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Ministério do Comércio REGULAMENTO SOBRE ORGANIZAÇÃO, EXERCÍCIO E FUNCIONAMENTO DA ACTIVIDADE COMERCIAL A GROSSO VERSÃO DE, 11 DE DEZEMBRO DE 2007

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Page 1: Ministério do Comércio - SAFLII Home | SAFLII PROJECTO DE REGULAMENTO SOBRE ORGANIZAÇÃO, EXERCÍCIO E FUNCIONAMENTO DA ACTIVIDADE DE COMÉRCIO A GROSSO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES

Ministério do Comércio

REGULAMENTO SOBRE ORGANIZAÇÃO, EXERCÍCIO EFUNCIONAMENTO DA ACTIVIDADE COMERCIAL A GROSSO

VERSÃO DE, 11 DE DEZEMBRO DE 2007

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CONSELHO DE MINISTROS

Decreto nº ____/_____De ___ de __________

Havendo a necessidade de se regulamentar e adequar a actividade do comércioa grosso em conformidade com a lei das Actividades Comerciais;

Convindo regular e disciplinar esta actividade, de forma a adequa-la a realidadee, a nova dinâmica que se pretende implementar no Sector do Comércio;

Nos termos das disposições combinadas da alínea h) do artigo 110º e do artigo113º, ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1º.- É aprovado o Regulamento sobre o exercício do Comércio a Grosso, que,que vem anexo a este Decreto e que dele faz parte integrante.

Artigo 2º.- Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Artigo 3º.- As dúvidas e omissões que resultarem da interpretação e aplicação dopresente Regulamento serão resolvidas por Decreto do Conselho de Ministros.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos ______ de__________________de __________.

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SUMÁRIO

FUNDAMENTAÇÃO ...............................................................................................06

CAPITULO I:- DISPOSIÇÕES GERAIS:

Secção I – Objecto:

Artigo 1º - Objecto ................................................................................................07

Secção II – Actividades, Comerciantes e Rede Comercial a Grosso:

Artigo 2º - Actividades Comerciais .................................................................. 07Artigo 3º - Classificação .................................................................................. 07Artigo 4º - Comércio a Grosso ........................................................................ 07Artigo 5º - Exportação ..................................................................................... 08Artigo 6º - Importação ..................................................................................... 08Artigo 7º - Comerciantes Grossista ................................................................. 08Artigo 8º - Produtor ......................................................................................... 08Artigo 9º - Exportador ..................................................................................... 08Artigo 10º - Importador ..................................................................................... 08Artigo 11º - Grossista ....................................................................................... 08

Secção III – Organização e Funcionamento da Rede do Comércio a Grosso:

Artigo 12º - Rede Comercial ............................................................................. 09Artigo 13º - Plataformas de Logística e de Distribuição ................................... 09Artigo 14º - Centros de Logística e de Distribuição .......................................... 09Artigo 15º - Entreposto Comercial .................................................................... 09Artigo 16º - Mercado Abastecedor ................................................................... 10Artigo 17º - Hipermercado Grossista ............................................................... 10Artigo 18º - Armazém ...................................................................................... 10Artigo 19º - Estabelecimento Grossista Especializado ................................... 10

CAPÍTULO II:- CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE COMERCIAL AGROSSO

Secção IV – Acesso a Actividade Comercial a Grosso:

Artigo 20º - Pessoa Singular e Colectiva .......................................................... 11

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Secção V – Requisitos das Infra-estruturas Comerciais a Grosso:

Artigo 21º - Requisitos de Instalação e Abertura do EstabelecimentoComercial a Grosso ....................................................................... 12

Artigo 22º - Proibição do Exercício do Comércio a Grosso nas ZonasUrbanas e Cidades ........................................................................ 13

CAPÍTULO III:- OFERTA, PREÇOS E GARANTIA DE BENS E SERVIÇOSMERCANTIS:

Secção VI – Oferta e Garantia de Qualidade de Bens e Serviços:

Artigo 23º - Rotulagem de Produtos ................................................................. 14Artigo 24º - Cadeia Comercial .......................................................................... 14Artigo 25º - Código de Barras ........................................................................... 15Artigo 26º - Armazenamento de Produtos ........................................................ 15Artigo 27º - Afixação de Preços de Bens e Serviços Mercantis ....................... 15

CAPÍTULO IV:- HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTAMENTIMENTOSCOMERCIAIS A GROSSO:

Secção VII – Horário de Abertura e de Encerramento:

Artigo 28º - Horário do Comércio a Grosso ...................................................... 16

CAPÍTULO V:- MODALIDADES DE PROMOÇÃO DE VENDAS A GROSSO:

Secção VIII – Conceito, Autorização e Classificação:

Artigo 29º - Conceito e Autorização ................................................................. 16Artigo 30º - Classificação ................................................................................. 17Artigo 31º - Venda Multi-nível .......................................................................... 17Artigo 32º - Venda em Liquidação ................................................................... 18Artigo 33º - Duração de Venda ........................................................................ 18Artigo 34º - Venda em Saldo ........................................................................... 19Artigo 35º - Informação .................................................................................... 19Artigo 36º - Venda com Recompensa ............................................................. 19

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CAPÍTULO VI:- MODALIDADES DE VENDAS A GROSSO:

Secção IX – Autorização, Classificação das Modalidades de Vendas a Grosso:

Artigo 37º - Comunicação e Autorização ......................................................... 20Artigo 38º - Classificação ................................................................................. 20Artigo 39º - Comércio a Grosso em Livre Serviço ........................................... 20Artigo 40º - Comércio Electrónico .................................................................... 20Artigo 41º - Tele-Venda ................................................................................... 20

CAPÍTULO VII:- FISCALIZAÇÃO, TAXAS, CONTRAVENÇÕES E PENALIDADES:

Secção X – Competências e Procedimentos:

Artigo 42º - Órgãos competentes para Fiscalização e Inspecção .................... 21Artigo 43º - facilitação de Informação ............................................................... 21

CAPÍTULO VIII:- REGIME SANCIONATÓRIO DE INFRACÇÕES:

Secção XI – Infracções e Sanções:

Artigo 44º - Conceito e Classificação ................................................................ 21Artigo 45º - Responsabilidades ......................................................................... 21Artigo 46º - Infracções Ligeiras ......................................................................... 22Artigo 47º - Infracções Graves........................................................................... 23Artigo 48º - Infracções Muito Graves ................................................................ 25Artigo 49º - Multas ........................................................................................... 26Artigo 50º - Prazo de Pagamento das Multas .................................................. 26Artigo 51º - Participação de Infracções ............................................................ 26Artigo 52º - Repartição de Multas .................................................................... 26Artigo 53º - Competência para Fiscalização das Sanções ............................. 26Artigo 54º - Procedimentos e Recurso sobre Sanções ................................... 27

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PROJECTO DE REGULAMENTO SOBRE ORGANIZAÇÃO EXERCIDO, EFUNCIONAMENTO DA ACTIVIDADE COMERCIAL A GROSSO

FUNDAMENTAÇÃO:

A legislação que agora se apresenta é produto de um longo processo do quadrolegislativo angolano que visa a organização do Mercado Grossista no que respeita aimplementação das Plataformas de Logística e de Distribuição de produtos, instalaçãoe construção de infra-estruturas comerciais e condições para o exercício da actividadecomercial grossista.

No âmbito da actuação pública sobre a actividade comercial, ordenamentoterritorial dos estabelecimentos, urbanismo comercial, distribuição e implementaçãoterritorial dos estabelecimentos tendo em atenção a mobilidade populacional, o tráfego,o impacte ambiental, condições higiossanitárias, concorrência e transparência demercado, controlo da qualidade, higiene e segurança alimentar, a valorização dafunção comercial, da produção agrícola, regulação de preços, enquanto instrumentoestratégico de reestruturação e organização do Sector do Comércio, o comércio agrosso deve ser exercido em áreas previamente delimitadas, fora das zonas urbanas,de fácil acessibilidade, facilidade e segurança na circulação de utentes, viaturas e nasrespectivas gerações de carga e descarga de mercadorias.

O presente regulamento visa o enquadramento jurídico-legal, definições,conceitos, princípios e normas que devem presidir a criação, instalação, funcionamentoe organização do comércio a grosso em Angola.

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PROJECTO DE REGULAMENTO SOBRE ORGANIZAÇÃO, EXERCÍCIOE FUNCIONAMENTO DA ACTIVIDADE DE COMÉRCIO A GROSSO

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

SECÇÃO IOBJECTO

Artigo 1º(Objecto)

O presente regulamento tem por objecto estabelecer os princípios, as normasgerais, regular e disciplinar a organização, o exercício e funcionamento da actividadede comércio a grosso.

SECÇÃO IIACTIVIDADES, COMERCIANTES E REDE COMERCIAL A GROSSO

Artigo 2º(Actividades Comerciais)

São havidas como actividades comerciais a grosso aquelas que se exercem eminfra-estruturas de construção definitiva, em área devidamente delimitada, coberta efechada com condições de permitir a execução de operações de carga e descarga.

Artigo 3º(Classificação)

As actividades comerciais a grosso classificam-se em comércio a grosso,importação e exportação.

Artigo 4º(Comércio a Grosso)

Comércio a grosso é a actividade que consiste na aquisição de produtos aosimportadores e/ou produtores e na sua venda a grosso, realizada em instalaçõesadequadas à natureza da mercadoria a comercializar, não efectuando venda directa aopúblico consumidor

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Artigo 5º(Exportação)

Exportação é a actividade comercial que consiste na venda e/ou colocação noestrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados.

Artigo 6º(Importação)

Importação é actividade comercial que consiste na compra e/ ou aquisição deprodutos no mercado externo destinados ao consumo interno ou a exportação.

Artigo 7º(Comerciantes Grossista)

O comércio a grosso é exercido por produtor, exportador, importador e grossista.

Artigo 8º(Produtor)

Produtor é aquele que produz bens manufacturados industriais, serviços e faz adistribuição por ocasião aos grossistas e exportadores com intuito lucrativo;

Artigo 9º(Exportador)

Exportador é aquele que vende directamente para o comércio externo produtosde origem nacional ou nacionalizados;

Artigo 10º(Importador)

Importador é aquele que adquire directamente nos mercados externas produtosdestinados ao consumo interno ou para posterior reexportação;

Artigo 11º(Grossista)

Grossista é a pessoa jurídica que adquire junto do produtor ou do importador asmercadorias e as distribui a outros Operadores Económicos sem efectuar vendasdirectas ao público consumidor.

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SECÇÃO IIIORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA REDE DO COMÉRCIO A GROSSO

Artigo 12º(Rede Comercial)

O comércio a grosso realiza-se em espaços comerciais que se classificamsegundo a sua dimensão, podendo ser Plataformas de logística e de distribuição deprodutos, Centros de logística e de distribuição (CLOD’s), Entrepostos Comerciais(EC’s), Mercados Abastecedores (MA’S), Hipermercados grossistas, armazéns eestabelecimentos grossistas especializados

Artigo 13º(Plataformas de Logística e de Distribuição)

Plataformas de Logística e de Distribuição de Produtos é o local fixo onde seencontram concentrados um conjunto de elementos estruturais, procedimentos,sistemas de informação, meios financeiros, aprovisionamento, transporte,armazenagem, manuseamento, movimento de materiais e mercadorias;

Artigo 14º(Centros de Logística e de Distribuição)

Centros de Logística e de Distribuição de Produtos (CLOD’s) são Pólos deconcentração e de distribuição multiprodutos e multifunções que integra o mercadoabastecedor, entrepostos, armazéns e outras unidades separadas, para actividadescomplementares e de apoio agro-industriais e industriais não poluentes, que partilhaminstalações e serviços comuns e que obedecem a princípios de concepção específica,isto é, saúde pública, higiene e segurança alimentar, protecção ambiental,responsabilidade social, segurança de pessoas e mercadorias, sistemas deinformação;

Artigo 15º(Entreposto Comercial)

Entreposto Comercial (EC’s) armazém de espaço variável com prestação deserviço integrado, que inclui preparação da encomenda, facturação, armazenagem,exposição e distribuição de mercadorias;

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Artigo 16º(Mercado Abastecedor)

Mercado Abastecedor (MA) local fixo destinado a organização e comercializaçãopor grosso, que incluem várias unidades separadas, que partilham secções einstalações comuns, visando o abastecimento de grandes aglomeradas populacionais,fundamentalmente de produtos agro-pecuários e de largo consumo diário. Temcarácter polivalente, devendo assegurar progressivamente a comercialização de todosos produtos alimentares e a instalação de áreas de serviço complementares de apoio.

Artigo 17º(Hipermercado Grossista)

Hipermercado Grossista estabelecimento comercial grossista que possui umaárea de utilização para exposição e venda em regime de auto-serviço superior a 2.000m2, com parque de estacionamento de viaturas e facultativamente com estação deserviço automóvel, posto de venda de combustível, restaurante e parque de diversão.

Artigo 18º(Armazém)

Armazém – estabelecimento comercial de construção definitiva, de venda deprodutos por grosso, com área mínima de armazenamento de 300 m2 e capacidade deexecução de operações de carga e descarga de mercadorias, fora das zonas urbanase cidades.

Artigo 19º(Estabelecimento Grossista Especializado)

Estabelecimento Grossista Especializado – estabelecimento que tem por objectoa venda com predominância de uma só família de produtos ou de um número restritode famílias anexas;

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CAPÍTULO IICONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE COMERCIAL A GROSSO

SECÇÃO IVACESSO A ACTIVIDADE COMERCIAL A GROSSO

Artigo 20º(Pessoa Singular e Colectiva)

1. Pode exercer a actividade comercial a grosso, toda Pessoa Singular ou Colectiva,nacional ou estrangeira que reúna as seguintes condições:

a) Ter capacidade civil e comercial, nos termos da legislação comercial em vigor;

b) Possuir infra-estrutura comercial a grosso de construção definitiva, na qualidadede proprietário ou arrendatário, em local devidamente delimitada, coberta efechada, com área mínima de armazenamento de 300 m2 e capacidade deexecução de operações de carga e descarga de mercadorias, fora das zonasurbanas e cidades;

c) Não estar inibido do exercício do comércio por falência ou insolvência;

d) Não estar inibido do exercício do comércio por sentença penal transitada emjulgado ou por decisão em processo de contra-ordenação.

2. Para além do preenchimento dos requisitos exigidos no número anterior, aPessoa Singular ou Colectiva estrangeira com permanência e residência legal no Paísdeve observar o seguinte:

a) Aquisição ou construção de raiz da infra-estrutura comercial a grosso, com áreamínima de armazenagem de 300 m2 em local devidamente autorizada pelosórgãos competentes do Ministério do Comércio;

b) Empregar nos seus serviços mão-de-obra nacional, nos termos da legislaçãolaboral em vigor sobre a matéria e proporcionar a formação técnico profissional;

c) Cumprir os requisitos de funcionalidade, higio-sanitárias, segurança contraincêndios e de acondicionamento de bens.

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SECÇÃO VREQUISITOS DAS INFRA-ESTRUTURAS COMERCIAIS A GROSSO

Artigo 21º(Requisitos de Instalação e Abertura do Estabelecimento Comercial a Grosso)

1. O Comércio a grosso deve ser realizado em estabelecimentos comerciaisadequados à natureza dos produtos ou bens a comercializar, dimensões e condiçõesseguintes:

a) Construção definitiva em área devidamente delimitada, coberta, fechada,autorizada pelos órgãos competentes do Ministério do Comércio e dos GovernosProvinciais e que permita executar operações de carga e descarga demercadorias;

b) Possuir uma área mínima de armazenamento de 300 m2;

c) Cumprir os requisitos de funcionalidade, higiossanitárias, segurança contraincêndios e de acondicionamento de produtos;

2. As infra-estruturas comerciais a grosso devem preencher ainda os seguintesrequisitos e características mínimos:

2.1- De carácter Geral:

a) Funcionar em recintos vedados;

b) Dispor de infra-estruturas necessárias e adequadas ao seufuncionamento e dimensão, nomeadamente rede de abastecimento deágua, saneamento e electricidade, condições de segurança contraincêndio, condições de higiene, salubridade e da saúde pública, comosejam, entre outras, instalações sanitárias adequadas e sistema derecolha e remoção de resíduos sólidos;

c) Garantir as regras higio-sanitárias para o exercício das respectivasactividades;

d) Os locais de transacção e exposição de produtos perecíveis deverão sercobertos e protegidos e cumprir as normas em vigor para os locais detransacção e manuseamento dos produtos alimentares;

e) Dispor de espaços identificados e delimitados, com dimensão adequadasao volume de vendas e natureza dos produtos;

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f) Assegurar uma fácil acessibilidade, garantindo no seu interior a eficiência,fluidez e segurança na circulação de utentes, viaturas e nas respectivasoperações de carga e descarga de mercadorias.

2.2- Ao Nível de armazém de produtos secos:

a) Possuir prateleiras e estrados de material resistente, não tóxico lavável efacilmente desinfectável, para garantia da higienização fácil é eficaz;

b) Colocar as prateleiras e os estrados a uma distancia de cerca de 20centímetros do pavimento e das paredes, para evitar que os produtosarmazenados entrem em contacto com o solo e paredes;

c) Armazenar os produtos a temperatura adequadas e editar possívelHumidade ou insectos para os alimentos armazenados;

d) Criar Condições para inexistência de abrigos de ruadores e de ambientede desenvolvimento de bolores e nem a outro tipo de infestações;

e) Garantir bom arejamento dos produtos armazenados;

f) Não utilizar estados de madeira;

Artigo 22º(Proibição do Exercício do Comércio a Grosso nas Zonas Urbanas e Cidades)

1. É proibido o exercício da actividade comercial a grosso nas Cidades e/ou zonasurbanas, excepto o comércio a grosso especializado e o comércio a grosso em livreserviço.

2. A actividade comercial a grosso só pode ser exercida nas zonas periféricas daszonas urbanizadas, em áreas previamente limitadas e determinadas pelos Órgãoscompetentes do Ministério do Comércio e dos Governos Provinciais.

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CAPÍTULO IIIOFERTA, PREÇOS E GARANTIA DE BENS E SERVIÇOS MERCANTIS

SECÇÃO VIOFERTA E GARANTIA DA QUALIDADE DE BENS E SERVIÇOS

Artigo 23º(Rotulagem de Produtos)

1. Rotulagem de produtos, conjunto de menções e indicações, inclusive imagens emarcas de fabrico ou de comércio, que figuram no próprio produto ou na embalagem,rótulo, etiqueta, cinta, gargantilha, letreiro ou documento acompanhando o produto oufazendo-lhe referencia.

2. Os bens e serviços objecto de oferta no Mercado Nacional devem conterobrigatoriamente rotulagem em língua portuguesa, especificações técnicas, a data defabrico, o prazo de validade, bem como observar o período mínimo de 50% de validadede consumo.

3. As indicações e informações redigidas em língua estrangeira, pode ser mantida,desde que as menções obrigatórias a acautelar a Saúde e segurança dosconsumidores sejam também redigidas em português;

4. O cumprimento destas obrigações cabe ao fabricante ou importador e outrosagentes económicos responsáveis pela comercialização de produtos, sendo a suafiscalização apenas e efectuada quando e colocado a disposição do consumidor.

Artigo 24º(Cadeia Comercial)

O comerciante grossista está proibido a comercializar produtos directamente aoconsumidor final, devendo respeitar a Cadeia Comercial consagrada na Lei nº 1/07 –das Actividades Comerciais.

a) 1º Ciclo - Importador e/ou Produtor – Grossista;

b) 2º Ciclo - Grossista – Retalhista;

c) 3º Ciclo - Retalhista – Consumidor Final

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Artigo 25º(Código de Barras)

O Comerciante grossista deve aplicar o sistema de código de barras para aferir aorigem e qualidade de produtos que comercializa.

Artigo 26º(Armazenagem de Produtos)

1. Os alimentos que não necessitam de refrigeração, devem ser arrumados eestivados em compartimentos em que haja ambiente seco, bem arejado e limpo, parapoderem manter as suas qualidades higiénicas e nutritivas;

2. Os produtos de um modo geral devem:

a) Estar protegidos da contaminação por agentes microbianos.

b) Ser estivado por categorias e de maneira a que os primeiros a entrar sejam osprimeiros a saírem.

c) Ser guardados em locais afastados dos produtos de limpeza;

d) Ser estivados em estrados e prateleiras construídas em material resistente, nãotóxico, lavável e facilmente desinfectável, estando afastados das paredes a umadistância nunca inferior a 20 centímetros.

Artigo 27º(Afixação de Preços de Bens e Serviços Mercantis)

1. Preço expresso monetária do valor do produto;

2. O comerciante grossista deve afixar preços em letra bem visível, junto dosprodutos que comercializa.

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CAPÍTULO IVHORÁRIO DE FUNCONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS A

GROSSO

SECÇÃO VIIHORÁRIO DE ABERTURA E DE ENCERRAMENTO

Artigo 28º(Horário do Comércio a Grosso)

Os estabelecimentos comerciais a grosso abrangidos pelo presenteRegulamento passam a observar o seguinte horário:

a) De Segunda a Sexta-feira: das 6h00 da manhã ás 15h00;

b) Aos Sábados: das 6h00 da manhã as 12h00, devendo manter-se encerradosaos Domingos e dias feridos, excepto, quando solicitada a autorização junto dosórgãos competentes do licenciamento da actividade e de prestação de serviçosmercantis.

CAPÍTULO VMODALIDADES DE PROMOÇÃO DE VENDAS A GROSSO

SECÇÃO VIIICONCEITO, AUTORIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Artigo 29º(Conceito e Autorização)

1. Modalidade de Promoção de Vendas – é toda a acção comercial que incorpora aoferta de incentivos a curto prazo, para o consumidor de modo a conseguir um acto decompra rápida por parte deste.

2. O exercício de Modalidade de Promoção de Vendas, deve ser precedida dacomunicação e autorização prévia dos órgãos licenciadores da actividade comercial,mediante apresentação do Alvará Comercial.

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Artigo 30º(Classificação)

As modalidades de promoção de vendas a grosso, classificam-se em vendamultinível, venda em liquidação, venda em saldo e venda com recompensa.

Artigo 31º(Venda Multinível)

1. Venda Multinível é a forma especial em que um fabricante ou ComercianteGrossista vende os seus produtos ou serviços ao consumidor final através de contratosde distribuição, de uma rede de Comerciantes e/ou Agentes distribuidoresindependentes, mas coordenados dentro de uma mesma rede comercial, cujosbenefícios económicos se obtêm mediante uma única margem sobre o preço de vendaao público, que se distribui, mediante o recebimento de percentagens variáveis sobre ototal de facturação gerada pelo conjunto dos consumidores e dos Comerciantes e/oudistribuidores independentes integrados na Rede Comercial e proporcionalmente aovolume de negócios que cada elemento tenha realizado.

2. Entre o fabricante ou o grossista e o Consumidor final, só seria admissível aexistência de um distribuidor.

3. É proibido organizar a comercialização de produtos e serviços, quando:

a) O benefício económico da organização e dos vendedores não sejaexclusivamente derivado de venda ao produto ou do serviço prestado aosconsumidores finais sem incorporação de novos vendedores.

b) Não se garanta adequadamente que os distribuidores detenham a necessáriacontratação laboral ou satisfaça os requisitos legalmente exigidos de umaactividade comercial;

c) Exista a obrigação de efectuar uma compra mínima dos produtos distribuídospor parte dos novos vendedores sem acordo de devolução nas mesmascondições.

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Artigo 32º(Venda em Liquidação)

1. Considera-se venda em liquidação a venda de bens ou mercadorias, com carácterexcepcional, com finalidade de escoar determinadas existências de produtos que,anunciada com esta designação ou outra equivalente, tenha lugar em cumprimento deuma decisão judicial ou administrativa, ou seja levada a efeito pelo Comerciante oupelo Comprador do estabelecimento num dos seguintes casos:

a) Cumprimento de uma decisão judicial;

b) Cessação total ou parcial da actividade;

c) Mudança de ramo;

d) Trespasse ou cessão de exploração do estabelecimento comercial;

e) Realização de obras que pela sua natureza impliquem a liquidação, total ouparcial das existências;

f) Danos nas existências, por motivos de força maior;

g) Ocorrência de entraves importantes a actividade comercial.

2. Não podem ser objecto desta modalidade de venda os produtos que não fizeramparte das existências do estabelecimento, ou aqueles que foram adquiridos peloComerciante com o objectivo de serem incluídas na mesma liquidação.

Artigo 33º(Duração de Vendas)

1. A duração máxima de venda em liquidação é de três meses, salvo no caso decessão total da actividade que será de um ano.

2. Durante os três anos seguintes ao final de uma venda em liquidação, o vendedornão poderá comercializar na mesma localidade, produtos similares aos que tenhamsido objecto de liquidação, Não poderá igualmente proceder a uma nova liquidação nomesmo estabelecimento, excepto quando esta decorre de uma decisão judicial ouadministrativa, da cessão total da actividade ou por motivo de força maior.

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Artigo 34º(Venda em Saldo)

1. Venda em Saldo é aquela que é realizada em estabelecimentos comerciaisdurante fins de estação, de semana, mês ou outras ocasiões particulares, com reduçãode preços cujo objectivo é escoar rapidamente as existências e renovar stocks demercadorias.

2. A venda deve efectuar-se nos locais onde os produtos em saldo ou produtosidênticos eram habitualmente postos a venda.

3. Apenas podem ser vendidos em saldo, os produtos que o vendedor já possuía noinício de venda em saldo e que tenha oferecido para venda de uma forma habitualantes desse data.

4. A redução de preço do produto oferecido para venda ou vendido em saldo deveser real, por referência ao preço anteriormente praticado para produtos idênticos.

Artigo 35º(Informação)

As vendas em saldo deverão obrigatoriamente anunciar-se com estadenominação ou com a indicação de “venda de Restos”.

Artigo 36º(Venda com Recompensa)

1. Venda com Recompensa é aquela que consiste em utilizar concursos, sorteios,ofertas, vales, prémios ou similares, vinculados.

2. Com vista a promoção das vendas, poder-se-á oferecer aos compradores outroproduto ou serviço gratuitamente ou a preço especialmente reduzido, querautomaticamente quer mediante participação em sorteio ou concurso.

3. Os bens ou serviços que constituem os prémios ou incentivos promocionaisdeverão ser entregues aos compradores no prazo máximo de até meses a partir dadata do término da promoção.

4. No caso em que os prémios oferecidos façam parte de um conjunto ou colecção,a empresa responsável pela oferta é obrigada a trocar os repetidos, a menos que naoferta pública do incentivo se tenha estabelecido outro procedimento para obter asdiferentes peças da colecção.

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CAPÍTULO VIMODALIDADES DE VENDAS A GROSSO

SECÇÃO IXAUTORIZAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES DE VENDA A GROSSO

Artigo 37º(Comunicação e Autorização)

O exercício de modalidades de vendas de produtos a grosso, carecem decomunicação e autorização prévia da Direcção Nacional do Comercio, do Ministério doComercio na qualidade de órgão licenciador da actividade comercial e de prestação deserviços mercantis.

Artigo 38º(Classificação)

As modalidades de vendas a grosso, classificam em comércio a grosso em livreserviço, comércio electrónico e televenda.

Artigo 39º(Comércio a Grosso em Livre Serviço)

O comércio a grosso em livre serviço sistema de comércio a grosso cujo métodode venda se caracteriza por as mercadorias se encontrarem expostas e ao alcance dosclientes que, servindo-se a si próprios, as levam à caixa para efectuar o pagamento.

Artigo 40º(Comércio Electrónico)

O comércio electrónico é uma forma de comércio à distância, que utiliza comoferramenta principal os meios informáticos e tem como objectivo principal prestarmelhor serviço ao consumidor.

Artigo 41º(Televenda)

Televenda é toda modalidade de venda realizada por canais televisivos, comvista ao fornecimento de produtos ou a prestação de serviços mercantis, incluindo bense móveis, direitos e obrigações, mediante retribuição.

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CAPÍTULO VIIFISCALIZAÇÃO, TAXAS, CONTRAVENÇÕES E PENALIDADES

SECÇÃO XCOMPETÊNCIAS, TAXAS, CONTRAVENÇÕES E PENALIDADES

Artigo 42º(Órgãos Competentes para Fiscalização e Inspecção)

Compete aos órgãos licenciadores e fiscalizadores do Ministério do Comércio edos Governos Provinciais aplicação e cumprimento das normas previstas nesteRegulamento.

Artigo 43º(Facilitação de Informação)

Os comerciantes e seus representantes, estão obrigados a prestar aos órgãoscompetentes da fiscalização e inspecção toda informação requerida.

CAPÍTULO VIIIREGIME SANCIONATÓRIO DE INFRACÇÕES

SECÇÃO XIINFRACÇÕES E SANÇÕES

Artigo 44º(Conceito e Classificação)

Sem prejuízo do disposto noutros Diplomas legais, são consideradas infracçõesem matéria de comércio, as acções ou omissões previstas no presente Regulamento eclassificam-se em três categorias: ligeiras, graves e muito graves.

Artigo 45º(Responsabilidade)

As multas previstas no presente Regulamento, aplicam-se:

a) Ás Pessoas Singulares e Colectivas, privadas, mistas e cooperativas, titulares ounão de alvará comercial ou outro documento de licenciamento;

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b) Ás pessoas singulares e colectivas, privadas, mistas e cooperativas que, actuamem nome e por conta dos comerciantes;

c) Ás pessoas colectivas privadas, mistas e cooperativas irregularmenteconstituídas que exercem actividade comercial;

d) Ás empresas públicas.

Artigo 46º(Infracções Ligeiras)

1. Constitui infracção ligeira:

a) Não exibir de forma clara e precisa a necessária documentação delicenciamento da actividade comercial ou negar a sua apresentação a autoridadecompetente;

b) Inobservância de obrigação de informar ao público sobre o horário de abertura ede encerramento do estabelecimento;

c) Fornecimento de informação inexacta ou incompleta requerida pelas autoridadesou seus agentes e por funcionários dos serviços de inspecção e fiscalização;

d) Permitir a venda de bens e serviços mercantis defronte ao estabelecimentocomercial;

e) Não fornecer trocos devidos em moeda corrente, ao comprador durante atransacção comercial, sempre que a quantia entregue pelo comprador parapagamento a isso der lugar;

f) Não emitir a factura ou recibo, talão de venda a dinheiro ou outro documentosimilar a favor do comprador no acto de transacção, onde conste o bem eserviço, bem como o respectivo preço;

g) Não afixar o preço de forma visível, inequívoca dos produtos a comercializar;

h) Encerrar voluntariamente o estabelecimento comercial por mais de quinze diasseguidos, sem prévio conhecimento do Ministério do Comércio ou Órgãos aaquém este tenha delegado competência;

i) Não colaborar com os órgãos competentes do Governo Central, Provincial, dasAdministrações Municipais e comunais no trabalho de saneamento básico e demanutenção e limpeza dos estabelecimentos comerciais;

j) Não afixar letreiros ou reclames visual a entrada do estabelecimento comercialcom a indicação do tipo da actividade que exerce;

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k) Não possuir o certificado de habitabilidade.

2. As infracções ligeiras são punidas com multa de 1 a 10 dias, tomando-se comobase de cálculo para cada dia de multa, cinco salários mínimos da função pública.

3. Em caso de reincidência a multa é de 2 a 20 dias.

Artigo 47º(Infracções Graves)

1. Constitui infracção grave:

a) Não comunicar atempadamente os casos de presumível falência ou trespasseda actividade ao Ministério do Comércio;

b) Vender bens ou prestar serviços por preço superior ao legalmente fixado ou commargem de lucro não admitida;

c) Vender bens ou prestar serviços por preço superior ao constante das etiquetas,letreiros ou listas elaboradas pela própria entidade vendedora ou prestadora deserviços mercantis;

d) Não utilização de instrumentos de peso e de medida nas transacçõescomerciais;

e) Aproveitar-se da escassez de bens e irregularidade ao abastecimento com aintenção de obter lucro desproporcionado ou qualquer outra vantagem para si oupara terceiros ou causar perturbação no abastecimento regular do mercado;

f) Não colocar a disposição do cliente manuais, catálogos de instruções,características técnicas e informações em português sobre o uso, manejo egarantia da assistência técnica pós –venda;

g) Não aceitar dentro os prazos legais a devolução do bem ou equipamento comdefeito de fabrico;

h) Fornecer bens e serviços a pessoas singulares e colectivas não habilitadas aoexercício da actividade comercial e que habitualmente a exercem em locaisimpróprios e sem condições higio-sanitárias e técnico-comerciaisrecomendadas;

i) Realizar actividades comerciais aos domingos e feriados, sem préviaautorização do Ministério do Comércio ou outros órgãos competentes quandoesta deve ser dada;

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j) Não dispor e nem exibir os livros obrigatórios de escrituração, consignados notítulo 4º do código comercial em vigor:

k) Agredir ou obstruir com violência ou ameaça de violência contra um agente defiscalização e inspecção no exercício das suas funções;

l) Vender sob a denominação de “ vendas com prémio”, “vendas em baixa”,“vendas em liquidação”, “vendas em promoção” ou “vendas de saldos”, cominobservância das características legais definidoras das mesmas;

m) Proceder vendas com prejuízo e vendas em pirâmide;

n) Expor objectos oferecidos nas vendas como presente, em baixa ou emliquidação por alguma causa que reduza seu valor de mercado;

o) Modificar, durante o período de duração da oferta, de vendas com presente, opreço ou qualidade do produto;

p) Não cumprir o regime estabelecido sobre a entrega dos presentes promocionais;

q) Violar os três ciclos da cadeia de comercialização: Produtor e/ou Importador-Grossista; Grossista-Retalhista; Retalhista-Consumidor Final;

r) Proibir o livre acesso e expulsar cliente sem justificação plausível;

s) Revistar injustificadamente clientes a entrada e saída do estabelecimentocomercial;

t) Não possuir o cartão de sanidade dos trabalhadores que manuseiam os génerosalimentares;

u) Não possuir factura de aquisição de bens a comercializar;

v) Não possuir estrutura de cálculo de preços de bens e serviços.

2. As infracções graves são punidas com multa de 10 a 100 dias, tomando–se comobase de cálculo para cada dia de multa, cinco salários mínimos da função pública;

3. Em caso de reincidência a multa é de 20 a 200 dias.

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Artigo 48º(Infracções Muito Graves)

1. Constitui infracção muito grave:

a) Alterar o objecto social das infra-estruturas comerciais, para destino diferentedaquele que está vocacionado ou efectuar as obras que alteremsubstancialmente a sua estrutura arquitectónica ou seu enquadramentourbanístico, sem prévio conhecimento e autorização do Ministério do Comércio;

b) Proceder a sublocação do estabelecimento comercial, propriedade do estadosem prévia autorização dos órgãos competentes;

c) Transmitir a terceiros o alvará comercial e outros documentos de licenciamento;

d) Encerrar voluntariamente o estabelecimento comercial, por mais de 30 diasseguidos, 60 dias interpolados ou durante um ano sem conhecimento eautorização do Ministério do Comércio;

e) Não iniciar o exercício da actividade no prazo de 180 dias a contar da data deconcessão do alvará comercial ou de outros documentos de licenciamento;

f) Não rotular em português os bens e serviços a comercializar e não respeitar adata de durabilidade mínima., data limite de consumo, composição, qualidade,condições especiais de conservação ou modo de emprego, origem e demaiscaracterísticas que permitam a escolha do consumidor;

g) Propiciar a utilização por terceiros da infra-estrutura vistoriada e o alvarácomercial ou outro documento de licenciamento concedido;

h) Usar indevidamente o nome comercial ou título de estabelecimento;

i) Não salvaguardar as normas gerais de segurança, salubridade, higiene no localde trabalho e da garantia da inocuidade e da qualidade de alimento, a luz dalegislação em vigor;

j) Não adequar as infra-estruturas a natureza de bens e serviços a comercializar,pondo em risco as condições de funcionalidade, equipamento, segurança esaúde pública recomendadas;

k) Exercer a actividade comercial sem prévia autorização, quando esta sejaregulada conforme o presente diploma ou fiscalizar o alvará comercial e outrosdocumentos de licenciamento;

l) Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público para determiná-loa praticar, omitir ou retardar o acto de ofício.

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2. As infracções graves são punidas com multa de 20 a 200 dias, tomando-se comobase de cálculo para cada dia de multa, cinco salários mínimos da função pública;

3. Em caso de reincidência a multa é de 40 á 400 dias.

Artigo 49º(Multas)

As infracções ao disposto no presente Regulamento, são punidas com multa;

Artigo 50º(Prazo de Pagamento das Multas)

1. As multas por infracção no presente regulamento devem ser pagas num prazomáximo de 15 dias após notificação da decisão.

2. Uma prorrogação do prazo de pagamento pode ser requerida mas não deve terpor efeito estender para além de15 dias o prazo total estabelecido no presente diploma;

3. Na ausência de pagamento da multa, além do procedimento criminal junto dotribunal competente, os órgãos competentes para o licenciamento, cessam o alvarácomercial ou o documento que habilita a pessoa singular ou colectiva ao exercício daactividade comercial.

Artigo 51º(Participação de Infracções)

Qualquer pessoa que verifique infracções às disposições deste regulamento oupresuma que tais infracções estejam na eminência de ocorrer, tem a obrigação deinformar as autoridades competentes.

Artigo 52º(Repartição de Multas)

O valor das multas pago por infracção ao estabelecido no presente diploma érepartido nos termos da legislação em vigor sobre a matéria.

Artigo 53º(Competência para Fiscalização das Sanções)

1. Os órgãos de licenciamento da actividade comercial são competentes para imporas sanções definidas no presente diploma.

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2. Caso entenda não haver qualquer infracção o órgão competente pode ordenar oarquivo do processo.

3. Os órgãos de licenciamento da actividade comercial, remeterá para o tribunalcompetente todos os processos relativos aos autos de ocorrência que se mostraremlitigiosos.

Artigo 54º(Procedimentos e Recurso sobre as Sanções)

1. Antes da aplicação de qualquer medida sancionatória, o infractor deve ser,obrigatoriamente, ouvido;

2. Na determinação da sanção a aplicar, devem ser tomada em consideração todasas circunstâncias que rodearam a prática da infracção, o grau de culpabilidade, osbenefícios pretendidos e obtidos com a prática da infracção e os prejuízos delaresultante.

3. O infractor pode reclamar ou recorrer da decisão sancionatória nos termos dalegislação em vigor.