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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO CENTRAL DE ASSESSORAMENTO FAZENDÁRIO O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, inscrito no CNPJ sob o nº 28.305.963.001-40, por meio das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania do Núcleo Capital, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, vem, com fulcro nos arts. 127 e 129, II e III, da CRFB/88; nos arts. 1º, IV, 3º e 12 da Lei n° 7.347/85 c/c arts. 25, IV, “a” e "b", da Lei n° 8.625/93, propor a presente em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua Pinheiro Machado s/nº, Laranjeiras, nesta cidade, CEP 22.238-900; pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. FATOS e FUNDAMENTOS : 1 CONTEXTUALIZAÇÃO FÁTICA DA DEMANDA: A presente ação civil pública tem por base fática o conteúdo obtido por meio dos Inquéritos Civis nº 2007.00165523 e 2016.00229425, bem como os fatos que se tornaram públicos acerca do já decretado Estado de Calamidade Pública, no âmbito da Administração Financeira do Estado do Rio de Janeiro (Decreto estadual nº 45.692, de 17 de junho de 2016), e do possível, eventual, provável e futuro “estado de moratóriae/ou “estado falimentar”– sem previsão legal para tanto AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA

COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO – CENTRAL DE ASSESSORAMENTO

FAZENDÁRIO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, inscrito no CNPJ sob o nº

28.305.963.001-40, por meio das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania do

Núcleo Capital, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, vem, com fulcro nos arts. 127

e 129, II e III, da CRFB/88; nos arts. 1º, IV, 3º e 12 da Lei n° 7.347/85 c/c arts. 25, IV, “a” e "b", da

Lei n° 8.625/93, propor a presente

em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede

na Rua Pinheiro Machado s/nº, Laranjeiras, nesta cidade, CEP 22.238-900; pelas razões de fato e

de direito a seguir expostas.

FATOS e FUNDAMENTOS:

1 – CONTEXTUALIZAÇÃO FÁTICA DA DEMANDA:

A presente ação civil pública tem por base fática o conteúdo obtido por meio dos Inquéritos Civis

nº 2007.00165523 e 2016.00229425, bem como os fatos que se tornaram públicos acerca do já

decretado Estado de Calamidade Pública, no âmbito da Administração Financeira do Estado do

Rio de Janeiro (Decreto estadual nº 45.692, de 17 de junho de 2016), e do possível, eventual,

provável e futuro “estado de moratória” e/ou “estado falimentar”– sem previsão legal para tanto

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

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– pelo qual poderá passar o ente público em referência, ante ao que a mídia escrita e televisiva

recentes vêm, de forma massificada, publicizando.

Tais evidências, comprovadas documentalmente através das peças investigativas ministeriais

supracitadas, notorizadas pelas mídias regionais e nacionais, não contestadas pelas autoridades

estaduais, nas diversas demandas judiciais de cobrança, individuais ou coletivas, que vêm sendo

ofertadas perante o Poder Judiciário, vão, sobretudo, ao encontro dos dados extraídos dos

relatórios de prestação de contas e dos demonstrativos de execução orçamentária oficiais

estaduais, tanto no que diz respeito aos dados de despesa, quanto aos de receita, todos

publicados – por força da Lei da Transparência (LC 131/2009) – no sítio eletrônico oficial do

Estado do Rio de Janeiro.

Da leitura de tais documentos, extraímos o desequilíbrio financeiro pelo qual passam todos os

setores e órgãos da Administração Pública Direta e Indireta estaduais, o qual tem comprometido,

há mais de ano, o cumprimento das metas fiscais estabelecidas na sua Lei de Orçamentária Anual

- LOA. Tanto que a execução orçamentária já sofreu revisão da programação financeira (na

forma do art. 8º da LRF) e a própria lei passou por uma atualização recente, reduzindo algumas

dotações iniciais, através da Lei Estadual nº 7.415/2016 a qual, mui simplificadamente, reduziu

a receita estimada para o ano de 2016, dos anteriores R$ 75.7 bilhões (Lei orçamentária

originária), para R$ 56.5 bilhões.

No entanto, principal consequência negativa desse desequilíbrio não advém somente da

necessidade de se reprogramar as metas fiscais, mas, sobretudo, da inevitável mitigação dos

direitos e garantias fundamentais, individuais e coletivos, constitucionalmente previstos e

assegurados, ante à ausência de receita que sustente o pagamento dos programas e ações de

governo já contratados nas mais diversas áreas de atuação, com destaque para a saúde,

educação, segurança pública e assistência social. Isso, sem falar no comprometimento dos

pagamentos dos subsídios, salários, proventos e pensões de todo o funcionarismo público

estadual.

Destarte, já tem sido possível evidenciar nos demonstrativos de execução das despesas por

função/subfunção do governo do Estado do Rio de Janeiro que, após o fim do primeiro semestre

do ano vigente (2016), por exemplo, a função – nomenclatura financeira/orçamentária oficial –

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“Saúde” somente procedeu à liquidação da despesa, até agosto de 2016, de R$ 2.2 bilhões1, dos

R$ 5.999 bilhões de despesas fixadas para tal função no ano, pela sua lei orçamentária de 2016.

Despesas essas que fariam frente às mais diversas ações e programas orçamentariamente

planejados pelo governo do Estado nesta área e que certamente não estão sendo liquidados

(pagos) em virtude do déficit de receitas.

Essa diferenciação se espelha também na “Educação” – que dos R$ 7.2 bilhões de despesas

autorizadas para o ano, somente R$ 3.3 bilhões foram empenhadas e liquidadas -; na “Segurança

Pública” - que dos R$ 10.3 bilhões de despesas autorizadas para o ano, somente R$ 5.7 bilhões

foram empenhadas e liquidadas - e etc. Sendo certo ainda que a previsão também é de queda de

arrecadação do Estado ao longo deste último quadrimestre2.

Merecem, outrossim, destaque, os pagamentos referentes às dívidas internas e externas do

Estado, os quais, somados, chegam à casa dos R$ 3.5 bilhões, já liquidados neste ano. Assim

como também as despesas de exercícios anteriores, que totalizaram R$ 1.923 bilhões, somente

até agosto de 20163.

Somem-se a tal cenário, os gastos discricionários (não obrigatórios) do Estado, em especial os

referentes à divulgação das ações de governo, de transporte para a copa do mundo, olimpíadas e

outros grandes eventos, a transformação ou divisão de cargos comissionados dentro da

estrutura administrativa governamental - formalmente tidos como “sem aumento de despesas”,

mas que na prática evidenciam gastos com encargos especiais dos mais diversos, e que tidos

como não publicáveis em diário oficial - , dentre outros exemplos que poderiam ser dados que

robustecem a tese de ausência de prioridades com os seus gastos.

1 Fonte: Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária. Demonstrativo da execução das despesas por função

e subfunção – Controladoria Geral do Estado.

http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/content/conn/UCMServer/path/Contribution%20Folders/contadoria/relatorios

Contabeis/lrf/2016/4%c2%ba%20Bimestre.2016/Anexo%202_4%c2%baBim_RREO_%202016.pdf?lve

(pesquisada em 10 de outubro de 2016) 2 Conforme a Resolução SEFAZ nº 1025, de 30 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial do Estado em 2

de setembro de 2016, a meta de arrecadação para o segundo semestre de 2016 passou a ser de R$ 20.3 bilhões.

Valor inferior ao que foi arrecadado no primeiro semestre, que foi de cerca de R$ 23 bilhões. 3 Fonte: Relatório de Execução Orçamentária de Despesa – Controladoria Geral do Estado.

(http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/content/conn/UCMServer/path/Contribution%20Folders/site_fazenda/prest_

contas/cidadao/2013/2016/08%20-

20AGOSTO/%282%29%20Relat%C3%B3rio%20Prestando%20Contas%20ao%20Cidad%C3%A3o-

%20Despesa_07.2016.pdf?lve). Pesquisado em 11 de outubro de 2016.

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Mas, quando lemos os relatórios resumidos de execução orçamentária, relativos às receitas

estimadas para o ano, devidamente atualizadas, em comparação com as que foram até junho de

2016 realizadas (as que entraram efetivamente em caixa), é que nos deparamos com uma

defasagem ainda maior. Isto porque, dos R$ 75.7 bilhões totais de previsão orçamentária

originária anual, somente ingressaram nos cofres públicos, após findo o segundo quadrimestre,

R$ 44.4 bilhões. Essa frustração de receitas gerou a necessidade de se promover a revisão das

suas metas fiscais; o que foi feito através da lei estadual nº 7.415/16, que será melhor analisada

nos capítulos subsequentes.

Diante desse quadro de desequilíbrio, globalmente considerado, o Estado do Rio de Janeiro tem

baseado sua pauta financeira somente no corte de despesas, muitas das quais essenciais (como o

não pagamento de fornecedores e prestadores de serviços das áreas de saúde, educação,

assistência social, segurança pública, saneamento básico, etc.) e obrigatórias (como o atraso e o

não pagamento de salários de todo o funcionalismo público, além das pensões dos inativos e

pensionistas). Tem oficializado, ainda, tal postura pública através (1) do decreto de calamidade

antes referido; (2) dos diversos e sucessivos decretos de postergação da data oficial de

pagamento dos servidores públicos do poder executivo estadual; (3) das medidas de

contingenciamento, inserida na revisão das metas fiscais de 2016 (antes mencionadas); (4) na

declaração pública de concordância com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241/16,

que insere dispositivos ao ADCT, instituindo um novo regime fiscal, pautado principalmente,

pela vedação de crescimento real das despesas primárias da União, mas também passível de ser

replicado no âmbito estadual e; (5) nos incessantes atos de concessão de tratamento tributário

especial, dos mais diversos matizes e regimes, a dezenas de empresas, mesmo após à edição do

decreto de calamidade financeira.

No entanto, o Estado se esquece de que o equilíbrio financeiro deve ser buscado não somente

através dos cortes de despesas – mantida a proteção às despesas obrigatórias ou essenciais, o

que não tem sido feito no Rio de Janeiro. À luz do art. 11 da LRF, é requisito indispensável da

responsabilidade fiscal também e, talvez, principalmente, a busca pela consistente instituição,

previsão e efetiva arrecadação de todas as receitas possíveis e, em especial, daquelas que,

durante anos o Estado deixou de arrecadar ou cobrar. Esse é o ponto crucial sobre o qual

pedimos venia a este douto juízo para analisar mais cuidadosamente

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Particularmente, aqui cabe uma inflexão analítica sobre a gestão das renúncias de receitas pelo

Estado, para aferir sua conformidade com as metas fiscais previstas na lei de diretrizes

orçamentárias (art. 4º da LRF) e com os requisitos exigidos para sua válida concessão e vigência

(art. 14 da LRF).

Como é de conhecimento geral, o constituinte nacional previu para o Estado, lato senso, a

possibilidade de fomentar a atividade econômica, com vistas a organizar, planejar e incrementar

o seu desenvolvimento. E dentre os mais recorrentes atos de governo de fomento à atividade

econômica, podemos arrolar os programas de incentivo, os quais, por sua vez, contêm duas

facetas principais4: o tratamento tributário diferenciado (ditos incentivos fiscais) e; a concessão

ou a abertura de linha de créditos especiais (financiamento a juros menores) para instalação e

funcionamento de empresas (ditos incentivos financeiros).

O Estado do Rio de Janeiro, pelo menos desde o ano de 1998, já tem editado regras e concedido

tratamentos tributários diferenciados para diversos setores da atividade comercial e industrial

fluminense. Tratamento esse que, no todo ou em parte, vem sendo mantido de forma perenizada,

ao arrepio do art. 14 da LRF e até alargado ao longo dos anos, muitos dos quais permanecendo

até os dias atuais.

O mesmo se pode afirmar quanto aos incentivos financeiros, cuja macropolítica já tem sido

implementada no Estado do Rio de Janeiro desde pelo menos o ano de 1997 (ou mesmo antes,

mas ainda não temos notícia destas eventuais concessões anteriores), através da

regulamentação do antigo Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social (FUNDES) – pelo

Decreto Estadual nº 22.921/97 -, e mantida até os dias atuais.

No entanto, segundo o relatório final – ou de conclusão – da Comissão Parlamentar de Inquérito,

instituída pela Resolução ALERJ nº 01/2007, que visava apurar perdas na arrecadação tributária

4O fomento ao mercado não se resume apenas a essas duas linhas: crédito subsidiado e renúncia de receita. Há,

também, as regras de incentivo às micro e pequenas empresas nas licitações, bem como à produção nacional.

Há ainda as subvenções previstas na Lei 4320/1964, bem como as garantias e subsídios, dentre outros tipos de

fomento. Vide, por exemplo, http://www.direitodoestado.com/revista/redae-21-fevereiro-2010-rafael-munhoz-

de-mello.pdf e

http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/31101/DANIEL%20RIBAS%20GALVAO.pdf?sequence=1

(ver neste p. 24-30)

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e na dívida ativa, no período de 2003 a 2006 (apelidada de CPI da Arrecadação), o qual faz parte

integrante do inquérito civil nº 2007.00165523 e que tramita perante a 8ª Promotoria de Justiça

de Tutela Coletiva de Cidadania da Capital, o Estado do Rio de Janeiro não tinha controle, desde

então, nem da quantidade dos incentivos concedidos, nem do quanto que se concedia, ou que se

deixava de arrecadar, a partir da implementação de tais políticas de incentivo.

Ademais, apurou-se também nessa CPI uma série de ilegalidades e irregularidades na concessão

e na fiscalização – ou ausência de controle – destes mesmos incentivos5. Mas, ao contrário do que

se poderia imaginar, o Estado optou por prorrogá-los inúmeras, ilimitadas e sucessivas vezes

(muitas dessas, ultrapassando o limite temporal de concessão, extraído da Lei de

Responsabilidade Fiscal).

Segundo se apurou na mencionada CPI da Arrecadação, o volume de financiamento especial

concedido às empresas que arrola, através do FUNDES, somente no período compreendido entre

os anos de 2003 e 2005, foi de R$ 4.848.847.864,00 – R$ 4.848 bilhões (vide folhas 65 do

inquérito civil anteriormente mencionado).

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, chegou a emitir um parecer, no

corpo do Relatório de Auditoria Governamental – Acompanhamento, realizado na Secretaria de

Estado de Fazenda, protocolizado como documento TCE-RJ nº 003.884-8/14, onde atesta que o

Estado do Rio de Janeiro deixara de arrecadar R$ 138 bilhões em receitas de ICMS, entre

os anos de 2008 e 2013.

Nesse mesmo relatório, os técnicos do TCE/RJ também constataram fragilidades no sistema de

controle de acompanhamento e avaliação da renúncia fiscal, os quais já haviam sido detectados

desde 2007 (quando do relatório da CPI supracitada).

5 Dentre outras, que serão melhor descritas num capítulo específico desta petição inicial, foram constatados na

CPI da ALERJ uma série de irregularidades na concessão de incentivos pelo Estado do RJ: a) ausência de

prévios estudos de impacto econômico; b) ausência de órgão para realizar controle e acompanhamento dos

incentivos; c) outorga de incentivos não submetidos ao CONFAZ; d) outorga de incentivos sem comprovação de

que as empresas atendiam os requisitos legais para recebê-los (previstos na Lei 4.321/04)

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7

Tal documento6 também informa que a imensa maioria dos volumes, em reais, das concessões de

tratamentos tributários especiais, se concentram nas mãos de poucas sociedades empresárias.

Havendo sido detectada, outrossim, a concessão de benefícios e incentivos fiscais para áreas da

economia fluminense onde não é possível vislumbrar qualquer razão de interesse público que o

justifique, como no caso do benefício para o setor de Artefato de Joalheria.

Percebe-se, pois, que a opção do Estado em conceder centenas de incentivos fiscais e financeiros,

ao arrepio de sua correta finalidade, de uma fiscalização mais eficaz acerca da sua efetividade

para o desenvolvimento social e econômico fluminense e da cobrança dos valores contratuais,

regulamentares e legalmente devidos, contribuiu substancialmente, durante anos a fio, para o

quadro de desequilíbrio orçamentário e financeiro pelo qual temos passado no momento.

Nesse contexto, ao contrário do que se anuncia, não foi a perda com a arrecadação proveniente

dos Royalties e da Participação Especial dos Royalties de Petróleo, que levou o Estado do Rio de

Janeiro à situação aqui demonstrada7. Mas sim, a opção dos governantes em apostar no

incremento dessa fonte excepcional e finita de recursos (como o são os royalties) para mitigar a

via regular da arrecadação de impostos, por meio da manutenção e majoração dessa política de

incentivos às atividades econômicas empresariais.

A lógica da renúncia de receitas, por intermédio dos incentivos fiscais, tem como focos principais

(1) o desenvolvimento econômico e social da região afetada pela instituição do tributo ou, (2) o

crescimento de um dado setor da atividade econômica. Ou seja, é “... um instrumento do dirigismo

econômico; visa sempre desenvolver economicamente determinada região, ou certo setor da

atividade...” (Kiyoshi Harada. Incentivos Fiscais. Limitações constitucionais e legais. in

http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10645).

No entanto, conforme se demonstrará mais detalhadamente no capítulo próprio desta petição

inicial, nenhum dos objetivos que justificariam tantas isenções fiscais foi de fato atingido. Sendo

6Esse relatório, assim como as demais peças de informação dele decorrentes, estão contidos no inquérito civil nº

2016.00229425, o qual tramita na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Cidadania da Capital.

7 Segundo a análise comparativa realizada no Relatório de Execução Orçamentária da Receita, da Controladoria

Geral do Estado, até agosto de 2016 o Estado arrecadou com Royalties e com a Participação Especial dos

Royalties de Produção de Petróleo R$ 1.455.586.090, ao passo que neste mesmo período, no ano passado (ou

seja, de janeiro a agosto de 2015), arrecadara R$ 3.064.359.160,00. Ou seja, uma diferença de R$ 1.6 bilhões.

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certo, mui sucintamente, que após a verificação da sua incrementação ao longo de quase uma

década, não houve melhoria em quase nenhum dos indicadores econômicos oficiais do Estado.

No plano normativo, convém relembrar que a função estatal de fomento à atividade econômica

pelo Estado, prevista constitucionalmente e que serve como mola mestra das políticas de

incentivos atualmente existentes, visa a assegurar “... a existência digna, conforme os ditames da

justiça social...” (art. 170, caput, da Cf/88). No entanto, percebemos que, no Estado do Rio de

Janeiro, as políticas de tratamento tributário diferenciado e de “financiamentos especiais”8 pelo

Fundo de Desenvolvimento Estadual, concedidas ano após ano a algumas sociedades

empresariais, têm, na prática, minado a qualidade da prestação dos serviços públicos essenciais

e fundamentais e, por conseguinte, (ido de encontro aos princípios basilares da existência digna

e da justiça social) suprimido o exercício e a garantia dos direitos sociais, individuais e coletivos

constitucionalmente assegurados, ante ao déficit financeiro provocado, em grande parte, por

essas políticas de incentivo.

Por tais razões, entendemos que o inevitável contingenciamento (na forma do art. 9º da LRF)

que deve ser promovido pelo Estado a partir de então, não poderá ser praticado com vistas a

somente reduzir suas despesas discricionárias (já que as despesas obrigatórias não podem ser

alvo de qualquer limitação de empenho e de movimentação financeira– aqui entendidas como

despesas obrigatórias como as que garantem os direitos fundamentais individuais e sociais dos

cidadãos fluminenses) – mas, sobretudo, para estancar as ilegalidades decorrentes do

comprometimento de suas receitas com gastos não obrigatórios, das renúncias de receita

baseadas, primordialmente, através da política de concessão de incentivos fiscais e financeiros,

praticados ao arrepio da Constituição da República, da lei de responsabilidade fiscal, das leis e

regulamentos fiscais que o fundamentam, individual ou coletivamente, e dos contratos que lhes

dão corpo.

8 Entre aspas porque, conforme os dirigentes da Companhia de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria

e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (CODIN), “...todos os contratos de financiamento analisados no âmbito

desta Companhia não tiveram como destinação a liberação de recursos em espécie pelo Estado do Rio de

Janeiro, mas somente fixar um valor para fins de futura compensação tributária da empresa agraciada nos

termos do artigo 3º da Lei Estadual nº 2823, de 07 de novembro de 1997 (Lei que institui o FUNDES)...” (f. 843

do inquérito civil já mencionado).

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2 – LEI ORÇAMENTÁRIA ESTADUAL – PRENÚNCIOS E NECESSIDADE DE READEQUAÇÃO

AOS DITAMES GERAIS:

A moderna teoria de fiscalização, transparência e controle dos atos do Estado – lato senso –

orientou e criou, no campo do direito financeiro, a ideia de que o orçamento, em suas mais

diversas facetas, deveria evoluir de um ato de mera organização contábil de receitas e despesas

de um ente público, passando a ser um documento oficial que exprimisse o que se planeja em

termos de ação governamental. Destarte, “...deixa de ser mero documento estático de previsão de

receitas e autorização de despesas para se constituir no documento dinâmico e solene de atuação

do Estado perante a sociedade, nela intervindo e dirigindo seus rumos...” (Oliveira. Régis

Fernandes de. Curso de Direito Financeiro. Editora Revista dos Tribunais. 2ª Ed. P. 314).

Ou, em outras linhas, “... a importância do orçamento público... é plenamente justificada, uma vez

que toda a vida social é regida, direta ou indiretamente, pelas escolhas políticas projetadas na lei

orçamentária vigente em cada exercício financeiro...” (ASSONI FILHO, Sérgio. Controle de

constitucionalidade da lei orçamentária In: CONTI. José Maurício; SCAFF, Fernando Facury

(Org.). Orçamentos Públicos e Direito Financeiro, Ed. Revista dos Tribunais. 1ª Ed. p. 23).

Destarte, o orçamento tem previsão constitucional; formalidade e competência próprias; higidez

formal (só pode ser alterada por outra lei, de igual competência e forma) e; um fortíssimo

conteúdo jurídico. Atributos esses que, se somados, nos conduzem à inevitável conclusão de que

o orçamento público tem se tornado, sob a égide da Constituição de 1988, o mais importante

instrumento de planejamento das ações governamentais.

Tomando-se por base, também, a normatização específica acerca deste tema, e relembrando

precipuamente o disposto no art. 165 da Constituição de 1988, no art. 1º, § 1º da Lei

Complementar nº 101/2000, no art. 2º, da Lei 4.320/64 e no art. 16, caput, do Decreto-lei nº

200/1967, podemos afirmar que as leis que compõem a programação do ciclo orçamentário de

um dado ente público (quais sejam, PPA, LDO e LOA) contêm força normativa própria e

conteúdo material específico, uma vez que se dirige, por conseguinte, ao cumprimento de

finalidades mínimas estruturantes em torno da eficácia dos direitos fundamentais e do

equilíbrio intertemporal das contas públicas, as quais devem ser observadas sempre pelo

Administrador Público. Em resumo, elas nada mais são do que leis (com conteúdo não só formal,

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como também material) que revelam conjunto de metas e medidas que devem ser observadas

pelo administrador, quando de sua concretização, bem como devem aderência e obediência ao

ordenamento constitucional vigente.

Ao conduzirmos tais premissas ao campo fático aqui descrito – e vivenciado -, ao tomarmos

como referência toda a documentação antes destacada, percebemos que o projeto de lei que deu

origem à Lei nº 7.210/16, a qual dispõe sobre o orçamento deste ano, o Estado do Rio de Janeiro

previu arrecadar, originariamente, R$ 79.001.464.092,00 (setenta e nove bilhões, um milhão,

quatrocentos e sessenta e quatro mil e noventa e dois reais). Após feitos alguns ajustes durante a

sua tramitação legislativa, tal previsão de receita restou definida na L.O.A. de 2016 em R$

75.766.783.599,00. No entanto, somente R$ 44.439.234.928,00 foram efetivamente arrecadados

pelo Estado, até agosto de 2016 (sob a categoria econômica de Receitas Correntes), ao invés dos

R$ 50.511.189.066,00 projetados para o mesmo período na LOA. Portanto, a diferença entre a

receita estimada e a efetivamente realizada no Estado do Rio de Janeiro corresponde,

proporcionalmente, a uma frustração de meta de arrecadação de quase R$ 7 bilhões apenas no

primeiro semestre do corrente ano.

Por isso, foi necessário propor uma segunda alteração, para fins de reequilibrar as previsões de

receita e, assim, as metas de arrecadação que, como dito antes, foi estimada em R$ 20.3 bilhões

para o segundo semestre de 2016.

Em comparação com o ano anterior (2015), o Estado previu arrecadar na LOA de 2015, R$

82.804.019.768,00 (oitenta e dois bilhões, oitocentos e quatro milhões, dezenove mil, setecentos

e sessenta e oito reais). No entanto, ao longo de todo o exercício de 2015, o Estado efetivamente

arrecadou R$ 61.654.165.716,82. Ou seja, com uma frustração de arrecadação que superou a

casa dos R$ 20 bilhões, entre a previsão da LOA / 2015 e o fechamento do balanço geral anual

das contas anuais fluminenses.

Tamanha a trajetória de agravamento da crise econômica e fiscal já devia ser reconhecida – à luz

do art. 12 da LRF – a necessidade de se aprimorar a metodologia de cálculo das receitas

estaduais, de modo a se prever, portanto, que desde a apresentação do projeto de lei

orçamentária estadual anual de 2016, a receita estimada no patamar em que foi apresentada,

jamais seria alcançada. A prova real disso é que o Estado (a partir da publicação do relatório

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11

resumido de execução orçamentária de que trata o art. 52 da LRF, relativo ao terceiro bimestre

e, por isso, encerra dados sobre o conjunto das contas públicas fluminenses concernentes ao

primeiro semestre) optou por rever suas metas fiscais, readequando-as, a partir da Lei Estadual

nº 7.415, de 16 de agosto de 2016, à realidade vivenciada – e, mesmo assim, ainda não

totalmente.

Para o caso, importa relembrar que essa readequação orçamentária recém-aprovada, reduziu a

receita estimada para os já mencionados R$ 56.5 bilhões – face, repita-se, aos anteriores R$ 76.7

bilhões.

A justificativa para tal medida de redução de receitas é lastreada, principalmente, na queda do

P.I.B. (produto interno bruto), o qual teria, por consequência, gerado uma queda de arrecadação

tributária. Afirma ainda o Estado que, muito embora tenha iniciado “... o programa de

reparcelamento do débito tributário, formulação dos Termos de Ajuste de Conduta Tributária

(TACT) e abertura de negociações diretas com grandes contribuintes (...) a entrada líquida dos

recursos foi insuficiente para compensar a frustração de receita decorrente da forte desaceleração

da atividade econômica”. (texto extraído da mensagem da Lei estadual nº 7.415/16)

Afirmou também que “... intensificou os esforços fiscalizatórios e tem perseguido a redução do

inadimplemento dos grandes contribuintes”.

No entanto, com o próprio cenário, demonstrado pelo Estado, de desaceleração econômica

previsto para 0,58% do PIB - face à verdadeira desaceleração de 3.8% para o mesmo período de

referência, qual seja, 2015 - , era de se esperar uma redução na previsão de receitas tributárias

de 2016, face ao valor efetivamente arrecadado no ano de 2015. Em resumo, se já era prevista

uma queda de arrecadação para o ano de 2016, lastreada, por sua vez, na diminuição do PIB em

2015 no patamar de 0.58%, não poderia o Estado sugerir uma receita, em 2016, em patamares

muito superiores ao que fora efetivamente arrecadado no ano anterior, sob pena de lesão ao art.

12 da LRF.

E se essa queda do PIB, inicialmente esperada para 0.38%, tem se efetivado ao longo do

exercício de 2016 em patamares ainda maiores (3.8%), a reestimativa de receita prevista na Lei

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12

de reajuste fiscal estadual9 para os R$ 56.5 bilhões é ainda superestimada. Neste cenário, o

ponto de partida para a previsão orçamentária originária deveria ser ainda igual ou menor que

os R$ 61.6 bilhões arrecadados em 2015. E, ao adequá-lo à realidade arrecadatória estadual

atual, essa nova proposta poderia chegar perto dos R$ 56 bilhões, sem precisar cortar R$ 19

bilhões de receitas – e, por via de consequência, de despesas.

Para exemplificar o quão aleatória – portanto, divorciada das mais comezinhas regras de

planejamento orçamentário, atualmente existentes – foi a previsão de receitas para o ano de

2016, informamos (lastreados no comparativo de receita orçada, com a arrecadada, no ano de

2015, extraída do site de transparência), que no ano anterior (2015), o Estado do Rio de Janeiro

previu arrecadar R$ 7.148.074.445,72 com o conjunto de receitas patrimoniais10. No entanto, só

foram efetivamente arrecadados neste ano de 2015 R$ 2.8 bilhões.

Mas, ao contrário do que era de se esperar, o Estado do Rio de Janeiro propôs arrecadar em 2016

R$ 9.8 bilhões com o seu mesmo conjunto de receitas patrimoniais. Sendo que, até o dia 31 de

agosto de 2016, arrecadara somente R$ 2.31 bilhões11.

Neste ponto, convém refrisar a análise comparativa de arrecadação, que pode ser extraída do

relatório resumido de execução orçamentária da receita (comparativo arrecadação acumulada

agosto 2015 X agosto 2016), relativa à perda de receita com a compensação financeira

proveniente dos Royalties e da Participação Especial dos Royalties de Petróleo. Segundo tal

relatório oficial, a perda de receita, comparativamente, chegou os R$ 1.6 bilhão. Valor esse que

seria facilmente suprido pelo recente empréstimo, já computado nesse mesmo relatório, obtido

junto à União, no montante de R$ 2.9 bilhões.

9 Que, repita-se, altera as metas fiscais prevista na LOA de 2016 (Lei 7.034/16).

10 Ou seja, aquelas decorrentes da utilização do seu patrimônio público, nestes incluídos os seus bens intangíveis,

as participações societárias, dividendos recebidos de empresas estatais, receitas de concessão e permissão e,

dentre outras, as decorrentes da exploração dos recursos naturais: royalties e participação especial nos royalties

de petróleo. 11

Fonte: Relatório Resumido de Execução Orçamentária - Balanço Orçamentário. Controladoria Geral do

Estado.

http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/content/conn/UCMServer/path/Contribution%20Folders/contadoria/relatorios

Contabeis/lrf/2016/4%c2%ba%20Bimestre.2016/Anexo%201_4%c2%baBim_RREO_%202016.pdf?lve

(pesquisado em 10 de outubro de 2016)

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13

A maior perda que se pode extrair desta análise comparativa se deu, no entanto, na descrição

orçamentária “outras receitas correntes”, rubrica que teria gerado um decréscimo, para o ano de

2016, de cerca de R$ 5.5 bilhões. Chega-se a esse valor, através da diferença entre o total

arrecadado na rubrica demais receitas de capital, o qual, no ano passado (até agosto de 2015)

teria se acumulado em R$ 7.421.659.681; e até agosto de 2016, R$ 1.873.443.46612.

Vale aqui relembrar que houve uma importante, porém pontual, contribuição para o incremento

do montante arrecadado a esse título no ano passado: a transferência de recursos das fontes do

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, mais especificamente da conta dos depósitos

judiciais e extra-judiciais, ao tesouro e ao Fundo de Previdência do Estado. Isso, materializado

através da Lei Complementar Estadual nº 163, de 31 de março de 2015.

Tal Lei, ao prever a possibilidade de o Tribunal de Justiça transferir até 25% dos valores

disponibilizados nesse caixa, para a conta vinculada de pagamento dos precatórios judiciais e;

ainda, outros 37,5% deste mesmo montante, para a capitalização do Fundo Único de Previdência

Social do Estado do Rio de Janeiro, acabou por contribuir para um acréscimo de receitas

correntes estaduais, num montante de R$ 6.7 bilhões. Receitas essas que, para além de gerarem

a obrigação de amortização em momentos futuros, certa e sabidamente não se repetiriam nos

anos subsequentes.

Prosseguindo com outras exemplificações, agora no que diz respeito às receitas de capital, a

previsão de arrecadação do Estado no ano de 2015 foi de R$ 11.1 bilhões; contra a sua efetiva

arrecadação, no final do exercício de 2015, de R$ 6.2 bilhões. Também nesse ponto, mais uma

vez ao contrário do que se poderia imaginar, o Estado acresceu sua correspondente estimativa

de arrecadação no ano de 2016. Destarte, na LOA de 2016 a previsão de tal rubrica arrecadatória

pulou para R$ 16.9 bilhões (em comparação com o estimado R$ 11.1 bilhões de 2015), tendo

sido realizado, até 31 de agosto de 2016, somente R$ 1.07 bilhão.

12

Dados extraídos do Relatório de Execução Orçamentária da Receita – Controladoria Geral do Estado.

(http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/content/conn/UCMServer/path/Contribution%20Folders/site_fazenda/prest_

contas/cidadao/2013/2016/08%20-

%20AGOSTO/%281%29%20Relat%C3%B3rio%20Prestando%20Contas%20ao%20Cidad%C3%A3o%20-

%20Receita_08.2016.pdf?lve). Pesquisado em 11 de outubro de 2016. Os demais dados acerca dos comparativos

de receita foram extraídos desta mesma fonte.

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14

Esses números (outros poderiam ser ainda apresentados) demonstram o quão divorciadas da

realidade têm sido as propostas orçamentárias editadas pelo Estado. Propostas essas que têm

embasado todo o planejamento governamental do Rio de Janeiro e frustrado a continuidade dos

serviços públicos, vez que o contingenciamento de que trata o art. 9 da LRF se tornou uma

prática de não ajuste eventual, mas de regular correção das ficções embutidas na LOA estadual.

Relembrando que, estando ausente o suporte financeiro elementar à realização das receitas,

todas as despesas daí decorrentes ficarão seriamente comprometidas, seja qual for a sua

natureza.

Noutra ponta do raciocínio, convém destacar agora as lições de Adilson Abreu Dallari, segundo o

qual “... a lei orçamentária anual decorre de um processo de planejamento, que tem por objetivo

definir prioridades governamentais e políticas públicas, motivo pela qual as dotações

orçamentárias são de caráter impositivo, sendo obrigatória a execução dos projetos e programas

em função dos quais foram definidas as dotações, as quais não mais são simples autorizações de

despesa, mas possuem caráter vinculante, cujo descumprimento pode ensejar a responsabilidade

do agente público”. (Orçamento impositivo. In: CONTI. José Maurício; SCAFF, Fernando Facury

(Org.). Orçamentos Públicos e Direito Financeiro, Ed. Revista dos Tribunais. 1ª Ed. p. 309).

A comprovada ausência de planejamento, em especial na previsão de receitas orçamentárias nos

últimos anos, tem levado o Estado do Rio de Janeiro a propor medidas extremas e por vezes

inconstitucionais, em busca da sua equalização orçamentário-financeira. Medidas essas que, no

entanto e a cada vez mais, têm se demonstrado ineficientes para solucionar o seu verdadeiro

problema.

Ao tomarmos, mais uma vez, como referência os inquéritos civis mencionados ab initio, as

mídias regionais e nacionais, as diversas demandas judiciais de cobrança, individuais ou

coletivas, que têm sido ofertadas perante o Poder Judiciário e os dados extraídos dos relatórios

de prestação de contas e dos demonstrativos de execução orçamentária oficiais estaduais, em

especial, para o tema ora proposto, o que diz respeito aos dados de receita, todos publicados –

por força da Lei da Transparência – no sítio eletrônico oficial do Estado do Rio de Janeiro,

verificamos que, ao contrário do que fora mencionado como justificativa na sua proposta de

alteração da Lei Orçamentária de 2016, o Estado do Rio de Janeiro não vem, de fato,

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intensificando “... os esforços fiscalizatórios...” e nem, tampouco “...perseguido a redução do

inadimplemento dos grandes contribuintes”.

E, antes mesmo de adentrarmos nos ditos esforços fiscalizatórios, visando ao adimplemento dos

grandes contribuintes – que nada mais são do que obrigações legais e constitucionais do ente

público em prover e equilibrar suas contas – convém destacar que, ao contrário do que se

poderia prever, ante ao cenário de queda do P.I.B., o Estado do Rio de Janeiro incrementou em

4,83% o volume das suas receitas tributárias, na comparação entre Agosto/15 X Agosto/16 (já

tantas vezes citada). De janeiro a agosto de 2015, o Estado havia arrecadado R$ 29.3 bilhões em

impostos, ao passo que, de janeiro a junho de 2016, o Estado arrecadou R$ 30.7bilhões.

Mas tal acréscimo se deveu, principalmente, ao superavit nas arrecadações do ITD – acréscimo

de 102.2% - e do adicional do ICMS – 32%. A arrecadação com o ICMS, em si, sofreu um

decréscimo de 0,79% (no período compreendido entre janeiro e agosto de 2015, em comparação

com janeiro a agosto de 2016).13

Tal constatação, por sua vez, vai ao encontro do quadro geral e histórico de incentivos de ICMS

concedidos sem a devida fiscalização, sem previsão legal e orçamentária que desse suporte de

validade jurídica e econômica, na forma do art. 14 da LRF. Tem sido amplamente divulgado na

mídia escrita que, nos 2 meses subsequentes à edição do decreto de estado de calamidade

financeira (portanto, nos meses de julho e agosto de 2016) o Estado do Rio de Janeiro concedeu

50 (cinquenta) benefícios fiscais (entre benefícios novos e renovações de benefícios anteriores),

para as mais variadas sociedades empresariais sediadas em seu território14, e com os mais

variados objetivos, conforme observamos na tabela abaixo:

13

http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/content/conn/UCMServer/path/Contribution%20Folders/site_fazenda/prest

_contas/cidadao/2013/2016/08%20-

%20AGOSTO/%281%29%20Relat%C3%B3rio%20Prestando%20Contas%20ao%20Cidad%C3%A3o%20-

%20Receita_08.2016.pdf?lve. Pesquisado em 11 de outubro de 2016. 14

http://extra.globo.com/noticias/extra-extra/governo-do-rio-continua-distribuir-beneficios-fiscais-empresas-

19887075.html;

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16

Cumpre-nos fazer um enfoque especial em uma das concessões de regime tributário

diferenciado, informadas no quadro acima: a do Consórcio Pipe Rack. Esse consórcio foi o

responsável por parte das construções do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro

(Comperj), cuja construção no município de Itaboraí se encontra atualmente paralisada. Sendo

o mesmo formado por três das principais empreiteiras envolvidas nas acusações de corrupção

pela Operação Lava Jato, quais sejam, a Construtora Norberto Odebrecht, a Mendes Junior

Trading e Engenharia, e a UTC Engenharia S/A15.

Vale também destacar que foram concedidos tratamentos tributários diferenciados não só nos

meses acima destacados, mas ao longo de todo o ano de 2016, coforme demonstra a tabela a

seguir (informações extraídas do sítio eletrônico oficial da Secretaria Estadual de Fazenda)16:

Anexo da Portaria SAF nº 1993 de 07/03/2016 – Sociedades Empresárias enquadradas no Regime de

Tributação Diferenciado instituído pela Lei 6979/2015

15

https://blogdopedlowski.com/tag/pipe-rack/ 16

http://www.fazenda.rj.gov.br/sefaz/faces/menu_structure/legislacao/legislacao-estadual-

navigation/coluna3/Portarias/Portarias-

Tributaria?_afrLoop=4050390619031319&datasource=UCMServer%23dDocName%3A100245&_adf.ctrl-

state=uirnbjcmw_145

D.O. Exec Data INSCRIÇÃO

ESTADUAL

CNPJ EMPRESA TIPO DE REGIME PROCESSO Nº PORTARIA SAF NºNCM DA

MERCAD.

% DE

DIFERIMENTO

INÍCIO

BENEFÍCIO

27/07/2016- PÁG 6 79.926.515 17.701.516/0004-09 SPICE INDUSTRIA QUIMICA LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/026/30/2015 PORTARIA SAF Nº 1978 DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016 Vide Portaria

27/07/2016- PÁG 6 84.261.793 35.762.251/0002-79 KERNEOS DO BRASIL PRODUCAO E COMERCIO DE ALUMINOSOS LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/079/1781/2015 PORTARIA SAF Nº 1979 DE 02 DE FEVEREIRO DE 2016 Vide Portaria

27/07/2016- PÁG 6 79.927.449 17.701.516/0003-28 SPICE INDÚSTRIA QUIMICA LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/026/29/2015 PORTARIA SAF Nº 1991 DE 01 DE MARÇO DE 2016 Vide Portaria

27/07/2016- PÁG 6 79.259.098 03.199.993/0001-60 SIGNITY REPRESENTAÇÕES E ASSESSORIA LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/007/873/2014 PORTARIA SAF Nº 2031 DE 26 DE ABRIL DE 2016 66%

27/07/2016- PÁG 6 84.261.793 01.212.194/0001-51 REVESTIMENTOS E PISOS SJ ORLEAN LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/003/1930/2014 PORTARIA SAF Nº 2037 DE 28 DE ABRIL DE 2016 Vide Portaria

27/07/2016- PÁG 6 75.862.652 02.917.178/0001-27 LESER VALVULAS DE SEGURANCA LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/079/3163/2014 PORTARIA SAF Nº 2071 DE 30 DE JUNHO DE 2016 31,15%

80.913.141 36.231.686/0001-79 KALMAR INDÚSTRIA E COMERCIO DE ROUPAS LTDA Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº 6331/2012 E-04/023/138/2016 PORTARIA SAF Nº 2076 de 01 DE JULHO DE 2016 01/03/2016

76.208.972 04.316.457/0001-60 MACCOMEVAP IND. COM DE TEC. EM ILUMINAÇÃO E SERV. ELÉTRON LTDA. Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 41.557/2008 E-04/079/4503/2015 PORTARIA SAF Nº 2077 DE 04 DE JULHO DE 2016

77.081.798 04.072.878/0001-93 M2M INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 41.557/2008 E-04/005/673/2014 Portaria SAF Nº 2079 de 19 DE JULHO DE 2016

84.467.626 36.289.668/0001-48 RMAZEM SANTOS DE MIRACEMA LTDA Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto 44.498/2013 E-04/027/78/2016 PORTARIA SAF Nº 2080 DE 19 DE JULHO DE 2016 04/05/2016

79.374.423 11.948.290/0002-05 INDUX COMPONENTES ELETRÔNICOS LTDA – EPP Incluida no Anexo I da Portaria SAF nº 665/2010 E-04/246328/2011 PORTARIA SAF Nº 2081 DE 19 DE JULHO DE 2016

84.489.476 40.333.270/0001-39 MINERARE MINERACAO E COMERCIO LTDA Tratamento Tributário Diferenciado do Decreto 44.629/2014 E-04/013/736/2014 PORTARIA SAF Nº 2082 DE 19 DE JULHO DE 2016 01/10/2014

87.040.543 23493779/0001-20 PENNA E NUNES INDÚSTRIA DE ROUPAS E ARTIGOS DO VESTUARIO LTDA Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº 6331/2012 E-04/023/1845/2015 PORTARIA SAF Nº 2083 DE 19 DE JULHO DE 2016

21/07/2016- PÁG 42 79.428.019 04.079.887/0004-59 PREMIUM FLEX PAPEIS E RESINAS LTDA Regime especial Leis nº 5.636/2010 e nº 6.979/2015 E-04/205332/2012 PORTARIA SAF N° 2084 DE 20 DE JULHO DE 2016 01/11/2012

21/07/2016- PÁG 42 79.214.264 12.769.779/0001-93 L L 8 RELOJOARIA LTDA Regime Especial Decreto nº 41.596/2008 E-04/022/439/2015 PORTARIA SAF N° 2085 DE 20 DE JULHO DE 2016

21/07/2016- PÁG 42 79.472.549 14.165.616/0001-27 CONSÓRCIO PIPE RACK Regime Especial Lei nº 5592/2010 e Decreto nº 42543/2010 E-04/196415/2011 PORTARIA SAF N° 2086 DE 20 DE JULHO DE 2016 18/11/2011

79.625.515 07.615.536/0002-41 TRELLEBORG OFF SHORE DO BRASIL - REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS DE ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 41.557/2008 E-04/154932/2012 PORTARIA SAF Nº 2089 DE 25 DE JULHO DE 2016

27/07/2016- PÁG 6 80.646.496 31.118.409/0001-30 A W ROSSI & CIA LTDA Tratamento tributário diferenciado Decreto nº 44.498/2013 E-04/025/638/2015 PORTARIA SAF N° 2090 DE 25 DE JULHO DE 2016 01/11/2015

82.103.856 30.290.688/0001-52 FERRAGENS RAMADA LTDA Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto 44.498/2013 E-04/079/5145/2014 PORTARIA SAF Nº 2091 DE 25 DE JULHO DE 2016

85.760.998 30.055.230/0004-61 LARTEX TECELAGEM LTDA Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº 6331/2012 E-04/022/2247/2015 PORTARIA SAF Nº 2092 DE 25 DE JULHO DE 2016

87.009.483 43.996.693/0028-47 PPG INDUSTRIAL DO BRASIL - TINTAS E VERNIZES - LTDATratamento Tributário Especial para implantação da NISSAN do Brasil no

Estado do RJ – Lei nº 6078 de 2011E-04/045/08/2016 PORTARIA SAF Nº 2093 DE 25 DE JULHO DE 2016

27/07/2016- PÁG 6 82.412.905 29.225.976/0001-44 CONVEM MINERAÇÃO LTDA Regime Especial Decreto nº 44.629/2014 E-04/038/46/2014 PORTARIA SAF N° 2094 DE 26 DE JULHO DE 2016 01/04/2014

27/07/2016- PÁG 6 80.104.618 30.116.263/0001-21 SAN MARCO CONFECÇÕES LTDA Regime Especial LEI Nº 6.331/2012 E-04/029/1510/2014 PORTARIA SAF N° 2095 DE 26 DE JULHO DE 2016 01/01/2015

27/07/2016- PÁG 6 79.013.951 30.116.263/0002-02 SAN MARCO CONFECÇÕES LTDA Regime Especial LEI Nº 6.331/2012 E-04/029/1510/2014 PORTARIA SAF N° 2095 DE 26 DE JULHO DE 2016 01/01/2015

27/07/2016- PÁG 6 78.160.225 02.091.365/0045-15 HSJ COMERCIAL S/A Regime Especial Decreto nº 41.596/2008 E-04/153529/2009 PORTARIA SAF Nº 2096 DE 26 DE JULHO DE 2016

27/07/2016- PÁG 6 77.778.845 02.091.365/0020-67 HSJ COMERCIAL S/A Regime Especial Decreto nº 41.596/2008 E-04/153524/2009 PORTARIA SAF Nº 2097 DE 26 DE JULHO DE 2016

27/07/2016- PÁG 6 77.984.488 02.091.365/0038-96 HSJ COMERCIAL S/A Regime Especial Decreto nº 41.596/2008 E-04/153527/2009 PORTARIA SAF Nº 2098 DE 26 DE JULHO DE 2016

27/07/2016- PÁG 6 84.552.461 39.528.914/0001-65 COLDMIX INDÚSTRIA, COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA REGIME ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/079/811/2014 PORTARIA SAF N° 2099 DE 26 DE JULHO DE 2016 56,19%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 2811.22.30 38,97%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 3816.00.19 30,78%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 3816.00.90 38,33%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 6815.99.19 26,78%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 6902.10.18 22,83%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 6902.20.10 39,26%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 6902.20.99 21,68%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 6903.20.90 24,33%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 7304.39.90 42,22%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 8412.21.10 31,06%

02/08/2016- PÁG 4 79.384.968 10.619.198/0006-54 RHI REFRATARIOS BRASIL LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/024/1731/2014 PORTARIA SAF N° 2102 DE 01 DE AGOSTO DE 2016 8481.80.93 35,94%

02/08/2016- PÁG 5 86.854.708 07.088.667/0006-41 JOALHERIA MEIRY WEST SHOPPING LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL DECRETO Nº 41.596/2008 E-04/008/522/2015 PORTARIA SAF N° 2103 DE 01 DE AGOSTO DE 2016

retroag.

efe.

01/04/15

02/08/2016- PÁG 5 92.009.416 04.206.050/0010-71 TIM CELULAR SA REGIME DE TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADO RESOLUÇÃO Nº 6.475/2012 E-04/054762/2011 PORTARIA SAF N° 2104 DE 01 DE AGOSTO DE 2016

21/09/2011

(Data ass.)

78.995.203 11.624.355/0001-78 RIOMARKET DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS LTDA Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto 44.498/2013 E-04/014/901/2015 PORTARIA SAF Nº 2105 DE 03 DE AGOSTO DE 2016 01/10/2015

78.368.403 09.093.084/0001-20 RIO COLOR DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA EPP Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto 44.498/2013 E-04/031/110/2016 PORTARIA SAF Nº 2106 DE 03 DE AGOSTO DE 2016 01/05/2015

09/08/2016-PÁG 4 85.588.303 00.848.268/0001-88 ALPES VILLE DISTRIBUIDORA LTDA REGIME DE TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADO DECRETO Nº 44.498/2013 E-04/079/4069/2015 PORTARIA SAF N° 2107 DE 08 DE AGOSTO DE 2016 01/01/2016

09/08/2016-PÁG 4 86.852.365 21.644.071/0001-05 SOMIX RIO DISTRIBUIDORA LTDA REGIME DE TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADO DECRETO Nº 44.498/2013 E-04/091/3734/2015 PORTARIA SAF N° 2108 DE 08 DE AGOSTO DE 2016 01/04/2016

09/08/2016-PÁG 4 85.937.766 01.252.809/0001-73 CACTO 112 CONFECÇÕES LTDA REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL LEI Nº 6.331/2012 E-04/023/137/2016 PORTARIA SAF N° 2109 DE 08 DE AGOSTO DE 2016 01/03/2016

09/08/2016-PÁG 4 79.616.656 07.672.995/0003-48 HOSTMANN STEINBERG TINTAS GRÁFICAS REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 726/2014 E-04/031/900/2015 PORTARIA SAF N° 2110 DE 08 DE AGOSTO DE 2016 59%

11/08/2016-PÁG 17 79.193.488 33.435.231/0004-20 GE CELMA LTDA REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DECRETO Nº 37888/2005 DE 29 DE JUNHO DE 2005E-04/079/2875/2015 PORTARIA SAF N° 2111 DE 10 DE AGOSTO DE 2016

87.146.936 14.644.526/0005-42 SEB COMERCIAL DE PRODUTOS DOMESTICOS LTDA Regime Especial de Tributação previsto no Decreto nº 45.631/2016 E-11/003/102/2016 PORTARIA SAF Nº 2112 DE 17 DE AGOSTO DE 2016 01/08/2016

87. 147.568 .61077.830/0023-17 SEB DO BRASIL PRODUTOS DOMESTICOS LTDA Regime Especial de Tributação previsto no Decreto nº 45.631/2016 E-11/003/102/2016 PORTARIA SAF Nº 2112 DE 17 DE AGOSTO DE 2016 01/08/2016

EMPRESAS AUTORIZADAS A USUFRUIR BENEFÍCIOS EM REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO

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PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

17

(ANEXO I)

Inscrição Estadual

CNPJ Empresa Processo n.º Data de início

87.079.350 09.641.540/0003-90

RUBBERON IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

E-04/031/043//2016

01/02/2016

(ANEXO II)

Inscrição CNPJ Empresas Comerciais N.º do processo Adesão à Lei 5.636/2010

75.675.941 02.559.761/0001-03 TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ CARVALHO LTDA

E-04/203269/2011 01/06/2011

75.701.470 03.618.805/0001-91 Cipel de Pádua Indústria de Papéis E-34/207157/2006 07/01/2010

75.864.965 03.149.225/0001-00 Linhas Catharinelly Ltda. E-34/270160/2006 30/10/2010

75.952.198 03.747.816/0001-71 Bloco Bello Artefatos de cimento Ltda. E-04/170577/2011 01/11/2011

76.102.813 03.374.226/0001-40 Serval Serviços e Equipamentos Industriais LTDA E-04/233240/2010 07/01/2010

77.176.810 04.421.518/0001-50 DOPAZO&SILVA SUCOS LTDA E04/106106/2010 01/03/2010

77.237.976 04.649.486/0001-44 INPROL INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA

E-04/223184/2010 01/06/2010

77.249.605 04.605.305/0001-88 JESIANA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA E-04/196117/2010 01/04/2010

77.253.220 22.780.688/0006-17 Carrocerias São Pedro Comércio e Indústria LTDA E-34/209454/2005 07/01/2010

77.291.261 04.526.087/0001-96 Eco-Pak Indústria e Comércio de Refrigerantes Ltda. – ME

E-04/214584/2010 01/06/2010

77.291.261 04.526.087/0001-96 ECO-PAK INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES LTDA.

E-04/005979/2011 01/07/2011

77.327.070 04.918.341/0001-00 Nova A3 Indústria e Comércio Ltda E-04/233315/2010 01/03/2010

77.425.446 29.637.675/0001-28 Empresa hidromineral Fluminense Ltda. E-34/ 209496/2005 07/01/2010

77.472.169 02.437.645/0001-11 RECAP PNEUS MARINGA LTDA. E-34/234144/2009 07/01/2010

77.596.844 05.854.001/0001-17 POLIBOM Plásticos Ltda. ME E-34/207045/2006 07/01/2010

77.607.749 05.889.170/0001-92 RIGOTEX DE AVELAR INDÚSTRIA TEXTIL LTDA ME

E-04/021/152/2013 01/09/2013

77.657.746 05.627.254/0001-58 Álcool Química Canabrava S/A E-04/185611/2008 07/01/2010

77.657.746 05.627.254/0001-58 ALCOOL QUÍMICA CANABRAVA S.A. E-04/185611/2008 E-04/186321/2009

17/12/2012

77.667.547 06.030.154/0001-02 Isocamp Indústria e Comércio Ltda. E-34/194164/2006 07/01/2010

77.781.200 05.853.255/0001-10 Wastec Indústria e Comércio E-04/233157/2010 01/01/2011

77.814.710 07.046.827/0001-85 POLY FFS EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA. E-04/018/30//2014. 01/02/2014

77.834.249 07.084.532/0001-01 3 Rios Confiança Indústria e Comércio de Vidros e Alumínio Ltda.

E-04/233231/2010 01/07/2010

77.911.146 00.810.273/0001-00 SJW Indústria, Comércio, Importação e Exportação Ltda.

E-04/233290/10 07/01/2010

77.968.474 07.554.419/0001-34 Laticinio Normandia de Bemposta LTDA (Empresa excluída pela Portaria SAF n.º

1998/2016) E-34/270163/2006 07/01/2010

77.991.662 07.580.415/0001-2 KRK INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA

E04/257325/2012 01/05/2012

77.996.796 05.396.285/0001-45 Erika Mackenzie Neuhaus E-34/239329/2005 07/01/2010

78.000.236 02.886.413/0001-40 Indústria de Papeis Sudeste Ltda. E-34/269004/2006 07/01/2010

78.110.287 07.932.004/0001-57 Nova Kaeru Indústria e Comércio de Couros Ltda. E-04/233270/10 07/01/2010

78.127.104 01.352.926/0005-32 PLASTSEVEN Indústria e Comércio Ltda. E-34/236.622/2006 07/01/2010

78.167.300 08.304.713/0001-50 Zapiranga Indústria de Produtos Derivados de Aço e Plásticos Ltda

E-04/233252/2010 07/01/2010

78.179.988 08.286.499/0001-57 Remo Polímeros Ind. e Com. de Resinas Plásticas E-04/057365/2010 07/01/2010

78.197.625 08.147.535/0002-82 UNDERBERG DO BRASIL INDÚSTRIA DE BEBIDAS LTDA

E-34/195333/2006 07/01/2010

78.224.800 08.484.108/0001-09 Cipapel Rio Indústria e Comércio de Películas de Plásticos Ltda

E-04/233.265/2010 07/01/2010

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

18

78.239.867 08.545.906/0001-01 INCOFRAL de Bom Jardim Ind. Com. e Imp. Produtos Descartáveis e Higiene LTDA

E-04/065427/2010 01/03/2007

78.275.219 05.315.977/0004-64 ANTARES BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA

E-04/233250/2010 07/01/2010

78.280.654 07.792.813/0001-00 D CINCO Produtos Siderúrgicos Ltda. E-04/233267/2010 07/01/2010

78.307.200 08.888.916/0001-31 Profine Indústria de Aditivos Minerais Ltda. E-04/205940/2007 07/01/2010

78.342.072 03.763.138/0001-30 Indumenzi Confecção Comercial de Moda Íntima Ltda (Empresa excluída pela Portaria SAF

n.º 1998/2016) E-04/210351/2010 07/01/2010

78.348.615 09.017.422/0001-44 Ibnis Confecção de Roupas Íntimas Ltda. E-04/246968/2007 07/01/2010

78.349.417 06.150.850/0004-03 Rainha Indústria de Descartáveis Ltda E-04/210330/2010 10/05/2010

78.365.625 08.990.717/0001-30 HLF Souza Bastos Confecção e Comércio de Roupas Ltda.

E-04/031/88/2014 01/02/2014

78.423.765 09.132.130/0001-52 Utsch do Brasil Indústria de Placas de Seguranca Ltda

E-04/233190/20 07/01/2010

78.437.740 09.247.728/0001-97 Crec 13 Produtos Alimentícios Ltda E-04/173047/2010 01/02/2010

78.440.619 07.156.420/0002-91 P P Plana Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. EPP

E-04/233348/2010 07/01/2010

78.445.530 03.718.276/0003-60 Sanes Brasil Agroindustrial Ltda. E-04/106401/2010 07/01/2010

78.446.420 09.297.650/0001-15 BARRAPLAST Plásticos da Serra E-04/210373/2010 07/01/2010

78.455.250 09.335.832/0001-33 Metalpower Metalurgia e Mecânica Ltda. E-04/233317/2010 07/01/2010

78.458.380 09.365.991/0001-80 KORA RIO Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. E-04/209175/2008 07/01/2010

78.467.045 09.416.805/0001-95 TTR Vidros Ltda E-04/233335/2010 07/01/2010

78.469.323 04.369.207/0002-70 Persianas Fastlux Ltda. E-04/233313/2010 07/01/2010

78.478.039 39.243.217/0002-49 Proline Comércio Importação e Exportação e Representação Ltda

E-04/209267/2008 07/01/2010

78.545.305 10.175.924/0001-82

EUROFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COLCHÕES LTDA (Empresa incluída pela Portaria SAF n.º 1999/2016, vigente a partir de 16.03.2016)

E-04/233304/2010 01/03/2011

78.549.785 32.296.378/0040-87 Cereais Bramil Ltda E-04/071579/2010 31/08/2011

78.566.426 10.199.619/0001-20 IMAAJ - Indústria de Máquinas e Automação Jamapará LTDA

E-04/233243/2010 07/01/2010

78.566.442 10.209.479/0001-24 CECMETAL Indústria de Metais Não Ferrosos Ltda.

E-04/233266/2010 07/01/2010

78.568.461 10.277.146/0001-32 Ourense do Brasil Industria de artefatos de metal e plástico LTDA

E-04/233314/2010 07/01/2010

78.572.094 10.198.328/0001-18 Precisa Quadros e Painéis Ltda E-04/234146/2009 07/01/2010

78.577.495 33.258.401/0011-77 Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica LTDA E-04/039/103/2014 01/05/2014

78.619.643 00.157.774/0005-54 TARGA Ltda E-04/173244/2010 06/01/2010

78.651.423 07.209.957/0002-72 Fortuce & Fortuce Ltda. E-04/196858/2008 07/01/2010

78.659.734 10.531.726/0001-04 Lemnos Indústria de Metais Ltda E-04/233268/2010 07/01/2010

78.684.232 10.519.603/0001-58 VDP INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDA E-04/233254/2010 07/01/2010

78.689.269 10.568.345/0001-08 AURANTIS IND. FARMACEUTICA LTDA E-04/234176/2009 07/01/2010

78.701.153 10.666.780/0001-67 Lilit Brasil Indústria do Vestuário Ltda (Empresa excluída pela Portaria SAF n.º

1998/2016) E-04/233311/2010 07/01/2010

78.730.986 31.076.938/0004-61 GGP Industrial LTDA E-04/233276/2010 01/02/2010

78.762.101 10.873.653/0001-39 Maxx Pack Indústria e Comércio de Plástico Ltda E-04/233318/2010 07/01/2010

78.788.410 10.955.639/0001-84 SIMBAL RIO INDÚSTRIA DE MÓVEIS E COLCHÕES LTDA

E-04/257880/2012 01/11/2012

78.798.491 10.702.511/0002-90 AXIS S/A E-04/233261/2010 07/01/2010

78.822.350 78.014.867/0001-93 EMA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS LTDA E-04/234136/2009 07/01/2010

78.835.281 11.098.486/0001-69 Nova Fazendinha e Fazendão Indústria de Laticínios Ltda

E-04/170094/2011 07/01/2010

78.874.970 11.176.645/0001-04 Tecnosteel Indústria e Comércio Ltda E-04/170012/2010 07/01/2010

78.884.410 11.255.388/0001-98 Embalagens Três Rios Indústria e Comércio Ltda. E-04/233282/2010 07/01/2010

78.901.969 01.290.263/0002-26 Tecnoform Indústria e Comércio Ltda E-04/062836/2011 01/10/2011

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

19

78.915.200 11.341.113/0001-77 Eucacel Agroindustrial Ltda. E-04/234270/2009 07/01/2010

78.918.837 11.363.676/0001-66 SR Embalagens Plásticas Três Rios LTDA E-04/233248/2010 07/01/2010

78.920.793 11.368.424/0001-20 ITC INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE COBRE LTDA

E-04/233288/2010 07/01/2010

78.928.000 11.387.944/0001-80 INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS VALENÇA LTDA E-04/234288/2009 07/01/2010

78.932.546 11.328.858/0001-54 Zeus Valença Indústria de Confecções LTDA E-04/234231/2010 01/03/2011

78.942.070 01.002.047/0005-80 PLUMATEX COLCHÕES INDUSTRIAL LTDA E-04/233329/2010 01/02/2010

78.943.769 53.877.684/0005-02 Hidroall do Brasil Ltda. E-04/233.343/2010 01/06/2012

78.957.700 11.272.364/0001-47 Polimar Indústria e Comércio de Produtos Plásticos Ltda.

E-04/234061/2010 01/04/2010

78.958.790 11.464.331/0001-07 Pré-Moldados Vassouras Indústria e Comércio LTDA

E-04/173217/2010 01/06/2010

78.964.340 11.493.858/0001-51 Brasil-Led Indústria e Comércio de Material Elétrico e Luminárias Ltda.

E-04/234056/2010 01/02/2010

78.967.838 02.654.768/0001-04 PLUS VALLE PADARIA E CONFEITARIA LTDA E-04/245162/2011 01/05/2011

78.995.335 11.636.336/0001-61 Burn Indústria e Comércio Ltda. EPP E04/214583/2010 01/06/2010

78.997.893 11.649.203/0001-20 Valeraco Indústria Importação e Exportação de Ferro e Aço LTDA

E-04/234074/2010 01/04/2010

79.002.534 05.373.141/0002-54 COSMETAL Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Produtos Siderúrgicos Ltda.

E-04/173236/2010 01/06/2010

79.002.542 02.950.439/0002-91 CYVAN PRODUTOS QUÍMICOS LTDA E-04/233293/2010 01/04/2010

79.006.645 11.701.126/0001-00 Indústria Metalúrgica Sul Fluminense Ltda. E-04/234079/2010 01/04/2010

79.024.937 07.201.550/0001-18 Carvalho e Michelin Indústria e Comércio de papéis, papelões, plásticos e alumínio Ltda. - EPP

E-04/201197/2010 01/01/2011

79.028.738 11.820.302/0001-22 Metalúrgica Bom Jardim LTDA E-04/211284/2010 01/01/2011

79.032.000 11.790.941/0001-92 GUANAPACK INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS LTDA.

E-04/245112/2011 01/05/2010

79.034.070 11.647.535/0002-56 Tecnoaço Industrial Ltda. E-04/192802/2011 01/06/2010

79.004.642 11.399.701/0001-61 L P FARIA INDÚSTRIA DE ROUPAS LTDA E-04/186297/2010 01/11/2010

79.004.650 11.676.271/0001-88 Delta Produtos e Serviços LTDA E-04/170115/2010 01/04/2010

79.049.298 11.933.922/0001-78 Gráfica 3 Irmãos LTDA E-04/210459/2010 01/07/2010

79.051.390 11.939.927/0001-08 Fazenda São Fernando Ind. De bebidas Ltda. E-04/234481/2010 01/12/2010

79.052.973 11.855.166/0001-06 Chaco-Serra Indústria Madereira Ltda. E-04/196.219/2010 01/10/2010

79.055.557 11.960.484/0001-37 Valença Embalagens Gráfica e Editora Ltda. E-04/234380/2010 01/07/2010

79.059.579 11.979.834/0001-07 Metalúrgica Rioterra Indústria e Comércio Ltda. E-04/234181/2010 01/07/2010

79.059.692 11.980.247/0001-38 Riomak Indúsria e Comércio de Tintas Ltda. E-04/234182/2010 01/07/2010

79.064.041 11.963.195/0001-91 Metalúrgica PTF Ltda. E-04/233350/2010 01/10/2010

79.064.343 12.001.539/0001-44 Aços Rio Indústria de Valença LTDA E-04/234184/2010 01/06/2010

79.064.610 11.991.373/0001-98 Fabrica de Telas e de Peneiras São Jorge LTDA E-04/233442/2010 01/08/2010

79.066.559 11.881.036/0001-48 SKS Confecções Ltda. E-04/234170/2010 01/06/2010

79.066.788 12.003.800/0001-45 AFX Indústria Metalúrgica LTDA E-04/196234/2010 01/06/2010

79.067.504 12.016.059/0001-57 RIO PARAÍBA UTILIDADES LTDA E-04/031/775/2014 01/11/2014

79.067.512 12.016.067/0001-01 Rio Paraíba Ecoprodutos LTDA E-04/257593/2012 01/08/2012

79.067.520 12.016.073/0001-50 Perfiplan Indústria de Produtos Metalúrgicos Ltda. E-04/031/420/2013 01/06/2013

79.067.971 01.911.564/0001-00 Gypsteel Indústria de Perfilados Ltda. E-04/170048/2011 24/08/2011

79.070.041 12.027.623/0001-37 PRIMORE COLCHOES LTDA E-04/031/429/2014 01/07/2014

79.087.041 97.837.181/0032-43 Duratex S.A. E-04/222339/2011 01/08/2011

79.084.069 12.064.824/0001-04 Smart Seal Indústria e Comércio de Artefatos Plásticos Ltda.

E-04/170011/11 15/04/2011

79.102.229 11.450.654/0001-33 VEDACAP IND. E COM. DE EMBALAGENS LTDA E04/176264/2012 01/06/2012

79.113.077 12.243.243/0001-30 Metaltec Brasil Indústria e Comércio Ltda. E-04/196342/2010 01/09/2010

79.128.880 11.988.930/0001-11 PRIMHO - Paracambi Indústria de Móveis Hospitalares Ltda.

E04/196339/2010 01/09/2010

79.128.910 11.987.504/0001-63 OCRA Cacau Indústria de Gêneros Alimentícios ltda

E-04/196.377/2010 01/12/2011

79.134.864 12.351.253/0001-99 ECO LAGOS INDÚSTRIA DE METAIS LTDA. E-04/170060/2011 01/03/2011

79.145.645 33.238.593/0003-40 Fábrica de Máquinas Bemfica Ltda. E-04/196.362/2010 01/10/2010

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

20

79.212.385 12.566.414/0001-61 PSR Bobinas e Etiquetas Ltda. E-04/174199/2011 25/08/2011

79.218.766 10.702.767/0001-16 TELHAR INDUSTRIAL LTDA. E-

04/031/221//2014 01/04/2014

79.225.959 12.838.334/0001-18 Yolac Indústria de Alimentos Ltda. E-04/245176/2011 01/05/2011

79.250.058 12.501.768/0002-09 LANKHORST EURONETE BRASIL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

E-04/147157/2011 01/07/2011

79.260.878 05.130.880/0001-34 COSTA & MINCZUK INDUSTRIA DE ARTEFATOS DE PAPEL EIRELI

E-04/180104/2012 01/04/2012

79.265.985 11.994.303/0001-93 NEOGEO INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA. E-04/245001/2011 01/04/2011

79.270.512 12.093.443/0001-53 Fullmetal Indústria e Comércio Ltda. E-04/218024/2011 01/02/2011

79.274.470 12.858.507/0001-60 FLAVIENSE - INDÚSTRIA DE SOLUÇÕES EM MADEIRA LTDA

E-04/200265/2011 01/09/2011

79.306.738 13.282.778/0001-82 ALUMSUD Ind. Com. Importação e Exportação de Produtos de Alumínio

E-04/174/303/2011 01/08/2011

79.340.987 07.148.146/0002-09 NOVOFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS PLÁSTICOS LTDA

E-04/200993/11 01/11/2011

79.368.008 11.721.060/0001-10 TRIFLEXRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PETROQUÍMICOS LTDA

E-04/058882/2011 01/12/2011

79.390.224 13.736.369/0001-09 COMPOSITO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MATERIAIS PLÁTICOS LTDA

E-04/257492/2012 01/07/2012

79.432.865 12.122.501/0001-20 Vetorial Distribuidora de Produtos Químicos Ltda. E-04/171512/2011 01/01/2012

79.443.484 14.049.115/0001-85 ECOMASTER-RIO INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA.

E-04/246.388/2011 01/12/2011

79.464.309 10.396.496/0002-07 Fiocerto Indústria e Comércio de Facas e Ferramentas LTDA

E-04/249.513/2011 01/12/2011

79.515.175 14.473.629/0001-63 FORTE JAPERI COMERCIO E INDÚSTRIA DE PRODUTOS SIDERURGICOS LTDA ME

E-04/209164/2012 01/08/2012

79.516.252 05.169.892/0004-15 BCN INDÚSTRIA COM IMP EXP PROD AÇO E TRANSPORTES LTDA

E04/261151/12 01/06/2012

79.532.347 08.825.779/0001-96 CMC INDÚSTRIA E PROCESSOS PRODUTIVOS LIMITADA

E-04/246505/2011 01/01/2012

79.554.774 28.933.786/0002-08 Mecasol Tratores Indústria e Comércio Ltda E-04/188008/2011 01/01/2012

79.598.038 14.812.039/0001-18 MOWEN FLORA RESINAS LTDA E04/011/205/2013 01/05/2013

79.604.569 11.545.940/0001-82 Solupack Industria e Comercio de Embalagens Ltda.

E-04/257456/2012 01/06/2012

79.646.962 11.393.695/0001-35 METALFERJ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE METAIS LTDA

E-04/257457/2012 01/06/2012

79.672.297 08.395.735/0002-54 NOVO MINEIRÃO INDÚSTRIA E COMERCIO DE FERRO LTDA

E-04/079/1203//2013

01/05/2013

79.683.221 03.374.226/0002-21 SERVAL SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA

E-04/031/919/2014 01/01/2015

79.720.348 16.624.584/0001-06 SCHIOPPA 19 DO BRASIL LTDA E04/180533/2012 01/04/2014

79.724.440 11.996.021/0001-25 Blendas Poliméricas Comércio e Indústria LTDA E-04/257833/2012 01/11/2012

79.756.040 16.903.745/0001-09 MARAJOARA ARTEFATOS DE AÇO LTDA E-

04/018/130//2014 01/07/2014

79.829.013 17.339.293/0001-39 ATRIOS ALIMENTOS LTDA E04/010/157/2013 01/03/2013

79.849.162 17.433.866/0001-99 Malta Rio Industrial LTDA E-04/011/177/2013 01/05/2013

79.894.770 33.040.122/0014-85 Indústria de Produtos Alimentícios Piraque S.A. E-

04/079/2466/2013 01/09/2013

79.897.302 17.415.465/0001-06 AC Atlantic Composites Indústria e Comércio de Compositos LTDA

E-04/018/241/2013 01/09/2013

80.426.704 28.566.933/0001-60 Metalúrgica Barra do Piraí S.A E-04/061998/2010 01/12/2010

80.881.983 32.580.409/0001-10 Veroquia Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. E-04/218047/2011 01/02/2011

80.893.019 29.617.412/0001-57 Sociedade Agro Industrial Erthal Ltda. E-04/222090/2008 07/01/2010

80.909.799 29.791.738/0001-04 Indelbron do Brasil-Indústria Eletrônica de Brocas para Mineração LTDA

E-04/061235/2010 01/05/2010

81.070.008 28.213.288/0001-00 Destil Destilaria de aguardente Timbó LTDA. E-04/209168/2007 07/01/2010

83.513.292 35.921.402/0001-03 Indústria e Comércio Assis Kodato Ltda E-04/233242/2010 07/01/2010

84.034.800 36.189.116/0001-68 Ferreira e Landim Distribuidora de Carnes Ltda E-04/234027/2010 10/05/2011

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

21

84.559.377 01.893.573/0001-54 Calixtos Confecções LTDA E-04/028/31/2013 01/04/2013

84.587.532 32.296.378/0016-57 CEREAIS BRAMIL LTDA E-04/073013/2008 07/01/2010

84.652.431 73.873.481/0001-13 Svili Industrial Ltda E-04/174.391/2011 01/10/2011

84.699.071 02.821.851/0001-20 D C P INDÚSTRIA DE PRODUTOS METALÚRGICOS LTDA

E-04/031/830/2013 01/12/2013

85.017.942 39.679.816/0001-29 BOMPLASTIC BOM JESUS PLASTICOS LTDA E-04/212721/2012 01/01/2013

85.025.244 04.182.839/0001-49 GARCIA E GARCIA CONFECÇÕES LTDA E-

04/015/417//2013 01/10/2013

85.306.731 02.834.211/0001-55 Plastserrana Indústria e Comércio Ltda E-04/210.350/2010 07/01/2010

85.357.263 01.675.208/0001-73 PION G PLUS LTDA E-04/032/6/2015 01/02/2015

86.201.925 02.055.500/0001-56 Palermendes Usinagem Ltda. E-04/249019/2011 01/02/2011

86.225.085 00.445.776/0001-15 POLY RIO AMBIENTAL LTDA E-04/200004/2011 01/02/2011

86.583.631 12.661.222/0002-15 Shopping Matriz Fabril LTDA E-

04/091/2317/2013 01/01/2014

86.651.203 08.518.829/0003-54 DAFEL COMERCIAL DE FERRO E ALUMÍNIO LTDA

E04/030/162/2014 01/04/2014

86.656.370 01.931.411/0003-25 CARMEX INDÚSTRIA DE DESCARTÁVEIS LTDA E-

04/023/2067/2014 01/12/2014

86.757.931 00.999.513/0005-81 ZINCOLIGAS INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA E-04/031/615/2014 01/10/2014

86.822.776 11.971.100/0001-81 WSREAL VALENÇA CORTE E IMPRESSÃO LTDA

E-04/032/58/2015 01/03/2015

86.848.244 10.324.031/0001-51 ECON METAIS LTDA E-04/010/25/2015 01/02/2015

Portaria SAF nº 1995 de 15/03/2016 – Termo de Acordo ao Tratamento Diferenciado firmado pelo

Inspetor da IEF 10, estabelecido na Resolução SEFAZ nº 537 de 28/09/2012

Inscrição CNPJ Empresa Nº. do processo Data da

Assinatura

92.020.860 23.643.315/0094-51 Danone Ltda E-04/043/995/2013 22/11/2013

92.003.850 60.409.075/0108-91 Nestle Brasil Ltda E-34/072206/2004 28/09/2004

92.019.179 84.046.101/0371-94 Bunge Alimentos S/A E-04/043/749/2013 15/10/2013

92.020.290 16.604.902/0001-77 Cooperativa dos Produtores de Leite de Além Paraíba de Responsabilidade Ltda

E-04/079/2795/2013

17/10/2013

92.016.781 49.319.411/0011-05 Martin-Brower Comercio Transporte e Serviços Ltda

E-04/112520/2012 15/10/2012

92.020.274 20.381.067/0001-20 Laticínios Brasília Ltda E-

04/079/2949/2013 31/10/2013

92.021.424 79.638.524/0018-00 Importadora de Frutas la Violetera Ltda E-

04/043/1041/2013 29/11/2013

92.021.149 01.380.283/0001-07 Laticínios Coalhadas Ltda - Epp E-

04/043/1002/2013 22/11/2013

92.021.106 05.753.695/0001-04 Ldf Laticínios Eireli Epp E-04/043/998/2013 22/11/2013

92.021.360 10.567.693/0001-52 Adel Coco Brasil Industria e Comercio Ltda E-

04/043/1039/2013 29/11/2013

92.021.874 01.892.202/0001-58 Godiva Alimentos Ltda E-

04/079/4161/2013 14/01/2014

92.019.969 70.940.994/0082-77 Pandurata Alimentos Ltda E-

04/079/2878/2013 14/11/2013

92.003.035 60.409.075/0015-58 Nestle Brasil Ltda E-34/071658/2004 31/05/2004

92.003.590 78.569.688/0001-12 Anhambi Alimentos Ltda E-34/071918/2004 26/08/2004

92.003.302 03.043.956/0001-69 Indústria e Comércio de Biscoitos Magia Ltda E-34/071752/2004 09/06/2004

92.002.918 59.478.198/0001-66 Indústria Alimentícias Liane Ltda E-34/071620/2004 16/06/2004

92.003.779 60.409.075/0316-27 Nestle Brasil Ltda E-34/072073/2004 29/09/2004

92.004.325 54.360.656/0017-01 Arcor do Brasil Ltda E-34/071945/2005 26/09/2005

92.002.969 60.618.436/0001-70 Bela Vista S/A Produtos Alimentícios E-34/071651/2004 01/06/2004

92.021.025 22.335.392/0001-82 Doce Mineiro Ltda E-04/043/996/2013 22/11/2013

92.021.513 03.973.903/0001-47 Allbrands Industria de Alimentos Ltda E-

04/043/1057/2013 14/01/2014

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

22

92.021.467 04.330.736/0001-89 Dacolonia Alimentos Naturais Ltda E-

04/043/1043/2013 29/11/2013

92.021.475 81.727.414/0001-19 Jasmine Com.de Prod. Alimentícios Ltda E-

04/043/1044/2013 29/11/2013

92.020.894 61.068.276/0306-07 Unilever Brasil Ltda E-

04/079/3009/2013 31/10/2013

92.019.527 23.643.315/0128-35 Danone Ltda E-04/043/835/2013 21/10/2013

92.020.789 05.017.780/0023-01 Rio Branco Alimentos S/A E-04/043/992/2013 12/11/2013

92.020.770 05.017.780/0034-64 Rio Branco Alimentos S/A E-04/043/991/2013 12/11/2013

92.020.886 61.068.276/0020-69 Unilever Brasil Ltda E-

04/079/3008/2013 31/10/2013

92.020.533 61.068.276/0038-98 Unilever Brasil Ltda E-

04/079/2961/2013 31/10/2013

92.020.347 89.425.888/0001-18 Peccin S/A E-04/043/922/2013 29/10/2013

92.020.835 01.257.995/0001-33 Goiasminas Indústria de Lacticínios Ltda E-04/043/981/2013 31/10/2013

92.020.827 01.257.995/0025-00 Goiasminas Indústria de Laticínios Ltda E-04/043/982/2013 31/10/2013

92.020.843 01.257.995/0022-68 Goiasminas Indústria de Laticínios Ltda E-04/043/983/2013 31/10/2013

92.020.606 82.641.986/0001-43 Companhia Hemmer Indústria e Comércio E-04/043/959/2013 31/10/2013

92.020.908 61.068.276/0028-16 Unilever Brasil Ltda E-

04/079/3006/2013 31/10/2013

92.020.410 04.892.455/0001-10 Nogueira e Rezende Indústria de Laticínio Ltda E-04/043/928/2013 29/11/2013

92.019.950 17.567.256/0001-88 Laticínios Passa Quatro Ltda E-04/043/899/2013 31/10/2013

92.022.021 17.682.600/0001-80 Ind e Com de Produtos Alimentícios São Lourenço Ltda

E-04/043/9/2014 24/01/2014

92.022.005 08.015.763/0001-18 Arcanjo Rafael Indústria e Comércio de Alimentos de Juiz de Fora

E-04/079/4388/2013

14/01/2014

92.018.741 04.342.781/0001-53 Comercial Matoso e Santos Ltda E-04/043/651/2013 15/10/2013

92.020.304 22.149.603/0001-92 Coop dos Produtores de Leite de Leopoldina de Resp Ltda

E-04/079/2802/2013

29/11/2013

92.021.050 90.286.139/0002-17 Ritter Alimentos S/A E-

04/079/3616/2013 31/10/2013

92.021.041 90.286.139/0001-36 Ritter Alimentos S/A E-

04/079/3615/2013 31/10/2013

92.020.584 66.301.334/0001-03 Laticínios Porto Alegre Indústria e Comércio Ltda E-

04/079/3683/2013 31/10/2013

92.022.269 01.892.202/0005-81 Godiva Alimentos Ltda E-04/043/50/2014 20/02/2014

92.021.742 03.300.974/0010-70 Elasa Elo Alimentação S/A E-

04/079/4200/2013 18/12/2013

92.021.734 03.300.974/0025-56 Elasa Elo Alimentação S/A E-

04/079/4201/2013 18/12/2013

92.020.720 63.460.299/0001-87 Ducoco Alimentos S/A E-

04/043/1037/2013 29/11/2013

92.018.725 08.589.429/0001-78 Nutrisantos Alimentação Animal Ltda E-04/043/652/2013 22/02/2013

92.019.500 43.643.857/0001-32 Indústria de Torrone Nossa Senhora de Montevergine Ltda

E-04/043/836/2013 21/10/2013

92.020.401 22.245.245/0001-11 Gulozitos Alimentos Ltda E-04/043/948/2013 31/10/2013

92.020.940 04.883.814/0001-72 Cerealista Pereira Importação e Exportação Ltda E-

04/079/3102/2013 31/10/2013

92.021.459 02.089.969/0005-30 Laticínios Bela Vista Ltda E-

04/079/4065/2013 12/12/2013

92.020.762 05.017.780/0032-00 Rio Branco Alimentos S/A E-04/043/990/2013 12/11/2013

92.020.746 05.017.780/0002-87 Rio Branco Alimentos S/A E-04/043/988/2013 12/11/2013

92.020.240 19.728.492/0001-64 Laticínios Alhambra Ltda E-

04/079/2704/2013 24/10/2013

Portaria SAF nº 1999 de 15/03/2016 – Inclui no Anexo I da Portaria SAF nº 665/2010 a sociedade

empresária abaixo

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PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

23

Inscrição CNPJ Empresa Comerciais Processo n.º Início do Benefício

78.545.305 10.175.924/0001-82 EUROFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COLCHÕES LTDA

E-04/233304/2010 01/03/2011

Portaria SAF nº 2002 de 16/03/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Comerciais Processo n.º Início do Benefício

80.433.638 28.578.649/0001-03 VALLE SUL SERVIÇOS E MINERAÇÃO LTDA E-04/011/120/2014 01/04/2014

Portaria SAF nº 2003 de 16/03/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

85.763.032 301.615.82/0008-25 IBRATA MINERAÇÃO LTDA E-04/038/105/2014 01/05/2014

Portaria SAF nº 2004 de 17/03/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

79.694.401 675.583.610/0003-

90 QUALIMAN ENGENHARIA E MONTAGENS LTDA

E-04/205217/2012 25/08/2012

Portaria SAF nº 2006 de 17/03/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

83.008.158 30.161.582/0003-10 IBRATA MINERAÇÃO LTDA E-04/038/108/2014 01/05/2014

Portaria SAF nº 2007 de 17/03/2016 – Tratamento Tributário Especial para fase de expansão da Man

Latin América Indústria e Comércio de Veículos LTDA – Lei nº 6953/2015

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

85.942. 48.754.139/0010-48 CONTINENTAL BRASIL INDÚSTRIA AUTOMOTIVA LTDA

E-04/079/3129/2015

Portaria SAF nº 2008 de 17/03/2016 Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

6331/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.763.419 09.363.450/0035-62 MF 2008 COMERCIAL MODAS LTDA E-

04/003/1525/2014 01/10/2014

Portaria SAF nº 2013 de 04/04/2016 Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

6331/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.738.856 59.282.467/0001-14 COMPOSITES INDÚSTRIA E COMERCIO,IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA

E-04/091/1494/2014

01/10/2014

Portaria SAF nº 2014 de 04/04/2016 Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

6331/2012

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PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

24

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

87.053.326 23.612.030/0001-54 SHEATEX CONFECÇÃO DE ROUPAS INTIMAS LTDA

e-04/023/929/15 01/01/2016

Portaria SAF nº 2015 de 04/04/2016 – Benefícios Fiscais às indústrias do setor têxtil – Lei nº 4182/2003

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início /fim

77.779.264 05.664.233/0001-02 LIPPELU CONFECÇÕES DE ROUPAS LTDA E-04/022/436/15 01/06/2005 e 31/10/2012

Portaria SAF nº 2016 de 04/04/2016 Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

6331/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Data de Início

87.043.738 23.411.730/0001-80 BAG LOOK ARTEFATOS DE COUSO EIRELI e-04/023/1911/15 01/01/2016

Portaria SAF nº 2019 de 05/04/2016 – Tratamento Tributário Especial de caráter regional – Lei nº 6979

de 2015

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

87.017.753 66.280.827/0003-76 RAFER INSÚSTRIA E COMÉRCIO DE FERRO E AÇO - EIRELI

E-04/031/715/2015 01/10/2015

Portaria SAF nº 2020 de 05/04/2016 – Termo de Acordo ao Tratamento Diferenciado firmado pelo

Inspetor da IEF 10, estabelecido na Resolução SEFAZ nº 537 de 28/09/2012

Inscrição CNPJ Empresas Comerciais Processo n.º Data da

Assinatura

92.004.457 61.158.283/0001-99 CRM INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA

E-34/72236/2005 20/12/2005

90.003.965 27.014.034/0001-91 INDÚSTRIA DE MASSAS ALIMENTÍCIAS VILLONI LTDA

E-34/72468/2004 03/01/2014

92.021.777 61.068.276/0124-55 UNILEVER BRASIL LTDA E-

04/043/1087/2013 16/01/2014

92.020.525 61.068.276/0037-07 UNILEVER BRASIL LTDA E-

04/079/2962/2013 31/10/2013

92.003.868 64.597.776/0001-13 FABRICA DE DOCES MARINDOCES LTDA E-34/072205/2004 11/11/2004

92.003.299 17.591.348/0001-01 NAZINHA PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA E-34/71732/2004 08/06/2004

92.002.292 33.033.028/0020-47 MONDELEZ BRASIL LTDA E-34/71196/2004 31/03/2004

92.003.396 16.705.931/0001-25 DISPROPAN LTDA E-34/071824/2004 02/08/2004

92.003.973 54.114.327/0001-13 BRASSUCO INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA

E-34/072469/2004 22/12/2004

92.002.543 49.319.411/0007-29 MARTIN-BROWER COMÉRCIO TRANSPORTE E SERVIÇOS LTDA

E-34/071308/2004 24/05/2004

92.003.620 01.107.391/0001-00 SUPPORT PRODUTOS NUTRICIONAIS LTDA E-34/071931/2004 12/07/2004

Portaria SAF nº 2026 de 25/04/2016 – Tratamento Tributário Especial para implantação da NISSAN do

Brasil no Estado do RJ – Lei nº 6078 de 2011

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

79.966.009 16.854.409/0001-05 KINUGAWA FABRICAÇÃO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE PEÇAS AUTOMOTIVAS LTDA.

E-04/045/514/2013

Portaria SAF nº 2027 de 25/04/2016 Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

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25

6331/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.941.694 22.406.588/0001-10 HGD IND. E COM. DE AVIAMENTOS E TECIDOS LTDA.

E-04/016/2495/2015

01/01/2016

Portaria SAF nº 2028 de 25/04/2016 Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

6331/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

77.753.958 05.249.741/0001-24 INDIGO ENGINEER COMÉRCIO E CONFECÇÃO DE ROUPAS LTDA

E-04/029/160/2013

Portaria SAF nº 2029 de 25/04/2016 - Regime Especial Tributário fabricação produtos têxteis – Lei nº

6331/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

81.519.765 33.764.598/0001-44 ADINA INSÚSTRIA E COMÉRCIO DE FECHOS LTDA

E-04/164145/2012 01/01/2013

Portaria SAF nº 2030 de 25/04/2016 – Resolução SEFAZ nº 537/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Data da

Assinatura

92.002.160 61.068.276/0307-80 Unilever Brasil LTDA E-34/071.153/2004 17/03/2004

Portaria SAF nº 2032 de 26/04/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.756.935 08.293.915/0001-44 Barratiba Incorporação e Empreendimentos Ltda

E-04/007/3132/2015

01/09/2015

Portaria SAF nº 2033 de 26/04/2016 – Incentivo à produção de cervejas e chopes artesanais Lei 6821/14

regulamentada pelo Dec. 44865/14

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.693.151 20198653000134 Ottenbrau Cervejaria Ltda-EPP E-04/025/842/2015

Portaria SAF nº 2034 de 28/04/2016 – Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto

44.498/2013

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.881.195 21.922.850/0001-17 Distribuidora de Utilidades Cidade do Aço Ltda E-04/026/60/2016 01/05/2016

Portaria SAF nº 2035 de 28/04/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

80.741.707 28.304.087/0001-00 IND E COM DE PRE MOLDADOS CRUZEIRO DO SUL LTDA

E-04/038/99/2014 01/05/2014

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PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

26

Portaria SAF nº 2038 de 28/04/2016 – Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto

44.498/2013

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.258.757 02.083.193/0001-17 ISOCOM ISOLAMENTOS COMERCIAL LTDA E-

04/022/2546/2015 01/03/2016

Portaria SAF nº 2041 de 13/05/2016 –Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 41.557/2008

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.055.511 01.708.217/0001-13 CERVEJARIA CIDADE IMPERIAL PETROPOLIS LTDA

E-04/079/4974/2015

Portaria SAF nº 2042 de 19/05/2016 – Inclusão no ANEXO Único da Portaria SAF nº 1987/2016

(Tratamento Diferenciado Land Rover Brasil) – Lei 6662/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

86.917.823 0008.853.157/0007-

55 BENTELER COMPONENTES AUTOMOTIVOS LTDA

E-04/079/526/2016

Portaria SAF nº 2044 de 19/05/2016 – Tratamento Tributário Especial fabricantes de aditivos para

Lubrificantes e Combustíveis – Decreto nº 45.407/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

85.297.872 02.833.409/0001-14 INFINEUM BRASIL LTDA E-04/037/409/2015 01/08/2015

Portaria SAF nº 2048 de 01/06/2016 – Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

79.197.238 12.647.362/0001-58 ALFA CONSTRUTORA E SERVICOS LTDA

E-04/023/1639/2014

01/10/2014

Portaria SAF nº 2058 de 06/06/2016 –Tratamento Tributário Especial do Decreto nº 41.557/2008

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

79.275.395 07.615.536/0001-60 TRELLEBORG OFF SHORE DO BRASIL - REPRES COM E ADM DE VENDAS LTDA

E-04/150064/2011

Portaria SAF nº 2068 de 24/06/2016 – Tratamento Tributário Diferenciado comércio atacadista Decreto

44.498/2013

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

78.784.342 10.915.021/0001-90 TOP ALTO PARTICIPAÇÕES E COMÉRCIO LTDA

E-04/016/945/2015 01/09/2015

Portaria SAF nº 2074 de 30/06/2016 – Tratamento Tributário Diferenciado Especial do Decreto

44.629/2014

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Início do Benefício

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27

80.536.097 32.487.266/0003-69 PEDREIRA VOLTA REDONDA E-04/012/353/2014 01/04/2014

Isso sem falar nos incentivos financeiros já aprovados e publicados também em diário oficial,

neste ano de 2016:

Programa Fomento ao Comércio – benefícios estabelecidos pela Lei Estadual nº 4173/2003 e Decreto

36.453 de 29/10/2004 – benefícios fiscais

Inscrição Estadual

CNPJ Empresas Comerciais N.º do processo Início do Benefício

79.681.970

DISTRIBUIDORA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO VIA LIGHT LTDA

Decreto nº 45.447 de 2015 publicado no DOERJ de 27/01/2016

E-11/003/174/2013

77.709.584

ZAMBONI COMERCIAL LTDA.

Decreto nº 45.546 publicado no DOERJ de 19/01/2016

E-11/30218/2009

78.328.096

SEROPEC SHOPPING RURAL LTDA.

Decreto nº 45.547 publicado no DOERJ de 19/01/2016

E-11/003/254/2014

78.434.520

DISTRIBUIDORA L C CLAVERY DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.

Decreto nº 45.548 publicado no DOERJ de 19/01/2016

E-11/30.171/2012

78.350.679

GRENACHE IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA.

Decreto nº 45.583 publicado no DOERJ de 26/02/2016

E-11/003/5/2014

78.434.520

DISTRIBUIDORA L C CLAVERY DE MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO LTDA

Decreto nº 45.584 publicado no DOERJ de 19/01/2016

E-11/30.171/2012

77.758.925

ZAMBONI COMERCIAL LTDA.

Decreto nº 45.627 publicado no DOERJ de 11/04/2016

E-11/30.218/2009

Programa de Atração de Investimentos Estruturantes – RIOINVEST – Decreto nº 23.012 de 25/03/1997

Inscrição Estadual

CNPJ Empresa Comercial Nº. do processo Início da fruição

86.651.670 24.443.608/0010-

40

SINIAT S.A MINERAÇÃO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Empresa incluída pelo Decreto nº 45.586 de 29/02/2016

E-11/003/333/13

Concessão de Crédito Presumido e diferimento do ICMS – Decreto 42.649/2010

Inscrição Estadual

CNPJ Empresa Comercial Nº. do processo Início da fruição

79.003.310 11.642.002/0001-

09

AUPS-IMP E EXP E DIST DE PROD ELET E ELETRON E INFORM LTDA

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2005 de 17/03/206

E-04/214612/2010 01/12/2010 a 31/01/2012

79.089.982 07.747.715/0003-

13

R & D COMÉRCIO, IMP., EXP. E IND. DE MATERIAIS ELÉTRICOS LTDA.

Empresa incluída pela Portaria SSER Nº

E-04/079/1757/2013

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28

119 de 02/06/2016

79.132.365 12.310.970/0001-

72

EXATA COMÉRCIO DE MATERIAIS ELÉTRICOS LTDA.

Empresa incluída pela Portaria SSER Nº 119 de 02/06/2016

E-04/007/2205/2015

81.422.254 15109.770/0001-

44

MEDIDATA INFORMÁTICA S/A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2060 de 06/06/2016

E-04/163709/2012 01/12/2012

79.886.777 17.740.079/0001-

90

TECNOSET RIO INFORMÁTICA PRODUITOS E SERVIÇOS LTDA

Empresa incluída pela Portaria SSER Nº 121 de 30/06/2016

E-04/026/278/2013

Tratamento Tributário Especial para Artefatos de Joalheira – crédito presumido ICMS – Decreto nº 41.596/2008

Inscrição Estadual

CNPJ Empresa Comercial Nº. do processo Início da fruição

77.985.352 77.985.352

HSJ COMERCIAL S/A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2001 de 16/03/2016

E- 04/153523/2009

91.477.299 42.540.997/0001-

12

SARA JOIAS E PRESENTES

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2012 de 04/04/2016

E-04/152082/2009

77.054.715 02.091.365/0002-

85

HSJ COMERCIAL S/A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2018 de 05/04/2016

E-04/153522/2009

77.915.168 02.091.365/0035-

43

HSJ COMERCIAL S.A.

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2036 de 28/04/2016

E-04/153528/2009

77.630.970 02.091.365/0015-

08

HSJ COMERCIAL S.A.

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2049 de 01/06/2016

E-04/153525/2009

78.191.449 02.091.365/0050-

82

HSJ COMERCIAL S.A.

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2050 de 01/06/2016

E-04/153520/2009

77.769.633 02.091.365/0017-

61

HSJ COMERCIAL S.A.

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2051 de 01/06/2016

E-04/153519/2009

77.986.391 02.091.365/0040-

00

HSJ COMERCIAL S/A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2052 de 01/06/2016

E-04/153515/2009

81.301.794 33.388.943/0001-

92

H STERN COMERCIO E INDÚSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2053 de 03/06/2016

E-04/153550/2009

83.543.671 33.388.943/0265-

82

H STERN COMERCIO E INDUSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2054 de 03/06/2016

E-04/153534/2009

78.901.047 33.388.943/0265-

82

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2055 de 03/06/2016

E-04/153547/2009

81.469.210 33.388.943/0150-

33

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2056 de 03/06/2016

E-04/153548/2009

81.469.105 33.388.943/0100-

74

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2057 de 03/06/2016

E-04/153552/2009

85.915.738 13.961.353/0001-

08

MC AVENIDA RIO BRANCO COMERCIO DE RELOGIOS LTDA

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº E-04/265842/2011

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29

2059 de 06/06/2016

81.469.245 33.388.943/0131-

70

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S.A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2069 de 24/06/2016

E-04/153545/2009

81.531.234 33.388.943/0136-

85

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S.A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2070 de 24/06/2016

E-04/153542/2009

81.635.102 33.388.943/0229-

19

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2072 de 30/06/2016

E-04/153546/2009

77.469.168 33.388.943/0006-

05

H STERN COMÉRCIO E INDÚSTRIA S A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2073 de 30/06/2016

E-04/153560/2009

Para além das concessões já emitidas ao longo desse ano – que denotam, de per si, o

direcionamento financeiro estatal favorável às isenções fiscais -, outra norma torna ainda mais

clara a vontade do Estado em manter, e ainda editar novas concessões de tratamento tributário

diferenciado para os próximos períodos, mesmo em flagrante descumprimento às metas fiscais

de que trata o art. 4 da LRF e às condições de validade para a concessão, ampliação ou

renovação de quaisquer renúncias fiscais, também da forma do art. 14 da LRF (LC 101/2000).

Referimo-nos à Lei Estadual nº 7428, de 25 de agosto de 2016, que institui o Fundo Estadual de

Equilíbrio Fiscal do Estado do Rio de Janeiro17, a qual, em tese, visa à “... manutenção do

equilíbrio das finanças públicas e previdenciárias do Estado do Rio de Janeiro...” (art. 1º).

Tal norma condiciona a manutenção da fruição do benefício ou incentivo fiscal, ou a fruição de

novas renúncias fiscais, ao pagamento, ao novo Fundo que se pressupõe temporário (prazo de

vigência inicial de 2 anos, conforme o art. 1º), de um percentual de “... 10% (dez por cento)

aplicado sobre a diferença entre o valor do imposto calculado com e sem a utilização de benefício

ou incentivo fiscal concedido à empresa contribuinte do ICMS, nos termos do Convênio ICMS 42, de

3 de maio de 2016, já considerado no aludido percentual a base de cálculo para o repasse

constitucional para os Municípios (25%)...”. (art. 2º, caput, desta nova lei).

Torna-se público, portanto, o fato de o Estado pretender prorrogar a validade, e ainda

possivelmente instituir novos benefícios e/ou incentivos, ante à criação desta nova condição de

fruição, por sua vez, editada no art. 5º e incisos desta nova lei – em total dissonância com os

17

alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/186e9070198174dd83257ff10059d9d9

?OpenDocument&Highlight=0,742

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30

arts. 4º e 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, norma nacional de cogência imperativa, na

forma do art. 163, I da Constituição de 1988.

Esta lei, textualmente permissiva com o quadro de deficit e de descontrole fiscal estadual

generalizado surgiu, muito provavelmente, dos resultados negativos colhidos nas discussões

travadas na ALERJ, durante a apresentação dos projetos de Lei Estadual nº 1.431/2016 e

1.922/16 os quais, por sua vez, visavam (1) impedir o Estado “... de conceder financiamento,

benefício, incentivo, fomento econômico ou investimento estruturante a empresas sediadas ou que

venham a se instalar no Estado do Rio de Janeiro.” (texto extraído da ementa do projeto de lei

1.431/16) e; (2) suprimir o art. 3º da Lei Estadual nº 4.321, de 10 de maio de 2004 que, ao

dispor sobre a concessão de incentivos fiscais de ICMS, franqueou tal concessão ao Chefe do

poder Executivo Estadual em fazê-lo mediante simples decreto (projeto de lei nº 1.922/16).

Importa aqui mencionar que ambos os projetos não foram de autoria do Poder Executivo

estadual, mas dos deputados Luiz Paulo (ambos), Bruno Dauaire e Lucinha (o primeiro projeto).

Assim, após serem ambos retirados de pauta, o Estado do Rio de Janeiro sancionou e publicou a

Lei Estadual nº 7.428/16, como uma espécie de paliativo às medidas de contenção que urgem

serem feitas, em busca do reequilíbrio nas contas públicas. Dentre as rotas de ajuste, impõem-se

medidas que visem, sobretudo, a um maior rigor na concessão de novos incentivos fiscais e

financeiros; ao fortalecimento do sistema de controle e fiscalização dos incentivos já concedidos

– como forma de verificar se as condições impostas para tanto estão sendo efetivamente

cumpridas - ; à suspensão dos incentivos que já ultrapassaram o prazo de vigência e, sobretudo;

à anulação daqueles concedidos ao arrepio das Leis Complementares 24/75 e 101/00.

Valendo destacar que o sucesso dessas medidas de maior controle das renúncias fiscais (algo já

exigido no art. 5, II da LRF até mesmo como anexo que deve acompanhar, a cada ano, a lei de

orçamento) legislativa dependerá também do sucesso na sua fiscalização, minimamente através

da publicização dos dados relativos (1) as quais sociedades empresariais se enquadram nesta

nova modalidade de cobrança; (2) quanto cada uma delas efetivamente arrecadaria, mas deixa

de arrecadar em virtude do tratamento tributário diferenciado que lhe foi concedido e; (3)

quanto efetivamente está contribuindo com o Fundo Especial recém instituído.

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31

Por fim, se o quadro geral de fiscalização e controle dos incentivos já é precário, o que dizer

dessa nova forma de tributá-los? Sendo certo que, mesmo que tal iniciativa venha a se tornar

frutífera no futuro, ela jamais alcançará os resultados verdadeiramente desejados e necessários

ao reequilíbrio das contas públicas, não só em razão de nela terem sido estipuladas taxas de

apenas 10% dos incentivos fiscais concedidos – dentre eles, muitos que não têm sequer base de

sustentação na lei, ou no ato administrativo que o rege -; mas também porque ela mesma prevê

uma lista extensa de exceções à regra de taxação (vide o seu art. 14).

Podemos afirmar, portanto, que no terceiro quadrimestre deste ano, não haverá mais tempo ou

espaço político para outras propostas, ou medidas de reajuste fiscal estadual, norteadas por

novas formas de arrecadação, ou buscas por novas fontes de receita para o Estado. Fato é que,

após a edição das Leis Estaduais 7.415/16 e 7.428/16, o Estado passará apenas ao

contingenciamento de despesas, sem equalizar a gestão de receitas, ou seja, redução de

despesas discricionárias e até mesmo obrigatórias, genericamente consideradas, para fazer

frente à frustração das receitas – essa, impulsionada, por sua vez, pela gestão de renúncias

fiscais aqui descritas.

Para que tenhamos uma ideia das despesas que tem sido contingenciadas/contidas nos quatro

maiores campos de atuação de direitos fundamentais sociais, segue abaixo uma relação

contendo os macro-dados orçamentários, com respectivos programas de governo que muito

provavelmente não serão executados em virtude da falta de verbas, extraída do sistema

financeiro oficial estadual SIAF-Rio (período de 12 a 15 de setembro de 2016).

Na área da saúde:

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 296100 - SECS-FES

Conta Contábil 622120104 - CRÉDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO

Mês Setembro

Conta Corrente Saldo Anterior

Débito Crédito Saldo Atual Mês Contabilização

ESPECIFICAÇÃO

29.610. 2.10.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

796.800,00 0,00 0,00 796.800,00 01 Despesas Obrigatórias de Caráter Primário

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32

29.610. 2.10.122.0002.2010.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

531.200,00 0,00 0,00 531.200,00 01 Prestação de Serviços entre Órgãos Estaduais/Aquis

Combustível 29.610. 2.10.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

15.245.440,00

0,00 0,00 15.245.440,00 01 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativa

s - Serviços/Materiais 29.610. 2.10.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

26.560,00 0,00 0,00 26.560,00 01 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativa

s - Materiais Permanentes/Obras

29.610. 2.10.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

21.504.987,00

0,00 0,00 21.504.987,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos

29.610. 2.10.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

12.176.037,00

0,00 0,00 12.176.037,00 01 Pessoal e Encargos

29.610. 2.10.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

4.565.440,04 0,00 0,00 4.565.440,04 DIVERSOS Pessoal e Encargos

29.610. 2.10.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

53.120,41 0,00 0,00 53.120,41 DIVERSOS Pessoal e Encargos

29.610. 2.10.122.0002.2660.0.2.25.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

5.833.334,00 0,00 0,00 5.833.334,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos

29.610. 2.10.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

4.648.000,00 0,00 0,00 4.648.000,00 01 Pagamento de Despesa com Serviço de Utilidade Pública

29.610. 2.10.128.0165.1928.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

180.000,00 0,00 0,00 180.000,00 01 Unidades Móveis p/ Exames de Prevenção ao Câncer de

Mama, Colo do Útero e Próstata

29.610. 2.10.128.0165.1946.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 01 Apoio a Programas de Planejamento Familiar

29.610. 2.10.128.0165.8321.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Promoção da Educação em Saúde

29.610. 2.10.182.0098.2183.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

26.474.584,00

0,00 0,00 26.474.584,00 DIVERSOS Apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro ao SUS/RJ -

Pessoal e Encargos 29.610. 2.10.182.0098.2183.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

789.950,00 0,00 0,00 789.950,00 01 Apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro ao SUS/RJ

29.610. 2.10.241.0011.8108.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Fornecimento de Cartão Cuidados Especiais

29.610. 2.10.242.0314.1886.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Apoio à Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência

29.610. 2.10.301.0148.1879.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aparelhamento

29.610. 2.10.301.0148.1988.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo para Hospital em Nilópolis

29.610. 2.10.301.0148.1989.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo para Hospital da Mãe

Mesquita 29.610. 2.10.301.0148.3542.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

2.205.311,00 0,00 0,00 2.205.311,00 01 Construção e Aparelhamento de Unidades Básicas de

Saúde 29.610. 2.10.301.0148.8327.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.000.000,00 0,00 0,00 1.000.000,00 01 Fomento à Expansão e à Qualificação da Atenção Básica nos Municípios

29.610. 2.10.301.0148.8327.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Fomento à Expansão e à Qualificação da Atenção Básica nos Municípios

29.610. 2.10.301.0148.8420.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Ambulância e Aparelhos Médicos para Hospital

Municipal 29.610. 2.10.301.0148.8421.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Ambulância e Aparelhos Médicos para Hospital Geral

29.610. 2.10.301.0148.8422.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Ambulância e Aparelhos Médicos

29.610. 2.10.301.0148.8423.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aparelho de Ultrassonografia para a UBS de Nova Iguaçu

29.610. 2.10.301.0148.8424.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo

29.610. 2.10.301.0148.8425.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Aparelho de Mamógrafo

29.610. 2.10.301.0148.8426.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo para Hospital Municipal

Conde Modesto Leal 29.610. 2.10.301.0148.8427.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo para Santa Casa de

Misericórdia 29.610. 2.10.301.0148.8428.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo para Hospital Geral de

Arraial do Cabo 29.610. 2.10.301.0148.8429.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo para Santa Casa de

Misericórdia de Campos dos Goytacazes

29.610. 2.10.302.0149.1917.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

95.311,00 0,00 0,00 95.311,00 01 UPA 24 HORAS em Vila Maria Helena - D. Caxias

29.610. 2.10.302.0149.2744.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

300.000,00 0,00 0,00 300.000,00 01 Assistência Pré-hospitalar Móvel de Urgência e

Emergência - SAMU 192 29.610. 2.10.302.0149.2744.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

215.311,00 0,00 0,00 215.311,00 01 Assistência Pré-hospitalar Móvel de Urgência e

Emergência - SAMU 192 29.610. 2.10.302.0151.1094.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

845.000,00 0,00 0,00 845.000,00 01 Construção, Reforma e Aparelhamento de Unidade

de Saúde - Materiais

Page 33: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO · setores e órgãos da Administração Pública Direta e Indireta ... Controladoria Geral do Estado

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

33

Permanentes/Obras

29.610. 2.10.302.0151.1094.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

710.000,00 0,00 0,00 710.000,00 01 Construção, Reforma e Aparelhamento de Unidade

de Saúde - Materiais Permanentes/Obras

29.610. 2.10.302.0151.1094.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3304000. 00000000000.000000.05

95.000,00 0,00 0,00 95.000,00 01 Construção, Reforma e Aparelhamento de Unidade

de Saúde - Materiais Permanentes/Obras

29.610. 2.10.302.0151.1094.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

1.366.000,00 0,00 0,00 1.366.000,00 01 Construção, Reforma e Aparelhamento de Unidade

de Saúde - Materiais Permanentes/Obras

29.610. 2.10.302.0151.1094.0.1.01.0.000000.4.4.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

1.256.311,00 0,00 0,00 1.256.311,00 01 Construção, Reforma e Aparelhamento de Unidade

de Saúde - Materiais Permanentes/Obras

29.610. 2.10.302.0151.1866.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3309000. 00000000000.000000.05

300.000,00 0,00 0,00 300.000,00 01 Hospital Raul Sertã

29.610. 2.10.302.0151.1875.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

240.000,00 0,00 0,00 240.000,00 01 Respiradores

29.610. 2.10.302.0151.1876.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

180.000,00 0,00 0,00 180.000,00 01 Carrinho de Anestesia

29.610. 2.10.302.0151.1877.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Monitores Multiparâmetros

29.610. 2.10.302.0151.1878.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aparelhamento de Unidade de Saúde

29.610. 2.10.302.0151.1880.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Leito de UTI Completo

29.610. 2.10.302.0151.1881.0.1.01.0.000000.4.4.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Ambulância UTI Completa

29.610. 2.10.302.0151.1882.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Leito de UTI

29.610. 2.10.302.0151.1915.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

80.000,00 0,00 0,00 80.000,00 01 Aparelhamento Unidade de Saúde em Mangaratiba

29.610. 2.10.302.0151.1986.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Aquisição Ambulância Hospital Juscelino

Kubitscheck 29.610. 2.10.302.0151.1987.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

795.311,00 0,00 0,00 795.311,00 01 Aquisição de Equipamentos para Hospital Juscelino

Kubitscheck 29.610. 2.10.302.0151.2682.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.500.000,00 0,00 0,00 1.500.000,00 01 Apoio ao Hospital Universitário Pedro Ernesto

29.610. 2.10.302.0151.2717.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

1.655.000,00 0,00 0,00 1.655.000,00 01 Fortalecimento do Programa de Apoio aos Hospitais

Integrantes do SUS - PAHI-SUS - Serviços/Materiais

29.610. 2.10.302.0151.2717.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3309000. 00000000000.000000.05

2.005.311,00 0,00 0,00 2.005.311,00 01 Fortalecimento do Programa de Apoio aos Hospitais

Integrantes do SUS - PAHI-SUS - Materiais

Permanentes/Obras 29.610. 2.10.302.0151.2727.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.700.000,00 0,00 0,00 1.700.000,00 01 Apoio a Entes para Ações de Saúde

29.610. 2.10.302.0151.2727.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Apoio a Entes para Ações de Saúde

29.610. 2.10.302.0151.2727.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

155.311,00 0,00 0,00 155.311,00 01 Apoio a Entes para Ações de Saúde

29.610. 2.10.302.0151.7005.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

360.000,00 0,00 0,00 360.000,00 01 Aquisição de Ambulância Suporte Básico

29.610. 2.10.302.0151.7007.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

355.311,00 0,00 0,00 355.311,00 01 Aquisição de Ambulância UTI

29.610. 2.10.302.0151.7010.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

300.000,00 0,00 0,00 300.000,00 01 Fornecimento de Medicamentos Básicos

29.610. 2.10.302.0151.7012.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

170.000,00 0,00 0,00 170.000,00 01 Compra Ambulância UTI Móvel

29.610. 2.10.302.0151.7013.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

120.000,00 0,00 0,00 120.000,00 01 Compra de Ambulância Suporte Básico

29.610. 2.10.302.0151.7016.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

2.942.190,00 0,00 0,00 2.942.190,00 01 Apoio a ABBR

29.610. 2.10.302.0151.7019.0.1.22.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

20.000.000,00

0,00 0,00 20.000.000,00 01 Equipagem do Hospital Regional de Volta Redonda

29.610. 2.10.302.0151.8341.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Assistência Ambulatorial e Hospitalar

29.610. 2.10.302.0151.8341.0.1.22.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

62.500.000,00

0,00 0,00 62.500.000,00 01 Assistência Ambulatorial e Hospitalar

29.610. 2.10.302.0151.8342.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Assistência a Saúde do Homem

29.610. 2.10.302.0151.8389.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento de

Hospitais e Postos

Page 34: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO · setores e órgãos da Administração Pública Direta e Indireta ... Controladoria Geral do Estado

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

34

29.610. 2.10.302.0151.8390.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Mamógrafo, com processadora, para o

Município de Itaperuna 29.610. 2.10.302.0151.8391.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ultrasom, com processadora, para o

Município de Itaperuna 29.610. 2.10.302.0151.8392.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Raio X Portátil com processadora para o Município de Itaperuna

29.610. 2.10.302.0151.8393.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ecocardiografo para o Município de

Itaperuna 29.610. 2.10.302.0151.8394.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para Bom Jesus do

Itabapoana 29.610. 2.10.302.0151.8395.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

105.311,00 0,00 0,00 105.311,00 01 Aquisição de Aparelho de Raio X com processadora

para Bom Jesus do Itabapoana

29.610. 2.10.302.0151.8396.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Aperibé 29.610. 2.10.302.0151.8397.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Cardoso Moreira 29.610. 2.10.302.0151.8398.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Cambuci 29.610. 2.10.302.0151.8399.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Itaoca 29.610. 2.10.302.0151.8400.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Italva 29.610. 2.10.302.0151.8401.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Laje do Muriaé 29.610. 2.10.302.0151.8402.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Miracema 29.610. 2.10.302.0151.8403.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Natividade 29.610. 2.10.302.0151.8404.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Porciuncula 29.610. 2.10.302.0151.8405.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Santo Antônio de Pádua 29.610. 2.10.302.0151.8406.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

São Fidélis 29.610. 2.10.302.0151.8407.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

São José de Ubá 29.610. 2.10.302.0151.8408.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Ambulância UTI Móvel para atendimento em

Varre e Sai 29.610. 2.10.302.0151.8419.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3309000. 00000000000.000000.05

195.311,00 0,00 0,00 195.311,00 01 Utensílios para Coleta no Hemonúcleo de Teresópolis

29.610. 2.10.302.0151.8454.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 01 Apoio a Entes para Ações de Saúde APAE/SJM

29.610. 2.10.302.0151.8455.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 01 Apoio a Entes para Ações de Saúde Hospital Maternidade

Morrinho SJM 29.610. 2.10.302.0151.8464.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

70.000,00 0,00 0,00 70.000,00 01 Aquisição de Ambulância Tipo A para Hospital

Psiquiátrico de Jurujuba 29.610. 2.10.302.0151.8465.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

840.000,00 0,00 0,00 840.000,00 01 Aquisição de Tomógrafo para Hospital Carlo0s Tortely

29.610. 2.10.302.0157.1978.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

189.000,00 0,00 0,00 189.000,00 01 Implantação CPNI na Maternidade Alzira Reis

29.610. 2.10.302.0157.8329.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Apoio à Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência

29.610. 2.10.302.0157.8466.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Aquisição de Equipamento e Materiais para CPNI

Maternidade Alzira Reis 29.610. 2.10.302.0314.1933.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Equipamentos para ABBR

29.610. 2.10.302.0314.2038.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

30.876.577,00

0,00 0,00 30.876.577,00 01 Pessoal e Encargos Sociais do Hospital Unversitário Pedro

Ernesto - Pessoal 29.610. 2.10.302.0314.2038.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

14.188.537,00

0,00 0,00 14.188.537,00 01 Pessoal e Encargos Sociais do Hospital Unversitário Pedro Ernesto - Serviços/Materiais

29.610. 2.10.303.0158.1916.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3307000. 00000000000.000000.05

80.000,00 0,00 0,00 80.000,00 01 Assistência Farmacêutica á Paty do Alferes

Na área da educação:

TOTAL 248.766.866,45

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

35

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 404400 - FAETEC

Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO

Mês Setembro

Conta Corrente Saldo Anterior

Débito

Crédito

Saldo Atual Mês Contabilizaçã

o

ESPECIFICAÇÃO

40.440. 1.12.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.02 204.197,00 0,00 0,00 204.197,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

40.440. 1.12.122.0002.2010.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03 500.000,00 0,00 0,00 500.000,00 01 Prestação de Serviços entre Órgãos Estaduais/Aquisiçao Combustível e Lubrificantes

40.440. 1.12.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.03 30.630,00 0,00 0,00 30.630,00 01 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativa

s 40.440. 1.12.122.0002.2016.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03 3.000.000,00 0,00 0,00 3.000.000,00 01 Manutenção Atividades

Operacionais/Administrativas

40.440. 1.12.122.0002.2019.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01 24.969.677,00

0,00 0,00 24.969.677,00 01 Pessoal e Encargos Sociais - Ensino Médio Técnico

40.440. 1.12.122.0002.2019.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01 210.667,00 0,00 0,00 210.667,00 01 Pessoal e Encargos Sociais - Ensino Médio Técnico

40.440. 1.12.122.0002.2022.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01 17.756.215,00

0,00 0,00 17.756.215,00 01 Pessoal e Encargos Sociais - Ensino Médio Profissional

40.440. 1.12.122.0002.2022.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01 149.472,00 0,00 0,00 149.472,00 01 Pessoal e Encargos Sociais - Ensino Médio Profissional

40.440. 1.12.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01 26.644.893,00

0,00 0,00 26.644.893,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

40.440. 1.12.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01 12.762.280,00

0,00 0,00 12.762.280,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

40.440. 1.12.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01 107.433,00 0,00 0,00 107.433,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

40.440. 1.12.122.0002.8021.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03 10.975.627,00

0,00 0,00 10.975.627,00 01 Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

40.440. 1.12.363.0121.1108.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 1.998.122,00 0,00 0,00 1.998.122,00 01 Ampliação das Unidades Educacionais e Tecnológicas

da Rede FAETEC 40.440. 1.12.363.0121.1108.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3304000. 00000000000.000000.05 1.500.000,00 0,00 0,00 1.500.000,00 01 Ampliação das Unidades

Educacionais e Tecnológicas da Rede FAETEC

40.440. 1.12.363.0121.2167.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 290.000,00 0,00 0,00 290.000,00 01 Modernização e Operacionalização das

Atividades das Unidades da Rede FAETEC

40.440. 1.12.363.0121.2167.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 300.000,00 0,00 0,00 300.000,00 01 Modernização e Operacionalização das

Atividades das Unidades da Rede FAETEC

40.440. 1.12.363.0121.8205.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Manutenção do Centro Vocacional Tecnológico - CVT

40.440. 1.12.363.0121.8307.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 1.350.311,00 0,00 0,00 1.350.311,00 01 Manutenção de Unidades Educacionais e Tecnológicas

FAETEC 40.440. 1.12.363.0121.8468.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Operacionalização ETTE

MARTINS PENNA

40.440. 1.12.364.0121.8472.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05 4.000.000,00 0,00 0,00 4.000.000,00 01 Ensino Superior Profissionalizante - FARTERJ

TOTAL 106.949.524,00

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 180100 - SEEDUC Conta Contábil 622120101 - CREDITO CONTIDO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

36

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

0,01 1.220.000,00 1.220.000,00 0,01

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

0,01 0,00 0,00 0,01

18.010. 1.12.122.0300.2696.0.1.22.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

0,01 0,00 0,00 0,01

18.010. 1.12.361.0002.2030.0.1.22.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

24.241.227,00 0,00 0,00 24.241.227,00 07 Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica - Ensino

Fundamental 18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

0,01 0,00 0,00 0,01

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3304000. 00000000000.000000.05

0,01 0,00 0,00 0,01

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

0,01 0,00 0,00 0,01

TOTAL 24.241.227,06

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 180100 - SEEDUC

Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO

Mês Setembro

Conta Corrente Saldo Anterior

Débito Crédito Saldo Atual Mês Contabilização

ESPECIFICAÇÃO

18.010. 1.12.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

51.049,00 0,00 0,00 51.049,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

18.010. 1.12.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

51.049,00 0,00 0,00 51.049,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

18.010. 1.12.122.0002.2010.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

102.410,00 0,00 0,00 102.410,00 01 Prestação de Serviços entre Órgãos

Estaduais/Aquisição Combustível e Lubrificantes

18.010. 1.12.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

2.110.092,00 0,00 0,00 2.110.092,00 01 Manutenção Atividade Operacional/Administrativ

a 18.010. 1.12.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

5.105,00 0,00 0,00 5.105,00 01 Manutenção Atividade Operacional/Administrativ

a 18.010. 1.12.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

44.886.807,00 0,00 0,00 44.886.807,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

18.010. 1.12.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

18.595.649,00 0,00 0,00 18.595.649,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

18.010. 1.12.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

6.924.533,00 0,00 0,00 6.924.533,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

18.010. 1.12.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

333.206,00 0,00 0,00 333.206,00 01 Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade

Pública 18.010. 1.12.122.0002.8376.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

102.099,00 0,00 0,00 102.099,00 01 Manutenção do Conselho Estadual de Educação

18.010. 1.12.122.0152.1981.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

500.000,00 0,00 0,00 500.000,00 01 Verba para o Colégio da Polícia Militar

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

8.942.000,00 0,00 0,00 8.942.000,00 01 Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

15.390.563,69 0,00 0,00 15.390.563,69 DIVERSOS Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

9.943.985,98 0,00 0,00 9.943.985,98 01 Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

1.131.982,79 0,00 0,00 1.131.982,79 01 Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

376.610,84 0,00 0,00 376.610,84 01 Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3304000. 00000000000.000000.05

1.356.046,72 0,00 0,00 1.356.046,72 01 Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2033.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

257.058,97 0,00 0,00 257.058,97 01 Apoio Suplementar à Educação Básica

18.010. 1.12.122.0152.2192.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

2.852.554,00 0,00 0,00 2.852.554,00 01 Apoio aos Serviços Educacionais

18.010. 1.12.122.0300.2696.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

350.000,00 0,00 0,00 350.000,00 01 Valorização do Desenvolvimento

Page 37: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO · setores e órgãos da Administração Pública Direta e Indireta ... Controladoria Geral do Estado

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

37

Profissional

18.010. 1.12.122.0300.2696.0.1.22.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

3.283.627,51 0,00 0,00 3.283.627,51 01 Valorização do Desenvolvimento

Profissional 18.010. 1.12.122.0300.2696.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3306000. 00000000000.000000.05

30.000,00 0,00 0,00 30.000,00 01 Valorização do Desenvolvimento

Profissional 18.010. 1.12.122.0300.2696.0.1.22.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

11.528.896,48 0,00 0,00 11.528.896,48 01 Valorização do Desenvolvimento

Profissional 18.010. 1.12.122.0301.2691.0.1.22.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

18.800.000,00 0,00 0,00 18.800.000,00 01 Avaliação do Sistema Educacional do ERJ

18.010. 1.12.361.0002.2030.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

11,00 0,00 0,00 11,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino 18.010. 1.12.361.0002.2030.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

12.232.627,00 0,00 0,00 12.232.627,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino 18.010. 1.12.361.0002.2030.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

1.666.667,00 0,00 0,00 1.666.667,00 01 Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino 18.010. 1.12.361.0002.2030.0.2.15.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

146.238.661,00

0,00 0,00 146.238.661,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino - FUNDEB 18.010. 1.12.361.0002.2030.0.2.15.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

47.779.806,00 0,00 0,00 47.779.806,00 01 Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino - FUNDEB 18.010. 1.12.362.0002.2070.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

19,00 0,00 0,00 19,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino Médio 18.010. 1.12.362.0002.2070.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

7,00 0,00 0,00 7,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino Médio 18.010. 1.12.362.0002.2070.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

2.000.001,00 0,00 0,00 2.000.001,00 01 Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino Médio 18.010. 1.12.362.0002.2070.0.2.15.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

67.767.034,00 0,00 0,00 67.767.034,00 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino Médio - FUNDEB 18.010. 1.12.362.0002.2070.0.2.15.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

92.866.111,00 0,00 0,00 92.866.111,00 01 Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica -

Ensino Médio - FUNDEB 18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

76.500,00 0,00 0,00 76.500,00 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

960.000,00 0,00 0,00 960.000,00 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

275.311,00 0,00 0,00 275.311,00 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

3.845.436,69 0,00 0,00 3.845.436,69 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

6.999.289,28 0,00 0,00 6.999.289,28 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

567.030,91 0,00 0,00 567.030,91 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

850.546,50 0,00 0,00 850.546,50 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3304000. 00000000000.000000.05

496.152,08 0,00 0,00 496.152,08 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3306000. 00000000000.000000.05

877.125,91 0,00 0,00 877.125,91 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3307000. 00000000000.000000.05

380.974,08 0,00 0,00 380.974,08 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

177.197,20 0,00 0,00 177.197,20 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1546.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3309000. 00000000000.000000.05

806.247,33 0,00 0,00 806.247,33 01 Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura

18.010. 1.12.362.0303.1676.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

60.000,00 0,00 0,00 60.000,00 01 Reequipamento de Unidades Escolares

18.010. 1.12.362.0303.1676.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

215.305,00 0,00 0,00 215.305,00 01 Reequipamento de Unidades Escolares

18.010. 1.12.362.0303.1676.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

730.328,00 0,00 0,00 730.328,00 01 Reequipamento de Unidades Escolares

18.010. 1.12.362.0303.1676.0.1.01.0.000000.4.4.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

90.000,00 0,00 0,00 90.000,00 01 Reequipamento de Unidades Escolares

18.010. 1.12.362.0303.1835.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

15.000,00 0,00 0,00 15.000,00 01 Aquisição de Títulos para Biblioteca Escolar

18.010. 1.12.362.0303.1871.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Reforma de Estrutura

18.010. 1.12.362.0303.1872.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Quadra de Esportes

18.010. 1.12.362.0303.1912.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Cobertura da Quadra CE S.E. Angel Jones

18.010. 1.12.362.0303.1913.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Cobertura da Quadra CE P. Jeannette S C Mannarino

18.010. 1.12.362.0303.2179.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

320.000,00 0,00 0,00 320.000,00 01 Aperfeiçoamento e Manutenção da

Infraestrutura Tecnológica

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

38

18.010. 1.12.362.0303.2179.0.1.22.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

5.000.000,00 0,00 0,00 5.000.000,00 01 Aperfeiçoamento e Manutenção da

Infraestrutura Tecnológica 18.010. 1.12.362.0303.7006.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

350.000,00 0,00 0,00 350.000,00 01 Ampliação da Creche CEI Carangola - Estrada de

Carangola 933 18.010. 1.12.362.0303.8432.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Reforma de Colégio Estadual Domício da Gama

18.010. 1.12.362.0303.8433.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Reforma de Colégio Estadual

18.010. 1.12.362.0303.8434.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Reforma do CIEP 259

18.010. 1.12.367.0150.1833.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.000.000,00 0,00 0,00 1.000.000,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão I

18.010. 1.12.367.0150.1840.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.000.000,00 0,00 0,00 1.000.000,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão II

18.010. 1.12.367.0150.1846.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.000.000,00 0,00 0,00 1.000.000,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão III

18.010. 1.12.367.0150.1847.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

2.005.311,00 0,00 0,00 2.005.311,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão IV

18.010. 1.12.367.0150.1848.0.1.01.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

800.000,00 0,00 0,00 800.000,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão V

18.010. 1.12.367.0150.1849.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

500.000,00 0,00 0,00 500.000,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão VII

18.010. 1.12.367.0150.1852.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.000.000,00 0,00 0,00 1.000.000,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão VI

18.010. 1.12.367.0150.1883.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

10.311,00 0,00 0,00 10.311,00 01 Tecnologia

18.010. 1.12.367.0150.1910.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Veículo para Projeto PAFEE - Angra dos Reis

18.010. 1.12.367.0150.1956.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.005.311,00 0,00 0,00 1.005.311,00 01 Incentivo a Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão

18.010. 1.12.812.0150.1844.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

294.689,00 0,00 0,00 294.689,00 01 Promoção da Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão I

18.010. 1.12.812.0150.1845.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

2.005.311,00 0,00 0,00 2.005.311,00 01 Promoção da Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão II

18.010. 1.12.812.0150.1957.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

3.005.311,00 0,00 0,00 3.005.311,00 01 Promoção da Frequencia Escolar pela Educação

Esportiva - Projeto Cidadão

18.010. 2.12.243.0152.1990.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Aquisição de Ônibus Transporte Escolar

18.010. 2.12.243.0152.2229.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

240.000,00 0,00 0,00 240.000,00 01 Oferta de Transporte Escolar

18.010. 2.12.243.0152.2229.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Oferta de Transporte Escolar

18.010. 2.12.243.0152.2229.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3304000. 00000000000.000000.05

150.000,00 0,00 0,00 150.000,00 01 Oferta de Transporte Escolar

TOTAL 556.914.957,96

Na área de assistência social:

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais Unidade Gestora 324200 - F.L.XIII Conta Contábil

622120101 - CREDITO CONTIDO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo

Atual Mês Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

0,01 0,00 0,00 0,01 - -

Page 39: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO · setores e órgãos da Administração Pública Direta e Indireta ... Controladoria Geral do Estado

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

39

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3306000. 00000000000.000000.05

53.720,99 0,00 0,00 53.720,99 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

TOTAL 53.721,00

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 324200 - F.L.XIII Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.420. 2.08.122.0002.0467.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

895.553,00 0,00 0,00 895.553,00 DIVERSOS Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.420. 2.08.122.0002.2010.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

321.607,00 0,00 0,00 321.607,00 DIVERSOS Prestação de Serviços entre Órgãos Estaduais/Aquisição Combustíveis e

Lubrificantes 32.420. 2.08.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

2.441.556,94 0,00 0,00 2.441.556,94 DIVERSOS Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.420. 2.08.122.0002.2016.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.420. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

8.117.235,33 0,00 0,00 8.117.235,33 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

32.420. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

2.900.000,00 0,00 0,00 2.900.000,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.420. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

492.833,67 0,00 0,00 492.833,67 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

32.420. 2.08.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

11.766.569,00 0,00 0,00 11.766.569,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.420. 2.08.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

400.000,00 0,00 0,00 400.000,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.420. 2.08.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

1.171.558,80 0,00 0,00 1.171.558,80 DIVERSOS Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

32.420. 2.08.244.0118.1868.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Sociedade Viva Cazuza

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.015.673,74 0,00 0,00 1.015.673,74 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3302000. 00000000000.000000.05

211.999,99 0,00 0,00 211.999,99 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3303000. 00000000000.000000.05

183.999,99 0,00 0,00 183.999,99 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3304000. 00000000000.000000.05

211.999,99 0,00 0,00 211.999,99 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3306000. 00000000000.000000.05

142.279,00 0,00 0,00 142.279,00 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3307000. 00000000000.000000.05

135.999,99 0,00 0,00 135.999,99 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

16.000,00 0,00 0,00 16.000,00 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3309000. 00000000000.000000.05

243.999,99 0,00 0,00 243.999,99 DIVERSOS Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

5.730.237,00 0,00 0,00 5.730.237,00 01 Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.2220.0.1.33.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Desenvolvimento Comunitário e Integração Social

32.420. 2.08.244.0118.3129.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

4.000,00 0,00 0,00 4.000,00 DIVERSOS Revitalização dos Centros de Recuperação Social

32.420. 2.08.244.0118.3129.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

510.000,00 0,00 0,00 510.000,00 01 Revitalização dos Centros de Recuperação Social

32.420. 2.08.244.0118.3129.0.1.33.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

19.500.946,00 0,00 0,00 19.500.946,00 01 Revitalização dos Centros de Recuperação Social

32.420. 2.08.244.0118.8383.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Manutenção das Atividades do Centro Social da Fund. Leão XIII no Município de

Queimados

TOTAL 56.914.049,43

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

40

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 326100 - Fundo Estadual de Assistência Social Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.610. 2.08.243.0112.1079.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Modernização de Gestão da FIA

32.610. 2.08.243.0112.2163.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

53.765,60 0,00 0,00 53.765,60 08 Proteção Social Especial a Crianças e Adolescentes com

Deficiência 32.610. 2.08.243.0112.2163.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

20.000,00 0,00 0,00 20.000,00 01 Proteção Social Especial a Crianças e Adolescentes com

Deficiência 32.610. 2.08.243.0112.4057.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

8.900,00 0,00 0,00 8.900,00 08 Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes

Desaparecidos 32.610. 2.08.243.0112.4057.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

5.000,00 0,00 0,00 5.000,00 01 Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes

Desaparecidos 32.610. 2.08.243.0112.4176.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

20.000,00 0,00 0,00 20.000,00 01 Proteção a Crianças e Adolescentes em Situação de

Vulnerabilidade Social 32.610. 2.08.243.0112.4348.0.1.00.0.000000.3.3.50.2.3300000. 00000000000.000000.05

110.923,00 0,00 0,00 110.923,00 08 Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de

Violência 32.610. 2.08.243.0112.4348.0.1.00.0.000000.3.3.50.3.3301000. 00000000000.000000.05

473.000,00 0,00 0,00 473.000,00 08 Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de

Violência 32.610. 2.08.243.0112.4348.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.000,00 0,00 0,00 1.000,00 08 Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de

Violência 32.610. 2.08.243.0112.4348.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

577,56 0,00 0,00 577,56 08 Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de

Violência 32.610. 2.08.243.0112.4348.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

20.000,00 0,00 0,00 20.000,00 01 Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de

Violência 32.610. 2.08.243.0112.5377.0.1.33.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Obras de reforma de Unidades de Atendimento da FIA

32.610. 2.08.243.0112.8203.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

10.000,00 0,00 0,00 10.000,00 08 Proteção contra a violação dos direitos da criança e do

adolescente 32.610. 2.08.243.0112.8409.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Atendimento Criança/Adolescente com

Deficiência da AACD 32.610. 2.08.243.0112.8410.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Atendimento Criança/Adolescente com

Deficiência da ABBR 32.610. 2.08.243.0112.8411.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Atendimento Criança/Adolescente com

Deficiência da APAES 32.610. 2.08.244.0043.2181.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.306.115,42 0,00 0,00 1.306.115,42 DIVERSOS Proteção Social Especial de Alta Complexidade

32.610. 2.08.244.0043.2181.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.260.622,00 0,00 0,00 1.260.622,00 01 Proteção Social Especial de Alta Complexidade

32.610. 2.08.244.0043.2181.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Proteção Social Especial de Alta Complexidade

32.610. 2.08.244.0043.2181.0.1.22.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 08 Proteção Social Especial de Alta Complexidade

32.610. 2.08.244.0043.2777.0.1.00.0.000000.3.3.40.3.3301000. 00000000000.000000.05

5.200.000,00 0,00 0,00 5.200.000,00 08 Proteção Social Especial de Média Complexidade

32.610. 2.08.244.0043.8355.0.1.00.0.000000.3.3.40.3.3301000. 00000000000.000000.05

4.615.657,69 0,00 0,00 4.615.657,69 DIVERSOS Proteção Social Básica

32.610. 2.08.244.0043.8355.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

53.635,99 0,00 0,00 53.635,99 08 Proteção Social Básica

32.610. 2.08.244.0043.8355.0.1.01.0.000000.3.3.40.3.3301000. 00000000000.000000.05

10.000.000,00 0,00 0,00 10.000.000,00 01 Proteção Social Básica

32.610. 2.08.244.0043.8355.0.1.22.0.000000.3.3.40.3.3301000. 00000000000.000000.05

17.040.000,00 0,00 0,00 17.040.000,00 08 Proteção Social Básica

32.610. 2.08.244.0043.8356.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

4.000,00 0,00 0,00 4.000,00 08 Implementação de Vigilância Socioassistencial

32.610. 2.08.244.0043.8357.0.1.00.0.000000.3.3.40.3.3301000. 00000000000.000000.05

754.058,00 0,00 0,00 754.058,00 08 Gestão do Trabalho Socioassistencial

32.610. 2.08.244.0043.8357.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

999,82 0,00 0,00 999,82 08 Gestão do Trabalho Socioassistencial

32.610. 2.08.244.0043.8358.0.1.00.0.000000.3.3.40.2.3300000. 00000000000.000000.05

160.000,00 0,00 0,00 160.000,00 08 Apoio à Gestão e às Instâncias de Pactuação e Deliberação do

SUAS 32.610. 2.08.244.0045.5484.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

40.000,00 0,00 0,00 40.000,00 08 Gestão dos Conselhos Vinculados

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

41

32.610. 2.08.244.0118.4078.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.227.984,00 0,00 0,00 1.227.984,00 08 Proteção Social Especial à População de Rua

32.610. 2.08.244.0118.4078.0.1.33.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Proteção Social Especial à População de Rua

32.610. 2.08.244.0270.1246.0.1.00.0.000000.3.3.50.3.3301000. 00000000000.000000.05

935,88 0,00 0,00 935,88 08 Articulação dos Gestores Públicos nos Territórios com

UPP 32.610. 2.08.244.0270.1246.0.1.22.0.000000.3.3.50.3.3301000. 00000000000.000000.05

327.736,49 0,00 0,00 327.736,49 08 Articulação dos Gestores Públicos nos Territórios com

UPP 32.610. 2.08.244.0270.8354.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

18.955,54 0,00 0,00 18.955,54 08 Ofertas de Serviços Públicos

32.610. 2.08.244.0270.8354.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.997,23 0,00 0,00 1.997,23 08 Ofertas de Serviços Públicos

32.610. 2.08.306.0111.2908.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

3.848.389,78 0,00 0,00 3.848.389,78 08 Promoção de Alimentação Saudável

32.610. 2.08.306.0111.2908.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

6.500.001,00 0,00 0,00 6.500.001,00 01 Promoção de Alimentação Saudável

32.610. 2.08.306.0111.2908.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

25.067.746,51 0,00 0,00 25.067.746,51 08 Promoção de Alimentação Saudável

32.610. 2.08.306.0111.8353.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

4.000,00 0,00 0,00 4.000,00 08 Implementação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável

TOTAL 79.206.001,51

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 424100 - FIA Conta Contábil 622120101 - CREDITO CONTIDO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.430. 2.08.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

2.305,90 0,00 0,00 2.305,90 08 Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

TOTAL 2.305,90

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 424100 - FIA Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.430. 2.08.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

8.968,00 0,00 0,00 8.968,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.430. 2.08.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

11.849,00 0,00 0,00 11.849,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.430. 2.08.122.0002.0467.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

21.443,00 0,00 0,00 21.443,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.430. 2.08.122.0002.2010.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

172.680,00 0,00 0,00 172.680,00 08 Prestação de serviços entre Órgãos Estaduais/Aquisição Combustível e

Lubrificantes 32.430. 2.08.122.0002.2016.1.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

99.290,99 0,00 0,00 99.290,99 08 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.430. 2.08.122.0002.2016.1.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

15.000,00 0,00 0,00 15.000,00 01 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.430. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

3.200.752,14 0,00 0,00 3.200.752,14 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

42

32.430. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

2.004.234,50 0,00 0,00 2.004.234,50 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

32.430. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

83.603,43 0,00 0,00 83.603,43 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

32.430. 2.08.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

6.553.431,00 0,00 0,00 6.553.431,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.430. 2.08.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

300.000,00 0,00 0,00 300.000,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.430. 2.08.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

23.943,01 0,00 0,00 23.943,01 08 Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

32.430. 2.08.122.0002.8021.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

72.860,00 0,00 0,00 72.860,00 01 Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

32.430. 2.08.122.0002.8381.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

250.000,00 0,00 0,00 250.000,00 01 Subvenção Social para APAE de Queimados mediante Convênio com a

FIA 32.430. 2.08.243.0112.1977.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

104.311,00 0,00 0,00 104.311,00 01 Proteção a Criança e Adolescente em Situação de Vulnerabilidade Social

TOTAL 12.922.366,07

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 426100 - FUNDO FIA Conta Contábil 622120101 - CREDITO CONTIDO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo

Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.660. 2.08.243.0112.3597.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

336,00 0,00 0,00 336,00 08 Sistema de Direitos da Criança e do Adolescente

TOTAL 336,00

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 426100 - FUNDO FIA Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATI Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.660. 2.08.243.0112.3597.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

336,00 0,00 0,00 336,00 DIVERSOS Sistema de Direitos da Criança e do Adolescente

32.660. 2.08.243.0112.3597.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

560,00 0,00 0,00 560,00 01 Sistema de Direitos da Criança e do Adolescente

32.660. 2.08.243.0112.3597.0.1.01.0.000000.3.3.90.4.3306000. 00000000000.000000.05

28.506,00 0,00 0,00 28.506,00 01 Sistema de Direitos da Criança e do Adolescente

TOTAL 29.402,00

Governo do Estado do Rio de Janeiro

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

43

Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 320100 - SEASDH Conta Contábil 622120101 - CREDITO CONTIDO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.010. 1.14.422.0189.2202.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

138.424,20 0,00 0,00 138.424,20 08 Promoção e Defesa dos Direitos Individuais, Coletivos e Dufusos

32.010. 2.08.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

54.243,27 0,00 0,00 54.243,27 08 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

TOTAL 192.667,47

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 320100 - SEASDH Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO ADMINISTRATIVO Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês

Contabilização ESPECIFICAÇÃO

32.010. 1.14.422.0044.5477.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

4.000,00 0,00 0,00 4.000,00 DIVERSOS Ampliação do Acesso a Serviços para Promoção da Equidade de Gênero: Via

Lilás 32.010. 1.14.422.0044.8349.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 01 Socioeducação dos Integrantes da Rede de Atendimento à Mulher

32.010. 1.14.422.0044.8437.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

350.000,00 0,00 0,00 350.000,00 01 Manutenção das Despesas de Custeio de CIAM do Município de Queimados

32.010. 1.14.422.0187.5481.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

6.652,98 0,00 0,00 6.652,98 DIVERSOS Formulação e Implementação da Política de Acesso à Justiça e à

Cidadania 32.010. 1.14.422.0187.5481.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.000.000,00 0,00 0,00 1.000.000,00 01 Formulação e Implementação da Política de Acesso à Justiça e à

Cidadania 32.010. 1.14.422.0187.5482.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

190.000,00 0,00 0,00 190.000,00 DIVERSOS Formulação da Política de Educação em Direitos Humanos

32.010. 1.14.422.0187.5482.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 01 Formulação da Política de Educação em Direitos Humanos

32.010. 1.14.422.0187.8351.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

156.000,00 0,00 0,00 156.000,00 DIVERSOS Formulação e Implementação da Política de Migrações

32.010. 1.14.422.0188.1245.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

4.800,00 0,00 0,00 4.800,00 DIVERSOS Operacionalização da Política de Proteção a Vida

32.010. 1.14.422.0188.1245.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.500.000,00 0,00 0,00 1.500.000,00 01 Operacionalização da Política de Proteção a Vida

32.010. 1.14.422.0188.5483.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

295.200,00 0,00 0,00 295.200,00 DIVERSOS Implementação da Política de Respostas à Violação de Direitos

Humanos 32.010. 1.14.422.0188.8352.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 DIVERSOS Operacionalização da Política de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

32.010. 1.14.422.0189.2200.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

400.000,00 0,00 0,00 400.000,00 DIVERSOS Promoção da Igualdade Racial

32.010. 1.14.422.0189.2200.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 01 Promoção da Igualdade Racial

32.010. 1.14.422.0189.2202.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.009.345,02 0,00 0,00 1.009.345,02 DIVERSOS Promoção e Defesa dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos

32.010. 1.14.422.0189.2202.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

438.668,00 0,00 0,00 438.668,00 01 Promoção e Defesa dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos

32.010. 1.14.422.0189.2202.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.600.000,00 0,00 0,00 1.600.000,00 01 Promoção e Defesa dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos

32.010. 1.14.422.0189.3601.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

40.000,00 0,00 0,00 40.000,00 DIVERSOS Garantia Quilombolas, Tradicionais e Religiosas

32.010. 1.14.422.0189.3601.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

50.000,00 0,00 0,00 50.000,00 01 Garantia Quilombolas, Tradicionais e Religiosas

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

44

32.010. 1.14.422.0189.3601.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Garantia Quilombolas, Tradicionais e Religiosas

32.010. 2.08.121.0041.8362.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

120.000,00 0,00 0,00 120.000,00 DIVERSOS Reestruturação Institucional a Aperfeiçoamento da Gestão da

SEASDH 32.010. 2.08.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

1.046,00 0,00 0,00 1.046,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.010. 2.08.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

13.940,00 0,00 0,00 13.940,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.010. 2.08.122.0002.0467.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

2.500,00 0,00 0,00 2.500,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

32.010. 2.08.122.0002.2010.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

607.275,00 0,00 0,00 607.275,00 DIVERSOS Prestação de Serviços entre Órgãos Estaduais/Aquisição Combustível e

Lubrificantes 32.010. 2.08.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

5.649.978,60 0,00 0,00 5.649.978,60 DIVERSOS Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.010. 2.08.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.03

340.000,00 0,00 0,00 340.000,00 08 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.010. 2.08.122.0002.2016.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

2.000.000,00 0,00 0,00 2.000.000,00 01 Manutenção Atividades Operacionais/Administrativas

32.010. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

2.670.970,90 63.145,00 0,00 2.607.825,90 DIVERSOS Pessoal e Encargos Sociais

32.010. 2.08.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

525,00 0,00 0,00 525,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.010. 2.08.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

4.876.022,00 0,00 0,00 4.876.022,00 01 Pessoal e Encargos Sociais

32.010. 2.08.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

1.806.128,80 0,00 0,00 1.806.128,80 DIVERSOS Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

32.010. 2.08.242.0161.2230.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

4.000,00 0,00 0,00 4.000,00 DIVERSOS Concessão de Vale Social

32.010. 2.08.244.0045.5485.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

280.000,00 0,00 0,00 280.000,00 DIVERSOS Conferência dos Conselhos de Direito

32.010. 2.08.244.0045.5485.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

1.500.000,00 0,00 0,00 1.500.000,00 01 Conferência dos Conselhos de Direito

32.010. 2.08.244.0198.1155.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

2,00 0,00 0,00 2,00 DIVERSOS Atendimento à População em Situações Emergenciais

32.010. 2.08.244.0340.3606.0.1.22.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

89.000.000,00 0,00 0,00 89.000.000,00 08 Transferência Renda Família Pobreza Extrema - Renda Melhor

32.010. 2.08.244.0340.8360.0.1.01.0.000000.4.4.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

388.668,00 0,00 0,00 388.668,00 01 Incentivo à Indução de Oportunidades Econômicas e Sociais

32.010. 2.14.242.0189.2781.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

314.000,00 0,00 0,00 314.000,00 DIVERSOS Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência

TOTAL 117.156.577,30

Na área da segurança:

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 260100 - SESEG

Conta Contábil 622120101 - CREDITO CONTIDO

Mês Setembro

Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês Contabilização

ESPECIFICAÇÃO

26.010. 1.06.122.0002.2010.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

10.000,00 0,00 0,00 10.000,00 08 Prestação de Serviços entre Órgãos Estaduais/Aquisição de Combustível

26.010. 1.06.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

2.000.285,28 0,00 0,00 2.000.285,28 DIVERSOS Manutenção das Atividades Operacionais/Administrativas

26.010. 1.06.122.0002.2016.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

883.362,64 0,00 0,00 883.362,64 DIVERSOS Manutenção das Atividades Operacionais/Administrativas

26.010. 1.06.181.0060.8197.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

400.995,00 0,00 0,00 400.995,00 08 Gestão do Sistema Integrado de Metas

26.010. 1.06.181.0060.8201.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

192.145,26 0,00 0,00 192.145,26 08 Operacionalização das Regiões Integradas de Segurança Pública

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

45

26.010. 1.06.181.0063.1043.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

2.641,41 0,00 0,00 2.641,41 08 Fortalecimento da Gestão Pública para segurança de Grandes Eventos

26.010. 1.06.181.0063.1122.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

3.258,00 0,00 0,00 3.258,00 08 Implantação de Ações de Apoio aos Grandes Eventos

26.010. 1.06.181.0067.1068.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

10.000,00 0,00 0,00 10.000,00 08 Modernização e Ampliação da Solução de atendimento a emergências 190

26.010. 1.06.181.0067.8202.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

8.794.693,00 0,00 0,00 8.794.693,00 08 Serviço de atendimento a emergência operacionalizado

26.010. 1.06.181.0067.8277.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

6.966.255,54 0,00 0,00 6.966.255,54 DIVERSOS Manutenção de tecnologias em segurança Pública

26.010. 1.06.181.0067.8277.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

494.826,00 0,00 0,00 494.826,00 08 Manutenção de tecnologias em segurança Pública

26.010. 1.06.181.0067.8279.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

322.584,75 0,00 0,00 322.584,75 08 Operacionalização das unidades de Integração, Comando e Controle

26.010. 1.06.181.0070.5424.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

9.735,86 0,00 0,00 9.735,86 08 Gerenciamento das necessidades das Unidades de segurança

26.010. 1.06.181.0070.8198.0.1.00.0.000000.3.3.50.3.3301000. 00000000000.000000.05

3.126.200,00 0,00 0,00 3.126.200,00 08 Operacionalização das Unidades de Segurança

26.010. 1.06.181.0070.8198.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

800.000,00 0,00 0,00 800.000,00 08 Operacionalização das Unidades de Segurança

26.010. 1.06.181.0075.1036.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.105.177,86 0,00 0,00 1.105.177,86 08 Formação de policiais - Banco de Talentos

26.010. 1.06.181.0078.1142.0.1.00.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

3.003.809,00 0,00 0,00 3.003.809,00 08 Implantação da Polícia Pacificadora

26.010. 1.06.181.0081.5436.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

4.935,55 0,00 0,00 4.935,55 08 Implantação de sistema de controle do fluxo de entradas e saídas de armas

TOTAL 28.130.905,15

Governo do Estado do Rio de

Janeiro Detalhamento da Conta Contábil

Dados Gerais

Unidade Gestora 260100 - SESEG Conta Contábil 622120104 - CREDITO CONTINGENCIADO POR ATO

ADMINISTRATIVO

Mês Setembro Conta Corrente Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual Mês Contabilização ESPECIFICAÇÃO

26.010. 1.06.122.0002.0467.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.02

4.879,00 0,00 0,00 4.879,00 01 Despesas Obrigatórias de caráter Primário

26.010. 1.06.122.0002.2016.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

3.503.142,68 0,00 0,00 3.503.142,68 08 Manutenção das Atividades Operacionais/Administrativas

26.010. 1.06.122.0002.2016.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

3.214.860,00 0,00 0,00 3.214.860,00 08 Manutenção das Atividades Operacionais/Administrativas

26.010. 1.06.122.0002.2016.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

744,19 0,00 0,00 744,19 08 Manutenção das Atividades Operacionais/Administrativas

26.010. 1.06.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

12.866.326,04 0,00 0,00 12.866.326,04 DIVERSOS Pessoal e Encargos

26.010. 1.06.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.1.91.2.3300000. 00000000000.000000.01

33.333,00 0,00 0,00 33.333,00 01 Pessoal e Encargos

26.010. 1.06.122.0002.2660.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

1.565.070,01 0,00 0,00 1.565.070,01 DIVERSOS Pessoal e Encargos

26.010. 1.06.122.0002.2660.0.1.01.0.000000.3.1.90.2.3300000. 00000000000.000000.01

10.940.864,00 0,00 0,00 10.940.864,00 01 Pessoal e Encargos

26.010. 1.06.122.0002.8021.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.03

6.228.495,32 0,00 0,00 6.228.495,32 08 Pagamento de Despesas com Serviços de Utilidade Pública

26.010. 1.06.181.0053.1908.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

1.005.311,00 0,00 0,00 1.005.311,00 01 Programa de Enfrentamento às Milícias

26.010. 1.06.181.0063.1122.0.1.00.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

248,36 0,00 0,00 248,36 08 Implantação de Ações de Apoio aos Grandes Eventos

26.010. 1.06.181.0067.8202.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

18.798.307,00 0,00 0,00 18.798.307,00 08 Serviço de atendimento a emergência operacionalizado

26.010. 1.06.181.0067.8277.0.1.00.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

7.417.858,76 0,00 0,00 7.417.858,76 08 Manutenção de tecnologias em Segurança Pública

26.010. 1.06.181.0067.8277.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

9.289.520,00 0,00 0,00 9.289.520,00 08 Manutenção de tecnologias em Segurança Pública

26.010. 1.06.181.0070.5424.0.1.33.0.000000.4.4.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

334.255,81 0,00 0,00 334.255,81 08 Gerenciamento das necessidades das Unidades de segurança

26.010. 1.06.181.0082.1024.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3308000. 00000000000.000000.05

100.000,00 0,00 0,00 100.000,00 01 Ampliação das Unidades de Saúde das polícias

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26.010. 1.06.181.0082.1952.0.1.01.0.000000.3.3.90.2.3300000. 00000000000.000000.05

55.311,00 0,00 0,00 55.311,00 01 Equipamento e Manutenção Hospital da PCERJ

26.010. 1.06.181.0082.8413.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

300.000,00 0,00 0,00 300.000,00 01 Sistema de Saúde da PMERJ

26.010. 1.06.181.0082.8418.0.1.01.0.000000.3.3.90.3.3301000. 00000000000.000000.05

250.000,00 0,00 0,00 250.000,00 01 Centro de Fisiatria do HCPMRJ

TOTAL 75.908.526,17

Cumpre-nos fazer uma pequena explicação sobre os dados acima destacados. No cabeçalho das

tabelas citadas, vemos que todos os créditos orçamentários referentes às ações de governo

destacadas na última coluna, ou estão na situação “contido”, ou na de “contingenciado por ato

administrativo”. Em nenhuma das duas opções, o valor está liberado para posteriormente ser

empenhado. E se não há possibilidade de se realizar um empenho daquele valor, os programas

ou as ações de governo, vinculados aos valores financeiramente “contidos” ou

“contingenciados” não serão desenvolvidos, por falta de verbas, enquanto não alterada a sua

situação.

Os créditos “contidos” são aqueles previstos na Lei Orçamentária Anual (L.O.A.) que dependem

da arrecadação estadual para ser liberados, paulatinamente, na forma da programação

financeira a que se refere o art. 8 da LRF. Já os “contingenciados por ato administrativo” são

aqueles créditos que estavam contidos e que, ante à constatação de carência de receitas para

efetivá-los, passaram a sofrer uma maior restrição quanto à sua execução orçamentária, nos

moldes previsto pelo art. 9 da LRF. Tal restrição, por sua vez, é instrumentalizada por um ato

administrativo e contingenciamento, que pode ser delegado para a Secretaria de Estado de

Fazenda e/ou de Planejamento e Gestão.

Retornando ao cerne da questão relativa à macro política financeiro-orçamentária na gestão das

receitas públicas, relembramos que o Estado ficou somente na promessa de parcelar os débitos

tributários, renegociando, em especial com seus grandes contribuintes, medidas e formas de

pagamento ou, ainda, também na promessa de “intensificar os esforços fiscalizatórios”, sem

minimamente apresentar, ou discutir, um plano de ação para tanto. De qualquer forma, não é

sequer cogitado deixar de conceder novos incentivos18, de qualquer natureza, e menos ainda de

anular, ou minimamente de suspender os efeitos das centenas de incentivos concedidos ao

arrepio da lei (notadamente dos arts. 4 e 14 da LRF) e das condições impostas no próprio ato 18

Segundo matéria jornalística editada no dia 5 de outubro de 2016, publicada no sitio

(http://extra.globo.com/emprego/servidor-publico/em-um-dia-dornelles-assina-14-decretos-de-isencoes-fiscais-

empresas-produtos-20243462.html) o chefe do poder executivo demonstrou, textualmente, o seu nítido interesse

em manter tal política de isenções.

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47

administrativo que lhe deu origem.

Medidas, estas (suspensão de novos incentivos, ou de prorrogação dos mesmos, seguida da

suspensão dos efeitos dos que comprovadamente não atingiram, ou que não cumpriram, as

metas impostas no ato de concessão), que entendemos indispensáveis ao verdadeiro

reestabelecimento do estado de legalidade das ações oficiais de fomento à atividade econômica.

E que, na prática, se implementadas, também darão muito mais suporte financeiro ao

reequilíbrio fiscal e orçamentário tanto almejado, do que apenas a focalização seletiva do ajuste

sobre as despesas primárias, tal como se depreende dos atos que vêm sendo ultimamente

editados com tal finalidade.

Inadmissível, contudo, é perpetuar a constrição sobre o custeio das ações e serviços públicos de

saúde e das atividades de manutenção e desenvolvimento do ensino, inclusive com o

descumprimento dos deveres de aplicação mínima de recursos de que tratam os art. 198 e 212

da Constituição Federal, diante do expressivo montante de receitas que estão sendo deixadas de

lado, conforme poderemos observar nos capítulos subsequentes.

3 – O INQUÉRITO CIVIL Nº 7879 (MPRJ Nº 2007.00121516) E A C.P.I. DA ARRECADAÇÃO.

FALHAS NA CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS E FINANCEIROS. COMPROVADA

OMISSÃO ESTATAL NA COBRANÇA DOS VALORES QUE LHE FORAM DECLARADAMENTE

DEVIDOS:

A primeira medida fiscalizatória governamental implementada que visava ao maior controle e

fiscalização das ações financeiras estaduais, com foco nos incentivos concedidos ao longo de um

determinado período, foi a referida Comissão Parlamentar de Inquérito, instituída pela

Resolução ALERJ nº 01/2007, que tinha por objeto apurar as perdas na arrecadação,

principalmente do ICMS, durante o período de 2003 a 2007.

Segundo o relatório final dessa comissão, extraiu-se que a responsabilidade pela análise prévia

e pelo acompanhamento dos incentivos fiscais cabia, àquela época, à CODIN – Companhia de

Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (até 2006), tendo tal função sido

repassada à INVESTE-RIO – Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro, a partir de 2007

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(cfr. fls. 35 e nota 16). Os incentivos financeiros eram, por sua vez, concedidos através do

FUNDES – Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social (cfr. fls. 40).

E as irregularidades nela constatadas podem ser sintetizadas nos seguintes itens:

a) ausência de prévios estudos de impactos financeiros e orçamentários (em

desobediência ao art. 14 da LRF): Afirmou o relatório da CPI que foram outorgados

incentivos financeiros (mediante financiamento do FUNDES) sem prévio estudo de impacto

financeiro e orçamentário (fls. 41). Também há notícia de ter havido enquadramento de

sociedades empresariais em incentivos fiscais do Programa “PLAST RIO” pela extinta SEINPE –

Secretaria de Estado de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo, sem prévia análise pela

CODIN (cfr. fls. 53);

b) ausência de um órgão central para controle e acompanhamento dos incentivos fiscais

e financeiros: Foi também noticiado que, nem a Subsecretaria de Fiscalização, nem a SET –

Superintendência de Tributação, da Secretaria de Estado de Fazenda, seriam responsáveis pelo

controle e acompanhamento de incentivos fiscais. Consignando-se no Processo TCE-RJ nº

113.936-1/06, que a SET teria enfatizado “a necessidade de um órgão capaz de exercer o

acompanhamento e o controle de todos os incentivos e benefícios fiscais concedidos” (fls. 46/47).

Nos termos do art. 9º, III da Lei nº 4.321/04, caberia à CAIF – Comissão de Avaliação de

Incentivos Fiscais “efetuar o acompanhamento global dos resultados de cada incentivo

concedido”, porém a referida Comissão nem sequer chegou a ser constituída pela SEDE –

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (cfr. fls. 48). Quanto aos incentivos

financeiros, noticia-se que “a Secretaria de Estado de Controle e Gestão – CONTROLE, não vem

procedendo ao acompanhamento, o controle e a avaliação dos recursos do FUNDES, em

desacordo com o disposto no art. 7º do Decreto nº 22.921, de 10.01.97” (fls. 48).

Em 2007, foi criado um Grupo Executivo, subordinado ao Comitê de Desenvolvimento

Econômico do Estado do Rio de Janeiro, com a finalidade de “reavaliar os instrumentos

financeiros e fiscais existentes”, ao qual incumbiria a emissão de parecer sobre incentivos

fiscais (f. 49 do inquérito civil nº 2007.00165523). Os incentivos também seriam submetidos à

apreciação da Comissão de Programação Orçamentária e Financeira (fls. 48/49), e seu impacto

fiscal seria avaliado pela Subsecretaria de Assuntos Econômicos da Secretaria de Estado de

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Fazenda (fls. 49); medidas essas que, aparentemente, não foram efetivadas até os dias atuais.

c) outorga de incentivos fiscais não submetidos ao CONFAZ: concluiu-se que o Estado do Rio

de Janeiro, à semelhança de outros Estados, concedeu incentivos fiscais independentemente de

sua aprovação pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (fls. 57/58), o que afrontaria o art.

2º c/c 9º da Lei Complementar nº 24/75; tal como nos dias atuais.

d) outorga de incentivos fiscais sem comprovação do atendimento aos requisitos do art.

5º, § 1º e do art. 7º da Lei Estadual nº 4.321/04: Segundo a Lei Estadual nº 4.321/04,

somente poderiam se habilitar a receber incentivos fiscais as empresas que atendessem aos

requisitos positivos no seu art. 5º, §1º da Lei nº 4.321/04:

“I – possuir em seus quadros funcionais pessoas com deficiência em

quantidade compatível com os parâmetros fixados no art. 93 da Lei

Federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991;

II – não possuir passivos ambientais não equacionados no Estado;

III – não possuir passivos de natureza trabalhista decorrente de ação

transitada em julgado, incluindo-se nesta obrigação seus

administradores e controladores;

IV – estar em dia com suas obrigações trabalhistas, incluindo-se nesta

obrigação seus administradores e controladores), e desde que não se

verificassem as causas de inabilitação previstas no art. 7º do mesmo

diploma legal (I – estar irregular junto ao Cadastro Fiscal do Estado do

Rio de Janeiro; II – estar inscrito na Dívida Ativa do Estado do Rio de

Janeiro; III – ser participante ou ter sócio que participe de empresa

inscrita na Dívida Ativa do Estado do Rio de Janeiro ou que tenha, ou

venha a ter, a inscrição cadastral cancelada ou suspensa; IV – estar

irregular ou inadimplente com parcelamento de débitos fiscais de que

seja beneficiário)”

Por fim, ao proceder à análise de vários processos de concessão de incentivos fiscais (que

instruem os Volumes 4, 5 e 6 do Anexo ao Relatório Final), a CPI concluiu que não consta dos

mesmos a comprovação do atendimento aos requisitos previstos na mencionada norma.

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50

e) não inclusão de incentivos fiscais nos “demonstrativos regionalizados” da lei

orçamentária anual, o que estaria em desacordo com o art. 165, §6º da CF/88 e com o art. 5, II,

da LRF, como ressaltado no Processo TCE-RJ nº 113.936-1/06 (cfr. fls. 41/42 e 67).

f) não contabilização dos incentivos fiscais concedidos com recursos do FUNDES e dos

respectivos pagamentos de juros e amortizações, irregularidade que teria sido ressaltada no

Processo TCE-RJ nº 113.936-1/06 (cfr. fls. 42, 48 e 67).

Como já informado, só com os benefícios financeiros e somente no período compreendido entre

os anos de 2003 e 2005, a CPI apurou que tinham sido concedidos R$ 4.848.847.864,00 – R$

4.848 bilhões (vide folhas 65 do inquérito civil anteriormente mencionado) em volume total de

financiamento ao setor privado.

Com a remessa do relatório de conclusão dessa CPI às Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva

de Cidadania da Capital e, mais especificamente, com a posterior distribuição à 8ª, foi

instaurado o inquérito civil ora em comento, através do qual se apurou uma série de fatos

relevantes à lide ora ofertada.

A iniciar pelos fatos descritos nos depoimentos colhidos de Maurício Elias Chacur – então

Presidente do INVESTE-RIO; Fernando de Castro Barros – então Diretor Presidente do CODIN;

Hélio Cabral Moreira – então Presidente da EMATER e; Cristiane Viturino Novo – então Diretora

Adm.Fin. da INVESTE-RIO (f. 132/138), percebemos que:

“... em outubro de 2004, a reforma tributária voltou em pauta, e as

empresas começaram a correr para o enquadramento nos programas19;

19

Aqui verificamos textualmente a prática da “guerra fiscal”, não só proibida pela constituição da república (art.

150, § 6º) e também por lei (Vide Lei Complementar nº 24/75, recepcionada pela CF/88) e que quase sempre

gera o incremento indiscriminado e predatório de concessões de incentivos, das mais diversas naturezas, sem a

contrapartida da indispensável, mas quase nunca presente, fiscalização estatal. Sobre o tema, convém destacar

que Kiyoshi Harada, em seu artigo denominado “Incentivos Fiscais. Limitações constitucionais e legais”,

publicada no sitio eletrônico denominado âmbito jurídico (http://www.ambito-

juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10645), aduz que “... Para abrir mão de receita

tributária, em aparente contradição com o princípio da generalidade (todos devem pagar impostos) e com o

princípio da universalidade (todos os bens, serviços e rendas devem ser tributados), que regem o fenômeno

tributário, é preciso que esteja presente o interesse público direcionando a ação do governante no sentido de

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51

que diante do volume de empresas que solicitaram enquadramento,

não havia condições para a verificação prévia do preenchimento de

todos os requisitos para a obtenção dos benefícios fiscais e financeiros;

que o enquadramento consiste em declarar que a empresa está apta a

receber um benefício, o que não se confunde com a concessão do

benefício, que dependeria de um decreto ou da assinatura de um termo

de acordo... o enquadramento decorre de um Decreto do Governador;

que o ato denominado de enquadramento, na realidade se tratava de

um ‘pré-enquadramento’, na medida em que não gerava direito à

obtenção de qualquer benefício fiscal ou financeiro... os pedidos de

enquadramento eram submetidos a uma análise preliminar, sem a

verificação da totalidade dos documentos exigidos...”

Após informarem que os enquadramentos concedidos em 2004 teriam sido anulados (total de

107 decretos) e tentarem justificar que as isenções concedidas àquela época não teriam

contribuído com a queda da arrecadação de 2002 a 2003 - sendo que essas não poderiam,

segundo a interpretação deles, ser consideradas como renúncia de receita - , os mesmos

depoentes antes referidos acabaram por textualmente afirmar que:

“... a despeito do que dispõe a Lei Complementar nº 24/75, nenhum

Estado da Federação submete seus incentivos fiscais ao CONFAZ20... a

verificação dos requisitos previstos no art. 5º, § 1º e no art. 7º, da lei

estadual nº 4.321/04 cabia à CODIN; que como a lei não especificava o

modo pelo qual se daria a comprovação do atendimento desses

requisitos... exigia-se do representante legal da empresa que assinasse

uma declaração, afirmando que atendia aos mencionados requisitos...”

renunciar à parcela de receita para consecução do bem comum... O que não se admite são as “guerras

tributárias”, infelizmente, arraigadas na cultura dos governantes e que acabam agravando os desníveis

regionais”. 20

Mais uma vez convém destacar um trecho de mais um artigo de Kiyoshi Harada, agora em seu artigo

denominado “ICMS: Incentivos fiscais unilaterais”, publicado no sítio eletrônico Âmbito Jurídico

(http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11085), aduz que “...

diversos Estados vêm concedendo incentivos fiscais unilateralmente, à margem da LC n° 24/75 que impõe a

utilização apenas do Convênio firmado pelos Estados componentes da Federação para outorga de isenções ou

outros incentivos em matéria de ICMS. Em junho deste ano o STF julgou 14 ADIs impetradas, declarando a

inconstitucionalidade dos benefícios fiscais concedidos por diferentes Estados”.

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52

(f. 137 do IC 7879).

No prosseguimento das investigações, foram requisitadas informações à Secretaria Estadual de

Fazenda (SEFAZ) e à Secretaria Estadual de Planejamento (SEPLAG), sobre qual seria o órgão

responsável pela fiscalização e acompanhamento do cumprimento dos requisitos legais para a

obtenção e/ou manutenção de incentivos fiscais e/ou financeiros.

A SEPLAG informou que encaminhou o questionamento à SEFAZ, por se tratar de matéria

pertinente àquela Secretaria (f. 305). Já a SEFAZ informou, às f. 307/308, que os benefícios

fiscais “são concedidos ao pressuposto de que o beneficiário irá cumprir a lei”, e que não existe,

na estrutura da Secretaria, um órgão específico destinado a fiscalizar a concessão e

manutenção de incentivos fiscais, o que é feito através dos programas usuais de Fiscalização,

pois seria “impraticável destacar Fiscais somente para fiscalizar o cumprimento de requisitos

legais à concessão de incentivos fiscais”. Como se os valores ali atribuídos não fizessem falta aos

cofres públicos estaduais.

Após ter sido requisitado, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro remeteu ao

Ministério Público uma mídia eletrônica, contendo cópia do Proc. TCE-RJ nº 113.936-1/06

(acobertado pelo sigilo fiscal), o qual contém informações valiosas acerca dos fatos aqui

narrados (f. 449/452).

O objetivo da análise da Inspeção Ordinária contida no procedimento TCE/RJ acima referido era

saber se o Estado elaborava o “demonstrativo regionalizado”, em cumprimento ao previsto no

art. 165, §6º da CF/88 (cuja exigência foi repercutida no art. 5, II, da LRF). Algo que já havia sido

objeto da determinação nº 20, prevista no processo de análise de contas de gestão do poder

executivo estadual, referente ao exercício financeiro de 2003 (f. 17). Ou seja, diferentemente do

que disseram os depoentes destacados anteriormente, tal isenção foi considerada, desde o

início, como renúncia de receita, pelo Tribunal de Contas do Estado. Sua conclusão foi no

sentido de que o Estado não realizava, nem apresentava os referidos demonstrativos – algo que

permanece até os dias atuais e que fere de morte a análise meritória destes mesmos incentivos,

tampouco cumpria os requisitos do art. 14 da LRF.

O TCE/RJ detectou também que o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de

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Janeiro, que tinha como objetivo fomentar projetos através da concessão de “benefícios

creditícios” às sociedades empresariais que quisessem se estabelecer no Rio de Janeiro, era

também utilizado, muitas das vezes, como instrumento de concessão de isenções fiscais. Isso

porque, as empresas que obtinham formalmente os créditos concedidos acabavam, na prática,

valendo-se do benefício deferido unicamente para compensar a sua carga tributária. Ou seja,

muito embora houvesse previsão de desembolso dos valores solicitados, a empresa apenas se

utilizava do valor ali concedido para deixar de recolher a parcela de ICMS equivalente ao

benefício, mascarando, portanto, a isenção fiscal que era realizada na prática.

Assim, muito embora houvesse sido determinado, não só pela Comissão Parlamentar de

Inquérito da ALERJ, como também pelo Tribunal de Contas – por mais de uma vez – que o

Estado “adotasse medidas necessárias à implantação de um controle informatizado dos benefícios

tributários concedidos pelo Governo Estadual” (vide f. 499), o certo é que, até a presente data, o

único sistema implementado foi o DUB-ICMS; que, no entanto, também parte da regra de auto-

declaração.

Ademais, com “... relação aos registros contábeis dos contratos de financiamento do FUNDES no

período de 2003 a 2007, ficou evidenciado nos autos que estes controles contábeis só viriam a

ocorrer com a publicação do Decreto nº 41.072/2007, que regulamenta a competência para a

contabilidade dos recursos do FUNDES” (f. 512). Isto é, os contratos firmados no período

analisado pelo CPI ora em comento não sofreram qualquer registro contábil, ou outro

apontamento formal de controle, por parte do Estado.

Portanto, não restam dúvidas, em face do conjunto das provas até então colhidas no bojo do

inquérito civil ora em comento, acerca das ilegalidades praticadas pelos diversos setores do

Estado, as quais já haviam sido detectadas pela CPI da Arrecadação, desde 2007. Sendo que,

dessas, muitas ainda persistem até os dias atuais, conforme se extrai do relatório de auditoria

governamental, realizado pelo TCE/RJ, o qual será objeto de breve análise no ponto

subsequente.

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4 – PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO ANUAL, DO PODER EXECUTIVO DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, REFERENTES AO ANO DE 2015 (PROCESSO TCE/RJ Nº

102.203-6/16). IRREGULARIDADES NO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DOS

INCENTIVOS FISCAIS ESTADUAIS, DOS EXERCÍCIOS DE 2007 A 2015:

No referido processo de exame das contas de gestão anual de governo do poder executivo do

Estado do Rio de Janeiro, referente ao exercício de 2015 (processo TCE/RJ nº 102.203-6/16),

foi mais uma vez detectada a ausência de controle dos processos e procedimentos de concessão

de isenção fiscal, por parte da Superintendência de Tributação, órgão vinculado à Subsecretaria

de Receita, da Secretaria de Estado de Fazenda21.

Restou também detectada e comprovada a prática de incentivos fiscais onde a

Superintendência, ou mesmo a Secretaria de Estado de Fazenda, não tiveram sequer

conhecimento da concessão de tratamentos tributários especiais, os quais, por sua vez, eram

realizados mediante decretos estaduais22. Bem como concessões que, mesmo não sendo

emitidas por decreto, não foram precedidas de qualquer análise por parte da supracitada

Superintendência, ou mesmo da própria Secretaria de Fazenda, em descumprimento ao art. 14

da LRF.

Mesmo após a implantação, pela Secretaria de Estado de Fazenda, de um sistema específico de

controle e fiscalização dos benefícios fiscais – sistema DUB-ICMS -, estas mesmas falhas

continuaram a ser detectadas pelo corpo técnico do Tribunal de Contas do Estado do Rio de

Janeiro, eis que o referido sistema:

(1) é alimentado por auto-declaração das próprias sociedades empresárias que gozam do

incentivo, as quais podem deixar de fornecer informações acerca de seus próprios benefícios, ao

sistema:

(2) não contempla todos os benefícios fiscais concedidos;

(3) não computa os incentivos fiscais indiretos, quais sejam, os advindos dos contratos de

financiamento, convolados em T.T.D., pelos órgãos competentes da Secretaria de Estado de

21

A Resolução SEFAZ nº 45, de 29 de junho de 2007, regulamentando o Decreto Estadual nº 40.613, de 15 de

fevereiro de 2007, prevê que cumpre à Superintendência de Tributação orientar, supervisionar, planejar, avaliar e

deliberar sobre os pedidos de concessão de tratamento tributário especial e de reconhecimento de imunidades,

não incidências, isenções e suspensões de tributo estadual. 22

Vide Decreto Estadual nº 43.603, de 18 de maio de 2012.

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Desenvolvimento Econômico: Companhia de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e

Serviços do Estado do Rio de Janeiro (CODIN) e a Agência de Desenvolvimento Econômico e

Social do Estado (Agerio)23;

(4) também não computa das perdas de arrecadação decorrentes do Regime Diferenciado de

Pagamento, referentes ao Simples Nacional;

(5) não contém um mecanismo ou uma rotina de validação das informações ali lançadas, pela

Secretaria de Estado de Fazenda e;

(6) obviamente, não contempla sequer as estimativas de renúncia de outros impostos estaduais,

como o sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto de Transmissão Causa

Mortis ou Doação (ITD).

Para além dessas lacunas, que dificultam muito a realização de uma análise precisa acerca do

quantum de isenções fiscais que foram concedidas pelo Estado nos últimos anos, a Secretaria de

Estado de Fazenda, norteada por uma diretriz da Secretaria da Receita Federal de 1996, passou

a considerar como renúncia de receita de ICMS somente aquelas isenções que,

cumulativamente, (1) reduzissem a arrecadação potencial; (2) aumentassem a disponibilidade

econômica do contribuinte e; (3) direcionassem a isenção a um determinado grupo de

contribuintes.

Partindo-se dessa premissa, ficavam excluídas do rol de renúncias aquelas isenções concedidas:

1) Por suspensão: quando a mercadoria sai de um estabelecimento para outro, por ocasião

de feiras ou exposições;

2) Com diferimento do recolhimento: muito embora considerado por muitos um benefício

mascarado (vide ADIN 3702/ES), ocorre quando o recolhimento do ICMS é postergado

para data posterior e;

3) Por diferimento no meio da cadeia de circulação: quando o imposto é supostamente

recolhido na etapa seguinte da circulação de mercadoria (Convênio ICMS 003, 1 de

junho de 1990).

Noutra ponta do raciocínio, convém destacar que o art. 14, § 1º da Lei de Responsabilidade

23

Possibilidade regulamentada pelo Decreto Estadual nº 25.980/2000, que passou a permitir que as empresas

contribuintes do ICMS, beneficiadas pelo financiamento pudessem concretizar as suas parcelas por meio de

créditos deste imposto em suas respectivas escritas fiscais.

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Fiscal arrola, de forma exemplificativa, as várias espécies do gênero “renúncia de receita”

pública. Em verdade, o próprio caput já aduz que “A concessão ou ampliação de incentivo ou

benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita...”. Sendo ainda mais

específico sobre esse tema, como dito anteriormente, no seu parágrafo primeiro, ao informar

que “A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção

em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique

redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a

tratamento diferenciado”.

O conceito ampliativo e o rol exemplificativo da norma supracitada estão a nos indicar a

inclusão de todos os institutos, inclusive os da suspensão e do diferimento (seja pela

modalidade temporal, seja pelo modelo da cadeia substitutiva), no gênero renúncia de receita. É

assim que pensa, por exemplo, a Assessoria de Política de Tributação da Secretaria de Estado de

Fazenda de Mato Grosso. Baseada na norma supracitada, o referido órgão editou a Nota Técnica

nº 10/0924, segundo a qual:

“Os Programas de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso

concedem benefício em geral de: isenção, redução de base de cálculo e

diferimento e crédito presumido. Esses Programas, em que pesem

serem de natureza permanente, oferecem benefícios específicos para os

contribuintes que precisam individualmente preencher certos

requisitos e que são avaliados de tempos em tempos para a sua

renovação. Nesses casos, deve-se considerar que o benefício teve seu

início no momento da sua concessão ou renovação e não na data da

publicação da lei que o concedeu, haja vista que é nesse momento que o

contribuinte pode usufrui-lo. Portanto, as medidas exigidas de controle

e compensação devem se restringir àqueles benefícios formalmente

concedidos.

A LRF no artigo 14 estabelece como exigência que a renúncia de receita

deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário

24

http://app1.sefaz.mt.gov.br/04256E4C004D9CE4/BDFDF560841CF35E04256CA7004FCD3E/5F6038496E1D

DF81842576AC00632ECA

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financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois

seguintes, portanto aqueles benefícios de caráter permanente

concedidos pelo Estado que já foram considerados em mais de dois

anos seguintes à sua implementação não deverão mais serem

observados nas exigências do referido dispositivo legal”.

Para os técnicos da Receita do Estado de Mato Grosso, o diferimento é, portanto, uma espécie de

renúncia de receita que só dispensa a previsão de seu valor na estimativa de impacto financeiro

quando já consolidado. Ou seja, quando sua vigência e/ou renovações sucessivas ultrapassam o

prazo de 2 (dois) anos.

Já para o Supremo Tribunal Federal, o diferimento não deve ser considerado como uma isenção

fiscal, desde que não apresente os mesmos efeitos da desoneração tributária, onde os saltos na

cadeia de circulação, somados à ausência de uma fiscalização e controle mais efetivo, propiciam

o não recolhimento do tributo (ADIN 3702/ES).

Pontuamos a controvérsia acerca do diferimento, somente para demonstrar que o Estado do Rio

de Janeiro, diante dela, optou por adotar o posicionamento menos protetivo de suas próprias

receitas.

Para que se tenha em mente o quantum de isenções de cobrança de ICMS concedidas pelo

Estado do Rio de Janeiro, ano-após-ano, desde a implantação do sistema DUB-ICMS, até a sua

última avaliação anual, cumpre-nos destacar o quadro abaixo:

Volume de ICMS não pago em virtude de Renúncia Fiscal

Ano Benefícios declarados Total de exclusões Renúncias SEFAZ

2007 R$ 8.538.826.648 R$ 6.158.896.693 R$ 2.379.929.955

2008 R$ 10.526.523.925 R$ 7.893.512.440 R$ 2.633.011.485

2009 R$ 15.452.297.153 R$ 12.186.051.879 R$ 3.266.245.274

2010 R$ 15.374.225.172 R$ 11.521.843.530 R$ 3.852.381.642

2011 R$ 25.108.653.098 R$ 19.200.408.216 R$ 5.908.244.882

2012 R$ 24.823.756.359 R$ 18.919.538.319 R$ 5.904.218.039

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2013 R$ 24.072.450.855 R$ 17.693.000.482 R$ 6.379.450.373

2014 R$ 25.904.940.933 R$ 18.482.050.363 R$ 7.422.890.570

2015 R$ 36.048.517.421 R$ 26.729.806.922 R$ 9.318.710.499

Total R$ 185.850.191.563 R$ 138.785.108.842 R$ 47.065.082.721

As informações acerca dos valores acima informados foram, segundo o Tribunal de Contas do

Estado do Rio de Janeiro, extraídas do próprio sistema DUB-ICMS (planilha contida à f. 6730, do

processo TCE/RJ nº 102.203-6/16). Elas nos apontam para o sentido de ter o Estado, ao longo

de todo esse período, aumentado o volume de renúncias de receita, pela via dos incentivos

fiscais, com o passar dos anos.

Certas isenções concedidas, ao longo do período examinado, podem ser exemplificadas para

que tenhamos ideia do quão divorciadas do interesse comum elas são. Por meio do Decreto nº

41.596, de 16 de dezembro de 2008, as pessoas jurídicas localizadas no Estado do Rio de

Janeiro que realizem, por exemplo, operações com artefatos de joalheria e relojoaria,

classificados nas posições 7113, 9101, 9102 e 9113 da Nomeclatura Comum do Mercosul

(NCM), passaram a poder usufruir do tratamento tributário especial, previsto na Lei Estadual nº

4.531, de 31 de março de 2005.

Das planilhas eletrônicas encaminhadas pela Secretaria de Estado de Fazenda, com dados

extraídos do sistema DUB-ICMS, foi possível atestar que deixaram de ser pagos pelos

contribuintes beneficiados, somente pelo Decreto nº 41.596/2008 (H Stern Comércio e

Indústria S/A, Amsterdam Sauer Joalheiros Ltda., Caneta Continental Ltda., Mc Ipanema

Comércio de Relógios Ltda., Mc Avenida das Américas Comercio de Relógios Ltda., entre

outros), no período compreendido entre os anos de 2008 a 2013, o montante de R$

230.716.759,28 (duzentos e trinta milhões, setecentos e dezesseis mil, setecentos e cinquenta e

nove reais e vinte e oito centavos).

No ano de 2015, quando a Secretaria de Fazenda confirmou ter ocorrido “apenas” R$ 9.3 bilhões

de receitas renunciadas - mas o sistema DUB-ICMS (e, por conseguinte, o Tribunal de Contas)

informou ter havido mais de R$ 36 bilhões - o Tribunal de Contas verificou que estes R$ 9.3

bilhões foram obtidos através dos seguintes atos:

1) 57 convênios CONFAZ, gerando R$ 2.144.450.379,00 em renúncias de receita;

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2) 59 Decretos Estaduais, gerando R$ 3.106.736.641,00 em renúncias de receita e;

3) 24 Leis Estaduais, gerando R$ 4.067.523.479,00 em renúncias de receita25.

Muitos desses incentivos fiscais foram concedidos pelo Estado do Rio de Janeiro por prazos

indeterminados, sendo certo ainda que algumas renúncias de receita datam de anos anteriores

a 1990; ferindo, pois, o princípio da não perpetuação dos incentivos.

Conforme mencionado pelo Exmo. Sr. Procurador do Ministério Público Especial – TCE/RJ, Dr.

Sérgio Paulo de Abreu Martins Teixeira, em seu parecer proferido no âmbito do processo

TCE/RJ nº 102.203-6/16, o qual analisa a Prestação de Contas do governador do Estado do Rio

de Janeiro, exercício de 2015 (f. 6163) “...segundo análise constante do Relatório do Corpo

Instrutivo deste Tribunal, ‘os benefícios fiscais em vigor no ERJ tendem a ser por prazo

indeterminado, como aponta o fato de ter havido renúncia equivalente a quase R$ 6 bilhões

decorrente de atos anteriores a 1990 no período’ ” (f. 6163).

E a sua conclusão acerca deste fato não poderia ser mais adequada à presente lide:

“... No cenário de grave crise econômico-financeira, esta última

informação aconselha a SEFAZ a realizar estudos de impacto e

promover revogações nos benefícios fiscais que impliquem renúncia de

receita e que possuam vigência por prazo indeterminado, a fim de

auxiliar na recomposição do equilíbrio fiscal do ERJ.” (f. 6163 - Processo

TCE/RJ nº 102.203-6/16)

Sobre este tema, já no campo doutrinário, convém destacar um trecho do artigo da i. Professora

Élida Graziane Pinto, segundo a qual:

“... a Lei de Responsabilidade Fiscal exige no caput e no parágrafo 2º do

artigo 14 que a validade e o início da vigência da renúncia fiscal sejam

condicionados à instituição efetiva de medida compensatória, com

25

Conforme se extrai da farta jurisprudência da Corte Constitucional Pátria (ex: ADIns nº 3702/ES, 4152/SP,

4276/MT e 4481/PR), não são admitidas outras formas de concessão de isenção tributária de ICMS, que não as

instituídas por Convênio Interestadual, nos termos do art. 155, §2º, XII, “g” da CF/88, justamente como forma de

garantir o princípio da isonomia tributária (cf, art. 150, II) evitando, assim, as ditas guerras fiscais.

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duração de três anos (exercício de instituição e nos dois seguintes). Já a

Lei Geral de Licitações e Contratos prevê ser vedada a celebração de

contratos com prazo de vigência indeterminado, que gerassem

obrigações de gasto para o Estado ad aeternum. Ora, renúncia de

receita é gasto tributário e, assim como os contratos administrativos —

donde resultam os gastos rotineiros da administração pública —, não

deveria ser instituída sem qualquer delimitação temporal.

Desse modo, cabe controle de validade sobre a perpetuação de todas as

renúncias fiscais (no sentido jurídico do parágrafo 1º do artigo 14 da

LRF), cujas medidas compensatórias provenientes da elevação de

alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de

tributo ou contribuição tenham sido comprovadas apenas por três

anos, os quais, por sua vez, já tenham faticamente transcorrido...”.

(Controle judicial dos orçamentos públicos em prol dos direitos

fundamentais. In. Controle judicial dos orçamentos públicos em prol

dos direitos fundamentais. Revista Eletrônica Consultor Jurídico. 16 de

agosto de 2016)

Diante (1) de tantas incertezas acerca da fidedignidade das informações extraídas da própria

fonte oficial estadual de concessões de isenções fiscais (a qual, pelas circunstâncias da auto-

declaração dos contribuintes, somada a não validação de tais declarações pela SEFAZ, nos

levariam a crer tratar-se de dados e valores inferiores aos efetivamente praticados); (2) da

interpretação restritiva do conceito e conteúdo de renúncia de receita fiscal, emitida pela

SEFAZ; (3) das centenas de incentivos fiscais de ICMS concedidos por meios não

constitucionalmente previstos; (4) dos inúmeros incentivos concedidos a atividades

econômicas cuja finalidade, ou objeto social, não possibilitariam aferir interesse público, de per

si, na sua concessão e; (5) da ausência de previsão de tais concessões na legislação

orçamentária estadual, o quadro econômico e financeiro, não só do poder público estadual, mas

de toda a atividade econômica desenvolvida no Rio de Janeiro só poderia ser caótico.

Caos que se evidencia através do descumprimento das metas e índices econômico-financeiros

destacados nos próximos capítulos, os quais, em essência, justificariam, até sozinhos, a

suspensão de todos os incentivos então vigentes.

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5 – INCENTIVOS FISCAIS E PARAFISCAIS x ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. FINALIDADE SÓCIO-

ECONÔMICA. FUNDAMENTOS, REQUISITOS E LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS:

Para que não corramos o risco desnecessário com rotulações minimalistas acerca do real

alcance desta ação e, por conseguinte, para que certos aspectos desta lide, em especial o seu real

objetivo/pedido, fiquem ainda mais claros, torna-se necessário, neste momento, diferenciarmos

os conceitos de incentivos fiscais, de um lado, e de isenção tributária, de outro.

Resumindo bem a ideia que pretendemos passar no momento, Kiyoshi Harada explicita que:

“Incentivo fiscal é um conceito da Ciência das Finanças. Situa-se no

campo da extrafiscalidade e implica redução da receita pública de

natureza compulsória ou a supressão de sua exigibilidade. É um

instrumento do dirigismo econômico; visa desenvolver

economicamente determinada região ou certo setor de atividade(...)

Isenção tributária é um instrumento de Direito Tributário

significando, para a maioria dos doutrinadores, hipótese de não

incidência legalmente qualificada. Difere do incentivo fiscal, quer

quanto ao seu campo de abrangência (campo de atuação maior),

quer quanto à sua motivação. Ela é concedida em função de certos

bens (isenção objetiva), ou de certas pessoas (isenção subjetiva), mas

sempre em função do interesse público. A finalidade da isenção não é a

de desenvolver determinada região do País, nem a de incrementar certa

atividade econômica, como ocorre com o incentivo fiscal. A motivação

da isenção, pode-se dizer, é semelhante a da imunidade pela qual a

Constituição retira o poder tributário em relação a certos bens, serviços

ou pessoas. Só que, enquanto a imunidade atua no campo da definição

de competência, a isenção atua no campo do exercício da competência

tributária”. (Incentivos fiscais. Limitações constitucionais e legais.

In. Âmbito Jurídico).

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Regis Fernandes de Oliveira é ainda mais específico, ao coadunar os objetivos da isenção fiscal –

e/ou da renúncia de receita – com os próprios princípios desenvolvimentistas,

constitucionalmente previstos:

“Significa que cabe à norma complementar disciplinar a política fiscal,

entendida como o conjunto de medidas financeiras que podem ser

adotadas pelo Poder Público, diante de determinada conjuntura

econômica, para promover o desenvolvimento. Como são objetivos

fundamentais da República Federativa do Brasil: a) garantir o

desenvolvimento nacional e b) erradicar a pobreza e a marginalização e

reduzir a desigualdade sociais e regionais (incisos II e III do art. 3º da

CF), cabe à norma nacional criar condições para tanto. A renúncia de

receita não tem conteúdo estritamente tributário, de forma a ser

exercido apenas pela pessoa jurídica de direito público

competente. É norma pré-juridica, que antecede o nascimento da

obrigação tributária, logo, de gestão financeira e, pois,

perfeitamente alinhada com os objetivos maiores da

responsabilidade fiscal”. (Op.Cit. p. 426)

Assim, o objeto desta demanda é a proteção dos direitos fundamentais sociais por meio do seu

sistema de financiamento público, ora deficitário e ineficaz aos seus próprios objetivos, ofertada

a partir da observação empírica de que o Estado do Rio de Janeiro está em situação decretada

de calamidade financeira, impondo, portanto, medidas que assegurem ao mesmo poder cumprir

seu desiderato constitucional, através do corte ou da suspensão dos incentivos fiscais, ilegais e

inconstitucionalmente concedidos.

O Tribunal de Contas da União já firmou um mesmo entendimento, quando da emissão do

Relatório de Contas do Governo da República, referente ao ano exercício de 2008, segundo o

qual “...Apesar do crescimento dos valores renunciados da receitas federais ao longo dos anos e do

estímulo a determinados setores ou regiões, não tem sido avaliado o impacto social e

econômico das políticas públicas que utilizam tal mecanismo, sobretudo quanto aos reais

benefícios alcançados frente aos aspectos de progressividade do sistema de tributação.

Torna-se necessário que os governos realizem tal avaliação, para justificar, perante a

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sociedade, os resultados reais alcançados frente à concessão de benefícios a determinados

grupos de contribuintes” (citado em de Almeida, Carlos Otávio Ferreira. O Planejamento

Financeiro Responsável: Boa Governança e Desenvolvimento no Estado Contemporâneo.

Orçamentos Públicos e Direito Financeiro. Ed. Revista do Tribunais. 2011. p. 591)

De tais ensinamentos podemos extrair que o incentivo fiscal não se subsume ao conteúdo

tributário. Pelo contrário, está atrelado à macro política financeira, cuja incumbência

prioritária compete ao chefe do poder executivo. O qual deverá sempre atender não só aos

objetivos de desenvolvimento regional, como também aos princípios constitucionais

maiores de erradicação da pobreza e de diminuição das desigualdades sociais. Daí a

necessidade de tais políticas serem acompanhadas de perto pelos demais poderes ou instâncias

de fiscalização, no exercício dos seus respectivos misteres.

Por isso que, na medida em que se persegue o desenvolvimento econômico de um dado setor da

atividade ou, ainda, de uma dada região do país, por meio de benefícios fiscais, certo se torna

afirmar também que esses objetivos hão de ser cobrados por todas as instancias e Poderes

Estatais. Justamente para se buscar evitar reflexos deletérios sociais que tais concessões

possam vir a causar, indistintamente, nos seguimentos e classes sociais que não são alcançados

pelas isenções. Mas, segundo Carlos Otávio Ferreira de Almeida:

“...no Brasil não há qualquer avaliação objetiva dos resultados

alcançados pelo imposição de uma política de renúncia de receitas.

(grifo nosso) A despeito dessa incerteza, os gastos tributários vêm

crescendo significativamente no últimos anos, pois, somente na esfera

federal, a renúncia de receitas tributárias cresceu 61,8% em 2010, quando

comparada a 2006... A lógica de renúncia de receitas impõe que o

Governo, ao decidir, por exemplo, conceder benefícios fiscais indiretos ao

setor farmacêutico, saiba se os preços dos medicamentos foram reduzidos,

beneficiando aos necessitados...”. (Op. Cit. p. 591)

Esse modelo despreocupado com as finalidades sociais de conduzir a macro política financeira

brasileira, pela União, encontra sinonímia com o modelo de renúncia de receitas praticado no

Estado do Rio de Janeiro. Mais uma vez citando o parecer do Ministério Público que atua

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perante o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, firmado no bojo do processo que

analisa as contas de gestão do poder executivo, no exercício financeiro de 2015, “... identifica-se

um relevante descompasso entre a estimativa de renúncia de receita apresentado no referido

demonstrativo constante do Anexo de Metas Fiscais da LDO e a situação fiscal hodierna do

Estado...” (Processo TCE/RJ nº 102.203-6/16, f. 6164). Daí porque reiteramos haver

descumprimento não só do art. 14 da LRF, mas também das metas fiscais inscritas na LDO, na

forma do art. 4º da mesma LC 101/2000, as quais expressam a alma constitutiva da busca do

equilíbrio fiscal e da responsabilidade por seu alcance.

E não só sob o aspecto formal, técnico e financeiro do demonstrativo de renúncia de receitas

que observamos uma discrepância entre as concessões e seus impactos orçamentários. É

sobretudo na avaliação acerca dos indicadores sociais e econômicos do Estado, que

verificamos uma lacuna ainda maior entre a política de incentivos fiscais e os fins a que

ele deve(ria) obediência.

Destarte, os já identificados (1) baixo crescimento do P.I.B. – que se tornou negativo, nesse

último período -; (2) a diminuição da produção e do emprego industrial; (3) o crescimento da

inflação e; (4) o crescimento da dívida do setor público, em comparação com outros Estados

vizinhos, nos denotam para todos os cidadãos fluminenses, que a política de crescentes

concessões de benefícios fiscais, se não foram as principais responsáveis pelo seu próprio

quadro de déficit econômico, incontestavelmente reconhecido, certamente não produziram os

resultados positivos que, em tese, deveriam lhe servir de fundamento.

Segundo recente estudo (junho de 2016), desenvolvido pelo grupo autodenominado

Observatório dos Benefícios, formado por Auditores Fiscais da Receita do Estado do Rio de

Janeiro, intitulado “Jogando luz na escuridão”:

“...CRESCIMENTO E EMPREGO INDUSTRIAL:

Como a maior parte dos benefícios concedidos por iniciativa dos

poderes executivo e legislativo do Estado do RJ foi concedida para as

empresas do segmento industrial, procuramos inicialmente observar os

efeitos sobre os indicadores de produção física deste setor (...)o gráfico

resultante demonstra com mais clareza que o RJ teve o pior

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desempenho, sendo a única curva que apresenta um valor inferior de

produção física quando comparados os anos de início e fim da série

(...)alguns investimentos significativos como os do setor automotivo,

como resultado geral a produção da indústria do RJ, excetuado o ano de

2011, passou a ter uma evolução inferior à dos demais maiores Estados

que fazem parte da região Sudeste (...)A suposta justificativa de que os

projetos estruturantes criaram mecanismos para promover o

adensamento da cadeia produtiva industrial de nosso Estado não

encontra respaldo nos números da produção física.(...) Mesmo com

toda a renúncia fiscal concentrada no setor industrial, o Estado do Rio

de Janeiro só conseguiu atingir média de crescimento capaz de superar

São Paulo e Rio Grande do Sul, ficando inclusive abaixo da média

nacional. Os demais estados das duas regiões conseguiram médias de

crescimento mais elevado (...)

INFLAÇÃO

Uma das vantagens que poderiam decorrer de um tratamento mais

favorecido, inclusive com a o benefício da isenção no varejo para a cesta

básica e os diversos benefícios para o setor de logística e de atacado

(RIOLOG, centros de distribuição, e-commerce etc.), seria um menor

crescimento dos índices inflacionários em nosso Estado do Rio de

Janeiro (...) A observação dos dados sobre a evolução do IPCA nos

últimos anos mostra uma taxa mais elevada do que as das demais

capitais da região sudeste e da região sul, além de Recife e Salvador (...)

Para este outro índice, a região metropolitana do RJ está posicionada em

segundo lugar, atrás apenas da RM de Curitiba no que se refere ao

aumento dos preços da cesta pesquisada para famílias de menor renda

(...)Os benefícios conferidos para fortalecimento dos ramos do comércio

atacadista, considerados os valores da inflação acumulada, não

trouxeram ganhos para os consumidores finais (...)

EVOLUÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) REGIONAL

(...) mesmo com a crescente participação do setor de petróleo e gás, o

dinamismo da economia do RJ esteve quase sempre marcado por taxas

menores de desenvolvimento ao longo dos últimos anos para os quais os

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dados estão disponíveis. O resultado acumulado da média de

crescimento observada para o período 2007-2013 nos coloca atrás de

todas as demais unidades federadas das regiões Sul e Sudeste. (...)

Apesar do apoio incondicional dos órgãos de representação empresarial

ao sistema vigente de benefícios fiscais, os números apresentados

demonstram menor desempenho da economia do RJ (em especial

quando desconsiderados o setor de extração de petróleo e gás), com

perda de participação em relação ás demais unidades federadas, se

pegarmos dados dos últimos 15 anos.”

Ao concluírem esse importante estudo, o grupo de auditores da receita estadual que o elaborou

aponta um caminho de saída no exato sentido daquilo que queremos propor com essa medida

judicial:

“Uma revisão dos valores das renúncias abre as portas para uma

diminuição das alíquotas gerais do ICMS, das alíquotas mais

gravosas sobre energia, combustíveis e serviços de comunicação,

e do adicional do Fundo de Pobreza (FECP), que tornam o Estado

do Rio de Janeiro a unidade federada com a maior carga

tributária do ICMS, um dos fatores que interferem negativamente

no "CUSTO RJ", tanto quanto as deficiências nos demais setores,

como a segurança, por exemplo. Depois de retomada a normalidade

financeira e orçamentária, as políticas de desoneração e renúncia fiscal

podem ser novamente reavaliadas, caso possam ser comprovados seus

efeitos favoráveis, o que não ficou demonstrado no presente trabalho”

(grifo em sublinhado nosso).

O Excelentíssimo Senhor Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Dr.

Jonas Lopes de Carvalho Junior, ao analisar as Contas do Governo do Estado do Rio de Janeiro,

sob a responsabilidade do então Governador, Luiz Fernando de Souza, referentes ao exercício

de 2015, foi também enfático ao destacar que:

“... Este benefício concedido a algumas empresas só é justificável

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quando a renúncia é revertida para a sociedade através de outros

mecanismos, como, por exemplo, o aumento da produção ou da

quantidade de empregos vigentes. Não foi o caso do Rio de

Janeiro. A Figura 46 apresenta a variação anual de valor bruto da

produção oriundo das indústrias de transformação do ERJ para o

triênio 2011 a 2013 comparativamente aos dados da Figura 45

(renúncia de ICMS).

O que se pode perceber é que o montante apurado como acréscimo de

produção para este segmento é bastante inferior ao que se deixou de

arrecadar. Logicamente que a renúncia fiscal não ocorreu apenas neste

setor. A auditoria citada anteriormente destaca as maiores empresas

em volume de imposto não pago nos exercícios de 2008 a 2013..” (f.

6277/6278, processo TCE/RJ nº 102.203-6/16)”

Concluindo que “...Diante disto, para 2016, recomenda-se, prioritariamente, para reversão da

crise instalada no ERJ, uma revisão de gastos públicos no sentido de adequar despesas às receitas,

caminhando no sentido de buscar reverter o quadro de deficit fiscal. Assim como qualquer dona

de casa faria, quando as receitas estão aquém das despesas só há 3 atitudes a se tomar:

aumentar receitas, diminuir despesas ou promover um esforço no sentido de adotar ambos

os caminhos”. (f. 6286).

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Assim, e em virtude dos efeitos deletérios de tantas concessões, proferidas anos a fio ao arrepio

do equilíbrio financeiro estadual, o qual ainda não foi corrigido pelo Poder Legislativo,

diretamente, ou através do Tribunal de Contas; tampouco pelo controle social, em razão do

pouco conhecimento de causa, somado à ausência de transparência de tais atos, urge que tal

fiscalização seja feita agora pelo Ministério Público, agindo em defesa dos direitos sociais e

individuais indisponíveis então violados – ou “contingenciados”, se utilizarmos a linguagem

técnico-contábil -, provocando o Poder Judiciário, em razão do princípio da inafastabilidade da

jurisdição, para fins de suspender toda a política de concessão de incentivos fiscais estadual, eis

que notoriamente divorciada das finalidades e objetivos sociais que a fundamenta.

A doutrina jurídica nacional tem se debruçado sobre o tema aqui versado, estipulando, em

linhas gerais, que o macrossistema financeiro e orçamentário público está, como qualquer

outro, jungido a um controle de legalidade, legitimidade e economicidade. Em outras

linhas, “...Os princípios da legalidade, legitimidade e da economicidade atuam como elementos de

limitação da discricionariedade na elaboração e execução do orçamento. Eles estão expressos no

caput do art. 70 da CF/1988 e inseridos no contexto de um complexo sistema de fiscalização e

controle da atividade financeira do Estado...” (Bruno Mitsuo Nagata. A Limitação da

Discricionariedade em Matéria Orçamentária pelos Princípios da Legalidade, Legitimidade e

Economicidade. Orçamentos Públicos e Direito Financeiro. Ed. Revista do Tribunais. 2011. p.

369).

Vale, neste aspecto, relembrar que o art. 70 da CRFB/88, ao organizar o sistema contábil,

financeiro e orçamentário de todos os entes públicos, dispôs que a ECONOMICIDADE é um dos

princípios matrizes a serem observados por gestores e fiscais das contas públicas - para

além da legalidade e da legitimidade:

“Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial da União e das entidades da administração direta e

indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação

das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso

Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle

interno de cada Poder”.

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O constituinte brasileiro também determinou que todos os entes públicos devam manter um

sistema interno de controle de gastos, que deverá ter por finalidade, dentre outras:

“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de

forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...)

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia

e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos

órgãos e entidades da administração federal, bem como da

aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado”.

Como dito, desde a promulgação da nossa atual Carta Política, não há mais espaços para

liberalidades, ilegalidades e descontroles na gestão da coisa pública. Atualmente, com a

previsão constitucional de criação de órgãos e sistemas de controle internos e externos, o

Administrador se viu cada vez mais obrigado a respeitar os nortes de fiscalização e de gestão

responsáveis, calcados, por sua vez, em regras de legalidade e economicidade na gestão

contábil, financeira e orçamentária.

Economicidade pode ser sempre resumida como operacionalidade, busca de resultado ou,

doutrinariamente, como “... contrariedade a qualquer tipo de gastos exagerados, desperdícios e

prodigalidades com os recursos financeiros... compromisso econômico com o cumprimento de

metas governamentais, inseridas na equação custo benefício, onde a eficiência e a eficácia são

introduzidas como finalidade última de toda e qualquer receita destinada a um interesse

público...” (grifos nossos). (Bruno Mitsuo Nagata. Op. Cit. p. 378 e 379)

A legitimidade é, por sua vez, o fator mais substancial da fiscalização. Pode ser resumida

como a fundamentação ético-moral do programa orçamentário, que se inter-relaciona com

o escopo precípuo de toda e qualquer atividade estatal (não diferindo desta, a atividade

financeira): o bem comum. Sob este enfoque, por exemplo, não é legítima renúncia de

receitas, enquanto vivemos declaradamente sob um estado de calamidade financeira

que, em essência, contingencia despesas essenciais nas áreas de saúde, educação,

assistência social e segurança pública, em prol do pagamento de obrigações contratuais

assumidas no ato de aceitação do evento olímpico.

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Tal método ou justificativa de controle e fiscalização é, portanto, a que mais se aproxima

finalisticamente das missões constitucionais de erradicação da pobreza e da miséria e,

principalmente, na promoção do bem de todos. O quão mais perto desses interesses públicos

primários supracitados, mais legítima será a atividade financeira estatal. Em última análise “...

constatará se a administração está empregando os recursos com racionalidade e equilíbrio, de

acordo com a equação custo-benefício, que denota, e última análise, a eficiência da administração

pública...” (Bruno Mitsuo Nagata. Op. Cit. p. 379)

A legalidade, por sua vez, decorre da essência do Estado Democrático de Direito, tem por

finalidade precípua a mantença da segurança jurídica acerca dos atos relevantes das contas

públicas, impondo ao administrador, por tal razão, a obrigação de agir segundo os objetivos, as

regras e os padrões básicos e gerais de conduta, instituídos em lei. Se todas as receitas e

despesas são previstas na legislação orçamentária, é fundamental que ela seja respeitada, desde

o seu nascedouro, até o momento do seu total exaurimento.

Tem-se, como corolário deste princípio, o fato de a lei orçamentária não ser mais tratada

somente como “ato formalmente legal”. Mas sim, pelo contrário, como uma norma inserida

no contexto maior, de conformidade com todo o sistema normativo nacional. Impondo, por isso,

ao administrador o dever de obedecer aos comandos basilares de elaboração, programação,

execução, transparência, fiscalização e controle:

“... a margem decisória que se franqueia ao administrador público é

mitigada pelos princípios e diretivas constitucionais de modo que a

legalidade limita a discricionariedade em matéria orçamentária não só

quando propugna uma atuação vinculada ao comportamento descrito

em norma jurídica formal, mas também quando orienta a atividade

administrativa por meio de princípios e diretrizes programáticas que

se revelam fundamentais para garantir a consecução do interesse

público...” (Bruno Mitsuo Nagata. Op. Cit. p. 376)

Partindo da premissa acima destacada (que encontra eco em outros tantos ensinamentos

mais atualizados sobre este tema), convém relembrar que a Constituição da República de

1988 impôs aos governantes certos requisitos específicos para a concessão de benefícios,

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especialmente os fiscais. A começar pelo seu art. 150, § 6º, onde determina que “Qualquer

subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou

remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei

específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima

enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §

2.º, XII, g”.

Conforme se extrai da norma supracitada, somente uma lei específica pode conceder incentivos

fiscais ou tributários. Mas ele também excepciona, de certa forma, as isenções do ICMS, as quais,

por sua vez, devem ser autorizadas não por uma lei ordinária, mas por uma lei complementar,

conforme disposto no art. 155, § 2º, XII, g, da CF.

A lei que dispõe sobre convênios para a concessão de isenções do ICMS, recepcionada

pela Constituição de 1988, é a Lei Complementar nº 24, de 7-1-1975. Esta lei, por sua vez, é

taxativa ao informar que a única maneira de se obter regularmente um incentivo fiscal é

através da pré-aprovação de um convênio entre os estados.

No entanto, já é de conhecimento geral que “... diversos Estados vêm concedendo incentivos fiscais

unilateralmente, à margem da LC n° 24/75 que impõe a utilização apenas do Convênio firmado

pelos Estados componentes da Federação para outorga de isenções ou outros incentivos em

matéria de ICMS.” (Kiyoshi Harada. ICMS: Incentivos fiscais unilaterais)26. E o Estado do Rio de

Janeiro não foge desta práxis.

Conforme já destacado no capítulo 4 desta petição inicial, só no ano de 2015, dos R$ 9.3 bilhões

de incentivos fiscais concedidos e reconhecidos como renúncia de receita pela Secretaria

Estadual de Fazenda, apenas 57 foram editados como base em convênios CONFAZ, gerando R$

2.144.450.379,00 em renúncias de receita. Além disso, foram também editados 59 Decretos

Estaduais, gerando R$ 3.106.736.641,00 em renúncias de receita e; sancionadas 24 Leis

Estaduais, gerando R$ 4.067.523.479,00, em renúncias de receita. Ou seja, próximo de 22,5 %

do total – em reais – de isenções fiscais concedidas no ano passado foram editadas pelo

Estado do Rio de Janeiro da maneira constitucionalmente aceita.

26

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11085.

Pesquisado em 19 de setembro de 2016

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Noutra ponta deste raciocínio acerca da aplicação do princípio da legalidade no sistema

financeiro orçamentário nacional, agora sob o aspecto estritamente infra-constitucional,

importa agora destacar que “...para realizar a renúncia de receita, é fundamental que haja

‘demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita

da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais

prevista no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias’ (art. 14, I). Tem fim a improvisação.

Tudo há que estar estabelecido na lei e na demonstração por meio de mapas, estatísticas, dados

concretos, etc...” (Regis Fernandes de Oliveira. Op. Cit. p. 427).

Os artigos de lei mencionados no trecho doutrinário supracitado são da Lei de

Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00), a qual “estabelece normas de finanças

públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal...”.

Tal lei, que preza precipuamente a “...responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação

planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o

equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e

despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita...” (art. 1º, § 1º),

dispõe que as “...previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os

efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou

de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos

últimos três anos...”. Tudo que não fez o Estado do Rio de Janeiro, quando da apresentação de

sua lei orçamentária anual de 2016.

Determina ainda a L.R.F. que “... a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de

natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de

estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua

vigência e nos dois seguintes...” (art. 14, caput), estabelecendo também a regra de que tal

renúncia deverá “... estar acompanhada de medidas de compensação, no período

mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas,

ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição...” (art. 14, II).

No relatório e parecer prévio sobre as contas do governo da república do exercício de 2014, o

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Tribunal de Contas da União, pelo voto do Exmo. Sr. Ministro Relator, Dr. Augusto Nardes, há

também expressa menção acerca da necessidade de se estabelecer um controle rigoroso das

renúncias de receita, como instrumento de controle do equilíbrio fiscal de um ente público:

“...Em face disso, o exercício pleno da capacidade tributária, inclusive

com ações de combate à sonegação, e o controle das despesas e das

renúncias de receitas são instrumentos-chave no modelo de gestão

fiscal preconizado pela LRF... Nesse sentido, em detrimento das

transações que resultaram em receitas primárias atípicas da ordem de

R$ 34 bilhões, afigurar-se-ia mais consentânea com o planejamento, a

transparência e o equilíbrio das contas públicas, por exemplo, a adoção

de medidas com vistas a aumentar a eficiência na arrecadação de

receitas, assim como a racionalizar os gastos públicos ou, ainda, a

aprimorar a cobrança de créditos a recuperar.(...) à vista da

materialidade dos valores envolvidos, que uma calibragem mais

ajustada do contingenciamento de dotações e das renúncias de

receitas, em conjunto com uma estratégia integrada de cobrança dos

créditos a recuperar – mecanismos genuinamente fiscais – poderia se

traduzir em uma combinação fiscal ótima que levasse ao cumprimento

da meta de superávit primário...” (f. 216).

Retornando ao aspecto estritamente normativo, a previsão legal da “estimativa do impacto

orçamentário”, enquanto condição sine qua non ao reestabelecimento do equilíbrio

fiscal, diante do quadro de renúncias de receita pressupõe, obviamente, o conhecimento, pelo

proponente, do total de receitas renunciadas num dado período. E, no Estado do Rio de

Janeiro, a análise prévia do quantum renunciado, por força do art. 6º, XVII, alínea “c”, Decreto

Estadual nº 40.613/07, compete, repita-se, à Superintendência de Tributação - órgão vinculado

à Subsecretaria de Receita, da Secretaria de Estado de Fazenda.

No entanto, ao contrário do que se poderia imaginar, “...O Relatório técnico indica, às fls. 6011v e

6012, a existência de normas de tal natureza que não são submetidas à Superintendência,

havendo, em muitos casos, a edição de decretos diretamente pela Secretaria de Estado da

Casa Civil” (parecer do Exmo. Sr. Procurador do Ministério Público Especial – TCE/RJ, Dr.

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Sérgio Paulo de Abreu Martins Teixeira, proferido no âmbito do processo TCE/RJ nº 102.203-

6/16, f. 6161). Prosseguindo ainda com o rol de requisitos legais descumpridos, destacamos

agora que “...embora conste da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a projeção de

renúncia de receita para os exercícios subsequentes, a sua forma de apresentação não se

encontra em consonância com o Anexo de Metas Fiscais, haja vista que não houve

demonstração de que as renúncias foram consideradas nas previsões de receita da Lei

Orçamentária Anual, nem há evidências de medidas de compensação” (mesmo parecer, f. 6163).

O voto do Exmo. Sr. Conselheiro Relator desse mesmo processo de fiscalização, Dr. José Gomes

Graciosa, é ainda mais contundente quanto à fragilidade do sistema de fiscalização de renúncias

de receita pelo setor estadual competente. O que gera a conclusão de descumprimento dos

preceitos legais deste tipo de ato, por parte do Estado do Rio de Janeiro:

“...No âmbito das Auditorias realizadas na Secretaria de Estado de

Fazenda, vêm sendo evidenciadas de modo sistemático a

fragilidade e a deficiência nos controles dos benefícios fiscais, o

que compromete a avaliação das concessões e da efetividade do

retorno desses, bem como a apuração da renúncia de receita sob

a ótica da responsabilidade fiscal.

Ressalte-se, todavia, que a evolução nos mecanismos de controle da

Secretaria de Estado de Fazenda, referentes aos benefícios fiscais, tem

ocorrido de maneira insatisfatória.

Quando da realização das primeiras Auditorias com esse escopo, o

TCE-RJ deparou-se com um quadro de controle de benefícios fiscais via

Guia de Informação e Apuração de ICMS - GIA-ICMS, instrumento

inadequado para esse tipo de verificação, diante da falta de marcações

específicas no documento que possibilitem a identificação de todos os

benefícios fruídos pelo contribuinte. A GIA-ICMS, de fato, não foi

concebida com a finalidade de mensuração de benefícios, destinando-

se à apuração do imposto devido, aplicado o sistema de créditos e

débitos.

Conforme verificado em sede de Auditoria de acompanhamento

relatada no processo TCE-RJ 113.423-3/14, até hoje a inclusão da

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renúncia fiscal na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei

Orçamentária Anual é realizada com base nas informações da Guia de

Informação e Apuração de ICMS - GIA-ICMS, a despeito de, como será

discorrido a seguir, a Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ - ter

criado uma nova ferramenta de declaração de benefícios fiscais.

(...) a evolução nos mecanismos de controle da Secretaria de Estado de

Fazenda, referentes aos benefícios fiscais, mostra-se insatisfatória,

posto que já se passou uma década desde as primeiras determinações

visando ao aprimoramento dos procedimentos de controle da

Secretaria, exaradas pelo Corpo Deliberativo deste Tribunal, bem como

quinze anos de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal”. (f. 6724 e

6728)

A despeito dessa ausência de controle, de fiscalização e de fidedignidade dos valores e dados

relacionados à renúncia de receitas estaduais, o anexo de metas fiscais da Lei de Diretrizes

Orçamentárias de 2015, o qual prevê as Metas Anuais para os Exercícios de 2015, 2016 e 2017 -

conforme determinado pelo art. 4º, § 1º, da Lei Complementar nº 101/2000 – estipula

textualmente um acréscimo do volume, em valor monetário real, das renúncias de receita

estaduais, na seguinte proporção:

De fato, como demonstrado anteriormente, houve um acréscimo do montante total de renúncia

de receitas estaduais nos anos de 2014 e 2015. Sendo certo que os valores extraídos do sistema

DUB-ICMS, já depurados pela Secretaria de Estado de Fazenda, nos demonstraram terem sido

renunciados, no ano de 2014, R$ 7.422.890.570,00 e; no de 2015, R$ 9.318.710.499,00. Ou seja,

valores superiores aos previstos na Meta Fiscal da L.D.O.

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Esse acréscimo de renúncias estaria - segundo as estimativas da Secretaria de Estado de

Fazenda -, por sua vez, acompanhando uma eventual tendência de acréscimo de receitas

desse mesmo período, na forma e proporção descrita na tabela abaixo:

Tais quadros nos fazem concluir que somente a tendência de crescimento das renúncias de

receita acompanha o quadro financeiro real estadual, atualmente existente. Porém, nem mesmo

os seus valores reais correspondem ao volume total apurado na prática.

Cabe realçar que a discrepância se torna ainda mais evidente, quando verificamos que as metas

fiscais de arrecadação da LDO estão num caminho diametralmente oposto aos das metas fiscais

de arrecadação, instituídas nas leis orçamentárias anuais (LOA) dos exercícios de 2015 e 2016.

Onde, conforme já destacado anteriormente, se previu no primeiro ano uma receita superior ao

do segundo ano.

É na mensagem ao Projeto de Lei nº 1.945/2016 - posteriormente transformado em Lei

Estadual nº 7.415/2016 -, encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro,

que essa discrepância entre o previsto na LDO e a realidade arrecadadora estadual se torna

ainda mais latente:

“...A meta de superávit primário do Setor Público para 2016 foi fixada

inicialmente em 0,04% do PIB estimado à época para o ano, quando da

elaboração da LDO no início de 2015. Naquele momento, o governo e o

mercado trabalhavam com expectativa de queda de 0,58% do PIB em

2015 e de crescimento de 1,50% em 2016 (conforme apontado pelo

relatório Focus de 27/02/2015). Entretanto, em 2015, o PIB real caiu

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3,8%, com forte retração na demanda interna. Concomitantemente,

houve redução real na arrecadação, sem contraparte de redução

na despesa...”. (grifo nosso – trecho da supracitada mensagem de lei)

Diante dessas constatações, ou o cenário econômico nacional e regional vive uma realidade de

detração, ou de pouco crescimento, de forma a justificar a alteração da receita estimada na lei

orçamentária de 2016, dos anteriores R$ 75.7 bilhões, para os atuais R$ 56.5 bilhões. Ou, pelo

contrário, o cenário é de crescimento econômico, com consequente acréscimo na arrecadação,

de forma a eventualmente justificar o crescimento do volume real de renúncias. O que não há

como justificar é o aumento de renúncias num cenário econômico atualmente vivenciado

de retração e, por conseguinte, de diminuição de receitas.

No entanto, o que nos pareceu claro é o que Estado do Rio de Janeiro, para justificar a alteração

das metas de arrecadação, nas duas últimas LOA(s) afirmou que o cenário econômico nacional e

regional é de detração, ou de crescimento inferior ao esperado; ao mesmo passo em que tentou

justificar o aumento do volume real de renúncias nas LDOs, com base num eventual

crescimento da arrecadação – proveniente, por sua vez, de um cenário de crescimento

econômico. Eis a contradição lógica, faticamente irrecusável, do descumprimento do regime de

responsabilidade fiscal de que tratam os artigos 4º e 14 da LC 101/2000.

Assim, ante ao notório cenário de diminuição do crescimento econômico regional, já destacado

anteriormente em números, torna-se clara a conclusão de que o planejamento estadual,

justificador do acréscimo do volume de renúncias de receitas estampado, por sua vez, no anexo

de metas fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias do período de 2015/2017, está divorciado

dos princípios de transparência e de gestão fiscal responsável, preconizados na Lei de

Responsabilidade Fiscal. O que dá azo, portanto, à imediata suspensão dos incentivos fiscais.

Mais uma vez pedimos vênia a este douto juízo para trazer à colação os ensinamentos extraídos

do relatório e parecer prévio sobre as contas do governo da república do exercício de 2014, do

Tribunal de Contas da União, segundo o qual:

“...A transparência e o planejamento são pressupostos basilares da

gestão fiscal responsável. Tais pressupostos devem orientar a ação

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78

governamental para que seja capaz de prevenir riscos e corrigir

desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Para tanto, a

norma complementar impõe metas de resultados entre receitas e

despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia

de receita, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito,

inclusive aquelas realizadas por antecipação de receita, dentre

outras...” (f. 225).

Analisando agora o volume de receitas tributárias renunciadas, em comparação com o limite

legal de concessão de benefícios fiscais instituídos na LDO dos respectivos anos, verificamos

que os princípios supracitados não foram no passado e não tem sido atualmente respeitados.

Inicialmente, convém relembrar o parecer do Exmo. Sr. Procurador do Ministério Público junto

ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Sergio Paulo de Abreu Martins Teixeira,

proferido no bojo do processo de análise de contas de gestão do Executivo Estadual, ano 2015,

segundo o qual “...a RCL, descontados os efeitos inflacionários, ‘vem se mantendo em patamares

relativamente constantes, em torno de R$53 bilhões, a preços de dezembro de 2015’” (f. 6139/40

do processo TCE/RJ 102.203-6/2016).

Noutra ponta, destacamos que a Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado do Rio de Janeiro,

referente aos anos de 2013 a 2015, fixou que “... Fica limitado em 5% (cinco por cento) da receita

corrente liquida do ano imediatamente anterior o impacto financeiro da concessão de novos

programas de benefícios fiscais que forem instituídos...”. A L.D.O. de 2016 fixou em 4% e as

anteriores a 2013 não mencionaram limites.

Assim, se aplicarmos literalmente a regra autorizadora de crescimento dos programas de

benefícios fiscais, 5% (LDO de 2013 a 2015) ou 4% (LDO de 2016), ano após ano, e levarmos em

consideração que a receita corrente líquida se manteve historicamente estável desde então, é

elementar que teremos um comprometimento maior da receita corrente líquida (RCL) com a

renúncias de receita, no decorrer dos anos. Mas para que tal conclusão não fique apenas no

campo semântico, elaboramos o quadro abaixo como forma de comprovar o percentual de

comprometimento da RCL, em razão dos benefícios fiscais concedidos, anos a fio:

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Percentual - Benefício LDO

Ano Renúncia de Receita

da SEFAZ

Porcentagem autorizada pela LDO

Receita corrente líquida do ano

anterior

Valor do acréscimo do

benefício autorizada pela

LDO

Porcentagem de comprometimento

da RCL com a renúncia

2009 R$ 3.266.245.274 - R$ 31.830.885.000 11%

2010 R$ 3.852.381.642 - R$ 28.976.688.000 11%

2011 R$ 5.908.244.882 - R$ 34.534.904.291 15%

2012 R$ 5.904.218.039 - R$ 39.268.345.357 15%

2013 R$ 6.379.450.373 5%

R$ 40.613.414.954 R$

2.030.670.748 14%

2014 R$ 7.422.890.570 5%

R$ 47.064.197.574 R$

2.353.209.879 16%

2015 R$ 9.318.710.499 5%

R$ 46.045.517.774 R$

2.302.275.889 20%

2016 R$ 11.620.986.388 (*) 4%

R$ 50.329.664.208 R$

2.013.186.568 23% (**)

Fonte: www.comparabrasil.com.br - retirado no dia 28/09/2016 (*) Valor de renúncia autorizado pela LDO de 2016, e não o praticado, já que não findo o ano (R$ 9.318.710.499 + R$ 2.013.186.568).

(**) Percentual de comprometimento da RCL se alcançado o valor máximo de renúncia autorizado pela LDO

Como já é de conhecimento geral, a Receita Corrente Líquida é o somatório das receitas

tributárias de um Governo, acrescidas das contribuições patrimoniais, industriais,

agropecuárias e de serviços e, deduzidos os valores das transferências constitucionais. O que,

para o Estado, seriam as transferências obrigatórias para os Municípios e para o regime de

previdência oficial. A sua apuração é feita através do somatório de todas as receitas correntes

arrecadadas no mês em referência e nos onze meses anteriores, deduzidas, como dito, as

transferências constitucionais e legais, bem como as contribuições aos planos de seguridade

social. É, em outras linhas, o valor que fica em caixa para ser aplicado nas despesas previstas na

LOA. Assim, quanto mais comprometida for a RCL, menor será a disponibilidade financeira do

ente público, para arcar com as suas despesas gerais.

Partindo-se desta lógica, ao prosseguirmos com o volume e o ritmo de concessão / prorrogação

de renúncias de receitas, chegaremos em breve a um impacto de quase ¼ da Receita Corrente

Líquida estadual.

Neste ponto, convém relembrar que o art. 14, caput da lei Complementar nº 101/2000 impõe

como condição de validade dos atos de renúncia de receita, que estes venham acompanhados

“...de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência

e nos dois seguintes”. Mas, muito embora o Estado do Rio de Janeiro não tenha cumprido em

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todos os anos em análise tal desiderato – o que, de per si, geraria a nulidade de todos os

benefícios fiscais concedidos – podemos afirmar, com base nas fontes de consulta oficiais, que o

volume total de renúncias de receitas ultrapassou, em valores reais e em percentuais, o valor

correspondente ao piso constitucionalmente previsto para as ações e serviços na área da

educação, desde 2015 e; o piso constitucionalmente previsto para as ações e serviços na área de

assistência à saúde, desde 2009.

Utilizando a Receita Corrente Líquida anual como referência, temos que:

EDUCAÇÃO (Piso X RCL X Renúncia Receita SEFAZ)

Ano Receita Resultante

de Imposto (*) 25% (Art. 212, caput -CF/88)

RCL do Ano (*) Percentual de

comprometimento da RCL com Educação

Renúncia de Receita da SEFAZ

Porcentagem de comprometimento

da RCL com a renúncia

2009 R$ 23.699.227.000 R$ 5.924.806.750 R$ 28.976.688.000

20,45% R$ 3.266.245.274 11,27%

2010 R$ 27.739.340.281 R$ 6.934.835.070 R$ 34.534.904.291

20,08% R$ 3.852.381.642 11,16%

2011 R$ 30.988.351.798 R$ 7.747.087.950 R$ 39.268.345.357

19,73% R$ 5.908.244.882 15,05%

2012 R$ 33.367.905.883 R$ 8.341.976.471 R$ 40.613.414.954

20,54% R$ 5.904.218.039 14,54%

2013 R$ 33.664.913.358 R$ 8.416.228.340 R$ 47.064.197.574

17,88% R$ 6.379.450.373 13,55%

2014 R$ 35.223.432.419 R$ 8.805.858.105 R$ 46.045.517.774

19,12% R$ 7.422.890.570 16,12%

2015 R$ 26.796.372.306 R$ 6.699.093.077 R$ 50.329.664.208

13,31% R$ 9.318.710.499 18,52%

Saúde (Piso X RCL X Renúncia Receita SEFAZ)

Ano Receita Tributária

(*)

12% (Art. 6º -LC 141

c/c 198 §2, II - CF/88)

RCL do Ano (*) Percentual de

comprometimento da RCL com Saúde

Renúncia de Receita da SEFAZ

Porcentagem de comprometimento

da RCL com a renúncia

2009 R$ 24.884.732.000 R$ 2.986.167.840 R$ 28.976.688.000

10,31% R$ 3.266.245.274 11,27%

2010 R$ 29.086.555.272 R$ 3.490.386.633 R$ 34.534.904.291

10,11% R$ 3.852.381.642 11,16%

2011 R$ 32.555.744.840 R$ 3.906.689.381 R$ 39.268.345.357

9,95% R$ 5.908.244.882 15,05%

2012 R$ 35.141.715.074 R$ 4.217.005.809 R$ 40.613.414.954

10,38% R$ 5.904.218.039 14,54%

2013 R$ 35.685.854.746 R$ 4.282.302.570 R$ 47.064.197.574

9,10% R$ 6.379.450.373 13,55%

2014 R$ 37.403.179.778 R$ 4.488.381.573 R$ 46.045.517.774

9,75% R$ 7.422.890.570 16,12%

2015 R$ 29.071.688.233 R$ 3.488.602.588 R$ 50.329.664.208

6,93% R$ 9.318.710.499 18,52%

(*)Fonte: www.comparabrasil.com.br - retirado no dia 29/09/2016

E para que não restem dúvidas sobre as prioridades do Estado do Rio de Janeiro, elaboramos

ainda (com base nos mesmos dados oficiais) dois outros quadros de comparação dos gastos

efetivos com essas duas macro políticas sociais, com o volume total e anual de renúncias de

receitas reconhecidas pela Secretaria de Estado de Fazenda.

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Educação

Ano Valor Liquidado pelo Estado

do Rio de Janeiro (*) RCL do Ano (*)

% dos gastos da RCL com Educação

Renúncia de Receita da SEFAZ

Porcentagem de comprometimento

da RCL com a renúncia

2009 R$ 5.158.216.000 R$ 28.976.688.000

17,80% R$ 3.266.245.274 11,27%

2010 R$ 5.659.368.000 R$ 34.534.904.291

16,39% R$ 3.852.381.642 11,16%

2011 R$ 6.900.714.940 R$ 39.268.345.357

17,57% R$ 5.908.244.882 15,05%

2012 R$ 7.675.992.344 R$ 40.613.414.954

18,90% R$ 5.904.218.039 14,54%

2013 R$ 8.260.684.635 R$ 47.064.197.574

17,55% R$ 6.379.450.373 13,55%

2014 R$ 6.243.672.651 R$ 46.045.517.774

13,56% R$ 7.422.890.570 16,12%

2015 R$ 6.191.359.436 R$ 50.329.664.208

12,30% R$ 9.318.710.499 18,52%

Saúde

Ano Valor Liquidado pelo Estado

do Rio de Janeiro (*) RCL do Ano (*)

% dos gastos da RCL com Saúde Renúncia de Receita

da SEFAZ

Porcentagem de comprometimento

da RCL com a renúncia

2009 R$ 3.207.299.000 R$ 28.976.688.000

11,07% R$ 3.266.245.274 11,27%

2010 R$ 3.544.879.000 R$ 34.534.904.291

10,26% R$ 3.852.381.642 11,16%

2011 R$ 4.039.996.204 R$ 39.268.345.357

10,29% R$ 5.908.244.882 15,05%

2012 R$ 4.152.730.768 R$ 40.613.414.954

10,23% R$ 5.904.218.039 14,54%

2013 R$ 4.732.148.715 R$ 47.064.197.574

10,05% R$ 6.379.450.373 13,55%

2014 R$ 5.077.933.778 R$ 46.045.517.774

11,03% R$ 7.422.890.570 16,12%

2015 R$ 5.113.957.745 R$ 50.329.664.208

10,16% R$ 9.318.710.499 18,52%

(*)Fonte: www.comparabrasil.com.br - retirado no dia 29/09/2016

Ainda assim, relembramos que os valores atribuídos como renúncia de receita lançadas nos

quadros anteriores, dizem respeito somente àquelas oriundas do ICMS (excluídos, portanto, os

demais impostos de sua competência), declaradas pelas próprias sociedades empresariais

agraciadas (já que o sistema é de auto declaração), excluídas as isenções provenientes de

créditos de financiamento concedidos pela agência de fomento econômico estadual, bem como

os tratamentos tributários especiais ou diferenciados não reconhecidos como renúncia de

receita pela Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro. Mas se levarmos em

consideração os valores extraídos do sistema DUB-ICMS, sem a depuração da SEFAZ, teríamos

ainda a seguinte realidade:

Educação

Ano Valor Liquidado pelo Estado do Rio

de Janeiro (*) RCL do Ano (*)

% dos gastos da RCL com Educação

Benefícios declarados no DUB-ICMS

% de comprometimento da RCL com a renúncia

2009 R$ 5.158.216.000 R$ 28.976.688.000

17,80% R$ 15.452.297.153

53,33%

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PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE TUTELA COLETIVA DE DEFESA DA CIDADANIA

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2010 R$ 5.659.368.000 R$ 34.534.904.291

16,39% R$ 15.374.225.172 44,52%

2011 R$ 6.900.714.940 R$ 39.268.345.357

17,57% R$ 25.108.653.098 63,94%

2012 R$ 7.675.992.344 R$ 40.613.414.954

18,90% R$ 24.823.756.359 61,12%

2013 R$ 8.260.684.635 R$ 47.064.197.574

17,55% R$ 24.072.450.855 51,15%

2014 R$ 6.243.672.651 R$ 46.045.517.774

13,56% R$ 25.904.940.933 56,26%

2015 R$ 6.191.359.436 R$ 50.329.664.208

12,30% R$ 36.048.517.421 71,62%

Saúde

Ano Valor Liquidado pelo Estado do Rio

de Janeiro (*) RCL do Ano (*)

% dos gastos da RCL com Saúde

Benefícios declarados no DUB-ICMS

% de comprometimento da RCL com a renúncia

2009 R$ 3.207.299.000 R$ 28.976.688.000

11,07% R$ 15.452.297.153 53,33%

2010 R$ 3.544.879.000 R$ 34.534.904.291

10,26% R$ 15.374.225.172 44,52%

2011 R$ 4.039.996.204 R$ 39.268.345.357

10,29% R$ 25.108.653.098 63,94%

2012 R$ 4.152.730.768 R$ 40.613.414.954

10,23% R$ 24.823.756.359 61,12%

2013 R$ 4.732.148.715 R$ 47.064.197.574

10,05% R$ 24.072.450.855 51,15%

2014 R$ 5.077.933.778 R$ 46.045.517.774

11,03% R$ 25.904.940.933 56,26%

2015 R$ 5.113.957.745 R$ 50.329.664.208

10,16% R$ 36.048.517.421 71,62%

Assistência Social

Ano Valor Liquidado pelo Estado do Rio

de Janeiro (*) RCL do Ano (*)

% dos gastos da RCL com Assistência

Benefícios declarados no DUB-ICMS

% de comprometimento da RCL com a renúncia

2009 R$ 193.982.000 R$ 28.976.688.000

0,67% R$ 15.452.297.153 53,33%

2010 R$ 289.132.000 R$ 34.534.904.291

0,84% R$ 15.374.225.172 44,52%

2011 R$ 359.177.619 R$ 39.268.345.357

0,91% R$ 25.108.653.098 63,94%

2012 R$ 458.565.103 R$ 40.613.414.954

1,13% R$ 24.823.756.359 61,12%

2013 R$ 583.012.953 R$ 47.064.197.574

1,24% R$ 24.072.450.855 51,15%

2014 R$ 643.167.255 R$ 46.045.517.774

1,40% R$ 25.904.940.933 56,26%

2015 R$ 611.657.835 R$ 50.329.664.208

1,22% R$ 36.048.517.421 71,62%

Segurança Pública

Ano Valor Liquidado pelo Estado do Rio

de Janeiro (*) RCL do Ano (*)

% dos gastos da RCL com Segurança

Benefícios declarados no DUB-ICMS

% de comprometimento da RCL com a renúncia

2009 R$ 3.221.227.000 R$ 28.976.688.000

11,12% R$ 15.452.297.153 53,33%

2010 R$ 3.710.056.000 R$ 34.534.904.291

10,74% R$ 15.374.225.172 44,52%

2011 R$ 4.270.909.067 R$ 39.268.345.357

10,88% R$ 25.108.653.098 63,94%

2012 R$ 4.746.470.326 R$ 40.613.414.954

11,69% R$ 24.823.756.359 61,12%

2013 R$ 6.443.199.012 R$ 47.064.197.574

13,69% R$ 24.072.450.855 51,15%

2014 R$ 7.657.171.156 R$ 46.045.517.774

16,63% R$ 25.904.940.933 56,26%

2015 R$ 8.627.506.653 R$ 50.329.664.208

17,14% R$ 36.048.517.421 71,62%

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Políticas Públicas Essenciais (Saúde + Educação + Assistência + Segurança)

Ano Valor liquidado pelo Estado do Rio

de Janeiro em políticas públicas essenciais

RCL do Ano (*) % dos gastos da RCL

com Pol. Púb. Essenciais Benefícios declarados

no DUB-ICMS

Porcentagem de comprometimento

da RCL com a renúncia

2009 R$ 11.780.724.000 R$ 28.976.688.000 40,66% R$ 15.452.297.153 53,33%

2010 R$ 13.203.435.000 R$ 34.534.904.291 38,23% R$ 15.374.225.172 44,52%

2011 R$ 15.570.797.830 R$ 39.268.345.357 39,65% R$ 25.108.653.098 63,94%

2012 R$ 17.033.758.541 R$ 40.613.414.954 41,94% R$ 24.823.756.359 61,12%

2013 R$ 20.019.045.315 R$ 47.064.197.574 42,54% R$ 24.072.450.855 51,15%

2014 R$ 19.621.944.840 R$ 46.045.517.774 42,61% R$ 25.904.940.933 56,26%

2015 R$ 20.544.481.670 R$ 50.329.664.208 40,82% R$ 36.048.517.421 71,62%

(*)Fonte: www.comparabrasil.com.br - retirado no dia 29/09/2016

Diante desses quadros, podemos ter uma dimensão do quanto a efetividade dos direitos

fundamentais sociais, sob o aspecto financeiro, se apequena em comparação com o volume de

isenções fiscais concedidas. Tal comparação nos permite concluir que o Estado do Rio de

Janeiro, nos últimos anos, vem muito mais financiando as sociedades empresariais beneficiadas

com tratamento tributário especial, ou diferenciado, do que aplicando nas políticas públicas

sociais essenciais.

É notória a inversão de valores diante da constatação de que o Estado do Rio de Janeiro perde

muito mais receitas com uma atividade de fomento que lhe é permitida, do que investe em

ações e políticas governamentais que lhe são constitucionalmente impostas.

Portanto, podemos perceber que a ausência de uma norma limitadora rígida do quantum

apurado de benefícios fiscais, especialmente face ao seu potencial arrecadador, tem levado o

Estado do Rio de Janeiro ao colapso financeiro, o qual resultou no decreto de calamidade já

tantas vezes mencionado. Falta, a bem da verdade, uma clara compreensão do regime jurídico

das renúncias fiscais e do seu papel limitador das demais políticas públicas a cargo do Estado.

Se é certo que a Constituição da República impõe um limite mínimo objetivo de gastos com

saúde e educação; que o sistema normativo de concessões de benefícios fiscais estaduais não

concebe a sua própria limitação, diante de um cenário arrecadador comprovadamente

deficitário, a ponto de gerar um comprometimento cada vez maior da receita corrente líquida

estadual, a cada ano que passa e; que há ainda no rol dos direitos fundamentais sociais,

constitucionalmente previstos, outras tantas ações e serviços igualmente relevantes a serem

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financiadas por esse mesmo sistema financeiro deficitário, chegaremos brevemente ao ponto de

não persistirem mais recursos a serem aplicados, por exemplo, nas áreas de segurança pública

e de assistência social, se não revertermos brevemente esse cenário de acréscimo do valor

nominal total de renúncias de receita.

Assim, mesmo diante da ausência de uma norma objetiva, impositiva e limitadora do volume de

benefícios fiscais, é empírico concluirmos, especialmente em épocas de desequilíbrio financeiro

e orçamentário declarado pelo próprio Estado, que a limitação das renúncias de receita deve

ser considerada como condição sine qua non de obediência aos princípios de

transparência e de gestão orçamentária responsável, previstos na Lei de

Responsabilidade Fiscal, bem como de respeito às obrigações estatais,

constitucionalmente previstas.

Relembremos que a CF/88 dispõe ser da responsabilidade de uma lei complementar as regras

que versem sobre direito financeiro e sobre fiscalização financeira da administração pública

direta e indireta (art. 163, I e IV). A lei complementar que estabelece normas de finanças

públicas e de fiscalização financeira, voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, é a já

destacada Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000).

Tal Lei Complementar, ao normatizar as regras gerais de constituição e validade das Leis de

Diretrizes Orçamentárias, estabelece que ela “...disporá também sobre: (a) equilíbrio entre

receitas e despesas; (b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses

previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31” (art. 4º, I e

II). Afirmando também que “...Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de

Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes,

relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o

exercício a que se referirem e para os dois seguintes....”, sendo certo que tal anexo “... conterá,

ainda (...) avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; (...)demonstrativo da

estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas

obrigatórias de caráter continuado...” (art. 4º, §§ 1º e 2º, I e V da L.R.F.).

Esse mesmo artigo de lei já faz também uma referência expressa à regra constitucional de

elaboração das Leis Diretrizes Orçamentárias dos entes federativos, prevista no art. 165, §2º da

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CF/88, o qual estabelece que “A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e

prioridades da administração pública federal (...) orientará a elaboração da lei orçamentária

anual...”. Ela – a L.D.O. – é, portanto, a grande matriz de atuação financeira de um ente federativo

e, ao mesmo tempo, o maior norte à busca do equilíbrio entre receitas e despesas, fim maior do

legislador pátrio.

O instrumento deste almejado equilíbrio, como dito alhures, é o Anexo de Metas Fiscais. É nele

que se estabelecem regras e padrões definidores do cálculo das receitas e despesas, o qual

deverá ser sempre “...instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os

resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e

evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica...” (art. 4º,

§ 2º, II da LRF).

O Estado do Rio de Janeiro, ao cumprir o desiderato supracitado – ou seja, ao elaborar no Anexo

das Metas Fiscais da sua Lei de Diretrizes Orçamentárias, do ano de 2015 – projetou para

os anos subsequentes (até 2017, baseado nos dados de 2014), um acréscimo de

renúncias de receitas numa média de 20% ao ano. Isso, com base num aumento do número

de empresas beneficiadas no ano de 2013. Mas sem, no entanto, apresentar o resultado

pretendido com esse aumento das renúncias.

Quando muito, limitou-se a apresentar metodologias que, em tese, apenas formalmente

justificariam a prospecção de aumento de ICMS, IPVA e ITD. E não só as tributárias, como

também todas as demais receitas foram projetadas em patamares muito acima dos que de fato

se efetivaram.

Tudo isso, sem sequer fazer referência ao cenário sócio-econômico vigente; mas tão somente

utilizando os modelos econométricos “...SARIMA (Seasonal Autoregressive Integrated Moving

Average) e VAR (Vector Autoregression). O primeiro foi utilizado na previsão das variáveis

econômicas que influenciam as estimativas. O segundo foi aplicado nas projeções do ICMS, do

Adicional de ICMS e do IPVA” (trecho extraído do Anexo das Metas Fiscais da sua Lei de

Diretrizes Orçamentárias, do ano de 2015).

Nem tampouco indicou as indispensáveis e legalmente impostas compensações financeiras para

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o crescimento desse número de renúncias.

Tantas são as ilegalidades e inconsistências da programação estadual de renúncias de receita,

que o seu corte deve ser imposto de imediato. Destarte, as normas constitucionais e infra-

constitucionais sobre a renúncia de receita estão sendo flagrantemente violadas há mais de uma

década (período de tempo utilizado pelo Exmo. Sr. José Gomes Graciosa, Conselheiro relator do

Processo de Prestação de Contas de Gestão, do Poder Executivo Estadual, do ano de 2015, já

tantas vezes citado) pelo Estado do Rio de Janeiro, sem que os órgãos e entes de controle

interno e externo tenham conseguido limitá-las.

Sendo que o resultado prático de tal política se encontra hoje evidenciado, não só nos números,

dados, tabelas e gráficos antes referidos, mas sobretudo na situação notória de instabilidade

econômica pelo qual perpassam todos os cidadãos fluminenses.

Sobre o que pretendemos concluir neste ponto da petição, convém destacar que o Tribunal de

Contas da União vem firmando o posicionamento:

“Acórdão TCU 747/2010. LEVANTAMENTO. EXAME DOS

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE CONCESSÃO E AMPLIAÇÃO DE

BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS DE QUE TRATA O ART. 14 DA LEI DE

RESPONSABILIDADE FISCAL. DETERMINAÇÕES. RECOMENDAÇÕES.

(...)

“7.7 Verificou-se que todos os projetos arquivados padeciam do mesmo

vício, qual seja, o descumprimento dos requisitos do art. 14 da LRF: não

estavam acompanhados da estimativa do impacto orçamentário-

financeiro, não continham o demonstrativo de que a renúncia foi

considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não

afetará as metas de resultados fiscais, e tampouco propunham medidas

de compensação.

7.8 Contudo, nem todas as proposições convertidas em lei possuíam

estimativa do impacto orçamentário-financeiro exigida no caput do art.

14 da LRF, contrariando preceito dessa lei complementar. Frise-se, no

entanto, que, se essa previsão não for bem elaborada, serão prejudicadas

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as outras duas medidas alternativas exigidas no art. 14 da LRF, isto é,

tanto a sua inclusão na estimativa de receita da LOA (inciso I) como a

compensação da renúncia (inciso II)”

“7.12 No entanto, em reunião realizada com a RFB, destacou-se que

estimar o impacto orçamentário-financeiro da renúncia constitui tarefa

delicada. A Secretaria informou que não dispõe de ferramentas

apropriadas para realizar adequadamente a estimativa desse impacto,

sendo que, em alguns casos, é difícil calcular a adesão dos contribuintes

beneficiados antes da vigência da renúncia. Desse modo, a estimativa

realizada pela RFB leva em conta o total de contribuintes que

potencialmente podem aderir à renúncia, podendo tanto superestimar

como subestimar a perda de arrecadação. Observa-se, entretanto, o

esforço da RFB para efetuar essa estimativa a partir de 2008, quando

alguns projetos de lei e medidas provisórias passaram a conter a

estimativa do montante renunciado, conforme documentos apresentados

nos Anexos II e III da Nota encaminhada pela RFB (Anexo 1, fls. 47/65-

v).”

“9.10.10 Verifica-se na leitura do citado inciso II do art. 14 que não há

margem para interpretação mais ampla das medidas que devem ser

utilizadas com vistas a compensar as renúncias de receitas. Reproduz-se

abaixo o texto legal:”

“9.10.15 Assim, a utilização do excesso de arrecadação como medida

de compensação para o estabelecimento de renúncia de receitas,

além de não previsto pela Lei n° 4.320, de 1964, dificulta o controle

do alcance das metas fiscais. Isso porque o mesmo recurso pode ser

utilizado duplamente, para a abertura de créditos adicionais e

para compensar renúncias de receitas, o que aumenta o risco de

desequilíbrio na execução orçamentário-financeira e compromete

as metas fiscais.”

Acórdão TCU 809/2014. MONITORAMENTO. ACÓRDÃO 747/2010-

PLENARIO. CONTROLE DAS RENÚNCIAS DE RECEITA. LRF.

VERIFICAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE ALGUMAS DAS

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DETERMINAÇÕES. CUMPRIMENTO PARCIAL DE OUTRAS.

NECESSIDADE DE EXAME MAIS APROFUNDADO DE NORMA

EXPEDIDA PELO MINISTÉRIO DA FAZENDA. DETERMINAÇÕES À

SEMAG E AO MINISTÉRIO DA FAZENDA. REPRESENTAÇÃO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO. NECESSIDADE DE CONSTITUIR PROCESSO

APARTADO. ENCAMINHAMENTO DE CÓPIAS.

“1.2.1 O monitoramento envolve as secretarias da Receita Federal do

Brasil (RFB) e do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda e a

Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, com o objetivo de verificar o cumprimento das

determinações exaradas no acórdão mencionado.

1.2.2 Tais deliberações decorreram da verificação de fragilidades na

sistemática de concessão de renúncias de receitas federais,

especialmente no que diz respeito ao cumprimento das exigências do art.

14 da LRF. Nesse sentido, as determinações e recomendações visaram

aperfeiçoar o processo de concessão desses benefícios, bem como corrigir

desvios relacionados ao descumprimento da regulamentação do art. 14

da LRF.

1.2.3 As principais constatações do processo de auditoria que deram

origem às deliberações monitoradas estão elencadas a seguir:

a) constatou-se que nem todas as proposições que instituíram ou

ampliaram renúncias de receitas e que foram convertidas em lei

apresentaram a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no

exercício de início de sua vigência e nos dois subsequentes, conforme

exige o caput do art. 14 da LRF;

b) análises de projetos de lei e medidas provisórias que concederam ou

ampliaram renúncia de receita tributária, revelaram que o inciso I do

art. 14 da LRF não é cumprido. Nenhuma das proposições analisadas

continha a demonstração de que a renúncia foi considerada na

estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que

não afetaria as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da

lei de diretrizes orçamentárias;

c) no tocante à observância do inciso II do art. 14, o exame dos benefícios

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tributários concedidos com base nesse inciso, em 2008, revelou que o

Poder Executivo utilizou como medida de compensação tanto o excesso

de arrecadação apurado no período como ajustes na programação

orçamentária e financeira da despesa pública, o que contraria o disposto

na LRF;

d) verificou-se o não cumprimento do disposto no inciso II do art. 5° da

LRF, bem como a ausência do demonstrativo exigido no art. 4°, § 2°,

inciso V, da mesma lei;

e) a determinação contida na lei de diretrizes orçamentárias quanto ao

prazo de vigência das renúncias de receitas não estava sendo

cumprida;

f) observou-se, também, a inexistência de uma sistemática adequada

para as concessões de renúncias de receitas, não sendo evidenciados

claramente os órgãos que participam do processo, nem as competências

de cada um”.

Por isso, mas do que desarrazoadas, descomprometidas e arriscadas sob o aspecto econômico, a

política de renúncia de receitas do Estado do Rio de Janeiro deve ser declarada ilegal e

inconstitucional. Devendo, portanto, ser imediatamente cessados todos os atos praticados ao

arrepio das regras e condições legalmente impostas, à luz não só dos princípios e normas aqui

expostas, mas principalmente à bem da efetividade dos direitos fundamentais, sociais e

individuais, constitucionalmente assegurados.

6 - GASTOS COM DESPESAS NÃO OBRIGATÓRIAS. NECESSIDADE DE

CONTINGENCIAMENTO, ANTE AO ESTADO DE CRISE FINANCEIRA. AUSÊNCIA DE

EFETIVIDADE DAS MEDIDAS DE REAJUSTE E REEQUILÍBRIO PROPOSTAS:

Mas não só a diminuição das renúncias de receitas contribuirá para alcançar o resultado de

reequilíbrio das contas públicas estaduais. Impõe-se, em igual medida, a redução e até mesmo a

anulação de gastos não essenciais, conforme o art. 9º da LRF.

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina, em seu já destacado art. 4º, que as leis de diretrizes

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90

orçamentárias deverão conter anexo de metas fiscais. As metas fiscais, por sua vez, são um

mecanismo restritivo à expansão descontrolada da despesa pública e, consequentemente, da

dívida pública. Com o objetivo de garantir os instrumentos necessários ao alcance das metas de

resultado primário ou nominal especificadas anualmente nas respectivas LDOs, o art. 9º da LRF

estabelece que “... Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não

comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de

Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes

necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira,

segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias...”.

Conforme evidenciado nesta mesma petição inicial, as estimativas de receita dos últimos dois

anos foram superestimadas, em comparação com os valores efetivamente arrecadados. O que

levou, no ano de 2016, à revisão redutora das metas orçamentárias (rebaixando a estimativa de

receitas em quase R$ 20 bilhões), descrito na já mencionada Lei Estadual nº 7.415/16.

As Leis de Diretrizes Orçamentárias Estaduais para os exercícios de 2015, 2016 e 2017

previram, uníssona e genericamente que “Se ao final de cada bimestre, a realização da receita

demonstrar que não comporta o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal

estabelecidas no anexo de metas fiscais, os Poderes, inclusive o Tribunal de Contas, o Ministério

Público e a Defensoria Pública, promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos

trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, excluídos os

recursos destinados às despesas que se constituem em obrigações constitucionais ou legais

de execução...” (art. 41 da LDO de 2015 - Lei nº 6861, de 15 de julho de 2014; art. 40, da LDO de

2016 - Lei nº 7034 de 07 de julho de 2015 e art. 43 da LDO de 2017 – Lei nº 7,412, de 11 de

agosto de 2016). Grifo nosso

Muito embora não tenha se realizado ainda a limitação financeira relativa a direitos

constitucionalmente previstos com a Lei Estadual nº 7.415/2016 (que, repita-se, alterou as

metas fiscais de 2016), proibida pelo art. 9º, § 2º, da LRF e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias

do ano de 2016 - Lei Estadual nº 7034 de 07 de julho de 2015 –, o fato é que muitos

contingenciamentos já foram feitos em inúmeros programas de trabalho orçamentários, não

previamente empenhados, das áreas de assistência à saúde, educação, assistência social e

segurança pública – conforme quadros destacados em capítulos anteriores. É certo, no entanto,

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que se mantido o contingenciamento dos mesmos até o final do ano, concretizadas estarão as

limitações financeiras destes programas de trabalho orçamentários, ao arrepio, por vezes, das

próprias garantias de vinculação de gasto mínimo, previstas nos artigos 198 e 212 da

Constituição de 1988.

Assim, é de se garantir, à luz do art. 9º, § 2º, da Lei de Responsabilidade Fiscal e do art. 40, da

LDO de 2016 - Lei nº 7034 de 07 de julho de 2015, que os atos administrativos de

contingenciamento de despesas, relativos aos programas supracitados sejam

imediatamente desfeitos, de forma a evitar a ilícita restrição de custeio nos programas

orçamentários e financeiros, garantidores das políticas públicas constitucionalmente

asseguradas.

Com o reajuste fiscal proposto e aprovado em lei, as limitações financeiras e de empenho

deverão recair somente em programas orçamentários relativos a outras ações de governo, que

não as asseguradas por normas constitucionais ou legais. Excluídas essas, convém exemplificar

quais seriam as ações de governo passíveis de serem limitadas, à luz dos ensinamentos da i.

Professora Élida Graziane Pinto, segundo a qual:

“...Logo de saída, é imperativo relembrar que, enquanto perdurar a

trajetória de receitas decrescentes em face das despesas autorizadas da

lei orçamentária anual, o regime do artigo 9º, parágrafo 2º da Lei de

Responsabilidade Fiscal claramente indica a impossibilidade de

contingenciamento das despesas obrigatórias.

No entanto, quais despesas discricionárias poderiam sofrer

contingenciamento e usualmente não têm sido limitadas? Quais receitas

poderiam vir a reforçar os cofres públicos, mas têm sido indevidamente

renunciadas, deixadas prescrever ou não se tem buscado efetivamente

arrecadá-las? Qual controle de conformidade constitucional seria

possível na alocação dos recursos públicos para assegurar a máxima

eficácia dos direitos sociais? (...)

o Judiciário não estaria a ferir o princípio da separação de poderes ao

questionar a assunção de despesas com ‘publicidade institucional dos

atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos

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federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da

administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade

pública’(...)

Tampouco afrontaria o ordenamento uma decisão judicial que impugne

o pagamento com recursos públicos na contratação de shows artísticos

durante a vigência de contingenciamento de despesas tão dramático que

ponha em risco o cumprimento das despesas obrigatórias e, em especial,

a eficácia dos direitos fundamentais.

O terceiro exemplo (...) é desarrazoada a assunção de despesa com

novos serviços e obras, sem que estejam assegurados os recursos

destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de

obra ou serviço já em andamento e com cronograma prefixado, e os

destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública.

Eis a necessária leitura conjugada do art. 42 da LRF com a alínea “a” do

inciso VI do art. 73 da Lei das Eleições.

(...) um quarto exemplo emerge a necessidade de melhor controle

sobre as renúncias de receitas sem lastro na correspondente e

indispensável medida compensatória, sobretudo as que são

concedidas por prazo indeterminado, diante do seu impacto

desarrazoado em face das premissas contidas no artigo 14 da LRF e no

artigo 57, parágrafo 3º da Lei 8.666/1993 (...)

é preciso que busquemos até judicialmente, se necessário for, a

decretação de nulidade das renúncias fiscais concedidas para além da

fronteira de três anos dada pelo artigo 14 da LRF, após o advento de tal

norma (...)

sexto exemplo de possibilidade de controle da alocação adequada dos

recursos públicos, caberia questionamento sobre o risco de prescrição

da dívida ativa e a necessidade de o gestor buscar esgotar todas as

formas lícitas de executá-la, como, por exemplo, o protesto

extrajudicial”. (PINTO, Elida Graziane. Controle judicial dos orçamentos

públicos em prol dos direitos fundamentais. In: Consultor Jurídico. 17

de agosto de 2016, ISSN 1809-2829. Disponível

em http://www.conjur.com.br/2016-ago-17/elida-pinto-controle-

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orcamentario-prol-direitos-fundamentais

Contingenciar despesas relativas a direitos fundamentais é, portanto, não só ilegal como

também inconstitucional – eis que fere de morte o instrumento abalizador do princípio

constitucional maior de equilíbrio das contas públicas, previsto genericamente no art. 70 da

CF/88, bem como tolhe o conjunto de dispositivos que amparam o financiamento da seguridade

social, saúde e educação (como podemos ler nos arts. 167, IV, 195, 198 e 212).

Há diversos caminhos prévios, alternativos e necessários ao reequilíbrio financeiro que

perpassam necessariamente pelo aumento da receita (suspensão e diminuição das renúncias e

cobrança de valores contratualmente ou legalmente devidos aos cofres públicos são dois

exemplos já antes mencionados nesta peça exordial), sem que seja necessário constranger

direitos constitucionalmente assegurados.

E, para além dos exemplos doutrinariamente elencados, poderíamos ainda perseguir a

desconstituição de órgãos públicos voltados a políticas não essenciais, como também até a

diminuição efetiva do número de cargos comissionados. Tudo para não ter que alcançar as

verbas relativas a direitos constitucional e legalmente assegurados.

Quanto a esse tema (cargos comissionados), destacamos, como exemplo de uma ineficaz

proposta propagada, o Decreto Estadual nº 45.740, de 26 de agosto de 2016, publicado no

Diário Oficial do Estado no dia 29 de agosto de 2016, o qual transforma 3 (três) cargos em

comissão da simbologia DG e 1 (um) da simbologia SA, em 327 cargos em comissão de ajudante

I, símbolo DAI-1, para atender à operação Centro Presente, tudo isso “sem aumento de despesa”.

Pela soma aritmética proveniente dessa transformação, os 327 cargos de ajudante I, símbolo

DAI – 1, independentemente dos valores atribuídos às respectivas simbologias remuneratórias

dos mencionados cargos por provimento em comissão, certo é o valor do cargo em comissão de

ajudante I é pequeno.

Em hipóteses como essa, é praxe administrativa a introdução de outras parcelas

remuneratórias, ou indenizatórias, em acréscimo ao vencimento base, para que este possa

alcançar um patamar mínimo de subsistência. Tais parcelas remuneratórias são genérica e

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usualmente denominadas “encargos especiais”.

Para que não haja dúvidas sobre o que desejamos demonstrar, em mais uma consulta ao

sistema financeiro oficial do Estado do Rio de Janeiro – SIAF-Rio, constata-se um acréscimo

significativo dos gastos que a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos

promoveu, só com o pagamento das “gratificações pelo exercício de encargos especiais” no

corrente ano. E, em especial, após a publicação do mencionado Decreto de transformação de

cargos.

Abaixo, destacamos o quadro demonstrativo dos gastos crescentes com a unidade contábil

denominada “gratificação pelo exercício de encargos especiais” no ano de 2016:

311110214/311210214 - GRATIFICAÇÕES PELO EXERCÍCIO DE ENCARGOS ESPECIAIS – 2016

VALORES LÍQUIDOS REALIZADOS PELAS FOLHAS DE PAGAMENTOS

SECRETARIAS DE ESTADO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO TOTAL

AÇÃO SOCIAL E D.H - UG 3201

R$ 823.893,22 R$ 807.305,44

R$ 813.027,50

R$ 777.211,46

R$ 802.443,55

R$ 1.379.423,69

R$ 2.279.092,29

R$ 2.139.638,84

R$ 3.755.692,70

R$ 13.577.728,69

*Fonte: SIAF-Rio, pesquisado em 06/10/2016

Por meio desse quadro, percebemos que houve um significativo aumento de despesa com

pessoal, decorrente do pagamento de encargos especiais dentro da Secretaria de Estado de

Assistência Social e Direitos Humanos, ocorrido ao longo do ano e, mais especificamente, a

partir do mês de junho de 2016. Tal cifra veio a atingir patamar superior a 400% no mês de

setembro, na comparação com valor despendido no mês de janeiro de 2016.

E não só na Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos que percebemos esse

acréscimo, como também dentro da Polícia Civil, da Secretaria de Estado de Educação e,

genericamente, em todas as unidades gestoras orçamentárias abaixo elencadas. Vide quadro

abaixo, elaborado com informações também extraídas do SIAF-Rio:

311110214/311210214 - GRATIFICAÇÕES PELO EXERCÍCIO DE ENCARGOS ESPECIAIS - 2016

VALORES LÍQUIDOS REALIZADOS PELA FOLHAS DE PAGAMENTOS

SECRETARIAS DE ESTADO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO TOTAL

EDUCAÇÃO - UG 1801 R$

11.495.736,09 R$

17.087.846,00 R$

15.365.039,46 R$

15.045.056,33 R$

14.755.971,84 R$

14.765.581,76 R$

14.904.569,68 R$

14.086.639,41 R$

13.745.927,88 R$

131.252.368,45

SEGURANÇA - UG 2601 R$

2.375.626,37 R$

2.259.995,08 R$

1.869.862,09 R$

2.668.043,35 R$

2.108.316,51 R$

1.841.756,30 R$

3.878.521,03 R$ 537.498,26 R$

2.693.077,73 R$

20.232.696,72

PCERJ - UG 2604 R$

9.413.776,79 R$

9.352.412,78 R$ 0,00 R$

1.807.910,24 R$

2.277.400,20 R$

15.979.294,28 R$

25.832.627,21 R$

1.530.833,35 R$

39.866.599,18 R$

106.060.854,03

PMERJ - UG 2611 R$

2.939.836,45 R$

2.881.087,80 R$

2.803.883,96 R$

2.826.437,65 R$

2.829.261,39 R$

2.752.385,92 R$

2.786.057,87 R$

2.643.951,95 R$

2.647.922,09 R$

25.110.825,08

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SAÚDE - UG 2961 R$

5.570.357,51 R$

5.509.270,98 R$

5.642.397,95 R$

5.479.723,52 R$

5.522.491,12 R$

5.379.801,38 R$

5.697.407,04 R$

5.735.655,49 R$

5.524.671,66 R$

50.061.776,65

AÇÃO SOCIAL E D.H - UG 3201 R$ 823.893,22 R$ 807.305,44 R$ 813.027,50 R$ 777.211,46 R$ 802.443,55

R$ 1.379.423,69

R$ 2.279.092,29

R$ 2.139.638,84

R$ 3.755.692,70

R$ 13.577.728,69

FUNDAÇÃO LEÃO XIII - UG 3242 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

FAETEC - UG 4044 R$ 162.811,93 R$ 163.069,06 R$ 163.116,71 R$ 161.805,98 R$ 156.987,61 R$ 166.120,17 R$ 164.027,72 R$ 168.460,40 R$ 162.653,44 R$

1.469.053,02

FIA - UG 4241 R$ 212.422,70 R$ 205.907,20 R$ 214.394,89 R$ 225.542,76 R$ 221.584,59 R$ 223.564,96 R$ 225.374,96 R$ 231.162,81 R$ 227.974,00 R$

1.987.928,87

TOTAL R$

32.994.461,06 R$

38.266.894,34 R$

26.871.722,56 R$

28.991.731,29 R$

28.674.456,81 R$

42.487.928,46 R$

55.767.677,80 R$

27.073.840,51 R$

68.624.518,68 R$

349.753.231,51

*Fonte: SIAF-Rio, pesquisado em 06/10/2016

Para além dos gastos com encargos sociais, verificamos, mais uma vez através do SIAF-Rio, que

também houve um acréscimo das despesas referentes ao pagamento com os próprios cargos em

comissão, em algumas secretarias de Estado e a manutenção do patamar médio de pagamento

deste mesmo título em outras secretarias. Nunca houve um decréscimo consistente com o

quadro de severas frustrações de receitas e, por conseguinte, de ultrapassagem do limite de

despesas de pessoal, salvo oscilações esporádicas, que se compensaram nos meses

subsequentes:

311110132/311210132 - GRATIFICAÇÕES POR EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO - 2016

VALORES LÍQUIDOS REALIZADOS PELA FOLHAS DE PAGAMENTOS

SECRETARIAS DE ESTADO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO TOTAL

EDUCAÇÃO - UG 1801 R$

617.895,40 R$

616.293,66 R$

619.690,35 R$

617.111,37 R$

614.208,59 R$

611.115,03 R$

626.501,90 R$

601.508,32 R$

614.455,38 R$

5.538.780,00

SEGURANÇA - UG 2601 R$ 40.690,26 R$ 40.549,94 R$ 42.107,93 R$ 41.482,84 R$ 41.700,65 R$ 41.602,52 R$ 83.024,40 -R$ 523,65 R$ 41.305,10 R$ 371.939,99

PCERJ - UG 2604 R$ 34.868,46 R$ 34.868,46 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 34.867,08 R$ 58.927,94 R$ 0,00 R$ 80.785,21 R$ 244.317,15

PMERJ - UG 2611 R$ 28.916,53 R$ 27.683,86 R$ 23.027,78 R$ 27.449,68 R$ 38.383,08 R$

117.321,95 R$ 60.769,41 R$ 32.461,44 R$ 61.412,36 R$ 417.426,09

SAÚDE - UG 2961 R$ 74.574,70 R$ 75.932,56 R$ 81.553,52 R$ 78.897,77 R$ 77.548,39 R$ 76.797,50 R$ 88.564,78 R$ 88.422,58 R$ 89.264,62 R$ 731.556,42

AÇÃO SOCIAL E D.H - UG 3201 R$ 57.883,01 R$ 56.609,62 R$ 55.116,19 R$ 52.927,42 R$ 55.910,82 R$ 66.060,16 R$ 66.588,79 R$ 63.284,98 R$ 82.196,16 R$ 556.577,15

FUNDAÇÃO LEÃO XIII - UG 3242 R$ 21.612,56 R$ 21.702,56 R$ 0,00 R$ 39.069,90 R$ 0,00 R$ 42.511,66 R$ 20.146,05 R$ 20.506,93 R$ 20.409,14 R$ 185.958,80

FAETEC - UG 4044 R$

197.163,14 R$

195.666,15 R$

201.413,11 R$

195.360,16 R$

201.529,06 R$

187.726,73 R$

200.341,71 R$

203.511,69 R$

203.395,58 R$

1.786.107,33

FIA - UG 4241 R$ 19.556,16 R$ 19.298,42 R$ 20.024,14 R$ 20.284,24 R$ 20.362,28 R$ 20.333,37 R$ 20.414,66 R$ 20.752,62 R$ 19.791,82 R$ 180.817,71

TOTAL R$

1.093.160,22 R$

1.088.605,23 R$

1.042.933,02 R$

1.072.583,38 R$

1.049.642,87 R$

1.198.336,00 R$

1.225.279,64 R$

1.029.924,91 R$

1.213.015,37 R$

10.013.480,64

*Fonte: SIAF-Rio, pesquisado em 06/10/2016

A primeira observação que se extrai de uma análise comparativa literal desses dois últimos

quadros é que os gastos globais com o pagamento de encargos especiais é muito superior aos

gastos com o pagamento das remunerações decorrentes do exercício dos mais variados cargos

por provimento em comissão.

Portanto, a redução dos gastos ou mesmo do número de cargos em comissão dentro de

estrutura genérica do Estado do Rio de Janeiro, na forma do art. 169, § 3º da Constituição

de 1988, muito embora seja uma medida constitucional e legalmente imposta, nunca irá

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surtir o efeito desejado de diminuir os gastos gerais com pessoal, se não vier

acompanhada da diminuição dos valores ou do número de encargos especiais.

Por isso que a subdivisão de cargos em comissão em um número superior aos cargos de origem,

sempre irá ocasionar aumento de despesas com pessoal, se junto com a nomeação para tais

cargos forem também concedidos aos seus respectivos ocupantes os já mencionados encargos

especiais.

Outra conclusão extraída de tais quadros é que, mesmo após a reformulação administrativa

realizada pelo Estado do Rio de Janeiro27, que culminou com a extinção de algumas secretarias,

o resultado de diminuição de custos que se esperava não foi alcançado.

Até porque, muitos dos cargos que estavam vinculados, por exemplo, às extintas Secretaria de

Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Secretaria de Estado de

Prevenção à Dependência Química, Secretaria de Estado de Habitação etc., não foram

efetivamente extintos. Pelo contrário, acabaram posteriormente sendo lotados por outros

servidores, estando agora esses cargos não mais vinculados às extintas Secretarias, mas a

outras que se mantiveram após tal reformulação. Como comprovação de tal assertiva, anexamos

abaixo alguns atos extraídos do sítio do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

27

Corporificada no Decreto n° 45.681 de 08 de junho de 2016.

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Assim, as medidas de recondução aos limites da dívida consolidada do Estado do Rio de Janeiro,

editadas no Decreto Estadual nº 45.785, de 5 de outubro de 2016 (publicada em diário oficial no

dia 6 de outubro de 2016), em especial aquelas previstas nos artigos 5º e 6º que,

respectivamente, vedam futuros provimentos de cargos em comissão ou de designação para

funções de confiança que estejam eventualmente vagos e; vedam a transformação de cargos em

comissão, em nada contribui e, a permanecerem como se encontram, em nada contribuirão com

o Estado na sua missão de reequilibrar suas finanças.

Como visto, ainda que fosse efetivado o corte linear de todas as verbas decorrentes do

pagamento com cargos em comissão e suas respectivas gratificações com encargos especiais, o

montante economizado não faria frente ao volume de despesas já contingenciadas com as ações

de governo voltadas à assistência à saúde, à assistência social, à segurança pública e à educação.

Diante disso, torna-se evidente a necessidade de buscarmos defender a efetividade dos direitos

fundamentais individuais e sociais, através de uma política financeira que garanta efetivamente

esses interesses, em hipóteses como a que vivemos de severas frustrações de receitas e de

revisão redutora de metas fiscais. É urgente evitar que medidas como as anteriormente

narradas permaneçam vigentes, na medida em que é preciso redirecionar o Estado para a

adoção de medidas eficazes de reequilíbrio fiscal que preserve todos os direitos e garantias

fundamentais constitucionalmente previstas, ao invés de ilegalmente contingenciá-los.

A propósito, acerca do controle judicial da efetividade dos direitos fundamentais,

absolutamente paradigmático é o firme alerta dado, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,

pelo Ministro Celso de Mello, no exame da Arguição de Descumprimento de Preceito

Fundamental nº 45 (ADPF 45)28. Naquela ocasião, o STF enfaticamente assinalara que não cabe

a frustração da efetividade de direitos fundamentais em nome de restrições orçamentárias

falseadas:

“[...]Não se mostrará lícito, [...] ao Poder Público, em tal hipótese – mediante indevida manipulação de sua atividade financeira e/ou político-administrativa – criar obstáculo artificial que revele o ilegítimo, arbitrário e censurável propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar o estabelecimento e a preservação, em favor da pessoa e dos cidadãos, de condições materiais mínimas de existência.

28

Disponível em http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo345.htm

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Cumpre advertir, desse modo, que a cláusula da "reserva do possível" – ressalvada a ocorrência de justo motivo objetivamente aferível – não pode ser invocada, pelo Estado, com a finalidade de exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais, notadamente quando, dessa conduta governamental negativa, puder resultar nulificação ou, até mesmo, aniquilação de direitos constitucionais impregnados de um sentido de essencial fundamentalidade”. (grifo nosso)

Portanto, cabe controle não só para assegurar o custeio constitucionalmente adequado dos

direitos sociais estrito senso, como também os que asseguram o piso vital mínimo de todos os

cidadãos fluminenses.

7 – DAS DIVERSAS AÇÕES DE COBRANÇA DOS SALÁRIOS, SUBSÍDIOS, PROVENTOS E

PENSÕES DO FUNCIONARISMO PÚBLICO ESTADUAL:

Com dito a pouco, o alcance da norma limitadora descrita na Lei de Responsabilidade Fiscal e

nas Leis de Diretrizes Orçamentárias Estaduais referidas anteriormente, não se refere apenas

aos ditos direitos fundamentais, individuais ou sociais. Para além do rol de direitos e garantias

contidos nos arts. 5º e 6º da Constituição de República, devemos incluir também os previstos no

art. 7º e 39 desta mesma Carta de Direitos; garantidores que são de um piso vital mínimo de

todos os trabalhadores e servidores públicos fluminenses.

A despeito de tais regras e intenções, a realidade estadual atual contrasta com a garantia da

percepção do fruto do trabalho de todo o quadro de funcionalismo público, em virtude da

ausência de um montante em caixa que minimamente possa garanti-lo. Destarte, milhares de

trabalhadores do setor público estão sendo obrigados a recorrer ao Poder Judiciário, ao longo

deste ano, para tentar garantir o básico que lhes tem sido vilipendiado: o pagamento do seu

salário, dos seus vencimentos, dos seus proventos e/ou dos seus subsídios.

Em janeiro de 2016, a Federação das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do

Estado do Rio de Janeiro – FASP propôs ação civil pública (0018555-04.2016.8.19.0001) para

determinar que o Governo do Estado mantivesse as mesmas datas de pagamento de todos os

servidores públicos civis e militares (ativos e inativos), de forma integral e entre o 2º e 3º dia

útil do mês subsequente ao trabalhado, no máximo. Em tal demanda, foi proferida decisão

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antecipada de mérito que ordenou ao Estado que cumprisse o calendário de pagamento regular,

sob pena de multa pessoal do Governador, bem como pagasse a parcela faltante do 13º do ano

de 2015 a todos os servidores de uma única vez.

Também foram impetrados mandados de segurança nos meses de março e abril do corrente

ano, com o intuito de se garantir o direito líquido e certo ao recebimento do duodécimo – de

repasse obrigatório pelo Governo do Estado – pela Defensoria Pública do Estado (0016267-

86.2016.8.19.0000) e pelo Ministério Público do Estado (0020522-87.2016.8.19.0000), sendo

deferida a segurança, em caráter liminar, em ambos, para o imediato repasse do duodécimo

referente ao mês solicitado.

Adicionalmente, outras ações foram propostas por sindicatos e associações de classes visando a

garantir o pagamento dos salários de servidores ativos e inativos do mês da propositura e dos

seguintes, de forma integral e, até no máximo o 3º dia útil do mês subsequente ao mês

trabalhado, sendo certo que todas obtiveram decisão deferindo o pedido em sede de

antecipação de tutela:

1. ação civil pública proposta pelo SINDENFRJ – Sindicato dos Enfermeiros do Rio de

Janeiro (0084299-43.2016.8.19.0001), em 14/03/2016;

2. ação ordinária proposta pela APERJ - Associação dos Procuradores do Novo Estado do

Rio de Janeiro (012366-37.2016.8.19.0001), em 14/04/2016;

3. ação civil pública proposta pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

(0125055-94.2016.8.19.0001) para garantir o pagamento de mais de 137 mil

aposentados e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro, em 14/04/2016;

4. a ação ordinária proposta pela ADEPOL/RJ – Associação dos Delegados de Polícia do

Estado do Rio de Janeiro (0126388-81.2016.8.19.0001), em 18/04/2016.

Ressalte-se que após a propositura da ação civil pública pela Federação das Associações e

Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro – FASP (0018555-

04.2016.8.19.0001), inúmeras associações e sindicatos requereram o seu ingresso naquela ação

pela via do instituto amicus curiae (SINDSPREV, SINTUPERJ, SEPE, SINMED).

Importante registrar que em janeiro de 2016 a 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de

Cidadania da Capital instaurou inquérito civil (IC 201500130952) para apurar ilegalidades

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consistentes na redução salarial dos titulares dos cargos em comissão do Estado do Rio, sob a

justificativa de contenção de despesas realizada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

No referido inquérito existe resposta da Secretaria de Estado da Casa Civil informando que o

Governador do Estado, por meio do Decreto nº 45.111 de 05 de janeiro de 2015, determinou a

redução do valor global mensal das gratificações em 35% (trinta e cinco por cento) em todos os

órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual e que após a edição desse ato normativo cada

Secretário de Estado ou titular de órgão ou entidade do Poder Executivo Estadual adotou as

medidas necessárias ao seu cumprimento.

Em resumo, tais medidas judiciais e administrativas são reflexos do estado de calamidade

financeira vivenciada que muito se agrava em virtude da ausência de comprometimento do

Estado do Rio de Janeiro, com a garantia das macro políticas financeiras essenciais à efetividade

dos direitos mais comezinhos dos cidadãos fluminenses.

8 - NECESSIDADE DE SE REALIZAR O CONTROLE JUDICIAL DOS ORÇAMENTOS PÚBLICOS

EM PROL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS:

A proteção aos direitos fundamentais envolve não só a sindicabilidade dos direitos sociais de

cunho prestacional, mas também é necessária a proteção da sociedade contra intervenções

restritivas por parte do Estado, no campo da sua execução orçamentária, que atentem contra as

condições materiais que asseguram uma vida com dignidade.

Embora o conteúdo do núcleo que compreende o mínimo existencial tenha algum nível de

subjetividade em sua caracterização, não há dúvida de que está diretamente fulcrado no direito

à vida e na dignidade da pessoa humana, o que mesmo em seu alcance mais enxuto engloba a

proteção dos direitos à educação, à saúde e à assistência, núcleo constitucionalmente blindado

contra toda e qualquer intervenção por parte do Estado de caráter supressivo ou restringente.

Cabe ao administrador público o gerenciamento de prioridades alocativas do orçamento

público, o que faz surgir a figura da reserva do possível como fator limitador de ordem

financeira à efetivação dos direitos sociais prestacionais. Ocorre, contudo, que a tensão entre os

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conceitos da garantia do mínimo existencial e da reserva do possível necessariamente passa

pela supremacia do interesse público em relação ao interesse privado, sendo evidente que a

prevalência do interesse público impõe ao Estado o dever de promover os interesses de toda a

coletividade, como a justiça, saúde, segurança, a educação, a assistência e o bem estar de forma

ampla.

Daí se depreende que, pelo enfoque da despesa pública, nem mesmo a tese da reserva do

possível pode ser invocada no presente caso, para fundamentar a não efetivação de políticas

públicas destinadas ao cumprimento dos deveres constitucionais do Estado, já que a conduta

governamental negativa jamais pode resultar na aniquilação de direitos constitucionais de

caráter fundamental, protegidos pelo núcleo da essencialidade.

Por lado, agora pelo enfoque da arrecadação pública, é preciso atentar que “(...) a inexistência

fática de recursos pode ser identificada como uma reserva do possível fática. É possível

questionar a realidade dessa espécie de circunstância quando se trata do Poder Público,

tendo em conta a forma de arrecadação de recursos e a natureza dos ingressos públicos”29.

É precisamente esse o cenário que enseja a propositura da presente demanda, já que a garantia

do mínimo existencial envolve a gestão de prioridades também quanto a arrecadação de

receitas públicas, não podendo o Estado deixar de observar as normas constitucionais e

jurídicas na apuração de seus recursos.

Portanto, não pode o Poder Público acenar com alegada falência de recursos para cortar gastos

dirigidos à realização de políticas públicas essenciais quando gere sua arrecadação em

desrespeito a tal ordem de prioridades constitucionais, sob pena de, manipulando sua atividade

financeira criar óbice artificial que inviabilize ou restrinja as condições materiais mínimas de

existência.

Citando novamente Ana Paula de Barcellos, “(...) A gestão de recursos financeiros envolve sempre

dois tipos de ação: a obtenção e o dispêndio. Não é diferente com os recursos públicos. A

apuração de recurso pelo poder Público é tema amplamente regulamentado pelo direito

29

ANA PAULA DE BARCELLOS. A eficácia jurídica dos princípios constitucionais. O princípio da dignidade

da pessoa humana. 3ª Ed, Ed Renovar, 2011, pag. 277/278

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106

constitucional, desde as clássicas limitações ao poder de tributar, até as modernas regras que

regem o endividamento público. Em suma: para a apuração de receitas, o Estado deverá

obediência às normas jurídicas pertinentes.”30 “(...) não se pode esquecer que a finalidade do

Estado ao obter recursos, para em seguida gastá-los sob a forma de obras, prestação de serviços,

ou qualquer outra política publica, é exatamente realizar os objetivos fundamentais da

Constituição”.31

Não é à toa que existem diversos precedentes nas cortes superiores, que já consolidaram a

supremacia do núcleo consubstanciado pelo mínimo existencial frente a ação estatal abusiva e à

manipulação da atividade financeira governamental em detrimento dos direitos fundamentais,

como se vê das transcrições abaixo32.

“ADPF 45 MC/DF*. RELATOR: MIN. CELSO DE MELLO. EMENTA:

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. A

QUESTÃO DA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO CONTROLE E DA

INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO EM TEMA DE

IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUANDO

CONFIGURADA HIPÓTESE DE ABUSIVIDADE GOVERNAMENTAL.

DIMENSÃO POLÍTICA DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL ATRIBUÍDA

AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOPONIBILIDADE DO ARBÍTRIO

ESTATAL À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E

CULTURAIS. CARÁTER RELATIVO DA LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO

DO LEGISLADOR. CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA CLÁUSULA DA

“RESERVA DO POSSÍVEL”. NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO, EM

FAVOR DOS INDIVÍDUOS, DA INTEGRIDADE E DA INTANGIBILIDADE

DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR DO “MÍNIMO EXISTENCIAL”.

VIABILIDADE INSTRUMENTAL DA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO

NO PROCESSO DE CONCRETIZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS

(DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA GERAÇÃO)”.

30

ANA PAULA DE BARCELLOS, idem, p. 282 31

ANA PAULA DE BARCELLOS, idem, p. 287

32

Grifos nossos.

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“RECURSO ESPECIAL Nº 1.185.474 - SC (2010/0048628-4). RELATOR:

MINISTRO HUMBERTO MARTINS. EMENTA: ADMINISTRATIVO E

CONSTITUCIONAL – ACESSO À CRECHE AOS MENORES DE ZERO SEIS

ANOS – DIREITO SUBJETIVO – RESERVA DO POSSÍVEL – TEORIZAÇÃO

E CABIMENTO – IMPOSSIBILIDADE DE ARGUIÇÃO COMO TESE

ABSTRATA DE DEFESA – ESCASSEZ DE RECURSOS COMO O

RESULTADO DE UMA DECISÃO POLÍTICA – PRIORIDADE DOS

DIREITOS FUNDAMENTAIS – CONTEÚDO DO MÍNIMO EXISTENCIAL

– ESSENCIALIDADE DO DIREITO À EDUCAÇÃO – PRECEDENTES DO

STF E STJ”

“... A ausência de medidas legislativas, administrativas e orçamentárias

eficazes representa falha estrutural a gerar tanto a violação

sistemática dos direitos, quanto a perpetuação e o agravamento da

situação. A inércia, como dito, não é de uma única autoridade pública –

do Legislativo ou do Executivo de uma particular unidade federativa –,

e sim do funcionamento deficiente do Estado como um todo. Os

poderes, órgãos e entidades federais e estaduais, em conjunto, vêm se

mantendo incapazes e manifestando verdadeira falta de vontade em

buscar superar ou reduzir o quadro objetivo de inconstitucionalidade.

Faltam sensibilidade legislativa e motivação política do Executivo... A

responsabilidade do Poder Público é sistêmica, revelado amplo

espectro de deficiência nas ações estatais. Tem-se a denominada “falha

estatal estrutural”. ... Executivo e Legislativo, titulares do condomínio

legislativo sobre as matérias relacionadas, não se comunicam. As

políticas públicas em vigor mostram-se incapazes de reverter o quadro

de inconstitucionalidades... Trata-se do que a doutrina vem

designando de “litígio estrutural”, no qual são necessárias outras

políticas públicas ou correção daquelas que não alcançam os objetivos

desejados, alocação de recursos orçamentários, ajustes nos arranjos

institucionais e nas próprias instituições... A forte violação de direitos

fundamentais, alcançando a transgressão à dignidade da pessoa

humana e ao próprio mínimo existencial justifica a atuação mais

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108

assertiva do Tribunal. Trata-se de entendimento pacificado, como

revelado no julgamento do aludido Recurso Extraordinário nº

592.581/RS, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, no qual

assentada a viabilidade de o Poder Judiciário obrigar a União e estados

a realizarem obras em presídios para garantir a integridade física dos

presos, independentemente de dotação orçamentária.

Inequivocamente, a realização efetiva desse direito é elemento de

legitimidade do Poder Público em geral... Isso é o que se aguarda deste

Tribunal e não se pode exigir que se abstenha de intervir, em nome do

princípio democrático, quando os canais políticos se apresentem

obstruídos, sob pena de chegar-se a um somatório de inércias

injustificadas... Repita-se: a intervenção judicial mostra-se legítima

presente padrão elevado de omissão estatal frente a situação de

violação generalizada de direitos fundamentais. Verificada a paralisia

dos poderes políticos, argumentos idealizados do princípio

democrático fazem pouco sentido prático...” (ADPF 347 MC / DF.

Relator Min. Marco Aurélio).

Em suma, é preciso, como feito pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.389.952-MT, pelo Ministro

Herman Benjamin, erigir a primazia absoluta das despesas asseguradoras do mínimo existencial

em face de todas as demais despesas governamentais, bem como em face do fomento ao

mercado, uma vez que:

“[...] somente depois de atingido esse mínimo existencial é que se poderá

discutir, relativamente aos recursos remanescentes, em quais outros

projetos se deve investir. Ou seja, não se nega que haja ausência de

recursos suficientes para atender a todas as atribuições que a

Constituição e a Lei impuseram ao estado. Todavia, se não se pode

cumprir tudo, deve-se, ao menos, garantir aos cidadãos um mínimo

de direitos que são essenciais a uma vida digna [...]”. (grifamos)

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109

A esse respeito, cabe destacar a forte lição dos professores Fábio Konder Comparato, Heleno

Taveira Torres, Élida Graziane Pinto e Ingo Wolfgang Sarlet, para quem o financiamento dos

direitos à saúde e à educação são mínimos inegociáveis33:

“Há um aprendizado histórico digno de nota na vivência da Constituição

de 1988 pela sociedade brasileira: a prioridade do nosso pacto fundante

reside na promoção democrática dos direitos fundamentais, com destaque

para os direitos sociais, garantes de uma cidadania inclusiva e ativa.

Justamente nesse contexto, o regime de vinculação de recursos

obrigatórios para ações e serviços públicos de saúde e manutenção e

desenvolvimento do ensino tem sido o mais exitoso instrumento de

efetividade de tais direitos, ademais de evidenciar a posição preferencial

ocupada pela educação e pela saúde na arquitetura constitucional. [...]

Estamos em pleno processo pedagógico e civilizatório de educar e

salvaguardar a saúde de nossos cidadãos, o que não pode ser obstado ou

preterido por razões controvertidas de crise fiscal. Nada há de mais

prioritário nos orçamentos públicos que tal desiderato constitucional, sob

pena de frustração da própria razão de ser do Estado e do pacto social

que ele encerra”.

9 - CONCLUSÃO:

Diante da crise financeira e da possibilidade iminente de decretar moratória das obrigações de

despesa já assumidas, o Estado do Rio de Janeiro promove uma redução drástica da receita

estimada (superior a 19 bilhões de reais), o que lhe obriga a efetivar uma série de atos tendentes

a adequar o quadro geral de despesas à severa frustração de receitas. Enquanto isso, ao

contrário do que se poderia imaginar, promove a redução de despesas obrigatórias (como o

pagamento de remuneração do funcionalismo público) e essenciais (Saúde, Educação, Segurança

Pública, Assistência Social); mantendo alguns gastos não essenciais – como o pagamento de

encargos especiais a servidores comissionados, as despesas com publicidade institucional, os

33

COMPARATO, Fábio; TORRES, Heleno Taveira; PINTO, Elida Graziane; SARLET, Ingo

Wolgang. Financiamento dos direitos à saúde e à educação: mínimos inegociáveis. In: Consultor Jurídico.

27 de julho de 2016. Disponível em http://www.conjur.com.br/2016-jul-27/financiamento-direitos-saude-

educacao-minimos-inegociaveis

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110

gastos tributários (como são chamadas as renúncias fiscais), a liquidação de dívidas internas e

externas do estado do RJ e despesas de exercícios anteriores. Tudo isso, sem olhar para a

necessidade premente de se buscar estratégias de ampliação de receitas.

Desse modo, ao longo do ano de 2016, o Estado ampliou não só o regime das renúncias de

receitas, como prorrogou grande parte das já existentes, bem como prosseguiu na edição de

novas concessões de tratamento tributário diferenciado e de incentivos financeiros para

sociedades empresariais. Tudo isso, em literal afronta aos artigos 4º e 14 da LRF. Tamanho

fomento ao mercado por meio de renúncias fiscais foi feito ao arrepio da responsabilidade fiscal

e sem que fossem implementadas quaisquer medidas mais consistentes de controle sobre (1) a

quantidade e a efetividade de tais incentivos; (2) o quanto se deixava de arrecadar e,

principalmente, (3) sem buscar compreender se, porventura, tais isenções produziam algum

resultado positivo ou negativo no quadro econômico regional.

Sob o aspecto formal, a operacionalização dessas isenções permanece fulminada de vícios de

ilegalidade, ilegitimidade e antieconomicidade como, aliás, se sucede há 10 anos:

i) a maioria dessas isenções tributárias não foram feitas através do CONFAZ;

ii) a ausência de órgão central para realizar controle e acompanhamento dos incentivos;

iii) não são acompanhadas de um processo administrativo de controle, que permita

avaliar a necessidade de renovação e os efeitos dos incentivos na economia;

iv) não são objetiva, clara e corretamente previstas na legislação orçamentária, tanto na

LOA (art. 5º, II da LRF), quanto na LDO (art. 4º, § 2º, V da LRF);

v) não são acompanhadas da indispensável condição de validade que lhe autoriza a

existência, qual seja, previsão e real implementação de medidas compensatórias que

lhe façam frente (leia-se: aumento de receita proveniente da elevação de alíquotas,

ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição), na

forma do art. 14, II e §3º da LRF;

vi) não houve sequer estimativa séria e individualizada de impacto orçamentário-

financeiro nas metas fiscais no exercício em que devessem entrar em vigor e nos dois

seguintes, tal como determina o caput do art. 14 da LRF. Apenas se alegava

genericamente a expectativa de promessa de crescimento da economia, sem que se

comprovassem a ausência, de fato, de comprometimento das metas fiscais, dentre

outras irregularidades.

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111

Da análise das últimas legislações orçamentárias podemos também perceber uma total

discrepância entre as previsões de receita e as suas efetivas arrecadações. À luz das metas fiscais

garantidoras do equilíbrio intertemporal das contas públicas, na forma do art. 4º da LRF, era de

se esperar, portanto, um freio, ou minimamente uma redução proporcional do volume total de

renúncias de receita, sobretudo ao longo dos dois últimos exercícios financeiros (2015 e 2016),

em que era textualmente prevista a queda do PIB e, por conseguinte, da arrecadação tributária.

O que não ocorreu.

Apesar de ter sido sugerida a suspensão dos incentivos fiscais pela ALERJ (através de dois

projetos de lei que, no entanto, restaram infrutíferos); pelos auditores fiscais estaduais e; pelos

técnicos, Procuradores e Conselheiros do Tribunal de Contas, o Estado do Rio de Janeiro

prosseguiu os concedendo.

É preciso declarar a absoluta nulidade de todos os atos de renúncia de receitas concedidos em

afronta literal e direta aos artigos 4º e 14 da LRF. É preciso declarar a nulidade também das 50

isenções fiscais que foram publicadas, apenas nos dois primeiros meses após a decretação do

estado de calamidade financeiro. Assim como dos outros 11 incentivos que sobrevieram

somente no mês de setembro, como podemos ler a seguir:

Concessão de Crédito Presumido e diferimento do ICMS – Decreto 42.649/2010

Inscrição Estadual

CNPJ Empresa Comercial Nº. do processo Início da fruição

79.089.982 07.747.715/0003-

13

R&D COMÉRCIO IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA DE MATERIAL ELÉTRICO S/A

Empresa incluída pela Portaria SAF Nº 2116 de 06/09/2016

E-04/079/1757/2013

01/01/2013

Portaria SAF nº 2115 de 05/09/2016 – Termo de Acordo ao Tratamento Diferenciado firmado pelo

Inspetor da IFE 10 Resolução SEFAZ nº 537/2012

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Data da

Assinatura

92.028.518 33.163.908/0086-

64 Barry Callebaut Brasil Ind. e Com. de Prod. Alim. LTDA

E-04/043/464/2015

30/09/2015

92.036.782 06.067.949/0003-

57 Suinco - Cooperativa de Suinocultores LTDA

E-04/043/183/2016

09/05/2016

92.026.485 07.166.470/0001-

79 Industria de Sucos 4ª Legua LTDA

E-04/043/145/2015

09/04/2015

92.034.844 39.818.737/0001-

51 Horto Central Marataizes LTDA

E-04/043/113/2016

30/03/2016

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112

92.028.771 10.790.603/0001-

98 Anderson & Paula Industria e Comercio de Congelados LTDA

E-04/043/482/2015

28/09/2015

92.036.723 02.549.370/0001-

08 Bial Barbieri Industria Alimenticia LTDA- Epp

E-04/043/181/2016

06/05/2016

92.036.677 01.838.723/0172-

83 Brf AS

E-04/043/184/2016

10/05/2016

92.034.682 15.709.569/0001-

06 Com. e Ind. de Laticinios Dumont LTDA-ME

E-04/043/101/2016

15/03/2016

92.036.693 01.838.723/0067-

53 Brf AS

E-04/043/185/2016

10/05/2016

92.037.517 15.874.695/0001-

08 Efx Importação e Exportação LTDA

E-04/043/219/2016

31/05/2016

É de se destacar também que há incentivos concedidos por prazo indeterminado, sendo alguns

datados do ano de 1990; o que fere de morte o princípio da não-perpetuidade.

As prometidas (1) intensificação dos esforços fiscalizatórios e (2) redução do inadimplemento

dos grandes contribuintes, não têm sido efetivados. Prova disso, são os números que apontam

para a queda na arrecadação do principal imposto em que se concedem as isenções; o ICMS – o

maior índice de aumento da arrecadação tributária ocorrida nos dois primeiros quadrimestres

de 2016 se deu com o ITD.

O volume de receitas renunciadas se sobrepõe em grande escala às medidas de reajuste fiscal e

reequilíbrio das contas públicas atualmente propostas. É preciso frisar que, somente com

renúncias de receita apuradas através de incentivos fiscais de ICMS no ano de 2015,

reconhecidas como tal pela Secretaria de Estado de Fazenda, foram R$ 9.318.710.499,00.

Ao passo que, por exemplo, se fossem exonerados todos os cargos por provimento em

comissão existentes no Estado, com suas respectivas remunerações base e encargos

sociais, provavelmente não chegaríamos nem o montante de R$ 1 bilhão/ano.

Por outro lado, caso levássemos em consideração tudo que consta lançado como renúncia de

receita no sistema DUB-ICMS – ou seja, R$ 36.048.517.421,00, somente no ano de 2015 - as

medidas de recondução das dívidas consolidadas do Estado do Rio de Janeiro, em especial

aquelas editadas no Decreto Estadual nº 45.785, de 5 de outubro de 2016 (publicada em diário

oficial no dia 6 de outubro de 2016), se revelariam ainda mais ineficazes e insignificantes.

É fundamental, portanto, que o Ministério Público fluminense provoque o Estado-juiz a assumir

o seu papel de garantidor dos direitos fundamentais dos cidadãos, determinando que o Estado-

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113

administração priorize medidas pró-ativas, incisivas e emergenciais, face à flagrante abusividade

governamental então vivenciada.

À luz da Constituição de 1988 e da Lei de Responsabilidade Fiscal, é indispensável que se

revertam os contingenciamentos dos financiamentos de ações garantidoras das políticas de

assistência à saúde (na casa dos R$ 248.766.866,45), de assistência social (R$ 263.228.395,90,

além de R$ 249.030,37 de créditos contidos), de educação (R$ 663.864.481,96, além de R$

24.241.227,06 de créditos contidos) e da segurança pública (R$ 75.908.526,17, além de R$

28.130.905,15 de créditos contidos), dentre outras políticas públicas socialmente relevantes,

fundados na carência de recursos, através da suspensão de tantos benefícios fiscais concedidos,

por sua vez, ao arrepio de suas finalidades sociais, das condições que lhes são impostas no

próprio ato e, sobretudo, das normas constitucionais e infraconstitucionais que lhes são

aplicáveis.

DOS PEDIDOS:

1 – DOS PEDIDOS DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA LIMINAR

A gravidade dos fatos até aqui narrados não pode deixar qualquer dúvida quanto à necessidade

da concessão de medida liminar de antecipação parcial dos efeitos da tutela, com vistas a

impedir a perpetuação de danos aos princípios constitucionais regentes da Administração

Pública, ao dever de responsabilidade fiscal e ao erário.

A probabilidade do direito, autorizadora da concessão da medida liminar, nos termos do art.

300, caput do novo CPC, decorre, in casu, dos argumentos desenvolvidos imediatamente acima,

bem como do acervo probatório desde logo apresentado, constituindo provas cabais. Ou seja,

algo que até supera a mera probabilidade, em especial quanto à ilegalidade e à

inconstitucionalidade da mantença do programa de concessão de incentivos fiscais e financeiros

– convolados automaticamente em créditos tributários – pelo ora demandado.

O perigo de dano, que no caso é aos cofres públicos e, por via de consequência, aos direitos

constitucionalmente assegurados - despidos que estão de financiamento -, está flagrantemente

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114

consubstanciado nas renúncias ilegais de receitas, os quais, ante ao que o demandado vem

praticando, irão progredir pelo próprio lapso temporal inerente à marcha processual aqui

ofertada, piorando ainda mais as consequências destas ilegalidades.

Desse modo, para além dos incentivos fiscais já destacados – os quais foram concedidos e

publicados ao longo dos meses de janeiro a setembro, citados ao longo desta petição inicial –

outros tantos também já foram concedidos, somente no mês de outubro de 2016:

Programa de Fomento Atacadista e Centrais de Distribuição do Estado do Rio de Janeiro – RIOLOG –

instituído pela Lei 4173/03

Inscrição CNPJ Empresa Processo nº Data do

Enquadramento

78.887.294 Unimarka Distribuidora S/A E-11/30.170/2010 04/10/2016

78.518.308 Ramos e Veiga Comercial LTDA E-11/003/324/2013 04/10/2016

79.199.036 Nossa Senhora Comércio e Distribuidora de Cabo Frio LTDA

E-11/003/114/2015 04/10/2016

86.861.496 Brasilseg Atacadista de Equipamentos de Proteção Individual LTDA

E-11/003/63/2015 04/10/2016

86.909.227 Mareje Brazil Indústria de Metalurgia de Precisão LTDA E-11/003/494/2014 04/10/2016

78.599.162 Tudo mais Distribuidora e Representação Comercial de Alimentos LTDA

E-11/003/63/2013 04/10/2016

E, segundo matéria jornalística publicada no dia 17 de outubro de 201634:

“No projeto de lei orçamentária que enviou à Assembleia Legislativa, o

governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), prevê renúncias

fiscais de R$ 33 bilhões nos próximos três anos! Nesse bolo, estão

incluídos todos os tipos de benefícios a empresas: os que já estão em

vigor ou os presentes que o governo ainda pretende dar. Progressivo.

Na projeção para 2017, o Executivo abre mão de receber R$ 10,3 bilhões

— valor 18% maior do que os R$ 8,7 bilhões previstos para este ano.

Para 2018, o valor sugerido chega a R$ 11 bilhões. Um ano depois, a R$

11,7 bilhões. Sem porquês. Os números estão soltos no projeto de lei

enviado ao Legislativo, sem grandes explicações sobre os parâmetros de

cálculo”.

34

http://extra.globo.com/noticias/extra-extra/apesar-da-crise-governo-quer-conceder-33-bilhoes-de-beneficios-

empresas-20301319.html.

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115

É certo, pois, que, ante a tudo que foi até então exposto, se não forem imediatamente suspensos

pela via judicial, outros benefícios ainda serão concedidos ao longo do desenrolar desta lide.

A mantença e ampliação dessa política de incentivos fiscais, concedidos de forma ilegal, além de

comprometer sobremaneira a obtenção das receitas que minimamente garantem o exercício de

direitos constitucionalmente assegurados, conduzem o Estado à busca por uma série de medidas

drásticas, porém ineficazes, mas que já estão sendo anunciadas nos meios midiáticos: como o

corte de outras ações e políticas sociais; o aumento da carga previdenciária dos servidores

públicos; o alargamento da reforma administrativa; além do já plausível atraso no cumprimento

de suas obrigações contratuais e administrativas.

Outrossim, ad cautelam, ressalte-se que o pedido de concessão da tutela de urgência liminar, tal

como formulado adiante, além de estar embasado em provas inequívocas e ser dotado de

alegações amplamente verossímeis, não prejudicará, nem tampouco colocará em risco uma

eventual reversão dos efeitos da decisão que ora se pleiteia, nos termos do art. 300, § 3º do

Código de Processo Civil em vigor. Eis que, além de privilegiar o erário fluminense, se

porventura a suspensão dos benefícios vier a prejudicar o interesse público - comprovadamente

apurado pelo somatório dos danos individualmente considerados -, bastaria uma mera

revogação da decisão que se pleiteia, para retornarmos ao status quo ante.

Sendo certo, no entanto, que é muito difícil defender a mantença de um eventual direito sobre

incentivos fiscais concedidos por lei, decreto ou mediante créditos tributários apurados em um

contrato de financiamento, face à flagrante nulidade decorrente da ilegalidade /

inconstitucionalidade das suas respectivas concessões.

Quando se exigia a irreversibilidade do dano como pré-requisito à admissão de um

provimento cautelar como o ora pleiteado, nos termos do art. 273, §2º, do antigo Código de

Processo Civil (atualmente previsto no art. 300, § 3º), já tínhamos consolidado o

entendimento doutrinário de que “... a pura e radical proibição de concessão da tutela diante

de perigo de irreversibilidade do provimento antecipado poderá significar, para o autor, o

perecimento do seu próprio direito, ou seja, a perda do objeto da demanda” (Joel Dias Figueira

Júnior. Comentários ao Código de Processo Civil, vol. IV, tomo 1. São Paulo: RT, 2001, p. 228), o

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que restaria por afrontar o princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da

Constituição Federal), pedra angular do acesso à Justiça.

Sobre o mesmo caminho andava a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, segundo a

qual “A exigência de irreversibilidade inserta no §2º do art. 273 do Código de Processo Civil não

pode ser levada a extremos, sob pena de o novel instituto da tutela antecipatória não cumprir a

excelsa missão a que se destina” (STJ, REsp nº 144.656/ES, 2ª Turma, Rel. Min. Adhemar Maciel, j.

em 06.10.97, DJU de 27.10.97, p. 54.778).

Convém também destacar que a restrição contida na Lei nº 9.494/97 e na Lei nº 8.437/92,

relativa à concessão de liminares em detrimento do Poder Público, há muito foi superada pelos

nossos tribunais.

Daí porque, já teve o Superior Tribunal de Justiça a oportunidade de assentar que a restrição

legal à concessão de medidas cautelares contra o poder público “só subsiste enquanto o

retardamento não frustrar a tutela judicial, que é garantia constitucional” (REsp n.º 6063/RS e

6371/RS), sob pena de esvaziamento da noção, doutrinariamente difundia, do mínimo

existencial.

Ressalte-se, ainda quanto a este aspecto, que embora as restrições legalmente impostas ao poder

cautelar do Juiz tenham sido consideradas constitucionais por ocasião dos julgamentos da ADC

n.º 4 e da ADIMC n.º 223/DF, nesta o Supremo Tribunal Federal assentou a possibilidade de

análise, em cada caso concreto, “... da constitucionalidade, incluída a razoabilidade, da aplicação

da norma proibitiva da liminar” (Rel. Min. Paulo Brossard, j. em 05.04.90, DJU de 29.06.1990, p.

6218), o que deve ser levado em conta no presente caso, dada a evidente superioridade do

direito à vida digna, frente ao exercício prévio de contraditório pelos entes públicos.

Nesse sentido, recente julgado do Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão de

proferida em caso concreto bastante similar ao presente, determinou:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDORA INATIVA.

REENQUADRAMENTO. REDUÇÃO DOS PROVENTOS DE

APOSENTADORIA DA AGRAVANTE. DECISÃO DE INDEFERIMENTO

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DE TUTELA ANTECIPADA. 1.Súmula nº 60 do TJERJ. 2. Possibilidade de

concessão de medidas liminares ou antecipatórias, conforme

entendimento pacificado nos Tribunais Superiores e nesta Corte,

em uma interpretação restritiva dos arts. 1º da Lei nº 9494/97 e 7º,

§2º, da Lei nº 12016/09, mormente em se tratando de hipótese de

restabelecimento de vantagens ou prestações anteriormente

recebidas, porém suprimidas por ato do Poder Público, como se

apresenta a pretensão autoral. 3. Não há direito adquirido a regime

jurídico, desde que resguardado o direito do servidor à

irredutibilidade de vencimentos. Precedentes do STJ (AgRg no RMS

20009 / DF; RMS 33.848/SE; AgRg no RMS 30.304/MS). RECURSO A

QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO, COM FULCRO NO ART. 557, §1°-A,

CPC, NÃO PARA DETERMINAR O REENQUADRAMENTO DA

AGRAVANTE NO NÍVEL XI DO ANEXO XIV DA LEI N°5772/10, MAS

PARA QUE O ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ORA AGRAVADO,

ABSTENHA-SE DE DESCONTAR OS VALORES REFERENTES AO

REENQUADRAMENTO DA AGRAVANTE”.

(Agravo de Instrumento no Processo nº 0024451-02.2014.8.19.0000.

Décima Primeira Câmara Cível. Desembargador Relator Fernando

Cerqueira Chagas, DJ 30/05/2014).

A Súmula nº 60 do TJRJ invocada pelo magistrado traz em seu verbete que é “admissível a

antecipação de tutela de mérito, mesmo contra a Fazenda Pública, desde que presente os seus

pressupostos”.

E com a edição do Código de Processo Civil de 2015, ficou ainda mais evidente a

possibilidade da concessão de medidas antecipatórias face ao Poder Público, eis que um de

seus requisitos anteriormente existentes, não mais se encontra presente no novel regramento.

Ademais, este, por sua vez, já incorporou em seus textos toda a ideologia capitaneada pelas

jurisprudências dos Tribunais Superiores o qual, sem considerar inconstitucional o art. 1º da Lei

9.494/97, flexibiliza casuisticamente a norma proibitiva sub examinem, em prol de uma melhor

regra de concessão de antecipações.

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Retornando ao aspecto central de mérito desenvolvido nesta petição inicial, encerramos as

fundamentações acerca da plausibilidade / necessidade deste provimento de urgência,

relembrando que a Colenda 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro,

nos autos da apelação cível / reexame necessário nº 0323933-67.2013.8.19.0001, recentemente

(em 04.10.16) declarou inconstitucional o tratamento tributário especial concedido à Sociedade

Michelin de Participações Indústria e Comércio Ltda., concedido por forma diversa da prevista

pela Lei Complementar nº 24/75.

Pelo exposto, sendo inescusável, legítimo, urgente e necessário, espera o Ministério Público de

Vossa Excelência que:

1.1) Determine ao Estado do Rio de Janeiro que não mais conceda, amplie ou renove benefícios

fiscais ou financeiros com qualquer sociedade empresarial, até o momento em que se garanta o

cumprimento de seus misteres de equilíbrio e transparência fiscais e, sobretudo, até que se

garanta o custeio de todas as despesas asseguradoras dos direitos fundamentais sociais à

assistência à saúde, assistência social, educação e segurança pública, inclusive quanto ao efetivo

cumprimento dos pisos constitucionais de que tratam os artigos 198 e 212 da Carta de 1988,

atualmente contidos e contingenciados;

1.2) Encaminhe a este d. juízo uma relação das sociedades empresariais agraciadas com

benefícios fiscais e financeiros (estes, concedidos sob a forma de créditos tributários futuros),

com informações sobre os benefícios fiscais então vigentes, contendo minimamente:

1.2.1. o CNPJ e a inscrição estadual da empresa;

1.2.2. o valor do benefício concedido;

1.2.3. em qual programa de fomento foi enquadrado;

1.2.4. desde quando foi editado o benefício; até quando ele eventualmente retroagiu e

quantas vezes ele foi prorrogado, com respectivas datas de concessão, de publicação em

diário oficial e de previsão de término;

1.2.5. através de qual instrumento ou ato administrativo ele foi concedido;

1.2.6. qual o respectivo cálculo individualizado de estimativa de impacto nas metas

fiscais e correspondente medida compensatória específica de que trata o art. 14 da LRF;

1.2.7. existência, ou não, de prévia avaliação do Conselho Nacional de Política Fazendária

(CONFAZ);

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1.3) Encaminhe a este d. juízo, no prazo de 60 dias, a contar de sua intimação, todas as cartas

consulta das empresas que receberam incentivos, na forma do art. 5º da Lei 4.321/04, bem como

todos os documentos e vistorias comprobatórias de que as sociedades empresariais que

receberam incentivos cumpriram os requisitos / contrapartidas, previstos nessa mesma

legislação;

1.4) Realize, no prazo de 60 dias, a contar de sua intimação, estudo de impacto financeiro sobre

todos os benefícios fiscais e financeiros – transformados em crédito tributário -, fazendo-os

incluir na próxima e nas futuras leis orçamentárias anuais e nas próximas e futuras Leis de

Diretrizes Orçamentárias.

2 – DOS PEDIDOS PRINCIPAIS:

2.1) O recebimento, a autuação e a distribuição da presente ação civil pública;

2.2) A citação do réu para que, querendo, conteste a presente ação no prazo legal, sob pena de

revelia;

2.3) Ao final, seja julgada procedente a pretensão autoral para:

2.3.1) Declarar nulos todos os incentivos e benefícios fiscais concedidos ao

arrepio da prévia avaliação do Conselho Nacional de Política Fazendária

(CONFAZ);

2.3.2) Declarar nulos todos os incentivos e benefícios fiscais cujos

demonstrativos regionalizados dos seus efeitos sobre as receitas e despesas

não tenham acompanhado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (art. 4º, §2º, V

da LRF) e a Lei Orçamentária anual (art. 5º, II da LRF), ou não tenham

cumprido, individualizadamente, o dever de provar não afetação das metas

fiscais ou de compensar tal afetação (art. 14 da LRF), mesmo que tenha sido

ele concedido mediante prévia avaliação do Conselho Nacional de Política

Fazendária (CONFAZ);

2.3.3) Determinar que o Estado do Rio de Janeiro se abstenha de prosseguir

concedendo incentivos fiscais sem a prévia aprovação do Conselho Nacional

de Política Fazendária (CONFAZ);

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2.3.4) Tornar definitivas as providencias liminares solicitadas nos itens 1.1 e

1.4, dos pedidos de tutela de urgência antecipada liminar.

2.4) Sejam as intimações do autor feitas por meio eletrônico ou pessoalmente, mediante entrega

e vista dos autos, com os benefícios inerentes aos prazos processuais ministeriais;

2.5) A dispensa do pagamento de custas, emolumentos e outros encargos, desde logo, à vista do

disposto nos artigo 18 da lei 7.347/1985 e do artigo 87 da lei 8.078/90.

2.6) Seja o réu condenado ao pagamento de todos os ônus de sucumbência e honorários

advocatícios, esses arbitrados em 20% (vinte por cento) do valor dado à causa, a serem

revertidos ao Fundo Especial do Ministério Público, criado pela Lei Estadual n° 2.819, de

07.11.97, e regulamentado pela Resolução GPGJ n° 801, de 19.03.98, num montante de 20%

sobre o valor da causa;

Para a comprovação dos fatos aqui narrados, protesta-se, desde logo, pela produção de todas as

provas em Direito admitidas e que se fizerem pertinentes, apresentando, desde já, a

documentação ora anexada.

Por fim, esclarece que receberá intimações pessoais por meio do Membro do Ministério

Público em atuação junto à 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania, situada na

Avenida Nilo Peçanha, 26 – 4º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ, CEP 20.020-100.

Diante dos mandamentos estabelecidos pela legislação processual, dá-se à causa o valor de

alçada de R$ 47.065.082.721,00.

Rio de Janeiro, 19 de outubro de 2016.

VINICIUS LEAL CAVALLEIRO Promotor de Justiça

ALBERTO FLORES CAMARGO

Promotor de Justiça

FLÁVIO BONAZZA DE ASSIS Promotor de Justiça

LIANA BARROS CARDOZO

Promotora de Justiça

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SALVADOR BEMERGUY

Promotor de Justiça