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ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO ORDEM DO EXÉRCITO 1.ª SÉRIE N.º 01/31 DE JANEIRO DE 2012 Publica-se ao Exército o seguinte: S U M Á R I O . DECRETOS-LEI Ministério das Finanças Decreto-Lei n.º 9/2012: Aprova a estrutura orgânica da PJM .................. 4 —————— DECRETOS REGULAMENTARES Ministério da Defesa Nacional Decreto Regulamentar n.º 3/2012: Aprova a estrutura orgânica da Inspecção-Geral da Defesa Nacional ............................................. 8 Decreto Regulamentar n.º 4/2012: Aprova a estrutura orgânica da Direcção-Geral de Política de Defesa Nacional ........................... 11 Decreto Regulamentar n.º 5/2012: Aprova a estrutura orgânica da Direcção-Geral de Armamento e de Infra-Estruturas de Defesa . 14 Decreto Regulamentar n.º 6/2012: Aprova a estrutura orgânica da Direcção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar .................... 18 Decreto Regulamentar n.º 7/2012: Aprova a estrutura orgânica da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional ...................... 22 DESPACHOS Ministérios das Finanças e da Defesa Nacional Despacho n.º 101/2012: Desafectação do domínio público militar e inte- gração no domínio privado do Estado do PM 95/ Oeiras, designado por «Quartel da Bateria do Carrascal ou de Linda-a-Velha» .......................... 27 Despacho n.º 102/2012: Autorização de venda do PM 95/Oeiras, designa- do por «Quartel da Bateria do Carrascal ou de Linda-a-Velha» ........................................... 27 Ministério da Defesa Nacional Despacho n.º 2/2012: Unidade de Ação Externa na Área da Defesa Nacional ............................................................. 28 Despacho n.º 266/2012: Delegação de competências no CEME ............. 30 Estado-Maior do Exército Despacho de 24 de Novembro de 2011: Concessão de Louvor ao Batalhão de Comandos do extinto Comando territorial Independente da Guiné .......................................................... 30 Despacho de 24 de Novembro de 2011: Concessão de Louvor à 19.ª Companhia de Comandos ........................................................ 31

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  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012

    MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONALESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

    ORDEM DO EXÉRCITO1.ª SÉRIEN.º 01/31 DE JANEIRO DE 2012

    Publica-se ao Exército o seguinte:

    S U M Á R I O.

    DECRETOS-LEI

    Ministério das Finanças

    Decreto-Lei n.º 9/2012:Aprova a estrutura orgânica da PJM .................. 4

    ——————

    DECRETOS REGULAMENTARES

    Ministério da Defesa Nacional

    Decreto Regulamentar n.º 3/2012:

    Aprova a estrutura orgânica da Inspecção-Geralda Defesa Nacional ............................................. 8

    Decreto Regulamentar n.º 4/2012:

    Aprova a estrutura orgânica da Direcção-Geralde Política de Defesa Nacional ........................... 11

    Decreto Regulamentar n.º 5/2012:

    Aprova a estrutura orgânica da Direcção-Geralde Armamento e de Infra-Estruturas de Defesa . 14

    Decreto Regulamentar n.º 6/2012:

    Aprova a estrutura orgânica da Direcção-Geralde Pessoal e Recrutamento Militar .................... 18

    Decreto Regulamentar n.º 7/2012:

    Aprova a estrutura orgânica da Secretaria-Geraldo Ministério da Defesa Nacional ...................... 22

    DESPACHOS

    Ministérios das Finanças e da Defesa Nacional

    Despacho n.º 101/2012:Desafectação do domínio público militar e inte-gração no domínio privado do Estado do PM 95/Oeiras, designado por «Quartel da Bateria doCarrascal ou de Linda-a-Velha» .......................... 27

    Despacho n.º 102/2012:Autorização de venda do PM 95/Oeiras, designa-do por «Quartel da Bateria do Carrascal ou de Linda-a-Velha» ........................................... 27

    Ministério da Defesa Nacional

    Despacho n.º 2/2012:Unidade de Ação Externa na Área da DefesaNacional ............................................................. 28

    Despacho n.º 266/2012:Delegação de competências no CEME ............. 30

    Estado-Maior do Exército

    Despacho de 24 de Novembro de 2011:Concessão de Louvor ao Batalhão de Comandosdo extinto Comando territorial Independenteda Guiné .......................................................... 30

    Despacho de 24 de Novembro de 2011:Concessão de Louvor à 19.ª Companhia deComandos ........................................................ 31

    04478283Ordem Exército

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série2

    Despacho de 24 de Novembro de 2011:

    Concessão de Louvor à 20.ª Companhia deComandos ........................................................ 32

    Despacho de 24 de Novembro de 2011:

    Concessão de Louvor à 30.ª Companhia deComandos ........................................................ 32

    Despacho de 24 de Novembro de 2011:

    Concessão de Louvor à 33.ª Companhia deComandos ........................................................ 33

    Despacho n.º 323/2012:

    Delegação de competências no Coronel comanda-nte do 3.º Contingente Nacional na FND/ISAF 33

    Despacho n.º 324/2012:

    Delegação de competências no Tenente-Coronelcomandante da UEB/TACRES/KFOR ............ 34

    Despacho n.º 495/2012:

    Delegação de competências no Tenente-GeneralVice-CEME ..................................................... 34

    Comando do Pessoal

    Despacho n.º 494/2012:

    Subdelegação de competências no CoronelChefe do Estado-Maior do Cmd Pess ............. 35

    Comando da Instrução e Doutrina

    Despacho n.º 618/2012:

    Subdelegação de competências na Diretorado IO ............................................................... 35

    Despacho n.º 619/2012:

    Subdelegação de competências no Major-GeneralDiretor de Educação ........................................ 36

    Despacho n.º 620/2012:

    Subdelegação de competências no Major-GeneralDiretor do IPE ................................................. 36

    Despacho n.º 621/2012:

    Subdelegação de competências no Coronel TirArt Diretor do CM .......................................... 36

    Despacho n.º 751/2012:

    Subdelegação de competências no CoronelDiretor do IO ................................................... 37

    Direção de Formação

    Despacho n.º 622/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPT ........................................ 37

    Despacho n.º 623/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante do RC 3 ....................................... 37

    Despacho n.º 624/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante do CMEFD ................................. 38

    Despacho n.º 625/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPC ........................................ 38

    Despacho n.º 626/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante do RA 5 ....................................... 38

    Despacho n.º 627/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPS ......................................... 39

    Despacho n.º 628/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPE ......................................... 39

    Despacho n.º 629/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPI .......................................... 39

    Despacho n.º 630/2012:

    Subdelegação de competências no Coronel comandante da EPA ....................................... 40

    Despacho n.º 631/2012:

    Subdelegação de competências no Coronel no comandante da ESE ................................... 40

    Despacho n.º 752/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante do RA 5 ....................................... 41

    Despacho n.º 753/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPI .......................................... 41

    Despacho n.º 754/2012:

    Subdelegação de competências no Coronel comandante da EPA ....................................... 41

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 3

    Despacho n.º 755/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante da EPC ......................................... 42

    Despacho n.º 756/2012:

    Subdelegação de competências no Coronelcomandante do CMEFD ................................. 42

    Despacho n.º 757/2012:

    Subdelegação de competências Tenente-Coronelcomandante da EPE em regime de substituíçao 42

    Comando das Forças Terrestres

    Despacho n.º 938/2012:

    Subdelegação de competências Tenente-CoronelCmdt da UNENG10/UNIFIL ......................... 43

    ——————

    AVISOS

    Presidência da República

    Aviso (extrato) n.º 21 134/2011:

    Concedida a Medalha de Ouro de ServiçosDistintos às OGME ........................................ 43

    Comando do Pessoal

    Direção de Administração de Recursos Humanos

    Aviso (extrato) n.º 1 346/2012:

    Subdelegação de competências no Major-Generalpresidente da seção autónoma n.º 2 ................. 43

    ——————

    PROTOCOLOS

    Protocolo de colaboração entre o Exército Português e:a Câmara Municipal de Ponte da Barca ............ 44a Câmara Municipal de Castro Marim .............. 47a Editora Diário de Bordo, LDª ......................... 49

    Protocolo de colaboração entre o Regimento deEngenharia N.º 3 e o Instituto do Emprego eFormação Profissional:

    Curso de Operador de Equipamento Pesado deEngenharia .......................................................... 52Curso de Mecânico de Equipamento Pesado deEngenharia .......................................................... 56

    Protocolo de colaboração entre o Regimento deEngenharia N.º 3 e a Administração da RegiãoHidrográfica do Centro, I. P. .................................. 60

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série4

    I — DECRETOS-LEIS

    Ministério da Defesa Nacional

    Decreto-Lei n.º 9/2012de 18 de janeiro de 2012

    No âmbito do Compromisso Eficiência, o XIX Governo Constitucional determinou as linhas geraisdo Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), afirmando que o primeiro e maisimportante impulso do Plano deveria, desde logo, ser dado no processo de preparação das leis orgânicasdos ministérios e dos respectivos serviços.

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por um lado, para o início de uma nova fase da reformada Administração Pública, no sentido de a tornar eficiente e racional na utilização dos recursos públicose, por outro, para o cumprimento dos objectivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.Com efeito, mais do que nunca, a concretização simultânea dos objectivos de racionalização das estruturasdo Estado e de melhor utilização dos seus recursos humanos é crucial no processo de modernização e deoptimização do funcionamento da Administração Pública.

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estrutura do Estado, no sentido de lhe dar umamaior coerência e capacidade de resposta no desempenho das funções que deverá assegurar, eliminandoredundâncias e reduzindo substancialmente os seus custos de funcionamento.

    Neste contexto, o Decreto-Lei n.º 122/2011, de 29 de Dezembro, que aprova a Lei Orgânica doMinistério da Defesa Nacional, definiu o modelo organizativo e de eficiência das estruturas e dos serviçosque o integram, entre os quais a Polícia Judiciária Militar (PJM).

    A Lei n.º 97-A/2009, de 3 de Setembro, definiu a missão e as atribuições da PJM, bem como osprincípios e competências que enquadram a sua acção, enquanto corpo superior de polícia criminal auxiliarda administração da justiça.

    Importa agora, no desenvolvimento daquela lei, determinar a estrutura orgânica da PJM e ascompetências da respectiva unidade orgânica nuclear, bem como fixar o número de unidades orgânicasflexíveis, traduzindo e concretizando aquelas orientações e medidas de racionalização de estruturasorgânicas, bem como de dirigentes na senda da modernização de qualificação e redução de despesa paraaumento da eficiência da Administração Pública.

    Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    Disposição geral

    Artigo 1.ºObjecto

    O presente decreto-lei estabelece a estrutura orgânica da Polícia Judiciária Militar, abreviadamentedesignada por PJM, bem como as atribuições e competências da respectiva unidade orgânica nuclear.

    Organização e estrutura da PJM

    Artigo 2.ºDirecção

    A PJM é dirigida por um director-geral, cargo de direcção superior de 1.º grau.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 5

    Artigo 3.ºDirector-geral

    1 — Compete ao director-geral dirigir, coordenar e orientar a acção dos órgãos e serviços da PJM,nos termos das competências que lhe são conferidas por lei ou que nele são delegadas ou subdelegadas.

    2 — O director-geral é substituído nas suas faltas e impedimentos pelo titular do cargo de direcçãointermédia de 1.º grau.

    Artigo 4.ºEstrutura

    1 — A organização interna dos serviços da PJM obedece ao modelo de estrutura hierarquizada ecompreende uma unidade orgânica nuclear de âmbito nacional — a Unidade de Investigação Criminal(UIC).

    2 — A área geográfica de intervenção da UIC é a estabelecida no artigo 110.º do Código de Justiça Militar.3 — O apoio técnico à UIC e a administração da PJM são garantidos por uma unidade orgânica flexível.

    Artigo 5.ºDirector

    1 — Compete ao director da UIC dirigir, coordenar e orientar a acção da mesma, nos termos dascompetências que lhe são conferidas por lei ou que nele são delegadas ou subdelegadas.

    2 — O director da UIC é um oficial superior com o posto de capitão-de-mar-e-guerra ou coronel.3 — Nas faltas e impedimentos ou em caso de vacatura do lugar, o director da UIC é substituído

    temporariamente pelo chefe da equipa de investigação de mais elevada graduação ou maior antiguidade,ou por oficial da unidade de investigação nomeado pelo director.

    Artigo 6.ºCompetências

    Compete à UIC:a) Assegurar a prevenção, detecção, investigação e coadjuvação das autoridades judiciárias

    relativamente aos crimes da competência da PJM, e demais funções que pelo Código de Processo Penalsejam atribuídas aos órgãos de polícia criminal;

    b) Assegurar o serviço permanente, nomeadamente de piquete e prevenção;c) Fornecer a informação para a base de dados de investigação criminal da PJM;d) Contribuir para a elaboração do plano de actividades, orçamento e relatórios anuais e demais

    instrumentos de gestão.

    Artigo 7.ºEquipas de investigação

    1 — A UIC desenvolve as suas competências através das equipas de investigação.2 — As equipas de investigação são constituídas por um oficial investigador, chefe de equipa, e por

    outros investigadores, oficiais ou sargentos.3 — São funções dos oficiais investigadores, chefes de equipa:

    a) Chefiar pessoalmente as diligências de investigação criminal, planeando, distribuindo econtrolando as tarefas executadas pelos investigadores da equipa;

    b) Controlar e garantir o cumprimento de prazos processuais e das operações, acções, diligênciase actos de investigação criminal, validando os respectivos relatórios;

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série6

    c) Realizar as funções de prevenção e investigação criminais que lhe sejam cometidas pelodirector da UIC;

    d) Fornecer ao director da UIC todos os elementos de informação susceptíveis de o manter aocorrente das actividades de prevenção e investigação criminais;

    e) Integrar os serviços de piquete e unidades de prevenção.4 — São funções dos investigadores:

    a) Realizar, sob orientação do respectivo chefe, acções e diligências de prevenção e investigaçãocriminal e efectivar os correspondentes actos processuais;

    b) Proceder a vigilâncias, detenções ou capturas;c) Integrar os serviços de piquete e unidades de prevenção.

    Artigo 8.ºMapa de pessoal dirigente

    Os lugares de direcção superior de 1.º grau e de direcção intermédia de 1.º grau constam de mapaanexo ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.

    Artigo 9.ºNomeação do pessoal

    1 — Os efectivos militares necessários ao funcionamento da PJM são assegurados em termos adefinir por despacho do Ministro da Defesa Nacional e despacho dos membros do Governo responsáveispelas áreas da defesa nacional e da administração interna, respectivamente, para os militares das ForçasArmadas ou da Guarda Nacional Republicana.

    2 — Podem ser nomeados para o desempenho dos cargos ou exercício de funções a que se refereo número anterior militares dos quadros permanentes, nas situações de activo ou de reserva, naefectividade de serviço, e militares em regime de contrato e de voluntariado.

    3 — Os militares do activo nomeados nos termos do número anterior, prestam serviço em comissãonormal.

    4 — As comissões dos militares nomeados nos termos dos números anteriores têm a duração detrês anos, podendo ser renovadas por igual ou inferior período, por razões de investimento na formaçãoe experiência profissional adquirida.

    5 — O disposto no número anterior carece de autorização do director-geral, considerando ointeresse da PJM e do próprio, sem prejuízo de, a todo o tempo, as comissões poderem ser cessadas, pordespacho fundamentado do director-geral.

    6 — Para acederem à condição de investigadores, aos oficiais e sargentos é requerida a aprovaçãoem curso de formação regulado por despacho do director-geral.

    Artigo 10.ºServiço permanente

    A remuneração pelo serviço permanente é determinada por portaria dos membros do Governoresponsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças.

    Artigo 11.ºUtilização de meios de transporte

    A PJM pode fornecer ao respectivo pessoal, com carácter permanente ou temporário, meios detransporte ou títulos para utilização dos transportes colectivos, terrestres e fluviais.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 7

    Artigo 12.ºReceitas

    1 — A PJM dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas no Orçamentodo Estado.

    2 — A PJM dispõe ainda das seguintes receitas próprias:

    a) As quantias cobradas pela prestação de serviços no âmbito das suas atribuições;b) O produto da venda de publicações e de trabalhos por si editados;c) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações e legados de entidades públicas e

    privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais;d) O rendimento dos bens que possua a qualquer título;e) Quaisquer receitas que por lei, contrato ou outro título lhe sejam atribuídas.

    3 — As quantias cobradas pela PJM são fixadas e periodicamente actualizadas por despacho dosmembros do Governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças, tendo em atenção osmeios humanos e materiais mobilizados em cada caso, podendo ainda ser tidos em conta os custosindirectos de funcionamento.

    Artigo 13.ºDespesas

    Constituem despesas da PJM as que resultem de encargos decorrentes da prossecução dasatribuições que lhe estão cometidas.

    Artigo 14.ºNorma revogatória

    É revogado o Decreto-Lei n.º 300/2009, de 19 de Outubro.

    Artigo 15.ºEntrada em vigor

    O presente decreto-lei entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Novembro de 2011. — Pedro PassosCoelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar — José Pedro Correia de Aguiar-Branco — Miguel BentoMartins Costa Macedo e Silva.

    Promulgado em 5 de Janeiro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Janeiro de 2012.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série8

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 8.º)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designação dos cargos dirigentes Qualificação dos cargos dirigentes Grau Número de lugares

    Director-geral ........................................... Direcção superior ..................................... 1.º 1Director de serviços ................................. Direcção intermédia .................................. 1.º 1

    II — DECRETOS REGULAMENTARES

    Decreto Regulamentar n.º 3/2012de 18 de janeiro de 2012

    No âmbito do Compromisso Eficiência, o XIX Governo Constitucional determinou as linhas geraisdo Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), afirmando que o primeiro e maisimportante impulso do Plano deveria, desde logo, ser dado no processo de preparação das leis orgânicasdos ministérios e dos respectivos serviços.

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por um lado, para o início de uma nova fase da reformada Administração Pública, no sentido de a tornar eficiente e racional na utilização dos recursos públicose, por outro, para o cumprimento dos objectivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.Com efeito, mais do que nunca, a concretização simultânea dos objectivos de racionalização das estruturasdo Estado e de melhor utilização dos seus recursos humanos é crucial no processo de modernização e deoptimização do funcionamento da Administração Pública.

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estrutura do Estado, no sentido de lhe dar umamaior coerência e capacidade de resposta no desempenho das funções que deverá assegurar, eliminandoredundâncias e reduzindo substancialmente os seus custos de funcionamento.

    Neste contexto, o presente decreto regulamentar, que aprova a nova estrutura orgânica daInspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN), adopta, no que se refere ao tipo de organização interna, omodelo estrutural misto, tendo sido acolhida a estrutura matricial na vertente operacional.

    Importa sublinhar a linha de orientação prosseguida na missão e nas atribuições da IGDN emdiversas áreas, num quadro sistémico, em particular no que concerne ao acompanhamento e avaliaçãopermanentes da execução das políticas na área da Defesa.

    Assim:Ao abrigo do n.º 1 do artigo 24.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, e nos termos da alínea c)

    do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.ºNatureza

    A Inspecção-Geral da Defesa Nacional, abreviadamente designada por IGDN, é um serviço centralda administração directa do Estado dotado de autonomia administrativa.

    Artigo 2.ºMissão e atribuições

    1 — A IGDN tem por missão assegurar, numa perspectiva sistémica, o acompanhamento eavaliação permanentes da execução das políticas na área da defesa, contribuindo para a melhoria de

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 9

    funcionamento das estruturas da defesa nacional, apreciar a legalidade e regularidade dos actospraticados pelas Forças Armadas, serviços e organismos do Ministério da Defesa Nacional(MDN), sujeitos à superintendência ou tutela do Ministro da Defesa Nacional, bem como avaliara sua gestão e os seus resultados, através do controlo de auditoria técnica, de desempenho efinanceira.

    2 — A IGDN prossegue as seguintes atribuições:a) Controlar a aplicação dos recursos humanos, materiais, financeiros e patrimoniais pelas

    Forças Armadas, serviços e organismos do MDN e avaliar os resultados obtidos em função dos meiosenvolvidos, tendo em vista contribuir para a sua eficiência, eficácia, economia, métodos e procedimentosde gestão;

    b) Apreciar a conformidade legal e regulamentar dos actos das Forças Armadas, serviços eorganismos do MDN ou sujeitos à tutela e superintendência do respectivo ministro, bem como ocumprimento dos programas, contratos, directivas e instruções ministeriais;

    c) Avaliar a gestão das Forças Armadas, serviços e organismos do MDN, através de auditoriastécnica, de desempenho e financeira, recomendando alterações e melhorias e acompanhando a suaintrodução;

    d) Auditar os sistemas e procedimentos de controlo interno das Forças Armadas, dos serviçose organismos do MDN ou sujeitos à tutela e superintendência do respectivo ministro, no quadro dasresponsabilidades cometidas ao Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado pelaLei de Enquadramento Orçamental;

    e) Assegurar a realização de inspecções, auditorias, sindicâncias, inquéritos, averiguações,peritagens e outras acções de carácter inspectivo que lhe sejam ordenadas ou autorizadas, bem como oacompanhamento das recomendações emitidas;

    f) Coordenar, em articulação com o Estado-Maior-General das Forças Armadas e com os ramosdas Forças Armadas, a cooperação e a partilha de Informação com os órgãos ou serviços de controlo eavaliação dos respectivos comandos, de forma a garantir a racionalidade, complementaridade e sinergiadas intervenções;

    g) Assegurar a obtenção e o fornecimento de indicadores de desempenho relevantes para asrestantes funções de suporte à governação;

    h) Monitorizar o cumprimento das orientações estratégicas para o sector empresarial do Estadono domínio da defesa nacional, sem prejuízo das competências cometidas a outra entidade.

    Artigo 3.ºÓrgãos

    A IGDN é dirigida por um inspector-geral, cargo de direcção superior de 1.º grau.

    Artigo 4.ºInspector-geral

    1 — Sem prejuízo das competências que lhe forem conferidas por lei ou que nele sejam delegadasou subdelegadas, compete ao inspector-geral:

    a) Ordenar a realização das acções superiormente aprovadas, bem como dos controlos cruzadossempre que os mesmos se justifiquem para o seu cabal desempenho;

    b) Representar a IGDN nas organizações nacionais e internacionais que integram serviços similares.2 — O inspector-geral é substituído nas suas faltas e impedimentos pelo titular do cargo de direcção

    intermédia de 1.º grau.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série10

    Artigo 5.ºApoio à acção inspectiva

    1 — As equipas de inspecção podem ser apoiadas tecnicamente, em áreas específicas, por pessoalpertencente às Forças Armadas ou a outros organismos e serviços do Estado.

    2 — Quando se trate de pessoal pertencente às Forças Armadas, o pedido para o respectivo apoiotécnico deve ser formulado, em regra, com uma antecedência de 30 dias em relação a cada acto inspectivo,dirigido aos respectivos chefes de estado-maior dos ramos, ficando aquele pessoal a prestar serviço naIGDN, sem a integrar e de acordo com o disposto em legislação estatutária militar, durante o temponecessário à realização da acção inspectiva.

    Artigo 6.ºTipo de organização interna

    A organização interna da IGDN obedece ao seguinte modelo estrutural misto:

    a) Na área de actividade relativa à acção inspectiva, o modelo de estrutura matricial;b) Na área de suporte, o modelo de estrutura hierarquizada.

    Artigo 7.ºReceitas

    1 — A IGDN dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas no Orçamentodo Estado.

    2 — A IGDN dispõe ainda das seguintes receitas próprias:

    a) As quantias cobradas pela prestação de serviços no âmbito das suas atribuições;b) O produto da venda de publicações e de trabalhos por si editados;c) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações e legados de entidades públicas e

    privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais;d) O rendimento dos bens que possua a qualquer título;e) Quaisquer receitas que por lei, contrato ou outro título lhe sejam atribuídas.

    3 — As quantias cobradas pela IGDN são fixadas e periodicamente actualizadas por despacho dosmembros do governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças, tendo em atenção osmeios humanos e materiais mobilizados em cada caso, podendo ainda ser tidos em conta os custosindirectos de funcionamento.

    Artigo 8.ºDespesas

    Constituem despesas da IGDN as que resultem de encargos decorrentes da prossecução dasatribuições que lhe estão cometidas.

    Artigo 9.ºMapa de cargos de direcção

    Os lugares de direcção superior de 1.º grau e de direcção intermédia de 1.º grau constam do mapaanexo ao presente decreto regulamentar, do qual faz parte integrante.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 11

    Artigo 10.ºEstatuto remuneratório dos chefes de equipas multidisciplinares

    Aos chefes das equipas multidisciplinares é atribuído um estatuto remuneratório equiparado adirector de serviços ou a chefe de divisão, em função da natureza e complexidade das funções, nãopodendo o estatuto equiparado a director de serviços ser atribuído a mais de uma chefia de equipa.

    Artigo 11.ºNorma revogatória

    Nos termos do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 122/2011, de 29 de Dezembro, considera-serevogado, na data da entrada em vigor do presente decreto regulamentar, o Decreto-Lei n.º 214/2009,de 4 de Setembro.

    Artigo 12.ºEntrada em vigor

    O presente decreto regulamentar entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Novembro de 2011. — Pedro PassosCoelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar — José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

    Promulgado em 5 de Janeiro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Janeiro de 2012.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 9.º)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designação dos cargos dirigentes Qualificação dos cargos dirigentes Grau Número de lugares

    Inspector-geral ........................................ Direcção superior .................................... 1.º 1

    Director de serviços ................................ Direcção intermédia ................................. 1.º 1

    Decreto Regulamentar n.º 4/2012de 18 de janeiro de 2012

    No âmbito do Compromisso Eficiência, o XIX Governo Constitucional determinou as linhas geraisdo Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), afirmando que o primeiro e maisimportante impulso do Plano deveria ser, desde logo, dado no processo de preparação das leis orgânicasdos ministérios e dos respectivos serviços.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série12

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por um lado, para o início de uma nova fase da reformada Administração Pública, no sentido de a tornar eficiente e racional na utilização dos recursos públicose, por outro, para o cumprimento dos objectivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.Com efeito, mais do que nunca, a concretização simultânea dos objectivos de racionalização das estruturasdo Estado e de melhor utilização dos seus recursos humanos é crucial no processo de modernização e deoptimização do funcionamento da Administração Pública.

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estrutura do Estado, no sentido de lhe dar umamaior coerência e capacidade de resposta no desempenho das funções que deverá assegurar, eliminandoredundâncias e reduzindo substancialmente os seus custos de funcionamento.

    No quadro dos objectivos do PREMAC, no tocante à modernização administrativa e à melhoria daqualidade dos serviços públicos com ganhos de eficiência, importa concretizar o esforço de racionalizaçãoestrutural consagrado no Decreto-Lei n.º 122/2011, de 29 de Dezembro, que aprovou a Lei Orgânica doMinistério da Defesa Nacional, através da definição do novo modelo organizacional dos serviços queintegram a respectiva estrutura.

    Neste contexto, o presente decreto regulamentar aprova a nova estrutura orgânica daDirecção-Geral de Política de Defesa Nacional (DGPDN).

    Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 24.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, e nos termos da

    alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.ºNatureza

    A Direcção-Geral de Política de Defesa Nacional, abreviadamente designada por DGPDN, é umserviço central da administração directa do Estado dotado de autonomia administrativa.

    Artigo 2.ºMissão e atribuições

    1 — A DGPDN tem por missão garantir a assessoria técnica na formulação das grandes linhas deacção da política de defesa, no planeamento estratégico de defesa e nas relações externas de defesa, bemcomo a responsabilidade pelo planeamento, estudo e elaboração de propostas de orientações de nívelpolítico-estratégico, acompanhamento e ponderação da respectiva execução, competindo-lhe aindapromover e coordenar a política de cooperação técnico-militar.

    2 — A DGPDN prossegue as seguintes atribuições:

    a) Acompanhar e analisar a evolução da conjuntura internacional e as suas implicaçõesestratégicas na área da segurança e defesa, coordenando e avaliando a implementação do planeamentoestratégico;

    b) Estudar e elaborar pareceres, propostas e recomendações conducentes à enunciação dosobjectivos nacionais no âmbito da segurança e defesa, assegurando a articulação e a coerência dasprioridades estratégicas superiormente definidas, incluindo as relativas ao empenhamento nacional emmissões internacionais;

    c) Planear, desenvolver e coordenar as relações externas de defesa, nomeadamente no quadroda Organização das Nações Unidas, União Europeia, Organização do Tratado do Atlântico Norte,Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e Organização para a Segurança e Cooperação na Europae em outras instâncias de natureza multilateral a que Portugal pertença, procedendo à sua avaliação, emarticulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, observando o princípio da unidade da acçãoexterna do Estado, e apoiando neste âmbito a participação do Ministério da Defesa Nacional (MDN);

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 13

    d) Apoiar a formulação de políticas de cooperação bilateral com outros Estados, na área dadefesa, preparando e negociando a celebração de acordos ou outros instrumentos de direito internacional,sem prejuízo das competências próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros;

    e) Assegurar, sem prejuízo das competências próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros,o relacionamento bilateral e multilateral na área da defesa, nomeadamente no âmbito da cooperaçãotécnico-militar, preparando e negociando os respectivos programas-quadro e coordenando e avaliando asua execução.

    Artigo 3.ºÓrgãos

    A DGPDN é dirigida por um director-geral, cargo de direcção superior de 1.º grau.

    Artigo 4.ºDirector-geral

    1 — Compete ao director-geral dirigir e orientar a acção dos órgãos e serviços da DGPDN, nostermos das competências que lhe sejam conferidas por lei ou que nele sejam delegadas ou subdelegadas.

    2 — O director-geral identifica o titular do cargo de direcção intermédia de 1.º grau que o substituinas suas faltas e impedimentos.

    Artigo 5.ºTipo de organização interna

    A organização interna da DGPDN obedece ao modelo de estrutura hierarquizada.

    Artigo 6.ºReceitas

    1 — A DGPDN dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas noOrçamento do Estado.

    2 — A DGPDN dispõe ainda das seguintes receitas próprias:

    a) As quantias cobradas pela prestação de serviços no âmbito das suas atribuições;b) O produto da venda de publicações e de trabalhos por si editados;c) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações e legados de entidades públicas e

    privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais;d) O rendimento dos bens que possua a qualquer título.e) Quaisquer receitas que por lei, contrato ou outro título lhe sejam atribuídas.

    3 — As quantias cobradas pela DGPDN são fixadas e periodicamente actualizadas por despachodos membros do governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças, tendo em atençãoos meios humanos e materiais mobilizados em cada caso, podendo ainda ser tidos em conta os custosindirectos de funcionamento.

    Artigo 7.ºDespesas

    Constituem despesas da DGPDN as que resultem de encargos decorrentes da prossecução dasatribuições que lhe estão cometidas.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série14

    Artigo 8.ºMapa de cargos de direcção

    Os lugares de direcção superior de 1.º grau e de direcção intermédia de 1.º grau constam do mapaanexo ao presente decreto regulamentar, do qual faz parte integrante.

    Artigo 9.ºNorma revogatória

    É revogado o Decreto Regulamentar n.º 20/2009, de 4 de Setembro.

    Artigo 10.ºEntrada em vigor

    O presente decreto regulamentar entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Novembro de 2011. — Pedro PassosCoelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar — Paulo de Sacadura Cabral Portas — José Pedro Correiade Aguiar-Branco.

    Promulgado em 5 de Janeiro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Janeiro de 2012.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 8.º)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designação dos cargos dirigentes Qualificação dos cargos dirigentes Grau Número de lugares

    Director-geral .......................................... Direcção superior .................................... 1.º 1

    Director de serviços ................................ Direcção intermédia ................................. 1.º 3

    Decreto Regulamentar n.º 5/2012de 18 de janeiro de 2012

    No âmbito do Compromisso Eficiência, o XIX Governo Constitucional determinou as linhas geraisdo Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), afirmando que o primeiro e maisimportante impulso do Plano deveria, desde logo, ser dado no processo de preparação das leis orgânicasdos ministérios e dos respectivos serviços.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 15

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por um lado, para o início de uma nova fase da reformada Administração Pública, no sentido de a tornar eficiente e racional na utilização dos recursos públicose, por outro, para o cumprimento dos objectivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.Com efeito, mais do que nunca, a concretização simultânea dos objectivos de racionalização das estruturasdo Estado e de melhor utilização dos seus recursos humanos é crucial no processo de modernização e deoptimização do funcionamento da Administração Pública.

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estrutura do Estado, no sentido de lhe dar umamaior coerência e capacidade de resposta no desempenho das funções que deverá assegurar, eliminandoredundâncias e reduzindo substancialmente os seus custos de funcionamento.

    No quadro das orientações definidas pelo PREMAC, importa concretizar o esforço de racionalizaçãoestrutural consagrado no Decreto-Lei n.º 122/2011, de 29 de Dezembro, que aprova a Lei Orgânica doMinistério da Defesa Nacional (MDN), avançando na definição dos modelos organizacionais dos serviçosque integram a respectiva estrutura. Na sequência da aprovação desta Lei Orgânica, o presente decretoregulamentar estabelece a estrutura orgânica da Direcção-Geral de Armamento e de Infra-Estruturas deDefesa (DGAIED).

    De acordo com o novo quadro consagrado na mencionada Lei Orgânica do MDN, é estabelecidaa organização e competências da DGAIED, discriminando os objectivos que à mesma competeprosseguir.

    Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 24.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, e nos termos da

    alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.ºNatureza

    A Direcção-Geral de Armamento e de Infra-Estruturas de Defesa (DGAIED), é um serviço centralda administração directa do Estado dotado de autonomia administrativa.

    Artigo 2.ºMissão e atribuições

    1 — A DGAIED tem por missão conceber, propor, coordenar, executar e apoiar as actividadesrelativas ao armamento e equipamentos de defesa, e ao património e de Infra-estruturas necessários aocumprimento das missões da defesa nacional.

    2 — A DGAIED prossegue as seguintes atribuições:

    a) Contribuir para a definição, planeamento, coordenação e acompanhamento da execução daspolíticas de defesa, nos domínios do armamento e equipamento das Forças Armadas, das Infra-estruturasmilitares e civis necessárias à defesa nacional, da investigação e desenvolvimento na área das ciênciase tecnologias de defesa, da base tecnológica e industrial de defesa, do ambiente, qualidade e normalização,e dos sistemas de informação geográfica e serviços de cartografia;

    b) Participar no processo de edificação de capacidades militares, coordenando a formulação dosplanos de armamento e de Infra -estruturas enquanto instrumentos de planeamento, com vista à elaboraçãode propostas de lei de programação;

    c) Coordenar a elaboração das propostas de Lei de Programação Militar e de Lei deProgramação das Infra-Estruturas Militares, sob ante-projectos elaborados no âmbito das ForçasArmadas e de acordo com as directivas ministeriais, bem como assegurar a respectiva execução econtrolo;

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série16

    d) Promover, coordenar e executar as actividades relativas à gestão do ciclo de vida logísticodo armamento, bens e equipamentos, no que se refere aos processos de aquisição, manutenção e alienaçãosob sua responsabilidade, à garantia da qualidade, catalogação e normalização de material, e àdesmilitarização e alienação, em cooperação com o Estado-Maior-General das Forças Armadas(EMGFA), os ramos das Forças Armadas e o Ministério da Administração Interna;

    e) Propor a concessão de autorizações para o acesso e o exercício das actividades de indústriae ou comércio de bens e tecnologias militares, proceder à supervisão da actividade das empresas do sectorda defesa e proceder ao controlo das importações e exportações de produtos relacionados com a defesa,supervisionando o cumprimento dos normativos legais;

    f) Contribuir para a definição e execução das políticas de ordenamento do território e urbanismo,garantindo a salvaguarda dos interesses da defesa nacional em sede de produção, alteração, revisão eexecução dos instrumentos de gestão do território;

    g) Estudar, propor e coordenar os actos e procedimentos relativos à constituição, modificaçãoe extinção de servidões militares e de outras restrições de utilidade pública e emitir pareceres eautorizações sobre licenciamentos, nos termos da legislação aplicável;

    h) Participar na preparação e execução de medidas que envolvam a requisição, aos particulares,de coisas ou serviços;

    i) Propor e coordenar os procedimentos e as acções relativos à aquisição, gestão,administração, disposição e rentabilização das de Infra-estruturas programadas e património afectoà defesa nacional;

    j) Propor, implementar, coordenar e dinamizar as actividades de carácter ambiental e de gestãode energia e dos recursos naturais, no âmbito da defesa nacional;

    l) Exercer as competências de autoridade nacional para a garantia da qualidade no âmbito dadefesa nacional;

    m) Acompanhar e participar no planeamento de forças, designadamente no quadro da Organizaçãodo Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE);

    n) Assegurar o cumprimento dos compromissos nacionais no âmbito da OTAN relativamenteàs de Infra-estruturas e sistemas de comando e controlo militares;

    o) Assegurar, no âmbito das suas atribuições, a representação em organizações e entidadesnacionais e internacionais, propondo, coordenando e desenvolvendo actividades de cooperaçãointernacional na execução das políticas de defesa no domínio do armamento e equipamentos das ForçasArmadas, das de Infra-estruturas militares e civis necessárias à defesa nacional, da investigação edesenvolvimento na área das ciências e tecnologias de defesa, da base tecnológica e industrial de defesa,do ambiente, qualidade e normalização, e dos sistemas de informação geográfica e serviços decartografia.

    Artigo 3.ºÓrgãos

    A DGAIED é dirigida por um director-geral, coadjuvado por um subdirector-geral, cargos dedirecção superior de 1.º e 2.º graus, respectivamente.

    Artigo 4.ºDirector-geral

    1 — Sem prejuízo das competências que lhe sejam conferidas por lei ou nele delegadas ousubdelegadas, compete ao director-geral exercer as funções de Director Nacional de Armamento.

    2 — O subdirector-geral exerce as competências que lhe sejam delegadas ou subdelegadas pelodirector-geral, competindo-lhe substituí-lo nas suas faltas e impedimentos.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 17

    Artigo 5.ºTipo de organização interna

    A organização interna da DGAIED obedece ao seguinte modelo estrutural misto:

    a) Nas áreas de actividades relativas à gestão dos projectos decorrentes da programação militare de Infra-estruturas, património e ambiente, o modelo de estrutura matricial;

    b) Nas restantes áreas, o modelo de estrutura hierarquizada.

    Artigo 6.ºReceitas

    1 — A DGAIED dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas noOrçamento do Estado.

    2 — A DGAIED dispõe ainda das seguintes receitas próprias:

    a) As verbas provenientes da venda de cadernos de encargos relativos a projectos;b) As verbas provenientes das contribuições de fundos comuns resultantes do acordo entre

    Portugal e a OTAN destinadas às de Infra-estruturas;c) As verbas provenientes da contribuição de Portugal destinadas a suprirem as despesas de

    interesse nacional que excedam os requisitos militares mínimos definidos pela OTAN;d) As verbas provenientes de acordos de utilização, concessão de exploração, aluguer de

    capacidades sobrantes ou outros referentes à disponibilização das de Infra-estruturas sedeadas emPortugal, devidamente autorizados e pertencentes ao inventário OTAN;

    e) As verbas provenientes do produto das receitas geradas pela rentabilização do patrimónioimobiliário afecto à defesa nacional;

    f) Quaisquer outras receitas que por lei, contrato ou outro título lhe sejam atribuídas.3 — As quantias cobradas pela DGAIED são fixadas e periodicamente actualizadas por despacho

    dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças, tendo em atençãoos meios humanos e materiais mobilizados em cada caso, podendo ainda ser tidos em conta os custosindirectos de funcionamento.

    Artigo 7.ºDespesas

    Constituem despesas da DGAIED as que resultem de encargos decorrentes da prossecução dasatribuições que lhe estão cometidas.

    Artigo 8.ºMapa de cargos de direcção

    Os lugares de direcção superior de 1.º e 2.º graus e de direcção intermédia de 1.º grau constam domapa anexo ao presente decreto regulamentar, do qual faz parte integrante.

    Artigo 9.ºEstatuto remuneratório do chefe de equipa multidisciplinar

    Ao chefe da equipa multidisciplinar é atribuído um estatuto remuneratório equiparado a chefe dedivisão.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série18

    Artigo 10.ºNorma revogatória

    É revogado o Decreto Regulamentar n.º 23/2009, de 4 de Setembro.

    Artigo 11.ºEntrada em vigor

    O presente decreto regulamentar entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Novembro de 2011. — Pedro PassosCoelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar — José Pedro Correia de Aguiar-Branco — Miguel BentoMartins Costa Macedo e Silva — Maria de Assunção Oliveira Cristas Machado da Graça.

    Promulgado em 5 de Janeiro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Janeiro de 2012.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 8.º)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designação dos cargos dirigentes Qualificação dos cargos dirigentes Grau Número de lugares

    Director-geral .......................................... Direcção superior .................................... 1.º 1

    Subdirector-geral ..................................... Direcção superior .................................... 2.º 1

    Director de serviços ................................ Direcção intermédia ................................. 1.º 4

    Decreto Regulamentar n.º 6/2012de 18 de janeiro de 2012

    No âmbito do Compromisso Eficiência, o XIX Governo Constitucional determinou as linhas geraisdo Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), afirmando que o primeiro e maisimportante impulso do Plano deveria ser, desde logo, dado no processo de preparação das leis orgânicasdos ministérios e dos respectivos serviços.

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por um lado, para o início de uma nova fase da reformada Administração Pública, no sentido de a tornar eficiente e racional na utilização dos recursos públicose, por outro, para o cumprimento dos objectivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.Com efeito, mais do que nunca, a concretização simultânea dos objectivos de racionalização das estruturasdo Estado e de melhor utilização dos seus recursos humanos é crucial no processo de modernização e deoptimização do funcionamento da Administração Pública.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 19

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estrutura do Estado, no sentido de lhe dar umamaior coerência e capacidade de resposta no desempenho das funções que deverá assegurar, eliminandoredundâncias e reduzindo substancialmente os seus custos de funcionamento.

    No seguimento deste desígnio, também a Direcção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar,abreviadamente designada por DGPRM, como serviço central da administração directa do Estado,dotado de autonomia administrativa, procedeu a uma revisão da sua estrutura orgânica, procurandouma racionalização dos seus recursos sem admitir cedências à qualidade do serviço público quepresta.

    À DGPRM, apoiando a tutela na adaptação das Forças Armadas a esta lógica de racionalizaçãode estruturas e optimização de recursos, está cometida a missão de conceber, harmonizar e apoiartecnicamente as políticas de recursos humanos para a defesa nacional.

    Neste sentido, incumbe à DGPRM o contínuo desenvolvimento de um modelo de intervençãoconsubstanciado na interdependência de conceitos como a transversalidade das obrigaçõesmilitares, a obtenção e qualificação dos recursos humanos, a permanência nas fileiras e aempregabilidade.

    A DGPRM deverá, ainda, assegurar uma organização que lhe permita constituir-se como um órgãode apoio à decisão política e ao mesmo tempo capaz de assegurar uma intervenção especializada nasdiversas dimensões que integram a sua missão, especificidade esta que decorre da natureza das carreirasmilitares, militarizadas e civis e, por outro lado, de toda a dinâmica associada aos processos de ensino,qualificação, desenvolvimento profissional e de emprego.

    Também as responsabilidades na definição das políticas de saúde militar e de ensino superior militarinvestem a DGPRM de uma responsabilidade acrescida na prossecução da sua missão.

    A criação desta nova orgânica visa dotar o Ministério da Defesa Nacional (MDN) dos meios quepermitam propor, harmonizar e apoiar tecnicamente a execução das linhas de política de apoio aosdeficientes das Forças Armadas e aos antigos combatentes, assegurando a disponibilização de serviçostransversais integrados, via Balcão Único.

    Determinantes na actuação da DGPRM serão também as matérias relacionadas com o Diada Defesa Nacional, a sua constituição como órgão central de recrutamento e coordenador dapolítica de reinserção socioprofissional, dimensões decisivas para que o MDN possa desenvolverpolíticas e estratégias previsionais ajustadas aos desafios futuros em matéria de recursoshumanos.

    A missão da DGPRM implicará uma adequada articulação com os três ramos das Forças Armadase demais serviços centrais do MDN para a definição de medidas, para a sua implementação e respectivamonitorização, devendo assegurar processos de recolha e tratamento de informação capazes de gerarindicadores de gestão que permitam uma adequada avaliação.

    É neste contexto que se procede ao redesenho da estrutura orgânica da DGPRM, dotando-a deuma adequada flexibilidade estrutural que lhe permite ajustar-se às exigências e prioridades que lheforem definidas, cumprindo assim as razões que impõem a sua existência e motivaram a suareestruturação.

    Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 24.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, e nos termos da

    alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.ºNatureza

    A Direcção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar, abreviadamente designada por DGPRM, éum serviço central da administração directa do Estado dotado de autonomia administrativa.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série20

    Artigo 2.ºMissão e atribuições

    1 — A DGPRM tem por missão conceber, harmonizar e apoiar tecnicamente a definição e execuçãodas políticas de recursos humanos necessários à defesa nacional e o apoio aos antigos combatentes.

    2 — A DGPRM prossegue as seguintes atribuições:a) Estudar, propor e assegurar a concretização das medidas de política de recursos humanos,

    militares, militarizados e civis, respectivos regimes jurídicos e demais legislação aplicável, assim comopropostas relativas à convocação dos recursos necessários à prossecução dos objectivos permanentes dapolítica de defesa nacional e mobilização nos termos da Lei do Serviço Militar;

    b) Analisar e propor as medidas relativas aos vínculos, carreiras e remunerações do pessoalmilitar, militarizado e civil das Forças Armadas;

    c) Conceber, planear e executar o processo de recenseamento militar;d) Desenvolver, planear e coordenar a política de recrutamento militar e assegurar, em

    articulação com os ramos das Forças Armadas, a execução dos vários processos que lhe estão associados;e) Desenvolver, coordenar, monitorizar e implementar, em articulação com os ramos das Forças

    Armadas e demais entidades, a política de apoio à reinserção profissional, assim como os respectivosinstrumentos de suporte;

    f) Propor, avaliar e executar a política de apoio aos antigos combatentes;g) Propor e avaliar a política social e de reabilitação dos deficientes das Forças Armadas e

    acompanhar a respectiva execução;h) Analisar e propor a política da defesa nacional nos domínios do ensino, formação e

    desenvolvimento profissional;i) Participar na definição da política de ensino superior militar, em articulação com o Conselho

    de Ensino Superior Militar;j) Participar na definição da política de saúde militar e apoio sanitário, em articulação com o

    Conselho de Saúde Militar;l) Planear, dirigir, executar e monitorizar com a colaboração dos ramos das Forças Armadas, as

    actividades relativas ao Dia da Defesa Nacional;3 — A DGPRM assegura o apoio técnico, administrativo e logístico ao Conselho do Ensino Superior

    Militar e ao Conselho da Saúde Militar.

    Artigo 3.ºÓrgãos

    1 — A DGPRM é dirigida por um director-geral, cargo de direcção superior de 1.º grau.2 — Junto da DGPRM e na sua dependência funcional, funcionam ainda:

    a) A Chefia do Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas;b) A Comissão de Educação Física e Desporto Militar.

    Artigo 4.ºDirector-geral

    1 — Compete ao director-geral dirigir e orientar a acção dos órgãos e serviços da DGPRM,nos termos das competências que lhe sejam conferidas por lei ou que nele sejam delegadas ousubdelegadas.

    2 — O director-geral identifica o titular do cargo de direcção intermédia de 1.º grau que o substituinas suas faltas e impedimentos.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 21

    Artigo 5.ºTipo de organização interna

    A organização interna da DGPRM obedece ao seguinte modelo estrutural misto:

    a) Nas áreas relativas à gestão dos projectos para a adopção de medidas no âmbito da gestão derecursos e da organização e simplificação dos circuitos e métodos de trabalho, o modelo de estrutura matricial;

    b) Nas restantes áreas, o modelo de estrutura hierarquizada.

    Artigo 6.ºReceitas

    1 — A DGPRM dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas noOrçamento do Estado.

    2 — A DGPRM dispõe ainda das seguintes receitas próprias:a) As quantias cobradas pela prestação de serviços no âmbito das suas atribuições;b) O produto da venda de publicações e de trabalhos por si editados;c) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações e legados de entidades públicas e

    privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais;d) O rendimento dos bens que possua a qualquer título.e) Quaisquer receitas que por lei, contrato ou outro título lhe sejam atribuídas.

    3 — As quantias cobradas pela DGPRM são fixadas e periodicamente actualizadas por despachodos membros do governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças, tendo em atençãoos meios humanos e materiais mobilizados em cada caso, podendo ainda ser tidos em conta os custosindirectos de funcionamento.

    Artigo 7.ºDespesas

    Constituem despesas da DGPRM as que resultem de encargos decorrentes da prossecução dasatribuições que lhe estão cometidas.

    Artigo 8.ºMapa de cargos de direcção

    Os lugares de direcção superior de 1.º grau e de direcção intermédia de 1.º grau constam do mapaanexo ao presente decreto regulamentar, do qual faz parte integrante.

    Artigo 9.ºEstatuto remuneratório dos chefes de equipas multidisciplinares

    Aos chefes das equipas multidisciplinares é atribuído um estatuto remuneratório equiparado adirector de serviços ou a chefe de divisão, em função da natureza e complexidade das funções, nãopodendo o estatuto equiparado a director de serviços ser atribuído a mais de uma chefia de equipa.

    Artigo 10.ºNorma revogatória

    É revogado o Decreto Regulamentar n.º 21/2009, de 4 de Setembro.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série22

    Artigo 11.ºEntrada em vigor

    O presente decreto regulamentar entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Novembro de 2011. — Pedro PassosCoelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar — José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

    Promulgado em 5 de Janeiro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Janeiro de 2012.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 8.º)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designação dos cargos dirigentes Qualificação dos cargos dirigentes Grau Número de lugares

    Director-geral .......................................... Direcção superior .................................... 1.º 1Director de serviços ................................ Direcção superior .................................... 1.º 3

    Decreto Regulamentar n.º 7/2012de 18 de janeiro de 2012

    No âmbito do Compromisso Eficiência, o XIX Governo Constitucional determinou as linhas geraisdo Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), afirmando que o primeiro e maisimportante impulso do Plano deveria ser, desde logo, dado no processo de preparação das leis orgânicasdos ministérios e dos respectivos serviços.

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por um lado, para o início de uma nova fase da reformada Administração Pública, no sentido de a tornar eficiente e racional na utilização dos recursos públicose, por outro, para o cumprimento dos objectivos de redução da despesa pública a que o país está vinculado.Com efeito, mais do que nunca, a concretização simultânea dos objectivos de racionalização das estruturasdo Estado e de melhor utilização dos seus recursos humanos é crucial no processo de modernização e deoptimização do funcionamento da Administração Pública.

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estrutura do Estado, no sentido de lhe dar umamaior coerência e capacidade de resposta no desempenho das funções que deverá assegurar, eliminandoredundâncias e reduzindo substancialmente os seus custos de funcionamento.

    No quadro das orientações definidas no PREMAC e dos objectivos do Programa do Governo,definiu-se como prioritário proceder a uma racionalização e redução das estruturas da AdministraçãoCentral do Estado, com aumento da eficiência da sua actuação e melhor utilização dos recursos

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 23

    humanos, tendo como referência mínima a redução de 15 % do número de cargos de dirigentes de nívelsuperior e intermédio. Com o novo quadro regulador da Secretaria-Geral do Ministério da DefesaNacional regista-se uma redução global de 19 % dos cargos de dirigentes, em concreto, a supressão deum lugar de direcção superior e de dois lugares de direcção intermédia.

    A Secretaria-Geral é um serviço central da administração directa do Estado, dotado de autonomiaadministrativa, com funções nos domínios do planeamento financeiro do Ministério da Defesa Nacional,da gestão de recursos humanos, financeiros e patrimoniais, do apoio técnico-jurídico e contencioso, dossistemas de informação e tecnologias de informação e comunicação e das áreas da organização, qualidadee modernização administrativa, e da comunicação, relações públicas e documentação.

    Com a presente regulamentação define-se a missão da Secretaria-Geral, as suas atribuições e o tipode organização interna, numa lógica que visa dotar os serviços com os meios necessários de forma apermitir-lhes responder eficazmente aos seus actuais desafios, adequando a estrutura à missão.

    O presente decreto regulamentar é, pois, enformado pelos princípios orientadores da organizaçãoe funcionamento dos serviços da administração directa do Estado, o que, face à opção por uma estruturaorganizacional hierarquizada, permite garantir a adaptação dos serviços às mudanças, em razão danatureza e exigências das actividades a desenvolver, por um lado, e da qualidade dos métodos de trabalhoe de organização, por outro, visando a racionalização dos meios, a eficiência da utilização dos recursospúblicos e a melhoria dos serviços prestados.

    Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 24.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, e nos termos da

    alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.ºNatureza

    A Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional (MDN), abreviadamente designada por SG,é um serviço central da administração directa do Estado dotado de autonomia administrativa.

    Artigo 2.ºMissão e atribuições

    1 — A SG tem por missão assegurar o apoio técnico e administrativo aos gabinetes dos membrosdo Governo integrados no MDN e aos demais órgãos e serviços nele integrados, no âmbito doaprovisionamento centralizado e do apoio técnico-jurídico e contencioso, bem como, excepto no que àsForças Armadas diz respeito, nos domínios da gestão de recursos internos, da documentação e dacomunicação e relações públicas, assegurando ainda o planeamento financeiro dos recursos essenciais aoMDN.

    2 — A SG prossegue as seguintes atribuições:

    a) Apoiar os gabinetes dos membros do Governo integrados no MDN, bem como osserviços centrais de suporte, comissões e grupos de trabalho, sem prejuízo da autonomiaadministrativa dos mesmos, no âmbito dos recursos humanos, financeiros, patrimoniais, técnicos ede informáticos;

    b) Assegurar o apoio técnico-jurídico e contencioso ao MDN, salvo o previsto na Lei Orgânicade Bases da Organização das Forças Armadas;

    c) Coordenar a elaboração do projecto de orçamento da defesa nacional, bem como a respectivaexecução financeira;

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série24

    d) Participar na elaboração das propostas de Lei de Programação Militar e de Lei deProgramação de Infra-Estruturas Militares, no que respeita às implicações de natureza orçamental, bemcomo acompanhar a respectiva execução financeira;

    e) Dar apoio técnico em matéria de formulação e acompanhamento da execução das políticas,das prioridades e dos objectivos dos serviços centrais de suporte do MDN;

    f) Apoiar a definição das principais opções em matéria orçamental, proceder à elaboração edisponibilização dos instrumentos de planeamento integrado, assegurando a articulação entre os instrumentosde planeamento, de previsão orçamental, de reporte e de prestação de contas;

    g) Preparar os elementos de informação relativos à avaliação do cumprimento dos objectivosplaneados e aprovados, identificando desvios, definindo os factores críticos de sucesso e propor medidasde correcção dos desvios no âmbito do planeamento;

    h) Promover, no âmbito dos serviços centrais de suporte do MDN, a aplicação das medidas depolítica de organização e de recursos humanos definidas para a Administração Pública, coordenando eapoiando os serviços e organismos na respectiva implementação;

    i) Assegurar, nos termos da legislação em vigor, o financiamento de acções, através da atribuiçãode subsídios e da efectivação de transferências no âmbito dos programas a desenvolver pelo MDN;

    j) Assegurar o tratamento dos processos de arrecadação de receita e de realização de despesa;l) Promover uma política eficaz de comunicação e assegurar o serviço de relações públicas e

    protocolo do MDN, em articulação com os demais serviços e organismos;m) Promover boas práticas de gestão de documentos e organizar e manter o sistema de arquivo

    geral e um serviço de documentação dos serviços centrais de suporte do MDN;n) Coordenar as actividades relativas à aquisição, compra e arrendamento de instalações,

    equipamentos, serviços e obras de construção, adaptação, reparação e conservação no âmbito dosserviços centrais de suporte e controlar a sua execução;

    o) Garantir a produção de informação estatística adequada no quadro do sistema estatísticonacional, nomeadamente a obtenção e o fornecimento de indicadores de desempenho financeiro dosserviços que apoia;

    p) Assegurar as funções de unidade ministerial de compras.3 — À SG compete, ainda, implementar uma política integradora para toda a área dos sistemas de

    informação (SI) e tecnologias de informação e comunicação (TIC) no universo da defesa nacional,competindo-lhe coordenar os SI/TIC e administrar os SI/TIC de gestão, sem prejuízo da atribuição àsForças Armadas da definição dos requisitos operacionais e técnicos, da segurança e da gestão dossistemas de comando e controlo militares, exercendo as seguintes competências:

    a) Elaborar e propor as orientações para a integração de SI/TIC da defesa nacional, emcolaboração com a estrutura das Forças Armadas;

    b) Coordenar as actividades de SI/TIC no universo da defesa nacional, garantindo a suaarticulação com os sistemas de informação de comando e controlo militares, e exercer as competênciasde entidade de coordenação sectorial;

    c) Conceber, desenvolver e administrar os sistemas de informação de gestão e garantir a suaqualidade e segurança;

    d) Assegurar a administração da infra-estrutura tecnológica partilhada que suporta os sistemasde informação de gestão, bem como o apoio centralizado aos seus utilizadores.

    Artigo 3.ºCentralização de funções e de actividades comuns

    1 — A SG assegura a prestação de serviços comuns, no âmbito da gestão dos recursos com osserviços do MDN, sem prejuízo das competências legais dos dirigentes máximos dos serviços destinatários,designadamente nas áreas seguintes:

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 25

    a) Recursos humanos, formação e aperfeiçoamento profissional, organização e modernizaçãoadministrativa;

    b) Consultadoria jurídica e contencioso administrativo;c) Gestão financeira, patrimonial e aquisição de bens e serviços;d) Documentação, arquivo, comunicação, informação e relações públicas;e) Sistemas e tecnologias de informação e comunicação.

    2 — Os serviços participantes e as formas como se concretiza a prestação de serviços comuns aque se refere o número anterior são definidos por despacho do membro do Governo responsável pela áreada defesa nacional.

    Artigo 4.ºÓrgãos

    A SG é dirigida por um secretário-geral, coadjuvado por um secretário-geral-adjunto, cargos dedirecção superior de 1.º e 2.º graus, respectivamente.

    Artigo 5.ºSecretário-geral

    1 — Sem prejuízo das competências que lhe forem conferidas por lei ou que nele sejam delegadasou subdelegadas, compete ao secretário-geral:

    a) Exercer, de harmonia com a lei e com as orientações do ministro, a representação do MDN;b) Coordenar a actividade dos serviços do MDN nas matérias de gestão comum que estão

    confiadas à SG, promovendo a elaboração de instruções e acompanhando os procedimentos adequadosao bom funcionamento dos serviços;

    c) Exercer as funções de oficial público nos actos e contratos em que participem comooutorgantes os membros do Governo.

    2 — O secretário-geral-adjunto exerce as competências que lhe sejam delegadas ou subdelegadaspelo secretário-geral, competindo-lhe substituí-lo nas suas faltas e impedimentos.

    Artigo 6.ºTipo de organização interna

    A organização interna da SG obedece ao modelo de estrutura hierarquizada.

    Artigo 7.ºReceitas

    1 — A SG dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas no Orçamento do Estado.2 — A SG dispõe ainda das seguintes receitas próprias:

    a) As quantias cobradas pela prestação de serviços no âmbito das suas atribuições;b) O produto de venda de publicações e de trabalhos por si editados;c) Os subsídios, subvenções e comparticipações de entidades públicas e privadas;d) O rendimento de bens que possua a qualquer título;e) Quaisquer receitas que por lei, contrato ou outro título lhe sejam atribuídas.

    3 — As quantias cobradas pela SG são fixadas e periodicamente actualizadas por despacho dosmembros do Governo responsáveis pelas áreas da defesa nacional e das finanças, tendo em atenção os

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série26

    meios humanos e materiais mobilizados em cada caso, podendo ainda ser tidos em conta os custosindirectos de funcionamento.

    Artigo 8.ºDespesas

    Constituem despesas da SG as que resultem de encargos decorrentes da prossecução dasatribuições que lhe estão cometidas.

    Artigo 9.ºMapa de cargos de direcção

    Os lugares de direcção superior de 1.º e 2.º grau e de direcção intermédia de 1.º grau constam domapa anexo ao presente decreto regulamentar, do qual faz parte integrante.

    Artigo 10.ºNorma revogatória

    É revogado o Decreto Regulamentar n.º 19/2009, de 4 de Setembro.

    Artigo 11.ºEntrada em vigor

    O presente decreto regulamentar entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Novembro de 2011. — Pedro PassosCoelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar — José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

    Promulgado em 5 de Janeiro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 9 de Janeiro de 2012.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 9.º)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designação dos cargos dirigentes Qualificação dos cargos dirigentes Grau Número de lugares

    Secretário-geral ........................................ Direcção superior .................................... 1.º 1

    Secretário-geral-adjunto ........................... Direcção superior .................................... 2.º 1

    Director de serviços ................................ Direcção intermédia ................................. 1.º 7

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 27

    III — DESPACHOS

    Ministérios das Finanças e da Defesa Nacional

    Despacho n.º 101/2012de 23 de Dezembro de 2011

    Considerando que a política de modernização das Forças Armadas prossegue objectivos de reorganizaçãodas suas instalações militares, de modo a garantir elevados padrões de eficácia e eficiência, alcançados, também,com o reaproveitamento do património excedentário ou inadequado afecto à Defesa Nacional;

    Considerando que a rentabilização dos imóveis, disponibilizados pelo reajustamento do dispositivomilitar, visa gerar meios que possibilitem a melhoria das condições de operacionalidade requeridas pelasmissões das Forças Armadas, nomeadamente através da concentração de infra-estruturas em zonasadequadas, libertando assim os espaços urbanos que, pelas suas características, se revelam inadequadosà função militar;

    Considerando que o PM 95/Oeiras, designado por «Quartel da Bateria do Carrascal ou deLinda-a-Velha», se encontra disponibilizado, fazendo parte da lista dos prédios susceptíveis de rentabilizaçãono quadro da Lei de Programação de Infra-Estruturas Militares, aprovada pela Lei Orgânica n.º 3/2008,de 8 de Setembro, com os inerentes benefícios e contributo para a gestão do património do Estado afectoà Defesa Nacional;

    Considerando que, não obstante o imóvel se encontrar disponibilizado, íntegra o domínio públicomilitar e que a transferência de propriedade torna necessária a desafectação daquele domínio;

    Considerando, finalmente, que conforme o disposto no n.º 1 do artigo 5.º da Lei Orgânica n.º 3/2008,de 8 de Setembro, a desafectação do domínio público militar é feita por despacho dos membros do Governoresponsáveis pelas áreas das finanças e da defesa nacional.

    Assim, nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 5.º da Lei Orgânica n.º 3/2008, de 8 de Setembro,determina-se:

    1. A desafectação do domínio público militar e a integração no domínio privado do Estado,afecto ao Ministério da Defesa Nacional, do PM 95/Oeiras, designado por «Quartel da Bateria doCarrascal ou de Linda-a-Velha», freguesia de Linda-a-Velha, concelho de Oeiras, com a área de20 536,614 m2, inscrito sob o artigo matricial urbano P 2374 da freguesia de Linda-a-Velha, eparcialmente descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Oeiras sob os n.os 6 116/981 013,6 117/981 013, 6 130/981 119, 6 131/981 119, 6 132/981 119 e 6 133/981 119, da freguesia de Carnaxide,com vista à sua posterior alienação.

    2. A cessação da dominialidade faz caducar as servidões respectivas, nos termos do § 2.º da Lein.º 2 078, de 11 de Julho de 1955.

    O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar. — O Ministro da DefesaNacional, José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

    Despacho n.º 102/2012de 23 de Dezembro de 2011

    Tendo em conta os objectivos de reorganização e de requalificação das infra-estruturas militaresprosseguidos pela política de modernização das Forças Armadas, de modo a garantir elevadospadrões de eficácia e eficiência e a assegurar o cumprimento das suas missões, a Lei de Programaçãodas Infra-Estruturas Militares, aprovada pela Lei Orgânica n.º 3/2008, de 8 de Setembro, consagrou oregime de programação da gestão dos imóveis afectos à Defesa Nacional.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série28

    No desenvolvimento do regime aí estabelecido o Decreto-Lei n.º 219/2008, de 12 de Novembro,definiu o universo de imóveis que são disponibilizados para rentabilização nos termos previstos na Lei deProgramação das Infra-Estruturas Militares e em obediência aos critérios de gestão, definidos no seuartigo 7.º, de modo a maximizar o aproveitamento das vantagens a realizar.

    Considerando que foi desafectado do domínio público militar o PM 95/Oeiras, designado por«Quartel da Bateria do Carrascal ou de Linda-a-Velha», freguesia de Linda-a-Velha, concelho deOeiras, com a área de 20 536,614 m2, inscrito sob o artigo matricial urbano P 2 374 da freguesia deLinda-a-Velha, e parcialmente descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Oeiras sob osn.os 6 116/981 013, 6 117/981 013, 6 130/981 119, 6 131/981 119, 6 132/981 119 e 6 133/981 119, dafreguesia de Carnaxide.

    Considerando que a ESTAMO — Participações Imobiliárias, S.A., faz parte do grupo SAGESTAMOque pertence ao sector empresarial do Estado e está vocacionado para encontrar soluções para aumentaro valor de mercado dos bens imóveis do Estado e outros entes públicos;

    Considerando que a alínea e) do n.º 2 do artigo 81.º do Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto,prevê que o Estado pode alienar os seus imóveis mediante ajuste directo, sempre que o adquirente pertençaao sector empresarial do Estado;

    Assim, nos termos do n.º 3 do artigo 6.º, da alínea a) do artigo 8.º e do n.º 1 do artigo 14.º da LeiOrgânica n.º 3/2008, de 8 de Setembro, determina-se o seguinte:

    1. Autorizar a venda por ajuste directo, à ESTAMO — Participações Imobiliárias, S. A., doPM 95/Oeiras, designado por «Quartel da Bateria do Carrascal ou de Linda-a-Velha», freguesia deLinda-a-Velha, concelho de Oeiras, freguesia de Linda-a-Velha, concelho de Oeiras, com a áreade 20 536,614 m2, inscrito sob o artigo matricial urbano P 2 374 da freguesia de Linda-a-Velha, eparcialmente descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Oeiras sob os n.os 6 116/981 013,6 117/981 013, 6 130/981 119, 6 131/981 119, 6 132/981 119 e 6 133/981 119, da freguesia de Carnaxide,mediante a compensação financeira de € 5 300 000 (cinco milhões e trezentos mil euros), ao abrigo daalínea e) do n.º 2 do artigo 81.º do Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto;

    2. A preparação e formalização do procedimento relativo à alienação, bem como a assinaturados instrumentos contratuais necessários cabem à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, nos termos don.º 2 do artigo 5.º da Lei Orgânica n.º 3/2008, de 8 de Setembro;

    3. O valor de € 5 300 000 (cinco milhões e trezentos mil euros) é afecto, na sua totalidade, àexecução da Lei de Programação das Infra-Estruturas Militares, de acordo com o n.º 1 do artigo 14.º daLei Orgânica n.º 3/2008, de 8 de Setembro, bem como as receitas provenientes da aplicação dosn.os 1 e 3 do artigo 16.º da referida Lei.

    O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar. — O Ministro da DefesaNacional, José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

    Ministério da Defesa Nacional

    Despacho n.º 2/2012de 11 de novembro de 2011

    Unidade de Ação Externa na Área da Defesa Nacional

    Considerando que a convergência de esforços no quadro do Ministério da Defesa Nacional, tendoem vista a unidade de ação externa do Estado, é um objetivo permanente no âmbito das relações externasde defesa;

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 29

    Considerando ainda a necessidade de haver uma cooperação estruturada de defesa com outrosEstados e organizações internacionais, envolvendo o planeamento, o desenvolvimento e a coordenação dasrelações externas de defesa, incluindo as atividades a desenvolver ao nível político-estratégico;

    Considerando também a necessidade de potenciar a concertação da ação externa do Ministério daDefesa Nacional, bem como o respetivo acompanhamento e ponderação da respetiva execução,procurando dispor, deste modo, dos necessários elementos de apoio à decisão político-estratégica;

    Tendo presente que a convergência de esforços entre os vários organismos e entidades não implicaa tutela de uns sobre os outros, mas a troca de informação, cooperação e, sobretudo, a harmonização dasdiferentes iniciativas, visando a otimização de ganhos para a Política de Defesa Nacional, determino:

    1. A implementação do Plano Anual de Ação Externa no âmbito da Defesa,2. Que o Plano de Ação Externa no Âmbito da Defesa estabeleça os princípios, orientações e

    prioridades da ação externa em conformidade com o quadro geral, em matéria de política externa, definidopelo Governo, indique os objetivos e prioridades a prosseguir e enumere as atividades a desenvolver.

    3. Que para a elaboração do Plano Anual se constituam como entidades de planeamento:

    a) O Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional;b) As Forças Armadas: EMGFA; Marinha; Exército; Força Aérea;c) Os Serviços Centrais de suporte:

    (1) Secretaria-Geral;(2) Inspeção-Geral da Defesa Nacional;(3) Direção-Geral de Política de Defesa Nacional;(4) Direção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar;(5) Direção-Geral de Armamento e Infra-estruturas de Defesa;(6) Instituto da Defesa Nacional;(7) Polícia Judiciária Militar.

    d) O Setor empresarial do Estado com atribuições no domínio da Defesa Nacional.

    4. Que a elaboração do Plano Anual de Ação Externa decorra no ano imediatamente anteriorao que o Plano respeita, utilizando-se a seguinte metodologia e calendarização:

    a) Até 01 de agosto, difusão pelo Ministro da Defesa Nacional da diretiva orientadora deplaneamento, abordando os objetivos a atingir e as prioridades a seguir para a ação externa, com vista apermitir identificar as atividades a constar do Plano;

    b) As entidades de planeamento, na sequência da diretiva orientadora, elaboram as respetivaslistas de atividades previstas para o ano seguinte no âmbito externo, procedendo, até 30 de setembro, aoseu envio para a DGPDN, que por sua vez as consolida numa lista única;

    c) Até 15 de outubro a DGPDN submete a despacho ao Ministro da Defesa Nacional umaproposta de Plano de Ação integrando as atividades a desenvolver no âmbito externo;

    d) Prosseguir uma adequada articulação e troca de informação com o Ministério dos NegóciosEstrangeiros e outros ministérios relevantes.

    5. Que para o Plano Anual de Ação Externa para 2012, face a condicionamentos de ordemtemporal, se adapte a calendarização do seguinte modo: Que a difusão da Diretiva Orientadora ocorra até11 de novembro de 2011; Que o envio da lista de atividades previstas decorra até 30 de novembro de 2011;Que a proposta de Plano Anual de Ação Externa seja submetida a despacho até 15 de dezembro de 2011.

    Este despacho revoga o despacho n.º 3 580/2011, de 10 de fevereiro de 2011, publicado no Diárioda República, 2.ª série, n.º 38, de 23 de fevereiro de 2011.

    O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/2012 1.ª Série30

    Despacho n.º 266/2012de 30 de dezembro de 2011

    1 — Nos termos do disposto nos artigos 35.º a 40.º do Código do Procedimento Administrativo,aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lein.º 6/96, de 31 de janeiro, delego no Chefe do Estado-Maior do Exército, General Artur Neves PinaMonteiro, a competência para:

    a) Autorizar a realização de exercícios de instrução e preparação das forças constantes dosplanos gerais do Exército devidamente orçamentados, nos termos do disposto na alínea s) do n.º 3 doartigo 14.º da Lei Orgânica n.º 1-B/2009, de 7 de julho, publicada no Diário da República, 1.ª série,n.º 138, de 20 de julho de 2009;

    b) Licenciar obras em áreas na sua direta dependência, sujeitas a servidão militar, nos termosdo disposto na alínea t) do n.º 3 do artigo 14.º da Lei Orgânica n.º 1-B/2009, de 7 de julho;

    c) Autorizar, no âmbito do respetivo ramo, após prévia concordância do Ministro da DefesaNacional, os processamentos relativos a deslocações em missão oficial ao estrangeiro.

    2 — Delego ainda no Chefe do Estado-Maior do Exército, General Artur Neves Pina Monteiro, acompetência para autorizar despesas:

    a) Com locação e aquisição de bens e serviços até € 1 246 994,70, de acordo com o previsto naalínea c) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho;

    b) Com empreitadas de obras públicas até € 1 246 994,70, de acordo com o previsto nosartigos 343.º e seguintes do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, que aprova o Código dos ContratosPúblicos, e na alínea c) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho;

    c) Relativas à execução de planos ou programas plurianuais legalmente aprovados até€ 1 246 994,70, de acordo com o previsto na alínea c) do n.º 3 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 197/99,de 8 de junho;

    d) Com indemnizações a terceiros, resultantes de decisão judicial ou de acordo com oindemnizado, decorrentes de acidentes em serviço ocorridos no âmbito do Exército.

    3 — As autorizações de despesas superiores a € 299 278,74, relativas a construções e grandesreparações, ficam sujeitas à prévia concordância do Ministro da Defesa Nacional, sem prejuízo deposteriores determinações quanto à coordenação de outras despesas relativas a equipamento e materialmilitar, no âmbito das diretivas sobre a execução do orçamento da defesa.

    4 — Autorizo a subdelegação das competências referidas nos n.os 1 e 2 no Vice-Chefe doEstado-Maior do Exército e nos oficiais generais que, na direta dependência do Chefe do Estado-Maiordo Exército, desempenhem funções de comando, direção ou chefia.

    5 — São ratificados todos os atos praticados pelo Chefe do Estado-Maior do Exército compreendidos noâmbito da presente delegação desde o dia 19 de dezembro de 2011 até à entrada em vigor do presente despacho.

    O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Correia de Aguiar-Branco.

    Chefe do Estado-Maior do Exército

    Despacho n.º s/nde 24 de novembro de 2011

    Louvo o Batalhão de Comandos do extinto Comando Territorial Independente da Guiné, pela formaaltarnente meritória como ao longo dos anos de 1972 e de 1973, desenvolveu uma intensíssima actividade

  • ORDEM DO EXÉRCITO N.º 01/20121.ª Série 31

    operacional, demonstrando sempre em todas as circunstancias um inexcedível valor a par de umaagressividade, tenacidade, audácia e coragem permanentes.

    Constituído pelas 1.ª , 2.ª e 3.ª Companhias de Comandos, que operaram quase sempre emconjunto, o Batalhão de Comandos do extinto Comando Territorial Independente da Guiné denotouelevada preparação técnica e táctica, grande espirito de corpo, camaradagem e total confiança entretodos os seus elementos, bem evidenciados nas operações em que esteve envolvido, merecendoespecial destaque as seguintes: “Safira Encarnada”, na região de Naga/Biamba (08/11Nov1972);“Dalila”, na região de Campada (04Dec1972) – 3.ª CCmds; “Empurra Tudo”, na região de Caboiana-Churo(20/22Dec1972); “Falcão Dourado”, na região de Cantanhez (14/21Jan 1973) – 2.ª/3.ª CCmds;“Topázio Cantante”, na região de Mores (21/28Jan1973); “Esmeralda Negra”, na região doSara/Changalanga (11/18Fev1973) – 1.ª/2.ª CCmds; “Empresa Títânica”, nas regiões deCubonge/Iaron/Fajoneiro/Mansoadé (28Fev/ 01Mar1973); “Gente Valorosa”, na região de CubongeMorés (de 05/07Mar1973) – 2.ª CCmds; “Canguru Impiedoso”, na região de Medina do Cantanhez(20/23Mar1973); «Ametista Real”, na região de Guidage/Bigene, (17/22Mai 1973).

    Unidade coesa, bem enquadrada e instruída, com grande facilidade de adaptação à forma deactuação do inimigo nas diferentes zonas do território, em todas as situações soube patentear o seu ardorbélico e força obtendo vitórias gloriosas que contribuirarn para o sucesso nas operações e para ocumprimento da missão que lhe estava confiada.

    Constituído por militares dotados de elevado espirito de missão, coragem, decisão, valentia, serenaenergia debaixo de fogo, iniciativa e sangue frio, características manifestadas em todas as acções de combate,o Batalhão de Comandos do extinto Comando Territorial Independente da Guiné é possuidor de brilhantíssimohistorial do qual sobressaem as baixas infligidas, o diverso material e documentação capturada, elementosimportantes para a redução da capacidade e para o conhecimento da organização do inimigo.

    Por tudo o que foi dito, pelo feito de armas de mérito excepcional, pelas vitórias gloriosamentealcançadas; é de realçar o Batalhão de Comandos do extinto Comando Territorial Independente da Guinépela sua brilh