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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO RELATÓRIO DAS REUNIÕES PARTICIPATIVAS REALIZADAS NAS COMUNIDADES DA FLORESTA NACIONAL SARACÁ-TAQUERA, DE 23 A 28 DE NOVEMBRO DE 2011, SOBRE A REVISÃO DO PLANO DE MANEJO DESTA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NOVEMBRO DE 2011

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO

RELATÓRIO DAS REUNIÕES PARTICIPATIVAS REALIZADAS NAS

COMUNIDADES DA FLORESTA NACIONAL SARACÁ-TAQUERA, DE 23 A

28 DE NOVEMBRO DE 2011, SOBRE A REVISÃO DO PLANO DE MANEJO

DESTA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

NOVEMBRO DE 2011

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REALIZAÇÃO

Ministério do Meio Ambiente (MMA)

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Serviço Florestal Brasileiro (SFB)

APOIO

Projeto BR 163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação

Empresa Ecossis Soluções Ambientais (ECOSSIS)

Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS)

Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná

(ARQMO)

EQUIPE DE REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

EQUIPE TÉCNICA

ICMBio: André Luiz Macedo; José Risonei Assis da Silva

SFB: Adriana Bariani, Cléo Gomes da Mota, Leuzabeth Silva, Marcelo Santos Melo,

Marcelo Arguelles, Maria Wanda de Alencar, Rodrigo Martins dos Santos

Cooperação Técnica Alemã (SFB/GIZ): Bernadette Weis

Empresa ECOSSIS: Juliana da Silva Rodrigues

REPRESENTAÇÃO DAS COMUNIDADES

ACOMTAGS: Emerson Carvalho da Silva

ARQMO: Antonio Carlos Printes

SISTEMATIZAÇÃO

Adriana Bariani; Bernadette Weis; Marcelo Melo; Leuzabeth Assunção Silva

REVISÃO

André Luiz Macedo

José Risonei Assis da Silva

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LISTA DE SIGLAS

ACOMTAGS – Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá

ACOTJA - Associação Comunitária dos Trabalhadores Rurais do Jamary

ACPLASA – Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Médio Lago Sapucuá

AMTRUCAS - Associação dos Moradores e Trabalhadores Rurais da Comunidade do

Ajará

APRUS - Associação de Moradores da Comunidade da Serra

ARCMASA - Associação Comunitária do Maceno

ARQMO – Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município

de Oriximiná

CAR – Cadastro Ambiental Rural

CCDRU - Contrato de Concessão de Direito Real de Uso

CEQMO - Cooperativa Mista Extrativista dos Quilombolas do Município de Oriximiná

COPER Moura – Cooperativa de Prestação de Serviços da comunidade do Moura

COPERPLASA – Cooperativa Agropecuária dos Produtores do Lago Sapucuá

FLONA – Floresta Nacional

FOFA - Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças

GIZ – Cooperação Técnica Alemã no Brasil

GPS – Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System)

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

ITERPA - Instituto de Terras do Pará

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MRN - Mineração Rio do Norte

PEAEX - Projeto Estadual Agroextrativista

PFNM – Produtos Florestais Não Madeireiros

REBIO – Reserva Biológica

SEMA – Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará

SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente

SFB – Serviço Florestal Brasileiro

STTR – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais

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UC – Unidade de Conservação

UMF – Unidade de Manejo Florestal

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO

2. OBJETIVOS

3. METODOLOGIA

4. RESULTADOS

4.1. ZONA DE USO E OCUPAÇÃO POPULACIONAL DA FLONA SARACÁ-

TAQUERA

4.2. DADOS SÓCIOECONÔMICOS DAS COMUNIDADES DA FLONA SARACÁ-

TAQUERA

4.3. MATRIZ FOFA - PONTOS FORTES, OPORTUNIDADES, PONTOS FRACOS E

AMEAÇAS REFERENTES A FLONA NA VISÃO DAS COMUNIDADES DA

FLONA SARACÁ-TAQUERA

4.4. ENCAMINHAMENTOS, PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES DAS REUNIÕES

4.5. DADOS LEVANTADOS EM CAMPO

5. CONCLUSÃO

ANEXOS

1 - Dados socioeconômicos e Mapas Falados das comunidades do interior e entorno da

FLONA Saracá-Taquera

2 - Matriz FOFA - pontos fortes, oportunidades, pontos fracos e ameaças referentes a

FLONA Saracá-Taquera, e sua relação com as comunidades do interior e entorno da

FLONA

3 - Relatório das atividades de coleta de pontos com uso de GPS, em campo

4 - Listas de presença das reuniões ocorridas nas comunidades da FLONA Saracã-

Taquera

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1. APRESENTAÇÃO

A Floresta Nacional (FLONA) Saracá-Taquera foi criada pelo Decreto 98.704,

de 27 de dezembro de 1989, com área estimada de 429.600 hectares. Esse Decreto

autorizou o desenvolvimento e continuidade de atividades de pesquisa e lavras minerais

que estivessem em curso ou que fossem consideradas áreas de reserva técnica, também

autorizou o IBAMA a celebrar convênios para a proteção e o manejo futuro dos

recursos renováveis, sob regime de produção sustentada, bem como realizar as

desapropriações necessárias para o cumprimento dos objetivos da FLONA (Plano de

Manejo da FLONA Saracá-Taquera, 2001).

A FLONA Saracá-Taquera é uma Unidade de Conservação de uso sustentável,

onde é permitido o uso racional dos recursos, desde que seja por meio do manejo

sustentável de uso múltiplo. Está localizada na região Norte do Brasil, no Estado do

Pará, abrangida pelos municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa, entre as

coordenadas geográficas 1°20’ e 1°55’ de latitude Sul e 56°00’ e 57°15’ de latitude

Oeste. Limita-se ao norte com a Reserva Biológica do Rio Trombetas, tendo como linha

divisória o rio Trombetas, a oeste com terras da união na bacia do rio Nhamundá, ao sul

com propriedades de terceiros, pela bacia do rio Nhamundá e lago Sapucuá e a leste

com propriedades de terceiros na bacia do rio Trombetas e do lago Sapucuá (Plano de

Manejo da FLONA Saracá-Taquera, 2001).

O Plano de Manejo dessa Unidade de Conservação foi publicado em 2001.

Neste plano consta que a maior parte da FLONA é ocupada por florestas primárias,

sendo o restante da área ocupada por outras formas de uso, tais como agropecuária,

concentrada na porção centro-sul da FLONA, hidrografia, mineração e áreas de solo

exposto. Ademais, cerca de 21% da área de entorno é ocupada por hidrografia, estradas,

ferrovia, aeroporto, porto e áreas agrícolas (Plano de Manejo da FLONA Saracá-

Taquera, 2001).

Por outro lado, no Plano ainda consta que “as operações de extração de bauxita

na FLONA Saracá-Taquera pela Mineração Rio do Norte foram iniciadas em 1979,

sendo realizadas todas as operações em Porto Trombetas, iniciando na mina, onde é

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realizada a extração da bauxita, passando pela planta de beneficiamento, transporte

ferroviário, secagem ou estocagem na área do porto e embarque de navios.

A área de entorno da FLONA é utilizada, principalmente, por remanescentes

quilombolas e comunidades ribeirinhas, além de Porto Trombetas, incluindo o Porto e a

Vila que tem a finalidade de dar suporte às atividades da MRN e alocar os funcionários

e contratados da empresa. Dentre as comunidades que moram e utilizam o interior e

entorno desta Unidade de Conservação (UC), apenas os quilombolas foram

considerados na zona populacional no Plano de Manejo.

Nesse sentido, considerando que há comunidades tradicionais que moram e

outras que utilizam o interior e entorno da FLONA para moradia e desenvolvimento de

atividades produtivas voltadas ao consumo de subsistência e comercialização e, que,

estas não são contemplados no Plano de Manejo atual, o Ministério do Meio Ambiente,

por meio do ICMBio e do SFB, iniciou o processo de revisão do Plano de Manejo dessa

unidade.

Assim, esta revisão constou com a contratação da empresa ECOSSIS,

abrangendo vários estudos a partir de dados secundários, oficinas participativas com

pesquisadores e sociedade civil e reuniões participativas nas comunidades da FLONA,

visando identificar as áreas utilizadas pelas comunidades para moradia e para

desenvolvimento de atividades produtivas.

A empresa ECOSSIS iniciou suas atividades em 13 de junho de 2011, onde foi

definido um cronograma de atividades para revisão do Plano de Manejo. Entre o

período de 23 a 28 de novembro de 2011, foram realizadas reuniões participativas nas

comunidades da FLONA, visando identificar as áreas de uso e moradia das

comunidades, tanto no interior quanto no entorno da UC. As informações sobre as

reuniões estão constantes neste relatório e serão consideradas nas oficinas participativas

para definição de proposta de novo zoneamento da unidade a se considerado na revisão

do Plano de Manejo. Estas reuniões ocorrerão entre final de janeiro e início de fevereiro

de 2012.

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2. OBJETIVOS

Definir zona populacional da FLONA Saracá-Taquera a ser acrescentada a

versão do Plano de Manejo.

Debater sobre a revisão do Plano de Manejo da FLONA, com ênfase na questão

sócioeconômica, a partir de Mapa Falado.

Verificar em campo e coletar pontos com GPS das áreas de uso das

comunidades do interior da FLONA.

3. METODOLOGIA

As reuniões foram realizadas por duas equipes, simultaneamente, sendo que

uma equipe estava em uma comunidade e a outra equipe em outra comunidade. Uma

terceira equipe estava em campo, no mesmo período das reuniões, verificando pontos

apontados pela comunidade com necessidade de confirmação.

As reuniões foram conduzidas por um facilitador, contando ainda com apoio de

dois ou três representantes do SFB e do ICMBio. A programação adotada nas reuniões

foi a constante no quadro 1. Para atender aos objetivos propostos as reuniões ocorreram

com aplicação da ferramenta Mapa Falado e Perguntas Orientadoras. O Mapa Falado

visou identificar a área da comunidade, incluindo sua sede, infraestrutura, áreas de uso,

atividades produtivas e limites com a FLONA Saracá-Taquera.

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Quadro 1 – Programação das reuniões participativas nas comunidades da FLONA

Saracá-Taquera, sobre revisão do Plano de Manejo da Unidade de Conservação. Horário Atividade Observação

09:15 – 09:30 h

Abertura Breves falas de boas vindas de representante do

ICMBio e da comunidade onde estará sendo

realizada a reunião.

09:30 – 09:35 h Apresentação da agenda do dia Facilitador

09:35 – 12:00 h

Apresentação ICMBio

Esclarecimento da plenária

sobre a FLONA Saracá-Taquera, Plano de

Manejo, zoneamento da FLONA e processo de

revisão do Plano de Manejo

Apresentação Serviço Florestal

Brasileiro

Esclarecimento da plenária

Competências e Concessão Florestal

Trabalho em grupo Dividir grupos por comunidade e confeccionar

mapa falado de ocupação e uso.

12:00 - 13:30 h Intervalo para almoço

13:30 – 17:00 h

Trabalho em grupo Confecção de Mapa Falado de ocupação e uso

Aplicação da ferramenta Matriz

FOFA

Matriz FOFA - definição dos pontos forte,

oportunidades, pontos fracos e ameaças para as

comunidades em relação a FLONA e

Concessões Florestais

Apresentação em plenária dos

resultados dos grupos e

encerramento.

Apresentar neste momento informes das

agendas da revisão do Plano de Manejo,

incluindo OP e OPP.

As reuniões participativas ocorreram em onze comunidades da FLONA,

contando com representantes de 31 comunidades (Quadro 2).

Quadro 2 – Cronograma de reuniões participativas nas comunidades da FLONA Saracá-

Taquera, sobre revisão do Plano de Manejo da UC. DATA ATIVIDADE COMUNIDADES REPRESENTADAS

23/10/2011

Reunião na comunidade do

Castanhal

Ajará, Lero, Castanhal, São Pedro, Casinha e Macedônia

Reunião na comunidade

Boa Nova

Boa Nova, Saracá

24/10/2011 Reunião na comunidade do

Espírito Santo

Espírito Santo, São Francisco

25/10/2011

Reunião na comunidade do

Ajarazal

Ajarazal e Samauma I

Reunião na comunidade do

Carimum

Samaúma II e Carimum

26/10/2011

Reunião na comunidade do

Lago do batata

Acari, Batata I (Boa Esperança), Batata II (Bom Jesus)

Reunião na comunidade do

Moura

Moura

27/10/2011

Reunião na comunidade da

Tapagem

Mãe Cué, Sagrado Coração de Jesus e Tapagem

Reunião na comunidade do

Jamari

Quilombolas do Jamari, Palhal e Curuça-Mirim

Reunião na comunidade de

Redobra

Viravolta, Redobra, Uxi e São Tomé

Reunião na comunidade do

Jamary

Nascimento, Jamary e Serra

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4. RESULTADOS

As reuniões participativas sobre revisão do Plano de Manejo da FLONA

Saracá-Taquera contaram com a presença de 450 pessoas, sendo 37 na reunião realizada

na comunidade do Castanhal, 40 na comunidade Boa Nova, 30 na comunidade do

Espírito Santo, 26 na comunidade do Ajarazal, 27 na comunidade do Carimum, 38 na

comunidade do Batata, 13 na comunidade do Moura, 64 na comunidade da Tapagem,

34 na comunidade quilombola do Jamari, 34 na comunidade do Redobra e 107 na

comunidade do Jamary - município de Terra Santa.

Para realização dessas reuniões estiveram presentes 2 técnicos do ICMBio, 07

técnicos do Serviço Florestal Brasileiro, 1 técnica cooperante do GIZ/SFB, 1

representante da empresa ECOSSIS, 1 representante das comunidades ribeirinhas da

ACOMTAGS e 1 representante das comunidades quilombolas.

4.1. ZONA DE USO E OCUPAÇÃO POPULACIONAL DA FLONA DE

SARACÁ-TAQUERA

4.1.1. Área de uso e ocupação populacional das comunidades ribeirinhas da

ACOMTAGS (lago Sapucua, igarapé Maria Pixi e rio Trombetas) e do lago do Batata

De acordo com informações repassadas na reunião e no levantamento de campo

feito por Rodrigo, verificou-se uma área de moradia ocupada pela comunidade Boa

Nova, na área zoneada no Plano de Manejo de 2001 como Zona Primitiva que fica

próxima à Unidade de Manejo Florestal (UMF 2) em Processo de Concessão Florestal,

tendo, inclusive, moradores no interior da Unidade de Manejo já licitada (UMF 2).

Adicionalmente, esta área foi identificada pelas comunidades Ajará, Lero, Boa Nova,

São Pedro, Castanhal, Macedônia, Casinha e Saracá como sendo área de uso

comunitário. Informaram que essas comunidades usam em torno de 3 km a partir do

limite da FLONA para o seu interior.

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Adicionalmente, pelas informações repassadas, verifica-se que nas áreas das

comunidades Boa Nova, Castanhal, Lero, Ajará, São Francisco, Samaúma I, Samaúma

II, Carimum, Ajarazal, Acari, Batata I (Boa Esperança) e Batata II (Bom Jesus),

historicamente, há um número considerável de pessoas que vivem dentro da FLONA,

tiram de lá o seu sustento, praticam agricultura familiar, etc. Outras pessoas que moram

no entorno da FLONA nestas comunidades têm dentro da FLONA o seu terreno,

herdado do pai. Vale ressaltar que estas pessoas já nasceram nessas áreas e muitos estão

hoje com idade acima de 50 anos, estando, portanto, no local, antes da criação da

Unidade.

Por outro lado, essas pessoas hoje sofrem as consequencias de um Plano de

Manejo elaborado em 2002, no qual eles, disseram que “em momento algum foram

inclusos nos levantamentos e de repente informados de fora que estariam em local

proibido de moradia”. Assim, durante as reuniões o que mais foi exigido por essas

comunidades e que finalmente se faça justiça em transformar suas áreas, que existiam já

antes da criação da FLONA em zona populacional, a fim de que eles possam voltar a ter

o direito de tirar o sustento de suas famílias de forma legal.

A comunidade Boa Nova sugeriu ainda que fosse definida na revisão do Plano

de Manejo uma zona de amortecimento na FLONA Saracá-Taquera, que abrangesse a

área desta comunidade. A comunidade de São Pedro identificou 9 km a partir do lago

como área de uso comunitário, estando 3 km destes no interior da FLONA. Já os

moradores das comunidades do Lero e Ajará moram no interior da FLONA durante a

cheia, visto que a área da comunidade alaga nesse período.

As comunidades São Francisco e São Tomé identificaram que a área utilizada

pela comunidade no interior da FLONA deveria ser considerada como área de uso

comunitário.

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4.1.2. Área de uso e ocupação populacional das comunidades quilombolas da FLONA

Saraca-Taquera

As comunidades do Moura, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus e Mãe-Cué,

informaram que as famílias utilizam uma área após a zona populacional que designaram

como área de uso comunitário e que corresponde a mesma área em pretensão pelas

comunidades quilombolas para criação de Território Quilombola. Assim, as

comunidades quilombolas solicitaram que seja acrescentada à revisão do Plano de

Manejo a área de uso comunitário utilizada pelas comunidades, que, segundo alguns

representantes, distam 22 km do limite da FLONA para seu interior.

4.1.3. Área de uso e ocupacao populacional das comunidades do interior e entorno da

FLONA do município de Terra Santa

A comunidade do Jamary, no município de Terra Santa, foi definida por seus

representantes por estarem a mais de cinco gerações no interior da FLONA. As

comunidades da Serra e do Nascimento, apesar da maioria morar na cidade de Terra

Santa, utilizam área da FLONA para extrativismo, caça de subsistência e criação de

gado. A área da comunidade da Serra apresenta 40 lotes no interior da unidade, mas não

foi identificado na reunião se há moradores nesses lotes atualmente, mas sim que a

maioria mora em Terra Santa.

4.2. DADOS SÓCIOECONÔMICOS DAS COMUNIDADES DA FLONA

SARACÁ-TAQUERA

As reuniões ocorreram em 31 comunidades da FLONA Saracá-Taquera. Destas

comunidades, 15 fazem parte da área em que a ACOMTAGS detém o CCDRU, sob

condição resolutiva, junto ao ITERPA, do PEAEX Sapucuá e Trombetas, localizado à

margem direita do rio Trombetas, limitando-se ao norte com a margem direita do rio

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Trombetas, ao Sul com o lago Sapucuá e igarapé Maria Pixi, à leste com o rio

Trombetas e à Oeste com o igarapé Maria Pixi e FLONA Saracá-Taquera.

As comunidades deste assentamento estão localizadas ao longo do lago

Sapucuá, no igarapé Maria Pixi e no rio Trombetas, iniciando na comunidade do Acari,

próximo a comunidade do Batata, seguindo o rio Trombetas, entrando no lago Sapucuá

e indo até os limites dos municípios de Oriximiná e Terra Santa. A partir dos limites

destes municípios inicia outro assentamento, no município de Terra Santa, o Projeto de

Assentamento Vira Volta.

Apesar da ACOMTAGS deter o CCDRU do assentamento, há nesta área

grandes latifundiários que o Governo Federal não indenizou e também não desapropriou

as terras antes de criar o assentamento. Assim, o PEAEX consistiu mais em um

programa de regularização da terra do que desapropriação para assentamento.

Das 31 comunidades, constantes neste relatório, fazem parte do assentamento as

seguintes: 1) lago Sapucuá: comunidades Ajará, Lero, Castanhal, São Pedro, Saracá,

Boa Nova e Casinha; 2) Igarapé Maria Pixi: Espírito Santo, São Francisco e São Tomé e

3) rio Trombetas: Samaúma I, Samaúna II, Acari, Carimum e Ajarazal. Por outro lado,

uma parte das famílias das comunidades Boa Nova, Lero, Castanhal, São Francisco,

Samaúna I, Samaúma II, Carimum, Ajarazal e Acari moram no interior da FLONA.

As comunidades do lago do Batata (Batata I - Boa Esperança e Batata II - Bom

Jesus) estão localizadas no interior da FLONA Saracá-Taquera e não fazem parte da

ACOMTAGS. A maioria das famílias dessas comunidades não está associada a

nenhuma organização.

As comunidades quilombolas da área do Alto Trombetas englobam as

comunidades do interior da FLONA (Moura, Tapagem, Mãe Cué, Sagrado Coração de

Jesus, Curuça-Mirim e Palhal), do interior e entorno da REBIO do Rio Trombetas

(Jamari, Juquiri, Juquirizinho e Juquiri Grande) e as comunidades de área quilombola

titulada (Boa Vista, Abui e Paraná do Abui). As comunidades quilombolas que moram

na área da FLONA enfrentam dificuldades no acesso a pesca no rio Trombetas, visto

que o rio Trombetas está totalmente no interior da REBIO do Rio Trombetas, no trecho

da Comunidade Mussurá até a Comunidade Cachoeira Porteira.

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Segundo os participantes das reuniões foi informado que todas as 31

comunidades que estavam representadas nas reuniões utilizam a FLONA para coleta de

produtos extrativistas madeireiros e não madeireiros, pesca e caça, visto que moram no

interior e entorno da FLONA, fazendo parte do dia a dia dessas comunidades. Utilizam

a madeira para construção de casas, embarcações, caixões, curral e cerca na área da

comunidade. Os produtos não madeireiros usam principalmente para alimentação,

remédio, artesanato e produção de artefatos que precisam utilizar, como peneira,

paneiro, cipó para amarrar o curral, etc.

De acordo com essas informações repassadas por comunitários presentes nas

reuniões, da área da ACOMTAGS há 645 famílias no entorno e interior da FLONA

Saracá-Taquera, sendo 320 no lago Sapucuá, 124 no igarapé Maria Pixi e 201 no rio

Trombetas. Já, nas comunidades que moram no lago do Batata há 78 famílias e nas

comunidades quilombolas do Alto Trombetas que moram no interior e entorno da

FLONA, há em torno de 256 famílias. Nas comunidades de Terra Santa que moram e

usam a UC há em torno de 183 famílias (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6; Figura 1).

Da área do lago Sapucuá há 29 famílias que moram dentro da FLONA (Figura

2) e 21 que usam o interior da unidade para agricultura e pecuária. Destas famílias, 25

mudam-se para o interior da UC na época da cheia, visto que a área que moram na

comunidade e fora da UC é várzea. Assim, todas as 20 famílias da comunidade do Lero

e 05 famílias da comunidade Castanhal que trabalham com criação de gado moram na

época da cheia dentro da FLONA e na época da seca fora da unidade.

As comunidades Lero, Castanhal e Casinha usam o interior da FLONA para

plantio de culturas agrícolas, coleta de produtos extrativistas (madeireiro e não

madeireiro), criação de pequenos animais e pecuária. Por outro lado, as comunidade do

Ajará e São Pedro utilizam a unidade para retirada de produtos extrativistas madeireiros

e não madeireiros. Entre a FLONA e a comunidade de São Pedro há uma fazenda de

criação de gado do Sr. Toninho que dificulta o acesso à UC por parte dos comunitários.

Na comunidade da Casinha há uma família com uma área de pastagem dentro da

FLONA com aproximadamente 3000 cabeças de gado, enquanto que a produção da

comunidade é, em média, de 70. Há ainda de 7 a 10 casas próximo ao limite da unidade

com áreas de roçado e criação de gado.

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Em relação às comunidades do lago Maria Pixi (Tabela 2) há 7 famílias da

comunidade São Francisco que moram dentro da FLONA (Figura 2) somente durante o

trabalho com roça e extrativismo. Usam a área da unidade para agricultura, extrativismo

(madeira e não madeireiros), pesca e caça e o entorno para agricultura, pesca, criação de

gado e extrativismo.

As comunidades ribeirinhas que moram ao longo do rio Trombetas, dentro da

FLONA, desenvolvem dentro da unidade criação de pequenos animais (Samaúma I,

Carimum, Samaúma II e Acari) e pecuária (Samaúma I e II). O último morador da

comunidade Carimum (Sr. Dejalma) está distante 500 metros da Unidade de Manejo

Florestal (UMF 2) em processo de Concessão Florestal. Já, a comunidade Samaúma II

está a uma distância de 6 km da UMF 2. As famílias desta comunidade utilizam a

madeira dos roçados para fazer carvão e vender, gerando ajuda importante na renda

familiar.

Nas comunidades do lago do Batata, 78 famílias moram dentro da FLONA e

usam a unidade para agricultura, extrativismo madeireiro e não madeireiro, pesca, caça

e criação de pequenos animais. A comunidade Batata II - Bom Jesus trabalha ainda com

criação de gado dentro da FLONA. Após os terrenos localizados ao redor do lago

Araça, as famílias desta comunidade utilizam em torno de 8 km para coleta de madeira,

produtos não-madeireiros e caça, inclusive dentro da UMF 2 em processo de Concessão

Florestal.

Das comunidades quilombolas há 237 famílias morando no interior da FLONA

(Figura 2). As famílias da comunidade Jamari moram na REBIO do Rio Trombetas e

usam a FLONA para desenvolver suas atividades produtivas. Porém, nas reuniões, não

foi informado se há e qual o número de famílias desta comunidade que usam a unidade.

As comunidades quilombolas do Moura, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus e Mãe

Cué estão localizadas na frente do rio Trombetas. Esta parte do rio já faz parte da

REBIO do rio Trombetas, o que gera grande dificuldade das comunidades no uso dos

recursos para subsistência, já que na reserva biológica não é permitido.

As comunidades quilombolas do Moura, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus,

Mãe Cué, Curuça-Mirim, Jamari e Palhal, possuem acordo com ICMBio para coleta de

castanha do Brasil na REBIO do Rio Trombetas. Estas comunidades são as únicas

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comunidades da FLONA que estão no Plano de Manejo atual como zona populacional.

Há poucas famílias que trabalham com criação de gado nessas comunidades, sendo 1

família na comunidade Mãe Cué, 1 na comunidade Sagrado Coração de Jesus, 2 na

comunidade Tapagem e 1 na comunidade Moura.

As comunidades do município de Terra Santa possuem 53 famílias morando

dentro da FLONA (Figura 2), sendo a maior parte da comunidade do Jamary (27

famílias). Desta comunidade, segundo alguns comunitários, há pessoas que estão há

mais ou menos 5 gerações na área da comunidade que está dentro da unidade. Usam a

área da FLONA para agricultura, extração de produtos florestais madeireiros e não

madeireiros, criação de pequenos animais, caça e pesca.

As famílias das comunidades de Redobra e Vira Volta usam o interior da UC

para criação de boi, cavalo, galinha e pato, além de agricultura, coleta de produtos

extrativistas madeireiros e não madeireiros, pesca e caça de subsistência.

Em relação à comunidade do Uxi, pelas informações apresentadas na reunião,

indica-se que a mesma não utiliza o interior da FLONA e está localizada totalmente fora

da UC. Da mesma forma, não foi informado se há famílias da comunidade São Tomé

morando na FLONA, mas foi dito que as mesmas usam a unidade para coleta de

madeira, produtos não madeireiros e caça.

As comunidades do Nascimento e Serra, pelas informações repassadas, não

possuem muitas famílias morando na FLONA. Da comunidade Nascimento há 9 casas

na FLONA, pertencentes ao Pofiro, João, Sabino, Nazaré, Matias, Ronan, Pereguete,

Dilce e Titica, e não foi possível saber se estes estão morando nestas casas ou fora da

unidade. A maior parte da produção desta comunidade é proveniente da mandioca e

criação de gado. Em relação à comunidade da Serra, há 40 lotes na FLONA, sendo que

a maioria das famílias não está morando, mas sim fora da UC, principalmente em Terra

Santa. Usam a FLONA para roçado e criação de gado. A última moradora da

comunidade e que mora dentro é a Dona Dilza, que fica após o portão da MRN,

próximo ao Platô Jamary.

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Tabela 1 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no lago Sapucuá, FLONA Saracá-Taquera, PEAEX Sapucuá-Trombetas

Comunidade

N.

famílias

total

N. famílias

que moram

na FLONA

N. famílias que usa a

FLONA p/ agricultura e

pecuária, mas não mora

Atividades Produtivas na

FLONA

Atividades Produtivas

no entorno da FLONA Relação com a FLONA Organização social

Boa Nova 46 3 4

Agricultura, extrativismo,

madeira, pesca, caça,

pequenos animais

Agricultura,

extrativismo, pesca

A comunidade utiliza o entorno e interior da

FLONA para moradia e desenvolvimento de

atividades produtivas

ACOMTAGS

Saracá 30 1 16

Agricultura, extrativismo,

madeira, pesca, caça,

pequenos animais

Agricultura,

extrativismo, madeira,

pesca

16 famílias trabalham agricultura e 5 destas

criação de pequenos animais na FLONA. ACOMTAGS

Ajará 55 0 0 Extrativismo e madeira Extrativismo, pecuária

O limite da FLONA fica distante da

comunidade e próximo a este há mata e

pastagem. Há um ramal que dá acesso a UC.

Alguns fazem

parte da

ACOMTAGS

Lero 20 20 - durante o período de cheia apenas Agricultura, extrativismo,

madeira, pecuária

Extrativismo, pesca,

agricultura, pecuária,

e pequenos animais

Durante a cheia as famílias mudam-se para a

FLONA, pois a área da comunidade fica

alagada neste período.

ACOMTAGS,

ACPLASA e

STTR

Castanhal 62 a 70 5 - época da cheia apenas

Extrativismo, pesca,

madeira; Pecuária - na

época da cheia

Pecuária; extrativismo

- miri, madeira

O centro da comunidade está distante da

FLONA 6 km. Utilizam 3 km desta. Há um

ramal de acesso da comunidade até a FLONA.

ACPLASA,

COPERPLASA

São Pedro 19 0 0 Extrativismo, madeira Pecuária, madeira,

pesca

A área da comunidade está distante 6 km do

limite da FLONA. Há a fazenda do Toninho

entre a área da comunidade e a UC,

dificultando o acesso dos comunitários à área.

ARCMASA

Casinha 80 0 1 (3000 cabeças de

gado)

Agricultura, extrativismo,

madeira, pesca, gado

Agricultura,

extrativismo,

pecuária, pesca

A comunidade utiliza em torno de 5 km do

interior da FLONA. Há 1 área de roçado e de 7

a 10 casas próximas ao limite da FLONA.

Alguns fazem

parte da

ACOMTAGS

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Tabela 2 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no PEAEX Sapucuá-Trombetas – Maria Pixi, Oriximiná e Terra Santa - PA

Comunidade

N.

famílias

total

N. famílias

que moram

na FLONA

N. famílias usa a

FLONA p/ agricultura

e pecuária e não mora

Atividades Produtivas

na FLONA

Atividades Produtivas no

entorno da FLONA Relação com a FLONA

Organização

social

Espírito

Santo 35 0 0 Não usam a FLONA

Agricultura, extrativismo,

pesca

A comunidade está distante dos limites da

FLONA, logo, não utilizam a Unidade. ACOMTAGS

São

Francisco 72 7 0

Agricultura,

extrativismo,

madeira, caça

Agricultura, extrativismo,

pesca

Durante o período que estão trabalhando moram

dentro da FLONA. O Sr. Francisco possui um

sítio de trabalho próximo ao limite da FLONA.

Coordenador da

comunidade

São Tomé 17 0 não informado Extrativismo,

madeira, caça,

Agricultura (maniva,

mandioca), gado, pesca

Não foi informado na reunião se há famílias com

atividades agrícolas ou morando na FLONA.

Tabela 3 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no lago do Batata, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná-PA.

Comunidade

N.

famílias

total

N. famílias

que moram

na FLONA

N. famílias que usa a

FLONA p/ agricultura

e pecuária e não mora

Atividades Produtivas

na FLONA

Atividades Produtivas no

entorno da FLONA Relação com a FLONA

Organização

social

Batata I -

Boa

Esperança

31 31 0

Agricultura,

extrativismo,

madeira, pesca, caça

Extrativismo, pesca Além da comunidade inteira morar e praticar

agricultura familiar na FLONA, as famílias

também dependem da mesma para o extrativismo

desde madeira, da qual produzem desde o berço

para as crianças até os caixões, muitas espécies

frutíferas para alimentação e plantas para fins

medicinais. Sua dependência da FLONA é

extrema, uma vez que sua vida toda ocorre lá.

Poucos fazem

parte da

ACOMTAGS

(poucos). Os

demais criaram

uma

Associação dos

“individuais”

que tem

problemas e é

desacreditada

pelos seus

membros.

Batata II -

Bom Jesus 47 47 0

Agricultura, pesca,

caça, madeira,

pequenos animais,

gado, extrativismo,

A comunidade inteira mora e pratica agricultura

familiar na FLONA e dependem da mesma para o

extrativismo, frutíferas para alimentação e plantas

para fins medicinais. Usam 8 km após os terrenos

do lago Araça, inclusive dentro da UMF 2 em

Concessão Florestal, para retirada de madeira,

PFNM e caça. Sua dependência da FLONA é

extrema, uma vez que sua vida toda ocorre lá.

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Tabela 4 – Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no rio Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA, PEAEX Sapucuá-

Trombetas.

Comunidade

N.

famílias

total

N. famílias

que moram

na FLONA

N. famílias usa a

FLONA p/

agricultura e

pecuária e não mora

Atividades Produtivas

na FLONA

Atividades Produtivas no

entorno da FLONA Relação com a FLONA

Organização

social

Samaúma I 40 21 0

Agricultura, pecuária e

pequenos animais,

madeira, caça, pesca

Agricultura, pecuária e

criação de pequenos

animais, pesca

3 famílias tem parte do terreno dentro e no

entorno da FLONA e 18 famílias dentro da UC

ACOMTAGS -

um morador

Carimum 55 15 0

Agricultura, criação de

pequenos animais,

extrativismo, madeira,

caça

Agricultura, criação de

pequenos animais, pecuária

(boi e cavalo), pesca

O último morador da comunidade (Sr.

Dejalma) está a 500 metros da UMF 2 em

processo de Concessão Florestal. Uma parte da

área da comunidade está no entorno e outra

dentro da FLONA.

não informado

Ajarazal 38 13 0

Agricultura,

extrativismo, madeira,

caça, criação de gado e

pequenos animais

Agricultura, pesca,

extrativismo, gado e

pequenos animais

Todas as famílias da comunidade buscam parte

de sua subsistência do extrativismo (frutíferas

para alimentação, plantas medicinais - não tem

acesso a médicos, madeira que usam desde

construção de berço, casas para moradia até

caixão quando as pessoas morrem na própria

comunidade - a Prefeitura Municipal de

Oriximiná só providencia caixão para pessoas

que falecem na cidade.

ACOMTAGS

(1 morador). Os

demais fizeram

parte da

associação dos

“individuais”

que passa por

descrédito dos

membros

Samaúma II 36 19 0

Agricultura, pequenos

animais, pecuária,

extrativismo, madeira,

pesca, caça

Agricultura, criação de

pequenos animais, pecuária

(boi, cavalo, boi de carroça

e porco), madeira, pesca

A área da comunidade está a 6 km da UMF 2

em Concessão Florestal. Da madeira retirada

das áreas de roçado produzem carvão para

venda e importante reforço na renda familiar.

Associação de

Moradores do

Samúma II

Acarí 32 15 8

Agricultura, pesca,

caça, madeira,

pequenos animais,

extrativismo

Agricultura, extrativismo,

madeira (carvão), pesca,

caça

Além das famílias que moram ou trabalham

dentro da FLONA há 9 famílias que moram e

trabalham a agricultura no entorno. Todas as

32 famílias tem uma dependência extrema da

UC, desde extração de madeira, frutíferas para

alimentação a plantas medicinais - as famílias

são totalmente desprovidas de assistência

médica que só encontram em Oriximá.

A maioria é

individual, não

fazem parte de

nenhuma

associação.

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Tabela 5 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas na zona populacional da Floresta Nacional Saracá-Taquera e Reserva Biológica

do Rio Trombetas (Jamari), área quilombola do Alto Trombetas, município de Oriximiná-Pará

Comunidade N. famílias

total

N. famílias

que moram

na FLONA

Atividades Produtivas na

FLONA

Atividades

Produtivas no

entorno da FLONA

Relação com a FLONA Organização social

Moura 125 105

Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça,

criação de pequenos animais, pecuária

A comunidade está na zona populacional da FLONA e utiliza

como área que designaram "área de uso comunitário" a área que

está em pretensão de criação de Território Quilombola

ARQMO, COPER

Moura

Tapagem 46 46

Agricultura, extrativismo,

criação de pequenos animais,

pesca, caça, gado (2 famílias)

Extrativismo,

agricultura, pesca,

caça

Uma parte da comunidade está dentro da FLONA e a outra no

Território Quilombola. A partir do rio a frente da comunidade é

área da Reserva Biológica do Rio Trombetas.

Associação Mãe

Domingas, STTR,

ARQMO, CEQMO

Mãe Cué 33 33

Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça,

criação de pequenos animais, pecuária (1)

Usam mais a área próxima ao lago Grande - VÁRZEA, mas na

cheia saem desta área. Utilizam após a zona populacional para

coleta de produtos florestais que designaram "área de uso

comunitário", correspondente a mesma área pretendida para

criação de Território Quilombola

Associação Mãe

Domingas,

ARQMO

Sagrado

Coração de

Jesus

24 24

Agricultura, extrativismo,

madeira, pesca, caça, criação

de gado (1 pessoa)

Extrativismo Há um criador de gado próximo ao igarapé da Água Fria. Toda a

comunidade mora no interior da FLONA.

Associação Mãe

Domingas

Curuça-

Mirim 18 19

Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça

Além das 18 famílias há 1 individual que possui 30 ha de campo

dentro da FLONA. Utilizam área da REBIO para coleta de

castanha do Brasil e palha do ubim. Coletam copaíba no platô

Monte Branco em concessão mineral pela MRN. Foi criada

recentemente uma

associação das

comunidades

quilombolas desta

região e muitos

aderiram

Jamari não

informado 0

Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça

As famílias dessa comunidade moram na REBIO do Rio

Trombetas e trabalham na FLONA com agricultura familiar, ao

longo do lago Matapí. Utilizam área da REBIO para coleta de

castanha do Brasil e palha do ubim. Coletam copaíba no platô

Monte Branco em concessão mineral pela MRN.

Palhal 10 10 Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça

Utilizam área da REBIO do Rio Trombetas para coleta de

castanha do Brasil e palha do ubim. Coletam copaíba no platô

Monte Branco em concessão mineral pela MRN

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Tabela 6 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas na parte Sul da FLONA Saracá-Taquera, município de Terra Santa-Pará

Comunidade N. famílias

total

N. famílias que

moram na

FLONA

N. famílias usa a

FLONA p/ agricultura

e pecuária e não mora

Atividades Produtivas na

FLONA

Atividades Produtivas

no entorno da FLONA Relação com a FLONA Organização social

Redobra 28 3 não informado

Agricultura, pecuária,

extrativismo, madeira,

pesca, caça, criação de

pequenos animais

Agricultura, madeira,

pesca, caça

Usam área da FLONA para pecuária (boi,

cavalo) e criação de pequenos animais (galinha,

pato), além de produtos florestais e moradia

Grupo de mulheres

produtoras de mel

Viravolta 13 13 não informado

Agricultura, pecuária,

extrativismo, madeira,

pesca, caça, criação de

pequenos animais

Agricultura, madeira,

pesca, caça

Usam área da FLONA para pecuária (boi,

cavalo) e criação de pequenos animais (galinha,

pato), além de produtos florestais e moradia

Grupo de mulheres

produtoras de mel

Uxi 15 0 0 Não usam a área

Agricultura, pequenos

animais, extrativismo,

madeira, caça

Tudo indica que a comunidade não utiliza área

da FLONA Não informado

Jamary 36 27 não informado

Agricultura, criação de

pequenos animais,

extrativismo, caça, pesca

Agricultura, criação de

pequenos animais,

pecuária, pesca, caça

Foi informado pelos comunitários que há

pessoas a mais de 5 gerações dentro da FLONA

na área da comunidade. Uma parte da

comunidade está no interior e a outra no

entorno da FLONA.

ACOTJA

(Associação

Comunitária dos

Trabalhadores

Rurais do Jamary)

Nascimento 42 9 não informado Agricultura

Agricultura, criação de

pequenos animais,

pecuária, pesca, caça

Não foi informado se as 9 casas dentro da

FLONA estão sendo utilizadas como moradia

ou se os moradores moram fora da FLONA. A

maior parte da produção da comunidade é

proveniente da mandioca e criação de gado.

Não há

Serra 49 não informado não informado

Agricultura, pecuária,

extrativismo, madeira,

pesca, caça

Agricultura, criação de

pequenos animais,

pecuária, pesca, caça

Há 40 lotes dentro da FLONA sem morador. A

maioria mora em Terra Santa e usa a UC para

roça e criação de gado. A última casa está após

o portão da MRN e pertence a Dona Dilza.

Associação dos

Moradores da Serra

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Figura 1 – Número total de famílias por comunidade, segundo dados repassados por

moradores nas reuniões participativas sobre revisão do Plano de Manejo da FLONA

Saracá-Taquera, ocorridas de 23 a 28 de novembro de 2011 nas comunidades da

FLONA.

320

124

201

78

256

183

ACOMTAGS - lago Sapucua

ACOMTAGS - Maria Pixi

ACOMTAGS - rio Trombetas

lago do Batata

Comunidades quilombolas

Comunidades de Terra Santa

Figura 2 – Número total de famílias que moram no interior da FLONA, por

comunidade, segundo dados repassados por moradores nas reuniões participativas sobre

revisão do Plano de Manejo da FLONA Saracá-Taquera, ocorridas de 23 a 28 de

novembro de 2011 nas comunidades da FLONA.

297

83

78

237

52

ACOMTAGS - lago Sapucua

ACOMTAGS - Maria Pixi

ACOMTAGS - rio Trombetas

lago do Batata

Comunidades quilombolas

Comunidades de Terra Santa

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4.3. MATRIZ FOFA - PONTOS FORTES, OPORTUNIDADES, PONTOS

FRACOS E AMEAÇAS REFERENTES A FLONA NA VISÃO DAS

COMUNIDADES DA FLONA SARACÁ-TAQUERA

Foi utilizada a ferramenta FOFA para avaliação dos pontos fortes, das

oportunidades, dos pontos fracos e das ameaças acerca da existência da FLONA Saracá-

Taquera, assim como do processo de concessão florestal para as comunidades do

interior e do entorno da UC. Dessa forma, percebeu-se a influência que a unidade exerce

sobre essas comunidades e suas expectativas, considerando a revisão do Plano de

Manejo. Estas informações detalhadas sobre a avaliação das comunidades podem ser

acessadas no Anexo 3.

4.3.1 Pontos Fortes apontados pelas comunidades da FLONA Saracá-Taquera referente

a criação da FLONA e ao processo de Concessão Florestal.

De maneira geral as comunidades avaliaram o estabelecimento da FLONA

como positiva, indicando a redução do desmatamento, o ensino acerca de questões

ecológicas e conservacionistas e o aumento da quantidade e diversidade de animais

silvestres. Da mesma forma, as pessoas que moram dentro e no entorno da FLONA se

sentem mais protegidas, especialmente com relação aos invasores de terra, uma vez que

as ações de fiscalização com a aplicação de multas e a realização de reuniões fizeram

com que fazendeiros e “grileiros” perdessem o interesse pelas terras da UC

Outro ponto que merece destaque é a criação do Conselho Consultivo, trazendo

parceria com diversas entidades, fortalecendo as atividades coletivas como os roçados

na forma de mutirão, entre outros. Além disso, houve a legalização de atividades

produtivas no interior da FLONA (extrativismo, agricultura de subsistência, etc.), o que

contribuiu para melhor diálogo entre as comunidades e os gestores da UC.

As comunidades já reconhecidas no Plano de Manejo da UC relataram maiores

benefícios diretos da relação com a FLONA e com a Mineração Rio do Norte. Para

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estas comunidades o acesso as políticas públicas melhorou, uma vez que são

considerados como zona populacional.

4.3.2 Oportunidades apontadas pelas comunidades que podem ser geradas pela FLONA

Saracá-Taquera e pelo processo de Concessão Florestal.

A avaliação consideravelmente favorável acerca da existência da FLONA e do

processo de concessão florestal gerou expectativas positivas, uma vez que vislumbram

oportunidades de melhoria de vida para as comunidades do interior e do entorno da

FLONA.

Estas expectativas estão ligadas ao uso dos recursos naturais de forma ordenada

e sustentável, como o Manejo Florestal Comunitário, envolvendo desde o trabalho com

a madeira, aproveitamento de resíduos do manejo florestal sustentável e dos roçados, ao

artesanato com os diversos produtos não madeireiros (sementes, cipós, cascas, etc.),

além da reativação de projetos como os voltados à Castanha do Brasil.

Da mesma forma, pleiteiam a realização do manejo da fauna com a criação de

animais silvestres, incluindo a implantação de piscicultura.

O processamento local dos produtos primários foi consideravelmente citado

pelos comunitários, como o apoio aos marceneiros das comunidades com a instalação

de marcenaria, de um estaleiro para a recuperação e construção de embarcações, além

de beneficiamento local do tucumã nas comunidades de Viravolta e Redobra.

A grande riqueza relacionada a diversidade natural e cultural da região suscitou

dos comunitários o apoio ao desenvolvimento de atividades turísticas.

Para o desenvolvimento dessas atividades, as comunidades, de forma geral,

demandaram capacitações nas diversas áreas, tais como marcenaria, construção naval,

identificação botânica, técnico florestal, uso da flora e fauna, legislação ambiental, lixo,

saúde, regras gerais de uso da FLONA, entre outros.

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Nesse sentido, o processo de Concessão Florestal se torna uma oportunidade

para o emprego da mão de obra local nas atividades florestais, o que gera a necessidade

de: 1) estabelecer uma relação equilibrada que traga capacitação para as diversas

atividades; 2) parceria para acesso aos produtos de utilização das comunidades,

principalmente itaúba e os Produtos Florestais Não Madeireiros constantes no edital e

contrato de Concessão Florestal) e 3) promover o replantio da floresta com itaúba.

Uma das formas identificadas, pelos comunitários, para facilitar o acesso ao uso

dos recursos é o Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) que pode ser

concedido pelo ICMBio para as comunidades do interior da FLONA.

Além das atividades ligadas ao uso dos produtos naturais, há as oportunidades

identificadas para agricultura. Os comunitários relatam que a melhoria nas práticas

agrícolas com diversidade das atividades, evita que os comunitários tenham que ir para

cidade “passar fome” ou avançar sobre novas áreas. Diante disso, demandam

capacitações em horticultura, criação de galinha, agricultura em geral, criação de

abelhas, confecção de móveis, corte e costura, entre outras.

Outra atividade recorrente, tanto no interior da UC como nas zonas de entorno,

é a criação de gado como subsistência/poupança. O Gado para esta população é

considerado como poupança, uma vez que eles visam a venda do mesmo no caso de

alguma doença na família, etc. Nesse sentido, pleiteiam a regularização da criação.

As expectativas com relação às atividades produtivas são complementadas com

o desejo de comercialização dos produtos de forma equilibrada e justa através de uma

COOPERATIVA.

Para a viabilidade das demandas os comunitários vêem nas parcerias com o

ICMBio e SFB, entre outros, o apoio necessário à viabilização desses projetos junto as

suas associações.

Outra questão importante, diz respeito aos recursos hídricos da FLONA. As

águas da FLONA são classificadas como tipo 2, permitindo que uma determinada carga

de sólidos em suspensão esteja presente na água. Essa percentagem torna a água dos

rios e igarapés impróprias para o consumo comunitário e, segundo os mesmos,

prejudica os peixes e outros animais. Diante desse caso e das reclamações das

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comunidades, houve um esclarecimento por parte da chefia da FLONA que há uma

maneira de garantir a manutenção da qualidade da água, mudando sua categoria para

“tipo especial”. Então, as comunidades foram unânimes em pleitear na revisão do Plano

de Manejo da UC a mudança na classificação da água para “tipo especial”.

Entre as principais questões levantadas pelas comunidades, há a relação com o

ICMBio e IBAMA e o reconhecimento das comunidades para favorecer o acesso às

Políticas Públicas e aos benefícios proporcionados pela FLONA.

Nesse sentido, os comunitários vêem com urgência a ampliação da Zona

Populacional, assim como a Zona de Amortecimento como forma de

inclusão/reconhecimento das comunidades do interior e do entorno da FLONA na

Revisão do Plano de Manejo.

Assim, as comunidades entendem que poderão estreitar a comunicação com o

ICMBio para fiscalização entendendo os procedimentos adotados pelo Instituto e da

mesma forma atuando em conjunto na proteção da unidade. Dessa forma, os servidores

do Instituto (orientados e capacitados) também poderão vir a conhecer e cumprir os

acordos estabelecidos, evitando ações sem orientação ou por conta própria.

Essas atividades poderão ser contempladas/favorecidas com a criação de fundo

específico para as comunidades atingidas diretamente pelas atividades das concessões

para investir em educação, fiscalização e infra estrutura.

Com o reconhecimento e as futuras parcerias, as comunidades esperam ser

contempladas com serviços essenciais como, acesso a energia elétrica, acesso a

abastecimento de água potável (microssistemas potáveis). Além disso, aproveitar os

benefícios da concessão para complementação desses serviços como saúde, educação,

lazer, emprego e renda e projetos comunitários.

A reativação e formalização de acordos de pesca foram citados como atividades

que as comunidades da FLONA anseiam para melhoria da questão da pesca nas áreas da

comunidade e buscando conter a pesca predatória por pessoas de fora da comunidade.

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4.3.3 Pontos fracos apontadas pelas comunidades em relação a FLONA Saracá-Taquera.

Considerando que os decretos de criação de Unidades de Conservação são

feitos sem conhecimento e participação das comunidades, os moradores da FLONA

Saracá-Taquera apontam como um ponto fraco o referido decreto,que não teve esse

contato anterior com as populações que já moravam na área antes de sua criação.

Os moradores do interior e entorno da FLONA questionaram que o Limite de

criação da FLONA diminuiu a área das comunidades, vindo, com isso, a proibição para

tirar madeira, caçar, tirar frutas, cipó, breu e outros produtos da unidade, bem como

abertura de estradas para acesso aos locais de trabalho das famílias dentro da UC que

tem roçados distantes ou para escoar produção. Isso, de acordo com os comunitários,

restringiu a renda por conta da criação da FLONA por não poderem mais realizar suas

atividades dentro da UC, inclusive agricultura e criação de gado que são as principais

atividades de composição da renda familiar. Acrescentaram ainda que áreas

historicamente utilizadas para agricultura e extrativismo ficaram proibidas, sendo

consideradas hoje ilegais.

Um ponto fraco predominante nas reuniões foi a falta de informação pelo

governo sobre o que pode e não pode ser feito na FLONA, como muitos disseram que

“o governo não educou/esclareceu antes de multar e foram aplicadas muitas multas aos

comunitários e ainda vieram dizer que não pode mais fazer roçado”.

Com a divisão do IBAMA a área de atuação governamental se limitou ao

interior da FLONA, prejudicando a fiscalização no entorno da mesma, especialmente

nas áreas que não foram reconhecidas na elaboração do Plano de Manejo em 2001.

Nesse contexto há ainda apreensões de peixes e outros recursos em épocas eleitorais que

não podem ser doados (acabam estragando, quando poderiam saciar a fome de muita

gente).

Segundo os comunitários há falta de maior integração entre IBAMA/ICMBio

para ficar claro qual a responsabilidade de cada um, alem de ter burocratizado processos

de licenciamento, já que diversas Instituições são envolvidas no processo.

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Em relação à fiscalização citaram a falta de investimento para esta atividade, como

exemplo o projeto Pé de Pincha e pesca por pessoas de fora de comunidade. Isso

demonstra que os comunitários não tem clareza das responsabilidades e área de atuação

do ICMBio. Os Analistas Ambientais do ICMBio, gestores da FLONA, esclareceram

que o projeto Pé de Pincha é do IBAMA Amazonas e o ICMBio não está envolvido no

mesmo, uma vez que este acontece em áreas que não estão no controle do Instituto, bem

como áreas distantes a mais de 3 km do limite da UC.

Quanto a alternativas de geração de renda para as comunidades da FLONA foi

citado que a falta de projetos alternativos (econômico e social) e de assistência técnica

para as comunidades do interior e entorno da FLONA dificulta o dia a dia das famílias,

existindo, principalmente, muita conversa e pouco resultado.

Um ponto critico levantado nas reuniões foi o fato dos moradores não

constarem na Zona Populacional, dificultando que os mesmos acessem apoio de

políticas públicas, crédito para construção de casa e apoio para produção.

Apesar de estar relacionado a área da REBIO do rio Trombetas, um ponto fraco

apontado, principalmente nas reuniões com as comunidades quilombolas, foi o fato de

ocorrerem impedimentos para os moradores da área passarem no rio a partir das 18:00 h

até as 07:00 h, no período de agosto a dezembro, bem como impedimentos de andar nas

praias.

Em relação a empresas como MRN e concessionárias para realização de manejo

florestal, disseram ser uma grande problemática a falta de mão de obra técnica e

capacitada por parte das comunidades, servindo estes somente como mão de obra braçal

nas atividades com essas empresas.

Uma das questões apontadas refere-se ao não cumprimento de promessas e

acordos estabelecidos junto à Mineradora. Segundo os comunitários, a empresa não tem

estado presente em debates para a construção de propostas para a comunidade.

Os moradores avaliam alguns prejuízos relacionados a atividade de mineração,

que segundo os mesmos “espanta a onça do interior da FLONA e ela vem comer o

gado”. Mas isso não é consenso. Quando alguns participantes citaram este ponto fraco,

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outros não concordaram, dizendo que as onças já comiam o gado antes da mineradora

vir para região.

Ocorreram relatos durante a reunião da entrada de empresas em áreas

comunitárias, sem a autorização dos moradores locais, para a realização de

levantamentos topográficos. O assédio por empresas madeireiras também foi

mencionado.

Preocupações sobre a qualidade da água afloraram quanto a esse aspecto. O

despejo de rejeitos da mineração poluem o Lago do Batata e também colocam em risco

os igarapés, como o Saracá. Outra causa de poluição ressaltada foi atribuída à Vila

Paraíso, especialmente o lixo e esgoto sanitário. Os participantes deixaram claro a

necessidade de palestras sobre conscientização para conservação dos rios e igarapés.

A passagem de navios foi apontada como causadora da morte de peixes-boi.

Nesse sentido, foi alertado para os comunitários pelo facilitador que teria que ser feito

um estudo para provar se de fato apenas os navios são os responsáveis pelos peixes-boi

que aparecem mortos, por terem sido feridos com grandes cortes, ou se isso também

pode ocorrer por causa de barcos menores.

Finalmente, foi ressaltado que a sinalização das boias de atracação de navios é

inadequada, o que vem causado acidentes com lanchas comunitárias e em alguns caso

resultando em morte.

4.3.4 Ameaças apontadas pelas comunidades em relação Flona Saracá-Taquera e o

processo de Concessão Florestal

Em relação a futuros prejuízos decorrentes da relação direta e indireta com a

FLONA foi citado o fato de empresas, tanto a MRN quanto as empresas que irão

realizar manejo florestal ou outras que virem a fazer acordos com a comunidade, não

cumprirem o acordado.

Especificamente sobre a concessão florestal mostraram uma ameaça se as

empresas descumprirem as regras do manejo, como abertura de estradas na área de

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manejo de forma inadequada, chegando a poluir nascentes e igarapés; utilização dos rios

para transporte de madeira de forma inadequada, etc. Alem disso, a não ocorrência de

fiscalização adequada na área de manejo em concessão florestal pode ser uma ameaça

as comunidades e a FLONA.

Consideraram ainda uma ameaça para as comunidades do interior e entorno da

FLONA não serem beneficiadas pela empresa no processo de concessão florestal.

Já em relação à atividade de extração mineral citaram que, caso venha a ocorrer

acidentes nas áreas de mineração, como rompimento de barragens de rejeitos da

mineração, estes serão depositados nos lagos e igarapés, poluindo os mananciais,

resultando em diminuição dos peixes e aumento dos problemas de saúde para as

famílias que dependem desse recurso.

Esta ameaça é potencializada pelo fato das águas da FLONA serem atualmente

classificadas como tipo 2. Caso não seja alterada essa classificação para tipo especial na

revisão do Plano de Manejo da Unidade, as comunidades continuarão inseguras com o

fato de a qualquer momento terem suas águas impróprias para o uso.

O estabelecimento da área de uso para as comunidades é uma preocupação

recorrente, inclusive acerca da possibilidade da expansão das áreas de mineração ou

concessão sobre áreas já ocupadas pelas comunidades nas atividades de subsistência.

Nesse sentido, caso as comunidades da FLONA não sejam consideradas na

revisão do Plano de Manejo atual, consideram uma grave ameaça no que diz respeito

aos direitos de acessarem os recursos da FLONA de forma legal, prejudicando suas

atividades produtivas e de subsistência como agricultura, caça, pesca, extrativismo,

entre outras. O que resulta na falta de segurança da terra e do trabalho.

A preocupação com o risco de exaurir o recurso madeireiro na área em

concessão florestal ficou clara. Existe o temor de que haja o aumento da área da

concessão e avanço da atividade para a região de pretensão da criação do território

Quilombola. Novamente a poluição de rios e igarapés por resíduos de desabamentos da

mineração voltou a ser mencionada, bem como a preocupação com a diminuição dos

animais na área de retirada de madeira (manejo e mineração).

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Os comunitários ressaltaram problemas ambientais decorrentes de atividades

econômicas, como a diminuição dos peixes nos lagos decorrente de a construção de

hidroelétricas; a exploração ilegal de madeira; poluição do ar; poluição do rio;

desmatamento desordenado e queimadas.

Uma preocupação comum é o não cumprimento do contrato por parte da

empresa (mineração, concessão florestal e outra empresa que vier) e, ao mesmo tempo,

verem-se prejudicados por danos como a diminuição da caça por causa da mineração.

Assim, pedem mais informações sobre a área de manejo, se haverá prejuízos, risco de

acidente e quais as punições legais em caso de descumprimentos.

Atualmente, as comunidades possuem uma boa relação com a equipe gestora da

FLONA. Nesse sentido, consideraram uma grande ameaça a possível substituição do

atual chefe por outro que não compreende a situação das comunidades, tendo em vista

as experiências anteriores.

4.4. ENCAMINHAMENTOS, PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES DAS

REUNIÕES

Na reunião ocorrida na comunidade de Castanhal foi solicitado que a empresa

ECOSSIS não mantenha o mesmo erro cometido em anos atrás, quando da elaboração

do Plano de Manejo publicado em 2001, em que não foi considerado as comunidades do

lago Sapucuá no plano de Manejo da FLONA. Assim, solicitaram que nessa revisão seja

considerada a necessidade de criar uma zona populacional, uma zona de amortecimento

e uma zona de uso comunitário para manejo florestal sustentável;

Foi solicitado que seja enviado à SEMMA de Oriximiná o mapa do zoneamento

da FLONA que foi utilizado durante a reunião na comunidade de Castanhal;

As famílias da comunidade do Castanhal solicitaram apoio para

desenvolvimento de atividades produtivas de forma coletiva;

Na reunião realizada na comunidade de Castanhal, as pessoas presentes

avaliaram que esse tipo de esclarecimento deveria ocorrer mais vezes e que a reunião foi

muito importante e boa, já que esclareceu muitas dúvidas sobre Concessão Florestal,

sobre FLONA, manejo florestal, zoneamento e zona populacional;

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Foi sugerido que a área de limite da FLONA seja sinalizada com placas visíveis

para que as comunidades possam identificar até onde vai o limite da unidade;

A comunidade do Espírito Santo solicitou apoio do ICMBio para fiscalização

dos rios e do igarapés da área Maria Pixi, já que há muito acesso de pessoas de fora da

comunidade para realizar pescaria. Risonei informou que só poderiam dar esse apoio se

tivesse uma zona de amortecimento no Plano de Manejo da FLONA que abrangesse a

área da comunidade. Considerando que estavam em minoria para representar as 4

comunidades da área Maria Pixi, os moradores da comunidade Espírito Santo ficaram

na dúvida se seria interessante solicitar a criação de uma zona de amortecimento na área

da FLONA que englobasse as áreas dessas comunidades. Assim, preferiram não

solicitar a criação de zona de amortecimento neste momento e solicitaram apoio para

realização de debates para criar acordos de pesca ou para tentar apoio na realização de

projetos de pesca para as comunidades da área Maria Pixi;

Na reunião ocorrida na comunidade Carimum foi sugerido que as comunidades

solicitem autorização do ICMBio para realização de limpeza do igarapé e abertura de

ramal para transporte de alunos para a escola, visto que o igarapé que dá acesso à escola

oferece perigo para as crianças das comunidades;

As comunidades do Carimum e Samaúma II solicitaram apoio do ICMBio para

fiscalização nos lagos e igarapés da comunidade, referente a pesca realizada por pessoas

de fora da comunidade;

As comunidades Carimum e Samaumá II informaram haver necessidade de

capacitação em associativismo e cooperativismo, bem como para entender melhor quais

os direitos e deveres das famílias que moram na área que a ACOMTAGS detém

CCDRU e que não são associadas, principalmente referente ao acesso a políticas

públicas para a agricultura familiar;

Segundo relatos dos comunitários do Ajarazal, os órgãos públicos federais,

estaduais e municipais não se fazem presentes nas comunidades, a não ser quando se

trata de aplicar alguma multa;

A comunidade do Ajarazal informou que as famílias não tem o costume de

interagir em reuniões onde é esperado expressar sua opinião;

As pessoas presentes na reunião ocorrida na Comunidade Ajarazal mostraram

um descrédito total quanto a qualquer órgão público.

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Marcelo Arguelles se comprometeu em enviar cópia do contrato de concessão

florestal para Emerson e, posteriormente, Emerson providenciará cópias para todos os

comunitários terem acesso.

Foi solicitado que seja enviado para o coordenador da comunidade do Moura

(Manoel) um mapa parecido com o que foi apresentado nas reuniões, contendo

zoneamento da FLONA, áreas tituladas, comunidades, área de concessão florestal e área

de pretensão para criação de território quilombola;

Foi solicitado na reunião da comunidade da Tapagem que, após a finalização da

revisão do Plano de Manejo da FLONA, sejam realizadas novas reuniões para repasse

do que foi ou não acatado a partir das demandas das comunidades;

As comunidades quilombolas da Tapagem, Sagrado Coração de Jesus e Mãe

Cué propuseram que seja cobrado do ICMBio um retorno sobre a madeira que seria

repassada pela MRN para construção das casas pelo INCRA;

Risonei solicitou que o Secretário da SEMMA de Terra Santa verifique se a

SEMA/PA repassou documentação autorizando a SEMMA de Terra Santa a autorizar

roçado em áreas de entorno da FLONA, visto que foi informado na reunião que esta

secretaria está realizando essas autorizações, bem como cadastramento ambiental rural

(CAR). Risonei solicitou ainda que o Secretário, assim que tiver a documentação, envie

uma cópia ao ICMBio em Porto Trombetas;

A comunidade de Jamary propôs que seja solicitado da Mineração Rio do Norte

apoio para projetos sociais junto às comunidades, visto que a mineração iniciará

extração no platô Jamary próximo a área da comunidade;

Foi sugerido que as comunidades do Jamary, Serra e Nascimento criem uma

comissão ou conselho comunitário com representantes das comunidades para buscar

informações junto ao Conselho Consultivo da FLONA e repassar aos moradores das

comunidades;

Foi solicitado pelas comunidades Jamary, Serra e Nascimento que seja alterado a

classificação das águas da FLONA do tipo 2 (atual) para tipo especial, no intuito de que

seja exigida da MRN mais tecnologia no cuidado para não poluir a água dos rios,

igarapés e lagos da FLONA com resíduos da atividade mineral;

As comunidades Jamary, Serra e Nascimento solicitaram apoio para projetos

com uso de madeira pelas comunidades, como mini serraria, movelaria, marchetaria,

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etc., bem como capacitação e apoio em organização comunitária, projetos de geração de

renda para as comunidades, entre outros;

Foi informado que o INCRA fez levantamento das comunidades que moram no

interior e entorno da FLONA Saracá-Taquera de 400 famílias para posterior criação do

assentamento Jamary e que até o momento não foi regularizado;

A comunidade do Jamary informou que há boatos de construção de uma guarita

sobre a ponte do igarapé Jamary, sendo que a comunidade disse que não aceita essa

construção;

Foi solicitado do Serviço Florestal Brasileiro a realização de capacitação para

comunidades via CENAFLOR/SFB. Marcelo Arguelles se comprometeu em verificar a

possibilidade;

Foi solicitado que o SFB empenhe-se em articular junto as Prefeituras

Municipais de Oriximiná e Terra Santa a inserção de representatividade das

comunidades do entorno da FLONA no Conselho Municipal de Meio Ambiente;

Foi informado que há Agente ambiental contratado pelo ICMBio utilizando

arma de fogo na sua atividade. André (Analista Ambiental presente na reunião) se

responsabilizou em repassar esta informação para o Chefe da FLONA;

Solicitaram que, quando o ICMBio ou o SFB forem realizar atividades na UC

que tenham que passar pelas áreas das comunidades ou nas áreas ocupadas por elas, que

produzam um pequeno panfleto para distribuir ou fixar em locais públicos e de fácil

acesso, informando sobre as ações a serem realizadas, para que possam ser facilmente

acessados.

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4.4. DADOS LEVANTADOS EM CAMPO

Ao mesmo tempo em que ocorreram as reuniões participativas nas comunidades,

dois técnicos do SFB, acompanhados de comunitários moradores das comunidades,

realizaram um trabalho de campo para confirmar a incidência de áreas de ocupação ou

uso comunitário no interior da FLONA e nas unidades de manejo florestal (UMFs)

através do registro fotográfico e obtenção de coordenadas geográficas destas

ocorrências, visando subsidiar a revisão do Plano de Manejo da referida unidade de

conservação (UC).

Ferramentas como aparelhos de GPS e laptops com sistemas de informações

geográficas foram utilizados nesta tarefa, com apoio de cartas-imagens compostas de

localização das comunidades, UMFs, hidrografia, infra-estrutura, área de mineração,

limite da UC e zoneamento em vigor sobre imagem de satélite recente.

Estes mapas também embasaram as oficinas de mapeamento participativo (mapa

falado) junto a comunidade, com o intuito de auxiliá-los na indicação das áreas

utilizadas ou ocupadas por comunitários.

A partir deste diagnóstico os participantes indicaram um representante para

acompanhar a equipe de levantamento de campo até os locais indicados no mapa falado,

para serem cadastrados. Os dados coletados foram recolhidos e convertidos para o

formato shapefile, e plotados nos mapas da base do SFB. Os resultados constam do

relatório de levantamento de campo - anexo 3 deste relatório.

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5. CONCLUSÃO

Considera-se de suma importância uma avaliação e definição do zoneamento da

FLONA Saracá-Taquera quanto a áreas de uso comunitário e populacional da unidade,

visto que, no Plano de Manejo atual da UC, publicado em 2002, muitas comunidades

tradicionais que já moravam no interior e entorno da FLONA não terem sido

reconhecidos na época.

Além disso, indica-se realização de um levantamento detalhado de campo para

identificar se as famílias residem no interior ou entrono da UC, seguido de posterior

cadastramento das casas e famílias, para ter um valor exato da quantidade de pessoas,

famílias e comunidades presentes no interior da Unidade, já que os dados apresentados

neste relatório são baseados em informações repassadas por moradores das

comunidades, gerando, com isso, dados estimados apenas.

Com isso, indica-se avaliar e considerar as informações repassadas pelos

comunitários da FLONA Saracá-Taquera durante as reuniões, em que identificaram nas

áreas das comunidades Boa Nova, Castanhal, Lero, Ajará, São Francisco, Samaúma I,

Samaúma II, Carimum, Ajarazal, Acari, Batata I (Boa Esperança) e Batata II (Bom

Jesus), um número considerável de pessoas que vivem dentro da FLONA, tirando o seu

sustento, praticando agricultura familiar, extrativismo, etc. Por outro lado, as famílias

das 31 comunidades representadas nas reuniões constantes nesse relatório tem a

FLONA como área de uso de várias atividades de subsistência, principalmente o uso de

produtos extrativistas madeireiros e não madeireiros.

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ANEXO 1

Mapas Falados e dados socieconômicos das

comunidades do interior e entorno da FLONA

Saracá-Taquera

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Ajará, Lago

Sapucuá, Oriximiná-PA

Total de famílias na comunidade 55 famílias (210 famílias) e 57 casas

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Não há nenhuma família desta comunidade

morando no interior da FLONA

A comunidade do Ajará fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS detém o

CCDRU, limitando-se com as comunidades do Lero e São Pedro. Há na comunidade áreas de

capoeira, de mata e de pastagem. A linha limite da FLONA fica distante da área da comunidade.

Próximo a este limite localiza-se a mata da comunidade e algumas áreas de pastagem. Há ainda

na comunidade uma área denominada Serra, que é delimitada pela área que pertence à família,

onde todas as famílias podem utilizar como área de extrativismo. Utilizam o interior da FLONA

para retirada de produtos florestais não madeireiros e madeira. As casas ficam localizadas na

área da frente da comunidade, próximo ao lago Sapucuá. Os roçados são feitos nas áreas de

capoeira da comunidade. Há um ramal que limita as comunidades do Ajará e Lero que dá

acesso desde o lago Sapucuá até a FLONA.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na área da comunidade para consumo próprio

e venda

CONSUMO: mandioca, muruci, milho, banana,

abacaxi, mamão, laranja e feijão

VENDA: mandioca, muruci e milho

Criação de pequenos animais na comunidade Galinha, pato, picote, 3 famílias criam porco

Pecuária na área de comunidade 6 famílias criam gado

Artesanato Paneiros de cipó e tala de palmeira

Produtos extrativistas tirados da FLONA e

sua utilização

Castanha do Brasil (3 famílias); óleos de

andiroba e piqui (1 família);

Produtos extrativistas tirados da área da

comunidade

nenhum

Tipos de madeiras e uso das mesmas retiradas

do interior e fora da FLONA

Itaúba, marupá, abacatão e angelim: 8 famílias -

algumas retiram para venda

Espécies que são pescadas para subsistência e

venda

CONSUMO: tucunaré, tambaqui, pacu, aracu e

aratinga (maioria das famílias); VENDA:

tambaqui, tucunaré, surubim, araçu e pescada (4

famílias). 1 família recebe seguro do governo.

Espécies que são caçadas para subsistência Não informado

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

FLONA e na mata da comunidade

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas

FLONA

Local onde a comunidade prática a pesca no Lago Sapucuá

Locais onde a comunidade prática a caça Não informado

Locais de uso comunitário: 2 salões; 1 orelhão; sinal de celular; 3 microssistemas de captação

de água; 1 poço artesiano; energia elétrica, mas que funciona apenas 3 horas por dia, em dias

alternados; o lixo seco é queimado e o orgânico é jogado em buracos; o lixo escolar é separado

e levado para Oriximiná; uma igreja evangélica e uma católica; escola; barracão comunitário; 2

campos de futebol; 1 bar com sinuca; o local de lazer é o canal do Ajará, onde as famílias

utilizam como balneário para passar o dia.

Serviços existentes na comunidade: Quanto à saúde, de 5 em 5 anos, equipes vem até o local

realizar consultas com a população e, anualmente, equipes de vacinas visitam a comunidade.

Quando há caso de doença, freta-se um barco e a consulta é realizada na Emergência de

Oriximiná. O padre faz visitas 2 vezes ao ano e o Pastor da igreja evangélica mensalmente.

Organização social: AMTRUCAS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e ACOMTAGS. Há

também o puxirum, onde a maioria das famílias participam, ajudando um ao outro, geralmente

na hora de plantar os cultivos.

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Lero, Lago

Sapucuá, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 20 famílias, em torno de 62 pessoas e 27 casas

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Não há famílias morando dentro da FLONA

permanentemente, mas, durante a cheia, as

famílias moram e praticam seus roçados dentro

da FLONA, visto que a área da comunidade

alaga neste período

A comunidade do Lero fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS detém o

CCDRU, limitando-se com as comunidades do Ajará e São Pedro. Há na comunidade áreas de

pastagem, capoeira, mata (área bem pequena próximo ao limite da FLONA), campo e várzea.

Há área de pastagem no limite e interior da FLONA. A área de extração é limitada pelo lote

pertencente a família, sendo que alguns delimitam seu lote também dentro da FLONA para

quando quiserem extrair algum recurso de lá. Utilizam a FLONA para extração de produtos

florestais não madeireiros e madeira, além de campo e roça. A área da comunidade é dividida

em Santo Expedito (próximo a comunidade do Ajará) e Santa Rita (próximo a comunidade de

São Pedro). As casas das comunidades e a sede ficam localizadas próximo ao Lago Sapucuá. Os

roçados ficam localizados próximo as casas e próximo ao limite da FLONA, na área de

capoeira, tendo uma parte dessa capoeira no interior da FLONA.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na comunidade e no entorno da FLONA para

consumo próprio e venda

CONSUMO: mandioca, banana, abacaxi,

abacate, mamão, laranja, manga, feijão e milho

VENDA: mandioca

Criação de pequenos animais Porco: 2 famílias; galinha e pato (maioria)

Pecuária Gado: 3 famílias

Artesanato Paneiro de cipó e tala de palmeira

Produtos extrativistas tirados da comunidade Castanha do Brasil (3 famílias); andiroba

Tipos de madeiras e uso das mesmas retiradas

pela comunidade, dentro e fora da FLONA

Itaúba, marupá, abacatão e angelim. Confecção

de canoas e casas. Algumas famílias

sobrevivem com a extração e venda da madeira

Espécies que são pescadas para subsistência e

venda

CONSUMO: a maioria das famílias ; VENDA:

4 famílias; 3 recebem seguro do governo

Locais onde é praticado o extrativismo FLONA e área da comunidade - capoeira

Locais de onde toda comunidade tira madeira FLONA

Local onde a comunidade prática a pesca Na comunidade a pesca para a venda é

proibida, sendo permitida no lago Sapucuá

Locais de uso comunitário: salão comunitário; 2 microssistemas de captação de água; 6 poços

artesianos, sendo que 3 não funcionam; a energia é fornecida diariamente, por 3 horas, das

18:00 as 21:00 h; o lixo orgânico é depositado em um buraco feito pelas famílias e utilizado,

após, como adubo e o lixo seco é queimado; há uma igreja chamada Santo Expedito, onde a

maioria participa; apenas 2 famílias participam da Igreja evangélica da comunidade do Ajará. O

canal do Lero é utilizado como balneário pelas famílias no final de semana.

Serviços existentes na comunidade: há sinal de celular. Em relação a saúde, de 5 em 5 anos

uma equipe de saúde visita a comunidade afim de realizar consultas médicas e a equipe de

vacina faz a visita anualmente. Quando alguém adoece é fretado um barco para o deslocamento

até a emergência do município de Oriximiná. A comunidade do Lero não possui escola, sendo o

Ensino Fundamental realizado na comunidade vizinha do Ajará. O padre visita a comunidade 2

vezes ao ano, realizando missa e visitando as casas da comunidade. O pastor da Igreja

Evangélica é mais presente, fazendo visitas as casas da comunidade mensalmente.

Organização social: Alguns participam da ACOMTAGS, outros da ACPLASA, outros do

STTR, sendo que algumas famílias participam das 3 associações. Existe também o puxirum ou

mutirão comunitário, onde as famílias se organizam para fazer o plantio das roças.

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Mapa Falado da Comunidade Ajará e Lero

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade São Pedro, Lago

Sapucuá, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 19 famílias permanentes e 10 não

permanentes

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Nenhuma família mora na FLONA

A comunidade de São Pedro fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS

detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades do Castanhal, Ajará e Lero e entre os

canais do Lero, do sustento e da serra do Lero. Apesar da área da ACOMTAGS fazer limite

com a FLONA, a área desta comunidade não chega na divisa da unidade. Na comunidade há

áreas de mata muito pequena, sendo uma área pequena para todas as famílias das comunidades;

campo; roçado e canal do Macedo, na área central da comunidade. Há dificuldade de extrair por

não ter mais recurso florestal disponível. A comunidade não ultrapassa a área do Toninho para

chegar na mata por ser muito distante. Há uma reserva (200 x 1000 m), que já foi trabalhada e

está abandonada, localizada entre algumas casas (Odair, Esmeraldo, Nico, Manoel Marinho e

Hélio). A comunidade mora a aproximadamente 6 km da FLONA. A principal atividade da

comunidade é pecuária. Mas nem toda área de campo da comunidade está desmatada para pasto.

A produção familiar da comunidade é feita individualmente por famílias, não há nada coletivo,

quem cria gado não planta nada, até a farinha é comprada. As casas de moradia estão

localizadas ao longo do canal do Maceno.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na comunidade para consumo próprio e venda

mandioca – base do sustento; abacaxi, cana,

cará, jerimum, milho, banana.

Criação de pequenos animais na comunidade Galinha e porco

Pecuária na comunidade Criação de gado na área da comunidade, fora

da FLONA

Artesanato Cipó ambé – usa para fazer cestos

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Apenas alguns da comunidade se arriscam a

passar pelas fazendas de criação de gado e

adentrar à FLONA para extrair cipó ambé,

cipó titica, breu, castanha do Pará, timbó

(vende para fazendeiro), bacaba e arumã

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Apenas alguns da comunidade se arriscam a

passar pelas fazendas de criação de gado e

adentrar à FLONA para extrair itauba

Espécies que são pescadas para subsistência Não informado

Espécies que são caçadas para subsistência Não informado

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Nas áreas de mata e campo da comunidade e,

alguns poucos, na FLONA

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas

Nas áreas de mata da comunidade e alguns,

poucos, na FLONA

Local onde a comunidade prática a pesca Canal do Maceno, principalmente, por estar

mais protegido; canal do João, canal do Lero,

canal do Sustento e igarapés da comunidade

Locais onde a comunidade prática a caça Não informado

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Quadra de chão, campo de

futebol, motosserra, cozinha comunitária, aparelho de som, televisão, caixa amplificadora,

motor de serrar mandioca, barco comunitário, caixa dágua, sede comunitária, cozinha

comunitária, Igreja católica no centro comunitário, motor elétrico que fornece energia só na

comunidade; tem agente de saúde comunitário; a festividade anual é a festa da padroeira; não

tem telefone e nem sinal para celular.

Organização social: Associação comunitária Maceno – Sapucuá (ARCMASA)

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Mapa Falado da Comunidade São Pedro

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade da Casinha, Lago

Sapucuá, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 80 famílias

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Não há morador da comunidade dentro da

FLONA

A comunidade da Casinha fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS

detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades do Castanhal e Macedônia e Ilha do

Baiano e entre as cabeceiras da serra, do Medonio, dos Anjos, do Tauari, da Casa Velha e do

Sustento. Há na comunidade áreas de capoeira, floresta, castanhal, roçado, pastagem e

campinarana. Há pouca área de mata na comunidade, a maior parte é de capoeira. Os

castanhais ficam localizados nos quintais dos terrenos dos moradores, de onde coletam em

pequena quantidade. A comunidade utiliza em torno de 5 km do interior da FLONA a partir da

linha limite, coletando madeira e essências florestais. Há dentro desta área um roçado, a mais

ou menos 3 km da linha da FLONA e uma pequena área de pasto bem próximo ao limite da

unidade, após a cabeceira da Serra. O limite da FLONA fica no final da área de campinarana e

ao lado de uma área de roçado, próximo a cabeceira da Serra. As áreas de roçado ficam

localizadas próximo a cabeceira do Tauari, cabeceira da Serra - limite com a FLONA,

cabeceira do Medonio e cabeceira dos Anjos, sendo a maior parte próximo a área de

campinarana. As casas de moradia estão localizadas em toda a extensão das cabeceiras, tendo,

em torno de 7 a 10 casas bem próximas ao limite da FLONA com pastos em seus quintais. As

áreas de pastagens estão distribuídas em toda a área da comunidade, principalmente próximo as

casas.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo

próprio e venda

CONSUMO: macaxeira, caju, acerola,

pupunha, graviola, açaí;

VENDA: mandioca (farinha), melancia,

jerimum, laranja, limão, tangerina, coco,

goiaba, cupuaçu, milho, abacaxi, banana,

maracujá

Pecuária Em média de 70 na área da comunidade e há

um fazendeiro na área da FLONA, com

aproximadamente 3000 cabeças de gado

Artesanato Tipiti; paneiro

Produtos extrativistas tirados da FLONA e

sua utilização

CONSUMO: uxi, cipó titica, cipó ambé,

bacaba, patuá, açaí, piquiá, breu

VENDA: andiroba, copaíba

Produtos extrativistas tirados da área da

comunidade

CONSUMO: palha

VENDA: castanha do Brasil

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba, aroeira/angelim pedra, mandioqueira,

cedro, marupá, maparajuba. Construção de

casa, canoa, móveis, cerca, chiqueiro e curral.

Espécies que são pescadas para subsistência e

venda

Traira, jaraqui, matrinxã, tambaqui, tucunaré,

pacu, pirapitinga, etc.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Na área da comunidade e no interior da

FLONA

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas

No interior da FLONA

Local onde a comunidade prática a pesca Nos igarapés, rios e cabeceiras da área da

comunidade e alguns igarapés da FLONA.

Locais de uso comunitário e Serviços existentes na comunidade: Microgerador (15

familias), microssistema de água (40 famílias), telefone celular, barracão comunitário, posto de

saúde não funcionando, 5 poços artesianos, Igreja católica e evangélica, campo de futebol.

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Mapa Falado da Comunidade Casinha

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Castanhal, Lago

Sapucuá, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 62 famílias permanentes e 70, às vezes, num

total de aproximadamente 276 pessoas

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Nenhuma família desta comunidade mora no

interior da FLONA

A comunidade do Castanhal fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS

detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades de São Pedro, Macedônia e Casinha e pelo

canal do sustento e canal do Maceno. Há na comunidade áreas de roça, de pastagem e de

campos gerais. A área da comunidade é dividida em Ilha do cemitério, Comunidade Nossa

Senhora de Nazaré, ponta das pimentas, cabeceiras (gatinho, gato, Marques, Zebi, Curia - Ilha

das curicas, Ubin, Ponta, Mota, campo, Sumbar) e Paraná. A cabeceira do Maceno se limita

com a comunidade de São Pedro. A partir do centro comunitário, a uma distância de 9 km, é

considerada como área de uso da comunidade, a partir do lago. Destes, aproximadamente 3 km

estão dentro da FLONA. Há pretensão da comunidade em usar 12 km a partir do lago. Para ter

acesso a FLONA precisam passar por dentro do terreno do Toninho até o canal do Abuí, que

trabalha com fazenda e criação de gado. Assim, a comunidade tem pouco acesso a FLONA ou

quase nenhum. Há uma estrada e alguns ramais que vão desde a área da comunidade até o

interior da FLONA. A linha de transmissão de energia passa por dentro da mata, na área do

Toninho. Os criadores de gado moram 6 meses dentro da FLONA e 6 meses na várzea – área da

comunidade, devido a época da chuva que enche na área onde moram na comunidade. A

comunidade tem grande interesse em fazer Plano de Manejo da fauna do lago Sapucuá e manejo

florestal comunitário. Há necessidade de definição na FLONA, na área utilizada por esta

comunidade e outras próximas a esta, de uma área de uso comunitário.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na área da comunidade e no entorno da

FLONA para consumo próprio e venda

Mandioca, banana, abacaxi, batata, abacate,

cupuaçu, milho, macaxeira, laranja, SAF’s

(acerola, pupunha, cupuaçu, açaí, andiroba,

castanha, copaíba), limão, açaí, coco, pupunha.

A maioria é para sustento. O que mais vendem

é mandioca para Oriximiná a R$40,00 o saco

Pecuária Criação de gado: Raul, Jorge, Toninho (1100

ha), Juca (Justino) e Júnior

Artesanato Iniciaram fabricação de panela de barro e

artesanato de sementes (manga, tento, mucajá,

etc.), mas pararam por falta de apoio para

recurso e qualidade das peças. 2 famílias

fabricam tipiti e vendem.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização, para consumo e venda

Leite de súcuba, andiroba, copaíba, casca de

preciosa, cumaru, uxi, bacaba, patauá, , buriti,

casca de carapanauba, piquiá, cipós titica e

ambé, breu, jutaicica, jucá, castanha do Pará

(possuem no quintal, tiram e vendem pequena

quantidade, em Oriximiná, a R$35,00 a caixa,

que corresponde a 2 latas)

Produtos extrativistas tirados da área da

comunidade

miri (somente no Campo Geral)

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Madeira branca e itauba (usadas na construção

de casa e embarcação)

Espécies que são pescadas para subsistência e

venda em Oriximiná e na comunidade

Tucunaré, aruanã, pirarucu, tambaqui, jaraqui.

O que mais vendem é o tucunaré. Pescam para

comercializar na época que é permitido.

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Somente alguns são cadastrados na Z41 de

Oriximiná.

Espécies que são caçadas para subsistência Caçam para sustento, não informado quais

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

FLONA e campos gerais

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

FLONA e os criadores de gado também

retiram de suas áreas

Local onde a comunidade prática a pesca Cabeceiras, igarapés da área da comunidade e

da FLONA (igarapés do abuí e das pedras) e

lago Sapucuá

Locais onde a comunidade prática a caça Não informado

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: 3 sedes comunitárias (1 no

centro da comunidade que pertence a comunidade de castanhal, 1 ao lado desta que pertence a

ACPLASA (Associação Comunitária dos Produtores do Lago Sapucuá) e 1 na área ao lado da

Escola que é a sede do clube de futebol Vasco da Gama, com times feminino e masculino);

Escola Municipal de ensino fundamental Amélia Ferrari; Igreja Católica de Nossa Senhora de

Nazaré; Não tem posto de saúde, mas uma agente comunitária de saúde que apenas orienta as

pessoas que moram na comunidade; campo de futebol; 5 microssistemas de energia (3 no centro

da comunidade, que abastecem as casas da frente, perto do rio; 1 na cabeceira do castanhal que

abastece a escola e 1 na cabeceira do Cumã); 5 microssistemas de água. Na cabeceira do Cumã

e do castanhal e do lado direito da comunidade não tem abastecimento de água, usam água de

cacimba ou poço. O lixo da Escola é levado para Oriximiná e o das casas é enterrado ou

queimado. A festividade anual da comunidade é de Nossa Senhora de Nazaré (inicia na segunda

quinzena de maio e encerra na primeira quinzena de junho). Querem estipular um dia para

comemorar a festa do clube Vasco da Gama da comunidade.

Organização social Coordenação da comunidade com vários

grupos: catequese, liturgia, limpeza, trabalho;

ACPLASA, COPERPLASA

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Mapa Falado da Comunidade Castanhal

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Boa Nova, Lago

Sapucuá, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 46

Famílias que moram e trabalham a

agricultura na FLONA

Macelino e família 01 família

Roberto e mulher e dois filhos

adultos

01 família

Rodinaldo (também filho de

Roberto)

01 família

Total de famílias que moram e trabalham a agricultura na FLONA: 03

Famílias que trabalham agricultura e

pequena criação de animais na FLONA,

porém não moram no centro da comunidade

Jesus e Calixto 02 famílias

Jones 01 família

Maciel 01 família

Total de famílias que trabalham agricultura

e pequena criação de animais na FLONA,

porém não moram no centro da comunidade

04

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA e no entorno para

venda e consumo próprio

Mandioca, jerimum, feijão, melancia, macaxeira,

milho, arroz, abacaxi, caju, maracujá, etc.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

1) A margem direita do Igarapé Araticum II até o

Platô Bacaba; 2) Entrando à partir da comunidade

sentido Igarapé Água Vermelha, sendo que eles

passam do igarapé até a margem esquerda do rio

Saracá e vão até atrás do quilômetro 28 da

rodovia (sua transitação neste caminho se dá

também por ser a menor distância para chegar na

Vila de Trombetas); 3) A margem esquerda do

Igarapé Araticum passando a propriedade

agrícola do Gomes

Produtos extrativistas tirados da FLONA e

sua utilização

Breu (para calafetação de barcos); sementes

(compradas pela MRN); castanha, andiroba,

cumarú, patauá, palha de buriti (para confecção

de tipití), cipó ambé (para confecção de paneiro),

arumã (para fazer peneiras), palha (para fazer

abanos e cobrir as casas)

Locais de onde toda comunidade tira

madeira para confecção de canoas e casas

de uso próprio

1) Ao lado direito do platô Bacaba atrás do

Igarapé Águas Vermelhas; 2) A margem esquerda

do Rio Araticum II; 3) Ao lado esquerdo do Rio

Araticum

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba (utilizada para ripão, estaca e esteios,

barcos e canoas); Quariquara (utilizada para

esteio); Cedro (utilizada para tábua para parede

de casa); Aroeira (utilizada para parede e perna

manca); Araracanga (tábua de assoalho e parede,

perna manca, etc.)

Local onde a comunidade prática a pesca No igarapé do Araticum

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Aracú, Pacú, Mafurá, Acará, etc.

Locais onde a comunidade prática a caça 1) Ao lado direito do platô Bacaba atrás do

Igarapé Águas Vermelhas; 2) Atrás do platô

Bacaba; 3) A margem esquerda do Igarapé

Araticum passando a propriedade agrícola do

Gomes

Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, veado, tatu, paca, porco, etc.

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Mapa Falado da Comunidade Boa Nova

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Saracá, Lago

Sapucuá

Total de famílias da comunidade 30

Famílias que moram na FLONA 0

Famílias que trabalham agricultura e

pequena criação de animais na FLONA,

porém moram no centro da comunidade

5, sendo que historicamente existem 6 terrenos, 4 a

margem direita e 1 a margem esquerda do igarapé

Saracá. O terreno que fica mais adentro da FLONA

fica a 2 h de rabeta da comunidade e o primeiro

terreno somente metade fica dentro da UC e o

restante no entorno

Famílias que trabalham dentro da

FLONA

OBS:

Total de famílias que tiram sustento

com agricultura na FLONA: 11

famílias

Francisco e Xavier com famílias: 6 famílias

Raimundo da Silva e famílias: 2 famílias

João 1 família

Pedro Ramos 1 família

Ilson, sendo que ele tem parte do terreno na FLONA

e parte fora: 1 família

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA e no entorno

Roça de mandioca (farinha), milho, plantas

frutíferas, macaxeira, etc.

Locais onde toda comunidade prática o

extrativismo na FLONA

1) 1) Na área que fica entre a estrada de Terra Santa, a

picada da mina e a estrada que leva até a Vila de

Porto Trombetas, ao lado esquerdo do igarapé do

Saracá. 2) Na área que fica na margem direita do

igarapé do Saracá até a estrada que leva até a Vila de

Porto Trombetas;

Produtos extrativistas tirados da FLONA

e sua utilização

Breu (para calafetação de barcos); sementes

(compradas pela MRN); mel, açaí, bacaba, patauá,

tucumã; palha de buriti (para confecção de tipití),

cipó ambé (para confecção de paneiro), cipó timbó e

cipó titica (para fazer vassoura), arumã (para fazer

peneiras), palha (para fazer abanos e cobrir as casas)

Locais de onde a comunidade tira

madeira para confecção de canoas e

casas de uso próprio

Pela margem esquerda do igarapé Saracá entre os

igarapés São Sebastião e Patauá e pela margem

direita, entre os igarapés São Bento e Patauazinho,

nos fundos de suas respectivas áreas agrícolas

Tipos de madeiras e uso das mesmas

tiradas pela comunidade

Itaúba (utilizada para ripão, estaca e esteios, barcos e

canoas); cupiuba (utilizada para pernamanca, tábuas

para assoalhos e paredes); maçaranduba (utilizada

para estacas e postes); angelim Aroeira (utilizada

para tábuas, assoalho e parede); maramará (utilizada

para cercas e currais); mandioqueira (tábuas e

pernamanca); marupá (Forro, móveis e caixões);

breu sucuruba (forros e móveis)

Profissionais que trabalham com madeira

que moram na comunidade

Carpinteiros, marceneiros, construtores de barcos e

canoas e operadores de moto serra

Local onde a comunidade prática a pesca Nos diferentes igarapés ao longo do igarapé Saracá

Espécies que são pescadas para

subsistência

Tucunaré, Aracú, Pacú, Traíra, Acará, Piranha, etc.

Locais onde a comunidade prática a caça A margem esquerda do igarapé Saracá até o Rio

Mucura e a margem direita do igarapé Saracá até o

pico da UMF, nos fundos das áreas de uso agrícola

Espécies que são caçadas para

subsistência

Cutia, veado, tatu, paca, mutum, catitu, queixada

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Mapa Falado da Comunidade Saracá

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade São Francisco,

Maria Pixi, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 72

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

7

Estas famílias moram na FLONA apenas

durante o trabalho com roça e extrativismo.

Fora deste período moram a 2 km de distância

do limite da unidade.

A comunidade do São Francisco fica localizada no igarapé Maria Pixi, na área onde a

ACOMTAGS detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades de São Tomé e Espírito

Santo e o município de Terra Santa. Na comunidade há área de campos gerais, floresta e roçado.

O último terreno de trabalho da comunidade é o Sítio "bom que dói" do Sr. João Francisco,

localizado entre o braço do Aramã e o braço do poço azul, sendo que a linha de transmissão de

energia passa no meio do terreno. Após o braço do poço azul há uma área utilizada pelo Sr.

Francisco e pela comunidade, onde tem capoeira e área de mata até o limite com a FLONA. No

interior da FLONA a comunidade coleta madeira e produtos extrativistas, até próximo a Serra

do Aramã e a estrada que dá acesso ao município de Terra Santa

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo próprio

mandioca; milho; jerimum; macaxeira; cana-

de-açucar

Pecuária Alguns produzem apenas na área da

comunidade. No interior da FLONA não há

essa criação.

Artesanato Panela de barro; tipiti; paneiro; tupé; peneira

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Uxi; patauá; bacaba - para alimentação da

família; breu; jutaicica

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

itaúba; angelim; cupiuba

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré; pacu; piranha; tambaqui; pirapitinga

Espécies que são caçadas para subsistência Não informado

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Na área da própria comunidade e no interior da

FLONA. O trabalho é realizado pela família.

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

No interior da FLONA

Local onde a comunidade prática a pesca Lago Maria Pixi

Locais onde a comunidade prática a caça Interior da FLONA

Locais de uso comunitário Barracão comunitário (4); Igreja católica de

São Francisco; microssistema (3) de água e

energia para todos da comunidade; a área do

Gonzalo - 18 casas (do outro lado do igarapé)

não tem abastecimento de energia

Serviços existentes na comunidade 1) Agente comunitária de saúde que reside na

comunidade; 2) lixo - alguns queimam outros

jogam no mato; 3) Celular - se tiver antena

funciona.

Organização social Há um Coordenador e vice coordenador da

comunidade e grupo de catequese.

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Mapa Falado da Comunidade São Francisco

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Espírito Santo,

Maria Pixi, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 35

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Não utilizam área da FLONA.

A Comunidade do Espírito Santo está localizada no igarapé Maria Pixi, na área onde a

ACOMTAGS detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades do São Francisco, São Tomé

e São Sebastião. Há na comunidade áreas de roça, floresta e castanhais. Como estão muito

distantes da FLONA, não possuem relação com a unidade e também não utilizam o interior da

mesma para uso comunitário. É uma comunidade extremamente pobre e solicitam apoio do

ICMBio para fiscalização dos rios e igarapés da comunidade. Sentem necessidade de realização

de acordos de pesca nos rios e igarapés de influência direta com a comunidade.

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo próprio

e venda

Estão muito distantes da área da FLONA. Não

utilizam a área da unidade

Produtos extrativistas tirados da área da

comunidade

Pariri (fruto para fazer suco e venda da

semente para produção de mudas); castanha do

Brasil

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Não informado

Espécies que são pescadas para subsistência Não informado

Espécies que são caçadas para subsistência Não informado

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Quintais da própria comunidade

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Não informado

Locais de uso comunitário Igreja católica Divina Espírito Santo; barracão

comunitário; salão de festa em construção; 2

campos de futebol (dois times – São Marcos e

Santos, onde jogam homens e mulheres);

microssistema de água e energia para todos; 2

motores de luz, separados pelas cabeceiras.

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Mapa Falado da Comunidade Espírito Santo

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Informações do Mapa Falado da comunidade São Tomé, igarapé Maria Pixi, FLONA

Saracá-Taquera, município de Terra Santa

Total de famílias na comunidade 17

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Nas duas reuniões onde compareceram não

indicaram que tem famílias que moram e têm

atividades na FLONA

Obs. Nesta comunidade existem problemas de

desmatamentos não autorizados e retirada

ilegal de madeira. A famílias estão muito

dispersas e moram em locais de difícil acesso.

É necessário fazer um levantamento de campo

para identificar se as famílias residem no

interior ou entorno da UC.

Famílias que trabalham agricultura e pequena

criação de animais na FLONA, porém não

moram no centro da comunidade

Nas duas reuniões onde compareceram não

indicaram que tem famílias que têm atividades

agrícolas na FLONA

Obs. Seria bom fazer contato com o Nei do

ICMBio, pois o mesmo parece ter mencionado

que existem problemas com esta comunidade

Serviços existentes na comunidade Igreja, barracão, escola

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para venda e consumo

próprio

Gado, maniva, mandioca

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

Na FLONA atrás da comunidade

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Palha, lenha, miriti, tucumã,

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Na FLONA atrás da comunidade

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Cupiuba, itauba, cedrinho, angelim,

mandioqueira, piquiaraná

Local onde a comunidade prática a pesca No igarapé Patauá

Espécies que são pescadas para subsistência Traíra, Arari, Tucunaré, Tambaqui, Jandia

Locais onde a comunidade prática a caça Na FLONA atrás da comunidade

Espécies que são caçadas para subsistência Tatu, macaco, cutia, porco do mato, catitu,

veado, queixada, paca, onça (não para comer,

porém eles dizem que matam, pois a onça é o

maior predador de seu gado)

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Mapa Falado da Comunidade São Tomé

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Ajarazal, rio

Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 38

Famílias que moram e trabalham a agricultura na UC: 13 (verificar observação logo abaixo)

Observação: este número não está de acordo com os números levantados, via GPS por Cleo

Mota. No entanto, os comunitários presentes na oficina informaram que a primeira propriedade

que parcialmente está dentro da FLONA é da Maria Helena, informação esta confirmada via

GPS por Cleo. A comunidade expressou na época dúvidas quanto a três famílias (Moises,

Ernesto e Domilson) e com o levantamento por GPS feito por Cleo foi confirmado que tanto

Ernesto, quanto Domilson estão sim dentro da UC. Porém, o comunitário que acompanhou o

Cleo não informou sobre a existência da outra pessoa (Moises) próximo a propriedade do

Ernesto. As informações do mapa falado batem com as informações do GPS até a propriedade

da Lucenilda, sendo que após esta propriedade foi mostrado pelo comunitário para o Cleo

apenas mais uma propriedade de uma pessoa chamada “Moca”. Este nome não aparece nas

casas desenhadas no intervalo entre Lucenilda e Ernesto, podendo ser “Moca” o apelido de

algum dos enumerados pela comunidade neste espaço. Mas, segundo o mapa falado feito pelo

grupo entre Lucenilda e Ernesto existem 6 propriedades, já o comunitário mostrou apenas uma.

Na análise feita nos pontos GPS o que mais chamou atenção foi que a distância entre as

propriedades de Lucenilda, “Moca” e Ernesto são muito maiores (entre 800 e 1.000 metros),

quando na grande maioria das outras propriedades a distância é de aproximadamente 300

metros. Eu (Bernadette), tendo a crer que estas propriedades desenhadas pela comunidade

existem sim, porém são pouco trabalhadas, uma vez que lembro de ter conversado com um

comunitário que hoje, por saber que a atividade agrícola é proibida no terreno dele, optou por

estar trabalhando em uma propriedade privada próximo da comunidade (atravessando o Rio em

frente a comunidade Samaúma I), cuidando de gado. Mas ele contou que passa todos os finais

de semana em sua propriedade na comunidade Ajarazal, porém só começará a fazer o plantio

maior depois que for permitido por lei, uma vez que ele viu colegas da comunidade serem

multados por conta de terem feito roça em suas propriedades.

Produtos da Agricultura Familiar produzidos na FLONA e no entorno para venda e

consumo próprio: Mandioca, milho, cará, cana, maxixe, arroz, feijão, banana, abacaxi,

macaxeira, abobora, jerimum, melancia, batata (doce e a outra), manicuera, abacate, limão,

mamão, laranja, lima e outras frutíferas, etc. Pecuária: gado e animais de pequeno porte

Locais onde a comunidade prática o extrativismo: Atrás das propriedades rurais adentrando

mais na FLONA

Serviços existentes na comunidade: Igreja; escola até 5º ano (prédio em péssimas condições),

a operadora VIVO tem sinal; não tem poço em funcionamento, energia elétrica e telefone fixo.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua utilização: Bacaba, patauá, açaí, andiroba,

palha para cobrir as casas, cipó ambé para fazer paneiros, vassouras e artesanato em geral, tala

da palha é usada para fazer abano, paneiro e tipiti, breu para calafetação de barcos, jutaícica

para fazer fogo, cacau, tucumã, uxi, piquiá, castanha, etc.

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso próprio

Nos terrenos; atrás das propriedades rurais

adentrando mais na FLONA

Profissões existentes na comunidade: Marceneiros, construtor de casas, carpinteiro,

motoserrista

Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Ajarazal

Espécies que são pescadas para subsistência: tucunaré, Pacu, Baruca, Piranha, Jacundá,

Traíra, Surubim, Canamorgo, arauanã, matiri, tambaqui, matrichão, furacalça, mapará, etc.

Locais onde a comunidade prática a caça: Atrás das propriedades rurais adentrando mais na

FLONA; Na floresta que fica do outro lado do igarapé do Ajarazal

Espécies que são caçadas para subsistência: jacaré, paca, tatu, macaco, jabuti, catitu,

queixada, veado, anta, cutia, onça, quiti, tamanduá, mucura, jacumarú, tracajá, rola, pombo,

nambu, mutum, jacú, aracuã, saracura, tucano, arara, pato do mato, marreca, nanai, preguiça

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Mapa Falado da Comunidade Ajarazal

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Samaúma I, rio

Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 40

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

3 famílias tem parte do terreno na FLONA e

18 famílias totalmente na FLONA

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para venda e consumo

próprio

Milho, arroz, feijão, macaxeira, mandioca,

jerimum, melancia, cupuaçu, manga, abiu,

café, açaí, goiaba, abacate, banana, ananás,

batata, cará, açaí.

Pecuária: gado, cavalo, porco, bode, carneiro,

galinha, picota, pato, peru.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

Nos terrenos e por trás dos terrenos que ficam

dentro da FLONA seguindo o igarapé

Samaúma

Serviços existentes na comunidade Tem barracão, o celular tem cobertura na

região, tem um motor de energia, não tem

agente de saúde

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Breu para calafetação de barcos, palha preta e

inajá para cobrir casas, patauá, bacaba, cumarú

para remédio, cipó titica para paneiros e

vassouras, cipó ambé para paneiro e amarrar

casas e cercas, andiroba e jutaí-cica para

calafetação

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Nos terrenos e por trás dos terrenos que ficam

dentro da FLONA seguindo o igarapé

Samaúma

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba (estacas, canoas, batelão, bote, cascos ,

assoalho, forro), breu sucuruba (tábua para

parede), aroeira e mandioqueira (tábua para

casa), cupiuba (tabua para casa, pernamancas)

guariuba (canoa), tento (canoa), piquia

(canoa), cedrorana (canoa, tábua de casa,

móveis), tamborí (canoa, casas fora da água),

louro (tábuas e moveis), marupá (cobertura de

barco e casas)

Profissões existentes na comunidade Carpinteiros, construtores de canoas, pedreiro,

marceneiro, motosserristas,

Local onde a comunidade prática a pesca No igarapé Samaúma e no lago do Arajarazal

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Pacu, Baruca (um tipo de cará),

Jacundá, Traíra, arauanã, Juturana, aracú,

surubim, jandiá, cujuba (sendo estes últimos

três hoje pouco encontrados, mas antes tinha

muitos) tambaqui

Locais onde a comunidade prática a caça Nos terrenos e por trás dos terrenos que ficam

dentro da FLONA seguindo o igarapé

Samaúma

Espécies que são caçadas para subsistência Veado, queixada, jabuti, paca, cutia, tatu,

jacaré, mutum, jacamim, nambu, jacu, tucano,

macaco, etc.

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Mapa Falado da Comunidade Samaúma I

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Carimum (São

Benedito), rio Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 55 famílias. No levantamento falaram 49

Famílias que moram e trabalham a agricultura na FLONA: 15 famílias moram na FLONA

(Djalma, Humberto, Rubnei, Rudinelli, Paulo Sérgio, Raimundo Maciel, Josimar (gato),

Aderaldo, Aldison (Pretico), Lindomar, Nerico, Eliel, Roberto, Antônio (dentro e fora),

Nelcimar (dentro e fora), mais ou menos 50 pessoas. Destas, 02 pessoas tem casa dentro e fora

da FLONA.

A Comunidade do Carimum está localizada no rio Trombetas, na área da FLONA, limitando-se

com as comunidades do Carimunzinho e Samaúma II e o rio Trombetas. Uma parte da

comunidade está localizada no interior da FLONA, onde há vários moradores. Há na área da

comunidade áreas de floresta, roçado, ilhas, lagos e igarapés. A área de roçado fica localizada

próximo as casas. As casas de moradia, tanto dentro quanto fora da FLONA estão localizadas

ao longo do lago e igarapés. O último morador (Sr. Dejalma) está a 500 m da UMF 2 em

processo de Concessão Florestal pelo Serviço Florestal Brasileiro. Após a casa dele há um

terreno ainda da comunidade que não há ninguém morando, mas que a comunidade disse ter

pretensão de construir uma casa nesse local.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar plantados

dentro e fora da FLONA – dependendo do

período e da quantidade, eles vendem e/ou

somente consomem

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,

batata doce, banana, melancia, jerimum,

maxixe, cana de açúcar. Verduras: cheiro

verde, couve, coentro, alface e outros.

Criação de pequenos animais Galinha, porco, peru, bode, pato

Artesanato Fazem de palha e cipó coletados da FLONA:

Paneiro, peneira, abano, vassoura

Pecuária Fora da FLONA – Boi , cavalo

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização.

Coletam na FLONA para subsistência e

algumas vezes para venda

Castanha, uxi, tucumã, andiroba, cipó (titica),

palha (cobrir casa), mel de abelha, breu (para

calafetar canoas, barcos), piquiá, patauá, açaí,

bacaba, cacau, cupuaçu

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Utilizam para consumo – Itaúba (casa, barco,

canoa, remo); aroeira, marupá, mandioqueira,

maçaranduba (cerca, estaca), muiracatiara,

araracanga, sapucaia, tento, tamburi, louro.

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, charuto, aracu, mapará, traíra,

matrinxã, jaraqui, acari, etc.

Espécies que são caçadas para subsistência cutia, paca, queixada, catitu.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Interior da FLONA

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Interior da FLONA

Local onde a comunidade prática a pesca Lago e igarapés

Locais onde a comunidade prática a caça Interior da FLONA

Locais de uso comunitário Barracão comunitário, escola, cemitério

Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, pedreiro, motosserista, juquireiro,

marceneiro, cozinheira

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Mapa Falado da Comunidade Carimum

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Samaúma II, rio

Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná-PA

Total de famílias na comunidade 36 famílias no geral

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Do total geral 19 Famílias moram na FLONA:

Rosiane, Joseane, Jonilton, Arlene, Maria

Gomes, Iraide; Iranei, Manoel Soares, Rosana

Mendes, Valter, Luzia, Maranhão, Branca,

Josias, Joacás, Rosinha, Maria Lúcia, José

Lino, Telma

A Comunidade Samaúma II está localizada no rio Trombetas, na FLONA, limitando-se com as

comunidades Carimunzinho e Acari. Na área da comunidade há o lago Samaúma II, área de

mata, de pastagem e de roçado. As casas de moradia são localizadas por toda a área da

comunidade, ao longo dos igarapés, lagos e rios, passando pelo limite da FLONA. A área da

comunidade está a uma distância de aproximadamente 6 km da Unidade de Manejo Florestal

(UMF 2) em processo de Concessão Florestal pelo Serviço Florestal Brasileiro.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo próprio

e venda, dependendo do período e da

quantidade

Mandioca, macaxeira, milho, banana,

melancia, jerimum, maxixe, cana de açúcar,

manga, limão, pupunha, laranja, coco e

castanha e outros

Criação de pequenos animais Galinha, porco, bode, carneiro

Pecuária Dentro e Fora da FLONA: criação de boi,

cavalo, boi de carroça e porco

Artesanato Fazem de palha e cipó coletados do interior e

fora da FLONA: paneiro, peneira, abano,

vassoura, tipiti, brinquedos de madeira

(cômoda, cama, cadeira, etc.), móveis de

madeira.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização, para subsistência e, algumas vezes,

para venda

Castanha do Brasil, uxi, tucumã, andiroba,

cipó titica , palha (cobrir casa), mel de abelha,

breu (para calafetar canoas, barcos), piquiá,

patauá, açaí, bacaba, cacau, cupuaçu

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade para consumo

Utilizam fora e dentro da FLONA, itaúba

(casa, barco, canoa, remo); aroeira, marupá,

maçaranduba (cerca, estaca), cariúba, vara de

morta, etc.

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, charuto, jaraqui, acari, baruca, cará

branco, pescada, pirapitinga, surumbi, etc.

Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, paca, queixada, veado, tatu, jabuti

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Interior e entrono da FLONA e área da

comunidade fora da UC

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Interior da FLONA e área da comunidade

Local onde a comunidade prática a pesca Lago do Samaúma II, boca do Samaúma, rio

Trombetas e igarapé Grande

Locais onde a comunidade prática a caça Interior da FLONA, após a área do pica-pau

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: a Escola é dentro da

FLONA (Nossa Senhora de Nazaré), barracão comunitário e Igreja.

Organização social: Associação de Moradores do Samaúma II (Coordenador - Pastor Josiel)

Profissões existentes na comunidade: Carpinteiro, pedreiro, motosserista, juquireiro,

marceneiro, motorista de carro e moto (sem carteira).

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Mapa Falado da Comunidade Samaúma II

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Acari, Rio

Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 32

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

15

Famílias que trabalham agricultura e pequena

criação de animais na FLONA, porém não

moram no centro da comunidade

8

Famílias que moram e trabalham a agricultura

no entorno da FLONA

9

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para venda e consumo

próprio

Lavoura temporária:

Roça de mandioca (farinha), milho, banana,

cana, cará, arroz, feijão, batata doce, abacaxi;

Lavoura permanente:

Pupunha, cupuaçu, manga, abacate, laranja,

tangerina, graviola, açaí, coco, maracujá.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Breu (para calafetação de barcos); bacaba,

andiroba, piquiá, patauá, palha de buriti (para

confecção de tipití), cipó ambé (para confecção

de paneiro), arumã (para fazer peneiras), palha

(para fazer abanos e cobrir as casas)

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Observação: Os comunitários informaram

ainda que das madeiras tiradas dos terrenos

onde fazem a roça, os mesmos produzem

carvão, que vendem na cidade, fazendo esta

atividade parte importante de um reforço de

renda.

Itaúba (utilizada para casas, embarcações e

cercas); Marupá (utilizada para paredes de

casas, fazer caixões, etc.); Angelim para

paredes de casas, cercas, assoalhos, etc.;

Sucupira para quilha de barco; Cumaru para

quilha de barco.

Local onde a comunidade prática a pesca No rio Trombetas, no igarapé Patauá, no

igarapé Caraná, no igarapé Chicão, no lago

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Aracú, Pacú, Acará, Pescado,

Pirarucu, Jaraqui

Locais onde a comunidade prática a caça Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola

Espécies que são caçadas para subsistência Porco catitu, veado, cutia, paca, porco

queixada ou porcão.

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Mapa Falado da Comunidade Acari

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Batata I (Boa

Esperança), Lago do Batata, FLONA Saracá-Taquera

Total de famílias na comunidade 31

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Todas

Total de casas na FLONA 31

Serviços existentes na comunidade 2 igrejas, algumas famílias têm poço

artesiano,, porém os mesmos estão com

problemas de água suja; não tem energia

elétrica, não tem escola, porém tem transporte

escolar para comunidade Flexal

Produtos da Agricultura Familiar produzidos na

FLONA e no entorno para venda e consumo

próprio

Mandioca, melancia, milho, batata, macaxeira,

abacaxi, banana, cebolinha, maxixe, jerimum,

laranjeiras, manga, caju, cará, tomate,

graviola, cupuaçu

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago

do Batata, entrando aproximadamente 4 km;

Na ilha onde fica a propriedade de José

Venâncio

Ao lado direito da cabeceira do cemitério,

passando o cemitério

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Breu (para calafetação de barcos); Cipó tititca

para vassoura, peneira, amarrar casas, cipó

timbó para vassouras e amarrar casas e palhas,

cipó ambé para paneiro, amarrar casas e

palhas, leite de sucuuba para remédio,

Copaíba, açaí, bacaba, pataua, castanha, buriti

para tiptit, jacitara para tipiti, arumã para

peneira

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago

do batata, entrando aproximadamente 4 km,

Na ilha onde fica a propriedade de José

Venâncio

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Observação:

Os comunitários informaram ainda que das

madeiras tiradas dos terrenos onde fazem a

roça, os mesmos produzem carvão, que

vendem na cidade, fazendo esta atividade parte

importante de um reforço de renda

Itaúba (esteio, embarcação, tábua, lenha, etc.);

Marupá para caixão, tábua para parede,

móveis, louro para taboa, aroeira para forro de

casa, assoalho, mandioqueira para tábua p

parede, Massaranduba para esteios, Sucupira

para quilha de barco, estrutura para caixa de

água, acariquara para poste e esteio, Taquari

para tábua para casas.

Profissões existentes na comunidade: Pedreiro, carpinteiro, eletricista, mecânicos,

soladores, marceneiros, motoserristas

Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Batata e nas diferentes cabeceiras

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, piranha, aruanã, pescada, cará,

surubim, furacalça, tambaqui, pacú, peixe boi,

pirarucu, folhote, pirarara, tracajá

Locais onde a comunidade prática a caça: atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago do

Batata, entrando aproximadamente 4 km; na ilha onde fica a propriedade de José Venâncio; ao

lado direito da cabeceira do cemitério, passando o cemitério; na ilha maior - lago do Batata.

Espécies que são caçadas para subsistência: cutia, paca, queixada, caititu, anta, onça, tatu,

jacaré, veado, macaco (todos), mutum, nambu, jabuti, pato, carará, miuá, gavião, socó, coroca,

etc.

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Mapa Falado da Comunidade Batata I (Boa

Esperança)

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Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Batata II (Bom

Jesus), Lago do Batata, FLONA Saracá-Taquera

Total de famílias na comunidade 47

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Todas

Total de casas na FLONA 42

Serviços existentes na comunidade 2 igrejas, não tem poço artesiano; não tem

energia elétrica, não tem escola, porém tem

transporte escolar para comunidade Flexal

Observação:

A água do Rio é contaminada

Algumas famílias no verão podem acessar olho

d’água, porém no inverno, com a subida do rio,

estes ficam submersos.

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para venda e consumo

próprio

Mandioca, melancia, milho, batata doce,

macaxeira, abacaxi, arroz, feijão cará, cana,

ananás, cupuaçu, pupunha, cacau, etc.

3 famílias tem algumas cabeças de gado, a

maioria das famílias cria patos e galinhas.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago

do Araçá, adentrando aproximadamente 8 km,

inclusive entrando na UMF;

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Breu (para calafetação de barcos); Cipó tititca

para vassoura, peneira, paneiro,

Copaíba, açaí, bacaba, pataua, andiroba, uxi,

palha para cobrir casa, Piquiá, etc.

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago

do Araçá, adentrando aproximadamente 8 km,

inclusive entrando na UMF;

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba (esteio, embarcação, tábua, lenha, etc.)

Todo tipo de madeira branca para construção

de casas, móveis e caixões;

Massaranduba e maramara para cercas

Observação:

Os comunitários informaram ainda que das

madeiras tiradas dos terrenos onde fazem a

roça, os mesmos produzem carvão, que

vendem na cidade, fazendo esta atividade parte

importante de um reforço de renda.

Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Araça

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, cará, traíra, pacu, charuto, aruanã,

etc.

Locais onde a comunidade prática a caça Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago

do Araçá, adentrando aproximadamente 8 km,

inclusive entrando na UMF;

Espécies que são caçadas para subsistência Porco, paca, cutia, veado, anta, jacaré, jabuti,

inambu, mutum, jacu, etc.

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Mapa Falado da Comunidade Batata II (Bom

Jesus)

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Informações do Mapa Falado da comunidade do Moura - quilombolas do Alto Trombetas,

FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 125 Famílias no geral

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Do total geral 105 Famílias moram na FLONA

A comunidade do Moura está localizada no rio Trombetas, na área quilombola do Alto

Trombetas, no interior da FLONA Saracá-Taquera, limitando-se entre as comunidades Boa

Vista e Palhal. A área da comunidade está dentro da FLONA e possui zona populacional, área

de roçado, centro comunitário, ilhas (do Benzo, Grande, Cauxi, Minduca, Abelardo e Juca) e

praias (do açucar). A comunidade utiliza, além da zona populacional, uma área que designaram

no mapa falado como "área de uso comunitário", que se estende em toda a área de pretensão

para criação de Território Quilombola e onde está localizado o Platô Monte Branco em

Concessão Mineral pela MRN. O Centro Comunitário está localizado próximo ao rio Trombetas

e ao lado da ilha do Benzo. As casas de moradia estão localizadas próximas ao lago e igarapés,

na zona populacional da FLONA.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo próprio

e venda, dependendo do período e da

quantidade

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,

banana, melancia, cana de açúcar, arroz,

abacate, mamão, feijão, tangerina, pupunha,

laranja, limão, manga e outros.

Criação de pequenos animais Galinha, porco, peru, bode, pato, carneiro.

Pecuária boi , cavalo, vaca

Artesanato: fazem de palha e cipó da FLONA: paneiro, peneira, abano, vassoura, tipiti, remo,

barcos e canoas para brinquedos, colher de pau, panelas, pratos, potes e utensílios de barro.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua utilização: para subsistência e, algumas

vezes, para venda - Castanha do Brasil (FLONA Saracá-Taquera e REBIO do Rio Trombetas),

uxi, andiroba, cipó (titica e ambé), palha (cobrir casa), mel de abelha, breu (para calafetar

canoas, barcos), piquiá, patauá, açaí, bacaba, casca de cariepé, barro, copaíba, sementes

(copaíba, cumaru, tento), bacuri, uxirana do igapó, pariri, etc.

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Utilizam para consumo – Itaúba (casa, barco,

canoa, remo); aroeira, marupá, maçaranduba

(cerca, estaca), tento, louro, cedro, acari,

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, aracu, matrinxã, acari, pirarucu,

pacu, pescada, apapá, acaratinga, piranha, etc.

Espécies que são caçadas para subsistência: cutia, paca, queixada, catitu, anta, veado, macaco,

tatu, mutum, jabuti, jacu, aracuã, nambu, tucano, arara e outros

Locais onde a comunidade prática o extrativismo: Na zona populacional e após essa zona, na

área que designaram com área de uso comunitário

Locais de onde a comunidade tira madeira para confecção de canoas e casas: zona populacional,

após os roçados, e após essa zona, na área que designaram com área de uso comunitário

Local onde a comunidade prática a pesca Rio Trombetas e igarapés da FLONA

Locais onde a comunidade prática a caça: na zona populacional e após essa zona, na área que

designaram com área de uso comunitário

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: 2 igrejas - católica e

evangélica; barracão comunitário; microssistema de água centro comunitário (para algumas

famílias apenas); algumas famílias tem motor de luz particular e há um no centro comunitário.

O lixo queimam e jogam no mato. Para lazer, existem 3 campos de futebol, um igarapé e duas

sedes de festas. Festividades: Padroeira Nossa senhora do Perpetuo Socorro e festa da

consciência negra. Tem um agente de saúde e apoio da fundação esperança uma vez no mês.

Organização social ARQMO, COOPERMoura

Profissões existentes na comunidade: carpinteiro, pedreiro, motosserrista, juquireiro,

marceneiro, motorista de carro, soldador, eletricista, cozinheira, técnico em segurança, agente

de saúde, professor.

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Mapa Falado da Comunidade Moura

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Informações do Mapa Falado da comunidade da Tapagem - quilombolas do Alto

Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA

Total de famílias na comunidade 46 Famílias

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

46 Famílias

A comunidade da Tapagem está localizada no rio Trombetas, no interior e entorno da FLONA

Saracá-Taquera, na área quilombola do Alto Trombetas, limitando-se entre as comunidades

Sagrado Coração de Jesus e Paraná do Abuí. A comunidade é dividida em área de várzea, lago

da tapagem, tapaginha, território quilombola, lago do Farias e área de uso comunitário na

FLONA, que designaram como sendo a área que as comunidades possuem pretensão para

criação de Território Quilombola. Durante o ano, vão, pelo menos, 4 vezes a esta área. As casas

de moradia estão localizadas na zona populacional da FLONA ao longo do lago da Tapagem e

os roçados são próximos as áreas de moradia.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA e no

entorno para consumo

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará, banana,

melancia, cana de açúcar, arroz, abacate, mamão, feijão,

laranja, limão, manga, batata doce, jerimum, abobora, caju,

cupuaçu, maracujá, goiaba, coco, jambo, açaí.

Criação de pequenos animais Galinha, pato, carneiro

Pecuária Duas pessoas da comunidade criam gado, mas em pequena

quantidade

Artesanato Paneiro, tipiti, pulseira e colares (miçanga e semente),

ouriço da castanha (saboneteira, cinzeiro, etc.), rede,

trabalho em crochê das mulheres.

Produtos extrativistas tirados da

FLONA e sua utilização

Castanha, uxi, andiroba, cipó (titica e timbó), palha (cobrir

casa), mel de abelha, Breu (para calafetar canoas, barcos),

piquiá, patauá, copaíba, inajá, cumaru, ambé, tucuma, açaí.

Tipos de madeiras e uso das

mesmas tiradas pela comunidade

Itaúba ( casa, barco, canoa, remo); aroeira, marupá, tento,

louro, cedro, andiroba, sapucaia, carvalheiro, acapu,

angelim.

Espécies que são pescadas para

subsistência

Tucunaré, aracu, Acari, Pirarucu, pacu, traíra, surubim,

tamuatá, aruaná, cujuba

Espécies que são caçadas para

subsistência

cutia, paca, queixada, catitu, anta, viado, tatu, mutum,

jabuti, jacu, nambu

Locais onde a comunidade prática

o extrativismo

No Território Quilombola e na área de uso comunitário

Locais de onde toda comunidade

tira madeira para confecção de

canoas e casas de uso próprio

No Território Quilombola na área de uso comunitário - área

de pretensão para criação de Território Quilombola

Local onde a comunidade prática a

pesca

Igarapé da Tapagem ou saco das almas

Locais onde a comunidade prática

a caça

Na zona populacional e após esta zona, na área de uso

comunitário - área de pretensão para criação de Território

Quilombola

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Igreja católica – São

Sebastião (padroeiro). Não tem escola, estudam na escola polo em Mãe Cué, um barracão

comunitário, motor de luz no centro comunitário e 2 particulares, não tem microssistema de

água, usam água diretamente do rio ou lago. Como lazer tem o igarapé, campo de futebol, sede

de festa que é o barracão comunitário.

Organização social: Associação Comunitária Mãe Domingas, ARQMO, CEQMO, STTRO.

Tem pessoas que recebem bolsa verde e bolsa família.

Profissões existentes na comunidade: artesão, carpinteiro, marceneiro, motoserrista, pedreiro

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Mapa Falado da Comunidade Tapagem

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Informações do Mapa Falado da comunidade Sagrado Coração de Jesus - quilombolas do

Alto Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA

Total de famílias na comunidade 24 Famílias

Famílias que moram na FLONA 24 Famílias

A comunidade Sagrado Coração de Jesus está localizada no rio Trombetas, FLONA Saracá-

Taquera, entre as comunidades da Tapagem e Mãe Cué. Na comunidade há áreas de roçado,

pastagem, campo, mata e centro comunitário. As casas de moradia e o centro da comunidade

estão ao longo do rio Trombetas e do igarapé da Água Fria. As áreas de roça estão próximas as

áreas de moradia. Há um criador de gado (Joel) próximo ao igarapé da Água Fria.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA e no entorno para

consumo

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,

banana, melancia, cana de açúcar, laranja, limão,

manga, batata doce, jerimum, abobora, cupuaçu,

abacate, maxixe.

Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco, carneiro

Pecuária Existem vacas.

Artesanato Paneiro, peneira, abano, vassoura, tipiti, remo,

cascos, canoas e botes, pulseiras e anéis de

sementes e de tucumá.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e

sua utilização

Castanha, uxi, andiroba, cipó (titica e timbó),

palha (cobrir casa), mel de abelha, Breu (para

calafetar canoas, barcos), piquiá, patauá, copaíba,

cumaru, tucuma, açaí, bacaba, jutaí.

Tipos de madeiras e uso das mesmas

tiradas pela comunidade

Itaúba (casa, barco, canoa, remo); aroeira, marupá,

tento, louro, sucupira, pau-d'arco, mandioqueira,

uxi, amapá.

Espécies que são pescadas para

subsistência e venda

Tucunaré, aracu, pirarucu, pacu, surubim, aruaná,

apapá, pescada, matrinxã, jaraqui, tambaqui,

piraíba.

Espécies que são caçadas para subsistência cutia, paca, queixada, catitu, viado, mutum, jabuti,

jacamim, macaco, arara, aracuam

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Após o divisor do Fernando, próximo ao Igarapé

da Água Fria e adentrando a mata após o igarapé

Locais de onde toda comunidade tira

madeira para confecção de canoas e casas

de uso próprio

Após o divisor do Fernando, próximo ao Igarapé

da Água Fria

Local onde a comunidade prática a pesca Laguinho, igarapé da Água Fria

Locais onde a comunidade prática a caça Nas proximidades dos igarapés e adentrando à área

de mata após o igarapé da Água Fria

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Igreja católica e evangélica,

escola, barracão comunitário, motor de luz no centro comunitário e 5 particulares. O lixo jogam

na beira da estrada, queimam e enterram. Área de lazer – campo de futebol e igarapés.

Festividade do Santo: Sagrada Família. Tem pessoas que recebem bolsa verde e bolsa família.

Água para beber e fazer os alimentos é diretamente do rio.

Organização social Associação Mãe Domingas.

Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, motoserrista, pedreiro, artesão,

juquireiro, cozinheiras, pintor, costureira

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Mapa Falado da Comunidade Sagrado Coração

de Jesus

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Informações do Mapa Falado da comunidade Mãe Cué - quilombolas do Alto Trombetas,

FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná-PA

Total de famílias na comunidade 33 Famílias

Famílias que moram na FLONA 33 Famílias

A comunidade Mãe Cué está localizada no rio Trombetas, na área quilombola do Alto

Trombetas, no interior da FLONA, limitando-se com as comunidades Cuecé e Sagrado Coração

de Jesus. A área da comunidade se estende do igarapé da Terra Preta, ilha da Mãe Cué, Cuecé,

rio Trombetas, zona populacional (centro comunitário - área de várzea), lago Grande, igarapé da

Água Vermelha e termina no igarapé da Água Fria. A comunidade utiliza mais a parte do lago

Grande, mas na época da cheia, por ser área de várzea, saem desta área até passar este período.

Na comunidade há a área do centro comunitário, área de roçado, de pastagem, de várzea e de

mata. As casas de moradia estão ao longo do Lago Grande e do Centro Comunitário. A escola

está localizada ao longo do Igarapé da Água Fria. Há uma área de pastagem próximo ao lago

grande e de algumas casas. O centro comunitário fica entre o igarapé da Terra Preta e o lago

Grande. As áreas de roçado ficam entre o igarapé da Terra Preta, lago Grande e o igarapé da

Terra Vermelha e a área Cuecé. Foi considerado pela comunidade que os moradores utilizam

uma área após a zona populacional para coleta de produtos extrativistas para confecção de

artesanato e outros não madeireiros, além de madeira. Designaram esta área como sendo de uso

comunitário, distante em torno de 22 km após o limite da FLONA para o seu interior.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA e no entorno

para consumo

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará, banana,

melancia, laranja, limão, batata doce, jerimum,

abacate, maxixe, pepino, caju, cupuaçu, feijão.

Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco

Pecuária Uma família – boi e vaca

Artesanato Paneiro, peneira, abano, vassoura, tipiti, remo, canoas

e barquinho de brinquedo, colher de pau, jamaxim,

capote para casa

Produtos extrativistas tirados da

FLONA e sua utilização

Castanha, uxi, óleo de andiroba e copaíba, cipó

(titica e ambé), palha (cobrir casa), breu (para

calafetar canoas, barcos), piquiá, patauá, tucuma,

açaí, bacaba, taperebá, maracujá do mato, pariri.

Tipos de madeiras e uso das mesmas

tiradas pela comunidade

Itaúba ( casa, barco, canoa, remo); aroeira, tento,

louro, sapucaia, mandioqueira, acari, gaivoteiro

Espécies que são pescadas para

subsistência e venda

Tucunaré, aracu, pacu, aruaná, apapá, pescada,

matrinxã, charuto, mapurá.

Espécies que são caçadas para

subsistência

Cutia, paca, queixada, catitu, viado, mutum, jabuti,

aracuã, anta, capivara, nambu.

Locais onde a comunidade prática o extrativismo: No interior da FLONA, do igarapé da água

fria até o igarapé da terra preta, na área após a zona populacional adentrando a mata

Locais de onde toda comunidade tira madeira para confecção de canoas e casas: No interior da

FLONA, na parte mais central dos igarapés da Água Fria, da Água Vermelha e da Terra Preta

Local onde a comunidade prática a pesca Lago Mãe Cué e lago grande

Locais onde a comunidade prática a caça: No lago Mãe Cué, na zona populacional próximo à

Escola e as proximidades da área de roçado perto da área de pastagem e do igarapé da Água

Vermelha e área de roçado próximo ao igarapé da Terra Preta.

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Escola polo – reúnem mais

2 comunidades (Tapagem e Sagrado), educação infantil ao ensino fundamental. Igreja católica

(Espirito Santo) e evangélica. Tem grupo gerador que atende o centro comunitário, motor de luz

particular (5), um barracão comunitário. Lazer: dois campos de futebol, igarapé e praia. Lixo:

queimam ou enterram no buraco. Fazem parte da Associaçõe Mãe Domingas e da ARQMO.

Profissões existentes na comunidade: carpinteiro, motosserrista, pedreiro, artesão,

cozinheiras, pintor, costureira, marinheiro, professor

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Mapa Falado da Comunidade Mãe Cué

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Informações do Mapa Falado da comunidade Curuça-Mirim - quilombolas do Alto

Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA, Rio Trombetas

Total de famílias na comunidade 18

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

18, sendo que além deles tem um individual

que tem 30 há de campo

Serviços existentes na comunidade Tem energia elétrica;

Tem igreja;

Tem microssistema que é abastecido com água

do lago;

Tem água encanada;

Tem casa de farinha comunitária

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na

Mandioca, milho, banana, melancia, feijão,

arroz, jerimum, caju, murici, abacate, abacaxi,

mamão, cupuaçu

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

1. Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola até o platô

Monte Branco1

2. Dentro da REBIO2

3. Ao longo do igarapé Jamari Grande

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Castanha, copaíba, cipó para paneiros,

vassouras e cestos, breu para calafetação de

barcos,, sementes para plantio, reflorestamento

e remédio, seiva de Jutaí para remedia, bacaba,

açaí, patauá, Piquiá, uxi, taperebá, caju-acú,

pariri, buriti, inajá, tucumã, cumaru para

remédio, ubim para cobertura de casas

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Ao longo do igarapé que fica a direita do lago

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba (utilizada para casas, canoas)

Louro para fazer casas, marupá para casas e

móveis, aroeira para casa e moveis,

Massaranduba para estacas e casas, sucuruba

para casas, acariuba para casas, cercas e postes

de energia, tento para cascos e casas

Local onde a comunidade prática a pesca No lago

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Pacu, Pirarucu, Tambaqui, acari,

filhote, charuto, branquinha e todos os outros

que são para consumo, tracajá e tartaruga

Observação: a comunidade tem um projeto de

piscicultura para criação de tambaqui

Locais onde a comunidade prática a caça

Espécies que são caçadas para subsistência

1 Quando vão tirar copaíba eles caminham 9 horas pelo ramal, ou então vão mais próximo de rabeta

através de um igarapé e de lá por uma picada chegam no Platô 2 Os quilombolas tem autorização do ICMBio através de um acordo para tirar castanha do brasil da

REBIO e eles relataram tirar também a palha do ubim, uma vez que é só lá que existe a palha “fêmea” que é adequada para cobrir casas

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Mapa Falado da Comunidade Curuça Mirim

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Informações do Mapa Falado da comunidade Jamari - quilombolas do Alto Trombetas,

FLONA Saracá-Taquera e Reserva Biológica do Rio Trombetas, Oriximiná – PA, Rio

Trombetas

Total de famílias na comunidade ?????

Famílias que moram e trabalham a

agricultura na FLONA

Uma parte das famílias da comunidade Jamari mora

na REBIO (Reserva Biológica) do Rio Trombetas e

outra parte na FLONA. Porém, trabalham na

FLONA com agricultura familiar, ficando a maior

parte das áreas agrícolas em torno do lago Matapí

Serviços existentes na comunidade Existe um gerador de energia; A escola polo para

todas as comunidades na redondeza fica no Jamari;

Tem barracão comunitário, Igreja e

Agente de saúde

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA

Mandioca, milho, abacaxi, cará e macaxeira

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

4. 1) Indo pela estrada do Monte Branco até o Platô

Monte Branco (para copaíba); 2) à partir do Platô

Monte Branco, saindo pelo igarapé do Moura; 3) o

longo do Igarapé do Jamari, entrando também no

igarapé que leva até a picada de acesso a estrada

Monte Branco; 4) dentro da REBIO3 ao redor do

lago do Juquiri grande e no Erepecu

Produtos extrativistas tirados da FLONA

e sua utilização

Breu (para calafetação de barcos); castanha, cipó,

açaí, bacaba, andiroba, cumaru, seiva de jutai,

jacitara e ambé, ubim. Muitos dos produtos são

usados para fins medicinais e os diversos cipós para

artesanatos como paneiro, peneira, tipiti, etc.

Locais de onde toda comunidade tira

madeira para confecção de canoas e casas

de uso próprio

1. 1) Atrás das áreas agrícolas em torno do lago

Matapí; 2) ao longo do igarapé do Jamari; 3) no

entorno do Lago Jamarizinho

Tipos de madeiras e uso das mesmas

tiradas pela comunidade

Louro, itaúba, breu sucuruba, cedro, aroeira,

sucupira, ucuúba, marupa, sapucaia, e

massaranduba. O uso das madeiras é para

construção de meios de transporte: casco, canoa,

remo e barco e para moradias

Local onde a comunidade prática a pesca 1. 1) No lago do Curuça; 2) lago do Juquiri Grande; 3)

lago do Apé; 4) lago do Palhalzinho; 4) lago do

Curuça; 5) lago do Jamarizinho; 6) lago do

cabeçudo; 7) rio Trombetas; 8) igarapé Jamari e 9)

lago Matapi

Espécies que são pescadas para

subsistência

Tucunaré, Pacu, Pirarucu, Pescada, Tambaqui,

Piranha, Surubim, Peixe-Boi, Tracajá e Tartaruga

Locais onde a comunidade prática a caça 1. 1) Atrás das áreas agrícolas em torno do lago

Matapí; 2) ao longo do igarapé do Jamari; 3) ao

redor do lago do Cabeçudo

Espécies que são caçadas para

subsistência

Cutia, paca, tatu, jabuti, mutum, veado, anta,

caetetu, queixada, macaco (guariba, prego, cuxiu,

coatá), pato do mato, marreca, inambu, jacu,

jacamim e cupido.

3 Os quilombolas tem autorização do ICMBio através de um acordo para tirar castanha do brasil da

REBIO e eles relataram tirar também a palha do ubim, uma vez que é só lá que existe a palha “fêmea” que é adequada para cobrir casas

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Mapa Falado da Comunidade Jamari

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Informações do Mapa Falado da comunidade Palhal - quilombolas do Alto Trombetas,

FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA, Rio Trombetas

Total de famílias na comunidade 10

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

10

Serviços existentes na comunidade Existe um gerador de energia que só serve para

uma casa

Não tem poço de água

Tem igreja

Tem barracão de festa

Tem transporte escolar para Jamari

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA

Roça de mandioca (farinha), feijão, milho,

melancia, banana, abacaxi, jerimum, frutíferas,

etc.

Pecuária: várias famílias produzem gado.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

1. Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola até o igarapé

do Moura

2. Dentro da REBIO4

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Breu (para calafetação de barcos); castanha,

ubim para cobrir as casas, copaíba, cipó para

fazer paneiro, amarrar casas, curraisl cestas,

etc., Juta e Cica para remédio e perfume,

cumaru, Pataua, bacaba, açaí, etc.

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba (utilizada para casas, canoas)

Cedro para fazer moveis e paredes, aroeira

para paredes, assoalhos, marupa para paredes,

assoalho e caixões e outras.

Profissões que existem na comunidade Motoserristas, marceneiro, carpinteiro,

pedreiro

Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Palhal

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Pacu, Pirarucu, Tambaqui, acari,

charuto, tracajá, etc

Locais onde a comunidade prática a caça Atrás das propriedades de moradia e das

propriedades de trabalho agrícola até o igarapé

do Moura

Espécies que são caçadas para subsistência Paca, tatu, veado, porco, cutia, macaco, anta,

jabuti, mutum, jacamim, pato, arara, etc.

4 Os quilombolas tem autorização do ICMBio através de um acordo para tirar castanha do brasil da

REBIO e eles relataram tirar também a palha do ubim, uma vez que é só lá que existe a palha “fêmea” que é adequada para cobrir casas

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Mapa Falado da Comunidade Palhal

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Informações do Mapa Falado das comunidades Viravolta (Assentamento Vira Volta) e

Redobra, FLONA Saracá-Taquera, Terra Santa

Total de famílias na comunidade Redobra 28

Viravolta 13

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Redobra 3

Viravolta 13 (toda comunidade)

Obs. Maiores informações foram levantadas no

dia pelo Rodrigo que foi até os respectivos

locais com GPS

Famílias que trabalham agricultura e pequena

criação de animais na FLONA, porém não

moram no centro da comunidade

Serviços existentes na comunidade Igreja, barracão, cozinha, poço (algumas

famílias tem em suas casas), banheiro, agente

de saúde

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para venda e consumo

Mandioca, milho, jerimum, mel, cana, abacaxi,

macaxeira, banana, cupuaçu, cará, batata, etc.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

1. Atrás das propriedades que ficam no entorno

do Igarapé do Palhal no Redobra

2. Nos dois lados do igarapé do vira volta

3. Na área que divide as duas comunidades

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Açaí, palha (para cobertura de casas e para

vender na cidade), cipó ambé (para fazer

paneiro, amarrar paredes, jamanxin, balaio,

etc.) outros cipós para amarrar cercas, curral e

palha, tucumã que é vendido para

atravessadores a R$ 4,00 p quilo para levar

para Manaus, buriti também comprada por

atravessadores que produzem a polpa para

vender em Manaus,

Pecuária: boi, cavalo, galinha, pato

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

A maioria é tirada nos próprios terrenos,

quando não tem os comunitários adentram na

floresta na proximidades de suas propriedades

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Cupiuba e angelim (tabua, Flexal, pernamanca,

assoalho), itaúba (para armação da casa),

maramará murta (curral, varas), acarí para

esteio

Profissões existentes nas comunidades Carpinteiro, pedreiro, marceneiro, motoserrista

Local onde a comunidade prática a pesca 1. No igarapé do Palhal no Redobra

2. No ichi

3. No Piaruacá

Obs. Os igarapés pequenos são somente para

reprodução

Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, pirapitinga, tambaqui, jacundá,

Caratinga, pacu, bocudo, surubim, etc.

Locais onde a comunidade prática a caça 1. Atrás das propriedades que ficam no entorno

do Igarapé do Palhal no Redobra

2. Nos dois lados do igarapé do vira volta

3. Na área que divide as duas comunidades

Espécies que são caçadas para subsistência Tatu, cutia, paca, catitu, veado, queixada,

jabuti, nambu, mutum, etc.

Os comunitários mencionaram que caçam

apenas às vezes.

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Mapa Falado da Comunidade Viravolta e

Redobra

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Informações do Mapa Falado da comunidade Uxi, Terra Santa - PA

Total de famílias na comunidade 15

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Tudo indica que a comunidade inteira fica fora

da FLONA

Famílias que trabalham agricultura e pequena

criação de animais na FLONA, porém não

moram no centro da comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para venda e consumo

próprio

Mandioca, macaxeira, milho, feijão, batata,

abacaxi, cana, banana, cará, melancia,

jerimum, maxixe, farinha, caju.

Pecuária: galinha, porco, pato e carneiro

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo na FLONA

Nas florestas que ficam na redondeza da

comunidade (tudo indica que não façam parte

da FLONA)

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Tucumã, bacaba, buriti, castanha, açaí, palha

preta, cipó, uxi.

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

Nas florestas que ficam na redondeza da

comunidade (tudo indica que não façam parte

da FLONA)

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba, angelim, marmara, marupá, cauré,

capiuba.

Local onde a comunidade prática a pesca 1. No entorno da cabeceira do Uxi

2. No igarapé Tracuá

Espécies que são pescadas para subsistência Tambaqui, aracu, pacu, uruanã, surubim,

pirarucu, branquinha, jalimã, baruca,

pirapitinga, tucunaré, piranha, jaraqui,

sardinha, mapará, apapá.

Locais onde a comunidade prática a caça Nas florestas que ficam na redondeza da

comunidade (tudo indica que não façam parte

da FLONA)

Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, anta, catitu, porco do mato, veado, tatu,

jabuti.

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Mapa Falado da Comunidade Uxi

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Informações do Mapa Falado da comunidade Jamary, FLONA Saracá-Taquera, Terra

Santa

Total de famílias na comunidade 36 Famílias

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Do total, 27 famílias moram na FLONA.

A comunidade do Jamary está localizada ao longo do igarapé do Jamary, tendo uma parte da

comunidade no interior da FLONA Saracá-Taquera e outra parte em seu entorno, próximo a

estrada que dá acesso ao município de Terra Santa e um pouco após a ponte (5 famílias).

Limita-se com a comunidade do Nascimento e os PA´s Jamary e Itaquera I. Foi citado pelos

comunitários que há pessoas dessa comunidade a mais ou menos cinco gerações morando no

interior da FLONA. A área de moradia e de roçado fica localizada ao longo do igarapé do

Jamary e do igarapé Teófilo. Na comunidade há área de roçado, de pecuária e de mata.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo

próprio e venda, dependendo do período e da

quantidade

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,

batata doce, banana, melancia, jerimum,

laranja, limão, cupuaçu, abacate, manga,

goiaba, maxixe, coco

Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco, carneiro

Pecuária boi, cavalo e vaca

Artesanato Paneiro, tipiti, abano, louças de barro, cestos de

tucumã.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e

sua utilização

Castanha, uxi, andiroba, cipó (titica e ambé),

palha (cobrir casa e de Tucumã), piquiá,

tucuma, açaí, bacaba, cascas medicinais e de

buriti, jutaí, miri, maracujá do mato

Produtos extrativistas tirados da área da

comunidade

Piquiá, bacaba, andiroba, castanha, etc.

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba ( casa, barco, canoa, remo); aroeira,

marupá, louro, angelim, cupiúba, cedro,

carapanaúba, tamaquaré, murrão, sucuruba e

aquariquara.

Espécies que são pescadas para subsistência Peixe liso, matrinxã, aracu, jacundá, mafurá,

piaba, acará, arari, jiju.

Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, paca, queixada, catitu, viado, mutum,

jabuti, anta, nambu, tatu, macaco, jacu,

jacamim, jabuti.

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

No interior e entorno da FLONA, ao longo do

igarapé Jamary

Locais de onde toda comunidade tira madeira

para confecção de canoas e casas de uso

próprio

No interior da FLONA e bem próximo ao limite

da unidade

Local onde a comunidade prática a pesca Igarapé do Jamary

Locais onde a comunidade prática a caça No interior da FLONA, próximo a ponte da

MRN e ao longo do igarapé do Jamary

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Não tem escola, bebem

água diretamente do rio, tem um campo de futebol como lazer. Associação comunitária dos

trabalhadores rurais de Jamary – ACOTJA. Estão em processo de reconstrução da comunidade.

Organização social ACOTJA

Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, motoserrista, pedreiro, artesão,

cozinheiras, motorista (carro e moto).

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Mapa Falado da Comunidade Jamary

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Informações do Mapa Falado da comunidade Nascimento (Assentamento Jamary),

FLONA Saracá-Taquera, Terra Santa - PA

Total de famílias na comunidade 42 Famílias

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

9 famílias possuem casa no interior da FLONA

(Pofiro, João, Sabino, Nazaré, Matias e Ronan,

Pereguete, Dilce e Titica). Não foi informado

se estão morando nestas casas ou fora da

FLONA.

A comunidade do Nascimento está localizada no entorno e interior da FLONA Saracá-Taquera,

entre a comunidade do Jamary e o assentamento PA Jamary que está em processo de

licenciamento pela SEMA – PA. Na área da comunidade há área de moradia, ramal do

Nascimento, área de roçado e mata. As casas de moradia estão localizadas ao longo do ramal do

Nascimento e do igarapé do Nascimento. A maior parte da produção da comunidade é

proveniente da mandioca e criação de gado.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar produzidos

na FLONA e no entorno para consumo próprio

e venda

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,

batata doce, banana, jerimum, laranja, limão,

abacate, goiaba, caju, cupuaçu, açaí, pupunha,

abiu, beribá, fruta pão, milho, feijão, fava, cana

de açúcar, tangerina.

Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco, cabra, carneiro, picote

Pecuária Existem famílias que tem – boi, cavalo

Artesanato Não tem

Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua

utilização

Uxi, piquiá, jatobá, mel de abelha, breu, palha

e tucumã

Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas

pela comunidade

Itaúba, angelim, marupá, sucuruba

Espécies que são pescadas para subsistência Cará, aracu, traíra e jiju

Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, viado, mutum, jabuti, anta, nambu, tatu,

macaco, jacu, jabuti, porco do mato

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Não informado

Locais de onde toda comunidade tira madeira Não informado

Local onde a comunidade prática a pesca Igarapé do Nascimento

Locais onde a comunidade prática a caça Não informado

Locais de uso comunitário

Serviços existentes na comunidade Barracão comunitário, não tem escola, utilizam

água do rio. Lazer – um campo de futebol,

igarapé. Associação: ASCONA – associação

da comunidade do Nascimento. Lixo:

queimam o lixo e tem um agente de saúde.

Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, pedreiro, mecânico, mateiro,

motorista (caminhão, moto), motosserrista.

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Mapa Falado da Comunidade Nascimento

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Informações do Mapa Falado da comunidade Serra, FLONA Saracá-Taquera, Terra

Santa - PA

Total de famílias na comunidade 49 Famílias

Famílias que moram e trabalham a agricultura

na FLONA

Há 40 lotes no interior da FLONA. Porém, não

há morador.

A comunidade da Serra está localizada no entorno e interior da FLONA Saracá-Taquera,

município de Terra Santa, limitando-se entre a comunidade do Jamary, AIBI e a estrada PA

254/Terra Santa - Faro. Na comunidade há área de moradia, de roçado, de pecuária e de mata.

As casas de moradia estão localizadas ao longo do ramal da comunidade da Serra, entre os

igarapés do Aibizinho e a área do Jamary. Existem quarenta lotes da comunidade dentro da

FLONA, mas sem morador. Mora apenas uma família na comunidade. A maioria das famílias

mora em Terra Santa e usa a FLONA para roçado e criação de gado. Devido o ramal da

comunidade não possuir condições de trafegabilidade, muitas famílias deixaram a comunidade e

moram em Terra Santa. Depois que o ramal foi reformado recentemente pela MRN, devido ter o

Platô Jamary no final do ramal, muitas famílias estão querendo voltar. A última moradora da

comunidade é a Dona Dilza que está dentro da FLONA, após o portão de entrada para o platô

Jamary. A área destinada à pecuária está localizada nas áreas de moradia, tanto fora quanto

dentro da FLONA, próximo ao portão da MRN.

Atividades produtivas da Comunidade

Produtos da Agricultura Familiar

produzidos na FLONA e no entorno para

consumo próprio e venda

Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, banana,

jerimum, laranja, limão, abacate, goiaba, caju,

cupuaçu, açaí, milho, feijão, arroz, manga,

limão/lima.

Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco

Pecuária Existem famílias que criam boi, vaca, cavalo,

carneiro e bode

Artesanato Paneiro, Jamanxim e Esteira.

Produtos extrativistas tirados da FLONA e

sua utilização

Uxi, andiroba, cipó (titica e ambé), palha (cobrir

casa), piquiá, tucuma, açaí, bacaba, cascas

medicinais, copaíba, breu (para calafetar canoas,

barcos), patauá.

Tipos de madeiras e uso das mesmas

tiradas pela comunidade

Itaúba, angelim, sucuruba, cupiúba, cedro.

Espécies que são pescadas para

subsistência e venda

Cará, aracu, traíra, jiju e matrinxã

Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, viado, mutum, jabuti, anta, nambu, tatu,

jabuti, porco do mato, paca

Locais onde a comunidade prática o

extrativismo

Entorno e interior da FLONA

Locais de onde toda comunidade tira

madeira para confecção de canoas e casas

de uso próprio

1) Entorno da FLONA, próximo ao limite da

unidade e 2) interior da FLONA, próximo ao

portão da MRN.

Local onde a comunidade prática a pesca Igarapés do Aibizão, Aibizinho e Jamary

Locais onde a comunidade prática a caça 1) Entorno da FLONA, próximo ao igarapé do

Jamary; 2) interior da FLONA, próximo as áreas

da comunidade Jamary e AIBI e 3) próximo ao

portão da MRN

Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Barracão comunitário, não

tem escola, utilizam água do igarapé, não tem nenhum tipo de lazer. Lixo queimam.

Organização social Associação de Moradores da Comunidade da Serra

Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, pedreiro, marceneiro, motosserrista,

motorista (caminhão, moto), cozinheiras

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Mapa Falado da Comunidade Serra

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ANEXO 2

Matriz FOFA - pontos fortes, oportunidades,

pontos fracos e ameaças, referentes a FLONA

Saracá-Taquera e sua relação com as

comunidades

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Apresentação dos resultados da oficina participativa referentes a Matriz FOFA (Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças) que a

FLONA, assim como o processo de Concessão Florestal, tem proporcionado ou pode proporcionar às comunidades.

Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

Castanhal

Ajará

Lero

São Pedro

Casinha

Macedônia

- Impediu a invasão da

terra por grileiros e

fazendeiros.

- Protegeu a floresta

contra o desmatamento

ilegal.

- A criação do Conselho

Consultivo com a

participação de

lideranças comunitárias

de modo a atender a

demanda das

comunidades.

- Não extração ilegal de

madeira e

conseqüentemente os

madeireiros;

- Aumento da

quantidade e

diversidade de animais

silvestres;

- Projetos de educação

ambiental da Flona

contribuíram para a

conscientização

comunitária no preparo

das roças (queimadas,

uso da motosserra e,

- Trabalhar como guarda florestal na

FLONA mas com remuneração;

- Cooperativa Cooperplasa trabalhando

com Manejo Florestal comunitário na

FLONA;

- Utilizar recursos florestais de forma

sustentável (manejo florestal

comunitário, trazendo recurso

financeiro);

- Firmar parceria com o ICMBio e SFB

para apoio a projetos com as suas

associações;

- Realizar manejo da fauna, inclusive dos

peixes na área do lago Sapucuá;

- Capacitação e treinamento de

professores, alunos e comunidade sobre

flora, fauna, legislação ambiental, lixo,

saúde e o que e não pode FLONA;

- Firmar parceria com concessionários

para acesso aos produtos de utilização

das comunidades (itaúba e PFNM)

constantes no contrato de concessão;

- Contratação de mão de obra nas

atividades da concessão florestal.

- Limite que diminuiu a área das

comunidades;

- Proibição na área da FLONA para tirar

madeira, caçar, tirar frutas, cipó, breu e

outros produtos;

- Decretos dos limites sem conhecimento

e participação das comunidades;

- Falta de informação pelo governo sobre

o que pode e não pode ser feito na

FLONA.

- Empresas fazerem

acordos com a comunidade

e não cumprir;

- Proibição de caça para

subsistência;

- Concessionários

descumprirem a regra do

manejo, inclusive na

utilização dos rios para

transporte;

- Abertura de estradas na

área de manejo de forma

inadequada chegando a

poluir nascentes e

igarapés;

- Não ocorrer fiscalização

adequada na área de

manejo em concessão

florestal;

- Não definir os usos das

comunidades na FLONA;

- As comunidades não

terem direito de acessar os

recursos da FLONA.

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

etc.);

- Fortalecimento das

atividade coletivas e

processo dos roçados,

na forma de mutirão e

etc.;

- Parceria entre

associações

comunitárias e outras

instituições.

Boa Nova

Saracá

- Oportunidade de

conhecer a área e

interagir com ICMBio

com estas reuniões;

- Revisão do Plano de

Manejo da FLONA.

- Águas da FLONA serem classificadas

como “tipo especial”[1];

- Resolver os problemas existentes da

população na FLONA (não inclusão dos

mesmos na zona populacional);

- Fazer treinamento de motosserristas

para os comunitários com certificado, já

visando a empregabilidade dos mesmos

nas concessões[2];

- Incluir mão de obra comunitária para o

inventário;

- Incluir no novo PM maior Zona de

Amortecimento da FLONA no plano;

- Buscar com urgência a aprovação da

inclusão destas comunidades em maior

Zona Populacional;

- Legalizar e apoiar o extrativismo na

FLONA;

- Viabilizar capacitações para

aproveitamento de resíduos do MF, além

- Falta de maior integração entre

IBAMA/ICMBio para ficar claro quem

responde pelo que;

- Problemática de não ter mão de obra

técnica para comunidades, somente

oferta de mão de obra braçal pelo fato

dos comunitários não terem oferta de

capacitação;

- Pressão sobre os recursos pesqueiros e

quelônios.

- O governo não educou/esclareceu antes

de multar;

- Multas aplicadas aos comunitários;

- Os moradores não constam na Zona

Populacional (assim eles até hoje não

podem receber apoio de políticas

públicas);

- Áreas historicamente utilizadas para

agricultura e extrativismo com a criação

da FLONA ficaram proibidas;

- Não

aprovação/demarcação da

Zona Populacional;

- As concessionárias não

cumprirem os contratos;

Impactos gerados pela

extração da madeira influir

nos igarapés;

- Aumento da poluição dos

igarapés e lagos a partir de

acidentes nas áreas de

mineração;

- Poluição a partir dos

resíduos gerados pelas

máquinas;

- Eventuais problemas com

a possibilidade de

comunitários que pagam

sindicato perder sua

aposentadoria rural por

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

de autorizar o mesmo;

- Reativar os acordos de pesca;

- Estreitar comunicação com o ICMBio

para fiscalização e proteção;

- Construir flutuantes para a fiscalização

em conjunto com o ICMBio, Prefeitura e

comunitários;

- Utilizar recursos advindos das

concessões para investimento em

proteção;

- O SFB empenhar-se em articular junto

a prefeitura a inserção de

representatividade das comunidades do

entorno da FLONA no Conselho

Municipal de Meio Ambiente;

- Criar fundo específico para as

comunidades atingidas diretamente pelas

atividades das concessões para investir

em educação, fiscalização e

infraestrutura.;

- Utilizar o potencial turístico da área.

- Hoje poucas plantas podem ser

cultivadas e aproveitadas;

- Comunidade ficou com restrição de

renda por conta da criação da FLONA

(não podem mais realizar suas atividades

na FLONA);

- Falta de investimento em fiscalização

no projeto Pé de Pincha (Observação

feita pelo Chefe da FLONA, o projeto é

do IBAMA Amazonas e o ICMBio não

está envolvido no mesmo, uma vez que

este acontece em áreas que não estão no

controle do ICMBio);

- As comunidades não podem abrir

caminhos/estrada para comunitários

dentro da FLONA, mas quando é para

mineradora o IBAMA autoriza;

- Os jovens não fazem parte das

discussões sobre a FLONA.

causa de emprego com

carteira assinada[3];

- Atual chefe da FLONA

ser substituído por outro

que não compreende as

comunidades (situação).

[1] Esta oportunidade ocorreu depois da discussão sobre a necessidade de se ter uma maneira de cuidar melhor dos poluentes jogados pela mineradora nas

águas que desembocam nos rios que passam em frente das comunidades e o ICMBio não pode exigir uma qualidade de água superior (Classe Espceical)

devido as águas da FLONA serem classificadas como Classe 2..

[2] O Marcelo A. se comprometeu em verificar a possibilidade da realização dos cursos via CENAFLOR do SFB.

[3] Foi ressaltado que será importante eles verificarem isso direito via sindicato (STTR).

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

Ajarazal

Samaúma I

- A FLONA veio para

ensinar a população

local a preservar a

própria área;

- A FLONA veio para

impedir que outros de

fora desmatem

Transformar as áreas onde as famílias

moram na FLONA para Zona

Populacional para poder trabalhar a

agricultura de forma legal

- Tem pessoas (fiscais) de Organismos

Governamentais que vem só para proibir,

multar, etc.

- Vieram dizer que não pode mais fazer

roçado;

- Ficou mais burocrático para trabalhar;

- Ficou mais complicado porque diversas

Instituições são envolvidas para tirar

qualquer licenciamento;

- Empresas entram na comunidade sem

pedir licença, sem avisar e sem

autorização da comunidade (topografia).

O grupo reunido não

conseguiu encontrar

Ameaças da FLONA

Sobre as concessões florestais a comunidade Ajarazal não conseguiu compreender do que se trata, portanto, sequer entrou na avaliação por ela feita.

Carimum

Samauma II

- Ter uma fonte de água

saudável;

- Evitou a invasão de

madeireiro e venda

ilegal de madeira e

caça;

- Recursos: bacaba,

piquiá, patauá, cascas

medicinais, cipó, breu,

palha outros e caça para

alimentação;

- Muitas madeiras para

construção de casa e

embarcação;

- Poder ter agricultura –

mandioca, milho,

- Usar de forma controlada os produtos

da floresta;

- Aproveitar os benefícios da concessão

(saúde, educação, lazer, emprego e renda

e projetos comunitários);

- Criar área de uso comunitário dentro da

FLONA;

- Projetos coletivos com apoio de

instituições de manejo florestal, pesca e

animal;

- Apoio do ICMBio para fiscalização e

orientação.

- Pouca terra para criação de gado – pelo

menos 100 hectares seriam necessários;

- Houve diminuição da área da

comunidade para agricultura;

- Não poder ter estrada de acesso aos

trabalhos dos comunitários que tem

roçados distantes.

- Não ter a zona

populacional no PM;

- Não ter segurança da

terra e do trabalho;

- Garantia dos direitos dos

não associados da

ACOMTAGS;

- Não poder fazer casa de

alvenaria;

- Falta de demarcação da

área da concessão;

- Ausência dos benefícios

da reforma agrária;

- Não acessar os benefícios

por não pagar a

ACOMTAGS;

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

macaxeira, batata,

abacaxi e banana

- Ameaça de expulsão dos

não associados da

ACOMTAGS;

- Pesca e caça predatória;

- Grande consumo de

álcool.

Batata I (Boa

Esperança)

Batata II (Bom

Jesus)

Acari

- Quando vieram (antes

da criação da FLONA),

encontraram terra para

trabalhar;

- O solo é bom para o

cultivo agrícola;

- É uma fonte de

madeira para

embarcações;

- É a fonte de

alimentação dos

comunitários;

- Permite que os

moradores tenham

contato com a natureza

(lagos e água pura);

- Vieram benefícios

através da mineradora

para algumas famílias

na forma de empregos,

cadastro para vender na

feira e diferentes

projetos;

- A mineração custeia a

- Transformar as áreas onde as famílias

moram na FLONA para Zona

Populacional;

- Criar uma Zona de Amortecimento para

as comunidades no entorno poder contar

com o apoio do ICMBio;

- Alterar a classificação da água na

FLONA para classe especial para as

comunidades terem acesso a água potável

através dos rios;

- Com as concessões podem ser gerados

empregos;

- Ter apoio para agricultura para evitar

que os comunitários tenham que ir para

cidade passar fome;

- Instalar e apoiar um estaleiro para as

comunidades;

- Apoiar os marceneiros das comunidades

com a instalação de marcenaria;

- Ter acesso a energia elétrica;

- Ter acesso a abastecimento de água

potável (microssistemas potável);

- Ter assistência médica direta – cadastrar

os moradores;

- Por as comunidades não estarem na

Zona Populacional as mesmas não

podem acessar crédito para construção de

casa e ter apoio para produção;

- Os moradores não podem trabalhar de

forma legal, ficou mais complicado;

- Não se pode usar máquinas para

agricultura;

- Não é permitida a abertura de estradas

para escoar produção;

- Despejos de rejeito da mineração

poluem o lago do Batata;

- A passagem de navios mata Peixe-Boi

[1];

- A Vila Paraíso gera poluição;

- A sinalização das boias de atração de

navios é inadequada, o que já causa

acidentes com lanchas comunitárias com

morte;

- Antes da criação da FLONA a

mineradora fez uma indenização de

comunitários sem remanejamento das

famílias e sem oferta de alternativas de

geração de renda; além disso, foram

- A proposta de criação da

Zona Populacional não ser

aceita;

- As comunidades não

serem beneficiadas pela

empresa no processo de

concessão;

- Não ter benefícios

sustentáveis, nem

proporcionais ao lucro do

processo de concessão;

- Falta de organização dos

comunitários para

reivindicar os direitos;

- Se não houver melhoria

de água (mudança de

classificação para especial)

a população terá

problemas de saúde ainda

mais sérios.

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

combustível para os

jovens e adultos

poderem estudar em

Porto Trombetas (EJA);

- A FLONA protege a

madeira e caça ali

existente;

- Moradores

cadastrados pela

mineradora tem direito

a atendimento médico

em Porto Trombetas e

moradores não

cadastrados recebem

atendimento médico

emergencial quando

necessitam.

- Melhorar a educação das crianças

- Ter capacitação para os moradores nas

áreas de marcenaria, construção naval,

identificação botânica, técnico florestal;

feitas promessas pela empresa que nunca

foram cumpridas.

[1] Foi alertado para os comunitários pelo facilitador que teria que ser feito um estudo para provar se de fato apenas os navios são os responsáveis pelos

Peixe Bois que aparecem mortos, por terem sido feridos com grandes cortes, ou se isso também pode ocorrer por causa de barcos menores.

Curuça-Mirim

Jamari

Palhal

- A criação da FLONA

impediu a entrada de

fazendeiros, pescadores

(com geleiras) e

madeireiros;

- A FLONA veio para

orientar para formar

comunidade

(organização) titulação,

trouxe visão diferente;

- Diminuiu os conflitos

- Construção de acordos de pesca e

autorização de transporte de pescado para

subsistência[1];

- Capacitar/orientar os funcionários do

ICMBio para cumprirem os acordos;

- Prever no plano de utilização da

FLONA a utilização de madeira para

construção de casas na comunidade e

autorização para transporte de madeira

para construção de casas dos quilombolas

na cidade[2];

- Assedio de madeireiros/empresas;

- O fechamento de contratos prejudiciais

aos comunitários;

- A alteração da zona não ser considerada

na revisão do plano de manejo;

- O risco de contaminação dos igarapés

por conta da atividade de mineração.

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

entre as comunidades e

os gestores da reserva. -

Hoje há acordos;

- Com a criação da

FLONA já foi possível

construir infraestrutura

e casas com madeira;

- A comunidade teve

acesso a caça e pesca

para sua alimentação;

- A coleta de castanha

foi autorizada, antes

entrava-se a noite, pois

existia um acordo entre

o IBDF e patrões, hoje

os donos dos castanhais

são os comunitários;

- Hoje há parceria com

o ICMBio;

- As comunidades já

possuem associação

constituída, (falta o

registro no cartório)

Associação

Comunidade

Remanescentes

Quilombolas do Alto

Trombeta –

ACROQAT.

- Implantar plano de manejo florestal

comunitário de suo múltiplo;

- Capacitação/orientação sobre o manejo

florestal;

- Conseguir o CCDRU para as

comunidades quilombolas;

- Criação de peixe na FLONA

(regularização)

- Regularização da criação de gado como

subsistência/poupança[3]

- Mudança de classificação das águas da

FLONA para categoria especial;

- Os moradores quando trabalham fora e

vem na comunidade e na volta, ao levar

peixes para se alimentar durante a

semana são parados e tem o peixe, canoa

e rabeta apreendidos;

- Abuso de autoridade por partes de

policiais e fiscais do ICMBio

- Funcionários ou fiscais do

IBAMA/ICMBio agem por conta própria

e sem orientação do chefe;

- Agente ambiental contratado pelo

ICMBio utiliza arma na sua atividade[4].

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

[1] Neste caso foi citado que foi apreendido pelo uma pequena quantia de peixe, que um quilombola que mora em uma comunidade do Lago do Batata ia

levar para sua casa

[2] Os mesmos alegaram que existe esta necessidade deles construírem também sua casa na cidade, uma vez que os filhos que fazem segundo grau tem que

se mudar para cidade, pois nas comunidades não existe escola de segundo grau.

[3] Gado para esta população é considerado como poupança, uma vez que eles visam a venda do mesmo no caso de alguma doença na família, etc.

[4] Ficou o compromisso de repasse desta informação para o Chefe da FLONA por parte do analista ambiental presente no dia desta denuncia (André)

Moura

- Preservação dos

animais, rios e

igarapés;

- Conservação da

madeira;

- Evitou invasão de

pessoas de fora para

explorar madeira;

- Acesso as políticas

públicas por serem

considerados como

zona populacional.

- Projetos para uso controlado dos

recursos da Floresta da FLONA;

- Capacitação (cursos e treinamentos)

para trabalhar os produtos da floresta;

- Mão de obra para concessão florestal;

- Capacitação para trabalhar na área de

manejo da Concessão Florestal;

- Favorecer mais aproximação do

ICMBio com a comunidade;

- Palestra sobre preservação do meio

ambiente;

- Projetos para educação ambiental;

- Falta de aproximação do ICMBio com a

comunidade;

- Diminuição da área da comunidade;

- Invasão da FLONA nas áreas

quilombolas;

- Falta de palestra sobre conscientização

dos rios e igarapés.

- Acabar com a madeira da

área em concessão

florestal;

- Aumentar área da

concessão para dentro da

área de pretensão da

criação do território

Quilombola;

- Poluição de rios e

igarapés por resíduos de

desabamentos da

mineração;

- Diminuição dos animais

na área de retirada de

madeira (manejo e

mineração).

Tapagem

Mãe Cué

Sagrado

Coração de

Jesus

- Melhorou a

diminuição do

desmatamento da área;

- Com a FLONA

impediu a entrada de

pessoas estranhas;

- Os projetos de

artesanatos com ouriços

- Apoio a cooperativa;

- Manejo Comunitário;

- Legalizar a madeira do roçado pela

cooperativa (venda);

- Apoio para reativar os projetos

(artesanato de semente e castanha,

projeto de castanha) e que traga recursos

para a comunidade;

- Houve impedimentos para os

moradores da área passarem no rio a

partir das 18 h até as 07 h no período de

agosto a dezembro;

- Impedimentos de andar nas praias;

- Houve proibição de utilizar produtos da

floresta e dos rios;

- Proibição de criação de gados;

- Construção de

hidroelétricas que acabará

com os peixes dos lagos;

- Madeireira ilegal na área;

- Poluição do ar;

- Poluição do rio;

- Desmatamento

desordenado/queimadas.

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

de castanha;

- Política do governo

como bolsa verde e

bolsa família;

- Preservação de alguns

animais como a

tartaruga, pirarucu e

peixe boi.

- Palestras sobre o meio ambiente;

- Treinamentos e oficinas para

comunidade (horta, criação de galinha,

agricultura em geral, piscicultura, criação

de abelhas, móveis; corte e costura);

- Vindas de apoio de políticas do governo

(projeto “minha casa, minha vida”,

crédito para as casas no assentamento,

etc.);

- Cobrar do ICMBio a concessão de uso

para as comunidades quilombolas;

- Ter documentos para tirar e transportar

os produtos da floresta (madeira e não

madeireiro).

- Diminuiu a área para aumentar a

comunidade.

Jamary

Serra

Nascimento

- Diminuiu o

desmatamento

- Fortaleceu a

preservação ambiental

da Fauna e da Flora

- Palestra educativa sobre área de manejo

- Palestra educativa sobre a questão dos 3

ha para roçado ou outra produtividade;

- Mais informações sobre as leis da

FLONA;

- Escola, posto de saúde e agente de

saúde na comunidade

- Treinamentos e projetos sobre formas

de uso da terra

- Apoio para produção de mudas e

extração de óleos vegetais

- Apoio para a criação de pequenos

animais e agricultura em geral

- Acesso a bolsa verde

- Apoio para implantação de piscicultura

- Falta de esclarecimento por parte dos

órgãos competentes sobre a legislação (o

que pode e o que não pode na FLONA);

- Falta de projetos alternativos

(econômico e social) na FLONA e

entorno.

- Falta de assistência técnica

- Pouca participação do poder público

(municipal, estadual e federal) junto as

comunidades

- Ausência da MRN nos debates e

propostas das comunidades

- Ausência de representatividade

permanente da comunidade

- A mineração poderá

poluir o rio;

- Ruptura das barragens da

mineradora;

- Extermínio dos peixes

- Não cumprimento do

contrato por parte da

empresa (mineração,

concessão florestal e outra

que vier)

- Acabar com a caça por

causa da exploração da

mineração

- Se não houver

informação sobre a área de

manejo haverá prejuízos

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

e criação de animais silvestres (acidente, punição da lei)

São Tomé

Viravolta

Uxi

Redobra

- Alimentos que a gente

tira de lá;

- As nossas casas que

fazemos do material da

FLONA;

- As frutas tucumã, uxi,

piquiá, bacaba, pataua;

- A palha, o cipó;

- As árvores, o vento a

sombra;

- A criação da FLONA

ajudou na preservação

da caça e pesca;

- Ajudou proteger

contra o desmatamento;

- A criação do Conselho

Consultivo;

- As parcerias com as

entidades que se

envolvem com a

FLONA;

- As pessoas que

moram dentro e no

entorno da FLONA se

sentem mais protegidos

dos grileiros ou dos

invasores de terra;

- Com a aplicação das

- Fazer replantio da floresta com Itaúba;

- A criação da zona de amortecimento

para poder aumentar a

atuação/cooperação do ICMBio;

- Aplicar parte do fundo proveniente do

Manejo Florestal das concessões na

melhoria de casas que estão na FLONA;

- Fazer projetos do FNDF para o entorno

da FLONA;

- Beneficiar o tucumã;

- A possibilidade de geração de emprego

através das concessionárias;

- Realizar capacitações para manejo

florestal madeireiro e não madeireiro

para as três comunidades;

- Mudar a classificação das águas da

FLONA para o tipo especial.

- As onças comem o gado;

- As apreensões de peixes e outros em

épocas eleitorais não podem ser doadas

(acabam estragando, quando poderiam

saciar a fome de muita gente);

- Existe muita conversa e pouco

resultado;

- Com a divisão do IBAMA a área de

atuação governamental se limitou ao

interior da FLONA, prejudicando a

fiscalização no entorno da FLONA;

- A atividade de mineração espanta a

onça do interior da FLONA e ela vem

comer o gado[1];

- O órgão responsável pela FLONA não

orientou os moradores locais para suas

atividades.

- A mineradora expandir

mais suas atividades até

expulsar todos os

moradores;

- Queimadas;

- Perder certas espécies

madeireiras com o

reflorestamento;

- Os lagos serem invadidos

por rejeito da atividade de

mineração;

- Pescadores vindos de

fora (geleiras, etc.).

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Comunidades Pontos Fortes da

FLONA

Oportunidades da FLONA e da

Concessão Florestal

Pontos Fracos da FLONA

Ameaças da FLONA e

Concessão Florestal

multas e as reuniões os

fazendeiros não se

interessam mais;

- Na FLONA tem as

melhores terras para

trabalhar agricultura

familiar.

[1] Quando alguns participantes citaram este ponto fraco, houve outros que não concordaram, dizendo que as onças já comiam o gado antes sequer da

mineradora vir para região

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ANEXO 3

Relatório das atividades de coleta de pontos com

uso de GPS, em campo

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ANEXO 4

Listas de Presença das reuniões ocorridas nas

comunidades da Floresta Nacional Saracá-

Taquera

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