diretamente com a crianças, buscando estabelecer os saberes necessários para essa atuação, visando escapar da lógica de que para trabalhar em creches “basta gostar de crianças”. Estes cursos têm em comum o estudo do desenvolvimento e aprendizagem infantil e a articulação com as áreas de conhecimento nas quais se estrutura o currículo da creche – artes, brinquedos e brincadeiras, linguagem e música.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

15 explicita a postura esperada do educador da Creche/UFG e se encontra no anexo I deste

documento.

Os trabalhadores da Creche estão organizados em cinco equipes que

desempenham suas atividades de modo articulado. Os quadros de profissionais e suas

respectivas atribuições encontram-se no anexo II deste documento. São as seguintes as

equipes de trabalho da Creche:

• Equipe administrativa - é composta pela coordenação administrativa, secretária e

auxiliar de secretaria.

• Equipe pedagógica - é composta pela coordenação pedagógica e os educadores

efetivos, substitutos e bolsistas.

• Equipe de nutrição – é composta pelos cozinheiros, auxiliares de cozinha,

estoquista e lactarista.

• Equipe de higiene e segurança – é composta pelas higienistas e porteiro.

• Equipe de apoio4 – é composta pelo médico pediatra, nutricionista, assistente social

e odontóloga.

8 - Caracterização do espaço físico da Creche/UFG

A Creche/UFG está localizada no Campus Samambaia – Campus II da

Universidade Federal de Goiás - a 12Km do centro de Goiânia e, situa-se entre a

Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia (FCHF) e a Faculdade de Educação Física

(FEF), ficando, também, bastante próxima do bosque Auguste Saint-Hilaire. O Campus

II é rico em pastagem, campos de plantação de milho, sorgo e, também, apresenta

abundante natureza, fazendo parte do nosso cotidiano avistar elementos da fauna e da

flora.

A Creche/UFG conta com um amplo espaço físico e pode ser dividida em quatro

grandes áreas:

- Área administrativa: conta com sala da secretaria, sala da coordenação, sala

de reuniões, que freqüentemente é utilizada para os planejamentos, estudos individuais e

4 Os profissionais das áreas de medicina, odontologia, serviço social e nutrição são lotados na PROCOM e prestam assessoria a Creche sempre que necessário.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

16 coletivos e, também, para orientação de estagiários. Esta área possui ainda 3 sanitários 1

feminino e 1 masculino, 1 na sala de coordenação.

- Área de apoio: são os ambientes da cozinha, com suas respectivas despensas e

lactário; lavanderia; rouparia; almoxarifado; os sanitários femininos que funcionam

como vestiários e o refeitório dos adultos. A área externa da Creche conta com o saguão

de entrada (que comporta 1 sanitários de visitas e 1 salinha de rede de controle de

telefone e internet).

- Área pedagógica: é o ambiente especificamente direcionado às crianças. Esta

área possui os seguintes ambientes: sala de livros, sala de brinquedos, sala de música,

sala de artes e brinquedos pedagógicos, sala de vídeo, sala de sono, o refeitório das

crianças, 3 banheiros para as crianças do grupo I, II e III, berçário, uma sala reservada

para o sono dos bebês com trocadores, banheiro, berço, colchonete, e um espaço para

amamentação. Possui, ainda, dois pátios, sendo que o pátio I conta com pneus, um

tanque de areia, duas árvores, um quiosque, um tanque de água com aproximadamente

30 cm de profundidade por 2m de diâmetro. Este tanque é utilizado somente quando se

trabalha atividades aquáticas. No pátio II temos uma árvore, um quiosque (garagem

para as motocas), balanços de madeira e uma “pista” para as motocas.

- Área externa: é a varanda de entrada, o parquinho e o pomar. Podemos dizer

que a circulação das áreas administrativas e de apoio são restritas aos profissionais da

Creche e, em determinados casos, como o ambiente da nutrição, apenas os profissionais

da área, enquanto a área pedagógica e a externa é utilizada livremente tanto pelos

trabalhadores da creche como também pelas crianças, pais e visitantes.

A relação dos espaços, instalações e equipamentos disponíveis na Creche podem

ser melhor compreendidas vendo o anexo III.

9 - Regime de Funcionamento

A Creche/UFG retoma suas atividades no mês de janeiro após o recesso natalino

e 15 dias de férias. Simultaneamente ao início das atividades pedagógicas acontece o

processo de inscrições e seleção das crianças filhas de professores e técnicos-

administrativos que ingressam no mês de fevereiro. O primeiro dia de atividades é

reservado para planejamento e organização do espaço. No mês de março acontece as

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17 inscrições para seleção das crianças filhas de estudantes, com o ingresso ocorrendo

ainda no mês de março.

O atendimento diário da Creche/UFG é ininterrupto e tem início às 07 (sete)

horas e estende até as 18 (dezoito) horas, de segunda à sexta-feira. Há crianças que

ficam na creche em período parcial e outras que ficam em período integral. O

atendimento é interrompido no mês de julho, paralelo ao recesso acadêmico, período no

qual acontecem as férias coletivas dos funcionários da Creche. Restabelece-se o

atendimento em agosto e estende até o mês de dezembro, sendo novamente

interrompido para o recesso das festas de final de ano (Natal e Ano Novo).

Alguns “eventos” estão previstos no calendário anual e, dentre eles, alguns cujo

festejar se repete há alguns anos:

Paradas Pedagógicas: devem ocorrer todas as segundas sextas-feiras de cada

mês.

Feira do Livro: ocorre 1 (uma) vez ao ano sem data pré-determinada.

Confraternização com a Família: acontece nos meses de maio, agosto e

dezembro.

Festa Junina: tradicional festa da Creche que se realiza em junho.

Oficina com os Pais: acontece uma vez por ano.

Feira de Miudezas: acontece no mês de outubro e configura como mais um

espaço de interação entre a Creche e as famílias.

Semana da Criança: comemoração especial durante uma semana inteira no mês

de outubro.

Conselho de Creche: avaliação do desenvolvimento das crianças e posterior

reunião com os pais que acontece pelo menos duas vezes por ano..

Avaliação e Confraternização: atividade semestral de avaliação do trabalho

realizado e confraternização interna, entre os funcionários.

10 - A Parceria Creche/UFG e Família

“A creche é um dos contextos de desenvolvimento da criança. Além de prestar cuidados físicos, ela cria condições para o desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional. O importante é que a creche seja pensada não como instituição substituta da família, mas como ambiente de socialização diferente do familiar. Nela se dá o cuidado e a educação de crianças que aí

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

18 vivem, convivem, exploram, conhecem, construindo uma visão de mundo e de si mesmas, constituindo-se como Sujeitos” (OLIVEIRA, 1992).

A Creche/UFG parte de uma concepção ampliada de estrutura familiar, em que

considera e valoriza as diferentes formas de arranjos familiares: “nenhuma configuração

familiar é melhor que a outra, no sentido que a família é o que tem sido possível ser, em

função de seu contexto, de sua herança, da fase de vida em que está, da capacidade de

mudança que tem.” (Macedo, 1994, p.200).

A família é concebida como parte de um contexto mais amplo dentro do sistema

social, no qual se faz necessário sua função de transmissora de valores, de suporte

físico, afetivo e social e fica implícita a contribuição de seus membros para o

desenvolvimento da criança favorecendo a construção de sua identidade. A família é o

primeiro grupo com o qual a criança convive, neste sentido Oliveira (2002), nos alerta

que, em nosso contexto social as novas relações de trabalho e as conseqüentes

transformações ocorridas modificaram o papel da família. Aliadas a estas mudanças

instauram-se novas formas de conceber as funções e as responsabilidades e

compromissos das Instituições de Educação Infantil na formação humana dos sujeitos.

A Creche e a Família, nesse sentido, apresentam-se como instituições

historicamente construídas e, portanto, são mantidas sob fortes pilares de crenças e

ideais, sustentando suas funções e relações produzidas em seu interior, mas cada uma

com suas particularidades.

A cada momento histórico, em determinado espaço com os sujeitos ali atuantes,

são estabelecidas diferentes formas de relações. Essas relações caracterizam e são

caracterizadas pela maneira como uma dada sociedade se organiza e constrói sua

existência. Assim, percebemos que a família, primeiro meio de inserção da criança no

contexto sócio-histórico de sua cultura, reestrutura-se ressignificando as relações por ela

empreendidas, ao trazer em si características do grupo no qual ela está inserida.

Por isso, uma necessidade que hoje está colocada para a Creche é que, além de

organizar e viabilizar meios para efetivar a proposta pedagógica no seu espaço interno, é

necessário conhecer e considerar esse ambiente primeiro que media a relação

criança/cultura. É indispensável que os profissionais da Educação Infantil conheçam a

família da criança, condições de vida e as relações por ela estabelecidas para que possa

compreender como o educando se relaciona e age em seu meio social. A este respeito

nos informa Dias (2007):

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

19

Temos como pressuposto que as crianças nascem imersas num mundo já estruturado, numa cultura em que vários conhecimentos e valores foram construídos, diversos instrumentos e procedimentos foram elaborados. As pessoas, os objetos, as coisas e fenômenos do mundo natural e social já têm um nome, uma função, vários significados, construídos historicamente pelos sujeitos dessa cultura (p.50).

Sendo assim, um dos papéis da instituição é criar meios e possibilidades de

participação efetiva da família, transmitindo segurança e credibilidade sobre a proposta

trabalhada, sanando as curiosidades e dúvidas apresentadas; compartilhando os sucessos

e as dificuldades que o trabalho apresenta, fazendo desta parceria uma colaboração

mútua em que a família também possa interagir e intervir neste processo.

É compreendendo esses elementos que norteiam a relação família-criança-

sociedade que a instituição tem a oportunidade de dialogar com a família a proposta

educacional. Para isso, faz-se necessária a articulação de meios que proporcionem a

contribuição mútua da família e da creche para o desenvolvimento do educando,

objetivando pensar formas de complementarem-se como instâncias de vivências da

infância.

Nessas condições, o momento de adaptação é considerado de extrema

importância na relação família-creche. É justo, nesse contexto, que as famílias

ingressantes na Creche/UFG, tenham, por meio de reuniões de pais, a primeira

oportunidade formal de expor suas expectativas em relação a este espaço ao mesmo

tempo em que tomam conhecimento da proposta pedagógica que fundamenta as práticas

aqui realizadas.

Além da fase de ambientação, são oferecidas outras situações que visam o

envolvimento e participação da família na proposta pedagógica da Creche:

• Conselho de Creche - é momento que os educadores socializam com a

família as observações realizadas em relação às crianças no decorrer do

semestre. Entendemos que a participação dos pais e outros familiares nos

conselhos serve para agregar experiências e saberes e para aproximar os

contextos de desenvolvimentos das crianças.

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20 • Atividades de confraternização – são atividades previstas no calendário

anual, tais como festa da família, festa junina e confraternização de final de

ano;

• Oficinas com os pais – oportunidade dos familiares vivenciarem as

atividades oferecidas na Creche com o objetivo de socialização e

aproximação dos pais das atividades aí desenvolvidas.

• Reuniões coletivas e individuais com a família - são discutidos temas

como calendário, rotina/jornada, gestão, projetos, etc. Entendemos que os

pais precisam conhecer e discutir os objetivos da proposta pedagógica e os

meios organizados para atingi-los, além de trocar opiniões sobre como o

cotidiano familiar se liga a esse plano.

• Diálogos – momentos de troca de informações que podem ocorrer na

chegada e/ou saída das crianças na Instituição.

Há abertura para a participação da família em todos os processos constitutivos

da proposta pedagógica, caracterizada pela constante disponibilidade para o

diálogo, por parte dos profissionais da Creche. Assim, é por meio desses

momentos que Creche/UFG visa contribuir para que família e educadores se

percebam como aliados na educação e cuidado das crianças. É, portanto, essa

parceria que vai possibilitar o salto qualitativo na relação família-creche, o que,

conseqüentemente, tem influência direta no processo de educação da própria

criança.

11 - Organização do cotidiano de trabalho junto às crianças

“Segundo a concepção de educação em que se acredite, a rotina poderá ser instrumento de libertação, autonomia ou de heteronomia, dependência. Mas sempre será constitutiva e mantenedora do processo educativo.” (Freire, 1998, pág 46)

Na Educação Infantil utilizamos o termo “rotina” para designar a organização do

tempo. Rosa Batista (2001) em sua pesquisa “A rotina no dia-a-dia da creche: entre o

proposto e o vivido”, objetivou identificar elementos que pudessem contribuir para

elucidar a lógica organizacional da rotina da creche a partir das ações e reações das

crianças frente ao que lhes é proposto pelo adulto no espaço educacional. A pesquisa foi

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21 feita com registro em vídeo, pois assim foi possível filmar a dinâmica vivida por um

determinado grupo de crianças e adultos, no dia-a-dia da creche.

A autora concluiu que entre o que era proposto pelos adultos e o que as crianças

realizavam havia um desencontro, porque nessa instituição a rotina era criada para

suprir as necessidades do adulto, sem flexibilidade entre um horário e outro. Os adultos

dessa instituição viviam o dilema entre respeitar e partilhar a individualidade da criança

ou seguir a rotina estabelecida, seguindo uma tendência de homogeneidade e rigidez.

Quando pensamos na palavra “rotina” logo nos vem à mente sensações de tédio,

porém na Creche/UFG tentamos seguir os horários da rotina como um curso natural do

dia. A rotina deve ser flexível no sentido de atender às necessidades das crianças.

A rotina na educação infantil não pode ser maçante ou tediosa. Devemos

compreender a rotina como uma seqüência de atividades, com um determinado ritmo.

Assim, a rotina propicia às crianças e aos adultos envolvidos localizarem-se no tempo,

no espaço e nas atividades desenvolvidas na Creche. A rotina deve oferecer referência,

segurança e organização, sem se contrapor ao pulsar, aos movimentos e ao prazer.

Uma rotina é necessária até mesmo para que uma surpresa possa acontecer. No

meio de uma rotina costumeira um personagem fantástico aparecer é um exemplo disso,

assim como chegar e encontrar os brinquedos arrumados de uma maneira diferente

também pode gerar surpresas. Enfim, surpresas só são possíveis com uma rotina

estabelecida. O documento Um dia na Creche retrata a rotina da Creche/UFG e se

encontra no anexo IV.

Outro documento que se encarrega da organização do atendimento na Creche diz

respeito às Normas de Funcionamento Interno da Creche/UFG que se encontra no

anexo V deste documento.

12 – Organização curricular

Nesses 13 anos de existência, a Creche da UFG organizou sua proposta

pedagógica com base nas discussões do coletivo de profissionais e nas várias

assessorias que teve durante sua trajetória organizando seu currículo dentro de quatro

grandes áreas de conhecimento: linguagem, brinquedos e brincadeiras, artes e música.

Cada área é trabalhada em momentos específicos, nos quais são propostas às crianças

atividades estruturadas.

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22 Cada área é coordenada por dois ou três educadores, os quais assumem a

responsabilidade de planejar e executar as atividades relacionadas com sua área.

Geralmente, a escolha do eixo em que o educador vai trabalhar se dá de forma

voluntária, pela escolha pessoal ou por afinidade com a sua formação, sendo feito o

possível para contemplar a todos.

As atividades ligadas a esses eixos não se desenvolvem de forma aleatória nem

são desvinculadas umas das outras. Elas se organizam em torno de temáticas, numa

busca de evitar a fragmentação. As temáticas são decididas nos planejamentos da

equipe, sendo que ora parte dos conteúdos que são necessários para a formação da

criança, ora parte da observação de seus interesses e desejos das percebidos pelos

professores nas expressões de seus corpos e em suas ações.

Faz-se necessário notar que o currículo da Creche da UFG não adota a

metodologia de projetos – pelo menos não na definição clássica de Dewey – e também

não utiliza a metodologia do tema gerador, conforme a metodologia proposta por Paulo

Freire. Trabalha a temática como um elemento gerador que vai ligar as diferentes áreas,

mas que não se encaixa em nenhuma das abordagens anteriores, tendo como maior

característica a sua interdisciplinaridade.

Um aspecto relevante da proposta pedagógica da Creche UFG é que ela não

funciona com “salas pedagógicas”, pelo menos não no sentido físico do termo. Não há

uma dicotomização dos espaços, pois, apesar de cada agrupamento ser uma realidade

diferente, as crianças das diferentes idades não ficam separadas em salinhas, mas

passam a maior parte do seu tempo no pátio e nas salas ambientadas.

Sobre cada uma dessas áreas, destacaremos alguns aspectos mais relevantes:

12.1 - Linguagem

Na educação Infantil a linguagem se constitui como um dos eixos básicos de

trabalho, dada a sua importância para a formação do sujeito, para a interação com outras

pessoas, na orientação das ações das crianças rumo a construção de vários

conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. Desse modo, a educação infantil,

ao promover experiências significativas por meio do trabalho com a linguagem –

através de estímulos – evocando a linguagem verbal, a construção de histórias, leitura

de imagens e o contato com livros de literatura infantil, se constitui como um dos

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23 espaços privilegiados de ampliação das habilidades de comunicação, expressão e de

acesso ao mundo pelas crianças, desenvolvendo, com isso, seu universo imaginativo,

fundamental nesse período de vida. (ROCHA, 2004)

Neste sentido, a área de linguagem desenvolvida na Creche/UFG valoriza os

contatos com um acervo diversificado e estimulante que compreende elementos orais,

não-orais e escritos, que envolvem a literatura infantil, contos, parlendas, contos

folclóricos, contação de histórias, rodas de conversas, fábulas, mímicas, dramatizações e

gestos.

Vale ressaltar que o trabalho é desenvolvido visando à inserção da criança no

mundo do código escrito, buscando situações significativas onde a criança perceba e

compreenda a função social da escrita.

Objetivos gerais desta área:

• Apresentar a literatura para as crianças como uma brincadeira levada a sério;

• Tornar o espaço e ambiente, de relação com a literatura, atrativa;

• Favorecer à criança a possibilidade de expressão nas rodas de conversa;

• Propiciar o acesso de livro, a sua leitura e manipulação pelas crianças;

• Incentivar à criança ouvir e contar histórias;

• Proporcionar atividade que favoreçam a linguagem não verbal, verbal;

• Possibilitar a imersão da criança em contextos significativos de linguagem

escrita;

• Mediar à relação da criança com as linguagens.

12.2 – Brinquedos e brincadeiras

Para Vygotsky (1989), a brincadeira é entendida como atividade social da

criança, cuja natureza e origem específicas são elementos fundamentais para construção

de sua personalidade e sua compreensão da realidade da qual se insere. Nela, estão

presentes três características: a imaginação, a imitação e a regra. Essas características

podem aparecer deforma mais evidente em um tipo ou outro de brincadeira, tendo em

vista a idade e a função específica que desempenham junto à criança.

A área de brinquedos e brincadeiras compreende não somente as atividades

dirigidas, mas também o planejamento do espaço que forneça a interação da criança

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24 com seus pares, da criança com o adulto e da criança com o brinquedo. O espaço,

muitas vezes, é repensado buscando favorecer determinado tipo de brincadeira.

Ao privilegiar áreas como brinquedos e brincadeiras no cotidiano da creche,

partimos da concepção de que o brincar é algo que se destaca como essencial para o

desenvolvimento, o aprendizado e a socialização da criança. Brincar é uma prática

social, onde a criança se apropria de elementos da cultura e os modifica. Pela

brincadeira, a criança tem a possibilidade de expressar seus sentimentos, motivações e

desejos, além de ter a oportunidade de se experimentar diversos papeis.

Objetivos gerais desta área:

• Valorizar a brincadeira como forma de expressão de modo que traduza a

construção de conhecimentos pela criança, individual e coletivamente;

• Expressar-se por meios de diversas linguagens;

• Favorecer a interação entre as crianças e das crianças com os adultos pelas

brincadeiras e jogos;

• Possibilitar à criança oportunidades para se apropriar das formas

historicamente construídas da cultura corporal de movimentos;

• Proporcionar a criação de situações imaginárias que favoreçam o faz- de-

conta;

• Possibilitar tempo/espaço para a exploração do corpo, objetos e ambientes;

• Incentivar a criação,recriação e interpretação das brincadeiras.

12.3 - Música “os processos cognitivos só podem acontecer quando passam pela questão afetiva. Qualquer aprendizagem musical nos bebês e nas crianças pequenas vai passar necessariamente pela relação entre música e o adulto que com ela convive, sendo esta relação observada atentamente e percebida pelas crianças que ainda se encontram em um momento de comunicação preponderantemente não verbal”.

Esther Beyer, 2003

De acordo com Vygotsky, 1989, O crescimento e o desenvolvimento da criança

estão intimamente articulados aos processos de apropriação do conhecimento disponível

em sua cultura. Neste sentido, concordamos com NOGUEIRA, 2004 que diz que a

música está profundamente relacionada ao desenvolvimento da criança em seus

aspectos afetivos, sociais e cognitivos. Nessa perspectiva, o trabalho com a linguagem

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25 musical no contexto da Educação Infantil possibilita inúmeras abordagens junto às

crianças, mesmo aquelas bem pequenas no sentido de fomentar esse desenvolvimento.

A proposta desenvolvida pela Creche/UFG está articulada com os

brinquedos e brincadeiras em que os Brinquedos cantados desempenham um papel

crucial por favorecer a aprendizagem e conter desafios que incentivam a busca de

soluções e envolve Raciocínios ágeis, Manifestação dos sentimentos, emoções e

pensamentos além de ampliar as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas

corporais.

Nesta perspectiva esta área compreende, ouvir boas músicas, aprender

canções, brincar de roda, realizar brincadeiras com música (brinquedos cantados), jogos

de mão e manusear instrumentos. Estas atividades despertam, estimulam e desenvolvem

o gosto pela atividade musical além de atender à necessidade de expressão e

comunicação.

Objetivos gerais desta área:

• Desenvolver o potencial de comunicação, expressão e memorização por

meio da música;

• Favorecer a vivência de brincadeiras infantis acompanhadas de atividades

musicais;

• Favorecer o processo de transmissão oral das atividades musicais populares;

• Favorecer a capacidade de percepção dos aspectos da música: ritmo,

melodia, forma, texto e estilo;

• Aproximar as crianças das manifestações musicais e culturais de sua região;

• Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos;

• Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais.

• Possibilitar o acesso à instrumentos musicais.

12.4 - Artes

“A ação de criar é como brincar, uma ação investigadora que procura o

tempo todo alargar os limites da percepção que a criança tem do mundo e de

si mesma”.

Ferreira, 2003

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26 Para Vygotsky (1982) o pensamento, a sensibilidade, a imaginação, a

perspectiva, a intuição e a cognição devem ser trabalhadas de modo integrado visando o

desenvolvimento das habilidades criativas das crianças que não são inatas, pois a

criatividade humana não é exceção, privilegio de poucos gênios, como somos levados a

crer.

Partindo dessa compreensão, as atividades de arte realizadas na Creche/UFG

orientam-se segundo a perspectiva de Barbosa (1996), que propõe o modelo triangular

para o trabalho pedagógico: contextualizar, apreciar e fazer. Nesse sentido, as atividades

se desenvolvem a partir das referencias culturais trazidas pelas crianças que são

contextualizadas e ampliadas pelos educadores. Fomentamos a apreciação a partir de

visitas a galerias de arte, idas ao teatro, dramatizações de histórias infantis e brinquedos

cantados, apresentações de dança, contato com reproduções de obras de arte.

Possibilitamos a experiência do fazer da criança em atividades que compreendem: a

releitura de obras artísticas, dramatizações, danças, e proporcionamos a sua livre

expressão através de desenhos, colagem, modelagem, pintura e outros.

Objetivos gerais desta área:

• Manipular diferentes objetos e materiais artísticos explorando suas

características, propriedades e possibilidades de manuseio e uso;

• Ampliar as possibilidades de expressão e comunicação;

• Ampliar o conhecimento de mundo que a criança já possui;

• Estabelecer contado com as várias linguagens artísticas;

• Garantir o espaço da expressão individual;

• Proporcionar sensações de autoconfiança e estimular o gosto, o cuidado e o

respeito pelo processo de criação;

• Desenvolver o trabalho em grupo;

• Desenvolver o gosto pelo trabalho, respeitando a própria produção e a

produção do colega.

12.5 - Passeio

Considerando fundamental o trabalho com crianças pequenas, e tendo em vista

as áreas citadas anteriormente, optou-se por inserir um quinto eixo de trabalho: o

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27 passeio, dada a sua importância para a formação sócio cultural da criança, e tendo em

vista o conhecimento do meio no qual ela está inserida.O passeio busca ampliar a

vivência das crianças em ambientes internos e externos à UFG.

Nestas oportunidades as crianças estabelecem relações significativas com outras

pessoas, animais, objetos e o meio ambiente. As oportunidades de passeio para espaços

externos ao campus limitam-se, algumas vezes, pela dificuldade de se conseguir o

transporte da UFG.

A localização da Creche no Campus II favorece a diversidade de possibilidades

desta área. As crianças têm a oportunidade de visitar várias unidades acadêmicas como

a Faculdade de Educação Física, usufruindo da pista de atletismo, do ginásio de lutas,

das salas de dança, das piscinas, etc. Na Faculdade de Artes Visuais e na Escola de

Música e Artes Cênicas elas podem assistir recitais e visitar exposições.

Esta atividade tem como principais objetivos:

• Favorecer a integração com diferentes espaços/ambientes/contextos;

• Ampliar as vivências culturais;

• Incentivar a apreciação de obras de arte;

• Promover a convivência;

• Favorecer a construção de uma relação de respeito e preservação do meio

ambiente;

• Favorecer a criança perceber-se como integrante do meio;

• Trabalhar a importância da organização individual e coletiva em situações de

interação;

• Possibilitar a manifestação do diálogo, idéias, necessidades, emoções e

curiosidades vivenciadas no passeio.

13 - Processos e Instrumentos de Avaliação

Na Creche/UFG a concepção sobre os processos e os instrumentos avaliativos da

Educação Infantil não são concebidos de forma dissociada de outros elementos, como

os conceitos de infância, educação infantil, desenvolvimento e aprendizagem, além dos

fins e objetivos que constam na proposta pedagógica. Neste contexto a avaliação está

presente nos diferentes momentos vivenciados no espaço de Educação Infantil, que atua

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28 como dinâmica que acompanha e influencia qualitativamente a construção do

conhecimento pela criança. Esta forma de conceber a avaliação centra-se nos processos

e não na individuação de cada criança, evidenciando as concepções e fundamentações

da proposta, destinando-se principalmente à reorientação do fazer pedagógico.

A prática pedagógica nesta instituição organiza-se numa lógica que valoriza

tanto as necessidades da criança, observando seus passos, avanços e dificuldades, como

os processos e as interações vivenciadas no cotidiano da Educação Infantil. Neste

sentido, concorda-se com a perspectiva de avaliação na Educação Infantil que sirva

como ferramenta para o arranjo de boas condições para o desenvolvimento infantil,

conforme destaca Oliveira (2002). A autora diz ainda que avaliar promove o

redimensionamento do contexto educacional, ou seja, repensa o preparo dos

profissionais, suas condições de trabalho, os recursos disponíveis e as diretrizes

defendidas. Envolve, também, conhecer os diversos contextos de desenvolvimento de

cada criança, que pontua uma história coletivamente vivida, aponta possibilidades de

ação educativa e avalia as práticas existentes.

Sobre esta perspectiva, pensar a avaliação implica repensar o papel social da

Creche e do profissional da educação, levando em consideração alguns princípios que

norteiam a prática pedagógica desenvolvida nesta instituição de Educação Infantil, tais

como:

• Valorização dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das

crianças;

• Valorização das experiências culturais das crianças;

• Valorização da conquista da autonomia e da liberdade de expressão;

• Valorização da inclusão e do diálogo;

• Valorização do trabalho coletivo;

• Valorização da organização do tempo e do espaço pedagógicos (rotina);

• Valorização do educador como mediador no processo de aprendizagem.

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29 Dessa forma, no entendimento da avaliação como ato que traz o caráter da

coletividade e de reconhecimento do contexto e dos vários atores que estão envolvidos

na Educação Infantil, busca-se conceber a avaliação em seu sentido social, envolvendo

conceitos, valores e procedimentos que perpassam todo o projeto pedagógico.

Sobre como avaliar as vivências e aprendizagens construídas com as crianças na

Creche/UFG são utilizados instrumentos e processos, tais como:

• Registros cotidianos – consiste em observar a dinâmica interativa entre as

crianças na Creche, em que se busca registrar freqüentemente suas vivências

pela necessidade de pensar e, portanto avaliar em quais condições ocorre as

aprendizagens infantis.

• Conselho de Creche (reuniões entre os educadores) – reuniões semestrais de

sistematização da avaliação das crianças, dos agrupamentos, das atividades e

dos educadores;

• Socialização do Conselho de Creche com a Família – reunião semestral

nas quais os educadores socializam e discutem com a família a ficha do

Conselho de Creche. Estes momentos podem ser organizados coletivo ou

individualmente com cada família;

• Produções das Crianças – valorização e registro das produções das

crianças, com o intuito de socializar, por meio de exposição, com a família e

com a comunidade o material produzido pelas próprias crianças, que

expressam os diversos momentos e atividades vivenciadas no grupo;

• Avaliação da Instituição feita pelas Famílias e Profissionais da Creche-

UFG – realizada de acordo com a necessidade institucional e familiar;

• Avaliação realizada pelas Crianças – consiste na participação das crianças

de alguns agrupamentos, as quais são convidadas a refletirem e expressarem

suas impressões sobre as atividades realizadas e suas ações no grupo.

• Avaliação do trabalho realizado pelos Educadores e a auto-avaliação

Esta avaliação se realiza no final de cada semestre, no qual os educadores

reavaliam suas práticas nos relatórios semestrais.

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30 Estes processos e instrumentos avaliativos são justificados dentro deste espaço

educacional que valoriza as interações pedagógicas adulto/criança, criança/criança e

criança/ambiente. Nessa perspectiva, a intencionalidade assume um caráter de

premeditação – planejamento prévio, acompanhamento e avaliação. Partindo desse

pressuposto, o Conselho de Creche é um dos principais instrumentos de avaliação

realizado na Creche/UFG, previsto no calendário interno para acontecer duas vezes ao

ano. Nesse momento, os educadores sistematizam a avaliação do processo educativo

desta instituição e reúnem para construir a ficha avaliativa de cada criança, baseando-se

em seus processos individuais e coletivos de desenvolvimento e aprendizagem em

situações de trocas e interações.

A compreensão dos sentidos e dos significados sociais envolvidos nos processos

de avaliação faz com que o coletivo de educadores da Creche/UFG se debruce na

construção de instrumentos avaliativos com objetivo de integrá-los aos fins e propósitos

da Educação Infantil.

Enfim, avaliar envolve compreender a criança, o educador, a realidade e as

relações que se estabelecem. Isso se faz possível pela consciência por parte dos

educadores da dialeticidade desse processo e dessa relação educador/meio/criança.

14 - Considerações Finais

Os tópicos eleitos pelo grupo como importantes para serem desenvolvidos nesta

etapa de sistematização do PPP foram devidamente concluídos. Entretanto, outros mais

ainda precisam ser formalizados, como: o currículo da Creche, relação da Creche com

as Unidades Acadêmicas, o modelo de gestão assumido por esse coletivo de

educadores, entre outros. Embora a tarefa futura seja igualmente desafiadora como esta

aqui apresentada, estamos certos de que com a competência demonstrada pelo grupo e

uma dose ainda maior de compromisso coletivo com essa instituição atingiremos nosso

objetivo, qual seja, apresentar a comunidade interna e externa da Creche a

sistematização da sua proposta pedagógica. É, pois o desafio colocado aos sujeitos

históricos que agora participam do contexto da Creche/UFG.

Faz-se necessário lembrar que o processo de sistematização de um PPP traz

como princípio a construção coletiva de todas as suas etapas envolvendo o maior

número possível de participantes. Nesse sentido é preciso que reconheçamos o esforço

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

31 da equipe e de cada um dos seus membros em pensar, discutir e, por conseguinte

sistematizar a prática pedagógica que se desenvolve na Creche. Observamos no grupo o

cuidado em garantir a maior autenticidade e coerência possível entre a realidade e sua

síntese agora, parcialmente, apresentada sob a forma de Projeto.

15 - Referências Bibliográficas

ANAIS DO II ENCONTRO DE EDUCACAO INFANTIL – 11 a 14 de junho de 2002 - Carta Documento do Encontro de Florianópolis, p. 11 e 12.

CERISARA, Ana Beatriz. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil no Contexto das Reformas. Educ. Soc., Campinas, v. 23, n. 80, setembro, 2002, p. 329-348. (artigo científico)

BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 1998. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 de dezembro de 1996. Brasília: Câmara dos Deputados, 1996. BRASIL. Plano Nacional de Educação, 2001. BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Vols. 1, 2 e 3. Brasília: MDE/SEF, 1998. BRASIL/ MEC/SEF/DPE/CEDI. Propostas pedagógicas e currículo em educação infantil: um diagnóstico e a construção de uma metodologia de análise. Brasília, 1996.

BARBOSA, Ivone G. A Educação Infantil: perspectiva histórica, lutas e necessidades. Goiânia: FÉ/UFG, 1999 (mimeo).

ALVES, Nancy Nonato de Lima. Elementos Mediadores e significativos da Docência em Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino de Goiânia. Goiânia: FE/UFG, 2002. (Dissertação de Mestrado)

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

32 RAUPP. Marilena Dandolini. A Educação Infantil nas Universidades Federais: questões, dilemas e perspectivas, 2002. Dissertação em Educação – Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina. PLANO DE GESTÃO DA UFG – 2006/2009 – Reitor Edward Madureira Brasil. REGIMENTO INTERNO DA UFG. RELATÓRIO DA PROCOM, 1991.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2002. OLIVEIRA, Zilma Ramos de . Educação infantil: fundamentos e métodos. Cortez. São Paulo: 2002. HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Editora Mediação. Porto Alegre, 2006. ________________. Avaliação e Diálogo na Escola Infantil: reflexões para o educador. LISITA, Verbena Moreira S. De S. SOUSA, Luciana Freire E.C. Políticas educacionais, práticas escolares e alternativas de inclusão escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. FREITAS,Luiz Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas, SP: Papirus, 1995. - Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico. CAMPOS, Maria Malta; FULLGRAF, Jodete; WIGGERS, Verena. A qualidade da educação infantil brasileira: alguns resultados de pesquisa. Cadernos de pesquisa, V. 36, nº. 127, Jan/abr, 2006. DIAS, Fátima Regina Teixeira de Salles; FARIA, Vitória Líbia Barreto de. O currículo na Educação Infantil. In. Presença pedagógica. V. 13 nº. 74. mar/abr, 2007. OLIVEIRA, Zilma Moraes Ramos de. Creches: crianças, faz-de-conta e cia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992. ROSSETI-FERREIRA. M. C. Os fazeres na educação infantil.- São Paulo: Cortez, 1998. VEIGA, Ilma P. A. (org). Projeto Político-Pedagógico: uma construção possível. Campinas, SP. Papirus, 1996. MEC – Secretaria de Educação Fundamental - Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil vol. 1, Brasília, 1998. NICOLAU, Marieta Lúcia Machado, DIAS, Marina Célia Moraes. Oficinas de Sonho e Realidade na formação do educador da infância Campinas, SP: Papirus, 2003.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

33 BEYER, Esther. “Música para Bebês”. UFRS.IV Encuentro Latinoamericno de Educación Musical, no México (agosto/2003). Relatórios das atividades da Creche/UFG in mimeo. JAPIASSU, Ricardo Ottoni. Desafios da (in)formação docente: o trabalho pedagógico com as artes na escolarização. In: Eccos Revista Científica, V. 6, n. 1, jun. 2004, São Paulo, p. 65-83.

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

34 Equipe responsável pela elaboração do documento “Projeto político-pedagógico da

Creche/UFG – versão preliminar”:

Coordenação Administrativa: Poliana Carvalho Martins

Coordenação Pedagógica:

Ione Mendes Ferreira da Silva

Equipe Pedagógica: Adriana Maria Ramos Barboza Ana Cecília Soares Carvalho

Ana Paula Teixeira Daisy Mª Alves Queiroz Rosado

Elza Ferreira Campolino Érika Silva Lisboa

Gisele da Silva Estevam Lima Graciele Peres de Sousa

Ione Mendes Silva Ferreira João Paulo Soares Carvalho

Katyuscia Patrizia Borges Gonçalves Larissa Modesto Guimarães

Maria Helena Nunes de Almeida Maria Tereza dos Santos Mirla Rodrigues Pinto

Polyanna Fernanda da Silva Rafaela de Morais Ramos

Rosimeire Diniz Silva Rosiris Pereira de Souza Cavalcanti

Rubens Rosa Júnior Simone Teixeira de Jesus

Taizy Cristina Fernandes Coelho

Equipe Administrativa: Ana Lívia Alves Passoa Edson Borges de Araújo

Floriscena Pires de Santana Moraes

Equipe de Nutrição: João Agostinho Neto

Sebastiana Ferreira da Silva Terezinha Alves do Vale

Vandeleide Barbosa de Araújo Wilson Francisco da Silva

Equipe de apoio (Higenização e Portaria):

Celso Cordeiro do Carmo Joana da Silva Barbosa

Lourivany Lucena da Silva Maria de Lourdes da Silva

Rita Rocha Araújo Rodrigues

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35 ANEXO I

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

CRECHE

Organização Coletiva do Trabalho Pedagógico: Orientações Básicas

Goiânia, fevereiro, 2007

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36

CAROS COLEGAS,

Este documento visa ser um guia para nossa prática pedagógica na Creche da UFG, buscando construir uma sintonia de posturas junto às crianças.

Nesse sentido, acreditamos que a observância de regras elementares podem nos dar uma plataforma comum de intervenção que vai unificar, mesmo que minimamente, os encaminhamentos cotidianos. Tal unificação constitui ponto fundamental no sentido de construirmos uma prática pedagógica coerente, comprometida e transformadora.

Assim, contamos com a colaboração de todos para que essa proposta se efetive na prática. CONSTRUINDO UMA PRÁTICA CONSENSUAL... POSTURAS DO EDUCADOR • Cabe às coordenações e aos educadores mais experientes repassar as normas do

cotidiano para o educador novato. O aprofundamento dessas questões ocorrerá também em outros momentos, como: os grupos de estudos (GEB e GE), os planejamentos e a Parada Pedagógica.

• Não usamos a palavra “tia” para nomear o(a) educador(a). • Procure não ficar de costas para as crianças. • Evite ficar com um número pequeno de crianças (de 1 a 3) em ambientes separados,

pois isso poderá deixar em desfalque os colegas educadores que estiverem no pátio. • Embora na creche não haja separação de turmas, cada educador, dupla ou trio é

referencial para um agrupamento, por isso não se ache indispensável no pátio durante seu horário de trabalho.

• Evite formar grupos com os adultos (sejam eles outros educadores ou pais). Brincar, conversar e observar as crianças são algumas de nossas obrigações.

É interessante estabelecer uma conversa diária com os pais, que deve ser objetiva e significativa, contendo informações sobre o dia da criança, sua alimentação e seu desenvolvimento.

• A conversa entre educadores ou educadores e pais, no pátio ou no refeitório das crianças é louvável desde que não desvie nossa atenção das crianças, e caberá aos adultos o bom senso na escolha do assunto.

• Na passagem de turno é importante um diálogo diário entre os educadores do mesmo grupo de turnos diferentes para troca de informações sobre as crianças que ficam em período integral.

• Não há nada errado em dar colo e carinho às crianças, porém não é recomendado aos educadores que fiquem com as crianças no colo por muito tempo. A criança aprende e se desenvolve muito mais explorando o ambiente.

• Os encaminhamentos junto ao agrupamento e no pátio devem levar em consideração a proposta da creche.

• Combine com seus parceiros educadores que trabalham no seu grupo os encaminhamentos da rotina de forma clara e continua. A criança se sente mais segura seguindo ações coerentes. Ao mesmo tempo, procure diversificar, dentro dessa rotina, as atividades evitando a monotonia.

• Planeje sempre as atividades dirigidas ou livres. A ausência de uma proposta (intervenção do educador) no contexto coletivo abre espaço para brigas e disputas

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37 entre as crianças, além de propiciar mais “fugas” do pátio colocando a segurança da criança em risco.

• As críticas e questionamentos acerca da proposta da Creche podem e devem ser feitas, porém dentro dos espaços institucionais previstos, como por exemplo, as reuniões de planejamento, os grupos de estudo ou as Paradas Pedagógicas. Os dissensos devem ajudar o coletivo a repensar sua prática e não inviabilizar o trabalho com as crianças.

• Procurar junto ao(s) colega(s) de grupo e às coordenações soluções para os problemas que surgirem no cotidiano, levando estas questões para o planejamento coletivo e, se necessário, a Parada Pedagógica.

• Nas atividades realizadas nos dias de estágio, as crianças continuam sob a responsabilidade dos educadores(as) de referência, não se ausente do pátio nem se desobrigue de suas funções e atribuições.

COMO PODEMOS POTENCIALIZAR O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS? • Evite “bater de frente com as crianças”. Antes disso, esgote seus argumentos para

negociações. Mas não se furte de intervir, o educador é o mediador nas relações que a criança estabelece com o mundo.

• Em uma situação de conflito entre as crianças, procure exercer o papel de mediador, permitindo que elas discutam sobre o conflito, porém, é preciso estar atento para que elas não se agridam fisicamente. Caso ocorra a agressão, faz-se necessário ter uma conversa particular com as crianças envolvidas, permitindo e até estimulando-as a falar sobre o assunto.

• A observação das atividades da criança e das interações que ela estabelece com seus pares, com os adultos e o espaço faz parte do cotidiano do educador, dentro das atividades dirigidas e livres. Entretanto, além de observar, nosso papel como educadores é mediar o processo pedagógico. Por isso, não se furte de intervir quando necessário.

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E DO MATERIAL PEDAGÓGICO

• O (A) educador(a) que planejar atividades utilizando brinquedos pedagógicos, tintas, pincéis, tesouras, etc, deverá guardar o material limpo de volta no lugar adequado, se possível com a ajuda das crianças.

• O material da Creche é de uso coletivo e sua preservação faz parte da proposta pedagógica. Neste sentido, cabe a todos nós zelarmos pela sua preservação.

• Educador(a), lembre-se de como é agradável chegar em um local limpo e organizado. Assim sendo, recomenda-se: ao finalizar seu turno de trabalho procure organizar o pátio e demais espaços utilizados para o próximo turno que vai chegar; zelar pela limpeza dos espaços jogando o lixo em local apropriado; evite deixar objetos em cima dos aparelhos, mesas e estantes; ao utilizar mobiliário diferente na realização de atividades, lembre-se de retorná-los ao seu lugar de origem. Para facilitar esse processo de organização combine com o seu coletivo de trabalho como isso vai acontecer e quem ficará responsável por cada tarefa.

• Os (As) educadores(as) devem estar sempre atentos à presença das crianças no pátio e nos diversos espaços (refeitório, banheiros, etc.)

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38 • Sempre que ver uma criança saindo do pátio, conquiste-a de volta para esse espaço. • Cabe aos(as) educadores(as) acompanharem as crianças ao banheiro sempre que

necessário. • Sempre que se ausentar do pátio, o educador deve comunicar ao seu parceiro. Deve

haver, sempre, pelo menos um educador referência do seu agrupamento presente no pátio.

• Os educadores devem se posicionar de forma estratégica no pátio. Este é um dos elementos pedagógicos desta proposta sócio-interacionista que organiza a nossa ação e possibilita um maior número de atividades desenvolvidas simultaneamente no cotidiano.

• As atividades podem ser dirigidas e livres sendo que as primeiras são desenvolvidas para todas as crianças, do berçário ao agrupamento III, juntas ou separadas, sob orientação do educador. As segundas, que também necessitam da presença do educador, são realizadas nos diversos momentos do cotidiano, em um espaço específico (no pátio ou em uma sala) e abertas às crianças que tiverem interesse em participar naquele momento.

CUIDADOS NA HORA DA HIGIENIZAÇÃO

● Durante as trocas (cocô) das crianças do berçário e do agrupamento é necessário dar

o banho, evitando assaduras e infecções. ● Nos momentos de troca ou banho, devemos ter um cuidado redobrado no sentido de

não deixar a criança sozinha no trocador ou banheira. Organize as ações e os objetos antecipadamente.

● Ao dar banho em meninas de qualquer idade é necessário (caso tenha feito cocô examinar a vagina e observar se não há resíduos de fezes).

● Se tiver que limpar o bumbum da menina com papel higiênico, sempre fazê-lo da frente para trás, evitando levar fezes para a vagina.

● Após trocar a fralda, limpar o nariz, trocar cueca/calcinha e limpar bumbum da criança, lave bem as mãos com água e sabão.

• Nunca utilize os copos das crianças. • Quando efetuar as trocas de roupas de xixi e cocô, dar banho, etc. evite espalhar os

objetos de mais de uma criança. Isso previne que objetos não sejam trocados. • Fique atento se as roupas das crianças de seu agrupamento são adequadas às

condições climáticas. Evite deixar as crianças passarem frio ou calor. • Preste atenção se as crianças de seu grupo estão molhadas (seja com água ou xixi ou

outros líquidos). Em caso afirmativo, troque a criança imediatamente. Crianças que ficam longos períodos com roupas úmidas são mais sujeitas a gripes e resfriados.

NUTRIÇÃO E COZINHA

● A fome é uma necessidade fisiológica que é satisfeita socialmente. Assim, o

refeitório também é um espaço de educação e cultura. Medie a relação da criança

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39 com o alimento, ajudando-a a sentar-se, usar os talheres, incentivando-a a comer diversos tipos de alimentos, etc.

● A cozinha e lactário são áreas de circulação restrita aos funcionários do serviço de

nutrição. Evite circular nestes ambientes. ● O coletivo de educadores de cada turno deve organizar estratégias de ação para os

momentos de alimentação e permanência no refeitório.

PARADA PEDAGOGICA E FOLGAS ● Na segunda sexta feira do mês, na Parada Pedagógica, o período é integral. Caso o

bolsista trabalhe o dia todo, das 08:00 às 17:00h, ele terá direito a uma folga que deverá ser agendada na coordenação, comunicada aos colegas de turno e gozada no mês imediatamente subseqüente à Parada Pedagógica.

● A Parada Pedagógica é um momento muito importante de reflexão, debate e estudo em nossa instituição. É nela que tomamos decisões importantes que dizem respeito ao todo do coletivo da Creche, sendo imprescindível sua participação.

● Cada educador tem o direito a uma participação por semestre em um evento (congresso, simpósio, seminário etc.), devendo, para isso, agendar sua saída junto à coordenação, antecipadamente, para que o grupo se reorganize com sua ausência.

HORÁRIOS ● Evite atrasos freqüentes e saídas durante o horário de trabalho. ● Café da manhã: das 7:00h às 8:00h, com revezamento entre os educadores do

agrupamento com 15 minutos para cada pessoa. ● Almoço: das 11:00h às 12:30h, com revezamento entre os educadores do

agrupamento com 30 minutos para cada pessoa. Em ambas as situações é importante organizar os horários de tal forma que sempre tenha pelo menos um educador de referência de cada grupo acompanhando a turma.

Elaboração: Floriscena Pires de Santana Moraes Ione Mendes Silva Ferreira Maria Tereza dos Santos Poliana Carvalho Martins Rosimeire Diniz Silva Rosiris Pereira de Souza Cavalcanti Wanessa da Silva R. Oliveira Revisão: Gisele da Silva Estevam Lima Rubens Rosa Júnior Coordenadora Administrativa: Tec. Ass. Educ. Poliana Carvalho Martins Coordenadoras Pedagógicas: Profª. Ione Mendes Silva Ferreira Profª. Rosiris Pereira de Souza Cavalcanti Pro-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária: Ernando Melo Filizzola

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ANEXO II Equipe pedagógica:

NOME CARGO FUNÇÃO FORMAÇÃO

Adriana Maria

Ramos Barboza

Profª. 1º e 2º

graus - efetiva Educadora

Pedagoga com Especialização em

Educação Infantil

Ana Cecília Soares

Carvalho Bolsista Educadora Graduanda em Artes Cênicas

Ana Paula Teixeira Bolsista Educadora Bacherelanda em Artes Cênicas

Daisy Mª Alves

Queiroz

Profª. 1º e 2º

graus - efetiva Educadora

Bacharel em Ciências Econômicas

Pedagoga, Psicopedagoga,

Arteterapeuta.

Elza Ferreira

Campolino

Técnica em

Enfermagem -

efetiva

Educadora Técnico em Enfermagem

Érika Silva Lisboa Bolsista Educadora Graduanda em Letras

Gisele da Silva

Estevan Lima

Profª. auxiliar 1

substituta Educadora

Graduada em Pedagogia Especialista

em Métodos e Técnicas de Ensino

Graciele Peres de

Sousa Bolsista Educadora Graduanda em Educação Física

Ione Mendes Silva

Ferreira

Profª. 1º e 2º

graus - efetiva

Coordenado

ra

Pedagógica

Pedagoga, Especialista em Educação

Infantil

João Paulo Soares

Carvalho Bolsista Educador Graduando em Pedagogia

Katyuscia Patryzia

Borges Gonçalves

Profª. Auxiliar 1

substituta Educadora Psicologa e Psicopedagoga

Kelly Coelho Costa Bolsista Educadora Graduanda em Pedagogia

Larissa Modesto

Guimarães Bolsista Educadora Graduanda em Letras

Maria Helena Nunes Profª. Auxiliar 1 Educadora Graduada em Pedagogia

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41 de Almeida substituta

Maria Tereza dos

Santos

Técnica em

enfermagem -

efetiva

Educadora Técnico em Enfermagem, Graduada

em Ciências Sociais e Especialista em

Educação Ambiental.

Mirla Rodrigues

Pinto

Profª. 1º e 2º

graus – lotação

provisória

Educadora Graduada em Letras e Mestre em

Linguistica Aplicada

Rafaela de Morais

Ramos Bolsista Educadora Graduanda em Pedagogia

Rosimeire Diniz da

Silva

Técnica em

Enfermagem -

efetiva

Educadora Técnico em Enfermagem e

Graduanda em Pedagogia

Rosiris Pereira de

Souza Cavalcanti

Profª. 1º e 2º

graus - efetiva Educadora

Graduada em Educação Física e

Especialista em Educação Física

Escolar

Simone Teixeira de

Jesus Bolsista Educadora Graduanda em Pedagogia

Taizy Cristina

Fernandes Coelho Bolsista Educadora Graduanda em Educação Física

São de competência da equipe pedagógica as seguintes tarefas:

• Educar e cuidar de crianças de 0 a 3 anos.

• Desenvolver pesquisas e projetos relacionados à Educação Infantil.

• Relatar e expor as atividades desenvolvidas com as crianças.

• Informar às coordenações/secretaria as ocorrências que acontecerem com as

crianças (quedas, febres, outras manifestações correlatas, etc) durante sua

estadia na Creche, bem como as faltas freqüentes.

• Orientar e dialogar com os pais sobre assuntos pertinentes às crianças.

• Orientar educadores novatos (bolsistas, servidores efetivos, etc) e estagiários.

• Participar do planejamento, organização, execução e avaliação dos diversos

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Projeto Político-pedagógico - Creche/UFG

42 eventos propostos no calendário da Creche.

• Participar dos momentos de formação continuada propostos pelas

coordenações.

• Planejar, organizar, executar e avaliar práticas pedagógicas de cuidado e

educação de crianças de 0 a 3 anos.

• Relatar, diariamente, situações significativas vividas pelas crianças.

• Sugerir melhorias para a organização do trabalho pedagógico.

São de competência da coordenação pedagógica as seguintes tarefas:

• Acompanhar e orientar a ação dos estagiários do estágio curricular obrigatório.

• Acompanhar e zelar pela elaboração dos relatórios das atividades de área dos

educadores.

• Acompanhar os planejamentos dos educadores, sua execução e promover a

avaliação conjunta.

• Acompanhar os registros nos cadernos de atividades do educadores.

• Articular os fazeres de cuidado e educação dos educadores.

• Iniciar os educadores novatos nos processos pedagógicos.

• Mediar a elaboração dos projetos de trabalho.

• Mediar a relação criança/criança, criança/educador, educador/educador e

educador/pais.

• Organizar, planejar e avaliar os grupos de estudos junto às equipes da Creche.

• Planejar junto às equipes da Creche a Parada Pedagógica, o dia do brinquedo e

festas comemorativas da Creche.

• Planejar, organizar, implementar e avaliar a formação dos bolsistas, juntamente

com os educadores efetivos, tanto no cotidiano da instituição quanto em

momentos específicos (grupo de estudos, semana de formação, etc).

• Planejar, organizar, implementar e avaliar as Paradas Pedagógicas juntamente

com os educadores.

• Planejar, organizar, implementar e avaliar junto com as equipes da Creche as

reuniões pedagógicas com os pais (reunião de acolhida, de repasse do Conselho

de Creche, etc).

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43 • Planejar, organizar, implementar e avaliar junto com as equipes da Creche o

processo de triagem médica, odontológica e nutricional das crianças novatas.

Equipe administrativa:

NOME VÍNCULO LOTAÇÃO FUNÇÃO Poliana Carvalho Martins

Téc. Em assuntos educacionais - efetiva PROCOM Coordenadora

administrativa Ana Lívia Alves Pessoa Bolsista PROCOM Auxiliar de

secretaria Edson Borges de Araújo

Efetivo PROCOM Auxiliar de secretaria

Floriscena Pires de S. Moraes

Efetiva PROCOM Secretária

São de competência da coordenação administrativa as seguintes tarefas:

Acompanhar as atividades da equipe da nutrição.

Acompanhar as ordens de serviço para a manutenção no prédio junto ao

CEGEF.

Acompanhar o uso dos materiais de consumo, prevenindo o desperdício.

Administrar o dinheiro da Feira de Miudezas.

Administrar o recebimento e aplicação do dinheiro da merenda escolar.

Compartilhar com a coord. pedagógica a mediação com os pais.

Contribuir pedagogicamente com a coord. pedagógica e com os educadores.

Elaborar e acompanhar os pedidos de conserto de equipamentos junto ao

CEMEC.

Elaborar, implementar e avaliar o calendário anual juntamente c/ as demais

equipes da Creche.

Fazer a mediação junto à DMP dos processos de aquisição de materiais de

consumo e de materiais permanentes.

Mediar a relação com as Pró-Reitorias e com a Reitoria.

Mediar as relações junto às unidades acadêmicas.

Organizar, gerir e avaliar os serviços de limpeza e de portaria.

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44 Planejar, gerir, implementar e avaliar a seleção de crianças p/ a Creche nos

meses de janeiro e agosto juntamente c/ o Serviço Social da PROCOM e a

equipe da secretaria da Creche.

Prestar conta do dinheiro da merenda escolar ao órgão competente.

Receber e administrar a doação voluntária dos pais à Creche juntamente com a

coordenação pedagógica.

Representar a Creche nas instâncias pertinentes.

Zelar pela manutenção do prédio e suas instalações.

Zelar pela manutenção dos equipamentos.

Zelar pelo cumprimento das normas acordadas coletivamente.

São de competência da secretária as seguintes tarefas:

Abrir pastas das crianças novatas.

Administrar as correspondências da Creche.

Arquivar ficha de matrícula das crianças veteranas na renovação da matrícula.

Arquivar pastas das crianças desligadas.

Arrumação e conservação das mesas (gavetas), armários e arquivos da

secretaria.

Atender o público.

Atender telefone.

Atualização do diretório criança.

Atualização do diretório de pessoal.

Auxiliar à coordenação.

Dar informação.

Declaração de desligamento de criança.

Declaração para funcionários.

Digitação em geral.

Elaborar comunicados em geral.

Enviar listagem de crianças ao DP.

Estatística do almoço das crianças.

Fazer arquivo diário.

Fazer arquivo permanente.

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45 Fazer ata de reunião.

Fazer chamadinha das crianças.

Fazer folha de ponto.

Fazer freqüência dos servidores da UFG (Creche), bolsistas/PROAD, bolsistas/

PROCOM.

Marcar férias dos funcionários e professores.

Mediar informações solicitadas pelo DP e demais órgãos da UFG.

Organizar mural informativo aos pais.

Pedido e controle de gás.

Pedido e controle de mat. de limpeza , higiene e expediente e açúcar e café.

Planejar e executar matrícula de crianças, guardar materiais e nominar escovas.

Planejar, organizar e implementar a seleção de novas crianças, bem como a

triagem e a matrícula em parceria com a coord. administrativa e pedagógica.

Providenciar contrato, renovação de contrato e baixa de contrato de bolsistas.

Receber e organizar material de consumo e material permanente.

Redigir.

Revisão de texto.

Solicitação de compras à DMP ou PROCOM.

Solicitar ordem de serviço.

São de competência do auxiliar de secretaria as seguintes tarefas:

Abrir pastas das crianças novatas.

Arquivar ficha de matrícula das crianças veteranas na renovação da matrícula.

Arquivar pastas das crianças desligadas.

Arrumação e conservação das mesas (gavetas), armários e arquivos da

secretaria.

Atender o público.

Atender telefone.

Auxiliar à coordenação.

Compra emergencial.

Controle do almoço e do lanche do funcionário (recebimento e controle do

dinheiro).

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46 Dar informação.

Digitação em geral.

Distribuição de produtos de higiene nos banheiros infantis e nas salas/cantinhos.

Elaborar comunicados.

Estatística do lanche das crianças.

Executar tarefas repassadas pela administração em geral.

Fazer arquivo diário.

Fazer arquivo permanente.

Fazer ata de reunião.

fazer chamadinha das crianças .

Fazer declaração de desligamento de criança.

Fazer declaração para funcionários.

Fazer folha de ponto.

Organização e manutenção dos murais e recadinhos nas paredes em geral.

Planejar e executar matrícula de crianças, guardar materiais e nominar escovas.

Receber e organizar material de consumo e material permanente.

Serviço externo.

Solicitação de compras à DMP ou PROCOM.

Solicitar ordem de serviço.

Xerox e controle de xérox.

Equipe de Nutrição

Compõe a atual equipe de nutrição os seguintes trabalhadores:

NOME VÍNCULO LOTAÇÃO FUNÇÃO João Agostinho Neto Efetivo PROCOM Cozinheiro Sebastiana Ferreira da Silva Efetiva PROCOM Lactarista Terezinha Alves do Vale Efetiva PROCOM Cozinheira Vandeleide Barbosa de Araújo Efetivo PROCOM Cozinheiro Wilson Francisco da Silva Efetivo PROCOM Estoquista

São de competência da equipe de nutrição as seguintes tarefas:

Levar e buscar o almoço, o lanche e o leite das crianças.

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47 Observar o cardápio diário e separar, pesar e dar baixa nos gêneros do dia.

Executar cardápio diferenciado para as crianças acima de 1 ano com restrição

alimentar.

Higienizar os equipamentos da cozinha e lactário.

Observar o cardápio diferenciado para as crianças com restrição alimentar.

Manter organizadas as prateleiras da despensa de gêneros alimentícios.

Preparar e servir a fruta da colação, lanche (quitanda, suco, chá), sobremesa,

mamadeiras, o almoço das crianças e dos funcionários.

Prestar conta do serviço de alimentação à nutricionista chefe.

Receber, conferir, estocar e controlar gêneros alimentícios.

Servir e manter aquecido no balcão próprio o almoço dos funcionários, durante o

período estabelecido.

Zelar pela boa higiene da cozinha.

Equipe de Higiene e Segurança

NOME VÍNCULO FUNÇÃO Celso Cordeiro do Carmo Prestador de serviço Porteiro Joana da Silva Barbosa Prestadora de serviço Higienista Lourivany Lucena da Silva Prestadora de serviço Higienista Maria de Lourdes da Silva Prestadora de serviço Higienista Rita Rocha Araújo Rodrigues Prestadora de serviço Lavanderia/rouparia

São de competência da equipe de higiene as seguintes tarefas:

Faxinar a cozinha e o lactário.

Fazer limpeza esporádica de cocô e xixi no chão.

Higienizar brinquedos e colchonetes.

Higienizar fraldas, calcinhas e cuequinhas das crianças.

Higienizar lavanderia, rouparia, tanques e máquinas de lavar.

Higienizar mesas do refeitório de adultos.

Higienizar o piso e banheiros.

Higienizar refeitório das crianças.

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48 Jogar lixo no contêiner da rua.

Lavar panos de prato.

Lavar pano de chão.

Lavar roupa de cama e banho utilizadas pelas crianças.

Lavar tapetes, colchas e travesseiros do berçário.

Limpar paredes e vidraças.

Manter a limpeza ao redor da Creche, inclusive do parquinho e estacionamento

próximo à cozinha.

Passar roupa.

Recolher as folhas do pátio interno pela manhã.

Recolher o lixo da cozinha, do lactário e dos banheiros das crianças e dos

adultos (dos banheiros das crianças deverá ser recolhido 3 vezes ao dia: antes do

almoço, após o almoço e no final da tarde – dos adultos 1 vez ao dia).

Recolher objetos ao redor da Creche, principalmente copos descartáveis.

Recolher os colchonetes, cobertores e lençóis da sala do sono pela manhã e fazer

a reposição de lençóis limpos pela manhã e após o almoço.

Recolher toalhas usadas e repor toalhas limpas nos banheiros das crianças.

Varrer os 3 pátios internos da Creche (pátio 1, pátio 2 e pátio de serviços).

São de competência do porteiro as seguintes tarefas:

Abrir a Creche de manhã e fechá-la à tarde.

Abrir janelas e as portas internas da Creche.

Atender telefone.

Controlar a entrada de estranhos no interior da Creche.

Controlar a entrada e saída das crianças.

Entregar comunicados aos pais.

Fechar as janelas após o encerramento do expediente (18h e 30min) e verificar

se não está ficando ninguém no interior da Creche.

Repor galão de água nos bebedouros.

Equipe de apoio:

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49 NOME VÍNCULO LOTAÇÃO FUNÇÃO

Amadeus Alves Pinto Efetivo PROCOM Assistente Social Roque Gomide Efetivo PROCOM Médico Pediatra Sara Cristina Nogueira Efetiva PROCOM Nutricionista Ângela Efetiva PROCOM Odontóloga

São de competência desta equipe as seguintes tarefas:

• Assistente Social – coordenação e realização da seleção de crianças pra a

Creche.

• Médico Pediatra – orientação sobre saúde aos pais e profissionais da Creche.

Triagem pediátrica das crianças selecionadas para a Creche.

• Nutricionista – coordenação geral do serviço de nutrição da Creche e Triagem

nutricional das crianças selecionadas pra a Creche.

• Odontóloga – triagem odontológica das crianças selecionadas para a Creche.

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50

ANEXO III

Relação dos espaços, instalações e equipamentos

Banheiros

Quantidade: 09

Especificidade: Berçário, Grupo I, Grupo II, Grupo III, Professoras, funcionários.

visitas, funcionário feminino, funcionário masculino

Banheiro do Berçário Banheiro Grupo I Banheiro Grupo II

• 1 chuveiro • 1 mesa para as

banheiras • 1 vaso sanitário • 5 banheiras de

plástico • 1 pia • 1 trocador/ armário • 2 lixeiras

• 1 berço • 3 tapetes

antiderrapantes (1m²)

• 1 armário de escova • 5 penicos • 1 estante • 3 pias • 3 cadeiras • 3 pias banheiras/

cubas • 1 espelho • 1 trocador • 2 suportes para

mochilas • 1 lixeira

● 4 pias ● 4 chuveiros ● 12 tapetes

antiderrapantes (1m²)

● 1 trocador ● 1 armário de escovas ● 2 suportes para

mochilas ● 4 lixeiras ● 4 vasos sanitários ● 2 colchonetes ● 1escada

Banheiro Grupo III Banheiro das Professoras Banheiro dos

Funcionários da Limpeza ● 2 chuveiros ● 5 tapetes aderentes ● 2 vasos sanitários ● 2 lixeiras ● 3 pias ● 1 armário de

escovas

● 2 vasos sanitários ● 1 chuveiro ● 3 pias ● 1 estante ● 3 lixeiras ● 1 espelho

● 1 vaso sanitário ● 1 mictório ● 1 banco ● 3 colchonetes ● 1 pia ● 1 espelho ● 1 estante ● 1 lixeira

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Banheiro de Visitas Banheiro dos Funcionários feminino

Banheiro dos Funcionários masculino

● 1 vaso sanitário ● 1 lixeira ● 1 pia ● 1 espelho

● 2 vasos sanitários ● 3 lixeiras ● 2 pias ● 1 espelho

● 1 mictório ● 1 vaso sanitário ● 2 lixeiras ● 1 pia ● 1 espelho ● 1 armári

Parquinho

● 1 balanço duplo de cavalinho ● 1 escorregador ● 1 túnel com 3 tambores e uma escada.

● 1 gira-gira ● 1 gira-gira de peixinho com 4

assentos e 1 volante ● 1 lixeira de palhaço ● 8 balanços individuais

Cozinha

• 3 pias • 2 mesas de madeira • 1 armário de madeira • 2 bancadas de mármore • 1 forno industrial • 1 liquidificador industrial • 1 batedeira industrial • 1 moedor industrial • 1 balança • 1 purificador

• 1 filtro aquecedor • 1 fogão industrial (4 bocas) • 1 chapa • 1 exaustor • 1 relógio de parede • 1 aparelho telefônico • 1 porta papel • 2 lixeiras de plástico • 1 lixeira de metal

Depósito da Cozinha Despensa Copa • 1 armário de

madeira • 1 armário de metal • 1 mesa de mármore • panelas • bacias • jarras • copos descartáveis • talheres • vasilhas de plástico • pratos • garrafas térmicas • copos plásticos

• 1 geladeira • 3 freezer • 2 estantes de metal • Material de limpeza • Alimentos • Vasilhas de

plásticos

• 2 mesas de madeira • Estufa de alimentos • 1 microondas • 1 filtro elétrico • 2 lixeiras • 1 relógio de parede • 1 porta copo

Área externa da Cozinha

• 6 mesas • 3 tanques

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52 • 20 cadeiras • 1 carteira/mesa • 1 carrinho de alimentos • 2 freezer horizontais • 1 depósito de gás • 1 varal • Vassouras • Rodos

• 2 torneiras • 2 lixeiras • 1 carrinho de compras • 1 carrinho de mão • 1 banco de madeira • 2 canteiros • Desentupidor de vaso

Pátios Área interna da Creche Quantidade: 02

Pátio I Pátio II • 1 casinha de brinquedo • 5 bancos de madeira • 1 tanque de areia • 2 árvores • 1 piscina de cimento • pneus • 2 tocos de madeira • cadeiras • mesas • 1 extintor de incêndio • 1 filtro • 1 prateleira • 1 relógio de parede • 2 golzinhos • 1 pia • 1 quiosque • 2 torneiras • 2 lixeiras • 1 suporte de pedra p/ filtro BRINQUEDOS AREIA ● baldes ● peneiras ● pá ● regadores ● forminhas

● 2 bancos de madeira ● 2 balanços de madeira ● 1 árvore ● motocas ● 1 rampa p/ motoca ● 2 tocos de madeira

Sala de Brinquedos Sala de Leitura Sala de Música Sala de Artes

● 1 espelho ● 1

colchão/sofá

● 2 estantes ● 8 almofadas ● 2 tapetes

● 1 espelho ● 1 piano ● 1 banco de

● 1 espelho ● 2 estantes de

ferro

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● 3 estantes de madeira

● 3 caixas de brinquedos pequenos (encaixe)

BRINQUEDOS

● bolas ● bonecas ● cavalos de

pau ● ursos de

pelúcia ● carrinhos ● telefones ● bolsas ● brinquedos

pedagógicos ● jogos de

encaixe

● livros variados

madeira ● 2 estantes de

ferro INSTRUMENTOS MUSICAIS (brinquedos)

● violão ● chocalho ● pandeiro ● tambor ● caxixi ● flauta ● apito ● piano

● 1 móvel de madeira

● 1 mesa ● 2 armários de

metal ● 1 armário de

madeira duplo

● casa de bonecas

MATERIAIS

● jogos pedagógicos

● tintas ● quebra-

cabeça ● pincéis ● papéis ● tesouras ● lã ● fita adesiva ● escova de

dente para pintura

● cola colorida ● apagadores ● giz ● pratos ● carimbos ● revistas ● 2 rolos de

papel pardo

ANEXO IV

UM DIA NA CRECHE/UFG

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54 “Se a criança vem ao mundo e se desenvolve em interação com a realidade social, cultural e natural, é possível pensar uma proposta educacional que lhe permita conhecer esse mundo, a partir do profundo respeito por ela. Ainda não é o momento de sistematizar o mundo para apresentá-lo à criança: trata-se de vivê-lo, de proporcionar-lhe experiências ricas e diversificadas.” (Kuhlmann Jr. 2001)

Período Matutino

• 7:00 hs – Entrada de educadores. • 7:00 às 8:15 hs – Recepção das crianças, conversa com alguns pais. • 8:00 às 8:30 hs – Revezamento de educadores para café da manhã. Crianças

brincam livres ou com mediação do educador. Estão sempre sendo assistidas em suas necessidades e atitudes.

• 8:20 às 8:30 hs – Organização do pátio com as crianças. • 8:30 hs – Higienizaçao para o lanche. No refeitório, antes do lanche, músicas do

repertorio infantil. • 8:50 hs – Após o lanche: higienização (escovação, trocas, incentivo para uso do

vaso sanitário). • 9:30 hs – Atividade dirigida por área de interesse (2ªfeira - brinquedos e

brincadeiras; 3ª feira - música; 4ªfeira - passeio; 5ªfeira - artes; 6ªfeira - linguagem) - oportunidade de interação entre crianças de diversas faixas etárias.

• 10:00 às 10:50 hs – Atividades livres e momento de cada educador estar

especificamente com o grupo de referência. Oportunidade de interação entre crianças que embora tendo a mesma idade apresentam desenvolvimentos diferentes.

• 10:30 hs – banho (grupo – I). • 10:50 hs – Preparação para o almoço; organização do pátio com as crianças;

higienização. • 11:00 hs – Refeitório: músicas, conversas com as crianças e refeição. • 11:30 às 11:40 – higienização de pós almoço, trocas e brincadeiras no pátio. • 11:40 – 13:15 – Acompanhamento familiar às crianças(visitas e passeios entre pais e

filhos) • Período: Vespertino. • 11:00 às 12:00 – Revezamento de educadores para o almoço.

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55 • 12:15 - Planejamento de atividades do turno matutino

- segunda-feira: planejamento do trabalho a ser desenvolvido - quarta-feira: avaliação do trabalho que foi realizado durante a semana.

- Planejamento de atividades do turno vespertino - terça-feira: planejamento do trabalho a ser desenvolvido - quinta-feira: avaliação do trabalho que foi realizado durante a semana.

• 12:15 hs – Entrada dos educadores do turno vespertino e interação com as crianças (conversas, brincadeiras) conversas com alguns pais; trocas de informações, sobre as crianças, entre educadores.

• 12:45 hs – Leite das crianças. • 13:10 às 14:00 – Sono das crianças. As crianças que não dormem ficam no pátio

em atividades interativas com os Educadores • 14:20 – Os educadores, juntamente com as crianças, recolhem os brinquedos do

pátio e fazem higienização para o lanche. • 14:30 hs – Refeitório: momento de conversas, canto • 14:30 às 15:00 hs – Revezamento das Educadoras para o lanche. • 15:10 às 15:30 hs – Higienização (higiene bucal, trocas acompanhadas com músicas

e contação de histórias para as crianças) • 15:30 ás 16:00 hs – Atividade dirigida por área de interesse (2ªfeira - linguagem;

3ªfeira - artes; 4ªfeira - música; 5ªfeira - brinquedos e brincadeiras; 6ªfeira - passeio) - oportunidade de interação entre crianças de diversas faixas etárias.

• 16:30 hs – Banho das crianças . Banho diário das crianças da atividade – I, os

demais somente em caso de utilização da piscina, pintura, areia ou o bem estar da criança.

• 17:00 hs – Hora do leite • 17 :00 às 18:00 hs – Atividade para aguardar a chegada dos pais.

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T U R N O

M A T U T I N O

ROTINA DO BERÇÁRIO

● 7 às 8h30min – entrada dos educadores e recepção das crianças (atividade de

interação no pátio)

● 8h30min – colação (durante a colação utiliza-se recursos de música, cantiga, história e brinquedos adequados à faixa etária)

● 9h – higienização (na recepção da criança, ela deverá ser entregue à educadora sem xixi e cocô – para esse fim, os pais poderão utilizar o banheiro e trocadouro da Creche)

● 9h30min – repouso das crianças (aquelas crianças que não dormirem participam de atividades relaxantes)

À medida que as crianças vão despertando do sono, são incentivadas à interação com outros bebês e adultos. A organização do espaço físico é feita de modo que convida a criança a novas descobertas. ● 10h30min – almoço das crianças

11 às 12h – revezamento de educadores para o almoço

● 11h40min às 13h – acompanhamento familiar às crianças de período integral

(sugestão: leitura de histórias no hall de entrada, passeio no espaço fora da Creche)

● 12h15min – brincadeiras, conversa com alguns pais, trocas de informação entre os educadores dos dois turnos

● 12h15min – planejamento de atividades do turno matutino

3ªfeira: planejamento do trabalho a ser desenvolvido (por área de interesse) 5ªfeira: avaliação do trabalho desenvolvido

6ªfeira: grupo de estudos dos bolsistas • Atividade dirigida por área de interesse:

linguagem brinquedos e brincadeiras passeio artes música

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T U R N O

V E S P E R T I N O

ROTINA DO BERÇÁRIO

• 12h15min – entrada dos educadores do turno vespertino e interação com as

crianças (conversas, brincadeiras, conversa com alguns pais, trocas de informação entre os educadores dos dois turnos)

• 12h15min – planejamento de atividades do turno vespertino:

o 2ª feira: planejamento do trabalho a ser desenvolvido o 4ª feira: avaliação do trabalho desenvolvido o 6ª feira: grupo de estudos dos bolsistas

• 16h – atividade dirigida por área de interesse:

o brinquedos e brincadeiras o linguagem o artes o música o passeio

(oportunidade de interação entre diversas faixas etárias)

• 13h – sono ou música

• 14h – lanche (música, conversa com as crianças)

• 14h30min às 15h30min – sono ou música

• 16h30min – leite

• 17 às 18h – bebês brincam no berçário ou no hall com as crianças maiores. Momento de chegada de pais e há possibilidade de pais e educadores trocarem informações.

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58 ANEXO V

NORMAS PARA O FUNCIONAMENTOINTERNO DA

CRECHE/UFG

A Pró-reitoria de Assuntos da Comunidade Universitária, por meio da Coordenação Administrativa da Creche/UFG, estabelece as seguintes normas, visando seu bom funcionamento: 1 - HORÁRIOS E DIAS DE FUNCIONAMENTO: a) A Creche funcionará de acordo com o Calendário Anual distribuído aos pais (aprovado em Parada Pedagógica e com visto do Pró-Reitor da PROCOM); b) A Creche funciona de 2ª a 6ª feira nos seguintes turnos: matutino (das 7h às 13 h) e vespertino (das 12h às 18 h); c) A Creche não receberá crianças nas Paradas Pedagógicas. 2 – A ENTRADA DA CRIANÇA NA CRECHE DAR-SE-Á NOS SEGUINTES HORÁRIOS: a) Turno matutino - das 7h às 8h com tolerância máxima de 15 minutos; b) Turno vespertino - das 12h às 13h30 com tolerância máxima de 15 minutos; c) Os eventuais atrasos devem ser comunicados e justificados à coordenação; d) A criança não poderá freqüentar espaços coletivos da creche portando alimentos trazidos de casa. 3 – A SAÍDA DA CRIANÇA DA CRECHE DAR-SE-Á: a) Turno matutino - das 11h40 às 13h; b) Turno vespertino - das 17h às 18 h; c) A saída da criança da Creche acompanhada de terceiros somente será permitida mediante autorização escrita dos pais ou responsáveis; d) Não será permitida a permanência da criança na Creche caso apresente qualquer tipo de enfermidade. 4 - PARA O BOM DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO SERÃO TOMADAS AS SEGUINTES PROVIDÊNCIAS PARA AQUELES QUE NÃO CUMPRIREM OS HORÁRIOS: a) No primeiro atraso não justificado haverá uma advertência verbal; b) No segundo atraso haverá uma advertência escrita; c) No terceiro atraso a criança não terá acesso à Creche naquele dia; d) Os pais deverão comunicar ao educador a chegada e a saída diária da criança na Creche.

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59 5- SOBRE A ALIMENTACAO NA CRECHE: a) A Creche fornecerá alimentação às crianças; b) O planejamento e a elaboração do cardápio a ser servido às crianças é de competência e responsabilidade do Serviço de Nutrição da PROCOM, tendo por base as necessidades nutricionais da criança e as informações repassadas à nutricionista, sendo vedada qualquer interferência de ordem particular dos pais ou responsáveis; c) Quando se tratar de dieta alimentar recomendada por médico e/ou nutricionista será indispensável a recomendação por escrito desse profissional. (Nesse caso, a família da criança deverá fornecer à Creche os gêneros recomendados que não constarem no cardápio); d) Será garantido e incentivado à mãe o direito de amamentar a criança na creche. 6 - COMPETE AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS: a) Fornecimento anual de material pedagógico e de higiene de uso coletivo das crianças; b) Fornecimento diário de vestuários, calçados, roupas suplementares de acordo com as condições climáticas e materiais de higiene de uso pessoal; c) Todos os pertences das crianças deverão ser devidamente identificados (com o nome da criança) pelos pais; d) Os pais prestarão atendimento imediato, deslocando-se de seus locais de trabalho ou estudos para a Creche, tão logo sejam comunicados sobre situação emergencial que possa ocorrer com seus filhos durante sua estada na Instituição; e) Sempre que necessário a Creche poderá solicitar a colaboração da família no que se refere ao provimento de condições para realização de atividades; f) Os passeios dentro do Campus fazem parte da rotina da Creche. A realização de passeios fora das dependências do Campus, bem como foto/filmagem das crianças, dependerá da autorização prévia dos pais; g) A não autorização por parte dos pais da participação da criança em atividades fora das dependências do Campus implicará o não atendimento à criança naquele dia; h) No período de ambientação da criança é autorizada a permanência dos pais na Creche por ate 15 dias, durante parte do horário de funcionamento. Nessa fase, será facilitada a chegada e a saída da criança fora dos horários limites estabelecidos; i) A Creche promoverá reuniões bimestrais com os pais ou sempre que julgar conveniente; j) A criança não devera trazer brinquedos ou outros objetos de casa estrito em caso de solicitação feita pela Creche; l) As crianças matriculadas em período integral deverão ter a companhia dos pais ou responsáveis diariamente entre 11h40 min às 13h30 min, quando preferencialmente poderão sair do recinto da Creche, devendo retornar no horário determinado; m) O banho das crianças matriculadas em período integral devera ser dado pelo pai no momento da visita. 7 - O DESLIGAMENTO DA CRIANÇA DA CRECHE OCORRERÁ MEDIANTE: a) O não atendimento por parte dos usuários das Instruções Normativas;

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60 b) Solicitação por escrito dos pais; c) Aquisição de idade limite para freqüentar a Creche (as crianças que completarem 3 anos e 11 meses a partir de 1º de agosto permanecerão na Creche até o dia 31 de janeiro do ano subseqüente; as crianças que completarem 3 anos e 11 meses a partir de 1º de fevereiro permanecerão na Creche até o dia 30 de junho); d)Perda do vínculo empregatício ou acadêmico com a UFG; e) Doze (12) faltas em dias alternados no período de 3 meses ou 10 dias úteis consecutivos sem justificativa.(O mesmo critério vale para as faltas em um turno para as crianças matriculadas em período integral); f) Não renovação da matrícula no mês de dezembro; g) Reprovação dos pais por falta; h) Duas reprovações consecutivas; i) Afastamento do responsável para acompanhamento do cônjuge; j) Licença do responsável para tratar de interesses particulares; l) Afastamento do responsável para exercício de mandato eletivo; m) Recebimento do auxílio pré-escola; n) Abandono do curso por parte do responsável; o) Trancamento de matricula. Obs: Compete aos pais ou responsáveis comunicar à Creche, por escrito, o motivo da ausência da criança, antes de expirar o prazo estabelecido; 8 - SERÁ CONSIDERADA JUSTIFICADA A FALTA DA CRIANÇA POR MOTIVO DE: a) Enfermidade dela ou dos pais, mediante a apresentação de atestado médico; b) Férias dos responsáveis; c) Licença maternidade; d) Afastamento dos pais ou responsáveis, desde que não caracterize a perda do vínculo com a UFG; Obs: A visita da criança egressa à Creche dar-se-á com o acompanhamento do seu responsável, em um período que não ultrapasse a 1 hora, e a visita não lhe dá direito ao almoço e/ou lanche.

Ernando Melo Filizzola Pro-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária

Poliana Carvalho Martins

Coordenadora Administrativa

Ione Mendes Silva Ferreira Coordenadora Pedagógica

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