ministÉrio pÚblico da paraÍba procuradoria geral de justiÇa promotoria da infÂncia e da...

41
MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Alley Borges Escorel Soraya Soares da Nóbrega Escorel Soraya Soares da Nóbrega Escorel Promotores de Justiça Promotores de Justiça Promotoria da Infância e da Juventude de João Pessoa Promotoria da Infância e da Juventude de João Pessoa 2107-6128 2107-6128 [email protected] [email protected]

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

112 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBAMINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBAPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇAPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOAPROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA

Alley Borges EscorelAlley Borges EscorelSoraya Soares da Nóbrega EscorelSoraya Soares da Nóbrega Escorel

Promotores de JustiçaPromotores de JustiçaPromotoria da Infância e da Juventude de João PessoaPromotoria da Infância e da Juventude de João Pessoa

2107-61282107-6128

[email protected]@hotmail.com

Page 2: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

VOCÊ SABIA?

“Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos

recentes revelam que esse comportamento, que até bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de

bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda da

auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias”

Diogo Dreyer

Page 3: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

O QUE É BULLYING?

Termo de origem inglesa que não tem tradução no nosso vernáculo. Se pudesse ser traduzido, seria algo como intimidação.

BULLYING são atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, num período prolongado de tempo, sem motivação evidente, praticados por um ou mais estudantes (bully – bullies) contra outro (s) – vítima (s), dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima.

É um problema mundial presente em todas as escolas e instituições educacionais, seja ela pública ou privada.

Page 4: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DO BULLYING:

1 – Ações repetitivas contra a mesma vítima num período prolongado de tempo;

2 – Desequilíbrio de poder, caracterizado pela dificuldade da vítima em se defender ou pedir ajuda;

3 – Ausência de motivação para os ataques.

Page 5: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

FENÔMENO BULLYING COMO OCORRE?

Intimidação, prática de exclusão, opressão, discriminação.

Exemplos: dar pontapés, bater, morder, beliscar, puxar os cabelos, gozar de forma reiterada a mesma pessoa e rir dela, excluir do grupo, espalhar rumores, ameaçar.

Colocar apelidos conforme as peculiaridades de cada um.

O gordinho é o “bola sete”, “baleia”, “rolha”; O rico é o “filhinho de papai”, “playboy”; Quem usa óculos é o “quatro olhos”; O negro é o “neguinho” ou “negão”; O inteligente é o “cdf”.

Page 6: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

AGRESSOR (BULLY)

Geralmente são os líderes da turma, os mais populares, os que gostam de fazer gozações e colocar apelidos nos colegas.

Não respeitam as diferenças alheias e se aproveitam das fragilidades dos colegas para excluí-los do grupo e executar as humilhações.

Page 7: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

VÍTIMAS DO BULLYING Os diferentes Cor de cabelo, cor de pele, deficiências, forma de se vestir, sotaque

Os indefesos Os tímidos, que mostram medo e até choram. São os preferidos dos

bullies.

Os que se isolam do grupo Os pouco sociáveis e que têm dificuldade de relacionamento e de se

defender. São inseguros e enfrentam problemas de aceitação no grupo.

VÍTIMA - geralmente é uma pessoa tímida e retraída, pouco sociável, que não sabe se impor e se defender da agressão.

As vítimas são diariamente perseguidas, humilhadas, intimidadas, ignoradas, discriminadas e excluídas.

Page 8: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

TESTEMUNHAS DO BULLYING

São os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem diariamente com o problema e se omitem por medo e insegurança.

Ao omitir-se, tornam-se cúmplices – agressores passivos

Page 9: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

TODO MUNDO SABETODO MUNDO SABE

Na escola, todo mundo Na escola, todo mundo conhece um colega conhece um colega envolvido em envolvido em violência violência física ou psicológica - física ou psicológica - bullyingbullying. Todo mundo . Todo mundo sabe e muitas vezes é sabe e muitas vezes é testemunha desse testemunha desse sofrimento, MAS silencia sofrimento, MAS silencia e não denuncia. Não e não denuncia. Não fala nada e o ciclo de fala nada e o ciclo de violência se perpetua.violência se perpetua.

Page 10: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

MARCAS MARCAS DADA

OMISSÃOOMISSÃO

Page 11: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

VIOLÊNCIA - EXCLUSÃO – HUMILHAÇÃO – ISOLAMENTO

MORTES DE INOCENTES

Page 12: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

INDICATIVOS DE VIOLÊNCIA

As crianças e adolescentes sinalizam de maneiras diversificadas (quase sempre não verbais), quando estão vivenciando alguma situação de violência.

A família, a escola, a comunidade, os profissionais que lidam com crianças e adolescentes devem estar atentos para esses indicativos.

Page 13: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

ATENÇÃO PARA OS SINAIS VÍTIMA DE BULLYING

PEDIR PARA NÃO IR À ESCOLA

SENTIR-SE MAL PERTO DA HORA DE SAIR DE CASA

PEDIR PARA TROCAR DE ESCOLA CONSTANTEMENTE

BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR

CHEGAR EM CASA COM ROUPAS E LIVROS RASGADOS

Page 14: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

ATENÇÃO PARA OS SINTOMAS VÍTIMA

DEPRESSÃO

AGRESSIVIDADE

ANSIEDADE

BAIXA AUTO ESTIMA

SENTIMENTOS NEGATIVOS

Page 15: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

ALERTA AOS PAIS E EDUCADORESALERTA AOS PAIS E EDUCADORES A violência psicológica vem sempre A violência psicológica vem sempre

acompanhada do segredo e da acompanhada do segredo e da negação, fazendo com que muitos negação, fazendo com que muitos casos sequer cheguem ao Sistema de casos sequer cheguem ao Sistema de Justiça ou mesmo ao Sistema Justiça ou mesmo ao Sistema Educacional.Educacional.

Muitos casos de violência, quando Muitos casos de violência, quando desvendados, já vinham sendo desvendados, já vinham sendo praticados por longos anos, praticados por longos anos, prejudicando o êxito da intervenção.prejudicando o êxito da intervenção.

Page 16: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

VIOLÊNCIA NA ESCOLA:A PREVENÇÃO DO BULLYING COMEÇA PELO

CONHECIMENTO

Page 17: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

ESCOLA: contexto de formação humana e espaço de proteção

                                                                                                                                        

Page 18: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

EDUCAÇÃO...

PODE FAZER A DIFERENÇA

PREVENÇÃO DO BULLYING NAS ESCOLAS É UM DEVER E UMA OBRIGAÇÃO LEGAL EM ALGUNS ESTADOS

O conhecimento sobre bullying pelos professores e demais funcionários é indispensável. AFINAL, a falta de conhecimento sobre o tema pode levar a um entendimento e atendimento inadequado às vítimas que procuram ajuda.

“ A escola tem a chave para o sucesso das ações de prevenção e controle do bullying.”

FICA AÍ O ALERTA!

Page 19: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

Equívocos dos Educadores

•Na nossa escola não há bullying.

•O bullying não é importante. Temos problemas mais prioritários nessa escola.

•Se aparecer casos de bullying vamos pensar no problema.

•O problema é dos pais.

•O problema é das crianças.

Page 20: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

MINISTÉRIO PÚBLICO COMO ENCARA O

BULLYING?

Na Paraíba, o Ministério Público não encara o bullying como brincadeira, mas como algo sério e que precisa ser combatido enfrentado pela sociedade com urgência.

BULLYING não é brincadeira porque só existe brincadeira quando todos os envolvidos se divertem, mas quando uns se divertem e outros sofrem, não pode haver brincadeira, e SIM violência.

NOSSA LUTA: É POR UMA CULTURA DE TOLERÂNCIA E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS.

NOSSA INTENÇÃO: QUE A CAMPANHA SE ESTENDA A TODO O BRASIL

NOSSO DESAFIO: TRAZER O BULLYING PARA A ATENÇÃO DO GRANDE PÚBLICO, ATRAVÉS DA CAMPANHA

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA!

Page 21: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

Como combater o BULLYING? 1 – Identificando e Denunciando o agressor,

quebrando o silêncio;

2 - Mobilizando toda a comunidade escolar para uma campanha permanente em prol de uma cultura de paz e o respeito às diferenças.

3 - Implantando regras anti-bullying envolvendo os professores, os funcionários, os alunos, os pais e a justiça.

4 - Estimulando o protagonismo Juvenil

Page 22: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

O BULLYING NÃO É UM PROBLEMA

PARA SER RESOLVIDO

SOMENTE PELAS AUTORIDADES, MAS POR

TODOS NÓS, JUNTOS.

Page 23: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

““QUEM QUEM TRANSFORMA O TRANSFORMA O

MUNDO NÃO SÃO MUNDO NÃO SÃO AS MAIORIAS AS MAIORIAS

ACOMODADAS, ACOMODADAS, MAS SIM AS MAS SIM AS MINORIAS MINORIAS

DETERMINADAS”DETERMINADAS” Maurice DuvergerMaurice Duverger

Page 24: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da
Page 25: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

BULLYING – PARTE 2

CASOS REAIS1 – COLUMBINE2 – VIRGINIA TECH3 - BRASIL

Outras tragédias também ocorreram no Canadá, no Japão, na Escócia, na Alemanha e na Argentina.

Page 26: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

TRAGÉDIA EM COLUMBINE 1999

2 estudantes mataram 12 colegas, 1 professor e deixaram dezenas de

feridos. Depois se suicidaram.

Page 27: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

VIRGINIA TECH- EUA ABRIL de 2007

maior massacre em escola do mundo

Um estudante atirou contra colegas e professores, deixando 32 mortos e 29 feridos. Depois cometeu suicídio.

Page 28: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da
Page 29: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da
Page 30: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

BULLYING – CASOS BRASIL

1 - CASO TAIÚVA – 2003 – SÃO PAULO 2 - CASO REMANSO – 2004 – BAHIA 3 - CASO JOÃO PESSOA – 2007 – PB

Em todos os casos, os protagonistas da violência eram ridicularizados na escola e excluídos do convívio social.

Page 31: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

CASO TAIÚVA – SÃO PAULO 2003 Jovem de 18 anos atira contra 50 pessoas

durante o recreio da escola e depois se matou com um tiro na cabeça

O QUE LEVOU O JOVEM A FAZER ISSO?

Page 32: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

CASO REMANSO – BAHIA 2004

Adolescente de 17 anos protagoniza tragédia ao disparar contra um garoto de 13 anos e uma professora da escola onde estudava, matando ambos e ferindo mais duas pessoas.

O QUE LEVOU O JOVEM A FAZER ISSO?

Page 33: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

O QUE LEVOU O JOVEM A FAZER ISSO?

CASO JOÃO PESSOA – 2007

Estudante de 17 anos ameaça escola pelo ORKUT na Paraíba

Page 34: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

ATUAÇÃO INTEDISCIPLINAR CASO PARAÍBA

No caso de bulying ocorrido na Paraíba, houve a instauração de procedimento de ato infracional. Foi feita a representação do adolescente pelo Ministério Público. Ao final do procedimento, foi aplicada medida sócio-educativa, de caráter ressocializadora, que foi cumprida na Promotoria da Infância e Juventude de João Pessoa, com acompanhamento de profissionais. O êxito no cumprimento da medida serviu de ensinamento para o MP. Não bastava punir o adolescente. Era necessário um atendimento adequado ao caso. Esse foi o diferencial.

A falta de conhecimento sobre o tema poderia levar a um atendimento inadequado ao caso.

Page 35: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

LEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃO

ECA, Art. 245 - ECA, Art. 245 - Os profissionais Os profissionais de educação têm ode educação têm o DEVER legalDEVER legal de comunicar à autoridade de comunicar à autoridade competentecompetente (Conselho Tutelar, (Conselho Tutelar, Juiz da Infância ou Promotor de Juiz da Infância ou Promotor de Justiça)Justiça) casos de suspeita ou casos de suspeita ou ocorrência confirmadas de ocorrência confirmadas de violência contra crianças e/ou violência contra crianças e/ou adolescentes.adolescentes.

Page 36: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

- CAUSAS PARA O CRESCIMENTO DO CAUSAS PARA O CRESCIMENTO DO BULLYINGBULLYING

- ESTÍMULO EXAGERADO Á COMPETITIVIDADE;ESTÍMULO EXAGERADO Á COMPETITIVIDADE;

- BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA;BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA;

- CERTEZA DA IMPUNIDADE POR PARTE DE QUEM CERTEZA DA IMPUNIDADE POR PARTE DE QUEM PRATICA BULLYING E NADA ACONTECE;PRATICA BULLYING E NADA ACONTECE;

- DESRESPEITO ÀS DIFERENÇAS;DESRESPEITO ÀS DIFERENÇAS;

- EDUCAÇÃO FAMILIAR PERMISSIVAEDUCAÇÃO FAMILIAR PERMISSIVA

- AUSÊNCIA DE LIMITESAUSÊNCIA DE LIMITES

Page 37: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

AÇÕESAÇÕES

MANUAL DE MANUAL DE ORIENTAÇÃO ORIENTAÇÃO

INTERLOCUÇÃO COM OUTRAS INTERLOCUÇÃO COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTOÁREAS DO CONHECIMENTO

CAMPANHA BULLYING CAMPANHA BULLYING NÃO É BRINCADEIRA NÃO É BRINCADEIRA

I SEMINÁRIO I SEMINÁRIO PARAIBANO SOBRE PARAIBANO SOBRE BULLYING ESCOLAR BULLYING ESCOLAR

E INCENTIVO À E INCENTIVO À CULTURA DE PAZCULTURA DE PAZ

Guia de orientação formulado a fim de informar e esclarecer sobre o fenômeno bullying. Utilizando-se de uma linguagem clara e didática, tem como principal objetivo disseminar o conhecimento para fazer a prevenção.A campanha BULLYING NÃO É BRINCADEIRA é um alerta para a prevenção do fenômeno.

Ampliar as discussões em torno da temática, favorecendo o debate e a mobilização de todos os segmentos da sociedade para o enfrentamento do fenômeno.

Page 38: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Precisamos romper com a cultura do silêncio, do preconceito e da discriminação.

Precisamos fazer algo para cessar essa violência, que se caracteriza como violação dos direitos das crianças e adolescentes. Não podemos deixar nossas crianças adoecerem, não podemos deixar nossas crianças morrerem. Devemos intervir para impedir que ela ocorra.

Infelizmente, os professores e os operadores do direito não dão conta do problema, porque mal sabem o que é bullying.

O bullying se estuda há mais de 30 anos. Nós é que estamos atrasados. Aliás, o nosso país está atrasado há mais de 20 anos no estudo e no tratamento deste fenômeno mundial.

Page 39: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

PARA REFLETIR ... O que leva um jovem a entrar na escola

onde estuda ou estudou, matar pessoas e depois se suicidar?

Será que alguém de nós suportaria ser todos os dias humilhado, intimidado, agredido, chantageado, colocado sob tensão?

Se isso é insuportável para os adultos, imaginem para crianças e adolescentes!

Page 40: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da

APELOSEJAM VOCÊS também a VOZ das

crianças e adolescentes que sofrem todos os dias, de forma silenciosa, nas escolas do Brasil inteiro... Seja qual for a sua profissão – VOCÊ pode fazer a diferença!

FAÇA A SUA PARTE!

DISQUE 100

Page 41: MINISTÉRIO PÚBLICO DA PARAÍBA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA PROMOTORIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE JOÃO PESSOA Alley Borges Escorel Soraya Soares da