ministÉrio do trabalho e emprego secretaria de inspeÇÃo do ... · serviços especializados em...

88
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NORMA REGULAMENTADORA n.º 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 18.1. Objetivo e campo de aplicação 18.2. Comunicação prévia 18.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT 18.4. Controle de Energias Perigosas 18.5. Formação Profissional 18.6. Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 18.7 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 18.8. Áreas de vivência 18.9. Organização dos canteiros de obra e frentes de trabalho 18.10 Instalações Elétricas 18.11 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas 18.12 Armazenagem e Estocagem de Materiais 18.13. Demolição 18.14. Escavações, Fundações, Desmonte de Rochas, Terraplenagem, Drenagem e Pavimentação 18.15. Carpintaria 18.16. Armações de aço 18.17. Estruturas de concreto 18.18. Estruturas metálicas 18.19. Trabalho a Quente 18.20. Medidas de proteção contra quedas de altura 18.21. Escadas, rampas e passarelas 18.22. Andaimes 18.23. Cabos de Aço, Cintas e Cabos de Fibra Sintética 18.24 Serviços de Impermeabilização 18.25. Telhados e Coberturas 18.26. Serviços em embarcações 18.27 Atividades em vias públicas 18.28. Acidente fatal 18.29. Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção 18.30. Disposições gerais 18.31. Glossário Itens vermelhos: pendentes para discussão no CPN.

Upload: ngothu

Post on 07-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

NORMA REGULAMENTADORA n.º 18

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

18.1. Objetivo e campo de aplicação

18.2. Comunicação prévia

18.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

- PCMAT

18.4. Controle de Energias Perigosas

18.5. Formação Profissional

18.6. Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

18.7 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

18.8. Áreas de vivência

18.9. Organização dos canteiros de obra e frentes de trabalho

18.10 Instalações Elétricas

18.11 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas

18.12 Armazenagem e Estocagem de Materiais

18.13. Demolição

18.14. Escavações, Fundações, Desmonte de Rochas, Terraplenagem, Drenagem e

Pavimentação

18.15. Carpintaria

18.16. Armações de aço

18.17. Estruturas de concreto

18.18. Estruturas metálicas

18.19. Trabalho a Quente

18.20. Medidas de proteção contra quedas de altura

18.21. Escadas, rampas e passarelas

18.22. Andaimes

18.23. Cabos de Aço, Cintas e Cabos de Fibra Sintética

18.24 Serviços de Impermeabilização

18.25. Telhados e Coberturas

18.26. Serviços em embarcações

18.27 Atividades em vias públicas

18.28. Acidente fatal

18.29. Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na

Indústria da Construção

18.30. Disposições gerais

18.31. Glossário

Itens vermelhos: pendentes para discussão no CPN.

18.1 Objetivo e campo de aplicação

18.1.1 Para fins desta NR, considera-se responsável pela obra ou frente de trabalho

qualquer pessoa física ou jurídica que emprega um ou vários trabalhadores em uma

obra.

18.1.1.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento das disposições desta NR

os contratantes e contratados.

18.1.2 Consideram-se atividades da Indústria da Construção as atividades econômicas

específicas constantes do Quadro I da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de

Segurança e em Medicina do Trabalho e as atividades e serviços de demolição, reparo,

pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos

ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.

18.1.2.1 Independente de previsão no CNPJ ou Contrato Social, considera-se atividade

econômica as efetivamente desenvolvidas no estabelecimento.

18.1.3 Cabe aos empregadores:

a) vedar o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras ou frentes

de trabalho, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e

compatíveis com a fase da obra;

b) assegurar a suspensão dos trabalhos quando verificar situação ou condição de risco

não prevista, cuja limitação ou neutralização imediata não seja possível;

c) garantir ao trabalhador exercer o direito de recusa, sempre que forem constatadas

evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras

pessoas, devendo o trabalhador comunicar imediatamente o fato a seu superior

hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

18.1.3.1 As pessoas responsáveis pela concepção e o planejamento de um projeto de

construção deverão levar em consideração a segurança e a saúde dos trabalhadores da

construção.

18.1.4 A empresa que contratar terceiros para a prestação de serviços em seus canteiros

de obra ou frentes de trabalho deve garantir que os trabalhadores da contratada tenham

as mesmas condições de segurança, higiene e conforto oferecidas aos seus próprios

empregados.

18.1.5 Quando dois ou mais empregadores estiverem realizando atividades

simultaneamente na mesma obra, cabe ao empreiteiro principal ou outra pessoa ou

organismo que estiver exercendo controle efetivo ou tiver a principal responsabilidade

pelo conjunto de atividades na obra:

a) coordenar as medidas prescritas em matéria de segurança e saúde no trabalho;

b) zelar pelo cumprimento efetivo das medidas previstas na alínea anterior;

c) atribuir, quando não estiver presente no local de trabalho, a uma pessoa ou um

organismo competente, presente na obra, a autoridade e os meios necessários para

assegurar no seu nome a coordenação e a aplicação das medidas deste subitem.

18.1.6 A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do

cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho,

determinadas na legislação federal, estadual e municipal e outras estabelecidas em

negociações coletivas de trabalho.

18.1.6 Aplicam-se à indústria da construção as disposições constantes das demais

Normas Regulamentadoras vigentes, desde que não conflitem com itens desta Norma.

18.2 Comunicação prévia

18.2.1 É obrigatória a comunicação ao órgão regional do Ministério do Trabalho e

Emprego pelo responsável pela obra ou frente de trabalho, antes do início das

atividades, das seguintes informações:

a) endereço completo do canteiro de obras;

b) endereço, qualificação (CEI, CNPJ ou CPF) e forma de contato do responsável pela

obra ou frente de trabalho;

c) descrição da obra;

d) datas previstas do início e da conclusão da obra;

e) efetivo máximo previsto de trabalhadores na obra;

f) previsão de existência de trabalhadores alojados.

18.3 - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção - PCMAT

18.3.1 O responsável pela obra ou frente de trabalho deve garantir a elaboração e a

implementação do PCMAT contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos

complementares de segurança.

18.3.1.1 O PCMAT deve ser mantido à disposição dos trabalhadores do

estabelecimento.

18.3.1.2 O PCMAT deve ser elaborado por profissional de Segurança do Trabalho,

obedecendo as suas atribuições previstas em Lei.

18.3.1.3 Devem ser indicados no PCMAT os nomes dos responsáveis:

a) pela elaboração do PCMAT;

b) pela implementação do PCMAT;

c) pelos projetos das medidas de segurança.

18.3.1.3.1 A implementação do PCMAT deve ser de responsabilidade do profissional

responsável pela execução da obra.

18.3.1.4 As etapas de obra somente deverão ser executadas após contempladas no

PCMAT.

18.3.2 Integram o PCMAT:

a) Análise de Risco das atividades e operações, levando-se em consideração riscos de

acidentes e de doenças ocupacionais e suas respectivas medidas preventivas;

b) exigências contidas na NR-9;

c) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de

execução da obra;

d) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

e) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em

conformidade com as etapas de execução da obra;

f) layout atualizado das instalações fixas do canteiro de obras ou frente de trabalho,

contemplando inclusive previsão do dimensionamento das áreas de vivência;

g) dimensionamento e especificação das áreas de vivência, com definição e localização

das instalações temporárias ou móveis, se houver;

h) programa de treinamento e capacitação contemplando a temática de prevenção de

acidentes e doenças ocupacionais, com sua carga horária;

i) projeto das instalações elétricas temporárias atendendo ao disposto na NR-10;

j) Plano de Ações em Emergências - PAE.

18.3.2.1 O cumprimento das disposições previstas no item 18.3.2, alínea “b”, desobriga

a empresa da elaboração do PPRA, previsto na NR-9.

18.3.2.2 O PAE deve contemplar os seguintes requisitos:

a) níveis e procedimentos de atuação;

b) responsáveis pela implementação e operacionalização;

c) articulação, no que for cabível, com os demais órgãos como defesa civil, engenharia

de tráfego, concessionárias de energia elétrica, gás, entre outros;

d) divulgação e treinamento com simulação de emergências.

18.3.3 Nas situações previstas na Análise de Risco ou nesta NR, deve ser emitida

Permissão de Trabalho - PT, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao

final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

18.3.3.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas de controle estabelecidas na Análise de Risco;

c) a relação de todos os envolvidos.

18.3.3.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade,

restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela PT nas

situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de

trabalho.

18.3.4 No caso construção de edificações, o PCMAT deverá conter informações sobre

procedimentos recomendáveis para a inspeção, operação e uso da edificação com

descrições dos riscos inerentes à edificação, descrevendo procedimentos de segurança

preventiva.

18.4 Controle de Energias Perigosas

18.4.1 Para fins desta Norma, entende-se por energia perigosa qualquer energia, como

elétrica, pneumática, hidráulica, química, mecânica, térmica, potencial, residual ou

combinação dessas energias, que, se liberada em face da realização de serviço,

apresenta probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde do trabalhador em

decorrência da ausência de medidas de controle.

18.4.2 Nas situações indicadas na Análise de Risco ou previstas nesta Norma, deve ser

implementado o controle de energias perigosas por meio das seguintes etapas, nesta

ordem:

a) preparação e comunicação a todos os trabalhadores envolvidos sobre o desligamento

do equipamento ou sistema;

b) desligamento ou neutralização dos equipamentos ou sistemas que possam intervir na

atividade;

c) isolamento ou desenergização das fontes de energia do equipamento ou sistema;

d) bloqueio;

e) etiquetagem;

f) liberar ou controlar as energias armazenadas;

g) verificar o isolamento ou a desenergização do equipamento ou sistema;

h) liberação para o início da atividade;

i) retirada de trabalhadores, ferramentas e resíduos após o término da atividade;

j) comunicação, após encerramento da atividade, sobre a retirada dos dispositivos de

bloqueio e etiquetagem, a reenergização e o religamento do equipamento ou

sistema;

k) retirada dos bloqueios e das etiquetas após a execução da atividade;

l) reenergizar ou retirar os dispositivos de isolamento do equipamento ou sistema;

m) liberação para a retomada da operação.

18.4.2.1O procedimento de bloqueio deve assegurar que:

a) cada trabalhador que execute intervenções nos equipamentos ou sistemas possua

dispositivo de bloqueio individual independente;

b) os dispositivos de bloqueio possibilitem o uso de etiquetas individuais, afixadas nos

pontos de bloqueio e preenchidas pelos trabalhadores que o executaram, contendo o

serviço executado, nome do trabalhador, data e hora de realização do bloqueio;

c) as etiquetas não possam ser removidas involuntariamente ou sob a ação das

intempéries;

d) os dispositivos de bloqueio e etiquetas sejam substituídos em caso de trocas de

turnos ou alteração na equipe de trabalho.

18.4.2.1.1 É proibida a retirada ou substituição de dispositivo de bloqueio ou etiquetas

por pessoas não autorizadas.

18.4.2.1.2 É proibido efetuar a neutralização da energia interrompendo somente o

circuito de controle do equipamento ou sistema por meio de sistemas de comando ou de

emergência.

18.4.2.2 Os serviços envolvendo energias perigosas só podem ser iniciados após a

liberação por Permissão de Trabalho, que estabelecerá os requisitos para verificação e

acompanhamento da neutralização ou controle das energias perigosas.

18.4.3 O controle de energias perigosas deve ser objeto de treinamento e reciclagens

periódicas aos trabalhadores.

18.5 Treinamento e Capacitação

18.5.1 Todos os trabalhadores devem receber treinamento em SST:

a) admissional;

b) periódico;

c) eventual.

18.5.1.1 O treinamento admissional, antes do início de sua atividade na empresa, deve

ser teórico e prático e ter carga horária mínima de oito horas, contemplando

informações sobre:

a) condições e meio ambiente de trabalho;

b) riscos inerentes à função;

c) equipamentos de proteção coletiva – EPC;

d) medidas de ordem administrativa e de organização do trabalho;

e) equipamentos de proteção individual – EPI.

18.5.1.2 Deve ser realizado treinamento periódico teórico e prático, anual com carga

horária mínima de 4 horas para trabalhadores de canteiros de obras e frentes de trabalho.

18.5.1.3 O empregador deve realizar treinamento eventual sempre que ocorrer qualquer

das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias.

18.5.1.3.1 A carga horária e o conteúdo programático do treinamento eventual devem

atender à situação que o motivou.

18.5.1.4 Os treinamentos devem ser ministrados por profissional legalmente habilitado

ou por trabalhador qualificado, ambos em SST.

18.5.1.5 O treinamento deve ser realizado durante a jornada de trabalho.

18.5.1.6 Ao término do treinamento, deve ser emitido certificado contendo o nome do

trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do

treinamento, nome e qualificação dos instrutores, identificação do empregador e

assinaturas do instrutor e do trabalhador e assinatura do responsável pelo empregador.

18.5.1.7 O certificado deve ser entregue ao trabalhador, arquivando-se uma cópia na

empresa.

18.5.1.8 O treinamento é válido para a empresa que o promoveu.

18.5.1.9 O treinamento admissional terá validade de dois anos, independente do

empregador, quando promovido conjuntamente pelas entidades representativas de

trabalhadores e empregadores.

18.5.1.9.1 Quando o trabalhador for submetido ao treinamento admissional previsto no

item 18.5.1.9, o empregador deve garantir que sejam abordadas as especificidades do

canteiro de obra ou frente de trabalho onde as atividades serão desenvolvidas.

18.5.2 A capacitação, teórica e prática, para os operadores de máquinas e equipamentos

deve ter carga horária definida, com base no conteúdo mínimo abaixo:

a) normas e regulamentos sobre segurança aplicáveis a máquinas e equipamentos;

b) análise de risco, condições impeditivas e medidas de proteção para operação de

máquinas e equipamentos;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho com máquinas e equipamentos;

d) sistemas de segurança de máquinas e equipamentos;

e) acidentes e doenças do trabalho com máquinas e equipamentos;

f) procedimentos e condutas em situações de emergência.

18.5.2.1 O capacitado deve realizar treinamento de reciclagem bianualmente,

abrangendo o conteúdo referido no item 18.5.2.

18.5.2.1.1 Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que

ocorrerem modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas e

equipamentos.

18.5.2.2 Os operadores de máquinas e equipamentos devem ter concluído o 4º ano do

ensino fundamental.

18.5.2.2 Os operadores de máquinas e equipamentos devem ter ensino fundamental

completo.

18.5.2.3 Aos operadores que possuírem experiência na função, comprovada em CTPS,

anterior à publicação da NR, é dispensada a exigência do item 18.5.2.2, bem como da

capacitação de que trata o item 18.5.2.

18.5.2.3.1 o trabalhador que se enquadrar no item 18.5.2.3 deve realizar reciclagem.

18.5.2.4 A capacitação dos trabalhadores para operar máquinas e equipamentos deve ser

ministrada por profissional que tenha:

a) recebido formação específica como instrutor pelo fabricante ou importador da

máquina ou equipamento, com carga horária e conteúdo programático definido pelo

próprio fabricante; ou

b) experiência comprovada de vinte e quatro meses como operador da máquina ou

equipamento em que será instrutor.

18.5.2.5 Considera-se trabalhador capacitado para operar máquinas e equipamentos

aquele que, cumulativamente:

a) possuir capacitação comprovada conforme subitem 18.5.2, específica para o modelo e

tipo de equipamento a ser operado.

b) possuir treinamento em conformidade com os princípios básicos de segurança do

trabalho.

c) possuir autorização visível para operação da máquina ou equipamento, contendo

identificações do trabalhador, com nome, função e fotografia, e do empregador.

18.6 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho

18.6.1 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho na indústria da construção civil devem ser constituídos pela empresa principal,

de acordo com os Quadros I e II desta NR.

18.6.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e

em Medicina do Trabalho deve considerar os seguintes requisitos:

a) gradação do risco da atividade principal do canteiro de obras;

b) número total de trabalhadores do canteiro de obras.

18.6.3 Aplicam-se às empresas da indústria da construção as demais disposições

previstas na NR-4, naquilo em que não conflitarem com o disposto neste subitem.

18.6.4 O Quadro I aplica-se às empresas enquadradas no grau de risco 3 e o Quadro II

aplica-se às empresas enquadradas no grau de risco 4.

QUADRO I

Número de

Profissionais

Número de

Trabalhadores

por canteiro de

obras

Engenheiro

de Segurança

do Trabalho

Técnico de

Segurança do

Trabalho

Médico do

Trabalho

Enfermeiro

do Trabalho

Técnico de

Enfermagem

do Trabalho

20 a 100 1

101 a 250 1* 2 1

251 a 500 1 3 1* 1

501 a 1000 1 4 1 1

1001 a 2000 2 5 1 1* 2

2001 a 3500 3 6 1 1 2

3501 a 5000 4 8 2 1 3

Acima de 5000,

para cada grupo de

2000 ou fração

acrescer:

1 3 1 1 1

LEGENDA:

1*

Tempo parcial mínimo de 4 horas diárias, totalizando 20 horas semanais.

18.7 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

Pendente:

Proposta Governo:

Aplica-se a NR-5;

Para duração inferior a 180 dias, desobriga-se a criação da CIPA, o que implica

na indicação de designado;

o Dimensionamento do designado (referencial: 1:50);

Considera-se término da obra o encerramento das atividades (item 5.15 –

considera-se, para fins de aplicação do item 5.15, término da obra o

encerramento das atividades).

CIPA a partir de 20 trabalhadores (inserir quadro próprio);

QUADRO I – NR 5 (proveniente da Portaria nº 33/1983)

GRAU

DE

RISCO

N.º EMPREGADOS NO

ESTABELECIMETNO 20 A 50

51 A 100

101

A

500

501

A

1000

1001

A

2500

2501

A

5000

5001

A

10000

ACIMA DE 10.000

PARA CADA GRUPO DE 2.500

ACRESCENTAR TÉCNICOS

1 Representantes do Empregador 2 3 4 5 1

Representantes dos Empregados 2 3 4 5 1

2 Representantes do Empregador 1 2 3 4 5 6 1

Representantes dos Empregados 1 2 3 4 5 6 1

3 Representantes do Empregador 1 2 4 6 8 10 12 2

Representantes dos Empregados 1 2 4 6 8 10 12 2

4 Representantes do Empregador 1 3 4 6 9 12 15 2

Representantes dos Empregados 1 3 4 6 9 12 15 2

18.8 Áreas de vivência

18.8.1 Os canteiros de obras devem dispor de:

a) instalações sanitárias;

b) vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não estejam alojados no canteiro;

c) alojamento;

d) local para refeições;

e) local para descanso dos trabalhadores no intervalo para alimentação.

f) cozinha, quando houver preparo de refeições;

g) lavanderia;

h) área de lazer;

i) local para pronto atendimento em primeiros socorros e encaminhamento, quando se

tratar de canteiros ou frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores;

j) abrigos provisórios.

18.8.1.1 O cumprimento do disposto nas alíneas "c", "g" e "h" é obrigatório nos casos

onde houver trabalhadores alojados.

18.8.1.2 É proibido que as instalações previstas nas alíneas “c”, “d”, “e” e “h” estejam

situadas em subsolos, porões das edificações ou próximas a geradores ou bombas de

rebaixamento.

18.8.1.2.1 Nas atividades em que tecnicamente for inviável o atendimento do disposto

no subitem 18.8.1.2, devem ser adotadas as soluções alternativas previstas no subitem

18.29.1.

18.8.1.3 As instalações previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” devem ser separadas por

gênero, quando houver homens e mulheres no local de trabalho.

18.8.1.4 As áreas de vivência devem:

a) ser mantidas conservadas, higienizadas e limpas;

b) ter garantidas condições de conforto térmico;

c) possuir ventilação de acordo com normas técnicas vigentes;

d) possuir níveis de iluminamento de acordo com as normas técnicas vigentes;

e) ter instalações elétricas protegidas, conforme normas técnicas vigentes;

f) possuir pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

g) ter cobertura resistente, que proteja contra intempéries;

h) dispor de piso lavável ou higienizável e antiderrapante;

i) ser constituídas de estruturas divisórias em material resistente e lavável;

j) ter áreas de circulação coletiva com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte

centímetros).

18.8.1.4.1 Quando utilizados contêineres, estes devem possuir proteção contra riscos de

choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico.

18.8.1.4.2 É vedado o uso, como área de vivência, de contêineres originalmente

utilizados no transporte e acondicionamento de cargas.

18.8.2 Instalações sanitárias

18.8.2.1 A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e

mictório, na proporção de um conjunto para cada grupo de vinte trabalhadores ou

fração, bem como de chuveiro, na proporção de uma unidade para cada grupo de dez

trabalhadores ou fração.

18.8.2.2 É proibida a utilização das instalações sanitárias para outros fins.

18.8.2.3 As instalações sanitárias devem:

a) ter portas de acesso que impeçam o devassamento;

b) ser constituídas de estruturas divisórias em material resistente e lavável;

c) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;

d) dispor de água canalizada;

e) estar ligadas à rede de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões

hidráulicos;

f) estar situadas em locais de acesso fácil e seguro, distando entre si no máximo 15m

(quinze metros) no plano vertical, não sendo permitido um deslocamento superior a

100m (cem metros) no plano horizontal do posto de trabalho aos gabinetes sanitários,

mictórios e lavatórios.

18.8.2.3.1 Nas atividades de operação no interior da cabine de gruas e nos trabalhos em

tubulões, além de outras atividades em que tecnicamente for inviável o atendimento do

disposto no subitem 18.8.2.3, alínea “f”, devem ser adotadas as soluções alternativas

previstas no subitem 18.29.1.

18.8.2.3.2 Pode ser dispensado o atendimento do distanciamento no plano vertical entre

as instalações sanitárias previsto no subitem 18.8.2.3, alínea “e”, desde que na obra de

construção vertical seja garantida a utilização de elevadores exclusivos para o transporte

de trabalhadores entre os níveis dos locais de trabalho e aqueles onde estão localizadas

as instalações sanitárias.

18.8.2.3.3 Nas frentes de trabalho, devem ser garantidos lavatório, mictório e vaso

sanitário, na proporção prevista no subitem 18.8.2.1, atendidos os requisitos do subitem

18.8.2.3.

18.8.2.3.3.1 Quando da utilização de banheiros móveis nas frentes de trabalho, estes

deverão atender aos seguintes requisitos:

a) a proporção de uma unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração;

b) dispor, no mínimo, de lavatório, vaso sanitário abastecido com água e material para

lavagem e enxugo das mãos;

c) ser mantidos limpos e higienizados, com a retirada dos dejetos, que devem ter destino

adequado, desinfecção e desodorização das cabinas;

d) estar ligadas a rede de esgoto, fossa séptica ou sistema equivalente;

e) localizar os banheiros móveis evitando a exposição direta aos raios solares, de forma

a garantir o conforto térmico aos trabalhadores, sobre superfícies estáveis e em locais

de acesso fácil e seguro;

f) ser ventilados para o exterior.

18.8.2.4 Lavatórios

18.8.2.4.1 Os lavatórios devem:

a) ser individuais ou coletivos, tipo calha;

b) possuir torneira;

c) ficar a uma altura entre 0,80m (oitenta centímetros) e 1,0m (um metro) do piso;

d) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

e) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando

coletivos;

f) dispor de material para lavagem e enxugo das mãos, proibindo-se o uso de toalhas

coletivas;

g) dispor de recipiente para coleta de lixo.

18.8.2.5 Gabinetes sanitários.

18.8.2.5.1 Os gabinetes sanitários devem:

a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);

b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m

(quinze centímetros) de altura;

c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

d. dispor de vaso sanitário sifonado equipado com caixa de descarga ou válvula

automática, com assento e tampa;

e) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis servidos;

f) dispor de suporte para papel higiênico.

18.8.2.5.1.1 É obrigatório o fornecimento de papel higiênico.

18.8.2.6 Mictórios

18.8.2.6.1 Os mictórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha;

b) ser interpostos por divisórias de dimensões suficientes para garantir a privacidade;

c) ter revestimento interno e externo de material liso, impermeável e lavável;

d) ser providos de descarga provocada ou automática;

e) ficar a altura entre 0,60 (sessenta centímetros) e 0,65m (sessenta e cinco centímetros)

do piso.

18.8.2.6.2 No mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve

corresponder a um mictório tipo cuba.

18.8.2.7 Chuveiros

18.8.2.7.1 Os compartimentos destinados ao banho devem:

a) dispor de chuveiros localizados a, no mínimo, 2,10m (dois metros e dez centímetros)

acima do piso;

b) ser dotados de divisórias e portas de acesso ou outro sistema de modo que impeça o

devassamento com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

c) possuir ralos com sistema de escoamento que impeça a comunicação das águas

servidas entre os compartimentos;

d) dispor de suporte para sabonete e cabide para toalha;

e) ter área mínima de 0,80m2 (oitenta decímetros quadrados).

18.8.2.7.1.1 É proibido o uso de estrado de madeira nos compartimentos destinados ao

banho.

18.8.2.7.2 Os chuveiros devem dispor de água quente.

18.8.2.7.3 Os chuveiros elétricos devem ser aterrados.

18.8.2.8 Vestiário

18.8.2.8.1 Os vestiários devem:

a) ser adjacentes ou conjugados com chuveiros, sem ligação direta com o local

destinado às refeições;

b) dispor de área mínima de 1,50m² (um metro e cinquenta decímetros quadrados) por

trabalhador, considerando o maior efetivo dos turnos de trabalho;

c) ter armários individuais com volume interno de, no mínimo, 0,08m³ (oitenta

decímetros cúbicos), com separação interna, dotados de dispositivo de trancamento

fornecidos pelo empregador;

d) ter bancos dimensionados para atender aos usuários, considerando o maior efetivo

dos turnos de trabalho, com largura mínima de 0,30m (trinta centímetros) e altura

mínima de 0,40m (quarenta centímetros);

e) possuir local próprio, coberto e ventilado para secagem das toalhas;

f) estar situados em local de acesso fácil e seguro.

18.8.2.8.1.1 Os vestiários dos alojamentos poderão ser considerados na base de cálculo

prevista no item 18.8.2.8.1, desde que próximos ao canteiro de obras ou frentes de

trabalho e que o acesso desse vestiário ao alojamento seja por meio de passagem

coberta.

18.8.2.9 Alojamento.

18.8.2.9.1 Os alojamentos dos canteiros de obra devem:

a) ter área mínima de 3,20m² (três metros e vinte decímetros quadrados) quadrados por

módulo cama/armário, incluindo a área de circulação;

b) acomodar um número máximo de quatro trabalhadores por dormitório;

c) ter disponibilizada no dormitório, no mínimo, uma tomada elétrica por trabalhador;

d) ser disponibilizado meio de comunicação para os trabalhadores alojados que não

residam na cidade ou região metropolitana da obra;

e) dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e

vetores transmissores de doenças.

18.8.2.9.2 É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical.

18.8.2.9.2.1 As camas confeccionadas com material de obra não poderão ter quinas,

arestas, felpas ou pérfuro-cortantes que possam causar acidentes.

18.8.2.9.2.2 É proibida a confecção de camas com material de obra que apresentem

quinas, arestas, felpas ou pérfuro-cortantes que possam causar acidentes.

18.8.2.9.3 A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última e o teto é de,

no mínimo, 0,90m (noventa centímetros).

18.8.2.9.4 A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada fixa.

18.8.2.9.5 As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m (oitenta centímetros)

por 1,90m (um metro e noventa centímetros) e distância entre o ripamento do estrado de

0,05m (cinco centímetros), dispondo ainda de colchão com densidade mínima 28 (vinte

e oito).

18.8.2.9.6 As camas devem dispor de lençol, sobre lençol, fronha e travesseiro em

condições de higiene, bem como cobertor, quando as condições climáticas assim o

exigirem, fornecidos pelo empregador.

18.8.2.9.6.1 A higienização das roupas de cama é de responsabilidade do empregador.

18.8.2.9.7 Os alojamentos devem ter armários individuais com volume interno de, no

mínimo, 0,20m³ (duzentos decímetros cúbicos), com separação interna, dotados de

fechadura ou dispositivo de trancamento fornecido pelo empregador.

18.8.2.9.8 O responsável pela obra ou frente de trabalho deve garantir o cumprimento

das seguintes regras de uso dos alojamentos:

a) retirada diária do lixo e deposição em local adequado;

b) vedação da permanência de pessoas com doenças infecto contagiosas com base em

atestado médico;

c) proibição da instalação e uso de fogões, fogareiros, aquecedores elétricos e similares

nos dormitórios.

18.8.2.9.9 O alojamento poderá ser substituído por hotéis, pousadas ou similares, desde

que atendidas as condições de higiene e conforto conforme o disposto no subitem

18.8.2.9.

18.8.2.9.10 Quando as instalações do alojamento for do tipo casa ou apartamento,

deverá ser atendido o disposto no item 18.8.2.9.1, alínea “a”, “c” devendo seus cômodos

serem utilizados para o fim que foram projetados.

a) ter área mínima de 3,20m² (três metros e vinte decímetros quadrados) quadrados por

módulo cama/armário, incluindo a área de circulação;

b) ter disponibilizada, no mínimo, uma tomada elétrica por trabalhador;

c) dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e

vetores transmissores de doenças.

18.8.2.9.11 Quando as instalações sanitárias não forem parte integrante do alojamento,

o acesso deve ser por meio de passagem coberta.

18.8.2.10 Local para refeições.

18.8.2.10.1 O local para refeições deve:

a) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das

refeições, considerando o maior efetivo dos turnos de trabalho ou das escalas de

refeição, se houver;

b) ter lavatórios instalados em seu interior ou externamente, devendo neste caso ser

adjacente à entrada;

c) ter mesas com tampos lisos e laváveis;

d) ter assento com o mínimo de 0,60m (sessenta centímetros) de largura, por

trabalhador, para o caso de utilização de banco coletivo;

e) ter depósito, com tampa, para detritos;

f) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;

g) possuir utensílios que permitam o consumo dos alimentos, de acordo com o número

de trabalhadores;

h) dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e

vetores transmissores de doenças.

18.8.2.10.2 Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de

cozinha, em todo canteiro de obra deve haver equipamento adequado e seguro para

refrigeração, conservação e aquecimento das refeições, salvo em caso de fornecimento

de alimentação pela empresa.

18.8.2.10.3 É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos

neste subitem.

18.8.2.10.4 Em frentes de trabalho, é obrigatória a existência de locais para refeições

nos moldes do subitem 18.8.2.10.1.

18.8.2.10.4.1 Na impossibilidade de atendimento do disposto no subitem anterior, as

frentes de trabalho devem ser dotadas de local protegido contra intempéries, observadas

condições de conforto e higiene.

18.8.2.10.4.1 Deve ser garantido o transporte seguro dos trabalhadores para os locais

previstos no subitem anterior por ocasião do intervalo para refeição.

18.8.2.11 Cozinha

18.8.2.11.1 Quando houver cozinha, o responsável pela obra ou frente de trabalho deve

adotar todas as medidas para garantir a higiene e a qualidade da alimentação produzida,

de acordo com as normas vigentes da Vigilância Sanitária.

18.8.2.11.2 A cozinha deve:

a) ter cobertura de material resistente ao fogo;

b) ter pia para lavar os alimentos e utensílios;

c) possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso

exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios,

não devendo ser ligadas à caixa de gordura;

d) dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;

e) possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;

f) dispor de aberturas protegidas por telas de proteção contra o ingresso de insetos e

vetores transmissores de doenças;

g) quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de

utilização, em área permanentemente ventilada e coberta.

18.8.2.11.3 Deve ser garantida a disposição dos resíduos gerados na cozinha de acordo

com as normas sanitárias locais.

18.8.2.11.4 É obrigatório o uso de calçados fechados, aventais e gorros pelos

trabalhadores da cozinha.

18.8.2.12. Lavanderia.

18.8.2.12.1 As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e

iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso

pessoal.

18.8.2.12.2 Este local deve ser dotado de lavadoras ou tanques, na proporção de 1 (uma)

unidade para cada 20 (vinte) trabalhadores alojados.

18.8.2.12.3 A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao disposto no

subitem 18.8.2.12.1, desde que sem ônus para o trabalhador.

18.8.2.13 Área de lazer.

18.8.2.13.1 Nas áreas de vivência, devem ser previstos locais para recreação dos

trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim.

18.8.2.14 Fornecimento de água potável.

18.8.14.1 É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e refrigerada para os

trabalhadores, em condições higiênicas.

18.8.14.2 O fornecimento de água deve ser feito por meio de bebedouros de jato

inclinado com guarda protetora, ou outro sistema que ofereça as mesmas condições, na

proporção de um para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, garantindo-se a

instalação de bebedouros no refeitório.

18.8.14.2.1 O responsável pela obra ou frente de trabalho deve garantir o fornecimento

de água por meio de bebedouros de jato inclinado com guarda protetora nos

alojamentos, na proporção de um para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores alojados

ou fração.

18.8.14.3 Os bebedouros devem ser instalados em locais de acesso fácil e seguro,

distando entre si de no máximo 15m (quinze metros) no plano vertical, não sendo

permitido um deslocamento superior a 100m (cem metros) no plano horizontal dos

postos de trabalho aos bebedouros.

18.8.14.4 Nas atividades em que tecnicamente for inviável a instalação de bebedouro

dentro dos limites referidos no subitem anterior, as empresas devem garantir, nos postos

de trabalho, suprimento de água potável, filtrada e refrigerada fornecida em recipientes

portáteis hermeticamente fechados, confeccionados em material apropriado, protegidos

contra contaminação, sendo proibido o uso de copos coletivos.

18.8.14.5 Os locais de fornecimento e armazenamento de água, poços e as fontes de

água potável devem ser protegidos contra a contaminação.

18.8.14.6 Os reservatórios de armazenamento de água e dutos devem ser submetidos a

processo de higienização de forma garantir a potabilidade da água, de acordo com as

normas da Vigilância Sanitária.

18.8.14.7 A água não potável para uso no local de trabalho deve ser armazenada em

reservatório distinto da potável, com aviso de advertência da sua não-potabilidade em

todos os locais de sua utilização.

18.9 Organização dos canteiros de obra e frentes de trabalho

18.9.1 Os canteiros de obras e as frentes de trabalho devem apresentar-se organizados e

limpos.

18.9.2 Gerenciamento de Resíduos

18.9.2.1 Os resíduos e sobras de materiais devem ser coletados e descartados,

obedecendo o que preconiza a legislação ambiental vigente.

18.9.2.2 Durante a coleta e destinação de resíduos e sobras de materiais, inclusive de

demolição, devem-se observar os seguintes requisitos:

a) controle dos riscos durante a operação, em especial a geração de poeira;

b) remoção por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas, quando houver

diferença de nível.

18.9.2.2.1 Quando forem utilizadas calhas para a remoção de resíduos da construção

civil, estas devem ser dimensionadas para esse fim, fechadas e fixadas à construção,

edificação ou instalação.

18.9.2.2.1.1 O ponto de descarga da calha deve:

a) possuir dispositivo de fechamento;

b) ser isolado.

18.9.2.3 A destinação por queima somente pode ser realizada se atendidas as

disposições específicas da legislação ambiental vigente.

18.9.2.4 As madeiras devem:

a) ter retirados ou rebatidos os materiais perfurocortantes, tais como pregos, arames e

fitas de amarração;

b) ser empilhadas, enquanto não estiverem sendo utilizadas.

18.9.3 Vias de Circulação

18.9.3.1 As vias de circulação devem ser:

a) mantidas desimpedidas;

b) umidificadas, de forma a minimizar a geração de poeira, quando não pavimentadas.

18.9.3.1.1 Quando houver circulação de veículos e máquinas, o canteiro de obras ou a

frente de trabalho deve possuir plano de trânsito contemplado no PCMAT,

estabelecendo:

a) sinalização de advertência quanto à circulação de trabalhadores;

b) velocidades permitidas, de acordo com as condições das pistas de rolamento;

c) regras de preferência de movimentação;

d) distâncias mínimas entre máquinas, equipamentos e veículos compatíveis com a

segurança;

e) via de circulação de pedestres, quando houver, com isolamento físico e largura

mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

18.9.3.2 As vias de circulação de veículos e máquinas em canteiros de obras ou frentes

de trabalho devem possuir:

a) limites externos demarcados e sinalizados de forma visível durante o dia e a noite;

b) largura mínima de duas vezes a largura do maior veículo utilizado, no caso de pista

simples, e três vezes, para pistas duplas;

c) leiras ou defensas, com altura mínima correspondente à metade do diâmetro do maior

pneu de veículo que por elas trafegue, nas laterais onde houver riscos de quedas de

veículos.

18.9.3.3 Medidas especiais de proteção da circulação de veículos e trabalhadores nas

vias devem ser tomadas nas circunstâncias de chuvas que gerem alagamento ou

escorregamento, conforme previsto no item 18.29.

18.9.4 Sinalização de Segurança

18.9.4.1 Os canteiros de obra e as frentes de trabalho devem ser dotados de sinalização

de advertência, a fim de indicar, no mínimo:

a) riscos ambientais existentes;

b) riscos de acidentes;

c) acessos e vias de circulação de pessoas, veículos e equipamentos;

d) sinalização de segurança contra incêndio;

e) rotas de fuga;

f) locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

g) isolamento das áreas de transporte e movimentação de cargas;

h) Equipamento de Proteção Individual específico para a atividade executada;

i) local de fornecimento de água potável.

18.9.4.1.1 Nas atividades em frentes de trabalho em que for tecnicamente inviável o

cumprimento do disposto no item 18.9.4.1, alínea “e”, o PAE deverá prever medidas

adicionais para situações de emergência.

18.9.4.1.2 Sempre que houver atividades na via de trânsito e a sinalização de

advertência for realizada por trabalhadores, devem ser utilizados dispositivos de

comunicação para operação de controle de fluxo de veículos.

18.9.4.2 É obrigatório o uso de vestimenta de alta visibilidade, em conformidade com as

normas técnicas oficiais vigentes, para:

a) trabalhadores em vias com trânsito de veículos e equipamentos;

b) sinaleiro e amarrador em movimentação e transporte de materiais.

18.9.4.3 Na sinalização viária dos canteiros de obras ou frentes de trabalho, devem ser

observadas as normas vigentes dos órgãos reguladores de trânsito.

18.9.5 Restrição ao acesso às áreas de trabalho

18.9.5.1 É obrigatória a construção ou instalação de elementos de restrição ao acesso

nos canteiros de obras ou frentes de trabalho sempre que for possível o acesso de

pessoas estranhas à obra.

18.9.5.1.1 Os elementos de restrição ao acesso previstos no item 18.9.5.1 devem:

a) ser construídos ou instalados conforme prévio dimensionamento;

b) ser sinalizados;

c) possuir iluminação noturna, no caso de vias públicas;

d) possuir aterramento, quando de material condutor de energia.

18.9.5.2 É obrigatória a construção de passagem segura para os pedestres nas

construções no alinhamento do logradouro conforme legislação aplicável.

18.10 Instalações Elétricas

18.10.1 As instalações elétricas temporárias e definitivas devem atender ao disposto na

NR-10 e nas normas técnicas oficiais vigentes.

18.10.1.2 As disposições contidas nesta Norma aplicam-se igualmente às instalações

elétricas temporárias e às instalações elétricas definitivas.

18.10.2 As instalações elétricas devem ser executadas e mantidas conforme projeto

elétrico assinado por profissional legalmente habilitado, em conformidade com o

subitem 18.3.3, alínea “i”.

18.10.3 Os serviços em instalações elétricas devem ser realizados por trabalhadores

autorizados conforme NR-10.

18.10.4 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e

adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante

procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a

saúde dos trabalhadores.

18.10.4.1 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a

desenergização elétrica conforme estabelece a NR-10 e, na sua impossibilidade, o

emprego de tensão de segurança.

18.10.4.2 Quando não for possível serem adotadas as medidas previstas no item

18.10.4.1, o serviço somente poderá ser executado condicionado à prévia realização da

Análise de Risco e liberação por meio de Permissão de Trabalho, garantindo a adoção

de medidas de controle, proteção e segurança estabelecidas em procedimento de

trabalho tais como: colocação fora de alcance, isolação das partes vivas, obstáculos,

barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação.

18.10.5 É proibida a existência de partes vivas expostas e acessíveis pelos trabalhadores

em instalações e equipamentos elétricos.

18.10.6 Os invólucros das instalações elétricas devem:

a) ser dimensionados com capacidade para instalar os componentes dos circuitos

elétricos que o constituem;

b) ser constituídos de materiais resistentes ao calor gerado pelos componentes das

instalações;

c) garantir que as partes vivas sejam mantidas inacessíveis;

d) ter acesso desobstruído;

e) ser instalados com espaço suficiente para a realização de serviços e operação;

f) estar identificados e sinalizados quanto ao risco elétrico.

18.10.6.1 É proibido o uso de invólucros de madeira, exceto quando revestidos

internamente de materiais incombustíveis.

18.10.6.2 É vedada a guarda de quaisquer materiais ou objetos nos invólucros.

18.10.7 Os dispositivos de manobra, controle e comando dos circuitos elétricos devem:

a) ser compatíveis com os circuitos elétricos que operam;

b) ser identificados;

c) possuir condições para a instalação de bloqueio e sinalização de impedimento de

ligação.

18.10.7.1 Em todos os ramais ou circuitos destinados à ligação de equipamentos

elétricos, devem ser instalados dispositivos de seccionamento, independentes, que

possam ser acionados com facilidade e segurança.

18.10.8 Todos os condutores elétricos devem:

a) ser compatíveis com a capacidade dos circuitos elétricos aos quais se integram;

b) possuir isolação em conformidade com as normas técnicas oficiais vigentes.

18.10.8.1 Os condutores elétricos destinados à alimentação de máquinas e equipamentos

elétricos móveis ou portáteis devem possuir isolação dupla ou reforçada.

18.10.8.2 Os condutores elétricos devem ser:

a) dispostos de maneira a não obstruir a circulação de pessoas e materiais;

b) protegidos contra impactos mecânicos, umidade, agentes corrosivos, fontes de calor

e outros agentes capazes de danificar a isolação.

18.10.9 Além do previsto no subitem 18.10.9, as conexões, emendas e derivações dos

condutores elétricos devem possuir resistência mecânica, condutividade e isolação

compatíveis com as condições de utilização.

18.10.10 Máquinas e equipamentos móveis e ferramentas elétricas portáteis devem ser

conectados à rede de alimentação elétrica por intermédio de conjunto de plugue e

tomada em conformidade com as normas técnicas oficiais vigentes.

18.10.11 Os invólucros, os dispositivos de manobra, controle e comando e os

condutores elétricos, quando se tornarem inoperantes ou dispensáveis, devem ser

eliminados da instalação elétrica.

18.10.12 As instalações elétricas devem possuir sistema de aterramento elétrico de

proteção compatível, em conformidade com as normas técnicas oficiais vigentes.

18.10.12.1 As partes condutoras das instalações elétricas, máquinas, equipamentos e

ferramentas elétricas não pertencentes ao circuito elétrico, mas que possam ficar

energizadas quando houver falha da isolação, devem estar conectadas ao sistema de

aterramento elétrico de proteção.

18.10.12.1.1 O disposto no subitem anterior não se aplica às máquinas, equipamentos e

ferramentas com isolação dupla ou reforçada.

18.10.12.1.2 É proibido o transporte de ferramentas manuais a partir de seus cabos

elétricos.

18.10.12.2 O sistema de aterramento elétrico deve ser submetido a inspeções e

medições elétricas periódicas, com emissão de respectivo laudo por profissional

legalmente habilitado, em conformidade com o projeto das instalações elétricas

temporárias e com as normas técnicas oficiais vigentes.

18.10.13 É obrigatória a utilização do dispositivo diferencial residual - DR como

medida de segurança adicional nas instalações elétricas na indústria da construção.

18.10.14 Os circuitos com finalidades diferentes da distribuição elétrica em baixa

tensão, tais como comunicação, sinalização, controle, tração elétrica, alta tensão, devem

ser instalados de forma e por meios separados dos circuitos elétricos de baixa tensão.

18.10.15 Os locais de serviços elétricos, área de transformadores, salas elétricas de

controle e comando devem ser segregados, sinalizados e protegidos contra o acesso de

pessoas não autorizadas.

18.10.16 Os canteiros de obras devem estar protegidos por sistema de proteção contra

descargas atmosféricas - SPDA, projetado, construído e mantido conforme normas

técnicas oficiais vigentes.

18.10.16.1 O cumprimento do disposto no item 18.10.16 é dispensado nas situações

previstas em normas técnicas oficiais vigentes, mediante laudo emitido por profissional

legalmente habilitado.

18.10.17 O trabalho nas proximidades de redes de transmissão e de distribuição de

energia elétrica só é permitido quando protegidas contra contatos acidentais de

trabalhadores e equipamentos e risco de indução.

18.10.18 Nas atividades de montagens metálicas, onde existir a possibilidade de

acúmulo de energia estática, deverá ser realizado aterramento da estrutura desde o início

da montagem.

18.11 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas

18.11.1 Na fabricação, importação, locação e manutenção de máquinas e equipamentos

destinados à indústria da Construção aplica-se o disposto na NR-12, atendidos aos

requisitos das Normas Técnicas vigentes.

18.11.2 Na utilização de máquinas e equipamentos relacionados neste item aplica-se

exclusivamente o disposto neste item, atendidos aos requisitos das Normas Técnicas

vigentes e às recomendações do fabricante.

18.11.3 O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos,

com identificação do tipo e modelo.

18.11.4 As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção,

manutenção e calibração de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes e

recomendações do manual do fabricante, observando especial atenção aos freios,

mecanismos de direção, cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e outros

dispositivos de segurança.

18.11.4.1 As inspeções de máquinas e equipamentos devem ser registradas em

documento, mantido no canteiro de obras constando as datas e falhas observadas, as

medidas corretivas adotadas e a indicação de pessoa, técnico ou empresa que as

realizou.

18.11.4.1.1 Deve ser mantido no equipamento ou frente trabalho registro da última

inspeção realizada.

18.11.4.2 Deve ser mantido no canteiro de obras prontuário para as máquinas e

equipamentos

18.11.4.2.1 O prontuário, integralmente em português, deve ser mantido atualizado e

conter:

a) Manual do Fabricante;

b) Plano de manutenção;

c) Registro das manutenções.

18.11.4.2.2 O manual do Fabricante deve conter:

a) Razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador e locador, quando

aplicável;

b) Tipo, modelo e capacidade;

c) Número de série ou identificação e ano de fabricação;

d) Descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;

e) Diagramas elétricos;

f) Riscos e medidas de segurança na sua utilização;

g) Procedimentos e periodicidade para as inspeções e manutenção;

h) Procedimentos a serem adotados em situações de emergência.

18.11.4.2.2.1 Quando a máquina ou equipamento não possuir a documentação técnica

original do fabricante, o proprietário deve providenciar sua elaboração por profissional

legalmente habilitado, com a realização dos cálculos e ensaios necessários para

verificação dos aspectos de projeto.

18.11.4.2.3 O registro de manutenção deve conter:

a) testes realizados;

b) ações de manutenção preventiva e corretiva;

c) resultado das inspeções e intervenções realizadas;

d) data de realização, identificação e assinatura do responsável.

18.11.5 As máquinas e equipamentos devem dispor de identificação indelével para

garantir a rastreabilidade, contendo o nome do fabricante, modelo e número de série.

18.11.6 O operador de máquinas e equipamentos deve:

a) ser capacitado;

b) possuir autorização formal pelo empregador;

c) estar identificado;

d) possuir Carteira Nacional de Habilitação, quando se tratar de operador de veículos

autopropelidos, exceto no caso de andaimes e Plataformas de Trabalho Aéreo.

18.11.7 As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo de bloqueio para

impedir seu acionamento por pessoa não autorizada.

18.11.8 Todos os componentes elétricos ou eletrônicos que fiquem expostos ao tempo

devem ter proteção contra intempéries.

18.11.9 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas e equipamentos

devem ser projetados, selecionados e instalados de modo a que, no que couber:

a) sejam individualizados, para máquinas estacionárias;

b) sejam acionados ou desligados pelo operador na sua posição de trabalho;

c) não se localizem em suas zonas perigosas;

d) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não

seja o operador, exceto nas máquinas e equipamentos autopropelidos;

e) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer

outra forma acidental;

f) não acarretem riscos adicionais;

g) não possam ser neutralizados ou burlados;

g) não possam ser propositadamente tornados inoperantes

18.11.9.1 As máquinas e equipamentos estacionários devem dispor de dispositivo de

parada de emergência em conformidade com as normas técnicas vigentes.

18.11.10 Os comandos de partida ou acionamento das máquinas e equipamentos

estacionários devem possuir dispositivos que impeçam seu religamento automático ao

serem energizadas.

18.11.11 Todos os comandos, dispositivos de partida e parada devem ser identificados

em língua portuguesa ou conter pictogramas compreensíveis pelo trabalhador.

18.11.12 A operação de máquinas e equipamentos quando tiver a visão dificultada por

obstáculos devem ser orientada por trabalhador capacitado ou por dispositivo que

permita a visualização pelo operador.

18.11.13 As operações de abastecimento de combustível ou recarga das baterias devem

ser realizados em área ventilada, onde não haja risco de fogo ou explosão.

18.11.14 Nas atividades em que houver possibilidade de capotamento ou queda de

objetos sobre a cabine das máquinas autopropelidas, em conformidade com a análise de

risco, devem estar equipadas com sistema de proteção contra capotamento (Roll Over

Protection Structure - ROPS) ou queda de objetos (Falling Over Protection Structure -

FOPS).

18.11.14.1 Quando for empregado sistema de proteção contra capotamento, é

obrigatória a utilização de cinto de segurança.

18.11.15 Ferramentas

18.11.15.1 Os trabalhadores devem ser capacitados para a utilização segura das

ferramentas.

18.11.15.1.1 Os trabalhadores que fazem uso de ferramentas elétricas, pneumáticas e de

fixação à pólvora devem ser capacitados e autorizados.

18.11.15.2 As ferramentas manuais que possuam gume ou ponta devem ser protegidas

com bainha de couro ou outro material de resistência e durabilidade equivalentes.

18.11.15.3 Quanto às ferramentas pneumáticas devem ser observados os seguintes

requisitos:

a) A válvula de ar da ferramenta manual deve fechar-se automaticamente, quando

cessar a pressão da mão do operador sobre os dispositivos de partida;

b) As mangueiras e conexões de alimentação das ferramentas pneumáticas devem:

b.1) resistir às pressões de serviço, permanecendo firmemente presas aos tubos de saída;

b.2) estar afastadas das vias de circulação ou protegidas ;

b.3) ser dotadas de dispositivo auxiliar, que garanta a contenção da mangueira, evitando

o chicoteamento em caso de desprendimento acidental.

c) O suprimento de ar para as mangueiras deve ser desligado e aliviada a pressão,

quando a ferramenta pneumática não estiver em uso.

18.11.15.4Em relação às ferramentas, são proibidos:

a) o uso em atividades distintas da finalidade para a qual foram projetadas;

b) o uso quando defeituosas ou danificadas;

c) o porte em bolsos e outros locais não destinados a essa finalidade;

d) que sejam deixadas sobre passagens, escadas, andaimes e outras superfícies de

trabalho ou de circulação, devendo ser guardadas em locais apropriados, quando não

estiverem em uso;

e) a utilização de ferramentas elétricas manuais sem duplo isolamento.

18.11.15.5 Quando utilizadas ferramentas de fixação de pinos devem-se observar as

seguintes disposições:

a) antes da fixação de pinos por ferramenta de fixação devem ser verificados o tipo e a

espessura do substrato, o tipo de pino e finca-pino mais adequados;

b) a região oposta à superfície de aplicação deve ser previamente inspecionada e

isolada;

c) devem ser transportadas ou guardadas descarregadas (sem o pino e o finca-pino).

18.11.15.6 Quando utilizadas lixadeira ou esmerilhadeira devem ser observados os

seguintes requisitos:

a) O equipamento deve possuir todas as proteções previstas pelo fabricante;

b) Deve ser utilizado o disco abrasivo adequado para a atividade a ser realizada;

18.11.16 A máquina de serra circular de bancada deve atender às disposições a seguir:

a) ser dotada de estrutura metálica estável;

b) ter sistema de aterramento;

c) o disco deve ser adequado ao tipo de material a ser cortado, mantido afiado e

travado, devendo ser substituído quando apresentar trincas, dentes quebrados,

empenamentos ou qualquer outra condição determinada pelo fabricante;

d) as transmissões de força mecânica e a face inferior do disco devem estar protegidas

obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes;

e) possuir coifa protetora resistente à projeção de partes metálicas, automaticamente

ajustável ao disco e à peça que está sendo cortada;

f) ser dotada de dispositivo que possibilite a regulagem da altura do disco;

g) possuir dispositivo que impeça o retrocesso da madeira;

h) possuir dispositivo coletor de serragem;

i) ser dotada de guia de alinhamento;

j) possuir dispositivo empurrador acoplado ao equipamento;

k) possuir dispositivo de intertravamento que impeça o funcionamento do equipamento

na substituição do disco;

18.11.17 Máquinas e Equipamentos de Médio e Grande Porte

18.11.17.1 Nas operações com máquinas e equipamentos de médio e grande porte,

devem ser observadas as seguintes medidas de segurança:

a) as máquinas não devem ser operadas em posição que comprometa sua estabilidade,

observadas as recomendações do fabricante;

b) o transporte de acessórios e materiais por içamento deve ser feito o mais próximo

possível do piso, tomando-se as devidas precauções de isolamento da área de

circulação, transporte de materiais e de pessoas;

c) é proibido manter sustentação de equipamentos e máquinas somente pelos cilindros

hidráulicos, quando em manutenção;

d) devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de máquinas e

equipamentos próximos a redes elétricas;

e) antes de iniciar a movimentação ou dar partida no motor, é preciso certificar-se de

que não há ninguém sobre, debaixo ou perto dos mesmos;

f) possuir posto de trabalho climatizado e protegido contra a incidência de raios solares

e de intempéries;

f) possuir posto de trabalho climatizado, quando se tratar de equipamento cabinado e

protegido contra a incidência de raios solares e de intempéries;

g) quando em manutenção as máquinas e equipamentos de grande porte devem ter suas

fontes de energia perigosas controladas conforme disposto nesta NR.

18.11.17.2 Na operação de máquinas autopropelidas devem ser observadas as seguintes

medidas de segurança:

a) garantir que a movimentação da máquina não exponha trabalhadores ou terceiros a

risco de queda, prensagem ou atropelamento;

b) possuir alarme sonoro para a marcha a ré acoplado ao sistema de câmbio e

retrovisores em bom estado;

c) adotar precauções relativas à ocorrência de explosões ou incêndios em caso de

superaquecimento de pneus e sistema de freio;

d) adotar dispositivos e procedimentos relativos ao enchimento ou esvaziamento de

pneus, visando à proteção do trabalhador em caso de explosão do pneu ou

desprendimento do aro de fixação da roda.

e) quando da utilização de caminhão betoneira assegurar que, antes de sua operação,

estes estejam brecados e com suas rodas travadas, implementando medidas

adicionais no caso de pisos inclinados ou irregulares.

18.11.18 Máquinas e Equipamentos para Transporte de Materiais e Pessoas

18.11.18.1 É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar não

projetado para este fim, observado o disposto no Anexo XII da NR-12.

18.11.18.2 As disposições deste subitem aplicam-se à instalação, montagem,

desmontagem, operação, teste, manutenção e reparos em máquinas e equipamentos

utilizados para transporte de materiais ou de pessoas em canteiros de obras ou frentes de

trabalho.

18.11.18.3 Toda empresa fabricante, locadora ou prestadora de serviços em instalação,

montagem, desmontagem e manutenção, seja da máquina ou equipamento em seu

conjunto ou de parte dele, deve ser registrada no Conselho Regional de Engenharia e

Agronomia - CREA e estar sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado

com atribuição técnica compatível.

18.11.18.4 Nas obras com altura igual ou superior a 10m é obrigatória a instalação de

equipamento de transporte vertical mecanizado de materiais.

18.11.18.5 Devem ser observados os seguintes requisitos de segurança durante a

execução dos serviços de montagem, desmontagem e manutenção de máquinas e

equipamentos utilizados para transporte de materiais ou de pessoas:

a) isolamento da área de trabalho;

b) proibição da execução de outras atividades em toda a prumada onde os serviços

estejam sendo executados;

c) proibição de execução do serviço em condições meteorológicas não favoráveis;

d) execução somente por profissionais capacitados e sob responsabilidade de

profissional legalmente habilitado.

18.11.18.6 Em relação ao transporte de materiais em equipamentos de guindar deve-se

adotar medidas preventivas:

a) quando da movimentação de materiais, máquinas e equipamentos próximos às redes

elétricas;

b) quanto à sinalização e isolamento da área de movimentação da carga;

c) que garantam a estabilidade na movimentação e transporte de estruturas, placas e

outros pré-moldados, bem como cargas em geral.

18.11.18.6.1 É proibido:

a) a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga;

b) o transporte do material sem estar acondicionado, amarrado ou contido.

18.11.18.7 As máquinas e equipamentos utilizados para transporte de materiais ou de

pessoas devem ser vistoriados diariamente, antes do inicio dos serviços, pelo operador,

atendidas as recomendações do manual do fabricante, devendo ser registrada a vistoria.

18.11.18.8 As máquinas ou equipamentos de movimentação e transporte de materiais e

pessoas devem ser operados por trabalhador capacitado, cuja função deve estar anotada

em carteira de trabalho.

18.11.18.8.1 Todas as manobras de movimentação devem ser executadas por

trabalhador capacitado e por meio de dispositivos eficientes de comunicação ou

visualização e na impossibilidade ou necessidade, por meio de códigos de sinais.

18.11.19 Transporte de trabalhadores em veículos automotores :

18.11.19.1.1.1 Os veículos automotores modificados devem atender às seguintes

condições mínimas de segurança:

a) registro e licenciamento junto ao Departamento de Trânsito – DETRAN;

b) cabine para transporte de trabalhadores fechada, com altura livre mínima de 1,60

metro, resistência estrutural que evite o esmagamento e que não permita a projeção

de pessoas em caso de colisão e/ou tombamento do veículo;

c) assentos com encosto individuais, estofados, com dimensões mínimas de 0,45m

(quarenta e cinco centímetros) de largura por 0,35m (trinta e cinco centímetros) de

profundidade;

d) cintos de segurança tipo 3 (três) pontos disponíveis a todos os trabalhadores;

e) barras de apoio para as mãos a 0,10m (dez centímetros) da cobertura e para os

braços e mãos entre os assentos;

f) corredor de passagem de pelo menos 0,80m (oitenta centímetros) de largura;

g) transporte de materiais, ferramentas e equipamentos separado da cabine para

transporte de trabalhadores;

h) escada com apoio para as mãos para acesso à cabine;

i) sistemas de ventilação que garantam as condições de conforto térmico dos

trabalhadores;

j) sistema que permita a comunicação entre os trabalhadores na cabine e o condutor do

veículo;

k) saída de emergência.

18.11.20 Elevadores

18.11.20.1 É obrigatória a instalação de elevadores de passageiros, devendo seu

percurso alcançar toda a extensão vertical da obra:

a) nas edificações com mais de 27m de altura a partir do térreo;

b) nas demais construções com deslocamento vertical superior a 36m

18.11.20.1.1 O elevador de passageiros deve ser instalado:

a) nas edificações a partir da conclusão da laje de piso do quinto pavimento contado a

partir do térreo;

b) nas construções quando o deslocamento vertical for superior a 18 metros.

18.11.20.1.2 No caso de elevador para materiais e passageiros e este for o único da obra,

deverá ser instalado a partir do pavimento térreo.

18.11.20.1.2.1 O transporte de passageiros deverá ter prioridade em relação ao de

materiais.

18.11.20.2 Os operadores de elevadores devem ser capacitados e possuir ensino

fundamental completo:

18.11.20.2.1 O programa de capacitação, sob responsabilidade de Profissional

Legalmente Habilitado, deve incluir:

a) treinamento inicial teórico e prático, com carga horária de 16h (dezesseis horas);

b) familiarização no equipamento que irá operar;

c) treinamento periódico, anual e com carga horária de 4h.

18.11.20.2.2 Aos operadores que possuírem experiência comprovada em CTPS, anterior

a maio de 2011, é dispensada a exigência do ensino fundamental.

18.11.20.3 Os elevadores devem atender ao disposto neste item e às Normas Técnicas

nacionais.

18.11.20.4 Os elevadores devem estar de acordo com projeto específico para a

construção em que forem instalados contemplando os seguintes requisitos:

a) dimensionamento da base na qual será montada a torre do elevador;

b) a distância entre a face da cabina e a face da edificação;

c) quantidade e tipo de amarração, em conformidade com especificações do fabricante

ou pelo profissional legalmente habilitado responsável pelo equipamento.

18.11.20.4.1 a base do elevador a cabo onde estão instalados o guincho, o suporte da

roldana livre e a torre deve ser de concreto, nivelada e rígida.

18.11.20.4.2 Para distâncias maiores que 0,60m (sessenta centímetros) entre a face da

cabina e da edificação, as cargas e os esforços solicitantes originados pelas rampas

deverão ser considerados no dimensionamento e especificação da torre do elevador.

18.11.20.5 Os elevadores devem dispor no mínimo dos seguintes itens de segurança:

a) placa no interior da cabina, contendo a indicação de carga máxima e, caso seja de

material, a proibição de transporte de pessoas;

b) cabine fechada;

c) intertravamento das proteções, monitorado por interface de segurança, atuando por

chave com ruptura positiva, que impeça a movimentação da cabine quando qualquer

uma das seguintes condições ocorrer:

I. a(s) porta(s) de acesso da cabine não estiver (em) fechada(s);

II. a rampa de acesso à cabine não estiver recolhida no elevador do tipo cremalheira;

III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base

estiver aberta;

IV. o alçapão de acesso à parte superior da cabine estiver aberto.

d) dispositivo eletromecânico de emergência, monitorado por interface de segurança,

atuando por chave com ruptura positiva, que impeça a queda livre da cabine,

interrompendo automática e simultaneamente a movimentação da cabine, de forma a

freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal;

e) chave de segurança monitorado por interface de segurança, atuando por chave com

ruptura positiva, que impeça que a cabine ultrapasse a ultima parada superior e

inferior;

f) amortecedores de impacto de velocidade nominal na base caso o mesmo ultrapasse

os limites de parada final;

g) sistema, monitorado por interface de segurança, que impeça a movimentação do

equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida ;

h) inversor de frequência.

18.11.20.5.1 Quando for utilizado para transporte de passageiros, a cabina deverá

possuir:

a) iluminação e ventilação natural ou artificial durante o uso;

b) indicação do número máximo de passageiros;

c) todas as portas com abertura comandadas somente pelo operador.

18.11.20.5.2 As cabinas, freio de emergência e máquinas de tração de equipamentos

devem possuir identificação de forma indelével pelo fabricante, importador ou locador,

para garantir a rastreabilidade.

18.11.20.6 É proibido:

a) utilizar elevadores com torre de elevador ou cabine de madeira;

b) utilizar chave do tipo comutadora ou reversora para comando elétrico de subida,

descida ou parada;

c) transportar simultaneamente pessoas e materiais nos elevadores, com exceção dos

elevadores do tipo cremalheira, nos quais somente o operador pode subir junto com

a carga, desde que dela esteja fisicamente isolado em toda altura da cabina.

d) instalar equipamento ou dispositivo para içamento de materiais em qualquer parte da

cabina ou da torre do elevador, salvo nas atividades de montagem, manutenção e

desmontagem, de acordo com manual do fabricante.

e) transportar materiais com dimensões maiores que as da cabine;

f) transportar materiais apoiados nas portas da cabine;

18.11.20.7 As torres dos elevadores devem observar os seguintes requisitos:

a) possuir, em todos os seus acessos e na base, barreira de, no mínimo, 1,80m (um

metro e oitenta centímetros) de altura, impedindo que pessoas exponham alguma

parte de seu corpo no interior da mesma;

b) intertravamento das proteções, monitorado por interface de segurança, atuando por

chave com ruptura positiva, que impeça a abertura da barreira (cancela), quando o

elevador não estiver no nível do pavimento;

b.1) no caso de elevadores de cremalheira ou para passageiros a abertura da cancela só

poderá ser feita pelo lado interno.

18.11.20.8 As rampas de acesso à torre de elevador devem:

a) ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé com tela, dimensionado de acordo

com subitem 18.20.5;

b) ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas;

c) não ter inclinação descendente no sentido da torre;

d) possuir altura livre de no mínimo 2,00m (dois metros).

18.11.20.9 Deve existir em cada pavimento dispositivo que informe ao operador o local

de onde foi realizada a chamada.

18.11.20.10 Devem ser realizados testes dos freios de emergência dos elevadores:

a) na entrega para início de operação;

b) a cada 90 (noventa) dias.

18.11.20.10.1 Nas intervenções no sistema de frenagem de emergência deve ser

instalado dispositivo para garantir a sustentação, que impeça a queda da cabine.

18.11.20.10.2 Para cada teste deve ser emitido laudo contendo:

a) descrição do equipamento testado com informações que permita a rastreabilidade;

b) métodos e procedimentos empregados no teste;

c) resultado do teste, com informação da distância percorrida até a parada;

d) data do teste;

e) identificação e assinatura do responsável técnico.

18.11.20.10.2.1 Os Laudos devem ser mantidos junto com o prontuário do equipamento.

18.11.20.11 Para cada intervenção deve ser emitido Termo de Entrega Técnica.

18.11.20.11.1 O Termo de Entrega Técnica deve conter:

a) descrição da intervenção realizada;

b) conformidade de funcionamento dos dispositivos de segurança do equipamento;

c) data, identificação e assinatura do responsável pela intervenção;

d) identificação e assinatura de recebimento do equipamento pelo responsável pela

obra ou seu designado

18.11.20.11.2 Os Termos de Entrega Técnica devem ser mantidos junto com o

prontuário do equipamento.

18.11.20.12 Elevadores a Cabo

18.11.20.12.1 Os elevadores de tração a cabo devem dispor de:

a) sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio do

motor, quando se tratar de elevadores de materiais;

b) dispositivo de tração na subida e descida, de modo a impedir a descida da cabina em

queda livre (banguela);

c) identificação dos eixos de saída do redutor e do carretel, de maneira a permitir sua

rastreabilidade;

d) sistema de guias nas cabinas, de modo a dispensar a utilização de graxa nos tubos-

guias da torre do elevador.

18.11.20.12.2 Nos elevadores tracionados a cabo, devem ser observados os seguintes

requisitos de segurança mínimos:

a) em qualquer posição da cabina do elevador, o cabo de tração deve dispor, no

mínimo, de seis voltas enroladas no tambor;

a.1) no caso de elevadores para carga e passageiros o sistema deve atender aos

requisitos da Norma Técnica;

b) garantir que a distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador

esteja compreendida entre 2,5m (dois metros e cinquenta centímetros) e 3,0m (três

metros) de eixo a eixo;

c) instalar proteção resistente desde a roldana livre até o tambor do guincho, de forma

a evitar o contato acidental com suas partes móveis;

d) manter isolada a área no entorno do guincho até roldana livre por anteparos rígidos

de modo a impedir a circulação de trabalhadores

e) garantir que o trecho da torre do elevador acima da última laje seja mantido estaiado

pelos montantes posteriores, de modo a evitar o tombamento da torre no sentido

contrário à edificação;

e.1) a altura livre da torre não deve ultrapassar seis metros da última parada do elevador.

18.11.20.12.3 É proibido o uso de frenagem da cabina por sistema que utilize como

princípio de acionamento o monitoramento da tensão do cabo de aço de tração.

18.11.20.12.4 O elevador de passageiros tracionado a cabo deve ter, além do sistema de

frenagem automático, freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de

corrente que quando acionado desligue o motor;

18.11.20.12.5 Elevadores a cabo para transporte de materiais deve ter comando externo.

18.11.20.12.5.1 O posto de trabalho do operador de elevador de materiais deve ser

isolado, dispor de proteção contra queda de materiais, e os assentos utilizados devem

atender ao disposto na NR-17.

18.11.20.12.6 Devem ser realizados ensaios não destrutivos por ultrassom e partículas

magnéticas dos eixos de saída do redutor e do carretel por no máximo a cada três anos,

obedecidos os prazos previstos pelo fabricante.

18.11.20.12.6.1 Para os ensaios não destrutivos deve ser emitido Laudo, mantido no

canteiro, contendo:

a) descrição do eixo;

b) métodos, referências às normas de ensaio;

c) resultado dos ensaio,

d) identificação ou numeração do eixo, de forma a permitir a rastreabilidade

e) data, identificação e assinatura do inspetor e responsável técnico pela realização do

ensaio

18.11.20.13 Elevadores de Cremalheira

18.11.20.13.1 Em relação aos elevadores de cremalheira, deverão ser observados os

seguintes requisitos:

a) garantir altura livre para trabalho após amarração na última laje concretada em

conformidade com as determinações do fabricante, em função do tipo de torre e seus

acessórios de amarração;

b) garantir que trecho da torre do elevador acima da última laje seja mantido estaiado

conforme especificações do fabricante;

c) dispor de elemento cego no último elemento da torre, de modo a evitar o

tracionamento da cabina, identificado com coloração diferente dos demais;

d) ser dotado de dispositivo mecânico, que impeça que a cabine se desprenda

acidentalmente da torre do elevador;

e) ter, no mínimo, dois conjuntos de freio-motor, sendo que cada um deverá ter

capacidade de sustentar individualmente, em caso de emergência;

f) garantir a utilização somente quando observadas as recomendações do fabricante

quanto à folga entre o pinhão e a cremalheira.

18.11.20.13.2 Todo equipamento deve ser inspecionado diariamente quanto às folgas

entre pinhão e cremalheira, atendidas as recomendações do fabricante.

18.11.21 Equipamentos de guindar

18.11.21.1 Os equipamentos de guindar devem dispor dos seguintes itens de segurança,

no que couber:

a) limitador de momento máximo;

b) limitador de carga máxima;

c) limitador de altura que permita a frenagem do moitão na elevação e, quando

necessário, também na descida;

d) alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta;

e) alarme sonoro com acionamento automático, quando o limitador de carga ou

momento estiver atuando;

f) trava de segurança no gancho do moitão;

g) anemômetro com sistema indicativo da velocidade do vento no interior da cabine do

operador;

h) dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço;

i) cabine do operador climatizada

j) limitador de curso para o movimento de translação, quando instaladas sobre trilhos;

k) dispositivo de segurança para evitar o indevido cancelamento dos limitadores de

carga e momento

l) indicador de nível da base do equipamento.

18.11.21.1.1 É proibida a colocação de placas de publicidade na estrutura do

equipamento de guindar, salvo quando especificado pelo fabricante

18.11.21.2 Os dispositivos auxiliares de içamento devem atender aos seguintes

requisitos:

a) dispor de forma indelével a razão social do fabricante, o número de ativo ou de

série que permita sua rastreabilidade e a capacidade de carga para o qual foi

projetado;

b) ser inspecionado pelo sinaleiro/amarrador de cargas, antes de entrar em uso;

c) ser certificados ou dispor de projeto elaborado por profissional legalmente

habilitado com especificação do dispositivo e descrição das características

mecânicas básicas do equipamento.

18.11.21.3 As atividades de movimentação de cargas suspensas devem ser precedidas

de Análise de Risco.

18.11.21.4 As atividades rotineiras de movimentação de cargas suspensas devem estar

previstas em procedimento operacional.

18.11.21.4.1 Nas atividades rotineiras de movimentação de cargas suspensas, a análise

de risco poderá estar contemplada no procedimento operacional.

18.11.21.5 As atividades não rotineiras de movimentação de cargas suspensas devem

ser autorizadas, observados os requisitos da Permissão de Trabalho.

18.11.21.6 As atividades de movimentação de cargas suspensas devem ser planejadas,

com previsão no Plano de Movimentação de Cargas Suspensas.

18.11.21.7 O Plano de Movimentação de Cargas Suspensas deve:

a) Ser elaborado por profissional legalmente habilitado em conformidade

com a análise de risco;

b) Ser implementado sob responsabilidade do responsável técnico da obra;

c) Considerar a planilha de esforços na base e na estrutura do equipamento;

d) Considerar a análise prévia do solo ou piso que suportará o equipamento;

e) Considerar a área de cobertura do equipamento de guindar, bem como

interferências com áreas além do limite da obra;

f) Estabelecer medidas preventivas complementares quando da existência

no mesmo canteiro de obras ou frentes de trabalho de outro equipamento de

guindar com risco de interferência entre seus movimentos.

18.21.7.1 O Plano de Movimentação de Cargas Suspensas deve conter:

a) Identificação do equipamento;

b) Croqui dos locais de movimentação e operação do equipamento;

c) Análise de Risco da operação de movimentação;

d) Procedimentos Operacionais, quando se tratar de operações rotineiras de

movimentação de cargas;

e) Permissão de Trabalho, quando se tratar de operações não rotineiras de

movimentação de cargas;

f) Listas de verificação do equipamento e dos dispositivos de

movimentação de cargas.

18.11.21.8 A operação de equipamentos de guindar deve ser precedida de inspeção de

acordo com lista de verificação, atendidas as recomendações do fabricante ou locador, e

mantida no estabelecimento à disposição da Inspeção do Trabalho.

18.11.21.8.1As inspeções devem ser realizadas diariamente pelo

a) operador do equipamento;

b) sinaleiro/amarrador para os acessórios de movimentação de carga

18.11.21.9 É proibida a movimentação de cargas:

a) com peso desconhecido;

b) em ações de arraste, içamento inclinado ou em diagonal;

c) que não estiverem totalmente desprendidas de qualquer ponto da edificação, do

solo ou de qualquer outra estrutura ou objeto que ofereça resistência ao

movimento.

18.11.21.10 Os locais destinados à estabilização dos equipamentos devem estar de

acordo com projeto, que é parte integrante do Plano de Movimentação de Cargas

Suspensas.

18.11.21.10.1 A operação de estabilização deve atender às recomendações do

fabricante.

18.11.21.11 A cabine de operação do equipamento de guindar deve dispor de:

a) mobiliário do posto de trabalho e condições ambientais ergonômicas, em

conformidade com a NR-17;

b) proteção contra incidência de raios solares e intempéries;

c) piso limpo e isento de materiais;

d) tabela de cargas máxima em todas as condições de uso, escrita em língua

portuguesa, afixada no interior da cabine e de fácil visualização pelo operador.

18.11.21.12 Os controles para operação de equipamentos comandados por controle

remoto devem:

a) conter identificação correspondente ao equipamento;

b) possuir orientação do sentido correto de funcionamento;

18.11.21.13 A movimentação de carga por equipamento de guindar deve ser orientada

por sinaleiro/amarrador.

18.11.21.14 O sinaleiro/amarrador deve estar sempre no raio de visão do operador.

18.11.21.14.1 Na impossibilidade da visualização do operador, deve ser empregada

comunicação via rádio com frequência exclusiva e/ou sinaleiro intermediário.

18.11.21.15 O sinaleiro/amarrador deve usar vestimenta de alta visibilidade em

conformidade com o item 18.9.4.2.

18.11.21.16 O sinaleiro/amarrador deve receber treinamento com carga horária de 16

(dezesseis horas) e conteúdo programático em conformidade com o Anexo I.

18.11.21.17 Os operadores deve receber treinamento com carga horária de 16 (dezesseis

horas) e conteúdo programático em conformidade com o Anexo II.

18.11.21.18 Deve ser realizado treinamento periódico a cada dois anos dos

sinaleiros/amarradores e operadores com carga horária de 16h.

18.11.21.19 Gruas.

18.11.21.19.1 A grua deve dispor dos seguintes itens de segurança:

a) limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades;

b) sistema de controle de carga admissível ao longo da lança ou placas indicativas

de carga admissível ao longo da lança, conforme especificado pelo fabricante;

c) luz de obstáculo no ponto mais alto da grua;

d) cabo de segurança para conexão do equipamento de proteção individual para o

acesso à torre, lança e contra-lança;

e) limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico;

f) guarda corpo na transposição entre a escada de acesso e o posto de trabalho do

operador e na contra lança, conforme subitem 18.20.5;

g) escadas fixas conforme disposto no subitem 18.21.5;

h) limitadores de movimento para lanças retráteis ou basculantes;

i) dispositivo automático com alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos

superiores a 42Km/h (quarenta e dois quilômetros por hora).

18.11.21.19.2 O trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42km/h

(quarenta e dois quilômetros por hora) deve ser precedido de Análise de Risco

específica e autorizado mediante Permissão de Trabalho.

18.11.21.19.2.1 Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas quando da

ocorrência de ventos com velocidade superior a 72Km/h (setenta e dois quilômetros por

hora).

18.11.21.19.3 O prontuário da Grua, além do disposto no item 18.11.4.2 , deve conter,

quando aplicável:

a) dados completos da obra contendo:

a.1) localização;

a.2) tipo de obra;

a.3) duração prevista;

a.4) quantidade máxima de trabalhadores participantes;

b) registro no CREA do fabricante ou locador, quando aplicável, e da da empresa que

realiza a manutenção e montagem da grua;

c) alturas inicial e final de montagem;

d) tipo e raio de abrangência da lança;

e) capacidade máxima de ponta;

f) se provida ou não de coletor elétrico;

g) planilha de esforços sobre a base e na estrutura e croqui contendo as localizações de

posicionamento de estais e ancoragens tanto no solo como na construção;

h) projeto da base da grua, inclusive se for grua móvel sobre trilhos;

i) projetos para a passarela de acesso à torre da grua;

j) projetos de todos os contenedores de materiais;

k) cópia dos certificados de treinamentos dos operadores de grua e

sinaleiros/amarradores de carga;

l) termos de liberação e uso;

m) Análise de risco para as atividades de montagem, desmontagem e telescopagem da

grua.

n) Croqui de localização da grua

o) Laudo de aterramento elétrico elaborado por profissional legalmente habilitado,

realizado no mínimo a cada seis meses.

18.11.21.19.3.1 O prontuário deve ser organizado e mantido sob responsabilidade do

engenheiro responsável pela execução da obra.

18.11.21.19.4 A operação da grua deve ser precedida de inspeção de acordo com lista de

verificação, atendidas as recomendações do fabricante ou locador, e mantida no

estabelecimento à disposição da Inspeção do Trabalho.

18.11.21.19.4.1 As inspeções devem ser realizadas diariamente pelo

a) operador da grua para o equipamento;

b) sinaleiro/amarrador para os acessórios de movimentação de carga

18.11.21.19.5 É obrigatória a emissão de Termo de Entrega Técnica e Liberação para

Uso, que deve ser entregue mediante recibo no término da montagem inicial e após

qualquer intervenção de inspeção ou manutenção da grua, contendo, no mínimo:

a) descrição de todas as ações executadas;

b) resultados dos testes de carga e sobrecarga, se efetuados;

c) data, identificação e respectivas assinaturas do responsável pelo trabalho

executado e por quem o aceita como bem realizado;

d) a explícita afirmação impressa ou carimbada no documento de que “Todos os

dispositivos e elementos de segurança do equipamento estão plenamente

regulados e atuantes para a sua operacionalização segura”.

18.11.21.19.6 A ponta da lança e o cabo de aço de levantamento da carga devem ficar

a) no mínimo, a 3m (três metros) de qualquer obstáculo;

b) afastados da rede elétrica conforme orientação da concessionária local.

18.11.21.19.6.1 Para distanciamentos inferiores a 3m (três metros) de qualquer

obstáculo a interferência deverá ser objeto de análise técnica, por profissional

legalmente habilitado, dentro do plano de cargas.

18.11.21.19.7 O posicionamento das ancoragens e estais devem obedecer as

especificações do fabricante, locador ou empresa responsável pela montagem do

equipamento.

18.11.21.19.9 As gruas ascensionais só poderão ser utilizadas quando suas escadas de

sustentação dispuserem de sistema de fixação ou quadro-guia que garantam seu

paralelismo.

18.11.21.19.10 Para operações de telescopagem, montagem e desmontagem de gruas

ascensionais, o sistema hidráulico deve ser operado fora da torre, não sendo permitida a

presença de pessoas no interior do equipamento quando em movimento.

18.11.21.19.10.1 Em casos previstos pelo fabricante, é permitida a presença de pessoas

para inspeção e verificação do acionamento do sistema hidráulico, mediante supervisão

presencial do profissional legalmente habilitado com a elaboração de AR - Análise de

Risco para a operação.

18.11.21.19.11 Deve ser elaborado laudo estrutural e operacional quanto à integridade

estrutural e eletromecânica sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado

nas seguintes situações:

a) grua que não dispuser de identificação do fabricante, não possuir fabricante ou

importador estabelecido;

b) conforme periodicidade estabelecida pelo fabricante ou no máximo a cada 20

anos;

c) a cada dois anos, para equipamentos com mais de 20 anos de uso;

d) quando ocorrer algum evento que possa interferir na sua integridade estrutural e

eletromecânica, a critério de profissional legalmente habilitado

18.11.21.19.12 Travas de segurança para bloqueio da movimentação da lança da grua

somente podem ser utilizadas, quando a grua não estiver em funcionamento, mediante

projeto específico atendidas às recomendações do fabricante.

18.11.21.20 Guinchos de Pequeno Porte

18.11.21.20.1 São considerados guinchos de pequeno porte, também denominados

“minigruas”, os equipamentos que atendam simultaneamente às seguintes

características:

a) raio máximo de alcance da lança de 6m (seis metros);

b) capacidade de carga máxima não superior a 500 kg (quinhentos quilogramas);

c) altura máxima da torre de 6m (seis metros) acima da laje em construção.

18.11.21.20.2 Os guinchos de pequeno porte devem atender às mesmas exigências

previstas para equipamentos de guindar e gruas, exceto para os seguintes itens:

a) 18.11.21.1 “g”, ï” e “j”;

b) 18.11.21.19.1, alíneas “a”, “b”, “d”, ë”, “f”, “g”, “h” e “i”;

c) 18.11.21.19.2;

d) 18.11.21.19.2.1;

e) 18.11.21.19.9;

f) 18.11.21.19.10;

g) 18.11.21.19.10.1.

18.11.21.20.3 Os guinchos de pequeno porte devem possuir:

a) comando elétrico por botoeira ou manipulador a cabo, respeitando voltagem

máxima de 24v (vinte e quatro volts);

b) botão para parada de emergência.

18.11.21.20.4 É proibido o uso de guincho de pequeno porte com movimento de giro

manual.

18.11.22 Os guinchos de coluna ou similar (tipo "Velox") devem ser providos de

dispositivo próprios para sua fixação.

18.11.23 O tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o

enrolamento adequado do cabo.

18.11.24 Plataformas de Trabalho Aéreo

18.11.24.1 Plataforma de Trabalho Aéreo - PTA é o equipamento móvel, autopropelido

ou não, dotado de uma estação de trabalho (cesto) com controles de operação e

sustentado em sua base por haste metálica (lança, mastro ou tesoura), capaz de erguer-se

para atingir ponto ou local de trabalho elevado.

18.11.24.1.1 Ficam excluídas deste item as Plataformas de trabalho com sistema de

movimentação vertical em pinhão e cremalheira e plataformas hidráulicas para trabalhos

em fachada.

18.11.24.2 A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante quanto a

aplicação, operação, manutenção e inspeções periódicas.

18.11.24.3 A PTA deve possuir:

a) dispositivo mecânico e/ou hidráulico que permita o nivelamento do cesto, evite

seu basculamento e assegure que o nível do cesto não oscile além do

especificado pelo fabricante em relação ao plano horizontal durante os

movimentos do braço móvel;

b) indicador de nível do chassi;

c) alarme sonoro e luminoso que indique que o chassi está além da inclinação

indicada pelo fabricante;

d) dispositivo que impede o deslocamento da plataforma quando atingida a

inclinação máxima do chassi, caso a lança esteja elevada;

e) ponto de ancoragem no cesto para fixação de cinto de segurança;

f) alça de apoio interno para as mãos;

g) guarda-corpo que atenda ao disposto no subitem 18.20.5;

h) painel de comando, no cesto e no chassi, com botão de parada de emergência;

i) dispositivo de emergência, no chassi, que possibilite baixar o trabalhador e a

plataforma até o solo em caso de pane elétrica, hidráulica ou mecânica;

j) sistema de sinalização sonora acionado automaticamente durante a subida e a

descida;

k) dispositivo antiesmagamento, quando identificado pela analise de risco a

possibilidade de colisão com estruturas aéreas.

18.11.24.3.1 É dispensado o disposto na alínea “f” nos equipamentos que realizam

progressão vertical somente no plano do chassi.

18.11.24.4 Considera-se trabalhador capacitado para operar PTA aquele que foi

submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de

oito horas, em conformidade com o item 18.5.2.

18.11.24.4.1 A carga horária mínima do treinamento periódico é de oito horas.

18.11.24.5 O trabalhador capacitado deve ser familiarizado com o equipamento que irá

operar.

18.11.24.6 A capacitação deve ser ministrada por instrutor que atenda aos seguintes

requisitos:

a) concluído o ensino médio;

b) atendimento do item 18.5.2.4, alínea “a”, aprovado, com carga horária de

quarenta horas.

18.11.24.7 Em relação à PTA, é proibido:

a) a utilização para o transporte de pessoas e materiais não vinculados aos serviços

em execução;

b) a realização de alterações que não estejam conforme as recomendações do

fabricante;

c) o posicionamento ou fixação em qualquer outro objeto que tenha por finalidade

lhe dar equilíbrio;

d) a operação do equipamento em situações que contrariem as recomendações do

fabricante.

18.11.24.8Antes do uso da PTA deve:

a) inspecionar o local de trabalho;

b) inspecionar o equipamento, verificando o seu funcionamento, em

conformidade com recomendações do fabricante;

c) isolar e sinalizar o entorno do local de trabalho;

18.11.24.9 Quando fora de serviço, a PTA deve permanecer recolhida em sua base

desligada e protegida contra acionamento não autorizado.

18.12 Armazenagem e Estocagem de Materiais

18.12.1 O armazenamento de materiais deve ser feito observando-se os seguintes

requisitos:

a) garantir que a carga armazenada não supere a carga prevista no dimensionamento

dos apoios;

b) não prejudicar a circulação de materiais e o trânsito de veículos e de pessoas;

c) não obstruir as rotas de fuga e o acesso aos equipamentos de combate a incêndio;

d) utilização de dispositivos de apoio quando os materiais forem movimentados por

equipamentos de guindar.

18.12.2 Quando organizado em camadas ou pilhas, o armazenamento deve observar

adicionalmente os seguintes requisitos:

a) estabilidade das camadas ou pilhas de materiais, considerando inclusive a sequência

planejada para a retirada dos materiais;

b) organização dos materiais de grande comprimento ou dimensão em camadas, com

espaçadores e peças de retenção;

c) afastamento do material empilhado das estruturas laterais da edificação a uma

distância de, no mínimo, 0,50m (cinquenta centímetros);

d) afastamento da borda do piso equivalente à altura da pilha sempre que os materiais

forem empilhados sobre pisos elevados, exceto quando houver elementos protetores

dimensionados.

18.12.2.1 É proibido apoiar a pilha diretamente sobre piso instável, úmido ou

desnivelado.

18.12.3 O armazenamento de materiais tóxicos, corrosivos e inflamáveis deve observar,

adicionalmente:

a) substâncias perigosas devem ser mantidas embaladas, sinalizadas e rotuladas;

b) acesso às áreas de armazenamento deve ser permitido somente a pessoas autorizadas

pela empresa;

c) adoção de medidas de proteção contra incêndio e explosões no local de operação,

incluindo proibição de fumar, o controle de qualquer fonte de ignição ou de calor e

os aterramentos elétricos necessários;

d) utilização de instalações e equipamentos adequados aos níveis de proteção e

certificados, quando em área classificada;

e) disponibilização, no local de armazenamento, das fichas com dados de segurança

dos produtos químicos armazenados;

f) as condições de incompatibilidade de materiais;

g) a ventilação do local de armazenamento;

h) utilização de dispositivos de contenção, quando do armazenamento de materiais

líquidos.

18.12.4 O armazenamento das lâminas de vidro deve observar o disposto nas normas

técnicas oficiais vigentes, além das seguintes medidas:

a) proteger as arestas das lâminas de vidro contra contatos acidentais;

b) armazenar as lâminas de vidro em cavaletes dimensionados em relação às cargas a

serem suportadas e aos impactos acidentais e revestidos com material que não lhes

danifiquem as bordas;

c) armazenar as lâminas de vidro observando as inclinações previstas em normas

técnicas oficiais vigentes;

d) vedar o armazenamento de lâminas de vidro com diferentes características de tipo,

espessura, dureza e acabamento em um mesmo cavalete;

e) dotar de calços de apoio as lâminas de vidro quando do armazenamento horizontal

para a secagem.

18.13 Demolição

18.13.1 Toda demolição deve ser precedida de plano de demolição elaborado por

profissional legalmente habilitado.

18.13.1.1 O plano de demolição deve ser parte integrante do PCMAT e deve

contemplar:

a) descrição da estrutura a ser demolida;

b) sequência executiva e processo a ser utilizado na demolição;

c) máquinas e equipamentos a serem utilizados;

d) procedimentos relativos a cada etapa do processo de demolição.

18.13.2 A implementação do plano de demolição deve ser acompanhada por

profissional legalmente habilitado.

18.13.2.1 Antes de iniciar a demolição devem ser adotadas as seguintes medidas:

a) desligar e retirar as linhas de utilidades, tais como energia elétrica, água, inflamáveis

líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de

escoamento de água, respeitadas as normas vigentes;

b) retirar as substâncias tóxicas, líquidos e gases inflamáveis quando houver, presentes

na estrutura a ser demolida ou nos objetos removidos;

c) proceder à descontaminação do ambiente, quando presentes agentes químicos,

físicos ou biológicos que possam causar dano à saúde do trabalhador;

d) remover os vidros, ripados, estuques e outros elementos frágeis;

e) fechar todas as aberturas existentes no piso, salvo as que forem utilizadas para

escoamento de materiais;

f) isolar a área de risco no entorno da estrutura a ser demolida.

18.13.2.1.1 Nas atividades em que for tecnicamente inviável o disposto no subitem

18.13.2.1, alínea “a”, devem ser adotados procedimentos de controle de energias

perigosas, conforme item 18.4.

18.13.2.2 Durante a execução da demolição, devem ser adotadas as seguintes medidas:

a) manter as escadas desimpedidas e livres para a circulação de emergência, as quais

somente serão demolidas na medida em que forem sendo retirados os materiais dos

pavimentos superiores;

b) remover objetos pesados ou volumosos somente mediante o emprego de

dispositivos mecânicos;

c) dispor os elementos construtivos provenientes da demolição em conformidade com

o subitem 18.12.1;

d) assegurar o controle dos agentes químicos, físicos e biológicos que possam causar

dano à saúde do trabalhador;

e) manter umedecidos os materiais que possam liberar poeira durante a demolição e

remoção ou adotar outras medidas para controlar a exposição dos trabalhadores à

poeira, quando indicado pela Análise de Risco;

f) adotar medidas técnicas para evitar a queda e projeção de materiais.

18.13.2.3 No caso de demolição de edifícios, devem ser instaladas plataformas de

retenção de entulhos a, no máximo, 2 (dois) pavimentos abaixo do que será demolido,

com dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e inclinação de

45° (quarenta e cinco graus), em todo o perímetro da obra, salvo se a análise de risco

dispuser de modo diferente.

18.13.2.4 Ficam proibidos:

a) a permanência de pessoas nos pavimentos que possam ter sua estabilidade

comprometida no processo de demolição;

b) o lançamento em queda livre de materiais;

c) o abandono dos elementos da construção em demolição em posição que torne

possível o seu desabamento.

18.14 Movimentação de Terra e Desmonte de Rocha

18.14.1 Os serviços de movimentação de terra e desmonte de rocha devem ser

precedidos de projeto e estar sob responsabilidade e supervisão de profissional

legalmente habilitado, observadas as condições exigidas nas normas técnicas nacionais

vigentes ou, na sua ausência, normas técnicas internacionais aplicáveis.

18.14.1.1 Entendem-se por serviços de movimentação de terra a escavação,

terraplenagem, drenagem, pavimentação e perfuração.

18.14.2 Os serviços de movimentação de terra e desmonte de rocha devem ser:

a) precedidos de Análise de Risco;

b) autorizados por Permissão de Trabalho;

c) contemplados em Plano de Segurança.

18.14.2.1 O Plano de Segurança deve ser baseado no projeto e prever:

a) descrição do local;

b) processo de execução;

c) Análise de Risco;

d) medidas de proteção coletivas e individuais;

e) distância da deposição dos materiais retirados em relação à área de trabalho;

f) distância do isolamento no entorno da área de trabalho;

g) distância de movimentação de equipamentos e veículos em relação à área de

trabalho;

h) sinalização de advertência, inclusive noturna, quando aplicável;

i) condições impeditivas de execução.

18.14.2.1.1 O Plano de Segurança nas atividades de escavação e desmonte de rocha

deve ser baseado em laudo geotécnico da obra elaborado pelos seguintes profissionais

legalmente habilitados:

a) responsável pelo projeto;

b) pela execução;

c) pela segurança do trabalho.

18.14.2 Todo serviço de movimentação de terra e desmonte de rocha deve ser executado

por trabalhador capacitado e autorizado.

18.14.3 O acesso às áreas de movimentação de terra e desmonte de rocha deve ser

sinalizado e somente é permitido a pessoas autorizadas.

18.14.4 Os serviços devem ser realizados por processos umidificados ou que evitem a

dispersão da poeira no ambiente de trabalho.

18.14.5 Quando não estabelecida no Plano de Segurança, os materiais retirados devem

ser depositados a uma distância mínima da borda da área de trabalho:

a) igual à profundidade;

b) de dois metros, quando se tratar de tubulões.

18.14.6 Quando houver linhas de utilidades, devem ser adotadas as seguintes medidas:

a) desligar e retirar as linhas de utilidades, tais como energia elétrica, água, inflamáveis

líquidos e gasosos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de

água, respeitadas as normas vigentes;

b) retirar as substâncias tóxicas, quando houver, presentes na área de trabalho;

c) proceder à descontaminação do ambiente, quando presentes agentes químicos, físicos

ou biológicos que possam causar dano à saúde do trabalhador;

d) identificar e sinalizar a localização das tubulações.

18.14.6.1 Nas atividades em que for tecnicamente inviável o disposto no subitem

18.14.6, alínea “a”, devem ser adotados procedimentos de controle de energias

perigosas, conforme disposto no item 18.4.

18.14.7 Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, a área de

trabalho deve ser ventilada e monitorada conforme Plano de Segurança.

18.14.7.1 O Plano de Segurança deve prever que o sistema de alarme seja acionado

sempre que o monitoramento detectar vazamento de gás.

18.14.8 Quando for necessária a circulação de trabalhadores sobre as aberturas, devem

ser construídas passarelas em conformidade com o item 18.21.6.

18.14.9 A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou

escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer

natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a

execução de serviços.

18.14.10 Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela

movimentação de terra ou desmonte de rocha devem ser escorados.

18.14.11 Devem ser adotados procedimentos técnicos de forma a controlar a

estabilidade nos processos de movimentação de terra e desmonte de rocha, incluindo:

a) monitoramento e controle das bancadas e taludes das áreas de movimentação e

desmonte;

b) verificação da presença de fatores condicionantes de instabilidade dos maciços, em

especial, água, gases, rochas alteradas, falhas e fraturas.

18.14.12 Os escoramentos devem ser inspecionados de acordo com o estabelecido no

Plano de Segurança.

18.14.13 Quando se verificarem situações potenciais de instabilidade, deve-se:

a) paralisar imediatamente as atividades;

b) afastar os trabalhadores da área de risco;

c) adotar as medidas corretivas adicionais necessárias.

18.14.13.1 No caso de desmonte de rocha, as frentes de trabalho devem ser

periodicamente inspecionadas para a identificação de blocos instáveis e chocos e, caso

verificadas situações potenciais de instabilidade, deve-se, adicionalmente:

a) Isolar a área de influência até que os blocos instáveis sejam tratados ou abatidos;

b) Abater imediatamente os chocos.

18.14.14 É obrigatória a elaboração, por profissional legalmente habilitado, de laudo

geotécnico que ateste a estabilidade dos taludes, o qual deve permanecer no local de

trabalho à disposição da auditoria fiscal do trabalho.

18.14.14.1 No caso de taludes instáveis, é obrigatória a elaboração e implementação de

projeto de estabilização dos taludes, elaborado por profissional legalmente habilitado.

18.14.15 É proibido o trabalho:

a) em escavações com profundidade superior a 1,25m (um metro e vinte e cinco

centímetros) que não tenham sua estabilidade garantida;

b) nas proximidades de taludes que não tenham sua estabilidade garantida.

18.14.16 TRABALHO HIPERBÁRICO

18.14.16.1 Na execução de atividades sob ar comprimido, deve ser obedecido o

disposto no Anexo nº 6 da NR-15.

18.14.16.2 As campânulas e câmara de trabalho devem possuir laudo de verificação

estrutural atualizado a cada cinco anos, em que constem todas as suas características,

incluindo pressão máxima de trabalho e do teste hidrostático.

Serão incluídos outros dispositivos, item em discussão. O texto ainda não foi

consolidado mas uma proposta inicial inclui o seguinte:

Todo trabalho com uso de tubulões com pressão hiperbárica deverá ter:

A) analise de risco;

B) permissão de trabalho;

C) comunicação entre os trabalhadores do lado interno e externo da campanula pelo

sistema de telefonia ou similar;

D) previsão de sistema de resgate e emergência.

Todo vaso(campanula) deverá ter:

A) laudo de verificação estrutural atualizado a cada 5 anos, incluindo a pressão máxima

de trabalho e do teste hidrostático e de outros ensaios não destrutivos que se fizerem

necessários;

B) instrumento que indique a pressão de trabalho;

C) sistema de ventilação artificial projetado por profissional legalmente

habilitado e previsto no PCMAT ;

D) aterramento elétrico.

Os trabalhadores que adentrarem e ficarem expostos a pressões hiperbáricas

deverão:

A) ter treinamentos inerentes a NR 33 e 35;

B) ter exames médicos atualizados e de acordo com a NR 07 e em conformidade

com a NR 15

18.14.17 ESCAVAÇÕES

18.14.17.1 As escavações com mais de 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade

devem dispor de escadas ou rampas, distanciadas de acordo com o Plano de Segurança,

a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores.

18.14.17.2 As dimensões mínimas para trabalho no interior das escavações devem ser

de:

a) 50cm de largura para cava de fundação;

b) 80cm de largura para valas;

c) 80cm de diâmetro para tubulões.

18.14.17.3 ESCAVAÇÕES POR TUBULÃO A CÉU ABERTO

18.14.17.3.1 Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições

constantes na NR-33 (Espaço Confinado) e o disposto nas Normas Técnicas.

18.14.17.3.2 Os serviços realizados em tubulões a céu aberto devem observar os

seguintes requisitos:

a) garantir que todos os tubulões sejam encamisados, exceto quando o projeto

elaborado por profissional legalmente habilitado dispense o encamisamento;

b) ter permissão de trabalho específica para cada etapa, abertura do fuste e

alargamento da base, autorizada pelo profissional legalmente habilitado

responsável pela execução;

18.14.17.3.3 Nos serviços realizados em tubulões a céu aberto, é proibido o trabalho

simultâneo em tubulões adjacentes, seja quanto à abertura do fuste, ao alargamento da

base ou à concretagem.

18.14.17.3.4 A execução de tubulões a céu aberto deve atender, com relação a trabalho

em altura, além das exigências previstas na NR-35 (Trabalho em Altura), as seguintes

disposições:

a) os equipamentos de descida e içamento de trabalhadores deve ser independente

dos utilizados para movimentação de materiais e atender as Normas Técnicas;

b) os equipamentos de retirada de materiais devem ser projetados por profissional

legalmente habilitado;

c) os equipamentos de retirada de materiais devem ser dotados de sistema de

segurança com travamento, composto por dupla trava no sarilho;

d) quando do uso da corda de fibra sintética ou de cabo de aço para movimentação

de pessoas e de materiais deve atender as recomendações do item 18.23;

e) corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em qualquer

posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor;

f) possuir gancho com trava de segurança para conexão do balde;

g) possuir sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente,

dimensionado conforme a carga aplicável, com rodapé de 0,20m (vinte

centímetros) em sua base, e apoiado com no mínimo 0,50m (cinquenta

centímetros) de afastamento em relação à borda do tubulão;

h) dispor de cobertura para proteção da radiação solar;

i) Possuir sistema de iluminação, em conformidade com o Plano de Segurança;

j) isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e término da jornada de

trabalho;

k) paralisação das atividades de escavação dos tubulões quando da existência de

condições meteorológicas adversas.

18.14.18 Desmonte de Rochas

18.14.18.1 A utilização de explosivos e acessórios para desmonte de rochas deve

observar as disposições da NR-19, as recomendações de segurança do fabricante e as

normas do Ministério da Defesa.

18.14.18.1.1 Entende-se como utilização o manuseio, operação, transporte,

armazenamento, limpeza, inspeção, desativação e descarte de explosivos e acessórios.

18.14.18.2 O desmonte de rochas com explosivos deve ser precedido de Plano de Fogo

elaborado por profissional legalmente habilitado.

18.14.18.3 O Plano de Fogo deve ser baseado no projeto e prever:

a) disposição e profundidade dos furos;

b) quantidade de explosivos;

c) tipo de explosivos e acessórios utilizados;

d) sequência das detonações;

e) razão de carregamento;

f) volume desmontado;

g) tempo mínimo de retorno após a detonação;

h) indicação do responsável pela área;

i) medidas de segurança adicionais relativas aos trabalhadores envolvidos na operação.

18.14.18.4 A execução do plano de fogo e atividades correlatas devem estar sob

supervisão do blaster e responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

18.14.18.4.1 As atividades de escorva e queima devem ser executadas pelo blaster.

18.14.18.5 As seguintes atividades somente poderão ser realizadas por trabalhadores

autorizados:

a) utilização de explosivos e acessórios;

b) acesso às áreas de carregamento e detonação;

c) abatimento de choco e blocos instáveis;

d) perfuração manual.

18.14.18.6 O desmonte de rochas com uso de explosivos deve obedecer às seguintes

condições:

a) ser precedido de acionamento de sirene;

b) área de risco deve ser evacuada e possuir controle de acesso;

c) horários de fogo previamente definidos e consignados em placas visíveis na entrada

de acesso à obra.

18.14.18.7 O retorno à frente detonada só será permitido com autorização do

responsável pela área e após constatação das seguintes condições:

a) dissipação dos gases e poeiras, observando-se o tempo mínimo determinado pelo

plano de fogo;

b) confirmação das condições de estabilidade da área;

c) marcação e eliminação de fogos falhados.

18.14.18.8 Na constatação ou suspeita de fogos falhados no material detonado, devem

ser tomadas as seguintes providências:

a) os trabalhos devem ser interrompidos imediatamente;

b) o local deve ser evacuado;

c) comunicar o superior hierárquico para adoção das medidas cabíveis.

18.14.18.8.1 A retirada de fogos falhados só poderá ser executada pelo blaster ou, sob

sua orientação, por pessoal treinado.

18.14.18.8.2 A retomada dos trabalhos só poderá ser realizada após a liberação pelo

blaster.

18.14.18.9 É proibido o reaproveitamento de furos falhados.

18.14.18.10 No carregamento de furos e limpeza de fogo falhado, é permitido somente

o uso de dispositivos que não gerem centelhamento.

18.14.18.11 Os instrumentos e equipamentos utilizados para detonação elétrica devem

ser inspecionados e calibrados de acordo com as normas técnicas vigentes e

recomendações do fabricante, mantendo-se o registro da última inspeção.

18.14.18.12 Nas operações de beneficiamento de rochas, aplica-se o disposto na NR-22.

18.14.18.13 A escavação e execução de túneis devem ser precedidas de projeto de

ventilação, contemplando, no mínimo, a renovação de ar e o conforto térmico.

18.15 Carpintaria.

18.15.1 A área de carpintaria deverá:

a) ser construída a partir de layout específico, com isolamento da área de trabalho,

contemplado no PCMAT;

b) ter piso resistente, nivelado e antiderrapante;

c) possuir cobertura capaz de proteger contra intempéries e queda de materiais

constituído de pé direito que permita ao trabalhador a movimentação segura dos

materiais;

d) possuir lâmpadas protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas;

e) ter coletados e removidos, diariamente, os resíduos de serragem;

f) ser dotada de ventilação que impeça o acumulo de poeiras em suspensão

18.16 Armações de aço.

18.16.1 As áreas de trabalho onde são realizadas as atividades de corte, dobragem e

armação de vergalhões de aço devem :

a) ser construídas a partir de layout especifico;

b) ter piso resistente, nivelado e antiderrapante;

c) possuir cobertura capaz de proteger contra intempéries e queda de objetos,

constituído de pé direito que permita a movimentação segura do trabalhador e dos

materiais ;

d) ter lâmpadas protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de

vergalhões, caso o nível de iluminamento exija;

e) ter bancadas ou plataformas estáveis, niveladas e não escorregadias;

f) ser afastadas da área de circulação de trabalhadores

18.16.1.1 Nas atividades de montagem e instalação das armações nas estruturas

definitivas devem ser previstas ações no PCMAT para a proteção do trabalhador

.18.16.2 A área de movimentação de vergalhões de aço deve ser isolada para evitar a

circulação de pessoas não envolvidas na atividade.

18.16.2.1 Os feixes de vergalhões de aço que forem deslocados por guinchos,

guindastes ou gruas, devem ser amarrados de modo a evitar escorregamento, sendo

proibido o içamento pela própria amarração dos feixes.

18.16.3 As armações de pilares, vigas e outras estruturas devem ser apoiadas e

escoradas para evitar tombamento e desmoronamento.

18.16.4 É obrigatória a colocação de pranchas de material resistente firmemente

apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de trabalhadores.

18.16.5 As extremidades de vergalhões que ofereçam risco para os trabalhadores devem

ser protegidas.

18.17 Estruturas de concreto.

18.17.1 As fôrmas e os escoramentos devem ser projetados por profissional legalmente

habilitado.

18.17.1.2 O projeto estrutural deve indicar a sequência de retirada das escoras.

18.17.1.2.1 Na ausência da comprovação do item 18.17.1.2 o responsável técnico da

obra deve elaborar e implementar o plano de trabalho da retirada dos cimbramentos.

18.17.2 Na montagem das fôrmas e na desforma, são obrigatórios o isolamento e a

sinalização da área no entorno da atividade.

18.17.3 Na desforma, é obrigatória a amarração das fôrmas e dos escoramentos para

impedir a queda livre das peças.

18.17.4 Nas operações de concretagem, devem ser observadas as seguintes medidas:

a) ser supervisionada por trabalhador capacitado;

b) inspecionar os equipamentos e os sistemas de alimentação de energia por trabalhador

capacitado antes e durante a execução dos serviços;

c) dotar os sistemas de alimentação de energia dos equipamentos de proteção contra

cortes e choques mecânicos;

d) inspecionar as peças e máquinas do sistema transportador de concreto por

trabalhador capacitado antes e durante a execução dos serviços;

e) inspecionar o escoramento e a resistência das fôrmas por trabalhador capacitado

antes e durante a execução dos serviços;

f) manter as conexões dos dutos transportadores de concreto fixadas por dispositivos de

segurança para impedir a separação das partes, quando o sistema estiver sob pressão;

g) isolar e sinalizar o local onde se executa a concretagem, permitindo somente a

permanência da equipe indispensável à execução dessa tarefa;

h) quando utilizados vibradores elétricos, garantir a proteção do operador contra

correntes de fuga, de acordo o item 18.10;

i) dotar as caçambas transportadoras de concreto de dispositivos de segurança que

impeçam o seu descarregamento acidental.

18.17.5 Durante as operações de protensão de cabos de aço, a área no entorno da

atividade deve ser isolada e sinalizada.

18.17.6 É proibida a permanência de trabalhadores atrás ou sobre os dispositivos de

protensão.

18.18 Estruturas metálicas e premoldadas.

18.18.1 O projeto, fabricação, montagem e desmontagem de estrutura metálica e

premoldados deve estar sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

18.18.2 Os sistemas de ancoragem da proteção contra queda e os meios de acessos dos

trabalhadores à estrutura devem estar previstos no PCMAT.

18.18.3 Nas operações de montagem e desmontagem devem ser observadas as seguintes

medidas:

a) toda peça pré-moldada ou pré-fabricada de concreto deve conter a inscriçào de

seu de peso de forma indelével;

b) o içamento deve ser efetuado na posição em que a peça será montada ou

descarregada;

c) inspecionar as ancoragem de movimentação dos elementos estruturais e verificar

se os acessórios de elevação são adequados à carga a elevar;

d) manter à disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho, recipiente

adequado para ferramentas e materiais necessários;

e) travar as peças antes de serem soldadas, rebitadas, parafusadas ou encaixadas;

18.18.3.1 A remoção dos acessórios de elevação de cargas só pode ser executada

quando o elemento estrutural estiver perfeitamente estabilizado.

18.18.4 Quando forem necessárias a montagem, a desmontagem e a manutenção

próximas às redes elétricas energizadas, as atividades somente devem ser iniciadas após

adotadas todas as medidas determinadas pela concessionária local, quando houver, e

atendido o disposto na NR-10.

18.19 Trabalho a Quente

18.19.1 Para fins desta NR, considera-se trabalho a quente as atividades de soldagem,

goivagem, esmerilhamento, corte, impermebialização a quente ou outras que possam

gerar fontes de ignição tais como aquecimento, centelha ou chama.

18.19.2 Todo trabalho a quente deve ser executado por trabalhador capacitado, com

treinamento em conformidade com o anexo I.

18.19.3 Inspeção Preliminar

18.19.3.1 Nos locais onde se realizam trabalhos a quente, deve ser efetuada inspeção

preliminar, de modo a assegurar que o local de trabalho e áreas adjacentes:

a) estejam limpos, secos e isentos de agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e

contaminantes;

b) sejam liberados após constatação da ausência de atividades incompatíveis com o

trabalho a quente.

18.19.4 Proteção contra Incêndio

18.19.4.1 Cabe aos empregadores tomar as seguintes medidas de proteção contra

incêndio nos locais onde se realizam trabalhos a quente:

a) eliminar ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios;

b) instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de

modo a evitar o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como

interferir em atividades paralelas ou na circulação de pessoas;

c) manter sistema de combate a incêndio desimpedido e próximo à área de trabalho;

d) inspecionar, ao término do trabalho, o local e as áreas adjacentes, a fim de evitar

princípios de incêndio.

18.19.5 Controle de fumos e contaminantes

18.19.5.1 Para o controle de fumos e contaminantes decorrentes dos trabalhos a quente,

devem ser implementadas as seguintes medidas:

a) limpar adequadamente a superfície e remover os produtos de limpeza utilizados,

antes de realizar qualquer operação;

b) providenciar renovação de ar a fim de eliminar gases, vapores e fumos empregados

e/ou gerados durante os trabalhos a quente.

18.19.5.2 Sempre que ocorrer mudança nas condições ambientais estabelecidas, as

atividades devem ser interrompidas, avaliando-se as condições ambientais e adotando-se

as medidas necessárias para adequar a renovação de ar.

18.19.6 Utilização de gases

18.19.6.1 Nos trabalhos a quente que utilizem gases, devem ser adotadas as seguintes

medidas:

a) utilizar somente gases adequados à aplicação, de acordo com as informações do

fabricante;

b) seguir as determinações indicadas na Ficha de Informação de Segurança de Produtos

Químicos - FISPQ;

c) utilizar reguladores de pressão e manômetros calibrados e em conformidade com o

gás empregado;

d) utilizar somente acendedores apropriados, que produzam somente centelhas e não

possuam reservatório de combustível, para o acendimento de chama do maçarico;

e) impedir o contato de O² (oxigênio) a alta pressão com matérias orgânicas, tais como

óleos e graxas.

18.19.6.2 É proibida a instalação de adaptadores entre o cilindro e o regulador de

pressão.

18.19.6.3 No caso de equipamento de oxiacetileno, deve ser utilizado dispositivo contra

retrocesso de chama nas alimentações da mangueira e do maçarico.

18.19.6.4 Somente é permitido emendar mangueiras por meio do uso de conector, em

conformidade com as especificações técnicas do fabricante.

18.19.6.5 Os cilindros de gás devem ser:

a) mantidos em posição vertical e devidamente fixados;

b) afastados de chamas, de fontes de centelhamento e de calor e de produtos

inflamáveis;

c) instalados de forma a não se tornar parte de circuito elétrico, mesmo que

acidentalmente;

d) transportados na posição vertical, com capacete rosqueado, por meio de

equipamentos apropriados, devidamente fixados, evitando-se colisões;

e) mantidos com as válvulas fechadas e guardados com o protetor de válvulas (capacete

rosqueado), quando inoperantes ou vazios.

18.19.6.6 Sempre que o serviço for interrompido, devem ser fechadas as válvulas dos

cilindros, dos maçaricos e dos distribuidores de gases.

18.19.6.7 Os equipamentos e as mangueiras inoperantes ou que não estejam sendo

utilizados devem ser mantidos fora dos espaços confinados.

18.19.6.8 É proibida a instalação, utilização e armazenamento de cilindros de gases em

ambientes confinados.

18.19.7 Medidas específicas

18.19.7.1 A Análise de Risco prevista no subitem 18.3.3 para trabalhos a quente deve

incluir:

a) o estabelecimento das medidas de controle e seu raio de abrangência;

b) a necessidade de isolamento e sinalização da área;

c) a necessidade de vigilância especial contra incêndios (observador).

18.19.7.1.1 Quando definido na Análise de Risco, o observador deve permanecer no

local, em contato permanente com as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço.

18.19.7.1.2 O observador deve receber treinamento ministrado por trabalhador

capacitado em prevenção e combate a incêndio, com carga horária mínima de 8 horas e

conteúdo programático mínimo contemplando:

a) classes de fogo;

b) métodos de extinção;

c) tipos de equipamentos de combate a incêndio;

d) sistemas de alarme e comunicação;

e) rotas de fuga;

f) equipamento de proteção individual e coletiva;

g) práticas de prevenção e combate a incêndio.

18.19.7.2 Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente, tanque

ou similar, que envolvam geração de gases é obrigatória a adoção de medidas

preventivas adicionais para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador.

18.19.8 Nas atividades de impermeabilização devem ser observados adicionalemente os

seguintes requisitos

18.19.8.1 Os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de impermeabilizante

devem atender às normas técnicas vigentes.

18.19.8.2 O equipamento para aquecimento deve possuir:

a) nome e CNPJ da empresa fabricante ou importadora em caracteres indeléveis;

b) manual técnico de operação, em português, disponível aos trabalhadores;

c) tampa com respiradouro de segurança;

d) medidor de temperatura;

e) controle de temperatura.

18.19.8.3 O equipamento para aquecimento deve estar instalado em local que atenda aos

seguintes requisitos:

a) possuir ventilação natural ou forçada;

b) ter piso nivelado e incombustível;

c) ter isolamento e sinalização de advertência;

d) ser mantido limpo e organizado.

18.19.8.4 A armazenagem dos produtos utilizados nas operações de impermeabilização,

inclusive os cilindros de gás deve ser em local distinto do local de instalação dos

equipamentos de aquecimento, isolado, sinalizado, ventilado e protegido contra risco de

incêndio.

18.19.8.5 Os sistemas de aquecimento a gás devem atender aos seguintes requisitos:

a) cilindros devem ter capacidade de, no mínimo, 8kg (oito quilos);

b) cilindros devem ser instalados a, no mínimo, 3m (três metros) do equipamento

de aquecimento;

c) cilindros com capacidade superior a 20kg (vinte quilos) devem estar sobre rodas;

d) devem ser utilizados tubos ou mangueiras flexíveis previstos nas normas técnicas

nacionais de, no mínimo, 5m (cinco metros).

18.19.8 .5.1 O sistema de aquecimento a gás deve ser inspecionado quanto à existência

de vazamentos a cada intervenção.

18.19.8.5.2 A limpeza e a manutenção do equipamento de aquecimento devem seguir as

recomendações do fabricante.

18.19.8.5.6 É proibido:

a) a utilização de aquecimento direto com combustíveis sólidos ou líquidos;

b) a movimentação do equipamento de aquecimento com a tampa destravada.

18.19.8.5.7 Os trabalhadores envolvidos na atividade devem possuir treinamento anual,

com carga horária mínima de 4h (quatro horas), cujo conteúdo programático deve

incluir, no mínimo:

a) acidentes típicos nos trabalhos de impermeabilização;

b) riscos potenciais inerentes ao trabalho e medidas de prevenção e controle;

c) operação do equipamento para aquecimento com segurança;

d) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e

primeiros socorros (principalmente no caso de queimaduras);

e) isolamento da área e sinalização de advertência.

18.19.8.5.8 No caso de trabalho em espaços confinados devem ser atendidos

adicionalmente os requisitos previstos na NR33.

18.20 Medidas de proteção contra quedas.

18.20.1 As aberturas no piso devem:

a) ter fechamento provisório constituído de material resistente e fixado à estrutura ou

b) ser protegidas com sistema de guarda-corpo e rodapé, em conformidade com o

subitem 18.20.5.

18.20.1.1 O fechamento provisório das aberturas no piso, conforme disposto na alínea a,

deve ser sinalizado quando houver risco de queda com diferença de nível superior a

dois metros.

18.20.1.2 As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de

materiais ou equipamentos, devem ser protegidas por sistema de guarda-corpo e

rodapé e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar no ponto de entrada e

saída de material.

Quedas de altura

18.20.2 Além do disposto neste subitem, independentemente do processo construtivo e

do tipo de construção, as medidas de proteção contra queda de altura devem atender o

disposto na NR-35 e nas normas técnicas vigentes.

18.20.3 As atividades que exponham o trabalhador ao risco de queda de altura devem

ter suas medidas de proteção previstas no PCMAT.

18.20.3.1 As medidas de proteção previstas no PCMAT para prevenção de quedas de

altura de trabalhadores devem considerar a seguinte hierarquia:

a) evitar o trabalho em altura, quando existir meio alternativo de execução;

b) eliminar o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do

trabalho de outra forma;

c) minimizar as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser

eliminado.

18.20.4 Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de

toda a abertura constituído de material resistente fixado à estrutura, até a colocação

definitiva das portas.

18.20.4.1 O fechamento deve garantir a circulação de ar e iluminação durante as

atividades no interior das caixas dos elevadores.

18.20.5 A proteção contra quedas, quando em sistema de guarda-corpo, deve atender

aos seguintes requisitos:

a) ser construída com altura mínima de 1,00m (um metro);

b) ter travessão superior que resista à carga horizontal de 90kgf (noventa quilogramas-

força) aplicado no seu ponto mais desfavorável;

c) quando vazado, ter vãos horizontais de no máximo 0,50m (cinquenta centímetros),

com travessão intermediário que resista a uma carga horizontal de 66kgf (sessenta e seis

quilogramas-força) aplicado no seu ponto mais desfavorável;

d) quando houver risco de queda de materiais sobre a passagem ou trabalho de pessoas:

d.1) rodapé com altura mínima de 0,14m (catorze centímetros), distante no máximo

0,005m (cinco milimetros) da superfície e que resista a uma carga horizontal de

22kgf (vinte e dois quilogramas-força) aplicada no seu ponto mais desfavorável;

d.2) ser preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da

abertura, com abertura máxima de 2cm e que resista a carga horizontal de 66kgf

(sessenta e seis quilogramas-força) aplicada no seu ponto mais desfavorável.

18.20.5.1 Pode ser implementada solução alternativa ao sistema de guarda corpo e

rodapé, nos termos do subitem 18.29.1.

18.20.6 Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 10m (dez metros) de

altura é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da

primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do térreo.

18.20.6.1 A plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta

centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um)

complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45°

(quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

18.20.6.2 A plataforma deve ser instalada logo após a retirada do escoramento principal

da laje superior e retirada quando o revestimento externo do prédio acima dessa

plataforma estiver concluído.

18.20.7 A partir da plataforma principal de proteção, acima e/ou abaixo, devem ser

instaladas plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes.

18.20.7.1 As plataformas secundárias devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e

quarenta centímetros) de balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de

extensão, com inclinação de 45° (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

18.20.7.2 Cada plataforma secundária deve ser instalada logo após a retirada do

escoramento principal da laje superior e retirada quando a vedação da periferia acima

dessa plataforma estiver concluída até uma altura mínima de 1,0m (um metro).

18.20.8 Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser

considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal

de proteção e aplicar o disposto nos subitens 18.20.6 e 18.20.7.

18.20.9 As plataformas de proteção devem ser:

a) projetadas e construídas de forma a resistir aos impactos das quedas de materiais e

ferramentas manuais;

b) mantidas em adequado estado de conservação;

c) mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura.

18.20.10 Pode ser dispensada a utilização de plataformas:

a) Quando utilizados andaimes fachadeiros, desde que atendidos o disposto no item

18.22 e adicionalmente os seguintes requisitos:

a.1) proteção contra queda de materiais nos locais de acesso de trabalhadores ao

edifício;

a.2) forração completa do piso até atingir a face da construção na altura da primeira

laje e a cada três pavimentos ou altura equivalente.

b) quando for implementada solução alternativa, nos termos do item 18.29.1.

18.20.11 Pode ser dispensada a utilização de plataformas secundárias:

a) Nos processos construtivos por alvenaria estrutural;

b) Quando for implementada solução alternativa, nos termos do item 18.29.1.

18.20.12 Exclui-se a aplicabilidade dos itens 18.20.6, 18.20.7, 18.20.8 e 18.20.9 às

obras de arte, barragens, estruturas pre-moldadas ou metálicas e de montagem

industrial.

18.20.13 Quando existir o risco de queda de materiais nas edificações vizinhas ou no

passeio, devem ser adotadas medidas de controle do risco.

18.20.14 Ancoragem definitiva

18.20.14.1 O dono da obra deve garantir que nas edificações com no mínimo 10m (dez

metros) de altura a partir do nível do térreo da edificação devem ser estabelecidos no

projeto os pontos de ancoragem destinados à sustentação de andaimes e de cabos de

segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza,

manutenção e restauração de fachadas.

18.20.14.2 Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem

ser independentes e inspecionados antes do uso.

18.20.14.3 Os pontos de ancoragem para uso de proteção individual devem:

a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;

b) suportar uma carga pontual mínima de 1.500Kgf (mil e quinhentos quilogramas-

força), quando utilizado para suportar apenas um trabalhador;

c) conter inscrição de forma indelével da carga de 1.500Kgf (mil e quinhentos

quilogramas-força), quando se tratar de dispositivos instalados;

d) constar do projeto estrutural da edificação;

e) ser constituídos de material resistente às intempéries.

18.20.14.4 Os pontos de ancoragem para uso de equipamentos devem:

a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;

b) constar do projeto estrutural da edificação;

c) ser constituídos de material resistente às intempéries;

d) conter inscrição de forma indelével a carga máxima que poderá sustentar,

quando se tratar de dispositivo instalado.

18.20.14.5 O item 18.20.14 desta NR não se aplica às edificações que possuírem

projetos específicos para instalação de equipamentos definitivos ou soluções

alternativas para limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

18.20.14.6 Quando utilizado dispositivo de ancoragem instalados este deve apresentar,

em caracteres indeléveis e bem visíveis:

a) razão social do fabricante e o seu CNPJ;

b) indicação da carga máxima que poderá sustentar;

c) número de lote ou de série.

18.20.15 Sistema Limitador de Queda de Altura por Redes

18.20.15.1 O Sistema Limitador de Quedas de Altura por Redes constitui uma solução

alternativa que deve ser projetada por profissional legalmente habilitado e atender, além

do disposto no item 18.29.1, aos requisitos deste item.

18.20.15.1.1 O projeto com detalhamento técnico descritivo das fases de montagem,

deslocamento do Sistema durante a evolução da obra e desmontagem é parte integrante

do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -

PCMAT.

18.20.15.2 O Sistema Limitador de Queda de Altura por Redes deve vir acompanhado

de um manual de instruções, em português, contendo as seguintes informações:

a) carga necessária para ancoragem;

b) altura máxima de queda;

c) largura mínima de captura;

d) união da panagem;

e) distância mínima a ser observada abaixo da rede;

f) armazenamento;

g) inspeção;

h) manutenção;

i) substituição.

18.20.15.3 O Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura por Rede deve ser

submetido a inspeção periódica, de acordo com critérios estabelecidos pelo Profissional

Legalmente Habilitado, e registrada, para verificação das condições de todos os seus

elementos e pontos de fixação e proceder as correções necessárias.

18.20.15.3.1 Devem ser retirados os materiais eventualmente depositados na rede, de

forma a não comprometer a sua estrutura.

18.20.15.4 As emendas na panagem da rede, quando necessárias, devem:

a) ser confeccionadas de acordo com as especificações do projeto;

b) possuir características semelhantes às da rede original, com relação à resistência à

tração, à deformação e à durabilidade;

18.20.15.5 É facultada a colocação de tecidos sobre a rede, de forma a impedir a queda

de pequenos objetos, desde que prevista no projeto do Sistema Limitador de Quedas de

Altura por Redes.

18.20.15.6 A montagem, deslocamento, manutenção e desmontagem do sistema devem

ser realizados por trabalhador capacitado e sob responsabilidade de profissional

legalmente habilitado.

18.21 Escadas, rampas e passarelas.

18.21.1 É obrigatória a instalação de escada ou rampa para transposição de pisos com

diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) como meio de circulação de

trabalhadores.

18.21.1.1 A utilização de escadas e rampas deve observar os seguintes ângulos de

inclinação:

a) rampas, para ângulos inferiores a 30° (trinta graus);

b) escadas fixas tipo marinheiro, para ângulos entre 75° (setenta e cinco graus) e 90°

(noventa graus).

18.21.2 É obrigatória a instalação de passarelas quando for necessário o trânsito sobre

vãos com risco de queda de altura.

18.21.3 As escadas, rampas e passarelas deverão ser dimensionadas e construídas em

função das cargas a que estarão submetidas.

18.21.4 A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser

de boa qualidade, sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca,

sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

18.21.4.1 As escadas de mão portáteis e corrimão de madeira não devem apresentar

farpas, saliências ou emendas.

18.21.5 Escadas.

18.21.5.1 As escadas podem ser fixas ou portáteis.

18.21.5.1.1 As escadas fixas podem ser de uso coletivo ou do tipo marinheiro.

18.21.5.1.2 As escadas portáteis podem ser de uso individual (de mão), dupla (cavalete

ou de abrir) ou extensível.

18.21.5.2 Escadas Fixas

18.21.5.2.1 Escadas de uso coletivo

18.21.5.2.1.1 As escadas de uso coletivo deverão:

a) ser dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores;

b) ser dotadas de sistema de guarda corpo e rodapé, de acordo com o subitem 18.20.5;

c) ter largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros);

d) ter altura uniforme entre os degraus de no máximo de 0,25m (vinte e cinco

centímetros);

e) ter patamar intermediário no máximo a cada 3,00m ( três metros) de altura, com

largura e comprimento no mínimo igual à largura da escada;

f) ter piso com forração completa e antiderrapante;

g) ser firmemente fixadas em suas extremidades.

18.21.5.2.2 Escada do Tipo Marinheiro

18.21.5.2.2.1 As escadas do tipo marinheiro deverão possuir:

a) corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de

descanso ou o piso superior de 1,10m (um metro e dez centímetros) a 1,20m (um

metro e vinte centímetros);

b) largura entre 0,40m (quarenta centímetros) e 0,60m (sessenta centímetros);

c) altura total máxima de 10,00m (dez metros), se for de um único lance;

d) altura máxima de 6,00m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de

múltiplos lances;

e) plataforma de descanso com dimensões mínimas de 0,60m x 0,60m (sessenta

centímetros por sessenta centímetros) e dotada de sistema de guarda corpo e rodapé,

conforme o subitem 18.20.5;

f) espaçamento uniforme entre os degraus de 0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m

(trinta centímetros);

g) fixação na base, a cada 3,00m (três metros) e no topo.

h) espaçamento entre o piso e a primeira barra não superior a 0,55m (cinquenta e cinco

centímetros);

i) distância em relação à estrutura que é fixada de, no mínimo, 0,15m (quinze

centímetros).

18.21.5.2.2.2 É obrigatória a instalação de cabo de segurança para conexão de trava

quedas em escadas tipo marinheiro com altura superior a 3,5m (três metros e cinquenta

centímetros) ou sistema equivalente.

Explicar sistema equivalente

18.21.5.3 Escadas Portáteis

18.21.5.3.1 As escadas portáteis deverão:

a) ter espaçamento uniforme entre os degraus entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) e

0,30m (trinta centímetros);

b) ser dotadas de degraus antiderrapantes;

c) ser apoiadas em piso resistente;

d) ser fixadas em seus apoios ou possuir dispositivo que impeça seu escorregamento.

18.21.5.3.2 É proibido colocar escadas portáteis:

a) onde houver risco de queda de objetos ou materiais;

b) em estruturas sem resistência

18.21.5.3.3.No caso do uso de escadas portáteis nas proximidades de portas ou áreas de

circulação a área no entorno dos serviços deve ser isolada e sinalizada.

18.21.5.3.4.Nas atividades realizadas nas proximidades de aberturas e vãos deve ser

observada a distância mínima correspondente a altura da escada entre o

local de trabalho e a abertura ou vão.

18.21.5.3.4.1 Nas situações em que não puder ser respeitada a distância prevista no

subitem anterior deverão ser adotadas medidas de proteção contra quedas com diferença

de nível.

18.21.5.3.5 Escadas de uso individual (de mão)

18.21.5.3.5.1 A escada de mão deve ter seu uso restrito para serviços de pequeno porte e

acessos temporários.

18.21.5.3.5.2 As escadas de mão deverão:

a) possuir, no máximo, 7,00m (sete metros) de extensão;

b) ultrapassar em pelo menos 1,00m (um metro) o piso superior;

c) possuir degraus fixados aos montantes por meios que garantam sua rigidez;

18.21.5.3.5.3 É proibido o uso de escada de mão com montante único.

18.21.5.3.5.4 É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos

energizados desprotegidos.

18.21.5.3.5.5 Escada dupla (cavalete ou de abrir)

18.21.5.3.5.5.1 As escadas duplas deverão:

a) possuir, no máximo, 6,00m (seis metros) de comprimento quando fechada;

b) ser providas de dispositivos que mantenham a abertura constante, sendo vedado

o uso de limitadores da abertura improvisados.

18.21.5.3.6 Escada extensível

18.21.5.3.6.1 As escadas extensíveis deverão:

a) ser dotadas de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão a contar da

catraca;

b) permitir sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro), quando estendida, caso não

haja limitador de curso.

18.21.5.3.6.2 As escadas extensíveis devem ser compostas por:

a) montantes e travessas;

b) corda para manobra de extensão;

c) roldana e guias;

d) sapata antiderrapante de segurança

e) duas catracas nos montantes.

18.21.5.3.6.3 A escada extensível com mais de 7m (sete metros) de comprimento deve

possuir sistema de travamento (tirante ou vareta de segurança) para impedir que os

montantes fiquem soltos e prejudiquem a estabilidade.

18.21.6 Rampas e passarelas.

18.21.6.1 As rampas e passarelas deverão:

a) ser dimensionadas em função de seu comprimento e das cargas a que estarão

submetidas;

b) Possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme subitem

18.20.5;

c) ter largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros);

d) ter piso com forração completa e antiderrapante;

e) ser firmemente fixadas em suas extremidades.

18.21.6.2 As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não

ultrapassando 30° (trinta graus) de inclinação em relação ao piso.

18.21.6.3 Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18° (dezoito graus), devem

ter fixadas peças transversais, espaçadas em 0,40m (quarenta centímetros), no máximo,

ou outro dispositivo de apoio para os pés.

18.22 Andaimes e Plataformas de Trabalho

18.22.1 Os andaimes devem atender aos seguintes requisitos:

a) ser projetados por profissional legalmente habilitado;

b) ser fabricados por empresas regularmente inscritas no CREA;

c) ser acompanhados de manuais de instrução fornecidos pelos fabricantes;

d) possuir piso com forração completa, antiderrapante, nivelado e fixado com

travamento que não permita seu deslocamento ou desencaixe;

e) Possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme subitem

18.20.5;

f) Possuir sistema de acesso ao andaime e aos postos de trabalho de maneira segura,

quando superiores a um metro de altura.

18.22.1.1 Não se aplicam aos andaimes simplesmente apoiados em cavaletes as alíneas

“a”, “b”, “c” e “e”.

18.22.1.2 Os manuais de instrução fornecidos pelo fabricante devem conter:

a) especificação de materiais, dimensões, posições de ancoragens e estroncamentos;

b) detalhes dos procedimentos sequenciais para as operações de montagem e

desmontagem.

18.22.1.3 As atividades de montagem e desmontagem de andaimes devem ser

realizadas:

a) em conformidade com o projeto de montagem e sob responsabilidade de profissional

legalmente habilitado nos andaimes fachadeiros, suspensos e em balanço;

b) por trabalhadores capacitados, que recebam treinamento específico para o tipo de

andaime;

c) por trabalhadores utilizando cinto de segurança tipo paraquedista, dotados de duplo

talabarte ou talabarte em “Y”, com ganchos de abertura mínima de cinquenta

milímetros e dupla trava;

d) utilizando ferramentas com amarração que impeçam a queda acidental das mesmas.

e) com isolamento e sinalização da área.

18.22.1.4 Os andaimes devem possuir registro formal de liberação de uso assinado por

profissional qualificado em segurança do trabalho ou pelo responsável da frente de

trabalho ou obra.

18.22.2 É proibido:

a) utilizar andaimes construídos com estrutura de madeira, exceto quando da

impossibilidade técnica de utilização de andaimes metálicos.

b) retirar ou anular qualquer dispositivo de segurança dos andaimes;

c) utilizar escadas e outros meios para se atingir lugares mais altos sobre o piso de

trabalho de andaimes;

d) o trabalho em andaimes simplesmente apoiados sobre cavaletes que possuam altura

superior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) ou largura inferior a 0,90m

(noventa centímetros).

18.22.3 A madeira a ser usada para construção de andaimes deve ser de boa qualidade,

sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o

uso de pintura que encubra imperfeições.

18.22.4 Os andaimes tubulares devem possuir montantes e painéis fixados com

travamento contra o desencaixe acidental.

18.22.4.1 O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito por meio de escadas e

observar uma das seguintes alternativas:

a) escada de mão, incorporada ou acoplada aos painéis com largura mínima de quarenta

centímetros e distância uniforme entre os degraus compreendida entre 0,25m (vinte e

cinco centímetros) e 0,30m (trinta centímetros);

b) escada para uso coletivo, incorporada interna ou externamente ao andaime, com

largura mínima de sessenta centímetros e com corrimãos e degraus antiderrapantes.

18.22.4.1.1 O uso de escadas pode ser dispensado caso seja possível o acesso seguro

pelo pavimento ao piso de trabalho do andaime.

ANDAIMES SIMPLESMENTE APOIADOS

18.22.5 Os andaimes simplesmente apoiados devem ser:

a) apoiados em sapatas sobre base rígida e nivelada capazes de resistir aos esforços

solicitantes e às cargas transmitidas, com ajustes que permitam o nivelamento;

b) ser fixados à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio de

amarração de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito.

18.22.5.1 Pode ser dispensada a fixação de andaimes simplesmente apoiados quando a

altura não exceder, em quatro vezes, a menor dimensão da base de apoio.

ANDAIMES FACHADEIROS

18.22.6 Os andaimes fachadeiros devem:

a) ser apoiados em sapatas sobre base rígida e nivelada capazes de resistir aos esforços

solicitantes e às cargas transmitidas;

b) possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme subitem

18.20.5, com exceção do lado da face de trabalho;

c) ser externamente revestidos por tela com abertura máxima de 2cm e que resista a

carga horizontal de 66kgf (sessenta e seis quilogramas-força) aplicada no seu ponto

mais desfavorável que impeça a projeção e queda de materiais.

18.22.6.1 A tela prevista na alínea “c”, do subitem anterior, deve ser instalada desde a

primeira plataforma de trabalho até 2,00m (dois metros) acima da última.

ANDAIMES MÓVEIS

18.22.7 Os andaimes móveis devem:

a) ser apoiados sobre superficie capaz de resistir aos esforços solicitantes e às cargas

transmitidas;

b) ser utilizados somente sobre superfície horizontal plana, que permita a sua segura

movimentação;

c) possuir rodízios providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais.

18.22.7.1 É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes móveis com

trabalhadores sobre eles.

ANDAIMES EM BALANÇO

18.22.8 Os andaimes em balanço devem possuir:

a) sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de suportar três vezes os esforços

solicitantes;

b) estrutura contraventada e ancorada, de modo a evitar oscilações.

ANDAIMES SUSPENSOS

18.22.9 Os andaimes suspensos devem:

a) possuir placa de identificação;

b) ter sua estabilidade garantida na posição de trabalho;

c) possuir, no mínimo, quatro pontos de sustentação independentes;

d) dispor de sistema de fixação para o cinto de segurança em estrutura independente da

estrutura do andaime;

e) dispor de sistemas de fixação, sustentação e estruturas de apoio precedidos de projeto

elaborado por profissional legalmente habilitado;

f) possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme subitem

18.20.5 com exceção do lado da face de trabalho;

g) ter largura útil da plataforma de trabalho de, no mínimo, 0,65m (sessenta e cinco

centímetros);

h) ter largura útil da plataforma de trabalho de, no máximo, 0,90m (noventa

centímetros), quando utilizado apenas um guincho em cada armação.

18.22.9.1 A placa de identificação dos andaimes suspensos deve ser fixada em local de

fácil visualização e conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do fabricante;

b) capacidade de carga em peso e número de ocupantes.

18.22.9.2 É permitida a utilização de andaimes suspensos por dois pontos de

sustentação independentes, desde que cada ponto possua cabo de aço de segurança

adicional ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático.

18.22.9.3 Os andaimes suspensos manuais tipo catraca deverão possuir estrados com

comprimento máximo de 8,00m (oito metros).

18.22.9.4 Em relação aos andaimes suspensos, é proibido:

a) utilizar trechos em balanço;

b) interligar suas estruturas;

c) utilizá-los para transporte de pessoas ou materiais que não estejam vinculados aos

serviços em execução.

18.22.9.5 O sistema de contrapeso, quando utilizado como forma de fixação da estrutura

de sustentação dos andaimes suspensos, deve:

a) ser projetado e fabricado sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado;

b) ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto;

c) possuir peso conhecido e marcado de forma indelével em cada peça;

d) ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes;

e) possuir contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal.

18.22.9.6 O sistema de suspensão dos andaimes deve:

a) ser feito por cabos de aço;

b) garantir o nivelamento do andaime;

c) ser verificado diariamente pelos usuários e pelo responsável pela obra, antes de

iniciarem os trabalhos.

18.22.9.6.1 Os responsáveis pela verificação prevista na alínea “c”, do subitem anterior,

devem ser capacitados e receber manual de procedimentos para a rotina de verificação

diária.

18.22.9.6.2 Os cabos de aço utilizados na sustentação dos andaimes suspensos devem:

a) ter comprimento tal que para a posição mais baixa do estrado restem pelo menos seis

voltas sobre cada tambor;

b) passar livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado

de limpeza e conservação.

18.22.9.7 Os guinchos de elevação com acionamento manual devem observar os

seguintes requisitos:

a) ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para catraca;

b) ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou automaticamente, na subida e na

descida do andaime;

c) possuir segunda trava de segurança para catraca;

d) ser dotado de capa de proteção da catraca.

18.22.9.7.1 É vedada a utilização de andaimes suspensos com acionamento manual por

catraca em construções acima de 15 m de altura.

ANDAIMES SUSPENSOS MOTORIZADOS

18.22.10 Os andaimes suspensos motorizados devem:

a) dispor de limitador de fim de curso;

b) ser dotados de dispositivos que impeçam sua movimentação, quando sua inclinação

for superior a 15° (quinze graus).

18.22.10.1 O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de

emergência, que deve observar os seguintes requisitos:

a) ser acionado automaticamente em caso de pane elétrica, de forma a manter a

plataforma de trabalho parada;

b) permitir o acionamento manual para a descida segura.

PLATAFORMAS DE TRABALHO DE CREMALHEIRA PARA USO EM

FACHADAS

18.22.11 As plataformas de trabalho devem ser montadas, operadas, mantidas,

desmontadas e inspecionadas por trabalhador capacitado, de acordo com recomendações

do fabricante e sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

18.22.12 Os fabricantes devem fornecer manual, em língua portuguesa, que deverá ser

mantido no canteiro de obras, contendo:

a) especificações técnicas do equipamento;

b) instruções de montagem e desmontagem;

c) recomendações de manutenção e inspeção do equipamento.

18.22.13 As plataformas de Trabalho devem:

a) possuir capacidade de carga mínima no piso de trabalho de cento cinquenta

quilogramas - força por metro quadrado;

b) quando utilizadas extensões telescópicas, estas devem oferecer a mesma resistência

do piso da plataforma;

c) possuir sistema de sinalização sonora acionado automaticamente durante a subida e

descida do equipamento;

d) possuir no painel de comando botão de parada de emergência;

e) ser dotado de dispositivos de segurança que garantam o perfeito nivelamento da

plataforma no ponto de trabalho, não podendo exceder a inclinação máxima indicada

pelo fabricante;

f) possuir sistema que, em caso de pane elétrica, mantenha a plataforma na sua posição

e permita o alívio manual por parte do operador para descida segura da mesma até

sua base;

g) possuir sistema de proteção contra quedas em todo o perímetro, conforme subitem

18.20.5 com exceção do lado da face de trabalho;

h) possuir chave ou bloqueio que impeça o acionamento por pessoas não autorizadas;

i) possuir acessos dotados de dispositivos eletroeletrônicos que impeçam sua

movimentação quando abertos;

j) possuir placa de identificação do fabricante

18.22.13.1 No caso de utilização de plataforma com chassi móvel, este deve ficar

devidamente nivelado, patolado ou travado no início de montagem das torres verticais

de sustentação da plataforma, permanecendo dessa forma durante seu uso e

desmontagem.

18.22.14 A montagem da torre deve ser realizada de forma que o último elemento

superior da torre seja cego, não podendo possuir engrenagens de cremalheira, para

garantir que os roletes permaneçam em contato com as guias.

18.22.15 Os elementos de fixação utilizados no travamento das plataformas devem ser

dimensionados para suportar os esforços indicados em projeto.

18.22.16 As ancoragens ou estroncamentos devem obedecer às especificações do

fabricante e serem indicadas no projeto.

18.22.17 É proibida a improvisação na montagem de trechos em balanço e a

interligação de plataformas.

18.22.19 A operação das plataformas deve obedecer aos seguintes requisitos:

a) todos os trabalhadores usuários de plataformas devem receber orientação quanto ao

carregamento e posicionamento dos materiais na plataforma;

b) todos os trabalhadores devem utilizar cinto de segurança tipo paraquedista ligado a

um cabo guia fixado em estrutura independente do equipamento ou ponto de

ancoragem indicado pelo fabricante;

c) o equipamento deve estar afastado das redes elétricas de acordo com as normas da

concessionária local, quando houver, e atendido o disposto na NR10;

d) a área sob a plataforma de trabalho deve ser sinalizada e o acesso controlado;

e) no percurso vertical da plataforma, não pode haver interferências que obstruam o seu

deslocamento.

18.22.19.1 É proibido:

a) realizar qualquer trabalho sob condições meteorológicas adversas;

b) a utilização das plataformas de trabalho para o transporte de pessoas e materiais não

vinculados aos serviços em execução .

18.22.20 A plataforma deve ser submetida à inspeção diária das condições de uso do

equipamento de acordo com as recomendações do fabricante.

18.22.21 As plataformas por cremalheira devem dispor dos seguintes dispositivos:

a) cabos de alimentação de dupla isolação;

b) plugs/tomadas blindadas;

c) aterramento elétrico;

d) dispositivo Diferencial Residual (DR);

e) limites elétricos de percurso superior e inferior;

f) motofreio;

g) freio automático de segurança;

h) botoeira de comando de operação com atuação por pressão contínua.

CADEIRA SUSPENSA

18.22.22 A cadeira suspensa deve atender aos requisitos de normas técnicas nacionais

vigentes.

18.22.23 A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e

bem visíveis, a razão social do fabricante e o número de registro respectivo no Cadastro

Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ.

18.22.23 É proibida a improvisação de cadeira suspensa.

18.22.24 O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao

trava-quedas em cabo de segurança independente.

18.22.25 O sistema de sustentação da cadeira suspensa deve:

a) ser precedidos de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado;

b) ser independente do cabo de segurança do trava-quedas.

18.23 Cabos de Aço, Cintas e Cordas

18.23.1 É obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e

conservação dos cabos de aço, das cintas, cordas e dos acessórios utilizados em obras de

construção, conforme o disposto em norma técnica vigente.

18.23.1.1 É proibido o uso de:

a) cordas de fibras naturais;

b) cabos de aço de uso geral não certificados.

18.23.2 Os cabos de aço, as cintas, cordas e os acessórios devem ser submetidos à

inspeção inicial, diária e periódica por trabalhador capacitado de acordo com requisitos

estabelecidos em normas técnicas nacionais ou, na sua inexistência, em normas

internacionais vigentes.

18.23.2.1 A inspeção inicial deve ser realizada antes do primeiro uso.

18.23.2.2 A inspeção diária visual deve ser realizada antes do uso nos seguintes casos:

a) em andaimes suspensos;

b) em elevadores a cabo;

c) em cabo de segurança para conexão de equipamentos de proteção individual;

d) em outras situações previstas no PCMAT

18.23.2.2.1A inspeção diária em bate estacas deve ser registrada.

18.23.2.3 A inspeção periódica deve ser realizada de acordo com intervalos

estabelecidos pelo fabricante ou por profissional legalmente habilitado.

18.23.2.4 As inspeções iniciais e periódicas devem ser registradas e os registros

mantidos à disposição da inspeção do trabalho no estabelecimento.

18.23.3 Os cabos de aço, cordas, as cintas e os acessórios devem ser substituídos

quando apresentarem condições que comprometam a sua integridade em face da

utilização a que estiverem submetidos.

18.23.4 As cordas e os cabos de aço utilizados para sustentação de cadeira suspensa ou

como cabo de segurança para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo pára-

quedista devem ser compatíveis com o sistema trava-quedas e cadeira suspensa,

conforme a especificação do fabricante.

18.23.4.1 As cordas utilizadas para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo de

segurança para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo pára-quedista devem

atender às especificações da norma técnica para cordas Tipo A.

18.23.5 As cordas devem ser construídas por capa e alma e adicionalmente atender aos

seguintes requisitos:

a) Resistência estática mínima de 22 kN;

b) Diâmetro mínimo de 11mm;

c) Marcação de acordo com a norma técnica;

d) Nome comercial do fabricante ou CNPJ;

e) Número e ano da Norma de referência e o tipo de corda (A ou B);

f) Ano de fabricação, data de fabricação ou outra forma que permita a

rastreabilidade;

g) Especificação do material de fabricação da corda

18.23.6 Os cabos de aço e cordas utilizados em sistema de proteção contra quedas que

sofrerem impactos de queda devem ser retirados de uso.

18.25 Telhados e Coberturas.

18.25.1 O trabalho em telhados e coberturas deve ser antecedido de Análise de Risco,

que estabelecerá:

a) os meios de acesso do trabalhador ao posto de trabalho;

b) o sistema de movimentação do trabalhador na superfície de trabalho;

c) os equipamentos de proteção coletiva e individual.

18.25.1.1 Nos trabalhos sobre fornos ou equipamentos com emanação de gases, caso

haja impossibilidade de desligamento do equipamento, a Análise de Risco deve

considerar, além de outros fatores, a exposição dos trabalhadores aos gases gerados no

processo.

18.25.1.2 A Análise de Risco deve considerar a capacidade de carga da superfície e

apoios em que serão realizados os trabalhos.

18.25.1.3 Para trabalhos em telhados e coberturas, devem ser utilizados sistemas ou

dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado, que atendam às

normas técnicas, e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores.

18.25.1.4 Quanto a especificação e o dimensionamento do sistema de ancoragem devem

ser tomadas as seguintes providências:

a) ser realizado por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

18.25.2 Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados ou

coberturas devem ser precedidos de inspeção e de emissão de Permissões para Trabalho.

18.25.3 Quando houver risco de quedas de materiais sob os locais onde se desenvolvam

as atividades devem ser adotadas as seguintes medidas:

a) Instalação de proteção coletiva para controlar o risco;

b) Isolar e sinalizar a área no entorno quando da insuficiências das proteções;

18.25.4 É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas:

a) sobre superfícies instáveis;

b) com aplicação de cargas acima da capacidade de carga da superfície e apoios;

c) sobre superfícies escorregadias;

d) sob condições climáticas adversas;

18.26 Serviços com embarcações

18.26.1 As embarcações utilizadas nos serviços de apoio à indústria da construção

devem atender às Normas da Autoridade Marítima - NORMAM vigentes.

18.26.2 Todas as embarcações devem informar, em lugar visível e em língua

portuguesa, a carga máxima permitida e a lotação máxima.

18.26.3 Na periferia das embarcações, deve haver guarda-corpo de proteção contra

quedas de trabalhadores (balaustrada), exceto nos casos previstos na NORMAM 2.

18.26.4 As superfícies dos postos de trabalho e das áreas de circulação dos

trabalhadores nas embarcações, bem como dos locais de embarque, devem ser

antiderrapantes.

18.26.5 Deve haver, nas embarcações, equipamentos de segurança, combate a incêndio

e salvatagem, em conformidade com a NORMAM-02/DPC.

18.26.6 Na execução de trabalhos com risco de queda na água, devem ser utilizados

coletes salva-vidas classe IV, homologados pela Diretoria de Portos e Costas.

18.26.6.1 Quando da execução de trabalhos a quente com risco de queda na água, deve-

se utilizar colete salva-vidas classe IV retardante de chamas.

18.26.6.2 Os coletes salva-vidas devem ser em número mínimo igual ao de pessoas a

bordo.

18.26.7 É obrigatório o uso de botas com elástico lateral nas atividades em

embarcações.

18.26.8 Deve haver, nas embarcações, iluminação de segurança estanque ao tempo,

quando da realização de atividades noturnas.

18.26.9 Os materiais e ferramentas sobre as embarcações devem ser acondicionados de

modo que não haja deslocamentos que acarretem riscos aos embarcados.

18.26.10 Nas embarcações, deve haver comunicação eficiente entre terra e bordo para

apoio em situações de emergência.

18.27 Atividades em vias públicas.

18.27.1 A sinalização de segurança para alertar motoristas e pedestres nas vias públicas

próximas a canteiros de obras ou frentes de trabalho deve ser realizada conforme Plano

de Trabalho precedido de Análise de Riscos.

18.27.1.1 O Plano de Trabalho deve integrar o PCMAT.

18.27.1.2 O Plano de Trabalho deve observar as exigências dos órgãos competentes.

18.27.1.3 O Plano de Trabalho deve prever, no mínimo:

a) distância segura ao local de trabalho, considerando a velocidade de operação da via;

b) delimitação das vias de circulação de trabalhadores e pedestres;

c) necessidade de veículos de apoio;

d) especificação das vestimentas dos trabalhadores, de acordo com normas técnicas

oficiais vigentes;

e) utilização de sinalização de material refletivo ou similar que possibilite a

visualização inclusive à noite;

f) implementação das medidas de controle antes do início das atividades;

g) manutenção periódica da sinalização.

18.27.2 As vias de circulação dos trabalhadores dentro das frentes de trabalho junto às

vias públicas devem ser sinalizadas e protegidas.

18.27.3 Os veículos de apoio, nos trechos em execução, devem estar equipados com

dispositivos luminosos rotativos ou intermitentes.

18.27.4 É proibida a realização de atividades sob condições meteorológicas adversas,

salvo em situações de emergência ou que possam causar danos irreparáveis a pessoas ou

ao patrimônio, caso em que a realização dos serviços deverá estar prevista no Plano de

Trabalho e sob supervisão de profissional qualificado em segurança do trabalho.

18.27.5 Quando forem executados serviços com roçadeiras tipo portátil próximas às

vias de circulação de pessoas ou veículos, devem ser utilizadas telas com resistência

suficiente para a proteção contra lançamentos de materiais.

18.28 Acidente fatal. Ver Portaria 589 sobre acidente fatal

18.28.1 Todo acidente fatal relacionado ao trabalho, inclusive as doenças do trabalho

que resultem morte, deve ser comunicado à unidade do Ministério do Trabalho e

Emprego mais próxima à ocorrência no prazo de até vinte e quatro horas após a

constatação do óbito, além de informado no mesmo prazo por mensagem eletrônica ao

Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, da Secretaria de Inspeção do

Trabalho, no endereço [email protected] contendo as informações listadas em anexo

a esta norma.

18.28.1.1 A comunicação de que trata o art. 2º não suprime a obrigação do empregador

de notificar todos os acidentes do trabalho e doenças relacionadas ao trabalho, com ou

sem afastamento, comprovadas ou objeto de suspeita, mediante a emissão de

Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT apresentada ao órgão competente do

Ministério da Previdência Social.

18.28.1 Em caso de ocorrência de acidente fatal, é obrigatória a adoção das seguintes

medidas:

a) comunicar o acidente fatal, de imediato, à autoridade policial competente e ao órgão

regional do Ministério do Trabalho, que repassará imediatamente ao sindicato da

categoria profissional do local da obra;

b) isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas características até

sua liberação pela autoridade policial competente e pelo órgão regional do Ministério do

Trabalho.

18.28.1.1 A liberação do local poderá ser concedida após a investigação pelo órgão

regional competente do Ministério do Trabalho, que ocorrerá num prazo máximo de 72

(setenta e duas) horas, contado do protocolo de recebimento da comunicação escrita ao

referido órgão, podendo, após esse prazo, serem suspensas as medidas referidas na

alínea "b" do subitem 18.28.1.

18.29 Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na

Indústria da Construção

18.29.1 O Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho

na Indústria da Construção – CPN e os Comitês Permanentes Regionais sobre

Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção – CPR, por

Unidade da Federação constituem-se como Comissões tripartites, paritárias e

permanentes e têm seu funcionamento conforme o disposto nesta NR, sem prejuízo de

outras Portarias a respeito expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e do

regimento interno de cada Comitê.

18.29.2 O CPN será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares do

governo, dos empregadores e dos empregados, sendo facultada a convocação de

representantes de entidades técnico-científicas ou de profissionais especializados,

sempre que necessário.

18.29.2.1 No primeiro mandato anual, o coordenador do CPN será indicado pela

Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, no segundo pela FUNDACENTRO e, nos

mandatos subseqüentes, a coordenação será indicada pelos membros da Comissão,

dentre seus pares.

18.29.2.2 À coordenação do CPN cabe convocar pelo menos uma reunião semestral,

destinada a analisar o trabalho desenvolvido no período anterior e traçar diretrizes para

o ano seguinte.

18.29.2.3 O CPN pode ser convocado por qualquer de seus componentes, através da

coordenação, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, reunindo-se com a presença

de pelo menos metade dos membros.

18.29.2.4 Os representantes integrantes do grupo de apoio técnico-científico do CPN

não terão direito a voto, garantido o direito de voz.

18.29.2.5 As disposições anteriores aplicam-se aos Comitês Regionais, observadas as

representações em âmbito estadual.

18.29.2.6 São atribuições do CPN:

a) deliberar a respeito das propostas apresentadas pelos CPR, ouvidos os demais CPR;

b) encaminhar ao Ministério do Trabalho as propostas aprovadas;

c) justificar aos CPR a não aprovação das propostas apresentadas;

d) elaborar propostas, encaminhando cópia aos CPR;

e) aprovar os Regulamentos Técnicos de Procedimentos - RTP.

18.29.3 O CPR será composto de 3 (três) a 5 (cinco) representantes titulares e suplentes

do Governo, dos trabalhadores, dos empregadores e de 3 (três) a 5 (cinco) titulares e

suplentes de entidades de profissionais especializados em segurança e saúde do trabalho

como apoio técnico-científico.

18.29.3.1 As propostas resultantes dos trabalhos de cada CPR serão encaminhadas ao

CPN. Aprovadas, serão encaminhadas ao Ministério do Trabalho, que dará andamento

às mudanças, por meio de dispositivos legais pertinentes, no prazo máximo de 90

(noventa) dias.

18.29.3.2 Nos estados onde funcionarem organizações tripartites que atendem às

atribuições estabelecidas para os CPR, presume-se que aquelas sejam organismos

substitutivos destes.

18.29.3.3 São atribuições dos Comitês Regionais - CPR:

a) estudar e propor medidas para o controle e a melhoria das condições e dos ambientes

de trabalho na indústria da construção;

b) implementar a coleta de dados sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais na

indústria da construção, visando estimular iniciativas de aperfeiçoamento técnico de

processos construtivos, de máquinas, equipamentos, ferramentas e procedimentos nas

atividades da indústria da construção;

c) participar e propor campanhas de prevenção de acidentes para a indústria da

construção;

d) incentivar estudos e debates visando ao aperfeiçoamento permanente das normas

técnicas, regulamentadoras e de procedimentos na indústria da construção;

e) encaminhar o resultado de suas propostas ao CPN;

f) apreciar propostas encaminhadas pelo CPN, sejam elas oriundas do próprio CPN ou

de outro CPR;

g) negociar cronograma para gradativa implementação de itens da Norma que não

impliquem em grave e iminente risco, atendendo as peculiaridades e dificuldades

regionais, desde que sejam aprovadas por consenso e homologados pelo Comitê

Permanente Nacional – CPN. (Incluído pela Portaria SSST n.º 20, de 17 de abril de

1998)

18.34.3.3.1 As propostas resultantes de negociações do CPR, conduzidas na forma do

disposto na alínea "g" do subitem 18.34.3.3, serão encaminhadas à autoridade regional

competente do Ministério do Trabalho, que dará garantias ao seu cumprimento por meio

de dispositivos legais pertinentes, de acordo com as prerrogativas que lhe são atribuídas

pelo subitem 28.1.4.3, da Norma Regulamentadora 28.(Incluído pela Portaria SSST n.º

20, de 17 de abril de 1998)

18.29.4 O CPN e os CPR funcionarão na forma que dispuserem os regulamentos

internos a serem elaborados após sua constituição.

18.30 Disposições gerais.

18.30.1 Soluções Alternativas

18.30.1.1 É facultada às empresas, sob responsabilidade profissional, em situações

especiais não previstas nesta NR, mediante cumprimento dos requisitos previstos nos

subitens seguintes, a adoção de soluções alternativas referentes às medidas de proteção

coletiva, às técnicas de trabalho e ao uso de equipamentos, tecnologias e outros

dispositivos que:

a) propiciem avanço tecnológico em segurança e saúde dos trabalhadores;

b) objetivem a implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos de

segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na

Indústria da Construção;

c) garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e saudável.

18.30.1.2 As tarefas a serem executadas mediante a adoção de soluções alternativas

devem estar previstas em procedimentos de segurança do trabalho, nos quais devem

constar:

a) os riscos aos quais os trabalhadores estarão expostos;

b) a descrição dos equipamentos e das medidas de proteção coletiva a serem

implementadas;

c) a especificação técnica dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI a serem

utilizados;

d) instruções quanto ao uso dos Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e EPI,

conforme as etapas das tarefas a serem realizadas;

e) ações de prevenção a serem observadas durante a execução dos serviços.

18.30.1.2 A implementação de soluções alternativas deve ser precedida de Análise de

Risco e Permissão de Trabalho.

18.30.1.3 A documentação relativa à adoção de soluções alternativas integra o PCMAT,

devendo ser mantida no canteiro de obras ou frente de trabalho, acompanhada das

respectivas memórias de cálculo, especificações técnicas e procedimentos de trabalho, e

ser disponibilizada para conhecimento dos trabalhadores, do Sindicato da categoria e do

Ministério do Trabalho e Emprego.

18.30.2 São obrigatórios o fornecimento gratuito, pelo empregador, de, no mínimo, dois

conjuntos de vestimenta de trabalho, e a sua reposição, quando danificada.

18.30.2.1 Nos trabalhos a céu aberto e quando indicado na Análise de Risco, quando

indicado na Análise de Risco, a vestimenta de trabalho deve ser de manga longa.

18.30.3 Nos trabalhos a céu aberto com exposição direta aos raios solares, o empregador

deve fornecer protetor solar para proteção das partes do corpo expostas ao sol conforme

especificado no PCMSO.

ANEXO I

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CARGA HORÁRIA MÍNIMA PARA O

PROGRAMA DE TREINAMENTO

1. Curso básico de segurança em operações de Movimentação de Cargas

Carga horária mínima de vinte horas.

Conteúdo programático:

a) Conceitos básicos;

b) Considerações Gerais (amarrações, acessórios de içamento, cabos de aço etc.);

c) Tabela de capacidade de cargas e ângulos de içamento;

d) Operação (cargas perigosas, peças de pequeno porte, tubos, perfis, chapas e eixos

etc.);

e) Sinais e comunicação durante a movimentação de cargas;

f) Segurança na movimentação de cargas;

g) Exercício prático;

h) Avaliação Final.

2. Curso complementar para operadores de Equipamento de Guindar

Carga horária mínima de vinte horas.

Conteúdo programático:

a) Acidente do Trabalho e sua prevenção;

b) Equipamentos de proteção coletiva e individual;

c) Dispositivos aplicáveis das Normas Regulamentadoras (NR-6, NR-10, NR-11 e NR-

17);

d) Equipamento de Guindar (tipos de equipamento, inspeções dos equipamentos e

acessórios);

e) Situações especiais de risco (movimentação de cargas nas proximidades de rede

elétrica energizada, condições

climáticas adversas dentre outras);

f) Ergonomia do posto de trabalho;

g) Exercício prático;

h) Avaliação Final.

3. Curso básico para observador de Trabalhos a Quente

Carga horária mínima de oito horas.

Conteúdo programático:

a) Classes de fogo;

b) Métodos de extinção;

c) Tipos de equipamentos de combate a incêndio;

d) Sistemas de alarme e comunicação;

e) Rotas de fuga;

f) Equipamento de proteção individual e coletiva;

g) Práticas de prevenção e combate a incêndio.

4. Curso Básico de Segurança para Trabalhos a Quente

Carga horária mínima: 08 (oito) horas

4.1 Módulo Geral: aplicável a todas as especialidades de trabalho a quente.

Carga horária mínima: 04 (quatro) horas;

Conteúdo programático:

a) Estudo da NR-34, Item 34.5;

b) Identificação de Perigos e Análise de Riscos

• Conceitos de Perigos e Riscos;

• Técnicas de Identificação de Perigos e Análise de Riscos;

• APP e APR - Análise Preliminar de Perigos e Análise Preliminar de Riscos.

c) Permissão para Trabalho - PT;

d) Limite inferior e superior de explosividade;

e) Medidas de Controle no Local de Trabalho

• Inspeção Preliminar

• Controle de materiais combustíveis e inflamáveis

• Proteção Física

• Atividades no entorno

• Sinalização e Isolamento do Local de Trabalho;

• Inspeção Posterior para controle de fontes de ignição

f) Renovação de Ar no Local de Trabalho (Ventilação/Exaustão);

g) Rede de Gases (Válvulas e Engates);

h) Ergonomia;

i) Doenças ocupacionais;

j) FISPQ.

4.2 Módulo Específico: aplicável às diferentes modalidades de trabalho a quente:

Carga horária mínima: 04 (quatro) horas para cada uma das modalidades

Conteúdo programático:

4.2.1 Atividade com Solda - Riscos e Formas de Prevenção:

• Riscos da Solda Elétrica;

• Radiações Não Ionizantes;

• Gases e Fumos Metálicos;

• Máquinas de Solda;

• Cabos de Solda;

• Eletrodos;

• Circuito de Corrente de Solda;

• Riscos nas Soldas com Eletrodos Especiais;

• Riscos nas Soldas com Processos Especiais (Arco Submerso , Mig, Mag, Tig)

• Riscos na Operação de Goivagem;

• EPI e EPC.

• Proteção Elétrica - Quadros, Disjuntores e Cabos de Alimentação

4.2.2 Atividade com maçarico - Riscos e Forma de Prevenção:

• Riscos no Corte e Solda a Gás;

• Cilindros de Gases;

• Sistemas de Alimentação de Gases;

• Características dos Gases Utilizados (Acetileno, Oxigênio, GLP);

• Mangueiras de Gases;

• Maçaricos.

• EPI e EPC.

4.2.3 Atividades com Máquinas Portáteis rotativas - Riscos e Forma de Prevenção:

• Equipamentos de Corte e Desbaste;

• Acessórios: Coifas, Disco de Corte, Disco de Desbaste, Escova, Retífica, Lixa e

Outros;

• Sistema de Segurança;

• Proteção Física contra Faíscas;

• Proteção Elétrica - Quadros, Disjuntores e Cabos de Alimentação;

• EPI e EPC.

4.2.4 Outras atividades a quente - Riscos e Forma de Prevenção:

• Conteúdo definido de acordo com a atividade, identificados na APR.