ministÉrio da defesa exÉrcito brasileiro ...do exército, por meio da diretoria geral de pessoal,...

28
MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ARSENAL DE GUERRA DE SÃO PAULO (Arsenal de Guerra de São Paulo – 1957) PROJETO BÁSICO CREDENCIAMENTO DE ORGANIZAÇÕES CIVIS DE SAÚDE (OCS) E DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE AUTÔNOMOS (PSA) PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS VIGÊNCIA 60 MESES 1. OBJETO 1.1. Credenciamento, no Estado de São Paulo, de Organizações Civis de Saúde (OCS) e de Profissionais de Saúde Autônomos (PSA) para a prestação de serviços médicos de múltiplas especialidades, aos militares e dependentes que tiverem direito à assistência médico-hospitalar, nos termos da Lei nº 6.880, de 1980, e respectiva regulamentação. 2. JUSTIFICATIVA DO CREDENCIAMENTO 2.1. O credenciamento justifica-se pelos seguintes motivos: I. A assistência em serviços de saúde aos militares e seus dependentes configura verdadeira política pública destinada a tornar possível as competências constitucionais das Forças Armadas. Para tanto, ao Poder Público cabe prover grande rol de possibilidades de atendimento médico-hospitalar, em sentido amplo, visando a prevenir, tratar ou amenizar as diversas causalidades de saúde a que estão sujeitos os integrantes do Exército e seus familiares. Contudo, é cediço que há limitações materiais da Administração Pública em proporcionar, em sua completude, todos os serviços médicos demandados pelos destinatários da política pública. Assim, é mister alocar parte dessa demanda ao setor privado, ainda que de forma subsidiária. a. A prestação de assistência em saúde aos militares das Forças Armadas, em geral, e do Exército, em particular, pode ser considerada Política Pública. Segundo Maria Paula Dallari Bucci,“políticas públicas são programas de ação governamental visando a coordenar os meios à disposição do Estado e as atividades privadas, para a realização de objetivos socialmente relevantes e politicamente determinados.” Nesse sentido, retira-se da própria Constituição Federal o fundamento de validade de ações do Poder Público referentes a promoção de saúde no âmbito das Forças Armadas.

Upload: others

Post on 29-Mar-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

ARSENAL DE GUERRA DE SÃO PAULO(Arsenal de Guerra de São Paulo – 1957)

PROJETO BÁSICO

CREDENCIAMENTO DE ORGANIZAÇÕES CIVIS DE SAÚDE (OCS) E DE PROFISSIONAISDE SAÚDE AUTÔNOMOS (PSA) PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS

VIGÊNCIA 60 MESES

1. OBJETO

1.1. Credenciamento, no Estado de São Paulo, de Organizações Civis de Saúde (OCS) ede Profissionais de Saúde Autônomos (PSA) para a prestação de serviços médicos demúltiplas especialidades, aos militares e dependentes que tiverem direito à assistênciamédico-hospitalar, nos termos da Lei nº 6.880, de 1980, e respectiva regulamentação.

2. JUSTIFICATIVA DO CREDENCIAMENTO

2.1. O credenciamento justifica-se pelos seguintes motivos:

I. A assistência em serviços de saúde aos militares e seus dependentes configuraverdadeira política pública destinada a tornar possível as competênciasconstitucionais das Forças Armadas. Para tanto, ao Poder Público cabe prover granderol de possibilidades de atendimento médico-hospitalar, em sentido amplo, visando aprevenir, tratar ou amenizar as diversas causalidades de saúde a que estão sujeitos osintegrantes do Exército e seus familiares. Contudo, é cediço que há limitaçõesmateriais da Administração Pública em proporcionar, em sua completude, todos osserviços médicos demandados pelos destinatários da política pública. Assim, é misteralocar parte dessa demanda ao setor privado, ainda que de forma subsidiária.a. A prestação de assistência em saúde aos militares das Forças Armadas, em geral,

e do Exército, em particular, pode ser considerada Política Pública. SegundoMaria Paula Dallari Bucci,“políticas públicas são programas de açãogovernamental visando a coordenar os meios à disposição do Estado e asatividades privadas, para a realização de objetivos socialmente relevantes epoliticamente determinados.” Nesse sentido, retira-se da própria ConstituiçãoFederal o fundamento de validade de ações do Poder Público referentes apromoção de saúde no âmbito das Forças Armadas.

Page 2: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

b. Em seu artigo 142, transcrito a seguir, a Carta Magna define as Forças Armadas eindica qual sua função.

“Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército epela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares,organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridadesuprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, àgarantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, dalei e da ordem.§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas naorganização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.”

c. Nesse dispositivo constitucional, percebe-se que o Poder Constituinte atribuiu àsForças Armadas o qualitativo de permanentes. Infere-se, em primeiro lugar, queas missões elencadas no mesmo dispositivo - defesa da Pátria, garantia dospoderes e da lei e da ordem- têm caráter ininterrupto, quer dizer, não-temporárias. Ou seja, enquanto a Constituição estiver em vigor, ao Exército, àMarinha e à Aeronáutica cabem executá-las. Adicionalmente, até em decorrênciada primeira inferência, as três Forças devem estar sempre em prontidão. Assim,decorre do texto constitucional o dever da Administração de manter as ForçasArmadas em condições de atuação, do qual é espécie desse dever a assistênciamédico-hospitalar. Ademais, a Constituição também indica, no mesmo artigo 142em seu parágrafo primeiro, como deve-se dar a regulamentação: por leicomplementar.

d. Em vista disso, a Lei 6.880/1980 (Estatuto dos Militares), que foi recepcionadapelo Ordenamento Jurídico atual, trata justamente da organização, do preparo(que é mais importante para o objetivo desta justificativa) e do emprego. Maisespecificamente, no artigo 50 - transcrito abaixo - a lei trata diretamente sobreassistência em saúde.

“Art. 50. São direitos dos militares:(...) IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação eregulamentação específicas:(...) e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assimentendida como o conjunto de atividades relacionadas com a prevenção,conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionaismédicos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, aaplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e paramédicosnecessários;”

e. Dois apontamentos são importantes sobre o artigo 50 do Estatuto dos Militares.Em primeiro lugar, pela norma do inciso IV deste artigo, a execução da PolíticaPública deve ser condicionada e limitada por norma infralegal. Segundo, a alínea“e” do inciso IV do artigo 50 desta lei - que define assistência médico-hospitalar- trata da abrangência do serviço de saúde. Infere-se tanto que os serviços desaúde devem ser ofertados não só para militares como também para seusdependentes quanto que a assistência médico-hospitalar deve abranger o máximode especialidades médicas e paramédicas demandadas pelos destinatários da

Page 3: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

política pública, indicada expressão demais atos médicos e paramédicosnecessários.

f. No mesmo sentido, a Lei 92512/1986, que estabelece normas, condições deatendimento e indenizações para a assistência médico-hospitalar ao militar e seusdependentes, define a assistência médico-hospitalar, em seu artigo 3º, inciso III,como segue:

“ (...) Art. 3º Para os efeitos deste decreto, serão adotadas as seguintesconceituações:(...) III - Assistência Médico-Hospitalar - é o conjunto de atividadesrelacionadas com a prevenção de doenças, com a conservação ourecuperação da saúde e com a reabilitação dos pacientes, abrangendo osserviços profissionais médicos, odontológicos e farmacêuticos, ofornecimento e a aplicação de meios, os cuidados e os demais atos médicos eparamédicos necessários;”

g. Do exposto, verifica-se que a prestação de serviços de saúde a militares e seusdependentes configura-se como verdadeira Política Pública que tem comoobjetivo permitir a realização plena das missões constitucionais das ForçasArmadas, na medida em que a saúde dos integrantes desta instituição do Estado écondição necessária para cumpri-las. Contudo, o Poder Legislativo já impôsalgumas condições e limitações à execução da prestação do serviço de saúde noâmbito das Forças Armadas. Nesse sentido, o Poder Executivo procurouregulamentar tal execução. É do que trata a próxima seção deste documento.

II. O Regime Jurídico do tema, contudo, estabelece certas limitações à prestação doserviço:a. A Lei 92512/86, citada alhures, definiu os contornos gerais da prestação da

assistência médico-hospitalar no âmbito das Forças Armadas, relegando algumasdecisões ao Órgão de Comando de cada Força. Logo de início, a Lei abre apossibilidade de o setor privado prestar tal assistência, a depender da prioridadedada pelo “Ministério Militar” - hoje o Comando da Força Armada. É o que seinfere da leitura do inciso IV e do parágrafo 1º, do artigo 2º do dispositivo legal,abaixo transcrito:

“(...) Art. 2º A assistência médico-hospitalar, a ser prestada ao militar e seusdependentes, será proporcionada através das seguintes organizações desaúde:(...) IV - do meio civil, especializadas ou não, oficiais ou particulares,mediante convênio ou contrato;(...) §1º O estabelecimento de prioridade para a utilização das organizaçõesde que trata este artigo será regulamentado em cada Ministério Militar,observado o disposto neste decreto.”

b. No mesmo sentido, o artigo 5º desta lei endossa essa possibilidade e lhe dácaráter subsidiário à prestação do serviço por Órgão Interno:

“(...) Art. 5º. Nas localidades onde não houver organização de saúde de seuMinistério, o militar e seus dependentes terão assistência médico-hospitalar

Page 4: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

proporcionada por organização congênere de outra Força Singular, quandoencaminhados por autoridade competente. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo aos casos em que, mesmoexistindo organização de saúde de seu Ministério, existam razões especiais,relativas à carência de recursos médico-hospitalares ou a situações deurgência, que justifiquem o atendimento em organização de saúde que não ada própria Força (...)”

c. Ademais, o inciso IV do artigo 2, outrora citado, define que o vínculo com osetor privado dar-se-á por convênio ou contrato. O artigo 20º da referida Leicorrobora esta determinação e ainda estabelece a finalidade destes instrumentos:

“Art. 20. Os Ministérios Militares, através de seus órgãos competentes,poderão celebrar convênios ou contratos com entidades públicas, compessoas jurídicas de direito privado ou com particulares, respectivamente,para:I - prestar assistência médico-hospitalar aos seus beneficiários naslocalidades onde não existam organizações de saúde das Forças Armadas;II - complementar os serviços especializados de suas organizações militaresde saúde;lII - outros fins, a critério dos respectivos Ministérios.”

d. Portanto, percebe-se o caráter subsidiário que a Lei determina ao papel do setorcivil em relação à prestação da assistência em saúde por órgãos internos daspróprias Forças Armadas.

e. É assim que, dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei 92512/86, o Comandodo Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048-DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras para a AssistênciaMédico-Hospitalar aos Beneficiários do Fundo de Saúde do Exército - IR 30-38).A norma infralegal determina que os atendimentos aos militares dar-se-ão,prioritariamente, na Unidade Atendente e que o encaminhamento do caso aosetor civil poderá acontecer como uma expansão do atendimento, mediantetriagem da Unidade Atendente:

“(...) Art. 5º O atendimento ao beneficiário do FuSEx será realizado,prioritariamente, em UAt, nos termos destas IR. (...) § 3º Como extensão do atendimento, o beneficiário do FuSEx poderá serencaminhado para OCS e PSA, conforme previsto no capítulo II deste título. (...) Art. 6º A UAt deve definir, por meio de triagem, se o atendimento serárealizado na própria UAt, em outra UAt, em OCS ou por PSA.”

f. Em conformidade à Lei 9152/86, a portaria, em seu artigo 3º, inciso X, defineencaminhamento, ou seja, a possibilidade de participação do setor civil naassistência médico-hospitalar, como sendo a transferência autorizada deatendimento, quando houver impossibilidade ou limitação do atendimento pelasUnidades Atendentes (UAt) e o estado do paciente não recomendar que aguardevaga. Vê-se claramente que o legislador procurou atender o princípioconstitucional da Administração da economicidade, inscrito no artigo 37, caput,da Carta brasileira. No mesmo sentido, o artigo 13 desta Portaria estabelece aprioridade no encaminhamento, conforme segue:

Page 5: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

“Art. 13. O beneficiário do FuSEx poderá ser encaminhado por autoridadecompetente para ser assistido por outra OMS, OCS ou PSA, quando houverimpossibilidade ou limitação ao atendimento pela UAt e o estado dopaciente não recomendar que aguarde vaga, de acordo com a seguinteprioridade: I - outra OMS do Exército; II - OMS do Ministério da Defesa (MD) ou de outra Força Armada; e III - OCS ou PSA conveniados ou contratados.”

g. Logo, verifica-se que é plenamente possível a participação do setor privado naassistência médico-hospitalar dos militares, conquanto sejam impostas certascondições de ordem material, como a impossibilidade ou limitação dos meiosofertados pela Força Armada.

III. A forma mais adequada, do ponto de vista legal, de efetivar tal alocação ao setorprivado da economia é a contratação por inexigibilidade licitatória. Para tanto, énecessário credenciar por meio de edital, a depender de certos parâmetros, oseventuais prestadores de serviço de saúde dispostos a preencher a lacuna deixadapela incapacidade da Administração em ofertar plenamente a assistência médico-hospitalar, em sentido amplo. É nesse sentido, que este instrumento pretendejustificar a necessidade de elaboração de edital de credenciamento de prestadores deserviço de saúde.a. A Lei 91512/86 estabeleceu que o vínculo entre os prestadores privados de

serviços de saúde e as Forças Armadas seria por convênio ou contrato. Em umaanálise superficial é cabível concluir que todos os vínculos dar-se-iam porlicitação, nos termos da Leis 8666/93 (Lei Geral de Licitação). Contudo, o temaexige um estudo algo mais complexo.

b. É princípio da Administração Pública que todo vínculo contratual com terceirosdeve ser precedido de licitação. Contudo, a Lei 8.666/93 estabelece certassituações quando o dever de licitar é afastado. Sobre este ponto, destaca-se anorma do artigo 25 desta mesma lei, que reza:

“(...) Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade decompetição, em especial:”

c. No caso da prestação subsidiária de serviços de saúde para militares e seusdependentes, há inviabilidade de competição. Entretanto, esta inviabilidade nãose dá por características do mercado de saúde - que se aproxima de umaconcorrência imperfeita, um mercado competitivo, portanto. Ela se dá por causadas necessidades da Administração Pública, na medida em que é preciso que seforme ampla rede de credenciados que ofertem tais serviços. Ou seja, para estecaso, não é interessante restringir a quantidade de contratos. Se por um lado ainexigibilidade licitatória corroboraria com o princípio constitucional daeficiência, por outro não constrangeria o princípio do tratamento isonômico -ambos princípios que regem a atuação da Administração, inclusive quanto aorelacionamento com particulares.

d. Não é interessante restringir de forma definitiva o número de contratos por duasrazões. Do ponto de vista do escopo do serviço, limitar os credenciados

Page 6: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

significaria restringir diretamente o acesso dos militares e seus dependentes àassistência médico-hospitalar. Geograficamente, a Guarnição de Osasco/Baruerié responsável pelo atendimento de cerca de seis mil beneficiários do FuSExespalhados em diversos municípios da Grande São Paulo. Licitar, portanto, seriaimpor-lhes obstáculos maiores que a legislação já opõe a esses beneficiários bemcomo submeter-lhes a tratamento desigual quanto ao acesso à assistência, umavez que estes beneficiários estão dispersos geograficamente. Assim, oafastamento do dever de licitar vai ao encontro tanto da eficiência quanto daisonomia da execução da política pública em questão.

e. Ao mesmo tempo não há óbices à promoção de tratamento isonômico daAdministração para com os prestadores do serviço pelo setor privado. Para talpropósito basta que os eventuais contratados sejam submetidos às mesmasexigências, às mesmas regras, às mesmas condições e aos mesmos regimes deprecificação. Ademais, cabe prioritariamente ao beneficiário - e não àAdministração - escolher o estabelecimento no qual ele deseja ser atendido. É oque prescreve a norma do artigo 14, parágrafo 1º da Portaria Nr 048- DGP, de 28de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras para a Assistência Médico-Hospitalar aos Beneficiários do Fundo de Saúde do Exército - IR 30-38), aseguir:

“(...) Art. 14. A ampliação do atendimento dar-se-á por intermédio deconvênios e contratos firmados com OCS e PSA, obedecidas as normas emvigor. § 1º O beneficiário, quando encaminhado, poderá escolher a OCS ou o PSAque melhor lhe convier dentre os conveniados ou contratados, naespecialidade indicada para o seu atendimento. (...)”

f. Verifica-se, destarte, que, em contexto de pluralidade de eventuais prestadoresdos serviços e de indeterminação do número exato de contratos suficientes a fimde atender ao interesse público, resta configurada hipótese de inexigibilidade delicitação e, pois, de possibilidade de contratação direta pela Administração, paraa qual o credenciamento por chamamento público é instrumento hábil. Nestestermos Marçal Justen Filho explica que:

“Não haverá necessidade de licitação quando houver número ilimitado decontratações e (ou) quando a escolha do particular a ser contratado nãoincumbir à própria Administração. Isso se verifica quando uma alternativade contratar não for excludente de outras, de molde que todo o particularque o desejar poderá fazê-lo (...).Nas hipóteses em que não se verifica a excludência entre as contrataçõespúblicas, a solução será o credenciamento(...)O credenciamento envolve uma espécie de cadastro de prestadores deserviço ou fornecedores. O credenciamento é o ato pelo qual o sujeito obtéma inscrição de seu nome no referido cadastro.(...).Nas situações de ausência de competição, em que o credenciamento éadequado, a Administração não precisa realizar licitação. Sob certo ângulo,

Page 7: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

verifica-se inexigibilidade de licitação, por inviabilidade de competição. Naverdade, a inviabilidade de competição consiste, no caso, na ausência deexcludência entre os possíveis interessados.”

g. Assim, constata-se que a prestação de serviços de saúde a militares e seusdependentes configura-se como verdadeira Política Pública que tem comoobjetivo permitir a realização plena das missões constitucionais das ForçasArmadas, na medida em que a saúde dos integrantes desta instituição do Estado écondição necessária para cumpri-las. Política Pública da qual é plenamentepossível a participação do setor privado, conquanto devam ser observadas certascondições de ordem material - como a impossibilidade ou limitação dos meiosofertados pela Força Armadas - bem como de ordem formal - como a convocaçãopública por credenciamento que endosse critérios tendentes a promover aisonomia entre os plurais fornecedores.

IV. Por fim, a natureza do serviço em questão impõe certas qualificações:a. O tema encontra importância na perspectiva dada pela Lei de Licitações e

Contratos quanto ao regime de contratação a ser selecionada. A Lei 8666/93informa que serviços continuados podem ter duração prorrogada em até sessentameses. É o que se lê da norma do artigo 57, inciso II, daquela normativa, a saber:

“(...) Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita àvigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:(...) II. à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, quepoderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos comvistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para aadministração, limitada a sessenta meses;”

b. Contudo, a referida normativa não conceitua diretamente a natureza de umserviço contínuo. Assim, coube à doutrina, à jurisprudência e às normasinfralegais o papel de definir o alcance do termo, parametrizando-oconsensualmente entre as balizas da essencialidade e da habitualidade para oatingimento da finalidade da Administração Pública, no caso em tela, aassistência médico-hospitalar aos militares e seus dependentes.

c. Por essencialidade entende-se a necessidade de existência e, sobretudo, demanutenção do contrato sob pena de que eventual paralisia provoque prejuízo àatividade da Administração. Ora, trata-se de oferta de serviços de saúde cujademanda é, na maior parte dos casos, imprevisível. Ademais, embora seja umaoferta subsidiária - uma vez que há rede própria capaz de prestar assistência -, há,decerto, um limite cuja previsibilidade não está ao alcance da capacidadeperceptiva do agente público responsável. Assim, a eventual paralisia deassistência em serviços de saúde causaria prejuízo à atividade, e principalmente,dano provável, direto e vital aos beneficiários demandantes do serviço.

d. Já quanto a habitualidade é clara sua presença na assistência médica sobresponsabilidade do FuSEx. Basta constatar que as Forças Armadas sãoinstituições permanentes do Estado brasileiro e, portanto, seus integrantesdemandarão permanentemente serviços de saúde, cuja normas próprias atribuema responsabilidade da assistência sobre o Fundo de Saúde do Exército.

Page 8: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

e. Ainda, pela especificidade do objeto e pela necessidade de contratos de longoprazo, convém que a vigência do eventual contrato seja de 60 (sessenta) meses.i. Sendo o objeto a assistência em saúde, presume-se que seja uma demanda

constante. Além disso, dada a uniformização dos preços e dos serviços, nãofaz sentido limitar a execução do contrato no curto prazo, sobretudo quandose prevê medidas corretivas e de descredenciamento.

ii. A legislação ora em vigor, porém, impõe vigência máxima de 60 meses.iii. O contrato de longo prazo, por fim, confere certos benefícios essenciais à boa

execução contratual, tais como: possibilidade de aprendizado das contratadas, podendo, assim, ofertar

melhores resultados não só para os militares, mas para a sociedade comoum todo, promovendo, pois, o desenvolvimento nacional sustentável, tidoem seu sentido dilatado (não só econômico, como também, social);

possibilidade de construção de confiança entre o público-alvo docredenciamento e as prestadoras de serviço, elemento crucial paraassistência de saúde adequada; e

possibilidade de melhor coleta de dados, provocando subsequentemelhoria no processo de planejamento e execução dos Agentes daAdministração envolvidos no processo. Vale lembrar que planejamento eprocesso decisório adequado, neste caso, refere-se muitas vezes àproteção da vida do usuário, um valor-princípio estruturante em nossaCarta Magna.

f. Do exposto, conclui-se que a assistência médico-hospitalar aos militares e seusdependentes é política pública a ser executada sob o prisma do regime decontratação e serviços de natureza continuada, nos termos do artigo 57, inciso II,da Lei Geral de Licitações, alhures citada, com vigência de 60 (sessenta) meses, .

V. Para facilitar a compreensão das justificativas de credenciamento, segue conclusãoresumitiva do tema:a. A assistência médico-hospitalar aos militares e seus dependentes é política

pública que impõe ao Estado uma obrigação no intuito de garantir a execução dasmissões constitucionais das Forças Armadas;

b. Leis e regulamentos trataram de estabelecer certas condições a essa assistência,como:i. a participação do setor público se dá subsidiariamente às funções de órgãos

internos especializados das Forças Armadas;ii. esse vínculo com Organizações Civis de Saúde dar-se-á por convênio ou

contrato;c. Esse convênio ou contrato, para seguir os princípios da Constituição Federal de

1988, deve acontecer por meio de Credenciamento; d. Trata-se de serviços contínuos que, portanto, regem-se por termos específicos de

contratação segundo a Lei 8.666/93; ee. A vigência mais adequada para os eventuais contratos é de 60 (sessenta) meses.

3. RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

Page 9: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

3.1. As despesas para atender as contratações decorrentes do credenciamento estãoprogramadas em dotação orçamentária própria, conforme classificação abaixo:I. Beneficiários do FuSEx e seus dependentes: 05.301.2108.2004.0001;II. Servidores Civis: 05.301.0791.2004.0001III. Fator de Custo e SAMMED: 05.302.0637.2059.0001IV. Ex-Combatentes e seus dependentes: 05.302.2108.2065.0001.

4. ABRANGÊNCIA DO CREDENCIAMENTO

4.1. O credenciamento abrangerá as seguintes áreas geográficas municipais: I. São Paulo (Zona Oeste e Centro), Taboão da Serra, Carapicuíba, Jandira, Barueri,

Cotia, Embu, Itapevi, Santana do Parnaíba; e Vargem Grande Paulista.4.2. O credenciamento abrangerá as seguintes modalidades ou especialidades médicas:

I. atendimento médico ambulatorial, em diversas áreas do saber médico;II. atendimento médico-hospitalar em diversas áreas, inclusive pronto-socorro;III. atendimento odontológico;IV. atendimento oftalmológico;V. atendimento psicoterapêutico e fisioterapêutico, inclusive para assistência a

pacientes com necessidades especiais;VI. análise laboratorial e diagnóstico de imagens; eVII. assistência domiciliar (home care);

4.3. Detalhamento mais específico pode ser encontrado nas TABELAS REFERENCIAIS,em anexo.

4.4. O público-alvo do objeto desse edital contam 6.061 (seis mil e sessenta e um)beneficiários distribuídos sem uniformidade pelas áreas geográficas elencadas.I. Esporadicamente, podem ser atendidos cerca de 322.000 (trezentos e vinte e dois)beneficiários – número de vidas que fazem jus à cobertura do FuSEx como um todo;II. Em termos concretos, no ano de 2019, foram emitidas algo em torno de 13.000(treze mil) Guias de Encaminhamentos, injetando cerca de R$ 5.000.000 (cinco milhõesde reais) no mercado médico da região.

5. DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS

5.1.Os detalhamentos de todos os serviços e fornecimentos abrangidos pelo credenciamentoconstam das TABELAS REFERENCIAIS de remuneração dos serviços e dos preços dosinsumos e dos medicamentos, anexas a este Projeto Básico.

5.2.Especificamente nos processos de credenciamento para prestação de serviços deassistência médico-hospitalar, quanto ao fornecimento de medicamentos, aplicam-se asseguintes orientações:

a) Nos termos da Resolução CMED nº 03, de 04 de maio de 2009 e da OrientaçãoInterpretativa CMED nº 05, de 12 de novembro de 2009, entende-se que o Preço deFábrica deve ser o referencial teto;

Page 10: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

b) Entende-se também que os hospitais e clínicas não possuem a permissão paravenda de medicamentos, mas tão somente para prestação de serviços desaúde,mantendo em suas dependências dispensário de medicamento, ou umestabelecimento de dispensação ou de atendimento privativo para assistência médica;c) Sendo assim, os hospitais, quando prestam serviços que envolvam o fornecimentode medicamentos, como dispensários de medicamentos, não podem aplicar o PreçoMáximo ao Consumidor e também não podem aplicar qualquer margem nacomposição do repasse desse produto, tendo apenas o direito de obter do paciente oreembolso do valor pago pelo medicamento utilizado em ambiente hospitalar ouassemelhado.

6. IDENTIFICAÇÃO DO BENEFICIÁRIO6.1.Serão beneficiários dos serviços prestados no credenciamento:

I. Militares do Exército da ativa e da inativa, inclusive ex-combatentes (“pracinhas”), eseus dependentes legais;

II. Inativos e pensionistas do Exército;III. Servidores Civis vinculados ao Exército;

6.2. Os beneficiários serão identificados nessas categorias por meio:I. da identidade militar válida;II. do cartão FuSEx;III. de Declaração Provisória de Beneficiário; eIV. da Guia de Encaminhamento (GE).

7. FORMA DE ENCAMINHAMENTO DO BENEFICIÁRIO

7.1.As normas para encaminhamento dos beneficiários às Organizações Civis de Saúde(OCS) e Profissionais de Saúde Autônomos (PSA), em casos eletivos, são as seguintes:I. Todo atendimento deve se dar por meio da Guia de Encaminhamento, com validade

de no máximo 30 (trinta) dias, assinada por militar responsável;a. No ato do atendimento, a Guia deverá ser assinada pelo paciente e pelo médico

atendente;b. A Guia de Encaminhamento é pessoal e intransferível; assim não é possível o

atendimento de paciente não discriminado na Guia de Encaminhamento;c. A Guia de Encaminhamento é, ademais, emitida exclusivamente para uma OCS

determinada. Assim, não é possível o atendimento por meio de Guia destinada àempresa diferente.

II. No ato do atendimento, o beneficiário deverá portar identidade militar válida.a. É possível o atendimento sem a identidade militar, contanto que o beneficiário

apresente:i. Declaração provisória de beneficiário; ouii. Cartão FuSEx.

III. Ademais, é necessário apresentar pedido médico civil ou militar para realização dequalquer atendimento.

Page 11: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

7.2.As normas para encaminhamento dos beneficiários às Organizações Civis de Saúde(OCS) e Profissionais de Saúde Autônomos (PSA), em casos de urgência e emergência,são as seguintes:I. Portando identidade militar válida, o beneficiário do FuSEx deverá ser atendido em

casos de urgência e emergência;II. No prazo de 02 dias úteis, o beneficiário do FuSEx, ou responsável por ele, deverá

entregar Guia de Encaminhamento referente ao atendimento realizado;a. A OCS deverá entregar espelho do atendimento ao beneficiário, para permitir a

confecção da Guia de Encaminhamento;b. Semanalmente, a OCS deverá encaminhar para o e-mail

[email protected] relação contendo nome completo, número do Prec-CP,especificação do atendimento, valor do atendimento e confirmação do número daGE entregue, se houver.i. Essa relação servirá para abrir procedimento administrativo de apuração, caso

o beneficiário não entregue a GE. Em última análise, é fator de segurançapara que a CONTRATADA não seja prejudicada financeiramente;

c. Em casos que requeiram internação, a OCS deverá solicitar autorização, pelo e-mail [email protected], contendo relatório médico detalhado do caso.i. Em casos que a situação do paciente recomende pronta intervenção,

resguarda-se a OCS o prazo de duas horas para realizar a comunicação dofato, sem prejuízo da análise e eventual glosa da equipe de auditoria doFuSEx.

ii. Nos casos que requeiram maior nível de concertação, a OCS poderá realizarconferência telefônica com a equipe médica de prontidão no AGSP, pelotelefone (11) 4163-3257;

d. Qualquer caso que ocorra ao arrepio dessas normas não será financiada peloFuSEx, não cabendo a este qualquer responsabilidade, conforme legislação emvigor.

8. CONDIÇÕES DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

8.1.A prestação dos serviços observará as seguintes condições e procedimentos:I. Para atendimento médico ambulatorial, odontológico e oftalmológico:

a. Deverá ser seguido as normas do item 7.1 deste projeto básico;b. A qualidade do atendimento poderá ser avaliada pelo paciente, por formulário

próprio, o que pode acarretar sanções previstas neste projeto básico, sem prejuízopara eventuais responsabilizações judiciais;

c. É proibido a prescrição de exames em bloco;d. É igualmente proibido a prescrição de exames desnecessários ao tratamento do

beneficiário.i. Caso, em processo de auditoria, se constate indícios dessa prática, poderá

ensejar sanções previstas neste projeto básico, sem prejuízos para eventuaisresponsabilizações judiciais.

ii. No Termo de Adesão, a OCS deverá declarar se remunera seus profissionaispor exame prescrito.

Page 12: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

e. Todo atendimento deve conter um espelho detalhando os gastos realizados. i. O espelho deverá ser assinado pelo beneficiário;ii. O espelho deverá compor a fatura enviada ao FuSEx para fins de pagamento.

II. Para atendimento médico-hospitalar em diversas áreas, inclusive pronto-socorro;a. Deverá ser seguido as normas do item 7.2 deste projeto básico;b. A qualidade do atendimento poderá ser avaliada pelo paciente, por formulário

próprio, o que pode acarretar sanções previstas neste projeto básico, sem prejuízopara eventuais responsabilizações judiciais;

c. É proibido remoções para outros hospitais sem a autorização expressa da Equipede Auditoria do FuSEx;

d. Não será financiado pelo FuSEx os procedimentos discriminados em anexo(Anexo XI).

e. É reservado à seção FuSEx o direito de remover, com ambulância própria ou deterceiros, qualquer paciente das instalações da OCS para as instalações deHospital Militar:i. Caso a transferência não ocorra por vontade do beneficiário, o FuSEx não se

responsabilizará pelos gastos provenientes do atendimento.ii. Caso a transferência não ocorra por vontade não fundamentada da OCS, é

vedada a cobrança da conta ao beneficiário ou ao FuSEx.iii. É vedado a transferência para outra empresa sem o consentimento da OCS;

III. Para atendimento psicoterapêutico e fisioterapêutico, inclusive para assistência apacientes com necessidades especiais; e assistência domiciliar (Home Care):a. É necessário apresentar plano individual de tratamento para aprovação da Equipe

de Auditoria do FuSEx, contendo:i. Descrição detalhada do tratamento; estipulando obrigatoriamente o número

de seções;ii. Descrição dos materiais, equipamentos e medicamentos, previstos para o

tratamento;iii. Previsão de alta;iv. Orçamentação; ev. Assinatura dos profissionais que elaboraram o plano;

b. Qualquer alteração do plano individual de tratamento deverá ser informada eautorizada pela equipe de auditoria do FuSEx;

c. o Plano Individual de Tratamento deverá ser elaborado após consulta inicial;d. o Plano individual de Tratamento terá validade de no máximo trinta dias.

IV. análise laboratorial e diagnóstico de imagens; ea. Deverá ser seguido as normas do item 7.1 deste projeto básico.

9. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTAIS

9.1. O interessado deverá dispor dos equipamentos e/ou instrumentais previstos nasTABELAS REFERENCIAIS para a prestação dos serviços;

9.2. É proibido o uso de equipamentos e instrumentais previstos no anexo XII do ProjetoBásico.

Page 13: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

10. PRAZO E VIGÊNCIA DO EDITAL

10.1. O Edital de credenciamento vigorará por prazo indeterminado.

11. HABILITAÇÃO

11.1. O interessado deverá comprovar os requisitos pertinentes de habilitação jurídica,regularidade fiscal e trabalhista, qualificação econômico-financeira e qualificaçãotécnica, a seguir indicados.

11.2. Habilitação jurídica:I. Para a Organização Civil de Saúde (OCS):

a. Cédula de identidade ou documento equivalente do(s) representante(s) legal(is);b. No caso de empresário individual: inscrição no Registro Público de Empresas

Mercantis, a cargo da Junta Comercial da respectiva sede;c. No caso de sociedade empresária ou empresa individual de responsabilidade

limitada - EIRELI empresária: ato constitutivo, estatuto ou contrato social emvigor, devidamente registrado na Junta Comercial da respectiva sede,acompanhado de documento comprobatório de seus administradores;

d. No caso de sociedade simples ou empresa individual de responsabilidadelimitada – EIRELI simples: inscrição do ato constitutivo no Registro Civil dasPessoas Jurídicas do local de sua sede, acompanhada de prova da indicação dosseus administradores;

e. No caso de microempresa ou empresa de pequeno porte: certidão expedida pelaJunta Comercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso,que comprove a condição de microempresa ou empresa de pequeno porte, nostermos do artigo 3° da Instrução Normativa n° 36, de 03/03/2017, doDepartamento de Registro Empresarial e Integração - DREI;

f. No caso de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País: decretode autorização;

g. Alvará de funcionamento válido, expedido pela Prefeitura;h. Licença ou alvará sanitário válido, expedido pelo órgão de vigilância sanitária

competente;II. Para o Profissional de Saúde Autônomo (PSA):

a. Cédula de identidade ou documento equivalente; b. Certidão de quitação eleitoral, para fins de verificação da condição de

participação, nos termos do art. 7º, § 1º, III, do Código Eleitoral;c. Alvará de funcionamento válido, expedido pela Prefeitura, em seu nome e no

endereço onde se propõe a prestar o serviço, salvo se o estabelecimento já o tiver,quando este deverá ser apresentado;

d. Licença ou alvará sanitário válido, expedido pelo órgão de vigilância sanitáriacompetente, em seu nome e no endereço onde se propõe a prestar o serviço, salvose o estabelecimento já o tiver, quando este deverá ser apresentado;

11.3.Regularidade fiscal e trabalhista:I. Para a Organização Civil de Saúde (OCS):

a. Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

Page 14: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

b. Prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional efetuada medianteapresentação de certidão expedida conjuntamente pela Secretaria da ReceitaFederal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN),referente a todos os créditos tributários federais e à Dívida Ativa da União(DAU) por elas administrados (Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751, de 02 deoutubro de 2014 e alteração);

c. Prova de regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço(FGTS), por meio de apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS –CRF, emitido pela Caixa Econômica Federal;

d. Prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho,mediante a apresentação de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa,nos termos da Lei Federal nº 12.440/2011;

e. Prova de inscrição no cadastro de contribuintes municipal e/ou estadual,conforme o caso, relativo ao domicílio ou sede do interessado, pertinente ao seuramo de atividade e compatível com o objeto contratual;

f. Prova de regularidade com a Fazenda Municipal e/ou Estadual do domicílio ousede do licitante, conforme o caso;

II. Para o Profissional de Saúde Autônomo (PSA):a. Prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);b. Prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional efetuada mediante

apresentação de certidão expedida conjuntamente pela Secretaria da ReceitaFederal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN),referente a todos os créditos tributários federais e à Dívida Ativa da União(DAU) por elas administrados;

c. Prova de regularidade de inscrição e de recolhimento das contribuições doContribuinte Individual para com a Previdência Social, efetuada mediante aapresentação da Declaração de Regularidade de Situação do ContribuinteIndividual (DRS-CI), fornecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

d. Prova de regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço(FGTS) por meio de apresentação do Certificado de Regularidade do FGTS –CRF, emitido pela Caixa Econômica Federal;i. Caso o interessado pessoa física não seja empregador, deverá, em

substituição ao CRF, declarar tal fato.e. Prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho,

mediante a apresentação de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa,nos termos d nos termos da Lei Federal nº 12.440/2011.

f. Prova de inscrição no cadastro de contribuintes municipal e/ou estadual,conforme o caso, relativo ao domicílio ou sede do interessado, pertinente ao seuramo de atividade e compatível com o objeto contratual;

g. Prova de regularidade com a Fazenda Municipal e/ou Estadual do domicílio ousede do licitante, conforme o caso;

III. Caso o interessado faça jus ao tratamento favorecido da Lei Complementar nº 123,de 2006, deverá apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovaçãode regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição, sobpena de inabilitação.

Page 15: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

a. Constatada a existência de alguma restrição no que tange à regularidade fiscal, ointeressado será convocado para, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, comprovar aregularização. O prazo poderá ser prorrogado por igual período, a critério daadministração pública, quando requerida pelo interessado, mediante apresentaçãode justificativa.

b. Caso o interessado não comprove a regularização, será inabilitado.11.4.Qualificação econômico-financeira:

I. Para Organização Civil de Saúde (OCS):a. Certidão negativa de falência, expedida pelo distribuidor da sede da pessoa

jurídica;b. Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já

exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situaçãofinanceira da pessoa jurídica, vedada a sua substituição por balancetes oubalanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quandoencerrado há mais de 3 (três) meses da data do requerimento;i. No caso de pessoa jurídica constituída no exercício social vigente, admite-se

a apresentação de balanço patrimonial e demonstrações contábeis referentesao período de existência da sociedade;

ii. É admissível o balanço intermediário, se decorrer de lei ou contratosocial/estatuto social;

iii. Caso o interessado seja cooperativa, tais documentos deverão seracompanhados da última auditoria contábil-financeira, conforme dispõe o art.112 da Lei nº 5.764, de 1971, ou de uma declaração, sob as penas da lei, deque tal auditoria não foi exigida pelo órgão fiscalizador;

c. A comprovação da boa situação financeira da pessoa jurídica será constatadamediante obtenção de índices de Liquidez Geral (LG), Solvência Geral (SG) eLiquidez Corrente (LC) superiores a 1 (um), resultantes da aplicação dasfórmulas:

d. A pessoa jurídica que apresentar resultado inferior ou igual a 1 (um) em qualquerdos índices de Liquidez Geral (LG), Solvência Geral (SG) ou Liquidez Corrente(LC) deverá comprovar, considerados os riscos para a Administração, a critérioda autoridade competente, o patrimônio líquido mínimo equivalente a 5% (cincopor cento) do valor total estimado da contratação.

11.5.Qualificação TécnicaI. Para Organização Civil de Saúde (OCS):

a. Registro ou inscrição na entidade profissional competente do local onde osserviços serão prestados;

b. Para o responsável técnico da OCS:i. Cédula de identidade ou documento equivalente;

Page 16: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

ii. Registro ou inscrição na entidade profissional competente;iii. Comprovação da especialidade, caso exigível, mediante apresentação de

certificado ou título registrado no Conselho Regional competente;c. Relação de membros do corpo clínico, datada e assinada pelo responsável

técnico, contendo os seguintes dados:i. Nome completo;ii. Especialidade clínica;iii. Número de registro ou inscrição na entidade profissional competente;

d. Relação de equipamentos e instrumentais, conforme os padrões mínimosestabelecidos no Projeto Básico para a especialidade;

e. Relação de documentos e certificados de qualidade usados para categorização daOCS, conforme Projeto Básico;

II. Para Profissional de Saúde Autônomo (PSA):a. Registro ou inscrição na entidade profissional competente do local onde os

serviços serão prestados;b. Comprovação da especialidade, caso exigível, mediante apresentação de

certificado ou título registrado no Conselho Regional competente;c. Relação de equipamentos e instrumentais, conforme os padrões mínimos

estabelecidos no Projeto Básico para a especialidade;11.6.Declarações complementares:

I. Declaração de que inexistem fatos impeditivos para sua habilitação e de que seobriga a declarar, sob as penalidades legais, a superveniência de fato impeditivoposterior;

II. Declaração de que não emprega menor de 18 (dezoito) anos em trabalho noturno,perigoso ou insalubre, e não emprega menor de 16 (dezesseis) anos em qualquertrabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos, nos termosdo inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, conforme modelo do Anexo;

III. Declaração de que os serviços serão prestados por empresas que comprovemcumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência oupara reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidadeprevistas na legislação, conforme disposto no art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991,conforme modelo do Anexo;

11.7.Para as cooperativas: além dos demais documentos pertinentes de habilitação, asociedade cooperativa também deverá apresentar, conforme o item 10.5 do Anexo VII-Ada IN SEGES/MPDG nº 05, de 2017:I. Relação dos cooperados que atendem aos requisitos técnicos exigidos para a

contratação e que executarão o contrato, com as respectivas atas de inscrição e acomprovação de que estão domiciliados na localidade da sede da cooperativa,respeitado o disposto no inciso XI do art. 4°, inciso I do art. 21 e §§ 2º a 6º do art. 42da Lei nº 5.764, de 1971;

II. Declaração de regularidade de situação do contribuinte individual (DRSCI) de cadaum dos cooperados relacionados;

III. Comprovação do capital social proporcional ao número de cooperados necessários àprestação do serviço;

IV. Registro previsto no art. 107 da Lei nº 5.764, de 1971;

Page 17: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

V. Comprovação de integração das respectivas quotas-partes por parte dos cooperadosque executarão o contrato;

VI. Comprovação do envio do Balanço Geral e o Relatório do exercício social ao órgãode controle, conforme dispõe o art. 112 da Lei nº 5.764, de 1971;

VII. Ata de fundação;VIII.Estatuto social com a ata da assembleia que o aprovou;IX. Regimento dos fundos instituídos pelos cooperados, com a ata da assembleia que os

aprovou;X. Editais de convocação das três últimas assembleias gerais extraordinárias;XI. Três registros de presença dos cooperados que executarão o contrato em assembleias

gerais ou nas reuniões seccionais;XII. Ata da sessão que os cooperados autorizaram a cooperativa a contratar o objeto do

credenciamento.XIII.Na contratação de sociedades cooperativas, o Órgão deverá verificar seus atos

constitutivos, analisando sua regularidade formal e as regras internas defuncionamento, para evitar eventual desvirtuação ou fraude.

11.8.Os documentos exigidos para habilitação serão apresentados em original, por qualquerprocesso de cópia reprográfica, autenticada por tabelião de notas, ou por servidor daAdministração, desde que conferidos com o original, ou publicação em órgão daimprensa oficial.I. Não serão aceitos documentos com indicação de CNPJ/CPF diferentes, salvo aqueles

legalmente permitidos.II. Se o interessado for a matriz, todos os documentos deverão estar em nome da matriz,

e se o interessado for a filial, todos os documentos deverão estar em nome da filial,exceto aqueles documentos que, pela própria natureza, comprovadamente, forememitidos somente em nome da matriz.

III. Serão aceitos registros de CNPJ de interessado matriz e filial com diferenças denúmeros de documentos pertinentes ao CND e ao CRF/FGTS, quando forcomprovada a centralização do recolhimento dessas contribuições.

11.9.O interessado cadastrado no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores –SICAF poderá utilizar o referido cadastro para comprovar sua habilitação, ficando assimdispensado de apresentar os documentos relativos à habilitação jurídica, regularidadefiscal e trabalhista e qualificação econômico-financeira, abrangidos pelo referidocadastro, conforme disposto na Instrução Normativa SEGES/MP nº 3, de 2018.I. A Comissão de Credenciamento consultará o SICAF do interessado cadastrado, bem

como os sítios oficiais emissores de certidões, especialmente quando o interessadoesteja com alguma documentação vencida junto ao SICAF.

II. Caso a Comissão não logre êxito em obter a certidão correspondente através do sítiooficial, ou na hipótese de se encontrar vencida no referido sistema, o interessado seráconvocado a encaminhar documento válido que comprove o atendimento dasexigências deste edital, sob pena de inabilitação.

11.10. A Comissão de Credenciamento decidirá pelo deferimento ouindeferimento do credenciamento e comunicará ao interessado, por meio eletrônico.

12. PRAZO DE VIGÊNCIA DO CONTRATO

Page 18: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

12.1.O prazo de vigência do contrato é de 60 meses, nos termos do inciso II do artigo 57 daLei nº 8.666, de 1993, e Orientação Normativa AGU nº 38/2011.

13. REMUNERAÇÃO DOS PREÇOS CONTRATUAIS

13.1. A remuneração dos serviços e os preços dos insumos e medicamentos constarão nasTABELAS REFERENCIAIS e nos padrões de categorização, todos adotados edetalhados no Anexo do Projeto Básico e do Edital;

13.2.Na execução do contrato, o pagamento ao contratado corresponderá aos valoresprevistos nas TABELAS REFERENCIAIS adotadas pelo Órgão credenciador.

13.3.Em casos de não possibilidade de apresentação dos custos pelos métodos acimacitados, caberá a apresentação pela OCS de três orçamentos, do qual, após pesquisa demercado Administração pública , será selecionado o de menor custo. Ressalta-se que àAdministração reserva-se o direito de negociar os orçamentos, sempre na persecução doprincípio da economicidade.

14. REAJUSTES DAS TABELAS REFERENCIAIS14.1.Os valores das TABELAS REFERENCIAIS do Edital poderão ser reajustados,

observando-se o interregno mínimo de 1 (um) ano, contado a partir da data-base,conforme a disciplina dos artigos 2º e 3º da Lei nº 10.192, de 2001. I. Para as tabelas oficiais de entidades médicas, a data-base é aquela estipulada na

própria tabela pela respectiva entidade.II. Para as tabelas de valores pesquisados no mercado especializado (orçamento

próprio), a data-base é a data de publicação do aviso de Edital no Diário Oficial daUnião.

III. Assim, é possível a existência de prazos de reajustes distintos, de acordo com a data-base de cada tabela, sejam as tabelas oficiais de entidades médicas, sejam as tabelasde valores pesquisados no mercado especializado (orçamento próprio).

14.2.Para os reajustes subsequentes ao primeiro, o interregno de 1 (um) ano será contado apartir da data dos efeitos financeiros do reajuste anterior.

14.3.Os efeitos financeiros do reajuste terão início a partir da data-base de cada tabela,exceto se a própria tabela dispuser de forma distinta, desde que observada a anualidade.

14.4.O reajuste dos valores das TABELAS REFERENCIAIS será publicado no DiárioOficial da União, bem como, no sítio eletrônico do Órgão credenciador.

14.5.Para os valores das TABELAS REFERENCIAIS que não possuírem critério próprio dereajuste, será adotada a seguinte fórmula:I. Índice máximo: o estipulado pela ANS para reajuste dos planos de saúde;II. Índice mínimo: 3,25%III. Fórmula para:

a. Atendimento médico ambulatorial e terapêuticos: [índice máximo] - 5%

b. Atendimento médico-hospitalar e pacotes: [índice máximo] - 4%

c. Exames laboratoriais:

Page 19: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

[índice máximo] - 6%d. Exames de imagem:

[índice máximo] - 6%e. Assistência domiciliar:

[índice máximo] - 5%f. Materiais descartáveis:

[índice máximo] - 6%g. Dietas:

[índice máximo] - 7%h. OPMES:

Tabela própria atualizada anualmente conforme pesquisa de mercado;i. Remoções:

[índice máximo] – 8%

15. PAGAMENTO

15.1.O pagamento considerará o período de faturamento mensal, isto é, o intervalo entre oatendimento do beneficiário e a apresentação da fatura à equipe de auditoria deverá serde 30 (trinta) dias;I. Pode ocorrer paralisação do prazo por solicitação da OCS, devidamente motivada,

estipulando causa e prazo requerido.a. A solicitação deverá ocorrer até 05 dias antes do final do prazo.

15.2.A cada período de faturamento, o contratado apresentará as faturas correspondentespara verificação dos procedimentos de auditoria e lisura, nos seguintes termos:I. Apresentação da fatura in loco para a equipe de auditoria (casos de urgência e

emergência);a. Deverá ser marcado por procedimento próprio, de comum acordo entre as

responsáveis pela auditoria das partes, devendo, contudo, ser de no mínimo 3vezes ao mês;

b. As glosas apontadas deverão ser, na medida do possível, resolvidas durante aauditoria. Não sendo possível, por iniciativa da OCS, poderá ser encaminhadoprocesso de recurso de glosa.i. O recurso de glosa pode ser encaminhado, no prazo máximo de 10 dias, a

contar da data da visita de auditoria;ii. O recurso de glosa será resolvido pelo Chefe do FuSEx, em parecer

motivado, à luz deste edital. A solução do Chefe do FuSEx é irrecorrível porvias administrativas;

II. Envio da fatura auditada, por AR, à Seção FuSEx do Arsenal de Guerra de SãoPaulo:a. A fatura discriminará todas as informações pertinentes aos serviços prestados e

será acompanhada das guias de encaminhamento e do espelho da conta, ambosassinados pelo paciente e pelo médico atendente.i. É necessário que a conta possua capa, contendo, período de faturamento,

código alfanumérico de identificação da fatura, relação das guias deencaminhamento que compõem a fatura com seu respectivo valor;

Page 20: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

Caso haja divergência entre o valor da GE e o valor cobrado, a OCSdeverá destacar o fato;

As letras que comporão o código de identificação será fornecido pelaComissão de Credenciamento no parecer de aprovação do termo deadesão. Os números serão compostos por três dígitos e seguirão a ordemtemporal de remessa (Ex: HOSP001, para primeira remessa, HOSP002para segunda remessa, etc)

ii. As diversas faturas deverão ser classificadas por Plano Interno (PI), quecorresponde ao perfil do beneficiário do FuSEx. Os PI’s são classificados em:

1. FuSEx – principal plano interno, que identifica, em geral, os militarese seus dependentes;

2. PASS – para Servidores Civis;3. FC – isentos; e4. FC -Ex Cbt - “pracinhas”.

Os PI’s estarão em destaque na Guia de Encaminhamento vinculada aoatendimento;

Caso haja mistura entre PI’s no envio da fatura, ao FuSEx resguarda-se odireito de retorná-la à OCS, não iniciando, pois, o prazo de pagamentonormatizado neste item.

b. A fatura será processada pela Seção FuSEx no prazo máximo de 40 dias, a contardo recebimento da fatura;i. Se houver inconformidades, é resguardado o prazo de 20 dias, a contar do

recebimento da fatura, para que a seção FuSEx notifique a Contratada paraprovidências, paralisando o prazo de processamento da fatura, até solução danão conformidade. Se as inconformidades forem referentes a valores cobrados, o contratado

poderá apresentar recurso de glosa, no prazo de 10 dias, contados da datada comunicação, a ser decidido no prazo de 10 dias, para definição dovalor final da fatura. 1. Caso o contratado não apresente recurso nos prazos estipulados,

prevalecerão as glosas efetuadas pela Seção FuSEx.III. Emissão da Nota Fiscal

a. Após o processamento da fatura auditada e eventual recurso de glosa, o Órgãocredenciador autorizará a emissão da nota fiscal no valor final estabelecido pelosetor competente.i. A nota fiscal será emitida pelo contratado com os seguintes dados:

CNPJ da Contratada; CNPJ do Arsenal de Guerra de São Paulo; Período de Faturamento; e Código Alfanumérico de Identificação da Fatura.

b. O pagamento será efetuado no prazo de 05 dias, contados do recebimento da notafiscal.i. Havendo erro ou omissão na apresentação dos documentos pelo contratado,

ou outra circunstância que impeça a liquidação da despesa, o pagamento

Page 21: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

ficará sobrestado até que o contratado providencie as medidas saneadoras.Nesta hipótese, o prazo para pagamento iniciar-se-á após a comprovação daregularização da situação, não acarretando qualquer ônus para o Órgãocredenciador;

c. Em hipótese alguma, será aceito que a Nota Fiscal seja apresentada em tempodiferente do que estipula este item, isto é, antes ou ao mesmo tempo que o envioda fatura.

15.3.O pagamento considerará os valores vigentes das TABELAS REFERENCIAIS na datade realização do atendimento.I. Se os valores das TABELAS REFERENCIAIS forem reajustados após a data de

realização do atendimento, porém com efeitos financeiros anteriores à data derealização do atendimento, o pagamento considerará os valores reajustados.

15.4.Antes de cada pagamento ao contratado, será realizada consulta ao SICAF ou aos sítioseletrônicos oficiais, para verificar a manutenção das condições de habilitação exigidasno Edital. I. Constatando-se, junto ao SICAF, a situação de irregularidade do contratado, será

providenciada sua advertência, por escrito, para que, no prazo de 5 (cinco) dias,regularize sua situação ou, no mesmo prazo, apresente sua defesa. O prazo poderáser prorrogado uma vez, por igual período, a critério do órgão credenciador.

II. Não havendo regularização ou sendo a defesa considerada improcedente, o Órgãocredenciador deverá comunicar aos órgãos responsáveis pela fiscalização daregularidade fiscal quanto à inadimplência do contratado, bem como quanto àexistência de pagamento a ser efetuado, para que sejam acionados os meiospertinentes e necessários para garantir o recebimento de seus créditos.

III. Persistindo a irregularidade, o Órgão deverá adotar as medidas necessárias à rescisãocontratual nos autos do processo administrativo correspondente, assegurado aocontratado o contraditório e ampla defesa.

IV. Havendo a efetiva execução do objeto, os pagamentos serão realizados normalmente,até que se decida pela rescisão do contrato, caso o contratado não regularize suasituação junto ao SICAF.

V. Somente por motivo de economicidade, segurança nacional ou outro interessepúblico de alta relevância, devidamente justificado, em qualquer caso, pela máximaautoridade do Órgão, não será rescindido o contrato em execução com o contratadoinadimplente no SICAF.

15.5.Quando do pagamento, será efetuada a retenção tributária prevista na legislaçãoaplicável, nos termos do item 6 do Anexo XI da IN SEGES/MPDG nº 5, de 2017,quando couber. I. O contratado regularmente optante pelo Simples Nacional não sofrerá a retenção

tributária quanto aos impostos e contribuições abrangidos por aquele regime,observando-se as exceções nele previstas. No entanto, o pagamento ficarácondicionado à apresentação de comprovação, por meio de documento oficial, deque faz jus ao tratamento tributário favorecido previsto na Lei Complementar nº 123,de 2006.

15.6.Será considerada data do pagamento o dia em que constar como emitida a ordembancária para pagamento.

Page 22: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

15.7.Quando da ocorrência de eventuais atrasos de pagamento provocados exclusivamentepela Administração, o valor devido deverá ser acrescido de atualização financeira, e suaapuração se fará desde a data de seu vencimento até a data do efetivo pagamento, emque os juros de mora serão calculados à taxa de 0,5% (meio por cento) ao mês, ou 6%(seis por cento) ao ano, mediante aplicação das seguintes fórmulas:

I=(TX/100)/365EM = I x N x VP, onde:

I = Índice de atualização financeira;TX = Percentual da taxa de juros de mora anual;

EM = Encargos moratórios;N = Número de dias entre a data prevista para o pagamento e a do efetivo

pagamento;VP = Valor da parcela em atraso.

15.8.O Órgão deduzirá do montante a ser pago os valores correspondentes às multas e/ouindenizações devidas por parte do contratado, desde que precedido de instauração deprocesso administrativo, com as garantias do contraditório e ampla defesa.

16. REAJUSTE DO CONTRATO

16.1.Em caso de reajuste das TABELAS REFERENCIAIS do Edital, o preço do contratosofrerá o respectivo reajuste, a ser formalizado por meio de apostilamento, nos termosdo artigo 65, § 8º, da Lei nº 8.666, de 1993, com efeitos financeiros a partir da data-basedo reajuste de cada tabela.

16.2.O reajuste será comunicado ao contratado por meio de notificação.

17. OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE

17.1.O Órgão Contratante obriga-se a:I. Exigir o cumprimento de todas as obrigações assumidas pelo credenciado e

contratado, de acordo com as cláusulas contratuais e os termos do Edital decredenciamento e Anexos;

II. Exercer o controle e fiscalização da execução contratual, por servidor especialmentedesignado, conforme regras previstas neste Projeto Básico;

III. Exercer a fiscalização e auditoria do processamento das despesas médicas, emconformidade com os procedimentos instituídos em sua normatização interna;

IV. Notificar o contratado da ocorrência de eventuais imperfeições no curso da execuçãodos serviços, fixando prazo para a sua correção;

V. Pagar ao contratado o valor resultante da prestação dos serviços, no prazo econdições estabelecidas no Edital;

VI. Efetuar as retenções tributárias devidas sobre o valor da Nota Fiscal do contratado,no que couber, em conformidade com o item 6 do Anexo XI da IN SEGES/MP nº 5,de 2017;

Page 23: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

VII. Fornecer por escrito as informações necessárias para o desenvolvimento dosserviços objeto do contrato;

VIII.Realizar avaliações periódicas da qualidade dos serviços;

18. OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO

18.1.O contratado obriga-se a:I. Executar os serviços conforme especificações deste Projeto Básico e do Edital de

credenciamento e Anexos, com a alocação dos recursos necessários ao perfeitocumprimento das cláusulas contratuais;

II. Reparar, corrigir, remover ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, noprazo fixado pelo fiscal do contrato, os serviços efetuados em que se verificaremvícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou dos materiais empregados;

III. Exercer a fiscalização e auditoria do processamento das despesas médicas, emconformidade com os procedimentos instituídos em sua normatização interna;

IV. Responsabilizar-se pelos vícios e danos decorrentes da execução do objeto, deacordo com os artigos 14 e 17 a 27, do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº8.078, de 1990), bem como a legislação específica aplicável aos serviços médicos,ficando o Órgão credenciador autorizado a descontar, dos pagamentos devidos aocontratado, o valor correspondente aos danos sofridos, mediante o devido processolegal;

V. Responsabilizar-se civil e penalmente pelos danos causados aos pacientes, inclusivepor terceiros vinculados, decorrentes de omissão, voluntária ou não, negligência,imperícia ou imprudência;

VI. Utilizar pessoal habilitado e com conhecimentos técnicos dos serviços a seremexecutados, em conformidade com as normas e determinações em vigor;

VII. Prestar os serviços com estrita observância às normas da legislação pertinente noâmbito federal, estadual ou municipal, bem como cumprir as determinações dosPoderes Públicos e as recomendações da boa técnica;

VIII.Responsabilizar-se por todas as obrigações trabalhistas, sociais, previdenciárias,tributárias e as demais previstas em legislação específica, cuja inadimplência nãotransfere responsabilidade à Administração;

IX. Relatar ao órgão toda e qualquer irregularidade verificada no decorrer da prestaçãodos serviços;

X. Prestar todo esclarecimento ou informação solicitada pelo Órgão Contratante ou porseus prepostos, garantindo-lhes o acesso aos locais dos serviços, bem como aosdocumentos relativos à execução do contrato;

XI. Não permitir a utilização de qualquer trabalho do menor de 16 (dezesseis) anos,exceto na condição de aprendiz para os maiores de 14 (quatorze) anos; nem permitira utilização do trabalho do menor de 18 (dezoito) anos em trabalho noturno, perigosoou insalubre;

XII. Não permitir a utilização, na execução dos serviços contratados, de empregado ouprofissional que seja familiar de agente público ocupante de cargo em comissão oufunção de confiança no Órgão contratante, conforme art. 7° do Decreto n° 7.203, de2010;

Page 24: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

XIII.Manter durante toda a vigência do contrato, em compatibilidade com as obrigaçõesassumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no Edital;

XIV.Guardar sigilo sobre todas as informações obtidas em decorrência do cumprimentodo contrato; em especial de prontuários médicos;

XV. Deter instalações, aparelhamento e pessoal técnico adequados e disponíveis para arealização do objeto do contrato;

XVI.Observar as normas de sustentabilidade socioambiental aplicáveis aos serviços desaúde, em especial:a. Proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde e

daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral,consubstanciada na Norma Regulamentadora NR 32/ABNT;

b. Boas práticas em processamento de produtos de saúde (Resolução da DiretoriaColegiada RDC nº 15/2012 – Anvisa);

c. Gerenciamento de resíduos sólidos e rejeitos, nos termos da Lei nº 12.305, de2010, e Decreto nº 7.404, de 2010;

d. Destinação ambiental adequada dos resíduos de saúde (Resolução nº 258/2005 –CONAMA e Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 306/2004 – ANVISA);

e. Utilização de produtos de acordo com as diretrizes da Anvisa e Inmetro, seexistentes.

XVII. Abster-se de cobrar diretamente do beneficiário qualquer importância a título detaxas, honorários ou serviços prestados, inclusive depósitos prévios, além dosconstantes das tabelas referenciais, salvo nas situações previstas na legislação emvigor.

19. CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO

19.1.Da fiscalização por fiscal de contratoI. O acompanhamento e a fiscalização da execução do contrato consistem na

verificação da conformidade da prestação dos serviços e da alocação dos recursosnecessários, de forma a assegurar o perfeito cumprimento do ajuste, devendo serexercidos por um ou mais representantes do Órgão contratante, especialmentedesignados, na forma do artigo 67 da Lei nº 8.666, de 1993.a. O fiscal deverá ter a experiência necessária, ou ser assessorado por pessoal

especializado, para o acompanhamento e controle da execução dos serviços e docontrato.

II. A execução dos contratos deverá ser acompanhada e fiscalizada por meio deinstrumentos de controle que compreendam a mensuração dos seguintes aspectos,conforme o caso:a. os resultados alcançados em relação ao contratado, com a verificação dos prazos

de execução e da qualidade demandada;b. os recursos humanos empregados em função da quantidade e da formação

profissional exigidas;c. a qualidade e quantidade dos recursos materiais utilizados;d. a adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;e. o cumprimento das demais obrigações decorrentes do contrato; e

Page 25: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

f. a satisfação do público usuário.III. O fiscal anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a

execução do contrato, indicando a data e as circunstâncias, determinando o que fornecessário à regularização das faltas ou defeitos observados e/ou encaminhando osapontamentos à autoridade competente para as providências cabíveis.

IV. Durante a execução do objeto, o fiscal deverá monitorar constantemente o nível dequalidade dos serviços para evitar a sua degeneração, devendo intervir para solicitarao contratado a correção das faltas, falhas e irregularidades constatadas.

V. O fiscal deverá apresentar ao contratado a avaliação da execução do objeto ou, se foro caso, a avaliação de desempenho e qualidade da prestação dos serviços realizada. a. O contratado poderá apresentar justificativa para a prestação do serviço com

menor nível de conformidade, que poderá ser aceita pelo fiscal, desde quecomprovada a excepcionalidade da ocorrência, resultante exclusivamente defatores imprevisíveis e alheios ao controle do prestador. De todo modo, adecisão do fiscal deverá ser ratificada pela Comissão de Credenciamento

VI. Na hipótese de comportamento contínuo de desconformidade da prestação do serviçoem relação à qualidade exigida, bem como quando esta ultrapassar os níveistoleráveis previstos, devem ser aplicadas as sanções ao contratado de acordo com asregras previstas no Edital.

VII. O fiscal realizará a avaliação mensal para avaliar ou, se for o caso, aferir odesempenho e qualidade da prestação dos serviços.

VIII.Pela Equipe de Auditoria, a conformidade do material a ser utilizado na execuçãodos serviços deverá ser verificada juntamente com o documento do contratado quecontenha sua relação detalhada, de acordo com o estabelecido neste edital e seusanexos, informando as respectivas quantidades e especificações técnicas, tais comomarca, qualidade e forma de uso.

IX. A qualquer tempo, o Arsenal de Guerra de São Paulo poderá realizar inspeção nasinstalações do contratado para verificação das condições de atendimento, de higiene,de equipamentos e de capacidade técnico-operativa, ou para fins de auditoria.a. Será realizado, regularmente, pelos beneficiários do FuSEx, avaliação, por

formulário próprio, com o intuito de estabelecer, pelo conjunto da avaliação, notapara o OCS;i. As seguintes notas serão atribuídas às OCS

Entre 0,0 e 1,0- Insuficiente Entre 1,1 e 2,0 - Regular Entre 2,1 e 3,0 - Bom Entre 3,1 e 4,0 - Muito Bom Entre 4,1 e 5,0 – Excelente

ii. Todas as OCS iniciarão a execução do contrato com nota 3,0 (três), a menção“BOM”, portanto.

iii. As avaliações dos beneficiários serão reunidas trimestralmente;disponibilizando relatório para as OCS No primeiro trimestre do ano, o relatório será disponibilizado com

sugestões de melhoria, firmando-se termo de compromisso no sentido deimplementar medidas aprimoradoras da qualidade, se for o caso.

Page 26: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

No segundo trimestre, será disponibilizado novo relatório, contendodiagnóstico e advertência prevista no item 21 deste Projeto Básico, caso anota da OCS permaneça abaixo da menção “BOM”.

1. As OCS que permanecerem com nota REGULAR, a partir do quartotrimestre de avaliação, terão sua categoria (vide Anexo IX) rebaixada,e, por conseguinte, receberão menos pelos serviços prestados.;

2. Caso a OCS permaneça com menção INSUFICIENTE, por mais de 6semestres consecutivos, será iniciado processo de descredenciamento;◦ Qualquer processo de descredenciamento será efetivado mediante

decisão da Comissão de Credenciamento, motivando-a;◦ Cabe recurso, porém, ao Diretor do AGSP, por requerimento,

oficializado dentro do prazo de 15 dias a contar da divulgação dadecisão da Comissão de Credenciamento.

3. as OCS que obtiverem notas superiores a 4,1 (Excelente) por doisperíodos consecutivos, terão elevação de uma categoria,imediatamente superior a que já se encontrem.

4. Os relatórios trimestrais darão espaço para alegações de contraditórioe ampla defesa da OCS

iv. O presente sistema não substitui demais hipóteses de descredenciamentounilateral, embora seja elemento de decisão da autoridade competente.

v. A avaliação global da OCS estará a disposição do público, resguardando odireito à imagem das empresas, não divulgando o conceito “Insuficiente” dasOCS que eventualmente se encontrem com notas baixas.

X. A fiscalização de que trata esta cláusula não exclui nem reduz a responsabilidade docontratado, inclusive perante terceiros, por qualquer irregularidade, ainda queresultante de imperfeições técnicas, vícios redibitórios, ou emprego de materialinadequado ou de qualidade inferior e, na ocorrência desta, não implica emcorresponsabilidade do Órgão ou de seus agentes e prepostos, de conformidade como artigo 70 da Lei nº 8.666, de 1993.

XI. No intuito de mitigar situações corruptoras tanto dos funcionários da Administração,quanto de funcionários da OCS, no ato do Credenciamento, deverão servoluntariamente assinado termo de compromissos anti-corrupção (Anexo X - Termode Compliance);a. Caso seja verificado qualquer ato contrário a este termo, será aberto processo de

descredenciamento, sem prejuízo a demais medidas civis e penais, se for o caso.19.2. Da fiscalização da Equipe de Auditoria

I. A equipe de auditoria deverá ter acesso facilitado às instalações da Contratada;a. é de responsabilidade da CONTRATADA conceder espaço de trabalho com

meios (mesas, cadeiras e computadores) adequados ao volume de faturas a seremauditadas;

b. todas as auditorias “in loccu” deverão ser previamente agendadasII. A equipe de auditoria seguirá às regras constantes do anexo XVIII para levantamento

de glosa.

Page 27: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

a. Haverá um capeante por fatura apresentada, que exporão resumo da atividade deauditoria;

b. O prazo máximo de apresentação da conta para equipe de auditoria é de 60(sessenta) dias a contar da data de atendimento.i. Caso a fatura trate de caso de internação, considerar-se-á a data de alta para

início da contagem do prazo.ii. A apresentação fora do prazo enseja glosa total da conta.

III. As glosas deverão ser resolvidas, o máximo possível, no momento da auditoria. Nãosendo possível, a CONTRATADA deverá elaborar recurso de glosa.

i. O recurso de glosa pode ser encaminhado, no prazo máximo de 10 dias, a

contar da data da visita de auditoria;

ii. O recurso de glosa será resolvido pelo Chefe do FuSEx, em parecer

motivado, à luz deste edital. A solução do Chefe do FuSEx é irrecorrível por

vias administrativas;

20. MEDIDAS ACAUTELADORAS

20.1.Consoante o artigo 45 da Lei nº 9.784, de 1999, a Administração Pública poderá, sem aprévia manifestação do interessado, motivadamente, adotar providências acauteladoras,inclusive retendo o pagamento, em caso de risco iminente, como forma de prevenir aocorrência de dano de difícil ou impossível reparação.

21. SANÇÕES

21.1.Pelo atraso injustificado na execução das obrigações decorrentes do contrato, conformeartigo 86 da Lei nº 8.666, de 1993, o contratado estará sujeito às seguintes multas:I. Multa moratória, calculada no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor do

serviço em mora, por dia de atraso até o limite de 30 (trinta) dias;a. A multa do subitem anterior será acrescida de 0,05% (cinco centésimos por

cento) ao dia, incidente a partir do 31º (trigésimo primeiro) dia de atraso, sobre ovalor do serviço em mora, até o limite de 60 (sessenta) dias;

b. A aplicação das multas não impede que o contratante rescinda unilateralmente ocontrato e aplique as demais sanções previstas neste Edital.

21.2.O descumprimento das obrigações contratuais, inclusive sua inexecução, total ouparcial, e/ou das condições previstas neste Edital, sujeitará o contratado, conforme oartigo 87 da Lei nº 8.666, de 1993, às seguintes penalidades:I. Advertência por faltas leves, assim entendidas aquelas que não acarretem prejuízos

significativos para o contratante;II. Rebaixamento para categoria imediatamente inferior, conforme regras de

fiscalização do contrato.III. Multa de até 5% (cinco por cento) sobre o valor correspondente ao(s) serviço(s),

caracterizada a inexecução parcial, de forma proporcional à obrigação inadimplida;

Page 28: MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ...do Exército, por meio da Diretoria Geral de Pessoal, editou a Portaria Nr 048 DGP, de 28 de fevereiro de 2008 (Instruções Reguladoras

IV. Multa de até 8% (oito por cento) sobre o valor total contratado, em caso deinexecução total da obrigação assumida, sem prejuízo da cobrança de multamoratória nos termos previstos neste edital;

V. Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar como Órgão contratante por prazo não superior a 2 (dois) anos; e

VI. Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública,enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que sejapromovida sua reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, aser concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízosresultantes e depois de decorrido o prazo da sanção aplicada com base no subitemanterior.

21.3.Também fica sujeito às penalidades do artigo 87, incisos III e IV da Lei nº 8.666, de1993, o contratado que, em razão do contrato administrativo:I. Tenha sofrido condenação definitiva por praticar, por meios dolosos, fraude fiscal no

recolhimento de quaisquer tributos;II. Tenha praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos do credenciamento;III. Demonstre não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude de

atos ilícitos praticados.21.4.As sanções de multas poderão ser aplicadas juntamente com as demais sanções.21.5.A aplicação de qualquer das penalidades previstas realizar-se-á em processo

administrativo que assegurará o contraditório e a ampla defesa ao contratado,observando-se o procedimento previsto na Lei nº 8.666, de 1993, e subsidiariamente aLei nº 9.784, de 1999.

21.6.A autoridade competente, na aplicação das sanções, levará em consideração agravidade da conduta do infrator, o caráter educativo da pena, bem como o dano causadoà Administração, observado o princípio da proporcionalidade.

21.7.As multas devidas e/ou prejuízos causados ao contratante serão deduzidos dos valores aserem pagos, recolhidos em favor da União, ou inscritos na Dívida Ativa da União ecobrados judicialmente

Como forma de atestar a veracidade deste instrumento, assinam:Quartel em Barueri, 12 de dezembro de 2019

PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA – CapPresidente da Comissão de Credenciamento

THIAGO BUARQUE DE GUSMÃO GOMES – CapMembro da Comissão de Credenciamento

ADRIANO LUIS DOS SANTOS FERREIRA – 1º SgtMembro da Comissão de Credenciamento

CLEITON DE OLIVEIRA ROSA – 2º SgtMembro da Comissão de Credenciamento

LUIZ EDUARDO MELLO CORRÊA DA SILVA - CelDiretor do Arsenal de Guerra de São Paulo